SurTec 872
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SurTec 872 Processo de Cromo Decorativo 1- DESCRIÇÃO O SurTec 872 é uma mistura de catalisadores e ácido crômico desenvolvido especialmente, para um processo de cromação decorativa de alto desempenho. É um processo que devido à composição dos catalisadores secundários auto-reguláveis e sulfato, nos permite obter um ótimo resultado mesmo com diferentes tempos de deposição. Os banhos do processo SurTec 872 devem ser montados com o SurTec 872 Sal que contém acido crômico e catalisadores balanceados. Este mesmo produto é usado tanto para a montagem e quanto para a manutenção diária do banho. 2- CONDIÇÕES GERAIS 2.1- Instruções Operacionais SurTec 872 Sal 180 - 300 g/L; ideal 250 g/L Sulfato (SO4) 0,9 - 1,5 g/L; ideal 1 g/L Relação CrO3/SO4 200 - 250: 1; ideal 250: 1 Temperatura 40 - 50 °C; ideal 45 °C Densidade de Corrente Catódica 8 - 20 A/dm²; ideal 12 A/dm² Voltagem 3 - 8 Volts Proporção Anodo: catodo 2:1 Velocidade da eletrodeposição 0,10 - 0,25 µm/min Ânodos Pb-Sn (93 - 7) ou Nióbio Platinado 2.1.1- Nota É recomendado que trabalhe com o banho de SurTec 872 na temperatura indicada. Temperaturas superiores a 55 °C podem causar decomposição de catalisador do processo implicando em adições extras, logo, aumento do consumo. O processo SurTec 872 pode chegar até 18 % de eficiência catódica, isto com um banho em perfeitas condições de uso. 2.1.2- Preparação do Banho 1- Quando o tanque for novo é recomendado um tratamento no PVC com água é ácido sulfúrico a 1% v/v a uma temperatura de 55 oC durante 6 horas. 2- Após este tratamento encher o tanque até ¾ do volume de trabalho com água limpa de boa qualidade e aquecer a 50 °C. 3- Adicionar a quantidade indicada de SurTec 872 Sal sob agitação para dissolução do produto. 4- Após total dissolução do sal, completar o volume do tanque, retirar uma amostra para análise do sulfato e fazer a correção necessária com Ácido Sulfúrico. 5- Logo após deve-se colocar os anodos e iniciar uma eletrólise no banho durante 2 horas com tensão de 5 a 6 volts usando 50 a 55 °C para uma boa dissolução dos BT – SurTec 872 Página 1 de 5 catalisadores, e em seguida deixar cair a temperatura para 45 °C para operação com o banho. 2.2- Manutenção Como manutenção simples, a solução pode ser controlada com verificação da densidade em º Baumé e correções com SurTec 872 Sal de acordo com a necessidade. Tabela da concentração do ácido crômico a temperatura ambiente (20 - 25 oC). Baumé (°Bé) CrO3 g/L ou SurTec 872 Sal 14,4 157 15,5 172 16,7 186 17,8 201 18,9 216 20,0 230 21,1 243 22,2 258 23,2 273 24,2 290 25,2 302 Esta forma de manutenção é prática, porém sujeita a variação, portanto é recomendado que seja feita análise periódica do banho, de acordo com o método descrito no item 2.3 para determinação da concentração exata dos componentes e correção para os parâmetros de trabalho. Analisar o ácido crômico e corrigir com SurTec 872 Sal. Analisar o sulfato e, se necessário corrigir com ácido sulfúrico. Para reduzir o excesso de sulfato, caso esteja acima do parâmetro, adicionar carbonato de bário obedecendo à proporção de 2 g/L de BaCO3 para cada 1 g/L de SO4 a ser eliminado. O catalisador do processo pode ser analisado e deve ser mantida em 0,54 g/L, como catalisador ativo e, se necessário, sua concentração pode ser corrigida com adições de SurTec 872 Catalisador. Para proceder à correção obedecer a proporção de 12,5 g/L de SurTec 872 Catalisador para cada 0,54 g/L de catalisador ativo a ser adicionado. Banhos com contaminação de íon cloreto têm interferência na determinação da concentração do