um fruto infernal”. um fruto infernal”.

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um fruto infernal”. um fruto infernal”.
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COMENTÁRIOS
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100 COMENTÁRIOS
100 COMENTÁRIOS
Edição II Ano VII Novembro de 2010
“ S emente
vermelha
e lustrosa de
um
fruto infernal ” .
O 100 Comentários
tem o apoio de:
Editorial
Em Roma,
a sua flor, touca as
noivas; na Ásia
expressa os desejos
sexuais;
Queremos dar voz aos trabalhos realizados nas
várias disciplinas e às actividades que se desenvolvem no agrupamento. Assim, para colaborarem no
próximo jornal, enviem os vossos trabalhos para:
na Índia, o seu sumo
dá fertilidade;
no cristianismo
representa a própria
Igreja.
Equipa 100 Comentários
[email protected]
Projecto Jack Petchey
Coordenadora:
Iolanda Semião
Professores:
Ademilde Trindade, Ana M. Dias,
Cristina Dias, Helena Gonçalves,
Iolanda Antunes, Milene Martins,
Stella Ferreira , Zenaida Lima.
Imagem:
Pedro Afonso
Alunos:
Érico Quínio, João Viana, Pedro
Machado, Rachel Mesquita, Suely
Guêns
Edição: Pedro Afonso
A nossa Escola continua integrada
no Projecto Jack Petchey mantendo-se, por isso, a atribuição mensal
do Prémio de Realização.
Todos os meses é nomeado um
aluno que se distinga ou contribua
de uma maneira positiva para a
comunidade escolar. O aluno
galardoado com o Prémio de Realização Jack Perchey é premiado
com um diploma e com um cheque
de 300 euros.
A vencedora do Prémio de Realização de Jack Petchey no mês de
Outubro foi a aluna Mariana
Rufino da turma D do 9º ano.
Este valor é aplicado, por decisão
do aluno, em algo que beneficie a
comunidade escolar.
Capa: Fotografia: Joana Teixeira,
12º F; Palavras in Dicionário dos
Símbolos
Contracapa.
Afonso
Fotografia
Pedro
Números de telefones úteis:
Colaboradores:
Bombeiros Municipais - 289 400 500
ESLA - 289 301 863
Centro de Saúde - 289 303 160
GNR - 289 310 420
Biblioteca
Inês Aguiar
Na elaboração teológica da experiência antropológica, São Tomás de Aquino identifica os vícios
capitais como sendo a vaidade (soberba), avareza,
inveja, ira, luxúria, gula e acídia (preguiça).
Nas minhas elucubrações heurísticas e numa apologia da serenidade, acrescento mais uma: a indignação.
Oxímoro teórico, próprio de uma apostasia omnisciente, onde a única redenção possível é o esquecimento pragmático de todos os nossos pecados capitais, incluindo o do direito à indignação. No desvelamento do que somos, a aletheia transforma-se
numa lotaria de conceitos e a realidade histórica e
actual é uma verdadeira ignomínia aos arquétipos
da nossa matriz cultural.
O meu direito à indignação remonta à ira de Aquiles, à fúria agressiva de Filotectes, às increpações
invectivas de Medeia, à loucura de Ajax, ao desespero inelutável de Electra e ao sofrimento de Prometeu, entre tantas outras referências literárias.
Mas estas revelam-se como sendo apenas um consolo, uma vez que na prática o direito à indignação
transformou-se no último pecado capital da humanidade e como nos diz Shakespeare, em Júlio
César:
― Os covardes morrem muitas vezes antes de morrerem;
O corajoso só uma vez o sabor da morte prova.
De todos os prodígios de que já ouvi falar,
O mais estranho me parece que temam os
homens;
Posto que a morte, um fim inescapável,
Virá quando tiver de vir.‖
No eterno retorno ao primitivo, a única inferência
possível é que somos seres que tudo conspurcamos
– esta é a nossa mácula divina, indelevelmente convertida num mecanismo lúgubre e surrealista de
defesa do Eu.
As Temtações de Santo Antão, Bosch
O Oitavo Pecado Capital
“24
h pelo Combate
à
Pobreza
e
Exclusão
Social” foi uma iniciativa
que pretendeu assinalar o
Ano Europeu de Combate
à Pobreza e Exclusão
Social.
No dia 6 de Outubro 2010 decorreram
várias actividades espalhadas pelo País promovidas por diversas Organizações de Soli-
Grupo-Turma 2/3 Ciclos
dariedade Social com o objectivo de mobili-
Quarteira
zar e sensibilizar a sociedade portuguesa
para
a
problemática
da
pobreza
e
da
exclusão social, enquanto efectivas violações dos mais elementares Direitos Humanos.
Isabel Branco
Propostas para o Orçamento de 2011 ( Acordo PS / PSD )
IRS – manutenção do actual esquema de deduções fiscais para
as famílias com a educação, saúde e habitação, com
excepção dos dois últimos escalões, rendimentos superiores
66 045 euros.
IVA – Aumento do IVA de 21% para 23% mantém-se mas com
a introdução dos aperfeiçoamentos seguintes:
- Não alteração da composição dos vários grupos de produtos a
que se aplicam a taxa reduzida ( 6% ), a taxa intermédia
( 13% ) e a taxa normal ( 23% ), aos produtos alimentares
e aos produtos para a alimentação humana constantes das
listas I ( taxa 6% ex. cereais e iogurtes ) e II ( taxa 13% ex.
conservas e óleos alimentares ) dos anexos do CIVA.
Actividades da biblioteca
P´A Equipa da Biblioteca Inês Aguiar
A escola é um espaço de magia, se nós quisermos
ser felizes. Para ser consequentes e íntegros, nada
melhor que libertar emoções. Nesse sentido a
Biblioteca Escolar da ESLA desenvolve várias
actividades, com o espírito de reunião e simultaneamente de partilha.
O novo ano lectivo começou e com ele o ritmo
diário da vida escolar. Durante os meses de Setembro e Outubro a actividade foi bastante alargada e
frutífera. As turmas de 8º, 9º e 10ºs anos participaram na Formação de Utilizadores, organizada e
dinamizada pela Biblioteca Escolar, com o objectivo de autonomizar os alunos, na pesquisa da informação.
Durante o mês de Outubro – mês internacional
das Bibliotecas Escolares
– realizaram-se várias
actividades incentivadoras do processo discursivo e argumentativo, bem
como da sensibilidade estética. Algumas turmas de
12º ano, baseando-se nos tópicos: Liberdade, Política e Leitura, foram convidadas a subir a um
palanque, onde de forma organizada expuseram as
suas opiniões sobre os temas referidos. Esta foi a
actividade «Speaker‟s Corner». Pudemos observar
quão importante é discutir de forma salutar.
Ler encanta e amplia conhecimentos, por essa
razão, desenvolveu-se, numa manhã de Outubro,
uma pequena Feira do Livro, para que toda a
comunidade escolar pudesse desfrutar dos sabores
contidos nas palavras e partilhar sem consequências graves, mas sim exultantes.
Como ser feliz não custa nada e a amizade é um
mundo especial, os alunos de 10ºD revelaram que
ser amigo pode transformar-nos a cada momento,
libertando-nos da solidão. Entre imagens e palavras, percebeu-se o que é realmente a Amizade.
As turmas de Inglês de 9º ano e a turma 10º F
envolveram-se no Halloween e expuseram os seus
trabalhos bastante criativos,
na Biblioteca
Escolar, cativados igualmente
por uma palestra em inglês,
sobre
esta
temática.
A
turma do 8º E deslumbrou-se com as pinturas faciais.
Ao longo do mês de Novembro este
Centro de Recursos dinamizará um conjunto variado de actividades, entre as
quais se destacam: Cinema na Biblioteca; Comemoração do Dia da Filosofia e
Celebração da Alegria.
Finalmente, saliente-se que a concretização profícua destas actividades depende
do envolvimento da comunidade educativa e do empenho exemplar da equipa pedagógica
da Biblioteca Escolar. São eles que permitem dar
voz à nova missão deste espaço, no apoio ao
desenvolvimento curricular, na promoção da leitura e literacias e na divulgação e desenvolvimento
de projectos e actividades intra e extra- escolares.
Toda a divulgação deste projecto perpassa pelo
Blogue
da
Biblioteca
Escolar:
http://
bibliotecaesla.blogspot.com/. Seja atrevido e visite
-nos.
Quel est le rapport entre Max Fleischer et Alexandre Ptuchko?
