Relatório de atividades 2008 – 2010
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Relatório de atividades 2008 – 2010
Relatório de atividades 2008 – 2010 Sumário Índice 2 Diretoria Executiva 2008-2010 3 Carta da Diretoria Executiva 4 Carta da Presidente 6 Missão, Visão e Valores 8 CIAM – uma intenção, uma causa, um grupo... uma solução CIAM – alinhado com o Brasil e com o mundo 16 22 36 45 Unidade Jaguaré – estimulando o desenvolvimento Aldeia da Esperança – promovendo a autonomia Faça parte 49 Parcerias e alianças 54 Balanço Social 56 Ficha Técnica Diretoria Executiva 2008-2010 Presidente Anna Abuleac Schvartzman Vice-presidentes Fernando Kasinski Lottenberg Isac Krutman Abrahão Kerzner Corpo Diretivo Diretora Administrativa: Muriel Matalon Diretor de Patrimônio e Jurídico: Renato Lainer Schwartz Diretora de Relações Públicas: Addy Seelmann Heilbut Diretora Secretária: Paula Sapir Febrot Diretora Técnica: Bacy Fleitlich Bilyk Diretores Tesoureiros: William Streit Cunningham Júnior (em memória) e Fabio Iguelka Assessora da Diretoria: Edna Pinto Mesa do Conselho Presidente: Luiz Kignel Vice-presidente: Eduardo Lafer Secretário: Gregório Zolko Conselho Deliberativo Abrahão Kerzner Amadeu Aleixo Machado André Schivartche Antônio Floriano Pereira Pesaro Arthur Rotenberg Beirel Zukerman Bráulio Pasmanik Claudia Costin Daniela Libman Fábio Faiwichow Istvan Wessel Jacques Libman José Salomão Schwartzman Luiz Frid Luiz Alberto Maktas Meiches Marcelo Berger Marcelo Drugg Barreto Vianna Marlene Weissberg Mauro Dryzun Miriam Sapir Siag Landa Mordejai Goldenberg Pedro Hertz Renato Ochman Rochele Toporovski Rodulph Shafferman Ruth Goldberg Sergio Gelman Sônia Schnaider Tatiana Serebrenic Valentim Gentil Filho Walter Feldman Suplentes Elza Janiuk Becker Jaime Shnaider Karen Zolko Selmo Clermann Tamara Frankel Grosman Conselho Fiscal Thomas F. Tichauer Milton Clerman Renato Soriano Claudio Muller Jacob Jacques Gelman Miguel Ethel Sobrinho Carta da Diretoria Executiva T antos são os desafios para quem se envolve com o CIAM. De perto ou de longe. Mas também são muitas as satisfações de ver como a cada dia a instituição se renova, reinventa-se e supera as dificuldades. Trabalhar para facilitar o dia a dia da pessoa com deficiência em todas as fases de vida é o que os profissionais, voluntários, consultores e amigos do CIAM fazem. Como diretores da instituição, temos acompanhado de perto os processos gerenciais e pedagógicos. Desde a equipe de estimulação precoce do Jaguaré – que conscientiza as famílias de que os exercícios, que aparentemente não fazem tanta diferença, são essenciais para o desenvolvimento ideal das crianças e sua preparação para o futuro – até o acompanhamento dos adultos em estado de envelhecimento na Aldeia da Esperança, tudo é pensado e preparado com cuidado para que o atendido receba o melhor em termos de dedicação humana e recurso material. Sempre é possível fazer melhor? Claro! E é nisso que a diretoria, composta por voluntários do CIAM, contribui. Batemos palmas, mas também apontamos os pontos de melhoria e, nos encontros seguintes, fazemos o acompanhamento das atividades relatadas e propostas. Pé no acelerador quando é preciso; no freio? Sempre que há riscos a vista! Lidar com saúde, e de uma parcela tão sensível da sociedade, requer muito mais cuidado nesta estrada que o CIAM decidiu trilhar. O Brasil apenas começou sua rota para a inclusão, com as recentes leis e os recentes decretos que beneficiam as pessoas com deficiência, como a Lei de Cotas no mercado de trabalho e a da inclusão nas escolas. Não basta incluir; há que se preparar as pessoas e os ambientes para que a inclusão aconteça de forma decente: para quem entra e para quem recebe. Neste cenário de início de avanço nos processos de inclusão, no qual a tendência é de que as políticas públicas sejam cada vez mais abrangentes e cuidadosas, e que a tecnologia evolui em larga escala, acreditamos que o que cabe ao CIAM é o aprimoramento da sua prestação de serviços, sempre com excelência e articulado com todos os seus públicos de relacionamento. É para isso que o CIAM vem trabalhando, capacitando educandos e educadores; promovendo parcerias e alianças intersetoriais; e participando de grupos de estudos de criação de políticas públicas e de pesquisas sobre envelhecimento precoce de pessoas com deficiência intelectual. E o mais importante: sempre disposto a repensar o seu papel e se adequar às novas demandas da população a que se propõe a atender. De nossa parte, temos sempre uma razão muito forte: a causa da deficiência intelectual, que nos intriga e nos move. O CIAM pode contar conosco. Diretoria Executiva do CIAM 2 3 Carta da Presidência “ Não chegamos a cobiçar estrelas, mas sentir a esperança como a melhor coisa na vida.” Thomas Mann Prezado Leitor, É o momento de seguir em frente. Depois de uma história de mais de 40 anos com o CIAM, doando-me como voluntária e aprendendo sobre a dura realidade enfrentada pelas pessoas com deficiência intelectual, com os preconceitos e o desconhecimento de suas necessidades presente em suas próprias casas, aprendi que o amor e o carinho são capazes de transformar essa realidade.É com esse aprendizado no coração que, há 24 anos, assumi a presidência da instituição. Foram muitas aspirações e realizações durante este tempo. As mudanças no trabalho desenvolvido na unidade do Jaguaré, onde foram iniciados os esforços para um cenário mais favorável à igualdade, e a esperança reacendida com o trabalho de moradia assistida na Aldeia da Esperança. Este último, um marco nestes anos de dedicação, tornou-se realidade quando, em 1989, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou o decreto, do então governador Orestes Quércia, que deu ao CIAM a posse por comodato da área de 46 alqueires, em Franco da Rocha, São Paulo. Concretizava-se o sonho da Aldeia da Esperança. Dias depois, Lázaro Brandão esparramou em sua mesa de trabalho na presidência do Bradesco, na Cidade de Deus, as plantas do arquiteto Gregório Zolko com o desenho da Aldeia. Dr. Brandão, como é chamado por seus companheiros, depois de me ouvir muito falar sobre o futuro daquilo que pude observar ao vivo no Kibutz Kfar Tikva, em Israel, per- 4 guntou se com uma doação substanciosa as obras poderiam começar. A emoção foi grande demais. Afinal, estava na Cidade de Deus e chegava o milagre da bênção que faltava para a materialização da Aldeia. Mas é hora de passar o bastão. Confesso que, depois destes anos convivendo com o crescimento da instituição, será impossível deixar de estar sempre ao lado do novo comandante desta empreitada: Abrahão Kerzner.Tenho a confiança de que nosso trabalho contribui diretamente para a melhoria da qualidade de vida dos nossos atendidos, residentes e familiares. E mais: orgulho-me do que fiz, apoiada no talento e na boa vontade de uma equipe inesquecível. Não diretores, mas devotos, não funcionários, mas amigos, que comungam da mesma crença em minorar as necessidades do próximo. Passo minha energia para as mãos seguras de Abrahão Kerzner, que, assim como o romancista Thomas Mann, acredita que “não chegamos a cobiçar estrelas, mas sentir a esperança como a melhor coisa na vida”. À minha família querida do CIAM e aos apoiadores devotados, minha eterna gratidão. São os olhares, sorrisos e abraços que recebemos que nos renovam para continuarmos trabalhando por aquilo que acreditamos ser um direito universal: garantir a todos as mesmas oportunidades, respeitando diferenças e promovendo a igualdade. Anna Abuleac Schvartzman 5 Visão Consolidar-se como instituição modelo de excelência na prestação de serviços às pessoas com deficiência, abrangendo todas as faixas etárias. Valores Missão • • • Prestar serviços de qualidade às pessoas com deficiência, favorecendo a inclusão social em um processo contínuo de aperfeiçoamento organizacional. 6 • • • Solidariedade para com os nossos semelhantes, quaisquer que sejam as condições ou origens; Crença em que pessoas com deficiência são parte integrante e ativa da sociedade; Comprometimento com a defesa de direitos e o exercício da cidadania; O desenvolvimento de suas capacidades os torna membros ativos da sociedade; Autossuficiência da entidade; Excelência na qualidade de prestação de serviços. 7 CIAM – uma intenção, uma causa, um grupo... uma solução “ Verificamos que a Aldeia é única por suas características, o que nos mostrou que o caminho que havíamos escolhido para nossa filha estava certo, pois a proposta da Aldeia não agride o indivíduo e realça a sua individualidade e a sua criatividade.” Jorge Carioba, pai da residente Marina Carioba 8 9 H á 51 anos nascia o Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar, uma sociedade brasileira sem fins lucrativos, de natureza educacional, cultural e filantrópica, fundada para prestar serviços a pessoas com deficiência intelectual – “funcionamento intelectual inferior à média (QI) associado a limitações adaptativas, que abrange muitas habilidades sociais cotidianas e práticas. Essa deficiência se origina antes dos 18 anos” 1 . Criado depois da instituição da “Declaração Universal dos Direitos Humanos”, que diz que “todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos”, o CIAM promove a inclusão social de crianças, adolescentes e adultos com deficiência intelectual e deficiências associadas, apoiando-os, bem como os seus familiares, do nascimento ao envelhecimento. A história do CIAM começou quando Marjan e Rosa Fromer fizeram a doação da primeira sede no bairro Jaguaré, em São Paulo, em nome do seu pai Harry Fromer. A doação foi feita em julho de 1959. O objetivo era ter um espaço adequado para apoiar um grupo desassistido da população, oferecendo atendimento adequado e qualificado às crianças com deficiência mental*. A fundação oficial homenageou, portanto, a família Fromer e a sede recebeu o nome de “Instituto Harry Fromer”. * Até 1994 o termo era conhecido como “deficiência mental”. Em 1995, o simpósio “Intellectual Disability: Programs, and Planning for the Future”, da ONU, alterou o termo para “deficiência intelectual”, por considerar que, “com a evolução acelerada da sociedade, pensamentos e conceitos devem acompanhar o ritmo desse crescimento para que o ser humano seja valorizado e compreendido cada vez mais”. Assim, a “deficiência intelectual” se diferencia mais ainda da “doença mental” (quadros psiquiátricos não necessariamente associados a déficit intelectual), termos que sempre geraram confusão. Em 2004, a “Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual” foi aprovada pela OMS, e o termo “deficiência intelectual” teve seu reconhecimento consagrado. 10 O começo do trabalho foi garantido graças ao apoio de voluntários e especialistas profissionais. Eram médicos, pediatras, neurologistas, psicólogos e outros, que decidiram prestar atendimento de excelência a essa população. Com o passar dos anos, o CIAM cresceu e somou ao alto padrão de exigência de seus fundadores e profissionais as adaptações necessárias. De clínica psicológica e atendimento psicopedagógico, passou a atuar na educação especial e como centro de reabilitação. O ano de 1981 foi declarado como o “Ano Internacional da Pessoa Deficiente”. No ano seguinte, a ONU aprovou o “Programa de Ação Mundial para Pessoas com Deficiência”. Em 1982, um grande passo foi dado para garantir o atendimento das demandas da população adulta: o CIAM, baseado em uma iniciativa do Kibutz Kfar Tikva, de Israel, mudou seu estatuto e incluiu um projeto de moradia assistida, a Aldeia da Esperança, que foi inaugurada em Franco da Rocha (SP), em 1993, em um terreno doado em comodato pelo governo do Estado de São Paulo. O CIAM passou a atender, então, em duas unidades: Jaguaré e Aldeia da Esperança. 1 AAIDD (American Association on Intelectual and Developmental Disabilities) Os números do CIAM hoje (média por ano) • Atendimento para mais de 400 pessoas com deficiência intelectual de todas as idades; • Entre clientes diretos (pessoas com deficiência) e indiretos (familiares), totaliza o atendimento de 1.600 pessoas; • Índice médio de gratuidade de 55%, sendo 75% na unidade Jaguaré e 25% na Aldeia da Esperança. 