Selo português ganha medalha de ouro
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Selo português ganha medalha de ouro
Revista do Comité Olímpico de Portugal Publicação Bimestral - Maio/Junho de 2005 - Nº 115 - PUBLICAÇÃO GRATUITA PRÉMIO OLYMPIA 2004 Selo português ganha medalha de ouro JOVENS EM GRANDE ACTIVIDADE 72 competem em Itália 21 medalhas na Tailândia 1500 em Rio Maior foto capa Carlos Alberto Matos FICHA TÉCNICA OLIMPO 115 Propriedade e Edição Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 Lisboa Tel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67 Director José Vicente Moura Director Executivo João Querido Manha Textos João Q. Manha Edição Fotográfica Carlos Alberto Matos Fotos Carlos Alberto Matos, João Matos, J.Q.M. Projecto Gráfico e Paginação Rogério Bastos Impressão Mirandela - Artes Gráficas, S.A. Tiragem 1500 exemplares Periodicidade Bimestral Numero de Registo ICS 102203 Depósito Legal 9083/95 Distribuição gratuita S U M Á R I O 36 SUCESSO 4 MEDALHA 16 jovens atletas de cinco modalidades foram a Banguecoque participar no primeiro Festival da Juventude Ásia-Europa e trouxeram 21 medalhas. Portugal cometeu a proeza de ser a melhor selecção europeia, batida apenas pela China e pela anfitriã Tailândia A mais improvável, mas simultaneamente a mais honrosa, medalha de ouro olímpica foi atribuída a Portugal. Mais propriamente ao selo comemorativo dos Jogos de Atenas emitido no ano passado pelos C.T.T., como é da tradição. Um antigo atleta de Moniz Pereira desenhou o selo que venceu o Prix Olympia 2004 12 MINI-OLÍMPICOS OLIMPO - Maio/Junho 2005 7 DIA OLÍMPICO 2 Já é uma tradição: no fim-desemana de 17 a 19 de Junho, Rio Maior foi uma capital olímpica, reunindo cerca de 1500 jovens atletas de 22 Federações nas comemorações do Dia Olímpico de 2005. O maior sucesso de sempre e um grande estímulo para organizações futuras Um total de 72 jovens portugueses vão participar na primeira semana de Julho na oitava edição do Festival Olímpico da Juventude Europeia, este ano na cidade italiana de Lignano Sabbiadoro, no Nordeste transalpino, entre Veneza e Trieste. Muitos destes atletas poderão estar nos Jogos Olímpicos de 2012, ou, quem sabe, já em Pequim-2008, imitando as proezas de Diana Gomes e Tiago Venâncio, medalhados no último FOJE e olímpicos em Atenas. 40 MAIS 5 O Projecto Pequim-2008 vai engrossando paulatinamente. Nos últimos dois meses foram cinco os atletas que conseguiram entrar no grupo dos pré-olímpicos, mas até ao final do Verão deve aumentar significativamente. www.comiteolimpicoportugal.pt JOSÉ VICENTE MOURA Presidente do Comité Olímpico de Portugal E D I T O R I A L Em nome do bom nome á temas intemporais, que transcendem as conjunturas políticas, os interesses casuísticos, os oportunismos circunstanciais. Há princípios que nem o direito e a justiça, ou a ausência ou inércia de ambos, conseguem deturpar ou fazer alienar. É em valores éticos como o primado da defesa do nome e da imagem do associativismo desportivo, das suas instituições e dos seus servidores, que também se funda a política e a acção do Comité Olímpico de Portugal, em quaisquer circunstâncias e independentemente das vicissitudes. A lógica da nossa postura é, e procurará ser sempre, neste como noutros domínios, coerente, transparente e idónea. E jamais abdicaremos de contestar sempre que se afigurar pertinente. É algo que tencionamos materializar, assim os membros que compõem a Assembleia magna desta entidade centenária de interesse público concordem e compreendam os factos que queremos esclarecer. Pena é que, depois de o Estado ter gizado propostas de regulação desta categoria de direitos essenciais como a defesa do nome e da imagem, amplamente debatidas e buriladas no Conselho Superior do Desporto, o resultado tenha sido nulo. Só revela que Portugal ou está distraído, alheio da nova Europa, ou alguns preferem actuar no vácuo e alimentar a perturbação. Será mais um sintoma de subdesenvolvimento? Jamais abdicaremos de contestar sempre que se afigurar pertinente OLIMPO - Maio/Junho 2005 H 3 R E P O R TA G E M Medalha de Ouro para selo português Um selo português ganhou este ano a Medalha de Ouro do Comité Olímpico Internacional para «o mais belo selo emitido por ocasião dos OLIMPO - Maio/Junho 2005 Jogos Olímpicos de Atenas de 2004», no âmbito do Prix Olympia 2004. 4 selo premiado, «Salto em Altura», com a franquia de 0,45 euros, estava incluído na emissão comemorativa dos CTT, que englobava outro exemplar, «Corrida com Barreiras», de 0,30 euros. Duas imagens emblemáticas do Atletismo, ou não tivesse o autor sido um antigo praticante, da escola de Moniz Pereira... O Os originais são da autoria do Atelier Acácio Santos, com grafismo sobre fotografias cedidas pela Agência Lusa, e tiveram uma tiragem de 250.000 exemplares. No processo criativo foram analisadas diversas imagens, acabando o salto em altura e as barreiras por ganhar a corrida das sucessivas etapas selectivas. Na sua tradição de selos olímpi- cos, os CTT privilegiam modalidades que tenham relevância na tradição desportiva dos portugueses. � Designer ex-atleta O designer gráfico Acácio Santos, de 61 anos, foi praticante internacional de Atletismo na especialidade de 400 metros barreiras, tendo competido mais de doze anos pelo Sporting nas FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS décadas de 60 e 70, com a coincidência de ter feito a sua estreia internacional num Marrocos-Portugal, em Rabat, em simultâneo com o campeão olímpico Carlos Lopes. Autor de dezenas de selos ao longo de mais de vinte anos e já premiado internacionalmente em 1986 pelo exemplar comemorativo da Adesão de Portugal e Espanha à CEE, Acácio Santos e a sua equipa mostram-se muito felizes com o prémio olímpico, considerado um dos mais prestigiados galardões filatélicos do Mundo. Luís Andrade, Director de Filatelia dos CTT, expressou «grande honra e orgulho por este prémio», que afirma constituir também um «estímulo para a empresa prosseguir uma política idónea de retratar a identidade nacional sem prescindir de critérios de qualidade». Luís Duran, Director Artístico da Filatelia dos CTT, considera «muito importante o facto de este galardão vir do próprio Comité Olímpico Internacional, seguramente mais significativo que qualquer outra entidade». A Filatelia e o Olimpismo andam OLIMPO - Maio/Junho 2005 Acácio Santos é um designer que trabalha há mais de 20 anos em colaboração com o Departamento de Filatelia dos C.T.T. 5 R E P O R TA G E M OLIMPO - Maio/Junho 2005 Responsável por uma pequena equipa de trabalho, Acácio Santos faz questão de dividir a medalha com os seus colaboradores 6 de mãos dadas desde o início do Movimento Olímpico moderno, pois os 75 mil selos comemorativos dos Jogos de Atenas 1896 passaram à história como a primeira emissão de selos sobre Desporto. A decisão de emitir os selos tinha sido tomada em 1895 como forma de subsidiar a organização, pelo que os selos olímpicos foram também os primeiros patrocinadores de sempre dos Jogos, sendo hoje considerados como os percursores da sponsorização desportiva. Medalha entregue em Singapura a 7 de Julho A Medalha de Ouro e o Diploma Oficial serão entregues pelo Presidente do COI, Jacques Rogge, e pelo Presidente Honorário Vitalício, Juan António Samaranch, no próximo dia 7 de Julho em Singapura, durante a 117ª Sessão do Comité Olímpico Internacional. Estará presente o responsável dos CTT, Luís Andrade, associando-se à cerimónia o representante do COI em Portugal, Fernando Lima Bello. . RIO MAIOR 2005 Dia Olímpico memorável Mais de 1500 atletas jovens e três grandes campeões olímpicos dos anos 80 uniram-se na celebração do Dia Olímpico em Rio Maior. Uma festa inesquecível para todos para a jornada e as lembranças oficiais: medalha e t-shirt comemorativas. O presidente da Câmara Municipal, Silvino Sequeira, sublinhou o crescente entusiasmo que esta já tradicional comemoração vai provocando na região, ao mesmo tempo que desperta a atenção dos órgãos de informação e dos desportistas em geral. As Federações encaram o Dia Olímpico como uma oportunidade de grande divulgação e comunhão de um espírito de desenvolvimento e fra- OLIMPO - Maio/Junho 2005 O na vizinha em Leiria a presença em Rio Maior dos antigos campeões representou grande estímulo para os mais de 1500 jovens presentes nesta comemoração, que participaram em provas e exibições ao longo de todo o dia de sábado. Centenas de pessoas também passaram pelas instalações desportivas da cidade para observar a intensa actividade desportiva que se desenrolava nos relvados, nas pistas, nos campos adjacentes, nas piscinas e nos pavilhões. A todos os participantes foi dado um saco com alimentação FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS s campeões olímpicos Rosa Mota e Carlos Lopes foram as figuras centrais da cerimónia de abertura das comemorações do Dia Olímpico de 2005, que decorreram em Rio Maior no fim-de-semana de 17 a 19 de Junho. António Leitão, medalha de bronze nos Jogos de Los Angeles-84, juntou-se às celebrações no sábado, e esteve em destaque na cerimónia oficial realizada no Estádio Municipal Susana Feitor. Num fim-de-semana que coincidia com a Taça da Europa de Atletismo 7 OLIMPO - Maio/Junho 2005 RIO MAIOR 2005 8 ternidade desportiva, do que resulta um evento inesquecível para os que nele participam. Dois atletas olímpicos, Nuno Merino (Trampolins) e João Gomes (Esgrima) participaram nas competições das respectivas Federações. Também as selecções de Atletismo, Basquetebol e Natação qualificadas para o FOJE 2005 estiveram presentes, realizando em Rio Maior os derradeiros testes para a grande competição internacional de Julho. Este ano houve provas de Andebol, Atletismo, Badminton, Boxe, Basebol-Softbol, Basquetebol, Esgrima, Hóquei, Judo, Natação, Ténis (em Santarém), Futebol, Judo, Lutas Amadoras, Ténis de Mesa, Natação, Pentatlo Moderno, Tiro com Arco, Trampolins, Taekwon-do, Remo e Canoagem (na Lagoa de Óbidos), Trampolins, Triatlo. Diversas classes de Ginástica abrilhantaram a Cerimónia Oficial no Estádio, no sábado à noite. O presidente do COP, Vicente Moura, realçou o envolvimento da juventude de tantas modalidades desportivas neste autêntico baptismo olímpico, poucas semanas antes de uma selecção de 72 ir disputar em Itália o Festival Olímpico da Juventude Europeia (FOJE). A cerimónia oficial contou com a presença do presidente do Instituto Homenagem a Orlando Azinhais do Desporto de Portugal, José Manuel Constantino, com o membro português do Comité Olímpico Internacional, Fernando Lima Bello, e com o presidente da Confederação do Desporto de Portugal, Carlos Cardoso, além dos dirigentes das Federações participantes. � Abertura Na sexta-feira à tarde, depois de uma homenagem a Luís Caldas, primeiro árbitro olímpico português, nas Lutas Amadoras, os dois antigos maratonistas, em conjunto com os três atletas olímpicos locais, Susana Feitor, Inês Henriques e João Vieira, transportaram do centro da cidade para o estádio a chama olímpica entregue pelo OLIMPO - Maio/Junho 2005 António Leitão, medalha de bronze dos 5.000 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-84, presentemente a convalescer de uma operação cirúrgica, participou na homenagem a outro destacado olímpico português, o atleta, técnico e dirigente da Esgrima, Orlando Azinhais, recentemente falecido. Esta modalidade foi uma das que organizou e fez disputar uma prova oficial, precisamente com o nome daquele vulto, cujo troféu principal foi entregue pela viúva, Maria Emília Azinhais. A prova principal foi ganha pelo olímpico João Gomes, que venceu na final Gael Santos, que realizava a última prova como júnior e promete ser um continuador. Sara Leite venceu a prova feminina. 