Boletim Comunidades n.º 24
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Boletim Comunidades n.º 24
Nº 24 | 22 a 28 de Dezembro de 2012 Região Autónoma da Madeira COMUNIDADES 1 ATUALIDADES Primeira Oitava foi dia de passeios na baixa da cidade Numa manhã com algum movimento nas ruas do Funchal, principalmente na Avenida do Mar e Avenida Arriaga, as vozes de diferentes nacionalidades que se faziam ouvir revelavam que o Natal da Madeira continua a atrair muitos turistas. Apesar de se verem também madeirenses que aproveitaram o dia 26 para passearem pela placa central e pelo Funchal, os turistas estavam em maior número. Na placa perto da Sé, onde está o presépio, os cânticos de Natal ao vivo, tinham bastante público, que filmavam e fotografavam o ambiente ou, simplesmente, ouviam solenemente as músicas. Nos últimos preparativos antes de abrir ao público, a Aldeia Etnográfica no Largo da Restauração, esperava por uma tarde movimentada. No dia de Natal, as barracas estiveram fechadas, mas «muitas pessoas vieram ver o presépio», adiantou Gilda Nóbrega, responsável pelo projecto, esclarecendo que, no dia de Natal, um funcionário foi alimentar os animais que ali se encontram nestes dias. Durante a manhã, estiveram a mudar a vegetação do local antes de permitir a entrada das pessoas, mas o cheiro a sopa e a bolodo-caco já mexiam com o estômago de quem passava e, de facto, alguns turistas aguardavam pacientemente pela abertura da aldeia. Até ao dia 26, as camacheiras preparavam quatro panelas de sopa de couve, mas, a partir desta data, os visitantes podem provar a sopa de trigo. Na primeira oitava, e com base nos anos anteriores, Gilda Nóbrega estava convicta de que «muitas pessoas vão passar por aqui». O que veio, realmente, a confirmar-se. Para além da sopa, do bolo-do-caco e da carne de vinha d’alhos, os licores com receitas da Camacha de frutas, «sem corantes nem essências, mas sim com fruta pura», são também procurados por madeirenses e turistas. Com 30 pessoas da Camacha a cuidarem ou trabalharem na Aldeia Etnográfica e três artesãos convidados, o local tem sido um dos espaços mais visitados do Funchal nestes dias. Também na Avenida Arriaga, mas desta feita, em frente ao Palácio de São Lourenço, o folclore encantava os turistas que se por ali passeavam, vindos dos hotéis ou do navio de cruzeiro que fazia escala no Porto do Funchal. O dia ameno, festivo, com música de Natal nas ruas e muitos turistas e madeirenses a passear mostravam que a Primeira Oitava é em família, mas não obrigatoriamente em casa. 2 ATUALIDADES Obras na Avenida deverão ficar concluídas mais cedo As obras que estão a decorrer na zona do terrapleno para depósito de inertes (vulgo aterro criado como consequência do temporal de 20 de Fevereiro de 2010), deverão ficar concluídas antes do prazo previsto. «Esta obra está prevista para dois anos mas creio que podemos, sem querer estar a prever o futuro, fazer isto em menos tempo». A convicção é do Vice-presidente do Governo Regional, que ontem mostrou o andamento dos trabalhos na baixa do Funchal ao Presidente do Governo Regional. Momentos antes, enquanto visitava as barracas da Avenida Arriaga, Jardim tinha perguntado ao Vice sobre o projecto e, numa decisão tomada no momento, quis ver, no local, o que está a ser feito. Cunha e Silva explicou, numa visita informal com o Presidente do GR ao cais - num percurso a pé pela faixa sul da avenida do Mar e depois de jeep à zona em construção em frente ao teleférico e aos troços terminais das ribeiras - os diversos aspetos de uma obra de grandes dimensões que vai melhorar a segurança dos madeirenses e criar zonas de lazer. João Cunha e Silva garantiu que «a obra está a correr muito bem, mais depressa do que estava previsto e ainda bem. É uma obra de vulto que vai melhorar substancialmente a baixa do Funchal, a segurança das pessoas e dos bens de cada um». O Vice-presidente do Governo Regional, explicou ainda que os trabalhos na baixa da cidade, juntamente com os que estão a decorrer nos açudes a montante das ribeiras, «vão garantir o cumprimento das normas de segurança que estão no plano que encomendamos depois da aluvião do 20 de Fevereiro. É isso que estamos a fazer aproveitando bem a Lei de Meios e, ao mesmo tempo, vamos transformar esta zona numa área muito aprazível para os madeirenses», uma vez que o projecto contempla «grandes espaços verdes, com zonas de estar, percursos pedonais, rodeados por árvores e plantes e um bar/café/ esplanada de apoio», como se lê nos cartazes colocados ao longo da Avenida do Mar. 3 COMUNIDADES Diáspora mais influente O Presidente da República, Cavaco Silva, reiterou esta semana que acredita nas potencialidades das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, servindo como “agentes” do “reforço da reputação, do prestígio e credibilidade de Portugal”. “Eu acredito fortemente nas potencialidades das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e sei que são muitos aqueles que querem ser agentes ativos do reforço da reputação, do prestígio e da credibilidade de Portugal”, afirmou Cavaco Silva perante o conselho da diáspora portuguesa. O Chefe de Estado assistiu ontem no Palácio de Belém, em Lisboa, ao ato de constituição do conselho da diáspora portuguesa, juntamente com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas. “Este conselho para a diáspora portuguesa dá corpo a uma ambição que eu acalento já há algum tempo e que tenho vindo a estimular, que é estruturar uma rede de talentos e competências que existem nas comunidades portuguesas, no domínio da economia, das artes, da ciência e da política”, sustentou. 4 COMUNIDADES Natal nas comunidades semelhante ao da Madeira «A principal diferença entre o Natal que vivemos aqui na África do Sul e o da Madeira é o calor que se faz sentir nesta altura do ano, que é Verão, ao contrário da nossa ilha que é Inverno». As palavras são de Ivo Sousa, presidente da Casa da Madeira em Pretória. Quanto ao mais revela que se assemelha ao que se faz na Madeira. Por isso, admite que constroem a lapinha com bonecos que compram quando vêm de férias à Madeira. Não falta igualmente a árvore de Natal. Ivo Sousa complementa que nas igrejas portuguesas de Pretória e de Joanesburgo é celebrada a noite de Natal, tal como em Portugal, e afirma que no dia de Natal é tradição irem a casa de familiares confraternizarem na quadra festiva, em volta de mesas onde não falta o grão-de-bico e o bacalhau. O perú diz que não faz muito parte da ementa de Natal, um costume que afirma ser mais nas casas dos continentais. Outro costume madeirense, que é igualmente transversal a outros países do mundo, prende-se com a troca de prendas no dia de Natal. Isto apesar de acentuar que a crise também chegou ao país mais a sul do continente africano, pelo que as ofertas são feitas com conta, peso e medida. E se toda esta vivência acontece com as gerações que partiram da Madeira em direcção à África do Sul, lamenta que tal já não aconteça muito com os filhos destas gerações dos que já nasceram no país e que falam mais inglês que português. Há como que um certo desligar da terra dos pais, pese embora diga que muitos sentem orgulho em utilizar camisolas das equipas de futebol portuguesas. 5 COMUNIDADES No outro lado do oceano, fica outra importante comunidade madeirense: a Venezuela. Entre os milhares de conterrâneos que podíamos conversar contactamos com Sandra Rodríguez, uma cantora nascida na Venezuela filha de pais madeirenses. Neste âmbito recorda que em conversa com amigos acerca do Natal venezuelano chegaram à conclusão que «o Natal aqui é único». Explica que está caracterizado por muitos sabores e cheiros, sons e muitas cores, cheio de tradições bem próprias da Venezuela. Quanto ao resto não esconde algumas semelhanças com a Madeira e ao mundo ocidental já que diz acreditarem no Pai Natal e também no “Menino Jesus”. Além disso, adianta que fazem presépios com as imagens do nascimento. E o pinheiro, a árvore típica em Dezembro, natural ou artificial, «não pode faltar». No domínio da gastronomia, Sandra Rodriguez diz que é costume por esta altura a tradicional “hallaca”, um prato típico originado na época da colonização, junto ao “pan de jamón” (pão de fiambre), salada de galinha e pernil assado. Tudo acompanhado pelo doce de papaia, acrescenta. Juntam-se a estas tradições as “missas do galo”, sendo que «o convívio entre os assistentes são esperados por todos». Sandra sublinha que o ambiente é bem alegre, com as “gaitas”, “aguinaldos” e as “parrandas” (géneros musicais típicos destas datas) em sítios públicos que chegam a ser bem concorridos para desfrutar destas iniciativas. Lembra que as crianças são as protagonistas e refere que a troca de prendas e o compartilhar e reuniões entre as famílias e amigos, acrescentam-se nestes dias de Natal que, com maiores ou menores ligações umbilicais à Madeira são vividos nas diversas comunidades madeirenses espalhadas pelo mundo às suas maneiras, ainda que possam ter mais ou menos influências das suas raízes. 