evolucao dos tacos

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evolucao dos tacos
Um século de tacos de golfe A evolução do taco de golfe desde o princípio do século XX 1 Golfe: um jogo muito an=go O Golfe é jogado desde o século XV na Escócia. O primeiro documento que se refere ao Golfe é um decreto real de Jaime II, datado de 1457. O campo de St Andrews é referenciado desde a segunda metade do século XVI. As primeiras regras conhecidas foram redigidas em 1744. O primeiro livro de golfe foi impresso em 1743. 2 O golfe é um jogo em que “se joga uma bola com um taco, desde um ponto de saída até um buraco, numa pancada ou sucessão de pancadas”. Cada pancada tem que atender a um conjunto de aspetos: -­‐ a distância que se pretende vencer; -­‐ a trajetória que se pretende que a bola descreva; -­‐ a precisão que se deseja para a posição final da bola; -­‐ os constrangimentos que é preciso considerar, como a natureza do terreno ou o vento. 3 Principais =pos de tacos. Os tacos de Golfe são normalmente agrupados em três grandes grupos: As madeiras – que têm a função de propulsionar a bola a grandes distâncias, entre as quais assume especial importância o Driver; Os ferros – desVnados a fazer progredir a bola ao longo do campo, conforme os objecVvos e estratégia do jogador, e as condições que tem que enfrentar; Os pu$ers – tacos de precisão, usados para colocar a bola dentro do buraco na zona final – o green. 4 Até à primeira metade do século XIX A referência mais anVga a tacos de golfe data de 1502 -­‐ uma encomenda feita pelo Rei Jaime IV da Escócia para o fabrico de um conjunto de tacos para seu uso pessoal. Até cerca de 1850 os tacos eram produzidos artesanalmente por ferreiros, que forjavam a cabeça, na qual se encaixavam varetas de madeira. Os tacos eram confecionados por artesãos que também faziam bolas, reparavam as varetas, jogavam golfe, ensinavam a jogar golfe, e tratavam dos campos. O fabrico industrial de tacos começa na Escócia, na segunda metade do século XIX. 5 O uso extensivo da madeira. Os primeiros tacos de golfe eram predominantemente feitos de madeira. Cada parte do taco era feito com um Vpo de madeira. Para as cabeças eram usadas madeira mais compactas e resistentes, muitas vezes de árvores de fruto (macieira, pereira), ou o azinho. As varetas eram feitas com variedades mais flexíveis de madeira, como a aveleira,o freixo ou a nogueira. As melhores varetas eram feitas com hickory americana (leve, flexível e resistente) lançada em 1826 pelo fabricante Robert Forgan. Quando as bolas de borracha surgiram (segunda metade do século XIX) a forma das cabeças das madeiras evoluiu e a madeira mais usada passou a ser o persimmon (dióspiro). 6 Scare neck – a colagem da cabeça com a vareta. As cabeças das madeiras eram cortadas usando técnicas de corte e colagem das artes náuVcas. Este formato de encaixe chamava-­‐se scare neck. A zona colada era depois envolvida em linho encerado. As madeiras usadas no princípio do século XX ainda eram construídas deste modo. Mais tarde, a vareta passará a ser inserida na cabeça através de uma perfuração verVcal da mesma. São os tacos socket, mais resistentes e mais baratos. 7 Primeiras soluções para aumentar a eficiência dos tacos A face dos primeiros tacos (ferros e madeiras) era lisa. Mais tarde as faces serão marcadas por sulcos, estrias, pontos, etc., no senVdo de melhorar o controlo da bola. Foram tentadas várias soluções para suavizar a pancada ou aumentar a distância, incluindo revesVmentos da face com cabedal, implantações de osso e de madeiras mais resistentes, inserções de ferro, ou de borracha (vulcanite). Algumas soluções criaVvas (mas pouco eficazes) Vveram muito sucesso, como a Forganite (inventada por R. Forgan), e que consisVa em submergir a madeira das cabeças em óleo para reduzir a variação dimensional da cabeça do taco com a temperatura e resisVr melhor à humidade. A base das madeiras, que contacta com o solo, passou a ser revesVda com ligas metálicas para melhorar a protecção (brassies). 