9 RIO MAIOR 2005 Vicente Moura Presidente do COP «É com grande satisfação que assinalo a participação de cerca de duas mil pessoas de 22 Federações neste Dia Olímpico. Mas só ficarei plenamente satisfeito quando todo este relvado ficar completamente cheio de gente a praticar desporto. Federações, autarquias e o Comité Olímpico enfrentam este desígnio de, unidas, transformarem Portugal num país de desporto de massas com um índice de prática desportiva que lhe permita abandonar a cauda da Europa neste particular» Rosa Mota distinguida pela Câmara de Rio Maior 42ª Sessão do COI, em St Moritz e concretizada logo nesse ano de 1948 com uma primeira comemoração, realizada em nove países, um deles Portugal, que nos últimos anos evo- luiu de uma simples Corrida do Dia Olímpica para um evento desportivo mais abrangente e prolongado. No ano passado o Dia Olímpico foi comemorado em 162 países. OLIMPO - Maio/Junho 2005 presidente do Comité Olímpico de Portugal, Vicente Moura, ao presidente do município local, Silvino Sequeira. O cortejo incluía dezenas de jovens alunos e atletas das escolas e clubes do concelho de Rio Maior. No Estádio Susana Feitor, enquanto era hasteada a bandeira olímpica sob os acordes do hino olímpico, os cinco desportistas acenderam a pira olímpica que permanece acesa durante os dois dias de intensa actividade desportiva, que movimentaram cerca de 1500 jovens atletas da maior parte das modalidades olímpicas. O Dia Olímpico celebra-se anualmente a 23 de Junho, desde 1948, comemorando a fundação do Comité Olímpico Internacional (COI) pelo Barão Pierre de Coubertin no ano de 1894, em Paris, e o consequente nascimento dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. A decisão de assinalar anualmente esta data foi tomada na Homenagem a Luís Caldas 10 Norberto Rodrigues e Silvino Sequeira, dois entusiastas do Dia Olímpico Silvino Sequeira Presidente da C. M. Rio Maior «Registamos a participação e o interesse crescente desta celebração em Rio Maior, o que nos deixa imensamente felizes. E quando alguns destes jovens, dentro de anos, atingirem a consagração como desportistas, se lembrarem que tudo começou num belo dia em Rio Maior, nesse dia, sentir-nos-emos realizados. Rio Maior vai continuar ao vosso dispor, ao dispor do desporto nacional, e deseja que um dia este estádio se torne pequeno para todos os jovens que queiram praticar desporto» Animação e música OLIMPO - Maio/Junho 2005 O espectacular fogo de artifício encerrou as celebrações no sábado à noite, numa sessão marcada por um acidente com um dos páraquedistas da Federação Portuguesa de Pára-quedismo, devido ao vento que se fez sentir ao final da tarde, e que teve resposta imediata da parte do INEM. Este ano a animação da cidade e dos espaços desportivos esteve a cargo do altíssimo Sérgio Fernandes, que do cimo das suas andas interagiu de forma brilhante com a população local e os jovens atletas e teve a colaboração de Bruno Henriques, em monociclo. Na Cerimónia oficial no estádio, tal como à tarde no Largo da Câmara, exibiu-se a Tuna da Escola Superior de Comunicação Social, a Desportuna. Mais uma vez associado ao COP, o apresentador Luís Pereira de Sousa conduziu os espectadores ao longo das sucessivas exibições culturais e desportivas da Cerimónia, que tiveram início na exibição do Rancho Folclórico de Arco da Memória, uma freguesia local. 11 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA Os mini olímpicos Nas sete edições anteriores Portugal conquistou sempre medalhas. Em Lignano Sabbiadoro as ambições não são menores, mas o mais importante é a demonstração de uma evolução desportiva com os olhos postos no futuro. Alguns destes 72 atletas serão olímpicos em 2012 ou mesmo em Pequim-2008, como aconteceu no ano passado com Tiago Venâncio e Diana Gomes ortugal participa na oitava edição do Festival Olímpico da Juventude Europeia, este ano na cidade italiana de Lignano Sabbiadoro, com 72 atletas dos 13 aos 17 anos, em oito modalidades. A comitiva portuguesa está assim entre as mais numerosas do FOJE 2005, reflectindo não só o interesse do Comité Olímpico de Portugal em intensificar a participação das jovens esperanças em eventos que lhes dêem uma excelente preparação desportiva para o futuro, mas também uma efectiva evolução competitiva internacional das modalidades e Federações envolvidas. De um grupo tão numeroso é normal que se aguardem alguns resultados de bom nível, incluindo medalhas – pois Portugal conquistou classificações no pódio em todas as edições anteriores. As sete medalhas do último Festival, em Paris, elevam a fasquia para um patamar de exigência muito alto, mesmo se à partida não se possa afirmar que haja na comitiva portuguesa atletas do gabarito de Tiago Venâncio ou Diana Gomes que, alguns meses após o FOJE, vieram mesmo a participar nos Jogos Olímpicos de Atenas, não obstante a sua tenra idade. Talvez o lançador António Vital e Silva, a saltadora Patrícia Mamona ou o nadador Jorge Maia possam ser colocados num nível semelhante, mas nesta idade é imprevisível o que possam fazer, tão rápida é a evolução. Noutras modalidades como a Canoagem, o Ciclismo, o Ténis ou o Judo também há ambições, mas os parâmetros de avaliação são muito diversos. Enquanto para os canoístas este é OLIMPO - Maio/Junho 2005 P 12 praticamente o baptismo internacional, o tenista Gastão Elias tem já uma larga experiência de competições mundiais – e os resultados que tem alcançado colocam-no igualmente num dos mais fortes candidatos portugueses a lugares de relevo. No entanto, para a maioria dos elementos da comitiva olímpica portuguesa esta é a primeira ou uma das primeiras provas internacionais em que participam. Nas páginas seguintes, OLIMPO apresenta a equipa nacional ao FOJE 2005, com os olhos nos Jogos Olímpicos de 2012 e seguintes. Muitos destes atletas serão olímpicos dentro de alguns anos, como já aconteceu a 23 outros no passado, o mais destacado dos quais o medalha de prata Sérgio Paulinho, que conquistou uma medalha de ouro no FOJE de Bath nove anos antes da consagração olímpica de Atenas. FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA JUDO CANOAGEM Local de Competição: S. Giorgio Bassin (distância: 33 Km - 45 minutos) Local de Treino: S. Giorgio Bassin (distância: 33 Km - 45 minutos) Disciplinas para Rapazes: K1 500m 1000m, K2 500m 1000m, K4 500m 1000m, C1 500m 1000m, C2 500m 1000m Disciplinas para Raparigas: K1 500m 1000m, K2 500m 1000m, K4 500m 1000m Dias de Competição: 4 a 7 de Julho CICLISMO Locais de Competição: Azzano Decimo (distância: 45 Km - 60 minutos) e Corva (distância: 45 Km - 60 minutos) Local de Treino: Azzano Decimo (distância: 45 Km - 60 minutos) Disciplinas: Contra-Relógio (7,4 Km), Critério (16,5 Km), Prova de Estrada (59,4 Km) Dias de Competição: 4 a 6 de Julho GINÁSTICA ARTÍSTICA Local de Competição: Latisana Sport Hall (distância: 25 Km - 40 minutos) Local de Treino: Lignano Its School Gym (distância: 0,2 Km - 2 minutos) Disciplinas: Competição por Equipa, Competição Individual; Finais por Aparelhos Dias de Competição: 4 a 8 de Julho Local de Competição: Lignano Sport Hall (distância: 1,5 Km - 5 minutos) Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12 Km - 15 minutos) Categorias de Peso para Rapazes: Kg - 50, 55, 60, 66, 73, 81, 90, +90 Categorias de Peso para Raparigas: Kg - 44, 48, 52, 57, 63, 70, +70 Dias de Competição: 4 a 7 de Julho NATAÇÃO Local de Competição: Village Pool (distância: 0 Km - 0 minutos) Local de Treino: Village Pool (distância: 0 Km - 0 minutos) Rapazes: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m, 1500m; Bruços - 100m, 200m; Costas - 100m, 200m; Mariposa - 100m, 200m; Estilos - 200m, 400m; Estafetas - 4x100m livres, 4x100m estilos, 4x200m Livres Raparigas: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m, 800m; Bruços - 100m, 200m; Costas - 100m, 200m; Mariposa - 100m, 200m; Medley - 200m, 400m; Estafetas - 4x100m livres, 4x100m estilos, 4x200m livres Dias de Competição: 4 a 8 de Julho TÉNIS Local de Competição: Lignano Tennis Club (distância: 0,9 Km - 5 minutos) Local de Treino: Lignano Albatros (distância: 0,2 Km - 2 minutos) Disciplinas: Individuais Masculinos; Individuais Femininos; Pares Mistos Dias de Competição: 4 a 8 de Julho BASQUETEBOL Local de Competição: Lignano Sport Hall (distância: 1,5 Km - 5 minutos) Local de Treino: Lignano School Gym (distância: 1 Km - 5 minutos) Dias de Competição: 4 a 8 de Julho COMITIVA DO COP Chefe de Missão Norberto Rodrigues (Tesoureiro do COP) Chefe Adjunto de Missão João Correia (Vogal da Comissão Executiva) Catarina Monteiro – João Gonçalves – Nuno Dias – José Serrano – João Querido Manha– Carlos Matos – Coordenadora Logística Médico Fisioterapeuta Massagista Adido de Imprensa Fotógrafo Atletismo Basquetebol Canoagem Ciclismo Ginástica Judo Natação Ténis 25 elementos (5 oficiais; 20 atletas) 17 elementos (1 árbitro; 4 oficiais; 12 atletas) 10 elementos (2 oficiais; 8 atletas) 5 elementos (2 oficiais; 3 atletas) 6 elementos (1 juiz; 2 oficiais; 3 atletas) 11 elementos (1 árbitro; 2 oficiais; 8 atletas) 19 elementos (3 oficiais; 16 atletas) 3 elementos (1 oficial; 2 atletas) – – – – – – – – PARTICIPANTES NA OITAVA EDIÇÃO DO FOJE Itália 114 Suíça 76 Ucrânia 74 França 72 Portugal 72 Espanha 72 Finlândia 70 Federação Russa 68 Lituânia 63 Alemanha 62 Bélgica 61 Letónia 61 Grã-Bretanha 60 Grécia 60 Sérvia e Montenegro 60 Estónia 58 Polónia 58 Croácia 56 Eslovénia 56 Hungria 54 Bielo-Rússia 51 República Checa 51 Dinamarca 49 Holanda 49 Eslováquia 49 Turquia 49 Áustria 48 Irlanda 45 Roménia 43 Israel 38 Bulgária 32 Geórgia 31 Islândia 24 Suécia 24 Azerbeijão 23 Noruega 21 Chipre 17 Moldávia 17 Luxemburgo 15 Bósnia e Herzegovina 14 São Marino 13 Arménia 11 Macedónia 11 Andorra 8 Albânia 7 Liechtenstein 7 Malta 4 Mónaco 4 OLIMPO - Maio/Junho 2005 ATLETISMO Local de Competição: Lignano Stadium (distância: 1,5 Km - 5 minutos) Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12 Km - 15 minutos) Rapazes: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m, 3000m, 2000m obstáculos, 110m barreiras, 400m barreiras, 4x100m estafetas, salto em altura, salto à vara, salto em comprimento, lançamento do disco, lançamento do peso, lançamento do dardo Raparigas: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m, 3000m, 100m barreiras, 400m barreiras, 4x100m estafetas, salto em altura, salto à vara, salto em comprimento, lançamento do disco, lançamento do peso, lançamento do dardo Dias de Competição: 4 a 8 de Julho 13 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA As 23 medalhas portuguesas Portugal tem conquistado medalhas em todas as edições do Festival Olímpico da Juventude Europeia, num total de 23: oito de ouro, sete de prata e oito de bronze. 1ª Edição Bruxelas, Bélgica - 1991 18 a 20 de Julho Atletismo Ilídio Silva - 1500 m - 3º Judo Andreia Cavalleri - -61 Kg - 3º Natação Petra Chaves - 100 m costas - 3º Petra Chaves - 200 m costas - 2º Futebol Selecção Masculina - sub-16 - 1º 2ª Edição Valkenswaard, Holanda - 1993 3 a 9 de Julho Natação Ana Francisco - 100 m mariposa - 2º Ténis André Lopes / Tiago Sousa - (Pares Masc.) - 2º OLIMPO - Maio/Junho 2005 Futebol Selecção Masculina - sub-16 - 3º 14 3ª Edição Bath, Reino Unido - 1995 9 a 14 de Julho Ciclismo Sérgio Paulinho - Rampa (2,5 Km) - 1º 4ª Edição Lisboa, Portugal - 1997 18 a 24 Julho Atletismo Filipe Pedro - 3000 m - 2º Andebol Selecção Masculina - juvenis - 3º Futebol Selecção Masculina - sub-16 - 3º 5ª Edição Esbjerg, Dinamarca - 1999 10 a 16 Julho Atletismo Marco Fortes - Lançamento Peso - 1º Futebol Selecção Masculina - sub-16 - 2º 6ª Edição Murcia, Espanha - 2001 22 a 26 Julho Atletismo Nelson Évora - Comprimento - 1º Laura Silva - 3000 m - 3º 7ª Edição Paris, França - 2003 26 de Julho a 2 Agosto Atletismo Liliana Cá - Lançamento do Disco - 1º Milton Dias - 400 m Barreiras - 1º Arnaldo Abrantes - 1.100 m Barreiras - 2º Judo Joana Cesário -57 Kg - 2º Natação Tiago Venâncio - 50 m livres - 1º Tiago Venâncio - 100 m livres - 1º Diana Gomes - 200 m bruços - 3º QUADRO DE MEDALHAS GERAL 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 PAÍS Rússia Grã Bretanha França Itália Hungrria Roménia Ucrânia Espanha Alemanha Holanda Polónia Suécia Bélgica URSS (1991) Croácia Israel Geórgia Portugal Bielo-Rússia Bulgária Finlândia Dinamarca Eslováquia República Checa Lituânia OURO 95 70 43 32 32 31 31 27 24 19 19 15 13 12 10 10 9 8 7 7 7 7 7 6 6 PRATA 68 54 40 38 21 30 27 31 30 23 19 14 18 8 8 2 9 7 11 10 7 7 2 12 4 BRONZE 49 62 51 45 22 38 34 32 36 37 27 23 31 9 12 7 12 8 22 10 9 2 9 9 12 TOTAL 212 186 134 115 75 99 92 90 90 79 65 52 62 29 30 19 30 23 40 27 23 16 18 27 22 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA ATLETISMO 11 rapazes 9 raparigas FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS O Atletismo português tem grandes tradições olímpicas e também um prestígio crescente a nível do Festival da Juventude, graças às nove medalhas (quatro de ouro) conquistadas até hoje, três delas na última edição, em Paris. Desta vez, as ambições não são pequenas, com alguns jovens assumidos candidatos a classificações de relevo MARCOS COELHO PEDRO FONTES � 17 anos � 1m76 � 100 metros, � 17 anos � 1m81 � 200 metros, Nascido em Massarelos, reside na Parede e representa o Belenenses o escolhido para a prova-rainha, graças à marca de 11,07 segundos, mas já fez 10,90. Pensa na final e considera que as suas marcas lhe garantem esse posto, vendo apenas um espanhol (10,70) com melhor tempo. 