Combustíveis Fósseis: O Problema do Peak Oil

Transcrição

Combustíveis Fósseis: O Problema do Peak Oil
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS:
O PROBLEMA DO PEAK OIL
Rui Namorado Rosa
Centro de Geofísica de Évora
Universidade de Évora
Instituto Superior Técnico
Association for the Study of Peak Oil
A CRESCENTE UTILIZAÇÃO de
ENERGIA
• O crescimento demográfico
• A inovação científico-técnica
• A substituição e diversificação de “fontes
primárias” de energia
• A diversificação de vectores energéticos ou
(“energia secundária”)
• A multiplicação das utilizações de “energia
final”
• A omnipresença de “máquinas” e a integração
económica mundial conducentes à
intensificação da utilização de energia
• O “Crescimento Económico” será sustentável?
21.11.2005
CGE e ASPO
2
21.11.2005
CGE e ASPO
3
Evolução do Consumo Mundial de Energia (exclui
biomassa). Fonte: Schilling & Al. (1977), IEA (2002),
Observatoire de l'Energie (1997).
21.11.2005
CGE e ASPO
4
Consumo de Combustíveis Fósseis:
Crescimento Assimétrico
Fonte: 'Deutsche Institute fur Wirtschaftsforschung' , Berlin 2005
21.11.2005
CGE e ASPO
5
Substituição de Fontes de Energia Primária
Nakicenovic, IIASA 2001
21.11.2005
CGE e ASPO
6
21.11.2005
CGE e ASPO
7
21.11.2005
CGE e ASPO
8
21.11.2005
CGE e ASPO
9
RESERVAS e CAPACIDADE de
PRODUÇÃO de
HIDROCARBONETOS
• Distinguir entre hidrocarbonetos convencionais
e não convencionais
• Distinguir entre recursos e reservas
• Observar as taxas históricas de descoberta e de
extracção de hidrocarbonetos
• A produção de petróleo atingiu o máximo, em
1970 nos EUA, em 1987 na URSS, e em 2000 no
Mar do Norte, etc.
• A curva de M.K. Hubbert e as suas previsões
relativas
aos
EUA
e
ao
Mundo
21.11.2005
CGE e ASPO
10
21.11.2005
CGE e ASPO
11
21.11.2005
CGE e ASPO
12
21.11.2005
CGE e ASPO
13
Mundo – petróleo conventional
Discoveries, G b/a
140
Ultimate : 1950 Gb
Extracted To-date: 94540
Gb
120
35
100
30
80
25
Peak
Discovery
60
20
15
High Prices
Curb Demand
40
10
20
0
1930
21.11.2005
5
1950
1970
1990
CGE e ASPO
2010
2030
Production, G b/a
Peak Discovery 1964
0
2050
14
AS RESERVAS SÃO
PREVISÍVEIS E ESCASSAS
• A distribuição das jazidas por dimensão de reservas é
previsível
• Reservatórios gigantes são encontrados primeiro,
detêm o grosso das reservas provadas, são muito
produtivos e são muito raros
• A probabilidade de encontrar reservas adicionais é
previsível
• A nível mundial, a taxa de extracção excede
sistematicamente a taxa de descoberta desde 1980
• A previsão das Reservas Últimas Recuperáveis
“URR” é consistente
21.11.2005
CGE e ASPO
15
Descobertas em Função do Esforço de
Prospecção.
(“creaming curve”)
21.11.2005
CGE e ASPO
16
Descobertas acumuladas, todo o mundo excepto
EUA e Canada, por classe de dimensão.
Fonte: Jean Laherrère, 2003
21.11.2005
CGE e ASPO
17
Jazidas gigantes e super-gigantes
Fonte: Mattew Simmons International Bankers, 2003
21.11.2005
CGE e ASPO
18
THE GROWING GAP
60
Past Discovery
50
Future Discovery
40
Production
Gb/a
30
Past discovery based
on ExxonMobil (2002).
Revisions backdated
20
10
0
1930
21.11.2005
1950
1970
1990
CGE e ASPO
2010
2030
2050
19
O crescente deficite
70
60
50
40
30
20
10
0
-10
-20
-30
Drilling more
does not help
12
10
8
6
4
Wildcats (x1000)
Gb, year
entre Descoberta e Extracção
2
0
1960
