2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA LÍNGUA

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2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA LÍNGUA
2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
LÍNGUA PORTUGUESA – Questões de 01 a 20
1)
12 de Outubro
Racionais Mc's
12 de outubro de 2001
Dia das Criança
Várias festa espalhada na periferia
No Parque Santo Antônio hoje teve uma festa
Foi bancada pela irmandade, uma organização
Tavam confeccionando roupa lá no Parque Santo Antônio lá
Lutando
Remando contra a maré
Mas tá lá tá firme
Tinha umas 300 pessoa
No, na festa das criança
(...)
E o moleque era mó revolta, vai vendo
Moleque revolta
E ele tava friozão
Jogando bola lá, tal
Como se nada tivesse acontecido
Ali marcou pra ele
Talvez ele tenha se transformado numa outra pessoa aquele dia
Vai vendo o barato
Dia das criança
O rap é um gênero de música popular, em que os versos são declamados
rapidamente. A linguagem segue o padrão falado predominantemente pelos
jovens de periferias urbanas. Na composição acima, os termos destacados
indicam uma tendência dessa variedade linguística, que é
a)
b)
c)
d)
marcar uma só palavra para indicar o plural.
conjugar o verbo na segunda pessoa.
transformar a pronúncia "lh" em "i".
usar palavras em sentidos figurados.
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GABARITO 1
1
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2)
Leia:
"Um levantamento feito por um Centro de Medicina Diagnóstica revelou que a
saúde dos executivos vai mal. De acordo com a análise realizada com 161
profissionais que se submeteram a um check-up, foi constatado que 66%
estavam com excesso de peso e 40% eram sedentários. Além disso, 42%
tinham colesterol elevado e 13% apresentaram hipertensão".
Revista Isto É, 24/03/2004, com adaptações.
Pode-se perceber que o texto acima têm um caráter
a)
b)
c)
d)
3)
iterário
político.
informativo.
dissertativo.
Leia:
A Rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas,
Pensem nas meninas
Cegas inexatas,
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas,
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas.
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa, da rosa!
Da rosa de Hiroshima,
A rosa hereditária,
A rosa radioativa
Estúpida e inválida,
A rosa com cirrose,
A anti-rosa atômica.
Sem cor, sem perfume,
Sem rosa, sem nada.
(Vinícius de Moraes)
O poema de Vinícius de Moraes (1913-1980) foi musicado na década de 70
pelo grupo Secos e Molhados. Em seus versos, constrói-se um apelo para que
não seja esquecida a
a)
b)
c)
d)
2
situação econômica de um país bombardeado.
potência destrutiva de uma bomba nuclear.
falta de alimento nos países em desenvolvimento.
presença de mulheres nas guerras mundiais.
GABARITO 1
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4)
Leia o texto:
A necessidade da descrição das línguas indígenas brasileiras
Hoje, no Brasil, ainda são faladas cerca de 180 línguas indígenas. A grandeza
desse número se apequena se comparada com a estimativa de cerca de
1.200 línguas indígenas que eram faladas no território brasileiro quando aqui
chegaram os primeiros europeus, na virada para o século XVI.
(Texto adaptado. Fonte: LUCCHESI, Dante. Grandes Territórios
Desconhecidos in http://www.vertentes.ufba.br/alfal.htm)
Considerando as palavras destacadas na sequência em que aparecem no
texto, identifique a que termos, respectivamente, elas remetem.
a)
b)
c)
d)
5)
180, cerca de 1.200, território brasileiro
180, século XVI, território brasileiro.
cerca de 1.200, território brasileiro, 180.
cerca de 1.200, 180, século XVI.
O texto abaixo é parte de uma entrevista de Tarcísio Barros concedida a
Dráuzio Varella.
Profissionais propensos a problemas de coluna.
Dráuzio
_ De acordo com sua experiência quais Profissões favorecem o aparecimento de
problemas na coluna?
T. Barros
_ Carregadores de peso, como os estivadores, por exemplo, acabam apresentando
mais problemas porque expõem a coluna à sobrecarga continua. Por paradoxal
que pareça, pessoas que trabalham paradas na mesma posição sem relaxar a
musculatura, como os caixas de bancos ou quem fica horas em frente do
computador, também representam uma população de risco. Nesse caso, é
recomendável levantar-se a cada 40 ou 50 minutos, andar um pouco e colocar um
tablado para erguer alternada mente os pés e relaxar a musculatura. Motoristas de
Veículos pesados também se incluem no grupo de risco. Há um estudo
interessante mostrando que quem dirige carros mais velhos tem mais problemas de
coluna do quem dirige carros novos e em melhores condições mecânicas.
(Entrevista de Tarcisio Barros, médico e professor de Ortopedia da USP a Drauzio Varella, in
http://www.drauziovarella.com.br/entrevistas.barros_coIunaB.asp)
A entrevista indica atitudes que diminuem as causas de problemas na coluna.
Qual das opções abaixo indica uma dessas atitudes?
a)
b)
c)
d)
Dirigir com mais atenção os carros em más coodiçôes mecânicas.
Descansar os pés sobre um tablado, após andar por mais de 40 minutos.
Intercalar movimentos no período em que se trabalha sentado.
Aumentar a resistência da coluna com o levantamento de pesos.
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6)
Leia o texto:
Se fosse ensinar a uma criança, a arte da leitura não começaria com as letras
e as sílabas. Simplesmente leria as histórias mais fascinantes que a fariam
entrar no mundo encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus
poderes mágicos, ela quereria que eu lhe ensinasse o segredo que transforma
letras e sílabas em histórias. É assim. É muito simples.
Rubem Alves é educador, teólogo, psicanalista e escritor. A1manaque
Brasil de Cultura Popular, setembro 2004.
