Selo português ganha medalha de ouro

Transcrição

Selo português ganha medalha de ouro
Revista do Comité Olímpico de Portugal
Publicação Bimestral - Maio/Junho de 2005 - Nº 115 - PUBLICAÇÃO GRATUITA
PRÉMIO OLYMPIA 2004
Selo português
ganha medalha de ouro
JOVENS EM GRANDE ACTIVIDADE
72 competem
em Itália
21 medalhas
na Tailândia
1500 em
Rio Maior
foto capa Carlos Alberto Matos
FICHA TÉCNICA
OLIMPO 115
Propriedade e Edição
Comité Olímpico de Portugal, Travessa da Memória, 36 1300-403 Lisboa
Tel.: 21 361 72 60 Fax: 21 363 69 67
Director José Vicente Moura
Director Executivo João Querido Manha
Textos João Q. Manha
Edição Fotográfica Carlos Alberto Matos
Fotos Carlos Alberto Matos, João Matos, J.Q.M.
Projecto Gráfico e Paginação Rogério Bastos
Impressão Mirandela - Artes Gráficas, S.A.
Tiragem 1500 exemplares
Periodicidade Bimestral
Numero de Registo ICS 102203
Depósito Legal 9083/95
Distribuição gratuita
S U M Á R I O
36 SUCESSO
4 MEDALHA
16 jovens atletas de cinco modalidades foram a Banguecoque participar no primeiro Festival da
Juventude Ásia-Europa e trouxeram
21 medalhas. Portugal cometeu a
proeza de ser a melhor selecção
europeia, batida apenas pela China
e pela anfitriã Tailândia
A mais improvável, mas
simultaneamente a mais honrosa, medalha de ouro olímpica foi atribuída a Portugal.
Mais propriamente ao selo
comemorativo dos Jogos de
Atenas emitido no ano passado pelos C.T.T., como é da
tradição. Um antigo atleta
de Moniz Pereira desenhou o
selo que venceu o Prix
Olympia 2004
12 MINI-OLÍMPICOS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
7 DIA OLÍMPICO
2
Já é uma tradição: no fim-desemana de 17 a 19 de
Junho, Rio Maior foi uma
capital olímpica, reunindo
cerca de 1500 jovens atletas
de 22 Federações nas comemorações do Dia Olímpico de
2005. O maior sucesso de
sempre e um grande estímulo
para organizações futuras
Um total de 72 jovens portugueses vão
participar na primeira semana de Julho
na oitava edição do Festival Olímpico da
Juventude Europeia, este ano na cidade
italiana de Lignano Sabbiadoro, no
Nordeste transalpino, entre Veneza e
Trieste. Muitos destes atletas poderão
estar nos Jogos Olímpicos de 2012, ou,
quem sabe, já em Pequim-2008, imitando as proezas de Diana Gomes e Tiago
Venâncio, medalhados no último FOJE e
olímpicos em Atenas.
40 MAIS 5
O Projecto Pequim-2008 vai
engrossando paulatinamente. Nos
últimos dois meses foram cinco os
atletas que conseguiram entrar no
grupo dos pré-olímpicos, mas até ao
final do Verão deve aumentar significativamente.
www.comiteolimpicoportugal.pt
JOSÉ VICENTE MOURA
Presidente do Comité Olímpico de Portugal
E D I T O R I A L
Em nome
do bom nome
á temas intemporais, que transcendem as conjunturas
políticas, os interesses casuísticos, os oportunismos circunstanciais.
Há princípios que nem o direito e a justiça, ou a ausência ou
inércia de ambos, conseguem deturpar ou fazer alienar.
É em valores éticos como o primado da defesa do nome e da
imagem do associativismo desportivo, das suas instituições e
dos seus servidores, que também se funda a política e a acção
do Comité Olímpico de Portugal, em quaisquer circunstâncias e
independentemente das vicissitudes.
A lógica da nossa postura é, e procurará ser sempre, neste
como noutros domínios, coerente, transparente e idónea. E
jamais abdicaremos de contestar sempre que se afigurar pertinente. É algo que tencionamos materializar, assim os membros
que compõem a Assembleia magna desta entidade centenária
de interesse público concordem e compreendam os factos que
queremos esclarecer.
Pena é que, depois de o Estado ter gizado propostas de regulação desta categoria de direitos essenciais como a defesa do
nome e da imagem, amplamente debatidas e buriladas no
Conselho Superior do Desporto, o resultado tenha sido nulo. Só
revela que Portugal ou está distraído, alheio da nova Europa,
ou alguns preferem actuar no vácuo e alimentar a perturbação.
Será mais um sintoma de subdesenvolvimento?
Jamais
abdicaremos
de contestar
sempre que
se afigurar
pertinente
OLIMPO - Maio/Junho 2005
H
3
R E P O R TA G E M
Medalha de Ouro
para selo português
Um selo português ganhou este ano a Medalha de Ouro do Comité
Olímpico Internacional para «o mais belo selo emitido por ocasião dos
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Jogos Olímpicos de Atenas de 2004», no âmbito do Prix Olympia 2004.
4
selo premiado, «Salto em
Altura», com a franquia de
0,45 euros, estava incluído na
emissão comemorativa dos CTT, que
englobava outro exemplar, «Corrida
com Barreiras», de 0,30 euros. Duas
imagens emblemáticas do Atletismo,
ou não tivesse o autor sido um antigo praticante, da escola de Moniz
Pereira...
O
Os originais são da autoria do
Atelier Acácio Santos, com grafismo
sobre fotografias cedidas pela
Agência Lusa, e tiveram uma tiragem de 250.000 exemplares. No processo criativo foram analisadas
diversas imagens, acabando o salto
em altura e as barreiras por ganhar a
corrida das sucessivas etapas selectivas. Na sua tradição de selos olímpi-
cos, os CTT privilegiam modalidades
que tenham relevância na tradição
desportiva dos portugueses.
� Designer ex-atleta
O designer gráfico Acácio Santos, de
61 anos, foi praticante internacional
de Atletismo na especialidade de 400
metros barreiras, tendo competido
mais de doze anos pelo Sporting nas
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
décadas de 60 e 70, com a coincidência de ter feito a sua estreia internacional num Marrocos-Portugal, em
Rabat, em simultâneo com o campeão olímpico Carlos Lopes.
Autor de dezenas de selos ao longo
de mais de vinte anos e já premiado
internacionalmente em 1986 pelo
exemplar comemorativo da Adesão
de Portugal e Espanha à CEE, Acácio
Santos e a sua equipa mostram-se
muito felizes com o prémio olímpico,
considerado um dos mais prestigiados galardões filatélicos do Mundo.
Luís Andrade, Director de
Filatelia dos CTT, expressou «grande
honra e orgulho por este prémio»,
que afirma constituir também um
«estímulo para a empresa prosseguir
uma política idónea de retratar a
identidade nacional sem prescindir
de critérios de qualidade».
Luís Duran, Director Artístico da
Filatelia dos CTT, considera «muito
importante o facto de este galardão
vir do próprio Comité Olímpico
Internacional, seguramente mais
significativo que qualquer outra entidade».
A Filatelia e o Olimpismo andam
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Acácio Santos é um
designer que trabalha
há mais de 20 anos em
colaboração com o
Departamento de
Filatelia dos C.T.T.
5
R E P O R TA G E M
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Responsável por
uma pequena
equipa de
trabalho,
Acácio Santos
faz questão de
dividir a medalha
com os seus
colaboradores
6
de mãos dadas desde o início do
Movimento Olímpico moderno, pois
os 75 mil selos comemorativos dos
Jogos de Atenas 1896 passaram à
história como a primeira emissão de
selos sobre Desporto. A decisão de
emitir os selos tinha sido tomada em
1895 como forma de subsidiar a
organização, pelo que os selos olímpicos foram também os primeiros
patrocinadores de sempre dos Jogos,
sendo hoje considerados como os
percursores da sponsorização
desportiva.
Medalha entregue em Singapura
a 7 de Julho
A Medalha de Ouro e o Diploma Oficial serão entregues pelo
Presidente do COI, Jacques Rogge, e pelo Presidente
Honorário Vitalício, Juan António Samaranch, no próximo dia
7 de Julho em Singapura, durante a 117ª Sessão do Comité
Olímpico Internacional.
Estará presente o responsável dos CTT, Luís Andrade, associando-se à cerimónia o representante do COI em Portugal,
Fernando Lima Bello.
.
RIO MAIOR 2005
Dia Olímpico
memorável
Mais de 1500 atletas jovens e três grandes
campeões olímpicos dos anos 80 uniram-se na
celebração do Dia Olímpico em Rio Maior. Uma
festa inesquecível para todos
para a jornada e as lembranças oficiais: medalha e t-shirt comemorativas.
O presidente da Câmara
Municipal, Silvino Sequeira, sublinhou o crescente entusiasmo que esta
já tradicional comemoração vai provocando na região, ao mesmo tempo
que desperta a atenção dos órgãos de
informação e dos desportistas em
geral. As Federações encaram o Dia
Olímpico como uma oportunidade de
grande divulgação e comunhão de
um espírito de desenvolvimento e fra-
OLIMPO - Maio/Junho 2005
O
na vizinha em Leiria a presença em
Rio Maior dos antigos campeões
representou grande estímulo para os
mais de 1500 jovens presentes nesta
comemoração, que participaram em
provas e exibições ao longo de todo o
dia de sábado. Centenas de pessoas
também passaram pelas instalações
desportivas da cidade para observar a
intensa actividade desportiva que se
desenrolava nos relvados, nas pistas,
nos campos adjacentes, nas piscinas e
nos pavilhões. A todos os participantes foi dado um saco com alimentação
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
s campeões olímpicos Rosa
Mota e Carlos Lopes foram as
figuras centrais da cerimónia
de abertura das comemorações do
Dia Olímpico de 2005, que decorreram em Rio Maior no fim-de-semana
de 17 a 19 de Junho. António Leitão,
medalha de bronze nos Jogos de Los
Angeles-84, juntou-se às celebrações
no sábado, e esteve em destaque na
cerimónia oficial realizada no Estádio
Municipal Susana Feitor.
Num fim-de-semana que coincidia
com a Taça da Europa de Atletismo
7
OLIMPO - Maio/Junho 2005
RIO MAIOR 2005
8
ternidade desportiva, do que resulta
um evento inesquecível para os que
nele participam.
Dois atletas olímpicos, Nuno
Merino (Trampolins) e João Gomes
(Esgrima) participaram nas competições das respectivas Federações.
Também as selecções de Atletismo,
Basquetebol e Natação qualificadas
para o FOJE 2005 estiveram presentes,
realizando em Rio Maior os derradeiros testes para a grande competição
internacional de Julho.
Este ano houve provas de
Andebol, Atletismo, Badminton,
Boxe, Basebol-Softbol, Basquetebol,
Esgrima, Hóquei, Judo, Natação,
Ténis (em Santarém), Futebol, Judo,
Lutas Amadoras, Ténis de Mesa,
Natação, Pentatlo Moderno, Tiro com
Arco, Trampolins, Taekwon-do,
Remo e Canoagem (na Lagoa de Óbidos), Trampolins, Triatlo. Diversas
classes de Ginástica abrilhantaram a
Cerimónia Oficial no Estádio, no
sábado à noite.
O presidente do COP, Vicente
Moura, realçou o envolvimento da
juventude de tantas modalidades
desportivas neste autêntico baptismo
olímpico, poucas semanas antes de
uma selecção de 72 ir disputar em
Itália o Festival Olímpico da
Juventude Europeia (FOJE).
A cerimónia oficial contou com a
presença do presidente do Instituto
Homenagem a Orlando Azinhais
do Desporto de Portugal, José Manuel
Constantino, com o membro português do Comité Olímpico
Internacional, Fernando Lima Bello, e
com o presidente da Confederação do
Desporto de Portugal, Carlos
Cardoso, além dos dirigentes das
Federações participantes.
� Abertura
Na sexta-feira à tarde, depois de uma
homenagem a Luís Caldas, primeiro
árbitro olímpico português, nas Lutas
Amadoras, os dois antigos maratonistas, em conjunto com os três atletas
olímpicos locais, Susana Feitor, Inês
Henriques e João Vieira, transportaram do centro da cidade para o estádio a chama olímpica entregue pelo
OLIMPO - Maio/Junho 2005
António Leitão, medalha de bronze dos 5.000 metros nos
Jogos Olímpicos de Los Angeles-84, presentemente a
convalescer de uma operação cirúrgica, participou na
homenagem a outro destacado olímpico português, o atleta, técnico e dirigente da Esgrima, Orlando Azinhais,
recentemente falecido.
Esta modalidade foi uma das que organizou e fez disputar
uma prova oficial, precisamente com o nome daquele
vulto, cujo troféu principal foi entregue pela viúva, Maria
Emília Azinhais.
A prova principal foi ganha pelo olímpico João Gomes, que
venceu na final Gael Santos, que realizava a última prova
como júnior e promete ser um continuador. Sara Leite
venceu a prova feminina.
9
RIO MAIOR 2005
Vicente Moura
Presidente do COP
«É com grande satisfação que assinalo a
participação de cerca de duas mil pessoas
de 22 Federações neste Dia Olímpico.
Mas só ficarei plenamente satisfeito
quando todo este relvado ficar completamente cheio de gente a praticar desporto.
Federações, autarquias e o Comité
Olímpico enfrentam este desígnio de,
unidas, transformarem Portugal num
país de desporto de massas com um índice
de prática desportiva que lhe permita
abandonar a cauda da Europa neste particular»
Rosa Mota distinguida pela Câmara de Rio Maior
42ª Sessão do COI, em St Moritz e
concretizada logo nesse ano de 1948
com uma primeira comemoração,
realizada em nove países, um deles
Portugal, que nos últimos anos evo-
luiu de uma simples Corrida do Dia
Olímpica para um evento desportivo
mais abrangente e prolongado.
No ano passado o Dia Olímpico foi
comemorado em 162 países.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
presidente do Comité Olímpico de
Portugal, Vicente Moura, ao presidente do município local, Silvino
Sequeira.
O cortejo incluía dezenas de
jovens alunos e atletas das escolas e
clubes do concelho de Rio Maior.