6 EDUCAÇÃO E CULTURA AACMM propõe para dia 30 “ uma viagem musical” “Uma viagem musical é a proposta da Associação dos Amigos do Conservatório de Música da Madeira (AACMM) para aquele que será o seu segundo concerto integrado no programa das Festas de Fim de Ano, da Secretaria Regional da Cultura, Turismo e Transportes / Direção Regional de Turismo. Agendado para as 18 horas do próximo domingo, dia 30 de Dezembro, no Teatro Municipal Baltazar Dias, este concerto apresentará «uma programação variada, leve e atraente evoca e celebra o espírito da época», como explica o presidente da AACMM, Robert Andres. Para além do Ensemble Tocarte que, neste concerto, apresenta-se em estreia, participam também o Ensemble Vocal Regina Pacis e o Ensemble Si Que Brade, da DRE/Educação Artística. «A principal ideia deste programa é percorrer vários países do mundo e buscar inspiração, sentimentos e temas alusivos à época, ou, simplesmente aqueles cuja expressão enquadra-se no espírito de alegria, entusiasmo, boa vontade, partilha e reflexão, caraterísticos para a quadra. Os ensembles apresentamse individualmente e em várias combinações, incluíndo vários temas em conjunto», adianta o responsável. Do programa destacam-se composições de Astor Piazzolla; temas populares da Macedónia, Irlanda, Roménia, Ucrânia e Inglaterra; do compositor F. Mendelssohn, bem como de Freddy Mercury (Bohemian Rhapsody) e ainda músicas tradicionais madeirenses. Em relação aos grupos participantes neste evento, o Ensemble Tocarte é formado por Norberto Gonçalves da Cruz (bandolim), Slobodan Sarcevic (acordeão), Duarte Salgado (percussão) e Robert Andres (piano). Os quatro músicos estreiam-se num projecto que tem como principal objectivo «promover uma fusão instrumental interessante e inovadora, com flexibilidade tímbrica para se adaptar a vários idiomas de expressão musical mas sempre com forte impacto sonoro e emocional». Já o Si Que Brade, constituído em 1987 pela Secretaria Regional de Educação, é composto por 15 elementos com idades compreendidas entre os 13 e 26 anos. A Com direcção artística de Roberto Moritz, o seu repertório incide predominantemente na área da música tradicional/popular madeirense, embora apresente temas populares nacionais e internacionais. Por fim, o Ensemble Vocal Regina Pacis, criado em Outubro de 2001, na dependência da então Secretaria Regional de Educação, tem como principal objetivo dar a conhecer ao público a polifonia renascentista portuguesa, embora o seu repertório não se limite a este género musical. Constituído por estudantes de canto com idades entre os 18 e os 39 anos este ensemble é dirigido por Zélia Gomes. 7 EDUCAÇÃO E CULTURA Rui Massena pede mais oportunidades para os artistas Rui Massena, maestro que dirigiu a orquestra criada para a Guimarães Capital Europeia da Cultura de 2012, deixou esta semana, na sua página do Facebook, algumas considerações e pedidos a respeito do projecto abraçado durante três anos e que terminou este fim-de-semana, com a realização de um concerto de Natal transmitido pela RTP 1 e que contou com a participação de diversos artistas, entre os quais, a madeirense Vânia Fernandes. Para o também maestro titular da Orquestra Clássica da Madeira, foram «três anos de projecto, recheado de sonhos para uma celebração e um legado que caminhassem de mãos dadas», lembrando que «o programa da Música tentou ser uma chamada ao Portugal da música, para que se documentasse a nossa musicalidade. A arte reflete o seu tempo e, no futuro, era importante olhar para esta Capital, como um momento em que Portugal, deu à Europa a sua existência. Da Europa apenas trouxemos o melhor». Neste sentido, o responsável alertou para a necessidade das instituições portuguesas construírem os seus artistas «com oportunidades e não apenas com migalhas». Na sua exposição por escrito, Rui Massena disse ainda que «a Orquestra Estúdio, um dos projectos da Área da Música, constituiu-se com um grupo de músicos extraordinário, uma nova forma de ler a actividade Orquestral e a construção de um legado que ficará na nossa memória para sempre». Aliás, a este respeito, o maestro julga ter sido também «uma oportunidade a compositores, solistas maestros e músicos portugueses». «Não chega educá-los. É necessário criar-lhes as oportunidades. Um ano é uma migalha mas com muitos grãos talvez a coisa funcione», concluiu. 