necrose de cólon direito após lesão por arma branca em membro

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necrose de cólon direito após lesão por arma branca em membro
A ENFERMAGEM NA IMPLANTAÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM INSTRUMENTO
DE MONITORAÇÃO NEUROLÓGICA E SEDAÇÃO EM PACIENTES COM
LESÕES CRÂNIO ENCEFÁLICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
João Francisco Possari, Nilza Martins Ravazoli Brito, Patrícia Regiane da Silva,
Wilson Jose da Silva Gualter.
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo –
São Paulo – Brasil
O avanço tecnológico nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) tem proporcionado
maior sobrevivência aos pacientes desses setores. Entretanto, as intervenções
terapêuticas invasivas e a monitoração contínua, se constitui um avanço
terapêutico, podem proporcionar experiências desagradáveis, para muitos
enfermos. Este trabalho tem o objetivo de implantar um instrumento de monitoração
neurológica (Escala de Coma de Glasgow) e sedação (Escala de Ramsay) e avaliar
o instrumento na assistência de enfermagem em pacientes com lesão crânio
encefálicas internados em UTI. Participaram da avaliação do instrumento, 28
enfermeiros distribuídos em todos os plantões no período de 30 dias, em 10 leitos
reservados para neurotrauma. Os resultados mostraram que 96,42% dos
enfermeiros confirmaram que a utilização do instrumento minimizou a coleta de
dados e auxiliou no processo de avaliação na assistência de enfermagem. Concluise que o instrumento é viável no que diz respeito a sua utilização.
Palavras – chave: Instrumento de monitoração, Assistência de enfermagem,
Escala de coma de Glasgow, Escala de Ramsay
A Importância do Enfermermeiro na Sistematização da Sala de Trauma
Autoras: Rosângela Bova Lu ; Lídia Kimura Feriani ;Luiz Humberto Piaccezzi
Relator: Rosângela Bova Lu ; Lídia Kimura Feriani ;Luiz Humberto Piaccezzi
Introdução :O trauma assumiu proporções endêmicas na atualidade , tornou-se
a principal causa de morte da população. O resultado obtido na assistência dos
pacientes vítimas de acidentes em termos de sobrevida está diretamente
relacionado ao treinamento do pessoal envolvido no atendimento inicial. O
envolvimento e capacitação da equipe multiprofissional na sala de trauma é
fundamental. Existem determinados eventos que são classificados como Alto
Risco, dependendo do número de pessoas envolvidas.Entre eles jogos de
futebol e shows com grande número de participantes .Na prática observamos
que é realizado o APH sistematizado,porém os hospitais, principalmente os
particulares,não tem a sistematização para continuar esse atendimento.Por
nossa instituição ter serviço pré-hospitalar,montamos um protocolo de
sistematização na sala de trauma, para dar continuidade adequada no
atendimento ao politraumatizado atendido ou não pelo APH .
Métodos: Avaliação prática da equipe do Pronto Socorro do Hospital
Paulistano, São Paulo,no recebimento e atendimento de uma vítima
encaminhada de aeronave e outra com transporte terrestre no simulado de
catástrofe realizado no Estádio do Pacaembu pelo corpo de Bombeiro .
Resultado: As duas vítimas recebidas foram salvas , isso foi mérito da equipe
de enfermagem que atendeu com tranqüilidade e segurança, seguindo o
protocolo que utilizamos na sala de emergência (ATLS).
Conclusão: A análise do atendimento revelou que o treinamento constante da
equipe de enfermagem e a sistematização de enfermagem na sala de trauma,foi
primordial para a atuação de toda equipe multiprofissional. Ficou evidenciado
que o sucesso do simulado intra-hospitalar foi mérito da enfermagem, sendo
que os casos foram conduzidos pelo profissional enfermeiro.
Rosângela Bova Lu – Enfermeira, Supervisora do Pronto Socorro do Hospital
Paulistano - Especialista em Administração Hospitalar- Atendimento Pré Hospitalar e Emergência
E.Mail: [email protected]
Telefones: 30161292 / 82327919 / 50846252
Lídia Kimura Feriani - Enfermeira do Pronto Socorro Hospital Paulistano –
Residência em Emergência
E.Mail: [email protected]
Telefones: 30161111 / 84482931 / 22754474
Luiz Humberto Piaccezzi – Enfermeiro do Pronto Socorro Hospital Paulistano –
Residência em Emergência
E.Mail: [email protected]
Telefones:30161111 / 94725765 / 33681355
A INTERFERÊNCIA DO ESTRESSE NA QUALIDADE DE SERVIÇO NO PRONTOSOCORRO
Autores:
Leila Valéria Penna
Lourdes Lins Marques Alves Hollanda
Maria Goreti Rodrigues
Introdução:O mundo contemporâneo exige que o enfermeiro esteja preparado para
intervir,no âmbito da assistência,gerencia ,ensino e pesquisa.Nesta visão o
enfermeiro
precisa
ter
iniciativa,bom senso,capacidade
de
liderança
,emprendedorismo e competividade.Isto significa oferecer uma gama de serviços
seguros e eficazes que satisfaçam as necessidades e desejos do cliente,mobilizar
pessoas para um trabalho em equipe mais produtiva e de qualidade. A qualidade da
assistência de enfermagem esta ligada aos aspectos da interação com o profissional
e não com a técnica,que é o calor humano e para nós o que importa são as pessoas.
O ambiente de Pronto-Socorro e as principais causas de atendimento geram um
ambiente desgastante comprovado por estudos que a profissão torna-se estressante
e que o conceito de estresses manifestados por estes ,esta voltado para esfera
biológica relacionados ao desgaste físico ,psíquico e ocorrências de doenças e pouco
voltado para interação entre o individuo e o ambiente ,tendo o papel ativo no
desencadeamento do estresse ,ocorrendo assim alterações na qualidade de
atendimento desta unidade.
Objetivo:Identificar a interferência do estresse na qualidade do serviço no ProntoSocorro.
Método: Trata-se de um estudo prospectivo.Foi elaborado um instrumento de coleta
de dados contendo duas partes com dados de identificação dos profissionais e
principais questões relacionadas ao estresse.As questões foram semi-estruturadas e
as respostas agrupadas por similaridade, e posteriormente foram aplicados testes
estatísticos pertinentes.
Resultados:Foram entrevistadas 10 enfermeiras,(100%) feminino,(50%) atuam em
entidades Públicas e (50%) atuam em entidades Privadas,;quanto à faixa etária,(40%)
idade entre 20-30 anos,(30%) idade entre 30-40 anos,(20%) idade entre 40-50
anos,(10%) idade acima de 50 anos.Quanto aos turnos ;(40%) manhã,(20%)
tarde,(40%) noturno.
1-Das 10 enfermeiras entrevistadas: (90%) entendem que o estresse como uma
reação a situações limites, que geram o desgaste mental e físico e qualidade de serviço
como satisfação do cliente,(10%) não souberam definir estresse e qualidade de
serviço.
2-Os fatores que resultaram em estresse foram;(27%) dos principais fatores estão
relacionados à falta de funcionários,(19%) falta de organização da unidade,(19%)
demanda exacerbada de pacientes,(19%) relacionamentos profissionais,(16%)
inexperiência profissional.
3-Os resultados citados acima foram; (90%) concordam que há alteração na qualidade
de serviço e (10%) discordam.
4-Quanto às sugestões (50%) referem que para melhorar o estresse na sua unidade
resultando na qualidade de serviço,aumento do número de funcionários, (19%)
melhoria nas condições de trabalho,(19%) orientação e distribuição adequada de
pacientes (triagem),(12%) treinamento e capacitação profissional.
5-Quanto às empresas (70%) referiram que se preocupa com o bem estar do
funcionário,acarretando a satisfação do cliente,resultando numa boa qualidade de
atendimento ao paciente,(30%) não se preocupa com o bem estar do funcionário.
Conclusão:As principais causas de interferência do estresse na qualidade do serviço
no Pronto-Socorro foram: falta de relacionamento,demanda exacerbada de pacientes,
insuficiência de funcionários, falta de organização da unidade, sobre carga de trabalho,
sendo que estes mencionados atuam de uma maneira gerando o que classificamos
como eustress, isto provoca uma melhora no ambiente do trabalho e motivação.Porém
ressaltamos os mesmos fatores que resultam na melhora do ambiente e motivação
podendo provocar o distress que é a forma negativa do estresse, o que prejudica a
qualidade da assistência prestada e podendo haver repercussões na saúde dos
profissionais e alteração na qualidade de serviço,ocorrendo à insatisfação do
cliente.Concluímos após a aplicação do instrumento de pesquisa que todos os
entrevistados sugeriram que o nível de estresse da equipe de trabalho poderia ser
melhorado se ocorresse melhora do ambiente,orientação e triagem adequada,dialogo
entre a equipe multiprofissional, mais a atuação da educação continuada com
treinamento e capacitação profissional.
A maior parte das empresas se preocupa com o “bem estar” do funcionário tenta
minimizar os fatores estressantes por meio de cursos e palestras,semana de
convivência,apoio psicológico,treinamento e atualizações gratuitas e uma minoria das
empresas não se preocupa com o bem estar do funcionário,gerando insatisfação
pessoal e profissional .Com isso torna-se necessário que nos ambientes de trabalho
exista uma melhor compreensão do que é o estresse,seus sintomas e suas fases,pois
ajudará o colaborador a saber utilizar favoravelmente a força geradora do mesmo,ainda
que seja quase impossível evita-lo em ambientes corriqueiros e ou a adoção de um
regime anti-stress com exercícios físicos, boa alimentação,relaxamento,são meios
coerentes que podem ser assumidos no enfrentamento da situação estressante.
Palavras-chaves:Estresse , Qualidade, Pronto-Socorro
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Centro-Cirúrgico. SãoPaulo, Tese de doutorado,Universidade São Paulo, 1990
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e de outras unidades fechadas. Ver. SOBECC, São Paulo,v.5, n.4, p.28-30,
out/dez,2000(A)
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VECINA NETO,G.Evolução e perspectivas da assistência à saúde no Brasil.São
Paulo:Ed.Atheneu,2000
Enfermeiras com Especialização - Pós-Graduação –LATO-SENSU em ProntoSocorro/2004 São Paulo.
ABORDAGEM ÀS LESÕES VESICAIS EM CENTRO DE TRAUMA.
Autores: Nogueira, Priscila Lara; Tomita, Elaine; Leal, Suelen; Nars, Adonis; Colaço, Ivan Augusto.
Liga Acadêmica do Trauma (LiAT), Disciplina do Trauma, Hospital do Trabalhador – Universidade
Federal do Paraná – Curitiba, PR, Brasil
Objetivo: Este estudo epidemiológico retrospectivo visa analisar os pacientes vítimas de trauma de
bexiga enfatizando os fatores relaciondados à morbi-mortalidade.
Materiais e Métodos: Foram analisados 39 pacientes com trauma de bexiga submetidos a tratamento
cirúrgico (cistostomia/cistorrafia) entre janeiro de 2001 e maio de 2006, excluídos, portanto,
tratamento conservador e lesões de outra natureza.
Resultados: A média de idade foi de 31 anos, com maior prevalência do sexo masculino (92,3%).
Ocorreram 21 casos (53,8%) de traumatismo penetrante - 95,3% destes por arma de fogo - e 41%
dos casos decorrentes de trauma fechado - 81,2% deles por acidentes automobilísticos. O RTS médio
foi de 7,7499. Os principais sinais clínicos apresentados foram: dor abdominal (58,9%), hematúria
macroscópica (53,8%), rigidez abdominal (28,2%) e instabilidade pélvica (12,8%). Em 56,4% dos
casos, o diagnóstico foi intra-operatório. Predominaram as lesões extraperitoneais (58,9%),
intraperitoneais (17,9%) e combinadas (7,6%). A s utura primária foi realizada em 37 casos (94,8%).
Cistostomia procedeu-se em 46,1% dos casos. Trinta pacientes (76,9%) apresentavam lesões
associadas. As mais freqüentes: intestino grosso (33,3%), fratura pélvica (30,7%) e intestino delgado
(23%). Dezesseis (41%) pacientes apresentaram complicações, 62,5% delas de origem urinária,
sendo
que
apenas
1
destes
evoluiu
a
óbito
(mortalidade:
2,5%).
Conclusões: Um achado destoante da literatura foi a maior prevalência de FAF em relação ao trauma
automobilístico. Lesões associadas foram a principal causa de morbidade. A clínica do paciente ainda
prevaleceu, neste estudo, como indicativo de tratamento cirúrgico. Fístula urinária foi a complicação
mais prevalente associada ao trauma vesical.
Palavras-chave: trauma vesical, cistostomia, cistorrafia
ABORDAGEM DE LESÃO EM VEIA CAVA INFERIOR SUPRAHEPÁTICA POR
FRENOTOMIA TRANSVERSA - RELATO DE CASO .
Frederico Dallis, Helio Machado Vieira Jr, Cristiane Koizimi Martos Fernandes,
Guilherme Durães Rabelo, Domingos André Fernandes Drumond.
Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil
Objetivo: o domínio de lesões venosas justa-hepáticas é um desafio para o cirurgião.
Neste trabalho relatamos um caso de lesão por arma de fogo, da veia cava inferior
suprahepática, em sua porção diafragmática, abordada por frenotomia transversa sem
toracofrenolaparotomia ou esternotomia mediana. Material e métodos: relato de caso e
revisão de literatura. Resultados: jovem, vítima de trauma toracoabdominal bilateral com
transfixação do abdome superior por 2 projéteis, com Escore de Trauma Revisado
(RTS) de 8. Realizada laparotomia mediana xifopúbica que evidenciou presença de
hemoperitônio (1000ml). Diagnosticado sangramento de veia cava em seu segmento
diafragmático, Grau V (AIS-90), com sangramento ativo tendo seu conteúdo aspirado
parcialmente para tórax. Após tentativa sem sucesso de tamponamento foi realizado
acesso direto à veia cava inferior supra-hepática e ao sítio de sangramento pelo orifício
do projétil no diafragma 1 cm acima das veias hepáticas com comunicação com o
hemitórax direito. Realizada frenotomia transversa ligeiramente curvilínea a 2 cm acima
das veias hepáticas para controle vascular distal. Reparada inferiormente e rafiada a
lesão venosa com diminuição expressiva do sangramento. Realizado tamponamento da
lesão, e fechamento alternativo utilizando bolsa de Bogotá. Após 60 horas, as
compressas foram retiradas sem intercorrências. Conclusão: as lesões venosas justahepáticas podem ser tratadas com tamponamento, realizando-se compressão do fígado
por sobre a lesão. A rafia e o tamponamento peri-hepático pode ser uma solução em
casos mais graves, como o descrito. Palavras-Chave: lesão de veia cava.
ACIDENTE OFÍDICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ASSISTIDOS
NO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO EM 2005
Autor: SILVA, F, F.
Instituição/Estado: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC)ILHÉUS-BAHIA
E-mail: [email protected]
Endereço: Rua Catucicaba, 434, 1º andar, Conceição, Itabuna/BA
Co-autores: BANDEIRA J. R. P., OLIVEIRA C. V., RIBEIRO G. R., RIBEIRO, T, L.,
RICCIO, F, V, S., SALOMÃO, I, S.
INTRODUÇÃO:
Dentre os acidentes por animais peçonhentos, o ofidismo é o principal deles pela sua
freqüência e gravidade. Além disso, pode ser considerado um grande problema
coletivo, especialmente para aqueles que habitam regiões tropicais.
OBJETIVO:
Traçar o perfil clínico-epidemiológico dos acidentes ofídicos atendidos no Hospital
Geral Luiz Viana Filho (HGLVF), Ilhéus, Bahia.
MATERIAL E MÉTODO:
Trata-se de um estudo retrospectivo de 100 pacientes utilizando as fichas do SINAN
(Sistema de Informação de Agravos de Notificação) com diagnóstico de acidente
ofídico, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2005.
RESULTADOS:
Houve predominância no primeiro semestre (67%), principalmente em março (16%),
abril (20%) e maio (13%). As características prevalentes foram: ser natural de Ilhéus
(24%), do sexo masculino (75%), trabalhador rural (41%), na faixa etária entre 15 a 29
anos (35%), picado no membro inferior (63%), do gênero Bothrops (77%), na zona rural
de sua cidade (85%) e com atendimento no intervalo de tempo entre 3 e 6 horas, após
o acidente (34%). Quanto aos sintomas prevaleceu a dor (87%) e o edema (74%). Além
disso, 59% apresentaram o tempo de coagulação alterado. Destes 19% apresentaram
sangramento local e 5% gengivorragia. Observou-se que 10% apresentaram mialgia,
6% urina escura, 5% anúria, 2% oligúria. A soroterapia foi administrada em 88% dos
pacientes sendo o antiveneno mais administrado o antibotrópico (87%) utilizando-se,
em sua maioria (85%), menos de 12 ampolas por paciente.
CONCLUSÃO:
Os acidentes ofídicos acometem homens jovens agricultores em seu contexto de
trabalho. A evolução dos casos não pôde ser analisada pelo baixo índice de
preenchimento deste campo nas fichas de notificação, o que pode impedir que medidas
importantes sejam tomadas em virtude da falta de informações sobre acidentes desta
natureza.
ACIDENTE OFÍDICO: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ASSISTIDOS
NO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO EM 2005
Fernanda de Fátima Silva, Carlos Vitório Oliveira, Fernanda Verena de Sá Riccio,
Gabriela Ribeiro e Ribeiro, Irany Santana Salomão, Job Rezende Paiva Bandeira,
Thaísa Lima Ribeiro.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC)-ILHÉUS-BAHIA
Traçar o perfil clínico-epidemiológico dos acidentes ofídicos atendidos no Hospital
Geral Luiz Viana Filho (HGLVF), Ilhéus, BA. Trata-se de um estudo retrospectivo de
100 pacientes utilizando as fichas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) com diagnóstico de acidente ofídico, no período de janeiro de 2005 a
dezembro de 2005. Houve predominância no 1º semestre (67%), principalmente em
Março (16%), Abril (20%) e Maio (13%). As características prevalentes foram: ser
natural de Ilhéus (24%), sexo masculino (75%), trabalhador rural (41%), faixa etária
entre 15 a 29 anos (35%), picado no membro inferior (63%), gênero Bothrops (77%),
zona rural de sua cidade (85%) e atendimento no intervalo de tempo entre 3 e 6 horas,
após o acidente (34%). Quanto aos sintomas prevaleceu a dor (87%) e o edema (74%).
Além disso, 59% apresentaram o tempo de coagulação alterado. Destes 19%
apresentaram sangramento local, 5% gengivorragia, 10% mialgia, 6% urina escura, 5%
anúria, 2% oligúria. A soroterapia foi administrada em 88% dos pacientes sendo o
antiveneno mais administrado o antibotrópico (87%) utilizando-se, em sua maioria
(85%), menos de 12 ampolas por paciente. Os acidentes ofídicos acometem homens
jovens agricultores em seu contexto de trabalho. A evolução dos casos não pôde ser
analisada pelo baixo índice de preenchimento deste campo nas fichas de notificação,
o que pode impedir que medidas importantes sejam tomadas em virtude da falta de
informações sobre acidentes desta natureza.
Palavra-chave: acidente ofídico, epidemiologia e SINAN.
ACIDENTES MOTOCICLISTICOS E DESPESAS DE ATENDIMENTO HOSPITALAR
EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE TRAUMA
William Augusto Casteleins Cecílio, Francisco José Gomes de Castro, Rodolfo Cardoso
de Toledo Fº, Fayruz Rodrigo Marcolini, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga
Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador
UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil.
Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de
acidentes motociclísticos em um centro de referência de trauma. Materiais e Métodos:
Foram incluídos todos os pacientes vítimas de quedas e colisões envolvendo
motocicletas, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07
primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se
ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro
Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise todos os mecanismos
que não envolvessem motocicletas. Os dados receberam tratamento estatístico pelo
programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de Variância e considerando
p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram incluídos 101 pacientes,
sendo 58 vítimas de quedas com moto (57,4%) e 43 vítimas de colisões envolvendo
motos (42,6%). A média de idade destes pacientes foi de 26,5 +/- 8,7 anos, sendo
84,1% do sexo masculino. O hospital recebeu por estes atendimentos R$58.390,73
(média de R$583,90/paciente). Noventa pacientes (89,1%) usavam capacete quando
do acidente, tendo uma despesa média de R$558,48, inferior em comparação aos que
não usavam esta proteção (R$789,61), não significativo (p=0,4383) no entanto. Apesar
de ocorrerem em menor número, as colisões geraram maiores despesas
(R$37.238,29) do que às quedas (R$21.152,44), sendo significativo estatisticamente
(p=0,0049). Entre as colisões, as do tipo moto-auto foram a maioria (31 casos), também
resultando na maior despesa (R$29.083,89), seguido das moto-bicicleta (02 casos,
R$3.732,90), moto-moto (03 casos, R$2.132,90) e moto-anteparo (03 casos,
R$1.453,73); não há diferença estatística comparando as médias desses valores
(p=0,8043). Notou-se hálito etílico em 07 pacientes (6,9%), cujo valor financeiro médio
despendido (R$872,05) foi superior, mas não significativo, à média observada para os
que não o apresentavam (R$562,22; p=0,3967). Calculou-se a gravidade das lesões
pelo Injury Severity Score (ISS), resultando em média ponderada de 2,85 pontos. O
RTS (Revised Trauma Score) calculado teve média de 7,79 pontos, ocorrendo dois
óbitos (2% dos casos). Conclusões: Relacionando as despesas intra-hospitalares dos
atendimentos a trauma motociclístico, observamos que colisões tiveram maior impacto
financeiro do que quedas de moto, embora ocorressem em menor freqüência. Entre os
diversos tipos de colisões observados, não houve diferença estatística em relação às
despesas geradas. O uso de capacetes foi preponderante na amostra, resultando num
gasto médio menor em relação aos pacientes que não o utilizavam. A presença de
hálito etílico resultou num maior gasto com o atendimento hospitalar. Palavras-Chave:
trauma, motocicletas, despesas.
ANÁLISE COMPARATIVA DO TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO CAUSADO POR
ACIDENTE MOTOCICLÍSTICO E DEMAIS MECANISMOS.
Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme, Prof.André Luciano
Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto-SP, Brasil.
Objetivo: Analisar comparativamente o trauma crânio encefálico (TCE) causado por
trauma motociclísticos (TM) e mecanismos gerais (TG), avaliando as características de
gravidade, morbi-mortalidade e epidemiológicas. Material e Métodos: Foram
analisados os prontuários de todos os pacientes admitidos na emergência do Hospital
de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e junho de 2005. Selecionou-se
todos pacientes com TCE (1401 pacientes) e os com TCE vitimas de acidentes
motociclísticos (181 pacientes). Os dados analisados foram os obtidos através da ficha
de atendimento de politraumatizados do Hospital de Base. Resultados: Ao avaliarmos
o TRISS dos grupos, encontramos as médias de 94 para TM e 95,5 para TG. O RTS
médio foi de 7,3 em TM e 7,5 em TG e o ISS médio de TM 11,2 e de TG 8,8. Quando
avaliamos índices para morbi-mortalidade, percebemos que 53,6% dos pacientes do
grupo TM precisaram de internação, com média de permanência de 6 dias e 46,8% de
TG com média de 4,5 dias. A necessidade de UTI entre TM foi de 19,3%, com
permanência média de 7,5 dias e de TG foi de 16,5% com média de 5,3 dias. A
necessidade de intervenção cirúrgica foi de 6% em ambos os grupos, enquanto que a
mortalidade foi de 5,5% em TM e 5,2% em TG. Em relação à idade, a média em TM e
TG foram, respectivamente 28,5 e 39,2 anos e em ambos os grupos, prevaleceram
acidentes com vítimas masculinas, sendo 77% de TM e 76% de TG.Conclusões:
Pacientes masculinos sofrem mais TCE que femininos, independente do mecanismo e
em TM foram encontrados vítimas, em média, mais jovens. Além disso, há traumas mais
severos e maior morbidade em TM. Palavras Chave: TCE, trauma motociclístico,
gravidade.
ANÁLISE DA ASSISTÊNCIA AO TRAUMATIZADO – APLICAÇÃO DA METODOLOGIA TRISS
André Luciano Baitello,Paulo César Espada,Rodrigo Escheverria, Roberto Kaoru Yagi, Thiago da
Silveira Antoniassi, Yeda Mayumi Kuboki, Rodrigo Monteiro. Faculdade de Medicina de São José
do Rio Preto – HB/FAMERP – SP – Brasil
INTRODUÇÃO: Existem diversos índices ou “scores” que são valores matemáticos ou estatísticos
quantificados por valores numéricos que variam de acordo com a gravidade do traumatizado.
Estes índices possibilitaram a comparação do desempenho entre instituições e regiões e o
acompanhamento da evolução da mesma instituição ou região através do tempo, antes e após a
introdução de novas sistemáticas, treinamentos ou incorporação de tecnologias. Dos diversos
índices presentes na literatura, os mais freqüentemente utilizados, apesar de algumas críticas são:
o Escore de Trauma Revisado (“Revised Trauma Score” - RTS), o Escore de Gravidade de Lesão
(“Injury Severity Score – ISS”), o Escore de Trauma e de Gravidade de Lesão (“Trauma Score and
Injury Severity Score – TRISS”). . O TRISS, método adotado neste trabalho, é capaz de estimar
a Probabilidade de Sobrevivência (PS) A estatística Z compara o número atual de mortes ou
sobreviventes em um determinado serviço com os números previstos no MTOS. OBJETIVO: Este
estudo objetiva à análise dos resultados da assistência e gravidade do traumatizado atendido no
Hospital Escola da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, centro de referência para
atendimento a vítimas de trauma do interior do estado de São Paulo,comparado ao padrão
MTOS(Major Trauma Outcome Study). CASUÍSTICA E MÉTODO:, foram analisados os dados,
prospectivamente, de 1644 pacientes vítimas de trauma que deram entrada na emergência do
Hospital de Base de São José do Rio Preto no período entre julho de 2004 a junho de 2005 e que
permaneceram internados. Os dados foram analisados pela metodologia TRISS e comparados
com o MTOS utilizando a estatística Z.
RESULTADOS: Foi encontrado o valor de 3,7971 aplicando a estatística Z aos pacientes
atendidos. CONCLUSÃO: O perfil das vítimas de trauma que são atendidas no Hospital de Base
da FAMERP assemelha-se ao observado no MTOS. Este fato Indica que a assistência prestada
ao paciente politraumatizado atendido no Hospital Escola da FAMERP está dentro dos padrões
internacionais recomendados pela literatura. PALAVRAS-CHAVE: Major Trauma Outcome Score,
Metodologia TRISS, Escore de Trauma, Escore de Gravidade de Lesão.
ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS MECANISMOS DE TRAUMA, AS LESÕES E
O PERFIL DE GRAVIDADE DAS VÍTIMAS, EM CATANDUVA-SP
Raul José de Andrade Vianna Jr., Sandra Elisa Adami Batista; Juliana Govoni
Baccani; Raquel Amarante de Paula e Silva; Kamila de Paula Ferlin Gualda
Liga de Cirurgia de Urgência e Trauma “Luis Fernando de Almeida Maia” – Faculdade
de Medicina de Catanduva - SP
Objetivo: Realizar uma análise comparativa entre os principais mecanismos de
trauma, a gravidade das vítimas e os principais ferimentos que proporcionaram.
Método: Estudo randomizado de 1486 fichas de vítimas traumatizadas atendidas pela
Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros em Catanduva – SP, no período de
janeiro/1997 a dezembro/2003. Foi realizada uma avaliação a partir dos itens
ferimentos, Revised Trauma Score e mecanismos de trauma, cujas variáveis foram
expressas em porcentagens e correlacionadas pelo Teste X2. Resultados: Houve
predomínio de acidentes motociclísticos em 42,2% dos traumas. As regiões
corpóreas mais acometidas foram os membros inferiores/cintura pélvica (32,2%). Os
ferimentos superficiais acometeram 88% das vítimas. Para todos os eventos,
prevaleceram vítimas com RTS=6 excetuando-se os acidentes envolvendo veículos
pesados em que 25% das vítimas obtiveram RTS<2. As quedas representaram
63,4% dos eventos quando excluímos da análise os acidentes de trânsito. Houve
correlação estatística somente entre o mecanismo de trauma e a região corpórea
lesada (p<0,01). Os membros inferiores/pelve foram mais acometidos em
atropelamentos e acidentes de moto. Cabeça/pescoço foram lesados nas agressões,
nas quedas e nos acidentes envolvendo veículos pesados e automóveis. Os ciclistas
apresentaram similaridade de lesões em cabeça/pescoço e membros inferiores/pelve.
Conclusões: Em Catanduva prevaleceram motociclistas traumatizados, e acometidos,
principalmente, os membros inferiores e a pelve. A maioria das vítimas sofreu
ferimentos superficiais, decorrentes de traumas leves. Palavras-chave: Acidentes de
Trânsito, Ferimentos e Lesões, Primeiros Socorros.
ANALISE DA SEGURANÇA DA SUSPENSÃO DA RANITIDINA
EM
PACIENTES
PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO
CRANIENCEFÁLICO ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA EM TRAUMA
Sérgio Diniz Guerra; Eduardo Frois Temponí; Vinícius Caldeira
Quintão; Pedro Geraldo J_r.: Bruno Freire de Castro
UT! Pediátrica do Hospital Joáo XXfJI - Fundação Hospitalar do
Estado de Minas Gerais / Centro de Pesquisa e Pós - Graduação
da Faculdade de Ciências Médicas / Liga Mineira do Trauma. Belo
Horizonte, Minas Gerais.
OBJETIVOS: Analisar a segurança da suspensão da ranitidina em pacientes
pediátricos com TCE atendidos em um hospital de referência em trauma.
METODOLOGIA. Estudo coorte, prospectivo, incluindo pacientes pediátricos
vítimas de TCE moderado e grave que fizeram uso da ranitidina durante a
internação. RESULTADOS. No período de junho de 2005 a janeiro de 2006 foram
admitidos 47 pacientes. Cinco pacientes não usaram ranitidina. Em 12 pacientes,
a ranitidina não foi suspensa durante o estudo, por óbito ou aíta da UTl. Nenhum
deles apresentou hemorragia digestiva Trinta pacientes tiveram a ranitidina
suspensa durante o estudo. Destes, 25 (83,3%) eram do sexo masculino, com
média de idade de 10,3, com Glasgow de admissão variando de três a 15 e sendo
o atropelamento o principal mecanismo de trauma com 40%. A média de dias de
internação foi de 2,8 dias. Todos receberam dietas gástricas, sendo 18 por sonda
e 12 por via orai. Nenhum deles apresentou hemorragia digestiva durante o estudo.
Dezessete foram submetidos à VM com média de 11,4 dias e 16 a mantiveram em
média por 8,65 dias após a suspensão da ranitidina. Cinco pacientes usaram
corticóide sern que estivessem em uso de ranitidina. Dois pacientes tiveram
distúrbio de coagulação durante o estudo e nenhum apresentou IRA.
CONCLUSÃO: No presente estudo, a suspensão da ranitídina em pacientes
pediátricos com TCE moderado e grave foi segura, mesmo naqueles que
mantiveram VM. PALAVRAS-CHAVE. TCE, ranitidina, Uti
ANÁLISE DE ESTRESSE E ESTRESSORES NUMA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA
UNIDADE DE EMERGÊNCIA DE UM HOSPITAL ESCOLA
Fabíola Ribeiro Torres. Nelson Iguimar Valério, Cléa Dometilde Rodrigues, Viviane
Decicera Oliveira. FUNFARME/FAMERP, São José do Rio Preto, SP, Brasil
Objetivo: identificar e comparar presença, fontes estressoras e sintomas de
estresse em profissionais da enfermagem. Material e Método: foram avaliados 14
auxiliares de enfermagem, 7 enfermeiros e 3 técnicos de enfermagem, de ambos
os sexos, na faixa etária de 23 a 48 anos, que atuam na emergência de um hospital
Universitário do interior paulista. Foram utilizados para avaliação um protocolo de
auto-avaliação que contém dados de identificação, condição de moradia e
socioeconômica, fontes estressoras no ambiente de trabalho e vida pessoal e o
Inventário de Sintoma de Stress para adulto (ISSL), instrumento que visa identificar
a sintomatologia do paciente, se este possui sintomas de estresse, o tipo de
sintoma e a fase em que se situa, dentro do "modelo quadrifásico" de estresse com
as fases: (1) alerta, (2) resistência, (3) quase-exaustão e (4) exaustão. Resultados:
verificou que 54,17% da amostra estavam com estresse, sendo 92,31% na fase de
resistência e 7,69% na fase de quase-exaustão. Houve equilíbrio entre os sintomas
físicos e psicológicos com 38,5% (5) respectivamente, e igualdade de sintomas, em
23% (3) dos sujeitos pesquisados. Com relação as fontes estressoras as categorias
Fatores intrínsecos para o trabalho que compreendeu sobrecarga de trabalho,
ambiente físico inadequado, alterações musculares, ergonomia, entre outras; e
Relações interpessoais que compreendeu equipe médica, falta de coesão da equipe
de enfermagem, paciente, nervosismo/angústia/ansiedade/irritabilidade, entre
outras; foram as que apresentaram maior frequência de fontes tidas como
causadoras de estresse. Quanto aos agentes estressores na vida pessoal no grupo
físico predominou a falta de tempo para realizar necessidades fisiológicas e falta
de atividade física/pouco lazer enquanto que no grupo psicológico prevaleceram
problemas de casamento/familiar, problemas financeiros, emoção/sen
sacão/sentimento. Conclusão: Levando em consideração os resultados
encontrados, evidenciamos que esta equipe possui elementos de estresse
ocupacional merecendo uma maior atenção por parte da instituição para um melhor
enfrentamento destes problemas. Palavras-chave: 1. Estresse; 2. Estressores; 3.
Emergência; 4. Enfermagem
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES ATENDIDOS PELO CORPO DE
BOMBEIROS MILITAR DE RORAIMA NO ANO DE 2005.
Ragly Wanessa Rossí. Lilian Mara Vieira Monsalve Moraga, Fernando Peres,
Esteia Muniz, César Oliveira.
Universidade Federal de Roraima, Boa Vista-Roraima-Brasil
OBJETIVOS: Realizar um estudo epidemiológico, caracterizando o perfil do
paciente atendido pelo Corpo de Bombeiros de Roraima no ano de 2005.
MATERIAL E MÉTODO: Foram analisados todos os Registros de Ocorrências de
Trauma de pacientes atendidos pelo Corpo de Bombeiros durante o ano de 2005,
caracterizando o perfil do paciente por idade, sexo, tipo de trauma, dia da semana,
horário, gravidade (Glasgow Scale
Coma-GSC) e local das lesões. RESULTADOS: Nesse período foram
transportados 4.186 pacientes. O predomínio dos atendimentos foi: pacientes do
sexo masculino com 66.9%, idade entre 21-45 anos com 56.7%. horário das
14h01 às 22hOO com 42.5% e Trauma Leve (>12-GSC) com 87.5% dos
atendimentos. Os finais de semana (Sábado e Domingo) contribuíram com 40.4%
das ocorrências. Sendo que 66.7% dos pacientes sofreram lesões corporais, a
cabeça foi o segmento rnais lesionado com 30.7%, seguido do membro inferior
(Ml) direito 28%, Ml esquerdo 25.3%, membro superior (MS) esquerdo 25%, MS
direito 22%, lesão torácica 9%, abdominal 5% e dorsal 4.3%. Quanto o tipo de
trauma foi: acidente de trânsito-motocicleta 34%, quedas 20%, agressão física
7.9%, acidente de trânsito-bicicleta 7.5%, ferimento por armabranca 7.3%,
acidente de trânsito-carro 4.9% e atropelamento
4.8%.CONCLUSÃO:Comparativamente
os dados estão de acordo com a literatura quando analisamos
sexo, idade, dia da semana e horário de atendimento. Os tipos
de trauma relatados com mais frequência demonstram o
crescimento local e alertam a necessidade
de maior
conscientização no trânsito e segurança pública. Com estes
resultados pode-se traçar um perfil de atendimento pré-hospitalar em Roraima,
facilitando ações futuras
para melhoria da Saúde Pública. Palavras-chaves: corpo de
bombeiros; epidemiologia; atendimento pré-hospitalar.
ANÁLISE DOS CUSTOS HOSPITALARES DEVIDO A ACIDENTES
DE TRÂNSITO EM HOSPITAL DE NÍVEL TERCIÁRIO DO SUS, NA
CIDADE DE BOA VISTA/RR.
Gilberto Kocerginsky, Cristiano Almeida Pereira, Christiany Moreira Almeida, Janaína
Fernandes de Melo Sousa. Universidade Federal de Roraima, Pronto Socorro do Hospital Geral
Rubens de Souza Bento, Boa Vista, Roraima, Brasil.
OBJETIVO
Analisar o impacto econômico dos custos envolvidos no acidente de trânsito, em um hospital
geral da rede pública do SUS, na cidade de Boa Vista/RR, verificando-se o tipo de trauma e
veículos envolvidos nos acidentes e outras variáveis consideradas importantes, visando fornecer
subsídios para a elaboração e avaliação de políticas públicas.
MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo foi realizado no Hospital Rubens de Souza Bento, único hospital de referência no
Estado de Roraima, que recebe todos os tipos de pacientes, exceto obstétricos e pediátricos. As
fontes de informação foram os prontuários dos pacientes internados por acidente de trânsito no
1º semestre do ano de 2006, que continham os valores da internação repassados pelo SUS e os
formulários de Autorização de Internação Hospitalar (AIH). Utilizou-se a AIH 1, que contém
registro de identificação do paciente, procedimentos, diagnóstico e tratamento realizado,
acompanhado dos respectivos códigos das afecções diagnosticadas. Foram colhidos os dados
referentes a acidentes de trânsito – em que se encontram os casos de colisão, atropelamentos e
quedas de motos, dentre outros. Para determinar os custos hospitalares dos acidentes de trânsito,
elegemos algumas variáveis que pudessem retratar esta dimensão, a saber: cirurgias executadas,
os tipos de veículos envolvidos nos acidentes e a faixa etária das vítimas, bem como o tipo de
trauma, a fim de se verificar os que implicaram em maiores custos no atendimento hospitalar.
Tais informações foram registradas em uma ficha padrão previamente elaborada para posterior
análise e comparação dos dados obtidos.
RESULTADOS
Foram analisados os prontuários de 50 pacientes, com faixa etária entre 14 e 85 anos, vítimas de
acidente de trânsito internados no 1º semestre do ano de 2006, no Hospital Rubens de Souza
Bento, em Boa Vista – Roraima. Destes, 36 eram do sexo masculino perfazendo 72% da amostra
e 14 eram do sexo feminino, correspondendo a 28% do total. No geral, incluindo-se homens e
mulheres, a faixa etária mais acometida foi a de adultos com 62% do total de vítimas (31
pacientes). O custo total dos internamentos para todas as faixas etárias, no período estudado, foi
de R$ 29.164,16, sendo que o custo médio por paciente foi de R$ 583,28. Considerando-se
apenas a faixa etária entre 28 e 63 anos, correspondente aos adultos, este valor foi de R$
17.021,58. Em relação ao tipo de trauma, os maiores gastos foram com os pacientes
politraumatizados, referente ao valor de 8.118,71, correspondendo a 27,83% do total dos gastos.
Seguido por traumatismo de membros inferiores (27,14% dos custos), correspondendo ao valor
de R$ 7.916,54, e trauma de membros superiores 23%, equivalente ao gasto de R$ 6.417,93. Dos
pacientes analisados, 43 foram submetidos a cirurgias, perfazendo 91,34% dos custos
hospitalares. Quanto ao tipo de veículo, os acidentes de moto foram os mais incidentes (26
pacientes) e os responsáveis por 50,85% dos gastos, atropelamentos 19,33%, automóveis 8,42%
e bicicleta 1,51%.
CONCLUSÃO
No presente estudo, buscou-se verificar os gastos do SUS com as internações por acidentes de
trânsito, sendo excluídos os atendimentos que não resultaram em hospitalizações. Os pacientes
politraumatizados foram os que representaram os maiores custos hospitalares, representando
27,83% dos gastos totais. Em comparação com outros estudos nacionais, o traumatismo de
membros inferiores também ficou como uma importante causa de gastos do sistema público de
saúde, devido à sua maior incidência. O trabalho mostrou grande incidência de acidentes
envolvendo motociclistas. A parcela de custos atribuída a esses acidentes corresponde a 50,85%
do custo total. Sabendo-se que há um crescimento acelerado da frota de motocicletas este
problema tende a agravar-se, por esse motivo propomos políticas específicas para a educação
dos motociclistas no trânsito, através de campanhas educativas e das ações de fiscalização.
Nossos achados indicaram ainda que a faixa etária de adultos e as cirurgias realizadas foram
fatores que estavam relacionados com maiores custos hospitalares. A obtenção de dados
econômicos associados com os acidentes de trânsito apresenta importantes razões, como a
identificação precisa do seu impacto, incluindo um maior poder de sensibilização das lideranças
políticas, sobretudo porque em Roraima, os acidentes de trânsito são os que mais contribuem
com a mortalidade por causas externas e apresentam tendência crescente desde 1995, tanto em
proporções (aumento de 6,3 %) quanto na taxa por cem mil habitantes (aumento de 9,4%), e
estes acidentes corresponderam a 38,8 % do total das causas externas em 2001 com taxa de
mortalidade 47,4% - maior que a média do país (18,4/100.000 habitantes).
PALAVRAS- CHAVE
Custos hospitalares; acidente de trânsito; traumatismo; SUS.
Antibiótico-profilaxia: emprego em traumatismos superficiais tratados em hospital
geral
Fernanda Gabriela Figueiredo Pinto
Fernanda Verena de Sá Riccio
Gustavo Mendonça Duarte
Luís Angelo Braga Morosini
Rui Nei de Araújo Santana Jr
Marta Araújo da Silva
Universidade Estadual de Santa Cruz – Ilhéus – Bahia - Brasil
Este estudo prospectivo realizou-se em um universo N= 15.394 atendidos entre julho
de 2004 a dezembro de 2005, a partir da coleta de dados por protocolo, no momento
da prescrição de antibióticos, numa amostra de n= 719 pacientes. Considerou-se o
intervalo de confiança de 95,5% obtendo-se erro amostral de 3,65%. O uso de
antibióticos foi observado em 13,4% da amostra (96 de 719). As indicações foram:
feridas superficiais contaminadas e infectadas, feridas complexas e profundas, feridas
em tecidos com vascularização comprometida, feridas em junções neuro-musculares
e quaisquer feridas em pacientes imunossuprimidos. Conforme foi verificado no estudo
, o serviço analisado apresentou índice satisfatório de utilização de antibioticoterapia
durante o período estudado.
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E MÉDICO-LEGAIS DE LESÕES TRAUMATICAS DE
VITIMAS FATAIS DE ACIDENTES EM UM TRECHO DE RODOVIA DO INTERIOR
PAULISTA.
AUTOR: Josiene Germano1,2; Leandro Germano2; Gustavo Germano2; Maria Edith Gaspar
Purkyt1; Marco Aurelio Guimarães1 .
1
Centro de Medicina Legal (CEMEL), Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto – USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2Médico credenciado do DETRAN, Ribeirão
Preto, SP, Brasil.
Introdução: Cerca de 16.000 vítimas de lesões externas morrem diariamente no mundo.
Entre as diversas etiologias de trauma, o acidente de tráfego é uma das mais importantes. No
Brasil, mais de 30 mil pessoas morrem anualmente em ruas ou estradas do país. Objetivo:
Caracterizar o perfil epidemiológico das vítimas de trauma num trecho de rodovia do interior
paulista (SP 330 – Rodovia Anhangüera – Km 250 a 318) e seus aspectos médico-legais.
Método: Avaliar dados de vítimas de acidente que foram a óbito no trecho determinado, entre
1999 e 2005, pela comparação da ficha de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) e os laudos
necroscópicos. Resultado: Analisou-se o registro de 90 óbitos, sendo 75% do sexo
masculino, 73% na faixa de 18 a 45 anos, a maioria por atropelamento e capotamento, com
maior incidência das 18 as 00h, sendo que 46% usava algum sistema de proteção. A maioria
das causa mortis foram TCE, seguido por hemorragia interna (trauma torácico e/ou
abdominal). Houve dificuldade na avaliação dos dados do IML por falha no arquivamento e
laudos incompletos (na maioria das necropsias o corpo não é aberto para análise).
Conclusão: A maioria dos óbitos ocorre em população jovem (idade produtiva) e sadia. A
causa mortis não acompanha a distribuição trimodal relatada em estudos internacionais,
talvez por demora no socorro ou maior gravidade dos acidentes. A legislação brasileira que
autoriza legistas a não abrirem os corpos em caso de causa mortis evidente deveria ser
revista, pois reduz a confiabilidade das estatísticas sobre acidentes de tráfego e prejudica
estudos de melhoria de segurança veicular e vias públicas. Palavras-chave: Trauma,
Acidente de Trânsito e Medicina Legal.
ASPECTOS CLÍNICOS E EPIDEMIOLÓGICOS DE PACIENTES VÍTIMAS DE
TRAUMA TORÁCICO NO ESTADO DE RORAIMA
Gilberto Kocerginsky, Cristiano Almeida Pereira, Christiany Moreira Almeida
Universidade Federal de Roraima, Pronto Socorro do Hospital Geral Rubens de
Souza Bento, Boa Vista, Roraima, Brasil
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho foi o de estudar o traumatismo torácico em seus aspectos
clínicos e principalmente epidemiológicos, em pacientes atendidos no Pronto-socorro
Francisco Elesbão e Hospital Rubens de Souza Bento, em Boa Vista Roraima no
período de janeiro a dezembro de 2005.
MATERIAIS E MÉTODOS
Estudo retrospectivo realizado no período de 01 a 30 de junho de 2006 onde foram
revisados prontuários de pacientes vítimas de traumatismo torácico atendidos no
Pronto Socorro Francisco Elesbão do Hospital Rubens de Souza bento abrangendo o
período de 01 de janeiro de 2005 a 31 de dezembro deste mesmo ano, através de ficha
protocolo padronizada. Os critérios de inclusão foram: trauma envolvendo toda a
cavidade torácica em seus dois eixos, penetrante ou fechado. Os pacientes excluídos
foram aqueles que tiveram tórax drenado de origem não-traumática. As variáveis
estudadas foram: sexo, faixa etária, tipo de ferimento decorrente do trauma (fechado
ou penetrante), a natureza do trauma (se ferimento por arma branca ou de fogo,
acidente automobilístico entre outros), exames de imagem solicitados ainda na sala de
trauma, o tempo decorrido entre o evento do trauma e o atendimento médico na sala
de trauma, o quadro clínico e finalmente, o tempo de internação.
Foram selecionados inicialmente 63 pacientes que tiveram como diagnóstico qualquer
patologia que fizesse alusão a trauma torácico (hemotórax, pneumotórax com ou sem
drenagem de tórax) já que o termo “trauma torácico” per si, não foi encontrado como
diagnóstico isolado em nenhum paciente registrado nos livros de registro do ProntoSocorro. De posse do número do prontuário destes pacientes, extraídos dos livros de
registro do Pronto-Socorro, o passo seguinte foi localizá-los nos arquivos do Setor de
Arquivos Médicos do Hospital Rubens de Souza Bento (SAME/HRSB), onde os dados
pertinentes a este estudo foram transcritos para uma ficha padrão elaborada
previamente para posterior análise. Dos 63 pacientes inicialmente selecionados, foram
incluídos apenas 48 pacientes, perfazendo 78,6% da amostra inicial. Os motivos de
exclusão do restante foram os seguintes: não localização de 5 prontuários no SAME,
referidos nos livros de registro do pronto-socorro e centro cirúrgico; 8 prontuários
incompletos que não satisfaziam as necessidades deste estudo e dois atendimentos
de emergência a menores de 13 anos que após suporte de vida inicial e estabilização
no Pronto Socorro Francisco Elesbão foram transferidos para o Pronto Socorro-Infantil
do Hospital Infantil Nossa Senhora de Nazaré, ficando portanto seus prontuários
arquivados no SAME daquele hospital. Os dados foram analisados de forma descritiva
simples com o percentual de pacientes vítimas de trauma torácico distribuídos nas
diversas variáveis pesquisadas
RESULTADOS
Foram examinados os prontuários dos 48 pacientes vítimas de trauma torácico
incluídos no estudo no período de 1º de janeiro de 2005 a 31 de dezembro do mesmo
ano, no Hospital Rubens de Souza Bento em Boa Vista - Roraima.
Dos 48 pacientes, 37 eram do sexo masculino perfazendo 77% da amostra, com idade
entre 14 e 75 anos, média de 44 anos. As mulheres abrangeram 23% da amostra e
tinham idade entre 15 a 50 anos, com média de 32 anos.
Figura 1.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA
TORÁCICO, SEGUNDO O SEXO NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA
BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005
23%
Masculino
Feminino
77%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
No geral, incluindo-se homens e mulheres a faixa etária mais acometida foi a de jovens
com 40% do total de vítimas (19 pacientes), seguido pela faixa etária correspondente
aos adultos jovens com 15 pacientes perfazendo 31% do total.
Figura 2.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA
TORÁCICO, SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA NO HOSPITAL RUBENS DE
SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE
2005
8%
6%
15%
40%
14 a 21 anos
22 a 27 anos
28 a 45 anos
45 a 63 anos
31%
64 ou mais anos
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Quanto ao tipo da lesão, em 35% dos casos o traumatismo foi do tipo fechado e em
65% dos casos, as vítimas sofreram trauma penetrante (Figura 3). Quanto à natureza
da lesão, a causa principal foi ferimento por arma branca, seguida de trauma
automobilístico e por fim ferimento por arma de fogo (Figura 4).
Figura 3.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA
TORÁCICO, QUANTO AO TIPO DA LESÃO, NO HOSPITAL RUBENS DE
SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO
DE 2005.
35%
Trauma
fechado
Trauma
penetrante
65%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Figura 4.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA
TORÁCICO, SEGUNDO A NATUREZA DA LESÃO, NO HOSPITAL
RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO
A DEZEMBRO DE 2005
35%
55%
Ferimento por arma
branca
Ferimento por arma
de fogo
Trauma
automobilístico
10%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Do total de pacientes que sofreram trauma torácico fechado, 88% eram condutores ou
passageiros de motocicleta (Figura 5). No restante, o trauma foi causado por acidente
envolvendo automóvel sendo todos do sexo masculino e adultos jovens.
Figura 5.
PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO FECHADO ATENDIDOS NO
HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE
JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO AO TIPO DE VEICULO
ENVOLVIDO.
12%
Motocicleta
Automóvel
88%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Em relação aos pacientes envolvidos em acidente por motocicleta, 67% eram do sexo
masculino e 33 % do sexo feminino (Figura 6), sendo a faixa etária de jovens a mais
acometida com 60% do total seguida pela de adultos jovens com 20% do total de
pacientes envolvidos em acidentes por motocicleta (Figura 7).
Figura 6.
PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO FECHADO
ENVOLVIDOS EM ACIDENTE DE MOTOCICLETA ATENDIDOS NO
HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO
DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO AO SEXO.
33%
Masculino
Feminino
67%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Figura 7.
PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO FECHADO
ENVOLVIDOS EM ACIDENTE DE MOTOCICLETA ATENDIDOS NO
HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE
JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO À FAIXA ETÁRIA.
7%
13%
60%
14 a 21 anos
22 a 27 anos
28 a 45 anos
20%
45 a 63 anos
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Em relação ao total de pacientes que sofreram trauma penetrante, 84% sofreram
ferimento por arma branca e 16% por arma de fogo (Figura 8).
Figura 8.
PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE
ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO, RORAIMA,
NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005, QUANTO À
NATUREZA DA LESÃO.
16%
Arma branca
Arma de fogo
84%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Dos pacientes vítima de trauma penetrante por arma branca, 81% eram do sexo
masculino e 19% do sexo feminino (Figura 9), sendo a faixa etária mais acometida a
de jovens com 46% seguida pela de adultos jovens com 25% destes pacientes (Figura
10). Dos pacientes vítima de trauma penetrante por arma de fogo 80% eram do sexo
masculino e 20% do sexo feminino, 60% eram de adultos jovens e 40% de jovens.
Figura 9.
PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE POR
ARMA BRANCA ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA
BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE
2005, QUANTO AO SEXO.
19%
Masculino
Feminino
81%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Figura 10.
PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA TORÁCICO PENETRANTE
POR ARMA BRANCA ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE
SOUZA BENTO, RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A
DEZEMBRO DE 2005, QUANTO À FAIXA ETÁRIA.