Segundo Rubem Alves,
a)
b)
c)
d)
7)
a escrita é mais importante que a oralidade no processo inicial do
ensino/aprendizagem.
por meio da oralidade, a criança pode aprender a arte da leitura.
contar histórias atrapalha a criança no processo de aquisição da escrita.
a arte da leitura é uma fantasia que passa como um toque de mágica.
"Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio de
sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas
dependentes de substâncias entorpecentes"
(Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei Federal nº 8.069/90)
A finalidade de: texto acima é assegurar
a)
b)
c)
d)
4
a segurança a todos os cidadãos no território nacional.
a permanência dos jovens ao lado de pessoas que usam entorpecentes.
que a criança e o adolescente sejam responsabilidade de toda a
sociedade.
o direito da criança e do adolescente ao convívio familiar, em ambiente
saudável.
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8)
Leia:
Bioinformática é parte essencial da genética atual
Toda a pesquisa da moderna biologia molecular não seria possível sem a
computação. Os programas de computador permitem a comparação das
sequências descobertas com padrões genéticos já conhecidos e armazenados
em bancos e dados disponíveis na Internet. O volume de dados é tão grande
que fazer a comparação "manualmente" torna-se cada mais inviável. Para se
ter uma ideia, a quantidade ação guardada no maior banco de dados
internacional de sequências genéticas, o GenBank, quase dobra ano.
(Texto adaptado. Fonte: Com Ciência. Revista Eletrônica de Jornalismo
Científico. Agosto/2005)
De acordo com o texto, a informática tornou-se essencial para os estudos de
genética porque
a)
b)
c)
d)
9)
amplia as possibilidades de o pesquisador trocar de emprego.
viabiliza a comparação de grande quantidade de informações.
mantém as informações sob o controle de grupos de pesquisas.
dispensa a contratação de cientistas para o trabalho de campo.
Leia:
'Causo' de amor
Boldrin, paulista de São Joaquim da Barra, criado em Guaíra, perto de
Barretos, tem, digamos, um causo de amor com o Brasil.
(Texto adaptado. Fonte: Jornal do Brasil. Caderno B, 27/07/2005)
Observe a palavra causo, empregada no texto. Ela faz parte de uma variante
regional da língua portuguesa, encontrada especialmente no sertão brasileiro.
No texto, retirado de um jornal, ela aparece entre aspas ('causo') e em itálico
(causo). Esse destaque na redação do termo sugere que o autor quer
a)
b)
c)
d)
afirmar que ele pertence ao grupo de falantes de uma variante, regional.
ensinar a forma correta de escrever essa palavra na variante padrão culta.
abolir o uso dessa expressão nos textos publicados pela imprensa escrita.
marcar o uso intencional dessa palavra dentro do texto em norma culta.
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10) Leia:
"Muitas vezes, cidadãos são marginalizados por não saberem empregar a
norma culta na hora de falar ou de escrever. Esse comportamento é chamado
de preconceito linguístico.
A língua é viva e sofre modificações de acordo com o contexto.
É um engano pensar que haja certos ou errados absolutos. Há razões
históricas para que comunidades inteiras se expressem de uma forma e não
de outra. Exigir que todos empreguem a mesma linguagem é um desrespeito
às diferenças."
(Sarmento, Leita Lavar. Oficina de Redação. São Paulo:
Moderna, 2003vol. 3, 7• série, pág. 131.)
Seguindo as ideias do texto, podemos concluir que
a)
b)
c)
d)
a língua é morta e não sofre modificações.
a variação linguística no nosso país é respeitada.
a linguagem culta é a única língua falada no Brasil.
muitos cidadãos são marginalizados por não saberem a normaculta.
11) Teatro do Oprimido é um método teatral que sistematiza exercícios, jogos e
técnicas teatrais elaboradas pelo teatrólogo brasileiro Augusto Boal,
recentemente falecido, que visa à desmecanização física e intelectual de seus
praticantes. Partindo do princípio de que a linguagem teatral não deve ser
diferenciada da que é usada cotidianamente pelo cidadão comum (oprimido),
ele propõe condições praticas para que o oprimido se aproprie dos meios do
fazer teatral e, assim, amplie suas possibilidades de expressão. Nesse sentido
todos podem desenvolver essa linguagem e consequentemente, fazer teatro,
Trata-se de um teatro em que o espectador é convidado a substituir o
protagonista e mudar a condução ou mesmo o fim da história, conforme o
olhar interpretativo e contextualizado do receptor.
Companhia Teatro do Oprimido. Disponível em:
www.ctono.org.br. Acesso em: 1 jul, 2009 (adaptado).
Considerando-se as características do Teatro do Oprimido apresentadas,
conclui-se que
a)
b)
c)
d)
6
esse modelo teatral é um método tradicional de fazer teatro que usa, nas
suas ações cênicas, a linguagem rebuscada e hermética falada
normalmente pelo cidadão comum.
a forma de recepção desse modelo teatral se destaca pela separação
entre atores e público, na qual os autores representam seus personagens
e a platela assiste passivamente ao espetáculo.
sua linguagem teatral pode ser democratizada e apropriada pelo cidadão
comum, no sentido de proporcionar-lhe autonomia crítica para
compreensão e interpretação do mundo em que vive.
o convite ao espectador para substituir o protagonista e mudar o fim da
história evidencia que a proposta de Boal se aproxima das regras do
teatro tradicional para a preparação de atores.
GABARITO 1
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12) A dança é importante para o índio preparar o corpo e a garganta e significa
energia para o corpo, que fica robusto. Na aldeia, para preparo físico,
dançamos desde cinco horas da manhã até seis horas da tarde, passa-se o
dia inteiro dançando quando os padrinhos planejam a dança dos adolescentes.