8 EDUCAÇÃO E CULTURA Mercado acolhe a 31 festa “RFM Super Réveillon” O Mercado dos Lavradores, no Funchal, acolherá na noite do próximo dia 31 de dezembro a festa “RFM Super Réveillon”. Promovida pela Unforbettable Events, em parceria com a Rádio RFM, este evento tem DJ’s de topo confirmados, entre os quais, o Dj Kura (na imagem) que, no passado dia 18 de Dezembro, abriu o concerto “One Last Tour” dos Swedish House Mafia no Pavilhão Atlântico, em Lisboa e que vem à Madeira estrear o seu novo single “Asteroids On Acid”, bem como o projecto Bonkers, que fará a sua estreia mundial no Funchal. De acordo com a organização, neste evento atuará também o conhecido Allan Gul (dj e produtor dos Nu Soul Family, grupo vencedor do Prémio MTV EMA 2010) que fará «uma apresentação única com uma descarga de boa música, num delirante set». E se a festa acontece na Madeira, os DJ’s regionais também não foram esquecidos. Serão quatro os DJ’s da Região que vão completar esta noite: Maciel Ferreira, Paul X, aka Fusion Project que partilhará cabine com o NS Project e Michael Teixeira (que apresentará “Operator”, o seu novo single). De salientar que as portas vão abrir às 00h30 e que serão exigidas condições especiais de seleção para ingressar, nomeadamente, entrada para maiores de 16 anos e vestuário “night chic”. 9 ECONOMIA E FINANÇAS Jardim ficou satisfeito O Presidente do Governo Regional regozijou-se com a análise positiva que Bruxelas fez às medidas que a Região está a desenvolver para minimizar os riscos orçamentais. A Madeira vai fechar o ano com um défice de 178 milhões de euros (face a uma meta de 158 milhões de euros e a uma estimativa inicial de Bruxelas de 300 milhões), segundo as previsões da Comissão Europeia divulgadas no relatório sobre a sexta avaliação ao programa de ajustamento português. «Já vi essa análise da União Europeia, que é bastante positiva», começou por dizer Alberto João Jardim, à margem da visita que fez, acompanhado por membros do seu executivo, à animação natalícia na placa central da Avenida Arriaga. «Eu, neste momento, estou-me a rir porque toda a gente pensava – desde a União Europeia ao Governo da República – que ia ser complicado começar a recuperar as finanças da Madeira. E, afinal, o que está feito, conseguiu-se fazer e é a própria UE a dizer que a recuperação financeira está a correr bem». Por isso, concluiu o chefe do Executivo madeirense, «eu só tenho de estar satisfeito, embora o mérito seja dos meus colegas de governo e, sobretudo, do Secretário Regional das Finanças, que tem tido uma mão de ferro». 10 ECONOMIA E FINANÇAS Orçamentos dão prioridade ao social Os orçamentos das autarquias da Região para 2013 estão neste momento em fase de aprovação. Os mesmos já receberam “luz verde” nas reuniões camarárias e a grande maioria irá ser ratificada pelas assembleias municipais na próxima semana. Numa ronda junto das diversas câmaras municipais, é notório um traço comum à generalidade das autarquias: orçamentos de contenção, atendendo à actual conjuntura, mas, sobretudo, dando prioridade à área social. No caso de Câmara de Lobos, o orçamento passa dos 36 milhões de euros este ano para 31 milhões em 2013. «É um orçamento de contenção, mas procurando que aquilo que se tinha programado se faça dentro do panorama restritivo que estamos a viver», explicou o Presidente da edilidade, sublinhando que houve a preocupação de contemplar no mesmo a parte social, à semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores. «As previsões apontam para que seja um ano extremamente difícil e a Câmara tem neste orçamento as dotações necessárias para intervir em caso de necessidade», frisou Arlindo Gomes. Neste domínio, embora com alguma contenção, terão também continuidade os apoios à educação e às instituições. «Dentro do modelo de contenção e restritivo, vamos procurar que, a exemplo daquilo que foi 2012, também 2013 possa continuar com alguma estabilidade», frisou. Por seu turno, a Câmara da Ponta do Sol também irá reduzir o orçamento para 2013. Com um valor de 