mondial de la bière traz cultura cervejeira a público

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mondial de la bière traz cultura cervejeira a público
MONDIAL DE LA BIÈRE TRAZ CULTURA CERVEJEIRA A PÚBLICO CARIOCA
. Primeira edição do festival confirma paladar mais apurado do consumidor brasileiro e crescente
interesse por rótulos especiais
. Mestres cervejeiros afirmam que o Brasil acompanha o fenômeno global de crescimento e
apontam o Rio como o mercado mais promissor do país
A primeira edição do Mondial de La Bière, festival internacional de cervejas especiais, realizado pela
primeira vez no Brasil, na Praça Onze, Centro do Rio, superou as expectativas dos organizadores e
expositores. Vinte mil pessoas vieram enriquecer sua cultura cervejeira, num clima de comemoração
e harmonia. O público qualificado experimentou mais de 650 rótulos de cervejas nacionais e
importadas.
Para Vania Tavares, diretora geral da Fagga | GL events Exhibitions, promotora e organizadora do
festival, o Mondial veio para ficar e já entrou para o calendário da cidade do Rio de Janeiro. “Este é o
evento referência desse setor”, afirmou Vania, ressaltando a qualidade e quantidade de marcas de
cervejas nacionais e importadas, além do conteúdo oferecido nos workshops e bate-papos.
Chancela internacional
Jeannine Marois, presidente do Mondial de La Bière, considerou a primeira edição do evento no Rio
de Janeiro um grande sucesso. Para ela, “a intensa participação nos workshops demonstra uma
inclinação dos brasileiros na busca pela profissionalização, por novas oportunidades de carreira,
como a de sommelier de cerveja, por exemplo”.
Jeannine também se surpreendeu com o público mais maduro e de melhor nível sociocultural se
comparado as edições em Montreal e Mulhouse. A versão brasileira do evento, segundo ela, criou a
oportunidade dos visitantes conhecerem várias marcas, incluindo rótulos internacionais inéditos no
Brasil. Esta visibilidade funciona em mão dupla, já que por ser um evento internacional, servirá de
ponte para a exportação de rótulos nacionais. “Mais vozes estão falando sobre as cervejas especiais”,
disse a presidente do Mondial.
Sem esconder o orgulho de ter realizado a primeira edição do festival, Jeannine contou, emocionada,
que o seu maior desafio foi provar que havia espaço no Rio de Janeiro para este tipo de evento.
“Missão cumprida”, concluiu ela, deixando escapar algumas lágrimas.
Victor Montenegro, diretor do evento no Brasil, ficou surpreso com a qualidade do público presente,
tanto em termos de comportamento, quanto de experiência de visitação. “Ao longo dos quatro dias
ouvi vários depoimentos de visitantes encantados com o mix de produtos – das grandes cervejarias
às microcervejarias artesanais - e com a qualidade da programação paralela”, comentou.
Montenegro também identificou brincadeiras bem parecidas como as que ocorrem em Montreal,
como os ruidosos brindes coletivos. Em sua opinião, muitos frequentadores, fiéis a algumas marcas,
se surpreenderam com o “tempero carioca” dos bares e restaurantes presentes no Mondial.
“O Brasil é o líder da América Latina em termos de qualidade de cervejas”, afirmou Tony Forder,
jurado do concurso MBeer Contest Brazil e editor do Ale Street News, maior publicação americana
sobre cerveja. Ele ficou impressionado com o crescimento da cultura cervejeira no país. “É uma
explosão semelhante a que ocorreu há 15 anos nos Estados Unidos. E a qualidade das cervejas,
avaliou Forder, é comparada às melhores marcas internacionais: “O Brasil está acompanhando este
fenômeno global de crescimento”.