8%
4%
19%
14 a 21 anos
46%
22 a 27 anos
28 a 45 anos
45 a 63 anos
23%
64 anos ou +
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Em relação ao tempo decorrido entre o trauma e o início do atendimento em ambiente
hospitalar, verificou-se que 84% dos pacientes foram atendidos em menos de uma
hora, dos 16% restantes que receberam atendimento depois de transcorrida 01 hora,
todos tinham sido encaminhados do interior do Estado com atendimento final variando
de 1 hora e 40 minutos a 6 horas.
Figura 11.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA
TORÁCICO, ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO,
RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO
AO TEMPO DECORRIDO ENTRE O MOMENTO DO TRAUMA E O INÍCIO DO
ATENDIMENTO MÉDICO.
8%
4% 4%
84%
até 1hora
até 2 horas
até 4horas
até 6 horas
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Quanto ao quadro clínico, verificou-se 56% casos de hemopneumotórax, 21% de
hemotórax, 17% de pneumotórax e 6% de pneumotórax hipertensivo (Figura 11).
Figura 11.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA
TORÁCICO, ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO,
RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO
AO QUADRO CLÍNICO.
hemopneumotórax
17%
6%
56%
hemotórax
pneumotórax
pneumotórax
hipertensivo
21%
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Do total de pacientes, 40 realizaram radiografia de tórax no momento da admissão, e
2 que já tinham realizado radiografia de tórax, realizaram também Tomografia de tórax
enquanto estavam ainda na sala de trauma. Do total de pacientes 05 foram submetidos
à ultra-sonografia por suspeita de lesão abdominal associada.
A média em dias de internação hospitalar foi de 13 dias. Ficando os pacientes
internados entre quatro e vinte e dois dias. Sendo que o maior número de pacientes
permaneceu hospitalizado até no máximo 04 dias, como mostrado na figura 12.
Figura 12.
DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMA
TORÁCICO, ATENDIDOS NO HOSPITAL RUBENS DE SOUZA BENTO,
RORAIMA, NO PERÍODO DE JANEIRO A DEZEMBRO DE 2005. QUANTO
AO TEMPO DE INTERNAÇÃO.
10%
4%
6
42%
até 4 dias
até 8 dias
até12 dias
até 16 dias
17%
até 20 dias
21%
até 22 dias
Fonte: SAME/HRSB, Boa Vista/RR
Dos 48 pacientes, 3 foram a óbito, sendo que 01 ainda na sala de trauma vítima de
ferimento perfurante por arma branca (com lesão miocárdica) e dois durante
laparotomia no centro cirúrgico (suspeita de lesão tóraco-abdominal), sendo 01
paciente vítima de ferimento por arma branca e outro por arma de fogo.
DISCUSSÃO
O trauma torácico é uma entidade em que o diagnóstico rápido e a intervenção imediata
são imprescindíveis, tendo em vista a repercussão que este tipo de agravo traz à saúde
do paciente. Assim, é necessário que o médico na sala de trauma avalie rapidamente
as condições clínicas do paciente, dando ênfase à oxigenação, à presença ou não de
choque hipovolêmico e uma vez tendo drenado o hemitórax atingido, observar se a
drenagem torácica está sendo eficaz e se não há lesões orgânicas associadas que
mereçam tratamento assim que haja estabilização respiratória e circulatória 6.
A maior parcela dos vitimados por trauma torácico foi de pacientes do sexo masculino
resultado que concordou com a literatura consultada4,7,8,9, confirmando a maior
tendência por parte deste seguimento de apresentar comportamento de risco, se
expondo a fatores precipitantes como direção perigosa 13,14, permanência em ambientes
violentos, como bares de periferia das cidades, envolvimento em luta corpórea e
embriaguez,15.
Quanto à faixa etária predominante, nosso estudo diferiu de outros 4,7,8,9, já que a maior
parcela foi representada pela faixa etária de jovens, seguida pela de adultos jovens.
Somente no seguimento de pacientes vítimas de trauma fechado em que o tipo de
veículo era automóvel observou-se prevalência da faixa etária de adultos jovens sobre
a de jovens.
Quanto ao tipo e a natureza da lesão, foi maior o número de pacientes vítimas de
trauma penetrante por arma branca, resultado também encontrado em outros estudos
realizados em nosso país7,8,9, divergindo de outro realizado nos EUA 4, , em que foi
maior o número de pacientes vítimas de trauma fechado seguido de trauma penetrante
por arma de fogo. Os números encontrados neste e em outros estudos realizados em
nosso país pode ser explicado pela maior facilidade de se adquirir e portar uma arma
branca em relação à arma de fogo em nosso meio 16. Vale salientar que durante a
revisão dos prontuários deste seguimento de pacientes, foi encontrado em 95% dos
casos, “indícios de embriaguez” e paciente apresentando “hálito alcoólico” no registro
do atendimento inicial por parte do médico assistente. Estado que teoricamente pode
facilitar a agressão física e o enfrentamento direto16.
Em relação ao trauma fechado resultante de acidente automobilístico, a grande maioria
dos pacientes eram condutores ou passageiros de motocicleta sendo que a maior
parcela era composta de pacientes do sexo masculino e integrantes da faixa etária
representada pelos jovens, seguida pela faixa etária de adultos jovens, resultados
consoantes com estudos realizados em vítimas de trauma fechado em relação ao sexo
mas diferindo em relação à faixa etária, salientando-se que nesses trabalhos estudouse o trauma em todas as regiões do corpo 10,11,13,14. Em relação ao tempo decorrido
entre o trauma e o início do atendimento em ambiente hospitalar, verificou-se que 40
pacientes foram atendidos antes de uma hora, 04 foram atendidos entre 1 e 2 horas,
02 entre 2 e 4 horas e 02 acima de 04 horas, lembrando que todos pacientes atendidos
após 01 hora eram doentes vindo do interior do estado.
Em relação ao quadro clínico, verificou-se que os casos de hemopneumotórax foram
maioria com 27 pacientes, seguidos de hemotórax com 10 pacientes, pneumotórax
com 8 pacientes e pneumotórax hipertensivo com 3 pacientes resultado também
encontrado, guardadas as proporções em estudo realizado em 2001 em Belém do
Pará8.
De todos os pacientes, 83% dos doentes (40 pacientes) com trauma fechado ou aberto
que se encontravam estáveis tiveram documentação radiológica antes de qualquer
intervenção. Dos pacientes restantes, 3% (1 paciente) não realizou nenhum exame de
imagem porque veio a óbito ainda na sala de trauma por toracotomia de emergência
(lesão miocárdica resultante de trauma perfurante por arma branca) e os 14% (7
pacientes) restantes por se encontrarem mais graves, hipóxicos ou chocados foram
encaminhados diretamente ao centro cirúrgico para tratamento imediato. Em outro
estudo, de 168 pacientes analisados 137 (81% do total) realizaram radiografia de tórax
no momento da admissão 15% (26 pacientes) sofreram intervenção imediata ainda na
sala de trauma ou no centro cirúrgico e 3% (5 pacientes) a gravidade foi diagnosticada
clinicamente pelas próprias condições de hipóxia apresentadas pelos pacientes 7.
Dos 48 pacientes 3 foram a óbito, sendo que 01 ainda na sala de trauma vítima de
ferimento perfurante por arma branca e dois restantes, durante laparotomia no centro
cirúrgico, 01 vítima de ferimento por arma branca e outro por arma de fogo.
Dos óbitos ocorridos, 02 foram de pacientes atendidos com mais de 01 hora. Ficando
provada a necessidade da manutenção dos programas de Resgate Motorizados e do
atendimento precoce às vitimas de trauma em geral, sendo hoje inquestionável que a
rapidez no atendimento, proporciona um o prognóstico muito melhor aos
pacientes1,2,5,6.
Os óbitos por trauma torácico neste estudo foram de aproximadamente 6%, valor
dentro dos limites encontrados em outras literaturas 4,7,8,9,10,.
É importante salientar que no único Pronto-Socorro existente em nosso Estado, não há
um cirurgião em tempo integral na sala de trauma, ficando este de plantão no centrocirúrgico e chamado ao trauma para realizar avaliações quando solicitado. Não
havendo especialista em cirurgia torácica em nosso Estado. Apesar disto, a
mortalidade foi proporcionalmente igual à de outros centros, talvez pela pequena
demanda resultante do número ainda reduzido de nossa população em relação aos
grandes centros.
CONCLUSÃO
O trauma torácico é fator importante de morbimortalidade em todas as regiões e
estados do Brasil, fato que também é verdadeiro em nosso estado.
As feridas torácicas são responsáveis por 20% de todas as mortes por trauma e por
mais de 30% das lesões traumáticas. A mortalidade dos pacientes hospitalizados com
apenas uma lesão isolada do tórax varia de 4 a 8% porém aumenta para 25% quando
outro órgão é atingido e para 35% quando há comprometimento de múltiplos sistemas
orgânicos. Por isso faz-se necessário que o paciente vítima de trauma torácico, bem
como os demais pacientes vítimas de outro tipo de trauma seja atendido com rapidez,
com a identificação precoce e conduta adequada em relação às lesões encontradas na
região torácica.
Quanto aos aspectos clínicos, Roraima não diferiu do encontrado em estudos
realizados em outras localidades de nosso país e até em outros países. Já no que diz
respeito aos aspectos epidemiológicos, foi encontrado em nosso estudo, a
predominância da faixa etária de jovens sobre a de adultos jovens na totalidade de
pacientes vítimas de trauma torácico. Como nos outros estudos consultados, houve
predomínio do sexo masculino sobre o sexo feminino na amostra estudada.
É importante sem dúvida o reconhecimento dos aspectos cínicos e patológicos dos
pacientes vitimados por trauma torácico por parte dos médicos não especialistas bem
como dos cirurgiões. Não se deve, porém relegar a um segundo plano, os aspectos
epidemiológicos envolvidos. Neste estudo verificou-se a importância de se implementar
políticas de prevenção voltadas prioritariamente ao sexo masculino e à faixa etária de
jovens, principal população vítima de trauma torácico em nosso estado. Cabe
finalmente ressaltar a relevância de se realizar novo estudo envolvendo o trauma como
um todo, a fim de verificar se os dados aqui expostos em relação ao trauma torácico
se repetiriam.
Palavras-chave: Trauma; Tórax; Traumatismos torácicos; aspectos clínicos e
epidemiológicos.
REFERÊNCIAS
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2001.
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Atheneu, 2001, pp.
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Subsistema de Informações sobre Mortalidade. Estatística de mortalidade: Brasil 2005.
Disponível em: www.datasus.gov.br acessado em 19/05/2006.
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8. Normando R, et al. Traumatismo torácico na cidade de Belém – Pará. Rev. Col. Bras.
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at autopsy. Am J Forensic Med Pathol 1999 September; 20(3):251-5.
12. Calhoon JH, Trinkle JK - Pathophysiology of chest trauma. Chest Surg Clin North
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13. Andrade SM, et al. Características das vítimas por acidentes de transporte terrestre
em município da Região Sul do Brasil. Rev Saúde Pública, 34(2): 149-56, 2000.
14. Marin L, Queiroz MS. A atualidade de acidentes de trânsito na era da velocidade:
uma visão geral. Cad Saúde Publica, 16(1): 7-21, 200.
15. Minayo MC, Souza ER.Violência e saúde como um campo interdisciplinar de ação
coletiva. História, Ciência e Saúde. Manguinhos, 513-31, 1998.
16. Gianini RJ, Litovic J. Agressão física e classe social. Rev Saúde Pública, 33(2):
180-86, 1999.
ATENDIMENTO DO SAMU 192 ARACAJU AO IDOSO VITIMA DE TRAUMA
BRITO, C.M.S.; ALVES, F.S., BRASILEIRO, F.F.; SE ABRA. J D,; SANTOS, A.M.
LIMA, H.J.S.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.CA, C.R.; COSTA,
M.C.M.; SERVIÇO: SAMU 192 ARACAJU. ( íí ARACAJU ESTADO:
SERGIPE BRASIL
INTRODUÇÃO: O SAMU 192 Aracaju atende, todos os dias, pedidos de socorro
medico trauma. Observando que a população de idosos está aumentando, e
que o trauma se tornou uma importante causa de morbimortalidade nessa faixa etária,
convém tomar conhecimento das características que envolvem o atendimento do SAMU
192 Aracaju ao idoso vítima de trauma.
OBJETIVO: Caracterizar o atendimento realizado pelo SAMU 192 ARACAJU ao
idoso vítima de trauma, no período entre Julho e Dezembro de 2005. Para tanto,
analisamos o turno predominante, o dia da semana, o tipo de viatura mais frequentemente
despachada, idade e sexo mais atingidos, além de quantificar a participação do trauma
entre todos os idosos atendidos.
MÉTODOS: Os dados foram coletados em fichas de regulação médica, geradas pela
Central de Regulação 192 Aracaju, referentes ao período entre julho e dezembro de
2005. Posteriormente, eles foram analisados sob forma de gráficos e percentuais, através do
programa Microsoft Excel.
RESULTADOS: No período de Julho a Dezembro de 2005, o SAMU 192 Aracaju
realizou 16158 atendimentos. O número de pessoas acima de 60 anos representou
17,4% (N=2818) desse total. Dentre os idosos, o trauma representou uma parcela de 8%
(N=233) dos casos. Predominou a faixa etária com 80 anos ou mais, que representou
38% (N=88) dos traumas em idosos. O sexo feminino foi o mais atingido, representando
62% dos casos (N=144). O dia da semana com maior número de casos foi o sábado, 42
casos (18%), e o turno mais envolvido foi o diurno, com 73% (N=169) dos casos. A
queda, representando 81% dos casos (N=189), foi o tipo de trauma predominante. O
tipo de viatura mais utilizada foi a Unidade de Suporte Básico, que atendeu 80% dos
casos (N=186). Quanto à origem da solicitação, 91% dos chamados (N=2I1) foram
classificados como APH Móvel Primário.
CONCLUSÕES: Apesar de os idosos representarem cerca de 7% da população de
Aracaju, eles foram responsáveis por 17,4% de todos os atendimentos realizados pelo
SAMU 192 Aracaju, no período estudado, tendo o trauma representado 8% dos
atendimentos geriàtricos. O crescimento da população idosa, aliado às patologias
inerentes a essa faixa etária, além da ampliação no tipo de suas atividades físicas, como
dirigir, viajar, e exercitar-se, torna esse grupo mais susceptível a traumas, e menos apto a
resistir às consequências do mesmo, ocasionando uma elevada taxa de mortalidade.
Assim, torna-se extremamente necessário o entendimento das várias características
envolvidas no trauma no idoso, para que o atendimento pré-hospitaiar a esses pacientes, no
caso o SAMU 192 Aracaju, seja otimizado.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E HOSPITALAR: A IMPORTÂNCIA DA
INFORMAÇÃO PERDIDA donis Nasr, iwan Colíaço, Joana Bretãs Cabra! Rondon
Guasque. is Juliane Guarezi Nasser, José Carlos Torrejais Miranda, Lauren Ias
lurk, Thiara Daniele Diesel. Hospital do Trabalhador, niversidade Federal do
Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil.
trodução: A passagem de caso da equipe pré-hospitalar para a ^uipe hospitalar
torna a avaliação inicial rnaís "rápida e precisa srmitindo um melhor manejo do
poiítraumatizado, bjetivos: Analisar a passagem de caso na admissão hospitalar
da tima de trauma, destacando as informações que são omitidas, étodos:
Realizou-se um estudo prospectivo, que acompanhou 76 casos de trauma
ocorridos na cidade de Curitiba (PR), ícaminhados ao Hospital do Trabalhador,
durante o período de 3/05/06 e 10/06/06. A avaliação se deu através da
observação assiva e descomprometida da passagem dos casos na chegada D
paciente ao serviço, e posterior comparação entre as lesões
•eviamente identificadas e aquelas diagnosticadas no hospital, esultados:
Observou-se que a pressão aríeriaí sisíólica abaixo de DOmmHg não foi
informada em 43,75%, desses 18,75% não
•ram nem aferidos pelo atendimento pré-hospitalar, a frequência ïspiratória acima
de 20 mpm em 75% dos casos , o pulso acima
• 100bpm não foi informado em 72,88% dos casos, a Escala de oma Glasgow
abaixo de 15 não foi informada em 69,23% e o
•auma Score abaixo de 12 ern 80% sendo que desses, 40% nem legaram a ser
calculados. Quanto às lesões apresentadas, o srviço pré-hospitalar identificou 571
lesões, dessas 29,42% não >ram informadas, sendo que quando se tratou de
lesões de pelve, 3,82% dos casos não foram informados.
onclusão: O presente estudo mostra uma discrepância importante >m omissão de
dados que podem refleíir a gravidade real de uma tima de trauma. Estas
informações podem interferir na avaliação icial e fazer com que o risco potencial
seja subestimado.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E HOSPITALAR: ONDE A INFORMAÇÃO SE
PERDE?
Adonis Nasr, Iwan Collaço, Joana Bretas Cabral Rondon Guasque, Isis Juliane
Guarezi Nasser, José Carlos Torrejais Miranda, Lauren Klas Iurk, Thiara Daniele
Diesel. Hospital do Trabalhador, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná,
Brasil.
Introdução: Quando o politraumatizado é recebido na unidade de emergência do
hospital, onde o médico não visualizou a cena do acidente, é fundamental que a
equipe de resgate repasse todas as informações possíveis, pois conhecer o
mecanismo do acidente é indispensável para diagnóstico rápido e preciso.
Objetivos: Analisar a qualidade da passagem dos casos entre as equipes préhospitalares e hospitalares de atendimento ao trauma.
Método: Realizou-se um estudo prospectivo, que acompanhou 276 casos de trauma
ocorridos em Curitiba (PR), encaminhados ao Hospital do Trabalhador, durante o
período de 28/05/06 e 10/06/06. A avaliação se deu através da observação da
admissão desses pacientes ao serviço.
Resultados: Observou-se que em 33,11% dos casos não foram informadas as
condições de segurança (cinto de segurança e capacete), assim como em 98,19%
dos casos não foi informado o tempo transcorrido entre o acidente e a chegada ao
hospital. Quanto aos dados vitais, a pressão arterial não foi informada em 74,27%
dos casos, a freqüência respiratória em 80,07%,o pulso em 77,89%, a Escala de
Coma Glasgow não foi informada em 85,87% dos casos e o Trauma Score 89,13%
dos casos.
Conclusão:O presente trabalho mostra a omissão das informações referentes ao
trauma do paciente por parte da equipe responsável pelo seu resgate. Essas
omissões são verificadas tanto em trauma leves como traumas graves. Sabendo-se
da suma importância das informações como tempo transcorrido do trauma, condições
de segurança e sinais vitais, esse repasse de dados deve ser preconizado para o
melhor atendimento ao trauma multissistemico.
AUMENTO SÉRICO DE sFAS E FNT- O NA LESÃO CEREBRAL TRAUMÁTICA
GRAVE ISOLADA EM HOMENS Caroline Zanoni , Greizy Modesto Gomes, Leonardo
Borges, Junia Thirzah Gehrke, António Rogério T,P, Crespo, Ivana Grivicich, Adriana
Brondar.i da Rocha, Rogério Fett Schneider, Andrea Regner
Laboratório de Marcadores de Estresse Celular, Centro
áe Pesquisa em Ciências Médicas, Universidade
Luterana do Brasil, Canoas, Brazil
Programa de Pós-Graduação em Diagnóstico Genético e
Molecular, Universidade Luterana do Brasil, Canoas,
Brazii
Programa de Pós-Graduação em Genética e Toxicologia
Aplicada, Universidade Luterana do Brasil, Canoas,
Brazil
Curso de Medicina, Universidade Luterana do Brasil,
Canoas, Brazii
A lesão cerebral grave que decorre do trauma Crânio-encefàlíco (TCE), lesão cerebral
traumática (LCT) grave está associada a uma taxa de mortalidade que varia de 30% a
70%. A alta taxa de mortalidade tem sido o principal incentivo de estudos na busca de
bioroarcadores, embora existam controvérsias, quanto ao seu valor prognóstico. Neste
sentido, o objetivo do presente trabalho foi determinar se níveis séricos de sFas e do
fator de necrose tumoral alfa (FNT-a) apresentam correlação com o desfecho primário
(morte/sobrevivênciaj em homens, vitimas de LCT isolada grave. Foram incluídos
neste estudo prospectivo dezessete indivíduos consecutivos, do sexo masculino,
vitimas de LCT grave isolada, classificadas pela pontuação obtida entre três e oito na
Escala de Coroa de Glasgow (ECGla), e seis voluntários higidos, que constituíram o
grupo controle. As variáveis de desfecho clinico investigadas foram: sobrevivência,
tempo para alta do centro de terapia intensiva (CTI), e a avaliação neurológica na alta
do CTI, para a qual foi utilizada a Escala de Evolução de Glasgow (EEGla). Durante a
internação no CTI, foram obtidas duas amostras de sangue venoso dos indivíduos
traumatizados incluídos RO estudo; a primeira, no moi&eixto do ingresso (admissão no
estudo) e a segunda, 24 horas após. As concentrações séricas de sFas e FNT-a foram
determinadas pelo tnétodo de ELISA íEnzyme Liked Imunosordent Assayí. Na
admissão no estudo (tempo •nédio de 10,2 horas após o evento traumático), as
concentrações médias de sFas e FNT-a foram significativamente mais altas no grupo
constituído pelas vítimas com LCT (0,105 pg/L e 24,275 pg/1, respectivamente),
quando comparadas ao grupo controle (0,047 pg/L e 15,475 pg/1, respectivamente).
Contudo, não houve correlação entre concentrações mais altas de sFas ou FNT-a
séricos e o desfecho fatai. Assim sendo, concluímos que niveis elevados de sFas e v
FNT-a sérico na LCT grave isolada em homens podem indicar morte celular por apoptose, mas não predizem
o desfecho fatal.
GREIZYMODESTO GOMES
Estudante de Medicina
AVALIAÇÃO DA ATUALIZAÇÃO EM RESSUCITAÇÃO CARDIOPULMONAR EM WEB
SITES ESPECIALIZADOS EM URGÊNCIA/EMERGÊNCIA Eulália Mª. Silveira P. Silva *
Janaína Perpétua Morelli * Lillyane S. A. P. Novo * Patrícia Maria Massaroli * Rebeka da Silva
K. Mussi *. (*) Acadêmicas do 4º ano de Enfermagem da faculdade Universidade Paulista
(UNIP) campus JK, São José do Rio Preto/SP. Orientadora: Profª Mestre Cléa Dometilde Soares
Rodrigues ** Co-orientadora: Profª Marcela Gonzales Ferreira **. (**) Docentes do 4º ano de
Enfermagem da faculdade UNIP, campus JK, São José do Rio Preto/SP.
Introdução: Segundo Costa, 1998, a parada cardiorespiratória (PCR) é definida como
interrrupção de batimentos cardíacos necessários para uma atividade mecânica ventricular útil e
ausência de respiração em que requer uma ressuscitação cardiorespiratória(RCR). São
considerados prioritários e indispensáveis o diagnóstico precoce da PCR, a pronta instituição dos
suportes básicos e avançados de vida, incluindo a desfibrilação elétrica e o uso precoce e
agressivo de agentes farmacológicos vasopressores. Estes fatos associados contribuirão para o
sucesso da RCR.Várias técnicas tem sido testadas nos últimos anos numa tentativa de melhorar
o rendimento nas manobras de reanimação cardiorespiratórias. Em 13/12/2005 foram
modificadas recomendações de BLS (Suporte básico de vida) para melhorar a qualidade de
compressões torácicas. Objetivo: Verificar os web sites especializados em urgência/emergência
se estes estão atualizados sobre o novo protocolo de atendimento da Ressuscitação Cárdio
Pulmonar (RCP). Metodologia: O estudo compreende uma revisão bibliográfica de análise
qualitativa; O estudo será realizado com busca ativa nos web sites do Brasil especializados em
urgência/emergência. Por meio de leitura dos protocolos e busca manual nos acervos da
biblioteca da UNIP e FAMERP. Os dados serão analisados e apresentados por meio de
frequência numérica, gráficos e quadros. Palavra chave: Parada Cardiorespiratória; Resultados:
740 sites pesquisados no total; 10 sites com protocolos atualizados, 1,5% ; 27 sites com
protocolos não atualizados, 3,5%; 703 sites que não contém protocolo, 95%. Conclusão:
Segundo à conclusão da “Atualização em Reanimação Cardipulmonar: O que mudou com as
novas Diretrizes!; rev. Brasileira de Terapia Intensiva, vol. 18 nº 2, Abril-junho,2006, O
conhecimento e atualização quanto às novas diretrizes do IlCOR são fundamentais para o
atendimento a PCR.”. Segundo a nossa pesquisa foi constatada que os webs sites encontrados
precisam
ser
atualizados
diante
das
novas
diretrizes.
AVALIAÇÃO DA EVOLUÇÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS VÍTIMAS DE
TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO MODERADO
Bruno Freire de Castro; Sérgio Diniz Guerra; Vinícius Caldeira Quintão;
Christian Martins Macêdo; Rodrigo Costa dos Santos; Tatiana Teixeira de Souza
UTI Pediátrica do Hospital João XXIII / FHEMIG – Centro de Pesquisa e Pósgraduação da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Liga Mineira
do Trauma BeloHorizonte / MG
A Escala de Coma de Glasgow (ECG) tem sido amplamente empregada para a análise
de pacientes vítimas de TCE. Existem poucos estudos avaliando a evolução de pacientes
pediátricos vítimas de TCE moderado. Objetivos: Analisar a evolução de pacientes
pediátricos vítimas de TCE moderado. Metodologia: Estudo coorte, prospectivo,
incluindo pacientes de zero a 18 anos admitidos no Hospital João XXIII vítimas de TCE
moderado. A gravidade do TCE foi baseada na ECG, tendo sido considerado como TCE
moderado aqueles pacientes com soma de 9 a 13. Resultados: No período de junho de
2005 a janeiro de 2006, foram analisados 27 pacientes, analisando-se a soma da ECG de
admissão, de 24 horas, após 3 dias e após 7 dias. A média de idade foi de 8,62 anos. A
soma da ECG da admissão teve média de 11; a média da ECG de 24 horas foi de 12,9;
de 3 dias foi de 12,5; e de 7 dias foi de 12,8. Após o primeiro dia, 18 pacientes (81,81%)
melhoraram a pontuação na ECG. Cinco (18,5%) pacientes foram intubados. Treze
(48,14%) pacientes foram internados na UTI. Quatro (14,81) foram submetidos a
neurocirurgia, e 2 (7,4%) tiveram monitorização de pressão intracraniana. Não houve
hipertensão intracraniana e nenhum óbito. Conclusão: Todos os pacientes evoluíram
com melhora. Não houve óbito ou hipertensão intracraniana no grupo estudado de
pacientes com TCE moderado. Palavras-chave: Glasgow, TCE, pediatria
AVALIAÇÃO DA GRADE DE REFERÊNCIA HOSPITALAR DA
CIDADE DE SÃO PAULO Acad. Fábio Serra Barbosa
da Silva. Profa. Dra. Simone de Campos Vieira Abib, Prof. Dr.
José Honório de Almeida Palma da Fonseca, Prof. Dr. Luiz Francisco Poli de
Figueiredo, Dra. Daniela Paoli de Almeida,
Local de execução: Departamento de Cirurgia da UNIFESP, SAMU-SP e
Corpo de Bombeiros de São Paulo
Introdução
A existência de um sistema organizado para o atendimento ao traumatizado por si
só previne mortes no trauma.O atendimento a um politraumatizado inicia-se no préhospitalar. Na cidade de São Paulo, há dois sistemas públicos operantes, quais
sejam: o 193 e o 192. O acionamento do sistema é feito por chamadas à Central
de Operações do Corpo de Bombeiros (COBOM), que tem visão da disponibilidade
de viaturas e leitos hospitalares, e um médico regulador. Os hospitais mandam fax
informando a disponibilidade ou não de receber vítimas do pré-hospitalar. A grade
de referência que consta no mapa deveria funcionar bem, mas devido à grande
diversidade de problemas na saúde pública, sabemos que ela funciona até certo
ponto.
Objetivo
Avaliar o funcionamento da grade de referência hospitalar vigente visando à
melhoria do sistema, por meio da análise dos fax recebidos pelo COBOM.
Material e Métodos
Levantamento dos fax recebidos pelo COBOM num período de quatro meses. Para
organização e tabulação das informações contidas em cada fax, dividimos a
pesquisa em 3 fases: primeira, organização física dos fax (1); segunda, digitação
no Excel (2); e por último, análise da base de dados formulada no programa SPSS
(3).
Resultados
Foram levantados fax durante 4 meses, no período de 22/09/2005 à 25/01/2006,
totalizando 6804 fax em 116 dias, configurado uma média de 58,7 fax/dia.
Os hospitais que mais apresentaram problemas ao COBOM foram listados em
ordem
decrescente.
As regiões Leste e Sudeste foram as mais problemáticas para o COBOM. Ambas,
com
grave problema no que se refere à falta de especialidade e superlotação.
Discussão / Conclusões
- Há necessidade de padronização dos fax e sugerimos um modelo.
- Há necessidade do redimensionamento da grade de referência da cidade de
São Paulo.
- As regiões Leste e Sudeste são as mais problemáticas e merecem maior
atenção.
- O motivo de recusa rnais frequente é a superlotação.
- Este estudo serve como base para um trabalho inter-institucional, visando a
melhoria da grade de referência.
AVALIAÇÃO DO EFEITO DO MANITOL NA PRESSÃO INTRACRANIANA DE PACIENTES
PEDIÁTRICOS COM TRAUMATISMO CRANIENCEFÁLICO MODERADO E GRAVE
Thales Eduardo Caldeira Moraes ; Sérgio Diniz Guerra ; Pedro Geraldo Jr. ; Rodrigo
Costa dos Santos ; Tatiana Teixeira Souza ; Thaylise Martins Sanabria - UTI Pediátrica
- Hospital João XXIII / FHEMIG / Liga Mineira do Trauma / Centro de Pós-GraduaçãoFCMMG / Belo Horizonte/MG/Brasil
INTRODUÇÃO: O traumatismo craniencefálico (TCE) em pediatria está associado corn
elevada morbimortalidade. A hipertensão intracraniana (HIC) é causa conhecida de
dano secundário em vítimas de TCE moderado e grave. O manitol tem sido usado no
seu tratamento. No entanto, existe um número limitado de estudos pediátricos que
documentem a eficácia de seu uso. OBJETIVO: Analisar o efeito do manitol na pressão
intracraniana (PIC) em pacientes pediátricos com TCE moderado e grave, submetidos
à rnonitoração da PIC. MÉTODOS: Estudo piloto de coorte, prospectivo, incluindo
crianças e adolescentes entre zero e 18 anos completos, admitidos no HJXXIII, vítimas
de traumatismo moderado e grave submetidos à rnonitoração da PIC e que
necessitaram de manitol para HIC. A coleta de dados foi realizada no momento da
infusão da medicação e durante os 60 minutos seguintes, em intervalos de 5, 10, 15,
30 e 60 minutos. RESULTADOS: No período de Junho de 2005 a Janeiro de 2006
foram admitidos no HJXXIII 85 pacientes com TCE moderado e grave, sendo que 29
tiveram rnonitoração da PIC. Destes 29 pacientes, 20 necessitaram de tratamento com
manitol, e foi possível obter 23 medidas à beira do leito. Os valores da PIC antes da
aplicação do manitol variaram de 21 a 52 mmHg (média de 34). Após 5 min, a média
de redução da PIC foi de 7,7 mmHg (22,5%). Em 95,7% dos casos, houve redução da
PtC após 10 min (redução média de 8,6 mmHg , 25,2%). Após 15 min, houve redução
média de 6,3 mmHg (18,4%). Na média, a redução máxima da PIC ocorreu após 30
min (10,8 mrnHg - redução de 31,5% do valor inicial). Após 60 min da infusão da droga
a redução média da PIC foi de 9,8 mmHg (28,6%). CONCLUSÃO: O manitol foi eficaz
na redução da PIC, já tendo seu início de ação após 5 min, mas tendo sua a cão
máxima após 30 min.
TITULO: AVALIAÇÃO SOBRE O CONHECIMENTO DO 193 NA POPULAÇÃO SUL
FLUMINENSE.
AUTORES: Alex Pitzer Garcia; Taciana Paula de Souza; Vinicius Moraes Mariano;
OBJETIVO: Através desta pesquisa temos como objetivo elucidar o conhecimento da
população da região sul do estado do Rio de Janeiro na notificação de acidentes ao
Corpo de Bombeiros, bem como a correlação ao número a ser ligado, no caso 193.
METERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados questionários impressos contendo
identificação com nome, data de nascimento, escolaridade, naturalidade, profissão e
estado civil, com 3 perguntas relacionadas a iniciativa do leigo frente a uma vitima de
acidente. A pesquisa foi realizada, em feiras de saúde, com moradores das cidades de
Porto Real, Três Rios, Paracambi, Rio das Flores, Vassouras e Mendes, todas
localizadas na região sul fluminense. Sendo oferecido panfleto explicativo após o
preenchimento do questionário.
RESULTADOS: Observou-se que em caso de acidente 1,33% (2 pessoas) não fariam
nada, 8,66% (13 pessoas) socorreriam e 76,66% (115 pessoas) chamariam o
socorro.Em relação a amostra de 115 entrevistados, os quais chamariam socorro,
1,74% (2 pessoas) acionariam o vizinho, 4,34% (5 pessoas) a policia, 39,13% (45
pessoas) o bombeiro e 54,78% (63 pessoas) a ambulância. Estes ao serem
questionados para qual numero ligariam 11,30% (13 pessoas) 190, 6,95% (8 pessoas)
192, 20% (23 pessoas) 193, 19,13% (22 pessoas) outros e 42,60% (49 pessoas) não
sabem.
CONCLUSÃO: Analisando os resultados obtidos, verificou-se que dos 150
entrevistados 115 (76,66%) chamariam o socorro. Dentre estes observamos que 20%
(23 pessoas) ligariam para o numero 193 e 39,13% (45 pessoas) acionariam o Corpo
de Bombeiros. Desta forma evidenciamos que somente 18,26% (21 pessoas) dos que
chamariam socorro correlacionaram o numero 193 com os bombeiros.Sendo assim
este estudo tem o intuito de mostrar a falta de correlação entre a instituição (Bombeiros)
e seu número (193) por parte da população. Com isso demonstra-se o despreparo da
comunidade em chamar socorro de maneira adequada, já que as pessoas reconhecem
que devem ligar para os bombeiros, porém desconhecem o número a ser discado.
PALAVRAS CHAVES: 193; Bombeiros; Sul Fluminense.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. http://www.cbmerj.rj.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO;
2. www.polmil.sp.gov.br/ccb/; CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA
MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO;
3. http://www.bombeiros.mg.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE
MINAS GERAIS.
TITULO: AVALIAÇÃO SOBRE O CONHECIMENTO DO 193 NO ENSINO MÉDIO, EM
VASSOURAS-RJ.
AUTORES: Vinicius Moraes Mariano; Taciana Paula de Souza; Milton Sant´Anna
Freitas Filho; Hígor Vinicius Almeida Mirando; Vitor Torres Pacheco; ONG PROJETO
VIDAS, UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA (USS), VASSOURAS – RJ – BRASIL.
OBJETIVO: Através desta pesquisa temos como objetivo elucidar o conhecimento dos
estudantes do ensino médio da rede publica na notificação de acidentes ao Corpo de
Bombeiros, bem como a correlação ao número a ser ligado, no caso 193.
METERIAIS E MÉTODOS: Foram utilizados questionários impressos contendo
identificação com nome, data de nascimento, escolaridade, naturalidade, profissão e
estado civil, com 3 perguntas relacionadas a iniciativa do leigo frente a uma vitima de
acidente. Sendo oferecido panfleto explicativo após o preenchimento do questionário.
A pesquisa foi realizada com alunos do 3º do ensino médio do Colégio Estadual Santa
Rita, na cidade de Vassouras – RJ, com um universo de 62 alunos.
RESULTADOS: Observou-se que em caso de acidente 0% não fariam nada, 9,68%
socorreriam e 90,32% chamariam o socorro.Em relação a amostra de 56 alunos, os
quais chamariam socorro, acionariam, 3,57% vizinho, 1,58% policia, 46,42% bombeiro,
57,14% ambulância e 1,58% não sabem. Estes ao serem questionados para qual
numero ligariam 5,35% 190, 5,35% 192,83,92% 193, 7,14% outros e 8,92% não
sabem.
CONCLUSÃO: Analisando os resultados obtidos verificou-se que dos 62 alunos 56
chamariam o socorro. Dentre estes 83,92% (47 alunos) ligariam para o numero 193 e
46,42% (26 alunos) acionariam o Corpo de Bombeiros. Desta forma evidenciamos que
menos da metade dos entrevistados, no caso 44,64% (25 alunos) dos que chamariam
socorro, correlacionaram o número 193 com os bombeiros, assim mostrando a
necessidade de promover projetos, principalmente nas escolas, que informem de
maneira clara e elucidativa o número do telefone e a instituição a ser acionada em caso
de emergência.
PALAVRAS CHAVES: 193; Bombeiros; Leigo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
4. http://www.cbmerj.rj.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO;
5. www.polmil.sp.gov.br/ccb/; CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA
MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO;
6. http://www.bombeiros.mg.gov.br/; CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE
MINAS GERAIS.
CARNAJU 2006: ATUAÇÃO DO SAMU 192 ARACAJU
ALVES, F.S.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C.; BRASILEIRO, F.F.; COSTA,
M.C.M.; FRANÇA, C.R.; BARRETTO, M.X.A.; LIMA, H.J.S.; SEABRA, J.D.;
SANTOS, A.M.; KREMPSER, R.R. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju.
Estado: SE BRASIL
Introdução: O Carnaju é um evento que ocorre nos dias do carnaval, na cidade de
Aracaju, com o objetivo de comemorar a folia de momo. Ocorrem apresentações de
grupos musicais, as quais são prestigiadas por grande número de populares, aumentando
a possibilidade de ocorrências com danos à saúde. O SAMU 192 ARACAJU participou
deste evento através da montagem de um Posto Médico Avançado (PMA), com equipe
de profissionais com a finalidade de prestar assistência à população presente no evento.
Objetivo: Traçar o perfil do atendimento desenvolvido pelo SAMU 192
ARACAJU durante o Carnaju 2006.
Metodologia: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA do SAMU 192
ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e organizados em forma de
gráfico para melhor visualização.
Resultados: Nos 5 dias de evento, trabalharam 77 profissionais e foram realizados 93
atendimentos. Destes, 48,4% (N=45) clínicos; dentre os quais prevaleceram os casos de
alcoolismo com 28,9% (N=13), e 51,6% (N= 48) traumáticos; os traumas diversos
liderando com 29,2% (N=14). 29 (31,2%) eram do sexo feminino e 64 (68,8%)
pertenciam ao sexo masculino. Oito (8,6%) pacientes necessitaram de remoção para
unidades hospitalares e não-hospitalares de urgência, sendo todos encaminhados em
Unidades de Suporte Básico. 85 pacientes tiveram seus agravos resolvidos no próprio
posto, denotando um índice de resolutividade de 91,4%.
Conclusão: A atuação do SAMU 192 ARACAJU, através de um PMA durante o
Carnaju 2006 evitou o aumento da demanda hospitalar na rede de urgência e emergência
nos dias do evento pelos casos gerados no local da festa. Do contrário, haveria uma
sobrecarga do sistema, que normalmente é previsto em eventos desse porte.
CAUSAS E LESÕES MAIS FREQUENTES EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
VÍTIMAS DE ACIDENTE COM BICICLETA
Michelle Dornelles Santarém / Zoraide Immich Wagner / Porto Alegre-RS - Brasil
Os acidentes na infância e na adolescência representam, cada vez
mais, um maior número de vidas abreviadas e invalidadas. Os acidentes
relacionados ao ciclismo tornam-se muito comuns por ser, este, um tipo de
esporte popular de recreação entre crianças e adolescentes de diversas idades.
Estes acidentes podem resultar em sequelas sérias, irreversíveis e até mesmo
à rnorte. A falta de equipamentos de proteçâo como capacetes, roupas
apropriadas, buzinas, joelheiras, cotoveleiras e protetores de pulso, acarretam,
com frequência, lesões que podem comprometer a integridade física desta
criança e ou adolescente. Este estudo é de caráter exploratório descritivo,
retrospectivo, com abordagem quantitativa dos dados. A população do estudo
foram crianças e adolescentes de ambos os sexos, com idade entre 5 e 17
anos, internadas no período de 01 de junho de 2003 a 01 de junho de 2004, na
UTI Pediátrica do Hospital Municipal de Pronto-Socorro de Porto Alegre,
apresentando causa maior de sua internação, lesões decorrentes de acidentes
relacionados ao ciclismo. Trinta prontuários compuseram a amostra deste
estudo. Esta pesquisa teve como principal objetivo, identificar as lesões mais
frequentes e relacionar a multicausualidade dos acidentes com bicicleta em
crianças e adolescentes, visando fornecer subsídios que possam contribuir para
a elaboração de um Programa de Prevenção de Acidentes à população que
utiliza a bicicleta como esporte ou diversão. A lesão mais frequente em crianças
e adolescentes vítimas de acidentes de bicicleta foi o trauma de crânio (83,3%)
seguida das lesões superficiais de pele (63,3%), lesões de extremidades (40%),
trauma facial (30%), trauma abdominal e de tórax (13,3%) e trauma ocular
(10%). As vítimas apresentaram lesões múltiplas na sua maioria. Os meninos
foram os mais atingidos, totalizando 70% dos casos. A faixa etária com maior
número de ocorrências foi a de 8 aos 10 anos. Os acidentes ocorreram em ruas
e avenidas movimentadas, no final da tarde, início da noite. O verão e as
estações com temperaturas mais amenas e agradáveis, como o outono e a
primavera, são os períodos do ano em que estes acidentes mais aconteceram,
totalizando 67% da amostra. Já no inverno podemos constatar que ocorreu uma
diminuição do número de ocorrências (33%). A queda de bicicleta (46%) é a
causa principal destes acidentes, seguida de colisões (37%) e atropelamentos
(17%). Dentre os 30 casos analisados 77% tiveram alta hospitalar para casa,
13% transferência interna, 7% transferência externa e 3% óbito. Onze crianças
tiveram sua alta inspirando cuidados mínimos, 13 com cuidados especiais e 5
crianças apresentaram sequelas definitivas, sendo que 4 delas apresentaram
trauma de crânio. Acreditamos que a redução de incidência de acidentes na
infância e adolescência pode somente ser alcançada com a implantação de
programas de prevenção específicos, prevenção esta, que deve ser frequente,
severa e praticável. Com certeza uma política educacional séria e bem
elaborada, aliada a uma legislação rigorosa e que seja cumprida pêlos órgãos
policiais e jurídicos, diminuirá estes assustadores dados. Palavraschavês:Causas - Lesões - Acidentes de Bicicleta - Prevenção.
CIRURGIA DE URGÊNCIA E TRAUMA: PERFIL DOS PROCEDIMENTOS REALIZADOS
EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Gustavo Pereira Fraga, Eliana Maria Souza A. Fernandes, Danielle Menezes
Cesconetto, Jorge Carlos M. Curi, Mario Mantovani
Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP
Objetivo: Avaliar o perfil de procedimentos cirúrgicos realizados em um serviço
universitário com residência médica voltada para a formação do cirurgião de urgência,
com ênfase nos procedimentos realizados em vítimas de trauma. Método: Estudo
descritivo em que foram avaliados todos os procedimentos cirúrgicos realizados no
período entre janeiro de 1994 e dezembro de 2005, no centro cirúrgico de urgência de
hospital universitário terciário, pelos cirurgiões de uma mesma equipe, incluindo
urgências traumáticas, não-traumáticas e reoperações. Nesse período de 12 anos um
total de 12.092 cirurgias foram realizadas e registradas em protocolo no programa EpiInfo. Resultados: A maioria dos procedimentos (81,5%) foi de urgências nãotraumáticas, sendo mais freqüentes as apendicectomias, traqueostomias e
colecistectomias. Procedimentos cirúrgicos em vítimas de trauma foram realizados em
2.238 casos novos (18,5%), não incluindo reoperações. O ano de 1997 foi o que
apresentou a maior casuística de cirurgias em trauma (276 casos, 24,3% das cirurgias
daquele ano), sendo que a incidência desses procedimentos vem diminuindo nos
últimos anos, sendo que em 2005 foram realizadas apenas 93 cirurgias. Em vítimas de
trauma, os ferimentos por projétil de arma de fogo constituíram o mecanismo de trauma
mais freqüente (44,7%) e a laparotomia foi o procedimento mais realizado (77,7%).
Conclusões: O número de procedimentos cirúrgicos vem diminuindo no serviço,
principalmente em vítimas de trauma. Os fatores que contribuem para isto são: redução
da violência na região, criação de outros serviços habilitados para atender urgências
cirúrgicas e a consolidação do tratamento não-operatório em diversas lesões
traumáticas.
Palavras-chave: cirurgia; urgências cirúrgicas; trauma; educação médica.
COMPARAÇÃO ENTRE ÍNDICES DE GRAVIDADE DOS PACIENTES
TRAUMATIZADOS INTERNADOS NA UTI-HEPA
Louise Fontes Lima; Ricardo Alessandro Teixeira Gonsaga; Jorge Luís Santos Valliati;
Raul José de Andrade Vianna Jr; Antônio Tonele Bafi; Bruno Peron Coelho da Rocha
Hospital Escola Padre Albino, Faculdade de Medicina de Catanduva, Catanduva – SP
Objetivo: Comparar a efetividade dos índices de risco “Revisited Trauma Score,”(RTS),
“Trauma and Injury Severity Score”(TRISS) e “Acute Physiology and Chronic Health
Evaluation”(APACHE) II na avaliação do prognóstico em pacientes vítimas de
traumatismos graves.
Materiais e Métodos: A amostra incluiu os pacientes admitidos na Unidade de
Tratamento Intensivo do Hospital Escola Padre Albino num período de 10 meses. Os
dados foram obtidos dos prontuários médicos através de formulário padronizado e
armazenados em um banco de dados computadorizado e posteriormente submetidos à
análise estatística.
Resultados: A maioria dos pacientes (76%) foi do sexo masculino. Encontrou-se a
média de idade de 42,4 anos com desvio padrão (DP) de 19,06 e moda de 21 anos. O
mecanismo de trauma foi trauma abdominal fechado em 80% dos casos e 92%
apresentavam trauma crânio encefálico (TCE). O tempo médio de internação foi de 15
dias (DP= 13,02), 94% dos pacientes necessitaram de ventilação mecânica e 56%
desenvolveram infecção por germe multi-resistente. A média dos valores dos índices
prognósticos foram 5,95 do RTS (DP=1,77); 20,38 do ISS (DP=10,45); 79,67% do
TRISS (DP=25,82); 20,44 do NISS (DP=10,36); e 15,58 do APACHE II (DP=7,22). A
taxa de óbitos foi de 38,8% na população estudada.
Conclusões: Foi possível verificar que a probabilidade de sobrevida de acordo com o
TRISS e NTRISS esteve próxima à encontrada pelo APACHE II, cerca de 80%, em
contraste com a mortalidade observada, justificada pela elevada prevalência de trauma
contuso e TCE.
Palavras-chave: trauma - índices prognósticos - UTI
A EXPERIÊNCIA DO TRATAMENTO CONSERVADOR DE LESÃO ESPLÊNICA POR
TRAUMA CONTUSO NO HOSPITAL JOÃO XXIII
Helio Machado Vieira Jr., Franco Antônio Cordeiro Neves, Sizenando Vieira Starling,
Domingos André Fernandes Drumond.
Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil
Objetivo: relatar a experiência do Hospital João XXIII na conduta conservadora de
pacientes portadores de lesão esplênica, bem como relatar os resultados deste tipo de
tratamento, e o protocolo desenvolvido no serviço. Material e métodos: trabalho
prospectivo realizado através de coleta de dados em ficha especialmente desenvolvida
para a pesquisa. Resultados: durante o período de novembro de 2004 a junho de 2006,
o Hospital João XXIII tratou de forma conservadora 116 pacientes, dos 172 admitidos
com lesões esplênicas, todos por trauma contuso de variados graus. Eles foram
acompanhados 24 horas por dia por médico residente em Cirurgia do Trauma, em
enfermaria específica com este propósito (SAT – Sala de Apoio ao Traumatizado),
sendo monitorizado de forma contínua e realizando exames periódicos segundo
protocolo rígido. Destes 116 pacientes, houve falha no tratamento em 9 pacientes
durante a internação, e em 1 após receber alta. Conclusão: a adoção de tratamento
conservador em pacientes com lesão esplênica deve ser acompanhada de um
diagnóstico correto, de armamento propedêutico adequado, acompanhamento e
avaliações periódicas e protocolo rígido e bem estabelecidos, além de estrutura
humana e hospitalar eficientes. Os pacientes indicados para tratamento não operatório
são aqueles estáveis hemodinamicamente à admissão ou após reposição volêmica,
com ausência de irritação peritoneal, sendo todos submetidos a tomografia
computadorizada para classificação da lesão e tomada de decisão de inclusão no
protocolo. O índice de sucesso do tratamento não operatório foi considerável (91%),
com 1 óbito não relacionado a lesão esplênica (síndrome da angústia respiratória
aguda). Os resultados estão acima do esperado por algumas séries em se tratando de
adultos, muito provavelmente em decorrência da sistematização adotada. Palavraschave: lesão esplênica, trauma abdominal contuso, tratamento conservador.
COMPLICAÇÕES DO DIAGNÓSTICO TARDIO DE TRAUMA
PANCREÁTICO CONTUSO – RELATO DE CASO
Paula Eiko Takau Brino; Rui Henrique Coimbra de Siqueira;
Diego Figueiredo Oliveira Sarasqueta; Maurício Godinho
Hospital de Caridade São Vicente de Paula, Jundiaí, SP, Brasil
Introdução: O trauma de pâncreas responde por 2-12% dos
traumas abdominais. É resultado da atuação de forças de alta
energia e se diagnosticado tardiamente pode contribuir com o
aumento significativo da morbimortalidade. Objetivo: Demonstrar a
necessidade do diagnóstico precoce do trauma pancreático
associado a lesão de outros órgãos em pacientes vítimas de trauma
abdominal contuso. Relato de Caso: Paciente do sexo masculino,
16 anos, vítima de queda de motocicleta, trazido pelo serviço de
resgate, apresentando trauma abdominal contuso, atendido e
liberado em outro serviço com o diagnóstico de fratura de arco
costal. Após quatorze dias procurou o serviço de referencia de
trauma da cidade com fortes dores abdominais. Durante sua
internação foi diagnosticado trauma pancreático grau III com auxílio
de tomografia computadorizada. Desde sua internação evoluiu com
complicações, como ascite, sepse, derrame pleural, fístula e
necrose pancreática corpo caudal Foi submetido a duas
laparotomias exploradoras para debridamento pancreático e
orientação de fístula. Foi tratado com antibiótico, jejum, octreotide
e nutrição parenteral, evoluindo bem até receber alta hospitalar.
Conclusão: Devido sua localização retroperitoneal as
manifestações clínicas do trauma pancreático podem ser sutis,
retardando deste modo seu tratamento. Assim torna-se evidente a
necessidade da avaliação do politraumatizado por profissionais
experientes em hospitais de referência.
COMPLICAÇÕES DO REPARO PRIMÁRIO DE LESÕES TRAUMÁTICAS
PENETRANTES DO CÓLON
Gustavo Pereira Fraga, Larissa Berbert Arias, Felipe Alberto Piva, Mario
Mantovani
Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP
Objetivo: As lesões de cólon são freqüentes em traumas penetrantes e atualmente o
reparo primário dessas lesões é a conduta adotada na maioria dos casos. As
complicações infecciosas são relativamente freqüentes, e o objetivo do presente
estudo é avaliar a morbidade dos pacientes tratados com reparo primário (sutura ou
ressecção com anastomose) em nosso serviço. Método: Estudo descritivo em que se
avaliou a morbidade geral e complicações diretamente relacionadas ao reparo primário
(deiscência ou fístula de cólon, abscesso intra-cavitário e peritonite), em 220 pacientes
com trauma penetrante de cólon tratados com sutura (199 casos) ou ressecção e
anastomose imediata (21 casos), no período de janeiro de 1990 a dezembro de 2003.
