BR-PUB - Pressbook Hereafter - HFR
Transcrição
BR-PUB - Pressbook Hereafter - HFR
1 WARNER BROS. PICTURES Apresenta Uma produção Kennedy/Marshall e Malpaso Um filme de Clint Eastwood ALÉM DA VIDA Uma Distribuição WARNER BROS. www.alemdavidafilme.com.br 2 Sumário Elenco pg. 03 Ficha Técnica pg. 03 Sinopse pg. 04 Sobre a produção pg. 05 Sobre o elenco pg. 19 Sobre os realizadores pg. 26 3 ALÉM DA VIDA • ELENCO PRINCIPAL George Marie Lelay Billy Melanie Marcus / Jacob MATT DAMON CÉCILE DE FRANCE JAY MOHR BRYCE DALLAS HOWARD GEORGE E FRANKIE MCLAREN Didier THIERRY NEUVIC Dra. Rousseau MARTHE KELLER • FICHA TÉCNICA Diretor Roteirista Produtores CLINT EASTWOOD PETER MORGAN CLINT EASTWOOD, KATHLEEN KENNEDY e ROBERT LORENZ Produtores Executivos PETER MORGAN, STEVEN SPIELBERG, FRANK MARSHALL e TIM MOORE Diretor de Fotografia Desenhista de Produção Editores TOM STERN, AFC, ASC JAMES J. MURAKAMI JOEL COX, A.C.E. e GARY D. ROACH Figurinista DEBORAH HOPPER Música CLINT EASTWOOD 4 SINOPSE Matt Damon (“Invictus”, trilogia “Bourne”) estrela “Além da Vida”, dirigido por Clint Eastwood (“Menina de Ouro”, “Os Imperdoáveis”) a partir de um roteiro de Peter Morgan (“Frost/Nixon”, “A Rainha”). “Além da Vida” conta a história de três pessoas que são assombradas pela mortalidade de formas diversas. George (MATT DAMON) é um operário americano que tem uma conexão especial com a vida após a morte. Do outro lado do mundo, a jornalista francesa Marie (CÉCILE DE FRANCE) passa por uma situação em que sofre risco de morte e isso a deixa abalada. E quando Marcus (GEORGE MCLAREN e FRANKIE MCLAREN), um garotinho que mora em Londres, perde a pessoa de quem é mais próximo, ele vai em busca de respostas, desesperadamente. Cada uma em um caminho na busca pela verdade, as vidas dessas pessoas irão se cruzar e serão impactadas permanentemente pelo que eles acreditam que possa – ou deva – existir na vida após a morte. “Além da Vida” é produzido por Clint Eastwood, Kathleen Kennedy e Robert Lorenz, com Steven Spielberg, Frank Marshall, Peter Morgan e Tim Moore como produtores executivos. O filme também traz no elenco a premiada atriz belga Cécile de France e os gêmeos George e Frankie McLaren. O elenco internacional ainda inclui Jay Mohr, Bryce Dallas Howard, Marthe Keller, Thierry Neuvic e Derek Jacobi. Nos bastidores, Eastwood retomou a parceria com seus colaboradores de longa data, o que inclui o diretor de fotografia Tom Stern, o desenhista de produção James J. Murakami, os editores Joel Cox e Gary D. Roach, e a figurinista Deborah Hopper. O filme foi inteiramente rodado em locações em Paris, Londres, Havaí e São Francisco. A Warner Bros. Pictures apresenta uma produção Kennedy/Marshall e Malpaso: “Além da Vida”, que será distribuído em todo o mundo pela Warner Bros. Pictures, uma empresa da Warner Bros. Entertainment Company. 5 SOBRE A PRODUÇÃO Um tsunami devastador arrasa uma pequena cidade litorânea na Indonésia, quase causando o afogamento de uma jornalista francesa e levando-a a um estado de quase morte. Nas ruas de Londres, um acidente faz com que um jovem menino tenha seu irmão gêmeo, que sempre foi seu conselheiro, arrancado de sua vida. E, do outro lado do mundo, em São Francisco, um homem se desconecta da realidade para abafar as vozes dos mortos. O que acontece depois da morte? Como alguém tão próximo de nós pode simplesmente desaparecer? Como aqueles que ficaram para trás podem continuar a viver? “Além da Vida” é um drama que explora a busca de três personagens pelas respostas sobre suas próprias vidas quando confrontadas com o que acontece do outro lado. “Não sabemos o que acontece do lado de lá, mas, do lado de cá, tudo acaba”, diz o diretor Clint Eastwood. “As pessoas têm suas crenças sobre o que acontece e o que não acontece depois da morte, mas é tudo hipótese. Ninguém sabe até chegar lá”. “Acho que todos queremos acreditar que exista algo além, mas que não temos certeza do que possa ser”, acrescenta a produtora Kathleen Kennedy. “É engraçado olhar para isso dessa maneira, mas acho que a vida costuma ser definida a partir da morte”. “A morte toca três personagens neste filme, de maneiras que a maioria das pessoas não costuma experimentar”, diz o produtor Robert Lorenz. “Mas, de alguma forma, todos nós podemos nos identificar com os sentimentos na história: amor, perda, solidão e contato. São coisas que todos nós experimentamos”. Matt Damon, que estrela o filme, concorda, observando: “O objetivo não é ser um niilista solitário. O objetivo é estabelecer contato com outras pessoas que estão no planeta com você. Acho que essa acaba sendo a mensagem a favor da vida”. Peter Morgan escreveu o roteiro de “Além da Vida” pouco depois de perder um amigo querido em um acidente. A situação o fez pensar sobre a pergunta que todos se fazem em determinado momento da vida. “Ele morreu de forma muito abrupta, de forma extremamente violenta. Não fazia sentido algum. O espírito dele estava tão vivo entre nós. No funeral dele, eu pensava a mesma coisa que muitos provavelmente estavam pensando, 'Para onde ele foi?'”, relata o roteirista, que também foi produtor executivo do 6 filme. “Podemos ser muito próximos de uma pessoa, saber tudo sobre ela, dividir tudo com ela, e então, repentinamente, essa pessoa vai embora e ficamos sem saber nada. Queria escrever uma história que propusesse esses questionamentos. Essa busca toda tem uma faceta épica”. A ideia de Morgan deu origem às três histórias convergentes do filme. “Quando ia escrevendo o roteiro, não percebi que havia criado três personagens muito solitários que, de algum modo, buscavam completude uns nos outros”, ele explica. “Foi um roteiro diferente para mim. Normalmente, meus roteiros são fruto de pesquisas, baseados em fatos. Este era muito instintivo e muito emocional, não planejado, sem esquemas. Foi uma história muito emocionante de escrever”. Anos depois de finalizar o roteiro e de colocá-lo em uma gaveta, Morgan se viu discutindo a história com Kathleen Kennedy enquanto ambos trabalhavam em outros filmes. “Peter comentou comigo que estava trabalhando num roteiro chamado 'Além da Vida', e que era muito diferente de tudo o que ele já havia feito”, lembra Kennedy, que trabalhava na pós-produção de um filme com seu sócio, Frank Marshall, e Steve Spielberg, ambos produtores executivos de “Além da Vida”. Kathleen Kennedy ficou emocionada com o roteiro e o entregou a Spielberg, para que ele lesse. “Instantaneamente, Steven adorou o roteiro e disse, 'Sei exatamente quem deveria dirigir esse filme: Clint.' Havia algo no filme que ele acreditava que iria emocionar a sensibilidade de Clint”. Spielberg, que já tinha trabalhado com Eastwood em seus dois filmes sobre Iwo Jima, ligou para ele quando este estava na França. Lorenz, produtor de longa data de Eastwood, mandou o roteiro para ele. “Lembro que li a história em uma pequena cabana no sul da França, que, por si só, é uma experiência extraterrestre, e gostei muito do que li”, conta Lorenz. “É uma história simples, realista, mas altamente original, escrita em uma narrativa clara, concisa, talento de Peter. Clint leu em uma tarde e declarou, 'Quero fazer esse filme'”. Eastwood comenta: “Da maneira como estava no roteiro, parecia ser uma história jamais contada anteriormente, com dilemas e dimensões maravilhosos. Gostei da maneira como Peter escreveu aquelas três histórias que se sustentavam sozinhas, mas que, ao mesmo tempo, entrelaçavam-se”. 7 GEORGE EM SÃO FRANCISCO “Além da Vida” se desenrola a partir do ponto de vista de três indivíduos em diferentes partes do mundo. Apesar de a vida deles convergir ao final, eles começam suas jornadas sozinhos. Matt Damon interpreta George Lonegan, um médium relutante que tenta se libertar das pessoas desesperadas que estão em busca de um último momento com seus entes queridos que morreram. Depois de trabalhar com Damon em “Invictus”, Eastwood tinha a intenção de chamá-lo para o elenco do filme. “No começo, achei que minha agenda não permitiria minha participação no filme, porque estava filmando outra coisa quando Clint me ligou”, conta Damon. “Eu disse, 'Você comentou que tem um roteiro de Peter Morgan para dirigir? Você quer me oferecer um papel quando eu estou trabalhando em outro filme? Eu preferiria ser torturado do que ter recebido aquela ligação”, ele confessa. “Mas acabou dando certo, ainda bem, porque Clint é muito flexível. Adoro trabalhar com Clint e com a equipe dele”. Uma vez que a história era composta por três histórias separadas, em três países, Eastwood conseguiu filmar de forma que acomodasse a agenda de Damon. “Eu pensei em filmar primeiro as duas histórias e deixar para rodar a de Matt quando ele estivesse disponível”, lembra Eastwood. “E foi o que fizemos. Logicamente, sou fã de Matt e sabia que ele poderia muito bem interpretar o conflito do personagem”. “Acho que Matt está se tornando um dos mais importantes atores que temos em muito tempo, quando levamos em consideração o currículo dele e os personagens que ele assumiu”, elogia Kathleen Kennedy. “E uma das razões pelas quais ele adora trabalhar com Clint é porque sempre haverá algo que pode aprender com ele, em termos de interpretação e de direção”. O ator descreve seu personagem como “um cara muito solitário”. E continua: “Nos últimos três anos, ele viu sua vida mudar completamente por causa da habilidade de conversar com pessoas que já morreram. Ele não quer ser assim, enxerga seu dom mais como uma maldição do que como uma dádiva. Isso interfere na sua habilidade de ficar íntimo de qualquer pessoa por conta do que ele experimenta quando faz qualquer tipo de contato físico com os outros”. Apesar de George ter um dom de verdade, ele sabe que o campo da física e dos médiuns é cheio de impostores e pseudocientistas. Eastwood observa: “Tentamos 8 mostrar a legitimidade do trabalho que ele faz, para se contrapor aos charlatões que estão por aí. Se existem alguns que são legítimos e outros que não são, isso é uma questão pessoal, mas a história de fato aborda a existência de pessoas que tiram vantagem daqueles que querem fazer contato com o que pode estar depois da morte”. Um que gostaria de tirar vantagem desse mercado é o irmão de George, Billy, interpretado por Jay Mohr. “Acho que Billy é um lutador nato”, garante Mohr. “O irmão dele tem esse talento especial e Billy gostaria que ele usasse esse poder para tornar os dois ricos, mesmo que, emocionalmente, seja muito desgastante para George. Mas Billy é inflexível em relação a isso”. “A escolha de Jay Mohr para interpretar Billy foi, de longe, o trabalho mais fácil que tivemos”, atesta Lorenz. “Jay entrou na sala e começou a agir como um vendedor de verdade. Ele não precisou apelar