11 Linha do tempo Fundação oficial do CIAM, inicialmente chamado de Instituto Harry Fromer. No mesmo ano, toma posse a primeira diretoria do CIAM, composta por Marjan Fromer, Mauricio Petreski, Bertha Gottlieb, Friedel Windholz, Abrão Portnoi, Henrique Rosset, Herman Sbolh e Markus Gottlieb. O trabalho desenvolvido pelo CIAM é apresentado na 20ª. Reunião Anual da Federação Mundial para a Saúde Mental, realizada no Peru. Dessa forma, o trabalho do CIAM extrapola as fronteiras de São Paulo e passa a ser reconhecido internacionalmente. Implantação do ensino profissionalizante para jovens. 1958 1959 1960 1967 1972 O Conselho de Mães do Departamento de Educação da Federação das Sociedades Israelitas Brasileiras do Estado de São Paulo se reúne para buscar uma alternativa de atendimento adequado e qualificado às crianças com deficiência intelectual, que até então não recebiam atendimento especializado. 12 Início do Serviço Ambulatorial (Clínica Psicológica e Clínica Psiquiátrica), provisoriamente instalado no consultório do Dr. Stanislau Krynski. Inauguração da sede própria do CIAM, no bairro do Jaguaré, com atendimento em regime de semiinternato. Início das atividades de inserção dos jovens no mercado de trabalho. O CIAM ganha o Prêmio Bem Eficiente. A conquista se repete em 2002, 2005 e 2006. O CIAM participa com 30 trabalhos da exposição “A Expressão Plástica da Criança Excepcional”, organizada pelo Museu de Arte Contemporânea da USP. 1983 1993 1998 1999 2000 Inauguração da Aldeia da Esperança, com o apoio significativo do Bradesco, na pessoa do Dr. Lázaro Brandão. Realização do espetáclo Barishnikov, no Teatro Municipal de São Paulo. Realização do espetáculo de Ballet da Ópera de Lyon, no Teatro Municipal de São Paulo. 13 Início do Programa de Inclusão às Avessas, que proporciona às crianças com e sem deficiência o desenvolvimento em conjunto e atividades educativas e recreativas. Ampliação da Aldeia da Esperança, com a construção de mais oito casas, aumentando a capacidade de atendimento para 64 residentes. Inauguração do Centro de Reabilitação e Hidroterapia da Aldeia da Esperança. Realização de espetáculo de dança-teatro de Pina Bausch no Teatro Alfa. 2001 2002 2003 2004 2005 O CIAM promove o espetáculo Nederlands Dans Theater, no Teatro Municipal de São Paulo 14 Inauguração do Centro de Estimulação Essencial, na Unidade Jaguaré. Conquista da certificação da ISO 9001:2000, recertificada em 2005 e 2009. Realização da Noite de Gala “Arte do Bem”, no Teatro Municipal de São Paulo. Show de Charles Aznavour no Via Funchal. Parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo para o trabalho de inclusão escolar das crianças com deficiência intelectual. Realização do show de Roberto Carlos no Credicard Hall e da peça de teatro infantil “Loja de Brinquedos”. Realização do espetáculo “O Rei e Eu” no Teatro Alfa. Participação na 1ª Virada Inclusiva – Participação Plena, uma iniciativa da Secretaria Estadual da Pessoa com Deficiência. Assinatura do acordo de cooperação com o Grupo de Estudo do Envelhecimento Precoce das Pessoas com Deficiência Intelectual. 2006 2007 2008 2009 2010 Realização do show de Dionne Warwick na Via Funchal e do musical “My Fair Lady” no Teatro Alfa. Realização da comédia musical “Gloriosa” no Teatro Procópio Ferreira. Reforma e ampliação do ambulatório da Aldeia da Esperança. Participação no 10º Congresso Nacional – Abenepi, com divulgação do trabalho do CIAM e da Aldeia da Esperança. 15 CIAM – alinhado com o Brasil e com o mundo “ A partir da Convenção da ONU de 2006, a questão da deficiência passa a ser considerada um direito humano. Então, se os seres humanos têm direito à educação, as pessoas com deficiência também têm, seja qual for a deficiência. Se têm direito a exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos, a pessoa com deficiência também. E assim sucessivamente, em todas as áreas.” Marta Gil, socióloga 16 17 O Brasil também evoluía no conhecimento da população com deficiência. No ano 2000, o país descobriu que, diferentemente da média mundial – divulgada pela OMS, de 10% –, a população brasileira com algum tipo de deficiência era de 14,5%. Destes, 8% possuem deficiência intelectual. Em 1975, a ONU estabeleceu uma declaração específica assegurando os direitos das pessoas com deficiência – a Declaração dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Esse documento tornou-se referência mundial para a defesa da cidadania e do bem-estar dessas pessoas. Alguns dos direitos descritos na declaração designam: Os valores são significativos e, com base neles, o Brasil vem se organizando em termos de dados estatísticos oficiais sobre as pessoas com deficiência e aprovando leis que tornam obrigatória a inclusão das mesmas na sociedade, garantindo direitos iguais a todos. A Constituição Federal, promulgada em 1988, é um dos documentos que ditam os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros, e determina que “é competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios cuidar da saúde e assistência públicas, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiências”. Desde a instituição da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1948, os direitos das pessoas com qualquer tipo de deficiência deveriam estar assegurados. A declaração relaciona os seguintes direitos ao ser humano: • • • • • • Direitos Civis: direito à liberdade e à segurança pessoal; à igualdade perante lei; à livre crença religiosa; à propriedade individual ou em sociedade; e o direito de opinião (Arts. 3º ao 19º). Direitos Políticos: liberdade de associação para fins políticos; direito de participar do governo; direito de votar e ser votado (Arts. 20º e 21º). Direitos Econômicos: direito ao trabalho; à proteção contra o desemprego; à remuneração que assegure uma vida digna; à organização sindical; e direito à jornada de trabalho limitada (Arts. 23º e 24º). Direitos Sociais: direito à alimentação; à moradia; à saúde; à previdência e assistência; à educação; à cultura; e direito à participação nos frutos do progresso científico (Arts. 25º ao 28º). • • • No Brasil, no final dos anos 1980, duas leis estabeleceram os direitos das pessoas com deficiência: a Constituição Federal de 1988 e a Lei nº 7.853/89, de 24 de outubro de 1989. Esta última tornou obrigatória a inclusão de itens específicos nos censos nacionais, como o Censo Demográfico de 1991, que, pela primeira vez, incluiu questões que atestaram a presença de 2.198.988 pessoas com deficiência, em uma população total de 146.815.750 habitantes, o que representa 1,49% desta. Desde então, outras leis foram criadas para regulamentar direitos constitucionais relativos aos deficientes. São algumas delas 2 : Lei nº 10.048/00 – dá prioridade de atendimento a pessoas portadoras de deficiência, idosos com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo. Lei nº 10.098/00 – estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação. 2 18 O direito essencial à sua própria dignidade humana; Os mesmos direitos civis e políticos dos demais indivíduos; O direito de desenvolver capacidades que as tornem autoconfiantes; O direito de viver com sua família e de participar de atividades sociais; O direito à proteção contra toda exploração e todo o tratamento discriminatório, abusivo e degradante, entre outras. Fonte: www.planalto.gov.br, acessado em dezembro de 2010. 19 Convenção da ONU de 2006: uma grande conquista A garantia dos direitos da pessoa com deficiência tem conquistado importantes avanços ao longo dos últimos anos. Para a socióloga Marta Gil, a maior conquista aconteceu em 2006, com a Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. “Nós fizemos um gol enorme com essa convenção, pois ela tem uma série de diferenciais. Um deles é que a partir da convenção o tema da deficiência passa a ser colocado no campo dos direitos humanos. Isso significa que chega de assistencialismo, de filantropia, de paternalismo. Isso acabou. A questão da deficiência é considerada um direito humano. Então, se os seres humanos têm direito à educação, as pessoas com deficiência também têm, seja qual for a deficiência. Se têm direito a exercer os seus direitos sexuais e reprodutivos, a pessoa com deficiência também. E assim sucessivamente, em todas as áreas”, exemplifica. “Acabou o tempo de ela estar escondida, de a família sentir vergonha. Isso pertence ao passado. Por isso que a gente fala pessoa com deficiência. Enfatizamos o fato de que, em primeiro lugar, o mais importante é que ela é uma pessoa. A deficiência é só mais uma característica que ela tem.” Marta Gil, socióloga 20 Para completar essa conquista, em 2008 o Brasil ratificou a convenção, usando um mecanismo que consta da Constituição Brasileira. “Isso significa que essa convenção agora tem equivalência de emenda constitucional. Todos os direitos garantidos pela convenção fazem parte da Constituição Brasileira”, explica Marta. A convenção é um documento de 50 artigos. Ela não cria direitos novos nem especiais para as pessoas com deficiência, mas é um instrumento facilitador para o exercício dos direitos universais, em especial à igualdade com as demais pessoas. Tem como objetivo promover, proteger e assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas as pessoas com deficiência, e promover o respeito pela sua dignidade. O documento estabelece o reconhecimento de que as pessoas com deficiência representam um segmento social marginalizado, cujos direitos muitas vezes são ignorados ou violados em todo o mundo. Daí se justifica a aprovação de tratado internacional sobre o tema, pois assegura base jurídica para o conjunto de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais da pessoa com deficiência. Princípios gerais da Convenção da ONU sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência 1. O respeito pela dignidade inerente, independência da pessoa, inclusive a liberdade de fazer as próprias escolhas, e autonomia individual; 2. A não discriminação; 3. A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade; 4. O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como parte da diversidade humana e da humanidade; 5. A igualdade de oportunidades; 6. A acessibilidade; 7. A igualdade entre o homem e a mulher; 8. O respeito pelas capacidades em desenvolvimento de crianças com deficiência e respeito pelo seu direito a preservar sua identidade. 21 Unidade Jaguaré – estimulando o desenvolvimento “ Ao longo dos anos, observei de perto a evolução das crianças, a formação de caráter de algumas, a solidariedade de outras. O resultado do trabalho é gratificante, e a equipe multidisciplinar que faz parte do CIAM consegue exercer um excelente trabalho.” Cristiano Pedroso, psicólogo do CIAM 22 23 C om uma proposta psicopedagógica específica para os atendidos e com um projeto arquitetônico que favorece o trabalho interdisciplinar e a prática de intervenções terapêuticas e educacionais para crianças, jovens e suas famílias, o CIAM Jaguaré, com as ações do CEE – Centro de Estimulação Essencial e do CED Centro de Educação e Desenvolvimento, oferece opções de estimulação, reabilitação multidisciplinar e profissionalização. Elas contribuem para a busca da autonomia e da inclusão sociocultural e educacional dos seus atendidos. Sua equipe técnica é multidisciplinar, com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, pedagogos, professores de educação física, monitores de oficinas e assistentes sociais. Como qualquer cidadão, a pessoa com deficiência intelectual tem o direito à educação pública ou particular de ensino. O Artigo 208 da Constituição Federal garante o acesso preferencialmente à rede pública de ensino, da educação infantil e ensinos fundamental, médio e superior a todos os cidadãos brasileiros. Atendendo à Convenção da ONU, a pessoa com deficiência tem direito, ainda, de não ser excluída da escola em razão da sua deficiência, tendo o direito a apoio necessário no âmbito do sistema educacional regular, com o objetivo de facilitar sua educação em um ambiente inclusivo. O CIAM, ciente das dificuldades, tanto dos espaços físicos quanto das equipes formadoras das escolas e das famílias das pessoas com deficiência intelectual, preocupou-se com a capacitação dos formadores – professores e educadores em geral. Por meio dos programas da unidade Jaguaré, contribui para facilitar o ingresso dos atendidos na escola. 