Resultados: O reparo primário foi indicado em 68,5% dos traumas penetrantes de
cólon. A maioria foi causada por ferimento por projétil de arma de fogo (182 casos 82,7%). Em 10 pacientes (4,5%) o intervalo de tempo entre o trauma e a cirurgia foi
maior do que 6 horas. Outras lesões abdominais associadas estavam presentes em
84,5% dos casos e o ATI teve uma média de 23. A morbidade global foi de 34,5%. A
incidência de fístula de cólon foi 5,5% (11 casos) no reparo primário e de 9,5% (2 casos)
na ressecção com anastomose. A incidência de peritonite foi de 2% (4 casos) no reparo
primário e de 9,5% (2 casos) na ressecção com anatosmose. Entre os 19 casos de
óbito (8,6%), apenas um paciente teve esta evolução decorrente de complicação da
sutura primária. Conclusões: O reparo primário pode ser indicado com segurança no
tratamento do trauma de cólon. As taxas de complicações muito se assemelham às
observadas na cirurgia eletiva do cólon, e a colostomia no trauma penetrante só é
indicada em casos de exceção.
Palavras-chave: trauma; cólon; sutura intestinal; fístula; complicação.
CONCEPCÇÃO DA EQUIPE DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE
URGÊNCIA SOBRE A SUA PRÁTICA
**Ana Paula Casella
**Daniela Sanches Attab
**Fernanda da Silva
**Márcio José Garcia Borges
**Cristiane
***Cléa Dometilde Soares Rodrigues
***Marcela Gonzales Ferreira
*Resultados parciais do Trabalho de Conclusão de Curso.
**Acadêmicos do Curso de Graduação em enfermagem do 8° período da
Universidade Paulista - campus JK-de São José do Rio Preto
** *Docentes do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade
Paulista -campus JK-de São José do Rio Preto
Introdução: Há muitos séculos a assistência no transporte de pessoas feridas
constitui uma preocupação entre todos os povos. Assim, o atendimento préhospitalar é uma estratégia política de saúde implantada no Brasil nos últimos
dez anos, conforme modelo francês, que visa através do Serviço de
Atendimento Móvel às Urgências (SAMU) atender urgências e emergências de
diversas etiologias. Objetivo: O estudo visa avaliar a qualidade do serviço
prestado pêlos profissionais que atuam no SAMU de São José do Rio Preto.
Metodologia: estudo de campo transversal, descritivo exploratório com análise
quantitativa, sendo utilizado como instrumento um questionário com questões
abertas e fechadas. As variáveis de interesse para o estudo foram: sexo, idade,
tempo de profissão, jornada dupla de trabalho, tempo de trabalho na área,
qualificação do profissional de enfermagem para a área pré-hospitalar,
liderança nos atendimentos, comunicação entre os profissionais durante o
atendimento, perfil do enfermeiro para área pré-hospitalar e atendimento
humanizado. O período de estudo compreendeu o mês de agosto. Resultados:
dos 25 profissionais avaliados, nos revelou que 56% da população eram do
sexo masculino, e 44% do sexo feminino. Em relação à variável idade observase que a faixa etária de 23 a 28 anos obteve um percentual de 40% ; 32%
variaram de 29 a 33 anos e 28% da população com idade de 34 anos. Em
relação a variável categoria profissional, 48% dos profissionais são técnicos de
enfermagem, 28% são médicos 16% são enfermeiros e apenas 8% da
população são auxiliares de enfermagem. Quanto ao tempo de formação
profissional 32% de 4 a 6 anos, 24% tem de O a 3 anos de formados 12% de 7
a 9 anos, 4% mais de 10 anos deformação e 28% dos entrevistados não
responderam a esta questão. Dos que respondentes 76% fazem jornada dupla
de trabalho. Quanto à assistência prestada ao cliente, 68% consideram os
procedimentos de enfermagem tecnicamente corretos e apenas 32% não os
consideram, 60% afirmam que a história clínica é clara e objetiva. Em relação à
interação durante os procedimentos prestados 96% consideram esta relação
existente e 68% qualificam os profissionais de enfermagem para o atendimento
pré-hospitalar; 76% afirmam que o enfermeiro lidera a equipe. Conclusão: Os
resultados preliminares deste estudo revelaram que os procedimentos e
atitudes prestadas pêlos profissionais de enfermagem do SAMU de SJRP são
de qualidade, porém sabem da necessidade do aperfeiçoamento constante.
Além disso, o papel do enfermeiro e da assistência de enfermagem
sistematizada e humanizada tem fundamental importância para o serviço,
devendo, porém aprimorar em alguns aspectos. Palavras-Chaves: Atendimento
Pré-Hospitalar; Assistência de Enfermagem; SAMU.
CONDUTA CONSERVADORA NO TRAUMA HEPÁTICO POR ARMA DE FOGO
COM INSTABILIDADE HEMODINÂMICA:
RELATO DE 2 CASOS
Mateus Alves Borges Cristino, Conrado Leonel Menezes, Bruno Carlo Vieira Lemos,
Tatiana Duarte, Leandro Toledo Carvalhido, Bruno de Freitas Belezia,. Hospital
Municipal Odilon Behrens, Belo Horizonte/MG
Objetivos: relatar dois casos de trauma hepático por arma de fogo (TAF) tratados de
forma conservadora, apesar da instabilidade hemodinâmica. Materiais e Métodos:
relato de 2 casos. Relato dos casos – Caso 1: Paciente masculino, 37 anos, vítima de
TAF no hipocôndrio direito, admitido hemodinamicamente estável, com escala de coma
de Glasgow de 15 e sem sinais de irritação peritoneal. A Tomografia Computadorizada
(TC) inicial revelou lesão nos segmentos 5,6,7 e 8. Evoluiu com instabilidade
hemodinâmica com pressão arterial sistólica de 70 mmHg, sem alteração do estado de
consciência ou sinais de irritação peritoneal. Respondeu a infusão de 2000 ml de SF
0,9% e de 600 ml de concentrado de hemácias. Na enfermaria evoluiu com estabilidade
hemodinâmica e febre no 6º dia de internação. Radiografia de tórax mostrou
pneumonia em base. TC abdominal mostrou líquido livre na pelve e boa evolução da
lesão hepática. Recebeu alta hospitalar no 14º dia de internação. Caso 2: Paciente do
sexo feminino, 18 anos, vítima de TAF no hipocôndrio direito, admitido
hemodinacamente instável com pressão arterial sistólica de 80 mmhg, freqüência
cardíaca em 128 bpm, sem resposta verbal e agitada. Respondeu a infusão de soro
fisiológico e 600ml de concentrado de hemácias. Evoluiu sem sinais de irritação
peritoneal. TC revelou lesão nos segmentos 7 e 8. Não foi realizada TC de controle.
Recebeu alta hospitalar no 7º dia de internação sem intercorrências. Conclusões: O
tratamento não operatório do trauma hepático por arma de fogo com instabilidade
hemodinâmica é possível de ser realizado em casos selecionados. A TC é essencial
para o diagnóstico e classificação da lesão. Palavras-chave: trauma hepático; arma
de fogo; não operatório; conservador.
CONHECER O PREPARO E AS DIFICULDADES DO ENFERMEIRO QUE ATUA NO
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR. Autor. BARBOSA, Juliano Augusto; COSTA,
Daniela Silva Garcia; CUNHA. Fabiola Vieira: SILVA, Crisíiane G.; SOUZA, Gláucio
Jorge; Faculdades Integradas Teresa D'Ávila, Lorena - São Paulo - Brasil.
Introdução: A realidade nos mostra que o trauma e emergências clínicas assumiram
proporções endémicas em todo o mundo, tornando uma das principais causas de
mortalidade.Objetivo: Descrever o perfil, conhecer o preparo técnico e emocional, e as
dificuldades de enfermeiros que atuam em APH (atendimento pré-hospitalar).Métodos:
Trata-se de uma pesquisa quantitativa com abordagem qualitativa, descritiva e
exploratória utilizando como instrumento para coleta de dados questionário com
perguntas abertas e fechadas. Tal ferramenta foi aplicada a 10 Enfermeiros que atuam
no serviço de APH de uma rodovia interestadual, no Vale do Paraíba. Resultados:
Evidenciaram, que dois indfpduos possuem especialização, um está cursando, sete
não tem especialização na área, 30% dessa população sentiam-se preparados
tecnicamente e psicologicamente na contratação, 70% não se sentiam preparados,
10% passaram por treinamento e 90% não. Para manterem-se atualizados 20% vão á
congressos, 17% realizam seminários, 20% palestras, 17% cursos e 26% leitura
específica, 73% acharn necessário ter um preparo emocional maior quando atendem
a crianças, 9% á idosos e 18% todas, 33% respondeu que necessitam de um preparo
técnico maior quando atendem á atropelamento, 25% queda de veículo em ribanceira,
17% vítimas presas nas ferragens e 25% todas, 10% dos enfermeiro^|necessitam de
apoio psicológico 90% não. Para amenizar o estresse após ocorrências desgastantes
os enfermeiros encontraram diversas maneiras, 69% discute a ocorrências com
membros da equipe, 23% brincam para descontrair e 8% isola-se e reflete.
Considerações Finais: Para oferecei»uma assistência humanizada aos qjjentes é
preciso criat estratégias que facilitem o preparo técnico desses profissionais. É
importante a capacitação contínua através de cursos e treinamentos em serviço.
Descritores: APH; Urgência; Emergência; Trauma % Resgate.
CORRELAÇÃO ENTRE A ALCOOLEMIA E OS ÓBITOS POR ACIDENTES DE TRÂNSITO NA
REGIÃO DE SOROCABA, SP EM 2005
Eduardo Bertolli; Luiz Henrique Mazzoneto Mestieri; Renata Ipolito Meneguette; Ingrid
Helena Lopes de Oliveira; Raquel Radaelli de Figueiredo; Bruno Asprino Fiancio; Olivia
Figueira; José Mauro da Silva Rodrigues. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DO CENTRO
DE CIÊNCIAS MÉDICAS E BIOLÓGICAS DA PUC/SP
Introdução: O álcool é uma droga lícita, que figura entre as mais consumidas no Brasil,
e comumente associa-se a eventos traumáticos como os acidentes de trânsito,
normalmente tendo o óbito de suas vítimas como desfecho. Objetivo: Identificar o
consumo de álcool nos óbitos por acidentes de trânsito ocorridos na região de
Sorocaba, SP. Material e métodos: Análise retrospectiva dos laudos das necropsias
realizadas pelo Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba durante o ano de 2005,
identificando, entre os envolvidos com acidentes de trânsito, aqueles onde foi realizada
a pesquisa de álcool no sangue. Resultados: Foram levantados 1107 laudos das
necropsias realizadas pelo IML de Sorocaba em 2005, sendo 83,2% das vítimas do
sexo masculino e uma média de 37,2 anos. Foi realizada a dosagem da alcoolemia em
659 casos (59,53%) e os acidentes de trânsito corresponderam a 33,38% desses
óbitos. A dosagem mostrou-se positiva em 113 vítimas (51,36%), sendo a alcoolemia
média de 1,85 g/dl. As principais causas de óbito, em ambos os grupos, foram as
colisões (52,27%), atropelamentos (25,45%) e capotamentos (7,27%) Conclusão: O
consumo de álcool está fortemente associado aos óbitos por acidentes de trânsito. A
adoção de medidas para a redução do consumo de bebidas alcoólicas deve ser
considerada como forma de diminuir esse quadro.
Palavras-chave: Álcool, óbitos, acidentes
CORRELAÇÃO ENTRE A ALCOOLEMIA E os ÓBITOS POR VIOLÊNCIA
NA REGIÃO DE SOROCABA, SP EM 2005
Eduardo Bertollj; Luiz Henrique Mazzoneto Mestieri; Renata Ipolito Meneguette;
Ingrid Helena Lopes de Oliveira; Raquel Radaelli de Figueiredo; Bruno Asprino
Fiancio; Ouvia Figueira; José Mauro da Silva Rodrigues. FACULDADE DE CIÊNCÍAS
MÉDICAS DO CENTRO DE CIÊNCIAS MÉDICAS E BIOLÓGICAS DA PUC/SP
Introdução. Apesar do consumo de álcool ser socialmente aceito, sabe-se que
a associação desta droga com eventos traumáticos, como a violência
interpessoal, é bastante comum em nosso meio e causa frequente de óbitos.
Objetivo: identificar o consumo de álcool nos óbitos por causas violentas
ocorridos na região de Sorocaba, SP em 2005. Material e métodos: Análise
retrospectiva dos íaudos das necropsias realizadas pelo Instituto Médico Legal
(IML) de Sorocaba durante o ano de 2005, identificando, entre os óbitos por
causas violentas aqueles onde foi realizada a pesquisa de álcool no sangue.
Resultados: Foram levantados 1107 laudos das necropsias realizadas peio IML
de Sorocaba em 2005, sendo 83,2% das vítimas do sexo masculino e uma
média de 37,2 anos. Foi realizada a dosagem da aícoolemia ern 659 casos
(59,5%) e as causas violentas estiveram presentes em 44,8% desses óbitos,
dividindo-se em dois grandes grupos: violência auíi-inflingida (14,2%) e
violência interpessoal (85,8%). A dosagem de alcoolemia foi positiva em 45,4%
das vítimas e o valor médio foi de 1,5 g/dl. O enforcamento foi a causa mais
comum de óbito por violência auto-inflingída (45,2%). Já entre os casos de
violência interpessoal, predominaram os ferimentos por projëtil de arma de fogo
(FPAF), respondendo por 80,3% entre as vítimas com alcoolemia negativa e
70,2% entre aquelas com alcoolemia positiva. Conclusão: O consumo de álcool
está fortemente associado aos óbitos por causas vioienias. A adoção de
políticas sociais visando a redução do consumo de bebidas alcoólicas deve ser
considerada como forma de diminuir esse quadro.
Palavras-chave; Álcool, violência, óbitos
CORRELAÇÃO ENTRE A CLASSIFICAÇÃO TOMOGRAFICA DE MARSHALL, A
MONITORAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA E A OCORRÊNCIA DE HIPERTENSÃO
INTRACRANIANA EM PACIENTES PEDIÁTRICOS VÍTIMAS DE TRAUMATISMO
CRANiENCEFÁUCO MODERADO Ë GRAVE Rodrigo de Oliveira Pinheiro Lopes; Chrisíian
Martins Macedo; Tatiana Teixeira de Souza; Vinícius Caldeira Quintão; Sérgio Diniz Guerra,
Bruno Freire de Castro
UTI Pediátrica Hospital João XXI» - FHEMiG / Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais
/ Liga Mineira do Trauma / Belo Horizonte, Minas Gerais
OBJET1VO: Correlacionar a apresentação tomográfica inicial de acordo com a cfassificação de
Marshall com a monitoração da pressão intracraniana (PIC) e o desenvolvimento de hipertensão
intracraniana (HIC). MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo coorte, prospectivo, descritivo, incluindo
pacientes pediátricos, vitimas de traumatismo craniencefáüco (TCE) moderado e grave e
submetidos à monitoração da pressão intracraniana. As lesões foram agrupadas segundo a
classificação proposta por Marshall: Lesões Difusas (LD) tipos 1, 2, 3 e 4; Lesões Expansivas
Evacuada (LEE) e Não-Evacuada (LENE). RESULTADOS: Dos 43 pacientes, 39 eram do sexo
masculino. A média de idade foi de 9,9. A média da nota de Giasgow foi 8,7. Sete pacientes
obtiveram classificação LD1 e não tiveram moniíoração da PIC. Dos 22 classificados como LD2,
4 foram monitorados, 3 (75%) desenvolveram HIC e 1 (25%), H\C refrataria (HiCr). Nove foram
classificados como LD3, 8 receberam moniíoração, 6 (75%) desenvolveram HIC e 2 (25%),
HlCr. O único paciente classificado como LD4, monitorado, desenvolveu HlCr. Quatro LENE, um
com HIC. CONCLUSÃO: A ocorrência de H!C e HlCr foi muito frequente em todos os pacientes
em que PiC foi monitorada, apesar da classificação 2, 3 ou 4. É evento mais frequente em
pediatria do que se tem relatado. PALAVRAS-CHAVE: Traumatismo craniencefáüco,
Tomografia Computadorizada.
DEMANDA DE PACIENTES DE TRAUMA EM PRONTO-SOCORRO DE HOSPITALESCOLA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Mariana Cremonesi, Sibele Fernandes, Wagner de Aguiar, Renata de Souza, Daniela
Misawa, Sônia In, Carolina Lopes, Giane Leandro, Iveth Whitaker – Universidade Federal
de Paulo – SP, Brasil.
Objetivo: Caracterizar os pacientes de trauma atendidos na sala de emergência do
pronto-socorro, de um hospital-escola da região sul do município de São Paulo, segundo
variáveis demográficas, tipo de causa externa, tempo de permanência no hospital,
desfecho e gravidade do trauma. Material e método: Trata-se de estudo descritivo
realizado no Hospital São Paulo (HSP) da Universidade Federal de São Paulo. Os dados
de outubro a dezembro de 2003 foram obtidos, restrospectivamente, das fichas de
atendimento do pronto-socorro (PS) e do prontuário do paciente, em caso de internação.
A gravidade do trauma foi mensurada por meio do cálculo do New Injury Severity Score
(NISS). Resultados: O total de pacientes de trauma atendidos na sala de emergência
(SE) do PS foi de 1085, com predomínio de homens até os 70 anos. As causas externas
que mais ocasionaram a busca pela assistência no PS foram acidentes de transporte
(48,7%), quedas (24,2%) e agressões (19,2%). Os acidentes de motocicleta e as quedas
foram os eventos mais freqüentes em homens e, as quedas em mulheres. Do total,
91,8% dos pacientes foram acometidos por lesões de intensidade leve e moderada,
resultando em permanência de até 24 horas no hospital para 94,7% e alta hospitalar em
92,5%. Conclusão: A demanda de pacientes de trauma na SE do PS no hospital-escola
estudado constituiu-se, sobretudo, de jovens do sexo masculino, vítimas de acidentes
de motocicleta e quedas, sem gravidade importante que receberam alta em 24h.
Descritores: acidentes, violência, trauma, emergência.
DESPESAS
DE
ATENDIMENTO
HOSPITALAR
RELACIONADAS
A
ATROPELAMENTOS NA CIDADE DE CURITIBA-PR
Fayruz Rodrigo Marcolini, Francisco José Gomes de Castro, Rodolfo Cardoso de
Toledo Fº, William Augusto Casteleins Cecílio, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço.
Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do
Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil.
Objetivos: Levantamento das despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de
atropelamentos, atendidas em um centro de referência de trauma. Materiais e Métodos:
Foram incluídos todos os pacientes vítimas de atropelamentos, trazidos para
atendimento no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros
dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi
recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e
Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise acidentes de trânsito cujos
mecanismos foram diferentes do citado. Os dados receberam tratamento estatístico
pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se o teste de Kruskal-Wallis para 2
grupos e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram
recebidos 35 pacientes no período considerado, sendo 18 masculinos (51,4%) e 17
femininos (48,6%), tendo média de idade de 45 +/- 22,3 anos. O valor total recebido
pelo Hospital por estes atendimentos foi de R$12.431,29, com média de
R$355,18/paciente. Três pacientes apresentavam hálito etílico (8,6%), todos homens,
cujo valor médio do atendimento foi superior (R$1.928,77), mas não significativo
(p=0,0875), em comparação aos que não apresentavam (R$207,65). Avaliando a
gravidades das lesões pelo Injury Severity Score (ISS), obteve-se uma variação de 0 a
11 pontos, com média ponderada de 2,48. Comparando os valores gastos em relação
ao ISS, não encontrou-se diferença estatisticamente significativa (p=0,6159) entre eles.
O RTS (Revised Trauma Score) médio calculado foi de 7,841 para todos os pacientes,
não ocorrendo óbitos. Tomando-se os valores do Glasgow isoladamente, estes
variaram entre 15 e 13 pontos e os valores financeiros a eles relacionados também não
diferiram estatisticamente (p=0,4522). Conclusões: A análise das despesas médicohospitalares relacionadas a atropelamentos evidenciou valores muito superiores em
atendimentos a pacientes que apresentavam hálito etílico na sala de emergência, em
comparação aos que não apresentavam. Estratificando separadamente os preditores
de gravidade de lesões, ISS, RTS e escala de Glasgow, não foram observadas
diferenças significativas nos gastos a eles relacionados. Palavras-chave:
Atropelamentos, despesas hospitalares.
DESPESAS HOSPITALARES RELACIONADAS A COLISÕES AUTOMOBILÍSTICAS
ATENDIDAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DE TRAUMA
Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Francisco José Gomes de Castro, William Augusto
Casteleins Cecílio, Fayruz Rodrigo Marcolini, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga
Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador
UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil.
Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de
colisões envolvendo primariamente automóveis. Materiais e Métodos: Foram incluídos
todos os pacientes vítimas de colisões automobilísticas, atendidos no Pronto Socorro
do Hospital do Trabalhador, durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os
valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de
duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se
da análise mecanismos envolvendo motocicletas. Os dados receberam tratamento
estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de Variância e
considerando-se p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: Foram
observadas 32 colisões que cumpriram os critérios de inclusão, sendo que 25 vítimas
(78,1%) eram homens. A média de idade foi de 41,1 +/- 19,3 anos. As despesas totais
destes atendimentos foram de R$9.303,61 (média de R$290,74/paciente). A maioria
das vítimas, 17 pacientes (53,1%), não usava cinto de segurança no momento do
acidente, sendo que nove destes eram condutores. Aproximadamente dois terços da
despesa total (R$6.717,57) foi gasto com pacientes que não utilizavam cinto de
segurança, apesar de não significativo estatisticamente (p=0,0672). Em relação aos
motoristas, o valor gasto foi de R$6.319,18, representando 87,9% do total (p=0,1051).
Dos tipos de colisões, 56,3% foram auto-auto, respondendo por R$3.693,02 da
despesa, enquanto 21,9% foram auto-bicicleta (R$3.841,21) e 9,4% auto-anteparo
(R$1.103,25), no entanto estas comparações não foram significativas (p=0,4272).
Observou-se hálito etílico em três pacientes (9,4%), cuja despesa média (R$330,45)
foi maior do que a média despedida nos outros 29 pacientes (R$286,63), também não
significativa. A gravidade das lesões foi avaliada pelo Injury Severity Score (ISS), com
média ponderada de 1,6 pontos. A comparação dos valores financeiros pela gravidade
das lesões mostrou-se estatisticamente significante (p=0,0232). O RTS (Revised
Trauma Score) calculado teve média de 7,83 pontos, não houve óbitos. Conclusões:
Constatamos que as despesas médico-hospitalares no atendimento de vítimas de
acidentes automobilísticos, excluindo-se motocicletas, foram maiores nos pacientes
que não usavam cinto de segurança, fato verificado na maioria dos casos. Além disso,
a despesa média dos pacientes que apresentavam hálito etílico foi maior em
comparação com os que não apresentavam. A gravidade das lesões foi considerada
baixa, no entanto respondendo pela maior parte dos valores recebidos pelo hospital, o
que foi considerado estatisticamente significativo. Palavras-chave: Colisões, despesas
hospitalares.
DESPESAS INTRA-HOSPITALARES COM TRAUMATISMO CRANIO-ENCEFÁLICO
DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
William Augusto Casteleins Cecílio, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Fayruz Rodrigo
Marcolini, Francisco José Gomes de Castro, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga
Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador
UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil.
Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento médico-hospitalar a vítimas de
acidentes automobilísticos com traumatismo crânio-encefâlico (TCE), atendidas em um
centro de referência de trauma. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os
pacientes vítimas de acidentes automobilísticos que apresentavam TCE, atendidos no
Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros dias do mês de
Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo
hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de
Saúde. Excluíram-se da análise todos os mecanismos que não envolvessem veículos
automotivos terrestres e pacientes que não apresentassem TCE. Os dados receberam
tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de
Variância e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados:
Foram identificados 25 pacientes que satisfizeram os critérios de inclusão, sendo 18
(72%) do sexo masculino. A média de idade foi de 31,2 +/- 17,3 anos. O valor total
recebido pelo Hospital com estes pacientes foi de R$17.917,89, com média de
R$716,72 por paciente. A gravidade das lesões foi avaliada pelo Injury Severity Score
(ISS), resultando em média ponderada de 1,37. Os valores financeiros foram mais
elevados nos pacientes que tiveram TCE leve (ISS=1), respondendo por R$13.975,15
do valor recebido, não estatisticamente significativo (p=0,9670). Em relação aos
mecanismos de trauma que resultaram em TCE, 11 (44%) foram colisões,
respondendo por 63.9% dos gastos (R$11.277,92, média de R$1.025,26/paciente). Em
seguida vieram as quedas de motocicleta (07 casos, 28%), respondendo por 24,6% da
despesa (R$4.411,77, média de R$630,25/paciente) e atropelamentos (também 07
casos), com gastos de R$2.228,20 (12,4% do total, média de R$318,32/paciente).
Entre as quedas com moto, dois pacientes não utilizavam capacete, sendo que a média
do valor gasto neste caso (R$635,99) foi superior à média do valor referente aos cinco
outros que utilizavam (R$627,96), não significativo, no entanto. O Glasgow verificado
na emergência variou de 15 a 12, observando-se uma média de R$1.090,82 para estes
(02 casos) e R$601,72 para aqueles (16 casos), não significativo (p=0,7726). O RTS
(Revised Trauma Score) calculado teve média de 1,734 pontos, ocorrendo apenas um
óbito (4%). Conclusões: O impacto financeiro do atendimento intra-hospitalar de
vítimas de acidentes automobilísticos apresentando traumatismo encefálico foi maior
naqueles com TCE leve. Os mecanismos que resultaram em maiores despesas foram
devidos a colisões diversas. Em relação à escala de Glasgow, os menores índices
verificados na amostra tiveram maiores despesas financeiras. Palavras-chave:
Traumatismo crânio-encefálico, despesas hospitalares.
DIAGNÓSTICO CIRÚRGICO DE APENDICITE EM PACIENTE ADOLESCENTE
VÍTIMA DE TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO – RELATO DE CASO.
William Augusto Casteleins Cecílio, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Marta Ângela de
Souza Brandão, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT)
e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador, Universidade Federal do
Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
Objetivo: Relatar o caso de atendimento a vítima de trauma abdominal contuso, que
evoluiu com abdômen agudo cirúrgico e diagnóstico per-operatório de apendicite aguda
auto-amputada. Materiais e Métodos: Relato de caso cirúrgico atendido no Suporte
Avançado de Vida, do Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador. Resultados:
Paciente masculino, 14 anos, oriundo de Morretes, litoral do Paraná, apresentava dor
abdominal intensa e história de trauma abdominal contuso ocorrido no mesmo dia. O
mecanismo foi queda de 3 metros de altura e impacto direto do abdômen na superfície
de um rio. Trouxe ultrassonografia abdominal feita em Morretes, com imagem sugestiva
de hematoma e contusão hepática. Apresentava-se hemodinamicamente normal,
abdômen pouco distendido, tensão voluntária aumentada, movimentos de defesa e
ruídos hidroaéreos pouco diminuídos. A radiografia de tórax estava normal.
Hemograma com 10.900 leucócitos (76% de bastões) e amilase normal (12 U/dl).
Realizou-se tomografia axial computadorizada de abdômen e pelve, onde observou-se
distensão hídrica de alças intestinais e líquido livre intra-peritoneal. Foi mantida
conduta conservadora, com hidratação, analgesia, sondagem naso-gástrica e controle
de diurese. Após 16 horas da admissão permanecia a dor abdominal, drenagem de
200ml de líquido bilioso pela sonda, dispnéia e parada de eliminação de fezes. Estava
afebril, sonolento e taquipnéico. Optou-se por rotina radiológica para abdômen agudo,
revelando presença de pneumoperitôneo, sendo encaminhado a laparotomia
exploradora. A inspeção da cavidade abdominal mostrou-a ocupada por 2 litros de
secreção purulenta, onde evidenciamos apendicite auto-amputada. Realizou-se
apendicectomia e lavagem da cavidade. Não foi encontrado presença de fecalito na
peça cirúrgica. Após 9 dias internado, recebeu alta hospitalar em boas condições.
Conclusões: Poucos relatos existem sugerindo relação causal entre trauma abdominal
fechado como etiologia de apendicite aguda, o que é controverso na literatura. Baseado
nisso, enfatizamos que apenas altos índices de suspeição podem evitar evolução
incipiente nestes casos, a despeito dos exames complementares disponíveis.
Palavras-chave: trauma abdominal, trauma fechado, apendicite.
DRENAGEM TORÁCICA SOB BLOQUEIO INTERCOSTAL POSTERIOR NO
TRAUMA.
Carlos Alberto da Silva Gomes; Érico Correia Nepomuceno; Marco Aurélio de Freitas
Cabral; Rafael Fábio Maciel; Eduardo Luiz de Araújo Borges. Unidade de Emergência
Dr. Armando Lages – Maceió/AL, Brasil.
Os autores apresentam estudo que objetiva avaliar a aplicabilidade do bloqueio
intercostal posterior como técnica anestésica para drenagem torácica no trauma.
Trata-se de um estudo prospectivo realizado entre Janeiro de 2002 e Agosto de
2006 na Unidade de Emergência de Maceió, onde foram selecionados 42 pacientes,
vítimas de traumatismo torácico, submetidos à técnica proposta que bloqueia todo
hemitórax a ser drenado.
O referido bloqueio anestésico foi alcançado com sucesso em 80,95% (n=34)
destes pacientes. Não se atingiu o bloqueio em 08 pacientes, dos quais 06 (14,28%)
ocorreram entre os 12 primeiros procedimentos – o que se atribui à curva de
aprendizagem.
A anestesia regional descrita para drenagem torácica é de fato um método
aplicável sem maiores complicações e torna o procedimento muito mais confortável
para o paciente.
Unitermos: Bloqueio; Intercostal; Posterior; Trauma.
É PACIENTES VÍTIMAS DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO EM CABEÇA E PESCOÇO
AVALIADAS SEGUNDO RTS E DESFECHO
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme
Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro
Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná,Brasil.
Introdução: Os ferimentos por arma de fogo representam porcentagem significativa das
causas de trauma em cabeça e pescoço. A possibilidade de quantificar sua gravidade
através do Escore de Trauma Revisado (RTS) permite uma análise quanto ao
prognóstico do paciente.Objetivos: Analisar a gravidade do trauma através do RTS,
nos pacientes atendidos no Hospital Universitário Cajuru, vítimas de ferimento por arma
de fogo (FAF) em cabeça e pescoço. Materiais e métodos: Estudo descritivo
retrospectivo baseado na revisão de prontuários de pacientes vítimas de FAF em
cabeça e pescoço, atendidos no hospital em Curitiba e Região Metropolitana, no
período de janeiro a dezembro de 2005. Resultados: Os 62 pacientes atendidos com
lesões exclusivas em cabeça e pescoço apresentaram RTS médio de 6,96. Com RTS
entre O e 1 encontramos apenas um paciente que foi à óbito após tratamento
conservador. RTS entre 1 e 2 tivemos 2 pacientes, um com óbito na sala de emergência
e outro após internamento para observação apenas; RTS entre 4 e 5, foram 5
pacientes, 3 foram para cirurgia, um falecendo durante a cirurgia e 2 no pós-operatório
e os outros 2 foram internados para tratamento conservador e evoluíram para óbito.
Entre 6 e 7 tivemos 7 pacientes, sendo que 3 foram para cirurgia e 4 foram internados
para tratamento conservador, todos receberam alta. Já entre 7 e 8, tivemos 43
pacientes com 23 indo para cirurgia e 20 internados para observação, todos os
pacientes receberam alta. Conclusão: índices de trauma como RTS são importantes
para avaliar gravidade e estabelecer prognóstico. Nos pacientes corn lesão em cabeça
e pescoço o RTS mostrou-se de grande importância para avaliar a gravidade das
lesões causadas por FAF, podendo assim ser utilizado para estabelecer a melhor
conduta.
EFEITO DO TIOPENTAL NO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO
INTRACRANIANA REFRATÁRIA DE PACIENTES PEDIÁTRICOS
COM TCE MODERADO E GRAVE
Vinícius Caldeira Quintão; Tatiana Teixeira de Souza; Rodrigo de
Oliveira Pinheiro Lopes; Ricardo Nunes Borges de Paula; Thaylise
Martins Sanabria; Sérgio Diniz de Guerra
UTI Pediátrica do Hospital João XXIII – FHEMIG / Faculdade de
Ciências Médicas de Minas Gerais / Liga Mineira do Trauma / Belo
Horizonte, Minas Gerais
O uso de barbitúricos no TCE grave para controle da PIC elevada
se remota a mais de 6 décadas. Cerca 21% a 42% das crianças
com TCE irão evoluir com hipertensão intracraniana (HIC)
refratária. Uma opção a esses casos é o uso de barbitúricos como
o tiopental. Objetivos: Avaliar os efeitos do uso do tiopental para
hipertensão intracraniana (HIC) refratária em pacientes pediátricos
com TCE moderado e grave. Metodologia: Estudo coorte,
prospectivo, incluindo pacientes pediátricos de uma UTI, vítimas de
TCE moderado e grave que fizeram uso de tiopental. Resultados:
No período de junho de 2005 a janeiro de 2006, foram admitidos 84
pacientes com TCE moderado e grave. Sexo masculino 65
(77,4%). A média e mediana da idade foram de 9,92 e 10,5,
respectivamente. A média e mediana da nota de Glasgow à
admissão foram de 7,9 e 7, respectivamente. O tipo de trauma mais
prevalente foi o atropelamento. Em 28 (33,3%), dos 84 pacientes,
houve monitoração da PIC, sendo que o coma barbitúrico, foi
induzido em 12. Dos pacientes que usaram tiopental a média e
mediana de idade foi de 9,1 e 9,5 anos, respectivamente. Seis, dos
12 pacientes, evoluíram para craniectomia. Nove pacientes
necessitaram de vasopressores. Dez pacientes morreram por
causa da HIC incontrolável. Somente dois pacientes sobreviveram,
mas foram submetidos a craniectomia. Conclusão: O tiopental foi
causa freqüente de hipotensão arterial sistêmica, não controlou a
HIC refratária e não evitou os óbitos secundários a esta.
Palavras-chave: Tiopental, hipertensão intracraniana
Embolia Venosa Transtorácica por projétil de Arma de Fogo: Relato de caso
Juliana Barcellos Dias Silva, Rafael Califani, Ricardo Estevam Martins, Francisco
Américo, Gustavo Pereira Fraga
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, Campinas, São Paulo, Brasil.
Objetivo: relatar um caso de embolia venosa transtorácica por projétil de arma de fogo.
Relato do Caso: paciente do sexo masculino, 55 anos, vítima de ferimento por projétil
de arma de fogo (FPAF) com orifício de entrada em região deltóidea esquerda, sem
orifício de saída. Hemodinamicamente estável, Glasgow 15. Realizado exames
radiológicos, sem localizar o PAF e após 12 horas, foram repetidos os exames onde se
detectou o PAF no abdome, em região para-vertebral direita com consecutivos
deslocamentos, delineando um trajeto descendente entre os níveis de T12, L3 e L5.
Após 48h, realizada tomografia de tórax e abdome que evidenciou PAF na topografia
do músculo psoas direito. À celiotomia exploradora não foram observadas lesões
viscerais ou retroperitôneais e o PAF não foi encontrado. No 2º dia pós-operatório (PO)
o paciente apresentou trombose venosa profunda em membro inferior direito. Solicitada
cavografia que evidenciou, à radioscopia, o PAF na topografia cardíaca. Realizada
arteriografia pulmonar que demonstrou um PAF alojado no ventrículo direito.
Submetido à cirurgia cardíaca, o PAF foi encontrado alojado no músculo papilar do
ventrículo esquerdo. O paciente recebeu alta no 28º dia de internação hospitalar (19º
PO da operação cardíaca). Conclusão: Nos casos onde não se encontra orifício de
saída ou o projétil alojado, deve-se suspeitar de embalia. O embolismo vascular
geralmente acompanha o fluxo sanguíneo, mas pode ocorrer embolização retrógrada
quando, por exemplo, este sofre ação da gravidade, movimentos respiratórios e
tamanho do projétil. A cirurgia para a retirada do projétil é indicada em pacientes
sintomáticos, em casos de projéteis parcialmente alojados no miocárdio, próximo a
artérias nobres ou na câmara cardíaca esquerda. A conduta não operatória é tomada
quando o projétil está completamente incrustado no miocárdio, espaço pericárdico ou
câmara cardíaca direita. Palavras chaves: embolia venosa transtorácica, embalia.
EMBOLIZAÇÃO EM TRAUMA RENAL CONTUSO
Mauricio Godinho(Faculdade de Medicina de Jundiaí);Raphael Francisco Vesterman
Alcalde(FMJ); Tatiana Canavezzi(FMJ);Diego Sarasqueta(FMJ); Sandra Grossi(FMJ)
O trauma renal é o dano mais comum do trato urinário. Sua incidência varia de acordo
com a população estudada. Porém, o trauma renal representa aproximadamente 3%
de todos os traumas admitidos e está presente em cerca de 10% dos pacientes com
trauma abdominal. Quanto a sua etiologia, o trauma renal pode ser dividido em
penetrante ou contuso. O trauma abdominal contuso corresponde a aproximadamente
70% dos traumas renais. A ultrassonografia e a urografia venosa podem ser usadas
para diagnóstico, porém somente a TC pode nos informar efetivamente o estado do
rim traumatizado e classificar o grau da lesão, assim com a arteriografia pode ser usada
como parte do tratamento. O principal sinal presente no trauma renal é hematúria, e
como sintoma a dor abdominal, com predomínio em flanco e região lombar.O objetivo
do trabalho é mostrar a eficácia do tratamento conservador no trauma renal grau
IV.Materiais e métodos: Relato de caso de paciente S.J.B., 19 anos, vítima de queda
de moto, seguida de rolamento, trazido pelo SAMU.Avaliação inicial:A:VAP + colar,
sat:98%; B:MV+ s/RA, FR: 22ipm; C:hemod. normal PA:110x60, p:92bpm; D: ECG:15,
s/ sinais neurológicos; E: escoriações em ombro D (direito), flanco D e região lombar
D. Avaliação secundária: dor abdominal em HCD e flancoD. Encaminhado para TC
abdome com duplo contraste que evidenciou hematoma retroperitoneal à D, pequeno
derrame pleural à D e lesão renal grau IV à D. Encaminhado para UTI, onde foi optado
por tratamento conservador. Realizado arteriografia que evidencio ausência de
contraste em pólo superior renal à D e extravasamento de contraste para sistema pielocalicial, sendo realizado embolização arterial da art. renal direita. Resultados:paciente
teve alta após 14 dias de internação com preservação renal. Conclusões: Desde que
bem indicado e bem conduzido, o trauma renal grau IV pode ser tratado
conservadoramente, com preservação do orgão.
ÊMBOLO BALÍSTICO EM VEIA CAVA INFERIOR, APÓS TRAUMA
CARDÍACO
Bruno Viana Nuss. Hélio Machado Vieira Jr., Eduardo Vergara,
Domingos André Fernandes Drumond.
Hospital João XXIII, Belo Horizonte - MG/Brasi!
Objetivo: relatar um caso raro de êmbolo balístico, em veia cava inferior(VCI) após
trauma cardíaco penetrante, e seu manejo. Material e métodos: relato de caso.
Resultados: paciente vítima de trauma torácico à direita, por projétil de arma de
fogo, sendo submetido a exames de imagem que revelaram presença deste em
câmara cardíaca e sinais de tamponamento ao ecocardiograma. À estemotomia
verificou-se orifício de entrada em átrio direito, sem orifício de saída. Projétil não
encontrado durante o ato cirúrgico. Exames de imagem no período pós-operatório
revelaram o mesmo em VCI. A extração foi realizada de forma endovascular, peta
veia femoral direita, sem íntercorrências. Conclusão: o trauma cardíaco
penetrante é uma condição grave, que requer na maioria dos casos intervenção
imediata. A possibilidade de investigação proporcionada pela estabilidade
hemodinâmica do doente, permitiu o emprego de propedêutica adequada,
levando ao correto diagnóstico. A intervenção cirúrgica foi então realizada em
condições ideais, apesar da urgência. A possibilidade de retirada do projétil por
via endovascular nos parece tática segura, oferecendo baixa morbidade e pronta
recuperação do paciente. Palavras-chave: trauma cardíaco penetrante, êmbolo
balístico.
EPIDEMIOLOGIA DOS ÓBITOS POR TRAUMA TORÁCICO REGISTRADOS NO IML
DE SÃO LUÍS-MA
Clarissa Soares da Fonseca Carvalho, João Arnaud Diniz Neto, Renato Palácio de
Azevedo, Edem Moura de Matos Jr, Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves
Ribeiro,Daniel Souza Lima.Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do
Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil.
Introdução: No trauma torácico, as condições fisiológicas que se instalam são
rapidamente progressivas, podendo em algumas situações levar à morte em questão
de minutos. Nem sempre é possível obter uma história completa das condições na qual
o trauma ocorreu.Objetivo: Demonstrar a prevalência do trauma torácico registrado no
IML de São Luís-MA no ano de 2004, bem como identificar suas etiologias mais
freqüentes e demais dados epidemiológicos relacionados.Material e Métodos: Estudo
retrospectivo envolvendo a consulta de registros de óbitos por trauma torácico nos anos
de 2004 e 2005 do Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA . Foi criado um banco
de dados no EPI INFO 2005 para análise estatística.Resultados: Dos 234 casos
analisados na amostra, o trauma torácico foi predominante no sexo masculino (95,3%).
A faixa etária mais acometida foi de 21-30 anos representada por 41,9%. O mês com
maior registro foi outubro com 15,8%,sendo domingo o dia de maior ocorrência com
34,2%. Arma de fogo e arma branca são as principais etiologias, com 45,3% e 41,9%
respectivamente. Lesão pulmonar e lesão cardíaca mostraram-se freqüentes com
29,6% e 28,6% respectivamente, sendo que a lesão de múltiplos órgãos foi da ordem
de 26,8 %. O choque hipovolêmico esteve presente em 16,7% dos óbitos.Conclusão:
Nesse estudo, o sexo predominante foi o masculino, a lesão por arma de fogo
predominou sobre a lesão por arma branca e acidente de trânsito. O domingo é o dia
com o maior número de ocorrências. A faixa etária de maior acometimento é entre 2130 anos, mostrando a relação entre os jovens e o trauma como resultado da violência
interpessoal, principalmente urbana.Palavras-chave: trauma,tórax.
EPIDEMIOLOGIA DOS PACIENTES VITIMAS DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO EM
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme
Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro
Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná,Brasil.
lntrodução:A violência nas suas mais variadas formas de manifestação,vem sendo
referida nos últimos anos como urn grave e relevante problema em diversos países,
inclusive no Brasil.Apesar das inúmeras formas com que a violência é praticada, este
estudo limita-se aos casos de violência em que ocorreu lesão corporal devido ao uso
de arma de fogo.Objetivos:determinar a epidemiologia das vítimas de ferimento por
arma de fogo atendidas no pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru,localizado
em Curitiba-PR,durante o ano de 2005.Materiais e métodos:estudo descritivo
retrospectivo baseado na revisão de prontuários.Foram revisados dados sobre
sexo,idade,procedência,momento e local do acidente e meio de transporte até o
hospital. Resultados:O espaço amostrai constou de 441 pacientes.O sexo
predominante foi o masculino com 95,9%(423).A faixa etária com maior prevalência foi
a de 16 a 25 anos, com 46,5%(243).O dia da semana de maior ocorrência foi
domingo(123 - 27,9%).O horário de chegada ao hospital mais frequente foi período
entre 21:00-00:00h com 28,2% dos casos (118).O meio de transporte mais utilizado
para chegada ao hospital foi via SIATE(Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma
em Emergência)/SAMU,totalizando 56,7%(253).A maioria dos pacientes era
procedente (263-59,63%) e foi ferida por arma de fogo na Região Metropolitana de
Curitiba (223-50,56%),maior demanda proveniente do município de Colombo
(15,6%).Conclusão:A violência atinge números crescentes na cidade de Curitiba e sua
região metropolitana .Podemos ressaltar que a maioria das vítimas são do sexo
masculino, adultos jovem, que representam uma grande parcela da população
economicamente ativa. As agressões ocorrem na região metropolina no período
noturno nos finais de semana.
Esteja Preparado, pois uma CATÁSTROFE pode Acontecer a Qualquer momento
RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Sueli Santos Oliveira;Vada, Adriana ;Sakô, Yara Kimiko; Vaidotas,Marina
Introdução: Catástrofe é o resultado de um evento natural ou provocado pelo homem,
que resulta em um número de vítimas que excede a capacidade de atendimento da
assistência local. Em 1999, preocupado com a possibilidade da ocorrência de evento
desta natureza e também cumprindo um padrão da Joint Commission Acreditation, o
Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) formulou um plano de catástrofe. Em maio de
2006 deflagramos o plano de catástrofe, devido um acidente de ônibus com 47 vítimas,
todos funcionários do hospital. Destas 47 vítimas, 43 eram verdes, 04 amarelas,
nenhuma vítima vermelha ou preta. O método usado foi Start. Os centros de comando
local e de emergência foram acionados assim como, setores de apoio, para o
atendimento as vítimas. A rotina de atendimento da unidade foi alterada, só atendemos
as urgências e emergências, as demais foram encaminhadas para outros serviços.
Comprovamos a efetividade do atendimento, o sincronismo a sinergia da equipe HIAE
engajada no mesmo objetivo, bem como oportunidades de melhorias dentro do fluxo
do atendimento de catástrofe.
Objetivo: Apresentar o relato de experiência no atendimento de múltiplas vítimas, em
uma situação real, envolvendo 47 funcionários que acionou o plano de catástrofe de
um hospital particular de grande porte de São Paulo
Resultados: As linhas mestras do plano de catástrofe do HIAE foram obedecidas e o
esquema geral de atendimento proposto foi seguido. Mostrou-se factível dentro de um
evento real, mas precisamos manter o Hospital alerta realizando simulados periódicos.
Metodologia: Padrões da Joint Commission, orientações da Sociedade Brasileira de
Atendimento Integrado ao Traumatizado – SBAIT. Utilizou-se o método start de triagem
e os protocolos institucionais anexos
Conclusão: Idealmente todo o hospital deveria ter o seu plano de catástrofe. A
resolução do caos, no menor tempo possível, é um objetivo importante. É necessária
a realização de simulados de situações que possam ocorrer para testar o plano de
catástrofe e manter viva na mente das pessoas o seu papel, já que tudo isso foge da
prática do dia- a- dia.
O importante não é cuidado individual, mas as ações que irão salvar o maior número
de vítimas possíveis.
ESTENOSE BRÔNQUICA PÓS-TRAUMÁTICA
RELATO DE CASO
Conrado Leonel Menezes, Augusto Motta Neiva, Mateus Alves Borges Cristino, Bruno
Carlo Vieira Lemos, Leandro Toledo Carvalhido, Carla Márcia Silva e Alves. Hospital
Odilon Behrens e Hospital Júlia Kubitschek, BH, MG
Introdução: As lesões traqueo-brônquicas após trauma torácico contuso são raras, mas
potencialmente letais. Sua real incidência é difícil de se estimar, pois a maioria dos
pacientes evolui para o óbito antes do atendimento hospitalar. O diagnóstico precoce
é a chave para evitar complicações desastrosas. Objetivo: Ressaltar a importância do
diagnóstico precoce desta e relatar uma apresentação incomum de ruptura brônquica.
Método: Relato de caso. Relato de Caso: Trata-se de paciente do sexo feminino, 15
anos, vítima de acidente automobilístico (queda de motocicleta). Foi diagnosticado
fratura de junção sacro-ilíaca à esquerda. Não apresentava queixas respiratórias e
tinha radiografia de tórax normal. Evoluiu, após duas semanas de trauma, com dor
torácica e velamento do hemitórax esquerdo à radiografia. Submetida à drenagem
pleural em selo d’água. Apesar do tratamento, não houve re-expansão pulmonar, o
dreno foi retirado e a paciente encaminhada ao nosso serviço. A radiografia sugeria
atelectasia. A broncoscopia mostrou estenose completa do brônquio principal
esquerdo. Submetida a toracotomia no H. Júlia Kubitschek, sendo o principal achado
a ruptura completa do brônquio esquerdo e cicatrização dos cotos a uma distância de
2 cm. Realizada a re-anastomose. A paciente evoluiu sem intercorrências. Conclusão:
A ruptura brônquica pós-traumática é evento raro, normalmente se apresenta como
dispnéia, enfisema subcutâneo ou óbito na cena do trauma. É preciso estar atento para
esta hipótese diagnóstica. A cirurgia é o tratamento de escolha mesmo que
tardiamente. Palavras-chave: estenose brônquica pós-trauma. Ruptura brônquica no
trauma.
ESTRANGULAMENTO PENIANO: ABORDAGEM E TRATAMENTO
Yeda Mayumi Kuboki, Thiago da Silveira Antoniassi, Danilo Alessandro Germini,
Glauco Veloso Rodarte de Melo, Rogério Yukio Morioka, André Luciano Baitello
.Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto – FAMERP. São José do Rio Preto,
São Paulo, Brasil.
Objetivos: Este trabalho tem como objetivo relatar um trauma urológico raro.
Material e Métodos: Homem, 44 anos, atendido no Serviço de Urologia do Hospital de
Base com história de há três dias, ter colocado um anel de rolamento metálico (aço
temperado) de 35mm de diâmetro por 27mm de largura, na base do pênis, sem ter
conseguido retirá-lo sozinho. Durante a anamnese o paciente referiu ter colocado o
anel com o intuito de manter a ereção e “proporcionar prazer à sua parceira”.
Resultados: O pênis apresentava-se extremamente edemaciado, acianótico, com anel
metálico em sua base o que promovia a presença de escaras, dor ausente e urinava
sem dificuldades. Apresentava lesão em grau 2 (injúria da pele e constrição do corpo
esponjoso sem evidência de lesão uretral) da Escala de Graduação de Injúria por
Estrangulamento Peniano proposta por Bath e Gangwal (1981). Para retirada do anel,
o paciente foi submetido à raquianestesia e sedação, sendo utilizado alicate
pneumático de alta pressão que fragmentou o rolamento em três partes, sem lesão do
órgão, num tempo inferior a um minuto.
Conclusão: O trauma de pênis é uma injúria incomum, existindo pouco mais de 200
casos isolados publicados na literatura. Este foi um caso que desafiou as Equipes do
Trauma e da Urologia do nosso Hospital.
Palavra chave: Trauma peniano, trauma urológico, escala de Graduação de Injúria por
Estrangulamento Peniano
ESTUDO DA CASUÍSTICA DAS VÍTIMAS DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
TENDIDOS NO PS DR. FRANCISCO ELESBÃO, NA CIDADE DE BOA VISTA RORAIMA.
arimi da Silva Botelho do Amaral. Gilberto Kocerginsky; Universidade Federal de
oraima, Boa Vista, RR, Brasil.
BJETIVO: Coleta de uma amostra de dados e acompanhamento dos pacientes
vítimas 3 acidentes de trânsito colocando em destaque as consequências ao
traumatizado e ;sultados que podem refïetfr a qualidade dos serviços prestados
peto Sistema Único de aúde. MATERiAIS E MÉTODOS; As coletas foram
realizadas por meio de jestionários, revisão de prontuários, observações livres e
busca nos sistemas de formação na Coordenação do Sistema Nacional de
Estatística e Departamento stadual de Trânsito. Além de entrevistas, exame
clínico, análise do prognóstico junto DS médicos assistentes ás vítimas.
Totalizando uma amostra de 214 pacientes. ESULTADOS: Observou-se na
amostra (p=214): prevalência do sexo masculino; 58% •am jovens;as rodovias
estaduais foram os locais corn maior índice; a motocicleta fez iais vítimas estando
envolvida em 68% dos acidentes, sendo que 87% dos pacientes ilatararn que
estavam portando capacete ;o uso do álcool foi relatado em 22% dos ridentes.
Quanto ás lesões: ern 44% lesão superficial; traumatismo crânio encefálico
Drrespondeu a 12%, As infecções foram as principais comptícações ocorridas e a
íeraçáo da marcha prevaleceu entre as sequelas; seguida de amputações. Foram
jgistrados 12 óbitos. CONCLUSÃO: Esperamos contribuir para elaboração de um
ano que normatíze o manejo ao traumatizado. Os acidentes podem ser
considerados, D menos teoricamente, como 100% preveníveis, existe um fator de
risco sobre o qual é Dssível atuar, modificando asstrn a ocorrência de eventos
traumáticos, PALAVRAS-HAVE: trauma, acidente de trânsito, atendimento
hospitalar.