Pedro Félix
What has Max Fleischer to do with Alexandre Ptu-
tado ou que
chko?
chegou a vez
Quel est le rapport entre Max Fleischer et Alexan-
de a escola
dre Ptuchko?
começar
a
Что общего есть у Макса Флеишера и Алексан-
pensar
a
дра Птушко?
sério
(O que Max Fleischer tem a ver com Alexandre
sociedade
Ptuchko?)
onde predo-
Esta questão apresentada num dos cartazes que foi
mina
exposto na entrada da escola de S. Pedro do Mar,
comunicação
simboliza o que se pretendia com a disciplina de
audiovisual.
cinema no sétimo ano de escolaridade. Esta opção
Talvez
artística surgiu em Quarteira e Faro em 2004, e
seja possível a partir do ensino artístico.
desde então tem vindo a crescer com a adesão de
Então, para quem viu os filmes do americano Flei-
mais escolas no Algarve e com a sua divulgação
sher e do ucraniano Ptuchko, sabe que ambos rela-
em encontros e congressos em Portugal, Espanha e
tam a história de Gulliver. Foram também realiza-
Itália.
dos na década de 1930, mas com técnicas diferen-
Com o seu crescimento, também tem aumentado a
tes. Na disciplina de cinema, os alunos desenvol-
responsabilidade e a reflexão. No presente ano lec-
vem uma série de competências, como o conheci-
tivo têm vindo a ser fornecidos aos alunos novos
mento das técnicas de animação, o nome de alguns
materiais de apoio e a disciplina tende a ser cada
realizadores, os processos de animação. Mas tam-
vez mais transversal. Isto significa, por um lado,
bém devem desenvolver a sua criatividade e ver
que se tende a promover a transversalidade e inter-
alguns filmes que não conheceriam se não tives-
disciplinaridade
sem esta disciplina.
com
propostas
de
trabalho
numa
a
isso
comuns a várias áreas curriculares e, por outro, a
Afinal quem não gostaria de saber o que é um tra-
relação entre os saberes formais (escolares) e
velling, um raccord, um taumatrópio, ou ver um
informais (fora da escola), para que os alunos per-
filme de Emile Cohl, Jiri Trnka, Co Hoedeman, ou
cebam que o conhecimento não deve ser fragmen-
Marjane Satrapi?
Longas Metragens
1939 - As viagens de Guliver
1941 - A princesa com a faixa de ferro
1977 - Feiticeiros
2006 - O homem duplo
2008 - A valsa com Bashir
Curtas Metragens
1997 - Feeling my way
2004 - Com uma sombra na alma
2005 - Broadway
Alunos do 9ºB
No dia 17 de Novembro é comemorado em Portugal o Dia do
Não Fumador. Data importante
para reflectirmos sobre malefícios
do tabagismo, e consciencializarmo-nos dos inúmeros prejuízos
que fumar tem para a saúde. É
fundamental adoptarmos hábitos
de vida saudáveis incentivarmos
todos aqueles que fumam a deixar
de o fazer.
Tabagismo é o hábito de fumar, o
acto voluntário de inalar o fumo da
queima do cigarro. Este hábito é considerado pela Organização Mundial
da Saúde (OMS) a principal causa de
morte evitável em todo o mundo ocidental.
O tabagismo independentemente
da qualidade, quantidade ou frequência, é a principal causa de
morte em todo o mundo. Estimase que um terço da população
mundial seja fumadora.
O tabaco é responsável por…
30% das mortes por cancro;
---90% das mortes por cancro no pulmão;
97 do cancro da laringe;
----
25% das mortes por doença do coração;
5% das mortes por bronquite e enfisema; 25% das mortes por derrame cerebral; ---50% dos casos de cancro da pele.
-
Mauro Maia
"As nuvens não são esferas, as montanhas não são
cones, as linhas costeiras não são círculos, a cortiça
não é lisa e a luz não viaja em linha recta".Mandelbrot,
1982.
Esta citação do matemático Benoît Mandelbrot resume
admiravelmente como os fractais (figuras geométricas
que são infinitamente complexas, construídas com uma
regra simples repetida indefinidamente, nas quais uma
parte mais pequena do conjunto é igual ao conjunto
todo e que não são 2D ou 3D mas sim dimensões como
1/2 ou log 3/log2,...) representam mais correctamente o
Mundo e como ele se organiza. A Superfície dos pulmões não tem dimensão 2 mas sim uma dimensão
aproximadamente 3 (o que explica a sua eficiência a
captar oxigénio do ar que respiramos) ou o corpo
humano tem 5,5 litros de sangue que percorrem 97 mil
quilómetros de artérias e veias num volume com
menos de 2 metros de altura. Estes e mais factos
devem-se à estrutura fractal de muitos aspectos da realidade. A exposição está á em funcionamento no Consultório da Matemática e não tem período fixo de término. Nela pode-se saber o que são fractais, como se
constroem e como se medem. Também algumas imagens de fractais e ainda algumas actividades práticas e
um pequeno filme de uma viagem ao fractal «Conjunto
de Mandelbrot», que é o rosto da exposição.
Ana Dias
Os alunos do 8º G, no passado dia 25 de Outubro,
deslocaram-se ao Clube Náutico de Faro, no
âmbito do Programa de Competências Pessoais e
Sociais, do Projecto Saúde em Rede, para praticarem canoagem. Os alunos foram acompanhados
pela psicóloga e educadora social da APF
(Associação para o Planeamento da Família) e,
ainda, pela directora de turma e pelo professor de
Ciências Naturais.
Aos alunos foram dadas indicações de como praticar a canoagem, pelo instrutor do Clube Náutico. De seguida, cada aluno entrou na sua canoa e,
de acordo com as instruções, remou durante mais
de meia hora pelas águas da Ria Formosa. Todos
os alunos mostraram-se muito empenhados na
aprendizagem desta modalidade e no final, segundo as suas palavras, “adoraram esta nova experiência, a qual foi fixe, muito enriquecedora e
gratificante”, uma vez que, apesar de cansativo,
aprenderam um novo desporto.
Todos gostariam de voltar a repetir esta
“fantástica experiência”, que para além de ter sido
grátis, ainda lhes permitiu ser portadores de um
cartão de utente com o 1º nível, o qual poderão
usar no futuro. Os alunos do 8º G recomendam
vivaaaaaamente a prática de canoagem, que, por
enquanto, ainda é grátis para toda a gente.
Os alunos do 8º G
r e c o m e n d a m
vivaaaaaamente
a
prática de canoagem,
que, por enquanto,
ainda é grátis para
toda a gente.
Os Mistérios da Romã
Zenaida Lima
A romã é, provavelmente, um dos mais belos frutos com que o Outono nos presenteia. A sua casca
dura não deixa antever o espectáculo que encerra
no seu interior e que apenas é comparável a um inestimável baú
recheado dos mais raros rubis.
A natureza, perfeita em todas as
suas manifestações, esmerou-se no
aperfeiçoamento deste fruto que o
homem entendeu baptizar de Punica
granatum.
A Punica granatum acompanha-nos
há muitos séculos. Já Moisés, nas
suas peregrinações pelo deserto, se
queixava da sua escassez por terras
do Egipto. Nos templos de Salomão era utilizada
como elemento decorativo dos seus belos jardins.
À Península Ibérica pensa-se ter chegado com os
árabes, por volta de 711 d.c.
Mas, para além de bela e misteriosa, a romã encerra em si uma série de benefícios para a nossa saúde
e bem-estar dado tratar-se de um fruto rico em
antioxidantes, entre outras características.
O chá feito com as folhas de romã é usado contra
irritações nos olhos, e o chá produzido com a sua
casca é utilizado para tratamento de infecções de
garganta, na forma de gargarejo.
Este chá não deve ser ingerido, porque a casca contém um elevado teor
de tanino, substância que pode causar danos nas células epiteliais,
além de poder provocar lesões no
fígado.
O sumo da romã apresenta, na sua
composição vários compostos fenólicos que são capazes de atenuar o
colesterol elevado, com consequente diminuição do risco de doenças
cardiovasculares, além da modulação das respostas
anti-inflamatórias e de enzimas do sistema antioxidante endógeno.
Este fruto é ainda rica em potássio e ferro e uma
fonte de vitamina A, C e E.
Mas para quem não gosta de chá, fica uma receita
que combina a romã com a alfarroba, tão característica desta nossa região.
Mousse de romã e alfarroba (para 6 pessoas)
- 2 colheres de sopa de gelatina;
- 1litro de água;
- 5 colheres de sopa de geleia de amora ou de marmelo;
- 2 ½ de leite de soja:
- ½ copo de farinha de alfarroba;
- 1 copo de sumo de romã;
- 5 colheres de sopa de mel.