4x100 Alentejano de Beja, representa o Zona Azul e vai ter o baptismo internacional em Lignano. OLIMPO - Maio/Junho 2005 4x100 15 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA CARLOS PINHEIRO BRUNO ALBUQUERQUE � 17 anos � 1m74 � 400 metros, � 16 anos � 1m75 � 800 e 1500 metros 4x100 Atleta do Benfica, oriundo da Falagueira, tem como recorde pessoal 50,23 segundos e muita confiança. Gosta também dos 200 metros, que pratica há seis anos. Pratica atletismo há quase quatro anos na Casa do Povo de Mangualde e já foi campeão do Torneio Olímpico Jovem nos 800 metros e vice nos 3000. No entanto a sua «melhor e preferida distância são os 1500 metros». Internacionalmente, venceu o Crosse de Fuensalida, Espanha, mas o FOJE é a sua primeira experiência em pista. PEDRO CIRNE JOÃO ALMEIDA � 17 anos � 1m74 � 3000 metros � 17 anos � 1m83 � 110 barreiras, 4x100 Tal como Vital e Silva, o aveirense (da Murtosa) conquistou recentemente duas medalhas de ouro na Tailândia (1500 e 3000 metros) e participa no FOJE com grandes ambições ANTÓNIO RODRIGUES JOÃO ALMEIDA � 16 anos � 1m85 � 400 barreiras, � 16 anos � 1m76 � Altura OLIMPO - Maio/Junho 2005 4x100 16 Atleta do Sporting, oriundo do Triatlo, já com oito anos de Atletismo, venceu este ano a sua especialidade do Portugal-Espanha e tem grandes ambições para o FOJE, considerando que apenas um atleta francês e outro alemão apresentam melhores marcas, pelo que tem visto da sua navegação pelos sites das Federações. Filho da treinadora e antiga atleta Regina Babo, vale 50,24 segundos nas barreiras, mas é um atleta eclético. Representa o seu clube, Centro de Atletismo de Seia, da 1ª divisão nacional, nas provas nacionais de seniores. Nos Jogos FISEC 2004, em Malta, foi 2º nos 400 metros e 4º no Salto em Altura. Natural de Alfeizerão e atleta da Juventude Vidigalense, de Leiria, tal como Vera Lavrador, já saltou 1,97 metros, evidenciando uma grande evolução nos últimos tempos. FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA MARCOS CALDEIRA MARCO FERREIRA � 17 anos � 1m81 � Comprimento, � 17 anos � 1m86 � Dardo Triplo Salto, 4x100 Provavelmente o atleta deste escalão com mais experiência internacional, a partir do Desporto Escolar, tendo já participado em provas em Malta (duas vezes), Grécia e Espanha. No ano passado ganhou o Comprimento e o Triplo e foi 2º na Altura. Recentemente na Tailândia foi 2º no Comprimento nos Jogos Ásia-Europa. Atleta da A.D. Recreativa e Educativa da Palhaça, Oliveira do Bairro, leva nove anos de atletismo e chegou ao dardo, há quatro anos, através das provas combinadas. Desconhece os adversários, mas sabe que do Norte da Europa vêm os mais difíceis, o que não o inibe de pensar chegar à final. O recorde pessoal é de 59,29 metros. ANTÓNIO VITAL E SILVA � 17 anos � 1m83 � Peso, Disco Um dos melhores atletas portugueses do seu escalão, o filho do antigo internacional e seu treinador Vital e Silva trouxe recentemente da Tailândia duas medalhas de ouro e vai a Itália com grandes perspectivas. Este ano já lançou 56,46 no Disco e a melhor marca no peso ronda os 20 metros (19,48). JULIANA CAMPOS � 16 anos � 1m40 � 200 metros, 4x100 ANNA OLSSON � 16 anos � 1m74 � 100 metros, Filha de pai sueco e mãe dinamarquesa nasceu em Lisboa e vice no Estoril onde representa o clube de Atiba. Gosta de barreiras e até já disputou um Portugal-Espanha dessa especialidade e vários ‘meetings’ ibéricos. Tem o desejo de chegar pelo menos à meia-final em Lignano. Atleta do FC Porto, ex-praticante de Voleibol (escolar) e de Natação (exLeixões), virou-se para o Atletismo há dois anos e já é das mais rápidas do país. OLIMPO - Maio/Junho 2005 4x100 17 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA JOANA COSTA LÍDIA SOUSA � 17 anos � 1m57 � 800, 3000 metros � 16 anos � 1m68 � 1500 metros Com um bom currículo no Desporto Escolar, a jovem de Mangualde fez o baptismo internacional em Lyon, precisamente no Campeonato Escolar, prova que «não correu bem por causa da comida» e do desconhecimentos das adversárias. Jovem de Paços de Ferreira estreou-se há poucas semanas no atletismo internacional representando o COP nos Jogos da Juventude Ásia-Europa, em Banguecoque, Tailândia, conquistando duas medalhas de bronze nos 800 e 1500 metros, batida apenas por atletas chinesas e coreanas. TERESA RIBEIRO � 16 anos � 1m58 � Dardo Natural de Lordelo do Douro, começou há sete anos nas corridas de estrada, mas a sua versatilidade conduziu-a às provas combinadas o que veio a revelar uma boa lançadora de dardo. Vai ter a 1ª internacionalização em Itália, mas já foi campeã nacional de lançamentos de Inverno e 3ª classificada no Olímpico Jovem. VERA LAVRADOR � 16 anos � 1m59 � Vara, Disco, 4x100 Especialista em provas combinadas, esta atleta da Juventude Vidigalense, colega da olímpica Vânia Silva, está há dois anos a dedicar-se ao Salto com Vara, a prova que treina mais, mas também tem boas marcas no lançamento de Disco. ISABEL RIBEIRO � 17 anos � 1m72 � Peso OLIMPO - Maio/Junho 2005 JOANA FRIAS 18 � 17 anos � 1m63 � 400, 4x100, Comprimento Esta algarvia de nascimento, mas residente na Madeira, Albufeira, Camacha, acaba de participar na Taça da Europa de Leiria, ao mais alto nível, terminando em 7ª com 55,88 segundos e participando na estafeta 4x400 (4º lugar). Em Maio, em representação da Madeira, conquistou em Creta duas medalhas de ouro, nos 400 e no Comprimento. Minhota de Adaúfe, tem como melhor marca 15,86 metros PATRÍCIA MAMONA � 16 anos � 1m50 � 100 barreiras, Triplo Salto e 4x100 É uma das atletas portuguesas de maior futuro, esta lisboeta residente na Agualva e atleta do JOMA, que representou Portugal na Taça da Europa de Leiria, conseguindo um magnífico 4º lugar com 6,16 metros no Comprimento, recorde nacional de juvenis FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA CANOAGEM A Canoagem começa a emergir como uma modalidade de futuro em Portugal, agora sob a orientação de um novo modelo federativo em que pontificam alguns dos melhores atletas de sempre da modalidade, como José Garcia, director técnico nacional, ou Rui Fernandes, o responsável pela selecção ao FOJE, que foi olímpico em Barcelona e Atlanta. Os oito portugueses foram escolhidos após um estágio intenso no Centro de Preparação da FPC em Montemor-oVelho, depois de os atletas se terem qualificado inicialmente nas Provas Selectivas. OLIMPO - Maio/Junho 2005 5 rapazes FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS 3 raparigas 19 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA SARA RAFAEL 16 anos 1m66 Amorense K2 500, K2 1000 � � � � INÊS ESTEVES 15 anos 1m47 C.N.Milfontes K2 500, K2 1000 � � � � MÁRCIA COSTA � � � � 16 anos 1m71 Náutico do Prado K1 500, K1 1000 OLIMPO - Maio/Junho 2005 Desde 2002, Márcia é a grande dominadora da Canoagem nacional feminina, escalão juvenil e cadetes, quer em K1 quer K2 em todas as distâncias e por isso alimenta a esperança de "subir ao pódio" em Lignano. Já tem a experiência de algumas provas em Espanha, como as regatas Príncipe das Astúrias, a President Cup ou descidas do Rio Minho, e sabe que há uma adversária espanhola de respeito, chamada Gabriela... 20 Esta seixalense aluna do 8º ano, 2ª do país em K1, embora goste mais das provas de fundo, encara a presença no FOJE com grande optimismo. Treina todos os dias e aos sábados em dose dupla, alimentando o sonho de evoluir numa modalidade que, felizmente, tem cada vez mais raparigas. Já participou numa Taça do Mundo de Juniores, em Crestuma, ficando em 4º lugar em K2, mas com uma parceira diferente. A mais jovem e inexperiente da selecção portuguesa, terceira dos rankings nacionais, representa o Sudoeste Alentejano no Festival Europeu, o seu baptismo internacional. É uma desportista por excelência, com condições físicas excepcionais, que atrai as atenções dos técnicos federativos e gosta de praticar futsal. FERNANDO PIMENTA � � � � 16 anos 1m77 CN Ponte de Lima K1 500, K1 1000, K4 500, K4 1000 Antigo praticante de Natação, elegeu a Canoagem há quatro anos como único desporto e agora treina todos os dias nas águas do Lima. Campeão Nacional de Promessas em K2, este ano venceu todas as provas nacionais de longa distância e as selectivas, mas tem pouca experiência das distâncias olímpicas como todos os colegas, de resto. No Festival da Juventude competirá em quatro provas, sendo o escolhido para as duas distâncias de K1. FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA � � � � 15 anos 1m79 Náutico do Prado K2 1000, K4 1000 FLÁVIO PEREIRA � � � � 16 anos 1m73 Sesimbra K2 1000, K4 500 Sesimbra é terra de mar e até os canoístas se vêem constrangidos a praticar uma disciplina de pista num meio aquático ondulado que dificulta os gestos técnicos. Isso não impede Flávio de evoluir na modalidade com resultados de vulto, como o título nacional de cadetes em K2 500. Para tal treina todos os dias, duas vezes, tentando aproveitar ao máximo o mar chão… Pratica Canoagem há cinco anos, já foi campeão de K4 1000, mas ainda não discute o K1 porque nestes escalões um ano faz a diferença e os mais velhos ganham sempre... Em K4 considera-se polivalente, mas está habituado a fazer de voga, a primeira posição. O FOJE será a sua estreia internacional. JORGE CASTRO � � � � 16 anos 1m87 Náutico do Prado K2 500, K4 500, K4 1000 Deve ser uma das histórias mais peculiares do desporto juvenil nacional: açoriano e único canoísta de São Miguel, só podia treinar no mar (as ondas prejudicam a técnica) ou na Lagoa das 7 Cidades, seguindo as instruções do seu treinador enviadas do Minho por e-mail. Agora os pais compraram-lhe um kayak ergómetro que lhe permite remar em casa quando o anticiclone não o deixa sair de casa. JOÃO RIBEIRO � � � � 15 anos 1m84 Gemeses K2 500, K4 500, K4 1000 Conterrâneo de Pedro Moura em Esposende, mas representando um clube diferente. De forma algo surpreendente, foi o 3º em K1 nas duas distâncias das provas selectivas o que o fez despertar para a modalidade e treinar mais intensamente do que fazia durante os últimos meses. OLIMPO - Maio/Junho 2005 PEDRO MOURA 21 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA CICLISMO 3 rapazes O efeito Sérgio Paulinho sente-se no contacto com os pupilos de Nuno Alves, o treinador nacional dos cadetes de Ciclismo. Nove anos antes da sua proeza na prova de Estrada dos Jogos Olímpicos de Atenas, Paulinho ganhou a prova de rampa da terceira edição do Festival da Juventude Europeia. Graças à sua actividade competitiva, os cadetes de ciclismo têm uma ambição muito firme e encaram a participação no Festival de Lignano, onde disputarão três provas, com uma ilusão muito forte de sucesso. JÓNI BRANDÃO � 15 anos � 1m75 � Estrada, 22 O currículo desportivo de Jóni Silva Brandão, oriundo de Travanca, Terras de Santa Maria, berço de grandes tradições velocipédicas, está repleto de triunfos. Este ano já venceu três corridas, incluindo a Prova de Abertura e o Circuito da Liberdade, registou mais um segundo lugar e dois terceiros. Em 2003 tinha ganho sete provas e ficado em terceiro lugar no Campeonato Nacional da categoria e no ano seguinte teve mis dificuldades, devido à subida de escalão. FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS OLIMPO - Maio/Junho 2005 Contra-relógio e Critério FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA TIAGO ENCARNAÇÃO � 16 anos � 1m76 � Estrada, Contra-relógio e Critério. Nasceu em Lisboa, mas vem do Pinhal Novo este jovem de grande porte atlético que está a realizar uma excelente época como cadete de 2º ano. Em 2004 (cadete de 1º ano) só conseguiu quatro segundos lugares, mas este ano já ganhou três corridas e, tirando uma desistência por queda, nunca se classificou abaixo do 4º. Numa carreira necessariamente curta já registou mais de uma dúzia de triunfos e cerca de 30 lugares de pódio! NÉLSON OLIVEIRA � 16 anos � 1m75 � Estrada, Contra-relógio Natural de Vilarinho do Bairro, Anadia, Nelson Filipe foi o último a juntar-se ao grupo, por lhe ter sido impossível participar no estágio e testes em finais de Maio, mas é um bom especialista de contra-relógio (Campeão nacional de 2004) e regista um currículo cheio de triunfos, nomeadamente a prova de abertura da Taça de Portugal de 2005. A