6.310.000 euros, o mesmo representa uma diminuição de 15 por cento comparativamente a este ano. O edil pontassolense sublinha que se trata de um «orçamento realista e a pensar no social». Rui Marques salienta que será dada prioridade aos apoios sociais e que optou-se por não aumentar a receita, não aumentando os impostos. «Para o próximo ano, os munícipes da Ponta do Sol têm a garantia de que a câmara não vai aumentar taxas nem impostos municipais», garantiu o Presidente, adiantando que prefere «não fazer obra do que estar a aumentar taxas para ir buscar mais receita aos bolsos dos nossos munícipes». Com a mesma preocupação está a Câmara Municipal de Santana, que, em 2013, terá um orçamento de 7,9 milhões de euros, sensivelmente menos dois milhões que este ano que agora termina. Segundo o Vicepresidente da edilidade, este é o orçamento mais baixo dos últimos anos. E, atendendo à conjuntura, o mesmo é «fundamentalmente com o objectivo social». Nesse sentido, João Gabriel Caldeira adianta que as taxas de IMI irão manter-se no valor mínimo, à semelhança de outras taxas, e que não será aplicada a derrama. Tal será conseguido graças ao corte nas despesas correntes. Por outro lado, o responsável aponta que serão garantidos os apoios às instituições de solidariedade social, culturais, desportivas, aos Bombeiros, assim como serão atribuídas bolsas de estudo no valor de 100 euros. Anualmente está determinado um valor de cerca de 330 mil euros de transferências para estas entidades. 11 ECONOMIA E FINANÇAS Já a Câmara da Calheta terá um orçamento de cerca de 18 milhões de euros (o valor inclui uma candidatura feita ao PRODERAM para a construção de caminhos agrícolas, no valor de cinco milhões de euros, caso contrário o orçamento seria de 13 milhões). Manuel Baeta refere que se trata de um orçamento de contenção e que sofreu uma descida significativa, com o qual serão mantidas as infraestruturas existentes e, acima de tudo, será salvaguardada a parte social, com o apoio aos idosos e aos jovens, como no passado. Esta é, aliás, a área prioritária. «A nossa grande obra de anos é a obra humana», frisa o responsável. Por seu turno, a Câmara Municipal de Machico irá contar com um orçamento de 11,6 milhões (em 2012 foi de 33 milhões). Esta redução significativa prende-se, em parte, com o facto de a autarquia ter tido de refletir no orçamento de 2012 toda a dívida, enquanto que, em 2013, com as novas regras, incluirá no documento apenas o que irá pagar ao longo do ano. A par disso, explicou o autarca, há também uma forte redução de despesas, o que se irá também traduzir em menos investimento. «É um orçamento de contenção», disse António Olim, sublinhando que «queremos garantir a sustentabilidade financeira da Câmara». Apesar disso, o responsável adianta que as principais preocupações da edilidade machiquense prendem-se com as áreas social, ambiental e turística. No domínio social, destaca que a Câmara vai continuar empenhada, colaborando com as restantes entidades que colaboram com o Pólo Sociocomunitário. Já no que se refere à autarquia de São Vicente, terá um orçamento de 9,6 milhões de euros, menos 200 mil euros que em 2012. Jorge Romeira, o Presidente da edilidade refere que grandes obras estruturais neste momento estão «fora de causa», pelo que serão executadas apenas pequenas intervenções (consoante houver fundos para tal) e mantidas as infraestruturas existentes. Segundo o responsável, as prioridades serão o funcionamento da Câmara, pagar a dívida bancária e desenvolver o programa social. No que concerne a Santa Cruz, foi esta semana aprovado o orçamento na ordem de 19 milhões de euros, com a perspectiva de entrada de mais 23 milhões de euros, decorrentes da adesão ao Programa de Apoio à Economia Local (PAEL). Tal como apontou o autarca santa-cruzense, José Alberto Gonçalves, haverá um reforço da vertente social. Assim, terá continuidade o protocolo com as juntas de freguesia, numa perspectiva «muito mais coordenada e muito mais virada para o social» e será tornado mais abrangente o regulamento social. 