No Estádio Susana Feitor, enquanto
era hasteada a bandeira olímpica sob
os acordes do hino olímpico, os cinco
desportistas acenderam a pira olímpica que permanece acesa durante os
dois dias de intensa actividade
desportiva, que movimentaram cerca
de 1500 jovens atletas da maior parte
das modalidades olímpicas.
O Dia Olímpico celebra-se anualmente a 23 de Junho, desde 1948, comemorando a fundação do Comité
Olímpico Internacional (COI) pelo
Barão Pierre de Coubertin no ano de
1894, em Paris, e o consequente nascimento dos Jogos Olímpicos da Era
Moderna. A decisão de assinalar
anualmente esta data foi tomada na
Homenagem a Luís Caldas
10
Norberto Rodrigues e Silvino Sequeira, dois entusiastas do Dia Olímpico
Silvino Sequeira
Presidente da C. M. Rio Maior
«Registamos a participação e o interesse
crescente desta celebração em Rio Maior,
o que nos deixa imensamente felizes. E
quando alguns destes jovens, dentro de
anos, atingirem a consagração como
desportistas, se lembrarem que tudo
começou num belo dia em Rio Maior,
nesse dia, sentir-nos-emos realizados. Rio
Maior vai continuar ao vosso dispor, ao
dispor do desporto nacional, e deseja que
um dia este estádio se torne pequeno para
todos os jovens que queiram praticar
desporto»
Animação e música
OLIMPO - Maio/Junho 2005
O espectacular fogo de artifício encerrou as celebrações no sábado à
noite, numa sessão marcada por um acidente com um dos páraquedistas da Federação Portuguesa de Pára-quedismo, devido ao
vento que se fez sentir ao final da tarde, e que teve resposta imediata da parte do INEM.
Este ano a animação da cidade e dos espaços desportivos esteve a
cargo do altíssimo Sérgio Fernandes, que do cimo das suas andas
interagiu de forma brilhante com a população local e os jovens atletas e teve a colaboração de Bruno Henriques, em monociclo.
Na Cerimónia oficial no estádio, tal como à tarde no Largo da
Câmara, exibiu-se a Tuna da Escola Superior de Comunicação Social,
a Desportuna.
Mais uma vez associado ao COP, o apresentador Luís Pereira de
Sousa conduziu os espectadores ao longo das sucessivas exibições
culturais e desportivas da Cerimónia, que tiveram início na exibição
do Rancho Folclórico de Arco da Memória, uma freguesia local.
11
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
Os mini olímpicos
Nas sete edições anteriores Portugal conquistou sempre medalhas. Em Lignano
Sabbiadoro as ambições não são menores, mas o mais importante é a demonstração
de uma evolução desportiva com os olhos postos no futuro. Alguns destes 72 atletas
serão olímpicos em 2012 ou mesmo em Pequim-2008, como aconteceu no ano passado com Tiago Venâncio e Diana Gomes
ortugal participa na oitava edição
do Festival Olímpico da
Juventude Europeia, este ano na cidade italiana de Lignano Sabbiadoro,
com 72 atletas dos 13 aos 17 anos, em
oito modalidades. A comitiva portuguesa está assim entre as mais numerosas do FOJE 2005, reflectindo não
só o interesse do Comité Olímpico de
Portugal em intensificar a participação das jovens esperanças em eventos
que lhes dêem uma excelente preparação desportiva para o futuro, mas
também uma efectiva evolução competitiva internacional das modalidades e Federações envolvidas.
De um grupo tão numeroso é normal que se aguardem alguns resultados de bom nível, incluindo medalhas – pois Portugal conquistou classificações no pódio em todas as edições anteriores. As sete medalhas do
último Festival, em Paris, elevam a
fasquia para um patamar de exigência muito alto, mesmo se à partida
não se possa afirmar que haja na
comitiva portuguesa atletas do gabarito de Tiago Venâncio ou Diana
Gomes que, alguns meses após o
FOJE, vieram mesmo a participar nos
Jogos Olímpicos de Atenas, não obstante a sua tenra idade.
Talvez o lançador António Vital e
Silva, a saltadora Patrícia Mamona ou
o nadador Jorge Maia possam ser
colocados num nível semelhante, mas
nesta idade é imprevisível o que possam fazer, tão rápida é a evolução.
Noutras modalidades como a
Canoagem, o Ciclismo, o Ténis ou o
Judo também há ambições, mas os
parâmetros de avaliação são muito
diversos.
Enquanto para os canoístas este é
OLIMPO - Maio/Junho 2005
P
12
praticamente o baptismo internacional, o tenista Gastão Elias tem já uma
larga experiência de competições
mundiais – e os resultados que tem
alcançado colocam-no igualmente
num dos mais fortes candidatos portugueses a lugares de relevo. No
entanto, para a maioria dos elementos da comitiva olímpica portuguesa
esta é a primeira ou uma das primeiras provas internacionais em que participam.
Nas páginas seguintes, OLIMPO
apresenta a equipa nacional ao FOJE
2005, com os olhos nos Jogos
Olímpicos de 2012 e seguintes.
Muitos destes atletas serão olímpicos
dentro de alguns anos, como já aconteceu a 23 outros no passado, o mais
destacado dos quais o medalha de
prata Sérgio Paulinho, que conquistou uma medalha de ouro no FOJE
de Bath nove anos antes da consagração olímpica de Atenas.
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JUDO
CANOAGEM
Local de Competição: S. Giorgio Bassin
(distância: 33 Km - 45 minutos)
Local de Treino: S. Giorgio Bassin
(distância: 33 Km - 45 minutos)
Disciplinas para Rapazes: K1 500m 1000m, K2
500m 1000m, K4 500m 1000m, C1 500m
1000m, C2 500m 1000m
Disciplinas para Raparigas: K1 500m 1000m,
K2 500m 1000m, K4 500m 1000m
Dias de Competição: 4 a 7 de Julho
CICLISMO
Locais de Competição: Azzano Decimo
(distância: 45 Km - 60 minutos)
e Corva (distância: 45 Km - 60 minutos)
Local de Treino: Azzano Decimo (distância:
45 Km - 60 minutos)
Disciplinas: Contra-Relógio (7,4 Km), Critério
(16,5 Km), Prova de Estrada (59,4 Km)
Dias de Competição: 4 a 6 de Julho
GINÁSTICA ARTÍSTICA
Local de Competição: Latisana Sport Hall
(distância: 25 Km - 40 minutos)
Local de Treino: Lignano Its School Gym
(distância: 0,2 Km - 2 minutos)
Disciplinas: Competição por Equipa, Competição
Individual; Finais por Aparelhos
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
Local de Competição: Lignano Sport Hall
(distância: 1,5 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Bibione Stadium (distância: 12
Km - 15 minutos)
Categorias de Peso para Rapazes: Kg - 50, 55,
60, 66, 73, 81, 90, +90
Categorias de Peso para Raparigas: Kg - 44,
48, 52, 57, 63, 70, +70
Dias de Competição: 4 a 7 de Julho
NATAÇÃO
Local de Competição: Village Pool
(distância: 0 Km - 0 minutos)
Local de Treino: Village Pool (distância:
0 Km - 0 minutos)
Rapazes: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m,
1500m; Bruços - 100m, 200m;
Costas - 100m, 200m;
Mariposa - 100m, 200m;
Estilos - 200m, 400m;
Estafetas - 4x100m livres, 4x100m estilos,
4x200m Livres
Raparigas: Livres - 50m, 100m, 200m, 400m,
800m;
Bruços - 100m, 200m;
Costas - 100m, 200m;
Mariposa - 100m, 200m; Medley - 200m,
400m;
Estafetas - 4x100m livres, 4x100m estilos,
4x200m livres
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
TÉNIS
Local de Competição: Lignano Tennis Club
(distância: 0,9 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Lignano Albatros (distância:
0,2 Km - 2 minutos)
Disciplinas: Individuais Masculinos;
Individuais Femininos;
Pares Mistos
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
BASQUETEBOL
Local de Competição: Lignano Sport Hall
(distância: 1,5 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Lignano School Gym
(distância: 1 Km - 5 minutos)
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
COMITIVA DO COP
Chefe de Missão
Norberto Rodrigues (Tesoureiro do COP)
Chefe Adjunto de Missão
João Correia (Vogal da Comissão Executiva)
Catarina Monteiro –
João Gonçalves
–
Nuno Dias
–
José Serrano
–
João Querido Manha–
Carlos Matos
–
Coordenadora Logística
Médico
Fisioterapeuta
Massagista
Adido de Imprensa
Fotógrafo
Atletismo
Basquetebol
Canoagem
Ciclismo
Ginástica
Judo
Natação
Ténis
25 elementos (5 oficiais; 20 atletas)
17 elementos (1 árbitro; 4 oficiais; 12 atletas)
10 elementos (2 oficiais; 8 atletas)
5 elementos (2 oficiais; 3 atletas)
6 elementos (1 juiz; 2 oficiais; 3 atletas)
11 elementos (1 árbitro; 2 oficiais; 8 atletas)
19 elementos (3 oficiais; 16 atletas)
3 elementos (1 oficial; 2 atletas)
–
–
–
–
–
–
–
–
PARTICIPANTES NA
OITAVA EDIÇÃO DO FOJE
Itália
114
Suíça
76
Ucrânia
74
França
72
Portugal
72
Espanha
72
Finlândia
70
Federação Russa
68
Lituânia
63
Alemanha
62
Bélgica
61
Letónia
61
Grã-Bretanha
60
Grécia
60
Sérvia e Montenegro 60
Estónia
58
Polónia
58
Croácia
56
Eslovénia
56
Hungria
54
Bielo-Rússia
51
República Checa
51
Dinamarca
49
Holanda
49
Eslováquia
49
Turquia
49
Áustria
48
Irlanda
45
Roménia
43
Israel
38
Bulgária
32
Geórgia
31
Islândia
24
Suécia
24
Azerbeijão
23
Noruega
21
Chipre
17
Moldávia
17
Luxemburgo
15
Bósnia e Herzegovina 14
São Marino
13
Arménia
11
Macedónia
11
Andorra
8
Albânia
7
Liechtenstein
7
Malta
4
Mónaco
4
OLIMPO - Maio/Junho 2005
ATLETISMO
Local de Competição: Lignano Stadium
(distância: 1,5 Km - 5 minutos)
Local de Treino: Bibione Stadium (distância:
12 Km - 15 minutos)
Rapazes: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m,
3000m, 2000m obstáculos, 110m barreiras,
400m barreiras, 4x100m estafetas, salto em
altura, salto à vara, salto em comprimento,
lançamento do disco, lançamento do peso,
lançamento do dardo
Raparigas: 100m, 200m, 400m, 800m, 1500m,
3000m, 100m barreiras, 400m barreiras,
4x100m estafetas, salto em altura, salto à
vara, salto em comprimento, lançamento
do disco, lançamento do peso, lançamento do
dardo
Dias de Competição: 4 a 8 de Julho
13
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
As 23 medalhas portuguesas
Portugal tem conquistado medalhas em todas as edições do Festival Olímpico da
Juventude Europeia, num total de 23: oito de ouro, sete de prata e oito de bronze.
1ª Edição
Bruxelas, Bélgica - 1991
18 a 20 de Julho
Atletismo
Ilídio Silva - 1500 m - 3º
Judo
Andreia Cavalleri - -61 Kg - 3º
Natação
Petra Chaves
- 100 m costas - 3º
Petra Chaves
- 200 m costas - 2º
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 1º
2ª Edição
Valkenswaard,
Holanda - 1993
3 a 9 de Julho
Natação
Ana Francisco
- 100 m mariposa - 2º
Ténis
André Lopes / Tiago Sousa
- (Pares Masc.) - 2º
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 3º
14
3ª Edição
Bath, Reino Unido - 1995
9 a 14 de Julho
Ciclismo
Sérgio Paulinho
- Rampa (2,5 Km) - 1º
4ª Edição
Lisboa, Portugal - 1997
18 a 24 Julho
Atletismo
Filipe Pedro - 3000 m - 2º
Andebol
Selecção Masculina - juvenis - 3º
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 3º
5ª Edição
Esbjerg, Dinamarca - 1999
10 a 16 Julho
Atletismo
Marco Fortes
- Lançamento Peso - 1º
Futebol
Selecção Masculina - sub-16 - 2º
6ª Edição
Murcia, Espanha - 2001
22 a 26 Julho
Atletismo
Nelson Évora - Comprimento - 1º
Laura Silva - 3000 m - 3º
7ª Edição
Paris,
França - 2003
26 de Julho a 2 Agosto
Atletismo
Liliana Cá
- Lançamento do Disco - 1º
Milton Dias
- 400 m Barreiras - 1º
Arnaldo Abrantes
- 1.100 m Barreiras - 2º
Judo
Joana Cesário
-57 Kg - 2º
Natação
Tiago Venâncio
- 50 m livres - 1º
Tiago Venâncio
- 100 m livres - 1º
Diana Gomes
- 200 m bruços - 3º
QUADRO DE MEDALHAS GERAL
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
PAÍS
Rússia
Grã Bretanha
França
Itália
Hungrria
Roménia
Ucrânia
Espanha
Alemanha
Holanda
Polónia
Suécia
Bélgica
URSS (1991)
Croácia
Israel
Geórgia
Portugal
Bielo-Rússia
Bulgária
Finlândia
Dinamarca
Eslováquia
República Checa
Lituânia
OURO
95
70
43
32
32
31
31
27
24
19
19
15
13
12
10
10
9
8
7
7
7
7
7
6
6
PRATA
68
54
40
38
21
30
27
31
30
23
19
14
18
8
8
2
9
7
11
10
7
7
2
12
4
BRONZE
49
62
51
45
22
38
34
32
36
37
27
23
31
9
12
7
12
8
22
10
9
2
9
9
12
TOTAL
212
186
134
115
75
99
92
90
90
79
65
52
62
29
30
19
30
23
40
27
23
16
18
27
22
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
ATLETISMO
11 rapazes
9 raparigas
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
O Atletismo português tem grandes tradições olímpicas e também um
prestígio crescente a nível do Festival da Juventude, graças às nove medalhas (quatro de ouro) conquistadas até hoje, três delas na última edição,
em Paris. Desta vez, as ambições não são pequenas, com alguns jovens
assumidos candidatos a classificações de relevo
MARCOS COELHO
PEDRO FONTES
� 17 anos
� 1m76
� 100 metros,
� 17 anos
� 1m81
� 200 metros,
Nascido em Massarelos,
reside na Parede e representa
o Belenenses o escolhido
para a prova-rainha, graças à
marca de 11,07 segundos,
mas já fez 10,90. Pensa na
final e considera que as suas
marcas lhe garantem esse
posto, vendo apenas um
espanhol (10,70) com melhor tempo.