21.11.2005
1965
1970
1975
1980
CGE e ASPO
1985
1990
1995
20
RESERVAS ÚLTIMAS RECUPERÁVEIS
Fonte: ASPO Workshop, Paris 2003
21.11.2005
CGE e ASPO
21
Dotacção de Reservas
de Petróleo convencional
Dotacção mundial de Petróleo convencional:
Produzido
Reservas
Discobertas
Por descobrir
Por produzir
Reservas Ultimas
Taxa de descoberta
21.11.2005
945 Gb
760
1800
145
905
1850
~ 6 Gb/ano
CGE e ASPO
22
Petróleo Não-Convencional
• As Novas fronteiras da prospecção e
exploração
• Definições não padronizadas, compreendem
– Petróleo Pesado e Ultra-pesado
– Areias Betuminosas
– Xistos asfálticos
– Offshore profundo
– Polar
– Líquidos de Gás Natural (NGL)
– Líquidos do Carvão
– Sintéticos: GTL e CTL
21.11.2005
CGE e ASPO
23
Novas fronteiras da prospecção e exploração
0
200
USA
400
Gulf of Mexico
600
Water depth in meters
800
Brazil
Adriatic
(Agip)
Gaboon
1000
(Petrobras)
(Petrobras)
Brazil
1027 m
1200
1400
Congo
1600
1800
Brazil (Petrobras)
1709 m
Mediterranean sea
Brazil (Petrobras)
1852 m
2000
2200
Gulf of Mexico
Texas 2370 m
2400
Production
Exploration
2600
Gulf of Mexico (Unocal)
2965 m
2800
60
65
© CEG-IFP Janv. 2002
21.11.2005
70
Brazil (Petrobras)
2777 m
75
80
ATI ON
CGEFORM
e ASPO
INDUSTRIE
85
90
95
00 01
A 331*1
24
PEAK OIL
21.11.2005
CGE e ASPO
25
RESERVAS ÚLTIMAS RECUPERÁVEIS E
TAXAS DE PRODUÇÂO, TODAS AS ORIGENS
ESTIMATED PRODUCTION TO 2100
Amount
Gb
Annual Rate - Regular Oil
Regular Oil
Mb/d 2005 2010 2020 2050
Past
Future
Total US-48
3.4
2.7
1.7 0.4
Known Fields
New
Europe
5.2
3.6
1.8 0.3
945
760
145
1850 Russia
9.1
8
5.4 1.5
905
ME Gulf
20
20
20
12
All Liquids
Other
28
25
17
8
World
66
59
46
22
1040
1360
2400
2004 Base Scenario
Annual Rate - Other
M.East producing at capacity
Heavy etc. 2.4
4
5
4
(anomalous reporting corrected) Deepwater 4.8
7
6
0
Regular Oil excludes oil from
Polar
0.9
1
2
0
coal, shale, bitumen, heavy,
Gas Liquid 8.0
9
10
8
deepwater, polar & gasfield NGL
0
2
Rounding
ALL
82
80
70
35
Revised
26/01/2005
21.11.2005
CGE e ASPO
End 2004
Gb Peak
Total Date
200 1972
75 2000
220 1987
680 1974
675 2004
1850 2006
160
70
52
275
-7
2400
2021
2014
2030
2027
2007
26
Produção Mundial, excepto OPEC e FSU
21.11.2005
CGE e ASPO
27
21.11.2005
CGE e ASPO
28
Projecções do Pico de Produção Mundial de
Petróleo segundo diferentes autores e entidades
Robert Hirsch, The Atlantic Council of the US, Bulletin October 2005 Vol.XVI No.3
http://www.aspousa.org/assets/pdf/051007-Hirsch_World_Oil_Production.pdf
2006-2007 - Bakhitari, A.M.S. - Oil Executive (Iran)
2007-2009 - Simmons, M.R. - Investment banker (U.S.)
After 2007 - Skrebowski, C. - Petroleum journal editor (U.K.)
Before 2009 - Deffeyes, K.S. - Oil company geologist (U.S.)
Before 2010 - Goodstein, D. - Vice Provost, Cal Tech (U.S.)
Around 2010 - Campbell, C.J. - Oil geologist (ret., Ireland)
After 2010 - World Energy Council World - NGO
2012 - Pang Xiongqi - Petroleum Executive (China)
2010-2020 - Laherrere, J. - Oil geologist (ret., France)
2016 - EIA nominal case - DOE analysis/ information (U.S.)
After 2020 - CERA - Energy consultants (U.S.)
2025
or later - Shell - MajorCGE
oile company
(U.K.)
21.11.2005
ASPO
29
21.11.2005
CGE e ASPO
30
A Energia e a Espécie Humana
Milhões de habitantes
7000
6000
5000
4000
3000
2000
1000
0
1600
?
1700
1800
1900
2000
2100
2200
Anno Domini