Misture a gelatina na água e leve ao lume mexendo ocasionalmente. Deixe ferver durante 5 minutos. Junte a geleia, a
farinha de alfarroba e um copo de leite. Misture e deixe levantar fervura novamente. Retire do lume e deixe arrefecer
até solidificar. Corte a gelatina em pedaços e misture-a no liquidificador com a restante quantidade de leite, o sumo da
romã e o mel até obter uma mistura cremosa. Coloque numa taça e decore com grãos de romã. Leve ao frigorífico.
Química na cozinha
Ana M. Dias
Os grãos de milho para pipocas são autênticos grãos bomba! Os grãos de milho são
constituídos por uma camada externa rígida
chamada pericarpo e por amido e água no seu
interior. Quando a temperatura aumenta, a
água sofre uma expansão, ou seja, passa a
ocupar um volume superior ao inicial. Como
consequência disto, a pressão no interior do
pericarpo aumenta gradualmente à medida
que a água ocupa um maior volume. Num
determinado instante, a pressão é tão elevada
que o pericarpo cede, isto é, a pressão é suficiente para que o pericarpo expluda! Por sua
vez, o amido contido inicialmente no interior
do pericarpo sofre uma expansão brusca,
transformando-se num sólido poroso, branco
e delicioso. Prova e vais ver que tenho razão.
A mistura de Maizena (amido de milho) com
água é um colóide. Um colóide, ou dispersão
coloidal, é um tipo de dispersão em que as
partículas do disperso ficam espalhadas no
dispersante. Neste caso, a Maizena (sólido) é
o disperso e a água (líquido) é o dispersante.
Quando a mão exerce uma força sobre a mistura, obriga as partículas de amido a ocuparem os espaços que existem entre as moléculas de água. Assim aumenta o atrito entre as
partículas de amido, e consequentemente, a
sua viscosidade.
O atrito entre as partículas cresce bastante a
ponto de oferecer uma resistência muito
maior do que a esperada e que faz com que a
mistura líquida mais pareça um sólido. Substancias fluídas em que a sua viscosidade
aumenta quando submetidas a forcas externas
são chamadas fluídos nao-newtonianos.
Quiz Filosófico
António Justino
Encontra o autor de cada uma destas afirmações.
1 - « Se a acção é boa em si (...) então o imperativo é
categórico»
6 - « O critério de uma teoria científica é a sua falsificabilidade.»
Michel Foucault
Augusto Comte
Mário Soares
Karl Popper
Imanuel Kant
Galileu Galilei
2 - « O ser humano é, por natureza, um ser vivo
político»
7 - « O mais terrível dos males, a morte, nada tem
a ver connosco...»
Sócrates
Epicuro
Aristóteles
Hanna Arendt
Obama
S. Tomás de Aquino
3 - « Eu penso, logo existo.»
Jean Jacques Rousseau
René Descartes
8 - « O homem está condenado a ser livre.»
Einstein
Jean Paul Sartre
Vergílio Ferreira
Luis Figo
4 - « A utilidade ou o Princípio da Maior Felicidade como fundamento da moral...»
Stuart Mill
Heidegger
9 - « Por ideias entendo as imagens débeis das
impressões.»
Claude Renoir
Sigmund Freud
David Hume
Agostinho da Silva
José Saramago
Karl Marx
José Gil
Montesquieu
Platão
Soluções:
Dalai Lama
10 - « O género humano não porá fim aos seus
males enquanto os que se dedicam à filosofia não
acedam à autoridade política. »
{1.c ; 2.b ; 3.b ; 4.a; 5.c; 6.b; 7.a; 8.b; 9.c;10.c}
5 - « A religião é o ópio do povo. »
25 de Novembro de 1845
Helena Gonçalves
José Maria de Eça de Queirós nasceu em Novembro de
1845. Com contingências foi entregue a uma ama, aos
cuidados de quem ficou até passar para a casa de Verdemilho em Aradas, Aveiro, a casa da sua avó
paterna que em 1900 morre. Nessa altura, foi
internado no Colégio da Lapa, no Porto, de
onde saiu em 1861, com dezasseis anos, para
a Universidade de Coimbra onde estudou
direito. Além do escritor, os pais teriam mais
seis filhos.
O pai era magistrado, formado em Direito por
Coimbra. Foi juiz instrutor do célebre processo de Camilo Castelo Branco, juiz da Relação
e do Supremo Tribunal de Lisboa, presidente
do Tribunal do Comércio, deputado por Aveiro, fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do
Reino e do Conselho de Sua Majestade. Foi
ainda escritor e poeta.
Em Coimbra, Eça foi amigo de Antero de
Quental. Os seus primeiros trabalhos, publicados avulso na revista "Gazeta de Portugal",
foram depois coligidos em livro, publicado
postumamente com o título Prosas Bárbaras.
Em 1866, Eça de Queirós terminou a Licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra e passou a viver em Lisboa, exercendo a
advocacia e o jornalismo. Foi director do periódico O
Distrito de Évora. Porém continuaria a colaborar esporadicamente em jornais e revistas ocasionalmente
durante toda a vida. Mais tarde fundaria a Revista de
Portugal
Em 1869 e 1870, Eça de Queirós fez uma viagem de
seis semanas ao Oriente (de 23 de Outubro de 1869 a 3
de Janeiro de 1870), em companhia de D. Luís de Castro, 5.º Conde de Resende, irmão da sua futura mulher,
Emília de Castro, tendo assistido no Egipto à inauguração do canal do Suez: os jornais do Cairo referem «Le
Comte de Rezende, grand amiral de Portugal et chevalier de Queirós». Visitaram, igualmente, a Palestina. [5]
Aproveitou as notas de viagem para alguns dos seus
trabalhos, o mais notável dos quais o O mistério da
estrada de Sintra, em 1870, e A relíquia, publicado em
1887. Em 1871, foi um dos participantes das chamadas
Conferências do Casino.
Em 1870 ingressou na Administração Pública, sendo
nomeado administrador do Concelho de Leiria. Foi
enquanto permaneceu nesta cidade, que Eça de Queirós escreveu a sua primeira novela realista, O Crime
do Padre Amaro, publicada em 1875.
Tendo ingressado na carreira diplomática, em 1873 foi
nomeado cônsul de Portugal em Havana. Os anos mais
produtivos de sua carreira literária foram passados em
Inglaterra, entre 1874 e 1878, durante os quais exerceu
o cargo em Newcastle e Bristol. Escreveu então alguns
dos seus trabalhos mais importantes, como A Capital,
escrito numa prosa hábil, plena de realismo. Manteve a
sua actividade jornalística, publicando esporadicamente no Diário de Notícias, em Lisboa, a
rubrica «Cartas de Inglaterra». Mais tarde,
em 1888 seria nomeado cônsul em Paris.
O seu último livro foi A Ilustre Casa de
Ramires, sobre um fidalgo do século XIX
com problemas para se reconciliar com a
grandeza de sua linhagem. É um romance
imaginativo, entremeado com capítulos de
uma aventura de vingança bárbara que se
passa no século XII, escrita por Gonçalo
Mendes Ramires, o protagonista. Trata-se
de uma novela chamada A Torre de D.
Ramires, em que antepassados de Gonçalo
são retratados como torres de honra sanguínea, que contrastam com a lassidão
moral e intelectual do rapaz.
Morreu em 16 de Agosto de 1900 na sua
casa de Neuilly, perto de Paris. Teve funeral de Estado. Está sepultado em Santa
Cruz do Douro.
Foi também o autor da Correspondência
de Fradique Mendes e A Capital, obra cuja
elaboração foi concluída pelo filho e publicada, postumamente, em 1925. Fradique
Mendes, aventureiro fictício imaginado por Eça e
Ramalho Ortigão, aparece também no Mistério da
Estrada de Sintra. Seus trabalhos foram traduzidos em
aproximadamente vinte línguas.