para coisas bobas. O Billy de Jay era o contraste ideal para George”. Na tentativa de andar com a vida, George inicia um romance com Melanie, interpretada por Bryce Dallas Howard, uma mulher desastrada que ele conhece em uma aula de culinária. “Melanie acabou de se mudar para São Francisco porque levou um fora, e também está tentando recomeçar a vida”, diz Howard. “Quando ela acaba tendo de fazer dupla com George na aula de culinária, ele parece perfeito para ela. Ela está ligeiramente nervosa e ele é um pouco tímido; eles começam uma relação espontânea e agradável. Mas, à medida que vão se conhecendo melhor, fica claro que George esconde um segredo e que Melanie também tem coisas escondidas”. Lorenz diz que Howard deu vida à vulnerabilidade da personagem: “Bryce tem charme e espírito jovens, o que era perfeito para Melanie. E a química dela com Matt era muito forte, o que podemos ver na primeira cena dos dois juntos na aula de culinária. Mas, logicamente, em um momento emocional e sofrido, descobrimos que ela tem uma série de problemas em sua vida”. “O encontro com Melanie é um exemplo de como a vida de George fica bagunçada depois que ele descobre esse talento da clarividência, ou como preferirem chamar”, diz Eastwood. “Eles são o tipo de pessoas pelas quais torcemos. Queremos que eles fiquem juntos. Mas é claro que existe um problema”. “O que mais assombra George é que ele literalmente consegue ver a alma das pessoas”, explica Kennedy. “Ele consegue rapidamente sentir coisas que apenas eles 9 sabem. E, por vezes, o que ele revela, o que mostra para as pessoas, são coisas que as pessoas não necessariamente querem revelar para os outros”. O único lugar em que George consegue encontrar refúgio é nas gravações em CD do trabalho do autor vitoriano Charles Dickens, lidos pelo ator inglês Derek Jacobi. “George percebe que ele tem uma conexão com esse autor com um monte de fantasmas na cabeça, que estão com ele o tempo inteiro”, Damon observa. Para deixar o passado para trás, George embarca em uma peregrinação até a casa em que morou Dickens, em Londres. “George está em busca de uma maneira de deixar pra trás essa situação em que está paralisado há tanto tempo”, destaca Lorenz. A jornada de George o leva até a Feira do Livro de Londres e promove uma colisão com a história das outras duas almas perdidas. “Acho que todos os personagens deste filme estão tentando retomar as rédeas de suas vidas”, observa Damon. “E George precisa entender o valor do dom que ele tem”. MARIE EM PARIS Marie Lelay, uma popular âncora e jornalista política, começa sua jornada em uma pequena cidade litorânea do sudeste asiático, durante suas férias com o namorado, Didier. Marie é interpretada pela atriz belga Cécile de France, que afirma: “Marie é uma mulher de negócios forte e rica que adora seu trabalho e sempre vai atrás da verdade em suas reportagens. É por isso que ela é uma boa jornalista e tão popular. Ela namora o produtor do telejornal que apresenta e o amor deles é daquele tipo das pessoas muito ocupadas. No começo da história, não parecem muito apegados às coisas que acontecem no coração deles”. Eastwood escolheu Cécile de France para o papel depois de ver sua gravação de audição, logo no início do processo da escalação do elenco. “Eu observei algumas pessoas e ela logo se destacou”, recorda Eastwood. “Não conhecia muito o trabalho de Cécile antes disso, mas acho que ela é uma das melhores atrizes com que já trabalhei”. A vida de Marie muda para sempre quando ela deixa o hotel em que está hospedada para comprar lembrancinhas para os filhos de Didier em um mercado de rua. No caminho, ela escuta um barulho forte e, quando se vira para ver o que está acontecendo, um tsunami devastador está indo em sua direção, uma onda que destrói 10 tudo. “Ela é absorvida por essa onda assassina”, diz de France. “Ela luta para não perder o fôlego, mas é sugada para baixo. E, quando está de fato morrendo, ela tem uma visão. Tudo fica silencioso e completamente escuro; uma luz distante chama a atenção dela. O tempo para, e a luz no fundo fica cada vez mais próxima. Não há sensação de linearidade de tempo ou de emoção. Ela fica ciente de tudo, sentindo tudo”. A sensação não dura muito tempo e logo Marie tenta recobrar a respiração e retomar a consciência. Eastwood diz: “Depois dessa experiência próxima da morte, ela volta para Paris e retoma o trabalho, mas esse evento perturba todos os aspectos de sua vida”. “Há uma ansiedade que todos os seres humanos compartilham quando são confrontados com o mistério da morte”, garante a atriz. “Não temos respostas para coisas que não conseguimos controlar. E esse tipo de trauma nos força a enfrentar o fato de que todos morreremos um dia. Marie não consegue superar o que aconteceu com ela”. À medida que ela tenta retomar sua vida, descobre uma separação essencial entre ela e os que a circundam. “Como jornalista, ela se baseia muito nos fatos; tudo gira em torno de imagens e matérias”, conta Kathleen Kennedy. “Quando aquilo acontece com Marie, ela não só fica profundamente curiosa sobre o que aconteceu, mas as pessoas ao seu redor começam a achar que ela perdeu um pouco o controle. Elas nem sequer querem conversar sobre isso”. O namorado dela, o produtor, fica imediatamente desconfortável com essa mudança. O ator francês Thierry Neuvic, que interpreta Didier, explica: “Didier pensa que ela está muito estressada e que desenvolveu um choque pós-traumático depois do tsunami. Ele é muito pragmático e não consegue entender as mudanças pelas quais ela está passando. Então, um abismo começa a se formar entre eles. Didier não quer caminhar por essa estrada com ela”. A solidão e a busca das respostas por Marie fazem com que ela comece a escrever um livro sobre sua própria experiência. Sua jornada frustrada em busca de informações acaba fazendo com que ela termine em uma clínica nos Alpes. A veterana atriz suíça e diretora de óperas contemporâneas Marthe Keller interpreta a dra. Rousseau, especialista naquele fenômeno que cuida dos pacientes na clínica dos Alpes. 11 “A dra. Rousseau é uma cientista que passou a vida inteira pesquisando o que é considerado um assunto tabu na ciência: pessoas em todos os cantos do mundo que experimentaram a morte e voltaram à vida”, diz Keller. “As pessoas não falam sobre isso, porque o conceito sozinho pode ser aterrorizante. Mas Marie escreve uma carta enorme, abrindo seu coração e contando sua história. Marie não apenas quer entender, quer que alguém a escute. Ela precisa ser compreendida”. A busca de Marie pela verdade acabará por levá-la a Londres, onde ela irá se encontrar com alguém que finalmente lhe dará ouvidos. MARCUS EM LONDRES Os irmãos gêmeos George e Frankie McLaren foram escolhidos para interpretar o cerne da história de perda do filme. A diretora de elenco Fiona Weir viu mais de cem pares de gêmeos em Londres para os papéis de Jason e Marcus. Apesar de eles terem feito algumas peças de teatro, não tinham nenhuma experiência no cinema, o que Eastwood via com bons olhos para os papéis em “Além da Vida”. “Eles têm rostos ótimos e vêm de um bairro de trabalhadores”, ele diz. “Eles eram os mais inexperientes, mas agarram a experiência e o jeito natural que eles tinham era o que me chamava a atenção neles”. “Eles se encaixavam perfeitamente nos papéis que Peter havia escrito para os gêmeos”, acrescenta Kennedy. “Clint conseguiu extrair deles uma sensibilidade silenciosa, e de alguma forma danificada, e conseguimos perceber que eles dividem algum tipo de segredo”. Jason e Marcus são irmãos gêmeos nascidos em um bairro de classe operária. A mãe deles, Jackie, interpretada por Lynsey Marshal, luta contra um vício, e os dois estão a um passo de serem encaminhados para adoção pelo conselho tutelar. “Jackie ama seus filhos, mas não consegue dar conta de tudo sozinha”, descreve Marshal. “Ela é muito jovem, não tem dinheiro e está viciada em drogas. Os meninos sentem que precisam ajudá-la quando os assistentes forem ao apartamento deles fazer uma visita. Eles são muito jovens para ter de lidar com essa situação”. Nascido doze minutos antes do irmão, Jason é o gêmeo mais seguro e cuida tanto da mãe quanto do irmão. “Eles são muito próximos, porque não têm muitos 12 amigos”, diz Frankie McLaren. “Eles sempre ficam um do lado do outro, porque são tudo o que o outro tem”. Quando sai de casa para resolver uma pendência para a mãe, Jason é atropelado e morre, deixando Marcus sozinho em uma situação inimaginável. “Marcus é o mais fraquinho dos dois, e, quando seu irmão morre tragicamente, ele fica à deriva, sem saber o que fazer em seguida ou o que fazer da vida”, comenta Lorenz. “Ele está perdido mesmo e em busca de respostas”. “Voltar a ter contato com o irmão se torna uma obsessão para ele”, acrescenta Kathleen Kennedy, que é, ela própria, gêmea. “Ele está querendo encontrar um sentido para a vida sem a pessoa que era mais próxima dele. Acho que qualquer pessoa tem esses sentimentos quando perde um irmão ou um parente muito próximo. Mas, como irmão gêmeo, é como se perdesse uma parte de você mesmo. Eu me identifico muito com esse aspecto da história, mas acho que é uma ideia com que todos podem se identificar, todos que entendem esse tipo de relacionamento”. Ambos os gêmeos McLaren alternaram os papéis de Jason e Marcus, o que só reforçava a sensação de que eles eram duas metades de um todo. “Acho que a perda mais profunda seria a perda de um irmão gêmeo, alguém que é literalmente da sua própria célula”, diz Peter Morgan. “É especialmente terrível porque os meninos da história são muito jovens e só conhecem a vida estando juntos”. Marcus se agarra às memórias de Jason e ao boné que seu irmão sempre usava. “Jason tem um boné especial que ele usa”, diz George McLaren. “E, quando Jason morre, Marcus pega o boné e coloca na cabeça. Ele o usa para dormir, leva-o para todo lugar com ele”. Além do isolamento de Marcus está o fato de o acidente fazer com que ele seja tirado dos cuidados de sua mãe e colocado em um lar de adoção. “Ele é muito jovem e atento em relação ao mundo e em relação a nós”, diz a atriz irlandesa Niamh Cusack, que interpreta sua mãe adotiva. “Ele precisa sentir que Jason ainda está com ele. Essa é sua única segurança”. Para tentar restabelecer a conexão com seu irmão, Marcus embarca em uma odisseia pelas comunidades da internet sobre médiuns. “Ele conversa com uma porção de pessoas para ver se alguma delas consegue fazê-lo entrar em contato com Jason, e ele corre para todos esses charlatões que alegam conseguir falar com o além, mas acabam não conseguindo”, diz Eastwood. 