24 CEE – Centro de Estimulação Essencial Oferece assistência às crianças com distúrbios do desenvolvimento físico, psíquico e emocional desde o nascimento até a primeira infância – 0 a 5 anos. Disponibiliza serviços nas áreas de prevenção, orientação à família, estimulação, reabilitação e inclusão escolar. O principal objetivo da equipe multidisciplinar que trabalha com as famílias das crianças é conscientizá-las da importância do trabalho de estimulação precoce e da construção de alicerces para a inserção social plena. Desenvolve os seguintes programas: Programa de Inclusão Desenvolvimento de Tecnologia Articulação e adequação de locais e capacitação de profissionais das áreas de educação, saúde e cultura, entre outras, para a inclusão social e educacional das pessoas com deficiência. Construção e/ou readequação de material postural para lares, escolas, espaços de lazer e oficinas de trabalho. Desenvolvimento de tecnologia de baixo custo. Transferência de Conhecimento Acompanhamento dos responsáveis pelas crianças, para que adquiram mais confiança e autonomia para os cuidados essenciais nas suas atividades diárias. 25 A equipe técnica do CIAM, que está em constante atualização científica e mantém contato permanente com universidades para o aprimoramento do trabalho, atua de forma colaborativa e interdisciplinar, estimulando a participação dos cuidadores das crianças. O atendimento pode ser individual ou em grupo e envolver uma ou várias das especialidades abaixo: • Fisioterapia • Terapia ocupacional • Fonoaudiologia • Psicologia • Pedagogia CED – Centro de Educação e Desenvolvimento Direcionado a crianças e adolescentes a partir dos três anos, no CED são geradas situações educacionais que beneficiam o desenvolvimento das habilidades e competências dos atendidos, favorecendo a inclusão social, escolar e profissionalizante. No dia a dia são trabalhadas as habilidades e competências nas Atividades de Vida Diária (AVD) e nas Atividades de Vida Prática (AVP), além de noções pedagógicas, capacidade de comunicação e relacionamento e habilidades físicas e motoras. No CED são desenvolvidos os seguintes programas: Inclusão às Avessas – IA Atendimento Educacional Especializado – AEE Proposta inovadora que coloca em um mesmo espaço crianças sem e com deficiência. O objetivo é que o convívio e as práticas se tornem cada vez mais divertidos, sendo um aprendizado para todos. Atividades voltadas a crianças de 3 a 6 anos. Atende crianças com deficiência intelectual dos 6 aos 14 anos. Tem o objetivo de promover o desenvolvimento global por meio do acompanhamento do processo educacional na escola regular frequentada pelos atendidos. O serviço é oferecido no contraturno da escola. Grupo de Oficinas e Atendimentos Terapêuticos Educacionais – Goate Atende jovens a partir dos 15 anos de idade e tem como objetivo favorecer a autonomia e a independência na vida adulta. Proporciona a melhoria de qualidade de vida e o amadurecimento no processo profissional. Inclusão no Mercado de Trabalho “Lembro que no início do tratamento eu tinha receio de pegar no meu filho, pois tinha medo de fazer algo errado e machucá-lo, mas a equipe multidisciplinar do CIAM foi paciente comigo e me ensinou a realizar uma série de atividades que auxiliam o desenvolvimento dele. Hoje eu alongo a perninha do Ângelo sozinha. Diante disso, percebi que meu filho ganhou até mais confiança em mim.” Sueli Maris Henrique dos Santos, mãe do Ângelo, atendido no CIAM Atende jovens a partir de 16 anos, oferecendo capacitação e acompanhamento até o processo inicial das atividades no mercado regular de trabalho. O próprio Ministério da Educação reconhece, por meio de seus documentos, que o atendimento de alunos com deficiência intelectual na rede regular de ensino é um desafio. O aluno com deficiência tem uma maneira própria de lidar com seu aprendizado, o que pode não corresponder ao que a escola regular recomenda e está preparada. Essa situação aponta, de forma implícita, a impossibilidade de a escola atingir o objetivo do apoio à construção do conhecimento desses alunos. E esta situação acentua a desigualdade, agravando as dificuldades do aluno com deficiência intelectual. 26 27 “Quando pensamos numa educação inclusiva, temos de considerar que a criança tem os seus estágios de desenvolvimento” Floriano Pesaro Parceria pela inclusão escolar Avanços O Censo Escolar da Educação Básica3, realizado em 2008, comprova que os avanços na educação especial em relação a 2007 foram bastante significativos. O total de matrículas cresceu 0,4% em 2008, em relação ao ano anterior. As matrículas em classes comuns de escolas regulares passaram de 46,8% do total, em 2007, para 54%, em 2008. Chega a 375.772 o número de pessoas com deficiência matriculadas em classes comuns do ensino regular e educação de jovens e adultos, num total de 61.828 escolas, o que mostra expressivo crescimento do atendimento escolar inclusivo contra as classes exclusivas. Ainda assim há muito em que avançar. O Censo Escolar de 2010 mostra que apenas 12% das escolas da rede regular estão aptas para atender alunos com deficiência nos anos iniciais. 3 Fonte: www.portal.mec.gov.br, acessado em dezembro de 2010 28 Nesse contexto, é importante salientar que o papel da educação especial não é de ensino particular ou reforço escolar. O ensino especializado existe para proporcionar a adaptação dos alunos com deficiência intelectual às exigências da escola regular, fazendo com que os alunos aprendam o que é diferente dos conteúdos curriculares do ensino comum e ultrapassem as barreiras impostas pela deficiência. Educação inclusiva x educação especial Embora muitos especialistas defendam a ideia da inclusão escolar, há também os que consideram importante manter o ensino especializado. O vereador Floriano Pesaro, autor da Lei 15.034, de novembro de 2009, que instituiu o dia 14 de abril como o Dia Municipal de Luta pela Educação Inclusiva em São Paulo, defende a existência dos dois sistemas de ensino. “Quando pensamos numa educação inclusiva, temos de considerar que a criança tem os seus estágios de desenvolvimento e que esses estágios podem, em alguns momentos, necessitar de uma educação especial para, em outros momentos, participar de uma educação inclusiva, numa escola regular”, explica. Já a deputada Mara Gabrilli reforça ainda mais a educação inclusiva. “Nosso maior obstáculo será universalizar o ensino nas escolas e incluir todos os alunos, com e sem deficiência, na mesma sala de aula. Será uma mudança estrutural, pedagógica e conceitual.” Segundo ela, a educação regular da pessoa com deficiência intelectual é um tabu a ser quebrado. “Hoje, ainda é muito difícil contar com instituições de ensino acessíveis para um aluno cadeirante – e olha que o acesso físico é o mais simples de se resolver. Agora, como incluir um aluno com deficiência intelectual quando não há corpo docente e material didático adequados? Ou até mesmo quando a instituição impede esse aluno de ingressar na escola por considerá-lo incapaz?”, questiona. “Nosso maior obstáculo será universalizar o ensino nas escolas e incluir todos os alunos.” Mara Gabrilli Mercado de trabalho Em 2010, umas das principais leis que mantêm o direito de inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho fez 19 anos. A Lei de Cotas, que estabelece que as empresas que têm mais de cem empregados devem reservar de 2% a 5% dos seus cargos a pessoas com deficiência, agregou à Constituição Federal e à Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência o direito dos deficientes a terem trabalho garantido, sem distinção, desde que tenham habilidades e qualificação profissional exigidas para as funções a serem exercidas. A pessoa com deficiência intelectual, em especial, encontra alguns agravantes para sua inserção no mercado de trabalho. Estereótipos e preconceitos de muitas empresas e da sociedade criam uma forte resistência às suas contratações. De praticamente 30 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, apenas 323 mil têm emprego com carteira assinada. “Infelizmente, as empresas ainda praticam uma política de segregação – mesmo que a principal ideia da Lei de Cotas seja incluir. A maioria prefere contratar pessoas com deficiência física leve a moderada (neste caso mais que a metade dos contratados – 55%); em seguida vêm os surdos (24%), depois os cegos (4%) e, por último, as pessoas com deficiência intelectual (3,5%)”, revela a deputada Mara Gabrilli. A adaptação, tanto das pessoas com deficiência intelectual quanto do ambiente das empresas para recebê-los, é, portanto, a maior barreira para sua inserção no mercado de trabalho. Desde 2008, dentro do plano de inclusão escolar, uma parceria que agregou muito valor aos programas do CIAM foi o trabalho lado a lado com a Secretaria Municipal da Educação. O CIAM é considerado referência na região oeste de São Paulo para o atendimento no contraturno escolar de crianças com deficiência intelectual que estão matriculadas no ensino regular. Sob esse aspecto, o CIAM disponibiliza 50 vagas apoiadas pela Secretaria para crianças e adultos atendidos nessas escolas, oferecendo não só a oportunidade de frequentarem as atividades, mas também disponibilizando às escolas orientações aos professores na questão da deficiência intelectual, levando profissionais para discutir temas como acessibilidade, adaptações e tecnologia assistiva, que podem ser usadas para melhorar o espaço físico do deficiente intelectual, as questões posturais e as adaptações da atmosfera da escola e dos materiais didáticos. A vantagem dessa parceria é que o CIAM consegue intervir na educação escolar regular da criança com deficiência intelectual para que ela, além de participar de um programa de sociabilização, evolua no aprendizado global. O CIAM faz o contato com as escolas, orientando os pedagogos, discutindo casos e fazendo a triangulação entre família, atendido e rede de ensino. Hoje o trabalho é realizado com, aproximadamente, 30 escolas. Destas, 17 são da rede municipal, cinco são escolas particulares e oito, escolas estaduais. 29 Atividades do triênio 2008-2010 ção cognitiva/funcional, a avaliação com o FisiMetrix auxilia na prescrição de tratamentos, atividades físicas, ocupacionais ou sociais e prognósticos de futuras perdas de autonomia e independência. a. CEE – Centro de Estimulação Essencial Os benefícios esperados com a aquisição do FisiMetrix são: Foram 615 crianças e cuidadores atendidos diretamente, de 2008 a 2010, no CEE do Jaguaré. Sem falar na capacitação da equipe técnica do CIAM, que sempre está em formação. Três intensos anos, muitas transformações. • Intervenções terapêuticas a curto e médio prazos no âmbito multiprofissional da saúde; • Desenvolvimento de dispositivos de tecnologia assistiva no âmbito da estrutura das residências e em Atividades de Vida Diária (AVDs), Atividades de Vida Prática (AVPs) e atividades de lazer; • Ampliação dos potenciais de detecção de capacidades não estimuladas ou que possam ser otimizadas com vistas aos processos inclusivos da família e da sociedade; • Prevenção de comorbidades que diminuam as relações de autonomia e independência. Transformações de vidas, de preocupações em noites de sono... de lágrimas em sorrisos! O processo de atendimento no CEE inicia-se com a Avaliação Multiprofissional, na qual é realizada a apresentação do CIAM, sua forma de funcionamento e seus programas. Uma triagem possibilita a coleta de dados específicos, como condições socioeconômicas e culturais, e a avaliação técnica da criança. b. CED – Centro de Educação e Desenvolvimento Caso ela seja incluída entre os atendidos, a avaliação socioeconômica determina o valor que cada família passará a contribuir com a instituição. Os grupos são formados e direcionados ao programa adequado ao seu caso. atendimentos de 2008 a 2010* Novos casos (crianças) “Hoje estou no mercado de trabalho porque o CIAM sempre me apoiou. Toda semana participo do grupo de trabalho, em que os profissionais realizam um acompanhamento para saber se está tudo bem, e essa ajuda me traz segurança! Além da responsabilidade no trabalho, eu tenho a responsabilidade de ajudar em casa. Aos poucos, ganhei independência e estou muito bem com tudo isso.” Cleyton Ferreira Santiago, 21 anos, auxiliar administrativo da Creche Obra Assistencial Jesus Menino 30 Total de atendidos (crianças e cuidadores) Total de Total de atendimentos atendimentos (anuais) (mensais) Com o objetivo de proporcionar situações educacionais para crianças, adolescentes e adultos com deficiência, os programas do CED favorecem o desenvolvimento das habilidades e competências do público atendido, visando ao desenvolvimento integral, à busca pela autonomia, à qualidade de vida e à felicidade plena tanto das crianças e dos jovens como de suas famílias. ATENDIMENTOS DO CED NO TRIÊNIO (2008-2010) 2008 157 atendidos 2008 60 148 350 3.510 2009 80 214 380 4.362 2009 157 atendidos 2010 109 253 401 4.413 2010 * Valores médios, entre triagens, avaliações e grupos Entre 2008 e 2010, a atividade de Desenvolvimento de Tecnologia beneficiou cerca de 100 crianças. Foram produzidas ou readequadas cadeiras de rodas, cadeiras de papelão, planos inclinados e outras adaptações de baixo custo. Em 2010, a grande novidade ficou por conta da aquisição do software de avaliação postural FisiMetrix, permitindo a realização de 37 avaliações mais específicas e profundas. 