Fernando Pessoa
Pedro Machado, 12ºD
Fernando Pessoa (1888—1935) é uma das personalidades mais complexas e
representativas da literatura europeia do século XX. Filho de um modesto funcionário
(…) jornalista e crítico musical, que morreu em 1893. Ascendência de cristãos-novos e
avó paterna louca. A mãe, oriunda de uma boa família açoriana, (…) contraiu segundas núpcias em fins de 1895. O casal instalou-se em Durban (África do Sul), onde o
futuro poeta fez os seus estudos. Quando volta definitivamente para Lisboa, Pessoa
domina a língua inglesa tão bem, ou melhor que a materna. Chega a matricular-se no
Curso Superior de Letras (…) dedica-se ao estudo de filósofos gregos e alemães e lê os
simbolistas franceses e a moderna poesia portuguesa (Cesário Verde). Retraído, com
vocação para viver isolado, sem compromissos, sempre disponível para as aventuras do
espírito, trabalha, desde 1908 até à sua morte, como correspondente comercial. (…) Uma
vez (em 1931) define-se como “histero-neurasténico” com a predominância do elemento histérico na
emoção e do elemento neurasténico na inteligência e na vontade (…)”. Com efeito, extremamente
lúcido, (…) mentaliza as emoções e, por inteiro votado à literatura, a ela reduz os seus pretensos ataques de histeria.
Segundo o autor, em 1908, num ―impulso súbito‖, resultante da leitura das ―Flores sem Fruto‖ e das
“Folhas Caídas” de Garrett, começou a escrever versos na nossa língua. Ávido de novos rumos estéticos e de fazer pulsar a literatura portuguesa ao ritmo da europeia, vai ser um dos introdutores do
Modernismo em Portugal (…).
O ano de 1914 fica, na biografia interior do poeta, como um ano decisivo, pelo aparecimento dos
heterónimos Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis.
Em 1915 vem a lume o ―Orpheu‖, de que Pessoa é um dos directores. (…) Em 1917, a ―Futurista‖
inclui poesias de Pessoa e o “Ultimatum”, manifesto futurista de Álvaro de Campos. (…) Em fins de
1934, publica a “Mensagem”, única volume publicado na vida do autor. Pessoa morre em grande parte
inédito, só admirado num círculo restrito, nomeadamente pelo grupo da “Presença”.
Hoje, Fernando Pessoa é o poeta de mais larga projecção na poesia em língua portuguesa , dos dois
lados do Atlântico, com um espólio literário que permanece, em parte, inédito.
A obra de Pessoa é escrita ora em seu nome, ora no dos heterónimos, Fernando Pessoa chegou a
inventar biografias, retratos físicos e horóscopos para os três
proncipais heterónimos, a fim de melhor os definir.
e
l
p
Su
o
t
n
me
Literatura
Cristina Dias
O conceito de Literatura provém da palavra latina
«litterae» e significa «letras». Do conjunto coordenado de letras resultam frases com maior ou
menor facilidade de entendimento. Deste modo
ser e estar Literatura é desenvolver caminhos plenos de imaginação, ricos em criatividade e sobretudo novos. Para que a novidade se torne um traço de distinção, cabe aos cultores do rito literário
apresentar uma nova imagética e um discurso
diferenciado. Na diferença está a palavra de
ordem, por entre a qual se dimana o gosto pela
literatura.
Os escritores dedicam-se, por passatempo ou em
exclusividade, à prática literária. Coordenam as
suas vidas, para que o acto da escrita se torne um
facto diário. Dele depende a sua sanidade mental,
dado que escrever é, principalmente, uma atitude
de desabafo com a folha em branco. Quem escreve tem uma necessidade vital de incluir o outro
no seu pensamento, fazê-lo participante das suas
ideias. Assim, a forma mais ou menos complexa
dos seus pensamentos, torna-se o móbil do seu
sucesso.
A expressão «sucesso» ampliou-se nos nossos
dias, manifestando, de certa forma, a ambição
desmedida de alguns que se dedicam à Literatura.
Procuram-na, não como gozo dos sentidos, mas
unicamente como fonte de
proveito pessoal. Escrevem obras de sentido geral
ou, mais especificamente,
de auto-ajuda, incitando
os pretensos leitores para
a resolução fácil e rápida
dos problemas que os acometem. Este não é, de
todo, o sentido primevo da
Literatura. Esta deriva de uma atitude artística,
estética, profundamente emocional. Desvirtua-se
o seu sentido original, quando se procura o lucro,
esquecendo o conhecimento e o valor da cultura.
Distinguem-se muitos escritores, ao longo dos
tempos. Harold Bloom estabeleceu os cem escritores mais criativos da história da Literatura.
Entre eles alguns Portugueses, como Eça de Queirós e Fernando Pessoa. Ambos escritores conseguiram revelar-se supremos no acto da escrita,
maravilhando todos com a sua técnica exponencial. Falemos de textos concretos. Queirosiana a
obra: A Cidade e as Serras
Livro que nos projecta para a dicotomia descritiva
do campo transmontano em comparação com a
luz e modernidade citadinas.
Pessoano o texto poético: Ela canta, pobre ceifeira,. Transcreve-se parte:
Ela canta, pobre ceifeira,
Ah, poder ser tu, sendo eu !
Julgando-se feliz talvez;
Ter a tua alegre inconsciência,
Canta, e ceifa, e a sua voz, cheia
E a consciência disso ! Ó céu !
De alegre e anônima viuvez,
Ó campo ! Ó canção ! A ciência
(…)
(…)
Aqui se pode absorver o contraste entre sentir e
pensar, que Fernando Pessoa procurou aprofundar
nos seus textos. A técnica e a argúcia literária são
notórias em ambos escritores. Um e outro surpreenderam o espaço cultural da sua época e conseguiram transformar-se em autores imortalizados
e canónicos. Preencheram a mente de todos quantos tiveram o prazer de ganhar seu tempo de ócio,
na leitura em prosa ou em verso dos escritos de
Eça de Queirós e Fernando Pessoa.
Conclua-se proferindo o desejo que culturalizar a
mente de todos pode e deve ser o sentido da Literatura. Procure-se a beleza no simples acto do
olhar. Transmute-se a vivência para o papel e
construa-se, sem peias, a verdadeira e saborosa
Literatura.
O DESERTO DOS TÁRTAROS DE DINO BUZZATI
Iolanda Antunes
Há livros que evocam
em nós músicas, outros que nos
fazem recordar filmes e este livro
de Dino Buzzati, em particular,
traz-me à memória o poema de
Fernando Pessoa «O tempo que
hei sonhado quantos anos foi de
vida! Ah, quanto do meu passado
foi só a vida mentida de um futuro imaginado.» E porquê?
Entendido sob o ponto
de vista narrativo, o Deserto dos
Tártaros é uma obra sem grandes
pretensões, é a história de um
oficial, o jovem Giovanni Drogo,
a quem é dado cumprir serviço
militar na fortaleza de Bastianni.
Integrada no deserto inóspito e
desolado, confinada com o reino
dos Tártaros, a fortaleza é também o lugar donde, uma vez ali
chegado, o tenente Drogo almeja
evadir-se.
Não muito tarde, porém,
a inquietante estranheza experimentada pelo protagonista, perante a lassidão e a letargia daqueles
que permaneceram no regimento,
vai cedendo lugar a um sentimento de pertença e esperança, que a
litania das horas vazias e desperdiçadas não consegue afastar.
Esquecidos neste posto fronteiriço, envolvidos pelos tons quentes
das areias, soldados e oficiais
olham o deserto projectando nele
a salvação, pois, ainda que ignorada pelos poderes centrais, a
localização da fortaleza num sítio
estratégico e decisivo para a defesa do país augura um futuro auspicioso aquando da iminência de
uma invasão estrangeira.
E neste engano da alma
ledo e cego das personagens, nós,
leitores, assistimos à passagem de
trinta anos sobre a vida de Drogo
e, simultaneamente, ao desfecho
do livro. Mas se trinta anos sem
nada para contar são toda a narrativa, que élan tão forte é esse que
nos prende? Sabermos se a invasão se consolidará? Conhecermos
as repercussões dos longos anos
de exílio na vida de Drogo?
Tomarmos parte no desenlace do
seu destino? Ou nada disto importa e trata-se apenas da sensação
de que estamos implicados neste
desenlace, de que no destino desta
personagem é o nosso que se
cumpre?