O padrinho é como um professor, um preparador físico dos adolescentes. Por
exemplo, o padrinho sonha com um determinado canto e planeja para todos
entoarem. Todos os tipos de dança vêm dos primeiros xavantes:
Wamaridzadadzeiwawe, Butséwawe, Tseretomodzatsewawe, que foram
descobrindo através da sabedoria como iria ser a cultura Xavante. Até hoje
existe essa cultura, essa celebração. Quando o adolescente fura a orelha é
obrigatório ele dançar toda a noite, tem de acordar meia-noite para dançar e
cantar, é obrigatório, eles vão chamando um ao outro com um grito especial.
WÉRÉ' É TSI'RÓBÓ, E. A dança e o canto-celebração da existência xavante. VIS-Revista do
Programa de Pós-Graduação em Arte da Un. V. 5, n. 2, dez. 2006.
A partir das informações sobre a dança Xavante, conclui-se que o valor da
diversidade artística e da tradição cultural apresentados originam-se da
a)
b)
c)
d)
inidativa individual do indígena para a prática da dança e do canto.
excelente forma física apresentada pelo povo Xavante.
multiculturalidade presente na sua manifestação cênica.
preservação de uma identidade entre a gestualidade ancestral e a
novidade dos cantos a serem entoados.
13) Leia os textos:
Texto I
O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for
a orientação, vamos cair na "língua brasileira", refúgio nefasto e confissão
nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de
cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a
nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e
representa o idioma pátrio?
ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da língua portuguesa.
Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado).
Texto II
Alguns leitores poderão achar que a linguagem desta Gramática se afasta do
padrão estrito usual neste tipo de livro. Assim, o autor escreve tenho que
reformular e não tenho de reformular; pode-se colocar dois constituintes, e não
podem-se colocar dois constituintes e assim por diante. Isso foi feito de caso
pensado,'com a preocupação de aproximar a linguagem da gramática do
padrão, atual brasileiro presente nos textos técnicos e jornalísticos de nossa
época.
REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A. gramatica
descritiva do português. São Paulo - 1996.
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Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que
a)
b)
c)
d)
ambos os textos tratam da questão do uso da língua com o objetivo de
criticar a linguagem do brasileiro.
os dois textos defendem a ideia de que o estudo da gramática deve ter o
objetivo de ensinar as regras prescritivas da língua.
a questão do português falado no Brasil é abordada nos dois textos, que
procuram justificar como é correto e aceitável o uso coloquial do idioma.
o primeiro texto prega a rigidez gramatical no uso da língua, enquanto o
segundo defende uma adequação da língua escrita ao padrão atual
brasileiro.
14) O dia em que o peixe saiu de graça
Uma operação do Ibama para combater a pesca ilegal na divisa entre os
Estados do Pará, Maranhão e Tocantins incinerou 110 quilômetros de redes
usadas por pescadores durante o período em que os peixes se reproduzem.
Embora tenha um impacto temporário na atividade econômica da região, a
medida visa preservá-la ao longo prazo, evitando o risco de extinção dos
animais. Cerca de 15 toneladas de peixes foram apreendidas e doadas para
instituições de caridade.
Época, 23 mar. 2009(adaptado)
A notícia, do ponto de vista de seus elementos constitutivos
a)
b)
c)
d)
8
apresenta argumentos contrários à pesca ilegal.
tem um título que resume o conteúdo do texto.
informa sobre uma ação, a finalidade que a motivou e o resultado dessa
ação.
dirige-se aos órgãos governamentais dos estados envolvidos na referida
operação do Ibama .
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15) Resta saber o que ficou das línguas indígenas nó português do Brasil. Serafim
da Silva "Neto afirma: "No português brasileiro não há, positivamente,
influência das línguas africanas ou ameríndias". Todavia, é difícil de aceitar
que um longo período de bilinguismo de dois séculos não deixasse marcas no
português do Brasil.
EUA, 5. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil.
Rio de Janeiro: Lucerna, 2003 (adaptado).
No final do século XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta,
que continha um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto
chamada "demótico", e o mesmo texto escrito em grego. Até então, a antiga
escrita egípcia não estava decifrada. O inglês Thomas Young estudou o objeto
e fez algumas descobertas como, por exemplo, a direção em que a leitura
deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean-François Champollion voltou a
estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego,
provando que, na verdade, o grego era a língua original do texto e que o
egípcio era uma tradução.
Com base na leitura dos textos conclui-se, sobre as línguas,
a)
b)
c)
d)
que cada língua é única e intraduzível.
elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais
falantes dessa língua.
a língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade
que a produzia é extinta.
o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura gramatical,
assim como as línguas indígenas brasileiras e o português do Brasil.
16) A única opção em que o advérbio em destaque indica o ponto de vista do autor
é:
a)
b)
c)
d)
"Provavelmente, o analfabetismo dos adultos terá sido erradicado."
"Se os poderes públicos não in estirem sistematicamente na expansão
desses dois níveis ... "
"Estes, por definição, são bens cujo usufruto é necessariamente
coletivo."
" ... e não podem ser apropriados exclusivamente por ninguém."
17) Em "A pesquisa ... reúne atualmente cerca de 150 pesquisadores no Brasil
e no exterior ... ", o termo "atualmente" expressa:
a)
b)
c)
d)
intensidade.
tempo.
modo.
afirmação
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Para responder às questões de números 18 e 19, leia o poema de Mário Quintana.
DE GRAMÁTICA E DE LINGUAGEM
E havia uma gramática que dizia assim:
“Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta”.
Eu gosto é das cousas. As cousas, sim! ...
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso.
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém.
Uma pedra. Um armário. Um ovo.
(Ovo, nem sempre, Ovo pode estar choco: é inquietante...)
As cousas vivem metidas com as suas cousas.
E não exigem nada.
Apenas que não as tirem do lugar onde estão.
E João pode neste mesmo instante vier bater à nossa porta.
Para quê? Não importa: João vem!