catalisador se o método utilizado para determinação do mesmo for baseado em ataque sobre alumínio. Como a temperatura para operação com o processo varia entre 40 a 45 ºC, uma evaporação da solução é natural, e o nível do banho deve ser freqüentemente corrigido com água de boa qualidade. O processo SurTec 872 Sal esta sujeito a certos contaminantes tais como ferro, cobre, zinco e níquel. Dentre estes, os mais comuns são níquel proveniente de arraste do banho de níquel, e cobre, zinco, alumínio e ferro em função de ataque da base das peças tanto BT – SurTec 872 Página 2 de 5 por áreas de baixa densidade de corrente, ou áreas sem cobertura de níquel ou ainda peças caídas no fundo do tanque. Ao atingir valores limites recomendamos troca ou diluição do banho. Outra possibilidade é a purificação através de resinas apropriadas para o meio. De forma geral os limites de contaminantes em banhos de cromo são de 10 g/L para a somatória dos íons bivalente tais como níquel, cobre e zinco. A somatória dos íons trivalentes como ferro e cromo trivalente é de 15 g/L. 2.3- Controle Analítico 2.3.1- Ácido Crômico 1. Pipetar 10 mL da amostra, transferir para balão volumétrico de 500 mL acertando o volume até o menisco com Água Destilada. 2. Pipetar 10 mL da amostra diluída para erlenmeyer de 250 mL. 3. Adicionar 100 mL de Água Destilada. 4. Adicionar 10 mL de Bifluoreto de Amônio PA a 5 % p/v. 5. Adicionar 30 mL de Ácido Clorídrico PA a 50 % v/v. 6. Adicionar 10 mL de Iodeto de Potássio PA a 10 % p/v. 7. Titular com Na2S2O3 0,1 N até coloração palha e adicionar 1 mL de Amido a 1 % p/v e continuar a titulação até coloração verde. ♦Cálculo: mL gastos de Na2S2O3 0,1 N x fc x 16,66 = g/L de CrO3 2.3.2- Sulfato (Centrifugação) 1. Pipetar 10 mL da amostra em tubos fatorados. 2. Adicionar 5 mL de Ácido Clorídrico 18,4 % v/v em cada tubo. 3. Agitar muito bem. 4. Centrifugar a 1.000 rpm por 1 minuto. 5. Fazer a leitura do resíduo em cada tubo (L1). 6. Adicionar 5 mL de Cloreto de Bário 15 % p/v. 7. Agitar muito bem. 8. Deixar descansar por 2 minutos. 9. Centrifugar a 1.000 rpm por 1 minuto. 10. Fazer a leitura da quantidade de precipitado presente (L2). ♦Cálculo: A menor divisão lê-se como 0,02; e também (L2 - L1) = L ♦Através de cálculo (L) x fc do tubo x 15 = g/L de H2SO4 ♦Através de gráfico Definir o valor de (L) e verificar através do gráfico a concentração de Sulfato em g/L. 2.3.3- Cromo Trivalente 1. Pipetar 10 mL da amostra para balão volumétrico de 500 mL, acertar o volume com Água Destilada e homogeneizar a solução. 2. Pipetar 10 mL da solução do balão para erlenmeyer de 500 mL. 3. Adicionar 50 mL de Água Destilada. 4. Adicionar 15 mL de Hidróxido de Potássio PA a 30 % p/v e 5 mL de Peróxido de Hidrogênio PA 130 V. 5. Aquecer até o ponto de ebulição. 6. Deixar sob leve fervura até que o volume da solução reduza para 50 mL (tempo aproximado de 20 minutos). 7. Esfriar a solução até temperatura ambiente e adicionar aproximadamente 1,0 g de Bifluoreto de Amônio PA. 8. Adicionar 100 mL de Água Destilada. 9. Adicionar 30 mL de Ácido Clorídrico PA concentrado. 10. Adicionar 20 mL de Iodeto de Potássio PA a 10 % p/v. BT – SurTec 872 Página 3 de 5 11. Titular com Na2S2O3 0,1 N até coloração palha e adicionar 1 mL de Amido a 1 % p/v e continuar a titulação até coloração verde. ♦Cálculo: (B - A) x fc x 8,7 = g/L de Cr3+ como Cr2O3, onde mL gastos de Na2S2O3 0,1 N = B (Na análise de Cr3+) 6+ mL gastos de Na2S2O3 0,1 N = A (Na análise de Cr ) 2.4- Especificação do Produto Produto SurTec 872 Sal SurTec 872 Catalisador Aspecto Escamas Sólido Cor Avermelhadas Avermelhado 2.5- Instalação e Equipamentos 2.5.1- Tanques Recomendamos o uso de tanque de ferro revestido com PVC ou Koroseal ou outro material plástico resistente a ácido crômico e fluoreto. 