13 A pesquisa acaba levando a um nome, e o nome, a um rosto: George Lonegan. Então Marcus vai em busca da única pessoa que ele acredita poder ajudá-lo a encontrar as respostas que procura. NAS LOCAÇÕES NO HAVAÍ, EM PARIS, SÃO FRANCISCO E LONDRES Juntamente com sua equipe leal de colaboradores fundamentais e profissionais, Eastwood começou a rodar um filme que deixaria pegadas em inúmeros locais, de Londres e Paris a São Francisco e Maui. “As ideias neste filme são universais”, afirma Damon. “Ele lida com questões que as pessoas enfrentam em todo o mundo, sempre enfrentaram e sempre enfrentarão. Então acho ótimo ser uma história com essa pegada internacional, e também acho ótimo termos ido para esses países diferentes para captar isso”. Já que as cenas seriam interconectadas, Eastwood trabalhou com o desenhista de produção James J. Murakami para garantir que o público soubesse onde a cena se passa a qualquer momento. “Clint queria que cada história tivesse uma ambientação única, identificável”, diz Murakami. “Então, era importante capturar o visual moderno de Paris, e o sentimento de classe média de São Francisco, e depois a percepção agonizante da Londres de Marcus. Esses lugares, de muitas maneiras, espelhavam o personagem cuja história estava sendo contada”. A figurinista Deborah Hopper também reforçou a individualidade dos personagens principais por meio de suas roupas. Ela afirma: “Os figurinos dos personagens principais tinham de refletir a personalidade de três indivíduos em diferentes partes do mundo, vindos de circunstâncias diferentes. Era um projeto desafiador”. Para diferenciar as histórias ainda mais, Eastwood e seu parceiro de longa data, o diretor de fotografia Tom Stern, usaram o processo de intermediação digital (I.D.), no qual a impressão é escaneada para permitir que o tempo de coloração seja processado digitalmente. “É sutil, mas cada cidade tem um visual ligeiramente diferente, de forma a refletir o que está acontecendo em cada parte da história”, Stern explica. As filmagens começaram em Chamonix, nos alpes franceses, em frente ao Mont Blanc, onde Marie visita a dra. Rousseau. “Parecia que eu estava no paraíso. A experiência foi verdadeiramente mágica”, diz Cécile de France. 14 A trupe se mudou para Paris em seguida, para filmar a volta de Marie à sua cidade natal. O diretor da locação francesa, Antonin Depardieu, conseguiu garantir inúmeros locais que poderiam servir perfeitamente para o mundo sofisticado em que vive Marie. “Ela reflete os aspectos acelerados e modernos de Paris”, descreve Murakami. “Mas, ao mesmo tempo, está cercada de tradição”. As locações francesas incluem a Place de la Madeleine, bem como o Palais de Chaillot, em frente à torre Eiffel. O apartamento de Marie ficava em um prédio do século 19, na Boulevard Malesherbes, onde as noites de filmagens atraíram legiões de fãs de Eastwood para comemorar o filme. Hopper vestiu Marie em roupas e tecidos de luxo, com uma paleta de cores fortes, incorporando cashmere e couro, e com lenços e influências da Hermès nas produções. A figurinista observa: “Marie é uma mulher do mundo – confiante, chique e muito feminina. Depois da experiência em que ela quase morre, seu visual muda e há menos ênfase na parte fashion. Ela passa a se vestir de forma mais despojada e com cores mais suaves, e parece mais acessível e aberta a tudo o que pode acontecer”. Depois da semana em Paris, a equipe seguiu para Londres, onde o gerente de locações no Reino Unido, Martin Joy, conseguiu permissão para filmar o apartamento em que Jason e Marcus vivem com mãe, no Chancellor Estates da cidade, apelidado de Elefante e Castelo. “Esses conjuntos habitacionais foram construídos há cerca de quarenta anos e tinham como objetivo durar apenas trinta anos”, explica Murakami. “O governo sempre quis destruí-los e limpar o lugar para novas construções. É um terreno irregular, isolado, então era o lugar perfeito para nossos personagens”. Uma locação crucial era o museu Charles Dickens, a única casa sobrevivente do escritor vitoriano em Londres, onde ele escreveu dois de seus mais famosos livros, Oliver Twist e Nicholas Nickleby. O museu permitiu que Eastwood e sua equipe filmassem Matt Damon em sequências em que George se junta a um pequeno grupo de turistas pela pequena casa. “Eles foram muito receptivos conosco e nós respeitamos muito o lugar, e nos certificarmos de que não iríamos danificar nada”, enfatiza Eastwood. Lá, George olha de relance um retrato chamado “Dicken's Dream”, que mostra o escritor dormindo em sua mesa com os personagens de seus romances flutuando no ar ao seu redor. “Quando George vê aquilo, ele se dá conta de que tem uma conexão com esse cara que tem todos esses fantasmas em sua cabeça, que estão com ele o tempo 15 todo”, reflete Damon. “Foi maravilhoso poder filmar aquela cena no lugar original com o retrato de verdade”. Como Londres é o lugar para onde as histórias convergem, a paisagem da cidade muda de visual quando sai dos arredores urbanos de Marcus para um ambiente mais acolhedor, vitoriano, que inclui o enorme Alexandra Palace, que se tornou o lugar para a Feira do Livro de Londres. Para completar o cenário, a equipe juntou editoras para montarem barracas naquele lugar espetacular, junto com 275 figurantes que atuaram como atendentes, vendedores das diferentes editoras e escritores. O filme também usou como locação a cênica galeria vitoriana Leadenhall Market, e o Conway Hall, que se passou pelo Centro de Medicina Avançada, bem como as estações de metrô Liverpool e Charing Cross, e os hotéis Mayfair e Columbia. Depois que terminaram de filmar nas locações européias, a produção foi explorar São Francisco, onde George Lonegan mora. Assim como seus pares em outras cidades, o gerente de locação de São Francisco, Patrick O. Mignano, buscou lugares que imediatamente identificassem a cidade, incluindo o Crissy Field, no parque Golden Gate, e o Presídio, bem como a C&H Sugar Company, no norte da cidade, que foi usada como local de trabalho de George. Eles usaram para o apartamento de George o histórico Nob Hill, e a unidade ocupada tinha vista para o prédio Transamerica. “Eu sou da Bay Area, então conheço a região, e o apartamento que escolhemos é bem parecido com muitos outros daquela área”, diz Eastwood. “O prédio não é construído com formas simétricas. As entradas são angulosas, então, quando entrávamos com as câmeras, conseguíamos captar lados interessantes, em vez de apenas filmar tudo entre quatro paredes. É um prédio antigo maravilhoso, com um restaurante italiano, o que achávamos que seria perfeito para George”. O espaço pequeno, de 65 metros quadrados, exigia que Eastwood, Stern e o cinegrafista Steve Campanelli se espremessem em espaços apertados, muitas vezes com a SteadiCam, para conseguir filmar a cena. Mas essa característica também permitiu que o diretor conseguisse chegar até a experiência de cada personagem, enfatizando que, enquanto o filme passa na tela grande, o drama humano é mais íntimo. Essa dicotomia fica mais evidente na sequência do tsunami, que envolveria a filmagem no local, na cidade de Lahaine, na ilha havaiana de Maui. “Nós consideramos 16 inúmeros lugares para rodar aquela sequência”, observa Lorenz. “Precisávamos de uma espécie de beco que fosse até a praia, por onde as pessoas saíssem correndo para fugir das ondas. A Front Street, em Maui, parecia ideal para essa ideia”. Para capturar o momento em que Cécile de France e uma pequena criança são pegas pela onda gigantesca, Stern e Campanelli colocaram as câmeras em pranchas de surfe e as colocaram na água, seguidos pelo próprio Eastwood. “Nunca tinha visto Clint mergulhando antes, mas é bem típico do estilo de direção dele”, diz Lorenz. “Ele quer entrar na situação e fazer parte de tudo, para se certificar de que vai conseguir captar tudo o que quer e que vai conseguir apontar a câmera em cada direção”. “Ficamos maravilhados”, lembra Kathleen Kennedy. “Era muita água e as ondas eram gigantes. Era quase impossível manter a câmera naquela prancha pequena. E Clint simplesmente mergulhou, subiu na prancha, checou a câmera e depois entrou na água junto com os outros. Clint, o elenco e a equipe de filmagem estavam lá para que a cena acontecesse. Sob todos os aspectos foi inesquecível”. Cécile de France estava animada para filmar a sequência no mar. “Acho que Clint gosta de se ater à realidade”, ela diz. “Ele quer que as pessoas se sintam próximas de seus personagens, e, como atriz, foi muito empolgante fazer o trabalho todo na água”. “Nunca estive em um tsunami, apesar de meu filho ter estado na Tailândia quando aquele tsunami de 2004 aconteceu, e de eu ter falado com muita gente que estava lá”, conta Eastwood. “Muitas pessoas fotografaram aquilo, e dava para ver que era devastador”. Para criar a onda, Michael Owens e sua equipe de fato buscaram referências no trágico evento de 2004, observando filmagens documentais e fotos, e acrescentando elementos que poderiam refletir a intimidade do ponto de vista de Marie. “Era uma sequência complicada, porque Clint a estava apresentando de um jeito que não veríamos nos telejornais”, diz o editor Joel Cox, que trabalha com Eastwood há 35 anos, e, junto com Gary Roach, editou “Além da Vida”. “Estávamos tentando criar aquilo com base no que as pessoas disseram ter visto e sentido, algo que a maioria das pessoas nunca experimentou na vida. Todas as tomadas e os efeitos estão a serviço da criação, por meio de Marie, de uma ideia do que é sobreviver a um tsunami, e especificamente para a história do filme, de como é morrer na água e depois voltar à vida”. 17 A complexa sequência foi construída a partir de componentes capturados na praia, em Lahaina, bem como de filmagens do Reino Unido, no gigantesco tanque do estúdio Pinewood. “Clint sempre gosta de filmar em locações reais, sempre que possível, e do ponto de vista dos efeitos visuais essa preferência é um desafio, mas também ajuda a manter uma base forte na realidade”, diz o supervisor de efeitos visuais Michael Owens. “Naquele caso, conseguimos filmar Cécile nos tanques, em frente a uma tela verde, com uma série de canhões de água e redemoinhos ao redor dela, para dar uma sensação palpável do que a personagem experimenta”. Owens, trabalhando junto com o estúdio de efeitos visuais Scanline, usou imagens escaneadas de todos os elementos – da praia, dos atores, dos destroços levados pelo tsunami – para criar um modelo digital em que a onda devastadora poderia ter sido criada. “É realmente impressionante”, diz Eastwood. “Representar aquilo, recriar aquilo, é muito, muito difícil, e água é um elemento especialmente difícil para trabalhar, mas tínhamos de fazer aquilo daquela maneira. Também precisávamos de algum material gerado por computador, de forma a realmente contar a história que estávamos tentando contar, e Michael fez um trabalho maravilhoso ao tornar aquela onda real”. A MISTURA FINAL Eastwood, que é conhecido por compor músicas e por estar sempre intimamente envolvido na criação das trilhas sonoras de seus filmes, foi o responsável pela trilha de “Além da Vida”. O regente australiano Ashley Irwin conduziu uma orquestra de 22 músicos na presença de Eastwood, Lorenz e Cox. Eastwood entremeou o Segundo Concerto de Rachmaninoff na trilha, bem como dois temas simples que o próprio diretor compôs para o filme. Também envolvido na composição da trilha esteve o pianista Gennady Loktionov, de Carmel, Califórnia, que ficou incumbido de fazer os arranjos das composições de Eastwood. “Clint se senta e compõe a música, criando o sentimento do que ele quer no filme como um todo”, diz Cox. “Ele é uma pessoa do jazz, então quer essa liberdade, quer deixar as coisas fluírem. Ele gosta que a trilha sonora seja escassa; que esteja lá para servir de apoio à história”. 