E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão,
Amigo ou adverso... João só será definitivo
Quando esticar a canele. Morre, João...
Mas o bom, mesmo, são os adjetivos,
Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.
Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. Luminoso.
Sonoro. Lento. Eu sonho
Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos
Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais.
Ainda mais:
Eu sonho com um poema
Cujas palavras sumarentas escorram
Como a polpa de um fruto maduro em tua boca,
Um poema que te mate de amor
Antes mesmo que tu lhe saibas o misterioso sentido:
Basta provares o seu gosto...
Mario Quintana - Nariz de Vidro, 1984
18) Para o poeta, a linguagem deve:
a)
b)
c)
d)
10
ser inquietante e misteriosa como um ovo que, quando choco, guarda
sentidos desconhecidos.
ser composta pelos substantivos concretos e pelos adjetivos para
assemelhar-se à linguagem das plantas e dos animais.
conseguir matar as pessoas que, como diz o poeta, atrapalham. Por isso
ele afirma: "Morre, João ... "
bastar-se a si mesma, pois há de conter a essência do sentido na sua
constituição.
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19) “Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos/Como decerto é a
linguagem das plantas e dos animais."
Referindo-se à linguagem das plantas e dos animais, o poeta:
a)
b)
c)
d)
ironiza a ideia de que ela seja composta apenas por adjetivos.
nega que ela seja composta apenas por adjetivos.
mostra que, em muitas situações, ela deve ser composta de adjetivos.
indica a possibilidade de que ela seja composta apenas por adjetivos
20) Os testes de QI, um dos antigos parâmetros usados para medir a inteligência,
já não servem mais para avaliar a capacidade cerebral de uma
pessoa.
No texto, o advérbio mais deixa pressuposta a ideia de que:
a)
b)
c)
d)
os testes de QI serviram, no passado, para medir a inteligência.
hoje os testes de QI são melhores do que no passado para avaliar a
inteligência.
os testes de QI nunca serviram para medir a inteligência.
no passado, além dos testes de QI, outros parâmetros serviram para
medir a inteligência.
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LITERATURA – Questões de 21 a 40
21) Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
(ANDRADE, Oswald de. Seleção de textos. São Paulo: Nova Cultural, 1988)
“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar,
despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos
personagens (...).”
(CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima gramática da língua portuguesa.
São Paulo: Nacional, 1980)
Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se
afirmar que ambos:
a)
b)
c)
d)
condenam essa regra gramatical.
criticam a presença de regras na gramática.
afirmam que não há regras para uso de pronomes.
relativizam essa regra gramatical.
22) (UFRGS) Acabava de entrar em casa do Major Policarpo Quaresma o Senhor
Ricardo Coração dos Outros, homem célebre pela sua habilidade em cantar
modinhas e tocar violão. Em começo, a sua fama estivera limitada a um
pequeno subúrbio da cidade, em cujos “saraus” ele e seu violão figuravam
como Paganini e sua rebeca em festas e duques; mas, aos poucos, com o
tempo, foi tomando toda a extensão dos subúrbios, crescendo, solidificandose, até ser considerada como coisa própria a eles. Não se julgue, entretanto,
que Ricardo fosse um cantor de modinhas aí qualquer, um capadócio. Não;
Ricardo Coração dos Outros era um artista a frequentar e a honrar as
melhores famílias do Méier, Piedade e Riachuelo. (...)
Dessa maneira, Ricardo Coração dos Outros gozava da estima geral da alta
sociedade suburbana. É uma alta sociedade muito especial e que só é alta nos
subúrbios. Compõe-se em geral de funcionários públicos, de pequenos
negociantes, de médicos com alguma clínica, de tenentes de diferentes
milícias (...).
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GABARITO 1
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A descrição que o narrador faz de Ricardo Coração dos Outros
a)
b)
c)
d)
coloca-o em posição de inferioridade em relação aos habitantes locais.
Aproxima- o das características do Major Quaresma.
enaltece sua competência musical.
ridiculariza seus dotes musicais.
23) (UFMG/Modificada) Leia o poema a seguir, da autoria de Manuel Bandeira:
Café com pão / Trem
de ferro
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto
maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar
Vou mimbora vou
mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô......
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô...
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...
Manuel Bandeira
Sobre o poema, assinale a única alternativa INCORRETA.
a)
b)
c)
d)
A composição baseia-se em brincadeira popular procedimento freqüente
na poesia de Manuel Bandeira.
O poema é construído a partir do ponto de vista de um observador que vê
passar um trem de ferro e no aspecto formal é marcado pelo uso das
rimas ricas muito expressivas no Modernismo.
O ritmo primordialmente binário do poema e a ocorrência de repetições
recriam o funcionamento da locomotiva.
O uso intencional dos aspectos fônicos confere expressividade ao poema
e reforça o sentido de seu título.
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GABARITO 1
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24) (FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo
exaltado e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três
diferentes projetos, que objetivam “reformar” o país. Esses projetos visam,
sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional:
a)
b)
c)
d)
linguístico, industrial, e militar;
cultural, agrícola e político;
linguístico, político e militar;
cultura, industrial e político.
Texto para as questões 25 e 26:
“Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento
modernista brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas
que representam o pensamento estético predominante na época.
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente protocolo e
[manifestações de apreço as Sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo
[de um vocábulo.
Abaixo os puristas
(...)
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare
- Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.
(Manuel Bandeira)
25) Com base na leitura do poema, podemos afirmar CORRETAMENTE que o
poeta:
a)
b)
c)
d)
14
Propõe a criação de um novo lirismo.
Critica todo e qualquer lirismo da Literatura.
Propõe o retorno ao lirismo do movimento romântico.
Critica o lirismo louco do movimento modernista.
