A nova onda da literatura parisiense
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A nova onda da literatura parisiense
naestrada Louco por viagens Muitos mundos em um só No sentido horário: um quarto do hotel Pavillon des Lettres; o café e livraria La Belle Hortense; e leitura de poesia no bar Culture Rapide, em Paris A nova onda da literatura parisiense Esqueça o café de Sartre ou o bar de Hemingway: novos redutos literários estão surgindo na capital francesa Não há interrupções no fluxo de escritores novatos que desaguam em Paris na esperança de repetir o sucesso de antigos imigrantes literários. Tentar conseguir uma mesa nos cafés que eram frequentados por James Joyce ou Hemingway é uma tarefa que exige olhos de lince, velocidade implacável e cotovelos afiados. Mas, longe dos redutos óbvios, novos bares literários, cafés e até hotéis estão gerando a onda de turismo literário parisiense do século 21. Recém-inaugurado, o hotel Pavillon des Lettres é um bom lugar para começar. Cada um de seus 26 quartos tem o nome de um escritor – do A de Andersen (Hans Christian) ao Z de Zola. Estou no T de Tolstoi, e Anna Karenina tem lugar de honra na mesa de cabeceira. Antes de eu ter a chance de abrir sua obra, distraio-me com trechos do livro gravados à mão na parede. Na hora de tomar um café – esse eterno companheiro dos escritores – em vez de ir para o Quartier Latin, experimento ir ao La Belle Hortense, no Marais. Esse café moderno foi feito propositalmente para 24 Maio 2011 leituras. Tem uma livraria na parte de trás e abriga regularmente noites de autógrafos e debates. Já o bar Culture Rapide, no bairro de Belleville, atrai jovens literatos da cidade nas noites de segunda-feira, quando acontecem competições de poesia e performances na língua inglesa. A livraria Shakespeare and Co. – um marco literário maravilhosamente movimentado – está entrando na onda e realizou seu primeiro festival literário no ano passado. O segundo está previsto para 2012. Enquanto isso, o festival de livros Paris en Toutes Lettres acontece novamente em maio, com leituras e palestras em livrarias, cafés e bibliotecas da cidade. l pavillondeslettres.com l cafeine.com (La Belle Hortense) l culturerapide.com l parisentouteslettres.net Gabriel O’Rorke é produtora do BBC World News. Mora em Londres e vai a Paris com frequência. Quando estive na Rússia soube que o homem de lá gosta de presentear sua amada com flores, mas existe um costume de que só podem ser dados números impares de flores para quem se ama, pois os pares são apenas para os mortos. Portanto, na Rússia, nem pensar uma dúzia de rosas.... Na religião judaica consta na Torá que “Não cozerás um cabrito no leite de sua mãe (Shemot [Êxodo] 23:19)”, ou seja, é proibido misturar leite com carne. Até aí, tudo bem, podemos respeitar isto sem problemas, ainda mais que sabemos que nas refeições eles mesmos cuidarão para que isso não aconteça. Mas distrações podem acontecer. Certa vez estava jantando num hotel em Jerusalém e era uma refeição à base de carne. Duas mesas ao meu lado havia um pessoal que tirou de dentro de uma bolsa um iogurte que eles haviam pegado no café da manhã. Quando o garçom viu a cena, imediatamente saiu em direção ao rapaz e arrancou o iogurte da mão dele, antes mesmo de a primeira colherada ter sido dada. Caso ele usasse o mesmo talher que estava na mesa para comer a carne e depois algo com leite, a cozinha toda do hotel poderia ser interditada. Assim, procure sempre ter o cuidado de saber um pouco mais sobre o seu destino, como agir com as pessoas, como se vestir ou questões de alimentação antes de “pegar a estrada”, para que ela não te leve a algum lugar onde não se queira ir. Rogério Enachev é um viajante apaixonado que mantém o site loucoporviagens. com.br Os hábitos alimentares dos judeus podem surprender viajantes desprevenidos fotos: Frédéric Soltan/Corbis, divulgação Dicas de como entender diferenças culturais e não pagar mico em terra alheia