203 atendidos No programa Inclusão às Avessas, as crianças participaram de inúmeras atividades pedagógicas e lúdicas, oficinas de música e teatro, aulas de educação física e atividades na piscina, que aconteceram de forma planejada, com a utilização de recursos modernos em cada área do conhecimento e desenvolvimento. Em 2009, o programa foi beneficiado com o selo do Fumcad – Fundo Municipal dos Direitos das Crianças e Adolescentes, ficando apto a receber apoio de empresas e pessoas físicas, por meio da renúncia fiscal, através do direcionamento de parte do imposto de renda a pagar. programa Inclusão às Avessas (2008-2010) FisiMetrix Adquirido pelo CIAM em julho de 2010, o FisiMetrix é um software que permite que o profissional realize a Avaliação Postural-Ortopédica através de imagens fotográficas, utilizando medidas e ângulos e auxiliando no acompanhamento fisioterapêutico do usuário. Em conjunto com o MIF (Medida de Independência Funcional), outra ferramenta de avalia- Crianças COM deficiência Crianças SEM deficiência Total 2008 16 24 40 2009 8 8 16 2010 16 8 24 31 No programa Atendimento Educacional Especializado, a alfabetização busca aproximar os conteúdos da vida prática que são utilizados como instrumentos de aprendizagem. Com essa metodologia, o atendimento oferecido, somado ao conhecimento sobre o universo e sobre as atitudes que fazem parte do dia a dia, agrega valor aos atendidos, que aprendem, ao mesmo tempo, a arte da leitura e da escrita como uma das formas de inserção social. Atendimento Educacional Especializado – AEE (2008-2010) Escolas atendidas Conveniados com a SME* Total de pessoas atendidas 2008 2 10 23 2009 4 8 20 2010 29 10 45 c. Produtos feitos PELO e PARA o CIAM Os jovens atendidos na unidade Jaguaré participam das oficinas profissionalizantes de empacotamento de sacos de lixo. Esse material é revendido para grandes empresas que apoiam o CIAM, gerando renda e colaborando para a melhoria dos serviços prestados na instituição. Atualmente, cerca de 120 mil sacos de lixo são revendidos por mês, todos de acordo com as normas exigidas pela ABNT, um dos principais cuidados tomados pelo CIAM para manter a qualidade. Essa é uma iniciativa importante porque, por um lado, serve como um espaço de simulação e aprendizado para os jovens que serão inseridos no mundo profissional e, ao mesmo tempo, é uma forma de divulgar a instituição e arrecadar fundos. O que hoje os atendidos do CIAM fazem é a contagem, a embalagem e a distribuição para as organizações parceiras, tais como: * Secretaria Municipal da Educação de São Paulo No Grupo de Oficinas e Atendimentos Terapêuticos Educacionais (Goate) são trabalhadas habilidades sociais, promovendo autonomia e independência dos atendidos a partir dos 15 anos. Goate (2008-2010) 2008 57 2009 53* 2010 42 • • • • • • • • Beith Chabad Casa Santa Luzia Fisesp Grupo Pão de Açúcar Hospital Albert Einstein Impacta McDonald’s Miller Fast Food * Dez são conveniados com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo Patrícia Luisa Santana, coordenadora de projetos do Grupo Pão de Açúcar, uma das empresas apoiadoras do CIAM No programa Inclusão no Mercado de Trabalho, a meta é identificar as habilidades e potencialidades de cada jovem, apresentando-as como competências às empresas nas quais se busca a colocação. Tanto os atendidos que participam desse programa quanto as empresas que os contratam recebem todo o acompanhamento e assessoria do CIAM. Os colaboradores das empresas são sensibilizados e conscientizados da importância e das peculiaridades de trabalhar com uma pessoa com deficiência intelectual. Essa é uma das mais importantes ações de sucesso do CIAM nesse programa. programa Inclusão no Mercado de Trabalho (2008-2010) Inclusão no mercado 32 Acompanhamentos de Total de pessoas pessoas contratadas atendidas 2008 4 7 7 2009 1 4 21 2010 3 6 15 “O Grupo Pão de Açúcar possui diversas ações no âmbito social com foco na promoção do desenvolvimento humano. No Caras do Brasil, o Grupo Pão de Açúcar tem parceria com o CIAM desde 2005, comercializando os sacos para lixo da oficina de profissionalização da instituição. Estamos na expectativa de ampliar essa parceria e possibilitar uma maior visibilidade ao projeto.” Sua empresa pode ser nossa parceira O CIAM mantém, nas suas duas unidades, programas de capacitação para o ingresso de jovens no mercado de trabalho. Nesses casos, a instituição orienta as empresas para receber a pessoa com deficiência e faz o acompanhamento de todo o processo, garantindo a plena adaptação do jovem ao ambiente profissional. As empresas podem colaborar com esse programa das seguintes maneiras: • Abrindo vagas para pessoas com deficiência intelectual; • Fazendo doações mensais para a manutenção das oficinas profissionalizantes do CIAM. Além disso, o CIAM possui parcerias com diversas empresas da região para capacitar funcionários dessas empresas, de forma que compreendam o processo de admissão dos jovens com deficiência intelectual no meio profissional. Nos últimos anos, o CIAM contou com seis empresas parceiras, que fizeram seleção e colocação dos deficientes intelectuais: • Bunge • Construtora Atlântica • Cushman & Wakefield Serviços Imobiliários • Della Via • Oba Hortifruti • Supermercado DIA 33 d. Formação e capacitação de equipes O CIAM, desde sua fundação, é fortemente orientado por uma visão científica e considera importante observar, conhecer e acompanhar as tendências que a academia aponta nas suas áreas de atuação. Como forma de manter uma prática profissional compatível com as mais avançadas tecnologias e descobertas humanas, o CIAM estimula seus profissionais a estarem constantemente em treinamento e participando de eventos nacionais e internacionais de atualização. Entre os anos de 2008 e 2010 foram realizadas diversas ações e parcerias para a educação continuada dos profissionais, como o estímulo à participação em cursos e o intercâmbio com instituições de referência na área. O CIAM também mantém uma política de apoio à capacitação dos seus funcionários, concedendo bolsas de estudo de até 50% para cursos técnicos e superiores. Entre as regras estipuladas pelas Normas e Procedimentos para Concessão de Capacitação Profissional, o benefício é concedido ao funcionário que: • Tenha, no mínimo, 1 (um) ano de trabalho no CIAM; • Escolha cursos de interesse do CIAM; • Tenha desempenho profissional bem avaliado por critérios previamente definidos. Concessão do benefício de bolsas de estudo de 2008-2010 Nº de funcionários por ano Cursos aprovados Graduação Pós-graduação Valores investidos 2008 9 Contabilidade, Enfermagem, Gestão de Pessoas, Pedagogia e Terapia Ocupacional Educação Sexual e Política e Promoção Social R$ 22.985,98 2009 6 Contabilidade, Análise Gerencial, Pedagogia, Enfermagem e Gestão Financeira Educação Inclusiva e Deficiência Mental R$ 19.340,35 Análise Gerencial, Enfermagem e Gestão Financeira Educação Inclusiva e Deficiência Mental, Psicomotricidade e Mestrado em Distúrbios do Desenvolvimento 2010 34 5 R$ 22.940,40 Parcerias Nos últimos três anos, é possível citar a aproximação com alguns parceiros de destaque, tais como: • Unicid – Universidade da Cidade de São Paulo: é a única universidade no Brasil que tem um trabalho de fisioterapia voltado para a questão do atendimento em saúde mental; • UniAnchieta – Centro Universitário Padre Anchieta de Jundiaí (SP): parceria com os cursos de Terapia Ocupacional, Enfermagem e Medicina. O CIAM recebe alunos e profissionais dessas instituições, com as quais mantém um diálogo constante, além de oferecer visitações e compartilhar conhecimento. É uma parceria para contribuir com a formação desses profissionais e, em contrapartida, garantir a renovação do conhecimento da equipe da instituição. Nestes anos, o CIAM também teve uma parceria com a instituição norte-americana The Seven Hills Foundation, que forma profissionais para serem líderes e empreendedores do terceiro setor. O grupo esteve presente no CIAM participando, por uma semana, de todas as atividades da instituição. Grupo de Estudo de Envelhecimento Precoce O CIAM considera importante a participação na formulação de políticas públicas, especialmente em relação ao cuidado com a pessoa com deficiência intelectual em seu processo de envelhecimento. Para promover essa ação, a instituição faz parte do Grupo de Estudo de Envelhecimento Precoce da Pessoa com Deficiência, realizando um trabalho de advocacy, de discussão e de influência na formulação dessas políticas. 35 Aldeia da Esperança – promovendo a autonomia “ A experiência que a Aldeia teve nesses 17 anos mostra que é possível compatibilizar a independência pessoal, dignidade de viver e envelhecer com as questões que hoje regem a sociedade: dificuldade de você ter, muitas vezes, um familiar permanentemente disposto a cuidar e atender. Às vezes não é uma questão de desejo pessoal desse familiar, mas uma impossibilidade frente aos desafios da vida moderna. O CIAM tem uma história e um resultado que ajuda o gestor público a pensar uma proposta dentro desses moldes.” Linamara Battistella, secretária estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Estado de São Paulo 36 37 A cozinha tem características industriais e é equipada com fogões, forno, três câmaras frigoríficas e todos os demais utensílios necessários a uma cozinha profissional de grande porte. Ao todo, são oito funcionários, entre nutricionista, cozinheiro, meio oficial e ajudante de cozinha. O cardápio leva em conta as necessidades nutricionais diárias para uma alimentação saudável. Além disso, os pratos são elaborados pela identificação dos hábitos alimentares dos residentes, mediante sondagem de preferências, exigências médicas e nutricionais das respectivas dietas e harmonia dos nutrientes e de suas respectivas características sensoriais. Na Aldeia da Esperança são disponibilizados os seguintes programas: • Moradia Assistida • Aldeia Dia • Aldeia Hotel • Aldeia Lazer • Reabilitação e Hidroterapia • Oficinas Terapêuticas e Profissionalizantes L ocalizado em Franco da Rocha, a 50 km de São Paulo, o projeto de moradia assistida, um conceito inédito no Brasil, foi elaborado para atender pessoas com deficiência intelectual a partir dos 18 anos, inspirado na experiência do Kibutz Kfar Tikva, de Israel. Com o objetivo de assegurar uma residência assistida ao adulto com limitação social, os residentes podem viver em um ambiente saudável, desenvolver suas aptidões e seus interesses e participar de atividades produtivas, sociais e comunitárias, mantendo e tendo estimuladas sua individualidade e sua socialização. A Aldeia da Esperança fechou o ano de 2010 com 53 residentes vivendo em uma área de 415 mil m². Cada residente mora em sua própria casa, de 36 m². As casas foram projetadas de maneira a formar praças e alamedas, favorecendo o convívio social e preservando o estilo de vida em saudáveis vilas. O projeto arquitetônico foi concebido pelo arquiteto Gregório Zolko. Os residentes são acompanhados por profissionais que desenvolvem planos individuais e estimulam a autonomia dentro de um ambiente de liberdade e socialização, respeitando os limites de cada um. Morar sozinho, mas em grupo Ao ingressar no programa, o residente e seus familiares, junto com a equipe técnica, traçam um plano de trabalho individual que permitirá ao residente praticar sua autonomia e treinar suas habilidades. Ele viverá em sua própria casa e terá acompanhamento da equipe especializada 24 horas por dia. Poderá exercer atividades em ambientes comuns, como academia de ginástica, oficinas terapêuticas, quadra poliesportiva, horta e pomar, piscinas coberta e aquecida, lavanderia industrial e refeitório. O refeitório é um espaço amplo e agradável, onde as seis refeições do dia – café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e lanche da noite – são elaboradas por nutricionistas, de acordo com um cardápio balanceado, com produtos de ótima qualidade. 