4x100
Alentejano de Beja,
representa o Zona
Azul e vai ter o
baptismo internacional em Lignano.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
4x100
15
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
CARLOS PINHEIRO
BRUNO ALBUQUERQUE
� 17 anos
� 1m74
� 400 metros,
� 16 anos
� 1m75
� 800 e 1500 metros
4x100
Atleta do Benfica, oriundo da Falagueira, tem
como recorde pessoal
50,23 segundos e muita
confiança. Gosta também
dos 200 metros, que pratica há seis anos.
Pratica atletismo há quase quatro anos na Casa do Povo de
Mangualde e já foi campeão
do Torneio Olímpico Jovem
nos 800 metros e vice nos
3000. No entanto a sua «melhor e preferida distância são
os 1500 metros».
Internacionalmente, venceu o
Crosse de Fuensalida,
Espanha, mas o FOJE é a sua
primeira experiência em pista.
PEDRO CIRNE
JOÃO ALMEIDA
� 17 anos
� 1m74
� 3000 metros
� 17 anos
� 1m83
� 110 barreiras,
4x100
Tal como Vital e
Silva, o aveirense (da
Murtosa) conquistou
recentemente duas
medalhas de ouro na
Tailândia (1500 e
3000 metros) e participa no FOJE com
grandes ambições
ANTÓNIO RODRIGUES
JOÃO ALMEIDA
� 16 anos
� 1m85
� 400 barreiras,
� 16 anos
� 1m76
� Altura
OLIMPO - Maio/Junho 2005
4x100
16
Atleta do Sporting, oriundo do
Triatlo, já com oito anos de
Atletismo, venceu este ano a sua
especialidade do Portugal-Espanha
e tem grandes ambições para o
FOJE, considerando que apenas um
atleta francês e outro alemão apresentam melhores marcas, pelo que
tem visto da sua navegação pelos
sites das Federações.
Filho da treinadora e antiga
atleta Regina Babo, vale
50,24 segundos nas barreiras, mas é um atleta eclético.
Representa o seu clube,
Centro de Atletismo de Seia,
da 1ª divisão nacional, nas
provas nacionais de seniores.
Nos Jogos FISEC 2004, em
Malta, foi 2º nos 400 metros
e 4º no Salto em Altura.
Natural de Alfeizerão e atleta da
Juventude Vidigalense, de Leiria, tal
como Vera Lavrador, já saltou 1,97
metros, evidenciando uma grande
evolução nos últimos tempos.
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
MARCOS CALDEIRA
MARCO FERREIRA
� 17 anos
� 1m81
� Comprimento,
� 17 anos
� 1m86
� Dardo
Triplo Salto, 4x100
Provavelmente o atleta deste
escalão com mais experiência internacional, a partir do
Desporto Escolar, tendo já
participado em provas em
Malta (duas vezes), Grécia e
Espanha. No ano passado
ganhou o Comprimento e o
Triplo e foi 2º na Altura.
Recentemente na Tailândia
foi 2º no Comprimento nos
Jogos Ásia-Europa.
Atleta da A.D. Recreativa e Educativa da Palhaça,
Oliveira do Bairro, leva nove anos de atletismo e chegou ao dardo, há quatro anos, através das provas
combinadas. Desconhece os adversários, mas sabe
que do Norte da Europa vêm os mais difíceis, o que
não o inibe de pensar chegar à final. O recorde pessoal é de 59,29 metros.
ANTÓNIO VITAL E SILVA
� 17 anos
� 1m83
� Peso, Disco
Um dos melhores atletas portugueses do
seu escalão, o filho do antigo internacional
e seu treinador Vital e Silva trouxe recentemente da Tailândia duas medalhas de ouro
e vai a Itália com grandes perspectivas.
Este ano já lançou 56,46 no Disco e a melhor marca no peso ronda os 20 metros
(19,48).
JULIANA CAMPOS
� 16 anos
� 1m40
� 200 metros, 4x100
ANNA OLSSON
� 16 anos
� 1m74
� 100 metros,
Filha de pai sueco e mãe
dinamarquesa nasceu em
Lisboa e vice no Estoril
onde representa o clube
de Atiba. Gosta de barreiras e até já disputou um
Portugal-Espanha dessa
especialidade e vários
‘meetings’ ibéricos. Tem
o desejo de chegar pelo
menos à meia-final em
Lignano.
Atleta do FC
Porto, ex-praticante de
Voleibol
(escolar) e de
Natação (exLeixões),
virou-se para
o Atletismo
há dois anos
e já é das
mais rápidas
do país.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
4x100
17
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JOANA COSTA
LÍDIA SOUSA
� 17 anos
� 1m57
� 800, 3000 metros
� 16 anos
� 1m68
� 1500 metros
Com um bom currículo no
Desporto Escolar, a jovem
de Mangualde fez o baptismo internacional em Lyon,
precisamente no
Campeonato Escolar, prova
que «não correu bem por
causa da comida» e do desconhecimentos das adversárias.
Jovem de Paços de Ferreira estreou-se há poucas semanas no
atletismo internacional representando o COP nos Jogos da
Juventude Ásia-Europa, em
Banguecoque, Tailândia, conquistando duas medalhas de bronze
nos 800 e 1500 metros, batida
apenas por atletas chinesas e
coreanas.
TERESA
RIBEIRO
� 16 anos
� 1m58
� Dardo
Natural de Lordelo do Douro, começou
há sete anos nas corridas de estrada, mas
a sua versatilidade conduziu-a às provas
combinadas o que veio a revelar uma boa
lançadora de dardo. Vai ter a 1ª internacionalização em Itália, mas já foi campeã
nacional de lançamentos de Inverno e 3ª
classificada no Olímpico Jovem.
VERA LAVRADOR
� 16 anos
� 1m59
� Vara, Disco, 4x100
Especialista em provas combinadas, esta atleta da
Juventude Vidigalense, colega
da olímpica Vânia Silva, está
há dois anos a dedicar-se ao
Salto com Vara, a prova que
treina mais, mas também tem
boas marcas no lançamento
de Disco.
ISABEL RIBEIRO
� 17 anos
� 1m72
� Peso
OLIMPO - Maio/Junho 2005
JOANA FRIAS
18
� 17 anos
� 1m63
� 400, 4x100, Comprimento
Esta algarvia de nascimento, mas
residente na Madeira, Albufeira,
Camacha, acaba de participar na Taça
da Europa de Leiria, ao mais alto
nível, terminando em 7ª com 55,88
segundos e participando na estafeta
4x400 (4º lugar). Em Maio, em representação da Madeira, conquistou em
Creta duas medalhas de ouro, nos 400
e no Comprimento.
Minhota de Adaúfe, tem como melhor
marca 15,86 metros
PATRÍCIA MAMONA
� 16 anos
� 1m50
� 100 barreiras,
Triplo Salto e 4x100
É uma das atletas portuguesas de maior
futuro, esta lisboeta residente na Agualva
e atleta do JOMA, que representou
Portugal na Taça da Europa de Leiria,
conseguindo um magnífico 4º lugar com
6,16 metros no Comprimento, recorde
nacional de juvenis
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
CANOAGEM
A Canoagem
começa a
emergir
como uma modalidade de futuro em
Portugal, agora
sob a orientação
de um novo modelo
federativo em que
pontificam alguns
dos melhores atletas de sempre da
modalidade, como
José Garcia, director técnico nacional, ou Rui
Fernandes, o
responsável pela
selecção ao FOJE,
que foi olímpico em
Barcelona e
Atlanta. Os oito
portugueses foram
escolhidos após um
estágio intenso no
Centro de
Preparação da FPC
em Montemor-oVelho, depois de os
atletas se terem
qualificado inicialmente nas Provas
Selectivas.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
5 rapazes
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
3 raparigas
19
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
SARA RAFAEL
16 anos
1m66
Amorense
K2 500, K2 1000
�
�
�
�
INÊS ESTEVES
15 anos
1m47
C.N.Milfontes
K2 500, K2 1000
�
�
�
�
MÁRCIA COSTA
�
�
�
�
16 anos
1m71
Náutico do Prado
K1 500, K1 1000
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Desde 2002, Márcia é a grande dominadora da
Canoagem nacional feminina, escalão juvenil e cadetes,
quer em K1 quer K2 em todas as distâncias e por isso
alimenta a esperança de "subir ao pódio" em Lignano.
Já tem a experiência de algumas provas em Espanha,
como as regatas Príncipe das Astúrias, a President Cup
ou descidas do Rio Minho, e sabe que há uma adversária espanhola de respeito, chamada Gabriela...
20
Esta seixalense aluna do 8º ano, 2ª do
país em K1, embora goste mais das
provas de fundo, encara a presença
no FOJE com grande optimismo.
Treina todos os dias e aos sábados
em dose dupla, alimentando o sonho
de evoluir numa modalidade que,
felizmente, tem cada vez mais raparigas. Já participou numa Taça do
Mundo de Juniores, em Crestuma,
ficando em 4º lugar em K2, mas com
uma parceira diferente.
A mais jovem e inexperiente da
selecção portuguesa, terceira dos
rankings nacionais, representa o
Sudoeste Alentejano no Festival
Europeu, o seu baptismo internacional. É uma desportista por excelência, com condições físicas excepcionais, que atrai as atenções dos técnicos federativos e gosta de praticar
futsal.
FERNANDO PIMENTA
�
�
�
�
16 anos
1m77
CN Ponte de Lima
K1 500, K1 1000, K4 500, K4 1000
Antigo praticante de
Natação, elegeu a
Canoagem há quatro
anos como único
desporto e agora treina
todos os dias nas
águas do Lima.
Campeão Nacional de
Promessas em K2, este
ano venceu todas as
provas nacionais de
longa distância e as
selectivas, mas tem
pouca experiência das
distâncias olímpicas como todos os colegas, de resto. No
Festival da Juventude
competirá em quatro
provas, sendo o escolhido para as duas distâncias de K1.
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
�
�
�
�
15 anos
1m79
Náutico do Prado
K2 1000, K4 1000
FLÁVIO PEREIRA
�
�
�
�
16 anos
1m73
Sesimbra
K2 1000, K4 500
Sesimbra é terra de mar e
até os canoístas se vêem
constrangidos a praticar uma
disciplina de pista num meio
aquático ondulado que dificulta os gestos técnicos. Isso
não impede Flávio de evoluir na modalidade com
resultados de vulto, como o
título nacional de cadetes
em K2 500. Para tal treina
todos os dias, duas vezes,
tentando aproveitar ao máximo o mar chão…
Pratica Canoagem há cinco anos, já foi
campeão de K4 1000, mas ainda não
discute o K1 porque nestes escalões um
ano faz a diferença e os mais velhos
ganham sempre... Em K4 considera-se
polivalente, mas está habituado a fazer
de voga, a primeira posição. O FOJE
será a sua estreia internacional.
JORGE CASTRO
�
�
�
�
16 anos
1m87
Náutico do Prado
K2 500, K4 500, K4 1000
Deve ser uma das histórias mais peculiares
do desporto juvenil nacional: açoriano e
único canoísta de São Miguel, só podia
treinar no mar (as ondas prejudicam a técnica) ou na Lagoa das 7 Cidades, seguindo
as instruções do seu treinador enviadas do
Minho por e-mail. Agora os pais compraram-lhe um kayak ergómetro que lhe permite remar em casa quando o anticiclone
não o deixa sair de casa.
JOÃO RIBEIRO
�
�
�
�
15 anos
1m84
Gemeses
K2 500, K4 500, K4 1000
Conterrâneo de Pedro Moura em
Esposende, mas representando um clube
diferente. De forma algo surpreendente, foi
o 3º em K1 nas duas distâncias das provas
selectivas o que o fez despertar para a
modalidade e treinar mais intensamente do
que fazia durante os últimos meses.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
PEDRO MOURA
21
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
CICLISMO
3 rapazes
O efeito Sérgio Paulinho sente-se no contacto com os pupilos de Nuno Alves,
o treinador nacional dos cadetes de Ciclismo. Nove anos antes da sua
proeza na prova de Estrada dos Jogos Olímpicos de Atenas, Paulinho ganhou
a prova de rampa da terceira edição do Festival da Juventude Europeia.
Graças à sua actividade competitiva, os cadetes de ciclismo têm uma ambição muito
firme e encaram a participação no Festival de Lignano, onde disputarão três provas,
com uma ilusão muito forte de sucesso.
JÓNI BRANDÃO
� 15 anos
� 1m75
� Estrada,
22
O currículo desportivo
de Jóni Silva Brandão,
oriundo de Travanca,
Terras de Santa Maria,
berço de grandes
tradições velocipédicas,
está repleto de triunfos.
Este ano já venceu três
corridas, incluindo a
Prova de Abertura e o
Circuito da Liberdade,
registou mais um
segundo lugar e dois
terceiros. Em 2003
tinha ganho sete provas
e ficado em terceiro
lugar no Campeonato
Nacional da categoria e
no ano seguinte teve
mis dificuldades, devido à subida de escalão.
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Contra-relógio
e Critério
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
TIAGO ENCARNAÇÃO
� 16 anos
� 1m76
� Estrada, Contra-relógio e Critério.
Nasceu em Lisboa, mas vem do Pinhal Novo este jovem
de grande porte atlético que está a realizar uma excelente
época como cadete de 2º ano. Em 2004 (cadete de 1º ano)
só conseguiu quatro segundos lugares, mas este ano já
ganhou três corridas e, tirando uma desistência por queda,
nunca se classificou abaixo do 4º. Numa carreira necessariamente curta já registou mais de uma dúzia de triunfos
e cerca de 30 lugares de pódio!