2.5.2- Exaustão É necessário que tenha sistema de exaustão no tanque de trabalho, que a coifa do exaustor esteja no mínimo de 10 cm acima do nível da solução. Para minimizar a névoa pode-se usar o supressor de névoa SurTec 870 A. 2.5.3- Aquecimento Para sistema de aquecimento ou de refrigeração, que em geral não é necessário, sugerimos que seja feito com serpentinas de tântalo. Na falta deste material, deve ser usado serpentinas de teflon, ou outro material resistente a ácido crômico e fluoreto. 2.5.4- Fonte de Alimentação É recomendável o uso de retificador de no mínimo 12 volts, trifásico e de onda completa, pois é de grande influência no processo a passagem de ripple, que não pode ser superior a 5%. 2.5.5- Anodos É de extrema importância o tipo de anodo a ser utilizado. Nós indicamos o anodo cilíndrico extrudado, numa liga de chumbo estanho Pb-Sn 93-7, com contatos de cobre estanhado. Anodos novos devem ser rigorosamente limpos antes da instalação no tanque de trabalho. 2.6- Manuseio e Segurança Por se tratar de um material oxidante, devem-se evitar contatos com certos materiais como solventes, pois pode causar chamas. O SurTec 872 é um processo que contém cromo hexavalente, é corrosivo e de natureza ácida. Não deve ser ingerido ou inalado. Evitar o contato direto com a pele, olhos e roupas. Para isto, quando manipular o produto usar luvas, avental, botas de borracha, óculos de segurança e protetor facial. BT – SurTec 872 Página 4 de 5 Em caso de contato acidental com a pele, lavar com abundante água corrente no mínimo por 15 minutos. Aplicar um creme neutralizante adequado e se necessário procurar cuidados médicos. Em caso de contato com os olhos, lavar imediatamente com abundante quantidade de água corrente no mínimo por 15 minutos, mantendo os olhos abertos durante a lavagem. Se necessário procurar cuidados médicos. Se ingerido, não provocar vômito. Lavar a boca com água corrente e depois beber também bastante água. Se necessário procurar cuidados médicos. Se inalado, procurar um local para respirar profundamente ar fresco. 2.7- Tratamento de Efluentes O SurTec 872 contém cromo hexavalente. Para descarte das águas de lavagem ou do banho de cromo decorativo, enviar as soluções para estação de tratamento de efluentes para que seja feita a redução do cromo hexavalente para cromo trivalente com metabissulfito de sódio, e após, o ajuste do pH com solução de soda ou barrilha para a precipitação do cromo trivalente e também ferro, níquel ou outros metais que possam estar presentes. O lodo formado deve ser seco e enviado a aterros industriais. A água, pós tratamento, deve ter seu pH ajustado para valores obedecendo à legislação local. 2.8- Observações “Os dados contidos neste boletim técnico, exprimem o melhor de nossa experiência, e servem como uma orientação para o cliente. Garantimos e asseguramos todos os produtos componentes dos processos fornecidos pela SurTec do Brasil, na sua forma original de fornecimento, desde que sejam observadas as condições de validade dos mesmos e acondicionados em suas embalagens originais. Não podemos nos responsabilizar quanto ao uso indevido dos nossos produtos, assim como pela violação de patentes de terceiros.” Elaboração Revisão Aprovação Data Responsável Nº Data Responsável Data Responsável 23.01.2008 CMRS 00 23.01.2008 EPC 23.01.2008 CMRS BOLETIM DISPONIBILIZADO PELA INTERNET. CÓPIA NÃO CONTROLADA. BT – SurTec 872 Página 5 de 5
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