QUANDO O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO

Transcrição

QUANDO O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO
1
ESTUDO BÍBLICO INDUTIVO III – maio de 2013
TEMA DO ANO: AS 4 ESTAÇÕES DO ANO 2013
SEGUNDA ESTAÇÃO: ESTABILIDADE.
ÊNFASE
DO
MÊS
DE
MAIO:
ESTABILIDADE
NAS
RELAÇÕES
FAMILIARES
QUANDO O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO
TEXTO-BASE: Atos 15.1-13
VERSÍCULO-CHAVE: “completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo modo de
pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa” (Fl 2.2).
PALAVRAS-CHAVES DA EDIFICAÇÃO E DO COMPARTILHAMENTO
Diálogo, Relacionamentos
OBJETIVO DE EDIFICAÇÃO E COMUNHÃO ESPIRITUAL
Fortalecimento das relações familiares.
COMENTÁRIO
As crises nos relacionamentos conjugais e familiares estão crescendo. As pessoas estão
se entendendo cada vez menos. Será o fim do mundo? Precisamos buscar as causas.
Acreditamos que, eliminando as causas, eliminaremos também seus efeitos: as disputas, as
separações.
O que fazer? A igreja primitiva viveu momentos de crise em seu seio. A Igreja de
Jerusalém queria ir para um lado e a Igreja de Antioquia desejava ir para outro. Uma buscava
somente a conversão de judeus, a outra ansiava pela salvação de indivíduos de todas as etnias.
Então, os apóstolos pararam tudo para conversar tentando encontrar uma saída para o problema.
Reuniram-se em Jerusalém para tratar dessas questões.
Em Atos 15, alguns trechos da conversa daqueles irmãos foram registrados. Percebemos
que eles seguiram alguns princípios parlamentares e democráticos que nos orientam ainda hoje,
quando nos reunimos. Mas, principalmente, verificamos que o diálogo é uma ferramenta
importante, promotora de união, se o praticarmos corretamente, em qualquer circunstância. Ele
cabe no exato momento em que as coisas não vão muito bem em nossas parcerias. Com base
na experiência da igreja primitiva, vamos pensar sobre a necessidade de dialogarmos com
aquele ou aquela com quem convivemos. Vamos responder à seguinte pergunta em nosso
compartilhamento: QUANDO O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO?
I – O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO QUANDO NOSSOS PENSAMENTOS
SÃO DIVERGENTES
Isso estava acontecendo com as igrejas de Jerusalém e de Antioquia (At 15.1-2). Ora, o
problema é próprio do ser humano. Em determinados casos, nossos pensamentos discrepantes
não causam problema algum, mas em outros casos destroem parcerias. Cada um de nós é
2
dotado da capacidade de pensar, de vislumbrar seus próprios caminhos, de elaborar meios
próprios para obter os fins que almejamos atingir. Mas, quando os objetivos são comuns, ou
seja, aqueles objetivos em torno dos quais muitas pessoas se unem para atingi-los, surgem as
divergências, as discussões e algumas muito sérias porque os interessados costumam "puxar a
sardinha para o seu lado". Um pensa que seu meio, seu caminho, e até seus valores, são
superiores aos do outro e merecem ser seguidos, enquanto que o outro pensa diferente e até ao
contrário, colocando suas ideias como superiores. Quando isso ocorre, precisamos conversar.
Insistir em caminhar impondo o pensamento sobre o outro é arriscado demais, além de ser um
jugo insuportável para aquele que está andando com você. Paulo recomenda à igreja um
princípio que fortalece qualquer sociedade: “completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo
modo de pensar, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa” (Fl 2.2).
E que o se busca nesse diálogo? O consenso, o acordo, a harmonia, a solução dos
problemas, de modo que satisfaçam as partes envolvidas nele.
•
O QUE PRECISAMOS FAZER PARA VIVERMOS ESSAS VERDADES?
Para Pensar e Compartilhar
Precisamos ter o diálogo como princípio que perpetua nossos relacionamentos.
Não podemos andar juntos se não houver acordo tranquilo entre as partes (Am 3.3).
Então, o que fazer quando nosso companheiro é prepotente, autoritário? O que você deve
fazer se você mesmo possui esse tipo de fraqueza, que mais separa do que une? (Pv 11.2;
13.10; 16.18; Is 55.8-9; 57.15); Rm 12.16; I Pe 3.8; I Pe 5.5).