Estoques renovados
A maioria dos expositores precisou repor os estoques durante o festival, que em alguns casos,
esgotaram no segundo dia. A Colorado, de Ribeirão Preto, uma das vencedoras do MBeer Contest
Brazil, concurso que elegeu as melhores cervejas do Mondial, trouxe 1.500 litros de chope e 600
garrafas de 600ml para o evento, mas precisou providenciar mais barris e garrafas para poder
atender ao público até o último dia de evento. A cervejaria conquistou medalha de platina com a
Ithaca Oak Aged, sazonal envelhecida em barril de carvalho e medalha de ouro com a Colorado
Ithaca. Segundo o gerente de Marketing da cervejaria, Rafael Moschetta, o resultado do campeonato
representou a conquista da “tríplice coroa”, uma vez que a Colorado já havia ganhado medalhas de
ouro este ano no Mondial do Canadá e da França. Moschetta considerou muito interessante o perfil
do público - “bastante interessado, parece acompanhar o mercado cervejeiro”.
A mineira Wäls foi consagrada a grande campeã do Mondial. Arrebatou cinco medalhas - uma de
platina, com a Wäls Petroleum, e quatro de ouro - no MBeer Contest. Mais um motivo de
comemoração para os irmãos Tiago e José Felipe Carneiro, torcedores do Cruzeiro, que venceu o
campeonato brasileiro de futebol. A cervejaria trouxe 600 litros e precisou buscar mais 200 litros
para atender ao público nos quatro dias de evento. Tiago e José Felipe ficaram surpresos com o
público carioca, “o mais receptivo de todos os eventos que já participamos”. Eles consideram o Rio o
mercado mais promissor do país e afirmam que as cervejarias têm uma grande responsabilidade na
formação desse público jovem e interessado. A Wäls Petroleum também foi eleita a melhor cerveja
do festival pelo voto popular, que elegeu a Insana Gold em segundo, e a Jeffrey em terceiro.
A Insana, de Palmas (PR), esgotou no sábado, seus 800 litros de chope e 120 caixas (com 12 garrafas)
dos quatro tipos de cerveja que produz. O proprietário Pedro Reis Filho precisou recorrer ao Centro
de Distribuição no Rio de Janeiro para buscar mais 150 caixas, das quais apenas 50 sobraram para
domingo. A cervejaria também apresentou seu personagem “Senhor Insano”, representado pelo ator
Newton Tavares Jr., que interagiu com o público promovendo gincanas, brincadeiras e jogos, além de
performances encenadas pelos próprios visitantes, que contavam com fantasias e instrumentos
musicais. “O carioca é muito amigável e foi totalmente receptivo às brincadeiras”, disse Tavares Jr.
Outro personagem – um bobo da corte da Saint Gallen – também divertiu os visitantes no festival. A
cervejaria de Teresópolis serviu mais de 1.500 litros.
Já a Mistura Clássica, de Volta Redonda (Sul Fluminense) vendeu 1.800 litros de chope de nove
diferentes tipos de cervejas, dos 18 rótulos fabricados e ainda venderam vários kits. Segundo Marta
Rodrigues, responsável pelo comercial da empresa, foram agendadas 200 visitas à fábrica, que possui
um charmoso bar. Alexandre Sigolo, mestre cervejeiro da Burgman, de Sorocaba (SP) disse que o
festival proporcionou um bom retorno do lançamento da Casanova, uma lager clara, produzida com
lúpulo neozelandês Motueka Hop que estreou a nova identidade visual da marca.
Para a sommelier de cervejas e diretora de Marketing da Bier&Wine Tatiana Spogis, o “grande
barato” do festival foi ver o público experimentar novos sabores. “O que mais me surpreendeu foi o
consumo das cervejas ácidas como sour beer e fruit cítricos, pois são para quem já tem paladar mais
apurado e algum conhecimento”.
Sérgio Dias, empresário de telecomunicações, 47 anos, disse que tomou sua primeira cerveja especial
ano passado, nos Estados Unidos. “De lá pra cá virei um grande apaixonado, um caçador de cervejas.
Já fui até ao Mondial de La Bière na França, em 2012, e quando soube que seria realizado no Rio,
fiquei enloquecido”. Ele reuniu um grupo de amigos e encontrou outros no evento, que em sua
opinião, nada deixou a desejar do festival na França. Ele participou de três palestras e se sentiu
“honrado” de estar perto de especialistas tão qualificados.