Como leitores atentos,
cedo nos sensibiliza o tom trágico
desta narrativa. Cedo nos apercebemos que, a desafectação deste
narrador não participante, encerra
o conhecimento das terríveis
malhas com que se tece a fatalidade, cedo sofremos com o combate
desigual que esta personagem
trava e que é o mesmo que todos
nós, seres humanos, travamos
contra a fugacidade do tempo e a
inexorabilidade da morte. Tal
como o jovem Drogo também nós
estamos aprisionados nesta fortaleza que é a vida. Tal como o
jovem Drogo, também nós aspiramos a libertarmo-nos da lei da
morte. Tal como o jovem Drogo
também nós criamos quimeras e
ilusões que iluminam a nossa
noite,
que
tornam mais
suave o nosso
percurso
e
menos hostil
o nosso exílio. E, no
entanto, não é
só isto que nos tem presos às
palavras de Buzzati, é também o
pressentimento de que ele sabe
algo mais acerca de nós e que nos
poderá revelá-lo, o segredo da
nossa solidão ontológica, de que
há uma intangibilidade irredutível
em cada ser humano cuja consequência é a impossibilidade de
partilharmos plenamente da vida
uns dos outros e é isto que é paradoxal nesta obra: a vida é um
caminho solitário (Arthur Schnitzler), o acesso à alma de outro
alguém está-nos vedado, mas
ainda assim ansiamos pela revelação da chave do segredo e isto
apesar da angústia da incomunicabilidade das palavras:
Foi justamente nesses dias
que Drogo se apercebeu de como
os homens, por muito que se
estimem, permanecem sempre
distantes; de que se alguém
sofre, o sofrimento é unicamente
seu, ninguém pode chamar a si
uma pequena parte dele […] e
isso é a causa da solidão da vida.
(p.194)
Séculos hão-de passar, e
nada há-de acontecer. […] Apesar de serem estas as suas palavras, a voz do coração era outra:
absurdo, insensível aos anos,
perdurava nele, desde o tempo da
juventude, aquele pressentimento profundo de coisas fatais, na
obscura certeza de que o bom da
vida ainda estava por vir.
(p.206).
Entre a mitologia e a realidade
“Ele pôs-me na mão, sorrateiramente, um alimento doce e açucarado – um bago de romã... “
Helena Gonçalves
Em tempos idos, na Grécia antiga, Perséfone, filha
única de Deméter e Zeus, fecundava a terra com sua
mãe. A beleza e juventude da Virgem da Primavera
era tal que fazia empalidecer de inveja as outras deusas e suspirar de amor os deuses. O poderoso Hades,
Senhor dos Mundos Subterrâneos, possuía um mundo sem a beleza, sem música, sem uma presença
feminina. A ternura ou um beijo de paixão jamais
adoçara a alma atormentada do Senhor dos Infernos.
Certa noite, viu o rosto de Perséfone e uma emoção
desconhecida fê-lo estremecer: só o orvalho dos seus
olhos reverdesceria as árvores dos jardins do Inferno,
só a doçura da sua voz abrandaria os lamentos dos
condenados e apenas o seu riso de cristal inflamaria o
seu frio coração de diamante. Hades nunca mais deixou de pensar na sobrinha, e cada vez mais enamorado, descurou a vigilância do seu reino e Zeus foi chamado a intervir.
Sempre compreensivo para com os amores difíceis,
Zeus ajudou-o no rapto de Perséfone, pois Deméter
nunca daria o seu consentimento para a filha ir viver no
Mundo dos Infernos.
Um dia, quando Perséfone passeava, Hades fez brotar
um campo de narcisos. Atraída pelas flores, afastou-se
das suas companheiras para colher um ramo. Mal apanhou um narciso, o chão rasgou-se numa fenda profunda
e Perséfone encontrou-se nos braços de um belo cavaleiro.
Quem seria o guerreiro que assim a levava do mundo dos
vivos? Mal o vira, mas guardava a imagem de uns olhos
negros, fatais e atormentados, num rosto muito belo. Sentia no
braço que a enlaçava uma estranha delicadeza e na mão, a
ternura de uma carícia.
Hades parecia perturbado e pediu-lhe perdão pela maneira
como a trouxera para o seu mundo. A jovem olhava-o,
esquecendo o medo. Era tão belo! Rosto de Apolo negro
num corpo de Ares e uma aura de mistério a dobrar-lhe o
encanto.
Quando o deus dos Infernos a convidou a comer as
iguarias mais raras, mandadas vir dos quatro cantos
do universo para seu prazer, Perséfone recusou, pois
sabia que se quebrasse o jejum não mais poderia partir.
Hades levou-a então a um lugar mágico que criara
para a sua amada, um jardim cheio de flores e frutos,
um oásis luminoso num deserto de trevas. Conversaram sob uma romãzeira carregada de frutos e Perséfone deixou-se envolver pelo sofrimento dos belos
olhos negros e aceitou os bagos rubros da romã que
Hades lhe oferecia com ternas palavras de amor.
Durante nove dias e nove noites, Deméter, angustiada percorreu o Mundo à procura da filha, mas nem
deuses nem humanos sabiam dizer-lhe o que tinha
acontecido. Por fim, o Sol (que tudo vê) compadeceu
-se e contou-lhe a verdade __ Perséfone encontrava-se
no Mundo Subterrâneo. Amargurada, Deméter refu-
O Rapto de Proserpina (Perséfone), Rubens
giou-se numa cabana, recusando-se a abençoar a terra
com os seus frutos e sementeiras, tornando os solos
estéreis e condenando a raça humana à fome e à
miséria. Zeus compreendeu que tinha de obrigar
Hades a libertar Perséfone e enviou Hermes aos
Infernos com a sua mensagem.
O mensageiro dos deuses encontrou o casal em doce
harmonia e transmitiu-lhes as palavras de Zeus.
Embora contrariado Hades obedeceu e mandou Perséfone para junto de sua mãe. O Mensageiro viu surpreendido como a jovem se despedia ternamente do
deus terrífico… e lhe prometia voltar.
Mal Deméter abraçou a filha, compreendeu que ela já
não era a mesma menina alegre e inocente, um véu
de melancolia punha sombras nos seus olhos. Perséfone confessou-lhe ter provado o bago da romã do
jardim de Hades. Para apaziguar o sofrimento da
mãe, Perséfone prometeu partilhar a sua vida com ela
e o marido, vindo passar metade do ano na terra para
ajudar a mãe nas suas tarefas e indo viver os restantes
seis meses no Mundo dos Mortos.
Durante os seis meses que Perséfone vem viver com
a mãe, faz eclodir a Primavera e o Verão numa profusão de flores e frutos; porém, logo que a filha
regressa ao Império de Hades, a deusa da abundância
recolhe-se na sua solidão e o Outono e o Inverno
apoderam-se da terra, cobrindo-a com o um manto de
tristeza.
Fiat Lux
Luís Reis
Ouvimos há dias, do ministro da defesa,
Augusto Santos Silva, um discurso mitológico.
Do ministro da defesa? Sim, dele mesmo! Num
emaranhado de analogias e alusões aos deuses
pagãos da mitologia romana, ouvimo-lo orar, na
Assembleia da República, com grande retórica.
Pensei de imediato que estivesse a defender o
regresso a uma cultura de valores, de princípios e
de saberes, ou não tivesse ele sido ministro da
educação na viragem do século. Ao ouvir mais
atentamente, verifiquei que era apenas mais um
discurso irónico e cínico, típico da classe política
a que já nos habituámos.
Sorte contrária tiveram, felizmente, os mineiros
Num acto de contrição, lembrei-me que
chilenos, que graças à solidariedade humana, con-
ministro deriva da palavra latina minister, que
seguiram sair do reino de Vulcano e voltar a ver a
significa “servidor, escravo, subordinado, instiga-
luz de Apolo.
dor” – talvez o “malhar na direita” venha deste
Fiat lux (faça-se luz) em toda a humani-
último! Se o seu cargo derivasse da palavra
dade e ela perdurará, caso contrário, os valores
magister, ele seria certamente um professor ou
universais perder-se-ão. E qual será a consequên-
um mestre (significados literais dessa palavra) e
cia disso? O que nos acontecerá? “Culpa est non
teríamos ouvido dele uma verdadeira aula magis-
praevidere quod facile potest evenire:” - É culpa
tral… Veja-se a ironia e a inversão semântica dos
não prever o que facilmente pode acontecer.
papéis dos ministros e dos professores actuais;
estes chefiavam e agora servem, aqueles serviam
e agora chefiam…
Comemorámos também recentemente o
centésimo aniversário da nossa res publica; a
sociedade perfeita e harmónica idealizada por
Platão tornou-se uma realidade para os filhos de
Luso há cem anos. Passado um século, continuamos cada vez mais dentro da caverna e mais distantes do sol, pois ele é ofuscado pela poeira do
país das maravilhas de Sócrates (o actual, claro!).