8 Mais soluções “inovadoras” antes do século XX As formas e dimensões das cabeças dos tacos, sobretudo das madeiras, evoluem. As madeiras “long nose”, de cabeça estreita, baixa, e comprida, dão lugar a cabeças mais esféricas, mais altas e muito menos compridas (os bulger). No princípio do século XX, as cabeças têm um volume de cerca de 150 cc. 9 Um taco é composto por várias partes: Os tacos têm muita variação para se ajustarem às caracterísVcas dos jogadores. Todas as partes de um taco podem ter variações. Os fabricantes de tacos definem cada uma das dimensões, formas, e materiais de modo a encontrar tacos mais eficazes. Os limites à configuração dos tacos são estabelecidos por regulamentação muito precisa. 10 Um set de tacos – a ideia de especificidade e diferenciação. No golfe jogado até ao século XX o número de tacos usados por cada jogador era reduzido, provavelmente não mais que 5 ou 6. O set de ferros, como actualmente o conhecemos, foi inventado em 1903 por Archibald Barrie. Todos os tacos Vnham nomes específicos, e o sistema de classificação prestava-­‐se a alguma ambiguidade. Nos anos 30, a Spalding criou um sistema de numeração de tacos que, a pouco e pouco, subsVtuiu o anVgo sistema de classificação. 11 Designações an=gas e designações actuais dos ferros Cleek – Ferro de cabeça muito estreita. Corresponde aos actuais ferros 1 a 3 Mid-­‐mashie -­‐ ao actual ferro 3 Mid-­‐iron (mid-­‐mashie) – corresponde aos actuais ferros 2-­‐3. Mashie-­‐iron -­‐ ao actual ferro 4 Mashie – corresponde ao actual ferro 5 Spade mashie -­‐ corresponde ao ferro 6 Mashie niblick – corresponde o actual ferro 7 Niblick -­‐ corresponde ao actual ferro 9. Usado também como sandwedge. Jigger – ferro para pitch de curta distância. 12 A rotação da bola – o spin O voo da bola está relacionado com a sua rotação (o spin). O spin é essencial para aumentar a distância de voo e para controlar a trajectória da bola. Houve muitas inovações técnicas para aumentar a rotação da bola durante o voo. A maior parte dessa inovações está associada à evolução da superqcie da bola de golfe (relevos, dimples, etc.) mas os tacos também contribuiram nesse senVdo. A mais famosa dessas soluções é um conjunto de sulcos na face do taco, os grooves, inventados em 1902. Com tacos modernos o spin das bolas varia entre 2.000 – 4.000 rotações por minuto, no caso dos drivers e tacos para pancadas muito compridas, e cerca de 10.000 rpm no caso dos tacos para jogar na areia e para distância curtas de voo controlado. 13 Os sulcos (grooves) Os sulcos dos tacos são generalizados a parVr de 1910. A função do groove é a de aumentar o spin e o controlo sobre a bola. 14 Grooves e dimples. Peter Guthrie Tait, um qsico de Edimburgo, publicou em 1891 um ensaio na Nature sobre a qsica da bola de golfe. É a primeira argumentação ciensfica sobre o efeito dos dimples (concavidades) das bolas de golfe. Tait, P. G. (1891). Some points in the physics of golf. Nature 44, 497-­‐498 . 15 O fim das varetas de madeira. As varetas de metal (aço) surgem nas úlVmas décadas do século XIX. Tendem a subsVtuir as varetas de madeira (hickory) progressivamente porque: -­‐  Permitem bater a bola a maiores distâncias -­‐  Permitem aumentar a velocidade da cabeça do taco -­‐  Permitem novas formas de swing -­‐  Têm um custo inferior -­‐  São mais fáceis de produzir industrialmente -­‐  São inquebráveis -­‐  Há uma exaustão dos stocks de hickory de alta qualidade nos EUA e os preços sobem. 16 As varetas de aço mudaram a técnica de swing O swing de golfe sofreu grandes alterações com o uso das varetas metálicas. O swing que era feito essencialmente com mãos e braços passou a envolver grandes rotações do tronco e transferência de peso entre apoios. O primeiro U.S.Open ganho com varetas de metal foi o de 1931, por Billy Burke. Na Europa, o Royal and Ancient Golf Club of St. Andrews apenas aceitou o uso de tacos de vareta metálica depois do Príncipe de Gales os ter uVlizado em 1929. Para manter a imagem da madeira, as varetas metálicas eram pintadas de castanho ou envolvidas numa película plásVca da mesma cor. Estas varetas chamavam-­‐se Pyratone, e foram essenciais para os consumidores aceitarem a imagem das novas soluções de vareta metálica. 