12 ECONOMIA E FINANÇAS Quanto à Câmara da Ribeira Brava, passa de um orçamento de à volta de 19 milhões de euros em 2012 para um de cerca de 16,5 milhões em 2013. Segundo o vereador Rui Gouveia, a preocupação essencial é consolidar a dívida do município, pelo que, apesar das reduções, em termos de acção municipal irá manter-se tudo o que tem a ver com a política social, educativa e cultural, bem como a manutenção de edifícios públicos. Relativamente ao Porto Moniz, terá um orçamento de 5.750.500 euros em 2013. Tal como adiantou, recentemente, o Presidente da Câmara, Valter Correia, o actual executivo camarário tem tido como principal prioridade a consolidação financeira da Câmara Municipal do Porto Moniz, «sob pena de ser posta em causa a sua sustentabilidade e a prestação dos serviços básicos disponibilizados à população». A autarquia do Porto Santo, por seu lado, irá contar com um orçamento de 5,3 milhões de euros, menos de metade do deste ano (que foi de mais de 11 milhões). Fátima Menezes, a presidente da edilidade, sublinha que se trata de um orçamento real e acrescenta que o mesmo depois terá de ser revisto, assim que seja confirmada, formalmente, a aprovação da candidatura ao PAEL. Neste momento, refere a autarca, as prioridades são os encargos com o pessoal, as despesas inerentes ao funcionamento da autarquia, as empresas municipais (na Areal Dourado, por exemplo, está a parte social, que é também prioritária) e o apoio aos Bombeiros. Haverá ainda uma pequena verba para a revisão do PDM no centro urbano e para a elaboração do plano de emergência municipal. 13 ECONOMIA E FINANÇAS Com orçamentos de contenção, as autarquias pretendem, em 2013, apostar na manutenção das infraestruturas existentes e na execução de obras mais pequenas ou na conclusão daquelas para as quais foram disponibilizados fundos. Câmara de Lobos dará continuidade a duas estradas em curso, apoiadas pelo PRODERAM, e a uma resultante de contrato-programa com o Governo, bem como manterá a recuperação do Convento de São Bernardino. Serão ainda recuperadas estradas que se encontram degradadas, devido aos temporais. A Câmara de São Vicente, por seu lado, tem programadas sete estradas agrícolas, para avançarem assim que haja disponibilidade de fundos. Por seu turno, Machico tem previstos cinco caminhos agrícolas, tendo em conta que tudo indica que haverá disponibilidade de fundos para este efeito. Já a autarquia da Ribeira Brava, também tem previstas duas estradas agrícolas. A Câmara Municipal do Funchal (CMF) aprovou, recentemente, o seu Orçamento e Plano para 2013, o qual terá um valor de 94,8 milhões de euros. Comparativamente a 2012, o orçamento para o próximo ano da autarquia da capital madeirense tem um aumento de 1,3 milhões de euros. Aquando da aprovação do documento, o vereador com o pelouro das Finanças, Pedro Calado, adiantou que «conseguimos aumentar ligeiramente o valor do orçamento, conseguimos manter o valor de investimento que temos vindo a fazer e foi muito com ajuda das verbas do Programa de Apoio à Economia Local». O responsável garantiu também que não haverá agravamento fiscal em 2013 e que serão atribuídos 1,4 milhões de euros às juntas de freguesia, para apoiar a população.O Presidente da Câmara Municipal de São Vicente adiantou que neste ano de 2012 a autarquia conseguiu reduzir a sua dívida em 26 por cento. Tal como explicou Jorge Romeira, na dívida comercial (aos fornecedores), houve uma redução de 37 por cento e, na dívida aos bancos, de 17 por cento. «Pela primeira vez em muitos anos, a Câmara Municipal de São Vicente saiu da dívida estrutural. Neste momento, é uma Câmara viável», congratulou-se o edil. 14 ECONOMIA E FINANÇAS Vinho e bordado promovem-se No âmbito das campanhas promocionais de Natal de Vinho e Bordado Madeira lançadas pelo Instituto do Vinho do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM), no passado dia 5 de Dezembro, têm vindo a ser realizadas diversas iniciativas, que visam promover estes emblemáticos produtos tradicionais, que se assumem como cartões de visita para o destino turístico. Além das já realizadas, a partir do dia 22 e durante o mês de Dezembro, duas promotoras, trajadas com fatos alusivos ao Vinho e ao Bordado Madeira, estarão no centro e no porto do Funchal e Aeroporto da Madeira a distribuir brochuras promocionais e a desafiar o conhecimento, das pessoas que por ali passam, ao nível dos pontos do Bordado Madeira e dos aromas do Vinho Madeira. E aqueles que demonstrarem melhor conhecer as características destes dois símbolos da tradição natalícia madeirense, levarão consigo uma pequena amostra destes produtos. De referir que as ações