“Veja
-se a
são
i
semâ ronia e a
nti
inver
dos m
inistr ca dos
papé
os e d
res a
is
ct
os pr
ofess
e ago uais; este
os che
ra se
rvem
fiava
viam
m
,a
e ago
ra ch queles se
refiam
…”
Em Tudo
Mudo Arquejo
Neste dia de tempo enegrecido
O sol brinca num canto do horizonte,
sinto-te em toda a parte onde esteja:
as nuvens bailam como ondas de lã,
na chuva que me molha por onde seja,
as aves bebem gotas da manhã,
no vento agreste que uiva combalido,
o vento beija, em cada flor, a fronte.
nas noites que se alongam sobre a luz,
E, alheio a tudo, um coração em pranto,
nos dias que se encolhem de receio,
fitando o nada com um doce afago,
nas manhãs que são negro devaneio,
com membros recolhidos, gesto vago,
nas tardes a pincel que o breu seduz,
recoberto de nada como um manto.
nas folhas que se agitam onde sigo,
Nem um suspiro quebra o profundo ar,
no gelo que se forma sobre o rio,
nem uma gota mancha o rosto inerte,
no ar triste em tudo como se em castigo.
nada revela a dor do seu olhar.
E és tu quem lembro quando me arrepio,
Que se acautele a alma e o amor se alerte:
porque és apenas tu o meu abrigo,
as lágrimas que mais custam chorar
és a lareira que me aquece o frio.
são as que o coração, sem se ver, verte.
Mauro Maia
Mauro Maia
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Sophia de Mello Bryner Andersen
E ao anoitecer
e ao anoitecer adquires nome de ilha ou de vulcão
deixas viver sobre a pele uma criança de lume
e na fria lava da noite ensinas ao corpo
a paciência o amor o abandono das palavras
o silêncio
e a difícil arte da melancolia
Al Berto
Sua Excelência
Sua excelência, o Governador Musho Keishu, anda em viagem; caminha ao
passo lento dos seus carregadores em
direcção a Kamakura, a grande capital shogunal. Confortavelmente reclinado nas almofadas de seda, as mãos pousadas no ventrezinho redondo que trepita
levemente ao ritmo da liteira, o Senhor
Governador dormita um pouco e sonha. A
sua guarda pessoal de nobres samurais rodeia-o e
protege-o. Seguem em boa ordem os servidores,
os animais, as bagagens. O Senhor Governador,
sorriso beatífico no rosto liso, adormece suavemente.
Nas colinas de Kamakura, num lugar tranquilo
que domina ao mesmo tempo a cidade e o mar, o
mestre zen Unkei instalou a sua oficina de estatuário atrás de um modesto pagode. Esculpe em
madeira budas de eterno sorriso. Recebe também
gente de todas as condições que solicitam os seus
conselhos. Unkei é um homem de aparência rude,
taciturno, mas nunca recusa a sua ajuda, e todos
o veneram. Nessa manhã precisamente, o
jovem monge que faz serviço de porteiro
aproxima-se com ar apressado, segurando
religiosamente nas mãos um cartão de visita
maravilhosamente ornado e decorado.
Aí se pode ler:
nos
s alu
pelo
s el a
b o ra
das
Ilust
“Monge, Sua Excelência
espera-te!”
raçõ
e
“Não tenho nada a dizer a este
homem”, diz secamente Unkei, que
larga o cartão e retoma o trabalho.
O jovem porteiro, desconcertado
e aterrorizado, volta para anunciar ao criado de Sua Excelência
a recusa do mestre. Espera tremendo a reacção da alta personagem, que não saiu da liteira.
do 1
2º E
SUA EXCELÊNCIA MUSHO KEISHU,
GOVERNADOR DE QUIOTO, CONSELHEIRO PARTICULAR DO SHOGUN.
O porteiro, mais morto do
que vivo, apresenta-se humildemente perante o Senhor Governador
confortavelmente recostado
nas suas almofadas de
seda:
“O teu mestre não
me quer receber?,
pergunta Sua Excelência, mais surpreendido do que
irritado. Deu-te
alguma razão?
- Não, meu Senhor.
- E ele sabe que eu
posso ordenar que
lhe fechem a oficina, que o prendam a
ele e aos seus, e
mandar empalar os
seus servidores?
- Piedade, meu
Senhor”, exclama o
jovem noviço caindo
de joelhos.
Sua Excelência o governador não é um homem
mau. Medita um instante, indolentemente reclinado nas almofadas de
seda. À sua volta a escolta
de samurais põe-se em
guarda, alguns têm já a
mão no sabre.
“Hum! Hum! Murmura o
governador. Vou tentar uma
coisa.” Risca todos os títulos
e deixa no cartão de visita
apenas o seu nome: Musho
Keishu.
“Leva de novo ao teu mestre o
meu cartão de visita!”
Unkei está a lacar um buda de
madeira. Pega no cartão que o
porteiro lhe estende tremendo.
“Receberei este homem com praIn Os melhores contos zen,
Editorial Teorema
as
m
u
...
s
Alg
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t
a
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Livros e homens
Um homem encontrou um livro estendido
num banco de jardim e perguntou-lhe:
Quem te perdeu? Ao que o livro respondeu:
Ninguém me perdeu, na verdade fui aqui
deixado para que alguém me encontrasse e
me levasse consigo. Mas ainda o livro mal
acabara de falar e já o homem abalava sozinho sem dizer sequer uma palavra. [A moral
desta história é dupla: há livros que não
falam ao coração dos homens; há homens
que são surdos à voz dos livros]
Um homem foi ao fundo uma vez, outra,
e outra ainda, mas não morreu. A questão
que lhes quero colocar, caros leitores, não
é quantas vezes mais pode ele ir ao fundo
e ficar vivo, mas sim quanto tempo poderá ele ainda estar vivo sem ir de novo ao
fundo.
Histórias retiradas da obra:
Muchas veces me sucede olvidar quien soy, Luís Ene
Palabra Ibérica, 2006
Cada livro tem os seus leitores.
Uns mais, outros menos. Mas
alguns livros têm leitores fiéis
que nunca os deixam de ler.
Foi o que aconteceu entre um
livro e um leitor meu amigo.
Conheceram-se e nunca mais
se separaram. Um fenómeno
que nem é muito invulgar, basta que se encontre o livro certo, aquele que desperta em nós
o amor incondicional pela leitura. E foram muito felizes: o
seu amor nunca teve fim pois
renovava-se a cada nova leitura, afinal. [Esta é uma história
fraca com uma moral forte:
mais que um amigo, um livro
pode ser um amante.]
Um livro que se fecha é
um livro que se abre. Um
amor que acaba é um
amor que começa. Na
leitura e no amor não há
intervalos. Se ainda não
começou de novo é porque ainda não acabou de
vez.
Xbox ou Playstation3
Tiago Bentes, Rui Luz,
Bruno Cruz, Diogo Brito, José Dantas,
Rafael Ferreira, Kevan Leng, 11º H
Ricardo, Lima, Gonçalo Figueiras, 11º H
Entre estas duas platafor-
A PS3 é uma
mas, a que nós achamos
consola com um
que seja vastamente supe-
sistema
rior em diversos aspectos,
completo.
é a Xbox. A Xbox é uma
reproduzir músi-
marca de consolas da
cas,
Microsoft que até agora
fotos, navegar na
lançou
net, mas espe-
2
consolas.
A
muito
Pode
vídeos,
Xbox clássica lançada em 2004 e a Xbox 360 em 2006. A
cialmente é um sistema concebido para jogar.
Xbox tem uma selecção de jogos muito mais extensa e
Recente a Sony lançou uma actualização que per-
com jogos exclusivos de muito maior fama.
mite o uso de gráficos 3D na PS3.
Opera com um sistema DVD-DL, por isso será muito
A Sony tem melhores vantagens na opção de
mais acessível gravar algo para CD/DVD, e reproduzi-lo
comandar: tem melhor mobilidade; não existem
na consola.
fios para trabalhar e facilidade de ligação a vários
Tem um serviço online extremamente superior, quer em
jogadores.
ofertas gratuitas, demonstrações de jogos, descarregamen-
Em relação ao modo de jogo, contém melhores
tos de jogos clássicos, servidores dedicados para 90% dos
gráficos e a jogabilidade é simples ou complexa,
jogos e 100% dos exclusivos. A Xbox 360 pode operar
dependendo do comprador. O jogo, muitas vezes,
por VGA, conector SCART, ou HDMI, pode também
simula a realidade.
atingir a definição de 1080p na maioria dos jogos.
Neste momento, existe à venda o mesmo sistema
A nível de acessórios tem uma oferta maior, e mais aces-
com capacidade de memória diferente para o
sível a nível de preço, os controladores, headsets, câmaras
comprador escolher o seu sistema, querendo
e outro hardware é mais económico do que a da concor-
menos ou mais memória.
rência. Não é necessário instalar jogos ou demonstrações,
Este sistema pode ser jogado em rede – para o
e o interface da Xbox é o mais rápido do mercado. A
jogador conhecer novos amigos e testar as suas
nível de hardware não tem rival, por ser um produto da
capacidades de jogo.