nível internacional competiu no ano passado em Espanha, tendo alcançado uma vitória e um segundo lugar. OLIMPO - Maio/Junho 2005 e Critério 23 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA GINÁSTICA 3 raparigas FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS Portugal está ainda longe de altas performances na Ginástica de competição internacional. Não se alimentam sonhos de glória, mas apenas a vontade de participações condignas que possibilitem uma evolução técnica às atletas, as mais jovens da delegação portuguesa. Há dois anos, em Paris, a selecção portuguesa formada por Mariana Almeida e Ana Rita Nunes classificou-se em 21º lugar. OLIMPO - Maio/Junho 2005 CATARINA ABRANTES 24 � 14 anos � 1m51 � Ginásio Clube Português As paralelas assimétricas são o aparelho preferido da campeã nacional de juniores, uma ginasta de porte elegante, campeã nacional geral já este ano, depois de no ano passado ter sido campeã nacional absoluta em três modalidades (paralelas, trave e exercícios de solo). Começou por acaso há sete anos, acompanhando uma amiga da escola Rainha D.Amélia, experimentou, disseram-lhe que tinha jeito e ficou. Também treina todos os dias menos ao domingo e ultrapassa pela vontade as dificuldades logísticas que a impedem, por exemplo, de ter um tapete de solo com as medidas regulamentares, obrigando a deslocações ao Porto para preparar esse aparelho específico. «É duro, mas gosto muito», confessa. «Alimento o sonho de um dia ir aos Jogos Olímpicos, mas para já ir a estas competições já é muito bom». Catarina já viveu a experiência internacional de uma participação nos Europeus de Amsterdão, no ano passado, mas competindo apenas por equipas: «Ficámos a meio da tabela (15º entre 27 países), superando equipas que julgávamos mais fortes, como a Suíça ou a Bulgária». FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA RITA LIMÃO � 13 anos � 1m38 � Ginásio Clube Português CATARINA MARTINS � 14 anos � 1m55 � Lisboa Ginásio lube Terceira do ranking nacional de 2005 com 116 pontos, atrás de Catarina Abrantes (239 pontos) e Rita Limão (128), Catarina manteve uma competição interessante pelo apuramento com Diana Ramalho do Boavista, mas na última prova, o Dia Olímpico, confirmou a escolha, classificando-se em 2º lugar atrás de Catarina Abrantes, vencendo a prova de Trave Olímpica, enquanto a jovem boavisteira não ia além do 5º lugar. Em 2004, Catarina Martins foi a primeira do ‘ranking’ nacional de juvenis, à frente da campeã nacional, Rita Limão. OLIMPO - Maio/Junho 2005 Deve ser o corpo mais franzino da delegação portuguesa, mas transborda energia. O último sobrenome é Oliveira, mas todos a tratam por Limão, apenas Limão, como ela gosta, sem ponta de acidez... Pratica Ginástica Artística desde os oito anos, seis dias por semana, três horas e meia por dia. Começou no Sporting, durante um ano, mas a escassez de companheiros encaminhou-a para o GCP, onde treina nas acanhadas instalações do sexto andar da sede das Amoreiras: “Tem mais gente, gosto mais». A presença no FOJE é o seu baptismo internacional e diz que vai «para ganhar experiência», alimentando o grande sonho de «um dia, ir aos Jogos Olímpicos». A especialidade de Limão é o Salto de Cavalo (campeã nacional de juniores), mas também gosta muito das Paralelas. É campeã nacional juvenil de ambas as especialidades e também foi campeã individual em 2004. 25 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA JUDO 3 rapazes 5 raparigas FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS O Judo apresenta uma equipa de oito atletas, cinco dos quais participaram recentemente nos Europeus de Esperanças em Salzburgo. Nos meses precedentes, cumpriram um bom programa internacional, disputando os torneios de Fuengirola e Coimbra e o torneio A Roger Sérzian, em Belfort, França. Atendendo aos resultados alcançados ao longo deste ano, Joana Santos parece a portuguesa com mais possibilidades na previsão de resultados. ANA SOUSA OLIMPO - Maio/Junho 2005 � 16 anos � 1m58 � 48 kgs 26 Obteve uma série de resultados interessante, incluindo o 2º lugar em Fuengirola e a vitória em Coimbra, além do 5º lugar no torneio de Belfort, a melhor classificação dos portugueses. Contudo, no Europeu de Salzburgo perdeu na primeira ronda com a polaca Kuban. JOANA SANTOS � 15 anos � 1m62 � 52 kgs Depois de ter sido 7ª em Fuengirola e não ter passado do primeiro combate em Belfort, venceu o torneio de Coimbra e ganhou embalagem para o Europeu de Esperanças onde veio a ser a melhor portuguesa, terminando em 5º lugar. Começou a perder com a sueca Odder, venceu sucessivamente a azeri Mamodova, a búlgara Buchkova e a polaca Babiarz, para perder com a eslovena Ketis na atribuição do 3º lugar. FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA JOANA PEREIRA � 16 anos � 1m65 � 57 kgs Melhor portuguesa no torneio de Fuengirola, com um triunfo que mais tarde repetiu em Coimbra. Contudo, em Belfort e no Europeu (perdeu com a norueguesa Johansen) não passou da primeira ronda. ANA ANDRADE � 15 anos � 1m69 � 63 kgs Não esteve no Europeu e obteve resultados regulares nos três torneios disputados: 3ª em Fuengirola, 2ª em Coimbra, dois combates perdidos em Belfort JORGE FERNANDES PATRÍCIA ENCARNAÇÃO � 15 anos � 1m66 � 70 kgs � 15 anos � 1m75 � 66 kgs Além de Joana Santos foi o único a conseguir vencer um combate no Europeu, superando o romeno Moga, antes de perder com o russo Machin e com o letão Milenbergs. Venceu o torneio de Coimbra, foi 2º em Fuengirola e perdeu à primeira em Belfort. De todas as seleccionadas foi a que menos competiu este ano, tendo alcançado, porém, o segundo melhor resultado no Torneio A de Belfort, um 9º lugar, com dois triunfos em quatro combates. � 16 anos � 1m75 � 73 kgs Primeiro em Coimbra, 2º em Fuengirola, não passou da primeira eliminatória quer em Belfort quer em Salzburgo, onde foi derrotado pelo holandês Huysman. ANDRÉ MELO � 16 anos � 1m85 � 81 kgs Não foi ao Europeu e regista uma folha de serviços idêntica à de Leonardo: 1º em Coimbra, 2º em Fuengirola, 2 derrotas em Belfort OLIMPO - Maio/Junho 2005 EDUARDO LEONARDO 27 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA NATAÇÃO 8 rapazes 8 raparigas OLIMPO - Maio/Junho 2005 FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS Na linha de Tiago Venâncio e Diana Gomes, medalhados no FOJE 2003 de Paris, a selecção de Natação carrega algumas ambições para Lignano Sabbiadoro, em particular Jorge Maia, nadador de Vila Nova de Famalicão, que em Abril obteve a medalha de ouro dos 400 metros no Multinations Youth do Funchal. Esta prova constituiu, aliás, o principal ponto de referência internacional, em termos de experiência, para a maioria dos nadadores portugueses deste escalão juvenil 28 JOANA MARQUES � 13 anos � 1m55 � 200 bruços Lisboeta filha de dois antigos nadadores (Ana Chocalinho e Vítor Costa Marques), a representante da SFUAP superou Marta Azêdo no ‘meeting’ Tap, com 2.47,70 para ganhar o passaporte para Itália. FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA ANA MATEUS RITA GOMES � 13 anos � 1m41 � 100 bruços, 4x100 estilosuços � 14 anos � 1m45 � 200, 400 estilos, 100, 200 mariposa, 4x100, Colega de Diana Gomes nos Bombeiros dos Estoris, partilha com a mais jovem olímpica de sempre a especialidade dos 100 metros bruços e o facto de ser a mais jovem da equipa para o FOJE. Superou também Marta Azedo na última prova de selecção, com 1.18,16 minutos Vem de Alcobaça a nadadora mais eclética do grupo, que dominou totalmente as provas decisivas. Campeã nacional de juvenis de 200 e 400 estilos e das duas distâncias de mariposa. CAROLINA BEBIANO MARTA MARINHO � 13 anos � 1m47 � 50 livres � 14 anos � 1m54 � 100, 400, 800 livres, 4x100, 4x100 estilos Vive na Amadora e representa o Belenenses a jovem surpresa da selecção, que superou a campeã nacional Marta Marinho ao fazer o tempo de 28,91 segundos no ‘meeting’ TAP. Representante do FC Porto, é a campeã nacional juvenil dos 50, 100 e 400 metros, mas acabou por obter também os mínimos para correr os 800, ao superar Ana Félix, com o tempo de 9.49,07. Tem a marca de 1.01,13 aos 100 e 4.40,29 aos 400. Também é campeã nacional dos 100 metros costas OLIMPO - Maio/Junho 2005 4x100 estilos 29 OLIMPO - Maio/Junho 2005 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA 30 SARA AZEVEDO RITA FERREIRA � 14 anos � 1m40 � 200 livres, 4x100, 4x200 mista � 14 anos � 1m41 � 4x100, 4x200 mista Portista de São João da Madeira, campeã nacional dos 200 metros com 2.14,36 minutos foi a única a quebrar a hegemonia de Marta Marinho no Multinations nas provas de crawl Conimbricense e atleta da Académica igualou o tempo de Sara Azevedo (2.14,36), o que apenas lhe deu uma vaga na estafeta, pois prevaleceu a classificação no Nacional. RUTE ARAÚJO PAULO ARAÚJO � 14 anos � 1m59 � 100, 200 costas, 4x100 estilos � 16 anos � 1m80 � 200, 400 estilos, 4x100, 4x200 mista Campeã nacional dos 200 costas, obteve as melhores marcas do Multinations do Funchal e confirmou a qualificação no ‘meeting’ TAP, com 1.10,39 e 2.24,21. É bracarense e representa o Sporting de Braga. Nadador do Famalicense, campeão nacional dos 200 estilos (2.14,03 obtidos no Multinations) acabou por superar Tomás Freitas nos 400, com a marca de 4.43,58 no ‘meeting’ TAP. JOÃO CARLOS SANTIAGO � 15 anos � 1m78 � 100, 200 bruços, 4x100 estilos � 15 anos � 1m43 � 100 mariposa, 4x100, 4x100 estilos Dominador incontestado do estilo bruços na sua categoria etária este varzinista radicado em Setúbal (CNS) tem como melhores marcas de qualificação 1.07,19 (100 metros) e 2.31,06 (200). Também esteve em foco no Multinations. O franzino seixalense (SFUAP) ganhou o Nacional com 59,46 segundos e confirmou a superioridade no Multinations e no TAP. HUGO RODRIGUES PEDRO OLIVEIRA � 16 anos � 1m63 � 200 mariposa � 15 anos � 1m85 � 1500, 4x100, 4x200 mista Farense do Montenegro, nada pelo Louletano e cometeu a proeza de melhorar no Multinations a marca de Jorge Maia, campeão nacional da distância, com 2.11.31 minutos. No ‘meeting’ TAP também obteve o melhor registo. É de Carnaxide, mas nada pelo Belenenses, e destacou-se na última prova de selecção, o ‘meeting’ TAP, ao tirar seis segundos ao tempo de Jorge Maia, o campeão nacional, com 16.31,97 minutos. OLIMPO - Maio/Junho 2005 RICARDO VARELA 31 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA JORGE MAIA � 16 anos � 1m50 � 100, 200, 400 livres, 4x100, 4x100 estilos OLIMPO - Maio/Junho 2005 Grande esperança da Natação portuguesa, o famalicense venceu cinco provas nos Nacionais de Juvenis de 2005. Aos 100 metros a melhor marca é de 53,46 segundos, mas a sua grande proeza foi o triunfo nos 400 metros do Multinations do Funchal, com 4.05,92, marca que melhorou em mais de três segundos (4.02,13) semanas depois, no TAP. 32 PAULO SANTOS ADELINO GAITEIRO � 15 anos � 1m79 � 50 livres, 4x100, 4x200 mista � 16 anos � 1m80 � 100, 200 costas, 4x100 estilos Não é o campeão nacional, mas superou a marca de Diogo Barbosa quer no Multinations quer no TAP, onde registou 24,74 segundos. É de Gondomar e representa o FC Porto. Campeão nacional dos 200 metros costas (2.10,72), o atleta matosinhense do FC Porto veio a superar também a marca de António Lança nos 100 metros, com 1.02,13. No Multinations obteve os melhores tempos em ambas as provas. FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA TÉNIS 1 rapaz 1 rapariga Os jovens tenistas são, talvez, os mais viajados e experientes internacionalmente, graças à própria estruturação do quadro competitivo da modalidade. Os resultados e a evolução que os escolhidos já ostentam permitem encarar com grande optimismo a sua prestação competitiva em Lignano. Sem pressões. MARIA GUERREIRO � 15 anos � 1m73 � E.T. Almada FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS Nascida na Rússia nos tempos da Perestroika, filha de um professor de Ginástica português, hoje responsável técnico da FPG, e de mãe russa, o que explica a carinhosa alcunha de Masha. Estuda e treina em Inglaterra e é apontada como um talento de grande futuro na modalidade, 19ª do ranking europeu de Cadetes. Foi vice-campeã nacional em 2004. No mês passado participou nos 1º Jogos Ásia-Europa na Tailândia. GASTÃO ELIAS Aluno do nono ano com bom aproveitamento, na semana do Estoril Open teve de faltar às aulas por causa do ténis. Disputa torneios internacionais desde os nove anos de idade e já foi duas vezes às meias-finais da prova mais importante do calendário mundial, o famoso Orange Bowl