GABARITO 1
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26) Em “lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um
vocábulo” está contida uma referencia irônica:
a)
b)
c)
d)
ao poeta parnasiano e sua subordinação ao inessencial;
ao poeta romântico e seus estados d’alma;
ao poeta simbolista em seu afã de musicalidade;
ás pesquisas da lírica contemporânea.
27) Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fi zera a tolice
de estudar inutilidades.
Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem… Em que lhe
contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada… O
importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das coisas do
tupi, do folk-lore, das suas tentativas agrícolas… Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação?
Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à
loucura. Uma decepção.
E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e ela não era fácil como
diziam os livros. Outra decepção.
E, quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções.
Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como
feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção.
A sua vida era uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de
decepções.
A pátria que quisera ter era um mito; um fantasma criado por ele no silêncio de
seu gabinete.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma. Disponível em:
www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 8 nov. 2011.
O romance Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, foi publicado
em 1911. No fragmento destacado, a reação do personagem aos
desdobramentos de suas iniciativas patrióticas evidencia que
a)
b)
c)
d)
a dedicação de Policarpo Quaresma ao conhecimento da natureza
brasileira levou-o a estudar inutilidades, mas possibilitou-lhe uma visão
mais ampla do país.
a curiosidade em relação aos heróis da pátria levou-o ao ideal de
prosperidade e democracia que o personagem encontra no contexto
republicano.
a construção de uma pátria a partir de elementos míticos, como a
cordialidade do povo, a riqueza do solo e a pureza linguística, conduz à
frustração ideológica.
a certeza da fertilidade da terra e da produção agrícola incondicional faz
parte de um projeto ideológico salvacionista, tal como foi difundido na
época do autor.
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
GABARITO 1
15
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 2ª Série – 2014
28) (UFU – MG) Leia o trecho seguinte, de Triste fim de Policarpo Quaresma, que
reproduz um diálogo de Ricardo Coração dos Outros com Quaresma e D.
Adelaide.
“Oh! Não tenho nada novo, uma composição minha. O Bilac conhece? quis
fazer-me uma modinha, eu não aceitei; você não entende de violão, Seu Bilac.
A questão não está em escrever uns versos certos que digam coisas bonitas;
o essencial é achar-se as palavras que o violão pede e deseja. (...)
(...) vou cantar a Promessa, conhecem?
Não disseram os dois irmãos.
Oh! Anda por aí como as “Pombas do Raimundo.”
(Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma.)
Parta do trecho lido para marcar a alternativa INCORRETA.
a)
b)
c)
d)
16
Olavo Bilac e Raimundo Correia deram vazão à sensibilidade pessoal,
evitando como compromisso único o esmero técnico e produziram uma
poesia lírica amorosa e sensual (Olavo Bilac), marcada por uma certa
inquietação filosófica (Raimundo Correia).
Bilac (Olavo Bilac), Raimundo (Raimundo Correia) e Alberto de Oliveira
formaram a “tríade parnasiana” da literatura brasileira, escrevendo uma
poesia de grande qualidade técnica, que concebia a atividade poética
como a habilidade no manejo do verso.
O Parnasianismo, pela supervalorização da linguagem preciosa, pela
buscada palavra exata, do emprego da rima rica e da métrica perfeita, foi
um estilo literário de curta duração que se restringiu à elite literária do Rio
de Janeiro.
Assim como Ricardo, que deseja “a palavra que o violão pede”, Lima
Barreto acreditava que a linguagem literária clássica, formal, não era
adequada para o tipo de literatura que produzia: marcada pela visão
crítica, pela objetividade da denúncia, pela simplicidade comunicativa.
GABARITO 1
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2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
29) NAMORADOS
O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
— Antonia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com a sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
— Você não sabe quando a gente e criança e de repente vê uma lagarta
listrada?
A moça se lembrava:
— A gente fica olhando...
A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prosseguiu com muita doçura:
— Antonia, você parece uma lagarta listrada.
A moça arregalou os olhos, fez exclamações.
O rapaz concluiu:
— Antonia, você é engraçada! Você parece louca.
(Manuel Bandeira. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1985.)
No poema de Bandeira, importante representante da poesia modernista,
destaca-se como característica da escola literária dessa época:
a)
b)
c)
d)
a reiteração de palavras como recurso de construção de rimas ricas.
a utilização expressiva da linguagem falada ou coloquial em situações do
cotidiano.
a criativa simetria de versos para reproduzir o ritmo do tema abordado.
a escolha do tema do amor romântico, caracterizador do estilo literário
dessa época.
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GABARITO 1
17
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 2ª Série – 2014
30) Leia o texto para responder a questão.
Petição ao prefeito
Governador desta cidade,
Excelentíssimo Prefeito
General Mendes de Morais,
Ouça o que digo, e tenho que há de
Mover-se-lhe o sensível peito
Dado às coisas municipais!
Há no interior do quarteirão
Formado pelas avenidas
Antônio Carlos, Beira-Mar,
Wilson e Calógeras, tão
Bem traçadas e construídas,
Um pântano que é de amargar!
Não suponha que eu exagero,
Excelência: é a verdade pura,
Sem nenhum véu de fantasia,
Já o pintei uma vez: não quero
Fabricar mais literatura
Sobre tamanha porcaria!
Reporters, a quem nada escapa,
Escreveram sueltos diversos
Sobre esse foco de infecção.
Fotógrafos bateram chapa...
Coisas melhores que os meus versos
De velho poeta solteirão!
Fiz, por sanear-se esta marema*,
Uma carta desesperada
Ao seu ilustre antecessor.
Uma carta em forma de poema:
O homem saiu sem fazer nada...
Pelo martírio do Senhor,
Ponha o pátio, insigne Prefeito,
Limpo como o olhar da inocência,
Limpo como — feita a ressalva
Da muita atenção e respeito
Devidos a Vossa Excelência —
Sua excelentíssima calva!