no Aeroporto serão complementadas com algumas provas de Vinho Madeira e para as quais o IVBAM conta com o apoio das sete empresas do sector do Vinho da Madeira. A edição natalícia da INEWS do IVBAM, que distingue e reforça a qualidade bem como sugere a oferta e consumo dos produtos tradicionais da Madeira, tem sido distribuída junto das principais unidades hoteleiras da Madeira. Os suportes base de comunicação destas campanhas, circunscrevem-se geograficamente à cidade do Funchal e às principais entradas da Ilha, no Porto do Funchal e Aeroporto Internacional da Madeira. Mupis, painéis promocionais no Aeroporto da Madeira e no edifício sede do IVBAM e flyers promocionais procuram impactar turistas e residentes. A comunicação digital, será alvo de reforço e inovação, apresentando novidades quanto aos suportes e estratégias. Para além de publicidade nas redes sociais e mobile advertising, o facebook do Bordado Madeira contou com a realização de um passatempo – Decorações de Natal com Bordado Madeira. 15 RELIGIÃO Apelos à solidariedade A celebração do Natal de Jesus é oportunidade para se manifestarem mais profundamente as atenções para com o próximo. Neste sentido se manifesta a generalidade das mensagens natalícias dos bispos diocesanos portugueses. O Bispo do Funchal, D. António Carrilho, alertou para os «presépios vivos» ao nosso lado. «Natal é tempo oportuno e ocasião especial para descobrir os sinais de Deus nos “presépios vivos” da nossa diocese, pessoas e famílias tantas vezes marcadas pelo sofrimento, múltiplas carências e provações, nomeadamente aquelas que, na presente conjuntura social, foram atingidas pelo desemprego.» «A Igreja está atenta ao sofrimento da família humana e procura apontar para novos caminhos de esperança, com a ajuda espiritual e material, em gestos concretos de amor fraterno e no voluntariado solidário de muitas das nossas instituições», diz D. António. O bispo do Porto, D. Manuel Clemente, desafiou os fiéis a viverem o Natal e o ano de 2013 centrados no Deus «menino» que vem trazer às comunidades «a sua força e coragem», e no valor da família, essencial no actual momento de crise. D. Manuel Quintas, bispo do Algarve, lembra as «consequências da crise» que o país atravessa, que exigirão de «todos, e não só em tempo de Natal, o envolvimento pessoal e coletivo no acolhimento e no apoio aos mais atingidos». D. Ilídio Leandro, bispo de Viseu, convidou os católicos a fazerem da celebração do Natal um tempo de «fraternidade, solidariedade» e esperança. 16 RELIGIÃO O cartão de identidade do cristão é o Amor Na vivência do Natal de Jesus, ao longo dos tempos, «o que ressalta é o Amor de Deus, o desejo de encontro de Deus com a humanidade», salientou D. António Carrilho na homilia da Missa do Parto, no dia 24 de Dezembro, na Sé. Daí que «o cartão de identidade do cristão» seja também «o Amor», em todas as situações, «na linha da missão da Igreja». Neste contexto, nas «dificuldades, necessidades específicas do nosso tempo, desemprego, falta de apoios, famílias carenciadas, torna-se por vezes difícil viver este testemunho do amor caridade.» «Há necessidades que superam muitas vezes as nossas possibilidades, mas queremos dar as mãos com a ousadia da caridade, com o testemunho pessoal, amor fraterno, através das obras sociais da Igreja que devem estar repassadas deste amor serviço», sublinhou. Na sua mensagem às centenas de fiéis presentes na Catedral, e aos que seguiram a celebração através da Rádio, o Bispo do Funchal aludiu ainda a certas comemorações em curso na Igreja Católica, como o «Ano da Fé», proposto pelo Papa Bento XVI para celebrar os «50 anos do início do Vaticano II»; e a «caminhada de preparação para os 500 anos da Diocese do Funchal», a celebrar em Junho de 2014. No caso do Concílio, destacou a sua atualidade, a «força renovadora na linha do pensamento e da acção, do sentido daquilo que é o mistério e a missão da Igreja, na linha de revelação de Deus e da Sua presença no mundo, através daqueles que n´Ele acreditam.» Em relação ao centenário da Diocese lembrou o tema do segundo ano de preparação - «Jesus Cristo caminha connosco e reparte o Pão» da «Eucaristia e da Palavra»; e a exposição sobre a «Bíblia em Festa», a inaugurar no próximo dia 5 de Janeiro, no Teatro Municipal do Funchal. Por último, apelou à vivência do verdadeiro Natal que entre nós é conhecido como «a Festa». Para além das «manifestações exteriores, é o Natal da fé que nós anunciamos e queremos viver. O essencial é olhar para o presépio e reconhecer Jesus, o amor de Deus que está por detrás desta dádiva, a exigência do dom de Jesus no serviço e no Amor, em tudo aquilo que é a acção da caridade», indicou D. António Carrilho. Nos votos de «boas festas e santo Natal», o Bispo do Funchal dirigiu-se especialmente aos «emigrantes, idosos, doentes, reclusos, jovens e crianças», a todos quantos mais precisam de «alegria, carinho e conforto». 