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE PACIENTES VÍTIMAS DE QUEDA DE ALTURA E
DE QUEDA DA MESMA ALTURA EM FORTALEZA, AGOSTO DE 2005 À MARÇO DE
2006 Gabriel Teixeira Montezuma Sales, Raquel Telles de Souza Quixadá, Germana
Vasconcelos Mesquita Martiniano, Vanessa Pinho de Barros, Manuel Bomfim Braga
Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federal do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará,
Brasil,
Objetívos: O presente estudo visa analisar as diferenças no padrão das lesões
ortopédicas que necessitam de tratamento cirúrgico decorrentes destes dois
mecanismos de trauma, queda de mesma altura e queda de altura. Metodologia:
Estudo transversal e descritivo realizado em período de oito meses, entre agosto de
2005 e março de 2006, em seíe hospitais de Fortaleza (públicos e privados) com
atendimento íraumatológico pelo SUS. A análise dos dados foi realizada pelo Programa
Epi Info® v. 6.04b. Resultados: Foram incluídos na pesquisa 1694 pacientes, sendo
677 (39,96%) deles vitimados por queda. Em 166 (71,86%) das 231 vítimas de queda
de altura, as lesões foram de membro superior, ficando o membro inferior com 66
(28,57%) casos. Em relação ao sexo acometido, 70,9% eram homens e 29,1%
mulheres. Os jovens de até 17 anos representaram 94 (41,40%) dos casos. A maioria
dos traumas foram considerados moderados com 151 (68,94%) pacientes. Das 452
lesões secundárias às quedas de mesma altura, o acometimento de membro inferior
representou 213 (47,12%) e de membro superior 200 (44,24%). Ao contrário do perfil
de quedas de altura, houve prevalência das mulheres 253 (55,97%) e a faixa etária
mais afetada foi acima de 65 anos, com 186 (41,05%) vítimas. Nestas quedas, os
traumas foram considerados ieve em 91,70% pessoas. Conclusão: As lesões cirúrgicas
por queda de altura decorrem de traumas com severidade moderada e acometem
principalmente indivíduos jovens, do sexo masculino e membro superior. As vítimas de
queda de mesma altura, entretanto, são geralmente idosas, do sexo feminino, com
severidade de trauma leve, atingindo o membro inferior. Palavras-chave: Cirurgia
Ortopédica, Queda, Epidemiologia.
ESTUDO DO PERFÍL EPfDEMIOLÓGíCO E DAS CAUSAS DE MORTE DE
PACIENTES POUTRAUMATIZADOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL
ESCOLA
Rodrigo Monteiro, André Luciano Baííeüo, Thiago da Silveira
Antoniassi, Yeda Mayumi Kuboki, Faculdade de Medicina de São José
do Rio Preto - FAMERP - SP - Brasi!
OBJETíVOS. Q trauma exige consenso entre os cirurgiões e a cirurgia
de urgência é uma modalidade terapêutica que se deve administrar com
critério científico. As condutas e os instrumentos quando se trata de
trauma são universais, A diferença técnica e de recursos entre uma sala
de emergência brasileira e uma norte-americana, francesa, alemã, um
centro cirúrgico é, rigorosamente, desprezível. A abordagem tem que
ser em saber qual sisíema é o mais eficiente, qua! é o melhor modelo
de atendimento ao politraumatizado, visto que este tipo de paciente é
extremamente oneroso ao sistema de saúde. Pois, o trauma, aiém de
envolver várias pessoas» de forma grave, ao mesmo tempo, cria-se um
custo sob uma situação que poderia íer sido evitada. Visto a extrema
necessidade de se criar consensos, de se obter evidências, de
homogeneizar o atendimento médico, de se formutar o melhor sistema
e sabendo que os fatores determinantes de protocolos de atendimento
são alterados de acordo com a sazonalidade, regionaíidade e
principalmente com o perfíí dos pacientes, o levantamento
epidemiológico é viíaí para se construir sistemas eficazes de
recuperação e promoção da saúde. Diante de tal necessidade esse
trabalho propõe estudarmos o perfil epidemiológico
dos
politraumatizados que evoluem ao óbito e principalmente suas
principais causas de morte, assim como outros achados. A população
deste estudo representa a máxima extenuação do sistema de saúde e
do paciente, pois, além de íer gerado gastos que poderiam ter sido evitados,
sua vida não foi recuperada, em suma, visa-se em fazer o levantamento
dos dados de todas as mortes de pacientes politraumatizados atendidos
no pronto atendimento do Hospital de Base de São José do Rio Preto SP, registrados através de laudos de óbito. Compreendendo o período
de julho de 2004 até junho de 2005; aplicar um protocolo aos dados dos
pacientes politraumatizados com iaudos de óbito no período referido;
contendo idade, sexo, tipo de trauma, tempo decorrido até o
atendimento, atendimento pré-hosprtafar, Gíasgow, sinais vitais, se
sofreu e qual tipo de cirurgia, tempo de internação, se usou UTI, cidade
de procedência, mês e causa de morte e definir e estudar o perfil do
paciente poSitraumatizado que evolui ao óbito, de forma geral e
centrado nas principais causas de morte, correlacionando-se os dados
encontrados. CASUÍSTiCA E MÉTODOS: Com a devida aprovação do
Comiíê de Ética em Pesquisa da FAMERP, foram colhidos dados de
maneira prospectiva de todos os pacientes politraumatizados atendidos
peio Pronto-Atendimento do Hospital de Base de São José do Rio Preto
no período de julho de 2004 a junho de 2005. Destes pacientes foram
seíecionados iodos os pacientes que morreram e que tinham laudos de
óbito, totalizando uma amostra de 109 pacientes, assim como 109
laudos de óbiío, aos quais foi aplicado o protocolo. Reunidos os dados
foram feitas análises de frequência e correlações entre eles mesmos,
usando-se testes de hipótese e significância como o T de síudent e P.
RESULTADOS: Após análise dos dados de forma gerai, foi possível
identificar as 3 principais causas de morte. Apesar de os médicos legais
utilizaram a anatomia para dar o diagnóstico de morte, foi possível reunir
vários diagnósticos em síndromes, mantendo uma íinha didática e o
objetivo deste trabalho. As principais causas de morte foram.
Traumatismo crânioencefálico(TCE), com 41 óbitos dos 109; Choque
hemorrágico, com 31 óbitos e Choque traumático com 16 óbitos. Como
essas causas representam 81% de todos os óbitos estudados foi
definido o perfil especifico a esta população. Estes resultados
representam uma média dos resultados das 3 principais causas de
morte.
Perfil específico
princípa causas)
IDADE
(3
SEXO
PROCEDÊNCIA
TIPO DE TRAUMA
RESULTADOS
76% 15-60 anos
77% masculino
74% S.J.R.P.
76%
colisão
atropelamento,
carro/moto,
queda,
FAF, FAB, agressão
ATENDIMENTO PRE-HOSP.
75% foram aíendidos
resgate do corpo
de
Ambulâncias.
TEMPO DE DESLOCAMENTO
DADOS CLINÍCO/TECNICOS
73% entre 15 e 60 minutos
70% tiveram trauma fechado, 80%
perda
de consciência e apenas
tiveram imobilização correta.
GLASGOW
77% chegaram ao hospital com gfasgow < 8
CIRURGÍA
85% passaram por algum
procedimento cirúrgico.
72% ficaram peio menos 1 dia e 25% de 2-10 dias.
TEMPO DE INTERNAÇÃO
e/ou transportados pelo
Bombeiros
e
tiveram
57%
UTl
A grande maioria dos pacientes que usaram foram
vítimas de TCE. Devido à gravidade os outros
não usaram.
TEMPO DE UT!
92%{TCE) ficaram entre 1 e 10 dias
CONCLUSÃO: O perfil epidemioiógico dos pacientes politraumatizados que
evoluíram a óbito pode ser definido assim: homem, entre 15-60 anos; procedente
de São José do Rio Preto que se envolvem em eventos traumáticos do tipo colisão
automobilística e motocidística e atropelamento, queda e ferimentos por arma de
fogo; principalmente, em fevereiro e dezembro; atendidos e/ou transportados peto
resgate do corpo de bombeiros e outros tipos de ambulâncias, que deslocam as
vítimas entre 15-60 minutos até o hospital, são vítimas de traumas graves, com
perda de consciência no loca! e vítimas de trauma fechado, que apesar de ter um
ótimo atendimento pré-hospítaSar com imobilização correia, uso de colar cervical,
dão entrada na emergência com hipotensão grave e giasgow menor que 8; são
realizados para estes pacientes algum tipo de procedimento cirúrgico; com tempo
de internação mínimo de 1 dia e máximo de 30, dos quais mais da metade não
utilizam UTI e dos que usam tem tempo de permanência mínimo de 1 dia e
máximo maior que 20; o traumatismo cranioencefálico, choque hemorrágico e
choque traumático são as três principais causas de morte dos pacientes
pofitraumatizados. representando 81% da população estudada;_o centro de
trauma do Hospital de Base de São José do Rio Preto - SP, assim como outros
grandes centros nacionais e internacionais de trauma, é capaz de diminuir a
morbi-mortalidade do segundo e terceiro picos da distribuição irimodal das mortes;
a identificação do perfil epidemïológico e das causas de morte traumática é vítaí
na tmpfantacão de medidas inteligentes, eficazes e dirigidas de prevenção ao
trauma, o médico que atende trauma e o que não atende, são os responsáveis,
devido ao poder de liderança e persuasão, peto planejamento, embasado em
estudos regionalizados, de prevenção ao trauma(em todos os níveis) e educação
médica preventiva ao trauma.
PALAVRAS CHAVE: Trauma, causas de morte, epidemiologia regional,
prevenção primária.
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR AFOGAMENTO EM SÃO LUÍS-MA,
DE 2004 A 2005
Edson Dener Zandonadi,Renato Palácio de Azevedo,João Arnaud Diniz
Neto,Clarissa Soares da Fonseca Carvalho,Edem Moura de Matos Jr,Bruno
Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima, Lucyane Rominger.
Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do
Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil.
Introdução:Dentre os diferentes tipos de trauma o afogamento está em sua maioria
relacionado ao lazer familiar e é geralmente testemunhado por ela ou menos
frequentemente se insere em seu contexto.Objetivo:Definir o perfil das vítimas de
afogamento registrados em São Luís-MA.Material e Métodos: Estudo retrospectivo
envolvendo a consulta de registros de óbitos por afogamento de 2004 e 2005 do
Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA. Foi criado um banco de dados no EPI
INFO 2005 para análise estatística.Resultados:Foram analisados 125 casos. O sexo
masculino foi mais expressivo com 77,6% dos óbitos.Destacam-se as faixas etárias de
11-20 anos com 30,4%, 21-30 anos com 24% e 0-10 anos com 16 %. O dia com o
maior numero de registros foi o domingo com 35,2%. Os meses com maior freqüência
foram setembro com 20,8%, seguidos de abril, maio e agosto com 14% cada
um.Conclusão:O afogamento constitui parcela importante no número de óbitos. O dia
da semana com mais casos registrados foi o domingo, e o perfil da vítima é
caracterizado por jovens do sexo masculino.Palavras-chaves: afogamento,óbito.
EXPERIENCIA DA
FACULDADE DE
EMERGÊNCIA
LÍGA
ACADÉMICA
DO
TRAUMA
E ..creGÊNCIA DA
MEDICINA DA UFJF NA FORMAÇÃO EM URGÊNCIA E
Gustavo Ferreira da Mata; Maria Cristina vasconceíios Furtado: Julíano F. Castro; Leonardo H. de Faria
.Martins, Lídia M. C. da Fonseca, Lucas F. da Silva; Lídia Maria Carneiro da Fonseca; Fred Assunção;
Frederico A. Cortes; Diego D. S. de Campos. Universidade Federal de Juiz de Fora; Liga Académica de
Trauma e Emergência -LATE/Universidade Federal de Juiz de Fora, SAMU - Juiz de Fora, MG, Brasil.
As causas externas constituem importante causa de morte no Brasil e no mundo. A
avaliação da gravidade do trauma e a instituição de manobras para manutenção básica da
vida, no local do evento, podem representar a oportunidade de sobreviria para as vítimas
de trauma até a sua chegada ao hospital. O atendimento pré-hospita!ar desempenha um
papel cruciai nas estatísticas de morbi-mortalidade e deve conter segmentos teóricos e
práticos solidamente edificados na formação médica. Além de altas taxas de incidência,
prevalência e mortalidade, o trauma é extremamente oneroso ao SUS. Este contexto
assinala a necessidade de intervenção na prevenção dos eventos traumáticos bem como
na formação de profissionais que saibam utilizar tais recursos com austeridade e
compromisso sócia!. Objetivos; Descrever a atuação da Liga Académica do Trauma e
Emergência da faculdade de Medicina da UFJF (LATE) na capacitaçáo em urgência e
emergência. Material e Método: A LATE promove cursos, palestras, workshops,
treinamentos sequenciais com simulação de situações reais. Há, ainda, formação teórica
com abordagem técnica e bioéíica do atendimento às urgências e emergências.
Resultados: Desde sua criação em 2003, a LATE promoveu três seminários, capacitando
cerca de 2000 pessoas. Realizou, aproximadamente, 45 reuniões científicas, possibilitou
treinamento em PHTLS® para 40 profissionais de saúde, viabilizou convénio com o SAMU
e trabalha em publicações e projetos de extensão e pesquisa. A atuação da Liga contribuiu
para a criação da disciplina de Suporte de Vida no Trauma na Faculdade de Medicina.
Conclusão: A LATE tem contribuído efetivamente para dinamizar o ensino, a pesquisa e
a extensão em trauma, urgência e emergência por meio da capacitação teórica e prática
de profissionais de saúde, académicos de medicina e áreas afins, atuando de forma
integrada e comprometida com a comunidade e fomentando a produção científica.
Palavras-Chaves Educação, Urgência, Emergência; Trauma.
EXPERIÊNCIA DA CRIAÇÃO DA LIGA ACADÊMICA DE TRAUMA E
EMERGÊNCIAS MÉDICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA – UFBA
AUTORES: Bruno Solano de Freitas Souza¹; Eduardo Enéas Dórea Coelho¹; Jamile
Rosário Kalil¹; André Luís Nunes Gobatto¹; Luciana Pinto Muniz¹; Grazielle Cerqueira
de Carvalho¹; Victor de Cerqueira e Silva Lisboa¹; Diogo Lago Morbeck¹; Antônio de
Pádua Mesquita Maia Filho¹; Ediriomar Peixoto Matos².
1. Acadêmicos de Medicina da Liga Acadêmica do Trauma e Emergências Médicas –
UFBA.
2. Professor Adjunto do Departamento de Cirugia da Faculdade de Medicina da Bahia
– UFBA.
INTRODUÇÃO: A Liga Acadêmica de Trauma e Emergências Médicas (LAEME) foi
criada em Novembro de 2004 como uma iniciativa de um grupo de 11 acadêmicos de
medicina da Faculdade de Medicina da Bahia – UFBA (FAMEB) que vêem nessa
associação uma possibilidade de expandir os conhecimentos e estimular o estudo do
trauma e das emergências médicas em toda comunidade acadêmica. A LAEME, como
uma liga acadêmica, pretende desenvolver atividades nos 3 pilares da Universidade:
ensino, pesquisa e extensão. OBJETIVO: Estimular o estudo do trauma e das
emergências médicas, procurando enfocar a sua importância em promover a saúde e
sanar as demandas da população, bem como expandir o conhecimento dos
acadêmicos sobre o tema. Desenvolver, entre os membros, as principais habilidades
necessárias em um serviço de emergências. MÉTODO: A LAEME possui um estatuto
aprovado pelo diretório acadêmico de medicina (DAMED) da FAMEB. Os integrantes
da LAEME reúnem-se 2 vezes por semana: um encontro para discutir questões
administrativas da liga e outro encontro para as reuniões teórico-práticas, onde ocorre
apresentação e discussão de temas e casos clínicos em trauma e emergências.
Mensalmente são realizadas sessões especiais sobre temas relevantes para toda
comunidade acadêmica contando com a participação de profissionais e professores
ligados ao tema. A atividade prática de 6 horas semanais é oferecida para estudantes
a partir do 5º semestre na emergência do HGESF. DISCUSSÃO: O contexto atual de
formação médica exige um conjunto de habilidades mínimas para um bom
desempenho do profissional. Dessa forma a LAEME torna-se um espaço para
suplementar a necessidade acadêmica dos graduandos de medicina da FAMEB sobre
o tema do trauma e das emergências médicas. A experiência de desenvolvimento de
projetos de pesquisa e extensão pelos membros da liga visa o desenvolvimento de um
senso critico sobre a construção do conhecimento cientifico e das necessidades da
população geral.
Palavras-chave: Liga acadêmica, Ensino, Pesquisa, Extensão, Emergência
EXPERIÊNCIA PIONEIRA NO CONTROLE DE QUALIDADE DO SAMU – SÃO LUIS
Daniel Souza Lima, Rita Carreiro Neiva, Julio César Oliveira Viegas, Renata
Gabriela Miranda de Araújo Ribeiro, Silvana Helena Serra Muniz, Janaína
Monteles Aguiar, Daisy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiterman Lima
Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão,Brasil.
Introdução: No serviço de atendimento pré-hospitalar de São Luis, o “Controle de
Qualidade” é realizado desde agosto de 1999 ainda no modelo anterior (São Luis
Urgente), mantido e aperfeiçoado no modelo SAMU-São Luis. Objetivo: Demonstrar o
controle de qualidade e satisfação da clientela usuária do SAMU, desenvolvido pelo
SAMU-São Luis através da visita domiciliar. Materiais e Métodos: Trabalho
prospectivo, de campo, com abordagem quantitativa. A população estudada foram
pacientes atendidos desde agosto de 2004 até fevereiro de 2006, através da aplicação
pelo profissional enfermeiro (a) de formulários específicos para registro das opiniões
emitidas sobre ações do processo geral de atendimento. O domicilio visitado é
selecionado, através de critérios pré-estabelecidos, envolvendo o tipo de agravo, o
acesso e a segurança do local. A visita é realizada em dias úteis (segunda a sexta), e
durante o exercício, além da aplicação do formulário são realizadas orientações acerca
de diferentes agravos de saúde, prestando informações sobre os Serviços de Saúde
existente desde a atenção básica até a alta complexidade como forma de resoluções
das demandas identificadas. Resultados: Avaliados e consolidados periodicamente,
com dados estatísticos e conceituais. Durante o período foram realizadas 2.920 visitas
sendo obtidos 28,1% de conceitos Ótimos, 52,9% Bom, 0,4% Regular. Conclusão: A
referida atividade permite através da análise das respostas obtidas, um feedback dos
serviços prestados o que possibilita subsídios para o redirecionamento do serviço como
um todo.Demonstrando assim, a magnitude e a importância dessa atividade na
vivencia do SAMU.Palavras-chave: samu, qualidade.
EXPLOSÃO GÁSTRICA POR HIPERFAGIA: RELATO DE CASO.
Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri
Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Roberto Pelegrini Coral, Ricardo
Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS,
Brasil.
Objetivo: Relatar um caso raro de abdomen agudo perfurativo pós hiperfagia.
Materiais e Métodos: Paciente masculino, branco, 31 anos, esquizofrênico, estava
internado em uma instituição psiquiátrica há 4 meses. Após ser removido da
instituição, extremamente emagrecido por falta de cuidados, o paciente apresentou
quadro de ingesta compulsiva de grande quantidade de alimentos durante várias horas
e iniciou com quadro de náuseas e vômitos. É levado ao Posto de Saúde onde é
medicado e liberado. Após 24 h é levado ao Hospital de Pronto Socorro Municipal de
Porto Alegre com grande distensão abdominal e com saturação de oxigênio de 30% (ar
ambiente) e hipotensão arterial. Após intubação orotraqueal, ventilação mecânica e
sondagem nasogástrica, houve melhora dos parâmetros clínicos e foi levado à
tomografia computadorizada de abdomen que demostrou volumoso pneumoperitônio.
Resultados: Foi realizado laparotomia exploradora com presença de grande quantidade
de alimentos intra-abdominal e extensa perfuração gástrica anterior, com isquemia das
paredes gástricas anterior e posterior. Realizado gastrectomia total, esofagostomia
terminal com sonda de Malecot, com exteriorização abdominal, e jejunostomia. Foi
reintervido por sangramento intra-abdominal, sem evidência de sangramento ativo,
realizando-se a confecção de esofagostomia cervical, deixando-se drenado o esôfago
distal. Evoluiu com nutrição parenteral total inicialmente e após com dieta por
jejunostomia até o presente momento. Conclusão: O paciente apresentou um caso raro
de ruptura gástrica por ingestão compulsiva de alimentos, não encontrado relato na
literatura médica, com volumoso pneumoperitônio que prejudicou a função
cardiopulmonar. Palavra Chave: Esquizofrenia, Explosão, Hiperfagia,
Pneumoperitônio, Perfuração Gástrica, Ruptura Gástrica.
FALHA NO TRATAMENTO CONSERVADOR DE QUILOTÓRAX POR TRAUMA
PENETRANTE, COM DESFECHO CIRÚRGICO FAVORÁVEL.
Helio Machado Vieira Jr., Thiago Carneiro Machado, Domingos André Fernandes
Drumond.
Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil
Objetivo: relatar um caso de quilotórax de alto débito , que foi submetido a tratamento
conservador por longo período, sem sucesso, sendo indicada então a cirurgia para
tratamento, com desfecho favorável. Material e métodos: revisão da literatura, realizado
na base de dados BIREME, buscando artigos redigidos na língua inglesa e portuguesa,
com as palavras-chave: quilotórax, ligadura do ducto torácico, lesão do ducto torácico
e quilo pleural. Resultados: o paciente do sexo masculino, com 18 anos, foi vítima de
agressão por arma de fogo em região cervical e torácica, cuja complicação foi um
quilotórax diagnosticado em 10/02/2006. Foi instituída dieta específica e drenagem
torácica entre outros cuidados na tentativa de diminuição do débito fistuloso, inclusive
com cuidados de terapia intensiva. Não houve boa resposta no tratamento conservador
e fez-se necessária toracotomia para ligadura do ducto torácico. Apesar da drenagem
de linfa ter sido predominante a esquerda, a decisão pela toracotomia direita foi
tomada, com excelente resultado. Conclusão: o tratamento conservador em pacientes
com quilotórax deve sempre ser tentado pela alta taxa de fechamento espontâneo do
vazamento em até metade dos casos. Medidas de suporte como drenagem torácica e
dieta adequada devem ser instituídas. A dificuldade está em reconhecer a falência do
tratamento para se optar pelo tratamento cirúrgico, que tem em seu melhor momento
de execução o desafio para o cirurgião assistente. Palavras-chave: quilotórax, ligadura
do ducto torácico, lesão do ducto torácico e quilo pleural.
Fratura pélvica em acidentes automobilísticos: Complicações hemorrágicas e conduta
Lima, Rodolfo Godinho Souza Dourado¹ ; Lisboa, Victor de Cerqueira e Silva¹ ;
Morbeck, Diogo Lago¹; Matos, Ediriomar Peixoto²
1.
Acadêmicos de Medicina da Liga do Trauma e Emergências Médicas-UFBaSalvador-Bahia-Brasil
2.
Professor Adjunto do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da
Bahia – UFBa
Palavras-chave: Fratura pélvica, trauma, automóvel, fator de risco, conduta.
Introdução:Fraturas pélvicas constituem causa significante de morte em
acidentes automobilísticos. Estão geralmente associadas a lesões importantes de
partes moles e hemorragia pélvica, que pode evoluir para choque e óbito se não
diagnosticada e tratada na emergência. A abordagem e classificação do trauma pélvico
existente e das lesões adicionais são essenciais para acurácia diagnóstica e terapia
efetiva.
Objetivo: Identificar fatores de risco para hemorragia associada à fratura
pélvica, facilitando a suspeita diagnóstica, e explicitar a conduta a ser adotada.
Método: Por meio de pesquisa na base de dados do MEDLINE foi feita uma
revisão da literatura acerca do tema. Foram pesquisados artigos originais, de revisão
e estudos epidemiológicos, utilizando associações dos termos “pelvic fracture”,
“hemorrhage”, “epidemiology” e “therapeutic”.
Resultados: O estadiamento das fraturas de anel pélvico é dividido em 4
grandes grupos pelo mecanismo da lesão: (1) compressão antero-posterior; (2)
compressão lateral; (3) esmagamento; (4) lesão mecânica combinada. As fraturas
acetabulares sem lesão do anel pélvico são excluídas.
Os principais órgãos afetados em acidentes que envolvem lesão de anel pélvico
incluem: cérebro, intestino, baço, cólon, bexiga. Devido à rica vasculatura da região,
complicações hemorrágicas também estão freqüentemente associadas ao trauma,
sendo necessária a conduta adequada para evitar complicações como: choque
circulatório e sepsis.
A conduta a ser realizada depende inicialmente da estabilidade hemodinâmica
do paciente e do padrão da fratura. Alguns exames como Raio-X, FAST e lavagem
peritoneal diagnóstica são utilizados para detectar sangramentos. Para interromper a
hemorragia existem alguns métodos muito controversos na literatura, como fixação
externa, embolização angiográfica e fixações internas.
Conclusão: A severidade das complicações da fratura pélvica em acidentes
automobilísticos torna imprescindível a correta abordagem do paciente e conduta
terapêutica. Neste sentido, é preciso saber identificar os sinais e sintomas associados
às complicações e estadiar a lesão, propiciando subsídios para uma decisão imediata
de qual tratamento adotar.
HÉRNIA ABDOMINAL TRAUMÁTICA: RELATO DE CASO.
Bruno Lorenzo Scolaro, Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes,
Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne. Hospital e
Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Itajaí-SC, Brasil.
Introdução: A hérnia abdominal traumática é condição rara, porém de grande
importância em virtude dos altos índices de morbi-mortalidade que apresenta,
acometendo principalmente indivíduos jovens. Tal condição requer elevada suspeição
diagnóstica e manejo rápido e seguro. Objetivo: Apresentar caso de paciente portador
de hérnia abdominal traumática e discutir conduta clínico-cirúrgica. Materiais e Métodos:
Paciente admitido no Serviço Emergência, apresentando hérnia abdominal traumática,
após colisão de motocicleta contra um muro. Resultados: Paciente deu entrada
apresentando dor e abaulamento em linha média do abdome, sendo levado a
laparotomia exploradora imediata que identificou ruptura da aponeurose anterior dos
retos abdominais (linha alba) ao nível do umbigo, bem como ruptura transversal
completa da parede abdominal à direita da linha média, do umbigo até a crista ilíaca
ântero-superior direita, acometendo os músculos reto abdominal, oblíquo externo e
interno e transverso, com suas respectivas aponeuroses. Apresentava também lesão
da serosa de todo o cólon, do ceco até o ângulo esplênico e em segmento de delgado
a 50 cm do ângulo de Treitz. O tratamento foi com ráfia das lesões viscerais com sutura
sero-muscular invaginante com seda 3-0 e fechamento das aponeuroses da parede
abdominal com polipropileno 0, pontos contínuos em dois planos. Paciente evoluiu bem,
sem complicações ou recidiva após 4 meses de acompanhamento ambulatorial.
Conclusões: O reconhecimento e tratamento precoces das hérnias abdominais
traumáticas são de fundamental importância no intuito de se evitar complicações
potencialmente mórbidas e até fatais, como estrangulamento intestinal. O uso de
material protético (telas) é amplamente indicado em lesões extensas e com tensão ao
fechamento, sendo contra-indicação relativa nos casos de contaminação abdominal por
lesão de vísceras ocas. Palavras-Chave: Hérnia, Parede Abdominal, Trauma.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA ESTRANGULADA: RELATO DE CASO.
Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto,
Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro
Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil.
Objetivo: Relatar um caso de hérnia diafragmática estrangulada. Materiais e métodos:
Homem de 28 anos, mulato, com queixa de dispnéia e episódio de dor torácica súbita
a esquerda. História de lesão por FPAF na transição tóraco-abdominal esquerda há
dois anos, tendo sido tratado com drenagem pleural fechada. Ao exame apresentavase em bom estado geral, mucosas hipocoradas, hidratado, freqüência cardíaca de 91
bpm. Ausculta pulmonar normal e abdomen indolor à palpação. Radiografia de tórax
evidenciando lesão cística na projeção retro-cardíaca. Radiografia contrastada de
esôfago evidenciando hérnia diafragmática. A tomografia computadorizada de tórax
apresentava laudo de seqüestro broncopulmonar. O paciente evoluiu com piora do
padrão ventilatório e sepse. Resultados: Foi levado à laparotomia exploradora que
evidenciou hérnia de fundo gástrico com necrose da parede sem perfuração.
Realizada gastrectomia total com reconstrução do trânsito intestinal e anastomose do
esôfago com o intestino delgado, em Y de Roux. Internação em UTI durante 20 dias,
sem complicações cirúrgicas, mas com quadro de SARA, vindo a falecer no vigésimo
oitavo dia de internação hospitalar. Conclusão: O tratamento inadequado e tardio das
lesões na transição tóraco-abdominal pode trazer graves conseqüências. Nesse tipo
de lesão sempre deve ser investigada a possibilidade de lesão diafragmática. A hérnia
diafragmática é uma das complicações mais temidas nas lesões penetrantes da
transição tóraco-abdominal. A real incidência dessa complicação não está bem
definida na literatura. Palavras-chave: Hérnia diafragmática estrangulada, Transição
tóraco-abdominal.
HERNIA DIAFRAGMÁTICA POR TRAUMA CONTUSO
RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Kutores: Federico LC: Ferreira CT; Tamura S; Cunha GRM;
Kraujo NTN; - Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Regional
ia Ceilândia - HRC - SÉS, Ceilândia. DF, Brasil
Dbjetivo: Relatar um caso de hérnia diafragmática traumática
ibordando diagnóstico e tratamento.
yiétodo: Relato de caso, paciente atendido no Hospital Regional da
Ceilândia. Revisão de literatura. Resultado: EEC, 47 anos,
masculino, branco, operador de ïmpilhadeira. Vítima de trauma
abdominal contuso ern flanco lireito chega ao Pronto Socorro do
HRC lúcido e orientado, 'erbalizando, apresentando paresia dos
membros inferiores. o exame: hipocorado, sudoreico, acianótico,
taquicárdico , ïipotenso, taquidispneico, com murmúrio vesicular
abolido em erço inferior esquerdo e diminuído a direita com presença
de infisema subcutâneo em terço médio. Abdome muito doloroso \
palpação difusa sem sinais de irritação peritonial. RX iemonstrando
trauma raquimedular ao nível da quarta vértebra Dmbar,
pneumotórax à direita e imagem sugestiva de conteúdo íbdominal em
terço inferior de hemitórax esquerdo. Paciente >rontamente
encaminhado ao centro cirúrgico onde foi iubmetido a laparotomia
exploradora e evidenciado alças de lelgado e parte do fundo gástrico
no hemitórax esquerdo. Após edução da hérnia e drenagem torácica
bilateral o paciente foi emovido ao CTI onde permaneceu internado
por 27 dias ïvoluindo ao óbito devido a sepse.
Conclusão: Embora pouco comum, a lesão diafragmática ipresenta
sinais clínicos e radiológicos que auxiliam no liagnóstico préoperatório. São geralmente produzidas por raumas de grande
intensidade e acompanhadas de aumento Ia morbimortalidade na
proporção d i ré ta ao número de órgãos icometidos. 3alavras-chave:
Hérnia diafragmática; trauma abdominal.
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA: RELATO DE CASO
Edem Moura de Matos Jr, Bruno Santos Bogéa ,Daniel Souza Lima,Waston Gonçalves
Ribeiro, Reginaldo Costa Gomes ,José Kleber Luz Araújo ,Abdias Rocha Santos,Lara
Carneiro de Lucena ,Marcos Raíces da Silva ,José Armando Alves A. Silva.Hospital
Municipal Clementino Moura, São Luis, MA,Brasil.
INTRODUÇÃO:O diagnóstico da lesão diafragmática é um desafio e os sintomas e
achados físicos podem ser divididos em torácicos e abdominais.RELATO DE CASO:
masculino, 40 anos, foi admitido em hospital do interior do estado em abril de 2005 com
perfuração por arma branca em tórax esquerdo ao nível do 7º espaço intercostal na
linha axilar anterior. Foi informado que o paciente realizou radiografia de tórax e
drenagem torácica esquerda. Recebeu alta 2 dias após a entrada. Em abril de 2006,
deu entrada em hospital da capital, provindo do interior, apresentando quadro de
obstrução intestinal.Radiografia de tórax mostra opacificação de base em hemitórax
esquerdo. CT de abdome evidencia acentuada distensão de cólon por provável
obstrução distal em cólon transverso. No ato cirúrgico foi observado perfuração em
diafragma com grande segmento de cólon transverso herniado em tórax esquerdo com
conteúdo purulento e esverdeado em torno da perfuração. Foi realizada
hemicolectomia mais colostomia com a técnica de Hartmann.DISCUSSÃO:O
diagnóstico imediato da ruptura diafragmática ainda é um desafio. O paciente com
lesão não diagnosticada e não tratada de ruptura diafragmática pode permanecer
assintomático ou oligossintomático por meses ou anos, existindo casos de até 50 anos
de latência, que pode resultar em um quadro de estrangulamento de vísceras, com foi
em nosso caso. O RX de tórax se mostrou pouco específico, o que corrobora com a
literatura, pois em cerca de 50% dos pacientes este exame se apresenta normal. Uma
boa anamnese, onde se levanta todos os antecedentes mórbidos pessoais do paciente
deve ser valorizada, e, em caso de suspeita de hérnia diafragmática o tratamento é
cirurgia de urgência.Palavras-chave: hérnia diafragmática,trauma abdominal.
HIPOTERMIA NO TRAUMA: SINAIS CLÍNICOS E ELETROCARDIOGRÁFICOS.
O PACIENTE SOMENTE ESTÁ MORTO, QUANDO ESTÁ QUENTE E MORTO –
RELATO DE CASO.
Bruno Carlo Vieira Lemos, Bruno de Freitas Belezia, Leonardo Carvalho da Paixão,
Tatiana Duarte, Thomas Resende Diniz
Introdução:
Coma reversível simulando morte cerebral pode ser uma das manifestações clínicas da
hipotermia. Arritmias durante a movimentaçao e o reaquecimento podem ocorrer,
inclusive fibrilação ventricular. Os achados eletrocardiográficos da hipotermia são:
bradicardia sinusal, ausência de atividade atrial (onda P), complexo QRS estreito e
aumento do intervalo QT. A presença da onda J de Osborn é patognomônica e se
relaciona com aumento da mortalidade.
Relato de caso:
Paciente do sexo masculino, 30 anos, vitima de agressão por arma de fogo em
hemitórax esquerdo encaminhado para a sala de emergência após toracotomia +
reanimação volêmica + clampagem do hilo pulmonar + pneumectomia total esquerda +
parada cardiorrespiratória e cerca de 8 horas após atendimento em outra cidade. O
tempo de transporte interhospitalar foi de cerca 1,5 horas . Admitido em hipotermia
TA: 32º C, choque e midriático. Apresentou fibrilação ventricular que foi convertida
com 2 choques. Iniciado protocolo com os princípios do Early Goal Direct Therapy
(objetivos precoces): reanimação volêmica agressiva com soro aquecido até PVC 1115 cm H20 + PIA > 65 mmHg e Sat venosa central de O2 > 70% e reaquecimento
externo ativo, passivo e interno, com melhora da acidose láctica, diurese clarae
aumento progressivo da temperatura corporal. Apresentava sinais eletrocardiográficos
de hipotermia entre eles a onda J Osborn. Apesar da melhora dos parâmetros clínicos,
resolução da acidose láctica e TA alcançando 36º C, persistiu com midríase fixa.
Iniciou protocolo de morte cerebral no 2º DPO e com óbito no 3º DPO.
Alterações do ritmo proporcionais a diminuição da temp corporal
Onda J relacionada com maior mortalidade
Onda J: após onda S, para o alto e arrastada (slurred), melhor em D2
Morte por assistolia e FV
pH < 6,6 maior mortalidade
Hipotermia > 45-60 min. = necessita de reespansão volêmica devido o reaquecimento
causar vasodilatação
Reaquecimento central (tronco) x periférico (vasodilata e rouba fluxo central)
Cateter central e intervenções podem propiciar FV
Def TA < 35º C
TA: 34º C leve
TA < 30-34º C moderada
TA < 30º C grave
IDENTIFICAÇÃO DO ÍNDICE DE VÍTIMAS ACOMETIDAS POR ARMA BRANCA
Ariella Monique Dantas Nóbrega - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa
- PB - Brasil; Ângela Amorim de Araújo - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Francileide de Araújo Rodrigues - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Josilene de Melo Buriti Vasconcelos - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Juliana Ataíde Melo de Pinho - Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem Santa Emilia de Rodat - FASER João Pessoa - PB - Brasil; Larrissa
Mariana Bezerra de França - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa - PB
- Brasil.
A arma branca é todo objeto constituído de lâmina com capacidade de perfurar ou
cortar como facas, tesouras, chaves-de-fenda, canivetes ou navalha, outros objetos
também podem ser utilizados para golpear, perfurar ou cortar como pedaços de
madeira, canetas e cacos de vidro. São mais comuns os ferimentos causados sem
premeditação do agressor, e os ferimentos que tem trajetória ascendente geralmente
são causados por homens, enquanto que os descendentes por mulheres. A
inexistência de licença para o porte de arma branca e a falta de legislação especifica
favorece este tipo de trauma. Existe outros fatores como, marginalidade, pobreza,
exclusão social, lazer-bebida alcoólica, baixo nível de escolaridade provoca o aumenta
do número de vítimas de arma branca podendo ser fatais. O aumento das internações
por causas externas não deixa dúvidas de que estamos diante de um dos maiores
problemas de saúde pública. De um lado, a questão da violência exige mobilização
política e social. De outro, no campo da saúde, esta questão exige adequação e
resposta a prevenção dessa doença que é considerada a doença do século, o trauma.
Atualmente, existe uma proposta de lei para ser votada a proibição do porte de arma
branca em via pública. Este estudo busca identificar o número de vÍtimas acometidas
por arma branca, apresentar os índices de casos de internação e a porcentagem de
vitimas fatais, na cidade de João Pessoa, no período de 2002 a junho de 2006. Tratase de um estudo bibliográfico que teve como fontes literárias livros específicos, artigos
científicos, referências online (Internet) e dados fornecidos pelo Hospital de
Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, no município de João Pessoa-PB.
Os dados emitidos pelo hospital no período estudado revelam um total de 3.895 vítimas
de arma branca, com 20% de casos que requereram internação para tratamento
especializado e 1% de vitimas fatais. Estes dados mostram que a alta incidência é
relacionada ao fator de que qualquer objeto pode se tornar uma arma branca.
Percebemos que a ausência de uma política educativa eficaz voltada para a população
favorece este tipo de acontecimento. Entendemos que para o combate destes
acidentes é necessário que exista uma adoção de medidas de prevenção por parte da
comunidade e estratégias educativas eficientes, que consiga reduzir os fatores de
risco.
Palavras-Chave: Arma Branca - Índice - Prevenção
IMPACTO FINANCEIRO DOS ACIDENTES AUTOMOBILÍSTICOS ATENDIDOS EM
UM CENTRO DE TRAUMA E ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS PACIENTES
Francisco José Gomes de Castro, Fayruz Rodrigo Marcolini, William Augusto
Casteleins Cecílio, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço.
Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do
Trabalhador UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil.
Objetivos: Apontar o impacto financeiro do atendimento intra-hospitalar de pacientes
vítimas de acidentes automobilísticos e relacionar dados epidemiológicos, mecanismos
de trauma, gravidade de lesões e sobrevida. Materiais e Métodos: Foram incluídos
todos os pacientes vítimas de acidentes automobilísticos, atendidos no Pronto Socorro
do Hospital do Trabalhador, durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os
valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de
duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se
da análise os pacientes cujos prontuários não informavam o mecanismo do trauma
nem as lesões encontradas, bem como mecanismos que não envolveram veículos
automotivos terrestres. Os dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi
Info Versão 3.3.2. Resultados: Foram atendidas 195 vítimas de acidentes
automobilísticos no período considerado, sendo que 178 cumpriram com os critérios
de inclusão. Destas, 134 eram homens (75,3%) e a média de idade foi de 31,6 +/- 16,1
anos. Em relação aos mecanismos de trauma, 41,6% dos pacientes sofreram colisões
diversas, 32% caíram de motocicleta, 19,7% foram atropelados, e 6,7% tiveram outros
mecanismos. Observou-se hálito etílico em 14 pacientes (7,9%). O RTS (Revised
Trauma Score) foi possível de ser calculado em 89 pacientes, variando entre 6,904 e
7,841 (média de 7,815). A gravidade das lesões foi avaliada pelo Injury Severity Score
(ISS), cujo resultado variou de 0 a 48, com uma média ponderada de 3,8 pontos. O
valor total recebido pelo hospital foi de R$82.077,75, com uma média de R$461,11 por
paciente. Deste valor, as despesas com maior impacto foram referentes a honorários
médicos (R$27.216,13) e taxas de diárias de hospital (R$24.651,52). Observamos que
as colisões responderam por 56,7% da despesa total, seguido de quedas de moto
(25,8%) e atropelamentos (15,1%). Fraturas de extremidades geraram R$39.591,69
em despesas, os traumatismos crânio-encefálicos geraram R$15.567,80 e as lesões
tóraco-abdominais R$4.972,02. Dois pacientes foram a óbito (1,12%) durante a
internação. Conclusões: O impacto financeiro médico-hospitalar, constatado nesta
série de pacientes, é maior no que se refere às despesas com honorários médicos. Em
relação aos mecanismos de trauma, colisões e quedas de moto correspondem pela
maioria dos valores recebidos pelo Hospital. A maior parte das despesas observadas
foram devidas a fraturas de extremidades. A taxa de óbitos está de acordo com o valor
do RTS previsto para mortalidade. Palavras-chave: Trauma automobilístico, despesas
hospitalares.
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO PRÉHOSPITALAR NO SISTEMA ANHANGÜERA-BANDEIRANTES - ANALISE DE
CUSTO E SATISFAÇÃO DO CLIENTE.
Marcelo Teixeira, Agnaldo Píspico, Adriano Dias Trajano, Marco Aurélio da Costa
Serruya, Waine Ciampi; AutoBAn, Jundiaí, São Paulo, Brasil.
OBJETIVO: Verificar a viabilidade, impacto econômico e de qualidade obtidos após a
implantação da Humanização no Atendimento Pré-Hospitalar no Resgate do Sistema
Anhangüera-Bandeirantes. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados
retrospectivamente os dados armazenados em protocolos de registro das vitimas das
rodovias Anhangüera e Bandeirantes. (K-COR-Kria controle Operacional de
Rodovias), banco de dados do departamento de ouvidoria, departamento financeiro e
departamento de medicina ocupacional, referentes ao período de janeiro de 2002 à
julho de 2006. A técnica utilizada fora a padronizada pelo Ministério da Saúde.
RESULTADOS: Ocorreu aumento médio de 100 vezes no número de elogios
provenientes dos usuários do sistema Anhangüera-Bandeirantes, um índice de
satisfação plena dos colaboradores do setor de resgate de 99%, a redução das faltas
e afastamentos médicos temporários da equipe de resgate em 82% e na redução do
desperdício de material durável em 85%. CONCLUSÃO: A implantação do Projeto de
Humanização em nossa instituição mostrou-se viável resultando em um aumento
significativo na satisfação interna e externa, assim como redução orçamentária
diminuição no número de afastamentos médicos do setor de resgate. PALAVRAS
CHAVE: Humanização; Atendimento Pré-Hospitalar; Resgate
IMPORTÂNCIA DO TEMPO DE INTERVENÇÃO CIRURGICA E DO MECÂNISMO DE
TRAUMA NA MORBI-MORTALIDADE DA LESÃO DO INTESTINO DELGADO NO
TRAUMA FECHADO DO ABDOME
Felipe S. de Carvalho; Mateus A. B. Cristino; Cristiane C. M. Fernandes; Sizenando V.
Starling; Domingos André F. Drumond. Hospital de Pronto Socorro João XXIII
(FHEMIG) – Serviço de Cirurgia Geral e do Trauma - Belo Horizonte, MG.
OBJETIVO: estudar fatores que podem aumentar a morbi-mortalidade da lesão do
intestino delgado no trauma fechado do abdome (TFA). MÉTODO: análise
retrospectiva (jul/02 a dez/04). RESULTADOS: Foram admitidos 444 pacientes com
TFA; 58 tiveram lesão do intestino delgado. Destes, 31 apresentavam lesão isolada.
Neste grupo, 71% dos pacientes tiveram trauma localizado apenas no abdome, sendo
o acidente automobilístico foi o principal mecanismo de trauma. O tempo médio entre
o trauma e a admissão foi 7:46h; 51,61% dos pacientes foram operados nas primeiras
8h, 41,93% entre 8 – 24h e apenas 6,45% com mais de 24h. A mortalidade e a
morbidade foram maior entre os pacientes operados com mais de 8 horas. No grupo
dos 27 pacientes com lesão intra-abdominal associada, as mais comuns foram às
lesões colônicas, hepáticas e esplênicas. O tempo médio entre o trauma e a admissão
hospitalar foi de 4:09h; 66,7% operaram com menos de 8h de trauma, 29,6% entre 8h
– 24h após o trauma e 3,7% após 24h de trauma. Os acidentes automobilísticos foram
o principal mecanismo de trauma. A mortalidade aumentou de 27,78% entre os
pacientes operados até 8h após o trauma para 55,55% naqueles operados após. A
morbidade entre os pacientes operados até 8h do trauma foi de 55,55% e de 44,44%
entre os pacientes operados após este período. CONCLUSÃO: O acidente
automobilístico é o principal mecanismo de trauma. O intervalo de tempo entre o
trauma e o tratamento é fator importante no aumento da morbi-mortalidade. Pacientes
com lesão associada intra-abdominal têm uma morbi-mortalidade mais elevada.
PALAVRAS-CHAVE: Trauma contuso; intestino delgado.
INCIDÊNCIA DE LESÕES CORPORAIS EM MULHERES QUE REGISTRARAM
DENÚNCIA NA DELEGACIA ESPECIAL DA MULHER EM SÃO LUÍS-MA NO
ANO DE 2005.
Clarissa Soares da Fonseca Carvalho, João Arnaud Diniz Neto, Renato Palácio
de Azevedo, Edem Moura de Matos Jr, Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves
Ribeiro,Daniel Souza Lima.Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do
Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil.
Introdução:Estima-se que, no Brasil, mais de 2 milhões de mulheres são agredidas
anualmente. Atualmente, tem crescido a quebra do silêncio das mulheres em torno da
violência a que são submetidas, sendo que a Delegacia Especial da Mulher é uma
referência na assistência.Objetivos: Estimar a incidência de lesões corporais e traçar
o perfil epidemiológico das mulheres que prestaram queixa na Delegacia Especial da
Mulher (DEM) e realizaram exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal do
Maranhão em 2005. Material e métodos: Realizado estudo retrospectivo através da
consulta dos laudos de exames de corpo de delito tipo “B” no IML do Maranhão por
solicitação da DEM em 2005. Elaborou-se uma ficha protocolo para o grupo em estudo
que compreende 433 mulheres, além disso, houve participação de dados estatísticos
da DEM.Resultados: Em 2005 registraram 1622 mulheres com lesões corporais.
Apenas 26,70% dessas realizaram exame de corpo de delito. Essa amostra revela que
em 81,10% o agente agressor não foi informado, e entre os informados o mais
freqüente foi o cônjuge (12,90%).A faixa etária mais envolvida nos episódios de lesão
corporal foi a de 25 a 35 anos (43,94%), e a maioria das vítimas é solteira
(79,90%).Conclusão: Um pequeno número de mulheres vítimas de lesões corporais
fizeram registro na DEM e realizaram exame de corpo delito. A maior parte das
mulheres não informou o seu agressor.Dessa forma, é necessário educar a população
no sentido de prevenir a agressão física contra mulheres e incentivar a denúncia por
parte das agredidas a órgãos especializados. Palavras-chave: Lesões corporais.
Mulheres.
ÍNDICE DE TRAUMA ABDOMINAL (ATI) E ASSOCIAÇÃO COM MORBIMORTALIDADE
Gustavo Pereira Fraga, Camila N. Nogueira, Fernando Garcia, Waldemar
Prandi Filho, Mario Mantovani
Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP
Objetivo: O ATI é um índice anatômico frequentemente utilizado na estratificação da
gravidade de vítimas de trauma abdominal. Este estudo tem como objetivo avaliar a
associação de diferentes pontuações do ATI com complicações e óbito em pacientes
submetidos à laparotomia. Método: O ATI foi calculado, prospectivamente, em 1672
pacientes submetidos à laparotomia no período de janeiro de 1994 a dezembro de
2004. Os mecanismos de trauma foram: contuso - TC (504 casos; 30,1%), ferimento
por projétil de arma de fogo - FPAF (795 casos; 47,5%) e ferimento por arma branca FAB (373 casos; 22,3%). Resultados: O ATI variou de 0 a 69, com média de 12,3. A
média nos diferentes mecanismos de trauma foi de 10,7 em TC, 15,4 em FPAF e 7,9
em FAB. A incidência de complicações foi de 43,5% e a mortalidade de 16,5%. O ATI
era maior que 25 em 223 pacientes (13,3%). A morbi-mortalidade em pacientes com
ATI ≤ 25 foi de, respectivamente, 39,1% e 13%; contra 72,2% e 39% naqueles com ATI
> 25 (p < 0,001 para complicações e mortalidade). Confrontando os diferentes
mecanismos de trauma, em populações com ATI ≤ 25 e > 25, com a morbi-mortalidade,
os valores de p foram estatisticamente significativos nos TC, FPAF e FAB. Entre os
pacientes que morreram a média do ATI foi de 19,4 contra 10,9 nos sobreviventes. Nos
22 pacientes com ATI > 50 a mortalidade foi de 68,2%. Conclusões: O ATI é um índice
que deve ser utilizado em serviços que atendem traumatizados pois padroniza a
linguagem e quantifica a gravidade das lesões identificadas na laparotomia. Valores
crescentes do ATI tem relação diretamente proporcional à morbi-mortalidade,
independente do mecanismo de trauma.
Palavras-chave: trauma; laparotomia; índice de trauma; complicações; mortalidade.
INJURY SEVERITY SCORE E SUA NOVA VERSÃO: QUAL O
MELHOR ÍNDICE?
Regina Márcia Cardoso de Sousa, Cristiane de Alencar Domingues, Lilia de
Souza Nogueira. Míriam de Araújo Campos. Escola de Enfermagem da
Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
Trata-se de revisão bibliográfica cujo objetivo é apresentar o panorama das
pesquisas que comparam o Injury Severity Score (ISS) com o New Injury
Severity Score (NISS). Foi realizada busca por palavra nas bases de dados
Pubmed, Medline, Lilacs e Scielo utilizando-se o termo NISS. Foram localizados
39 artigos; desses, 20 não comparavam os índices em questão (12 utilizavam
o NISS para caracterização da gravidade, 3 comparavam-no com outros
índices, 4 utilizavam a pontuação NISS como critério de inclusão e 1 tratava-se
de revisão de literatura). Dos 19 artigos selecionados, 2 não estavam
disponíveis em âmbito nacional. Nos 17 trabalhos analisados, os eventos mais
abordados, como variável dependente, foram morte, tempo de permanência
hospitalar e admissão em Terapia Intensiva. A maioria afirmou que o NISS
previu mais adequadamente esses eventos do que o ISS, principalmente em
ferimentos graves e específicos (trauma crânioencefálico). Em estudos cuja
amostra variava de 1.000 a 10.000 casos, observou-se resultado favorável ao
NISS. Amostras maiores de 10.000 indicaram ora preferência ao NISS, ora
equidade, dependendo do evento relacionado; amostras menores que 1.000
apontaram equivalência entre os índices. Observou-se que os estudos que
incluíram trauma contuso e penetrante salientaram o NISS como melhor
preditor, o mesmo não ocorreu nos que analisaram somente trauma contuso. A
única pesquisa que enfocou exclusivamente o trauma penetrante mostrou
igualdade entre os índices. Em nenhum estudo o ISS superou o NISS para
prever os eventos analisados. Essas observações e a maior facilidade do
cálculo do NISS em relação ao ISS direcionam a uma futura substituição do ISS
pelo NISS, apesar de algumas resistências da comunidade científica. Palavraschave: índices de gravidade do trauma, escala de gravidade do ferimento,
ferimentos e lesões.