NÉLSON OLIVEIRA
� 16 anos
� 1m75
� Estrada, Contra-relógio
Natural de Vilarinho do Bairro,
Anadia, Nelson Filipe foi o último a juntar-se ao grupo, por lhe
ter sido impossível participar no
estágio e testes em finais de
Maio, mas é um bom especialista de contra-relógio
(Campeão nacional de 2004) e regista um currículo cheio
de triunfos, nomeadamente a prova de abertura da Taça de
Portugal de 2005. A nível internacional competiu no ano
passado em Espanha, tendo alcançado uma vitória e um
segundo lugar.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
e Critério
23
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
GINÁSTICA
3 raparigas
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Portugal está ainda longe de altas performances na Ginástica de competição
internacional. Não se alimentam sonhos de glória, mas apenas a vontade de
participações condignas que possibilitem uma evolução técnica às atletas, as
mais jovens da delegação portuguesa. Há dois anos, em Paris, a selecção portuguesa formada por Mariana Almeida e Ana Rita Nunes classificou-se em 21º lugar.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
CATARINA ABRANTES
24
� 14 anos
� 1m51
� Ginásio Clube Português
As paralelas assimétricas são o aparelho preferido da campeã nacional de juniores,
uma ginasta de porte elegante, campeã nacional geral já este ano, depois de no ano
passado ter sido campeã nacional absoluta em três modalidades (paralelas, trave e
exercícios de solo). Começou por acaso há sete anos, acompanhando uma amiga da
escola Rainha D.Amélia, experimentou, disseram-lhe que tinha jeito e ficou.
Também treina todos os dias menos ao domingo e ultrapassa pela vontade as dificuldades logísticas que a impedem, por exemplo, de ter um tapete de solo com as medidas
regulamentares, obrigando a deslocações ao Porto para preparar esse aparelho específico. «É duro, mas gosto muito», confessa. «Alimento o sonho de um dia ir aos Jogos
Olímpicos, mas para já ir a estas competições já é muito bom».
Catarina já viveu a experiência internacional de uma participação nos Europeus de
Amsterdão, no ano passado, mas competindo apenas por equipas: «Ficámos a meio da
tabela (15º entre 27 países), superando equipas que julgávamos mais fortes, como a
Suíça ou a Bulgária».
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
RITA LIMÃO
� 13 anos
� 1m38
� Ginásio Clube Português
CATARINA MARTINS
� 14 anos
� 1m55
� Lisboa Ginásio lube
Terceira do ranking nacional de 2005 com 116 pontos,
atrás de Catarina Abrantes (239 pontos) e Rita Limão
(128), Catarina manteve uma competição interessante
pelo apuramento com Diana Ramalho do Boavista,
mas na última prova, o Dia Olímpico, confirmou a
escolha, classificando-se em 2º lugar atrás de Catarina
Abrantes, vencendo a prova de Trave Olímpica,
enquanto a jovem boavisteira não ia além do 5º lugar.
Em 2004, Catarina Martins foi a primeira do ‘ranking’
nacional de juvenis, à frente da campeã nacional, Rita
Limão.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Deve ser o corpo mais franzino da
delegação portuguesa, mas transborda energia. O último sobrenome é Oliveira, mas todos a tratam
por Limão, apenas Limão, como
ela gosta, sem ponta de acidez...
Pratica Ginástica Artística desde os
oito anos, seis dias por semana,
três horas e meia por dia.
Começou no Sporting, durante um
ano, mas a escassez de companheiros encaminhou-a para o GCP,
onde treina nas acanhadas instalações do sexto andar da sede das
Amoreiras: “Tem mais gente,
gosto mais».
A presença no FOJE é o seu baptismo internacional e diz que vai
«para ganhar experiência», alimentando o grande sonho de «um dia,
ir aos Jogos Olímpicos».
A especialidade de Limão é o
Salto de Cavalo (campeã nacional
de juniores), mas também gosta
muito das Paralelas. É campeã
nacional juvenil de ambas as especialidades e também foi campeã
individual em 2004.
25
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JUDO
3 rapazes
5 raparigas
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
O Judo apresenta uma equipa de oito atletas, cinco dos quais participaram
recentemente nos Europeus de Esperanças em Salzburgo. Nos meses
precedentes, cumpriram um bom programa internacional, disputando os
torneios de Fuengirola e Coimbra e o torneio A Roger Sérzian, em Belfort,
França. Atendendo aos resultados alcançados ao longo deste ano, Joana Santos
parece a portuguesa com mais possibilidades na previsão de resultados.
ANA SOUSA
OLIMPO - Maio/Junho 2005
� 16 anos
� 1m58
� 48 kgs
26
Obteve uma série de resultados
interessante, incluindo o 2º lugar em
Fuengirola e a vitória em Coimbra,
além do 5º lugar no torneio de
Belfort, a melhor classificação dos
portugueses. Contudo, no Europeu
de Salzburgo perdeu na primeira
ronda com a polaca Kuban.
JOANA SANTOS
� 15 anos
� 1m62
� 52 kgs
Depois de ter sido 7ª
em Fuengirola e não
ter passado do primeiro combate em
Belfort, venceu o torneio de Coimbra e
ganhou embalagem
para o Europeu de Esperanças onde veio a ser a melhor portuguesa, terminando em 5º lugar. Começou a perder com a
sueca Odder, venceu sucessivamente a azeri Mamodova, a
búlgara Buchkova e a polaca Babiarz, para perder com a
eslovena Ketis na atribuição do 3º lugar.
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JOANA PEREIRA
� 16 anos
� 1m65
� 57 kgs
Melhor portuguesa no torneio de
Fuengirola, com um triunfo que
mais tarde repetiu em Coimbra.
Contudo, em Belfort e no Europeu
(perdeu com a norueguesa
Johansen) não passou da primeira
ronda.
ANA ANDRADE
� 15 anos
� 1m69
� 63 kgs
Não esteve no
Europeu e obteve
resultados regulares
nos três torneios
disputados: 3ª em
Fuengirola, 2ª em
Coimbra, dois combates perdidos em
Belfort
JORGE
FERNANDES
PATRÍCIA ENCARNAÇÃO
� 15 anos
� 1m66
� 70 kgs
� 15 anos
� 1m75
� 66 kgs
Além de Joana Santos foi o único a
conseguir vencer um combate no
Europeu, superando o romeno Moga,
antes de perder com o russo Machin e
com o letão Milenbergs. Venceu o torneio de Coimbra, foi 2º em Fuengirola
e perdeu à primeira em Belfort.
De todas as seleccionadas foi
a que menos competiu este
ano, tendo alcançado, porém,
o segundo melhor resultado
no Torneio A de Belfort, um
9º lugar, com dois triunfos em
quatro combates.
� 16 anos
� 1m75
� 73 kgs
Primeiro em Coimbra, 2º em
Fuengirola, não passou da primeira eliminatória quer em Belfort quer em
Salzburgo, onde foi derrotado pelo
holandês Huysman.
ANDRÉ MELO
� 16 anos
� 1m85
� 81 kgs
Não foi ao Europeu e
regista uma folha de serviços idêntica à de
Leonardo: 1º em
Coimbra, 2º em
Fuengirola, 2 derrotas
em Belfort
OLIMPO - Maio/Junho 2005
EDUARDO
LEONARDO
27
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
NATAÇÃO
8 rapazes
8 raparigas
OLIMPO - Maio/Junho 2005
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Na linha de Tiago Venâncio e Diana Gomes, medalhados no FOJE 2003 de
Paris, a selecção de Natação carrega algumas ambições para Lignano
Sabbiadoro, em particular Jorge Maia, nadador de Vila Nova de Famalicão,
que em Abril obteve a medalha de ouro dos 400 metros no Multinations
Youth do Funchal. Esta prova constituiu, aliás, o principal ponto de referência internacional, em termos de experiência, para a maioria dos nadadores portugueses deste
escalão juvenil
28
JOANA MARQUES
� 13 anos
� 1m55
� 200 bruços
Lisboeta filha de dois antigos nadadores (Ana
Chocalinho e Vítor Costa Marques), a representante da SFUAP superou Marta Azêdo no
‘meeting’ Tap, com 2.47,70 para ganhar o
passaporte para Itália.
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
ANA MATEUS
RITA GOMES
� 13 anos
� 1m41
� 100 bruços, 4x100 estilosuços
� 14 anos
� 1m45
� 200, 400 estilos, 100, 200 mariposa, 4x100,
Colega de Diana Gomes nos Bombeiros dos Estoris, partilha
com a mais jovem olímpica de sempre a especialidade dos
100 metros bruços e o facto de ser a mais jovem da equipa
para o FOJE. Superou também Marta Azedo na última prova
de selecção, com 1.18,16 minutos
Vem de Alcobaça a nadadora mais eclética do grupo, que
dominou totalmente as provas decisivas. Campeã nacional
de juvenis de 200 e 400 estilos e das duas distâncias de
mariposa.
CAROLINA BEBIANO
MARTA MARINHO
� 13 anos
� 1m47
� 50 livres
� 14 anos
� 1m54
� 100, 400, 800 livres, 4x100, 4x100 estilos
Vive na Amadora e representa o Belenenses a jovem surpresa da selecção, que superou a campeã nacional Marta
Marinho ao fazer o tempo de 28,91 segundos no ‘meeting’
TAP.
Representante do FC Porto, é a campeã nacional juvenil dos
50, 100 e 400 metros, mas acabou por obter também os
mínimos para correr os 800, ao superar Ana Félix, com o
tempo de 9.49,07. Tem a marca de 1.01,13 aos 100 e
4.40,29 aos 400. Também é campeã nacional dos 100
metros costas
OLIMPO - Maio/Junho 2005
4x100 estilos
29
OLIMPO - Maio/Junho 2005
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
30
SARA AZEVEDO
RITA FERREIRA
� 14 anos
� 1m40
� 200 livres, 4x100, 4x200 mista
� 14 anos
� 1m41
� 4x100, 4x200 mista
Portista de São João da Madeira, campeã nacional dos 200
metros com 2.14,36 minutos foi a única a quebrar a hegemonia de Marta Marinho no Multinations nas provas de
crawl
Conimbricense e atleta da Académica igualou o tempo de
Sara Azevedo (2.14,36), o que apenas lhe deu uma vaga na
estafeta, pois prevaleceu a classificação no Nacional.
RUTE ARAÚJO
PAULO ARAÚJO
� 14 anos
� 1m59
� 100, 200 costas, 4x100 estilos
� 16 anos
� 1m80
� 200, 400 estilos, 4x100, 4x200 mista
Campeã nacional dos 200 costas, obteve as melhores marcas
do Multinations do Funchal e confirmou a qualificação no
‘meeting’ TAP, com 1.10,39 e 2.24,21. É bracarense e representa o Sporting de Braga.
Nadador do Famalicense, campeão nacional dos 200 estilos
(2.14,03 obtidos no Multinations) acabou por superar Tomás
Freitas nos 400, com a marca de 4.43,58 no ‘meeting’ TAP.
JOÃO CARLOS SANTIAGO
� 15 anos
� 1m78
� 100, 200 bruços, 4x100 estilos
� 15 anos
� 1m43
� 100 mariposa, 4x100, 4x100 estilos
Dominador incontestado do estilo bruços na sua categoria
etária este varzinista radicado em Setúbal (CNS) tem como
melhores marcas de qualificação 1.07,19 (100 metros) e
2.31,06 (200). Também esteve em foco no Multinations.
O franzino seixalense (SFUAP) ganhou o Nacional com
59,46 segundos e confirmou a superioridade no Multinations
e no TAP.
HUGO RODRIGUES
PEDRO OLIVEIRA
� 16 anos
� 1m63
� 200 mariposa
� 15 anos
� 1m85
� 1500, 4x100, 4x200 mista
Farense do Montenegro, nada pelo Louletano e cometeu a
proeza de melhorar no Multinations a marca de Jorge Maia,
campeão nacional da distância, com 2.11.31 minutos. No
‘meeting’ TAP também obteve o melhor registo.
É de Carnaxide, mas nada pelo Belenenses, e destacou-se na
última prova de selecção, o ‘meeting’ TAP, ao tirar seis
segundos ao tempo de Jorge Maia, o campeão nacional, com
16.31,97 minutos.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
RICARDO VARELA
31
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JORGE MAIA
� 16 anos
� 1m50
� 100, 200,
400 livres,
4x100,
4x100 estilos
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Grande esperança da
Natação portuguesa,
o famalicense
venceu cinco provas
nos Nacionais de
Juvenis de 2005.
Aos 100 metros a
melhor marca é de
53,46 segundos, mas
a sua grande proeza
foi o triunfo nos 400
metros do
Multinations do
Funchal, com
4.05,92, marca que
melhorou em mais
de três segundos
(4.02,13) semanas
depois, no TAP.
32
PAULO SANTOS
ADELINO GAITEIRO
� 15 anos
� 1m79
� 50 livres, 4x100, 4x200 mista
� 16 anos
� 1m80
� 100, 200 costas, 4x100 estilos
Não é o campeão nacional, mas superou a marca de Diogo
Barbosa quer no Multinations quer no TAP, onde registou
24,74 segundos. É de Gondomar e representa o FC Porto.
Campeão nacional dos 200 metros costas (2.10,72), o atleta
matosinhense do FC Porto veio a superar também a marca
de António Lança nos 100 metros, com 1.02,13. No
Multinations obteve os melhores tempos em ambas as
provas.
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
TÉNIS
1 rapaz
1 rapariga
Os jovens tenistas são, talvez, os
mais viajados e experientes internacionalmente, graças à própria
estruturação do quadro competitivo da modalidade. Os resultados e a
evolução que os escolhidos já ostentam permitem encarar com grande optimismo a
sua prestação competitiva em Lignano.
Sem pressões.