17 DESPORTO Três pontos foram bem entregues O treinador do União da Madeira, Predrag Jokanovic considerou «justa» a vitória da sua equipa e o seu homólogo do Marítimo, José Barros não a contestou. Em suma, os dois técnicos coincidiram nessa prerrogativa, mesmo quando as palavras de um e de outro se diferenciaram no conteúdo. «Vencemos com justiça, aproveitando bem a ansiedade do adversário face à sua série negativa de resultados. Sabíamos que se marcássemos primeiro, seria importante para o andamento do jogo», analisou o técnico sérvio dos unionistas. «Fizemos o primeiro golo cedo, o Marítimo reagiu bem e empatou, mas nós dominamos e conseguimos ir para o intervalo a vencer por 2-1. Depois, fizemos o 3-1 e acho que mais seria também injusto para aquilo que o adversário produziu», reconheceu Jokanovic. «Sabemos que as duas equipas se defrontam duas vezes no campeonato e nesses jogos cada um luta pelo resultado, mas depois o Marítimo pode ajudar-nos com os seus resultados e o contrário também acontece», destacou o treinador unionista, com espírito natalício. Já o treinador do Marítimo, José Barros lamentou os muitos erros defensivos cometidos pela sua equipa. «Errámos, facilitando a tarefa do adversário, quando tínhamos conhecimento da forma como joga o União que é uma equipa muito experiente», explicou. «Sofremos um golo logo no início do jogo, mas tivemos capacidade para reagir e empatámos. Noutro lance em que errámos, sofremos o segundo golo e fomos para o intervalo a perder», lamentou. «Falei com os jogadores ao intervalo e entrámos na segunda parte determinados, jogámos mais futebol, assumindo as despesas do jogo, mas sem conseguir concretizar e o que conta é marcar golos», observou. «Vamos aproveitar a paragem no campeonato para retificar o que está mal e dar o máximo para melhorarmos. Creio que todos unidos conseguiremos superar as dificuldades», adiantou a concluir. 18 DESPORTO Recorde de participantes José Rocha (Maratona CP), vencedor da edição 2011, Moses Kibet (Uganda), medalha de bronze no “Mundial” de Corta-Mato 2009, Antonio Ababia Beci (Espanha), campeão europeu júnior dos 3.000 metros Obstáculos, Alberto Paulo (Benfica), internacional e olímpico madeirense, e Nazret Weldu (Eritreia), campeã africana dos 800 e 1.500 metros 2008, são os cabeças-de-cartaz da 54.ª edição da Volta à Cidade do Funchal/São Silvestre Madeirense, em Atletismo, que esta noite (20h), vai para a estrada. Com um percurso idêntico aos últimos anos - numa extensão exata de 5.850 metros - a novidade prendese com o local de partida e chegada dos atletas: a Praça do Mar, em frente à discoteca “Vespas”, na Avenida Sá Carneiro. Madeirenses, continentais e estrangeiros vão percorrer as principais artérias da capital, com os primeiros bem abaixo dos 20 minutos de prova, sendo que este ano não passam pela rotunda do Infante. Uma vez mais, foi grande a adesão àquela que é a mais antiga “São Silvestre” de Portugal e uma das mais antigas da Europa e que, ano- após-ano, se vem confirmando como a grande festa do desporto da Madeira, ou não participassem atletas/elementos de praticamente todas as modalidades. Este ano, a organização encerrou as inscrições na véspera do evento, ou seja ontem, sendo largamente ultrapassado o anterior máximo, que estava estabelecido, desde 2011, em 1.512 participantes. No último dia 27, era suposto as inscrições encerrarem às 19h00, mas a ocorrência foi tão grande que o horário teve de ser dilatado, tendo se inscrito 1.585 pessoas. 19 www.visitmadeira.pt [email protected] srt.gov-madeira.pt Tel. 00 351 291 203 800 REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA GOVERNO REGIONAL SECRETARIA REGIONAL DA CULTURA, TURISMO E TRANSPORTES CENTRO DAS COMUNIDADES MADEIRENSES 20
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