Para José Raimundo Padilha, sócio e diretor do The Beer Planet, um dos patrocinadores do evento, o
Mondial eliminou algum resto de dúvida se o Rio seria mesmo um grande mercado para cervejas
especiais. “É um evento que já se consagrou por aqui, mesmo sendo a primeira edição. Sucesso de
público e crítica, os visitantes vieram se aprofundar e consumir”, afirmou o sommelier de cervejas.
Segundo Padilha, o evento também rendeu bons negócios para o The Beer Planet, tanto em termos
de negócios quanto em novas assinaturas.
Mulheres em destaque
O público feminino também surpreendeu os expositores pelo interesse e conhecimento. Do total
presente, 45% eram mulheres, a maioria bem informada. Segundo Marcelo Calonio, da distribuidora
Hanna Beer, na maioria dos eventos de degustação 1/3 das pessoas tem conhecimento desse
mercado e 2/3 não. “No Mondial foi justamente o contrário, 2/3 demonstraram ter bastante
informação sobre cervejas especiais”, afirmou. Calonio trouxe de Santa Catarina e vendeu 2 mil
garrafas de cervejas, de 12 diferentes rótulos, entre eles a Schortein (Weiss e IPA). Além disso,
comemorou os 55 novos pontos de vendas fechados durante o evento.
Frequentadora assídua de bares que servem cervejas especiais, a psicóloga Michelle Orlando, 30
anos, veio de Santo Cristo com o marido e amigas ao Mondial. É a primeira vez que ela participa de
um evento desses e gostou muito, pois pôde provar várias cervejas que ainda não conhecia. Adriana
Nagaia, sommelier de cervejas, consultora de eventos e degustações, acompanhava uma amiga que
se iniciava no mundo das cervejas especiais. “Quem gosta de cerveja especial não pode perder o
Mondial, que reúne as melhores cervejas brasileiras e algumas estrangeiras raras”, afirmou.
Cristiane Ferreira Lopes, tatuadora, 38 anos, já havia provado algumas cervejas especiais, mas não
tem o hábito de consumir com frequência. “Vim ao evento com as minhas amigas com o objetivo de
mergulhar um pouco mais nesse mundo. Estou encantada e já combinamos de degustar toda semana
um rótulo diferente. Amei o evento. Gente bonita e clima superdescontraído”.
Oito amigos, moradores do Rio e de Niterói, aproveitaram o Mondial para abastecer a “cervejoteca”
de suas casas. Eles adquiriram 30 rótulos variadados, incluindo um exemplar da edição limitada da
Ale Rodenbach Caractère Rouge, por R$ 70 a garrafa, no estande da Bier&Wine. “Esta cerveja está
custando mais de R$ 100 no mercado”, disse Vinícius Carvalho, na foto segurando o ‘troféu”. Renata
Knust e Marcela Cokell também destacaram a compra de vários kits com excelente custo/benefício.
A realização em pleno feriado nacional da Proclamação da República atraiu visitantes de outros
estados. Lucio Octávio Nelson de Senna e a esposa Eliane vieram de Jundiaí (SP) com os dois filhos
para o festival. Enquanto os meninos jogavam Totó na área de convivência externa, Lucio provava as
cervejas premiadas e Eliane se deliciava com cerveja Noi e bolinhos de feijoada do Aconchego
Carioca. “Nunca comi nada igual, foi o melhor bolinho que já provei”, elogiou.
Negócios
As vendas da importadora Armazém do Nono ficaram acima das expectativas do diretor da empresa,
Mauricio Bottoli. “E poderiam ter sido maiores se eu não tivesse subestimado o interesse dos
cariocas em conhecer novas cervejas. Fechei mais de 30 clientes”, disse ele, que esgotou o estoque
de mais de mil litros, desde a seleta Deus a popular Tripel Karmliet. Para ele, nem a alta do dólar de
40% inibiu o mercado. “Já existe um consumidor fiel e outros ávidos para conhecer novos rótulos.”