de Miami. Há dois anos, um adversário russo e recentemente o lituano Berankis foram os seus problemas... «Gostava de ir para os Estados Unidos evoluir como jogador de ténis. E tenho o sonho de ir aos Jogos Olímpicos: sei que posso lá chegar». OLIMPO - Maio/Junho 2005 � 14 anos � 1m80 � C.T. Lourinhã 33 FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA BASQUETEBOL 12 rapazes 34 FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS OLIMPO - Maio/Junho 2005 A selecção nacional de sub-16 de basquetebol foi a equipa colectiva escolhida para representar Portugal no FOJE – cada país apenas disputar uma das modalidades colectivas – e a tarefa não se apresenta nada fácil. Sob a coordenação de Artur Lima, mas debaixo da responsabilidade do seleccionador Augusto Araújo, esta equipa tem como principal característica um longo trabalho de conjunto que vem realizando no Centro de Preparação de São João da Madeira onde os jovens atletas vivem, estudam e treinam ao longo dos dois anos de duração deste projecto. O trabalho desta equipa visa a participação no Campeonato da Europa, na Bulgária, mais tarde, em Julho, e ainda terá uma terceira competição importante, em Agosto, em Angola, representando Portugal nos Jogos dos PALOP. No FOJE, a tarefa não se afigura nada fácil perante a categoria dos adversários (Turquia, Espanha e Alemanha), três potências do basquetebol europeu, mas estes jogos constituirão uma boa preparação para o Europeu, onde Portugal terá por adversárias as equipas da Bósnia, Áustria e Roménia, teoricamente mais acessíveis. Nesta selecção, o destaque individual vai para Cláudio Fonseca, jovem de estatura invulgar para o meio português (2,07 metros), que já representa um clube espanhol, o Valência, onde também prossegue os seus estudos, razão pela qual não participou no estágio final do Dia Olímpico em Rio Maior. Um dos jovens, Rui Araújo, é filho do conceituado árbitro internacional da modalidade José Araújo. FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA JOSÉ SILVA � 16 anos � 1m93 � Barreiro GONÇALO ALMEIDA � 15 anos � 1m93 � Carcavelos RUI ARAÚJO � 15 anos � 1m73 � Lisboa TIAGO SÁ � 16 anos � 1m84 � Sª Mª Feira CLÁUDIO FONSECA � 16 anos � 2m07 � Algés CRISTIANO SILVA � 15 anos � 1m91 � Barcelos PEDRO PEREIRA SAMUEL LÓIO � 16 anos � 1m77 � Aveiro EDGAR MOUCO ANDRÉ SILVA DIOGO CORREIA RENATO GALVEIA � 16 anos � 1m92 � Almada � 16 anos � 1m85 � Paredes de Coura � 14 anos � 1m85 � Caxias, Oeiras � 16 anos � 1m92 � Arrentela, Seixal OLIMPO - Maio/Junho 2005 � 15 anos � 1m85 � Vale da Amoreira, Moita 35 JOGOS DA JUVENTUDE ÁSIA-EUROPA, BANGKOK 2005 Portugal melhor representante europeu Vinte e uma medalhas conquistadas 21 MEDALHAS numa competição intercontinental de Natação Atletismo Ténis várias modalidades constituem um OURO PRATA BRONZE 6 4 - 2 1 2 2 2 2 saldo extremamente positivo da participação portuguesa na primeira edição dos Jogos da Juventude Ásia-Europa, realizada em Banguecoque. Uma experiência inolvidável para os 36 JOSÉ GOMES MARTINS OLIMPO - Maio/Junho 2005 16 jovens portugueses Diana Gomes foi a porta-estandarte da delegação portuguesa ortugal teve uma participação excepcional na primeira edição dos Jogos da Juventude ÁsiaEuropa (ASEM), realizados em Banguecoque, Tailândia. Dezasseis atletas trouxeram 21 medalhas e colocaram Portugal, desde o primeiro dia, como a melhor equipa europeia presente, perdendo apenas para a China e para o país anfitrião. P Além do sucesso desportivo, a comitiva portuguesa viveu também uma extraordinária experiência social e cultural, beneficiando da tradicional hospitalidade tailandesa e de uma organização perfeita, servida por uma competente equipa de assistentes e voluntários. Apesar da escassez de informação prévia, os portugueses depararam com uma organização exemplar na Tailândia, incluindo duas cerimónias oficiais (de abertura e de encerramento) de grande nível, comparáveis às dos Festivais Olímpicos da Juventude Europeia. A delegação portuguesa foi chefiada por João Matos e Celeste Gil, vogais da Comissão Executiva do COP, responsáveis das Federações de AS MEDALHAS PORTUGUESAS PRATA OURO � ATLETISMO PESO M António Vital e Silva DISCO M António Vital e Silva 1500 metros M Pedro Cirne 3000 metros M Pedro Cirne � NATAÇÃO BRONZE � ATLETISMO � ATLETISMO Comprimento M Marcos Caldeira � NATAÇÃO 100 metros Costas M Pedro Oliveira 100 metros Mariposa M Pedro Oliveira 800 metros F Lídia Sousa 1500 metros F Lídia Sousa � NATAÇÃO 200 metros bruços M Carlos Almeida 50 metros bruços F Diana Gomes � TÉNIS 200 metros Mariposa M Pedro Oliveira 200 metros Costas M Pedro Oliveira 400 metros Estilos M Carlos Almeida 200 metros Estilos M Carlos Almeida 200 metros Bruços F Diana Gomes 100 metros Bruços F Diana Gomes QUADRO FINAL DE MEDALHAS Por Equipas F Joana PangaioMaria Guerreiro Singulares F Joana Pangaio � TÉNIS Pares Mistos Joana PangaioAlexandre Cardoso Pares Femininos Joana PangaioMaria Guerreiro PAIS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 China Tailândia Portugal Coreia do Sul Alemanha Polónia Eslováquia Vietname França Bélgica Indonésia Estónia Espanha Finlândia Myanmar Singapura Filipinas Laos Letónia Dinamarca OURO 32 22 10 7 5 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1 - PRATA BRONZE TOTAL 12 27 5 5 7 5 4 1 5 4 4 3 7 2 3 1 1 - 6 34 6 10 11 4 1 3 8 3 2 2 1 3 2 9 5 2 2 50 83 21 22 23 12 8 7 15 9 8 7 9 6 3 12 6 1 2 2 Quatro países (República Checa, Brunei, Cambodja e Suécia) não conquistaram qualquer medalha Vital e Silva Diana Gomes Badminton e Trampolins, respectivamente. O sucesso nacional começou a desenhar-se no primeiro dia com a conquista de cinco medalhas, com Portugal a colocar-se desde logo à frente do pelotão europeu e em terceiro lugar geral. O país organizador e anfitrião participou com um maior número de atletas, o que explica a maior quantidade de medalhas conquistadas, inclusive relativamente à China. O dia fechou com o triunfo de Diana Gomes nos 100 metros bruços, com o tempo 1.12,66 minutos, enquanto na prova masculina da mesma distância Carlos Almeida se classificava em 4º lugar. No Atletismo, Pedro Cirne foi o primeiro campeão de sempre desta nova competição intercontinental, ao ganhar os 1500 metros masculinos com o tempo de 4.10,45 minutos. No lançamento do Peso, também António Vital e Silva conquistou ouro com um derradeiro lançamento de 18,38 metros. Marcos Caldeira ficou em segundo lugar no Salto em Comprimento com 7,05 metros e Lídia Sousa foi terceira nos 1500 metros, com 4.40,33 minutos – ambos batidos apenas por atletas chineses. � 7 no 2º dia No segundo dia, a selecção portuguesa conquistou mais sete medalhas, quatro delas de ouro. O nadador Carlos Almeida conquistou uma medalha de ouro nos 400 metros estilos e outra de bronze nos 200 bruços, enquanto Diana Gomes repetiu o êxito do primeiro dia, vencendo a final dos 200 metros bruços. Pedro Oliveira venceu os 200 metros mariposa. No Atletismo, António Vital e Silva também alcançou o segundo triunfo na competição, dominando o Lançamento do Disco com um novo recorde pessoal e nacional, enquanto Lídia Sousa alcançou a medalha de bronze nos 800 metros. A selecção feminina de Ténis classificou-se em segundo lugar na prova por equipas, ao perder na final com a Coreia do Sul. � Cirne repete triunfo OLIMPO - Maio/Junho 2005 � 5 Medalhas na estreia Na terceira jornada, Pedro Cirne venceu a prova de 3000 metros, repetindo 37 JOGOS DA JUVENTUDE ÁSIA-EUROPA, BANGKOK 2005 a medalha de ouro que obtivera na jornada inaugural na prova de 1500 metros, enquanto Marcos Caldeira não conseguiu subir ao pódio do Triplo Salto, terminando em quarto lugar com 14,16 metros. Na Natação, Pedro Oliveira ficou em segundo lugar 100 metros costas, com o tempo de 59,71 segundos. No dia seguinte, Carlos Almeida conquistou uma medalha de ouro nos 200 metros estilos (2.07.73), enquanto Pedro Oliveira venceu a final dos 200 metros costas (2.04.80) e foi segundo na final dos 100 metros mariposa (56.30). Na penúltima jornada dos Jogos, a nadadora Diana Gomes conquistou a sua terceira medalha da competição, desta vez de bronze, na final de 50m bruços (33.98 segundos). Carlos Almeida esteve próximo de subir de novo ao pódio ao classificar-se no quarto lugar na final de 50m bruços (31.26). No Ténis, Joana Pangaio, que já tinha conquistado três medalhas em pares (uma de prata e duas de bronze), derrotou a coreana Lee Cho Won por um duplo 6-3 e qualificou-se para a final com a tailandesa Uthomporn Pudtra, que veio a perder no último dia, por 3-6,2-6. Carlos Almeida Lídia Sousa Marcos Caldeira Pedro Cirne A COMITIVA PORTUGUESA Chefe de Missão João Matos Chefe-adjunto de Missão Celeste Gil Fisioterapeuta José Luís Rodriguez Chefes de Equipa Atletismo - Vital e Silva Badminton – Jorge Pitarma Natação – Fernando Teixeira Ténis de Mesa – Fernando Malheiro Ténis – Gonçalo Portas 38 Pedro Cirne Marcos Caldeira António Silva Lídia Sousa 800, 1500, 3000 metros Comprimento, Triplo Salto, Altura Disco, Peso 800, 1500 m Badminton Pedro Martins Ana Reis JOSÉ GOMES MARTINS OLIMPO - Maio/Junho 2005 Atletismo Singulares, Pares Mistos Singulares, Pares Mistos Natação Carlos Almeida Pedro Oliveira Diana Gomes 200, 400 metros estilos, 100, 200 bruços 100, 200 metros costas, 100, 200 mariposa 50, 100, 200 metros bruços Ténis de Mesa Ténis Vitaly Efimov Ivo Silva Diogo Pinho Alexandre Cardoso Bruno Silva Antónia Guerreiro Joana Pereira IX Jogos das Ilhas Creta-2005 Madeira e Açores conquistam 29 medalhas Badminton enfrentou adversários asiáticos fortíssimos Vitaly Efimov em acção no Ténis de Mesa A Madeira conquistou 19 medalhas e os Açores dez na IX edição dos Jogos das Ilhas, que decorreu em Creta entre 25 e 29 de Maio, trazendo para Portugal um total de dez medalhas de ouro, seis de prata e 13 de bronze. As duas regiões autónomas portuguesas competiram com um total de 139 atletas (77 madeirenses e 62 açorianos) neste encontro anual que reuniu mais de 1200 participantes de Cabo Verde, Canárias, Chipre (convidada) Córsega, Corfu, Creta, Guadalupe, Jersey, Mayotte, Malta, Sardenha, Sicília e Wight. Este ano, faltaram as Baleares, a Martinica e a Reunião. Madeira domina Ténis de Mesa A equipa madeirense dominou quase por completo a competição de ténis de mesa, conquistando cinco dos seis títulos (equipas e pares masculino e feminino, pares mistos e individual masculino), com realce para Vitaly Efimov (três medalhas de ouro) e Cármen Gonçalves (duas). Em individuais femininos, Ana Costa ficou no segundo lugar. A madeirense Joana Frias também conquistou duas medalhas de ouro no atletismo, nos 400 metros e no salto em comprimento, estabelecendo novos recordes regionais com 56,28 segundos e 5,66 metros, respectivamente. Recepção na Embaixada de Portugal em Banguecoque Aproximação entre povos A ideia dos Jogos ASEM da Juventude nasceu no 4º Meeting Ásia-Europa, realizado na Dinamarca em 2002, onde a Tailândia se ofereceu para organizar uma competição internacional com o objectivo de incrementar as relações e a amizade entre as juventudes asiática e europeia, bem como promover as respectivas culturas. Além da parte desportiva, também houve intercâmbio cultural com demonstrações de usos e costumes e folclore dos países representados. Os países membros da ASEM são 38, treze asiáticos e 25 europeus. Participaram nesta primeira edição dos Jogos da Juventude Ásia-Europa (Meeting ASEM) 823 atletas nascidos depois de 1987 em representação de 27 países (Brunei, Cambodja, China, Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia, Laos, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname, pela Ásia, e Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Estónia, Finlândia, França, Letónia, Polónia, Portugal, República Checa e Suécia, pela Europa). Os Jogos englobam seis modalidades, mas Portugal não participou no futebol. A selecção dos Açores destacou-se no Judo, com a medalha de ouro de Bruno Furtado, de São Miguel, na categoria de +73kgs, e mais duas de prata em -60 e -66 kgs. A outra medalha de ouro açoriana foi conquistada no Atletismo por Joana Flores, da Terceira, com 1,63 metros no salto em altura. Nos desportos colectivos o melhor resultado foi alcançado no andebol, com a equipa masculina da Madeira a perder apenas na final com as Canárias. O presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante Vicente Moura, assistiu em Creta à edição de 2005 destes Jogos, também considerados as Olimpíadas das Ilhas, que em 2000 e 2003 foram