Onde os fósseis podem ser encontrados? A importância da

Transcrição

Onde os fósseis podem ser encontrados? A importância da
A importância da Paleontologia e dos
fósseis
Onde os fósseis podem ser
encontrados?
O registro fóssil permite que os pesquisadores
ajudem a humanidade a desvendar suas origens e a
reescrever a história evolutiva dos organismos.
A maioria dos fósseis é encontrada em rochas
sedimentares, porém condições especiais (Fig.6)
permitem que organismos também sejam conservados
em:
De acordo com Simões & Rodrigues (2009), a
Paleontologia permiti que os Paleontólogos:
• Investiguem e especulem sobre os seres que
viveram há muito tempo atrás;
Gelo – mamute
preservado,
preservação de
partes moles.
• Reconheçam os pacotes de rochas e sua sucessão
temporal;
• Datem relativamente a idade da rocha que contem
o fóssil;
• Reconheçam a distribuição dos antigos mares e
continentes (paleogeografia);
• Realizem a reconstrução de paleoambientes;
• Também é importante na área industrial, pois
favorece o reconhecimento de regiões que
possuam perspectivas de reservas de petróleo e
carvão.
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Âmbar – resina proveniente
de plantas, contendo fósseis
de insetos.
Rocha – tartaruga fóssil.
Fig.6. Diferentes condições em que os fósseis podem
ser encontrados (Imagens livres na Internet).
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Condições para preservação de um
fóssil
Principais sítios fossilíferos do Brasil
Peculiaridades químicas e fatores físicos, juntos,
são responsáveis pela preservação e integridade do
espécime fóssil. As principais são: distância do
transporte, tempo de flutuação, taxa de deterioração, taxa
de mineralização e taxa de sedimentação (MARTINSNETO & GALLEGO, 2006). É importante lembrar que
espécimes de grande porte não passam por todos esses
processos (Fig.7).
1º) Morte do organismo; 2º)
Transporte; 3º) Flutuação; 4º)
Deterioração; 5º) Deposição no
substrato; 6º) Sedimentação e
Mineralização.
Modificado de Anelli (2010).
Fig.7. Etapas da conservação de um fóssil, no exemplo, um peixe.
.
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Bacia do Araripe (peixes,
insetos,
pterossauros,
tartarugas, crocodilos);
Bacia de São Francisco
(pegadas de répteis e
mamíferos - icnofósseis);
Bacia de São Luís-Grajaú
(plantas, dinossauros);
Bacia Bauru (dinossauros,
tartarugas, crocodilos);
Bacia Potiguar (moluscos,
mamíferos, tartarugas);
Bacia dos Parecis (plantas,
moluscos, trilobitas).
Bacia Tucano
crustáceos);
(plantas,
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O site do Museu Nacional
O site www.museunacional.ufrj.br (Fig.11) traz
links para diversas informações sobre os Departamentos
de pesquisa do museu (seta azul). À esquerda, existe um
banner (seta verde) que transporta o visitante para alguns
links importantes.
Processo de moldagem e replicagem
de um fóssil
Para a Paleontologia, assim como, para outros
ramos da ciência, o armazenamento e a proteção de seus
exemplares é feita através de uma coleção. Essa coleção
consiste em um local físico (em alguns lugares, também
virtual), onde são depositados e agrupados por grupos em
armários ou gavetas.
Nessa coleção são depositados geralmente fósseis
raros e exemplares importantes para a instituição.
Devido à necessidade de armazenamento do
exemplar original é necessária a realização de réplicas
(Fig.8). São essas réplicas que ocupam os espaços da
exposição, na maioria das vezes.
Fig.11. Site do Museu Nacional.
Imagem: Elaine Alves.
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Fig. 8. Os fósseis são colocados,
inicialmente, em uma base de
massa de modelar.
Processo de moldagem e replicagem
de um fóssil
Fig. 9. Os fósseis postos na massa de
modelar, recebem uma camada de
vaselina e em seguida silicone, que
endurecerá e formará o molde do fóssil.
Nesse molde são feitos em resina
réplicas, que são as cópias fieis do fóssil.
Na maioria das vezes são as réplicas que
ocupam as exposições de museus. Como
é o caso do Maxakalisaurus topai.
(Imagens: Elaine Alves)
Exemplares da exposição
A exposição de Paleontologia apresenta
exemplares de invertebrados (insetos, aracnídeos e
trilobitas) e vertebrados (peixes, anfíbios, répteis
marinhos e terrestres, mamíferos e aves).
Eremotherium laurillardi
Preguiça-gigante
Angaturama limai
Dinossauro carnívoro
Unaysaurus tolentinoi
Dinossauro herbívoro
Maxakalisaurus topai
Dinossauro herbívoro
Figs.10. Reconstituição de fósseis brasileiros.
(Imagens do site do Museu Nacional)
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Atividade de sensibilização
Novidades do site do Museu Nacional
Antes da ida ao museu o professor pode estimular seus
alunos a levarem câmeras fotográficas.
No site do museu são encontradas diversas
informações sobre seus Departamentos de pesquisa. Uma
recente novidade é o link “Dinos Virtuais” que existe na
página inicial e transporta o visitante para a exposição
virtual de Paleovertebrados.
Procure incentivar os alunos a tirarem fotos da exposição
do museu e motive-os a fazerem uma exposição na
escola, com as melhores fotos.
Crie um pequeno Congresso na escola e estimule seus
alunos a criarem grupos para se apresentarem aos outros
alunos, mostrando o que foi visto, as principais
descobertas que foram feitas através da exposição do
museu.