MARIA GUERREIRO
� 15 anos
� 1m73
� E.T. Almada
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
Nascida na Rússia nos tempos da Perestroika, filha de um
professor de Ginástica português, hoje responsável técnico da
FPG, e de mãe russa, o que explica a carinhosa alcunha de
Masha. Estuda e treina em Inglaterra e é apontada como um
talento de grande futuro na modalidade, 19ª do ranking europeu de Cadetes. Foi vice-campeã nacional em 2004. No mês
passado participou nos 1º Jogos Ásia-Europa na Tailândia.
GASTÃO ELIAS
Aluno do nono ano com bom aproveitamento,
na semana do Estoril Open teve de faltar às
aulas por causa do ténis. Disputa torneios internacionais desde os nove anos de idade e já foi
duas vezes às meias-finais da prova mais importante do calendário mundial, o famoso Orange
Bowl de Miami. Há dois anos, um adversário
russo e recentemente o lituano Berankis foram
os seus problemas... «Gostava de ir para os
Estados Unidos evoluir como jogador de ténis.
E tenho o sonho de ir aos Jogos Olímpicos: sei
que posso lá chegar».
OLIMPO - Maio/Junho 2005
� 14 anos
� 1m80
� C.T. Lourinhã
33
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
BASQUETEBOL
12 rapazes
34
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
A selecção nacional de sub-16 de basquetebol foi a equipa colectiva escolhida
para representar Portugal no FOJE – cada país apenas disputar uma das modalidades colectivas – e a tarefa não se apresenta nada fácil. Sob a coordenação de
Artur Lima, mas debaixo da responsabilidade do seleccionador Augusto Araújo,
esta equipa tem como principal característica um longo trabalho de conjunto que vem
realizando no Centro de Preparação de São João da Madeira onde os jovens atletas vivem,
estudam e treinam ao longo dos dois anos de duração deste projecto.
O trabalho desta equipa visa a participação no Campeonato da Europa, na Bulgária, mais
tarde, em Julho, e ainda terá uma terceira competição importante, em Agosto, em
Angola, representando Portugal nos Jogos dos PALOP.
No FOJE, a tarefa não se afigura nada fácil perante a categoria dos adversários (Turquia,
Espanha e Alemanha), três potências do basquetebol europeu, mas estes jogos constituirão uma boa preparação para o Europeu, onde Portugal terá por adversárias as equipas
da Bósnia, Áustria e Roménia, teoricamente mais acessíveis.
Nesta selecção, o destaque individual vai para Cláudio Fonseca, jovem de estatura invulgar
para o meio português (2,07 metros), que já representa um clube espanhol, o Valência,
onde também prossegue os seus estudos, razão pela qual não participou no estágio final
do Dia Olímpico em Rio Maior. Um dos jovens, Rui Araújo, é filho do conceituado árbitro
internacional da modalidade José Araújo.
FESTIVAL OLÍMPICO DA JUVENTUDE EUROPEIA
JOSÉ SILVA
� 16 anos
� 1m93
� Barreiro
GONÇALO ALMEIDA
� 15 anos
� 1m93
� Carcavelos
RUI ARAÚJO
� 15 anos
� 1m73
� Lisboa
TIAGO SÁ
� 16 anos
� 1m84
� Sª Mª Feira
CLÁUDIO FONSECA
� 16 anos
� 2m07
� Algés
CRISTIANO SILVA
� 15 anos
� 1m91
� Barcelos
PEDRO PEREIRA
SAMUEL LÓIO
� 16 anos
� 1m77
� Aveiro
EDGAR MOUCO
ANDRÉ SILVA
DIOGO CORREIA
RENATO GALVEIA
� 16 anos
� 1m92
� Almada
� 16 anos
� 1m85
� Paredes de Coura
� 14 anos
� 1m85
� Caxias, Oeiras
� 16 anos
� 1m92
� Arrentela, Seixal
OLIMPO - Maio/Junho 2005
� 15 anos
� 1m85
� Vale da Amoreira, Moita
35
JOGOS DA JUVENTUDE ÁSIA-EUROPA, BANGKOK 2005
Portugal melhor
representante europeu
Vinte e uma medalhas conquistadas
21 MEDALHAS
numa competição intercontinental de
Natação
Atletismo
Ténis
várias modalidades constituem um
OURO
PRATA
BRONZE
6
4
-
2
1
2
2
2
2
saldo extremamente positivo da participação portuguesa na
primeira edição dos Jogos da Juventude Ásia-Europa, realizada em Banguecoque. Uma experiência inolvidável para os
36
JOSÉ GOMES MARTINS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
16 jovens portugueses
Diana Gomes foi a porta-estandarte da delegação portuguesa
ortugal teve uma participação
excepcional na primeira edição
dos Jogos da Juventude ÁsiaEuropa (ASEM), realizados em
Banguecoque, Tailândia. Dezasseis
atletas trouxeram 21 medalhas e colocaram Portugal, desde o primeiro dia,
como a melhor equipa europeia presente, perdendo apenas para a China
e para o país anfitrião.
P
Além do sucesso desportivo, a
comitiva portuguesa viveu também
uma extraordinária experiência social
e cultural, beneficiando da tradicional
hospitalidade tailandesa e de uma
organização perfeita, servida por uma
competente equipa de assistentes e
voluntários.
Apesar da escassez de informação
prévia, os portugueses depararam
com uma organização exemplar na
Tailândia, incluindo duas cerimónias
oficiais (de abertura e de encerramento) de grande nível, comparáveis às
dos Festivais Olímpicos da Juventude
Europeia.
A delegação portuguesa foi chefiada por João Matos e Celeste Gil,
vogais da Comissão Executiva do
COP, responsáveis das Federações de
AS MEDALHAS PORTUGUESAS
PRATA
OURO
� ATLETISMO
PESO M
António Vital
e Silva
DISCO M
António Vital
e Silva
1500 metros M
Pedro Cirne
3000 metros M
Pedro Cirne
� NATAÇÃO
BRONZE
� ATLETISMO
� ATLETISMO
Comprimento M
Marcos Caldeira
� NATAÇÃO
100 metros
Costas M
Pedro Oliveira
100 metros
Mariposa M
Pedro Oliveira
800 metros F
Lídia Sousa
1500 metros F
Lídia Sousa
� NATAÇÃO
200 metros
bruços M
Carlos Almeida
50 metros
bruços F
Diana Gomes
� TÉNIS
200 metros
Mariposa M
Pedro Oliveira
200 metros
Costas M
Pedro Oliveira
400 metros
Estilos M
Carlos Almeida
200 metros
Estilos M
Carlos Almeida
200 metros
Bruços F
Diana Gomes
100 metros
Bruços F
Diana Gomes
QUADRO FINAL DE MEDALHAS
Por Equipas F
Joana PangaioMaria Guerreiro
Singulares F
Joana Pangaio
� TÉNIS
Pares Mistos
Joana PangaioAlexandre
Cardoso
Pares Femininos
Joana PangaioMaria Guerreiro
PAIS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
China
Tailândia
Portugal
Coreia do Sul
Alemanha
Polónia
Eslováquia
Vietname
França
Bélgica
Indonésia
Estónia
Espanha
Finlândia
Myanmar
Singapura
Filipinas
Laos
Letónia
Dinamarca
OURO
32
22
10
7
5
3
3
3
2
2
2
2
1
1
1
-
PRATA BRONZE TOTAL
12
27
5
5
7
5
4
1
5
4
4
3
7
2
3
1
1
-
6
34
6
10
11
4
1
3
8
3
2
2
1
3
2
9
5
2
2
50
83
21
22
23
12
8
7
15
9
8
7
9
6
3
12
6
1
2
2
Quatro países (República Checa, Brunei,
Cambodja e Suécia) não conquistaram
qualquer medalha
Vital e Silva
Diana Gomes
Badminton e Trampolins,
respectivamente.
O sucesso nacional começou
a desenhar-se no primeiro
dia com a conquista de cinco
medalhas, com Portugal a colocar-se
desde logo à frente do pelotão europeu e em terceiro lugar geral. O país
organizador e anfitrião participou
com um maior número de atletas, o
que explica a maior quantidade de
medalhas conquistadas, inclusive
relativamente à China.
O dia fechou com o triunfo de
Diana Gomes nos 100 metros bruços,
com o tempo 1.12,66 minutos,
enquanto na prova masculina da
mesma distância Carlos Almeida se
classificava em 4º lugar.
No Atletismo, Pedro Cirne foi o
primeiro campeão de sempre desta
nova competição intercontinental, ao
ganhar os 1500 metros masculinos
com o tempo de 4.10,45 minutos.
No lançamento do Peso, também
António Vital e Silva conquistou ouro
com um derradeiro lançamento de
18,38 metros.
Marcos Caldeira ficou em segundo
lugar no Salto em Comprimento com
7,05 metros e Lídia Sousa foi terceira
nos 1500 metros, com 4.40,33 minutos
– ambos batidos apenas por atletas
chineses.
� 7 no 2º dia
No segundo dia, a selecção portuguesa conquistou mais sete medalhas,
quatro delas de ouro. O nadador
Carlos Almeida conquistou uma
medalha de ouro nos 400 metros estilos e outra de bronze nos 200 bruços,
enquanto Diana Gomes repetiu o
êxito do primeiro dia, vencendo a
final dos 200 metros bruços.
Pedro Oliveira venceu os 200
metros mariposa.
No Atletismo, António Vital e Silva
também alcançou o segundo triunfo
na competição, dominando o
Lançamento do Disco com um novo
recorde pessoal e nacional, enquanto
Lídia Sousa alcançou a medalha de
bronze nos 800 metros.
A selecção feminina de Ténis classificou-se em segundo lugar na prova
por equipas, ao perder na final com a
Coreia do Sul.
� Cirne repete triunfo
OLIMPO - Maio/Junho 2005
� 5 Medalhas
na estreia
Na terceira jornada, Pedro Cirne venceu a prova de 3000 metros, repetindo
37
JOGOS DA JUVENTUDE ÁSIA-EUROPA, BANGKOK 2005
a medalha de ouro que obtivera na
jornada inaugural na prova de 1500
metros, enquanto Marcos Caldeira
não conseguiu subir ao pódio do
Triplo Salto, terminando em quarto
lugar com 14,16 metros.
Na Natação, Pedro Oliveira ficou
em segundo lugar 100 metros costas,
com o tempo de 59,71 segundos.
No dia seguinte, Carlos Almeida
conquistou uma medalha de ouro nos
200 metros estilos (2.07.73), enquanto
Pedro Oliveira venceu a final dos 200
metros costas (2.04.80) e foi segundo
na final dos 100 metros mariposa
(56.30).
Na penúltima jornada dos Jogos, a
nadadora Diana Gomes conquistou a
sua terceira medalha da competição,
desta vez de bronze, na final de 50m
bruços (33.98 segundos). Carlos
Almeida esteve próximo de subir de
novo ao pódio ao classificar-se no
quarto lugar na final de 50m bruços
(31.26).
No Ténis, Joana Pangaio, que já
tinha conquistado três medalhas em
pares (uma de prata e duas de bronze), derrotou a coreana Lee Cho Won
por um duplo 6-3 e qualificou-se para
a final com a tailandesa Uthomporn
Pudtra, que veio a perder no último
dia, por 3-6,2-6.
Carlos Almeida
Lídia Sousa
Marcos Caldeira
Pedro Cirne
A COMITIVA PORTUGUESA
Chefe de Missão
João Matos
Chefe-adjunto de Missão
Celeste Gil
Fisioterapeuta
José Luís Rodriguez
Chefes de Equipa
Atletismo - Vital e Silva
Badminton – Jorge Pitarma
Natação – Fernando Teixeira
Ténis de Mesa – Fernando Malheiro
Ténis – Gonçalo Portas
38
Pedro Cirne
Marcos Caldeira
António Silva
Lídia Sousa
800, 1500, 3000 metros
Comprimento, Triplo Salto, Altura
Disco, Peso
800, 1500 m
Badminton
Pedro Martins
Ana Reis
JOSÉ GOMES MARTINS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Atletismo
Singulares, Pares Mistos
Singulares, Pares Mistos
Natação
Carlos Almeida
Pedro Oliveira
Diana Gomes
200, 400 metros estilos, 100, 200 bruços
100, 200 metros costas, 100, 200 mariposa
50, 100, 200 metros bruços
Ténis de Mesa
Ténis
Vitaly Efimov
Ivo Silva
Diogo Pinho
Alexandre Cardoso
Bruno Silva
Antónia Guerreiro
Joana Pereira
IX Jogos das Ilhas Creta-2005
Madeira e Açores
conquistam
29 medalhas
Badminton enfrentou adversários asiáticos
fortíssimos
Vitaly Efimov em acção no Ténis de Mesa
A Madeira conquistou 19 medalhas
e os Açores dez na IX edição dos
Jogos das Ilhas, que decorreu em
Creta entre 25 e 29 de Maio, trazendo para Portugal um total de
dez medalhas de ouro, seis de
prata e 13 de bronze.
As duas regiões autónomas portuguesas competiram com um total
de 139 atletas (77 madeirenses e
62 açorianos) neste encontro anual
que reuniu mais de 1200 participantes de Cabo Verde, Canárias,
Chipre (convidada) Córsega, Corfu,
Creta, Guadalupe, Jersey, Mayotte,
Malta, Sardenha, Sicília e Wight.
Este ano, faltaram as Baleares, a
Martinica e a Reunião.
Madeira domina
Ténis de Mesa
A equipa madeirense dominou quase
por completo a competição de ténis
de mesa, conquistando cinco dos
seis títulos (equipas e pares masculino e feminino, pares mistos e
individual masculino), com realce
para Vitaly Efimov (três medalhas
de ouro) e Cármen Gonçalves
(duas). Em individuais femininos,
Ana Costa ficou no segundo lugar.
A madeirense Joana Frias também
conquistou duas medalhas de ouro
no atletismo, nos 400 metros e no
salto em comprimento, estabelecendo novos recordes regionais
com 56,28 segundos e 5,66
metros, respectivamente.
Recepção na Embaixada de Portugal em Banguecoque
Aproximação entre povos
A ideia dos Jogos ASEM da Juventude nasceu no 4º Meeting Ásia-Europa,
realizado na Dinamarca em 2002, onde a Tailândia se ofereceu para organizar uma competição internacional com o objectivo de incrementar as relações e a amizade entre as juventudes asiática e europeia, bem como promover as respectivas culturas. Além da parte desportiva, também houve
intercâmbio cultural com demonstrações de usos e costumes e folclore
dos países representados.