II - O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO QUANDO NOSSOS
OBJETIVOS JÁ NÃO SÃO MAIS OS MESMOS
Muitos irmãos da Igreja de Jerusalém queriam que o alvo da evangelização fosse
somente os judeus. Mas a Igreja de Antioquia desejava que todas as etnias fossem
evangelizadas, assim como Jesus ordenou. Portanto, vemos aí dois objetivos opostos,
conflitantes. Por isso entraram em “contenda e não pequena discussão”. Então pararam tudo e
foram conversar, porque assim não dava para continuar.
As contendas e as discussões são muito prejudiciais porque geralmente vêm
acompanhadas de palavras duras, extremamente ofensivas e até de baixo calão. Deus não está
presente nessas formas de tratamento. Elas têm o poder de abrir feridas profundas e atrair as
investidas de Satanás. Ora, nenhuma instituição consegue caminhar assim, seja empresa, seja
igreja, seja o casamento. Uns caminham numa direção, enquanto outros se dirigem para um
lado diferente e até oposto. Isso é desunião. Ora, quem gosta muito disso e é especialista no
assunto é o inimigo de nossas almas, porque ele sabe para onde vamos se agirmos assim:
“Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino dividido contra si
mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá. Ora, se
Satanás expulsa a Satanás, está dividido contra si mesmo; como subsistirá, pois, o seu reino?”
(Mt 12.25-26). Nem Satanás opera desunido, dividido. Ora, se este é um princípio que até o
inferno aplica para tentar subsistir, o que será de nós se o não aplicarmos em nossos
relacionamentos? Precisamos chegar aos mesmos lugares. Os objetivos podem ser vários, mas
precisam ser os mesmos para todos; as formas de persegui-los podem variar, mas todas elas
devem ser cristãs. Assim, as ações que deles surgirão ganharão força e eficácia para atingir
plenamente o alvo desejado.
E o que se busca nesse diálogo? A união, o ajuste do foco. Ele precisa ser o mesmo para
todos os que estão dentro do relacionamento.
•
O QUE PRECISAMOS FAZER PARA VIVERMOS ESSAS VERDADES?
Para Pensar e Compartilhar
3
Precisamos estar firmes na convicção que as contendas e as discussões só agravam o
problema. Então, deixemos de lado esta forma de resolver as coisas. Precisamos entender
que conversar não é debater. Nosso objetivo, quando dialogamos, não é vencer o outro,
dominá-lo, humilhá-lo, mas encontrar os caminhos que agradem as partes.
III- O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO QUANDO
LINGUAGEM JÁ NÃO REFLETE MAIS AQUILO QUE SOMOS
NOSSA
O que somos? Povo de Deus, Povo do Evangelho de Jesus, Povo da Bíblia, salvo e
enviado a todas as pessoas sem Jesus, para anunciar-lhes a salvação e a libertação através da fé
no sacrifício de Jesus Cristo. Portanto, todo o salvo em Jesus Cristo tem uma missão (At 28.1920; I Pe 2.9-10). ESSA É, POIS, A NOSSA IDENTIDADE.
Mas, alguns de nós somos outras coisas também. Por exemplo: somos casais cristãos.
Como um casal cristão deve se tratar? Como deve ser sua linguagem? Quais devem ser suas
prioridades (Cl 3.1; Mt 6.33; Fl 4.8)? Todos nós temos amigos, e como devemos tratar uns aos
outros?
E o que buscamos nesse diálogo? Buscamos as ações oriundas daquilo que somos.
Somos filhos de Deus, somos discípulos de Jesus, somos um povo missionário, somos
proclamadores das virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe
29).
E em nosso casamento, como devemos ser? Devemos ser homens e mulheres segundo o
coração de Deus. Devemos falar e agir de modo que o nome de Jesus seja honrado no que
falamos e no que fazemos!
•
O QUE PRECISAMOS FAZER PARA VIVERMOS ESSAS VERDADES?
Para Pensar e Compartilhar
Precisamos viver de acordo com o que somos. E se nossas ações e nossas palavras
revelarem que não somos verdadeiramente cristãos? Ora, se isso está ocorrendo com você,
procure ajuda urgentemente, porque você está correndo um risco muito sério: tudo o que
você pensa que tem poderá escapar de suas mãos hoje mesmo. Corra para Jesus!