Investigação do cortiso sérico como marcador prognóstico no traumatismo
crânio encefálico grave em homens
Greizy Modesto Gomes, Carolina Zanoni, Leonardo Borges, Ivana Grivicich,
Adriana Brondaní da. Rocha, Rogério Fett Schneidet, Andrea Regner
Laboratório de Marcadores de Estresse Celular, Centro
de Pesquisa em Ciências Médicas, Universidade
Luterana do Brasil, Canoas, Brazil
Programa de Pós-Graduaçâo em Diagnostico Genético e
Molecular Universidade Luterana do Brasil, Canoas,
Brazil
Programa de Pós-Graduacâo em Genética e Toxicologia
Aplicada, Universidade Luterana do Brasil, Canoas,
Brazil
Curso de Medicina, Universidade Luterana do Brasil,
Canoas, Brazil
O trauma crânio-encefálico grave (TCE) está associado com uma alta
taxa de mortalidade em nossa sociedade. Marcadores hormonais de
estresse/injúria celular tem sido propostos como ferramentas
bioquímicas para o prognóstico de desfecho primário após a injúria
cerebral traumática. O objetivo deste estudo foi correlacionar os
níveis séricos de cortisol com o desfecho primário Imorte/ alta)
cie homens vitimas de TCE grave. Quarenta e seis (n=46í vitimas
com TCE fechado grave (GCS 3- 8] foram incluidos neste estudo
prospectivo. Amostras de sangue venoso foram coletadas na admissão
na UTI (entrada no estudo), 24h após, e 7 dias mais tarde. Um
grupo controle de sezs {n=6) indivíduos masculinos higidos também
foi incluído no estudo. Niveis médios de cortisol sêrico foram
aferidos por iftét,odo inoinoenziniâtico. Houve uma taxa de 50% de
mortalidade. As concentrações séricas médias de cortisol estavam
elevadas de forma significativa no TCE (média de 11.38 mcg/dl em
controles e 29.84 rocg/dl na primeira amostra do grupo com TCE!.
Entretanto, apesar do aumento observado nos níveis' de cortisol
após o TCE grave, não houve correlação entre cortisolemia e
desfecho entre as vítimas de TCE, Portanto, apesar da elevada
cortisolenua, o cortisol. sêrico não constitui um preditor de
desfecho desfavorável em homens vítimas de TCE grave.
GREIZY MODESTO GOMES Estudante de
Medicina e-matl: [email protected]
JANELA PERICÁRDICA NA DETECÇÃO DE LESÃO CARDÍACA
Mario Mantovani, Juliana Pinho Spínola, Juliane G. Hortolam, Gustavo Pereira
Fraga
Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP
Objetivo: Avaliar os resultados da janela pericárdica sub-xifóidea (JPSX) e
transdiafragmática (JPTD), analisando comparativamente as duas técnicas
empregadas. Método: No período de janeiro de 1994 a dezembro de 2004 a JP foi
indicada em 245 casos com suspeita de trauma cardíaco penetrante, geralmente em
pacientes já com outra indicação simultânea de tratamento cirúrgico. Realizou-se
estudo retrospectivo descritivo destes casos, confrontando os achados dos
procedimentos JPSX e JPTD. Resultados: Duzentos e sete pacientes (84,5%) foram
submetidos à JPSX, e em 38 (15,5%) foi realizado JPTD. Dos pacientes submetidos à
JPSX, 151 (72,9%) foram vítimas de ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) e
56 (27,1%) de ferimento por arma branca. Dos pacientes submetidos à JPTD, a
indicação foi FPAF em 26 pacientes (68,4%). A JPSX teve uma sensibilidade de 97,5%,
especificidade de 95,8% e acurácia de 96,1%. O método JPTD demonstrou uma
sensibilidade de 100%, especificidade de 97% e acurácia de 97,4%. A janela
pericárdica foi positiva em 44 casos (18%). Ocorreram oito casos (3,3%) de resultado
falso-positivo. Houve um único caso de complicação diretamente relacionada à JPTD,
num paciente que evoluiu com pericardite e foi submetido à drenagem pericárdica.
Conclusões: Ambas técnicas apresentaram resultados satisfatórios, com elevada
sensibilidade e especificidade. O procedimento precisa ser realizado com cuidado a
fim de evitar resultados falso-positivos e toracotomia não-terapêutica.
Palavras-chave: trauma cardíaco; ferimento tóraco-abdominal; janela pericárdica.
LESÃO CARDÍACA EM FERIMENTO TRANSFIXANTE DE MEDIASTINO POR PROJÉTIL DE ARMA
DE FOGO. RELATO DE CASO
Eduardo Bertolli, Olivia Figueira, Cezar Fabiano Manabu Sato, Daniel Pedroso Palma,
Alvaro Martins II, Marcio Barakat, Sergio Oliveira Jr., José Mauro da Silva Rodrigues.
UNIDADE REGIONAL DE EMERGÊNCIA – CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA
Introdução: Lesões cardíacas e de grandes vasos devem ser suspeitadas em
ferimentos transfixantes do mediastino, pois geralmente exigem intervenção rápida e
precisa. Objetivo: Relatar um caso de lesão cardíaca após ferimento por projétil de
arma de fogo (FPAF) transfixante de mediastino. Relato de caso: LRS, 30a, sexo
masculino, vítima de FPAF em hemitórax esquerdo, transferido em ambulância de
outro serviço. Admitido com vias aéreas pérveas, murmúrio vesicular diminuído a
esquerda, estável hemodinamicamente, Glasgow: 15, com orifício de entrada em 5º
espaço intercostal esquerdo, linha axilar anterior, sem orifício de saída. Depois das
medidas iniciais de reanimação, foi realizada a radiografia de tórax, que evidenciou um
projétil abaixo da linha do diafragma, no hipocôndrio direito. O paciente foi submetido
à laparotomia exploradora, com janela pericárdica. Evidenciamos uma lesão de
ventrículo direito, que foi suturada; uma lesão de diafragma, também suturada e uma
lesão hepática, sem sinais de sangramento ativo. O paciente recebeu alta no 5º dia de
pós-operatório, evoluindo sem intercorrências. Conclusão: Lesões transfixantes de
mediastino, apesar de geralmente serem complexas, podem apresentar bons
resultados, quando o tratamento sistematizado e preciso é realizado.
Palavras-chave: Arma de fogo, coração, mediastino
LESÃO DE VEIA CAVA INFERIOR (VCI): RELATO DE CASO
Lorena Mendes Campos, Irany Santana Salomão, Rui Nei de Araújo
Santana Jr., Marta Araújo da Silva, Job Rezende Paiva Bandeira,
Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil.
O trabalho tem como objetivo relatar um caso de lesão de VCI com múltiplas lesões no
intestino delgado. Paciente de 30 anos, masculino, faioderma, vítima de ferimento por
arma de fogo (FAF), atingido por dois projéteis, com um dos orifícios de entrada no
QSD do abdome e o outro na coxa E, encontrava-se hipocorado (+++/4+), com
moderado nível de consciência, apresentando suspeita de abdome agudo hemorrágico
e fratura do fêmur E. T-RTS 8 (PAS=75 mmHg, FR=30irpm, ECG=12) e seu ISS 25,
confirmando assim sua gravidade. Realizou-se acesso venoso periférico para
reposição volêmica com solução de Ringer Lactato. O intervalo de tempo entre o
atendimento intra-hospitalar inicial e o início da cirurgia foi de 20 minutos. Sob
anestesia geral, foi submetido a laparotomia onde foram identificados hemoperitonio
de aproximadamente 800 mL, hematoma em zona I supramesocólico e lesões múltiplas
de jejuno e íleo. Após realização das manobras de Cattell-Braasch e manobra de
Kocher, identificou-se laceração da VCI, acima das renais, contida parcialmente por
um hematoma. Optou-se pela sutura transversa utilizando polipropileno 5.0. Após o
tratamento da lesão vascular, prosseguiu-se com o tratamento das lesões intestinais.
O paciente permaneceu estável durante todo o procedimento cirúrgico. A cirurgia teve
duração de 2 h, sendo o paciente encaminhado a UTI, onde permaneceu por 15 h com
ótima evolução. Durante o período de internação (11 dias), o paciente permaneceu
com a tração do fêmur E. Em bom estado geral, foi transferido para outra unidade
hospitalar a fim de ser realizada uma cirurgia ortopédica. Apesar das lesões de
grandes vasos abdominais, que ocorre entre 10 e 20% das lesões penetrantes, terem
um alto índice de morbimortalidade, a rápida e correta abordagem do paciente foi de
fundamental importância para a sua sobrevida.
PALAVRAS-CHAVE: Veia Cava Inferior, Veia Cava Inferior [lesão].
LESÃO DE VEIA CAVA RETRO-HEPÁTICA: RELATO DA EXPERIÊNCIA DE UM ANO
DE UM SERVIÇO DE TRAUMA COM ANÁLISE DOS RESULTADOS E REVISÃO DA
LITERATURA
Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Carlos Otavio Corso, Geovani Luiz Fernandes,
Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron.
Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil.
A lesão de veia cava em sua porção retro-hepática é uma das mais temerosas e de
abordagem e tratamento mais difíceis pelo cirurgião geral, com altos índices de morbimortalidade. Objetivo: Relatar a casuística de um serviço de trauma durante o período
de um ano, comparando seus resultados com a literatura mundial. Materiais e Métodos:
Foram admitidos no serviço 4 pacientes com lesão de veia cava retro-hepática, com
abordagens cirúrgicas diferentes. Resultados: Os pacientes abordados eram 3 homens
(2 ferimentos por projétil de arma de fogo, FPAF, e 1 ferimento por arma branca, FAB)
e 1 mulher (FPAF), com idades de 16 a 26 anos (média 22,7 anos). Todos apresentavam
escore de trauma de 7,6 (RTS) à admissão, sendo levados diretamente à laparotomia
xifo-púbica. Em 2 casos (FPAF) ampliou-se para esternotomia, 1 caso optou-se por
toracotomia esquerda, esternotomia e secção diafragmática completa antero-posterior,
e em 1 caso a abordagem restringiu-se ao abdome (FAB). Dois pacientes foram a óbito
no pós-operatório (PO) imediato (1 FPAF e 1 FAB), e os outros 2 sobreviveram com alta
hospitalar no 19º e 22º PO, tendo como complicações pneumonia (nos 2 casos) e 1
fístula quilosa abdominal. A permanência em UTI foi de 12 e 10 dias. A perda sangüínea
total média estimada no trans-operatório foi de 3.750 ml +/- 250 ml, com reposição
média de 5.500 ml de cristalóides e 2.000 ml de sangue. Conclusões: O índice de
sobrevida na casuística foi de 50%, com complicações respiratórias em 100% dos casos
(n=2), um bom resultado se comparado com a literatura mundial (sobrevivência= 29%),
concluindo-se que a abordagem rápida e agressiva é fundamental na sobrevida dos
pacientes com esta lesão extremamente grave. Palavras-chave: Lesão, Trauma, Veia
cava retro-hepática.
LESÃO ESOFÁGICA POR BAROTRAUMA: RELATO DE CASO.
Amarílio Vieira de Macedo Neto, Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz
Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, João Vicente Bassols, Maik Horst, Mario S.
Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto
Alegre, Porto Alegre- RS, Brasil.
Objetivo: Relatar o caso de uma paciente com explosão do esôfago torácico por
traumatismo com gás, provindo de garrafa plástica. Materiais e Métodos: Menina de
onze anos referindo dor torácica à direita, ventilatório dependente, com 12 horas de
evolução. Ao tentar abrir com a boca uma garrafa plástica que continha suco de laranja,
armazenado em congelador há dois anos, houve explosão da mesma. Veio ao Hospital
para avaliação do cirurgião buco-facial por apresentar lesão corto-contusa no lábio
inferior. Ao exame estava em regular estado geral, mucosas hipocoradas, secas,
freqüência cardíaca de 136 bpm. Ausculta pulmonar com murmúrio vesicular diminuído
a direita. Radiografia torácica com velamento de metade do hemitórax direito,
associado à pneumotórax. Resultados: Foi submetida a toracocentese diagnóstica que
evidenciou conteúdo alimentar. Nesse momento foi decidido pela abordagem por
toracotomia lateral direita. Na cavidade torácica se encontrou grande quantidade de
conteúdo alimentar e pus. A pleura mediastinal estava rompida em toda a sua
extensão, assim como o esôfago torácico. Realizada ráfia do esôfago torácico,
jejunostomia e esofagostomia cervical. A criança evoluiu com choque séptico refratário,
mediastinite e drenagem de conteúdo alimentar pelo dreno pleural. No dia seguinte foi
submetida à esofagectomia trans-torácica. Houve melhora após a segunda cirurgia,
tendo alta hospitalar no décimo oitavo dia. Após 4 meses foi realizada reconstrução do
trato digestivo com esôfago-coloplastia por via retro-esternal, apresentando evolução
pós-operatória sem intercorrências. Conclusão: A morbimortalidade das lesões
esofágicas intra-torácicas de diagnóstico tardio é muito alta. Lesões esofágicas por
explosão têm poucos relatos na literatura, não havendo nenhum relato associado à
barotrauma. Palavras-chave: Barotrauma, Perfuração esofágica.
LESÃO ESOFAGOGÁSTRICA POR AGENTE QUÍMICO TRATADA POR
ESOFAGOGASTRECTOMIA: RELATO DE CASO E O PROTOCOLO DO HOSPITAL
JOÃO XXIII
Helio Machado Vieira Jr., Luis Carlos Teixeira, Domingos André Fernandes Drumond.
Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil
Objetivo: a esofagogastrectomia é medida extrema nos casos de lesão cáustica. Neste
trabalho, descrevemos o protocolo para o tratamento de lesões cáusticas no Hospital
João XXIII e relatamos um caso de lesão aguda grave do trato digestivo cujo tratamento
foi uma esofagogastrectomia. Material e métodos: revisão da literatura , realizado na
base de dados BIREME, buscando artigos redigidos na língua inglesa e portuguesa,
com as palavras-chave: lesões cáusticas de estômago e lesões cáusticas de esôfago,
além de pesquisa em livros texto de medicina. Resultados: a paciente foi submetida a
esofagogastrectomia com boa recuperação no pós-operatório, com curta estadia em
nossa Unidade de Terapia Intensiva. Apresentava endoscopia digestiva alta com
diagnóstico de esofagite cáustica grave e pangastrite cáustica grave, com áreas de
necrose, sendo tratada de acordo com o protocolo vigente para este tipo de lesão em
nosso hospital. Conclusão: a esofagogastrectomia é medida extrema de tratamento em
um determinado grupo de pacientes que apresentam lesão cáustica esofagogástrica
Grau III, com instabilidade hemodinâmica. A instituição de protocolos de acordo com
as possibilidades terapêuticas disponíveis no serviço parece ser medida eficaz,
facilitando a tomada de decisões e uniformizando o atendimento. Palavras-chave:
cáusticas do esôfago. Lesões cáusticas do estômago.
LESÃO ISOLADA DE JEJUNO E ILEO POR TRAUMA ABDOMINAL
CONTUSO
Mateus A. B. Cristino; Felipe S. de Carvalho; Cristiane C. M. Fernandes; Sizenando V. Starling;
Domingos André F. Drumond. Hospital de Pronto Socorro João XXIII (FHEMIG) – Serviço de Cirurgia
Geral e do Trauma - Belo Horizonte, MG
OBJETIVO: Estudar as características das lesões isoladas de jejuno e íleo no trauma
abdominal contuso. RESULTADOS: No período estudado (ago/02 a dez/04) foram
admitidos 58 pacientes com lesão do intestino delgado por trauma abdominal contuso,
dos quais 31 (53,44%) apresentavam lesão isolada, morbidade de 22,6% e mortalidade
de 6,5%, permanência hospitalar em média 9,87 dias (1 –29 dias). A média de idade
foi de 33,71anos, sendo 74,2% do sexo masculino. O abalroamento por carro foi o
mecanismo responsável por 48,4% das lesões; 96,8% dos pacientes apresentavam
alteração no exame físico inicial: dor (93,5%), defesa (67,74%), contratura (48,38%) e
tatuagem traumática (35,48%). O Ultra-som foi realizado em 15 pacientes (48,38%),
revelando liquido livre em 93,33%; a Tomografia Computadorizada foi realizada em 10
pacientes (32,25%), mostrando alterações em 90%. O tempo médio entre o trauma e
a cirurgia foi de 11,5 horas (0,5 – 50horas). Os tipos de lesões encontradas foram:
perfuração da alça, hemi-secção, secção total, lesão de mesentério e isquemia. A rafia
primária foi empregada em 64,51% dos casos; ressecção com anastomose términoterminal em 41,93% e enterostomia com dreno em T em 3,22%. A presença de lesão
associada extra-abdominal ocorreu em 29% dos pacientes. CONCLUSÃO: A lesão
isolada do intestino delgado no trauma contuso é de difícil diagnóstico e apresenta um
nível considerável de morbi-mortalidade. O exame clínico seriado associado ao US
abdominal e tomografia computadorizada são ferramentas importantes para seu
diagnóstico. PALAVRAS-CHAVE: trauma contuso, intestino delgado.
LESÃO PENETRANTE DE ESÔFAGO DISTAL: RELATO DE CASO.
Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo
Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo
Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre,
Porto Alegre-RS, Brasil.
Introdução: A perfuração esofágica por trauma é uma condição grave
que tem elevado índice de mortalidade e morbidade, que deve ser
tratada com maior brevidade possível. Objetivo: Apresentar caso de
paciente com ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) com lesão
de esôfago distal. Materiais e métodos: Paciente deu entrada com
FPAF com orifício de entrada no 7° espaço intercostal direito na linha
axilar média e saída no 7° espaço intercostal esquerdo na linha axilar
anterior. Realizada drenagem torácica direita no pré-hospitalar com
hemotórax de 1200ml. Na chegada glasgow 15, pressão arterial
140/90 mmHg, saturação 98%, freqüência cardíaca 103 bpm,
freqüência
respiratória
23.
Radiografia
de
tórax
com
hidropneumotórax bilateral e dreno mal posicionado à direita.
Realizada re-drenagem direita e drenagem torácica esquerda com
saída de 200ml e 400ml de sangue respectivamente. Pela suspeita
de lesão esofágica fez radiografia contrastada de esôfago com
extravasamento de contraste em esôfago distal. Resultados:
Realizado laparotomia exploradora sem evidência de penetração do
projétil na cavidade abdominal, diafragma sem lesão. Abertura do
hiato esofágico, identificação de lesão transfixante de esôfago grau
III. Realizado sutura em dois planos e fundoplicatura em 270° para
proteção da sutura, com colocação de dreno sump no local e
confecção de jejunostomia. Retirada de dreno de tórax esquerdo e
direito no 4° e 5° pós-operatório (PO) respectivamente, 7° PO retirada
de dreno de sump, 10° PO iniciada dieta via oral com alta hospitalar
no 13° PO. Conclusão: As lesões esofágicas por trauma são pouco
comuns e o diagnóstico depende de alto índice de suspeição da
equipe cirúrgica. O sucesso do tratamento depende do tempo de
evolução pós-trauma e o reparo primário da lesão é a principal forma
de tratamento utilizando sempre um reforço da linha da sutura. Nas
lesões de esôfago distal realiza-se uma fundoaplicatura esofágica,
diminuindo assim complicações como fístula e mortalidade. Palavraschave: Esôfago Distal, Perfuração, Trauma.
LESÕES ASSOCIADAS EM PACIENTES COM TRAUMATISMO
CRANIO-ENCEFÁLICO PROVOCADOS POR ACIDENTES
MOTOCICLÍSTICOS.
Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme,
Prof.André Luciano Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do
Rio Preto-SP, Brasil.
Objetivo: Estudar as lesões associadas ao traumatismo crânio
encefálico (TCE) em pacientes vítimas de acidentes
motociclísticos. Material e Métodos: Foram analisados os
prontuários de todos os pacientes admitidos na emergência do
Hospital de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e
junho de 2005. Selecionou-se todos os pacientes com TCE (1401
pacientes) e os com TCE vitimas de acidentes motociclísticos (181
pacientes). Os dados analisados foram os obtidos através da ficha
de atendimento de politraumatizados do Hospital de Base.
Resultados: O grupo de vítimas de trauma motociclísticos com
TCE grave apresentou valores de AIS mais elevados que o com
TCE leve, excluindo AIS de face, que foi 20% menor no TCE
grave. Os valores médios obtidos demonstram que no TCE grave,
o AIS de tórax é 3 vezes maior, AIS de abdome é 70% superior,
AIS de extremidades é 10% maior e AIS de externa é 30%mais
elevado que o do grupo com TCE leve. Comparando-se as vítimas
de TCE geral com as de TCE por trauma motociclístico,
percebemos importante associação de lesão de extremidades no
último grupo, sendo esta 80% mais freqüente no motociclístico, se
AIS maior que 1 e 90% se AIS maior que 2. Quando AIS maior que
3 em qualquer segmento, observou-se aumento importante na
mortalidade. Conclusões: O TCE em vitimas de acidentes de
moto possuem mais lesões de extremidades que os de
mecanismos de trauma gerais. Quanto mais grave o TCE em
trauma motociclístico, , mais severas são as lesões
associadas.Palavras Chave: TCE, Motociclistico, lesões
associadas.
LESÕES DE BEXIGA EM TRAUMA PENETRANTE
Gustavo Pereira Fraga, Nathália da Silva Braga, José Benedito Bortoto, Mario
Mantovani
Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP
Objetivo: A literatura sobre lesões de bexiga descreve uma maior freqüência destas
lesões em traumas contusos, estando associado com fratura de bacia. Nos traumas
penetrantes, estas lesões não são freqüentes, e o objetivo do estudo é fazer uma
análise do diagnóstico, tratamento e evolução dos pacientes tratados com lesão vesical
após ferimento. Método: No período de janeiro de 1990 e dezembro de 2004, foram
tratados 94 pacientes com trauma de bexiga, e destes, 51 (54,3%) foram vítimas de
trauma penetrante. O estudo é descritivo baseado em protocolo estabelecido no
programa Epi-Info. Resultados: Dos 51 pacientes estudados, 45 (88,2%) foram vítimas
de ferimento por projétil de arma de fogo. O RTS teve uma média de 7,66 e 96,1% dos
pacientes apresentaram hematúria na admissão. Em 12 pacientes foi realizado
cistografia e o extravasamento de contraste foi observado em 91,7% destes casos.
Três pacientes (5,9%) com lesão vesical extra-peritoneal foram submetidos a
tratamento não-operatório, com cateterismo vesical. Nos 48 pacientes operados, a
maioria das lesões era extra-peritoneal e todos os casos foram tratados com sutura
primária, associado à citostomia em 2 pacientes. Outras lesões abdominais associadas
foram identificadas em 38 casos (79,2%), sendo mais freqüentes as de reto (20 casos)
e de delgado (18 casos). A média do ISS foi de 19,8 e do ATI de 14,2. A morbidade foi
de 29,4%, geralmente decorrente de complicações não relacionadas ao trauma vesical.
A mortalidade foi de 5,9%. Conclusões: Lesão de bexiga deve ser suspeitada em
paciente com trauma penetrante, principalmente se apresentar hematúria. A maioria
das lesões é identificada no intra-operatório, mas tratamento não-operatório é seguro
em casos selecionados. Lesões associadas são freqüentes e contribuem para a morbimortalidade destes pacientes.
Palavras-chave: bexiga; trauma penetrante; hematúria.
LESÕES DE INTESTINO GROSSO NO TRAUMA CONTUSO
Marcelo Portes Rocha Martins; Márcio Guilherme Macedo; Clarissa Santos Neto,
Sizenando Vieira Starling, Domingos André Fernandes Drumond E-mail:
[email protected]
Objetivos: O objetivo deste trabalho é identificar o perfil dos pacien-tes com lesões de
cólon decorrentes de trauma fechado, avaliando o grau das lesões e morbimortalidade. Materiais e métodos: Estudo retrospectivo através da análise de
prontuários, de pacientes internados de 25/12/2004 a 12/05/2006. Resultados: Foram
avaliados 15 casos de vítimas de trauma contuso com lesão de cólon, sendo 73,3%
homens. O principal mecanismo de trauma foi o acidente automobilístico (60%). A
média de idade foi de 31 anos. No exame físico admissional, o RTS variou de 4,36 a
7,84 (Mediana 7,84). A dor abdominal estava presente em 80% dos pacientes e,
destes, 58,3% apresentaram irritação peritoneal. Foi necessária propedêutica em
86,6% dos casos. O intervalo de tempo entre a admissão e a cirurgia foi de 15 a 3000
minutos (86,6% < 12 horas). À laparotomia, evidenciou-se que 66,6% dos pacientes
apresentava uma única lesão de cólon, 27,3% em cólon ascendente e transverso,
associada, em 66,7%, a lesões de outras vísceras intra-abdominais (fígado e intestino
delgado). Em 31,7% dos pacientes, as lesões de cólon eram classificadas em grau V.
O ISS variou de 4 a 25 (Média 15,3). A ressecção com anastomose primária foi
realizada em 53,3% dos pacientes. Oito pacientes (53,3%) apresentaram
complicações, evoluindo para óbito em 33,3% dos casos, devido a sepse (60%) e
choque hipovolêmico (20%). A média de permanência hospitalar foi de 13,1 dias.
Conclusões: A maioria das lesões fechadas de cólon é decorrente de acidentes
automobilísticos. Seu diagnóstico é difíci, exige alto índice de suspeita e realização de
exame clínico seriado e de métodos de imagem. As lesões do intestino grosso
apresentaram-se, principalmente, como rupturas traumáticas da parede colônica ou
como lesões de avulsão do mesentério. O principal tratamento adotado foi ressecção
sem o uso de colostomia. Complicações ocorreram em 53,3% e 33,3% evoluíram para
o óbito. Palavras chave: trauma contuso, lesão de intestino grosso
LESÕES POR ESPANCAMENTO: PERFIL EPIDEMiOLÓGICO DOS
PACIENTES COM FRATURAS CIRÚRGICAS TRATADAS PELO SISTEMA
ÚNICO DE SAÚDE EM FORTALEZA Gabriel Teixeira Monfezuma Sates, Vanessa
Pinho de Barros, Raquel Telles de Souza Quixadá, Germana Vasconcelos
Mesquita Martiniano, Manuel Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia.
Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, Ceará, Brasil.
Objetivo: O presente estudo propõe-se a traçar o perfil epidemiológico e cirúrgico
dos pacientes que sofreram fraturas em decorrência de espancamento e que foram
submetidos a tratamento cirúrgico pelo SUS. Materiais e métodos: Estudo
transversal e descritivo baseado na análise de prontuários e aplicação de
questionário de pesquisa, O trabalho foi realizado no período de agosto de 2005 a
março de 2006 e envolveu sete hospitais que atendem pelo SUS, quatro públicos e
três privados. Resultados: Das 1694 fraíuras com tratamento cirúrgico, foram
registrados 27 pacientes devido a espancamento. A média de idade foi de 31,64
anos, sendo os homens os mais acometidos, com 25 (92,59%). A faixa etária eníre
21 e 40 anos foi a mais acometida, com 19 (70,37%) pacientes. A maioria (70,37%)
era procedente da capital. Em relação à região anatómica da fratura, 16 ocorreram
no membro superior, sendo a u!na (7/27) a mais fraíurada. Já no membro inferior,
apenas 3 fraturas ocorreram, sendo a tíbia o mais acometido. Ern reíaçáo ao
período do dia, predominou a tarde e a madrugada, com oito cada. Dentre as 27
fraturas, 13 ocorreram em ambiente domiciliar. Quanto à severidade do trauma, 10
foram considerados graves. Dos 27 pacientes analisados, 18 tiveram assistência
médica no mesmo dia, com uma média de 1 hora e 43 minutos. Quanto ao tempo
de cirurgia, 66,6% duraram menos que 1 hora e a média foi de 41 minutos.
Conclusão: As fraíuras decorrentes de espancamento são lesões eminentemente
domiciliares, e os homens jovens representaram o grupo mais susceptível. O
membro superior foi a região anatómica mais frequentemente lesionada e os
pacientes procuraram assistência médica rapidamente. Palavras-chave:
Epídemioíogía, cirurgia ortopédica, espancamento.
LESÕES TORÁCICAS ENCONTRADAS EM PACIENTES VÍTIMAS DE
FERIMENTO POR ARMA DE FOGO ATENDIDOS EM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO DE CURITIBA
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela
Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana
Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná,Brasil.
lntrodução:O trauma torácico é responsável pela morte de um a cada
quatro politraumatizados graves.sendo que muitos morrem antes de
chegar ao hospital.Os ferimentos por arma de fogo representam a
minoria das lesões traumáticas de tórax mas estão associados a uma
maior taxa de mortalidade e lesões traumáticas.Objetivos:O objetivo
deste estudo é analisar as lesões torácicas e em transição toraco
abdominal encontradas em pacientes vítimas de ferimento por arma de
fogo atendido no pronto-socorro do Hospital Universitário
Cajuru(Curitiba-PR),em 2005.Materiais e métodos: Estudo descritivo
retrospectivo baseado na revisão de prontuários(N=142).Foram
revisados dados sobre o local da lesão,órgãos e estruturas lesadas e o
desfecho do tratamento. Rés u liados: O orifício de entrada anterior foi
mais comumente encontrado(48-33.80%) No quesito órgão ou estrutura
lesada verificou-se que quando a lesão é torácica (90-63,38%) ou em
transição toraco abdominal(52-36,62%), o acometimento mais comum
foi o hemopneumotórax com 29,5% (42), seguido do hemotórax com
14,08% (20 casos) e pneumotórax com 8,45% dos casos (12). Houve
lesões isoladas de partes moles em 16,19% dos casos (23).Foram
encontradas lesões associadas em 53 casos. Dos pacientes com lesão
em tórax, 89 foram para cirurgia e 82 receberam alta. Dos pacientes com
lesão em transição, 43 foram operados e 37 receberam alta.A
mortalidade encontrada foi de 10,56%.Conclusão:Devido a risco de vida
que as lesões de tórax representam, e a necessidade de procedimentos
cirúrgicos, os serviços de emergência devem estar preparados para uma
intervenção rápida em benefício de um melhor prognostico ao paciente.
LESÕES OCASIONADAS PELO REVESTIMENTO INTERNO DE VEÍCULOS DE
PASSEIO - ESTUDO RETROSPECTIVO DE CASOS.
Marcelo Teixeira, Adriano Dias Trajano, Marco Aurélio da Costa Serruya, Agnaldo
Píspico, Waine Ciampi; AutoBAn, Jundiaí, São Paulo, Brasil.
OBJETIVO: Demonstrar o potencial risco de lesões ocasionadas pelo dispositivo de
revestimento interno dos veículos de passeio, bem como identificar os revestimentos potenciais
ocasionadores das mesmas. MATERIAIS E MÉTODO: Foram analisados retrospectivamente os
dados armazenados em programa de registro de vítimas (K-COR – Kria Controle Operacional
de Rodovias®), no período de Maio de 2004 a Junho de 2006, envolvendo pelo menos um
veículo de passeio onde pelo menos uma vítima sofrera lesões ocasionadas pelo revestimento
interno do veículo. RESULTADOS: Ocorreram 11 eventos onde 15 vítimas apresentaram lesões
ocasionadas pelo revestimento interno do veículo sendo destas 3 vítimas fatais, 5 portadoras de
lesões graves e 7 portadoras de lesões leves. As áreas atingidas foram: cabeça e pescoço (95%),
tronco (3%) e Membros Superiores (2%). Os revestimentos que ocasionaram lesões foram:
Cobertura plástica da coluna A (81,8%), cobertura plástica da fixação do cinto de segurança
(9%), revestimento de fixação do acabamento do teto (9%). CONCLUSÃO: Os revestimentos
internos de veículos podem ocasionar lesões nos ocupantes que variam de leves a fatais. O
revestimento mais comumente envolvido fora à cobertura plástica da coluna A. PALAVRAS
CHAVES: Revestimento interno de veículos; Lesões Graves.
LEVANTAMENTO GERAL DO ATENDIMENTO REALIZADO PELO SAMU
192
ARACAJU EM 2005
BRASILEIRO, F.F.; ALVES, F.S.; BARROS, V CF.; NUNES, J.A.M.; ALMEIDA,
J.C; NETO, A.F.M; SEABRA. J.D.: LIMA, H.J.S; COSTA, MC.M,; SANTOS,
A.M.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C. Serviço: SAMU 192 ARACAJU.
ARACAJU, SERGIPE, BRASIL
Introdução: O SAMU 192 Aracaju , em funcionamento há quatro anos, tem hoje
uma estrutura de três Unidades de Suporte Avançado(USA) e seis Unidades de
Suporte Básico(USB) para atender uma população de em aproximadamente 500 mil
habitantes disponibilizando uma gama de serviços como atendimento inicial ao
enfermo, transferências inter-hospitalares, transporte social, atendimento psiquiátrico,
pediátrico, obstétrico, todos eles em caráter pré-hospitalar.
Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo fazer um estudo descritivo e quantitativo
do atendimento realizado pelo SAMU 192 Aracaju durante o ano de 2005.
Metodologia: Para essa análise foram coleíados os dados referentes ao atendimento
do SAMU 192 Aracaju, através das fichas de solicitação do serviço impressas após a
ligação do solicitante. Nas fichas foram coletados os dados relativos ao sexo, idade
e tipo de ocorrência.
Resultados: Foi registrado um total de 34903 atendimentos no ano de 2005, dando
uma média de 2908 atendimentos por mês, O mês de maior atendimento foi Maio
com 3441 casos registrados. Aproximadamente 53% dos atendimentos foram
direcionados aos pacientes clínicos acima de 12 anos, seguido pelo trauma acima de
12 anos com 18%. O atendimento pediátrico se deu 12,4% dos casos, obstétricos em 8%
e psiquiátricos em 7,3% O índice de mortalidade registrada pelo atendimento do SAMU
foi de 0,2%. As mulheres constituíram a maioria dos pacientes atendidos com 46,6% dos
casos.
Conclusão. O número de atendimentos mostra a representatividade do serviço prestado
à população em que l em cada 14 habitantes de Aracaju foi atendido em 2005. A
predominância da utilização de USBs demonstra a baixa gravidade da maior parte
dos casos. E as urgências clínicas constituem-se em mais da metade dos
atendimentos realizados pelo SAMU 192 Aracaju em 2005.
LIGA
DO
TRAUMA:
MODELO
DE
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
INTERDISCIPLINAR
REBOUÇAS, G. F., OLIVEIRA, C, V., SALOMÃO, I, S., PINTO, F. G., RODRIGUES,
J. P., RICCIO, F. V. S.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC)- ILHÉUS -BAHIA
[email protected]
INTRODUÇÃO:
No Brasil, as dificuldades relativas à capacitação podem ser interpretadas pela análise
do cenário decorrente da baixa qualidade de investimento nos recursos humanos,
particularmente aqueles que atuam na ponta do Sistema de Saúde. Neste sentido, a
busca pela qualidade da assistência à saúde passa pela possibilidade de construção
de uma nova relação ensino-serviço-comunidade a partir de práticas interdisciplinares.
OBJETIVO:
Adotar práticas pedagógicas e metodológicas aos graduandos de Medicina,
Enfermagem e Biomedicina da UESC em um projeto que ensina os princípios básicos
das afecções que se relacionam com o Trauma, apoiados no tripé ensino - pesquisa
- assistência.
MATERIAL E MÉTODO:
O Projeto desenvolve-se nas dependências da UESC e do Serviço de Urgência (SU)
do Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF) conjuntamente à Liga do Trauma da
UESC (LATE UESC), aplicada na execução, orientação e observação, se
sustentando na combinação do aparato teórico com o trabalho prático, além de
atividade de prevenção e educação com a comunidade, proporcionando ao
graduando possibilidades de atuações em pesquisa e extensão. O módulo teórico é
abordado sob forma de grupos de discussão baseado na nosologia prevalente no SU
e o módulo prático através de plantões sob supervisão direta.
RESULTADOS:
O Projeto vem oferecendo aos graduandos uma vivência prática, multidisciplinar e
integrada na abordagem ao paciente traumatizado, oferecendo também a oportunidade
de se incorporar às atividades docentes, atuações em pesquisa principalmente na
coleta de dados para realização de trabalhos científicos e na melhora substancial da
qualidade assistencial no SU do HGLVF.
CONCLUSÃO:
A dificuldade do trabalho em grupo aparece de forma significativa, salientando a
importância desta convivência como parâmetro para a responsabilidade do trabalho
formal em equipe, que é uma condição básica para a implementação de ações de
saúde.
LIGA
DO
TRAUMA:
MODELO
DE
ORIENTAÇÃO
PEDAGÓGICA
INTERDISCIPLINAR
Geisa Fonseca Rebouças; Carlos Vitório Oliveira; Fernanda Gabriella Pinto; Fernanda
Verena de Sá Riccio; João Paulo Rodrigues; Irany Santana Salomão.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC) – ILHÈUS – BA
Adotar práticas pedagógicas e metodológicas aos graduandos de Medicina,
Enfermagem e Biomedicina da UESC em um projeto que ensina os princípios básicos
das afecções que se relacionam com o Trauma, apoiados no tripé ensino - pesquisa
- assistência.O Projeto desenvolve-se nas dependências da UESC e do Serviço de
Urgência (SU) do Hospital Geral Luiz Viana Filho (HGLVF) conjuntamente à Liga do
Trauma da UESC (LATE UESC), aplicada na execução, orientação e observação, se
sustentando na combinação do aparato teórico com o trabalho prático, além de
atividade de prevenção e educação com a comunidade, proporcionando ao
graduando possibilidades de atuações em pesquisa e extensão. O módulo teórico é
abordado sob forma de grupos de discussão baseado na nosologia prevalente no SU
e o módulo prático através de plantões sob supervisão direta.O Projeto vem
oferecendo aos graduandos uma vivência prática , multidisciplinar e integrada na
abordagem ao paciente traumatizado, oferecendo também a oportunidade de se
incorporar às atividades docentes, atuações em pesquisa principalmente na coleta de
dados para realização de trabalhos científicos e na melhora substancial da qualidade
assistencial no SU do HGLVF. A dificuldade do trabalho em grupo aparece de forma
significativa, salientando a importância desta convivência como parâmetro para a
responsabilidade do trabalho formal em equipe, que é uma condição básica para a
implementação de ações de saúde.
Palavras-chave: interdisciplinaridade, práticas pedagógicas, trauma.
MORBIDADE HOSPITALAR DECORRENTE DE
TRAUMA: CARACTERIZAÇÃO DOS PACIENTES
ATENDIDOS
EM
HOSPITAIS-ESCOLA
NO
MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
Whitaker, Iveth; Adami, Nilce; Poggetti, Renato; Rasslan, Samir;
Assef, Jose Cesar; Fonseca, Jose Honório;Koizumi, Maria
Trata-se de resultados preliminares do estudo sobre análise de
indicadores da qualidade da assistência em trauma. Objetivo: analisar
a morbi-mortalidade hospitalar dos pacientes de trauma que foram
internados após atendimento na sala de emergência (SE) do prontosocorro (PS) de três hospitais-escola. Material e método: Estudo
descritivo, cuja população foi constituída de pacientes de trauma
atendidos na SE do PS de três Hospitais-escola, referência para
trauma, do município de São Paulo. Os dados, de junho a novembro
de 2005, foram obtidos retrospectivamente dos prontuários dos
pacientes, do laudo de necropsia e do atendimento pré-hospitalar. O
Injury Severity Score (ISS) e o New Injury Severity Score (NISS) foram
utilizados para mensurar a gravidade do trauma. Resultados: Do total
de 720 pacientes, 45,28% foram internados em decorrência de
acidente de transporte, 25,69% por quedas e 17,36% por agressões.
A amostra foi constituída, predominantemente, por pacientes do sexo
masculino (80,3%) e jovens entre 15 e 35 anos (49,82%).As quedas,
atropelamento e acidente de moto foram os causas externas mais
freqüentes tanto para homens quanto mulheres. A maioria dos
pacientes (51,0%) recebeu atendimento pré-hospitalar, mas 27,2%
foram transferidos de outros serviços. A mortalidade hospitalar foi de
16,4%, sendo o atropelamento a causa com o maior número de óbitos
(33,9%) A cabeça foi a região corpórea mais frequentemente atingida
e acometida por lesões de gravidade elevada. A média do ISS foi
15,05 e do NISS 20,61. Dos 602 pacientes que sobreviveram, 40,0%
tinham ISS > 16. Dos 118 pacientes que não sobreviveram 95,0%
também tinham ISS > 16, sendo a maioria (65,2%) com ISS > 25.
Conclusão: A mortalidade dos pacientes de trauma internados nos
hospitais deste estudo foi decorrente, sobretudo, de acidentes de
transporte (52,5%), com destaque aos atropelamentos (33,9%). Essa
porcentagem atinge 70,3% quando somada à taxa de mortalidade
observada em quedas.
Descritores: trauma, mortalidade, morbidade.
MORDEDURA DE CÃO EM HÉRNIA INCISIONAL COM EVISCERAÇÃO: RELATO DE
CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Iwan Augusto Collaço, Imad Izat el Tawil, Gustavo J. Schulz, Giórgio Baretta, Adonis Nasr,
Fernanda C. Silva, Paula G. Colpo, Williiam Augusto Casteleins Cecílio. Liga Acadêmica do
Trauma (LiAT), Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador, Curitiba, Paraná, Brazil
Introdução: Mordeduras por cães são um problema de saúde pública, estima-se que ocorram 12 milhões casos anualmente nos Estados Unidos. Os números verdadeiros são desconhecidos,
pois nem todas as vítimas procuram atendimento hospitalar. Mordedura é definida como
qualquer perda da integridade cutânea causada pelos dentes do animal, a despeito da intenção.
Há três padrões de lesão: mordeduras não fatais - leves, graves ou ameaçadoras à vida -,
mordeduras que direta ou indiretamente levam a óbito e lacerações pós-morte do corpo da vítima.
As mordeduras são consideradas ferimentos contaminados, sendo indicado profilaxia antibiótica
no caso de ferimentos grandes ou em face e mãos. A literatura relata poucos casos de
comorbidades em pacientes vítimas de mordedura por cão, não havendo nenhum relato de
mordedura sobre hérnia. Relata-se o caso de um paciente masculino, de 39 anos, vítima de
mordedura por cão. Foi admitido hemodinamicamente estável, com diversos ferimentos por
mordedura em membros superior e inferior esquerdo. Apresentava também mordedura em
abdome sobre a região de uma hérnia incisional gigante. Houve evisceração de intestino delgado.
Procedeu-se à laparotomia, com achado de duas lesões de jejuno grau III, a 70cm do ângulo de
Treitz e quatro lesões grau II. Foi realizado enterectomia com enteroanastomose e enterorrafias,
além de herniorrafia incisional. O paciente foi encaminhado à UTI e foi realizado profilaxia antitetânica e anti-rábica. Houve boa evolução do quadro séptico, com alta no 14° dia pós-operatório.
Conclusão: Mordeduras são ferimentos potencialmente letais, se consideradas todas as
complicações que podem advir de lesões como as relatadas acima. A prevenção através da
orientação à população ainda é o melhor modo de evitar casos como este. Palavras-Chave:
Mordedura, Hérnia Incisional, Evisceração.
MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NA CIDADE DE SALVADOR, NO
PERÍODO DE 1996-2004.
AUTORES: Grazielle Cerqueira de Carvalho¹; Luciana Muniz Pinto¹; André Luís
Nunes Gobatto¹; Caio Vinícius Menezes Nunes¹; Antônio de Pádua Mesquita Maia
Filho¹; Iuri Santana Neville Ribeiro¹; Liv Aparicio Cerqueira¹; Rodolfo Godinho Souza
Dourado Lima¹; Ediriomar Peixoto Matos².
3. Acadêmicos de Medicina da Liga Acadêmica do Trauma e Emergências Médicas –
UFBA.
4. Professor Adjunto do Departamento de Cirugia da Faculdade de Medicina da Bahia
– UFBA.
INTRODUÇÃO: Pode-se conceituar lesão ou trauma por causas externas qualquer
dano intencional, ou não, infringido ao corpo humano. A morte por causas externas
ocupa, hoje, o terceiro lugar em causas de morte declaradas nos atestados de óbito,
crescendo principalmente nos grupos mais jovens da população, especialmente no
sexo masculino. OBJETIVO: Analisar a evolução temporal das taxas de mortalidade
por causas externas na cidade de Salvador, no período de 1996 – 2004. MÉTODO:
Obteve-se o número de óbitos por causas externas segundo o local de residência da
cidade de Salvador, no período de 1996-2004, através do download de arquivos do
Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os dados foram analisados através
do aplicativo TABWIN do DATASUS / Ministério da Saúde. RESULTADOS: A análise
das estatísticas atuais mostra que causas externas são a terceira causa de morte na
cidade de Salvador, sendo responsável por 55,4 mortes por 100.000 habitantes no ano
de 2004. Entretanto na faixa etária de 10 a 39 anos representa a primeira causa. No
período estudado observa-se uma diminuição na taxa de mortalidade, sendo esta de
61,4/100.000 em 1996 e 55,4/100.000 em 2004. O sexo masculino é o mais atingido,
correspondendo a 84,4% dos casos registrados em 2004. Acidentes de transporte
(7,1%) e agressões (44,6%) foram os principais tipos de violência, quando retirados os
eventos indeterminados, responsáveis pelas mortes em 1996. No ano de 2004,
observamos estas mesmas características, correspondendo às agressões por 39,6%
e os acidentes de transporte por 39,6%. CONCLUSÕES: Devido à freqüência com que
acontecem e por atingirem adolescentes e adultos jovens, ela se configura como a
maior causa de anos potenciais de vida perdidos, sendo há muito tempo considerada
como problema de saúde pública.
Palavras-chave: Mortalidade; Trauma; Causas Externas; Séries de tempo.
NECESSIDADES DAS FAMÍLIAS DAS VÍTIMAS DE TRAUMA CRÂNIO
ENCEFÁLICO (TCE). Edilene Curveio Hora Serna1 Regina Márcia Cardoso de
Sousa2 UFS (Aracaju-Se-Brasil)1 USP (São Paulo-SP-Brasil)2
Objetivo: Identificar as necessidades das famílias das vítimas de TCE quanto ao grau
de importância e atendimento. Casuística e Método: Estudo quantitativo e de campo,
realizado com 161 familiares, por meio do Questionário de Necessidades da
Família. Resultados A necessidade considerada mais importante foi "eu preciso ter as
minhas perguntas respondidas com honestidade" (99.2%).Conclusão
As necessidades mais importantes não são atendidas. Paiavraschave: Trauma craniocerebral, Enfermagem em trauma.
NECROSE DE CÓLON DIREITO APÓS LESÃO POR ARMA
BRANCA EM MEMBRO INFERIOR
Hélio Machado Vieira Jr.. Clarissa Santos Neto, Frederico Dallis, Luís
Carlos Teixeira, Domingos André Fernandes Drumond.
Hospital João XXIIi, Belo Horizonte - MG/Brasil.
Objetivo: a necrose de cólon direito após choque hipovolêrnico é evento raro,
com poucos relatos na literatura. Relatamos um caso que ocorreu após trauma
penetrante por arma branca em membro inferior direito, atendido em nosso
hospital, e o relacionamos com os demais casos já descritos. Materiais e
métodos: revisão da literatura realizado na base de dados BIREME, com artigos
redigidos na língua inglesa e portuguesa, com as palavras-chave: isquemia,
necrose, cólon direito, choque hipovolêrnico e em livros de cirurgia. Resultados:
o desenvolvimento de colite pós-choque em cólon direito, em paciente jovem e
previamente sadio é evento raro, tendo nossa pesquisa encontrado apenas 17
casos descritos. A colite isquêmica é doença presente predominantemente em
idosos com doenças associadas, e acomete principalmente o cólon esquerdo.
O choque hipovolêrnico íeva a diversas complicações tidas como típicas, porém
a colite isquêmica não é uma delas, devendo ser atribuída a variação anatómica
vascular do cólon direito em alguns indivíduos, baixa capacidade de regulação
do fluxo sanguíneo do cólon, que piora ainda mais em eventos que cursam com
inatividade metabólica, influência do sistema renina-angiotensina, e por fim pela
liberação de radicais livres tóxicos derivados de oxigénio após liberação do fluxo
sanguíneo. Conclusão: o desenvolvimento de isquemia de cólon direito após
choque hipovolêmico devido a trauma é evento raro, com poucas descrições na
literatura, devendo seu aparecimento a alterações da irrigação colônica direita,
presente em alguns pacientes, características da pouca capacidade de autoregulação de fluxo sanguíneo durante períodos de instabilidade deste segmento
intestinal, liberação de radicais livres e dano sofrido após o processo de
reperfusão, processo que acreditamos ter ocorrido com nosso paciente.
Palavras-chave: choque hipovolêmico, colite isquêmica, necrose de cólon
direito.
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE (NEP): MOTIVANDO QUALIDADE
Daniel Souza Lima, Rita Carreiro Neiva, Julio César Oliveira Viegas, Renata
Gabriela Miranda de Araújo Ribeiro, Silvana Helena Serra Muniz, Janaína
Monteles Aguiar, Daisy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiterman Lima
Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão,Brasil
.
Introdução: Institucionalizado e implantado desde setembro de 2005 o Núcleo de
Educação Permanente-NEP vem desenvolvendo estratégias para promover adesão e
motivação de seus profissionais para melhoria dos conhecimentos visando a qualidade
do serviço. Objetivos: Descrever estratégias que viabilizaram a adesão e interesse
dos profissionais na participação das atividades propostas. Materiais e Métodos:
Trabalho descritivo, observacional, prospectivo, contemplado através da identificação
das necessidades de conhecimento junto aos profissionais, reunião mensal da
instrutoria para planejamento e aprimoramento das atividades a serem desenvolvidas
bem como para avaliação do trabalho realizado anteriormente, realização semanal das
atividades planejadas abrangendo a carga horária de 08 horas ofertada duas vezes por
semana. Exposições teóricas abordando conteúdos atualizados considerando a
necessidade de aplicação na prática profissional. Realização de estações práticas em
ambientes internos e externos, com simulações o mais próximo do real. Registro e
análise de situações problema para discussão e elucidação em grupo. Avaliação
bimestral do aproveitamento dos participantes para promoção de destaques e
premiação dos melhores classificados. Conclusão: Após os 6 meses de
funcionamento observou-se adesão significativa, motivação crescente e forte
integração entre os profissionais, conseqüentemente visível aprimoramento técnico e
maior conscientização da importância do atendimento pré-hospitalar.Palavras-chave:
samu, treinamento,capacitação.
O PERFIL SÓCIO-SANITÁRIO DO CAMINHONEIRO E SUA RELAÇÃO COM
ACIDENTES DE TRÁFEGO.
AUTOR: Josiene Germano1,2,3; Leandro Germano2,3; Gustavo
Germano2; Luciano Louzane3; Dalton Lage Guerra3; Marco
Aurélio Guimarães1. 1Centro de Medicina Legal (CEMEL),
Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão
Preto – USP, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2Médico credenciado do
DETRAN, Ribeirão Preto, SP, Brasil. 3Intervias, Araras, SP, Brasil.
Introdução: Ao profissional motorista de caminhão é determinado
um modo de trabalho considerado não-saudável, devido a
privações do sono ou sono de má qualidade, carga horária
excessiva, necessidade de atenção constante, horários incertos
para refeições, isolamento familiar, sedentarismo, movimentos
repetitivos, preocupação econômica e prazo de entrega da carga.
A idade elevada da frota, o excesso de carga, a falta de
manutenção dos veículos. O uso de drogas lícitas e ilícitas são
outros fatores importantes habitualmente subestimados.
Objetivo: Obter informações sobre o perfil de saúde / trabalho de
caminhoneiros visando propor ações para redução de acidentes.
Método: Levantamento dos acidentes envolvendo caminhões no
trecho da Concessionária Intervias, no intervalo de janeiro a
dezembro de 2005 e pesquisa de condições sócio-sanitárias de
632 caminhoneiros atendidos na Campanha Saúde na Boléia.
Resultado: Dos entrevistados, 30,3% têm uma renda familiar
abaixo de 03 salários mínimos, 78% dorme na boléia do
caminhão, 65% dirige mais de 11 horas/dia, 16,3% refere fazer
uso regular de bebida alcoólica e 10% uso de “rebite”, 15,2% são
hipertensos, 82,5% estão acima do peso e 21,8% apresenta uma
maior chance de se envolver em acidente. Dos caminhões e
carretas envolvidos em acidentes, 40% tem uso acima de 10 anos
e, de 1937 acidentes, 31% tiveram envolvimento destes veículos,
a maior parte ocorrendo cerca de 19:00h e aos sábados.
Conclusão: As condições sócio-sanitárias verificadas entre os
caminhoneiros são causadoras de falhas humanas indutoras de
acidentes de trânsito e, uma vez conhecidas, permitem a tomada
de medidas preventivas para redução da incidência de acidentes.
Palavras-chave: Trauma, Acidente de Trânsito e Caminhoneiro.