Firewood
21.11.2005
Coal
Oil
Gas
Non-Con
CGE e ASPO
Nuclear
Renew/Save
31
A ENERGIA FÓSSIL a CAMINHO
do ESGOTAMENTO
•
•
•
•
A génese dos hidrocarbonetos é conhecida
O conhecimento dos seus recursos é quase exaustivo
Os combustíveis fósseis são finitos e escassos
Os recursos minerais mais “acessíveis” foram e são
explorados primeiro
• O “custo energético” de extracção cresceu e continua a
crescer
• A “ disponibilidade” de energia fóssil diminui: obter energia
requer cada vez mais energia
• Há um limite para a quantidade de energia fóssil disponível:
quando o custo em energia dispendida igualar o benefício
em energia recolhida
21.11.2005
CGE e ASPO
32
Óleo
s
á
G
21.11.2005
q
o
m
Ter
co
i
u ím
CGE e ASPO
33
Geology of an Oil Field
Water well
Critical
Temperature
60-120 0C
Gas
Seal
Oil
Sandstone
Reservoir
21.11.2005
Water
Migrating Oil
CGE e ASPO
8 34
Fluxo de Massa no Reservatório
O hidrocarboneto preenche os poros da rocha reservatório.
Os grãos minerais estão frequentemente cobertos de uma
película de água. A permabilidade condiciona o fluxo.
21.11.2005
CGE e ASPO
35
Estágios de Produção
• Produção Primária
– inicialmente, o petróleo emerge sob acção da pressão preexistente na jazida
– período mais produtivo, enquanto a pressão declina
– com a queda de pressão, o gás dissolvido liberta-se
• Produção Secundária - EOR (re-estabelecer a pressão)
– bombear água sob o petróleo (Ghawar, Arábia Saudita)
– bombear azoto sobre o petróleo (Cantarell, Mexico)
– bombear gás natural ou CO2 (US, Noruega)
• Produção terciária (medidas extremas)
– bombas subterrâneas, detergentes, explosões
– inoculação de bactérias para digestão do petróleo e repressurização com o bio-gás
• EROEI (energy return on energy investment) ou EPR
– decresce com cada estágio sucessivo até EROEI 1
21.11.2005
CGE e ASPO
36
CONSUMOS DE MASS E ENERGIA
RECURSO
NATURAL
RESERVATÓRIO
MATÉRIA PRIMA
DESCARGAS DE MASSA E ENERGIA
21.11.2005
CGE e ASPO
37
CONSUMOS DE MASS E ENERGIA
Realimentação
RECURSO
NATURAL
RESERVATÓRIO
HIDROCARBONETO
EROEI / EPR
Decrescente
DESCARGAS DE MASSA E ENERGIA
21.11.2005
CGE e ASPO
38
CICLO DE VIDA DO CAM PO PETROLÍFERO
2,5
2
1,5
1
Taxa de Ext racção
Taxa de Consumo
Pr odução lí quida
0,5
0
1
5
9
13
17
21 25
29
33
37
41 45
49
53
57
61 65
69
73
77
81 85
89
93
97
- 0,5
-1
Te mpo
21.11.2005
CGE e ASPO
39
ENERGIA PRIMÁRIA
Petróleo e Gás Natural
(à saída do poço)
1940's
1970's
2000’s
Carvão (à boca da mina)
1950's
1970's
Xistos asfálticos
Areias betuminosas
Offshore profundo
Liquefacção Carvão
21.11.2005
EROEI / EPR
Descobertas > 100
Descobertas 8, Extracção 23
Descobertas x, Extracção 10
80
30
1a6
2a4
5
0.5 a 8
CGE e ASPO
40
PEAKING OF WORLD OIL
PRODUCTION:
IMPACTS, MITIGATION,
RISK MANAGEMENT
Robert L. Hirsch, SAIC, Roger Bezdek, MISI, Robert
Wendling, MISI
Presentation to ASPO, May 2005
Based on a Study for the U.S. Department of Energy
http://www.cge.uevora.pt/aspo2005/abscom/ASPO2005
_Hirsch.ppt
21.11.2005
CGE e ASPO
41
21.11.2005
CGE e ASPO
42

Documentos relacionados

Geoboletim Volume 1 Número 2

Geoboletim Volume 1 Número 2 Alexandre Araújo, CGE e Departamento de Geociências Ana Maria Silva, CGE e Departamento de Física David Berry, CGE e Departamento de Física João Corte-Real, CGE e Departamento de Física Mourad Bezz...

Leia mais