Os países membros da ASEM são 38, treze asiáticos e 25 europeus.
Participaram nesta primeira edição dos Jogos da Juventude Ásia-Europa
(Meeting ASEM) 823 atletas nascidos depois de 1987 em representação
de 27 países (Brunei, Cambodja, China, Coreia do Sul, Filipinas, Indonésia,
Laos, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietname, pela Ásia, e Alemanha,
Bélgica, Dinamarca, Espanha, Eslováquia, Estónia, Finlândia, França,
Letónia, Polónia, Portugal, República Checa e Suécia, pela Europa).
Os Jogos englobam seis modalidades, mas Portugal não participou no futebol.
A selecção dos Açores destacou-se
no Judo, com a medalha de ouro de
Bruno Furtado, de São Miguel, na
categoria de +73kgs, e mais duas
de prata em -60 e -66 kgs.
A outra medalha de ouro açoriana
foi conquistada no Atletismo por
Joana Flores, da Terceira, com 1,63
metros no salto em altura.
Nos desportos colectivos o melhor
resultado foi alcançado no andebol,
com a equipa masculina da Madeira
a perder apenas na final com as
Canárias.
O presidente do Comité Olímpico de
Portugal, Comandante Vicente
Moura, assistiu em Creta à edição
de 2005 destes Jogos, também
considerados as Olimpíadas das
Ilhas, que em 2000 e 2003 foram
organizados na Madeira e nos
Açores respectivamente.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Açores destacam-se
no Judo
39
XXIX OLIMPÍADA - A CAMINHO DE PEQUIM
Projecto 2008 ganha
mais cinco candidatos
São 24, de doze modalidades diferentes, os atletas que beneficiam do
estatuto de ‘olímpicos’ figurando no Projecto Pequim-2008. Aos 19 que
transitaram de Atenas, juntam-se mais cinco pelos resultados já
alcançados ao longo desta temporada, mas tudo indica que em breve o
grupo vai ser muito alargado
Projecto Pequim-2008 ganhou
em Abril e Maio cinco novos
passageiros, aumentando a
lista para 24 atletas de 12 modalidades. Nos próximos meses, contudo, é
certo que a lista vai ser aumentada,
inclusive com a entrada de outros
desportos, individuais e colectivos, à
medida que as grelhas de qualificação
também vão sendo acordadas e seladas entre o COP e as Federações.
Os últimos dois meses tiveram
algumas provas de alto nível internacional, destacando-se as vitórias de
Vanessa Fernandes no México e em
Espanha e o terceiro lugar de Telma
Monteiro nos Europeus de Judo.
Ambas são firmes candidatas a lugares de honra nos Jogos de Pequim,
depois das prometedoras estreias em
Atenas-2004, ainda com idade de
juniores.
Neste Verão, ano de Mundiais de
Dos últimos cinco atletas que
garante o nível 3 do Projecto.
Atletismo e de Natação, é crível que o conseguiram entrar no Projecto, João
O atirador Ricardo Colaço, que
grupo de “bolseiros” olímpicos possa
Gomes é o que regista um mais
ficou muito perto dos oito primeiros
aumentar significativamente. Mas
significativo percurso olímpico,
no Mundial de Fosso Olímpico e a
também algumas modalidades colecdepois de ter participado nos Jogos
dupla de ‘star’ Afonso Domingostivas, com performances de alto nível
de Sydney e de Atenas. Conseguiu
Bernardo Santos também entraram
como a selecção de Voleibol na Taça
ser repescado com efeitos a partir de
no nível 3, enquanto o nadador
do Mundo e a selecção olímpica de
Janeiro, uma vez que a candidatura
Tiago Venâncio é o primeiro a benefutebol no Torneio de Toulon, batem
assentava sobre o ranking registado
ficiar do especial nível 4 – que apeà porta do Projecto Pequim. Sem
no final de 2004, o 16º posto que lhe
nas garante apoio à Federação e não
esquecer o apuramendirectamente ao
OS CINCO NOVOS OLÍMPICOS
to do Andebol para o
atleta. Afonso
João Gomes
Europeu, embora
Domingos e Tiago
ESGRIMA
neste caso a competiVenâncio também
Tiago Venâncio
NATAÇÃO
ção só decorra em
já foram olímpicos,
TIRO COM ARMAS DE CAÇA Ricardo Colaço
2006 e seja necessário
respectivamente em
Afonso Domingos-Bernardo Santos
VELA
esperar até lá.
Sydney e Atenas.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
40
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
O
ATLETISMO
JUDO
Naide Gomes
João Pina
Inconstância física após o título europeu de pista
coberta, reservando-se para os Mundiais. Não participou na Taça da Europa, de Leiria, por causa de uma
lesão no adutor.
A recuperar de uma rotura de ligamentos do ombro e de
uma apendicite. Só deve reaparecer no final da temporada.
Francis Obikwelu
Em Maio iniciou a época de ‘meetings’, vencendo no
Qatar e foi 4º na corrida em que Asafa Powell bateu o
recorde mundial dos 100 metros. Na Taça dos
Campeões Europeus de Vila Real de S. António e na
Taça da Europa ajudou o Sporting e a selecção com
vitórias nos 100 e 200 e ainda ajudou na estafeta,
apesar de se queixar de problemas físicos que o impedem de disputar os 200 metros nos Mundiais de
Helsínquia.
Alberto Chaíça
Depois da operação cirúrgica reapareceu na Corrida
do Metro (15k) com um 4º lugar. Prepara a Maratona
do Mundial.
João Neto
Reapareceu nas Taça do Mundo de Tallin e Bucareste,
com um nono e um terceiro lugar, respectivamente
Telma Monteiro
Grande figura dos Europeus de Roterdão, com mais
uma medalha de bronze, depois de ter vencido o
Torneio A de Bucareste, no início de Abril
NATAÇÃO
Tiago Venâncio
O jovem olímpico de Atenas sagrou-se campeão
nacional alcançando os mínimos para os Mundiais nos
200 metros livres com 1.50,10, o que lhe valeu a
entrada no Projecto Pequim (nível 4).
TRAMPOLINS
João Vieira
Nuno Merino
A grande proeza nos últimos dois meses foi a
obtenção dos mínimos para o Mundial, com 1.22,08
horas no muito competitivo Grande Prémio de Rio
Maior (9º lugar)
Prepara a participação nos Campeonatos do Mundo, em
Setembro, com actividade nacional e internacional intensa.
Manuel Damião
Vanessa Fernandes
Venceu os 1500 metros da Taça da Europa de Leiria
(3.45,06), confirmando-se como um dos grandes
especialistas mundiais.
O regresso à competição não podia ser melhor. Duas
vitórias consecutivas na Taça do Mundo, no México e
em Madrid e subida ao 3º lugar do Ranking mundial.
Rui Silva
TIRO
TRIATLO
Vitória de classe nos 3.000 metros da Taça da
Europa (8.10,26 minutos) na retoma da carreira, melhorando a marca da Taça dos Campeões Europeus
(8.10,67), em Vila Real, onde também correu e
venceu os 1500.
João Costa
CANOAGEM
Ricardo Colaço
Emanuel Silva
O 15º lugar no Campeonato do Mundo de Fosso
Olímpico (trap), em finais de Maio, em Itália, valeu-lhe
a entrada no Projecto Pequim-2008
Iniciou a época na Taça do Mundo na Polónia em meados de Maio, mas não conseguiu chegar às finais
Participou na Taça do Mundo de Pusan, Coreia, nas duas especialidades de Pistola Livre (11º) e Pistola de Ar Comprimido (17º).
TIRO COM ARMAS DE CAÇA
CICLISMO
Gustavo Lima
Sérgio Paulinho
22º lugar na Semana Olímpica de Vale Hyères, França,
e quinto lugar na Holland Regatta, na Holanda.
Disputou diversas clássicas, incluindo a Fleche
Wallone, com resultados modestos. Realce para um
23º lugar num contra-relógio na Volta à Romandia.
Álvaro Marinho – Miguel Nunes
4º lugar na Semana Olímpica de Vale Hyères, França,
e segundo na Holland Regatta, na Holanda.
ESGRIMA
Afonso Domingos – Bernardo Santos
João Gomes
Recuperado das lesões, preparou a nova época ao
mesmo tempo que via reconhecido o seu valor internacional com a inclusão no Projecto Pequim 2008,
graças ao 16º lugar no ‘ranking’ mundial de Florete.
Grande teste em finais de Junho nos Europeus de
Zalaegerseg.
Entram no Projecto Olímpico graças ao 6º lugar no
Campeonato do Mundo de Star, disputado na Argentina
VOLEIBOL DE PRAIA
Miguel Maia – João Brenha
OLIMPO - Maio/Junho 2005
VELA
Época de Verão começa no final de Junho, com a presença no Campeonato do Mundo, em Berlim.
41
NOTICIÁRIO
Módulo MEMOS VIII
prestigiou Portugal
s alunos do Programa
MEMOS VIII, Recursos
Humanos e Gestão
Intercultural do Desporto, o mais
importante Mestrado em Gestão
Desportiva, realizaram um módulo
em Portugal, numa organização da
Universidade Lusófona e do Comité
Olímpico de Portugal.
O responsável pelo módulo,
Manuel Brito, da Universidade
Lusófona, considerou este evento um
dos mais bem organizados, quer a
nível de conteúdos quer de logística,
como já foi manifestado quer pelo
Director do MEMOS, de Lausana,
quer em múltiplas mensagens dos
alunos.
«O prestígio das instituições, o
Comité Olímpico de Portugal e a
Universidade Lusófona, foi plenamente conseguido, pois a parceria
funcionou de forma excelente. Foi
bem estabelecida e bem guiada», sublinhou o responsável académico. O
� MEMOS em Rio Maior
O MEMOS (Master Exécutif en
Management des Organisations
Sportives) é, neste momento, em termos internacionais, o mais conhecido
e prestigiado Curso de pós-graduação
no âmbito da Administração e Gestão
do Desporto, tendo o patrocínio do
Comité Olímpico Internacional e dos
Comités Olímpicos Europeus e o
apoio da Solidariedade Olímpica.
Além das sessões de trabalho na
Os alunos do MEMOS VIII junto à piscina de Rio Maior
42
Universidade Lusófona, os participantes estiveram em Rio Maior de
visita ao Centro de Preparação
Olímpica do COP na sua terceira jornada do módulo de Lisboa. Durante a
tarde em Rio Maior, os trabalhos
foram marcados pela comunicação do
secretário-geral do Comité Olímpico
de Portugal, Victor Mota, sobre o processo de preparação de uma Missão
aos Jogos Olímpicos, em todas as suas
vertentes; elegibilidade dos atletas,
apoio e controlo médico e antidoping, transportes, acomodação,
vestuário, logística, media e comunicação, bilheteira e marketing.
No quinto dia de trabalho, os alunos do MEMOS visitaram o Estádio
José Alvalade, palco da final da Taça
UEFA, e assistiram ao jogo AZ
Alkmaar-Sporting no restaurante do
estádio leonino. No último dia, realizaram uma visita à sede do Comité
Olímpico de Portugal.
A coordenação do módulo foi do
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
O
programa do Módulo conciliou muito
bem os aspectos sociais, nomeadamente as visitas históricas e paisagísticas, com o programa académico.
«Não podia estar mais satisfeito».
Depois do Módulo de Lisboa, os
alunos estão em fase de elaboração
das teses e concluirão o curso em
Setembro, em Lausana, um quarto
módulo que coincide com o início do
MEMOS IX, que há-de levar os alunos ao Rio de Janeiro e à Sicília.
italiano Alberto Madella, Professor
da Universidade de Florença e do
Comité Olímpico Italiano, e de
Manuel Brito, da Universidade
Lusófona. O norte-americano
Packianathan Chelladurai, da
Universidade Estadual de Ohio, foi o
principal prelector com comunicações
sobre a gestão de recursos humanos
no Desporto e o voluntariado nas
organizações desportivas.
Entre as comunicações, houve três
de convidados portugueses:
«Desporto e Turismo», por Carlos
Manuel Pereira (Câmara Municipal
de Oeiras), quarta-feira dia 4 em Rio
Maior
«Preparação de uma Expedição
Olímpica», por Victor Mota, secretário-geral do COP, quarta-feira em Rio
Maior
«Relações Internacionais entre
Organizações Desportivas
Nacionais», por Manuel Brito, quintafeira dia 5 na Universidade Lusófona.
A apresentação «Uma organização
Desportiva Profissional: Sporting
Clube de Portugal», de Paulo
Andrade, administrador da Sporting
SAD, foi cancelada à última hora.
Instituições
participantes
As instituições que, neste
momento, participam no MEMOS
são:
O MEMOS surgiu como um instrumento de especialização no novo
contexto do associativismo desportivo gerado pela unificação política,
social e económica da Europa, partindo do princípio que ela não representa uma ameaça para o desporto, mas
pelo contrário uma boa ocasião de
descoberta e aproveitamento das
experiências desportivas dos diversos
países.
O MEMOS tem por objectivo permitir aos profissionais dos organismos desportivos nacionais e internacionais desenvolverem as competências necessárias a uma melhor gestão
das suas organizações no XXIº século.
Jacques Rogge, então presidente
dos Comités Olímpicos Europeus, foi
um dos impulsionadores deste movimento desencadeado pela associação
de diversas Universidades e Escolas
de Desporto europeias em 1995 com
Paulo Frischknecht na aula e Vítor Mota na sua
comunicação
o apoio da Solidariedade Olímpica e
de muitos Comités Olímpicos nacionais.
A partir da VI edição o MEMOS
foi alargado a outros continentes,
sempre com o objectivo de formar
melhores profissionais para a gestão
desportiva profissional ou voluntária.