organizados na Madeira e nos Açores respectivamente. OLIMPO - Maio/Junho 2005 Açores destacam-se no Judo 39 XXIX OLIMPÍADA - A CAMINHO DE PEQUIM Projecto 2008 ganha mais cinco candidatos São 24, de doze modalidades diferentes, os atletas que beneficiam do estatuto de ‘olímpicos’ figurando no Projecto Pequim-2008. Aos 19 que transitaram de Atenas, juntam-se mais cinco pelos resultados já alcançados ao longo desta temporada, mas tudo indica que em breve o grupo vai ser muito alargado Projecto Pequim-2008 ganhou em Abril e Maio cinco novos passageiros, aumentando a lista para 24 atletas de 12 modalidades. Nos próximos meses, contudo, é certo que a lista vai ser aumentada, inclusive com a entrada de outros desportos, individuais e colectivos, à medida que as grelhas de qualificação também vão sendo acordadas e seladas entre o COP e as Federações. Os últimos dois meses tiveram algumas provas de alto nível internacional, destacando-se as vitórias de Vanessa Fernandes no México e em Espanha e o terceiro lugar de Telma Monteiro nos Europeus de Judo. Ambas são firmes candidatas a lugares de honra nos Jogos de Pequim, depois das prometedoras estreias em Atenas-2004, ainda com idade de juniores. Neste Verão, ano de Mundiais de Dos últimos cinco atletas que garante o nível 3 do Projecto. Atletismo e de Natação, é crível que o conseguiram entrar no Projecto, João O atirador Ricardo Colaço, que grupo de “bolseiros” olímpicos possa Gomes é o que regista um mais ficou muito perto dos oito primeiros aumentar significativamente. Mas significativo percurso olímpico, no Mundial de Fosso Olímpico e a também algumas modalidades colecdepois de ter participado nos Jogos dupla de ‘star’ Afonso Domingostivas, com performances de alto nível de Sydney e de Atenas. Conseguiu Bernardo Santos também entraram como a selecção de Voleibol na Taça ser repescado com efeitos a partir de no nível 3, enquanto o nadador do Mundo e a selecção olímpica de Janeiro, uma vez que a candidatura Tiago Venâncio é o primeiro a benefutebol no Torneio de Toulon, batem assentava sobre o ranking registado ficiar do especial nível 4 – que apeà porta do Projecto Pequim. Sem no final de 2004, o 16º posto que lhe nas garante apoio à Federação e não esquecer o apuramendirectamente ao OS CINCO NOVOS OLÍMPICOS to do Andebol para o atleta. Afonso João Gomes Europeu, embora Domingos e Tiago ESGRIMA neste caso a competiVenâncio também Tiago Venâncio NATAÇÃO ção só decorra em já foram olímpicos, TIRO COM ARMAS DE CAÇA Ricardo Colaço 2006 e seja necessário respectivamente em Afonso Domingos-Bernardo Santos VELA esperar até lá. Sydney e Atenas. OLIMPO - Maio/Junho 2005 40 FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS O ATLETISMO JUDO Naide Gomes João Pina Inconstância física após o título europeu de pista coberta, reservando-se para os Mundiais. Não participou na Taça da Europa, de Leiria, por causa de uma lesão no adutor. A recuperar de uma rotura de ligamentos do ombro e de uma apendicite. Só deve reaparecer no final da temporada. Francis Obikwelu Em Maio iniciou a época de ‘meetings’, vencendo no Qatar e foi 4º na corrida em que Asafa Powell bateu o recorde mundial dos 100 metros. Na Taça dos Campeões Europeus de Vila Real de S. António e na Taça da Europa ajudou o Sporting e a selecção com vitórias nos 100 e 200 e ainda ajudou na estafeta, apesar de se queixar de problemas físicos que o impedem de disputar os 200 metros nos Mundiais de Helsínquia. Alberto Chaíça Depois da operação cirúrgica reapareceu na Corrida do Metro (15k) com um 4º lugar. Prepara a Maratona do Mundial. João Neto Reapareceu nas Taça do Mundo de Tallin e Bucareste, com um nono e um terceiro lugar, respectivamente Telma Monteiro Grande figura dos Europeus de Roterdão, com mais uma medalha de bronze, depois de ter vencido o Torneio A de Bucareste, no início de Abril NATAÇÃO Tiago Venâncio O jovem olímpico de Atenas sagrou-se campeão nacional alcançando os mínimos para os Mundiais nos 200 metros livres com 1.50,10, o que lhe valeu a entrada no Projecto Pequim (nível 4). TRAMPOLINS João Vieira Nuno Merino A grande proeza nos últimos dois meses foi a obtenção dos mínimos para o Mundial, com 1.22,08 horas no muito competitivo Grande Prémio de Rio Maior (9º lugar) Prepara a participação nos Campeonatos do Mundo, em Setembro, com actividade nacional e internacional intensa. Manuel Damião Vanessa Fernandes Venceu os 1500 metros da Taça da Europa de Leiria (3.45,06), confirmando-se como um dos grandes especialistas mundiais. O regresso à competição não podia ser melhor. Duas vitórias consecutivas na Taça do Mundo, no México e em Madrid e subida ao 3º lugar do Ranking mundial. Rui Silva TIRO TRIATLO Vitória de classe nos 3.000 metros da Taça da Europa (8.10,26 minutos) na retoma da carreira, melhorando a marca da Taça dos Campeões Europeus (8.10,67), em Vila Real, onde também correu e venceu os 1500. João Costa CANOAGEM Ricardo Colaço Emanuel Silva O 15º lugar no Campeonato do Mundo de Fosso Olímpico (trap), em finais de Maio, em Itália, valeu-lhe a entrada no Projecto Pequim-2008 Iniciou a época na Taça do Mundo na Polónia em meados de Maio, mas não conseguiu chegar às finais Participou na Taça do Mundo de Pusan, Coreia, nas duas especialidades de Pistola Livre (11º) e Pistola de Ar Comprimido (17º). TIRO COM ARMAS DE CAÇA CICLISMO Gustavo Lima Sérgio Paulinho 22º lugar na Semana Olímpica de Vale Hyères, França, e quinto lugar na Holland Regatta, na Holanda. Disputou diversas clássicas, incluindo a Fleche Wallone, com resultados modestos. Realce para um 23º lugar num contra-relógio na Volta à Romandia. Álvaro Marinho – Miguel Nunes 4º lugar na Semana Olímpica de Vale Hyères, França, e segundo na Holland Regatta, na Holanda. ESGRIMA Afonso Domingos – Bernardo Santos João Gomes Recuperado das lesões, preparou a nova época ao mesmo tempo que via reconhecido o seu valor internacional com a inclusão no Projecto Pequim 2008, graças ao 16º lugar no ‘ranking’ mundial de Florete. Grande teste em finais de Junho nos Europeus de Zalaegerseg. Entram no Projecto Olímpico graças ao 6º lugar no Campeonato do Mundo de Star, disputado na Argentina VOLEIBOL DE PRAIA Miguel Maia – João Brenha OLIMPO - Maio/Junho 2005 VELA Época de Verão começa no final de Junho, com a presença no Campeonato do Mundo, em Berlim. 41 NOTICIÁRIO Módulo MEMOS VIII prestigiou Portugal s alunos do Programa MEMOS VIII, Recursos Humanos e Gestão Intercultural do Desporto, o mais importante Mestrado em Gestão Desportiva, realizaram um módulo em Portugal, numa organização da Universidade Lusófona e do Comité Olímpico de Portugal. O responsável pelo módulo, Manuel Brito, da Universidade Lusófona, considerou este evento um dos mais bem organizados, quer a nível de conteúdos quer de logística, como já foi manifestado quer pelo Director do MEMOS, de Lausana, quer em múltiplas mensagens dos alunos. «O prestígio das instituições, o Comité Olímpico de Portugal e a Universidade Lusófona, foi plenamente conseguido, pois a parceria funcionou de forma excelente. Foi bem estabelecida e bem guiada», sublinhou o responsável académico. O � MEMOS em Rio Maior O MEMOS (Master Exécutif en Management des Organisations Sportives) é, neste momento, em termos internacionais, o mais conhecido e prestigiado Curso de pós-graduação no âmbito da Administração e Gestão do Desporto, tendo o patrocínio do Comité Olímpico Internacional e dos Comités Olímpicos Europeus e o apoio da Solidariedade Olímpica. Além das sessões de trabalho na Os alunos do MEMOS VIII junto à piscina de Rio Maior 42 Universidade Lusófona, os participantes estiveram em Rio Maior de visita ao Centro de Preparação Olímpica do COP na sua terceira jornada do módulo de Lisboa. Durante a tarde em Rio Maior, os trabalhos foram marcados pela comunicação do secretário-geral do Comité Olímpico de Portugal, Victor Mota, sobre o processo de preparação de uma Missão aos Jogos Olímpicos, em todas as suas vertentes; elegibilidade dos atletas, apoio e controlo médico e antidoping, transportes, acomodação, vestuário, logística, media e comunicação, bilheteira e marketing. No quinto dia de trabalho, os alunos do MEMOS visitaram o Estádio José Alvalade, palco da final da Taça UEFA, e assistiram ao jogo AZ Alkmaar-Sporting no restaurante do estádio leonino. No último dia, realizaram uma visita à sede do Comité Olímpico de Portugal. A coordenação do módulo foi do FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS OLIMPO - Maio/Junho 2005 O programa do Módulo conciliou muito bem os aspectos sociais, nomeadamente as visitas históricas e paisagísticas, com o programa académico. «Não podia estar mais satisfeito». Depois do Módulo de Lisboa, os alunos estão em fase de elaboração das teses e concluirão o curso em Setembro, em Lausana, um quarto módulo que coincide com o início do MEMOS IX, que há-de levar os alunos ao Rio de Janeiro e à Sicília. italiano Alberto Madella, Professor da Universidade de Florença e do Comité Olímpico Italiano, e de Manuel Brito, da Universidade Lusófona. O norte-americano Packianathan Chelladurai, da Universidade Estadual de Ohio, foi o principal prelector com comunicações sobre a gestão de recursos humanos no Desporto e o voluntariado nas organizações desportivas. Entre as comunicações, houve três de convidados portugueses: «Desporto e Turismo», por Carlos Manuel Pereira (Câmara Municipal de Oeiras), quarta-feira dia 4 em Rio Maior «Preparação de uma Expedição Olímpica», por Victor Mota, secretário-geral do COP, quarta-feira em Rio Maior «Relações Internacionais entre Organizações Desportivas Nacionais», por Manuel Brito, quintafeira dia 5 na Universidade Lusófona. A apresentação «Uma organização Desportiva Profissional: Sporting Clube de Portugal», de Paulo Andrade, administrador da Sporting SAD, foi cancelada à última hora. Instituições participantes As instituições que, neste momento, participam no MEMOS são: O MEMOS surgiu como um instrumento de especialização no novo contexto do associativismo desportivo gerado pela unificação política, social e económica da Europa, partindo do princípio que ela não representa uma ameaça para o desporto, mas pelo contrário uma boa ocasião de descoberta e aproveitamento das experiências desportivas dos diversos países. O MEMOS tem por objectivo permitir aos profissionais dos organismos desportivos nacionais e internacionais desenvolverem as competências necessárias a uma melhor gestão das suas organizações no XXIº século. Jacques Rogge, então presidente dos Comités Olímpicos Europeus, foi um dos impulsionadores deste movimento desencadeado pela associação de diversas Universidades e Escolas de Desporto europeias em 1995 com Paulo Frischknecht na aula e Vítor Mota na sua comunicação o apoio da Solidariedade Olímpica e de muitos Comités Olímpicos nacionais. A partir da VI edição o MEMOS foi alargado a outros continentes, sempre com o objectivo de formar melhores profissionais para a gestão desportiva profissional ou voluntária. Na actual VIII Edição participam alunos de África do Sul, Alemanha, Antigua, Barbados, Bélgica, Bielorússia, Camarões, Chipre, Costa Rica, Croácia, Espanha, Filipinas, França, Guatemala, Holanda, Indonésia, Iraque, Itália, Jordânia, Lituânia, Malawi, México, Moçambique, Palestina, Porto Rico, Portugal, Reino Unido, Samoa, Suazilândia, Suíça, Uzbequistão e Zimbabué, na sua maioria dirigentes de Federações nacionais e internacionais e de Comités Olímpicos. O único português no Curso foi Paulo Frischknecht, presidente da Federação Portuguesa de Natação Pós-Graduação em português A Universidade Lusófona e o Comité Olímpico, na sequência do sucesso deste Mestrado em Gestão Desportiva, pretendem agora organizar uma Pós-Graduação em Língua Portuguesa vocacionada para os quadros técnicos e dirigentes dos Comités Olímpicos e Federações dos PALOP. O envolvimento e apoio da Solidariedade Olímpica é fundamental para o sucesso deste projecto. OLIMPO - Maio/Junho 2005 � O que é o MEMOS? � École Nationale d’Éducation Physique et des Sports du Luxemburgo � Institut de Hautes Études en Administration Publique, Lausana, Suíça � Institut Nacional d’Educacio Fisica de Catalunha, Lleida e Barcelona, Espanha � Institut National du Sport et de l’Éducation Physique, Paris, França � Scuolla dello Sport dello Comitato Olimpico Nazionale Italiano, Roma, Itália � Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Lisboa, Portugal � Università degli Studi, São Marino � Université