17 A mudança é diUcil de aceitar. A USGA, que regulamenta o golfe nos EUA, só aceitou as varetas metálicas para compeVções oficiais em 1926, apesar dos inúmeros apelos de fabricantes e jogadores. Com a baixa de preço permiVda pelo uso de varetas metálicas, o uso de muitos tacos tornou-­‐se uma práVca habitual. Nos anos 20 e 30 teria sido possível observar sacos com 20 tacos ou mais. 18 Flexíveis e leves O comprimento da vareta de um taco de golfe varia entre 88 e 115 cm. O peso varia entre 45 e 150 gramas. Actualmente usam-­‐se: -­‐ Varetas em aço (construídas por segmentos ou num único segmento de espessura variável); -­‐  Varetas em grafite, com uma grande diversidade de caracterísVcas; -­‐  Varetas em Vtânio, ainda em fase inicial de desenvolvimento; -­‐  Varetas construídas com nanomateriais (nanofuse), ainda em fase experimental. 19 O sucesso das varetas de grafite As varetas de grafite foram inventadas em 1973 e produzidas em série a parVr de 1977. Uma vareta de grafite é, em média, 34 % mais leve que uma vareta de aço. Actualmente, cerca de 99% das madeiras usadas no Tour americano têm varetas de grafite, mas apenas 12% dos ferros têm vareta de grafite. As varetas de grafite são muito uVlizadas por jogadores recreaVvos e facilitam o swing em jogadores mais idosos. Estas varetas possibilitam um grande número de soluções mecânicas, o que facilita o ajustamento às caracterísVcas dos jogadores. 20 A pega (grip) Parecendo um elemento menor de um taco, a zona de agarrar o taco (grip) desempenha um papel muito importante: -­‐  Aumento de aderência da mão; -­‐  Conforto; -­‐  Eficiência mecânica da pega; -­‐  Controlo do taco; -­‐  Amortecimento de vibrações. Durante o século XX usaram-­‐se grips de pele de ovelha (sheepskin), outras peles de animais, corVça, lona impregnada de borracha natural, borracha com corda, materiais sintéVcos, elastómeros, etc. Para além do material de construção, a grip tem variações de comprimento, espessura, forma, relevo e cor. 21 Durante o século XX o saco de um jogador de golfe vai ter cada vez mais ferros e menos madeiras. Em 1938 a USGA delimitou o número de tacos que podia ser usado num jogo -­‐ 14 tacos. A razão para esta mudança foi o sucesso de um novo Vpo de bola, a guDa percha, feita de borracha, mais elásVca que as anVgas bolas featherie, feitas em cabedal e preenchidas por penas de ave sob pressão. Com bolas mais macias passou a Vrar-­‐se mais vantagem de cabeças mais rígidas. No entanto, as madeiras conVnuaram a ser excelentes soluções para pancadas longas. As madeiras que resisVram ao tempo foram: o driver, o brassie (semelhante a madeiras 3 a 5) e a spoon (aproximadamente correspondente às actuais madeiras 5 -­‐7). 22 O Driver foi o taco que mais evoluiu durante o século XX 23 As madeiras feitas de aço Embora tenham exisVdo madeiras metálicas desde 1920, estas resumiam-­‐se a uma exploração artesanal da solução construVva. O primeiro driver de cabeça metálica com pleno sucesso comercial surge em 1982. Chamava-­‐se PiDsurgh Persimon e foi desenvolvido pela Taylor Made. O driver com maior sucesso da história do golfe foi (provavelmente) o Big Bertha da Callaway, lançado em 1991, com a cabeça em aço. 24 A u=lização do =tânio na cabeça dos drivers O primeiro driver em Vtânio foi o Big Bertha Titanium da Callaway, lançado em 1995. Em 1996 a Taylor Made lança o Ti Bubble, também em Vtânio. 25 A distância percorrida pela bola em pancadas com o driver Os jogadores do PGA tour (EUA) têm distâncias de drive na ordem das 290 jardas (265 metros) mas os jogadores “mais compridos” podem bater com frequência acima das 350 jardas (320 metros), com algumas pancadas eventuais acima das 400 jardas (366 metros). Duas curiosidades sobre pancadas de drive excepcionalmente longas: Em 1974 Mike AusVn aVngiu 515 jardas (470 metros), em Las Vegas (distância que inclui o voo mais o rolamento da bola até se imobilizar) Em 1999 Karl Woodward conseguiu um voo de bola de 408 jardas (373 metros). 