Microsoft, que tem acesso á maior gama de hardware de
A nossa opinião é que a Playstation3 é um siste-
consolas do mercado.
ma muito completo e se optar pela sua compra
A Xbox também oferece diversos pacotes, oferecendo
não se vai arrepender.
assim uma maior variedade aos clientes. É também a consola mais barata de nova geração no mercado.
Com todos estes argumentos confirmamos e afirmamos
que a Xbox é melhor que a playstation3.
E.B. 1 nº2
Maria Castanha
E.B. 1 nº2
Era uma vez uns meninos que brincavam num pequeno jardim que tinha grades à volta para proteger as crianças.
Um dia apareceu lá uma menina, ela era de cor castanha e os outros meninos foram-lhe perguntar o nome. Ela disse que se chamava Maria e que alguns lhe chamavam Maria-Castanha.
- Bem vinda! – exclamaram todos os meninos.
Então foram brincar à apanhada. Ela corria tanto, tanto que foi contra um vendedor de castanhas e derrubou as castanhas todas. O senhor ficou todo aborrecido.
- Oh, não, derrubaste as minhas castanhas! – gritou o homem todo zangado.
- Eu ajudo a apanhar! – exclamou a menina toda aflita.
- Nós também ajudamos. – disseram os meninos.
Dali a bocado apanharam tudo.
O homem perguntou:
- Onde estão os teus pais?
- Foram à procura de emprego e eu vim à procura de amigos. – disse a menina.
- Pois já encontraste! – exclamaram todos.
- Sabes fazer cartuchos de papel? – perguntou o homem.
- Não. – disse a Maria-Castanha.
Mas depois ela aprendeu. E começou a fazer cartuchos para o vendedor de castanhas pôr as
castanhas.
E.B. 1 nº2
O Outono
O Outono é uma estação do ano. No outono as árvores começam a despir-se. As folhas caem.
Os dias ficam mais pequenos e cinzentos. As andorinhas emigram para países mais quentes.
O outono é a época de alguns frutos, assim como a romã, os figos, os dióspiros, as tangerinas
e as famosas castanhas. Este último fruto é muito procurado para festejar o dia de São Martinho que se comemora a onze de Novembro. Neste dia come-se castanhas de várias maneiras:
assadas, cozidas, simples ou com erva-doce.
No Outono é também a altura de se provar o vinho novo. É no Outono que regressamos às
aulas depois das longas férias de Verão e começamos a andar mais agasalhados.
O Outono é uma estação de muitas mudanças.
Cláudia Patrício, 4º E
Lenda de São Martinho
São Martinho era um soldado
Para a Hungria ficou muito feliz
Que andava no seu cavalo
Por ter ajudado o pobre coitado
Quando um mendigo lhe apareceu
Nesse momento parou de chover
Cheio de buracos na sua roupa molhada
E as nuvens desapareceram
A pedir esmola de joelhos no chão
Parecia que era Verão
São Martinho não hesitou
E Deus que abençoe esta misericórdia.
A única coisa que tinha
Mamaduri Cabdé 4º E
Era a sua capa de soldado
Então, resolveu tirar a sua espada
E cortar ao meio a sua capa
Dando metade ao mendigo
O soldado quando se foi embora
Ilustração e texto - EB1/Jardim de Infância Abelheira
Pedro Machado, 12ºD
Kelly Slater.
Slater não sabe quem é, nem o que faz no circuito mundial depois do décimo
título. Abandona? 2011 pode ser de crise
Na adolescência, quando ainda não era ninguém no mundo do surf, Kelly Slater deixava as ondas pequenas da Florida e voava ali para o lado, até Porto
Rico, para treinar a sério. “No Inverno, aquilo era o meu Havai.” Não deixa de
ser curioso que agora o circuito mundial de surf passe por aquela ilha das
Caraíbas e tenha obrigado Slater a regressar para garantir o décimo título de
campeão do mundo. ―Foi como se estivesse em casa …‖ .
Talvez esta tenha sido a emoção mais leve que se abateu sobre o norteamericano quando passou às meias-finais do Rip Curl Pro Search em Porto
Rico e logo garantiu a décima coroa. A última etapa do ano, no Havai, já não
conta para nada, mas será naturalmente marcada pela homenagem a Andy
Irons, o rival local e agora amigo, desaparecido recentemente. Slater, de resto,
tremeu assim que venceu a final de Porto Rico (contra Adriano de Souza) e
falou em sua memória. “Quero enviar as minhas condolências à família Irons.
Foi uma semana de extremos para mim. Se não fosse pelo Andy, não estaria aqui agora”, disse entre lágrimas.
A veterania de 38 anos, o recorde de dez títulos mundiais e de 45 vitórias, o facto de ser o campeão mais
velho e mais jovem de sempre (20 anos em 1992) são os factos que definem a grandeza do desportista e,
ao mesmo tempo, lançam o receio do que para aí poderá vir. Como será o futuro? Kelly Slater abandonou o circuito mundial e 2011 torna-se um ano amputado de mitos? Agravado ainda pelo fantasma de
Andy Irons! O interesse vai morrer? “ Não sei, ainda não pensei muito nisso”, disse Slater. O melhor surfista de todos os tempos ainda não terá decidido se encerra a carreira, mas poucos acreditam que a possa
esticar, sobretudo agora que o 10, o número redondo, é uma realidade. Em 2008, quando alcançou o nono
título, Kelly Slater não podia parar. O nove era demasiado incompleto, problemático. Muitos até acharam
que ganhar aquele campeonato foi uma decisão grave, porque ia obrigar um velhote a arrastar-se, desesperado, à procura da conta certa. Afinal, não se arrastou. Foi digno em 2009 e dominou 2010.
Classificação
Vê as contas, quando ainda falta surfar o Havai. Lá,
Tiago Pires vai lutar para se manter entre os 22
melhores do mundo na próxima época.
Pos.
NOME
Prs.
1º
Kelly Slater (EUA)
66 250
2º
Jordy Smith (África do Sul)
52 250
3º
Mick Fanning (Austrália)
44 750
4º
Taj Burrow (Austrália)
40 000
5º
Dane Reynolds (EUA)
37 250
18 º
Tiago Pires (Portugal)
20 250
Suely Guêns, 12º D
Michael Bublé
Michael Bublé esteve em Portugal, e estreou-se no dia 2 de Novembro no
Pavilhão Atlântico. Um dos mais aclamados cantores de Jazz da actualidade.
A sua voz profunda aliada ás excelentes composições e letras, fazem dele
um dos mais apreciados e vendidos cantores contemporâneos. No concerto
poderão ouvir-se os grandes sucessos como “Everything”, “Home”, e
“Haven‟t Meet You Yet”.
MTV Europe Music Awards
Melhor Música
Lady Gaga “Bad Romance”
Melhor Artista “ao vivo”
Likin Park
Melhor Artista POP
Lady Gaga
Artista Revelação
Ke$ha
Melhor Artista Feminina
Melhor Artista Masculino
Melhor Artista Hip-Hop
Melhor Grupo Rock
Melhor Grupo Alternativo
Melhor Vídeo
Lady Gaga
Justin Bieber
Eminem
30 Second to Mars
Paramore
Katy Perry&Snoop Dog “California Gurls”
Melhor Artista Push
Melhor Concerto do World Stage
Melhor Artista Europeu
Justin Bieber
Tokio Hotel
Marco Mengoni
Eminem - Cantor do mês
Marshall Bruce Mathers III cujo nome artístico é Eminem, nasceu em St. Joseph a 17 de Outubro de 1972. É rapper, produtor e actor. É também conhecido como Slim Shady, é vencedor de
174 prémios entre eles: 1Óscar, 11Grammy’s, 11 BMA, 12 VMA, 11 EMA, 7 AMA, 7 TCA,
4 PCA, entre outros. A sua carreira começou em 1983, quando decidiu abandonar a escola e
começar a participar em concursos de rap “Batalhas”. “Assim que eu pegava no microfone ouvia
insultos. Mas depois que as pessoas ouviam as minhas músicas, o pessoal ficava quieto”, disse
Eminem. Em 1991 foi descoberto pelo rapper Dr. Dre, e mais tarde assinou com a sua gravadora
Aftermath Entertainment. Já vendeu mais de 90 milhões de álbuns mundialmente. Em Maio de
2010 lançou o seu álbum Recovery, lançando o single do seu álbum ―Not Afraid‖, que na primeira semana alcançou o topo principal da Billboard Hot 100. O single “Love the way you lie”, com participalção de Rihanna, também alcançou a primeira posição na
Billboard Hot 100 e o clipe musical bateu recorde no youtube, sendo o vídeo mais exibido (6,6 milhões de exibições) em 24 horas,
sendo que esse número alcançou 14 milhões em 60 horas.