38 Além do cardápio regular, muitos residentes possuem prescrições médicas para determinado estado clínico (obesidade, hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias), passando por acompanhamento nutricional e contando com uma opção diferenciada em caso de restrição alimentar. Essa dieta baseia-se em orientações para ofertar ao organismo debilitado nutrientes adequados às condições físicas, nutricionais e psicológicas de cada um. Para os residentes que não possuem restrição alimentar é feita uma orientação nutricional para que observem seus hábitos e se tornem pessoas mais saudáveis. Às sextas-feiras, o cardápio é diferenciado para o tão esperado happy hour, também considerado como Shabatt entre os residentes. Lavanderia Na Aldeia da Esperança, a lavanderia funciona como um posto de trabalho para os residentes, dentro da proposta pedagógica da instituição. Alguns desenvolvem tarefas como dar entrada e saída nas roupas, separar por cor e colocar nos baldes para serem levadas às máquinas, retirar as roupas limpas das máquinas, estender nos varais as peças que não podem ir para as secadoras e dobrar e guardar nos armários dos respectivos donos. Tudo com muito cuidado e carinho. A área da lavanderia é ampla, organizada e equipada com duas lavadoras, duas secadoras e uma centrífuga, todas industriais, com capacidade de lavar, em média, 150 quilos ao dia. Ambulatório Para garantir o acompanhamento de saúde dos residentes, a Aldeia mantém um ambulatório chefiado por uma enfermeira que conta com o apoio de 11 auxiliares. Cada residente tem um prontuário com a sua prescrição médica. A entrega dos medicamentos é uma das tarefas mais importantes da equipe do ambulatório. Os auxiliares de enfermagem aproveitam os horários de refeição para medicar cada residente e em alguns casos, os auxiliares vão nas casas administrar a medicação, para respeitar os horários de prescrição. Semanalmente a Aldeia conta com a assessoria da psiquiatra Dra. Gizela Turkiewicz. A cada quinze dias a equipe reúne-se com a médica para discutir o estado de saúde e bem-estar de cada um dos moradores. Quando observa-se a necessidade de consultas ou exames complementares, a equipe do ambulatório envia um relatório detalhado para a família do residente e presta toda a orientação necessária para o cuidado adequado de cada um. 39 Aldeia Dia Oferece a possibilidade de participar do programa diário de atividades. O residente chega às 8 horas, participa de todas as atividades e oficinas, recebe as refeições e retorna à sua casa no final do dia. Para esses usuários, também é desenvolvido um plano de ação. Aldeia Hotel Oferece a possibilidade de passar um período específico na Aldeia da Esperança. O cliente fica hospedado em uma das residências, participa das atividades e recebe acompanhamento dos profissionais. Aldeia Lazer Oferece a oportunidade de realizar passeios e viagens. O grupo é acompanhado pelos gerentes e monitores da Aldeia, que cuidam da operação logística, proporcionando diversão e inclusão social. É importante ressaltar que, para ingressar na Aldeia da Esperança, os candidatos precisam ter certo grau de autonomia e independência, visto que irão morar em suas próprias casas, sozinhos, e devem colaborar com a organização dela. Outro critério avaliado é se o candidato apresenta agressividade, pois em caso positivo ele não se torna elegível para o projeto. Para finalizar a triagem, o candidato realiza alguns exames e passa por atendimento psiquiátrico, que conclui se está apto a residir na Aldeia. Para participar do Aldeia Dia, Aldeia Hotel e Aldeia Lazer também é necessário passar por essas etapas de avaliação. CRH – Centro de Reabilitação e Hidroterapia É um espaço moderno, localizado dentro da Aldeia da Esperança, voltado para a prática multiprofissional no atendimento, educação e pesquisa na área física, postural e esportiva. Suas instalações incluem ginásio equipado para técnicas de reabilitação e condicionamento físico e uma piscina construída sob criteriosas normas de segurança, acessibilidade e potencial terapêutico. Oficinas terapêuticas e profissionalizantes Oferecem aos residentes e clientes temporários a oportunidade de desenvolver suas habilidades, conviver em grupo e melhorar sua autoestima. Nas oficinas são confeccionados produtos para uso próprio ou para comercialização, com venda revertida ao CIAM. As atividades possibilitam identificar as tarefas que cada um consegue desenvolver com melhor competência e mais aptidão. Nesse processo, são feitas alterações no ritmo e no conteúdo do trabalho, adequando as atividades para que a pessoa com deficiência intelectual se adapte e seja incluída em um sistema de instrução no local de trabalho. Artesanato Trabalhos manuais para confecção de produtos como mosaico, pintura, fuxico, sabonetes, velas artesanais, decoupage, tricô, crochê, ecobags, utensílios de madeira e miçangas, entre outros. Confeitaria e Panificação Produção de chalá, pães diversos, bolos, doces, salgados, pão de mel e biscoitos para café, entre outros. Reconhecimento Mais uma vez, em 2010, a qualidade dos serviços prestados na Aldeia foi reconhecida pelo certificado ISO 9001-2000. Desde 2003 o certificado aprova o comprometimento com a excelência que o CIAM fez ao se propor a criar a Aldeia da Esperança. Anualmente, o projeto passa por auditoria externa e interna. 40 41 Atividades do triênio 2008-2010 Norteada pelo lema da moradia assistida e inclusão, a Aldeia da Esperança manteve 53 residentes em 2010, desenvolvendo planos de trabalho individualizados, visando ao desenvolvimento máximo do potencial de cada um deles. Acompanhamento técnico diário de profissionais como fisioterapeutas e nutricionista, entre outros, esporte, lazer, oficinas de profissionalização e hidroterapia foram algumas das atividades realizadas. O apoio técnico e acadêmico tem sido garantido pelas parcerias com instituições de graduação e pós-graduação, o que viabiliza o aprimoramento nas diversas modalidades terapêuticas oferecidas. Gestão administrativa De 2008 a 2010 várias atividades da Aldeia da Esperança foram realizadas com apoio de funcionários, residentes e seus familiares. Destaques em 2009: • Busca contínua por parcerias em meio a empresas da região para manter o trabalho dos residentes no mercado formal; • Auditoria para manutenção e certificação da qualidade. A Aldeia da Esperança foi recertificada por não ter nenhuma não conformidade em seus processos. Destaques em 2010: Pesquisa de satisfação com residentes, familiares e funcionários apontou: • 96% dos pais/responsáveis consideram o atendimento oferecido na Aldeia Bom ou Muito Bom; • 68% dos residentes consideram Bom ou Muito Bom o tratamento que recebem dos funcionários da Aldeia; • 98% dos funcionários sentem-se satisfeitos em trabalhar na Aldeia. Gestão técnica e capacitação de equipes A excelência técnica é garantida por meio de uma gestão que entende que a força está nas pessoas, e estas, motivadas e capacitadas, oferecem atendimento de qualidade 24 horas por dia aos residentes. Entre 2008 e 2010, o CIAM investiu em algumas contratações para o fortalecimento da equipe da Aldeia da Esperança. A estrutura de gerência dos residentes, bem como a equipe como um todo, passou por algumas alterações que geraram resultados significativos na reorganização e no avanço do trabalho, tais como: • Reformulação da equipe, de maneira que todos os gerentes agora podem estar mais próximos dos residentes para acompanhar a implantação dos planos de ações; • Integração em rede do prontuário de cada residente, unificando as informações técnicas, ambulatoriais e de fisioterapia, as avaliações físicas e o livro de ocorrências; • Reavaliação e reestruturação das oficinas de artesanato, estufa e horta, culinária, terceirização, sala de convivência, música e teatro. Atendimentos A Aldeia da Esperança atendeu, ao longo de 2010, 53 residentes (média mantida nos dois anos anteriores), vivendo em suas próprias casas, realizando atividades cotidianas, conquistando independência e sendo supervisionados por profissionais qualificados durante todos os dias. Neste período, ocorreram ações que complementaram os atendimentos dos residentes definidos pelos seus planos de desenvolvimento, tais como: Oficinas: • Reestruturação e reorganização do ateliê, oficina de culinária e artesanato; • Criação da sala de convivência, para estimular a socialização e o hábito de leitura. Atividades de educação física: • Atividades individuais ou em grupos baseadas nas três capacidades que o ser humano precisa ter para uma boa qualidade de vida, segundo o Conselho Federal de Educação Física (Confef): motora, cognitiva e socioafetiva; • Gincanas; • Práticas, campeonatos e eventos esportivos internos e externos. Projeto de Educação Ambiental: Teve como objetivo conscientizar e implantar a coleta e separação de resíduos de materiais para reciclagem, envolvendo funcionários e residentes. • Desenvolvimento do projeto, com efetivação em março de 2009; • Apresentação sobre o tema nas reuniões com residentes; • Separação de resíduos orgânicos e recicláveis nas áreas comuns e nas casas dos residentes; • Reaproveitamento de materiais recicláveis no ateliê e na sala de convivência. • Reestruturação do Relatório de Ingresso dos Residentes, com o objetivo de tornar esse documento mais prático e aplicável; 42 43 Atividades de lazer (internas e externas) As atividades de lazer propostas pela Aldeia da Esperança vão além da diversão tão necessária para todo ser humano. Elas têm também o objetivo de promover a autonomia e a socialização dos residentes, dentro e fora da Aldeia. Sob esse aspecto, em alguns momentos propõem viagens mais longas, proporcionando desde um aprendizado no momento de organizar uma mala de viagem até a vivência de um novo local, uma nova cultura. Em outros momentos, o objetivo é estimular o contato com o outro de maneira divertida, dentro da própria Aldeia, aproximando e quebrando eventuais barreiras no relacionamento, ou ainda propondo que cada um mostre os seus talentos, vencendo a timidez. Conheça algumas atividades realizadas de 2008 a 2010: Atividades internas Atividades externas • • • • • Carnaval em São Paulo, no Anhembi; • Visita ao Aquário em São Paulo • Exposição “Ecológica” no Museu de Arte Moderna; • Trilha com piquenique; • Viagens para Caraguatatuba, Salvador, Caldas Novas e outras. • • • • Sessão pipoca; Karaokê; Campeonato de pipas; Jantar romântico para o Dia dos Namorados; Aniversários de residentes; Concurso de piadas; Show de talentos; Feriados judaicos, almoço Pessach e Rosh Hashaná, entre outras. Faça Parte Centro de Reabilitação e Hidroterapia Entre 2008 e 2010, o Centro de Reabilitação e Hidroterapia realizou estimulações de Atividades de Vida Diária e atividades de trabalho, além de atendimento em grupo, realização de acompanhamento postural e entrevistas com os residentes para treino das áreas adaptativas. A partir da aquisição do FisiMetrix, em 2010 (veja mais detalhes na página 30), o CRH realizou a avaliação postural