26 distância em jardas Es=ma=vas de distância de driving em jogadores de topo nos úl=mos 150 anos ou Como os campos de golfe encolheram com o passar do tempo 27 A inflação do volume das cabeças dos drivers driver drivers do princípio do século xx Drivers até década de 1970 Ping Eye driver (1979) Taylor Made pizsburgh persimmon (1986) Callaway Great Big Bertha (1995) Taylor Made Vtanium bubble (1995) Biggest Big Bertha (final do século) Callaway Big Bertha Vtanium Alguns drivers 2002-­‐2003 2003 limite da USGA volume 150 cc 130-­‐160 cc 195 cc < 150 cc > 250 cc > 250 cc 290 cc 454 cc (>)500 cc 460 cc Em 2003 surge a regulamentação que limita a dimensão do volume dos drivers. 28 Aumentar a usabilidade dos ferros Num saco de golfe actual com 14 tacos, podemos encontrar entre 7 e 11 ferros. Os ferros do princípio do século eram de ferro forjado e Vnham uma forma fina, conhecida por blade (lâmina). Mais tarde surgirá a tendência para aumentar a massa da cabeça com o espessamento da porção central e inferior do ferro. Estes ferros ficaram conhecidos como muscle back (o músculo na parte de trás). O grande inconveniente é a exigência de uma enorme precisão porque a zona de contacto com a bola de maior eficácia (o sweet spot) é muito reduzida. A evolução dos ferros tem sido orientada para o aumento da performance e para o aumento da tolerância aos erros do jogador. 29 Ângulos de lo3 em ferros modernos ferro 3 4 5 6 7 8 9 pw sw log 17-­‐22° 22-­‐27° 25-­‐31° 28-­‐35° 32-­‐39° 36-­‐43° 40-­‐46° 45-­‐50° 50-­‐60° Ângulos de loH para ferros 3 a 9, pitch wedge e sand wedge. Estes valores variam conforme os fabricantes, as especificações comerciais e, por vezes, as solicitações dos jogadores. 30 Um ferro para condições especiais Em 1932 Gene Sarrazen cria o sand wedge, um taco especificamente desenhado para a aproximação a curtas distâncias e para o jogo em areia. Na verdade, os ferros de ângulo de loH elevado já exisVam há muitos anos. No sistema de classificação prévio à numeração que actualmente é praVcada (os ferros vão, em geral de 3 a 9, conforme o ângulo de loH e o comprimento da vareta), os ferros com esta função eram chamados niblick. O sand wedge tem angulos de loH entre 48 e mais de 60 graus. É também o taco de vareta mais curta de um set de tacos e o mais pesado (mais de 1 kg). 31 “Peso na periferia” Em 1961 a Ping escava a parte de trás dos ferros e distribui o peso da cabeça dos tacos na periferia, produzindo ferros mais tolerantes a pancadas fora do centro. O peso reVrado da parte de trás do taco é distribuído pela periferia Nos anos 70 generalizam-­‐se os cavity irons, que oferecem uma distribuição de peso na periferia, com a vantagem de permiVr novos efeitos de voo da bola e uma soH spot (zona central de máximo efeito) maior. Esta foi, talvez, a maior inovação nos ferros, nos anos 70 32 Tecnologia e inovação no desenho de ferros Com a evolução criaVva e os progressos da engenharia vão surgir inovações importantes nos ferros. Os híbridos permitem combinar materiais de tal forma que se opVmiza a distribuição de peso na cabeça do ferro, possibilitando voos de bola mais elevados, uma maior tolerância ao erro, e uma maior facilidade de uso. DisVnguem-­‐se das madeiras pela reduzida dimensão da cabeça, com um formato em bulbo. Estes beneqcios são muito bem recebidos por jogadores recreaVvos, e já são uma opção para cerca de 80% dos jogadores do Tour americano. Os sets de ferros híbridos vão consVtuir uma novidade já no século XXI 33 O que é um pu$er ? O puDer é um taco com uma finalidade muito específica -­‐ serve para bater bolas em superqcies muito homogéneas (os greens) para a colocar no buraco. São tacos que pretendem fazer rolar a bola, sem a levantar do terreno, pelo que o ângulo de loH é normalmente baixo 34 Alguns ângulos de log de puners actuais O loH de um taco é o ângulo formado pelo plano da vareta com o plano da face do taco Mizuno 