O PACIENTE PEDIÁTRICO VÍTIMA DE TRAUMATISMO
ATENDIDO PELO SAMU 192 ARACAJU EM 2005
BRASILEIRO, F.F.; ALVES, F.S.; BARROS, V.C.F.; NUNES, J.A.M.;
ALMEIDA, J.C.; NETO, A.F.M.; SANTOS, A.M.; SEABRA, J.D.; BARRETTO,
M.X.A.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C.; LIMA, H.J.S. Serviço: SAMU 192
ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE. BRASIL
Introdução: A fragilidade da criança, a sua dependência dos pais e as constantes
mudanças características do seu crescimento e desenvolvimento, tanto físico quanto
mental, faz do paciente pediátrico um desafio para os profissionais da área de saúde.
Corroborando essa hipótese o Estatuto da Criança e do adolescente de 1990 estabelece
que deve ser dada prioridade no atendimento e proteção às crianças devido à sua
fragilidade e dependência.
Objetivos: O presente trabalho tem como objetivo caracterizar o paciente pediátrico
vítima de trauma, atendido pelo SAMU 192 Aracaju através de variáveis como gênero,
idade, mecanismo de trauma, tipo de transporte utilizado, destino do paciente.
Metodologia: Foram analisadas de forma retrospectiva todas as fichas de atendimento
durante o ano de 2005 e coletados os dados dos pacientes menores de 12 anos.
Resultados: Durante o ano de 2005 foram atendidos 1123 pacientes pediátricos vítimas
de trauma o que corresponde a 3,25% do total de atendimentos e 26% dos atendimentos
pediátricos. Sessenta por cento das crianças atendidas foram do sexo masculino. A faixa
etária de 7 a 12 anos concentrou o maior número de casos traumáticos com 480 casos.
Foram utilizadas USBs em 98% dos atendimentos e 70% dos atendimentos se deu no
período diurno. Oitenta e oito por cento dos atendimentos foram destinados a unidades
hospitalares de atendimento. As quedas e os traumas músculo-esqueléticos foram as
principais causas de atendimento à criança vítima de trauma representando juntas 48%
do total das solicitações.
Conclusão: As crianças do sexo masculino entre 7 e 12 anos, vítimas de quedas ou
traumas músculo esqueléticos, no período diurno, foi o principal foco de atendimento
do SAMU 192 Aracaju a população pediátrica em 2005.
ÓBITOS EM DOMICÍLIO: SUICÍDIO, HOMICÍDIO OU ACIDENTE ?
Edson Dener Zandonadi,Renato Palácio de Azevedo,João Arnaud Diniz Neto,Clarissa
Soares da Fonseca Carvalho,Edem Moura de Matos Jr,Bruno Santos Bogéa,Waston
Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima, Lucyane Rominger. Liga Acadêmica do Trauma
e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão,
Brasil.
Introdução: Os óbitos em domicílio apresentam diversas etiologias, assim como
apresentam uma distribuição razoável pelas faixas etárias. Muitos dos casos são
esclarecidos pela necropsia, contudo, vários casos apresentam diversas incoerências
e impossibilidades de determinações precisas da situação que envolve o
óbito.Objetivo: Analisar os casos de óbito em domicílio acontecidos em 2004 e 2005,
bem como suas etiologias mais freqüentes, faixa etária, sexo e pontos intrigantes quem
envolvem o óbito.Material e Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo a consulta de
registros de óbitos e necropsias com procedência domiciliar nos anos de 2004 e 2005
do Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA.A coleta dos dados foi realizada
através do preenchimento de uma ficha protocolo.Resultados: Foram estudados 62
casos,observamos a prevalência do sexo masculino (75,8%)sobre o feminino (24,2%).
Entre as etiologias destacamos o enforcamento (17,7%), arma branca (12,9%),
afogamento (11,3%) e indeterminada (24,2%). Destacam-se as faixas etárias de 21-30
anos com 19,4%, 31-40 anos com 17,7% e de 0-10 anos com
14,5%.Conclusão:Muitas das etiologias ,como arma branca e arma de fogo, refletem
o sério problema da violência muitas vezes sendo causada por familiares. Outra
importante constatação são dos constantes acidentes em domicílio com menores,
vitimas principalmente de afogamento, demonstrando,em algumas situações, certo
descuido dos pais, visto que ocorrem principalmente em suas próprias piscinas. Os
registros mostram que geralmente pacientes utilizam o enforcamento como suicídio,
predominando o sexo masculino.Palavras-chave: violência, trauma, domicílio.
PACIENTE VITIMA DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO ATENDIDO EM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO QUE APRESENTOU LESÁO EM MEMBROS
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado,
Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez
Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná,
Curitiba,Paraná,Brasil.
Introdução:O trauma em membros inferiores ou superiores por projéteis de
armas de fogo é um dos mais comuns em todo o mundo.Estudos demonstram
que os membros inferiores são acometidos três vezes mais do que os
superiores.A maioria dos prejuízos funcionais são relacionadas ao dano
neurológico e à isquemia tissular causada pela lesão vascular.Objetivos:
Analisar as lesões em membros superiores e inferiores encontradas em
pacientes vítimas de ferimento por arma de fogo atendido no pronto-socorro
do Hospital Universitário Cajuru (Curitiba-PR) em 2005. Materiais e métodos:
Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários. Foram
revisados dados sobre o local da lesão, órgãos e estruturas lesadas e o
desfecho do tratamento. Resultados: Do total de 120 pacientes vítimas de
armas de fogo em membros, 79 foram atingidos em membros inferiores
(MMII) e 46 em membros superiores (MMSS). 83,33% necessitaram de
cirurgia (100), 19 foram internados para observação e 01 obteve alta sem
necessidade de internação. A tíbia apareceu como a estrutura mais lesada
acometendo 26 pacientes (21,66%), 19 com lesão de mão (15,8%); lesões
exclusivas em partes moles de MMII representam 14,16% dos casos (17); 15
com lesão em fémur (12,5%); 10 com lesão nos pés (8,33%). Partes moles
de MMSS e lesão de ulna figuraram com 9 pacientes cada (7,5%); fíbula foi
atingida em 08 pacientes (6,66%); 06 com lesão de úmero (5%) e 4 com lesão
de artéria poplítea (3,33%) foram as estrutura mais acometidas. A média de
dias de internamento foi de 4,97 dias, sem ocorrência de óbitos Conclusão:
A maior parte dos pacientes apresentou lesão em MMII acometendo tíbia com
necessidade de tratamento cirúrgico. Em MMSS as mãos foram a região mais
afetada. Todos os pacientes receberam alta curados
PACIENTE VÍTIMA DE FERIMENTO POR ARMA DE FOGO ATENDIDO EM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO QUE APRESENTOU LESÃO DE PESCOÇO
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme
Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro
Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná, Brasil.
Introdução: As lesões causadas por armas de fogos vêm aumentando nos últimos
tempos, apresentando em cabeça e pescoço a terceira região mais afetada. Objetivo:
Analisar as lesões em pescoço encontradas em pacientes vítimas de ferimento por
arma de fogo atendidas no pronto socorro do Hospital Universitário Cajuru em 2005.
Materiais e método: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários.
Foram revisados dados sobre local da lesão, órgãos e estruturas lesadas e o desfecho
do tratamento.Resultados: Dos 35 pacientes com lesão em pescoço causados por
ferida de arma de fogo, 14 apresentaram orifício de entrada em zona l, 9 em zona II, 6
em zona III e 5 em face. Apresentaram 22 lesões associadas, sendo que 10 em tronco
e 12 em membros. No atendimento inicial 60% (21) dos pacientes foram para cirurgia
e o restante foi internado para observação. Dos pacientes que foram para cirurgia 2
faleceram durante a cirurgia e dois no pós-operatório, já dos que foram internados para
observação 2 foram à óbito. Os pacientes ficaram em média 9,45 dias internados,
variando de O a 46 dias de internamento. Nove pacientes necessitaram de UTI, sendo
que, quem ficou menos tempo foi 2 dias e quem ficou mais foi 13 dias, apresentando
uma média de 6,2 dias. Sete pacientes necessitaram receber transfusão sanguínea
com uma média de 4,57 bolsas de sangue por paciente, variando de 2 à 10 bolsas. Em
relação à estrutura lesada, em 15 casos houve lesão exclusiva de partes moles, os
órgãos lesados foram coluna cervical (10), traquéia (3), laringe (2), veia jugular externa
(2), artéria carótida (1), artéria tireoidéia superior (1), osso hióide (1) e tireóide
(1).Conclusão: As lesões em pescoço causadas por arma de fogo são de grande
importância, pois tem um alto índice de mortalidade. Além de uma grande parte dos
pacientes necessitar tratamento em terapia intensiva e de reposição de sangue.
PACIENTES COM LESÃO TORÁCICA POR ARMA DE FOGO ANALISADOS SEGUNDO O RTS.
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme
Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro
Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná,Brasil.
Introdução: O trauma torácico é responsável pela morte de um a cada
quatro politraumatizados graves. Os índices de trauma avaliam a gravidade
das lesões, sendo determinantes no prognóstico dos pacientes. O Escore de
Trauma Revisado (RTS) foi utilizado nesse trabalho pela facilidade de sua
aplicação e triagem correta dos casos para o hospital de destino. Objetivos:
Analisar as lesões torácicas e o RTS dos pacientes vítimas de ferimento por
arma de fogo atendido no pronto-socorro do Hospital Universitário Cajuru
(Curitiba-PR),
em
2005.
Materiais
e
métodos:
Estudo
descritivo
retrospectivo baseado na revisão de prontuários. Foram revisados dados
sobre as estruturas lesadas no tórax e o RTS dos pacientes. Foram
excluídos aqueles que não possuíam dados suficientes para o cálculo do
RTS. Resultados: Do total de 35 pacientes, 30 apresentavam lesões
exclusivamente em tórax, 04 com lesão em transição tóraco-abdominal e 01
paciente com lesão em ambos. O RTS médio foi de 7,5022. No nosso
estudo, encontramos apenas 01 paciente com RTS entre 2 e 3, o qual
faleceu durante a cirurgia. 04 com RTS entre 6 e 7, dos quais, apenas um
morreu durante a cirurgia, os demais obtiveram alta após a intervenção
cirúrgica. Com RTS entre 7 e 8 foram 30 pacientes, todos obtiveram alta
hospitalar. Porém, 03 deles ficaram internados para tratamento conservador,
enquanto o restante (27) necessitou de tratamento cirúrgico. Conclusão:
85,7% dos pacientes vítimas de FAF em tórax apresentam RTS acima de 7,
o que traduz uma sobrevida de 90%, apesar da necessidade de tratamento
cirúrgico em mais de 75% dos casos. A classificação dos pacientes
segundo os índices de trauma é muito relevante, pois determina a
severidade das lesões, permitindo uma avaliação rápida e agilidade no
tratamento inicial, melhorando assim o prognóstico do paciente.
PACIENTES VÍTIMAS DE FAF ABDOMINAL AVALIADOS SEGUNDO O RTS E DESFECHO
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme Ribas
Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco
Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba.Paraná, Brasil.
lntrodução:Os índices de trauma avaliam a gravidade das lesões e comparam a qualidade
do atendimento de emergência nos hospitais.O Escore de Trauma Revisado (RTS) foi
utilizado nesse trabalho por ser um índice fisiológico de fácil aplicação e por seus dados
estarem disponíveis nos prontuários analisados.Objetivos:ldentificar o paciente atendido no
Hospital Universitário Cajuru, vítima de ferimento por arma de fogo(FAF)em região
abdominal.quantificar a gravidade do trauma através do RTS e analisar o seu desfecho
(alta/óbito).Materiais e métodos: Estudo descritivo retrospectivo baseado na revisão de
prontuários de pacientes vítimas de FAF em Curitiba e Região Metropolitana atendidos no
hospital, no período de jan/dez de 2005 que apresentaram FAF abdominal.O critério de
exclusão foi a falta de dados para o cálculo do RTS.Resultados:dos 97 prontuários
analisados, encontramos um RTS médio de 7,40.Correlacionando RTS,atendimento inicial
e desfecho encontramos: 2 pacientes com RTS entre O a 1, os quais sofreram intervenção
cirúrgica e foram a óbito durante a cirurgia. Entre 2 e 3, apenas 01 paciente, que foi a óbito
na sala de emergência. Com RTS de 4 a 5, os 2 pacientes encontrados sofreram
intervenção cirúrgica e foram a óbito no pós operatório. Quando o RTS variou entre 5 e 6,
encontramos 1 paciente que foi levado a cirurgia e recebeu alta. Na faixa de RTS de 6 a 7,
encontramos 8 pacientes que foram levados a cirurgia, dos quais 4 receberam alta e 4
foram a óbito (2 durante a cirurgia e 2 no pós-operatório). Com o RTS entre 7 e 8, foram
analisadas 83 vítimas. Dessas, 80 sofreram intervenção cirúrgica, 3 foram internadas para
tratamento conservador, sendo que 77 receberam alta, 1 foi a óbito durante a cirurgia e 5
foram a óbito no pós operatório. Entre os intervalos de RTS de 1 a 2 e 3 a 4 não
encontramos nenhum paciente.Conclusão:Todos os pacientes que apresentaram FAF em
abdome e tiveram RTS de entrada abaixo de 5 evoluíram para óbito. Apenas 10,98% dos
pacientes que apresentaram RTS acima de 6 não sobreviveram.Tais resultados
diwhonstram que índices de trauma como o RTS são úteis para uma avaliação
rápida,orientação e agilidade do tratamento inicial e para estabelecer de uma forma
aproximada o prognostico e a sobrevida do paciente.
PACIENTES VÍTIMAS DE FAF AVALIADOS SEGUNDO O RTS E À
NECESSIDADE
DE
TERAPIA
INTENSIVA
E
REPOSIÇÃO
DE
HEMODERIVADOS.
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto, Thaís Ariela
Machado, Guilherme Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana
Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro Francisco Lemes.Pontifícia
Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná.Brasil.
Introdução: índices de Trauma são fatores importantes na
determinação prognostica dos pacientes. O Escore de Trauma
Revisado (RTS) foi adotado nesse trabalho pela facilidade de sua
aplicação em avaliar a gravidade do trauma e por seus parâmetros
estarem disponíveis no prontuário dos pacientes. Objetivos: Identificar
o paciente atendido no Hospital Universitário Cajuru, vítima de
ferimento por arma de fogo (FAF), quantificar a gravidade do trauma
através do RTS e correlacionar com a necessidade de transfusão
sanguínea e de UTI. Materiais e métodos: Estudo descritivo
retrospectivo baseado na revisão de 362 prontuários de pacientes
vítimas de FAF em Curitiba e Região Metropolitana atendidos no
hospital, em 2005. Foram incluídos no estudo pacientes com dados
sobre RTS, utilização de UTI e sangue. Resultados: Quanto ao RTS,
este variou de O a 7,84. A maioria dos pacientes (318) apresentou RTS
entre 7 e 8; 25 com RTS entre 6 e 7; 8 com RTS entre 5 e é; 7 com
RTS entre 4 e 5; nenhum com RTS entre 3 e 4; 2 com RTS entre 2 e
3; 1 com RTS entre 1 e 2 e 1 com RTS entre O e 1. Os pacientes que
receberam hemoderivados e ou tratamento em unidade de terapia
intensiva, foram na maioria paciente com RTS menor que 6 (72,7)
sendo 18,2% apenas UTI, 15,9% apenas bolsas de sangue e 38,6%
os dois. Conclusão: O estado clínico do paciente avaliado pelo RTS na
fase pré-hospitalar é um dado confiável para determinar maior
agilidade no atendimento inicial. Em nosso estudo, a maioria dos
pacientes que apresentaram RTS abaixo de 6 utilizaram intervenções
especiais, como UTI e transfusão sanguínea, a fim de prevenir o
agravamento do quadro e o surgimento de novas lesões.
P.A.T.I. EM TRAUMA PENETRANTE ABDOMINAL
Yeda Mayumi Kuboki,Danilo Alessandro Germini, Thiago Antoniassi, Glauco Veloso
Rodarte, Rogério Yukio Morioka,Thais Barros de Souza, André Luciano Baitello.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto - FAMERP. São José do Rio Preto,
São Paulo, Brasil.
Objetivos: O presente estudo realizou um levantamento estatístico e epidemiológico
dos traumas abdominais penetrantes por armas de fogo e armas brancas atendidos
no serviço de emergência do Hospital de Base (HB) de São José do Rio Preto – SP.
Materiais e Métodos: Foram revisados os prontuários de 174 pacientes com trauma
abdominal penetrante atendidos no serviço de emergência do HB incluídos em um
protocolo previamente estabelecido no período de maio de 1998 a abril de 2001. Foi
utilizado o índice de trauma abdominal penetrante, P.A.T.I. (Penetrating Abdominal
Trauma Index), específico para lesões intra-abdominais. Este índice é importante para
avaliarmos o prognóstico do paciente, a gravidade das lesões e a qualidade de
atendimento inicial ao politraumatizado.
Resultados: De um total de 174 casos, 125 (72%) foram ferimentos por arma branca
(FAB) e 49 (28%) por arma de fogo (FAF). Dentre os FAB, 113 (90%) ocorreram em
homens e 12 (10%) em mulheres; a média de idade foi de 29,4 anos; 68 pacientes
(54,4%) eram procedentes de S.J.Rio Preto. Cento e dois pacientes (81%) chegaram
hemodinamicamente estáveis; em 62 casos (50%) não houve comprometimento de
qualquer órgão, 35 (28%) apresentaram um órgão acometido, 19 (15%) tiveram 2
órgãos lesados e 8 (7%) tiveram 3 ou mais órgãos atingidos. Os órgãos mais
acometidos foram o intestino delgado (43,5%), fígado (30,6%) e intestino grosso
(20,6%). Noventa pacientes (72%) foram submetidos a laparotomia exploradora (LE).
Cem pacientes (81%) tiveram P.A.T.I. entre 1 e 10; a média do P.A.T.I. foi de 6,70
sendo que nos pacientes que evoluíram para óbito a média foi de 29,5 enquanto nos
pacientes que sobreviveram esta foi de 5,86. Dentre os FAF, 45 (92%) ocorreram em
homens e 4 (8%) em mulheres; a média de idade foi de 29,5 anos; a maioria dos
indivíduos (46) era da cor branca (93,9%) e 35 (71,4%) eram procedentes de S.J.Rio
Preto. Trinta e dois pacientes (66%) chegaram hemodinanicamente estáveis; em 12
casos (27%) não houve comprometimento de qualquer órgão, 12 (27%) apresentaram
um órgão acometido, 7 (16%) tiveram 2 órgãos lesados e 13 (30%) tiveram 3 ou mais
órgãos atingidos. Os órgãos mais acometidos foram o intestino grosso (53,1%),
intestino delgado (34,4%) e o fígado (25,0%). Trinta e oito pacientes (77,6%) foram
submetidos à LE. Dezenove pacientes (42%) tiveram P.A.T.I. entre 1 e 10; a média
do P.A.T.I. foi de 16,23 sendo que nos pacientes que evoluíram para óbito, a média foi
de 29,0 enquanto nos pacientes que sobreviveram a mesma foi de 15,29.
Conclusão: A maioria dos pacientes atendidos era composta por adultos jovens,
brancos e procedentes de S.J.Rio Preto. Verificamos que os FAF, apesar de menos
prevalentes, foram mais graves que os FAB, apresentando P.A.T.I. médio maior. Os
órgãos mais atingidos foram o intestino delgado, o intestino grosso e o fígado.
Palavra chave: Índice de trauma penetrante abdominal, Trauma penetrante abdominal,
laparotomia exploradora, ferimento penetrante abdominal.
PERFIL
EPIDEMIOLÓGICO
DO
TRAUMA
EM
CRIANÇAS
E ADOLESCENTES
Nicelle Morais; Irany Santana Salomão; Marco Tsuno, Yara Aguiar;
Thaisa Lima Ribeiro; Luís Angelo Braga Morosini. Universidade
Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil.
OBJETIVO. Analisar os aspectos epidemioíógicos do trauma em crianças e
adolescentes internados no Hospital Geral Luiz Viana Filho, Ilhéus, Bahia.
MATERIAL E MÉTODOS. Trata-se de um estudo retrospectivo onde foram
analisados 127 pacientes com diagnóstico de trauma no período de janeiro de 2003
a dezembro de 2004. Como critério de inclusão, foram analisados todos os
pacientes na faixa etária entre O e 19 anos. RESULTADOS. Houve predomínio do
sexo masculino em relação ao feminino (4:1). A faixa etária mais acometida foi dos
16 aos 19 anos (55,9%) e a maioria (74,8%) dos pacientes foram procedentes de
Ilhéus, Bahia. O principal mecanismo de lesão traumática foi o ferimento por arma
de fogo (FAF), 30,7%, seguido pelo ferimento por arma branca (FAB), 20,4%. O
segmento corpóreo mais atingido em ferimentos por FAB foi o abdome-pélvicolombar (23,6%). A média de idade dos pacientes vítimas de FAF foi de 16,74 anos,
situando-se na faixa etária dos adolescentes, enquanto que a média das idades
dos pacientes vítimas de queda foi de 10,45 anos, que se situa na faixa etária de
crianças. Os FAF acometeram principalmente a região abdome-pélvico-lombar
(28,2%), como nos ferimentos por FAB. Nos traumas por quedas, a cabeça foi o
segmento mais atingido (31,8%). A maioria dos pacientes (95,2%) obteve alta
hospitalar em bom estado geral. CONCLUSÃO. Os adolescentes do sexo
masculino, na faixa etária de 16 aos 19 anos foram as principais vítimas de trauma
nesta casuística. Estes foram atingidos, principalmente, por FAF na região
abdome-pélvico-Sombar, As causas externas, como a violência urbana, são um
agente importante de lesões em nossa comunidade e a prevenção deve ser
enfatizada.
PALAVRAS-CHAVE; perfil epidemíológíco, trauma, crianças e adolescentes.
PERFIL DO ADOLESCENTE ATENDIDO COM DOENÇA POR CAUSA EXTERNA
EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA
(Miranda. Tatiane*; Guerra, Sérgio Diniz**; Ferreira, Roberto Assis***)
*Médica pediatra do Hospital João XXIIl-Fhemig e aluna da pós-graduação da
Faculdade de Medicina da UFMG
**Médico pediatra coordenador da UTI pediátrica do Hospital João XXIIl-Fhemig
***Professor do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFMG
Introdução A violência é hoje um dos principais problemas de saúde pública e provoca
í um forte impacto sobre as taxas de morbimortalidade. As causas externas de
hospitalização e morte constituem um bom referencial para inferir dados sobre a
violência. No Brasil, houve um importante crescimento da mortalidade por causas
externasnos grupos etários mais jovens. Segundo dados do DATASUS de 2000, 12,5%
dos óbitos noBrasil ocorreram devido a causas externas de morte, sendo que 13,9%
ocorreram na faixa etária de 10 a 19 anos.
Obietivo Traçar e analisar o perfil dos adolescentes atendidos com doenças
secundárias a causas externas em hospital de referência.
Métodos Trata-se de estudo descritivo, com início em março de 2004 a março de 2005,
em que foram aplicados questionários sob a forma de entrevista para adolescentes
(10a 19 anos, segundo OMS) atendidos no Hospital João XXIII. Os dados foram
coletados de forma aleatória, em dias previamente sorteados, e foram analisados no
software Epi-lnfo. A amostra foi constituída por 139 adolescentes.
Resultados A idade média do adolescente atendido no Hospital João XXIII é 14,15
anos com desvio padrão de G 2,43 anos. A renda familiar média é de 2,5 salários.
Noventa e três por cento estudam e apenas nove por cento trabalham. Noventa e
seis por cento moram com o pai e/ou com a mãe. Com relação ao motivo do
atendimento (causas externas, segundo CID-10): 1)Queda 49%; 2)Acidente de
transporte 24%; 3)Agressões 15%; 4)Envenenamento, intoxicação por ou exposição
a substâncias nocivas 11%; 5)Lesões autoprovocadas voluntariamente 2%. Dos
adolescentes atendidos por envenenamento, intoxicação por ou exposição a
substâncias nocivas, 100% o fizeram como tentativa de suicídio. Das agressões,
57% foram física e 43% por arma de fogo. Quatro e meio por cento desses
adolescentes foram ao óbito nas primeiras 24 horas. Conclusão No hospital de
referência supracitado, a frequência de doenças devido a causas externas bem como
o número de adolescentes lá atendidos vem aumentando a cada ano, mostrando a
importância e a necessidade de estudos como este, a fim de que medidas
preventivas de saúde pública sejam implementadas. Palavras-chave: Adolescentes,
causas externas, trauma.
Apresentadora: TATIANE MIRANDA E-mail: [email protected]
PERFIL DO ATENDIMENTO AO IDOSO PELO SAMU 192 ARACAJU
BOTO, M.A.F.M.; ALVES, F.S.; MATTOS, M.C.T.; BRASILEIRO, F.F; COSTA.
M.C.M.; LIMA. H J. S.: FRANÇA, CR. BARRETTO, M.X.A.; OLIVEIRA, C.G.S.;
CABRAL, J.G.C. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE. BRASIL
Introdução. Os avanços na área de saúde e a adoção de estilo de vida mais saudável vêm
íàvorecenda o aumento da expectativa de vida e, conseqüentemente, do número de idosos, o
que termina por evidenciar a importância dessa faixa da população, cada vez mais
necessitada de produtos e serviços direcionados às suas particularidades, incluindo os
serviços de urgência e emergência, dentre estes os de atendimento pré-hospi£alar.
Objetivos: Este trabalho visa caracterizar o atendimento ao idoso realizado pelo SAMU
192 Aracaju; caracterizar o idoso atendido (idade, sexo); verificar a prevalência dos casos;
identificar a origem da solicitação; constatar o tipo de viatura utilizada; conhecer os dias e
turnos de maior solicitação de atendimento ao idoso.
Metodologia: Os dados da pesquisa foram obtidos através da análise das fichas de
atendimento realizado pelo SAMU 192 Aracaju à população de idosos de Janeiro à Junho
de 2005. Foram considerados idosos todos os pacientes com 60 anos ou mais.
Resultados: Constituiu-se de 2794 atendimentos a idosos realizados pelo Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192 ARACAJU - no período de janeiro a junho
de 2005. Os atendimentos a idosos corresponderam a 15% do total de atendimentos
prestados. A faixa etária que mais solicitou atendimento foi dos 60 aos 70 anos (41%);
quanto ao sexo, o feminino correspondeu a 60% dos atendimentos; os casos clínicos
prevaleceram em 89% das solicitações.
Conclusão: Os idosos constituem parcela significativa dos atendimentos prestados pelo
SAMU 192 ARACAJU, principalmente, no que concerne aos casos clínicos. Portanto, os
serviços de atendimento pré-hospitalar devem atentar para os agravos da saúde dessa faixa
etária, promovendo capacitação direcionada com o objetivo de melhor atender a esses
usuários.
PERFIL DO PACIENTE VÍTIMA DE FERIMENTO POR ARMA DE ATENDIDOS NO PRONTO
SOCORRO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURU
Luiz Carlos Von Bahten, José Luzardo Brites Neto. Thaís Ariela Machado, Guilherme
Ribas Taques, Felipe Augusto Reque, Luciana Bandeira Mendez Ribeiro, Mauro
Francisco Lemes.Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba,Paraná,Brasil.
lntrodução:a violência causa preocupação no mundo inteiro pelo seu elevado número
de vítimas, sobretudo aos profissionais envolvidos no atendimento dos seus efeitos.A
mesma está inserida no cotidiano da população urbana e seus efeitos representam
uma importante causa de mortalidade.Objetivos:O objetivo deste estudo é traçar o
perfil do paciente vítima de ferimento por arma de fogo atendido no pronto-socorro do
Hospital Universitário Cajuru(Curitiba-PR) em 2005.Materiais e métodos.-Estudo
descritivo retrospectivo baseado na revisão de prontuários.Foram revisados dados
sobre sexo,idade,procedência.momento e local do acidente,meio de transporte até o
hospital.topografia da lesão,órgãos e estruturas lesadas, necessidade de
cirurgia.tempo de internamento.alta hospitalar/óbito. Resultados:N=441.0 sexo
predominante foi o masculino(95,9%).A faixa etária com maior prevalência foi a de 16
a 25 anos, com 46,5%.A maior ocorrência foi registrada nos finais de semana(45,8%).O
horário de chegada ao hospital mais frequente foi período entre 21:00-03:00h com
53,1% dos casos .O meio de transporte mais utilizado para chegada ao hospital foi via
SIATE(Servico
Integrado
de
Atendimento
ao
Trauma
em
Emergência)/SAMU,totalizando 56,7%.Quanto à topografia da lesão constatou-se que
os locais mais acometidos foram os membros inferiores e superiores(51,5%).O órgão
abdominal mais lesado foi o intestino delgado.com 44,4%.No tórax.a lesão mais
comum foi o hemopneumotórax(29,5%).Na cabeça,as estruturas mais lesadas foram
os ossos do crânio(29,62%).Nos membros os ossos mais atingidos foram
tíbia(21,84%),fêmur(20,16%) e ossos da mão(31,48%).A maioria dos pacientes eram
procedentes da Região Metropolitana de Curitiba(59,63%),a maior demanda
proveniente do município de Colombo(15,6%).Quanto ao desfecho do tratamento,68
pacientes(83,4%) foram submetidos à intervenção cirúrgica com a maior parcela
recebendo alta hospitalar após uma média de 8,3 dias de internamento.Conclusão:O
perfil do paciente vítima de FAF atendido no HUCisexo masculino, adulto jovem.ferido
no final de semana,nos horários entre 21:00h e 03:00h proveniente de cidades da
região
metropolitana.transportado
por
serviços
de
remoção
como
SIATE/SAMU.Atingido em membro superior ou inferior.submetido à cirurgia e
recebendo alta hospitalar, curado.
PERFIL DO SERVIÇO DE CIRURGIA DE EMERGÊNCIA EM UM HOSPITAL GERAL.
Alexandre Ferreira Duarte, Alexandre Moreira Maia, Ernesto Carlos da Silva, José
Mauro da Silva Rodrigues. HOSPITAL MODELO DE SOROCABA – SP.
Introdução: As afecções cirúrgicas de urgência são freqüentes, mesmo em serviços
de urgência de hospitais gerais de nível secundário. Objetivo: Analisar o perfil do
Serviço de cirurgia de emergência de um Hospital Geral, estudando o perfil
epidemiológico e a morbi-mortalidade dos pacientes atendidos nesse serviço. Material
e métodos: Foram analisados todos os pacientes submetidos à cirurgia, provenientes
do PA – Pronto Atendimento, do HMS – Hospital Modelo de Sorocaba, um hospital
privado, de nível secundário, com 80 leitos. Os pacientes foram classificados por idade
e sexo. Foram classificados todos os procedimentos cirúrgicos e acompanhada a
evolução desses pacientes. Resultados: Durante o ano de 2005, foram atendidos
83.002 pacientes no PA – HMS. Desses pacientes, 178 foram submetidos a algum tipo
de intervenção cirúrgica. 98 [56%] eram do sexo masculino e 77 [44%] do sexo
feminino. A média de idade foi de 36 anos, tendo o mais jovem 12 anos e o mais velho
78 anos. Foram realizadas: 17 [9,6%] colecistectomias vídeo-laparoscópicas, 95
[53,3%] apendicectomias e 28 [15,7%] laparotomias exploradoras [12 enterectomias, 6
ulcerorrafias, 6 lises de bridas e 4 esplenectomias] e 17 [9,6%] procedimentos orificiais
[14 drenagens de abscessos peri-anais e 3 hemorroidectomias por trombose].
Conclusão: A atenção para o diagnóstico e o rápido acionamento do plantão do
serviço de cirurgia contribui para o atendimento adequado desses pacientes.
.
Palavras-chave: Cirurgia de emergência, pronto-atendimento, laparotomias.
PERFIL DOS ATENDIMENTOS NO AMBULATÓRIO DE CIRURGIA GERAL DO
HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO – HGLVF
Lorena Mendes Campos, Irany Santana Salomão, Thayane Silveira
Guimarães, Suzana Silva Leal, Natallie Nicolle Moreira Monteiro,
Neila da Silva Amaral, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus,
Bahia, Brasil.
O objetivo deste trabalho foi traçar o perfil epidemiológico dos
atendimentos no ambulatório de Cirurgia Geral do HGLVF, no município
de Ilhéus-BA. Este foi um estudo prospectivo, de 678 pacientes atendidos
no referido serviço, realizado de jul/2004 a dez/2005. Para coleta de
dados, formulou-se um protocolo baseado em entrevista estruturada. Os
dados coletados foram: sexo; idade; local de residência; uso de drogas;
tempo decorrido até o atendimento hospitalar; tipo de lesão e conduta
terapêutica. A maioria dos pacientes atendidos foram do sexo masculino
(74%), com menos de 35 anos de idade (74%), corroborando com dados
previamente encontrados na literatura, mostrando uma notória participação
de jovens, principalmente do sexo masculino, nos índices referentes a
atendimentos cirúrgicos. 74% residiam no município de Ilhéus. 90%
referiram não ter feito uso de drogas lícitas ou ilícitas. A predominância
dos atendimentos foi a pacientes vítimas de trauma (83%), sendo arma
branca o principal agente causal (16%), seguido dos atendimentos a
pacientes com infecção de pele e tecido celular subcutâneo (11%). Apenas
1% dos pacientes foram vítimas de queimaduras. Em 72% dos pacientes o
atendimento foi realizado em um período menor que 6 horas da ocorrência
do traumatismo. Sutura foi o procedimento terapêutico mais utilizado,
sendo realizada em 63% dos casos. Diante da escassez de dados regionais
anteriores ao estudo, a avaliação desses dados identificou as principais
causas de atendimento e suas características, servindo como instrumento
para definição das ações de saúde necessárias à otimização do serviço.
PALAVRAS-CHAVE: Cirurgia Ambulatorial, Cirurgia Geral, Hospital
Regional.
PERFIL DOS PACIENTES VÍTIMAS DE TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO
ENVOLVIDOS EM ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS
Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme, Prof.André Luciano
Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto-SP, Brasil.
Objetivo: Estudar o perfil dos pacientes vítimas de acidentes motociclísticos com
trauma crânio encefálico (TCE) na Região de São José do Rio Preto-SP. Material e
Métodos: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes admitidos na
emergência do Hospital de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e junho
de 2005. Selecionou-se pacientes com traumatismo crânio encefálico, vitimas de
acidentes motociclísticos (181 pacientes). Os dados analisados foram os obtidos
através da ficha de atendimento de politraumatizados do Hospital de Base.
Resultados: O valor médio da escala de coma de Glasgow foi de 13,4, a média de
RTS 7,3, e o valor médio do AIS de cabeça 2,3. Quanto ao TRISS, obteve-se a média
de 94. A mortalidade nesse grupo foi de 5,5%. Observamos que 77,3% dos pacientes
estudados são do sexo masculino, e 22,7% do feminino. A média de idade foi de 28,5
anos, sendo de 28,3 para homens e 29,1 para mulheres. Conclusões: Há considerável
prevalência de pacientes do sexo masculino entre os admitidos com TCE envolvidos
em acidentes motociclísticos, alertando para prevenção. Os homens sofrem TCE, em
média, 1 ano mais novos que as mulheres (contradizendo outros estudos). Palavras
Chave: TCE, trauma motociclístico, perfil.
PERFIL DOS TRAUMATISMOS SUPERFICIAIS ATENDIDOS NO
HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO
Irany Santana Salomão
Luís Angelo Braga Morosini
Marta Araújo Silva
Rui Nei de Araújo Santana Jr
Thayane Silveira Guimarães
Universidade Estadual de Santa Cruz –Ilhéus – Bahia-Brasil
O presente trabalho prospectivo visa avaliar os traumatismos superficiais de N=
15.394 pacientes atendidos através de amostra n= 719 colhidas através de protocolo
entre julho de 2004 e dezembro de 2005. Desses 76,5% eram masculinos, 49,3%
pardos. A média de idade em anos foi 26,6 ± 17,3 com mediana de 28 anos. A
ocupação prevalente foi estudantes (36,8%). O horário das 18:00h às 23:59h (42,0%)
e os sábados (26,2%) representam períodos de maior demanda. Foram atendidos
93,6% até 8 horas após o traumatismo e 54,6% afirmaram ser vacinados contra o
tétano. Quanto à contaminação 84,4% dos traumatismos eram potencialmente
contaminados. Armas brancas foram as origens mais comuns dos traumatismos
(56,8%). O tipo predominante de lesão foi lácero-contusas (62,7%) e a região
topográfica mais atingida foi membros superiores (36,0%). A conduta na maioria dos
casos foi sutura (58,9%). Em 13,3% pacientes, utilizou-se antibioticoterapia.
Os achados neste trabalho demonstram que o perfil dominante nos atendimentos é homem pardo e jovem
e que a maior parte dos atendimentos foi de baixa complexidade.
Palavras-chave: Perfil; Trauma; Traumatismo superficial.
PERFIL EPfDEMÍOLÓGICO DOS ATENDIMENTOS - SAMU -SÃO LUÍS
Danie! Souza Lima, Riía Carreiro Neiva, Juiio César Oliveira Vieqas, Renata GabrieSa
Miranda de Araújo Ribeiro, Silvana Helena Serra Muniz, Janaína Monteies Aguiar,
Daísy Maria Conceição dos Santos, Sara Fiterman Lima Rodrigues. SAMU 192, São
Luís, Maranhão,Brasil.
Introdução. O Município de São Luis, sofreu conversão de modeio de São Luis Urgente
(Serviço Básico Pré-Hospitalar), para SAMU em agosto de 2004, tornando-se o
principal serviço de atendimento pré-hospiíafar do município. Objetivo. Demonstrar a
influência da teie-medicina e do atendimento domiciliar na mudança de perfil dos
atendimentos realizados no SAMU - São Luis. Materiais e Métodos*. Realizou-se um
estudo através da coïeta de dados registrado peia ficha individua! de regulação médica,
compreendendo os atendimentos realizados de agosto de 2004 a dezembro de 2004
e íguaí período no ano de 2005.Resultados: O número de solicitações no período de
agosto a dezembro de 2004 foi de 17 509, enquanto que em 2005 foi de 34.457, o que
corresponde ao incremento de 50,8% nas chamadas para o 192. Das solicitações
recebidas foram atendidas em 2004 com envio de ambulância 16.401 casos e em 2005
no mesmo período 20.776, o que corresponde 79,0% de acréscimo nas ocorrências
analisadas. Dois fatores de grande importância que contribuíram na resolução das
atividades do 192 foram; orientação por telefone que em 2004 atingiu 665 casos e no
mesmo período do ano seguinte teve uma elevação de 682%, o que corresponde a
4.538 casos e o atendimento no íocaí da ocorrência (QTH) em 2004 foi apenas 400
casos e em 2005 2.758 atendimentos, o que corresponde a 689%. Conclusão: No perfil
demonstrado evidencia-se que o SAMU através do uso da tele-medicina e do
atendimento domiciliar, conseguiu reduzir a demanda de casos para rede
fixa.Palavras-chave: samu,perfil.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MORTES VIOLENTAS NO IML EM SÃO LUÍS-MA
Edem Moura de Matos Júnior, Bruno Santos Bogéa, Luís Rodolfo de Almeida e Silva e
Souto, Edson Dener Zandonadi Ferreira,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza
Lima. Liga Acadêmica do Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal
do Maranhão. São Luís, Maranhão, Brasil.
Introdução: O trauma mais do que uma grave doença, tem sido considerado um sério
problema médico, social e comunitário. É hoje um dos mais significativos problemas de
toda área da saúde. A doença trauma é a principal causa de morte na faixa etária até
os 45 anos, sendo a terceira causa geral de morte após as doenças cardíacas e o
câncer.Objetivo: Apresentar o perfil epidemiológico da violência urbana na cidade de
São Luís-MA.Material e Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo os anos de 2004
e 2005 registrados no Instituto Médico Legal (IML) em São Luís-MA, vítimas da
violência urbana. A coleta dos dados foi realizada através do preenchimento de uma
ficha durante consulta dos livros de registros de óbitos. Foi criado um banco de dados
no EPI INFO 2005 para análise estatística.Resultados: A amostra foi de 1511 óbitos.
A faixa etária mais expressiva foi de 21-30 anos (33,5%) e o sexo masculino foi o mais
acometido (82,7%). As principais causas de óbito foram acidente de trânsito (25,5%),
arma de fogo (20,5%) e arma branca (18,2%). O TCE esteve em 31,3%, o trauma
torácico em 15,5%, a asfixia com 11,4% e o politraumatismo em 9,7%. Setembro e
dezembro foram os meses com maior índice de óbito (9,3%) e domingo foi o dia com
o maior número de registros de óbito com 24,6%.Conclusão: O acidente de trânsito
representa a principal causa de óbitos registrados no IML em São Luís-MA. O qual
acomete, sobretudo, o indivíduo jovem do sexo masculino. A elevada amostra dos
casos de acidente de trânsito revelam um sério problema social.Palavras-chave:
violência, trauma.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CRIANÇAS COM TCE LEVE E FATORES
ASSOCIADOS A LESÕES INTRACRANIANAS Kênia de Castro Macedo, Fabiana
Maria Kakehasi, Eugênio Marcos de Andrade Goulart. UFMG, Belo Horizonte, MG,
Brasil.
Objetivos: 1) descrever o perfil epidemiológico de crianças com traumatismo
cranioencefálico (TCE) leve e a evolução clínica na primeira semana após o trauma; 2)
identificar fatores associados à lesão intracraniana (LIC) e à fratura de crânio e 3) avaliar
a validade da radiografia de crânio como teste de triagem no diagnóstico de LIC.
Pacientes e métodos: trata-se de pesquisa do tipo coorte, prospectiva e observacional,
realizada com 932 pacientes de O a 12 anos de idade, vítimas de TCE há menos de
24 horas e admitidas no hospital com pontuação na Escala de Coma de Glasgow
(ECG) igual a 14 ou 15. Os dados foram coletados no período de março de 2004 a
março de 2005, por meio de entrevistas. Resultados e conclusões: O TCE leve ocorreu
principalmente em lactentes e pré-escolares do sexo masculino, devido a quedas. Os
sintomas mais relatados foram sonolência (64,7%), hematoma de escalpo (63,7%),
cefaléia (53,3%), irritabilidade (38,2%) e vómito (32,2%). Realizou-se exames de
imagem em 93,3% dos pacientes, sendo 69,5% submetidos apenas à radiografia de
crânio, 9,3% apenas à tomografia computadorizada de crânio e 14,5% a ambos. Um
número significativo de pacientes evoluiu com fratura de crânio (7,6%) e/ou LIC (3%).
Foram internados 6,9% dos pacientes, entretanto apenas 4 pacientes necessitaram
neurocirurgia e não ocorreram óbitos. Na primeira semana após a alta, os principais
sintomas relatados foram cefaléia (24,1%) e irritabilidade (15,6%) e um paciente
apresentou hematoma extradural, com resolução espontânea. Após regressão
logística, os fatores associados à LIC foram fratura de crânio, ECG igual a 14, presença
de lesão em outros segmentos corporais e confusão mental. Estes sintomas devem
motivar a realização de tomografia. Os fatores associados à fratura de crânio foram
idade < 1 ano, hematoma de escalpo, sinais de fratura de base, ECG igual a 14 e
vómito. A fratura à radiografia de crânio apresentou sensibilidade de 60% e valor
preditivo negativo de 90% para o diagnóstico de LIC, índices inadequados para ser
utilizada como teste de triagem.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE
PACIENTES INTERNADOS NO HOSPITAL LUIZ VIANA FILHO.
EM
Autores:
Gustavo Mercês Campinho, estudante do terceiro ano da faculdade de medicina da
Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, Ilhéus, Bahia, Brasil; Irany Santana
Salomão, docente do departamento de saúde da Universidade Estadual de Santa Cruz
- UESC, Bahia, Brasil; Fernanda Gabriela Pinto, cursando o quarto ano da faculdade
de medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC; Thayane Silveira
Guimarães, estudante do 4 ano da faculdade de medicina da Universidade Estadual
de Santa Cruz- UESC; Leandro Costa Menezes, aluno do terceiro ano do curso de
medicina da Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC; Murilo Fagundes Castro,
aluno de Biomedicina da Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC.
INTRODUÇÃO:
Os traumas abdominais penetrantes afetam aproximadamente 35% dos pacientes
atendidos em serviços urbanos de trauma, sendo o intestino delgado e o fígado a
víscera oca e o órgão sólido mais acometidos, respectivamente.
OBJETIVO:
Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de traumas abdominais
penetrantes internados no Hospital Geral Luiz Viana Filho, Ilhéus, Bahia.
MATERIAL E MÉTODO:
Estudo longitudinal retrospectivo de 54 pacientes, vítimas de trauma abdominal
penetrante, que foram submetidos a tratamento cirúrgico, no período de janeiro de
2002 a dezembro de 2003. Os dados foram obtidos por meio dos prontuários médicos
a partir de protocolo previamente estabelecido.
RESULTADOS:
Observou-se maior freqüência no sexo masculino (94,44%) e na faixa etária de 20 a
30 anos (48,14%), em sua maioria, procedentes de Ilhéus. Todos os traumas
analisados foram de origem violenta, sendo que 62,96% foram causados por ferimento
por arma de fogo (FAF) e 37,04% por ferimento por arma branca (FAB). Quanto à
topografia da lesão externa, 85,19% apresentavam apenas uma lesão, localizada
principalmente em hipocôndrios direito (12,96%) e esquerdo (12,96%). Os órgãos mais
acometidos foram intestino delgado (38,88%), cólon (31,48%) e fígado (27,77%).
Quanto ao procedimento cirúrgico utilizado, todos os pacientes foram submetidos à
laparotomia exploradora, com 18,94% enterorrafias, 17,89% cirurgias de cólon, 15,78%
hepatorrafias e 11,57% gastrorrafias. A média de tempo de internamento dos pacientes
foi de 10,2 dias para FAF e 10,3 dias para FAB. 31,48% dos pacientes necessitaram
de transfusão sanguínea. A taxa de mortalidade foi de 3,70%.
CONCLUSÃO:
Os adultos jovens do sexo masculino foram mais acometidos por ferimentos
penetrantes no abdome, todos originados por causas violentas. Os traumas
provocados por FAF estão associados a um grau maior de comprometimento das
vítimas em comparação com FAB. Visando diminuir a incidência desse tipo de trauma,
deve-se enfatizar o combate à violência e a melhoria das condições de segurança.
PALAVRAS CHAVE:
Trauma abdominal; Perfil Epidemiológico; Ferimento por Arma de Fogo; Ferimento por
Arma Branca.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE ACIDENTE
AUTOMOBILÍSTICO,INTERNADOS
NO
SETOR
DE
TRAUMATISMO
RAQUIMEDULAR (TRM) DO HOSPITAL GERAL DO ESTADO (HGE), SALVADOR,
BAHIA.
Autores: Daniel Andrade Reis, Aline Costa Silva, Isabela Ferreira, Paula Viana Matos,
Rafaela Barros Costa, Rodrigo Carvalho Santos, Vitor Rossi Bastos, Jayme Freire.
Instituição: Setor de Trauma Raquimedular do HGE.
OBJETIVO: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes internados no setor de TRM do HGE,
vítimas de acidente automobilístico, para então agir junto à comunidade com medidas de caráter
preventivo.MATERIAL E MÉTODO: Foi realizado um estudo retrospectivo com 273 pacientes,
vitimas de trauma raquimedular após acidente automobilístico, no período de janeiro de 1991 a
junho de 2006. Os dados foram obtidos através da busca ativa em prontuários do setor de TRM
do HGE.RESULTADOS: Foi constatado que 84,6% eram do sexo masculino, 80,6% procedia
da zona urbana, 57,4% estavam na faixa etária de 20 a 39 anos, 53,5% eram solteiros, 41% foram
vítimas de fratura e 48% de fratura-luxação, sendo o nível da lesão mais comum em C5 e C6
com 15,4% e 14,3% respectivamente, sendo seguidos por lesões em T12 (10,3%) e L1 (8,4%).
A Escala de Frankel do membro superior classe E foi visto em 56% dos pacientes na admissão
e 59,3% na saída. A classe A foi de 17,6% na admissão e 15% na saída. Enquanto que a Escala
de Frankel dos membros inferiores classe E foi de 48,7% na admissão e 50,9% na saída e a classe
A foi de 29,7% na admissão e 27,5% na saída.CONCLUSÃO: A avaliação desses dados permitiu
caracterizar os grupos de risco, servindo como instrumento de base às políticas de saúde, cuja
ação esteja centrada na prevenção do traumatismo raquimedular em pessoa vítimas de acidente
automobilístico.PALAVRAS-CHAVE: Perfil epidemiológico, traumatismo raquimedular,
acidente automobilístico.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE LESÕES POR
PROJÉTEIS DE ARMA DE FOGO
Soraya Soares de Almeida ; Irany Santana Salomão; Aritana Alves
Pereira; Karine Matos Bispo; Jamille Freire da Silva; Thaísa Lima
Ribeiro, Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil.
Este trabalho visa analisar o perfil epidemiológico dos pacientes
vítimas de trauma por arma de fogo internados no Hospital Geral
Luiz Viana Filho (HGLVF), Ilhéus, Bahia. Trata-se de um estudo
retrospectivo, durante o período de Janeiro a dezembro de 2005,
realizado por meio de busca ativa em prontuários onde foram
analisadas 40 vítimas de lesão por projétil de arma de fogo. Os
dados foram coletados seguindo um protocolo previamente
elaborado presentes no arquivo do HGLVF. O protocolo foi
subdividido em identificação da vítima, caracterização da lesão por
arma de fogo, conduta adotada e evolução da vítima. Observou-se
maior freqüência nas vítimas do sexo masculino (95%), com faixa
etária predominante entre 20 e 29 anos (40%), com uma idade
média de 24,5 anos. Quanto à topografia da lesão a região torácica
foi a mais acometida (31%), seguida dos membros superiores
(16%), membros inferiores (13%), abdome (11,5%), cabeça (10%),
região cervical (6,5%), com 65% dos casos apresentando um só
projétil. Em 87,5% dos casos analisados os ferimentos foram
penetrantes, sendo as principais estruturas acometidas os pulmões
(28%), seguido pelas alças intestinais (17,5%). Em 62,5%, o
tratamento foi cirúrgico e 97,5% evoluíram com alta hospitalar. A
violência por armas de fogo é um problema crescente no Brasil,
sobretudo por atingir intensamente a população jovem. Novos
estudos são imprescindíveis a respeito desse tema, podendo assim
demonstrar o impacto que essas lesões causam às vítimas e a
necessidade de se intervir sobre o assunto.
PALAVRAS-CHAVE: Ferimentos por arma de fogo; Arma de
fogo/lesões; Ferimentos penetrantes.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES VÍTIMAS DE MERGULHO EM ÁGUA
RASA, INTERNADOS NO SETOR DE TRAUMATISMO RAQUIMEDULAR (TRM) DO
HOSPITAL GERAL DO ESTADO (HGE)
Autor(es): Helmut Alves Vetter, Leonardo Mascarenhas, Edilberto Amorim, Amanda Canário,
Danilo Teodoro, Clarissa Gonçalves, Pablo Cal, Vitor Cruz, Jayme Freire e Joilda Gomes. HGE,
Salvador, Bahia.
OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por lesões traumáticas
da coluna vertebral com lesão raquimedular internados no setor de TRM do HGE. MATERIAIS
E MÉTODOS: Foi realizado um estudo retrospectivo com 145 pacientes, vítimas de trauma
raquimedular por mergulho em água rasa no período de janeiro de 1991 a agosto de 2006. Os
dados foram obtidos através de busca ativa no banco de dados do setor de TRM do HGE. Foram
avaliadas informações dos pacientes quanto ao sexo, idade, procedência, tratamento, escala de
Frankel, ano, mês, estado civil e tempo de internamento. RESULTADOS: Observou-se um
predomínio de homens jovens (70,8% até 29 anos), solteiros, procedentes de zona urbana. O
número total de acidentes foi maior nos meses de verão, com pico em fevereiro (27 casos). Os
principais diagnósticos das lesões foram fratura (51,7%) e fratura-luxação (34,5%), sendo as
vértebras C5 (43,5%) e C6 (20,7%) as mais atingidas. A melhora da função neurológica no pósoperatório variou de acordo com a gravidade da lesão. O tratamento foi cirúrgico em 90,3% dos
casos e em 45% dos casos o tempo de internamento foi de 31 a 60 dias. CONCLUSÃO: A
avaliação dessa grande incidência de TRM por mergulho em água rasa fornece embasamento
para que sejam realizadas campanhas educativas com o objetivo de prevenir esse tipo de lesão.