Livre de Bruxelles (Solvay Business School et ISEPK), Bélgica � Université Claude Bernard Lyon 1 (Faculté des Sciences du Sport), França � Loughborough University (Institute of Sport and Leisure Policy), Reino Unido 43 NOTICIÁRIO CONGRESSO DO DESPORTO EM ODIVELAS OLIMPO - Maio/Junho 2005 Presidente do COP defende candidatura aos Jogos de Lisboa 44 O Presidente do Comité Olímpico de Portugal defendeu as vantagens de uma candidatura à organização dos Jogos Olímpicos como meio de transformação e aceleração do desenvolvimento desportivo do país, que permitisse conquistar dez medalhas olímpicas ou mais nos Jogos de 2016 ou 2020. O Comandante Vicente Moura falava durante a segunda sessão do Congresso do Desporto promovido pela Câmara Municipal de Odivelas, num painel subordinado ao tema «Grandes Eventos», em que o professor da Faculdade Motricidade Humana, José Pinto Correia, analisou os impactos económicos das grandes competições desportivas e o Director Técnico da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes, Jorge Carvalho, apresentou a evolução e perspectivas do movimento e dos Jogos Paralímpicos, suas causas e efeitos. Vicente Moura voltou a defender uma candidatura aos Jogos de 2016 ou 2020 e enumerou as vantagens e dificuldades do projecto, apontando como objectivos «ganhar dez ou 12 medalhas nos Jogos de 2016 ou 2020» ou em alternativa «aumentar a prática desportiva de 23% para 37 ou 38 %» ou, na melhor das hipóteses, alcançar ambas as metas em simultâneo. «Nenhuma candidatura tem hipóteses de ser aceite sem a garantia de que o país conquistará doze a quinze medalhas pelo menos», sublinhou o presidente do COP. Uma candidatura aos Jogos Olímpicos também obrigaria à definição e cumprimento de um plano integrado de infra-estruturas desportivas, como forma de pôr fim à falta de coordenação, quase anarquia, que tem caracterizado o investimento em instalações ao longo das últimas décadas por parte das autarquias e da própria administração central. «Para transformar o Desporto em Portugal, através de tal desígnio patriótico, seria obrigatório que Governo, Federações, Autarquias, Comunicação Social, Empresas e a sociedade civil em geral se unissem no mesmo objectivo durante um período não inferior a três ciclos olímpicos, mas, como os resultados internacionais do Futebol têm demonstrado, os resultados acabariam por aparecer», afirmou Vicente Moura. O presidente do COP revelou algumas ideias sobre o projecto da Candidatura de Lisboa, comparando o desenvolvimento infra-estrutural da cidade com a evolução realizada em Atenas a pretexto dos Jogos de 2004, admitindo por exemplo que a Aldeia Olímpica pudesse ser construída na zona do actual Aeroporto da Portela se vier a ser substituído pelo novo aeroporto da Ota. O maior óbice à realização dos Jogos Olímpicos em Lisboa seria o custo da segurança (mil milhões de euros em Atenas-2004), em caso de se manter o actual alerta internacional contra o terrorismo, por se tratar de um dispêndio astronómico sem qualquer retorno. Comenda do Infante para Vicente Moura O Presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante José Vicente Moura, foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de Comenda da Ordem do Infante D. Henrique na comemoração do Dia de Portugal de 2005, a 10 de Junho. Victor Mota em Seminário Olímpico na Albânia O Secretário Geral do Comité Olímpico de Portugal, Victor Mota, participou em Tirana, Albânia, no 26º Seminário para Secretários Gerais e Chefes de Missão, dominado por uma comunicação sobre o «Futuro dos Jogos Olímpicos», a cargo do Director Executivo do Comité Olímpico Internacional, Gilbert Felli. Este dirigente explicou aos secretários gerais europeus como se desenrolarão na próxima na 117ª Sessão do COI, em Singapura, a partir de 6 de Julho, as votações das modalidades do programa olímpico para os Jogos de 2012. O Seminário de Tirana começou com a apreciação do Relatório da Secretária Geral da Associação dos Comités Olímpicos, Gunilla Lindberg, a que se seguiu uma exposição sobre os projectos da Solidariedade Olímpica e sua articulação com os Comités nacionais e finalmente um derradeiro balanço aos Jogos Olímpicos de Atenas («Lições para o Futuro»), a cargo da presidente da Comissão dos COE, Marit Myrmael. Outros pontos em discussão incluiram o estado da organização dos Jogos de Inverno de Turim2006, o acompanhamento das organizações dos Jogos de Pequim-2008 e de Vancouver2010. Secretário-geral em Paris O Secretário-geral do Comité Olímpico de Portugal, Victor Mota, também participou em Paris no encontro da Comissão dos Comités Olímpicos Europeus de Preparação dos Jogos Olímpicos. A agenda deste meeting foi dominada pela discussão e tomada de decisões relativamente aos Jogos de Inverno de Turim-2006, na sequência do seminário de Chefes de Missão de 1-5 de Março e da reunião do Grupo de Discussão dos NOC, com exposições a cargo de Andreja McQuarrie (Comité de Organização TOROC) e de Simon Toulson (COI), respectivamente. NOTICIÁRIO Manuel Silvério com Vicente Moura na Secretaria de Estado da Juventude e Desporto anuel Silvério, primeiro vice-presidente do Comité Olímpico de Macau, esteve em Lisboa para diversos contactos relacionados com a organização dos I Jogos da ACOLOP, acompanhando o presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante Vicente Moura. O presidente e o vice-presidente da Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial Portuguesa convidaram o Secretário de Estado da Juventude e Desportos os I Jogos da ACOLOP, a realizar em Macau de 19 a 25 de Agosto de 2006, e convidaram o governante português, que aceitou estar presente. O Secretário de Estado Laurentino Dias foi convidado também pelo dirigente macaense a assistir já este ano nos IV Jogos da Ásia Oriental, primeira de três grandes competições desportivas multidisciplinares a ter lugar no território em anos consecutivos. Durante uma semana em Lisboa, Manuel Silvério manteve contactos diversificados com empresas e autoridades políticas, desportivas e sociais, procurando apoios para a organização dos Jogos da ACOLOP, um dos quais com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto Madaíl, a quem procurou sensibilizar para a importância de a modalidade se apresentar com uma selecção olímpica de bom nível. O futebol não fazia parte do programa original dos Jogos, mas foi adicionado à lista inicial de M seis modalidades. Os dirigentes olímpicos também reuniram com as administrações da TAP-Air Portugal e da Portugal Telecom, com a Direcção da RTP Internacional e com o presidente da Comissão de Educação e Cultura da Assembleia da República. Os membros da Direcção de Antenas Internacionais da RTP, Lopes Araújo e António Franco, asseguraram a disponibilidade da empresa pública de televisão para transmitir os I Jogos da ACOLOP para os mais de vinte milhões de assinantes da RTP Internacional, bem como realizar e transmitir ‘spots’ de divulgação do evento. Os dez países e regiões fundadores da ACOLOP são Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor-leste, Moçambique e Macau, China e Guiné Equatorial na qualidade de membro associado. Na primeira Assembleia-geral, realizada em Atenas em 2004, foi decidido que os I Jogos da ACOLOP seriam disputados em Macau em 2006 por cerca de 1400 atletas em seis modalidades: atletismo, basquetebol, voleibol de praia, ténis de mesa, taekwondo e futsal, as duas últimas apenas por equipas masculinas, às quais agora se junta o Futebol. Em 2007, Macau também será palco dos 2.a Edição dos Jogos Asiáticos em Recinto Coberto. OLIMPO - Maio/Junho 2005 Jogos ACOLOP Macau-2006 dão primeiros passos 45 OPINIÃO Alimentação e Desporto alimentação do atleta influencia não só o estado de saúde, como tem também efeitos benéficos no rendimento desportivo. O atleta deve seguir os padrões de uma Alimentação Saudável (ingestão de uma grande variedade de alimentos de uma forma equilibrada) para que o seu rendimento desportivo seja optimizado. (1) As necessidades energéticas do atleta, em relação à população em geral, estão aumentadas pelo exercício físico. A alimentação do atleta deve ser suficiente em termos calóricos, para assim, permitir a manutenção do peso corporal, e para cobrir as necessidades energéticas exigidas pelos treinos/provas. Uma baixa ingestão energética induz uma utilização do tecido magro pelo organismo para obtenção de energia, o que pode provocar perda de massa muscular, alterações menstruais nas mulheres, risco aumentado de fadiga e lesões musculares. (1) Os hidratos de carbono (HC), as proteínas e os lípidos são nutrimentos presentes nos alimentos, que permitem a produção de energia necessária ao normal funcionamento dos músculos. (2) Os HC permitem a manutenção dos níveis sanguíneos de glicose durante o exercício, possibilitam a reposição do glicogénio muscular após o exercício e são a fonte primária de energia dos músculos em exercícios de sprint e de endurance. O glicogénio é a forma de armazenamento/reserva de HC no organismo, armazenando-se nos músculos e no fígado. Esta reserva é limitada, pelo que, se não ocorrer uma ingestão adequada de HC, podem surgir casos de fadiga bem como diminuição do rendimento desportivo. As necessidades de HC do atleta estão aumentadas, assim, o atleta deverá ingerir de uma forma equilibrada alimentos fornecedores de HC complexos, como por exemplo, pão, arroz, massas, batatas, vegetais e frutos, com restrição do consumo de HC simples (bolos e doces). (1, 3) As necessidades proteícas dos atletas podem estar ligeiramente aumentadas, na medida em que, as proteínas constroem e reparam tecidos como OLIMPO - Maio/Junho 2005 A 46 músculos, ligamentos e tendões que sofrem danos induzidos pelo exercício. No entanto, se a alimentação dos atletas cobrir as suas necessidades energéticas, também as necessidades proteícas ficam satisfeitas, mesmo quando aumentadas, sem ser necessário recorrer ao uso de suplementos proteícos e/ou de aminoácidos. O atleta deverá ingerir diariamente fontes alimentares proteícas como peixes, carnes de preferência magras e lactícinios. (1) É importante referir que uma ingestão proteíca acima dos níveis recomendados (12 a 15% do valor calórico total), ou seja, uma mega ingestão proteíca (erro alimentar praticado por muitos desportistas), ao contrário do que o senso comum acredita, não provoca um aumento da massa muscular, podendo sim, acarretar riscos para a saúde. (1) Os lípidos são a fonte primária de energia em exercícios de pouca intensidade. Em relação à população geral, as necessidades lípidicas não estão aumentadas. (1, 2) As vitaminas e minerais têm um papel essencial em várias funções do organismo, como na produção de energia, na construção e reparação dos tecidos musculares após o exercício. Assim, teoricamente o exercício pode aumentar ou alterar as necessidades vitamínicas e/ou minerais. Os atletas que limitem o consumo energético, ou adoptem práticas severas de perda de peso apresentam um maior risco de deficiência vitamínica e/ou mineral, aconselhando-se nestes casos, uma suplementação vitamínica e/ou mineral, que deverá ser recomendada pelo médico ou nutricionista. No entanto, de um modo geral, se a alimentação do atleta for adequada em termos energéticos, com ingestão de uma grande variedade de alimentos, não são necessários suplementos vitamínicos e/ou minerais. (1) A actividade física aumenta a produção de calor pelo corpo, sendo a transpiração o principal mecanismo de arrefecimento do organismo. É então necessária uma ingestão adequada de líquidos antes, durante e após os exercícios, para compensar as perdas de água ocorridas durante os mesmos. Se os líquidos perdidos não forem repostos, o atleta pode correr o risco de desidratar. A desidratação diminui o rendimento desportivo e afecta o estado de saúde. (4) Aconselha-se a ingestão de 400 a 600 ml de líquidos duas horas antes do exercício. Durante o exercício, o atleta deverá ingerir 150 a 350 ml de líquidos a cada 15 a 20 minutos, dependendo da tolerância individual. Após o exercício, deve ingerir os líquidos suficientes para repor as perdas de água ocorridas. Não sendo aconselhada, após o exercício, a ingestão de líquidos com substâncias diuréticas, tais como o álcool, a cafeína ou outras. (1, 3, 4) Antes do treino/prova, o atleta deverá efectuar uma refeição ou merenda, de modo a que, quando inicia o exercício físico a digestão esteja praticamente concluída ou pelo menos o estomâgo vazio. Esta refeição