(Manuel Bandeira, “Mafuá do Malungo”. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996, p. 407-8)
* Marema: designação comum aos pântanos do litoral da Itália.
Assinale o comentário que encontra sustentação no texto de Bandeira:
a)
b)
c)
d)
18
O título sugere uma forma de linguagem que é perfeitamente compatível
com textos poéticos.
Ao redigir uma petição numa forma de linguagem própria de poema, o
enunciador está ridicularizando a poesia.
Por meio de vários tipos de irreverência na linguagem, o poeta denuncia o
estado de degradação da cidade e o descaso dos governantes.
Ao utilizar formas de tratamento típicas do gênero das relações oficiais, o
poeta quer enfatizar a gravidade do assunto e o respeito para com a
autoridade.
GABARITO 1
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2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
31) (UFU–MG) Leia e compare os textos seguintes.
“Estou no hospício ou, melhor, em várias dependências dele, desde o dia 25
do mês passado. (...) Eu sou dado ao maravilhoso, ao fantástico, ao
hipersensível; nunca, por mais que quisesse, pude ter uma concepção
mecânica, rígida do Universo e de nós mesmos. No último, no fim do homem e
do mundo, há mistério e eu creio nele. (...) O que há em mim, meu Deus?
Loucura? Quem sabe lá? (...) Que dizer da loucura? Mergulhado no meio de
quase duas dezenas de loucos, não se tem absolutamente uma impressão
geral dela.”
(Lima Barreto. Diário do hospício)
“E essa mudança não começa, não se sente quando começa e quase nunca
acaba. Com o seu padrinho, como fora? A princípio, aquele requerimento...
mas que era aquilo? Um capricho, uma fantasia, coisa sem importância, uma
idéia de velho sem conseqüência. Depois, aquele ofício? Não tinha
importância, uma simples distração, coisa que acontece a cada passo... E
enfim? A loucura declarada, a torva e irônica loucura que nos tira a nossa alma
e põe uma outra, que nos rebaixa...”
(Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma)
Assinale a alternativa CORRETA.
a)
b)
c)
d)
Sem a experiência pessoal de Lima Barreto sobre a loucura, o autor não
teria elementos suficientes para compor sua personagem nem para refletir
sobre o tema.
Em ambos os textos, os narradores crêem que o universo e o homem
estão sujeitos a uma ordem supra-sensível, misteriosa, que impede a
demarcação exata da lucidez e da loucura.
Seguindo padrões estabelecidos, a personagem Quaresma pauta-se por
uma conduta racional e objetiva, comportamento esse positivista, que a
leva à loucura.
Ainda que não saiba definir a loucura, Lima Barreto faz uma exaltação
dela, por meio de sua vida e da personagem Quaresma.
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GABARITO 1
19
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 2ª Série – 2014
32) (ITA-SP) Leia os textos abaixo
Texto I
Texto II
Vício na fala
Pronominais
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom
branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
Oswald de Andrade
Oswald de Andrade
Esses poemas:
I.
mostram claramente a preocupação dos modernistas com a construção
de uma literatura que levasse em conta o português brasileiro.
II. mostram que as variantes linguísticas, ligadas a diferenças
socioeconômicas, são todas válidas.
III. III.expõem a maneira cômica com que os modernistas, por vezes,
tratavam de assuntos sérios.
IV. possuem uma preocupação nacionalista, ainda que não propriamente
romântica.
Estão CORRETAS
a)
b)
c)
d)
20
I e IV.
I, II e III.
I, II e IV.
I, III e IV.
GABARITO 1
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2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
33) Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice
de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes, pois que
fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis
do Brasil? Em nada... O importante é que tivesse sido feliz.
Foi? Não. Lembrou-se das suas coisas de tupi, do folklore, das suas tentativas
agrícolas... Restava disso tudo em sua alma uma satisfação? Nenhuma!
Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio geral; e
levou-o à loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram
ferazes [férteis] e ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E,
quando o seu patriotismo se fizera combatente, o que achara?
Decepções. Onde estava a doçura de nossa gente? Pois ele não a viu
combater como feras? Pois não a via matar prisioneiros, inúmeros? Outra
decepção. A sua vida era uma
decepção, uma série, melhor, um
encadeamento de decepções.
LIMA BARRETO – Triste fim de Policarpo Quaresma.
Assinale a única afirmação correta em relação ao texto acima.
a)
b)
c)
d)
Policarpo Quaresma entregou a Floriano Peixoto um conjunto de
propostas de apoio à agricultura nacional e conseguiu que o Marechal as
pusesse em prática.
Policarpo Quaresma leu os cronistas que descreviam a extraordinária
fertilidade da natureza brasileira, mas não experimentou, como agricultor,
se tal descrição era verdadeira.
Policarpo Quaresma mantém-se fiel, apesar das decepções, à ideologia
do nacionalismo ufanista, em que acreditava desde sua juventude.
Policarpo Quaresma se caracteriza como uma figura quixotesca, que
desiste, à primeira dificuldade, de lutar por seus ideais.
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
GABARITO 1
21
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 2ª Série – 2014
34) (UFU–MG) Leia o trecho seguinte.
“Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois que fossem... Em que lhe
contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O
importante é que ele tivesse sido feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas coisas
de tupi, do folklore, das suas tentativas agrícolas... Restava disso tudo em sua
alma uma satisfação? Nenhuma! Nenhuma!
O tupi encontrou a incredulidade geral, o riso, a mofa, o escárnio; e levou-o à
loucura. Uma decepção. E a agricultura? Nada. As terras não eram ferazes e
ela não era fácil como diziam os livros. Outra decepção. E, quando o seu
patriotismo se fizera combatente, o que achara? Decepções. Onde estava a
doçura de nossa gente? Pois ele não a viu combater como feras? Pois não a
via matar prisioneiros, inúmeros? Outra decepção. “A sua vida era uma
decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções.”
(Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma)
Marque a afirmativa CORRETA.
a)
b)
c)
d)
22
O trecho mostra que em todos os momentos de sua vida, Quaresma
preocupou-se com o bem coletivo. Mas, neste momento, ele pensa em si
próprio e vê que é um homem abandonado, incompreendido, injustiçado.
Toda a sua dedicação à pátria não lhe deu felicidade nenhuma: é um
homem só e decepcionado.
O trecho foi extraído do 1º capítulo do romance em questão, que introduz
o major Quaresma em seu sítio, fazendo uma reflexão de sua vida
passada. A partir daí, em tempo psicológico, a narrativa resgata os
episódios marcantes da vida de Quaresma envolvidos na consolidação de
seus projetos nacionalistas.
Este trecho mostra que em todos os momentos de sua vida, Quaresma
agiu como um cidadão nacionalista, envolvido, sobretudo, com o bem da
pátria. Em sua reflexão fica claro que, mesmo após sua vida ter sido “um
encadeamento de decepções”, ele, o indivíduo, não se importa.
Nas últimas linhas do trecho acima há a afirmação de que “A sua vida era
uma decepção, uma série, melhor, um encadeamento de decepções”. A
última grande decepção de Quaresma, dentro de seu projeto de mostrar
que o Brasil era uma nação viável e grandiosa, foi descobrir que o rio
Amazonas era menor que o rio Nilo.
GABARITO 1
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
35) (IMED) Leia atentamente o poema de Manuel Bandeira para responder à
questão.
Nova poética
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito.
Sai um sujeito de casa com a roupa de brim
branco muito [bem engomada, e na primeira esquina
[passa um caminhão, salpica-lhe o paletó ou
[a calça de uma nódoa de lama:
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas
alfas, as [virgens cem por cento e as amadas
que [envelheceram sem maldade.
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1993.
Analise as afirmações a respeito de “Nova poética”.
I.
O poeta apresenta sua visão crítica através do discurso metalinguístico, o
que caracteriza uma nova forma de arte literária.
II. Manuel Bandeira, ao desobedecer às formas clássicas de versificação,
rejeita o Parnasianismo.
III. O poeta modernista, a partir da observação do cotidiano, elabora uma
nova linguagem, mais simples e dinâmica.
Está CORRETO o que se afirma em:
a)
b)
c)
d)
II apenas.
I e II.
II e III.
I, II e III.
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
GABARITO 1
23
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 2ª Série – 2014
36) (UEG–2012) Leia o poema que segue.
Relicário
No baile da Corte
Foi o Conde d‟Eu quem disse
Pra Dona Benvinda
Que farinha de Suruí
Pinga de Parati Fumo de Baependi
É comê bebê pitá e caí.
Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/oswald-de-andrade/relicario.php>.
Acesso em: 16 ago. 2011.
Em termos estéticos e históricos, respectivamente, nota-se, no poema de
Oswald de Andrade, a presença de
a)
b)
c)
d)
linguagem formal e referência a importante figura política do Período
Regencial.
linguagem informal e alusão a um monarquista que exerceu papel de
destaque na Guerra do Paraguai.
versos brancos e alusão a um grande capitalista que alavancou o
desenvolvimento da indústria nacional.
versos polimétricos e referência a uma importante dama do Segundo
Reinado.
37) (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre Triste fim de Policarpo
Quaresma, de Lima Barreto.
I.
Para narrar a trajetória do personagem principal, o autor criou uma
linguagem inovadora, antecipando os ideais estéticos do Modernismo de
22, como a desorganização sintática e a fragmentação do discurso.
II. O projeto nacionalista e revolucionário do Major Quaresma previa
transformações radicais na cultura brasileira, por exemplo, a adoção da
língua Tupi.
III. Por suas ideias e atitudes, o Major Quaresma era visto por seus
contemporâneos como louco e visionário, mesmo assim no fim do
romance toma consciência do que foi a própria vida, percebendo a
inutilidade de tanta dedicação ao país.
Quais estão corretas?
a)
b)
c)
d)
24
Apenas I.
Apenas II.
Apenas I e II.
Apenas II e III.
GABARITO 1
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
38) (IMED-2012) Não possui relação com a Semana de Arte Moderna, bem como
com seus antecedentes e desdobramentos:
a)
b)
c)
d)
Valorização do passado literário e das vanguardas europeias,
impulsionando o surgimento do Modernismo.
“O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - “Meu cancioneiro
É bem martelado.”
“Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente.
Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os
individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos
os tratados de paz. Tupi, or not tupi that is the question. Contra todas as
catequeses. E contra a mãe dos Gracos. Só me interessa o que não é
meu. Lei do homem. Lei do antropófago.”
Anita Malfatti, Brecheret, Di Cavalcanti, Mario de Andrade, Oswald de
Andrade, Tarsila do Amaral.
Leia o trecho abaixo para responder às questões 39 e 40.
Não era feio o lugar, mas não era belo. Tinha, entretanto, o aspecto tranquilo e
satisfeito de quem se julga bem com a sua sorte.
A casa erguia-se sobre um socalco, uma espécie de degrau, formando a
subida para a maior altura de uma pequena colina que lhe corria nos fundos.
Em frente, por entre os bambus da cerca, olhava uma planície a morrer nas
montanhas que se viam ao longe; um regato de águas paradas e sujas
cortava-as paralelamente à testada da casa; mais adiante, o trem passava
vincando a planície com a fita clara de sua linha campinada [...].
BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma.
São Paulo: Penguin & Companhia das Letras. p.175.