Única expositora de camisetas do festival, a Shquina vendeu mais de 200 unidades, a R$ 69,00 cada,
para todas as faixas etárias. Já a Stack-Cup viu esgotado seu estoque de três mil copos de plástico
empilháveis no segundo dia de evento. “Se tivesse trazido 10 mil tinha vendido todos”, lamentou
Gabriel Gargiulio, representante da empresa no Brasil.
Petiscos cariocas
Os restaurantes que serviram seus quitutes ao público também tiveram que montar uma força-tarefa
para dar conta do recado. Kátia Barbosa, do Aconchego Carioca montou um esquema com 10
pessoas na linha de produção para atender a demanda. “Vendemos seis mil bolinhos de feijoada,
que consumiram, no preparo, 20 quilos só de feijão. "Não pensei duas vezes quando fomos
convidados para participar. Temos uma carta de cerveja pra lá de especial no nosso bar e acreditei
que seria uma oportunidade de estar perto do nosso público”, disse Kátia.
Para o Chef Frederic Monier o evento foi perfeito. “Foi um prazer trazer meus sanduíches e pratos
das duas brasseries para o público ‘brincar’ de harmonizar”, revelou. O mais interessante, segundo
ele, foi ver as pessoas descobrindo a combinação que mais agradava com os sanduíches, por
exemplo, que chegaram a quatro mil unidades.
Segundo Rômulo Ferreira, um dos sócios do Bar do Adão, participar do evento fortaleceu a marca e
os aproximou de um publico diferenciado “que é a cara do nosso bar”, afirmou. O carro-chefe foi o
pastel “Boi chique”, feito de carne e queijo gorgonzola. O Bar do Adão vendeu quase seis mil pastéis
durante os quatro dias.
Workshops e Boutique
Quatro workshops diários, com a participação de palestrantes internacionais, abordaram temas de
interesse do grande público como harmonização com queijos, chocolates, embutidos, preparação de
pratos com cerveja, iniciação à cultura cervejeira, mercado interno e externo, entre outros. No Palco
Mondial, talk shows atraíram o público com os mais variados temas relacionados ao universo
cervejeiro, como música, viagem, literatura, cervejas nos bares e restaurantes, e produção caseira. A
Boutique das Cervejas, localizada na saída do evento, precisou repor seus produtos diariamente, para
atender a todos que quiseram levar a experiência da degustação cervejeira para casa.
Sobre o Mondial de La Bière
Realizado há 20 anos com sucesso no Canadá e desde 2009 na França, no Rio foi promovido e
organizado pela Fagga | GL events Exhibitions, com apresentação da Prefeitura do Rio de
Janeiro/Riotur, patrocínio oficial da Agrária, The Beer Planet e Cisper e apoio institucional do SindRio.
“Explore o mundo através da cerveja” é o slogan do evento, que pretende disseminar a cultura
cervejeira e envolver os visitantes em todas as esferas que hoje compõem o segmento de cervejas
especiais, a partir do principal lema deste segmento: “Beba menos, beba melhor”.
Sobre a Fagga | GL events Exhibitions
Com escritórios no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Bahia, a Fagga l GL events Exhibitions é
uma das maiores empresas em promoção e organização de feiras do país, responsável pela
realização de mais de 20 feiras anuais. Subsidiária do grupo GL events Brasil, operação brasileira de
uma das maiores empresas mundiais do ramo de eventos, a francesa GL events, a Fagga soma mais
de meio século de experiência.
Serviço:
Data: 14 a 17 de novembro de 2013
Quinta, 14/11: 16h às 23h
Sexta, 15/11 e sábado, 16/11: 11h às 23h
Domingo, 17/11: 11h às 20h
Local: Praça Onze - Rua Benedicto Hipólito, s/n.
Mais informações: Mediação Produções e Comunicação
Paula Guatimosim: [email protected] (21) 9609-5417
Monique Santos: [email protected] (21) 7883-0861
http://mondialdelabiererio.com/
https://www.facebook.com/MondialDeLaBiereRio
https://twitter.com/MondialBiereRj

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