Na actual VIII Edição participam
alunos de África do Sul, Alemanha,
Antigua, Barbados, Bélgica,
Bielorússia, Camarões, Chipre, Costa
Rica, Croácia, Espanha, Filipinas,
França, Guatemala, Holanda,
Indonésia, Iraque, Itália, Jordânia,
Lituânia, Malawi, México,
Moçambique, Palestina, Porto Rico,
Portugal, Reino Unido, Samoa,
Suazilândia, Suíça, Uzbequistão e
Zimbabué, na sua maioria dirigentes
de Federações nacionais e internacionais e de Comités Olímpicos. O único
português no Curso foi Paulo
Frischknecht, presidente da
Federação Portuguesa de Natação
Pós-Graduação em português
A Universidade Lusófona e o Comité Olímpico, na sequência do sucesso deste Mestrado em Gestão
Desportiva, pretendem agora organizar uma Pós-Graduação em Língua Portuguesa vocacionada para os
quadros técnicos e dirigentes dos Comités Olímpicos e Federações dos PALOP. O envolvimento e apoio da
Solidariedade Olímpica é fundamental para o sucesso deste projecto.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
� O que é o MEMOS?
� École Nationale d’Éducation
Physique et des Sports du
Luxemburgo
� Institut de Hautes Études en
Administration Publique, Lausana,
Suíça
� Institut Nacional d’Educacio Fisica
de Catalunha, Lleida e Barcelona,
Espanha
� Institut National du Sport et de
l’Éducation Physique, Paris, França
� Scuolla dello Sport dello Comitato
Olimpico Nazionale Italiano, Roma,
Itália
� Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologias, Lisboa,
Portugal
� Università degli Studi, São Marino
� Université Livre de Bruxelles
(Solvay Business School et ISEPK),
Bélgica
� Université Claude Bernard Lyon 1
(Faculté des Sciences du Sport),
França
� Loughborough University (Institute
of Sport and Leisure Policy), Reino
Unido
43
NOTICIÁRIO
CONGRESSO DO DESPORTO EM ODIVELAS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Presidente do COP defende
candidatura aos Jogos de Lisboa
44
O Presidente do Comité Olímpico
de Portugal defendeu as vantagens de
uma candidatura à organização dos
Jogos Olímpicos como meio de transformação e aceleração do desenvolvimento desportivo do país, que permitisse conquistar dez medalhas olímpicas ou mais nos Jogos de 2016 ou 2020.
O Comandante Vicente Moura falava durante a segunda sessão do
Congresso do Desporto promovido
pela Câmara Municipal de Odivelas,
num painel subordinado ao tema
«Grandes Eventos», em que o professor
da Faculdade Motricidade Humana,
José Pinto Correia, analisou os impactos
económicos das grandes competições
desportivas e o Director Técnico da
Federação Portuguesa de Desporto
para Deficientes, Jorge Carvalho, apresentou a evolução e perspectivas do
movimento e dos Jogos Paralímpicos,
suas causas e efeitos.
Vicente Moura voltou a defender
uma candidatura aos Jogos de 2016 ou
2020 e enumerou as vantagens e dificuldades do projecto, apontando como
objectivos «ganhar dez ou 12 medalhas nos Jogos de 2016 ou 2020» ou em
alternativa «aumentar a prática
desportiva de 23% para 37 ou 38 %»
ou, na melhor das hipóteses, alcançar
ambas as metas em simultâneo.
«Nenhuma candidatura tem hipóteses de ser aceite sem a garantia de que
o país conquistará doze a quinze
medalhas pelo menos», sublinhou o
presidente do COP.
Uma candidatura aos Jogos
Olímpicos também obrigaria à definição e cumprimento de um plano integrado de infra-estruturas desportivas,
como forma de pôr fim à falta de coordenação, quase anarquia, que tem
caracterizado o investimento em instalações ao longo das últimas décadas
por parte das autarquias e da própria
administração central.
«Para transformar o Desporto em
Portugal, através de tal desígnio
patriótico, seria obrigatório que
Governo, Federações, Autarquias,
Comunicação Social, Empresas e a
sociedade civil em geral se unissem no
mesmo objectivo durante um período
não inferior a três ciclos olímpicos,
mas, como os resultados internacionais
do Futebol têm demonstrado, os resultados acabariam por aparecer», afirmou Vicente Moura.
O presidente do COP revelou algumas ideias sobre o projecto da
Candidatura de Lisboa, comparando o
desenvolvimento infra-estrutural da
cidade com a evolução realizada em
Atenas a pretexto dos Jogos de 2004,
admitindo por exemplo que a Aldeia
Olímpica pudesse ser construída na
zona do actual Aeroporto da Portela se
vier a ser substituído pelo novo aeroporto da Ota.
O maior óbice à realização dos
Jogos Olímpicos em Lisboa seria o
custo da segurança (mil milhões de
euros em Atenas-2004), em caso de se
manter o actual alerta internacional
contra o terrorismo, por se tratar de
um dispêndio astronómico sem qualquer retorno.
Comenda do Infante para Vicente Moura
O Presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante José Vicente
Moura, foi condecorado pelo Presidente da República com o grau de
Comenda da Ordem do Infante D. Henrique na comemoração do Dia de
Portugal de 2005, a 10 de Junho.
Victor Mota em
Seminário Olímpico
na Albânia
O Secretário Geral do Comité
Olímpico de Portugal, Victor
Mota, participou em Tirana,
Albânia, no 26º Seminário para
Secretários Gerais e Chefes de
Missão, dominado por uma comunicação sobre o «Futuro dos
Jogos Olímpicos», a cargo do
Director Executivo do Comité
Olímpico Internacional, Gilbert
Felli.
Este dirigente explicou aos secretários gerais europeus como se
desenrolarão na próxima na 117ª
Sessão do COI, em Singapura, a
partir de 6 de Julho, as votações
das modalidades do programa
olímpico para os Jogos de 2012.
O Seminário de Tirana começou
com a apreciação do Relatório da
Secretária Geral da Associação
dos Comités Olímpicos, Gunilla
Lindberg, a que se seguiu uma
exposição sobre os projectos da
Solidariedade Olímpica e sua articulação com os Comités nacionais
e finalmente um derradeiro balanço aos Jogos Olímpicos de Atenas
(«Lições para o Futuro»), a cargo
da presidente da Comissão dos
COE, Marit Myrmael.
Outros pontos em discussão
incluiram o estado da organização
dos Jogos de Inverno de Turim2006, o acompanhamento das
organizações dos Jogos de
Pequim-2008 e de Vancouver2010.
Secretário-geral
em Paris
O Secretário-geral do Comité
Olímpico de Portugal, Victor
Mota, também participou em
Paris no encontro da Comissão
dos Comités Olímpicos Europeus
de Preparação dos Jogos
Olímpicos.
A agenda deste meeting foi dominada pela discussão e tomada de
decisões relativamente aos Jogos
de Inverno de Turim-2006, na
sequência do seminário de Chefes
de Missão de 1-5 de Março e da
reunião do Grupo de Discussão
dos NOC, com exposições a cargo
de Andreja McQuarrie (Comité de
Organização TOROC) e de Simon
Toulson (COI), respectivamente.
NOTICIÁRIO
Manuel Silvério com Vicente Moura na Secretaria de Estado da Juventude e Desporto
anuel Silvério, primeiro vice-presidente do
Comité Olímpico de Macau, esteve em Lisboa
para diversos contactos relacionados com a organização dos I Jogos da ACOLOP, acompanhando o presidente do Comité Olímpico de Portugal, Comandante
Vicente Moura. O presidente e o vice-presidente da
Associação dos Comités Olímpicos de Língua Oficial
Portuguesa convidaram o Secretário de Estado da
Juventude e Desportos os I Jogos da ACOLOP, a realizar
em Macau de 19 a 25 de Agosto de 2006, e convidaram o
governante português, que aceitou estar presente.
O Secretário de Estado Laurentino Dias foi convidado
também pelo dirigente macaense a assistir já este ano nos
IV Jogos da Ásia Oriental, primeira de três grandes competições desportivas multidisciplinares a ter lugar no território em anos consecutivos.
Durante uma semana em Lisboa, Manuel Silvério manteve contactos diversificados com empresas e autoridades
políticas, desportivas e sociais, procurando apoios para a
organização dos Jogos da ACOLOP, um dos quais com o
presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Gilberto
Madaíl, a quem procurou sensibilizar para a importância
de a modalidade se apresentar com uma selecção olímpica de bom nível. O futebol não fazia parte do programa
original dos Jogos, mas foi adicionado à lista inicial de
M
seis modalidades.
Os dirigentes olímpicos também reuniram com as administrações da TAP-Air Portugal e da Portugal Telecom,
com a Direcção da RTP Internacional e com o presidente da
Comissão de Educação e Cultura da Assembleia da
República.
Os membros da Direcção de Antenas Internacionais da
RTP, Lopes Araújo e António Franco, asseguraram a disponibilidade da empresa pública de televisão para transmitir
os I Jogos da ACOLOP para os mais de vinte milhões de
assinantes da RTP Internacional, bem como realizar e transmitir ‘spots’ de divulgação do evento.
Os dez países e regiões fundadores da ACOLOP são
Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São
Tomé e Príncipe, Timor-leste, Moçambique e Macau,
China e Guiné Equatorial na qualidade de membro associado.
Na primeira Assembleia-geral, realizada em Atenas em
2004, foi decidido que os I Jogos da ACOLOP seriam
disputados em Macau em 2006 por cerca de 1400 atletas em
seis modalidades: atletismo, basquetebol, voleibol de praia,
ténis de mesa, taekwondo e futsal, as duas últimas apenas
por equipas masculinas, às quais agora se junta o Futebol.
Em 2007, Macau também será palco dos 2.a Edição dos
Jogos Asiáticos em Recinto Coberto.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Jogos ACOLOP Macau-2006
dão primeiros passos
45
OPINIÃO
Alimentação e Desporto
alimentação do atleta influencia
não só o estado de saúde, como
tem também efeitos benéficos
no rendimento desportivo. O atleta
deve seguir os padrões de uma
Alimentação Saudável (ingestão de
uma grande variedade de alimentos de
uma forma equilibrada) para que o seu
rendimento desportivo seja optimizado. (1)
As necessidades energéticas do atleta, em relação à população em geral,
estão aumentadas pelo exercício físico.
A alimentação do atleta deve ser suficiente em termos calóricos, para assim,
permitir a manutenção do peso corporal, e para cobrir as necessidades energéticas exigidas pelos treinos/provas.
Uma baixa ingestão energética induz
uma utilização do tecido magro pelo
organismo para obtenção de energia, o
que pode provocar perda de massa
muscular, alterações menstruais nas
mulheres, risco aumentado de fadiga e
lesões musculares. (1)
Os hidratos de carbono (HC), as
proteínas e os lípidos são nutrimentos
presentes nos alimentos, que permitem
a produção de energia necessária ao
normal funcionamento dos músculos.
(2)
Os HC permitem a manutenção dos
níveis sanguíneos de glicose durante o
exercício, possibilitam a reposição do
glicogénio muscular após o exercício e
são a fonte primária de energia dos
músculos em exercícios de sprint e de
endurance. O glicogénio é a forma de
armazenamento/reserva de HC no
organismo, armazenando-se nos músculos e no fígado. Esta reserva é limitada, pelo que, se não ocorrer uma ingestão adequada de HC, podem surgir
casos de fadiga bem como diminuição
do rendimento desportivo. As necessidades de HC do atleta estão aumentadas, assim, o atleta deverá ingerir de
uma forma equilibrada alimentos fornecedores de HC complexos, como por
exemplo, pão, arroz, massas, batatas,
vegetais e frutos, com restrição do
consumo de HC simples (bolos e
doces). (1, 3)
As necessidades proteícas dos atletas podem estar ligeiramente aumentadas, na medida em que, as proteínas
constroem e reparam tecidos como
OLIMPO - Maio/Junho 2005
A
46
músculos, ligamentos e tendões que
sofrem danos induzidos pelo exercício.
No entanto, se a alimentação dos atletas cobrir as suas necessidades energéticas, também as necessidades proteícas ficam satisfeitas, mesmo quando
aumentadas, sem ser necessário recorrer ao uso de suplementos proteícos
e/ou de aminoácidos. O atleta deverá
ingerir diariamente fontes alimentares
proteícas como peixes, carnes de preferência magras e lactícinios. (1)
É importante referir que uma ingestão proteíca acima dos níveis recomendados (12 a 15% do valor calórico
total), ou seja, uma mega ingestão proteíca (erro alimentar praticado por
muitos desportistas), ao contrário do
que o senso comum acredita, não provoca um aumento da massa muscular,
podendo sim, acarretar riscos para a
saúde. (1)
Os lípidos são a fonte primária de
energia em exercícios de pouca intensidade. Em relação à população geral, as
necessidades lípidicas não estão
aumentadas. (1, 2)
As vitaminas e minerais têm um
papel essencial em várias funções do
organismo, como na produção de energia, na construção e reparação dos tecidos musculares após o exercício.
Assim, teoricamente o exercício pode
aumentar ou alterar as necessidades
vitamínicas e/ou minerais. Os atletas
que limitem o consumo energético, ou
adoptem práticas severas de perda de
peso apresentam um maior risco de
deficiência vitamínica e/ou mineral,
aconselhando-se nestes casos, uma
suplementação vitamínica e/ou mineral, que deverá ser recomendada pelo
médico ou nutricionista. No entanto,
de um modo geral, se a alimentação do
atleta for adequada em termos energéticos, com ingestão de uma grande
variedade de alimentos, não são necessários suplementos vitamínicos e/ou
minerais. (1)
A actividade física aumenta a produção de calor pelo corpo, sendo a
transpiração o principal mecanismo de
arrefecimento do organismo. É então
necessária uma ingestão adequada de
líquidos antes, durante e após os exercícios, para compensar as perdas de
água ocorridas durante os mesmos. Se
os líquidos perdidos não forem repostos, o atleta pode correr o risco de desidratar. A desidratação diminui o rendimento desportivo e afecta o estado de
saúde. (4)
Aconselha-se a ingestão de 400 a 600
ml de líquidos duas horas antes do
exercício. Durante o exercício, o atleta
deverá ingerir 150 a 350 ml de líquidos
a cada 15 a 20 minutos, dependendo
da tolerância individual. Após o exercício, deve ingerir os líquidos suficientes
para repor as perdas de água ocorridas. Não sendo aconselhada, após o
exercício, a ingestão de líquidos com
substâncias diuréticas, tais como o
álcool, a cafeína ou outras. (1, 3, 4)
Antes do treino/prova, o atleta
deverá efectuar uma refeição ou
merenda, de modo a que, quando
inicia o exercício físico a digestão esteja
praticamente concluída ou pelo menos
o estomâgo vazio. Esta refeição ou
merenda deve fornecer a quantidade
de líquidos que permita a manutenção
da hidratação do atleta durante o exercício. Deve ser constituída por alimentos pobres em gordura e fibra para
facilitar o esvaziamento gástrico.