18 O mesmo pode ser dito sobre o toque de Eastwood no processo inteiro da realização do filme. Enquanto ele ficava claramente encarregado de sua produção, orquestrava essa filmagem internacional com seu característico toque leve e bemhumorado. “Como diretor há quarenta anos, ele sabe o tipo de ambiente que deve criar para sua equipe”, diz Damon. “Ele sabe muito sobre as diferentes funções, e como facilitar as coisas para todo mundo. E, como resultado, todos realmente sentem que fizeram o melhor trabalho possível, e em um ambiente divertido também”. Kathleen Kennedy já havia trabalhado com Eastwood e Lorenz em “As Pontes de Madison” e ficou animada por ter a oportunidade de trabalhar com os dois novamente. “Tive uma experiência incrível com Clint e sou imensamente grata por ter participado de um filme dele de novo. Ele é único”, elogia. Para Cécile de France, trabalhar com Eastwood pela primeira vez foi uma revelação. “Senti que ele confia completamente na gente, então nos sentimos prontos para dar toda a nossa energia e potencial”, diz a atriz. “Ele quer que tudo aconteça de forma natural, deixa os atores serem espontâneos”, conta Lorenz, que trabalha com o diretor há mais de uma década. “Ele confia nas pessoas que trabalham para ele, e cria esse ambiente de trabalho fantástico com sua presença. Tudo emana dele”. “Quando vamos filmar uma cena, nossa intuição diz para fazer de determinada maneira”, diz Eastwood. “Eu gosto de compreender as histórias e deixá-las se desenvolverem naturalmente ao conhecer as pessoas”. “Neste filme, cada um dos três personagens principais tem alguma coisa de que o outro precisa, não necessariamente respostas, mas um ponto inicial para que consigam levar adiante suas vidas. Todos eles têm que dar o melhor de si enquanto estão por aqui”. 19 SOBRE O ELENCO MATT DAMON (George) já foi premiado por seu trabalho em ambos os lados da câmera, tendo recebido mais recentemente indicações ao Oscar e ao prêmio do Screen Actors Guild na categoria Melhor Ator Coadjuvante, por sua interpretação do herói do rúgbi sul-africano François Pienaar, no drama baseado em fatos verídicos “Invictus”, dirigido por Clint Eastwood. Além disso, ele levou duas indicações ao Globo de Ouro no início deste ano: uma na categoria Melhor Ator Coadjuvante pela atuação em “Invictus” e outra como Melhor Ator pelo papel principal em “O Desinformante”, de Steven Soderbergh. No início da carreira, Damon levou um Oscar na categoria Melhor Roteiro Original e foi indicado na categoria Melhor Ator, ambos pelo longa-metragem inovador “Gênio Indomável”. Ele também tem uma ampla gama de projetos inéditos, incluindo a refilmagem dos irmãos Coen para o clássico do faroeste “Bravura Indômita”, que estreia no final deste ano, e o thriller de George Nolfi “The Adjustment Bureau”, com Emily Blunt no elenco, que será lançado em março de 2011. Emprestou a voz para o desenho animado “Happy Feet 2”, com previsão de lançamento para novembro de 2011. Ainda em 2010, Damon se reúne com Soderbergh para integrar o elenco do thriller “Contagion”, e depois irá estrelar “We Bought a Zoo”, do diretor Cameron Crowe. Em 2002, Damon interpretou o personagem Jason Bourne no arrasa-quarteirão de ação “A Identidade Bourne”. Em seguida, ele retomou o papel nas duas sequências do original, “A Supremacia Bourne” e “O Ultimato Bourne”, ambos dirigidos por Paul Greengrass. Recentemente, retomou a parceria com Greengrass para estrelar o thriller de ação “Zona Verde”. Trabalhou repetidamente com Steven Soderbergh em filmes como a trilogia que começou com “Onze Homens e Um Segredo”, integrando o elenco estelar, e fez uma participação especial na segunda parte da cinebiografia “Che”, que era formada por duas partes. Recentemente, Damon participou de: “Os Infiltrados”, filme dirigido por Martin Scorsese que ganhou o Oscar de Melhor Filme e trazia no elenco também Leonardo DiCaprio, Jack Nicholson e Mark Wahlberg; o thriller dramático de Robert De Niro “O Bom Pastor”, com De Niro e Angelina Jolie; e o suspense geopolítico de Stephen Gaghan “Syriana – A Indústria do Petróleo”, com George Clooney. 20 Além disso, Damon fez alguns trabalhos para a televisão. Entre eles, foi o produtor executivo e atuou no projeto do History Channel “The People Speak”, baseado em um livro escrito pelo famoso historiador Howard Zinn, com leituras dramáticas e atuações de alguns dos nomes mais importantes da indústria do entretenimento. Natural de Boston, Damon frequentou a Universidade de Harvard e começou a atuar no teatro American Repertory. Ele estreou em um longa-metragem em “Três Mulheres, Três Amores”, que foi seguido por papéis em “Código de Honra”; “Gerônimo: Uma Lenda Americana”, de Walter Hill; e os projetos para a televisão “Rising Son” e “The Good Old Boys”, de Tommy Lee Jones. Ele chamou a atenção pela primeira vez pelo retrato de um atormentado veterano da Guerra do Golfo, que não consegue esquecer um incidente acontecido em um campo de batalha, em “Coragem Sob Fogo”, de 1996. Junto com seu amigo de longa data Ben Affleck, Damon escreveu o aclamado drama “Gênio Indomável”, de 1997, pelo qual eles ganharam um Oscar e um Globo de Ouro, bem como inúmeros prêmios de círculos de críticos na categoria Melhor Roteiro Original. Damon também levou indicações ao Globo de Ouro e ao prêmio do Screen Actors Guild (SAG), além de uma indicação ao Oscar, todos na categoria Melhor Ator. Ainda naquele ano, Damon interpretou um jovem advogado idealista em “O Homem que Fazia Chover”, de Francis Ford Coppola, e fez uma participação em “Procura-se Amy”, de Kevin Smith. No ano seguinte, Damon interpretou o papel-título do premiado drama sobre a Segunda Guerra Mundial dirigido por Steven Spielberg, “O Resgate do Soldado Ryan”, e estrelou o drama de John Dahl “Cartas na Mesa”, contracenando com Edward Norton. Damon ganhou sua terceira indicação ao Globo de Ouro pela atuação em “O Talentoso Ripley”, de 1999, em que foi dirigido por Anthony Minghella. Ele também voltou a trabalhar com Ben Affleck e Kevin Smith na controversa comédia “Dogma”. Os filmes seguintes de Damon incluem o papel principal em “Lendas da Vida”, de Robert Redford; “Espírito Selvagem”, de Billy Bob Thornton; “Ligado em Você”, comédia dirigida pelos irmãos Farrelly, em que contracenou com Greg Kinnear; “Os Irmãos Grimm”, de Terry Gilliam, com Heath Ledger no elenco; e uma participação em “Confissões de uma Mente Perigosa”, de George Clooney. Damon e Affleck fundaram a produtora LivePlanet para desenvolver projetos no cinema, na televisão e em novas mídias. A LivePlanet produziu três temporadas 21 indicadas ao Emmy do “Project Greenlight”, registrando filmes independentes realizados por diretores e roteiristas de primeira viagem. Os filmes do “Project Greenlight” produzidos até a presente data são: “Stolen Summer”, “O Nerd Vai à Guerra” e “Feast”. A LivePlanet também produziu o documentário “Running Sahara”, dirigido pelo vencedor do Oscar James Moll. Além disso, Damon é um dos fundadores da H2O Africa, agora conhecida como Water.org, e é embaixador da fundação em prol das crianças ONEXONE. CÉCILE DE FRANCE (Marie Lelay) chamou a atenção do público e da crítica pela primeira vez em 2002, quando recebeu o prêmio César na categoria Melhor Revelação Feminina, e quando levou o Prix Louis Lumière pelo retrato de Isabelle em “O Albergue Espanhol”. Dois anos mais tarde, ela ganhou o prêmio César na categoria Melhor Atriz Coadjuvante quando retomou o papel de Isabelle em “Bonecas Russas”. Depois disso, recebeu indicações ao César pela atuação em “Um Lugar na Plateia”, de Danièle Thompson, em 2006, e em “Um Segredo em Família”, de Claude Miller, de 2007. Em seu currículo estão ainda os filmes: “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, em que contracenou com Jackie Chan e Steve Coogan; e o thriller de terror “Alta Tensão”, dirigido por Alexandre Aja, que abriu as portas de Hollywood para a atriz, que interpretou variados papéis em ambos os continentes. Seu mais recente filme na França foi “Guardiões da Ordem”, de Nicolas Boukhrief, em que contracenou com Fred Testot. Ela também foi elogiada pela crítica por “Sister Smile” e pelo retrato de Jeanine Deckers, a famosa freira belga que cantava e cujo sucesso da década de 1960, “Dominique”, a catapultou para a fama e a controvérsia. Cécile de France já contracenou com lendas como Gérard Depardieu, em “Quando Estou Amando”; com Ulrich Tuku em “The Hand of the Headless Man”; e outros grandes nomes do cinema francês, incluindo Etienne Chatiliez, Cédric Klapisch, Claude Chabrol e Jean-Françoise Rochet, que a dirigiu em “Mesrine: Public Enemy #1”, com Vincent Cassel. Nascida em Naumur, na Bélgica, em 1975, ela começou a carreira de atriz aos seis anos de idade. Continuou seus estudos em Paris aos dezessete anos, e logo foi 22 selecionada para estudar na École Nationale Supérieure des Arts et Techniques du Théâtre (conhecida mundialmente como La Rue Blanche), uma rara honraria para um ator estrangeiro. Depois de se formar, foi convidada por Richard Berry para ser a protagonista de “L'art (délicat) de la Séduction”, e logo seguiram-se papéis no cinema e no teatro. Em 2005, ela foi convidada para atuar como mestre-de-cerimônias do Festival Internacional de Cinema de Cannes. JAY MOHR (Billy) começou nos palcos se apresentando em stand-up comedy aos dezesseis anos de idade, e logo chamou a atenção das plateias com suas imitações de Christopher Walken, Tracy Morgan, Al Pacino, Robert De Niro, Norm MacDonald e Ina Garten, da The Food Network. Depois de duas décadas, ele continua lotando casas de show em todo o país com seu número de stand-up. Mais recentemente, Mohr estrelou a bem-sucedida série de televisão da CBS “Gary Unmarried”. Entre outros trabalhos para a televisão estão o papel do professor Rick Payne no popular seriado da CBS “Ghost Whisperer” e como protagonista da série da Fox “Action”. Além disso, ele criou, foi produtor executivo e apresentou “Last Comic Standing”, da Comedy Central, que durou seis temporadas, e também apresentou “NFL This Morning”, da Fox Sports Net; narrou o premiado “Beyond the Glory”. Mohr foi produtor executivo e apresentador do programa semanal de humor, música e esportes da ESPN “Mohr Sports”. Ironicamente, seu primeiro papel importante em um filme foi como empresário de atletas, rival de Tom Cruise, no arrasa-quarteirão “Jerry Maguire – A Grande Virada”, que foi seguido pelo papel de um rapaz certinho em “Paixão de Ocasião”, em que contracenou com Jennifer Aniston. Em seu currículo estão ainda: “Corações Apaixonados”, “Jogo Suicida”, “Pecado Consentido”, “A Última Aposta”, “Noivo em Fuga”, “A Corrente do Bem”, “Os Reis da Rua” e “Vamos Nessa”, bem como o protagonista das comédias “Um Milionário em Apuros” e “Querem Acabar Comigo”. O segundo livro de Mohr, “No Wonder My Parents Drank”, uma fábula irreverente de suas experiências com a paternidade, foi publicado em maio. O livro Gasping for Airtime, suas memórias dos anos em que trabalhou como roteirista e comediante do “Saturday Night Live”, foi publicado em 2004. 