Nessa animação é possível visitar a exposição
permanente do museu. Nela existem mais exemplares
disponíveis, que na exposição real.
Crie premiações.
Incentive uma gincana entre as turmas do colégio e
coloque alguns questionamentos sobre a exposição do
museu, como por exemplo, qual a importância de um
museu de ciências? Por que existe tanto empenho na
realização de pesquisas e novas descobertas? Qual é a
importância das descobertas científicas?
Fig. Site do Projeto “Dinos Virtuais”.
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Atividade de integração
Curiosidades
Réptil voador – existiu um equívoco científico no filme
Jurassic Park III (Fig.13), onde o pterossauro Pteranodon
foi reproduzido com longos dentes no filme, mas seu
registro fóssil mostra que o gênero não possuía dentes
(KELLNER, 2009).
1) Você pode solicitar aos alunos a confecção de
cartazes com os temas vistos no museu.
2) Outra alternativa é solicitar a realização de
maquetes.
3) Criação de oficinas.
4) Selecionar previamente imagens na internet e
espalhá-las em um tecido no meio da sala de aula.
Solicitar que os alunos se levantem e escolham as
que mais se identificarem com o tema proposto.
http://www.universohq.com/cinema/rc19072001_01.cfm
Fig. 13. Pteranodon, em Jurassic Park III.
Fig.14. Eremotherim laurillardi,
a preguiça confundida com um
dinossauro.
Preguiça- muitos visitantes
do museu acreditam que o
esqueleto
montado
na
exposição (Fig.14) seja de
um dinossauro (réptil), mas
na verdade, o mesmo é de
uma
preguiça-gigante
(mamífero).
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Organismo Vivo x Fóssil
Através da utilização de fotos, os alunos poderão
comparar as diferenças e similaridades entre organismos
vivos e fósseis.
Metodologia:
1º) Divida a turma em grupos com 4 componentes;
2º) Entregue as imagens contidas nas páginas finais e
solicite aos alunos que:
3º) separem as imagens utilizando as categorias, fósseis e
seres vivos;
4º) identifiquem as diferenças e as similaridades entre as
categorias;
5º) sublinhem as características mais marcantes, que os
fizeram diferenciar as duas categorias.
6º) identifiquem as diferentes formas de fossilização;
7º) identifiquem quais grupos de organismos (mamíferos,
répteis, insetos, moluscos, etc) são apresentados nas
imagens.
Sugestão de Oficinas
1) Oficina com argila, incentivando os alunos a
fazerem esculturas dos animais (aves, mamíferos,
répteis – p.ex.: dinossauros, pterossauros,
crocodilos e tartarugas) vistos durante a visita. As
principais diferenças entre eles podem ser
trabalhadas, durante a oficina.
2) Oficina de desenhos. Nesta oficina você pode
solicitar que os alunos desenhem o que mais
gostaram e o que menos gostaram. Os resultados
desses trabalhos poderão ser apresentados durante
o Congresso dos alunos.
3) Para estudantes do Ensino Médio - Criação de
fórum de debates, com os seguintes temas
geradores: importância dos museus de ciências;
importância das pesquisas científicas;
Para finalizar esta atividade:
Desperte uma discussão sobre a relação entre tempo e
fossilização.
Introduza com a seguinte pergunta: seria possível
considerar que quando o organismo morre, ele já se torna
um fóssil? Como ocorre essa fossilização? Quais os
fatores que favorecem a fossilização de organismos?
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Outras propostas
enriquecedoras
de
atividades
Sugestão de abordagem em sala de
aula
As atividades abaixo foram propostas por Simões
& Rodrigues (2009). O passo a passo das atividades está
disponível
em:
http://www.ufrgs.br/paleodigital/
Atividade1_Introducao.html
Jurassic Park – um dos filmes da trilogia pode ser
exibido, antes de iniciar a abordagem sobre
Paleontologia. Sugerimos que Jurassic Park III seja o
filme escolhido, pois é o que apresenta diferentes
espécimes num mesmo contexto e suscita o tema da
clonagem e replicagem molecular, a partir dos fósseis.
1. Tanque de Fossilização – atividade destinada a
estudantes do ensino fundamental. Nela os
estudantes são incentivados a montarem um
tanque com restos de organismos e, através
dele, vivenciarem os processos de fossilização.
2. Tornando-se Fóssil – esta atividade é
complementar a anterior (1) e propõe 4 tipos
diferentes
de
discussões
sobre
as
características e a preservação de um fóssil.
A Era do Gelo I – é um filme que aborda diferentes
espécimes, misturando as eras geológicas e os diferentes
ecossistemas. Ele servirá de base também para a
discussão sobre a existência do encontro entre seres
humanos e a megafauna (chamada assim devido ao
grande porte dos mamíferos).
Em todos os trabalhos com filmes podem ser perseguidos
também os equívocos, diferenciando o que advém da
imaginação ou licença artística em relação a que seja
erro de fato. Para isso, é importante contrapor o filme
com o que foi visto na exposição e apreendido dos
estudos.
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Imagens de seres vivos
Imagens de fósseis
Fig.15. Diferentes fósseis (Imagens disponíveis na Internet).
Fig.18. Diferentes seres vivos.
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Imagens de fósseis
Imagens de seres vivos
Fig.16. Diferentes fósseis (Imagens disponíveis na Internet).
Fig. 17. Diferentes seres vivos.
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