ou merenda deve fornecer a quantidade de líquidos que permita a manutenção da hidratação do atleta durante o exercício. Deve ser constituída por alimentos pobres em gordura e fibra para facilitar o esvaziamento gástrico. Preferencialmente rica em HC por forma a manter os níveis de glicose sanguínea. Deve ser moderada em proteínas e de fácil digestão, sem a inclusão de bebidas alcóolicas. (2, 3) A refeição ou merenda pré-exercício deve ser efectuada 2,5 a 3 horas antes, quando a modalidade permite o reabastecimento. Nos casos em que não se verifique a condição anterior, deverá ter lugar 2 horas antes. (3) Uma refeição pré-exercício pode ser constituída por: sopa (com pouca gordura, de preferência azeite, abundante em legumes, engrossada com arroz ou massa), o segundo prato poderá ser constituído por peixe magro (pela sua facilidade de digestão), ou carne magra, arroz ou massa por serem os menos flatulentes, a sobremesa poderá ser constituída por um doce de colher pouco açucarado (arroz-doce, aletria) ou papa de fruta crúa adoçada. (3) Durante o exercício, aconselha-se que o atleta beba somente água, quando a duração do esforço é inferior a uma hora. Em exercícios intensos, ou de duração superior a uma hora, ou Membros das Comissões empossados no COP Os membros das Comissões Jurídica e Médica e do Departamento de Apoio à Preparação Olímpica (DAPO) do Comité Olímpico de Portugal para o ciclo 2005-2008 tomaram posse na sede da instituição em Lisboa. A nova composição da Comissão Jurídica é a seguinte: Dr. Miguel Nobre Ferreira, Dr. Adriano Cunha, Comandante José Manuel Fiadeiro, Dr. Fernando Frazão, Dr. João Ataíde e Dr. Alberto Coelho. Também os médicos Miguel Manaças, Artur Pereira de Castro, Pedro Branco e José Ramos tomaram posse como membros da Comissão Médica, a que se juntará oportunamente João Paulo Almeida. Os presidentes das Comissões Jurídica e Médica serão cooptados pelos respectivos membros. Finalmente, os quatro membros do Departamento de Apoio à Preparação Olímpica (DAPO) são os professores Luís Monteiro, Paulo Cunha, Luís Rocha e Amílcar Saavedra. FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS quando se realizam em condições ambientais adversas (calor, frio, altitude elevada) é vantajoso recorrer às bebidas desportivas, nomeadamente soluções iso ou hipotónicas. (4) Após o exercício, o atleta deve ingerir uma refeição, o mais cedo possível, e que forneça HC (de modo a repor as reservas de HC nos músculos e fígado), proteínas (as quais permitem a reparação e construção do tecido muscular) e lípidos. Esta é a altura indicada para a ingestão ocasional de acúcares e doces (desde que pobres em gordura), porque nas duas horas seguintes ao exercício, os músculos captam mais avidamente a glicose sanguínea, sendo armazenada como glicogénio. (1, 4) O uso de substâncias ergogénicas (as que visam aumentar o rendimento desportivo) tem crescido muito nos últimos anos, apesar de, para a maioria, não estar provado cientificamente que sejam eficazes no aumento do rendimento desportivo. As únicas substâncias que são comprovadamente eficazes são a cafeína (ajuda a emagrecer) e a creatina (aumenta a massa magra bem como a força muscular). O uso de substâncias ergogénicas deve ser feito com precaução, depois de avaliada a segurança, eficácia, potencia e legalidade do produto. (1, 4) O atleta, se possível, deve ser seguido por um nutricionista ou médico que o oriente sob o ponto de vista nutricional e alimentar para que o seu rendimento desportivo seja maximizado e o seu estado de saúde optimizado. Dulce Esteves Nobre Ferreira continua na Comissão Jurídica e a pensar no Tribunal Arbitral Miguel Manaças toma posse na Comissão Médica Nutricionista formada na Faculdade de Ciências de Referências Bibliográficas: 1) Position of the American Dietetic Association, Dietitians of Canada, and the American College of Sports Medicine: Nutrition and athletic performance. J Am Diet Assoc. 2000; 100: 1543-1556. 2) Berning JR. Nutrition for exercise and sports performance. In: Mahan LK, Escott-Stump S, eds. Krause’s Food, Nutrition and Diet Therapy. Philadelphia: Saunders, 2004. 3) Peres E. Saber comer para melhor viver. Lisboa: Caminho-Biblioteca da Saúde, 1994. 4) Barata T. Mexa-se… pela sua saúde: guia prático de actividades físicas e de emagrecimento para todos. Publicações Dom Quixote, 2003. OLIMPO - Maio/Junho 2005 Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto Os quatro clínicos empossados: José Ramos, Pereira de Castro, Pedro Branco e Miguel Manaças 47 NOTICIÁRIO Apoio Médico no Porto para atletas olímpicos O e medalhas». O presidente do IDP, José Manuel Constantino, sublinhou a importância dos acordos firmados e o esforço de cooperação entre as instituições, numa área em que a intervenção do Estado é incompleta: «Temos cerca de 400 mil atletas federados e não mais de 200 médicos especialistas em medicina desportiva, dos quais apenas 50 na administração pública, o que torna impossível responder à solicitação dos atletas de alta competição». No âmbito da parceria, que pode ser renovada no fim de 2008, Hospital da Prelada, Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e Serviço Médico de Imagem Computorizada fornecem os serviços médicos que lhe sejam pedidos pelos clínicos indicados pelo COP, a partir da coordenação do Centro Nacional de Medicina Desportiva – Delegação Porto, dirigida pelo médico José Ramos. Os serviços de aconselhamento de nutrição são da responsabilidade do Dr. Carlos Leite. Os acordos foram assinados pelo Comandante Vicente Moura por parte do COP e pelos responsáveis das três instituições, Drª Maria Gilda Maia e Dr. José Carlos Vasconcelos (Administradores do SMIC), Professor Doutor Franklim Marques (Director do Serviço do Serviço de Análises Clínicas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto) e Dr. Canto Moniz (Director Clínico do Hospital da Prelada). FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS OLIMPO - Maio/Junho 2005 presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), Comandante Vicente Moura, celebrou protocolos com três instituições médicas do Porto, que visam garantir apoio clínico para os atletas do Norte do país, englobados no Projecto Pequim2008 e no Projecto Esperanças Olímpicas 2012. Os acordos, que o COP pretende firmar também em Lisboa, Coimbra e Faro, foram celebrados na delegação do Porto do Instituto do Desporto de Portugal, no passado dia 6 de Maio, e vigoram até 31 de Dezembro de 2008. O presidente do COP afirmou na cerimónia de assinatura dos protocolos que a qualidade dos serviços médicos a disponibilizar aos atletas visa «resultados palpáveis, a nível de classificações O presidente do IDP, José Manuel Constantino, congratulou-se com a iniciativa do COP de promover soluções que visam a melhoria das condições de preparação dos atletas de alta competição 48 O âmbito de cada um dos protocolos é o seguinte: SMIC Serviços de diagnóstico pela imagem (RX, TAC, Ecografia, Ressonância Magnética), com resultados entregues no próprio dia ou num prazo máximo de 24 horas Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto Hospital da Prelada Serviços de tratamento médico e cirúrgico e internamento (ortopedia, cirurgia geral, cirurgia plástica, urologia, fisiatria) OLIMPO - Maio/Junho 2005 Serviços de diagnóstico e análises clínicas, sempre com carácter de urgência e resultados apresentados num prazo máximo de 48 horas 49 NOTICIÁRIO COP estuda tribunal arbitral O assessor da presidência do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Costa, participou em Junho no Seminário do Tribunal Arbitral do Desporto, realizado em Divonne Les Bains, França, colhendo experiência para o desenvolvimento de idêntica estrutura a nível nacional. Neste seminário, presidido pelo Juiz Kéba Mbaye, Presidente do TAD, estiveram em discussão o Código de Arbitragem do Desporto (Entre o Direito Civil e o Direito Comum), as Diferentes Instâncias que interferem na resolução dos litígios desportivos, quer ao nível da jurisdição desportiva quer nas instâncias de apelo, os resursos para os tribunais federais, os novos desafios na luta contra o doping e a questão das autorizações especiais para a tomada terapêutica de medicamentos, bem como a jurisprudência doTAD em casos de dopagem. Em fim de trabalhos, o Juiz R.S. Pathak expôs a experiência da Câmara ad hoc do TAD nos Jogos Olímpicos de Atenas O Olimpismo em África em novo livro de David Sequerra OLIMPO - Maio/Junho 2005 O livro «O Milongo dos Limões e outras estórias do Olimpismo em África», de David Sequerra, foi lançado em Maio na sede do Comité Olímpico de Portugal. A apresentação do livro, editado pela Multinova e patrocinado pelo COP, foi feita pelo representante do Comité Olímpico Internacional em Portugal, Fernando Lima Bello, que destacou a experiência rica e as múltiplas viagens de David Sequerra enquanto dirigente do Comité Olímpico de Portugal, onde desempenhou durante dez anos as funções de Secretário Geral, sendo um dos mais antigos membros da Academia Olímpica e Membro Honorário do Plenário do COP. Esta obra literária resulta de múltiplas experiências enquanto formador da Solidariedade Olímpica em países africanos, particularmente em Angola. O livro inclui vinte histórias vividas pelo Autor em África, de Luanda a Bamako, de Libreville a Maputo, de Malabo a Lomé, passando pelo Mahgreb. Da mesma editora, David Sequerra já lançara em 2002 «DEA dezoito estórias africanas». 50 Diogo Cayolla eleito para Comissão Europeia de Atletas O velejador português Diogo Cayolla foi eleito para a Comissão de Atletas Olímpicos Europeus na segunda Assembleia Geral, reunida em Kiev em finais de Maio. «É uma grande honra e uma enorme responsabilidade, sobretudo se tivermos em consideração que sou o único da Europa do Sul e também um atleta que não conquistou medalhas em Atenas. Isto significa que ganhámos a eleição graças ao nosso programa e ideias», sublinhou Diogo Cayolla. Entre 17 candidatos, o olímpico português foi o quinto mais votado e o único não medalhado a conseguir ser eleito, sendo também o único representante latino e da Europa do Sul, dos desportos de Verão, nesta Comissão de Atletas dos Comités Olímpicos Europeus. Na viagem a Kiev, Diogo Cayolla esteve sempre acompanhado de Nuno Fernandes, membro da Comissão Executiva e presidente da Comissão de Atletas Olímpicos do COP. A alemã Claudia Bokel, da Esgrima, foi eleita presidente e o inglês Peter Gardner, do Remo, será o secretário geral. Os restantes membros eleitos da Comissão são o estónio Erki Nool, campeão olímpico do decatlo, a saltadora ucraniana Inga Babakova, e o lutador finlandês Teemu Heino, do Taekwondo. Em representação dos atletas dos desportos de Inverno, farão parte da Comissão a croata Jannika Kostelica, do Esqui, e a francesa Karinne Niogret, do Biatlo. Prémio AOP para Imprensa Regional atribuído ao ‘Barcelos Popular’ O Prémio da Academia Olímpica para Imprensa Regional – 2005 foi atribuído ao conjunto de peças publicadas no «Barcelos Popular» sobre a história dos Jogos Olímpicos, incluindo o Olimpismo em Portugal. O júri entendeu que este trabalho, de dimensão considerável (tanto em cada edição como no conjunto), tinha permitido prolongar por vários meses informação sobre o Movimento Olímpico no órgão de imprensa em que foi publicado. O júri decidiu por unanimidade atribuir menções honrosas ao trabalho apresentado por «O Ribatejano» (diversas peças sobre atletas olímpicos ribatejanos para Atenas-2004 e sobre o Centro de Preparação Olímpica de Rio Maior e ao conjunto de peças publicadas em «O Castanheirense» (um conjunto de três peças sobre a história dos Jogos Olímpicos, da Antiguidade à Modernidade). Os Produtos COP COD 031-153 Relógio de mesa 25,00 euros COD 002-013 Porta-chaves 7,00 euros Relógio de pulso Senhora 185,00 euros COD 033-350 Porta-documentos 75,00 euros COD 033-335 Organize A4 - 100,00 euros Organize A5 - 75,00 euros Mala de viagem 95,00 euros COD 033-009 Porta-chaves Pele 25,00 euros Relógio tipo Swatch 25,00 euros Relógio de pulso Homem 185,00 euros Chapéus de chuva 12,50 euros MCFORSUM Pólos 37,50 euros Gravata COP 22,50 euros Todos os produtos COP aqui apresentados encontram-se à disposição dos interessados na sede do Comité Olímpico de Portugal, localizada na Ajuda (Travessa da Memória, 36 - Lisboa). Para mais informações entre em contacto com os nossos serviços, através do telefone 21 361 72 60 ou via email para o endereço [email protected]