PALAVRAS - CHAVE: Traumatismo raquimedular (TRM), mergulho, água rasa.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS TRAUMAS HEPÁTICOS E ESPLÊNICOS
NO HOSPITAL GERAL LUIZ VIANA FILHO - HGLVF
Lorena Marques Vaz; Fernanda Verena Sá Riccio; Irany Santana Salomão;
Geysa Fonseca Rebouças; Luís Ângelo Braga Morosini; Thayanne Silveira
Guimarães. Universidade Estadual de Santa Cruz, Ilhéus, Bahia, Brasil.
OBJETIVO. Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes acometidos por
lesões hepáticas e/ou esplênicas atendidos no HGLVF, no município de Ilhéus,
Bahia. MATERIAL E MÉTODOS. Trata-se de um estudo retrospectivo, com
coleta de dados através da Busca Ativa em prontuários do Sistema de Arquivos
Médicos e Estatística – SAME do HGLVF. Foram estudados os prontuários de
26 pacientes, vítimas de trauma abdominal, com lesão hepática e/ou esplênica,
atendidos no HGLVF, de outubro de 2003 a setembro de 2005. RESULTADOS
E DISCUSSÃO. A maioria dos pacientes atendidos era do sexo masculino
(96%), de 11 a 39 anos de idade (85%), corroborando com dados previamente
encontrados na literatura, mostrando uma notória participação de jovens,
principalmente do sexo masculino, nos índices referentes a traumas. 70%
residiam em bairros periféricos do município de Ilhéus, sugerindo uma provável
relação entre baixo nível socioeconômico e trauma, principalmente de causas
violentas. A maioria das admissões aconteceu de abril de 2004 a setembro de
2004 (54%), à noite (54%), e 69% dos pacientes não receberam atendimento
pré-hospitalar. O método diagnóstico mais utilizado foi a associação de
anamnese, exame físico e exames laboratoriais (50%). 81% dos traumas foram
penetrantes, principalmente com lesões hepáticas isoladas (20 casos),
seguidas das lesões esplênicas (5 casos) e apenas um caso de lesão hepática
e esplênica associadas. Todos os pacientes foram submetidos à laparotomia
exploradora, sendo então realizadas 21 hepatorrafias, 3 esplenorrafias e 3
esplenectomias totais. CONCLUSÃO. A avaliação desses dados identificou
grupos de risco, além do perfil do serviço, servindo às autoridades e aos
estudiosos na área como instrumento para definir ações de saúde necessárias
ao adequado controle e prevenção do trauma abdominal.PALAVRAS-CHAVE:
perfil epidemiológico, trauma, trauma hepático, trauma esplênico.
PERFIL EPiDEMiOLÓGlCO DAS CRIANÇAS VÍTIMAS DE QUEDA QUE
REALIZARAM CIRURGIA ORTOPÉDICA Gabrieí Teixeira Montezuma Sales,
Raquel Teí/es de Souza Quixadá, Germana Vasconcelos Mesquita Maríiniano,
Vanessa Pinho de Barros, Manuel Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia.
Universidade Federai do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará, Brasil.
Objetivo: Este estudo objeííva determinar o perfil epídemiológico das crianças
menores que 15 anos vítimas de queda que realizaram cirurgia ortopédica.
Materiais e Métodos: Estudo transversal e descritivo baseado na análise de
prontuários em sete hospitais de Fortaleza que atendem peio SUS (quatro públicos
e três particulares) por oito meses (agosto/2005 e rnarço/2006). Os dados foram
analisados através do Programa Epi Info® v. 6.04b. Resultados: Das 1694 cirurgias
ortopédicas realizadas no respectivo período em Fortaleza, grande parte, 677
(39,96%), tiveram como mecanismo de trauma as quedas. As crianças foram
responsáveis por 174 destes casos cirúrgicos. Nessa faixa etária, ocorreu um
equilíbrio entre as quedas de aftura e mesmo altura. Quanto ao sexo, o masculino
foi o mais frequente com 124 (75,51%) casos. A média de idade das vítimas foi
9,26 anos (SD; + 3,31). O membro superior foi a região mais atingida com 162
casos (93,1%) e o osso mais atingido foi o rádio com 77 (44,2%). Considerando o
período do dia, 50,00% aconteceram durante a tarde entre 14 e 19 horas Quanto à
severidade do trauma, houve um equilíbrio entre os traumas considerados leves e
moderados, representando juntos 90,80%. Em 123 pacientes, o material utilizado
durante a cirurgia foi somente fio de aço, sendo o fio de Steimann o mais utiiízado
com 95 casos. Conclusões: O perfil das crianças vítimas de queda submetidas à
cirurgia ortopédica foi: meninos em que o acidente aconteceu predominanternente
no membro superior (rádio), no período da tarde. Durante a cirurgia, em geral,
somente foi necessário a utilização de fios de aço, em geral, procedimento simples.
Palavras Chaves: Criança, EpidemioSogia, Cirurgia Ortopédica.
PERIODICIDADE DE TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO CAUSADO POR
ACIDENTES MOTOCICLÍSTICOS
Rafael Kopf Geraldo, Fabíola Azevedo Genovez de Lima Leme, Prof.André Luciano
Baitello, Prof. Paulo, Prof. Roberto.
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto-SP, Brasil.
Objetivo: Estudar os períodos do dia, semana e mês em que são atendidos pacientes
vítimas de trauma crânio encefálico (TCE) causado por acidentes motociclísticos.
Material e Métodos: Foram analisados os prontuários de todos os pacientes admitidos
na emergência do Hospital de Base de São José do Rio Preto entre julho de 2004 e
junho de 2005. Dentre todos estes prontuários foram selecionados os pacientes com
traumatismo crânio encefálico, vitimas de acidentes motociclísticos (181 pacientes).
Os dados analisados foram os obtidos através da ficha de atendimento de
politraumatizados do Hospital de Base. Resultados: Houve mais atendimentos em
janeiro (13,8%), maio (12,2%) e novembro(12,2%) e menos em setembro
(2,2%).Durante a semana, o maior número de atendimentos ocorreu na sexta feira
(17,7%) e sábado (16%) e o menor na quarta feira (11%). O período do dia com menos
atendimentos foi o da manhã entre 7 e 11h (8,8%), e com mais foi o entre 19 e 23 h
(28,7% dos atendimentos). Durante os finais de semana o volume de atendimento
continuou alto após às 23h (38,8% dos atendimentos aconteceram entre as 23 e 6 h),
enquanto que, durante a semana, houve um decréscimo no número de atendimentos
nestes horários, e elevada incidência entre 11 e 18 h (36,8%). Conclusões: Há notável
variação de mês, dias da semana e horário no número de atendimentos de TCE
causado por trauma motociclístico, logo, medidas de prevenção podem ser melhor
direcionadas. Palavras Chave: TCE, período, trauma motociclístico.
POSTO MÉDICO AVANÇADO: OUTRA INTERFACE DO
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
ALVES, F.S.; PIVA, D.; VIEIRA, R.C.A.; BRASILEIRO, F.F.; COSTA, M.C.M.;
SANTOS A.M.; SEABRA, J.D.; OLIVEIRA, C.G.S.; CABRAL, J.G.C.; LIMA, H.J.S.
Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado: SE BRASIL
Introdução: O Atendimento Pré-hospitalar tem várias nuances que têm se apresentado
à população. Na cidade de Aracaju, capital da menor estado do Brasil, o SAMU 192
ARACAJU tem marcado presença nos atendimentos de urgência e emergência, sob
várias formas. Uma destas é a montagem de Postos Médicos Avançados em eventos
festivos com aglomerados de pessoas, sempre com o objetivo de prestar atendimento
qualificado a qualquer indivíduo que esteja participando do evento e que sofra agravo à
sua saúde, evitando assim a superlotação das portas de entrada de urgência da cidade.
Objetivos: Traçar um perfil do atendimento prestado pelo Posto Médico
Avançado – PMA - do SAMU 192 ARACAJU no evento FORRÓCAJU
2006
Metodologia: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA do SAMU 192
ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e organizados em forma de
gráfico para melhor visualização.
Resultados: Nos 14 de evento foram realizados 367 atendimentos. Destes, 81%
(N=297) foram casos clínicos e 19% (N= 70) traumáticos. Dentre os atendimentos
clínicos, tiveram destaque o alcoolismo agudo, tonturas e cefaléias. Dentre os
traumáticos, os traumas superficiais, e entorses. 46 (12,5%) pacientes necessitaram de
remoção para unidades hospitalares e não-hospitalares de urgência, sendo que 3 (6,5%)
destes foram removidos por Viaturas de suporte avançado. 321 pacientes tiveram seus
agravos resolvidos no próprio posto, denotando um índice de resolutividade de 87,4%.
Conclusão: Pelo volume de atendimento e alto índice de resolutividade do PMA,
concluímos a necessidade de uma unidade de APH como esta, montada pelo SAMU 192
ARACAJU em eventos festivos de grande porte como o FORRÓCAJU 2006, evitando
assim um aumento da demanda nos serviços hospitalares e de urgência da cidade.
PREDETERMINANTES DE SOBREVIVÊNCIA EM VÍTIMAS DE ACIDENTES DE
TRÂNSITO SUBMETIDAS A ATENDIMENTO PRÉ-HOSP1TALAR
Marisa Amaro Malvestio, Regina Márcia Cardoso de Sousa
SAMU São Paulo/Brasil, Escola de Enfermagem da Universidade de
São Paulo , São Paulo/Brasil.
Objetivo : Identificar as variáveis da fase pré-hospitalar associadas à
sobrevivência e avaliar o valor predeterminante dessas variáveis sobre o
resultado obtido por vítimas de acidentes trânsito, com Revised Trauma Score
(RTS) <11, atendidas por suporte avançado à vida (SAV) e encaminhadas a
hospitais íerciários em São Paulo. Método: A "Análise de Sobrevivência de
Kaplan Meier" e o "Modelo de Riscos Proporcionais de Cox" foram aplicados as
variáveis: sexo, idade, mecanismos do acidente, procedimentos de suporte básico
e SAV, RTS (parâmetros e flutuações), tempos no APH, gravidade do trauma pelo
Injury Severity Score (ISS), Maximum Abbreviated Injury Scale (MAIS) e número
de lesões. A variável dependente foi o tempo de sobrevivência após o acidente,
considerando os intervalos determinados até o término da internação.
Resultados: A análise revelou 24 fatores associados à sobrevivência de 175
vítimas, dentre eles: procedimentos respiratórios invasivos (PRl) e os circulatórios
básicos,reposição de volume,variáveis relativas ao RTS,ISS,MAIS e ao número
de lesões. No modelo final de Cox, ter sido submetido a PRI e compressões
torácicas, apresentar lesão abdominal e ISS>25 foi associado a maior risco para o
óbito até 48h após o trauma. Até 7 dias, a PÁS até 75mmHg substituiu as
compressões torácicas no modelo. A reposição de volume foi o único fator com
valor protetor em todos os intervalos de tempo. Conclusão: A necessidade de
PRA e as alterações circulatórias da vítima já na cena pré-hospitalar, associadas
a existência de lesão abdominal e a gravidade global, foram faíores
predeterminantes para maior risco para o óbito na sobrevivência das vítimas
desse estudo. O único fator da fase de APH com valor de proteção para o óbito
foi a reposição de volume. Palavras chaves: Enfermagem no trauma, acidentes
de trânsito, modelos de riscos proporcionais.
PROGRAMA DE SUPORTE DE INFORMAÇÃO: UMA PROPOSTA VIÁVEL PARA
TRABALHAR COM FAMÍLIAS APÓS O TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO
(TCE). Edilene Curveio Hora Sema 1 Regina Márcia Cardoso de Sousa2 UFS
(Aracaju-Se-Brasi/)1 USP (São PauJo-SP-Brasil)2
Objetivo Testar a eficácia de um programa
de
suporte
de informação,
eíaborado
para intervir nas famílias após o TCE. Casuística e Método:
Estudo experimenta), realizado com 60 familiares. Resultados Houve um
aumento sígnífícante da variação das necessidades atendidas no grupo
experimenta! (p<0,001) ern relação ao controle (p=0,326). Conclusão A
informação oferecida no programa às famílias foi eficaz.
Palavras-chave: Família, Intervenção da enfermagem.
PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO SAMU: CUfDANDO DO CUIDADOR
Eliandro Rômuío Cruz Araújo, Adriana Aroucha Briío, Daniel Souza Lima, Rita Carreiro
Neiva, Juüo César Oliveira Víegas, Renata Gabriela Miranda de Araújo Ribeiro,
Siivana Helena Serra Muniz, Janaína Monteies Aguiar, Daisy Maria Conceição dos
Santos, Sara Fiíerman Uma Rodrigues. SAMU 192, São Luís, Maranhão,Brasil.
Introdução: Segundo Seiligmann Silva (1994) "As aíividades dos profissionais de
saúde são fortemente tensiogènicas, isso devido às prolongadas jornadas de trabalho,
ao número limitado de profissionais, e ao desgaste psico-emocíonal na execução das
tarefas".Objetivo: Avaliar o nível de stress apresentado pêlos colaboradores do
SAMU; Desenvolver recursos pessoais nos profissionais da equipe, para lidar com
questões referentes ao trabalho; Desenvolver o trabalho em equipe; Promover dentro
do N.E.P. (Núcleo de Educação Permanente) a _educação em Psicologia e
Fisioterapia. Materiais e Métodos; É utilizado pela Fisioterapia a Ginástica Labora!
visando promover a saúde ocupacional; Sessões de massagens - mediante solicitação
e queixas de dores corporais, Aplicação da Acupuntura para combater as afecções
decorrentes do trabalho ou que prejudiquem o mesmo. Os procedimentos uttíizados
peio profissional da Psicologia são a Dinâmica de Grupo, Os Encontros Vivenciais,
(estes, utilizam-se de recursos lúdicos para serem discutidas e aprendidas questões
como motivação, trabalho em equipe, emoções vivenciadas no trabalho, comunicação
e resoluções de problemas),Resultados: Com os trabalhos realizados pela Fisioterapia
e pefa Psicologia foi possível perceber uma adesão positiva da maioria dos
profissionais; A diminuição de queixas de cefaléia decorrente da jornada de 12 horas
trabalho; A mobilização e crescimento pessoal dos profissionais envolvidos, bem como
solicitações para atendimento clínico. Conclusão: As atividades do Programa de
Humanização tem permitido dar uma atenção maior aos profissionais de saúde,
valorizando-os como profissionais e principalmente enquanto Seres Humanos.
PaJavras-chave: samu, huimanização
PROJETO VERÃO 2006: ATUAÇÃO DO SAMU 192 ARACAJU
ALVES, F.S.; CABRAL, J.G.C.; FRANÇA, A.C.B.; OLIVEIRA. C.G.S.: BRASILEIRO,
F.F.; FRANÇA, CR.; BARRETTO, M.X.A.; LIMA, H.J.S Serviço. SAMU 192 ARACAJU.
Cidade: Aracaju. Estado: SE. BRSIL
Introdução: O Projeto Verão é um evento que ocorre no período de férias, comumente no
mês de Janeiro, na cidade de Aracaju. Acontecem shows de música, assistidos por grande
número de populares com possibilidade de ocorrências com danos à saúde. O SAMU 192
ARACAJU participou deste evento através da montagem de um Posto Médico Avançado
(PMA), com equipe de profissionais com a finalidade de prestar assistência à população
presente no evento.
Objefivos Traçar o perfil do atendimento desenvolvido pelo SAMU 192 ARACAJU
durante o projeto verão 2006.
Metodologia: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA do SAMU 192
ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e organizados em forma de gráfico
para melhor visualização.
Resultados: Nos 4 de evento, trabalharam 70 profissionais e foram realizados 52
atendimentos. Destes, 46,15% (N=24) clinicos; dentre os quais prevaleceram os casos de
alcoolismo com 54,2% (N=13), e 53,85% (N= 28) traumáticos; os traumas diversos
liderando com 35,7% (N=10) 20 (38,5%) eram do sexo feminino e 32 (61,5%) pertenciam
ao sexo masculino. Três (5,75%) pacientes necessitaram de remoção para unidades
hospitalares e não-hospitalares de urgência, sendo todos encaminhados em Unidades de
Suporte Básico. 49 pacientes tiveram seus agravos resolvidos no próprio posto, denotando
um índice de resolutividade de 94,25%.
Conclusão: A atuação do SAMU 192 ARACAJU, através de um PMA durante o Projeto
Verão 2006 evitou o aumento da demanda hospitalar na rede de urgência e emergência nos
dias do evento pêlos casos gerados no local da festa. Do contrário, haveria uma sobrecarga
do sistema, que normalmente é previsto em eventos desse porte.
PROJETO VIDAS: ACÃO UNIVERSITÁRIA DE ESTUDO, TREINAMENTO E ENSINO DE
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR E CIRURGIA DO TRAUMA
AUTORES: Alex Pitzer Garcia; Bárbara Zanfelici Bevenuti da Silva Santos; Leonardo
Souza Patrocínio; Lígia Theodoro da Silva, Mariana dos Santos Raposo Pimentel;
Paula Yoshimura Coelho; Vinícius Moraes Mariano; ONG PROJETO VIDAS;
UNIVERSIDADE SEVERINO SOMBRA (USS), VASSOURAS - RJ - BRASIL.
OBJETIVO: O Projeto Vidas é uma ONG formada por médicos e académicos da área
da saúde da USS que visa promover, fomentar e desenvolver o estudo sobre o
ambiente pré-hospitalar de emergência e cirurgia do trauma.
MATERIAIS E MÉTODOS: Os membros da ONG se reúnem semanalmente para
realizar pesquisas de caráter científico sobre a área de atuação; estimular, através do
conhecimento do dia-a-dia, o autoconhecimento de seus membros em relação aos
temas abrangidos. Visa promover ações básicas em atendimento pré-hospitalar,
realização de cursos, seminários, mesas redondas, congressos e outros voltados às
pessoas da comunidade e da área de saúde.
RESULTADOS: Em seus 8 anos de existência o Projeto Vidas já treinou mais de 1500
pessoas em seus cursos de primeiros socorros e reanimação cardiopulmonar,
atualização em APH e cirurgia do trauma, palestras à comunidade, além de ter
promovido campanhas de prevenção a acidentes através de feiras de saúde e
participação em SIPAT (Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho).
CONCLUSÕES: O envolvimento académico, de modo interdisciplinar, quando proposto
a fomentar e desenvolver ações de estudo e treinamento em APH e cirurgia do trauma,
auxilia como método de prevenção de acidentes e integração da área da saúde. Desta
maneira devemos promover o ensino de tais assuntos em todas as esferas
educacionais com o intuito de que, em longo prazo, todos tenham conhecimentos
básicos.
PALAVRAS-CHAVE: Projeto Vidas, APH, Cirurgia Trauma
REFERÊNCIAS:
1- 2005 American Heart Association Guídelines for Cardiopulmonary Resuscitation
and Emergency Cardiovascular Care
2- MARTINS, HS et ai, EMERGÊNCIAS CLÍNICAS: ABORDAGEM PRÁTICA. 2
Edição - Barueri- SP, Editora Manole, 2006.
PROPOSTA DE AÇÕES EDUCATIVAS NA ABORDAGEM ÀS QUEIMADURAS
Ariella Monique Dantas Nóbrega - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa
- PB - Brasil; Ângela Amorim de Araújo - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Francileide de Araújo Rodrigues - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Josilene de Melo Buriti Vasconcelos - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Juliana Ataíde Melo de Pinho - Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem Santa Emilia de Rodat - FASER João Pessoa - PB - Brasil
Queimaduras são lesões dos tecidos orgânicos em decorrência de trauma de origem
térmica resultante da exposição a chamas, líquidos quentes, superfícies quentes, frio,
substâncias químicas, radiação, atrito ou fricção, corrente elétrica ou mesmo alguns
animais e plantas (como larvas, água-viva, urtiga). Elas podem ser classificadas quanto
à profundidade em queimadura de 1º grau, onde a epiderme é destruída; queimadura
de 2º grau, onde há a destruição da epiderme e camadas superficiais ou profundas da
derme; e queimadura de 3º grau, que pode atingir todas as camadas da pele, tecidos
adjacentes e profundos. Analisando a etiologia das queimaduras percebe-se que a falta
do cuidado doméstico é a principal causa destes acidentes. Nestas situações, a dor
causada pela lesão faz com que as pessoas utilizem pomadas e ungüentos, além de
uma infinidade de outros produtos, que podem trazer sérios problemas e complicações
para a vítima. Desta forma, ressalta-se a importância da disseminação de informações
sobre prevenção e primeiros cuidados nas queimaduras como forma de contribuir para
diminuição da incidência destes acidentes, bem como para minimizar as complicações
decorrentes do tratamento inadequado. Este estudo busca analisar os índices de
queimaduras na cidade de João Pessoa, no período de 2002 a junho de 2006; e
elaborar uma proposta de ações educativas voltadas para prevenção e atendimento
inicial a partir das causas mais freqüentes de queimaduras na realidade adscrita. Tratase de um estudo bibliográfico que teve como fontes literárias livros específicos, artigos
de revistas, materiais da Internet e dados fornecidos pelo Hospital de Emergência e
Trauma Senador Humberto Lucena, referência no tratamento de queimados no
município de João Pessoa-PB. Os dados emitidos pelo hospital no período estudado
revelam um total de 6.268 vítimas de queimaduras, de causas diversas, com 38% de
casos que requerem internação para tratamento especializado. A partir da análise
destes dados, foi elaborada a proposta de ações educativas, que contempla
informações essenciais para socializar o conhecimento à comunidade na prevenção e
primeiros socorros nas queimaduras. Entendemos que é primordial no combate a estes
acidentes que as ações educativas propostas sejam implementadas, considerando as
particularidades de cada região.
Palavras-Chave: Queimadura – Ações educativas – Prevenção
PROTOCOLO “ONDA VERMELHA – ATENDIMENTO DE PACIENTE “IN EXTREMIS”
NO HOSPITAL JOÃO XXIII – NOVOS NÚMEROS
Helio Machado Vieira Jr., Bruno de Lima Rodrigues, Marcos Campos W. Reis, Natália
Lage Bistene, Charles Simão Filho, Domingos André Fernandes Drumond. Hospital
João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil
Objetivo: descrever o protocolo Onda Vermelha” para atendimento de pacientes “in
extremis” existente desde novembro 2004 no Hospital João XXIII, os motivos que
levaram a sua criação, e os dados e resultados obtidos com esta sistematização de
atendimento. Material e métodos: trabalho realizado de forma prospectiva, através de
coleta de dados em formulários próprios, para todos os pacientes submetidos ao
protocolo. Análise e armazenamento dos dados em planilha eletrônica. Revisão da
literatura, realizado na base de dados BIREME, buscando artigos redigidos na língua
inglesa e portuguesa, com as palavras-chave: toracotomia de urgência, ressucitative
thoracotomy, emergency room thoracotomy, além de pesquisa em livros texto de
medicina. Resultados: foram submetidos ao protocolo, criado em 2004, 98 pacientes,
com predominância absoluta do sexo masculino ( aproximadamente 95%), e de adultos
jovens ( em sua terceira década de vida). O mecanismo de trauma foi penetrante em
aproximadamente 85% dos casos. Houve um aumento na taxa de sobrevida em 3
vezes o alcançado com os procedimentos realizados na sala de trauma, antes da
instituição do protocolo (de 4% para 15%). Conclusão: a alta taxa de mortalidade
apresentada pelos pacientes que chegam a sala de trauma em estado agônicos, e a
exposição a que se submete a equipe, o paciente e os outros doentes, suscitaram a
criação de um protocolo diferenciado de atendimento. O treinamento da equipe, de
forma multidisciplinar, a disponibilização de uma sala exclusiva para pacientes “in
extremis”, a adequação do banco de sangue, e a criação de uma sistematização de
atendimento, podem proporcionar maior chance de sobrevida em um grupo de
pacientes. Palavras-chave: toracotomia de urgência.
Protocolo de Transporte Aeromédico do Paciente Critico.
Waine Ciampi, Simone Lucia Contre. AMIL RESGATE SAÚDE – São Paulo; Brasil
OBJETIVO: Estabelecer um protocolo de transporte aeromédico, do paciente crítico,
direcionado ao atendimento de enfermagem.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os dados
armazenados em registro de transportes aeromédicos em aeronave de asa fixa e
rotativa. Devido ao grande numero de transportes em nossa instituição, sentimos a
necessidade de direcionar e padronizar a assistência de enfermagem no transporte
aeromédico. Foi utilizada uma pesquisa do tipo teórica exploratória realizada através
de revisão bibliográfica. Iniciado no ano de 2004 o mesmo continua sendo aplicado até
o presente, visando dar continuidade nos protocolos já estabelecidos pela maioria das
grandes instituições, baseamos o protocolo de avaliação primária, preconizado pelo
ATLS (A, B, C, D, E). RESULTADOS: Após a pesquisa e elaboração do protocolo de
transporte aeromédico do paciente critico, detectamos uma assistência de enfermagem
direcionada, pratica, objetiva e segura para o paciente e para a equipe, otimizando os
cuidados prestados pela equipe de enfermagem. PALAVRAS-CHAVE: Transporte do
paciente crítico; Protocolo; Aeromédico.
PSEUDOANEURISMA GIGANTE DE ARTÉRIA ESPLÊNICA
Gurgel GA; Souza EB; Carrilho DDR; Viana R; Rodrigues FAC, Da Silva MAN.
HOSPITAL MONSENHOR WALFREDO GURGEL, NATAL/RN/BRASIL.
INTRODUÇÃO: A artéria esplênica é a artéria visceral mais sujeita ao desenvolvimento de
pseudoaneurismas, cuja incidência varia de 0,16% em autópsias não selecionadas a 7,1% em
autópsias realizadas em pacientes com hipertensão porta por cirrose. Suas causas incluem
traumas, cirurgia, inflamação, infecções, necrose da camada média, doenças do colágeno,
arterites, arteriosclerose e anomalias congênitas. Embora a grande maioria apresente uma
evolução assintomática, sua ruptura apresenta elevada mortalidade. OBJETIVO: Relatar um
caso de pseudoaneurisma gigante de artéria esplênica tratado com sucesso por cirurgia e revisão
de literatura. MATERIAIS E MÉTODOS: Paciente, MAM, 32 anos, M, etilista crônico,
histórico de pancreatite de repetição, admitido no pronto socorro com forte epigastralgia há 5
dias. Ao exame físico apresentava estado geral regular, sinais vitais normais, hipocorado
(++/4+). Abdômen plano, doloroso e com uma massa pulsátil palpável em abdome superior.
Realizado USG abdominal e TC, confirmando o diagnóstico de pseudoaneurisma gigante de
artéria esplênica. Submetido então a uma laparotomia exploradora com ligadura do vaso.
CONCLUSÃO: A freqüência de pseudoaneurismas arteriais em pacientes com pancreatite é
estimada em 10%, sendo a artéria esplênica a mais acometida. O mecanismo fisiopatológico
baseia-se na lesão das paredes vasculares pelas enzimas liberadas na pancreatite. O tratamento
cirúrgico convencional é preconizado em aneurismas maiores que 2,5 cm, gestantes, hipertensos
ou em casos de pancreatites de repetição. Outra modalidade terapêutica é a embolização através
de arteriografia.
QUAL O PERFIL SOCIAL DO MOTOCICLISTA QUE UTILIZA ROTINEIRAMENTE UM
TRECHO DE RODOVIA DO INTERIOR PAULISTA?
AUTOR: Josiene Germano1,2,3; Leandro Germano2,3; Gustavo Germano2; Luciano
Louzane3; Dalton Lage Guerra3; Marco Aurélio Guimarães1. 1Centro de Medicina Legal
(CEMEL), Departamento de Patologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP,
Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2Médico credenciado do DETRAN, Ribeirão Preto, SP, Brasil.
3
Intervias, Araras, SP, Brasil.
Introdução: Dentre os anos de 2000 a 2003 verificou-se um crescimento de 43,7% no
número de acidente com vítimas nas Rodovias Estaduais Paulistas. O acidente moto
ciclístico representa 17,4% do total. Acredita-se que a redução de acidente está
relacionada à responsabilidade do ser humano e não a boas condições da rodovia.
Objetivo: Obter informações sobre o perfil social de motociclistas visando propor ações
para redução de acidentes nas rodovias. Método: Pesquisa de condições social de 220
motociclistas atendidos na Campanha Viva Motociclista realizada em julho de 2006 na
Rodovia Anhanguera (Km 181 pista sul – município de Leme) pela Concessionária
Intervias. Resultado: Dos entrevistados, 96,4% é do sexo masculino, 23,6% tem mais
de 40 anos de idade, 55% refere ser casado e pai de família, 45% ganha entre 03 a 05
salários mínimos, 27,7% refere tempo de habilitação entre 06 a 10 anos, 58,6% utiliza
moto com 125 cilindradas, 45,9% utiliza este veículo com a finalidade de condução ao
trabalho e 40,9% relata que adquiriram moto em substituição ao uso do carro ou ônibus.
38,6% referem já ter se envolvido em acidente com moto, sendo que destes 27% refere
ter sido na rodovia. A maioria fazia uso de EPI (capacete, bota, luva e roupa clara),
porém a maioria não possuía elemento refletivo nas motocicletas, capacetes ou roupas.
Conclusão: As condições sociais verificadas entre os motociclistas são causadoras de
falhas humanas de etiologia importante nos acidentes de trânsito. Campanhas de
conscientização e orientação são medidas que devem ser adotadas no intuito de
prevenir e reduzir a incidência de acidentes com motociclistas nas rodovias. Palavraschave: Trauma, Acidente de Trânsito e Motociclista.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR: UM CONHECIMENTO AO ALCANCE DE
TODOS
AUTORES: Bárbara Zanfelici Bevenuti da Silva Santos; Lígia Theodoro da Silva;
Mariana dos Santos Raposo Pimentel; Melina Ramos Coelho; Rodrigo Lajovic Safatle;
Vinicius Moraes Mariano; ONG PROJETO VIDAS; UNIVERSIDADE SEVERINO
SOMBRA (USS), VASSOURAS – RJ – BRASIL.
OBJETIVO: Demonstrar que o conhecimento e prática sobre o protocolo básico de
Reanimação Cardiopulmonar (RCP) quando oferecido de maneira acessível está ao
alcance de qualquer pessoa, independente da faixa etária, nível sócio-econômico e sua
área de atuação.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foi ministrado um curso básico de RCP para 55 alunos do
terceiro ano do ensino médio do Colégio Estadual Santa Rita, em Vassouras, Rio de
Janeiro. O curso teve carga horária total de quatro horas, sendo estas dividas em duas
horas de aula teórica e duas horas de aulas práticas. Para a aula teórica foi utilizado
projetor de data show e para o curso prático foram utilizados manequins para
treinamento de RCP adulto e pediátrico. Todas as aulas foram ministradas por
acadêmicos da área da saúde da USS vinculados a ONG Projeto Vidas devidamente
capacitados e atualizados para o Guideline de 2005 da American Heart Association
para Reanimação Cardiopulmonar e Cuidados de Emergência Cardiovascular. Para
avaliar o aproveitamento do curso os alunos foram submetidos a um teste contento 16
perguntas básicas sobre RCP antes e depois das aulas.
RESULTADOS: Obteve-se no pré teste uma média de acerto de 25,18%
correspondendo a 4,03 questões por prova. Já no pós teste houve um aproveitamento
final de 67,81% equivalente a 10,85 questões. Comparando a média de acerto entre
as duas provas, nota-se um aumento de 169,3% no aproveitamento final, o que
corresponde a um acerto de 6,82 questões a mais em relação à prova inicial.
CONCLUSÕES: O ensino básico do protocolo de RCP tem um aproveitamento
satisfatório quando adaptado à realidade de determinado público alvo. Este estudo
mostra que mesmo leigos os alunos do segundo grau são capazes de aplicar os
conceitos do atendimento de suporte básico de vida fortalecendo assim os elos da
cadeia de sobrevivência. Desta maneira notamos que a fácil aplicabilidade de ensino
e aprendizado do protocolo o torna viável as diversas faixas etárias, nível sócioeconômico e áreas de atuação, sendo assim necessário apenas levar o conhecimento
ao alcance de todos.
PALAVRAS-CHAVE: RCP; Ensino; Leigo
REFERÊNCIAS:
1- 2005 American Heart Association Guidelines for Cardiopulmonary
Resuscitation and Emergency Cardiovascular Care
2- MARTINS, HS et al, EMERGÊNCIAS CLÍNICAS: ABORDAGEM PRÁTICA. 2
Edição – Barueri- SP, Editora Manole, 2006.
RELAÇÃO DAS DESPESAS MÉDICO-HOSPITALARES COM TRATAMENTO DE
FRATURAS DE EXTREMIDADES DECORRENTE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO
Fayruz Rodrigo Marcolini, William Augusto Casteleins Cecílio, Francisco José Gomes
de Castro, Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga
Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador
UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil.
Objetivos: Relacionar as despesas de atendimento intra-hospitalar prestado a vítimas
de acidentes de trânsito apresentando fraturas, em um centro de referência de trauma.
Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes vítimas de acidentes de
trânsito que apresentavam fraturas de extremidades, atendidos no Pronto Socorro do
Hospital do Trabalhador durante os 07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os
valores financeiros levantados referem-se ao que foi recebido pelo hospital por uma de
duas fontes pagadoras: Seguro Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se
da análise todos os mecanismos que não envolvessem veículos automotivos terrestres
e pacientes que apresentassem lesões diferentes de fraturas. Os dados receberam
tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2, realizando-se Análise de
Variância e considerando p<0,05 como estatisticamente significativo. Resultados: No
período compreendido, foram atendidas 33 fraturas, 26 delas (78,8%) em homens. A
média de idade destes pacientes foi de 32,7 +/- 18,5 anos. O valor total pago ao
Hospital foi de R$39.741,72, com média de R$1.204,30 por paciente. Analisando o
Injury Severity Score (ISS) para todas as fraturas, observamos média ponderada de
3,23 pontos. As fraturas foram estratificadas por tipo, resultando em 19 (57,6% - valor
de R$13.021,95) em membros superiores, 13 (39,4% - valor de R$26.117,23) em
membros inferiores e uma fratura concomitante de pelve e coluna, no mesmo paciente
(3% - valor de R$602,54). Em relação aos mecanismos de trauma, 16 (48,5%)
decorreram colisões diversas incluindo motos (R$25.391,44 – 63,9% do valor total), 08
(24,2%) de quedas de moto (R$7.270,00 - 18,3%), 07 (21,2%) de atropelamentos
(R$6.415,98 – 16,1%) e 02 (6,1%) de capotamentos (R$664,30 – 1,7%). Observou-se
hálito etílico em apenas 03 pacientes, no entanto a média de gastos com eles
(R$2.755,84) foi superior ao despendido com aqueles em que este fato não foi
observado (R$1.049,14), sendo significativo (p=0,0434). Entre os 19 motociclistas da
amostra, 11 não utilizavam capacete e tiveram média de gastos (R$1.660,44) superior
à média dos que utilizavam (R$908,75), mas não significativo (p=0,2783). Em relação
aos acidentes envolvendo automóveis, em apenas um caso a vítima usava cinto de
segurança, sendo que a média de gastos naqueles que não usavam (06 pacientes) foi
praticamente duas vezes maior (R$1.223,10), não estatisticamente significativo
(p=0,6713). O valor do RTS (Revised Trauma Score) calculado teve média de 7,821,
não ocorreram óbitos. Conclusões: A maioria das fraturas foi observada em membro
superior, no entanto o maior impacto financeiro se deu com as fraturas de membro
inferior. As motocicletas foram responsáveis pela maior incidência de acidentes
reportados, bem como pelo maior gasto intra-hospitalar com atendimento. A presença
de hálito etílico no momento do atendimento resultou em valores significativamente
maiores decorrentes de fraturas. Palavras-chave: Fraturas, despesas hospitalares.
RELATO DE CASO DE ATROPELAMENTO COM
INTRAHOSPITALAR DE TROMBOSE MESENTÉRICA
DIAGNÓSTICO
Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, William Augusto Casteleins Cecílio, Adonis Nasr, Iwan
Augusto Collaço. Liga Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do
Hospital do Trabalhador, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, Paraná, Brasil
Objetivo: Relatar o caso de um paciente que encaminhava-se para consulta em
unidade básica de saúde quando foi atropelado, com posterior atendimento em um
centro de trauma onde diagnosticou-se trombose mesentérica. Materiais e Métodos:
Relato de caso cirúrgico atendido no Suporte Avançado de Vida, do Pronto Socorro do
Hospital do Trabalhador. Resultados: Paciente masculino, 45 anos, trazido de
ambulância após atropelamento por automóvel, apresentando hálito etílico, Glasgow
14 e RTS (Revised Trauma Score) de 7,84 pontos. Investigação radiológica mostrou
fratura escalonada de costelas e fratura de úmero direito. Ao exame, o paciente apenas
referia dor abdominal difusa de grande intensidade. A tomografia axial
computadorizada evidenciou distensão aérea em alças de intestino delgado, estase
gástrica e pequeno hidropneumotórax à direita. Mantido em observação e analgesia
durante a noite, apresentou parada cardio-respiratória após 2 horas, respondendo a
manobras de reanimação e sendo mantido em ventilação mecânica. Pela manhã
optou-se por realizar lavado peritoneal diagnóstico, com presença de secreção
sanguinolenta escurecida, quando indicou-se laparotomia exploradora. Encontramos
300ml de líquido livre na cavidade abdominal e necrose de aproximadamente 90cm de
extensão em alças intestinais, envolvendo íleo terminal e cólon ascendente. Foi
realizada hemicolectomia direita com íleotransverso-anastomose, além de
hemotransfusão. Evidenciou-se também pequeno sangramento pela veia porta, que foi
suturada. O fechamento da cavidade se deu em Bolsa de Bogotá e o paciente foi
admitido na UTI. Nos dois dias recebeu novas transfusões, evoluindo com oligúria,
miose pupilar e crises convulsivas espaçadas, apresentando atividade elétrica sem
pulso e mais duas paradas cardio-respiratórias. Foi a óbito 3 dias após admissão, antes
de nova cirurgia para controle de danos (relaparotomia). Conclusões: A ocorrência de
trombose de veias mesentéricas é uma entidade incomum, entre suas causas situamse trauma, infecção e coagulopatias. A mortalidade a ela relacionada permanece
elevada, podendo evoluir de forma catastrófica, como no caso descrito. Enfatizamos
sua importância tanto para o cirurgião geral quanto para o vascular, atentando para a
etiologia traumática deste evento. Palavras-chave: trauma, trombose mesentérica.
RELATO DE CASO DE FRATURA PANCREÁTICA POR TRAUMA CONTUSO
Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Geovani Luiz Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto,
Maik Horst, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro
Municipal de Porto Alegre, Porto Alegre-RS, Brasil.
Objetivo: Relatar um caso raro de fratura pancreática completa traumática. Materiais e
Métodos: Homem de 48 anos, branco, etilista crônico, com história de queda de
aproximadamente quatro metros de altura e contusão lombar. Paciente chega à sala
de emergência confuso, referindo dor na região lombar, pior a direita. Ao exame,
mucosas hiperemiadas, úmidas, freqüência cardíaca de 135 bpm, pressão arterial de
100/80 mmHg. Abdomen distendido e doloroso. Realizada tomografia
computadorizada que evidenciou fratura da região cervical do pâncreas, a direita dos
vasos mesentéricos e fratura do corpo da segunda vértebra lombar. Resultados: A
conduta inicial foi de manejo conservador. Nas primeiras 24h houve piora clínica
evidente, com quadro de choque séptico. Nesse momento foi levado à laparotomia
exploradora que evidenciou fratura completa da transição do corpo para a cauda
pancreática, com necrose da região e lesão da veia porta, em sua origem. No momento
da abordagem da lesão, houve sangramento de aproximadamente 2000 ml até ser
realizada ráfia da lesão venosa, sendo realizado tamponamento com compressas e
programação de reintervenção no dia seguinte, quando foram retiradas as compressas
e feito debridamento da lesão pancreática. Nesse momento foi diagnosticada trombose
da veia porta do segmento rafiado. Após 3 dias de internação em unidade de cuidados
intensivos, paciente foi a óbito. Conclusão: As lesões pancreáticas tem alta
morbimortalidade, muitas vezes são de difícil diagnóstico e manejo, necessitando de
agressividade no diagnóstico e manejo, principalmente quando há lesão ductal.
Palavras-chave: Fratura pancreática, Lesão de ducto pancreático, Trauma abdominal
contuso.
RESGATE AEROMÉDICO DE PACIENTE CRÍTICO VÍTIMA DE TRAUMA
Leonardo Ribeiro Vasconcelos, Edvaldo Massariol jr, Claudia da Silva Amorim,
Rosilene Imaculada de Souza. Samu, Betim, Minas Gerais, Brasil.
Objetivos: Avaliar a Freqüência de resgate aeromédico do serviço
Identificar os locais de maior freqüência da utilização do resgate aeromédico.
Discutir as indicações do resgate aeromedico com vítimas de trauma.
Avaliar a necessidade dos resgates eaeromédicos realizados.
Materiais e métodos: estudo retrospectivo, utilizando estatísticas do Samu, Policia
Rodoviária Federal, Policia Militar, Comando de rádio e patrulhamento aéreo dos
pacientes transportados por helicóptero pelo Samu Betim em 1 ano por relatos
em prontuários médicos de atendimento pré-hospitalar
Resultado: O transporte aeromédico é realizado com freqüência no Samu Betim, os
locais de início do transporte são definidos por trechos conhecidos no município e
adjacências. Diminuição do tempo resposta do atendimento de suporte avançado na
área de abrangência do Samu Betim.
Conclusão:o resgate aeromédico pode ser utilizado com segurança, eficiência e
benefício para o paciente, em lócus e distância definidas, com protocolos prévios
discutidos entre os serviços que tornam o resgate aeromédico. Ocorre diminuição do
tempo resposta ao tratamento definitivo do paciente crítico com o transporte
aeromédico por helicóptero.Necessidade da criação de equipes de resgate
aeromédico fixas com treinamento específico.
Palavras chave: resgate aeromédico, Transporte aeromédico, Transporte de paciente
crítico.
RISCOS OCUPACIONAIS E ACIDENTES DE TRABALHO ENTRE BOMBEIROS
DAS UNIDADES DE RESGATE DO CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE
SÃO PAULO.
Oswaldo Lourenço de Molla Neto
Luiz Carlos Morrone
Departamento de Medicina Social da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo – São Paulo/SP – Brasil
O Corpo de Bombeiros atua na assistência rápida aos cidadãos acometidos por agravos
à saúde. O objetivo deste trabalho foi avaliar os riscos ocupacionais dos socorristas,
identificar o tipo e as características dos acidentes de trabalho e as doenças que os
acometem, verificar as providências adotadas e propor estratégias para diminuir os riscos
ocupacionais. Participaram do estudo 30 bombeiros socorristas que trabalham em
Unidades de Resgate da cidade de São Paulo. Utilizou-se como metodologia o estudo de
caso, sendo a coleta de dados realizada por meio de entrevista e período observacional
de dois anos. Os riscos mencionados foram os risco biológico, ergonômico, risco físico,
risco de acidente com a viatura, atropelamento, estresse e trabalho em ambientes
confinados. Entre os bombeiros entrevistados 43,30% relataram acidentes de trabalho
com 16,66% afastamentos do trabalho devido às conseqüências destes acidentes. Dentre
os acidentes de trabalho destacaram-se os ferimentos que acometem a mão e o punho.
Dos bombeiros entrevistados 63,33% relataram doença com 13,33% afastamentos do
trabalho, e a causa principal foi a dorsalgia. A melhora dos equipamentos de proteção,
redução na jornada de trabalho, treinamento, triagem de ocorrências e disponibilização
de atendimento médico qualificado foram as principais propostas para diminuir os riscos
ocupacionais. No contexto estudado observou-se que não existem programas específicos
no sentido de melhor as condições de saúde e segurança visando à redução dos riscos
ocupacionais, acidentes de trabalho e as doenças relacionadas.
palavras chave: riscos ocupacionais, bombeiros, pré-hospitalar, doenças do trabalho
RUPTURA TRAUMÁTICA DE NËOBEXIGA: RELATO DE CASO
iwan Augusto Coiíaço, Alexandre Vianna Soares, Adónis ísíasr, Osny Barros
Júnior, Fernanda Cristina da Silva, WiJüam Augusto Casteleins Cediio. Liga
Académica do Trauma (LIAT), Serviço de Cirurgia Geral doHospitai do
Trabalhador, Curitiba, Paraná, Brasil
Introdução: No decorrer das úítimas décadas, a derivação urinária evoluiu de
simplesmente derivar o fluxo através de um conduto até a reconstrução ortoíópica,
conhecida corno neobexiga. A reconstrução é feita uíiüzando-se íleo ou cólon, e é
considerada a técnica mais sofisticada de derivação após cistectomia radicai. Não
há, na literatura, relatos de ruptura traumática de neobexiga. A lesão vesica!
traumática ocorre em associação com fratura de pe!ve na maioria dos casos (7083%), predominando as lesões por espícuias ósseas. O diagnóstico da lesão de
uma neobexiga pode ser bastante difícil. Enquanto que nas lesões de bexiga a
cisíografia tem uma precisão diagnostica de 85 a 100%, o mesmo não ocorre para
a lesão de neobexiga. A tomografia também não é considerada um exame
totalmente satisfatório, e os exames laboratoriais são inespecíficos. Resultados:
Relata-se o caso de um paciente de 41 anos, vítima de coiisão auío-auto seguida
de capotamento. Foi admitido hemodinamicamente estável, apresentando dor
abdominal, com abdome flácido ao exame. O paciente foi mantido em observação,
havendo piora da dor no decorrer das horas. Realizado tomografia, que evidenciou
liquido septado na cavidade abdominal.O paciente apresentou retenção urinária e
apresentava estenose de uretra; foi então realizada uma cístostomia, com presença
de hematúria franca. Foi realizado laparotomia expíoradora, com achado de íesão
de neobexiga. Procedeu-se à sutura da íesão e o paciente permaneceu com uma
sonda uretra! de três vias e a cistostomia. Houve boa evolução, com alta no 5° dia
pós-operaíório. Conclusão: A ruptura traumática de neobexiga è uma lesão rara
nos centros de atendimento a trauma, e sua presença deve ser suspeitada em
pacientes submetidos a este tipo de reconstrução que apresentam trauma
abdominaf, mesmo na ausência de fratura de pelve. Palavras-Chave: Neobexiga,
Trauma, Ruptura.
SAMU 192 ARACAJU: PERFIL DE ATENDIMENTO EM EVENTO FESTIVO
ALVES, F.S.; OLIVEIRA, D.P.; OLIVEIRA, D.A.; BRASILEIRO, F.F.; FRANÇA,
C.R.; LIMA, H.J.S.; COSTA, M.C.M.; BARRETTO, M.X.A.; OLIVEIRA, C.G.S.;
CABRAL, J.G.C. Serviço: SAMU 192 ARACAJU. Cidade: Aracaju. Estado:
SE. BRASIL
INTRODUÇÃO: Desde 1992 ocorre, a cada ano, na cidade de Aracaju, uma prévia
carnavalesca que reúne multidões: o Pré-caju. A média de público por dia festa é de
280 mil pessoas. Nos dias de festa milhares de pessoas comparecem ao local e muitos
são os agravos à saúde. O SAMU 192 ARACAJU, participa deste evento através da
montagem de um Posto Médico Avançado (PMA) e viaturas descentralizadas pelo
percurso da festa, que inclui blocos carnavalescos. O PMA objetiva o atendimento das
vítimas que sofrem agravos à saúde na área do evento, evitando a superlotação nos
pronto-socorros hospitalares e não-hospitalares, através de uma alta resolutividade dos
casos.
OBJETIVO: Traçar um perfil dos atendimentos no Posto Médico Avançado (Base
Descentralizada) e calcular o índice de resolutividade desse posto.
METODOLOGIA: Foram analisadas as fichas de atendimento do PMA
do SAMU 192 ARACAJU. Posteriormente os dados foram tabulados e
organizados em forma de gráfico para melhor visualização.
RESULTADO: O Pré-Caju 2006 teve três dias de duração. Nesse período, foram
atendidos 245 casos, sendo 132 traumáticos (53,88%) e 113 clínicos (46,12%); 55,1%
do sexo masculino e 44,9% do sexo feminino. Dentre os casos clínicos, destaque para o
alcoolismo agudo (44,25%). De todos os casos atendidos, apenas 72 foram removidos,
o que significa uma resolutividade de 70,61%. Das remoções apenas uma necessitou
Viatura de suporte avançado.
CONCLUSÃO: A Participação do SAMU 192 ARACAJU em eventos com
aglomerados de pessoas, como o PRÉCAJU, é fundamental para o bom andamento da
festa no que concerne à assistência das pessoas que sofrem agravos à saúde na área do
evento. O índice de resolutividade demonstra claramente a importância em se evitar o
aumento da demanda nos serviços de urgência da cidade.
SAT – SALA DE ATENDIMENTO A POLITRAUMATIZADOS. A EXPERIÊNCIA DO
HOSPITAL JOÃO XXIII EM TRATAMENTOS NÃO OPERATÓRIOS
Helio Machado Vieira Jr., Sizenando Vieira Starling, Domingos André Fernandes
Drumond.
Hospital João XXIII, Belo Horizonte – MG/Brasil
Objetivo: descrever os objetivos, o funcionamento, critérios de admissão e protocolos
de uma sala projetada para dar apoio a paciente politraumatizados, bem como relatar
a evolução e os resultados obtidos nos pacientes submetidos a tratamento conservador
em um hospital de referência para trauma. Material e métodos: trabalho realizado de
forma prospectiva, através de coleta de dados em formulários próprios, para todos os
pacientes internados na SAT, com vistas a serem tratados de forma conservadora.
Análise e armazenamento dos dados em planilha eletrônica. Resultados: com uma
média de 34 internações por mês na SAT, os pacientes, que são admitidos após
preencherem critérios bem estabelecidos, são monitorizados de modo contínuo. As
taxas de sucesso do tratamento conservador são animadoras, com sucesso em torno
de 91% para lesões esplênicas por trauma contuso, 95% para lesões hepáticas por
trauma contuso. A taxa de lesões renais tratadas com sucesso é de 85%% quando se
trata de trauma contuso. Conclusão: a tentativa de se conduzir um paciente de maneira
conservadora, exige do hospital e profissionais envolvidos um grau de diferenciação
no que tange o aparelhamento, recursos humanos e propedêuticos. Por ser centro de
referência em trauma, o Hospital João XXIII procura constantemente estar habilitado
para este tipo de tratamento. A SAT possibilita uma observação rigorosa e criteriosa,
por manter monitorização e vigilância contínuas através de exames e protocolos
rígidos, com a presença constante de um médico residente em Cirurgia do Trauma na
sala. O pronto diagnóstico de condições que possam ameaçar a vida do paciente, fica
mais fácil e as intervenções cirúrgicas, quando necessárias, são prontamente
indicadas, além de diminuir o número de lesões despercebidas. Palavras-chave:
tratamento conservador, trauma abdominal fechado, trauma torácico.
SIMULADO DE ATENÇÃO A DESASTRES: ATUAÇÃO DA LIGA DO TRAUMA
Daniei Souza Lima,Edson Dener Zandonadi.Edem Moura de Matos Jr.Bruno
Santos Boqèa.Waston Gonçalves Ribeiro. Liga Académica do Trauma e
Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão, São Luís,
Maranhão, Brasil.
lnírodução:A preparação para o enfreníamenío a eventos traumáticos que
envolvem múltiplas vitimas deve ser prioridade por parte dos serviços de
emergência pré-hospiia!ar e hospitalar. A redução de mortes e erros no
atendimento a desastres é em parte alcançada pelo treinamento simulado com
intuito de preparar as equipes médicas. Objetivos: Relatar a experiência da Liga
Académica de Trauma e Emergência do Maranhão (LATE-MA) na organização de
exercícios simulados de atenção a acidentes com múltiplas vítimas (AMV),
desastres e catástrofes. Material e métodos: Realização de exercício simulado
envolvendo 40 vítimas, no dia 07/10/2006 em São Luis-MA O cenário escolhido foi
um ônibus e um carro de passeio colidindo em ama da ponte e caindo na pista de
baixo. Outro carro de passeio que passava colidiu com o ônibus. Vários parceiros
de relevância estadual participaram, o que incentivou a elaboração de pianos de
ação de várias instituições atuantes no trauma. Desde antes do simulado e após,
os parceiros vêm se reunindo para escreverem juntos o plano de ação municipal
em caso de um evento do íipo desastre, AMV ou catástrofe. A LATE-MA se
demonstrou atuante neste evento desde os seus primórdios Conclusão: Diversas
instituições devem ser envolvidas nessa preparação, incluindo as Ligas do Trauma
que é composta por académicos de saúde que desenvolvem pesquisa, ensino e
extensão na área do trauma e emergência médica Palavra-chave: Liga do trauma,
simulado, desastre.