23 BRYCE DALLAS HOWARD (Melanie) recentemente interpretou Victoria em “Eclipse”, o terceiro filme da bem-sucedida franquia “A Saga Crepúsculo”. Ela será vista em seguida na comédia de Jonathan Levine “Live With It”, contracenando com Seth Rogen e Joseph Gordon-Levitt, e na adaptação para o cinema do romance de Kathryn Stockett, incluído nas listas de mais vendidos, “The Help”, produzida por Chris Columbus, na qual irá interpretar Hilly. O filme tem previsão de estreia para 2011. Em 2009, ela estrelou a versão cinematográfica da peça de Tennessee Williams, “Tesouro Perdido”, com Chris Evans, e teve um papel secundário no filme de ação de McG “O Exterminador do Futuro – Salvation”, em que contracenou com Christian Bale. Em seu currículo estão ainda: “Homem-Aranha 3”, de Sam Raimi, em que ela interpreta Gwen Stacy; e os filmes dirigidos por M. Night Shyamalan “A Dama da Água”, com Paul Giamatti no elenco, e “A Vila”, que marcou sua estreia em um longa-metragem e no qual contracenou com Adrien Brody, Joaquín Phoenix e Sigourney Weaver; e “Manderlay”, de Lars von Trier, a sequência de “Dogville”. Howard também foi indicada ao Globo de Ouro, em 2008, pela atuação como Rosalinda na adaptação de Shakespeare da HBO para “As You Like It”, escrito e dirigido por Kenneth Branagh. Para expandir seu alcance criativo para além da atuação, Howard produziu “Restless”, de Gus Van Sant, que será exibido pela primeira vez no Festival de Cinema de Sundance, em 2011, e tem previsão de estreia para o início do próximo ano. Ela também dirigiu pela primeira vez, em 2006, o curta-metragem “Orchids” e atualmente tem em desenvolvimento um longa-metragem para o qual escreveu o roteiro. Após deixar o programa da Tisch School of the Arts, na Universidade de Nova York, Howard imediatamente começou a trabalhar nos palcos nova-iorquinos, incluindo o papel de Marianne na montagem da Roundabout de “Tartufo”; Rosalin, em “As You Like It”, do Public Theatre; Sally Platt na montagem do Manhattan Theatre Club de “House/Garden”, de Alan Ayckbourn; e de Emily na produção do Festival Bay Street Theater de “Our Town”. GEORGE E FRANKIE MCLAREN (Marcus/Jacob) estreiam em um longametragem em “Além da Vida”. 24 Naturais de Lewisham, em Londres, na Inglaterra, os gêmeos de doze anos de idade já haviam feito apresentações de dança de rua e, mais recentemente, apareceram na montagem teatral de “Bugsy Malone”, na escola que frequentam. THIERRY NEUVIC (Didier) apareceu recentemente em “Un Poison Violent”, de Kattel Quillévéré, que foi exibido no Festival de Cinema de Cannes de 2010. Ele será visto em seguida em “Behind the Walls”, de Julien Lacombe e Pascal Sid, e em “Suerte”, de Jacques Sechaud. Em 2009, Neuvic apareceu em “Oscar et la Dame Rose”, de Eric-Emmanuel Schmitt, com Max von Sydow; e em “Não Olhe para Trás”, de Maria de Van, com Sophie Marceau e Monica Bellucci, que esteve na competição oficial do Festival de Cinema de Cannes. Em seu currículo estão ainda “Stella”, de Sylvie Verheyde; “Não Conte a Ninguém”, de Guillaume Canet; a comédia “Como Você Está Linda”, com Valerie Benguigui; “Tudo por Prazer”, com Anne Parillaud, Judith Godrèche e Mathilde Seigner; “Pelo Amor de Deus”, com Audrey Tatou; e “Código Desconhecido”, em que contracenou com Juliette Binoche. Para a televisão, Neuvic já trabalhou em: “L'Amour Vache”, “Mafiosa, Le Clan”, “Le Miroir de L'Eau”, “Mausolée pour un Garce”, e “Si Je t'Oublie Sarajevo”. No teatro, ele já apareceu em inúmeras montagens, incluindo “O Avarento”, no Théâtre de Chaillot e “Cyrano de Bergérac”. MARTHE KELLER (Dra. Rousseau) foi indicada ao Globo de Ouro na categoria Melhor Atriz Coadjuvante pelo papel no arrasa-quarteirão “Maratona da Morte”. Entre seus filmes americanos que vieram em seguida estão: “Bobby Deerfield – Um Momento, Uma Vida”, com Al Pacino; “Domingo Negro”, de John Frankenheimer, em que contracenou com Robert Shaw; “Fedora”, de Billy Wilder, com William Holden; “Olhos Negros”, com Marcello Mastroianni. Mais recentemente, ela apareceu nas produções internacionais “Bouquet Final”, “Cortex”, “Um Futuro Não Muito Distante” e “UV”, bem como em inúmeros telefilmes e minisséries franceses. Keller também interpretou inúmeros papéis em diversas peças, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, e foi indicada ao Tony pela atuação como a sra. Bertholt na 25 adaptação de 2001 da Broadway para a peça “Judgement at Nuremberg”, de Abby Mann. A carreira musical de Keller no teatro tem duas facetas. Seus papéis com falas em montagens de clássicos incluem o papel de Joana D'Arc no oratório dramático “Jeanne d'Arc au Bûcher of Arthur Honegger”, em diversas ocasiões, com maestros como Seiji Ozawa e Kurt Masur. Ela já gravou o papel para a Deutsche Grammophon com Ozawa. Keller também já recitou a parte falada em “Perséphone”, de Igor Stravinsky. Além disso, o compositor Michael Jarrell compôs o melodrama “Cassandra”, baseado no romance de Christa Wolf, para Keller, que atuou na estreia mundial, em 1994. Keller também dirige ópera, incluindo sua primeira, “Dialogues des Carmélites”, para a Opéra National du Rhin, em 1999. Esta produção teve posteriormente uma montagem em Londres, naquele ano. Também dirigiu “Lucia di Lammermoor” para a Washington National Opera e para a Los Angeles Opera. Sua estreia na direção no Metropolitan Opera foi numa montagem de “Don Giovanni”, em 2004. Os primeiros filmes estrelados por Keller foram “Funeral em Berlim” e a produção alemã “Wild Rider Ltd”. Estrelou inúmeros filmes franceses, nos anos 1970, incluindo “A Loser”, “The Right of the Maddest” e “And Now My Love”. 26 SOBRE OS REALIZADORES CLINT EASTWOOD (Diretor/Produtor/Música) é um premiado diretor, produtor e ator. Atualmente, ele comanda a pré-produção de “Hoover”, cinebiografia do controverso J. Edgar Hoover. Em 2009, Eastwood dirigiu e produziu o drama histórico “Invictus”, estrelado por Morgan Freeman e Matt Damon, que receberam indicações ao Oscar por suas atuações. Eastwood também ganhou um prêmio do National Board of Review e foi indicado ao Globo de Ouro na categoria Melhor Diretor. No ano anterior, ele produziu e estrelou o aclamado drama “Gran Torino”. Eastwood ganhou o prêmio de Melhor Ator do National Board of Review por sua atuação como Walt Kowalski, seu primeiro papel desde “Menina de Ouro”. Ele também dirigiu e produziu “A Troca”, estrelado por Angelina Jolie e baseado no famoso caso de sequestro de 1928, que abalou a polícia de Los Angeles. O filme foi indicado à Palma de Ouro e ganhou o Prêmio Especial quando foi exibido no Festival de Cinema de Cannes de 2008, e também recebeu três indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Atriz, para Jolie, rendendo a Eastwood indicações ao BAFTA e ao prêmio do London Film Critics na categoria Melhor Diretor, bem como uma indicação na categoria Melhor Trilha Sonora Original. Eastwood ganhou duas indicações ao Oscar, nas categorias Melhor Diretor e Melhor Filme, pelo aclamado drama sobre a Segunda Guerra Mundial “Cartas para Iwo Jima”, de 2006. O filme também ganhou um Globo de Ouro e um prêmio do Critics Choice na categoria Melhor Filme Estrangeiro, e arrebatou prêmios de inúmeros círculos de críticos na categoria Melhor Filme, incluindo o Los Angeles Film Critics e o National Board of Review. “Cartas para Iwo Jima” foi o filme associado ao aclamado drama de Eastwood “A Conquista da Honra”, sobre os americanos que levantaram a bandeira em Iwo Jima, momento registrado numa famosa fotografia. Em 2005, Easwood ganhou duas estatuetas no Oscar, nas categorias Melhor Filme e Melhor Diretor, por “Menina de Ouro”. Ele também levou uma indicação na categoria Melhor Ator por sua atuação no filme. Além disso, Hilary Swank e Morgan Freeman ganharam o Oscar, respectivamente, nas categorias Melhor Atriz e Melhor Ator Coadjuvante, e o filme também foi indicado nas categorias Melhor Roteiro 27 Adaptado e Melhor Edição. Eastwood também ganhou seu terceiro Globo de Ouro de Melhor Diretor, bem como uma indicação pela trilha sonora do filme. O aclamado drama de Eastwood “Sobre Meninos e Lobos” foi exibido no Festival de Cinema de Cannes de 2003, rendendo uma indicação à Palma de Ouro e ao prêmio Golden Coach. “Sobre Meninos e Lobos” recebeu seis indicações ao Oscar, incluindo duas para Eastwood, Melhor Filme e Melhor Diretor. Sean Penn e Tim Robbins ganharam o prêmio nas categorias Melhor Ator e Melhor Ator Coadjuvante, respectivamente, e o filme também teve indicações nas categorias Melhor Atriz Coadjuvante e Melhor Roteiro. Eastwood recebeu mais uma indicação ao Globo de Ouro. Em 1993, “Os Imperdoáveis”, filme que trazia um presságio negativo ao mesmo tempo em que fazia uma revisão do gênero faroeste, recebeu nove indicações ao Oscar, incluindo três para Eastwood, que levou os prêmios de Melhor Filme e Melhor Diretor e foi indicado na categoria Melhor Ator. O filme também ganhou o Oscar nas categorias Melhor Ator Coadjuvante (para Gene Hackman) e Melhor Edição, e concorreu nas categorias: Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Edição e Melhor Som. Além disso, Eastwood ganhou um Globo de Ouro como Melhor Diretor e o filme foi escolhido o Melhor do Ano por diversos círculos de críticos. Os filmes de Eastwood também já foram premiados internacionalmente por críticos e em festivais de