de pacientes usando essa ferramenta. O desenvolvimento de planos inclinados para uso em casa e no trabalho, apoio de pés e orientação para cuidadores e oficineiros também contribuiu para a melhoria da qualidade de vida dos residentes. Centro de Reabilitação e Hidroterapia (2008-2010) 44 Residentes atendidos Atendimentos individuais Atendimentos em grupo 2008 24 180 4 2009 24 200 80 2010 25 220 80 “ O trabalho voluntário permite que você crie outras perspectivas de vida! O CIAM dá muito valor ao trabalho do voluntário e eu vejo que toda a minha dedicação está sendo retribuída.” Olívia Alexandria E. Prearo, 18 anos, voluntária 45 H oje, o índice médio de gratuidade dos atendimentos realizados pelo CIAM é de 55%, sendo 75% na Unidade Jaguaré e 25% na Aldeia da Esperança. Em decorrência do custo elevado para a prestação dos serviços realizados pela instituição, o CIAM busca parcerias e apoio de pessoas e empresas que se solidarizam com a causa. Existem várias formas de contribuir com a instituição. Conheça algumas delas: Doações continuadas de pessoas e empresas: Hoje o CIAM conta com, aproximadamente, 1000 sócios colaboradores e doadores, entre pessoas físicas e jurídicas. As pessoas podem doar seu tempo, trabalho e talento, contribuindo para o desenvolvimento de diversas atividades na instituição, ou fazer aportes mensais, semestrais ou anuais. Além disso, o CIAM tem o apoio de parceiros que fazem o trabalho profissional pro bono, que atendem a instituição em questões administrativas e institucionais, sem cobranças financeiras. Como participar Adote uma criança Qualquer pessoa pode adotar uma criança do CIAM, colaborando para que ela realize todas as atividades que a unidade Jaguaré oferece. Apoie um residente Na Aldeia da Esperança é possível colaborar subsidiando a moradia de um residente. Além de toda a estrutura de residência individualizada, o que estimula a autonomia, os residentes contam com o apoio de uma equipe técnica que desenvolve diversas atividades terapêuticas e recreativas. Seja sócio contribuinte Interessados pelos trabalhos oferecidos no CIAM podem se tornar sócios contribuintes. São vários os valores e as modalidades de contribuição. A pessoa define a periodicidade das doações, o valor que deseja investir e a forma de pagamento. PARA EFETUAR O SEU APOIO AO CIAM POR QUALQUER UMA DESSAS MODALIDADES, ENTRE EM CONTATO ATRAVÉS DO TELEFONE (11) 3760-0068. 46 Doação de itens diversos Vários materiais são utilizados para oferecer um serviço de qualidade aos atendidos. A instituição aceita doações de materiais, como: jogos e livros infantis, DVDs de filmes, material de informática (computadores, notebooks, jogos educativos, entre outros. Um caso de sucesso – Nota Fiscal Paulista Um destaque na captação de recursos do CIAM nos últimos anos foi o trabalho realizado para estimular as doações através da Nota Fiscal Paulista. Apesar de ser um movimento novo, essa iniciativa já é um ganho para todos os lados: para as entidades, que recebem recursos importantes, e também no processo de mobilização das pessoas para a causa, uma vez que elas fazem uma escolha espontânea de doação. O CIAM foi a primeira instituição da comunidade judaica a fazer esse trabalho e divulgá-lo. No final de 2010, a instituição foi convidada a participar de um evento no qual o governador em exercício, deputado Alberto Goldman, e o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, fizeram um reconhecimento público às instituições que estão realizando um bom trabalho nessa área. Hoje o CIAM tem urnas de arrecadação de notas fiscais em 25 estabelecimentos. A estratégia usada para alcançar os bons resultados registrados até agora está baseada na pró-atividade da instituição, que disponibiliza funcionários para irem aos postos de arrecadação fazer a coleta das notas e posterior digitação dos dados. Um trabalho que oferece credibilidade à ação. Em reconhecimento às empresas que abriram suas portas para receber a urna de coleta de nota fiscal do CIAM, no final de 2010, foi entregue a cada uma delas um diploma de agradecimento, gerando um sentimento de satisfação também nos funcionários dessas empresas, por fazerem parte desse movimento social. O valor arrecadado é investido nas ações de melhoria da infraestrutura das duas unidades do CIAM. Como participar – Nota Fiscal Paulista Existem três maneiras de colaborar através dessa opção: 1. Depositando cupons fiscais nas urnas do CIAM disponíveis nos estabelecimentos, lojas, escolas, bares e restaurantes, condomínios, clubes sociais etc.; 2. Enviando os cupons fiscais pelo correio para o CIAM – é necessário que os cupons cheguem à instituição até o dia 20 do mês seguinte à emissão, para que seja efetuado o cadastro; 3. Efetuando a doação pela internet, no site do programa Nota Fiscal Paulista. Nesse caso é preciso que o doador seja cadastrado no programa da Nota Fiscal Paulista. O cadastro precisa estar com o status “ativo”. Mais informações www.nfp.fazenda.sp.gov.br. Projetos apoiados pelo Fumcad Cinco projetos do CIAM estão aprovados pelo Fumcad e podem receber apoio por meio da destinação de parte do Imposto de Renda a pagar de pessoas físicas e jurídicas: •Assistência Multidisciplinar, • • • • Follow up e Inclusão Escolar de Crianças e Adolescentes com Transtorno Cadeiras da Roda de Baixo Custo Escola de Pais Inclusão às Avessas Inclusão de Jovens com Deficiência Intelectual no Mercado de Trabalho No site http://fumcad.prefeitura. sp.gov.br você encontra todas as informações necessárias para contribuir desta maneira. Doações online Através do site do CIAM (www.ciam.org.br), qualquer indivíduo pode fazer doações online. 47 Iniciativas institucionais para captação de recursos Eventos – Projeto CIAM mais Cultura O CIAM é reconhecido como uma instituição promotora de eventos de qualidade absoluta na área cultural, por meio do projeto CIAM mais Cultura. Nos últimos três anos, foram muitos os eventos com renda revertida à instituição e eventos de relacionamento, que contaram com patrocínio de empresas e parcerias na venda de ingressos. Esses parceiros são fundamentais para o CIAM, pois, ao contribuir com os eventos culturais, viabilizam uma ação de captação de recursos importante para a instituição, ao mesmo tempo em que ajudam a promover uma ação de democratização da cultura, já que muitos atendidos pelo CIAM têm a possibilidade de assistir a esses espetáculos. Programa de Voluntariado Ampliar o programa de voluntariado tem sido um dos objetivos do CIAM nos últimos anos. A diretoria acredita que a instituição tem um potencial grande de agregar pessoas em torno da causa que defende: a inclusão social da pessoa com deficiência intelectual. O programa de voluntariado do CIAM tem procedimentos definidos, que vão desde o ingresso, com a inscrição e o processo de seleção, até a identificação da atividade que melhor se encaixa ao voluntário. A metodologia empregada na coordenação do trabalho possibilita a sistematização do processo de voluntariado, identificando perfis, interesses, conhecimentos e outras características. Muitos voluntários passaram e ainda atuam no CIAM. Entre eles, um destaque especial para os conselheiros e diretores da instituição, além de um grupo que tem ligação direta com o público e com atividades ligadas a áreas administrativas. Na Aldeia da Esperança, a reestruturação do programa de voluntariado permite o envolvimento de voluntários nas oficinas terapêuticas, com supervisão de um profissional contratado pela instituição, o que assegura o foco da atividade, que é o desenvolvimento dos residentes. Como participar – Seja um voluntário O CIAM acredita que, doando parte de seu tempo, trabalho ou talento, muitos serão beneficiados. Os alunos e residentes receberão apoio de qualidade de pessoas interessadas em colaborar, e a pessoa que se inscrever fará parte de um valioso grupo de voluntários do CIAM. Para fazer parte desse trabalho é preciso preencher a ficha de inscrição no site do CIAM (www.ciam.org.br) e aguardar contato para uma visita. 48 Parcerias e alianças 49 O CIAM não trabalha sozinho. É importante destacar que a instituição está ativa há mais de 50 anos graças a um grupo de parceiros nessa caminhada. São alianças com organizações sociais, prefeituras, empresas e pessoas físicas que contribuem financeiramente ou com serviços e bens para a implementação de projetos e manutenção da instituição. Para a equipe CIAM, cada gesto de doação é uma grande vitória. Desde ações voluntárias, por meio das quais pessoas oferecem parte do seu tempo à instituição, até aqueles que associam-se ao trabalho colaborando mensalmente. Em nome dos funcionários, diretores, voluntários e atendidos no CIAM, deixamos um agradecimento a todas as pessoas e empresas parceiras e convidamos aqueles que não fazem parte a juntar-se a nós nesta caminhada. Hattori de Lima; Aurea Steinberg; Ava Nicole Dranoff Borger; Avran Secher; B Bacy Fleitlich Bilyk; Bacy Waisman ; Baldomero Barbara Beto; Beatriz Abraham; Beatriz Monteiro de Carvalho; Beatriz Pasmanik; Beatriz Pimenta Camargo; Bebel Alves de Lima; Becky Refkan Sarfati; Beirel Zukerman; Benedicto Celso Benício; Benedito Moraes; Benjamim Golcman; Benjamin Mejlachowicz; Benjamin Wolf Handfas; Benno Thau; Berenice Villela de Andrade; Bernardo Leschziner; Bernardo Szajniak; Betty Karpat; Blanca Menghini; Boris Ber; Boris Grandisky; Boris Lerner; Boris Szylit ; Borys Barmak; Branca Lafer; Branca Zatyrko; Bráulio Pasmanik; Bruna Milano Felerico; Bruno Barmak; Bruno Licht; Bruno Setton; C Camillo Nader; Candida Camargo; Carlos E. Terepins; Carlos Alberto Sobrinho; Carlos Alberto Wanderley;Carlos Blaj; Carlos Blauth Ribeiro Fontes; Carlos Chmerel Graicer; Carlos E. Calfat Salem; Carlos Eduardo Horta; Carlos Isaac Kibrit; Carlos Mauricio Rosset; Carlos Roberto Neufeld; Carlos Tafla; Carmelita Jose dos Santos; Carol Fischbac; Carolina Lima; Cassia Ap. B. Bruno; Cássio Roberto Vieira Romano; Cassio Sadi; Cássio Telles; Ferreira Netto; Catarina Justus Fischer; Cecília Luiza Montag Hirchzon; Célia Opittz; Célia Procópio de Araújo Carvalho; Celso Stringueta; Cesar Ades; Chaim Goldestein; Chaim Trajber; Charles Grunfeld; Charles Siegmund Rothschild; Charles Tawil; Chella Safra; Chelomo Venezia; Chulamit Raizen Terepins; Cicero L. de Barros; Clara C. Sancovsky; Clara Gubbay Ades; Clarice Cassab Nader; Clarice Konfino Castro; Clarisse Zaitz; Claudia Abuleac; Claudia Costin; Claudia Lorch; Claudio Dascal; Claudio Bardella; Claudio Muller; Claudio P. L. Patronos Pessoas físicas Alexandre Arno Abuleac; Anderson Lemos Birman; Anna Sonia Rotinberg; Benjamim Saruê; Eleonora Rosset; Familia Pupo; Fanny Feffer; Gilberto Meiches; Isaac Dayan; Ivo Rosset; Jack Leon Terpins; Leo Cochrane Junior; Lucia Faria; Maria Zilda Araujo; Miguel Ethel Sobrinho; Naji Nahas; Olacyr Francisco de Moraes; Renata Camargo Nascimento; Rony Dayan ; William I. R. Trosman. Pessoas jurídicas CIP – Congregação Israelita Paulista; Compugraf Comunicação Empresarial; Congregação e Beneficência Sefardi Paulista; CSN Companhia Siderúrgica Nacional; Desenho Animado Confecções; Grupo Doria Associados; DPZ Propaganda; Electro Plastic; Fundação Beneficente Elijass Gliksmanis; Fundação Filantrópica Arymax; Gap Net Viagens e Turismo; GAS Investimentos; Indústrias Arteb; Já Filmes; Laboratório Scharaibmann; Rosset & Cia; Szajman Holdings (Banco VR); Unigel Química. Sonder; Claudio R. Katz; Claudio Roberto Cernea; Claudio Silberberg; Clea Dalva C. Faria; Cornelia Pongracz Rossi; Costanza Pascolato; Cristina Allegri; Cyro Gandelhman; D Daisy Khoury; Dalio Sahm; Dan L. Waitzbere; Daniel Adler; Daniel Feffer; Daniel Halbreich; Daniel Klabin L. Wurzmann; Daniel Paes Cavalcante; Daniel Pilnik; Daniel Rafael Hamoui; Daniela Libman; Danilo A. Setti; Danilo Barbosa Quadros; Danny Sapiro; Dany Artel; David Abuhab; David Acherman; David Schapira; David Alhadef; David Brand; David Feffer; David Feldman; David L. Mlynarz; David Leo Levisky; Davy Levy; Deborah Lisak Azulay; Decio Len; Decio Goldfarb; Decio Gurfinkel; Décio Milnitzky; Denise Meirelles; Dib Candi Ajami; Didio Kozlowski; Dinarte Marcelino Pinto; Diva Sanovicz; Dora Leiner; Dorli Kamkhagi; Dov Grossaman; E Edair