SOLUÇÃO
HIPERTÔNICA
COM
HAES
- UTILIZAÇÃO NO
'ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR DO POLITRAUMATIZADO COM
CHOQUE HIPOVOLÊM1CO DESCOMPENSADO,
Marco Aurélio da Costa Seraiva. Agnaldo Píspico, Fabiana Aparecida Sanches
Romanato, Fernando dos Santos Paulo, Maurício Cury, Jorge Miranda Jr, Marcelo
Teixeira, Adriano Dias Trajano, Waíne Cfampi, Marcos Aurélio Zuim, César
Augusto Roldan dos Santos, Hamilton Jonas Amaro; AuíoBAn, Jundiaí, São Paulo,
Brasil.
OBJETIVOS: Demonstrar a evolução clínica em ambiente pré-hospitalar dos
pacientes politraumatizados graves, com choque hipovolêmico descompensado,
após infusão de solução hipertônica com HAES. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram
analisados retrospectivamente os dados armazenados em programa de registro
de vítimas (K-COR - Kria Controle Operacional de Rodovias®) no período de 26
de outubro de 2005 a 01 de agosto de 2006, selecionando todas os pacientes
adultos de ambos os sexos, vítimas de trauma fechado, no Sistema AnhangüeraBandeiraníes, portadoras de choque hipovolêmico classe 111 ou IV, comparando
sinais vitais verificados à chegada da primeira viatura de resgate com os sinais
vitais apresentados à admissão na sala de emergência do hospital. No trajeto foi
realizada a administração precoce de 250ml da solução hipertônica NaCI 7,2%
com HAES (poli O-2-hidroxietilico) em acesso venoso periférico. RESULTADOS:
Protocolo fora realizado em 21 casos sendo que 20 pacientes evoluíram com
estabilidade hemodinâmica, com pressão arterial sistólica acima de 90 mmHg,
após a infusão da solução hipertônica com HAES, sendo que destes 7
necessitaram repetir a dose inicial e 1 não respondeu à terapêutica.
CONCLUSÕES: A solução hipertônica com HAES demonstrou ser eficiente no
tratamento inicial do politraumatizado portador de choque hipovoiêmico classe II)
ou IV, resultando em estabilidade hemodinâmica, sendo uma boa opção
terapêutica. PALAVRAS CHAVE: Solução Hipertônica com HAES,
Politraumatizado Grave, Estabilidade Hemodinâmica
SUPERVISÃO
DE
ENFERMAGEM:
A
DIFERENÇA
QUE ACRESCENTA
Danie! Souza Lima, Rita Carreiro Neiva, Juüo César Oliveira Viegas,
Renata GabrieJa Miranda de Araújo Ribeiro. Silvana Helena Serra
Muniz, Janaína Monteies Aguiar, Daisy Maria Conceição dos Santos,
Sara
Fiterman
Lima
Rodrigues.
SAMU
192,
São
Luís,
Maranhão, Brasil.
Introdução: A Supervisão de Enfermagem está presente no SAMU - São Luís
desde a sua implantação como e!o técnico-administrativo que passa pêlos
aspectos operacionais e organizacionais. Objetivos: Demonstrar a importância da
supervisão de enfermagem no processo do controle e organização do trabalho no
SAMU - São Luis. Materiais e Métodos: Representa um trabalho descritivo e
observacional da supervisão de enfermagem que é mantida no SAMU, no período
de 24 horas, tendo corno atribuições definidas que envolvem controle de materiais
/ equipamentos / insumos, manutenção da estrutura funcionai das viaturas e faz
interface com a regulação médica, operação de frota, almoxarifado e farmácia e
demais unidades do sistema de saúde tocai, como faciüíadores do processo de
atuação do SAMU, frente aos atendimentos realizados. Resultados: Maior controle
de materiais e medicamentos, diminuição dos custos, domínio sobre a situação do
plantão de forma a isentar os demais profissionais de responsabilidades
administrativas. Conclusão: A Supervisão de Enfermagem desenvolvida no
SAMU, tem demonstrado em um ano e meio de funcionamento ser uma experiência
exitosa, cujo trabalho, tem refletido visíveis melhorias na qualidade do serviço como
um todo, proporcionando no día-a-dia condições de identificação e resolução de
problemas, dando apoio à coordenação na implementação de medidas mais
eficazes para o trabalho.
Palavras-chaves: samu,enfermagem.
TAQUIARRITMIAS SUPRAVENTRICULARES NO TRAUMA: Flutter e Fibrilação
atrial - RELATO DE 2 CASOS
Conrado Leonel Menezes, Mateus Alves Borges Cristino, Bruno Carlo Vieira Lemos,
Leandro Toledo Carvalhido, Juliano de Oliveira Barbosa Guedes, Bruno de Freitas
Belezia. Hospital Municipal Odilon Behrens, Belo Horizonte/MG
Objetivos: relatar 2 casos de trauma torácico contuso que evoluíram com
taquiarritimias supraventriculares e atentar para a superposição de problemas clínicos
e cirúrgicos em pacientes vitimas de trauma, levando em consideração a fisiopatologia
dessas complicações. Materiais e Métodos: relato de 2 casos de pacientes admitidos
na emergência deste hospital. Relato dos casos – Caso 1: paciente do sexo
masculino, 35 anos, vitima de colisão frontal, admitido consciente e queixando dor
esternal. Radiografias de tórax sem alterações. Evoluiu com flutter atrial de resolução
espontânea. Exames complementares sem alterações. Recebeu alta sem
complicações. Caso 2: paciente do sexo feminino, 63anos, tabagista, hígida. Relato de
trauma tórax há dois dias da internação. Radiografia na sala de emergência evidenciou
hemotórax com drenagem de 1000ml apões toracostomia em selo d´água. Evoluiu com
taquicardia após 6 horas de observação. Drenagem torácica de apenas 100ml neste
período. ECG evidenciou fibrilação atrial que foi convertida com medicação digitalica.
Recebeu 2 unidades de concentrado de hemácias. Evoluiu com hemotórax retido,
encarceramento pulmonar, tratado com toracotomia. Recebeu alta em boas condições.
Conclusões: É importante que o profissional que lida com trauma esteja apto a
reconhecer essas alterações e possa instituir um tratamento adequado. Palavraschave: contusão cardíaca; trauma de tórax, fibrilação atrial e flutter.
TÉCNICAS VERTICAIS E SALVAMENTO EM ALTURA NO PRÉ-HOSPITALAR
Edvaldo Massariol Junior, Claudia da Silva Amorim, Leonardo Ribeiro
Vasconcelos, Gildásio Dias da Silva. SAMU, Betim, Minas Gerais,
Brasil.
Objetivos: Demonstrar a necessidade e o treinamento da equipe do
Samu Betim nas técnicas de salvamento em altura no atendimento
pré-hospitalar.
Materiais e métodos: treinamento voluntário dos integrantes da
equipe de atendimento básico e avançado do Samu Betim, por
profissionais qualificados e experientes, utilizando técnicas verticais,
montanhismo, transposição de cordas, ascensão, nós e amarrações,
resgate em altura, acento americano
Resultados: o treinamento promove maior segurança para a equipe
do Samu em situações especiais do resgate e salvamento, preparo
técnico e psicológico para atenimento em altura e desnível, integração
entre a equipe e desenvolvimento técnico e humano da equipe do
Samu Betim
Conclusão: A utilização de técnicas verticais e salvamento em altura
podem melhorar a qualidade do atendimento às vítimas em situações
especiais no ambiente pré-hospitalar, integração das equipes do
Samu e outras equipes de salvamento e oferecer atendimento às
vítimas em altura ou desnível.
Palavra chave: Salvamento em alturaSituações especiais de
atendimentoTécnicasverticais
TENDÊNCIA ATUAL DAS LESÕES TRAUMÁTICAS DE CÓLON Marcelo Portes
Rocha Martins, Thiago Carneiro Machado, Clarissa Santos Neto, Sizenando Vieira
Starling, Domingos André Fernandes Drumond. E-mail: [email protected]
Objetivo: O objetivo deste estudo é identificar o perfil dos pacientes vítimas de lesão
de cólon atendidos e avaliar sua evolução, considerando o mecanismo de trauma.
Material e métodos: Estudo retrospectivo através da análise de prontuários, de
pacientes internados de 25/12/2004 a 12/05/2006. Resultados: Foram avaliados 159
casos de trauma abdominal com lesão de cólon, sendo que 89,93% eram do sexo
masculino. A faixa etária variou de 13 a 72 anos (Média 27,5 anos). Cento e dezenove
pacientes (74,8%) foram vítimas de agressão por arma de fogo, 25 (15,7%) por arma
branca e 15 (9,4%) trauma contuso. Ao exame físico inicial, o RTS variou de 0 a 7,84
(Mediana 7,84). Em 111 pacientes (69,8%), foram realizados exames complementares
antes do procedimento cirúrgico. O intervalo de tempo entre a admissão e a cirurgia
variou de 6 a 3000 minutos (Média de 181,7). A maioria dos pacientes (55,9%)
apresentou lesões múltiplas de cólon, e de outros órgãos intra-abdominais (84,3% PATI 4 a 61), sendo que os mais acometidos foram intestino delgado (33,2%) e fígado
(16,8%). O tratamento utilizado com maior freqüência foi a rafia primária sem o uso de
colostomia.Em 71 casos (44,6%) ocorreram complicações pós-operatórias, sendo a
mais freqüente a infecção de ferida operatória. A permanência hospitalar foi em média
de 12,2 dias, variando de 1 a 97 dias. Ocorreram 25 óbitos (15,7%). Conclusão: As
lesões traumáticas do intestino grosso acometem mais frequentemente homens,
adultos jovens e vítimas de agressão por arma de fogo. Os pacientes apresentam
geralmente lesões múltiplas, sendo o seu tratamento atual a rafia primária sem
colostomia. A evolução é satisfatória e a alta hospitalar ocorre com menos duas
semanas. Palavras chave: lesão do intestino grosso, trauma
TENTATIVAS
DE
SUICÍDIO ATENDIDAS NO SERVIÇO DE EMERGÊNCIA
Ragly Wanessa Rossi. Marcos Coelho.
Renata
Nascimento
Duarte, César Neucamp, Lucy Nagm.
Universidade Federal de Roraima, Boa Vista-Roraima - Brasil.
OBJETIVO: Estimar a prevalência e o perfil dos pacientes vitimas de Tentativas de
Suicídio (TS) em nossos serviços de emergência. MATERIAIS E MÉTODOS:
Investigação retrospectiva das fichas de pronto-atendimento de vítimas de TS
atendidas no Pronto-Socorro Francisco Elesbáo, no período de janeiro de 2004 a
março de 2006.
RESULTADOS: De um total de 99 pacientes, as TS ocorreram sem predominância
de sexo. A faixa etária mais acometida foi de 20-40 para homens e 20-30 para
mulheres. Os métodos encontrados foram: enforcamento, preferido pêlos homens
(49%); intoxicação, preferido pelas mulheres (55%); uso de arma
branca e de arma de fogo. Nenhum paciente foi submetido à
internação ou a encaminhamento ambulatorial psiquiátrico. Não
houve documentação de avaliação psiquiátrica nas fichas.
CONCLUSÃO: Durante a execução do trabalho verificou-se
que a importância da atuação do médico emergencista onde lhe
caberia, alérn dos procedimentos habituais de suporte à vida, servir
de meio eficaz para o seguimento destes pacientes a um profissional
adequado. Palavras-chaves: Tentativa de suicídio; Serviço de
Emergência.
TORACOTOMIA NA SALA DE EMERGÊNCIA: ESTUDO
RETROSPECTIVO DA CASUÍSTICA DE UM HOSPITAL DE
TRAUMA.
Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik
Horst, Marcelo Coutinho Baú, Mario S. Thiago Ferrari Ne, Ricardo
Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre,
Porto Alegre-RS, Brasil.
Objetivo: Comparar os dados estatísticos das toracotomias realizadas
na sala de emergência (TSE) dessa instituição com os dados da
literatura existente. Materiais e Métodos: Realizado um estudo
retrospectivo com revisão de prontuários num período de 30 meses
com 45 TSE, houve perda de 4 prontuários que foram exclusos. As
variáveis estudadas foram a idade, sexo, mecanismo do trauma, local
das lesões, lesões anatômicas, sobrevida e mortalidade. Resultados:
Dos 41 pacientes restantes, 37 eram homens e apenas 4 eram
mulheres. A média de idade foi de 31,75 anos. O trauma penetrante
foi responsável por 29 casos, sendo 26 vítimas de ferimento por
projétil de arma de fogo (FPAF) e 3 vítimas de ferimento por arma
branca (FAB). Em 7 casos houve trauma contuso. Em outros 5 casos
não foi possível constatar o mecanismo do trauma envolvido pela
análise dos prontuários. Dos 26 pacientes vítimas de FPAF, 13 foram
atingidos no tórax, 5 no abdomen, 5 tiveram ferimentos múltiplos e
em outros 3 não foi possível esclarecer o local na análise dos
prontuários. Em 63,4% dos casos também não foi possível determinar
o órgão anatômico atingido. Em 6 pacientes houve lesão cardíaca, 3
com lesões em grandes vasos, 1 com lesão em vasos ilíacos, 1 com
fratura de bacia e outros 4 pacientes apresentaram lesão em hilo
pulmonar. Quanto à sobrevida, 38 pacientes foram a óbito e 3
sobreviveram e estão sendo acompanhados no ambulatório de
Cirurgia do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre. A
mortalidade foi de 100% nos pacientes com trauma contuso. Nos
pacientes que sofreram lesões penetrantes o índice de sobrevida foi de
10,3%, sendo que nas lesões por FPAF essa taxa foi de 3,8% e nos
FAB foi de 33,2%. Se excluirmos os pacientes com lesões múltiplas
por arma de fogo a sobrevida sobe para 4,8%. Conclusão: Os dados
obtidos são semelhantes com a literatura, as pequenas variações
encontrada estão relacionadas à casuística restrita. Palavras-chave:
Toracotomia na sala de emergência, Toracotomia, Trauma.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE FRATURAS DE PATELA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO
DE 36 CASOS
Gabriel Teixeira Morttezuma Safes, Germana Vasconcelos Mesquita Martiniano,
Raquel Telfes de Souza Quixadá, Vanessa Pinho de Barros, Manuel Bomfim Braga
Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federal do Ceará - UFC, Fortaleza, Ceará,
Brasil,
Objetivo: Este estudo visa traçar o perfil epidemioíógico das vítimas com fraturas
de patela cujo tratamento realizado foi cirurgia ortopédica. Materiais e Métodos:
Estudo transversal e descritivo baseado na análise de prontuários em sete hospitais
de Fortaleza que atendem pelo SUS (quatro públicos e três particulares) por oito
meses (agosto/2005 e março/2006). Os dados foram analisados através do
Programa Epi ínfo® v. 6.04b. Resultados: Das 1694 fraturas com tratamento
cirúrgico, 36 (2,12%) foram fraíuras da patela. Em relação ao sexo, os homens
foram os mais atingidos (73,50%). A média de idade das vitimas foi 45,18 anos (SD:
± 16,83), sendo a faixa de idade entre 18 e 40 anos a mais acometida com 15
(45,50%) fraíuras. Quanto à cidade do acidente, 22 (61,1%) casos aconteceram na
capitai do Ceará, Fortaíeza. Empatados com 10 pacientes cada, os horários cujos
acidentes ocorriam mais frequentemente foram de manhã entre 7 e 12 horas e, à
noite, entre 19 e 24 horas. Quanto a severidade do trauma, houve um certo
equilíbrio entre os traumas considerados leves, moderados e graves. O mecanismo
de trauma mais constante foi queda de altura com nove vítimas. Conclusões: O
perfil das vítimas de fraíura de patela foram homens jovens cujo acidente ocorreu
principalmente numa cidade urbana no período da manhã ou da noite. Os
procedimentos cirúrgicos, em geral, foram simples, necessitando, somente do uso
de tirantes em oito. Palavras Chaves: Patela, Cirurgia Ortopédica, Epidemiologia,
Fratura.
TRATAMENTO CONSERVADOR DA FÍSTULA PLEURO-BILIAR
TRAUMÁTICA – RELATO DE CASO
Bruno Carlo Vieira Lemos, Augusto Motta Neiva, Mateus Alves Borges Cristino,
Conrado Leonel Menezes, Cristiane Vilaça C. Gomes, Bruno de Freitas Belezia.
Hospital Odilon Behrens, Belo Horizonte, Minas Gerais.
Introdução: As fístulas tóraco-biliares (pleuro-biliares e bronco-biliares) são
complicações raras do trauma tóraco-abdominal, sendo mais comuns no trauma
penetrante. Por essa razão, não existe na literatura consenso sobre seu manejo mais
adequado. Objetivo: Relato de complicação rara do trauma hepático contuso. Método:
Relato de caso e revisão da literatura. Relato de Caso: LFA, sexo masculino, 20 anos,
vítima de colisão motocicleta x veículo. Admitido com estabilidade hemodinâmica,
abdome com defesa voluntária, uretrorragia e tatuagem traumática lombar à direita.
Propedêutica mostrou lesão hepática grau IV, hematoma retroperitoneal pélvico,
fratura de pelve e lesão de uretra prostática. Radiografia de tórax era normal. Realizada
cistostomia. No segundo dia de internação , apresentou queda da hemoglobina e foi
conduzido ao CTI. Evoluiu com dispnéia e derrame pleural volumoso à direita. Drenado
sob selo d’água, obteve-se 800ml de sangue de imediato, 2000ml em 12h e 3000ml
em 24h. Evoluiu com melhora do quadro respiratório e sem instabilidade
hemodinâmica, mas com necessidade de transfusão. Dosagem de bilirrubina da
secreção do dreno torácico: Total- 26,9mg/dl, Direta-18,8 mg/dl, Indireta- 8,1 mg/dl,
sugestivo de fístula pleuro-biliar. Recebeu alta do CTI após sete dias, necessitou de
1500ml de concentrados de hemácias ao todo para manter hemoglobina acima de
8g/dl, sem necessidade de ventilação mecânica. Retirado dreno de tórax no 12º dia.
Radiografia de tórax normal 2 semanas após a alta. Conclusão: A fístula pleuro-biliar
pós-traumática pode ser tratada com sucesso pela conduta conservadora. A cirurgia
deve ser reservada aos casos refratários. Palavras-chave: fístula pleuro-biliar,
conservador, trauma contuso.
TRATAMENTO NÃO OPERATÓRIO DO TRAUMA HEPÁTICO CONTUSO.
EXPERIÊNCIA DO HOSPITAL JOÃO XXIII NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2002 A
DEZEMBRO DE 2005.
Sizenando Vieira Starling, Bruno Viana Nuss; Thiago Carneiro Machado; Domingos
André Fernandes Drumond..
Hospital João XXII (FHEMIG)I, Belo Horizonte, Minas Gerais. Brasil.
Objetivo: Relatar a experiência do Serviço de Cirurgia do Trauma do Hospital João
XXXIII no tratamento não-operatório (TNO) das lesões hepáticas por trauma contuso.
Método: Estudo retrospectivo baseado na análise de prontuários dos pacientes com
trauma hepático contuso que preencheram os critérios de tratamento não-operatório
(estabelecidos por protocolo) no período de agosto de 2002 a dezembro de 2005,
analisando dados demográficos, exame clínico, condição hemodinâmica, lesões
associadas, resultados de exames de imagem, complicações, falha do TNO, óbitos e
permanência hospitalar.
Resultado: No período estudado, 135 pacientes com trauma hepático contuso
preencheram os critérios para TNO. A média de idade foi 29,4 anos e 74,8% foram do
sexo masculino. Ao exame clínico 58,5% apresentavam dor abdominal, localizada no
hipocôndrio direito. Na admissão 87,4% dos pacientes estavam com estabilidade
hemodinâmica. A ultra-sonografia abdominal foi realizada em 87,3% dos pacientes e
evidenciou líquido livre em 89,8% dos exames. A tomografia computadorizada de
abdome foi realizada em 97,8% dos pacientes. A lesão grau III foi encontrada em 41%
dos casos e os segmentos VI e VII foram os mais acometidos. A falha do TNO
(sangramento)ocorreu em 8,2% dos casos e apenas 3 pacientes apresentaram
complicações do TNO. A mortalidade foi de 4,4% e a média de permanência hospitalar
foi de 8,4 dias.
Conclusão: O TNO do trauma hepático contuso é eficaz e seguro com baixa morbimortalidade. O principal critério de inclusão é a estabilidade hemodinâmica. O
seguimento em local apropriado e por equipe médica experiente, além de protocolo
rígido, são fatores essenciais do sucesso terapêutico
Palavras-chave: Trauma contuso; Lesão hepática
TRAUMA CERVICAL CONTUSO: RELATO DE CASO.
Carlos Eduardo Ficht de Oliveira, Eduardo Ioschpe Gus, Geovani
Luís Fernandes, Giancarlo Maruri Munaretto, Maik Horst, Mario S.
Thiago Ferrari Ne, Miguel Angelo Spinelli Varella, Ricardo
Breigeiron. Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre,
Porto Alegre-RS, Brasil.
Objetivo: Relatar um caso de trauma cervical contuso com lesão de
esôfago e traquéia. Materiais e Métodos: Paciente masculino, branco,
20 anos vem ao Hospital de Pronto Socorro Municipal de Porto
Alegre trazido pelo SAMU após um trauma cervical contuso contra
um fio de aço, ao andar em motocicleta. Chega na sala de
emergência, sedado e com um tubo traqueal número 8 inserido por
traqueostomia traumática no local da lesão, com saturação de
oxigênio de 82%, taquicárdico e taquipnéico, com adequada
imobilização cervical. Escores do trauma foram: RTS 7,2, ISS de 32 e
TRISS de 96%. Resultados: Paciente foi encaminhado ao centro
cirúrgico e realizado exploração cervical onde se evidenciou lesão
completa de traquéia com fratura de cartilagem cricóide e lesão
transversa da parede anterior do esôfago. As lesões foram
devidamente reparadas com ráfia primária. O paciente evoluiu bem,
apresentando apenas disfonia. Endoscopia digestiva alta e
esofagografia pós-operatórias (PO) foram normais, recebendo alta no
18º PO. Após 4 meses retornou com abscesso cervical, tratado com
drenagem e clindamicina endovenosa, permanecendo com disfonia.
Conclusão: Esse tipo de trauma cervical incomum necessita uma
rápida abordagem pela equipe de resgate para manter a via aérea, pois
apresenta alta mortalidade. A lesão do nervo laríngeo recorrente
ocorre em 60% dos casos, quando associados a lesão traqueal
completa, segundo a literatura mundial, podendo evoluir com disfonia
ou até afonia. Palavra Chave: Cervical, Contusão, Esôfago, Traquéia,
Trauma.
TRAUMA CERVICAL: ESTUDO DOS CASOS ATENDIDOS EM 6 ANOS
Diogo Alberto Ferreira Aboud, Edson Dener Zandonadi Ferreira, João Carlos Pereira
dos Santos Júnior, Lívia Fernanda Alves Casimiro, Edem Moura de Matos Jr, Bruno
Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro,Daniel Souza Lima. Liga Acadêmica do
Trauma e Emergência do Maranhão/Universidade Federal do Maranhão. São Luís,
Maranhão, Brasil.
INTRODUÇÃO: Relativamente raros, os traumatismos do pescoço explicam a pouca
experiência individual dos cirurgiões, mesmo aqueles que militam ativamente em
hospitais de emergência. Objetivos: Estabelecer o perfil dos pacientes acometidos pelo
trauma cervical, analisando os aspectos referentes à etiologia, condutas, evolução,
tempo de internação, faixa etária e sexo. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo
retrospectivo envolvendo pesquisa de pacientes atendidos, de 2000 a 2005 no Hospital
Djalma Marques em São Luís – MA, vítimas de trauma cervical. A coleta de dados foi
realizada através do preenchimento de uma ficha-protocolo durante consulta dos livros
de registros de pacientes internados. Foi criado um banco de dados no EPI INFO 2000
para análise estatística. RESULTADOS: A amostra foi de 287 pacientes. Destes 60,4%
o tipo de trauma era aberto. O sexo masculino predominou com 87% (n=248). Os
meses de julho e dezembro foram os de maior número de ocorrências sendo o domingo
o dia predominante com 27% dos casos. A mortalidade da amostra foi de 9,5%. A
cervicotomia exploradora foi realizada em 33,3% dos pacientes. A lesão provocada por
arma branca foi predominante como etiologia (29,1%). CONCLUSÃO: Embora não
sendo freqüente, o trauma cervical retrata o perfil da vítima do trauma, envolvendo o
paciente masculino, jovem e acometido pela violência interpessoal. Boa parte da
conduta estabelece a realização de cervicotomia exploradora, exigindo do cirurgião
habilidade no manejo destes pacientes.
Palavras-chave: Trauma cervical. Epidemiologia.
TRAUMA DE CÓLON POR ARMA DE FOGO
Marcelo Portes Rocha Matins; Clarissa Santos Neto; Rômulo Andrade Soúli; Thiago
Carneiro Machado; Sizenando Vieira Starling; Domingos André Fernandes Drumond.
E-mail: [email protected]
Objetivos: Determinar o perfil epidemiológico dos pacientes com trauma de cólon por
arma de fogo, classificar as lesões, avaliar o tratamento e a presença de complicações.
Materiais e métodos: estudo retrospectivo através da análise de prontuários médicos
de pacientes atendidos com lesão do intestino grosso por arma de fogo entre dezembro
de 2004 e junho de 2006. Resultados: Foram admitidos 119 pacientes com lesão de
cólon por arma de fogo, dos quais 108 (90,7%) eram do sexo masculino. A idade variou
de 13 a 70 anos (média 26). Índices de trauma: RTS entre 0 e 7,84 (média 7,14); ISS
4 a 34 (mediana9); TRISS 5 a 99% (média 93,44); PATI 4 a 61(média 22,79). O número
de lesões no cólon oscilou entre 1 e 9, localizadas principalmente no cólon transverso
(30,59%), sigmóide (18,72%), cólon ascendente (17,35%), ceco (9,13%), reto (6,39%),
ângulo esplênico (6,39%) e ângulo hepático (5,47%). Elas foram classificadas em grau
II em 53,98%, grau III em 29,64%, grau I em 12,38%, grau IV em 3,09% e grau V em
0,88%. As lesões associadas intra-abdominais estavam presentes em 105
pctes(88,2%). A rafia primária foi o tratamento usado em 94 pctes(78,99%), enquanto
em 18(15,12%) houve necessidade de ressecção com anastomose primária.
Exteriorização da lesão e grampeamento das alças para controle do dano foram outras
técnicas utilizadas. A colostomia em alça foi empregada em 15 pacientes(13,39%). A
permanência hospitalar oscilou entre 1 e 97 dias (mediana8). Dezenove pacientes
(15,9%) faleceram. Conclusão: A ráfia primária é o tratamento empregado na maioria
dos casos de lesão de cólon atualmente, sendo o emprego da colostomia cada vez
menos freqüente.
Palavras-chave: trauma de cólon; arma de fogo.
TRAUMA DE PÂNCREAS: TRATAMENTO COM PANCREATECTOMIA DISTAL
COM E SEM PRESERVAÇÃO ESPLÊNICA
Gustavo Pereira Fraga, Juliane G. Hortolan, Amilton Santos Jr., Josie N.
Iyeyasu, Marcelo Pinheiro Villaça, Mario Mantovani
Disciplina de Cirurgia do Trauma, FCM - Unicamp, Campinas - SP
Objetivo: Nas lesões complexas do pâncreas (grau ≥ III) a pancreatectomia corpo
caudal é um procedimento freqüentemente indicado. O objetivo do presente estudo é
analisar os resultados deste procedimento, associado ou não à preservação do baço.
Método: O estudo descritivo, envolvendo 124 pacientes com trauma de pâncreas
tratados cirurgicamente no período de janeiro de 1992 a dezembro de 2003. Lesões
complexas ocorreram em 46 pacientes (37,1%) e 36 foram tratados com
pancreatectomia distal, constituindo a casuística do estudo. Resultados: Trauma
penetrante ocorreu em 23 casos (63,9%). A maioria das lesões era grau III (30 casos 83,3%) e localizadas no corpo do pâncreas (23 casos - 63,9%). Lesões abdominais
associadas ocorreram em 80,6% dos casos e 12 pacientes (33,3%) tinham lesão no
baço. A esplenectomia foi realizada em 25 pacientes (80,6%) e em apenas outros 10
pacientes (27,8%) houve preservação esplênica. A preservação do baço foi indicada
em pacientes com menor incidência de lesões associadas (ATI médio de 20,3 e ISS
médio de 11,8 contra respectivamente, 34,8 e 22,7 nos esplenectomizados). A
morbidade global foi de 72,2% e 14 pacientes (38,9%) evoluíram com fístula
pancreática. A mortalidade foi de 25% (9 casos). Embora a preservação esplênica
tenha sido indicada em pacientes com menor gravidade de lesões, não houve diferença
estatística da morbi-mortalidade se comparado com o grupo esplenectomia.
Conclusões: Freqüentemente há outras lesões associadas ao trauma pancreático,
que contribuem para uma elevada morbi-mortalidade, e a preservação esplênica,
embora indicada em apenas 27,8% dos casos, também resultou em elevadas taxas de
complicações.
Palavras-chave: pâncreas; pancreatectomia; esplenectomia; baço.
TRAUMA EM REGIÃO PERI-PERINEAL POR PROJEJIL DE ARMA DE FOGO RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Autores: Ferreira CT: Federico LC; Rosset EGG; Araújo NTN;
Teixeira Filho G;
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Regional da Ceilândia HRC - SÉS, Ceilândia, DF, Brasil
Objetivo: Relatar um caso de trauma por projetil de arma de
ogo (PAF) em região peri-perineal abordando diagnóstico e
ratamento.
Método: Relato de caso, paciente atendido no Hospital
Regional da Ceilândia. Revisão de literatura.
Resultado: DAS, 30 anos, feminino, parda. Vítima de PAF em
egião peri-perineal chega ao Pronto Socorro do HRC, com
iproximadamente de quinze horas de evolução pós-trauma,
ipresentando taquicardia,
taquipnéia, sudorese, palidez
:utâneo-mucosa, alteração do nível de consciência, dor
ibdominal intensa com sinais de irritação peritonial, à
adiografia do abdome foi evidenciado a presença de múltiplos
projeteis em quadrantes superior e inferior direito. Paciente
prontamente encaminhada ao centro cirúrgico onde foi
ealizado laparotomia exploradora e evidenciado lesões de
cólon e delgado e submetido a rafia primária de cólon,
jnterectomia segmentar de íleo e amplo desbridamento de
erida traumática.
Paciente evoluiu bem no pós operatório tendo alta em bom
istado após 9 dias de internação.
Conclusão: Os ferimentos por PAF em região pélvica
geralmente são associadas a outras lesões pélvicas ou
abdominais de acordo com as características da arma e da
nunição. O tratamento deve constar de amplo desbridamento
ie ferida traumática além de correcão das lesões associadas.
Palavras-chave: PAF peri-perineal; lesões de vísceras.
TRAUMA EM REGIÃO TORÁCICA E ABDOMINAL DECORRENTE DE ACIDENTES
DE TRÂNSITO – ANÁLISE DO IMPACTO FINANCEIRO NO ATENDIMENTO
MÉDICO-HOSPITALAR
Rodolfo Cardoso de Toledo Fº, William Augusto Casteleins Cecílio, Fayruz Rodrigo
Marcolini, Francisco José Gomes de Castro, Adonis Nasr, Iwan Augusto Collaço. Liga
Acadêmica do Trauma (LiAT) e Serviço de Cirurgia Geral do Hospital do Trabalhador
UFPR, Curitiba, Paraná, Brasil.
Objetivos: Relacionar o impacto financeiro do atendimento a vítimas de acidentes
automobilísticos apresentando trauma em região torácica e abdominal, em um centro
de referência de trauma. Materiais e Métodos: Foram incluídos todos os pacientes
vítimas de acidentes automobilísticos que apresentavam lesão em regiões torácica
e/ou abdominal, atendidos no Pronto Socorro do Hospital do Trabalhador durante os
07 primeiros dias do mês de Maio de 2006. Os valores financeiros levantados referemse ao que foi recebido pelo hospital por uma de duas fontes pagadoras: Seguro
Obrigatório e Sistema Único de Saúde. Excluíram-se da análise todos os mecanismos
que não envolvessem veículos automotivos terrestres e pacientes que não
apresentassem lesões nas regiões citadas, excluindo também coluna vertebral. Os
dados receberam tratamento estatístico pelo programa Epi Info Versão 3.3.2,
realizando-se Análise de Variância e considerando p<0,05 como estatisticamente
significativo. Resultados: Foram incluídos no estudo 23 pacientes, 17 (73,9%)
masculinos; a média de idade foi de 38,7 +/- 19,5 anos. Destes, 16 apresentaram
trauma torácico, com um gasto de R$3.075,52 (média de R$192,22/paciente), ao passo
que 07 apresentaram trauma abdominal, tendo um gasto de R$1.896,50 (média de
R$270,92). Estratificando-se a gravidade das lesões pelo Injury Severity Score (ISS),
obteve-se uma média ponderada de 3,49 para lesões em tórax e 1,83 para lesões em
abdômen. Avaliando-se em conjunto ambas as regiões acometidas, a presença de
hálito etílico, quando do atendimento, resultou em uma despesa média maior
(R$532,41) do que na sua ausência (R$186,05), sendo estatisticamente significativo
(p=0,0083). Considerando as lesões abdominais, o maior valor despendido ocorreu
devido a colisões (R$1.146,81), seguido de atropelamentos (R$633,16) e quedas de
moto (R$116,53). Para as lesões torácicas, o maior gasto também foi decorrente de
colisões (R$1.729,73), seguido quedas de moto (R$699,25) e capotamentos
(R$574,81). Obtivemos o valor do RTS (Revised Trauma Score) para ambas as regiões
corporais afetadas, resultando em média de 7,799 para tórax e 7,841 para abdômen,
não ocorrendo óbitos. Conclusões: Comparando trauma torácico com abdominal,
provocado por acidentes de trânsito, verificamos um valor médio maior para o
atendimento intra-hospitalar de lesões abdominais, apesar destas ocorrem em menor
número. O impacto financeiro para o Hospital foi maior naquelas vítimas que
apresentavam hálito etílico. Os mecanismos de trauma que resultaram em maiores
despesas foram colisões, para ambas as regiões corporais analisadas. Palavraschave: Trauma torácico, trauma abdominal, despesas hospitalares.
TRAUMA NO ESPORTE: ANALISE DE FRATURAS SUBMETIDAS A TRATAMENTO
CIRÚRGICO
Gabriel Teixeira Morrtezuma Sales, Vanessa Pinho de Barros, Germana
Vasconcelos Mesquita Martiniano, Raquel Telles de Souza Quixadá, Manue!
Bomfim Braga Jr, Luciano Lima Correia. Universidade Federa! do Ceará - UFC,
Fortaleza, Ceará, Brasil.
Objetívo: Este estudo tem por objeíívo traçar o perffi epidemiológico das vítimas
com fraíuras ocorridas no esporte tratadas cirurgicamente. Materiais e Métodos:
Estudo transversal e descritivo baseado na análise de prontuários e apiicação de
questionários em sete hospitais de Fortaleza que atendem pelo SUS (quatro
públicos e três particulares) por oito meses (agosto/2005 a março/2006). Os dados
foram analisados através do Programa Epi ínfo® v. 6.04b. Resultados: Das 1694
cirurgias ortopédicas desse período, foram registradas 77 lesões ocorridas no
esporte, sendo 53 (68,83%) relacionadas a esportes com bóia. Em relação ao sexo,
os homens foram os mais atingidos 71 (92,20%). A média de idade das vítimas foi
21,45 anos (SD: ± 13,20), sendo a faixa de idade ate 17 anos a mais acometida
com 42 (54,54%) fraíuras, seguida da faixa dos 18 aos 40 anos, com 30 (38,96%).
Em relação ao local anatómico da fratura, o membro superior foi a região mais
acometida, com 39 casos, sendo o radio o osso mais acometido, com 13 fraturas
isoladas e 6 associadas a ulna. A segunda região mais acometida foi o membro
inferior, com 22, sendo a tíbia o osso mais frequentemente fraturado, com 10.
Quanto ao mecanismo do trauma, 30 (38,96%) foram quedas da mesma altura, 11
(14,28%) foram quedas de altura e 20 (25,97%) foram por traumas diretos. A
maioria das fraturas ocorreu à tarde, num total de 37. Quanto à severidade do
trauma, houve prevalência de traumas leves com 55 (71,42%) cirurgias.
Conclusões: O trauma no esporte ocorre predomínaníemeníe em crianças e
adolescentes do sexo masculino e o principal osso acometido é o radio. As fraturas
ocorrem principalmente por quedas da mesma altura e à tarde, e o principal tipo de
esporte envolve bola. Palavras Chaves: Esporte, Cirurgia Ortopédica,
Epidemíología.
TRAUMA NO ÍDOSO; ASPECTOS EPIDEMiOLOGICOS EM 4 ANOS.
Renato Palácio de Azevedo.João Arnaud Diniz Neto,Clarissa Soares da Fonseca
Carvaiho.Edem Moura de Matos Jr,Bruno Santos Bogéa,Waston Gonçalves Ribeiro.Danie!
Souza Lima. Liga Académica do Trauma e Emergência do Maranhão - UFMA.
INTRODUÇÃO: O aumento da população idosa, associado a uma
forma de vida aíiva e saudável, faz com que este grupo esteja mais
exposto a riscos de acidentes. As características fisiológicas próprias
S
do idoso, assim como a presença frequente de doenças associadas,
fazem com que eles se comportem diferentemente e de forma mais
complexa do que os demais grupos etários OBJETÍVO: Analisar os
aspectos epidemioíógicos e a evolução hospitalar de pacientes
idosos internados por trauma no Hospital Municipal Djaírna Marques
em São Luís-MA. MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado
através de análise retrospectiva dos casos de pacientes com idade
igual ou superior a 60 anos, que foram admitidos no Hospital
Municipal Djaíma Marques no período de janeiro de 2002 a
dezembro de 2005. Foi elaborada uma ficha protocolo para o
registro das informações. O programa Epilnfo 2000 foi usado para a
análise
estatística
dos
dados.RESULTADOS:
Urn
total
de
487
pacientes foi incluído no estudo, sendo 328 (67,4%) homens e 159
(32,6%) mulheres, A média da idade foi de 71,11 anos, O mês com
maior incidência foi setembro, e o dia foi a segunda-feira. Entre as
causas de trauma informadas, a queda foi a de maior ocorrência
(24,2%). O tipo de trauma mais frequente foi o TCE, correspondendo
a 52,7% dos casos, seguido peíos poiitraumatismos, 12,8%. O
tratamento
conservador
foi
empregado
em
69,1%
dos
casos,
enquanto em 38,9% o tratamento cirúrgico foi necessário. A rnaior
parte dos pacientes ficaram internados 1 a 3 dias (47,3%). A
mortalidade
foi
de
15%.CONCLUSÕES:
O
idoso
traumatizado
merece grande importância por tratar-se de um grupo com respostas
orgânicas diferenciadas e presença de co-morbidades.Medidas de
prevenção devem ser executadas para reduzir sua prevalência.
Palavras-chave: idoso,trauma,prevenção.
TRAUMA PENETRANTE DE URETER
Gustavo Pereira Fraga, Gustavo Mendonça Borges, Larissa Berbert Arias, Mario
Mantovani, Ubirajara Ferreira, Tiago Luders Laurito, Nelson Rodrigues Netto Jr.
Disciplina de Cirurgia do Trauma e Disciplina de Urologia, FCM - Unicamp, Campinas
- SP
Objetivo: Reportar a experiência do serviço no tratamento das lesões traumáticas de
ureter, enfocando a importância do diagnóstico precoce e o impacto das lesões
associadas no tratamento e na morbi-mortalidade. Método: No período de janeiro de
1994 a dezembro de 2002, foram realizadas 1487 laparotomias após traumatismo
abdominal e identificados 20 casos de lesão de ureter, todos secundários a trauma
penetrante. Foram revisados os prontuários médicos e informações referentes ao
mecanismo de trauma, métodos diagnósticos, tratamento e evolução destes
pacientes. Resultados: O mecanismo de trauma foi ferimento por projétil de arma de
fogo em 18 casos (90%) e por arma branca em dois (10%). Todas estes traumas
abdominais penetrantes tiveram indicação imediata de laparotomia. O diagnóstico de
lesão de ureter foi feito no intra-operatório em 17 casos (85%). Em dois pacientes
(10%) a lesão ureteral passou inicialmente despercebida. Todos pacientes
apresentavam lesões associadas. O tratamento foi realizado conforme a localização
e extensão da lesão. A morbidade global foi de 55%. A presença de choque
hipovolêmico na admissão, a demora para o diagnóstico, ATI > 25, ISS > 25 e lesão
associada de cólon tiveram associação com maior morbidade, porém sem diferença
estatisticamente significativa. Dois pacientes evoluíram com fístula urinária após o
reparo. Não houve óbito neste grupo. Conclusões: Um elevado índice de suspeita é
necessário para o diagnóstico de lesão de ureter. A exploração do hematoma de
retroperitônio durante a laparotomia é um método eficaz para diagnóstico, porém
falhou em 10% dos casos. A demora para diagnóstico e tratamento da lesão
representou maior morbidade, embora sem significância estatística.
Palavras-chave: ureter; lesões ureterais; fístula urinária.
TRAUMA DE CÓLON - CARACTERÍSTICAS E COMPLICAÇÕES DOS PACIENTES DO
HCSVP
Diego Figueiredo Lívia Ferraz Accorsi, Marina Martini Cosia, Ana Caroüna
Herrero, Danie! Kendi Fukuhara, Adriana Cristina do Nascimento, Maurício
Godinho Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HCSVP), Faculdade de
Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, São Paulo, Brasil
Objeíivo: Estudar a evolução e as complicações apresentadas peios pacientes
vítimas de trauma de cólon no serviço de cirurgia de urgência do HCSVP.
Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo de 92 pacientes que avaliou a
apresentação do paciente na saía de emergência, as medidas de ressuscitação
utilizadas, o mecanismo de trauma, o teste diagnóstico empregado, /SS, os graus
das lesões encontradas na laparotomia e a conduta optada, tesões associadas, o
uso de preparo de cólon intraoperatóno, o tempo de internação e as complicações
apresentadas. Resultados: Foram identificados 92 pacientes submetidos à
laparotomia pela doença trauma, eníre os quais 24 apresentavam trauma de
cóion. A média de idade foi de 27,4 ± 9,3 anos. A maioria dos mecanismos de
trauma foi trauma abdominal contuso (37,5%), seguido de ferimento por projétil de
arma de fogo (32,7%). O exame físico foi a principal meio diagnóstico para
indicação de laparotomia (62,5%). Lesões grau l VA/ estiveram presentes em
37,5% sendo realizados resseccão do segmento, com anasíomose primária
adotada em 87,5% dos pacientes. Nenhum paciente foi submetido a preparo de
cólon intraoperatório e apenas 01 (4,2%) foi mantido em peritoneostomia. A
média de tempo de internação foi de 12,1 dias variando entre 5 e 31 dias.
Complicações estiveram presentes em 33,3% dos pacientes, em gera! associado
a leões concomitantes, sendo o óbito a mais observada (17,6%). A média de tSS
foi 19,2 ± 7,2. Conclusão: O trauma de cólon apresentou-se com frequência,
gerando um a!to índice de morbidade, porém expectativa de sobrevivência esteve
de acordo com a literatura.
TRAUMA TORÁCICO: UMA ANÁLISE EPÍDEMfOLÓGICA DE 72 CASOS
Autores: Priscilla Alvarenga
Ferreira, írany Santana Salomão,
Fernanda Gabrieia Pinto, Jana do
Nascimento Conceição, Gustavo
Campinho, Pâmeía Almeida
Instituição:
Universidade
Estadual de Santa Cruz (UESC)llhéus-Bahia-Brasil
Introdução: O número de casos de trauma torácico cresce a cada dia,
representando uma das principais causas de morte relacionadas a traumatismos.
O segmento torácico, quando atingido por agentes íisico-traumáticos pode ter
funções vitais alteradas que, se agudamente comprometidas, levam o paciente
rapidamente a morte. Objetivo: Analisar o perfil epidemioiógico dos traumas
torácicos, no Hospital Geral Luiz Viana Füho (HGLVF), em l!héus-BA. Material e
Método: Trata-se de um estudo retrospectivo com um total de 72
pacientes vítimas de trauma torácico, no período de julho de
2002 a dezembro de 2003, respaídando-se nos prontuários
médicos. Foram aplicados protocolos
para coietar
informações sobre as variáveis: idade, sexo, mecanismo de
trauma, etiologia, presença de lesões associadas, dentre outros.
Resultados: Observou-se um predomínio do sexo masculino
(94,4%) e da faixa etária de 21 a 30 anos (44,4%). Quanto ao tipo
do trauma verificou-se uma maior frequência de trauma aberto
(87,5%). Os ferimentos por arma branca foram responsáveis peia
maioria das lesões (47,2%), seguido do ferimento por arma de
fogo (37,5%). A maioria dos pacientes (65,3%) não apresentou
lesões associadas. O principal achado diagnóstico foi o
hemopneumotórax (33,3%), seguido de hemoíórax (29,9%). A
drenagem pleura! foi a principal conduta (76,4%), seguida do
tratamento clínico (19,4%). Quanto ao tempo de internação,
predominou de O a 5 dias (56,9%). Dois pacientes (2,7%) vieram a
óbito, sendo um deles vitima de trauma fechado complicado por
hemopneuïTiotórax e o outro acometido por trauma aberto
seguido de hemoíórax. Conclusão: Conforme
evidenciado nesse estudo, há uma maior frequência do trauma
torácico aberto no HGLVF. A maioria dos óbitos por esta causa
pode ser evitada por procedimentos simples, como medidas de reanimação e
drenagem pleurai, o que corrobora com uma baixa íaxa de mortalidade para esse
tipo de traumatismo. A avaliação desses dados enfatiza a importância de ações
de saúde necessárias ao adequado controle e prevenção do trauma torácico,
Palavras-chave: trauma torácico, pacientes, lesões, perfil epidemiotógico.
TRAUMATISMO DOS CÓLONS: AINDA HÁ ESPAÇO PARA COLOSTOMIAS?
Carlos Alberto da Silva Gomes; Érico Correia Nepomuceno; Marco Aurélio de Freitas
Cabral; Eduardo Luiz de Araújo Borges. Unidade de Emergência Dr. Armando Lages –
Maceió/AL, Brasil.
Os autores apresentam estudo que objetiva comparar seus resultados pessoais
aos expostos na Literatura no que diz respeito à conduta terapêutica no traumatismo
dos cólons.
Trata-se de um estudo retrospectivo mediante pesquisa por palavras-chaves
em sites de busca e revisão de prontuários.
Entre Janeiro de 2002 e Agosto de 2006, foram selecionados 46 pacientes
vítimas de traumatismo dos cólons. Sua maioria ou 91,3% da amostra (n=42) sofreu
lesões menores, classificadas em grau I, II ou III. Apenas 02 pacientes (4,34%) foram
submetidos à colostomia. E dentre as complicações: houve 02 (4,34%) óbitos precoces
devido à gravidade das lesões associadas e 05 (10,87%) evoluíram com infecções de
ferida operatória. Não houve fístulas.
Conclui-se que restritas situações necessitam colostomia. E observa-se que a
conduta terapêutica no traumatismo dos cólons deve ser definida mediante a gravidade
do quadro clínico do paciente e não apenas pelo tipo de lesão sofrida.
Unitermos: Traumatismo; Cólon; Colostomia.
UMA PROPOSTA DE ASSISTÊNCIA A VÍTIMAS DE ATROPELAMENTO EMBASADA
NOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DA TAXONOMIA DA NANDA
Ariella Monique Dantas Nóbrega - Acadêmica de Enfermagem da UFPB - João Pessoa
- PB - Brasil; Ângela Amorim de Araújo - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Francileide de Araújo Rodrigues - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Josilene de Melo Buriti Vasconcelos - Docente da UFPB - João Pessoa - PB - Brasil;
Juliana Ataíde Melo de Pinho - Acadêmica de Enfermagem da Faculdade de
Enfermagem Santa Emilia de Rodat - FASER João Pessoa - PB - Brasil
Considera-se trauma uma agressão externa resultando em uma ou várias lesões que
ponham em risco a vida. Estas lesões determinam habitualmente alterações ósseas,
articulares, dérmicas, vasculares e outras lesões internas. Quase todos os
politraumatismos ocorrem em via pública (acidentes de carro, atropelamentos). Dá-se
o atropelamento quando veículos automotores ou outras modalidades como bicicleta,
entre outros, atingem uma ou mais pessoas em via pública. O trauma é mais que uma
grave doença ele é considerado um sério problema social e comunitário, daí a
importância de prestar uma assistência sistematizada e qualificada, para podermos
tratar adequadamente estes clientes. O Processo de Enfermagem é um método que
proporciona um direcionamento ao trabalho do enfermeiro e está voltado para a
satisfação global das necessidades do cliente, família e comunidade. O Processo é
composto por cinco fases: levantamento de dados, Diagnóstico de enfermagem,
planejamento, implementação e avaliação, na qual daremos ênfase a segunda etapa
do processo, uma vez que através dos diagnósticos de enfermagem que se constitui a
base para as demais fases do processo. Este estudo busca analisar os índices de
atropelamentos na cidade de João Pessoa, no período de 2002 a junho de 2006; e
proporcionar através dos principais diagnósticos de enfermagem, um maior
entendimento a cerca dos cuidados necessários para a realização da assistência ao
usuário, a fim de prevenir ou reduzir os riscos de complicações. Trata-se de um estudo
bibliográfico que teve como fontes literárias livros específicos, artigos de revistas,
materiais da Internet e dados fornecidos pelo Hospital de Emergência e Trauma
Senador Humberto Lucena, referência no tratamento de politraumatizados no
município de João Pessoa-PB. Os dados emitidos pelo hospital no período estudado
revelam um total de 6.552 vítimas de atropelamentos, com 24% de casos que
requereram internação para tratamento especializado e 97 óbitos. A partir da análise
destes dados, foi elaborado um plano de cuidados embasado nos principais
diagnósticos de enfermagem. Entendemos que a determinação precisa e correta
destes diagnósticos podem contribuir para uma melhora na recuperação do cliente,
portanto, a equipe de enfermagem tem o papel de desenvolver uma assistência voltada
para a promoção do bem-estar das vítimas de atropelamento.
Palavras-Chave: Atropelamento – Diagnósticos de Enfermagem –
Politraumatizado
Cuidado ao
VEÍCULO DE INTERCEPTAÇÃO RÁPIDA – A EXPERIÊNCIA DO SAMU-CONTAGEM
Helio Machado Vieira Jr., Alessandra Marques Leite, Rômulo Andrade Souki
SAMU Contagem– MG/Brasil
Objetivo: descrever o que é qual o protocolo de funcionamento do Veículo de
Interceptação Rápida (VIR), bem como os números e estatísticas relacionados com
seu uso, na unidade do SAMU-Contagem. Material e métodos: estudo retrospectivo,
através da coleta de dados nos computadores do Sistema SAMU-Contagem.
Resultados: o SAMU-Contagem conta em sua frota com um VIR, também chamado de
veículos rápidos ou veículos de ligação médica, que são utilizados para transporte de
médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas
ambulâncias básicas. O seu funcionamento exige protocolo diferenciado, e treinamento
da equipe, ficando determinada a presença de uma outra viatura no local para que ele
possa ser acionado. O tempo médio de resposta do VIR nos meses de maio e junho
de 2006 (ínício de seu funcionamento) foi de 10 minutos e 28 segundos, contra 11
minutos e 8 segundos da unidade avançada. Conclusão: o VIR possibilita maior
agilidade no deslocamento da equipe, chegando a locais onde a ambulância básica
não tem acesso. Atribuímos a diferença pequena do tempo de resposta, a adequação
da equipe com os protocolos e equipamentos envolvendo O VIR. A segurança para a
equipe é maior, pela agilidade do veículo, e a interceptação de outros veículos já em
deslocamento são pontos positivos de sua aplicação. Palavras-chave: atendimento
pré-hospitalar, transporte pré-hospitalar.

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