cinema, incluindo Cannes, onde ele foi presidente do júri, em 1994. Ele também já recebeu indicações à Palma de Ouro por “Coração de Caçador”, em 1990; “Bird – O Fim do Sonho”, que também lhe rendeu o prêmio de Melhor Ator e outro pela trilha sonora na edição de 1988 do festival; e “O Cavaleiro Solitário”, de 1985. Ganhou seu primeiro Globo de Ouro de Melhor Diretor por “Bird – O Fim do Sonho”. Eastwood já dirigiu e/ou atuou em filmes como: “Dívida de Sangue”; “Cowboys do Espaço”; “Crime Verdadeiro”; “Poder Absoluto”; “As Pontes de Madison”; “Rookie – Um Profissional do Perigo”; “O Destemido Senhor da Guerra”; “Impacto Fulminante”; “Honkytonk Man”; “Raposa de Fogo”; “Bronco Billy”; “Josey Wales – O Fora da Lei”; “Escalado para Morrer”; “O Estranho sem Nome”; e “Perversa Paixão”, que marcou sua estreia na direção de um filme. Conquistou fama como ator, primeiro na televisão e depois em filmes clássicos do faroeste como “Por um Punhado de Dólares”, “Por uns Dólares a Mais”, “Três 28 Homens em Conflito”, “A Marca da Forca”, e “Os Abutres Têm Fome”. Como ator, ele também participou de “Os Guerreiros Pilantras”; “Alcatraz – Fuga Impossível”; as bemsucedidas sequências de ação de Dirty Harry; as comédias “Doido para Brigar... Louco para Amar” e “Punhos de Aço – Lutador de Rua”; e o thriller “Na Linha de Fogo”. Ao longo da carreira, Eastwood recebeu inúmeros prêmios pelo conjunto da obra, incluindo o Irving Thalberg Memorial, da Motion Picture Academy, e o prêmio Cecil B. DeMille, da Hollywood Foreign Press Association. Recebeu homenagens do Directors Guild of America (sindicato dos diretores dos EUA), do Producers Guild of America (sindicato dos produtores dos EUA), do Screen Actors Guild (sindicato dos atores dos EUA), do American Film Institute, da Film Society of Lincoln Center, da French Film Society, do National Board of Review, do Henry Mancini Institute (o prêmio Hank, pelo notável serviço à música americana), do Hamburg Film Festival (o prêmio Douglas Sirk), e do Festival Internacional de Cinema de Veneza (o Leão de Ouro pela carreira). Recebeu ainda o prêmio do Kennedy Center; troféus do American Cinema Editors e do Publicists Guild; uma honraria da Wesleyan University; e cinco prêmios da revista People na categoria Melhor Ator de Cinema. Em 1991, foi escolhido o Homem do Ano do Pudding Theatrical Society, de Harvard, e em 1992 recebeu o Prêmio das Artes do governo da Califórnia. Recentemente, ele recebeu duas honrarias por sua contribuição ao cinema: o Prix Lumière, no Festival de Cinema de Grand Lyon; e o Commandeur de la Legion d'honneur, concedido pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. KATHLEEN KENNEDY (Produtora) é uma das mais respeitadas produtoras e executivas da indústria do entretenimento. Como prova de sua contribuição à comunidade cinematográfica, foi eleita recentemente vice-presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Já produziu alguns dos mais premiados e bemsucedidos filmes na história do cinema, incluindo as colaborações com Steven Spielberg, em filmes como “E.T. – O Extraterrestre”, “A Lista de Schindler” e “O Parque dos Dinossauros”. Atualmente, Kennedy está produzindo dois longas-metragens que têm Spielberg na direção: o drama sobre a Primeira Guerra Mundial “War Horse”, e “The Adventures of Tintin: The Secret of the Unicorn”, levando o personagem criado por Georges “Hergé” 29 Remi de volta ao cinema com a tecnologia 3D. Ambos os filmes têm previsão de lançamento para 2011. Indicada seis vezes ao Oscar na categoria Melhor Filme, Kathleen Kennedy recebeu a mais recente indicação pelo trabalho de produção em “O Curioso Caso de Benjamin Button”, de David Fincher, que recebeu nada menos que treze indicações ao Oscar e ganhou três. O filme foi uma produção da The Kennedy/Marshall, que ela fundou em 1992, juntamente com o diretor e produtor Frank Marshall. Sob o selo da Kennedy/Marshall, Kennedy ganhou três de suas indicações de Melhor Filme ao Oscar: por “Munique”, de Spielberg; por “Seabiscuit – Alma de Herói; e pelo filme que lançou M. Night Shyamalan para o sucesso, “O Sexto Sentido”. A Kennedy/Marshall também produziu os filmes da trilogia Bourne que, juntos, foram considerados reinventores do gênero de thriller de espionagem; “As Crônicas de Spiderwick”; e “O Último Mestre do Ar”, de Shyamalan. Além disso, a produtora já participou de filmes independentes como “Persépolis”, que foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2008, e “O Escafandro e a Borboleta”, pelo qual ela recebeu uma indicação ao prêmio Independent Spirit na categoria Melhor Longa-Metragem. Para a televisão, a Kennedy/Marshall produziu o filme para a HBO, indicado ao Emmy de 2010, “The Special Relationship”, roteirizado por Peter Morgan, o mesmo roteirista de “Além da Vida”. Kennedy lançou sua carreira como produtora por conta de uma parceria bemsucedida com Steven Spielberg, que teve início quando ela trabalhou como produtora assistente em “1941 – Uma Guerra Muito Louca”. Em seguida, ela trabalhou novamente com o diretor em “Os Caçadores da Arca Perdida”, antes de estrear como produtora plena em “E.T. - O Extraterrestre”, o que lhe rendeu a primeira indicação ao Oscar. Em 1982, Kennedy fundou, com Spielberg e Marshall, a Amblin Entertainment. Na produtora, ela produziu e supervisionou duas das mais bem-sucedidas franquias na história do cinema: os filmes “O Parque dos Dinossauros” e a trilogia “De Volta para o Futuro”. Ela também recebeu sua segunda indicação ao Oscar pelo trabalho em “A Cor Púrpura”, de Spielberg, e foi produtora executiva do vencedor do Oscar de Melhor Filme de 1993, “A Lista de Schindler”. Produziu os filmes dirigidos por Spielberg “Império do Sol”, “A.I. - Inteligência Artificial” e, mais recentemente, “Guerra dos Mundos”. Além disso, Kennedy produziu ou foi produtora executiva de muitos sucessos de bilheteria da Amblin, incluindo “Twister”, “As Pontes de Madison”, “Os Flintstones”, “Os 30 Dinossauros Voltaram”, “Impróprio para Menores”, “Hook – A Volta do Capitão Gancho”, “Cabo do Medo”, “Em Busca do Vale Encantado”, “Uma Cilada para Rober Rabbit”, “O Enigma da Pirâmide”, “Um Conto Americano”, “Os Goonies” e “Gremlins”, bem como a estreia de Frank Marshall na direção, “Aracnofobia”, de 1990. Kennedy é membro do comitê executivo de produtores Branch, da Academy of Motion Pictures. Recentemente, ela concluiu sua gestão como presidente do sindicato dos produtores dos EUA, que em 2006 concedeu-lhe sua mais alta honraria, o prêmio Charles Fitzsimons. Em 2008, ela e Marshall receberam o prêmio David O. Selznick, do sindicato dos produtores dos EUA. ROBERT LORENZ (Produtor) trabalha junto com Clint Eastwood desde 1994 e supervisiona os filmes produzidos na empresa de Eastwood, a Malpaso Productions. Como produtor, Lorenz já ganhou duas indicações ao Oscar durante o período mais prolífico e bem-sucedido de Eastwood como diretor. Lorenz recebeu a primeira indicação ao Oscar em 2004, ao produzir “Sobre Meninos e Lobos”. No ano seguinte, ele foi produtor executivo do vencedor do Oscar daquele ano, “Menina de Ouro”. Produziu, em seguida, os filmes sobre a Segunda Guerra Mundial, “A Conquista da Honra” e “Cartas para Iwo Jima”. O último, que ele produziu junto com Eastwood e Steven Spielberg, deu a Lorenz sua segunda indicação ao Oscar. Filmado quase inteiramente em japonês, “Cartas para Iwo Jima” também ganhou prêmios do Los Angeles Film Critics e do National Board of Review na categoria Melhor Filme, bem como o Globo de Ouro e o prêmio Critics Choice na categoria Melhor Filme em Língua Estrangeira. Em 2008, Lorenz trabalhou com Brian Grazer e Ron Howard na produção do drama baseado em fatos verídicos “A Troca”, de Eastwood, que recebeu três indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Atriz para Angelina Jolie. Naquele mesmo ano, Lorenz e Eastwood produziram “Gran Torino”, que é o filme mais rentável do diretor até a presente data. Mais recentemente, Lorenz produziu “Invictus”, também de Eastwood, que rendeu uma indicação ao prêmio do sindicato dos produtores dos EUA, o Producers Guild of America Award. Estrelado por Matt Damon e Morgan Freeman, em atuações que valeram indicações ao Oscar, o filme concorreu nas categorias Melhor Filme e Melhor Diretor. 31 Lorenz cresceu nos subúrbios de Chicago e se mudou para Los Angeles para começar uma carreira no cinema, em 1989. Ele começou sua parceria com Eastwood como diretor assistente em “As Pontes de Madison”. As colaborações subsequentes foram “Cowboys do Espaço”, “Crime Verdadeiro”, “Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal”, “Poder Absoluto” e “Dívida de Sangue”. PETER MORGAN (Roteirista/Produtor Executivo) atuou recentemente como roteirista e produtor executivo do aclamado pela crítica “Frost/Nixon”, de Ron Howard, que acumulou indicações ao Oscar, ao Globo de Ouro, ao BAFTA e ao prêmio do sindicato dos roteiristas dos EUA, o WGA. Além disso, ele foi indicado por inúmeras associações de críticos, ganhando o prêmio de Melhor Adaptação do San Francisco Film Critics Circle. Em 2006, Morgan foi indicado ao Oscar e ao BAFTA na categoria Melhor Roteiro Adaptado por “A Rainha”, de Stephen Frears, estrelado por Helen Mirren e Michael Sheen. Além de ganhar prêmios no Globo de Ouro, no British Independent Film e no Evening Standard British Film, ele também foi agraciado com prêmios de Melhor Roteiro no Festival de Cinema de Veneza, do Writers Guild, da Toronto Film Critics Association, New York Film Critics Circle, National Society of Film Critics, Los Angeles Film Critics Association, London Critics Circle e Chicago Film Critics Association. Naquele mesmo ano, “O Último Rei da Escócia”, de Kevin MacDonald, estrelado por Forest Whittaker e James McAvoy, deu a Morgan um BAFTA e prêmios de Melhor Roteiro no British Independent Film e na premiação do Evening Standard British Film. Atualmente, Morgan trabalha na pré-produção de “360”, adaptação contemporânea da peça “Reigen”, de Arthur Schnitzler, com o diretor Fernando Meirelles e os produtores Andrew Eaton, Danny Krausz e David Linde. As filmagens estão programadas para começar em janeiro de 2011. Ele também será produtor executivo da adaptação para o cinema de um romance de John le Carré, “Tinker, Tailor, Soldier, Spy”, estrelado por Ralph Fiennes, Gary Oldman, Michael Fassbender e Colin Firth. Tem vários outros projetos em desenvolvimento com estúdios, bem como com a BBC. Em seu currículo estão ainda a recente biografia esportiva “Maldito Futebol Clube”. 