Borborema; Eddy Levi; Eden Lam; Edgar Politi; Edgar Safdie; Edmond Haiat; Edmundo Klotz; Edmundo Safdie; Edo Rocha; Edson Vaz Musa; Eduardo Fischer; Eduardo Lafer; Eduardo Luiz de Brito Neves; Eduardo M. Mederorut; Eduardo Paulo Boskovitz; Eduardo Reibscheid; Eduardo Ribeiro Rocha; Eduardo Sion Skall; Eduardo Wagner Edward Gabriel Karic; Edwin Douek; Efrain Zaclis; Egon Katz; Eliaho Yousset Diwan; Eliana Caus; Eliane Aburese; Eliane Hepner; Eliane Selmi Dei Roxo; Elias Finkelstein; Elias Kirschbaum; Elie Douer; Elie Fiss; Elie J. Chouveke; Elie Wahba; Elie Zaki; Elisabeth Arbaitman; Ellen Estel Tabacow; Elmira P. N. Batista; Elza J. Beker; Emilio Kalil; Emilio Levin; Enrique M. Chalam; Enrique Mauricio Berenstein; Eric Roger Wroclawski; Esperança Donio; Esteban Scheinik; Ester Sara Nigri; Esther Bauman, Esther C. de Francesco; Ettore Barocas; Eugenio Vago; Evelin Ioschpe; Evelyn Joseph Setton; Ezra Alexandre Ades; Ezra Cohen; Ezra Harari; Ezra Negrin; Patrocinadores de eventos F Fabio Chilvarquer; Fabio Faiwicmow; Fábio Grossmann; Fábio Maltz Sclovsky; Fabio Marangolo; Fabio Renato Tichauer; Fabrizio Banco Bradesco; Banco Safra; Bonsucex Holding; GAS Investimentos; General Motors do Brasil; Nestlé do Brasil; Porto Seguro; Fasano; Família Matalon; Fanny Fix; Fanny Goldflus; Fanny Landesman; Fárida F. Susskind; Feiga Felle; Felice Haberfeld; Felix Nobel; Tecnisa. Fernanda Cholchit; Fernando Kasinski Lottenberg; Fernando Rosset ; Fernando Sendik; Fernando Xavier Ferreir ; Flavio Pinho Apoiadores de eventos Buffet França; Chandon; Dentsu; DPZ; Cris Ayrosa; Mistral. deAlmeida; Flora Heilbut; Flora Sapocznik;Francisca Angélica Boschan; Francisco Carlos Gomes; Francisco Delgado Muñoz; Francisco Dziegiecki; Francisco Villena Cebrian; Frederico B. Mesnik; Frederico Wagner; Fuad Mattar; Fulvio Jose Carlos Pileggi; G Gabriel Elie Laniado; Gabriel Harari; Gabriel Koch; Gabriela Roxo Ometto; Gad Haztot; Gavril Fischer; George Zausner; Gerard Weill; Gerd Tykocinski; Gerda Berger; German Adolfo Pipet; German Efromovich; Gian Paolo Corretti; Gideon Erich Freier; Gilberto Sócios e Doadores Pessoas físicas A Abe Kryss; Abraham Graicar; Abraham Laredo Sicso; Abrahão Kerzner; Abram Reaboi; Abram Toplzewski; Abramo Douek; Adalto Barshad Faiwichow; Gilberto Souza de Toledo; Gina Picciotto; Gisela M. Karic; Golda Pietricovsky de Oliveira; Golda Soriano; Gracia Ezra; Graziella Mesquita Sampaio; Gregório Kramer; Gregorio Zolko; Greta Feder; Gunther Happ; Gustavo Halbreich; Guy Eskenazi; H Haim Franco; Hans Becker; Haroldo Sancovsky; Harumi Ohno Dal Porto; Helena Nigri; Helena Tania Katz; Helio Albert Sarfaty; Helio Majilis; Helio Seibel; Helmut Kaufmann; Heloísa Maluf; Henri Armand Slezynger; Henri Freidhofer; Henri Haim Esses; Henri Hallak; Henri Nessim Politi; Henri Philippe Reichstul; Henrique Kracochansky; Henrique Bobrow; Henrique Brener; Henrique Cohen; da Silva Junior; Addy Seelmann Heilbut ; Adelia Nigri; Adelita Scarpa; Adolfo Ernesto Schmukler; Adolfo Picciotto; Adolpho Leirner; Henrique Eduardo Tichauer; Henrique Klajner;Henrique Timoner; Henry Ourfali; Hermes Marcelo Huck; Hilda Fleischner; Hilton Adriana Jacobsberger; Adriana Maluf; Adriana R. Adler; Adriane Simis; Ahuva Markovitz Belfer; Aida Zemel; Ailton Bobrow; Airton Milnitzki; Hugo Tworoger; I Icek W. Czersnia; Ida Finci; Ike Rahmani; Ilana Segal; Iliana Graber; Isaac Hemsi; Isaac Breitbarg; Isaac Chiurato;Airton Clerman; Alaberto Werebe; Alberto Alcalay; Alberto Bontempo; Alberto Cukier; Alberto Dominguez Azevedo; Bulach; Isaac J. Misan; Isaac Jordan; Isaac K. Deweik; Isaac L. Rosenblatt; Isaac Peres; Isaac Ralph Michaan; Isaac Ram Dayan; Isaac Alberto Goldman; Alberto Jacques Picciotto; Alberto Ralph Michaan; Alberto Raphael Mansur Levy; Alberto Salama; Alberto Selim Sutton; Isac Krutman; Isac Roizenblatt; Isacco Douek; Isaias Steinberg; Isay Weinfeld; Israel Vainboim; Israel Isser Levin ; Israel Sapocznick; Alberto Sereno; Alberto Toron; Aleksander Mizne; Alessandro Pascolato; Alexandre Leon Teig; Alexandre Roberto R. Fix; Sapiro; Israel Schachnik; Israel Schleif; Israel Vaiboim; Israel Weitzberg; Issac Mauro Rosset; István Wessel; Ivette F. Tobias; Ivo Alfredo Daccache; Alfredo Halpem; Alfredo Levy; Alfredo Luiz Kugelmas; Alice Freyberge; Alicja Pfefer Goldlust ; Alper Aburese; Marino Ferreira; Ivonete Malafaia; J Jack Hazan; Jack Strauss; Jacks Rabinovich; Jacob Adler; Jacob Ari Rozenbach; Jacob Billig e Amadeu Aleixo Machado; Amauri de Faria; Amilton Jose dos Santos Carvalhal ; Ana Blandina de Almeida Prado; Ana M. da Cruz; Ana Helga Kaminitzer; Jacob Jacques Gelman; Jacob Werebe; Jacobo M. Missrie; Jacqueline Torres Maluf; Jacques Baharlia; Jacques Maria Levy Villela Igel; André Charles Frohncknecht; Andre Coji; Andre Gabanyi; Andre Kakhaji; André Schivarthe; André Victor Cohen; Jacques Libman; Jacques Safra; Jacques Sarfatti; Jacques Steinberg; Jacques Victor Levy; Jaime Blay; Jaime Sarue; Jaime Neuding; Anette Trompter Curi; Angelo Andrea Frigerio; Anira Isabel Finimundi Verdi; Anira L. Finimunchi Verdi; Anis Ganme; Anna Serebrenic; Jaime Shnaider; Jaime Zuquim; Jairo Glikson; Jairo Toporovski; Janete Gartner Salfatis; Jayme B. Garfinkel; Jayme Blay; Abuleac Schvartzman; Anna Helena A. Araujo; Annelise Grumach; Anny Teiman; Antonio Carlos Boscatto; Antonio Floriano Pesaro; Jayme Bobrow; Jayme Pasmanik (em memória); Jayme Szkelnik; Jayme Wydator; Jeannete H. C. Rahamani; Jechiel Kuperman; Antonio Henrique Almeida; Antonio José Marques; Antonio Luiz da Cunha SEABRA; Antonio Marcos Moraes Barros; Antonio Stanisci; Jehochua Moise; Jehoshua Bain; João Doria Jr.; João Kon; João Rossi Cuppoloni; João Sayad; João Ulrich Steinberg; Joel Korn; John Aref Kayeri; Ari Leon Arates;Ari Sokolovsky; Arieh Albert Hamoui; Arlete Jamous ; Armando Ceravolo; Armando Mesnik; Arnald Powelat E. Brown; Jorge Jacobo Zalis; Jorge Katz Hohn; Jorge Luiz Baptista Elias; José Alberto Pavani; José Abramovicz; José Agrela de Disendruck; Arnaldo Curiati; Arnaldo Faerman; Arnaldo Forsait; Arnaldo Segal; Arno Roismann; Aron Bisker; Aron Judka Diament; Andrade; José Alberto Saruê; Jose Anfrisio dos Santos; José Carlos de Oliveira; José Claudio Barmak; José Elias Cyrulin; José Ermírio Arthur Deustsch; Arthur Rotenberg; Arthut Meier Mesnik; Artur Bielawski; Artur Malzyner; Arturo Salomon Schprejer; Augusto de Moraes; Jose Ermírio de Moraes Neto; José Gorenstein; José Henrique Chapaval; Jose Luiz B. Pistelli; José Paulo Schivartche; José 50 51 Radomyler; José Rappaport; José Roberto Kauffman; José Roberto R. Guidi; José Rosenberg; José Rubens Kagan; José Salomão Ruth Niskier; Ruth Shalem; Ruy Korbivcher; Ryuka Diamant Bachman; S Sabina Ebel; Sacha Abrao Kalmus; Salamita Mychkis; Schwartzman; José Schnaider; José Szachnowicz; Jose Zaragoza; Josef Engelberg; Joseph Albert Hamoui; Joseph Davidowicz; Joseph Salomão Guelmann; Salomão Hasenberg; Salomão Sapoznik; Samanta Abuleac Steinberg; Samoel Jardinisky; Samuel Grossmann; Gross; Joseph Levi; Joseph Nigri; Joviano Pacheco; Juan Figer Svirski; Judel Rivkind; Julian Gartner; Julio Abraham; Julio E. Eghy Samuel Chernizon; Samuel Kon; Samuel Nahum Neuman;Samuel Nissimof; Samuel Seibel; Samuel Wajsbrot; Samy Hamoui; Sandra Emod; Julio Elman; Julio Jose Franco Neves; Julio Levenstein; K Kaete Heymann; Karen Hara Sarfaty; Katucha Mellão; Katy Stad; Sansão Sapoznik; Sara Hazan; Sara Novis Fischer; Sarah Bleicher; Sarah Rabnovitch; Sarita Gorenstein Fichel; Saul Cypel; Saul Heilberg; KazimierzV. Malachowski; Klaus Wilhelm; Kolman Gotlib; L Laura Marinha Guglielmeli; Laurita Treiger; Lea Beatriz Krivkin; Saul Olimpico Libman; Saulo Rotenberg; Selma Schuartz Cernea; Selmo Clermann; Semy Dayan; Sergio Windholz; Sergio Nuss Dbigliani; Leib Kesselman; Lejbus Czeresnia; Lena Perla de D. K. Lebendiger;Lena Strumpf; Lenina Pomeranz; Leo Ernest Daniel Lerrer; Sergio Epstein; Sergio Gelman; Sergio Iokilevitc; Sergio Jan Medici Hamburger; Sergio Kafel; Sergio Levinzon; Sergio Dreyfuss; Leo Kupfer;Leon Victor Menache Ades; Leonardo Abramowicz; Leonardo J. G. Ghelman; Leonardo S. Starzynski; Leonid Melardi; Sergio Saad; Sergio Seeber; Sergio Silva do Amaral; Sergio Suskind; Sergio Tavares Ferrador; Sergio Vaisman; Sergio Zimilis Barmak; Leonil de Souza Freire Junior; Leslie Fischbein; Lia A. Santos; Liana de Moraes; Lili Katz; Lilian Nigri; Lilian Prist; Vladimirschi; Shaia Akkernan; Sheila Ap. Pires da Silva ; Shirley Abuleac Bidlovski; Siegfried I. Radomysler; Sigmundo Skilnik; Silvana Lindinalva Levenstein; Lorenzo Rossignoli; Lucia Len; Luciana Pajecki Lederman; Luciane Scattone de Luiz; Luciano Kirszenworcel; Lagnado; Silvana Neufeld; Silvana Tinelli; Silvia Ester Dreifus; Silvio Bentes; Silvio Casoy; Sima Lafer Portenoy; Simão Mendel Guss; Luciano Werthein; Luis Fernando Sá Moreira; Luis Mester; Luis Paulo Cotrin Amorin; Luis Stuhlberger; Luiz Alberto Meiches; Luiz Simão Priszkulnik; Simon Dicker; Simon M. Franco; Sofia Bassani; Sonia B. Menache; Sonia Dratwa; Sonia Korn Haller; Sonia Lea Carlos Barbosa Turolla; Luiz David Gabor; Luiz e Andrea Mucerino; Luiz Fernando Serenc; Luiz Fischer; Luiz Frid; Luiz Gandelman; Shnaider; Sonia Portnoi Sirota; Sony Abraham Douer; Sony Douer; Stefan e Ursula Hamburger; Stela Yara Blay; Stella Alouan; Suely Luiz Gorenstein; Luiz Israel Febrot; Luiz Jayme Zaborowsky; Luiz Kignel; Luiz Marcelo Dias Sales; Luiz Meiches; Luiz Simantob; Kleiman Lewi; Suely Zltonik Aisenberg; Susan Feder; Susan Sverner; Susana Leirner Steinbruch; Susanne S. Steinberg; Suzana Maria Lula P. de Almeida; M Malina Cohen; Manoel F. P. da Costa; Marcel Neumann; Marcelo André Kovesi; Marcelo Berger; Marcelo Blay; Lopes Medeiros; Suzanne Kanas; Suzy Dreifus; Sylvette Laniado; Syma e Alberto Shayo; Szama Gedala Krybus; Szeja Topczewski; Marcelo Dias Couto; Marcelo Drugg Barreto Viana; Marcelo Fonseca Santiago Cajamar; Marcelo Gutglas; Marcelo L. Levinzon; Szprincas Zaindel A. Lane; T Tamara Frankel Grosman; Tania Kulb; Tatiana Serebrenic; Teddy Man; Tedy Joseph Safdie; Teresa Marcia Baruzzi Bonami; Marcia Cristina Lucena; Marcia Regina Kalim Marcia Zalcman Setton; Marcio A. Cypriano; Marcio Goldfarb; Bracher; Teresa Marco Nigri; Teresinha Chamma; Terezinha Gabor; Terezinha Pereira de Jesus; Thomas Joseph Mcdonnell; Thomas Marcio Miritello Santoro; Marcos Arbaitman; Marcos Bader; Marcos Bien; Marcos Karniol; Marcos Schwartman; Marcos Zarzur Amos Case; Thomas Joseph Mcdonnell; Thomas Neufeld; Thomas S. P. Lewin; Thomas Tichauer; Ticiana Terpins Strozenberg; Tilia Derani; Marek Flaksberg; Margot Strulovic; Maria Gorski; Maria A. de A. S. do Amaral; Maria Amelia Saldanha da Gama; Maria Cleo Voloch Rozenberg; Tily Neusa Svartman; Tomas Barth; Tonia Boccalato; Tullio Formicola; U Ubiratan Fernandes Valade; Ubiratan Vasconcelos Salem; Maria Cristina Allegri; Maria Cytronovitz; Maria da Graça Oppenheimer; Maria do Carmo Morato; Maria E. Bradt Pedro S. Pina; Ugo Di Pace; V Valentim Gentil Filho; Valéria Bigliani Ferreira; Valter Carvalho; Vera Bardella; Vera Bobrow; Vera de Carvalho; Maria Eugênia Seixas Sobral; Maria Helena Zilberman; Maria Lourdes Egydio Villela; Maria Lucia A. Segall; Maria Bontempo; Vera Lucia dos Santos Diniz; Vera Luiza Horta; Vera Terezinha Ponce; Victor Lichwitz; Victor Burd; Victor Nudelman; Veronilda Andrade Silva; Maria Virginia V. Alhadeff; Marina Bradaschia Corrêa Abul Ghani; Marina Calo Sun; Marina Lafer; Mario Victor Schubsky; Victor Siaulys; Victoria Regina Bejar; Vitor Facciola; Vivian H. Schlesinger; Viviane Souss; W Waldemar Ferman; Mario Fleck; Mario Killner; Mario Renato Krausz; Mario Zanon; Marion Liane Stoll; Marita Simy Gama; Mariza Leal de Gurman;Waldemar Moyses Zuskin; Waldemar Tafla; Waldemar Verdi Jr.; Walter Meyer Feldman; Wanda Jacinto; William Lohn; Meirelles do Couto; Mark Hotimsky; Marlene Colassuonno; Marli Perola Lebensztajn; Mathilde Meyerhoff; Maurice Eskinazi; William Streit Cunningham Junior; Wolf José Singal; Y Yara Baumgart; Yves Lautenberg; Yves Osmo; Yvonne Buckingham Selzynger; Maurice Gian; Maurice M. V. Cesana; Mauricio Biderman; Mauricio Calderon; Mauricio Charles Cohab; Mauricio Fogel; Mauricio Yvonne M. Freund; Z Zeev Harari; Zilda Botkowiski; Zilda