Preferencialmente rica em HC por
forma a manter os níveis de glicose
sanguínea. Deve ser moderada em proteínas e de fácil digestão, sem a inclusão de bebidas alcóolicas. (2, 3)
A refeição ou merenda pré-exercício deve ser efectuada 2,5 a 3 horas
antes, quando a modalidade permite o
reabastecimento. Nos casos em que
não se verifique a condição anterior,
deverá ter lugar 2 horas antes. (3)
Uma refeição pré-exercício pode ser
constituída por: sopa (com pouca gordura, de preferência azeite, abundante
em legumes, engrossada com arroz ou
massa), o segundo prato poderá ser
constituído por peixe magro (pela sua
facilidade de digestão), ou carne
magra, arroz ou massa por serem os
menos flatulentes, a sobremesa poderá
ser constituída por um doce de colher
pouco açucarado (arroz-doce, aletria)
ou papa de fruta crúa adoçada. (3)
Durante o exercício, aconselha-se
que o atleta beba somente água, quando a duração do esforço é inferior a
uma hora. Em exercícios intensos, ou
de duração superior a uma hora, ou
Membros das Comissões
empossados no COP
Os membros das Comissões Jurídica e Médica e do Departamento de
Apoio à Preparação Olímpica (DAPO) do Comité Olímpico de Portugal para
o ciclo 2005-2008 tomaram posse na sede da instituição em Lisboa.
A nova composição da Comissão Jurídica é a seguinte: Dr. Miguel Nobre
Ferreira, Dr. Adriano Cunha, Comandante José Manuel Fiadeiro, Dr.
Fernando Frazão, Dr. João Ataíde e Dr. Alberto Coelho.
Também os médicos Miguel Manaças, Artur Pereira de Castro, Pedro
Branco e José Ramos tomaram posse como membros da Comissão Médica, a
que se juntará oportunamente João Paulo Almeida.
Os presidentes das Comissões Jurídica e Médica serão cooptados pelos
respectivos membros.
Finalmente, os quatro membros do Departamento de Apoio à Preparação
Olímpica (DAPO) são os professores Luís Monteiro, Paulo Cunha, Luís
Rocha e Amílcar Saavedra.
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
quando se realizam em condições
ambientais adversas (calor, frio, altitude elevada) é vantajoso recorrer às
bebidas desportivas, nomeadamente
soluções iso ou hipotónicas. (4)
Após o exercício, o atleta deve ingerir uma refeição, o mais cedo possível,
e que forneça HC (de modo a repor as
reservas de HC nos músculos e fígado), proteínas (as quais permitem a
reparação e construção do tecido muscular) e lípidos. Esta é a altura indicada para a ingestão ocasional de acúcares e doces (desde que pobres em gordura), porque nas duas horas seguintes ao exercício, os músculos captam
mais avidamente a glicose sanguínea,
sendo armazenada como glicogénio.
(1, 4)
O uso de substâncias ergogénicas
(as que visam aumentar o rendimento
desportivo) tem crescido muito nos
últimos anos, apesar de, para a maioria, não estar provado cientificamente
que sejam eficazes no aumento do rendimento desportivo. As únicas substâncias que são comprovadamente
eficazes são a cafeína (ajuda a emagrecer) e a creatina (aumenta a massa
magra bem como a força muscular). O
uso de substâncias ergogénicas deve
ser feito com precaução, depois de
avaliada a segurança, eficácia, potencia
e legalidade do produto. (1, 4)
O atleta, se possível, deve ser seguido por um nutricionista ou médico
que o oriente sob o ponto de vista
nutricional e alimentar para que o seu
rendimento desportivo seja maximizado e o seu estado de saúde optimizado.
Dulce Esteves
Nobre Ferreira
continua na
Comissão
Jurídica e a
pensar no
Tribunal
Arbitral
Miguel
Manaças toma
posse na
Comissão
Médica
Nutricionista formada na Faculdade de Ciências de
Referências Bibliográficas:
1) Position of the American Dietetic Association,
Dietitians of Canada, and the American College of
Sports Medicine: Nutrition and athletic performance. J
Am Diet Assoc. 2000; 100: 1543-1556.
2) Berning JR. Nutrition for exercise and sports performance. In: Mahan LK, Escott-Stump S, eds. Krause’s
Food, Nutrition and Diet Therapy. Philadelphia:
Saunders, 2004.
3) Peres E. Saber comer para melhor viver. Lisboa:
Caminho-Biblioteca da Saúde, 1994.
4) Barata T. Mexa-se… pela sua saúde: guia prático de
actividades físicas e de emagrecimento para todos.
Publicações Dom Quixote, 2003.
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
Os quatro clínicos empossados: José Ramos, Pereira de Castro, Pedro Branco e Miguel Manaças
47
NOTICIÁRIO
Apoio Médico no Porto
para atletas olímpicos
O
e medalhas».
O presidente do IDP, José Manuel
Constantino, sublinhou a importância
dos acordos firmados e o esforço de
cooperação entre as instituições, numa
área em que a intervenção do Estado é
incompleta: «Temos cerca de 400 mil
atletas federados e não mais de 200
médicos especialistas em medicina
desportiva, dos quais apenas 50 na
administração pública, o que torna
impossível responder à solicitação dos
atletas de alta competição».
No âmbito da parceria, que pode ser
renovada no fim de 2008, Hospital da
Prelada, Faculdade de Farmácia da
Universidade do Porto e Serviço Médico
de Imagem Computorizada fornecem os
serviços médicos que lhe sejam pedidos
pelos clínicos indicados pelo COP, a
partir da coordenação do Centro
Nacional de Medicina Desportiva –
Delegação Porto, dirigida pelo médico
José Ramos.
Os serviços de aconselhamento de
nutrição são da responsabilidade do Dr.
Carlos Leite.
Os acordos foram assinados pelo
Comandante Vicente Moura por parte do
COP e pelos responsáveis das três instituições, Drª Maria Gilda Maia e Dr. José
Carlos Vasconcelos (Administradores do
SMIC), Professor Doutor Franklim
Marques (Director do Serviço do
Serviço de Análises Clínicas da
Faculdade de Farmácia da Universidade
do Porto) e Dr. Canto Moniz (Director
Clínico do Hospital da Prelada).
FOTOS: CARLOS ALBERTO MATOS
OLIMPO - Maio/Junho 2005
presidente do Comité Olímpico
de Portugal (COP), Comandante
Vicente Moura, celebrou protocolos com três instituições médicas do
Porto, que visam garantir apoio clínico
para os atletas do Norte do país, englobados no Projecto Pequim2008 e no
Projecto Esperanças Olímpicas 2012.
Os acordos, que o COP pretende firmar também em Lisboa, Coimbra e
Faro, foram celebrados na delegação do
Porto do Instituto do Desporto de
Portugal, no passado dia 6 de Maio, e
vigoram até 31 de Dezembro de 2008.
O presidente do COP afirmou na cerimónia de assinatura dos protocolos que
a qualidade dos serviços médicos a
disponibilizar aos atletas visa «resultados palpáveis, a nível de classificações
O presidente do IDP, José Manuel Constantino, congratulou-se com a iniciativa do COP de promover soluções que visam a melhoria das condições de preparação dos
atletas de alta competição
48
O âmbito de cada um
dos protocolos é o
seguinte:
SMIC
Serviços de diagnóstico pela imagem (RX,
TAC, Ecografia,
Ressonância
Magnética), com
resultados entregues
no próprio dia ou num
prazo máximo de 24
horas
Faculdade de
Farmácia
da Universidade
do Porto
Hospital da
Prelada
Serviços de tratamento médico e
cirúrgico e internamento (ortopedia,
cirurgia geral, cirurgia plástica, urologia,
fisiatria)
OLIMPO - Maio/Junho 2005
Serviços de diagnóstico e análises clínicas, sempre com
carácter de urgência
e resultados apresentados num prazo
máximo de 48 horas
49
NOTICIÁRIO
COP estuda tribunal arbitral
O assessor da presidência do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel
Costa, participou em Junho no Seminário do Tribunal Arbitral do Desporto,
realizado em Divonne Les Bains, França, colhendo experiência para o
desenvolvimento de idêntica estrutura a nível nacional.
Neste seminário, presidido pelo Juiz Kéba Mbaye, Presidente do TAD,
estiveram em discussão o Código de Arbitragem do Desporto (Entre o
Direito Civil e o Direito Comum), as Diferentes Instâncias que interferem
na resolução dos litígios desportivos, quer ao nível da jurisdição desportiva
quer nas instâncias de apelo, os resursos para os tribunais federais, os
novos desafios na luta contra o doping e a questão das autorizações especiais para a tomada terapêutica de medicamentos, bem como a jurisprudência doTAD em casos de dopagem.
Em fim de trabalhos, o Juiz R.S. Pathak expôs a experiência da Câmara
ad hoc do TAD nos Jogos Olímpicos de Atenas
O Olimpismo em África
em novo livro de David Sequerra
OLIMPO - Maio/Junho 2005
O livro «O Milongo dos Limões e outras estórias do Olimpismo em África», de David Sequerra, foi lançado em Maio na sede do Comité Olímpico
de Portugal.
A apresentação do livro, editado pela Multinova e patrocinado pelo COP,
foi feita pelo representante do Comité Olímpico Internacional em Portugal,
Fernando Lima Bello, que destacou a experiência rica e as múltiplas viagens
de David Sequerra enquanto dirigente do Comité Olímpico de Portugal,
onde desempenhou durante dez anos as funções de Secretário Geral, sendo
um dos mais antigos membros da Academia Olímpica e Membro Honorário
do Plenário do COP.
Esta obra literária resulta de múltiplas experiências enquanto formador
da Solidariedade Olímpica em países africanos, particularmente em Angola.
O livro inclui vinte histórias vividas pelo Autor em África, de Luanda a
Bamako, de Libreville a Maputo, de Malabo a Lomé, passando pelo
Mahgreb.
Da mesma editora, David Sequerra já lançara em 2002 «DEA dezoito estórias africanas».
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Diogo Cayolla eleito para
Comissão Europeia de Atletas
O velejador português Diogo Cayolla foi
eleito para a Comissão de Atletas
Olímpicos Europeus na segunda
Assembleia Geral, reunida em Kiev em
finais de Maio.
«É uma grande honra e uma
enorme responsabilidade,
sobretudo se tivermos em
consideração que sou o
único da Europa do Sul e
também um atleta que não
conquistou medalhas em
Atenas. Isto significa que
ganhámos a eleição graças
ao nosso programa e
ideias», sublinhou Diogo
Cayolla.
Entre 17 candidatos, o olímpico português foi o quinto mais votado e o único
não medalhado a conseguir ser eleito,
sendo também o único representante
latino e da Europa do Sul, dos desportos
de Verão, nesta Comissão de Atletas dos
Comités Olímpicos Europeus. Na viagem
a Kiev, Diogo Cayolla esteve sempre
acompanhado de Nuno Fernandes, membro da Comissão Executiva e presidente
da Comissão de Atletas Olímpicos do
COP.
A alemã Claudia Bokel, da Esgrima, foi
eleita presidente e o inglês Peter
Gardner, do Remo, será o secretário
geral. Os restantes membros eleitos da
Comissão são o estónio Erki Nool,
campeão olímpico do decatlo, a saltadora
ucraniana Inga Babakova, e o lutador finlandês Teemu Heino, do Taekwondo. Em
representação dos atletas dos desportos
de Inverno, farão parte da Comissão a
croata Jannika Kostelica, do Esqui, e a
francesa Karinne Niogret, do Biatlo.
Prémio AOP para Imprensa
Regional atribuído
ao ‘Barcelos Popular’
O Prémio da Academia Olímpica para
Imprensa Regional – 2005 foi atribuído ao
conjunto de peças publicadas no
«Barcelos Popular» sobre a história dos
Jogos Olímpicos, incluindo o Olimpismo
em Portugal. O júri entendeu que este
trabalho, de dimensão considerável (tanto
em cada edição como no conjunto), tinha
permitido prolongar por vários meses
informação sobre o Movimento Olímpico
no órgão de imprensa em que foi publicado.
O júri decidiu por unanimidade atribuir
menções honrosas ao trabalho apresentado por «O Ribatejano» (diversas peças
sobre atletas olímpicos ribatejanos para
Atenas-2004 e sobre o Centro de
Preparação Olímpica de Rio Maior e ao
conjunto de peças publicadas em «O
Castanheirense» (um conjunto de três
peças sobre a história dos Jogos
Olímpicos, da Antiguidade à
Modernidade).
Os Produtos COP
COD 031-153
Relógio de mesa
25,00 euros
COD 002-013
Porta-chaves
7,00 euros
Relógio de pulso
Senhora
185,00 euros
COD 033-350
Porta-documentos
75,00 euros
COD 033-335
Organize A4 - 100,00 euros
Organize A5 - 75,00 euros
Mala de viagem
95,00 euros
COD 033-009
Porta-chaves Pele
25,00 euros
Relógio tipo
Swatch
25,00 euros
Relógio de pulso
Homem
185,00 euros
Chapéus de chuva
12,50 euros
MCFORSUM
Pólos
37,50 euros
Gravata COP
22,50 euros
Todos os produtos COP aqui apresentados encontram-se à disposição dos interessados na sede do Comité Olímpico
de Portugal, localizada na Ajuda (Travessa da Memória, 36 - Lisboa).
Para mais informações entre em contacto com os nossos serviços, através do telefone 21 361 72 60 ou via email
para o endereço [email protected]

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