32 Entre os trabalhos de Morgan como roteirista e produtor executivo para a televisão estão os programas da HBO “The Special Relationship”, que ganhou quatro indicações ao Emmy em 2010, incluindo o de Melhor Telefilme e Roteiro, e “Longford”, que ganhou os prêmios BAFTA e Humanitas de Melhor Roteiro, em 2007, e o Royal Television Society de Melhor Drama, bem como indicações ao Emmy e ao BAFTA na categoria Melhor Telefilme; e “Henry VIII”, que ganhou um Emmy internacional na categoria Melhor Telefilme. Em seus créditos estão ainda “The Deal”, a primeira parte da Trilogia Blair, que ganhou um BAFTA na categoria Melhor Drama, e “Dear Rosie”, que foi indicado ao BAFTA e ao Oscar na categoria Melhor Curta-Metragem de Ação ao Vivo. STEVEN SPIELBERG (Produtor Executivo), um dos realizadores mais influentes da indústria de Hollywood, é também, ao todo, o mais rentável diretor de todos os tempos, com a direção de arrasa-quarteirões como “Tubarão”, “E.T. - O Extraterrestre”, a franquia “Indiana Jones”, e “O Parque dos Dinossauros”. Dentre seus inúmeros outros prêmios, ele foi três vezes vencedor do Oscar. Spielberg levou para casa seus dois primeiros, de Melhor Diretor e de Melhor Filme, pelo elogiado internacionalmente “A Lista de Schindler”, que ganhou um total de sete estatuetas no Oscar. O filme também foi escolhido o Melhor Filme de 1993 por muitas das maiores organizações de críticos, além de ser vencedor de sete prêmios BAFTA e três do Globo de Ouro, ambos incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. Também ganhou o prêmio do Director's Guild of America, o sindicato dos diretores dos EUA. Recebeu seu terceiro Oscar, o de Melhor Diretor, pelo drama sobre a Segunda Guerra Mundial “O Resgate do Soldado Ryan”, que foi o lançamento que mais faturou nas bilheterias americanas em 1998. Também foi um dos filmes mais premiados, ganhando quatro outras estatuetas no Oscar, bem como dois Globos de Ouro, de Melhor Filme (Drama) e Melhor Diretor, e inúmeros prêmios de associações de críticos nas mesmas categorias. Spielberg também levou outro prêmio do sindicato dos diretores, e dividiu um do sindicato dos produtores, o Producers Guild of America's Award, com os outros produtores do filme. Naquele mesmo ano, o sindicato dos 33 produtores dos EUA também premiou Spielberg com o prestigioso prêmio Milestone por sua histórica contribuição à indústria cinematográfica. Ele também concorreu ao Oscar de Melhor Diretor pelos seguintes filmes: “Munique”, “E.T. - O Extraterrestre”, “Os Caçadores da Arca Perdida” e “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”. Recebeu indicações ao DGA Award pelos filmes acima, bem como por “Tubarão”, “A Cor Púrpura”, “Império do Sol” e “Amistad”. Contabilizando dez indicações até a presente data, Spielberg é o diretor recordista de indicações à premiação da categoria. Em 2000, ele recebeu um prêmio pelo conjunto da obra na premiação do sindicato dos diretores dos EUA. Ganhou ainda os prêmios: Irving Thalberg, da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Cecil B. DeMiller, da Hollywood Foreign Press, Kennedy Center Honours e inúmeras outras homenagens. Mais recentemente, Spielberg dirigiu o sucesso de 2008, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, que arrecadou mais de US$ 780 milhões em todo o mundo. Ele também finalizou as filmagens principais do filme em 3D “The Adventures of Tintin: Secret of the Unicorn”, baseado no icônico personagem criado por Georges “Hergé” Remi e cuja lançamento está previsto para 2011. Atualmente, está dirigindo o drama “War Horse”, baseado num premiado romance, que também já ganhou uma adaptação grandiosa para os palcos londrinos. Do DreamWorks Studios, o filme tem previsão de estreia para 2011. Em 2008, os parceiros Spielberg e Stacey Snider se juntaram ao Reliance Anil Ambani Group para formar a nova produtora DreamWorks Studios. A carreira de Spielberg começou em 1968, com o curta-metragem “Amblin”, que fez com que ele se tornasse o mais novo diretor a ter um contrato de longo prazo com um estúdio. Ele chamou a atenção pela primeira vez com o telefilme “Encurralado”, de 1971. Três anos depois, estreou na direção de um longa-metragem com “Louca Escapada”, a partir de um roteiro assinado por ele. Seu filme seguinte foi “Tubarão”, que foi o primeiro longa-metragem a quebrar a marca dos US$ 100 milhões. Em 1984, Spielberg fundou sua própria produtora, a Amblin Entertainment. Sob o selo da Amblin, ele foi produtor ou produtor executivo de sucessos como “Gremlins”, “Os Goonies”, os três filmes da franquia “De Volta para o Futuro”, “Uma Cilada para Roger Rabbit”, “Fievel, um Conto Americano”, “Twister”, “A Máscara de Zorro”, e os filmes “M.I.B. - Homens de Preto”. A Amblin também produziu o seriado de sucesso “ER”, junto com a Warner Bros. Television. 34 Em 1994, Spielberg se juntou a Jeffrey Katzenberg e David Geffen para fundar o DreamWorks Studios. O estúdio gozou de sucessos de público e de crítica, incluindo três vencedores consecutivos do Oscar de Melhor Filme: “Beleza Americana”, “Gladiador” e “Uma Mente Brilhante”. Em sua história, a DreamWorks também já produziu uma ampla gama de longas, incluindo os sucessos “Transformers”; os dramas sobre a Segunda Guerra Mundial dirigidos por Clint Eastwood, “A Conquista da Honra” e “Carta para Iwo Jima”, este último indicado ao Oscar de Melhor Filme; “Entrando Numa Fria” e “Entrando Numa Fria Maior Ainda”; e “O Chamado”, para citar alguns. Sob o selo da DreamWorks, Spielberg também dirigiu filmes como “Guerra dos Mundos”, “Minority Report – A Nova Lei”, “Prenda-me Se For Capaz” e “A.I. - Inteligência Artificial”. Spielberg não limita seu sucesso ao cinema. Na esteira da experiência em “O Resgate do Soldado Ryan”, ele e Tom Hanks se uniram para produzir a minissérie da HBO “Band of Brothers”, de 2001, baseada em um livro de Stephen Ambrose sobre uma unidade do exército americano na Europa, na Segunda Guerra Mundial. Entre seus inúmeros prêmios, o projeto levou o Emmy e o Globo de Ouro na categoria Melhor Minissérie. Spielberg e Hanks se reuniram mais recentemente para atuar como produtores executivos da aclamada minissérie da HBO “The Pacific”, de 2010, que foca, desta vez, fuzileiros navais baseados no Pacífico. “The Pacific” ganhou oito prêmios Emmy, incluindo o de Melhor Minissérie. Spielberg também foi produtor executivo da minissérie do canal Sci-Fi premiada com um Emmy, “Taken”, e da minissérie da TNT “Into the West”. Atualmente, ele é produtor executivo da bem-sucedida série da Showtime “The United States of Tara”. Além de seu trabalho como diretor, Spielberg dedica seu tempo e seus recursos a inúmeras causas filantrópicas. O impacto de seu trabalho em “A Lista de Schindler” fez com que ele criasse a fundação Righteous Persons, usando todo o lucro do filme. Ele também criou a fundação Survivors of the Shoah Visual History, que em 2005 se tornou o USC Shoah Foundation Institute for Visual History and Education. Além disso, Spielberg é o presidente emérito do conselho da fundação Starlight Children. FRANK MARSHALL (Produtor Executivo) é um realizador visionário com uma ilustre carreira de mais de trinta anos, englobando mais de cem projetos no cinema e na 35 televisão. Em seu currículo estão alguns dos mais bem-sucedidos filmes de todos os tempos, incluindo suas inúmeras colaborações com Steven Spielberg. Seus filmes também foram agraciados com inúmeros prêmios e indicações, incluindo o Oscar. Como produtor, Marshall concorreu cinco vezes ao Oscar de Melhor Filme, incluindo o recente “O Curioso Caso e Benjamin Button”, de David Fincher, que obteve impressionantes treze indicações na premiação. As indicações anteriores de Marshall vieram do drama verídico “Seabiscuit – Alma de Herói”, de Gary Ross; do sucesso de bilheteria de M. Night Shyamalan “O Sexto Sentido”, de 1999; e dos filmes dirigidos por Spielberg “A Cor Púrpura” e “Os Caçadores da Arca Perdida”. O primeiro filme da franquia “Indiana Jones” marcou o início da longa parceria com Spielberg, bem como com George Lucas e Kathleen Kennedy. A parceria continuou nas sequências bem-sucedidas “Indiana Jones e o Templo da Perdição”, “Indiana Jones e a Última Cruzada” e, mais recentemente, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”. Como diretor, Marshall comandou a bem-sucedida aventura “Resgate Abaixo de Zero”; o thriller situado na África “Congo”; o drama baseado em fatos reais “Vivos”; e o suspense “Aracnofobia”, que foi sua estreia na direção. Ele também dirigiu um segmento da premiada minissérie da HBO “From the Earth to the Moon”, que é baseada em fatos reais. Em 2010, dirigiu o documentário “Right to Play”, parte da série da ESPN “30 for 30”, que documenta a organização do medalhista Johann Koss, que leva esportes a crianças de países do terceiro mundo e de lugares devastados por guerras. Marshall começou a carreira de produtor como produtor associado em inúmeros filmes de Peter Bogdanovich, incluindo “Lua de Papel”. Ele foi produtor de linha do documentário “O Último Concerto de Rock”, de Martin Scorsese, e foi produtor executivo de “Os Selvagens da Noite”, de Walter Hill. Seus primeiros filmes como produtor foram “Os Caçadores da Arca Perdida” e o bem-sucedido filme de horror “Poltergeist”, que ele produziu com Spielberg. Marshall também foi supervisor de produção do clássico “E.T. - O Extraterrestre”. Em 1982, Marshall se uniu a Spielberg e Kennedy para fundar a Amblin Entertainment, que se tornou uma referência na indústria. Durante seu período na Amblin, Marshall produziu filmes como “O Enigma da Pirâmide”, de Barry Levinson; “Gremlins”, de Joe Dante; a trilogia “De Volta para o Futuro” e “Uma Cilada para Roger 36 Rabbit”, estes dirigidos por Robert Zemeckis. Além disso, foi produtor de vários filmes de Spielberg, incluindo “Além da Eternidade” e “Império do Sol”. Marshall também foi diretor da unidade de apoio em inúmeros filmes da Amblin, antes de dirigir “Aracnofobia”. Em seguida, Marshall deixou a Amblin para dar continuidade à sua carreira de diretor e, em 1992, ele e Kathleen Kennedy fundaram a Kennedy/Marshall Company. Nas últimas duas décadas, a Kennedy/Marshall Company produziu uma variedade de projetos, incluindo os thrillers sobre espiões “A Identidade Bourne”, “A Supremacia Bourne” e “O Ultimato Bourne”; o polêmico drama de Spielberg “Munique”; “As Crônicas de Spiderwick”, baseado na popular série dos livros infantis; o aclamado pela crítica “O Escafandro e a Borboleta”; a versão em inglês da animação francesa “Persépolis”, que foi indicada ao Oscar na categoria Melhor Animação; e a versão em inglês da animação “Ponyo”, de Hayo Miyazaki; “O Último Mestre do Ar”, de M. Night Shyamalan; e “The Special Relationship”, para a HBO, que recebeu cinco indicações ao Emmy deste ano, incluindo o de Melhor Telefilme. Atualmente em produção na Kennedy/Marshall Company estão: o drama da Segunda Guerra Mundial dirigido por Steven Spielberg “War Horse”, a adaptação da premiada peça de teatro, com previsão de estreia para agosto de 2011; e o documentário “Lances Rides Again”, sobre a volta de Lance Armstrong da aposentadoria, em 2009. Ele e Kathleen Kennedy receberam em 2008 o prêmio David O. Selznick pelo Conjunto da Obra, do sindicato dos produtores, bem como o prêmio, também pelo conjunto da obra, da Visual Effects Society, em 2009. A dupla foi agraciada com o prêmio ICG Publicists Motion Picture Showmanship, em 2009. Além de seu trabalho no cinema, Marshall é um ativo participante dos serviços públicos e de esportes, servindo há mais de uma década ao Comitê Olímpico. Em 2005, ele foi premiado no Olympic Shield e foi incluído no U.S. Olympic Hall of Fame. Atualmente, integra o comitê dos Athletes for Hope, USA Gymnasticas e do conselho governamental de fitness e medicina. Ele foi premiado com o aclamado American Academy of Achievement Award, com o UCLA Alumni Professional Achievement Award e com o Leadership Award, do California Mentor Initiative. 