IV – O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO QUANDO NOSSO BOM HUMOR, A
VERDADEIRA ALEGRIA, ESTÁ CEDENDO LUGAR ÀS EXASPERAÇÕES,
ÀS PALAVRAS DURAS, AO DESRESPEITO
A GENUÍNA ALEGRIA, sinônimo de felicidade, deve caracterizar a vida do Cristão
em todas as áreas de sua vida. O crente verdadeiro é bem humorado. É feliz. Não há outra forma
de atestarmos a presença de Deus em nossa vida! Diz o salmo 100: “Servi ao Senhor com
alegria”. E servimos o Senhor não apenas no templo, quando estamos cantando a Ele nossos
louvores. Devemos servir o Senhor em todas as áreas de nossa vida e em todas as formas do
nosso viver: no convívio com nossos colegas de escola, com nossos amigos, com nossos colegas
de trabalho, como maridos, como mulheres, como filhos, como irmãos, como família! Onde
vivemos devemos servir o Senhor e “COM ALEGRIA”.
E o que devemos buscar nesse diálogo? O perdão e o compromisso de evitar tudo aquilo
que nos impede de sentir a alegria do Senhor, nossa força, em nosso convívio. Que sejamos, eu
e você, Seus instrumentos, para que isso se torne uma realidade.
•
QUE PRECISAMOS FAZER PARA VIVERMOS ESSAS VERDADES?
Para Pensar e Compartilhar
Não podemos ser alegres, se em nosso coração há culpa. Este sentimento revela que
erramos e precisamos consertar nosso erro, seja com o outro, seja com Deus. Leia e
medite no Salmo 32 o que aconteceu com Davi, nessa área.
4
V – O DIÁLOGO SE FAZ NECESSÁRIO QUANDO
NOSSA
CONVIVÊNCIA NÃO É MAIS A FONTE DE PRAZER E DE FELICIDADE
Na Igreja de Jerusalém estava havendo não pouca contenda doutrinária. Estavam
vivendo uma espécie de crise. Por alguns momentos, o ambiente ficou “pesado”. Quando isso
ocorre o Espírito Santo se ausenta, pois onde há briga, contenda, há desconforto, tribulação,
falta de paz, de felicidade, e satanás coloca ali seu trono e se torna o maior expectador e
fomentador da nossa derrota. Por isso os cristãos pararam tudo para conversar, pois só o diálogo
praticado corretamente, com o coração aberto, disposto a perdoar e reconhecer o valor dos
pensamentos de nossos interlocutores, tem o poder de resolver o problema. Precisamos entender
de uma vez por todas que Deus não está presente em nosso convívio, quando escolhemos a
forma conflituosa de nos relacionar, onde o desrespeito corrói a base da nossa convivência e fala
mais alto do que a consideração, os bons tratos, a afetividade. E a linguagem cheia de amor não
tem mais lugar nem ocasião.
Por que no convívio de muitos casais cristãos há mais sintomas da ausência de Deus do
que de Sua presença? Uma resposta pode ser dada: na vida de muitos casais há muitas brechas
por onde o inimigo entra e traz a discórdia. Não há vigilância no relacionamento, no
comportamento, nos tratos recíprocos. Não devemos esquecer que o casamento não é uma
instituição humana, como também não o é a igreja. Então, estas instituições só podem ser
mantidas, perpetuadas, se mantivermos nelas a presença de Deus, através da oração, do culto
doméstico, da consagração, do perseverança nos princípios da Palavra de Deus que devem reger
nossas vidas, em todas as áreas.
Então, o que devemos buscar nesse diálogo? A felicidade, a paz, a harmonia, a alegria, o
fortalecimento do amor que tem o poder de unir.
•
QUE PRECISAMOS FAZER PARA VIVERMOS ESSAS VERDADES?
Para Pensar e Compartilhar
Precisamos parar e conversar. Encontre e pratique as ações que produzem a
felicidade, o prazer a dois, a paz, a harmonia, a alegria, o fortalecimento do amor que é
a base de tudo.
ORAÇÃO
Senhor! Ajuda-me a construir meu lar, meus relacionamentos, com as
ferramentas que a Tua Palavra possui, para que eu possa fazer o outro feliz!
PÚLPITO: Este estudo bíblico foi inspirado nas pregações do domingo passado, relacionadas com a
ênfase do mês de maio: estabilidade nas relações familiares.
TRATAMENTO DEVOCIONAL: Pr Walmir Vargas – Ministro de Educação Cristã da Líber.
ALGO IMPORTANTE: Veja em nosso boletim, na segunda página, as devocionais do Culto Doméstico
do Ministério Sacerdotal do Homem no lar. Seja um sacerdote de seu lar, faça regularmente com seus
familiares o Culto Doméstico, e habitue-se a tratar os assuntos de sua família sempre à luz das Escrituras
e faça o Senhor conhecedor das necessidades de cada membro de sua família através de suas orações.