3-­‐3.5° Nike 2° Odissey 3° Yes Puzers 2.5° Scozy Cameron 4° Taylor Made 2.5-­‐3.5° Bezanardi 3-­‐4° Cleveland 3° 35 Os puner hickory do princípio do século XX Os anVgos puDers eram feitos em ferro, aço,alumínio, bronze, ou outras ligas metálicas. A vareta era invariavelmente de madeira, e com uma zona de pega fina, por comparação com os modelos actuais. A superqcie de impacto era lisa, por vezes com a demarcação da zona ópVma de contacto. Mais tarde incluiram sulcos, pontos (dots), e desenhos mais ou menos elaborados (e inúteis). Os ângulos de loH eram muito acentuados (mais de 8 graus) 36 O ângulo de lo3 e a perfeição do pun. O ângulo de loH é importante porque ajuda a determinar quanto da trajectória da bola no puz é composto por duas componentes: a derrapagem (skid) e o deslizamento (roll). Num bom puD a fase de derrapagem não ultrapassa os 20% do total da trajectória, e o rolamento ultrapassa os 80% da distância. Esta proporção é actualmente aVngida com lo€s de cerca de 3-­‐4°, mas depende do Vpo de relva do green e das suas condições específicas em cada puD. No princípio do século XX os ângulos de loH mais habituais ultrapassavam os 8 °, mas tal devia-­‐se à necessidade de fazer saltar as bolas na fase inicial da sua trajectória, uma vez que os greens não Vnham as boas caracterísVcas de homogeneidade e regularidade de superqcie que têm nos nossos dias. 37 O puner mais famoso de sempre ? O puDer mais famoso de sempre foi provavelmente o puzer com que Bobby Jones ganhou 13 campeonatos (majors), incluindo o Grand Slam de 1930. Este puzer chamava-­‐se Calamity Jane e Vnha sido construido artesanalmente no princípio do século. Quando Jones precisou de subsVtuir o Calamity Jane original, dado o desgaste que já acusava, a Spalding fabricou um novo, com caracterísVcas semelhantes. O Calamity Jane original Vnha uma vareta de madeira (hickory) de 33 ½ polegadas de comprimento, uma cabeça em formato de pescoço de ganso, e uma lâmina de 8 graus de loH. 38 Um puner para todos – o Acushnet Bullseye Em meados dos anos 40, John Reuter desenhou um modelo de puDer em bronze, extraordinariamente simples, barato e eficaz. O Acushnet Bullseye podia ser usado por destros e canhotos, oferecia grande sensibilidade e, a elevada massa da cabeça ajudava a perdoar pancadas fora do centro. Este modelo foi replicado por inúmeros fabricantes com muitas variações, mas conservando sempre a sua forma original que o idenVfica com facilidade. 39 O Puner anser da Ping O puDer anser da Ping foi produzido em série pela primeira vez em 1966, por Karsten Solheim. Karsten, um engenheiro mecânico, Vnha produzido puzers de forma artesanal na sua garagem desde 1959. O nome Ping deveu-­‐se ao som do impacto dos seus puzers artesanais. O modelo “anser” foi assim baVzado pela esposa de Karsten como simplificação da palavra “answer”. Em 1969 o vencedor do Torneio de Augusta usou um anser e este puzer tornou-­‐se um sucesso comercial. A visibilidade da bola e do taco, o controlo da oscilação do taco no impacto, a tolerância a pancadas fora do centro, e a sensibilidade que disponibiliza durante o puD são a chave do sucesso deste blade puDer. 40 Alinhamento visual e antecipação de trajectórias O Odissey two ball é um puDer totalmente Inovador: oferece um sistema de alinhamento de forte componente visual, uma superqcie de contacto que opVmiza a sensiblidade, e um elevado momento de inércia (MOI) que reduz a oscilação do taco em pancadas fora do centro. Este puDer foi lançado em 2001 e conta com cerca de 40 variantes desde que começou a ser produzido, sendo um gigantesco sucesso comercial. 41 Suavizar a pancada do puner Há mais de 100 anos que os jogadores procuram a suavização da pancada na bola para conseguir uma velocidade e distância adequada. Este efeito foi conseguido com o uso de materiais mais macios, ou com a inserção de cabedal, borracha, madeira, etc. Mais recentemente têm sido usadas inserções de polímeros com dimensões e texturas variadas. 42 

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