37 TIM MOORE (Produtor Executivo) supervisionou a produção de todos os filmes de Clint Eastwood desde 2002. Mais recentemente, ele atuou como produtor executivo do aclamado pela crítica “Invictus”, estrelado por Matt Damon e Morgan Freeman, filme que recebeu inúmeros elogios das associações de críticos e concorreu a diversos prêmios no Oscar e no Globo de Ouro, incluindo uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Filme. Além disso, Moore foi produtor executivo de “Gran Torino” e de “A Troca”, e foi coprodutor dos épicos sobre a Segunda Guerra Mundial “A Conquista da Honra” e “Cartas para Iwo Jima”, que concorreu ao Oscar de Melhor Filme. Seu trabalho com Eastwood inclui “Sobre Meninos e Lobos”, que concorreu a seis Oscar, incluindo o de Melhor Filme, e “Menina de Ouro”, que ganhou quatro Oscar, incluindo o de Melhor Filme. Ele também foi coprodutor da estreia de Alison Eastwood na direção, “Laços de Esperança”. Moore já trabalhou inúmeras vezes com o diretor Rowdy Herrington nas últimas duas décadas, mais recentemente produzindo a cinebiografia indicada ao ESPY “Bobby Jones – A Lenda do Golfe”. Os primeiros filmes em que trabalharam juntos são: “O Advogado dos Cinco Crimes”, “Matador de Aluguel” e “A Volta de Jack, o Estripador”. No currículo de Moore estão ainda “Fábrica de Animais”, de Steve Buscemi, estrelado por Willem Dafoe, e “Prenda-me se Puder”. Para a televisão, Moore atuou como gerente de produção do telefilme “Semper Fi” e produziu “Stolen from the Heart”. Antes de começar a carreira no cinema, Moore frequentou a UCLA, onde conheceu John Sheperd. Os dois produziram juntos quatro longas-metragens independentes: “No Meu Lugar”, “O Rodeio da Vida”, “The Climb” e “Bobby Jones – A Lenda do Golfe”. Moore e sua mulher, Bobbe, são ativamente engajados em inúmeras organizações de defesa dos animais. TOM STERN, AFC, ASC (Diretor de Fotografia) concorreu ao Oscar e ao BAFTA de Melhor Fotografia por seu trabalho no drama “A Troca”, de Clint Eastwood. Stern, que trabalha há anos com Eastwood, fotografou recentemente os elogiados dramas “Invictus” e “Gran Torino”. Ele também foi diretor de fotografia dos dramas sobre a Segunda Guerra Mundial “A Conquista da Honra” e “Cartas para Iwo Jima”; dos 38 dramas vencedores do Oscar “Menina de Ouro” e “Sobre Meninos e Lobos”; e “Dívida de Sangue”, que marcou o primeiro filme de Stern como diretor de fotografia. As colaborações de Stern com outros diretores incluem “Tsar”, de Pavel Lunin; “Coisas que Perdemos pelo Caminho”, de Susanne Bier; “Paris 36”, de Christophe Barratier; “Laços de Esperança”, de Alison Eastwood; “Um Beijo a Mais”, de Tony Goldwyn; “Romance e Cigarros”, de John Torturro; “O Exorcismo de Emily Rose”, de Scott Derrickson; e “Bobby Jones – A Lenda do Golfe”, de Rowdy Herrington. Com 30 anos de experiência em Hollywood, Stern trabalha com Clint Eastwood há mais de duas décadas, desde quando foi eletricista-chefe em filmes como “Honkytonk Man”, “Impacto Fulminante”, “Um Agente na Corda Bamba”, “O Cavaleiro Solitário” e “O Destemido Senhor da Guerra”. Depois de se tornar o eletricista-chefe da Malpaso Productions, ele trabalhou em diversos filmes, incluindo os dirigidos por Eastwood: “Rookie – Um Profissional do Perigo”, “Os Imperdoáveis”, “Um Mundo Perfeito”, “Crime Verdadeiro” e “Cowboys do Espaço”. Como técnico de iluminação, ele também trabalhou para outros diretores, incluindo Michael Apted, em “Julgamento Final”; Sam Mendes, em “Beleza Americana” e “Estrada para a Perdição”, entre outros. JAMES J. MURAKAMI (Desenhista de Produção) concorreu ao Oscar e ao BAFTA em 2008, pelo trabalho como desenhista de produção no drama de época de Clint Eastwood “A Troca”, passado em 1928. Seu trabalho em “A Troca” e em “Gran Torino”, ambos de Eastwood, foi indicado à premiação do sindicato dos diretores de arte, o Art Director's Guild Awards, respectivamente nas categorias de filme de época e filme contemporâneo. Mais recentemente, ele trabalhou com o diretor no drama de 2009 “Invictus”. O primeiro filme de Murakami com Eastwood como desenhista de produção foi o aclamado drama sobre a Segunda Guerra Mundial “Cartas para Iwo Jima”. Anteriormente, ele havia trabalhado com o colaborador de longa data de Eastwood, Henry Bumstead, primeiramente como cenógrafo, em “Os Imperdoáveis”, depois como diretor de arte em “Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal”. Em 2005, Murakami ganhou um Emmy pelo trabalho como diretor de arte na aclamada série da HBO “Deadwood”. Ele concorreu ao Emmy pela primeira vez pela direção de arte na série de faroeste um ano antes. 39 Murakami foi o desenhista de produção na estreia de Alison Eastwood na direção de um longa-metragem, “Laços de Esperança”. Em seu currículo de diretor de arte estão ainda “Inimigo do Estado”, “Maré Vermelha”, “Amor à Queima-Roupa”, e “Um Tira da Pesada 2”, de Tony Scott; “O Jogo”, de David Fincher; “A Relíquia”, de Peter Hyam; “Fuga à Meia-Noite” e “Um Tira da Pesada”, de Martin Brest; “Um Homem Fora de Série”, de Barry Levinson; e “Jogos de Guerra”, de John Badham. Ele também foi cenógrafo de filmes como “O Escorpião Rei”, “Diário de uma Princesa”, “O Mensageiro”, “Amor Alucinante”, “Adoro Problemas” e “Quebra de Sigilo”, bem como da série de televisão “Charmed”. JOEL COX, A.C.E. (Editor) trabalha com Clint Eastwood há mais de 35 anos, e ganhou um Oscar de Melhor Edição por seu trabalho em “Os Imperdoáveis”, dirigido por Eastwood. Ele concorreu ao Oscar por “Menina de Ouro”, também de Eastwood. No ano passado, Cox foi indicado ao BAFTA por “A Troca”. Suas recentes colaborações com Eastwood também incluem “Invictus”, “Gran Torino” e os dramas sobre a Segunda Guerra Mundial “A Conquista da Honra” e “Cartas para Iwo Jima”. Cox também editou os filmes de Eastwood: “Sobre Meninos e Lobos”, “Dívida de Sangue”, “Cowboys do Espaço”, “Crime Verdadeiro”, “Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal”, “Poder Absoluto”, “As Pontes de Madison”, “Um Mundo Perfeito”, “Rookie – Um Profissional do Perigo”, “Coração de Caçador”, “Bird – O Fim do Sonho”, “O Destemido Senhor da Guerra”, “O Cavaleiro Solitário” e “Impacto Fulminante”. A parceria teve início em 1975, quando Cox trabalhava como montador assistente de “Josey Wales – O Fora da Lei”. Desde então, Cox trabalhou na ilha de edição de mais de trinta filmes que, juntos, foram dirigidos, produzidos ou estrelados por Eastwood. No início da carreira, Cox trabalhou ao lado de seu mentor, o montador Ferris Webster, como um dos montadores de filmes como “Sem Medo da Morte”, “Rota Suicida”, “Doido para Brigar... Louco para Amar”, “Alcatraz – Fuga Impossível”, “Bronco Billy” e “Honkytonk Man”. Em seu currículo como montador estão ainda “Um Agente na Corda Bamba”, “Dirty Harry na Lista Negra”, “O Cadillac Cor-de-Rosa” e “As Estrelas de Henrietta”. 40 GARY D. ROACH (Editor) trabalha com Eastwood desde 1996, começando como aprendiz de editor em “Poder Absoluto”. Roach logo ascendeu para editor assistente nos filmes “Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal”, “Crime Verdadeiro”, “Cowboys do Espaço”, “Dívida de Sangue”, “Sobre Meninos e Lobos”, “Menina de Ouro” e “A Conquista da Honra”. O premiado drama sobre a Segunda Guerra Mundial “Cartas para Iwo Jima” marcou a primeira colaboração de Roach como editor pleno, trabalhando ao lado do colaborador de longa data de Eastwood, Joel Cox. Roach trabalhou pela primeira vez como o único editor de um filme na estreia de Alison Eastwood na direção de um longametragem, “Laços de Esperança”. Ele continuou sua colaboração com Clint Eastwood e Joel Cox em “A Troca”, que lhe rendeu uma indicação ao BAFTA na categoria Melhor Edição. “Gran Torino” e “Invictus” são suas mais recentes colaborações. Além disso, Roach foi um dos editores de “Piano Blues”, o segmento do documentário produzido por Martin Scorsese que foi dirigido por Eastwood. Dando continuidade a seu trabalho com documentários, Roach recentemente editou um filme sobre Tony Bennett intitulado “Tony Bennett: The Music Never Ends”. Atualmente, Roach é um dos editores de um documentário sobre a vida de David Brubeck, “In His Own Sweet Way”, que está programado para ir ao ar no final de 2010 no Turner Classic Movies. DEBORAH HOPPER (Figurinista) trabalha com Eastwood há mais de 25 anos. Ela concorreu ao BAFTA e ao prêmio do sindicato dos figurinistas pelo figurino de época do drama baseado em fatos reais “A Troca”. Também foi figurinista do drama contemporâneo “Gran Torino”, de 2008, estrelado e dirigido por Eastwood, seguido pelo drama de 2009 “Invictus”, também de Eastwood. Hopper desenvolveu anteriormente os figurinos de outros filmes do diretor, como “Cartas para Iwo Jima”, “A Conquista da Honra”, “Menina de Ouro”, “Sobre Meninos e Lobos”, “Dívida de Sangue” e “Cowboys do Espaço”. Hopper começou sua parceria com Eastwood como a supervisora dos figurinos femininos no filme “Um Agente na Corda Bamba”, em 1984, estrelado e produzido por Eastwood. Ela seguiu no mesmo posto pelos filmes “Rookie – Um Profissional do Perigo”, “Um Cadillac Cor-de-Rosa”, “Dirty Harry na Lista Negra”, “Bird – O Fim do 41 Sonho”, “O Destemido Senhor da Guerra” e “O Cavaleiro Solitário”, antes de supervisionar todos os figurinos nos seguintes filmes de Eastwood: “Crime Verdadeiro”, “Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal” e “Poder Absoluto”. Em 2008, Hopper foi escolhida a Figurinista do Ano no Festival de Cinema de Hollywood. No início da carreira, foi premiada com um Emmy pelo trabalho como figurinista de “Shakedown on the Sunset Strip”, um telefilme ambientado nos anos 1950.