“ Dr.House”, vítima de uma dor física constante, a sua bengala agita-se
para acentuar um comportamento descabido e súbitas mudanças de humor.
Apesar da vertente anti-social, House faz diagnósticos brilhantes a partir de
raciocínios pouco convencionais e instintos infalíveis.
Nesta nova temporada vai nascer um novo relacionamento amoroso entre
House (Hugh Laurie) e Cuddy (Lisa Edelstein), romance este que nasceu no
final da sexta temporada num episódio emocionante que acabou com um beijo
apaixonado entre as duas personagens.
“ The Walking Dead ”, série que conta a história do tempo que se segue a
um apocalipse zombie pandémico, acompanha um grupo de sobreviventes,
dirigidos pelo agente da polícia Rick Grimes (Andrew Lincoln), personagem
centro da série, que viaja em busca da sua mulher e filha e de um sítio a salvo
dos zombies. Mas a constante pressão de se manterem vivos faz com que seja
necessário ir ao extremo dos extremos. Mas que fazer se as únicas opções são
ou tornar-se um deambulante ou sobreviver? À medida que Rick luta para
manter a sua família viva, acaba por descobrir que o medo arrebatador dos
sobreviventes pode ser bem mais perigoso que os zombies que vagueiam pelo
nosso planeta, uma vez que todos os refugiados estão dispostos a tudo para
sobreviverem.
“The Event”, um presidente que não admite ficar sem saber sobre as
operações secretas da CIA; um director da CIA que acredita que certos segredos devem permanecer longe da opinião pública - especialmente uma prisão escondida no meio da neve. Quem são
esses prisioneiros e o que eles podem revelar de tão importante para o resto da humanidade?
Prestes a fazer a grande revelação para o público sobre os misteriosos prisioneiros, a Casa Branca sofre o que parece ser um ataque.
Por outro lado um casal de recém-casados é separado bruscamente com o
desaparecimento da mulher durante a lua-de-mel. Agora o seu companheiro é
acusado de terrorismo. Será que o jovem está a ser acusado verdadeiramente
ou está a ser vítima de uma conspiração? Como é que duas situações tão diferentes estão interligadas?
Rachel Mesquita, 12ºD
“ The Social Network”, certa noite no ano de 2003, o génio da programação e aluno de Harvard, Mark Zuckerberg, senta-se ao computador e
começa a trabalhar numa nova ideia. Aquilo que inicialmente era apenas
uma mistura de programação e blogging, cedo se tornou numa rede social à
escala mundial que revolucionou a forma de comunicar. Seis anos e 500
milhões de amigos depois, Mark Zuckerberg é o mais novo bilionário da
História... mas para este empresário, o sucesso vai trazer-lhe também problemas pessoais e legais.
Pronto para se tornar num guarda prisional, Juan Oliver está decidido a
deixar uma boa impressão. Apresenta-se ao trabalho um dia mais cedo e
dois colegas dão-lhe a conhecer a prisão. Durante a visita, um pedaço de
estuque solta-se do tecto e atinge Juan que desmaia. Os guardas levamno para a
“Cela
211”,
vazia, e tentam reanimá-lo. Mas naquele
momento irrompe um motim desencadeado pelos criminosos mais temidos da prisão. Os colegas de Juan fogem, abandonando-o. E quando ele
acorda apercebe-se que terá de fingir ser um prisioneiro para se salvar.
James Bond - 007, está de volta com novo filme,
Solace
“Quantum
of
2”. O filme chegará aos cinemas portugueses em Novembro
e, como sempre, espera-se que seja um êxito de bilheteira. São poucos
os pormenores conhecidos mas sabe-se que o papel principal cabe,
mais uma vez, a Daniel Craig. Resta-nos aguardar e “fazer fisgas” para
que o enredo seja como os “antigos” e que as paisagens, tantos naturais como humanas, sejam como as recentes.
“Paranormal
Activity
2”,
um jovem casal muda-se para uma
casa onde fenómenos inexplicáveis começam a acontecer, eles resolvem
filmar tudo à noite, enquanto tentam dormir, pois é o horário em que as
Actividades Paranormais normalmente acontecem com maior frequência.
MTV Europe Music Awards
A norte-americana Lady Gaga, de 24 anos, ganhou três prémios
MTV Europe Music Awards: melhor artista feminina, melhor artista pop e melhor canção (“Bad Romance ” ). O adolescente Justin
Bieber, de 16 anos, foi considerado o melhor artista masculino do
ano. O Best Portuguese Act foi ganho pelos Nu Soul Family. A
cerimónia decorreu em Madrid.
João Viana, 12ºD
Uma professora primária é colocada contra vontade numa escola de província e a única
maneira de conseguir sair de lá, era se a escola fechasse. Ao ver que estava numa terra de costumes muito tradicionais, achou que tinha a solução. Começa a vir para a escola de roupa muito justa. Ao fim de uma semana já só tinha metade da turma. Na semana seguinte resolve vir
de mini saia. No fim da semana só tinha três alunos. Na semana seguinte vem de biquíni, e a
escola fica reduzida a um aluno. Na semana seguinte vem só com a parte de baixo do biquíni e
duas folhas de vinha em cada peito. Mantêm-se o mesmo aluno toda a semana. Na semana
seguinte a professora vem apenas com três folhas de vinha. Ao chegar a meio da semana vendo que o mesmo aluno se mantêm, pergunta-lhe:
- Tu não te vais embora também?
- Estou á espera que chegue o Outono.
– Ontem matei
dez coelhos e dez
perdizes.
– Também és
caçador?
S ou X?
– Eu tive melhor sorte. Matei vinte coelhos e vinte perdizes.
– Não. Também sou
mentiroso.
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O minis
Quando surgiram os sinais de pontuação?
Helena Gonçalves
A maioria dos sinais de pontuação apareceu na
Europa entre os séculos XIV e XVII. Eles nasceram para facilitar a leitura e a compreensão dos
textos. O período em que as primeiras vírgulas,
pontos de interrogação e dois-pontos surgiram
coincide com o momento em que o hábito de ler,
praticamente restrito aos monges na Idade Média,
crescia com o surgimento da impressão tipográfica.
O grande ancestral da pontuação, porém, apareceu bem antes. O ponto já era usado no antigo
Egito em textos poéticos e no ensino de crianças
na escrita hierática - espécie de letra de forma que
simplificava os complexos hieróglifos. À medida
que os jovens ficavam mais
fluentes na leitura, os pontos
eram retirados.
Os usos e funções dos sinais
de pontuação também variaram muito ao longo dos séculos. "O ponto, por exemplo,
nem sempre marcou a conclusão de uma „ideia
completa‟. Na Idade Média, ele era inserido antes
do nome dos heróis ou de personagens importantes da narrativa, por questões de respeito ou apenas enfatização.
Acerca de Vs Há cerca de …
Estada ou estadia
Acerca de quer dizer a respeito de. Veja: Falei
com ele acerca de um problema matemático. Mas
há cerca de é uma expressão em que o verbo
haver indica tempo transcorrido, equivalente a
faz. Veja: Há cerca de um mês que não a vejo.
Outra dúvida: nunca devemos dizer estadia em
lugar de estada. Portanto, a minha estada em São
Paulo durou dois dias. Mas a estadia do navio em
Santos só demorou um dia . Portanto, estadapara
permanência de pessoas, e estadia para navios ou
veículos.
Quando surgiu?
Ponto final (.)
3000 a.C.
Interrogação (?) /
Exclamação (!)
Século XIV
Vírgula (,) / Ponto
e vírgula (;)
Século XV
Dois-pontos (:)
Século XVI
Aspas ("")
Século XVII
Alguns “atropelos”
ortográficos, simpaticamente enviados pelo nosso leitor: Arlésio Coelho
Para rir e ... reflectir!
Sem agá??
Palavra oriunda da junção
dos vocábulos
gregos ἱᴨᴨος
(burro) e
ποταμος (rio).
.
.
.
e
i
t
d
o
r
f
A
e
d
o
t
u
r
Éof
e o fruto que seduz Perséfone e a faz sucumbir aos
infernos da sedução.