39) Com relação ao tempo narrativo, nota-se que a utilização do pretérito
imperfeito
a)
b)
c)
d)
aproxima o material narrado do universo contemporâneo do leitor.
confere ao texto um caráter dual, que oscila entre o lírico e o metafórico.
faz com que o tempo da narrativa se distancie, até certo ponto, do tempo
do leitor.
torna o texto mais denso de significação, na medida em que institui
lacunas temporais.
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
GABARITO 1
25
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 2ª Série – 2014
40) No excerto, narração e descrição
a)
b)
c)
d)
26
são elaboradas com a finalidade de conferir mais agilidade e maior
dinamismo à trama do romance.
são elaboradas de modo que uma se sobrepõe à outra, o que faz decair a
qualidade estética do texto.
se configuram para melhor caracterizar a atmosfera pessimista e sombria
do espaço da narrativa.
se entrelaçam para melhor situar o leitor diante dos eventos que
compõem o enredo.
GABARITO 1
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
41) (UFOP) A respeito do Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, incorreto
dizer que:
a)
b)
c)
d)
e)
incorporando romances e histórias populares do Nordeste brasileiro, é um
texto cuja vinculação com os mistérios e moralidades medievais é
bastante nítida.
tem fortes particularidades de um metateatro, principalmente na
construção da personagem Palhaço.
apresenta uma longa rubrica inicial, com precisas indicações para o
diretor, para o cenógrafo e para o sonoplasta.
desprezando a cultura religiosa das personagens que habitam seu
cenário, tem um desfecho inverossímil e incompatível com o contexto que
representa.
é um texto estruturado com excepcional dinamismo, dado que os diálogos
são curtos e as ações muito rápidas.
42) (UFOP) Sobre a construção das personagens do Auto da Compadecida, de
Ariano Suassuna, é incorreto afirmar que:
a)
b)
c)
d)
e)
João Grilo, como protagonista, é um herói no sentido mais clássico do
termo, uma vez que combina peculiaridades do herói trágico (a grandeza,
p. ex.) e do herói épico (a coragem, p. ex.).
O Diabo é uma alegoria que detém uma grande funcionalidade,
contrastando vivamente com Manuel e com a Compadecida.
O Padeiro e sua mulher demonstram claramente que o sistema moral da
sociedade está totalmente comprometido com o sistema econômico.
A Compadecida, justificando a metonímia com a qual é designada,
apresenta-se como a maior e a melhor advogada de João Grilo.
O Padre e o Bispo são verdadeiras caricaturas dos maus sacerdotes, o
que justifica os traços fortes com que são compostos.
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
GABARITO 1
27
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 2ª Série – 2014
(UEL) As questões de 03 a 05 referem-se ao texto abaixo.
João Grilo: Ah isso é comigo. Vou fazer um chamado especial, em verso.
Garanto que ela vem, querem ver? (Recitando.)
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré! A vaca mansa dá leite, a
braba dá quando quer. A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me falta
ser mulher.
Encourado: Vá vendo a falta de respeito, viu?
João Grilo: Falta de respeito nada, rapaz! Isso é o versinho de Canário Pardo
que minha mãe cantava para eu dormir. Isso tem nada de falta de respeito!
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escaler. Já fui menino, fui homem, só me
falta ser mulher. Valha-me.
Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré.
Cena igual à da aparição de Nosso Senhor, e Nossa Senhora, A compadecida,
entra.
Encourado, com raiva surda: Lá vem a compadecida! Mulher em tudo se
mete!
João Grilo: Falta de respeito foi isso agora, viu? A senhora se zangou com o
verso que eu recitei?
A Compadecida: Não, João, porque eu iria me zangar? Aquele é o versinho
que Canário Pardo escreveu para mim e que eu agradeço. Não deixa de ser uma
oração, uma invocação. Tem umas graças, mas isso até a torna alegre e foi coisa
de que eu sempre gostei. Quem gosta de tristeza é o diabo.
João Grilo: É porque esse camarada aí, tudo o que se diz ele enrasca a
gente, dizendo que é falta de respeito.
A Compadecida: É máscara dele, João. Como todo fariseu, o diabo é muito
apegado às formas exteriores. É um fariseu consumado.
Encourado: Protesto.
Manuel: Eu já sei que você protesta, mas não tenho o que fazer, meu velho.
Discordar de minha mãe é que eu não vou.
(...)
Fonte: Auto da Compadecida. 15 ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979.
43) A obra “Auto da Compadecida” foi escrita para o teatro:
a)
b)
c)
d)
e)
28
Por João Cabral de Mello Neto e aborda temas recorrentes do Nordeste
brasileiro.
E seu autor, Ariano Suassuna, aborda o tema da seca que sempre
marcou o Nordeste.
Pelos autores do ciclo armorial, abordando temas religiosos e costumes
populares.
Por Ariano Suassuna, tendo como base romances e histórias populares
do Nordeste brasileiro.
Por João Cabral de Mello Neto e aborda temas religiosos divulgados pela
literatura de cordel.
GABARITO 1
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
2ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA
44) Ao humanizar personagens como Manuel e a Compadecida, o autor pretende:
a)
b)
c)
d)
e)
Denunciar o lado negativo do clero, na religião católica.
Exaltar o sentimento da justiça divina ao contemplar os simples de
coração.
Mostrar um sentimento religioso simples e humanizado, mais próximo do
povo.
Retratar o sentimento religioso do povo nordestino, numa visão
iconoclasta.
Fazer caricatura com as figuras de Cristo e de Nossa Senhora.
45) Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a obra, as personagens
João Grilo e Chicó identificam-se com:
a)
b)
c)
d)
e)
Os bobos da corte da Idade Média.
Os palhaços dos circos populares.
As figuras de arlequim e pierrô da tradição romântica universal.
Tipos humanos autenticamente brasileiros.
Figuras lendárias da literatura popular nordestina, semelhantes a Lampião
e Padre Cícero.
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO
GABARITO 1
29

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