Pasmanik; Zina Kossoy; Zofia Davidowicz; Zsuzsanna Vegh Rubin; Zuleika Laniado; Mauricio Lax; Mauricio Michaan; Mauricio Monteiro; Mauricio Picciotto; Mauris Klabin Warchavichik; Mauro A. O. Rocha; Zygfrid Thalenberg. Herszokovicz Mauro Klecz; Mauro Roberto Terepins; Mauro Sergio Toprorovski; Mauro Varnovitzky; Max Sender; Maximilian Louis Brieger; Mayer Mizrahi; Meir Skall; Melissa D. F. de Oliveira Mendel Rohman; Michael David Dranoff; Michael Edgar Perlman; Michael Huli; Michel Abraham Dayan; Michelle B. Pires; Michelle Sasson Salama; Miguel Lafer; Miguel Novak; Miguel Pistilli Neto; Miguel Srougi; Milly Teperman; Milton Clermann; Milton Cukierkorn; Milton Wagner; Mira Falchi; Miriam Ciocler; Miriam Member; Miriam Regiane Brichta Ramos; Miriam Sapir Siag Landa; Mirko Alejandro Lebl Price; Mirta Schwarcz; Moacir Ferreira Marques; Moise Politi; Pessoas jurídicas A Aceco TI; Água Doce Distribuidora de Bebidas; Alberto Belesso Indústria e Comércio; AMF Feiras de Negócios; Aquitaine B Banco VR; BF Utilidades Domésticas; Branyl Moise Sarue; Moises Basiches; Moises Cohen; Moises Enrique Guindi; Moises Leiner; Moisés Mirocznik; Moises Nigri; Moises Ostrovsky; Veículos; Arquitetura Julio Neves; Aurora Bebidas e Alimentos Finos; Moises Schnaider; Monica Jaqueline Elkis; Mônica Miller Neuding; Monica Taubkin; Monika Zolko; Monique Matalon; Mordejai Comércio e Indústria Têxtil; Brasfilder Indústria e Comércio; Brasil & Movimento; Brasylko Produtos Químicos; Brinquedos Goldenberg; Moris Zalcman; Mose de Picciotto; Moses Zitron; Mosze Gitelman; Moyses Akerman; Moyses Jayme Broniscer; Moyses Marcps Estrela; BSI Tecnologia; C Cau Comércio de Chocolates; Ceasa; Central de Equipamentos de Proteção e Soldas; Centro de Fuchs; Moyses Mincis; Muriel Matalon; Myriam Chansky; N Natalie Klein; Natan Berger; Nauman Engelberg; Neide Helena Moraes; Estudos Neurológicos Raul Marin; Chem-Dry Paulista Limpeza de Carpetes e Estofados; Clínica Cernea; Clínica Cutait; Clínica Neide V. Galli; Nelia Rebecca Alhadeff de Carvalho; Nelson Fontana; Nelson Levin; Nelson Ometto; Nelson Rosenchan; Nelson Pediátrica Toporovski; Colégio Bialik; Comercial Rubaiyat; Conbras Engenharia; Construtora Auxiliar; Construtora Luzar; Schachamovitz; Nelson Scheinkman; Neyde de Moraes; Nick Dagan; Nidia Duek; Nina Douer; O Ocir Gerson Gorenstein; Ocir CRAL Artigos para Laboratório; D Darling Confecções; Dayhome Comercial; Denver Borrachas; Distribuidora Sulamericana Gorestein; Odila Weigand; Olga Krell; Olinda Amazonas Martins; Oscar Americano Neto; Oscar Lafer; Osias Chasin; Oswaldo de Importação e Exportação; Duráveis Equipamentos de Segurança; E Editora Globo; Efil Equipamentos e Processos de Filtração; Oliveira Filho; P Paolo G. Bretani; Patricia e David Kattan; Paula Bobrow; Paula Sapir Febrot; Paulina Voloh; Paulo Ari Gartner; F Frigorífico Pacifico; Fundação Bradesco; Fundação Filantrópica Joseph Safra; Futura Administradora e Corretora de Seguros; Paulo Cesar Rivetti; Paulo Eduardo M. Santos; Paulo Jacobovicz; Paulo Ludmer; Paulo Malzoni; Paulo Tomas Diament; Pedro Futura RCB Equipamentos; G Gaja Distribuzione; H Havells Sylvania Brasil Iluminação; Heat up Aquecimentos Industriais; Knoepfelmacher; Pedro A. Unger; Pedro Armando Ederhardt; Pedro Franco Piva; Pedro Herz; Pepa B. Fichmann; Peter Schott; Pola Herza Indústria de Roupas; Hope do Nordeste; Hucotex Acessórios Industriais e Têxteis; I Indústria Brasileira de Alimentos e Hamburger; Primo Roberto Segatto; Priscila Szafir Bochner; R Rabeno Robert Hemsi; Rabino Yosi Schildkraut; Rachel Berger; Chocolates; Instituto de Pediatria Puer; Instituto Pró Queimados; J J.B. Ferreira e Cia.; Jornal Estado de São Paulo; Josar Indústria Rafael Jafet; Rafael Halpern; Rafael Levy Salama; Rafael Victor Chayo; Rahmo Shayo; Ralph Michaan Chalam; Raphael Jacob Scharf; Gráfica; Jourdan Cabeleireiros; JR Delivery Comercial; K Klabin; L Lafer Indústria e Comércio; Laszlo Ferenczi Indústria Raquel Safdie; Rasel Salfatis; Raul Cutait; Raul Raphael Saigh; Raul Sergio Hacher; Raymundo Durães Netto; Regina Lafer; Regina e Comércio; Lefort Comercial de Equipamentos Eletrônicos; Linel Construções; Loja Maçônica Perfeita União; M Macfer Weinberg; Renata Feffer; Renato Campana; Renato de Boer; Renato Glass; Renato K. Soriano; Renato Lainer Schwartz; Renato Usinagem Equipamentos Industriais; Mad Design Comércio de Móveis; Maringá Passagens e Turismo; Mario Ferrari Ochman; Renato Pasmanik; Renato Vaisbih; Rene Jorge Silberberg; Renee Behar; Reny Golcman; Reynaldo André Brandt; Ricardo de Filho – EPP; Mash Indústria e Comércio; Max Eberhardt; Mecânica Torque; Muller Empreendimentos e Participações; Deus Rodrigues; Ricardo Jorge Metzner; Ricardo Lerner; Ricardo Mauricio Feder; Rita Shammah; Roberto L. Barth; Roberto O. N Nadir Figueiredo Indústria Comércio; Nestlé do Brasil; Netter Industrial Comercial; P Patrícia Cordeiro Burstin; Roberto Bitran; Roberto Brotero de Barros; Roberto Bumagny; Roberto Cimpolini Bratke; Roberto Civita; Roberto Brindes Me; Polipar Participações e Empreendimentos; Portal da Cidade Manutenção de Cortinas e Forrações; Davidawicz; Roberto Dryzun; Roberto Egydio Setubal; Roberto Friedler; Roberto Levi; Roberto Lorch; Roberto Menache; Roberto Produtos Eletrônicos Metaltex; R R. Yazbek Desenvolvimento Imobiliário; Recreio S/A; Rinnai Brasil Tecnologia S SLW Corretora de Valores e Câmbio; Sá Lopes Consultoria de Ring; Roberto Rudzit Neto; Roberto Suplicy; Roberto Teixeira Costa; Rochele Toporovski; Rodolfo Freyberge; Rodolfo Schwarz; de Aquecimento; Rowis Indústria Metalúrgica; Rodrigo de Almeida Veiga; Rodulph Shafferman; Roge David; Rogéria Amato; Rogério Bastos Schimizu; Rolando Laniado; Rolando Imóveis Industriais e Administrativos; Seven Hills Foundation; Sinagoga Rabi Itzchak Elchanan; Spal Indústria Mifano; Ronald Fleischner; Ronaldo Seelmann Heilbut; Ronaldo Frug; Ronaldo Pupkin Pitta; Roni Kabbani; Rony Isaac Dayan; Rony Brasileira de Bebidas; Surf Co.; SW Assessoria Empreendimentos e Participações; Szazi Bechara Advogados; Raphael Hamoui; Rosa Green Rodrigues; Rosa Olga Galantier; Rosana Camargo A. Botelho; Rosana Malatesta Pereira; Rose Bratke; T TDB Têxtil; Talent Solutions; Tapmatic do Brasil Indústria e Comércio; Tecidos Salim Daniel; Tecnisa; Tekla Industrial Textil; Rose Sonder Rosel Rothschild; Rosely Gleser; Rosely Strulovic Levi; Rosely T. Glezer; Rosina Better; Ruben Feffer; Ruben Halaban; TOK & STOK - Estok Comércio e Representações; Tonbras Indústria e Comércio de Aparelhos Eletrônicos; V Vivo; W Walmart Rubens Gorski; Rubens Toshinori Hirata; Rudolf Mayer Singule; Rudolf Uri Hutzler; Rui La Laina Porto; Ruth Goldberg; Ruth Malzoni; Brasil; X Xigotô Pára Raios; Z Zeal Informática; Zitune Empreendimentos Imobiliários. 52 53 Balanço social Centro Israelita de Apoio Multidisciplinar: sociedade sem fins lucrativos, de utilidade pública federal, estadual e municipal, isenta de conta patronal de INSS, certificada como Entidade Beneficente de Assistência Social, com registro no CNAS, CONSEAS e COMAS. 2010 2009 1. RECEITAS RECORRENTES Recursos Governamentais (Subvenções) Doações de PJ e PF Contribuições Prestações de serviços e Vendas de Produtos Outras Receitas (Eventos) 76.742 434.919 597.355 2.953.914 308.836 56.674 491.098 603.807 2.897.839 174.297 Total de Receitas Recorrentes 4.371.766 4.223.715 2. APLICAÇÃO DOS RECURSOS Pessoal Despesas Diversas Outras despesas (Depreciação) Total de Despesas 2.765.629 1.406.692 328.759 4.501.080 2.567.908 1.012.693 304.741 3.885.342 Capital (Maq. + Instalações + Equipamentos) 7.741.632 7.650.875 3. INDICADORES SOCIAIS INTERNOS Alimentação Capacitação e desenvimento profissional Creche Saúde Segurança e Saúde no trabalho Transporte Bolsas / Estágios 4. Projetos, ações e contribuições para a sociedade Educação popular/alfabetização de jovens e adultos(as) Empreendedorismo/apoio e capacitação Segurança alimentar/combate à fome 5. OUTROS INDICADORES Nº total atendidos Nº de atendidos com bolsa integral Valor das bolsas (integral) Nº de atendidos com bolsa parcial Valor das bolsas (parcial) 138.130 22.940 17.914 125.201 10.061 160.606 39.506 R$ 155.520,00 Nº pessoas beneficiadas: 36 R$ 669.408,00 Nº pessoas beneficiadas: 57 R$ 71.040,00 Nº pessoas beneficiadas: 113 254/mês 21 /mês R$ 372.752 /ano 188/mês R$ 1.052.754 /ano 131.151 35.305 14.558 118.100 9.531 144.703 52.904 2010 2009 6. Indicadores sobre o corpo funcional Nº total de empregados(as) ao final do período Nº de admissões durante o período Nº de prestadores(as) de serviço % de empregados(as) acima de 45 anos Nº de mulheres que trabalham na instituição % de cargos de chefia ocupados por mulheres Idade média das mulheres em cargos de chefia Salário médio das mulheres Idade média dos homens em cargos de chefia Salário médio dos homens Nº de negros(as) que trabalham na instituição % de cargos de chefia ocupados por negros(as) Idade média dos(as) negros(as) em cargos de chefia Salário médio dos(as) negros(as) Nº de brancos(as) que trabalham na instituição Salário médio dos(as) brancos(as) Nº de estagiários(as) Nº de voluntários(as) Nº portadores(as) necessidades especiais Salário médio portadores(as) necessidades especiais 115 43 5 19,13 63 3,45 39 R$ 1208,51 – R$ 1058,88 7 NA NA R$ 897,49 108 R$ 1160,65 7 50 3 R$ 720,00 123 43 3 15,45 69 3,69 30 R$ 1099,62 41,00 R$ 1004,06 11 NA NA R$ 821,79 112 R$ 1050,81 8 49 3 R$ 679,18 7. qualificação do corpo funcional Nº total de docentes Nº de doutores (as) Nº de mestres (as) Nº de especializados (as) Nº de graduados (as) Nº total de funcionários (as) no corpo técnico e administrativo Nº de pós-graduados (especialistas, mestres e doutores) Nº de graduandos (as) 25 ND ND 3 22 115 3 9 25 ND ND 3 22 123 3 13 Nº de pessoas com ensino médio Nº de pessoas com ensino fundamental Nº de pessoas com ensino fundamental incompleto Nº de pessoas não-alfabetizadas 47 21 13 NA 60 19 6 NA 8. Informações relevantes quanto à ética, transparência e responsabilidade social Relação entre a maior e a menor remuneração 11% O processo de admissão de empregados(as) é: 100% por seleção/concurso A instituição desenvolve alguma política ou ação de [ x ] sim, institucionalizada valorização da diversidade em seu quadro funcional? [ ] sim, não institucionalizada [ ] não Se “sim” na questão anterior, qual? [ x ] negros(as) [ x ] gênero [ x ] opção sexual [ x ] portadores(as) de necessidades especiais [ x ] portadores de deficiência intelectual A organização desenvolve alguma política ou ação [ x ] sim, institucionalizada de valorização da diversidade entre alunos(as) e/ou [ ] sim, não institucionalizada beneficiários? [ ] não Se “sim” na questão anterior, qual? [ x ] negros(as) [ x ] gênero [ ] opção sexual [ x ] portadores(as) de necessidades especiais [ x ] portadores de deficiência intelectual Na seleção de parceiros e prestadores de serviço, [ ] não são considerados critérios éticos e de responsabilidade social e ambiental: [ x ] são sugeridos [ ] são exigidos A participação de empregados(as) no planejamento [ ] não ocorre [ x ] ocorre em nível de chefia da instituição: [ ] ocorre em todos os níveis Os processos eleitorais democráticos para escolha [ ] não ocorrem [ x ] ocorrem regularmente dos coordenadores(as) e diretores(as) da organização: [ ] ocorrem somente p/cargos intermediários A instituição possui Comissão/Conselho de Ética [ ] todas ações/atividades para acompanhamento de: [ ] ensino e pesquisa [ ] experimentação animal/vivissecção [ x ] não tem 11% 100% por seleção/concurso [ x ] sim, institucionalizada [ ] sim, não institucionalizada [ ] não [ x ] negros(as) [ x ] gênero [ x ] opção sexual [ x ] portadores(as) de necessidades especiais [ x ] portadores de deficiência intelectual [ x ] sim, institucionalizada [ ] sim, não institucionalizada [ ] não [ x ] negros(as) [ x ] gênero [ ] opção sexual [ x ] portadores(as) de necessidades especiais [ x ] portadores de deficiência intelectual [ ] não são considerados [ x ] são sugeridos [ ] são exigidos [ ] não ocorre [ x ] ocorre em nível de chefia [ ] ocorre em todos os níveis [ ] não ocorrem [ x ] ocorrem regularmente [ ] ocorrem somente p/cargos intermediários [ ] todas ações/atividades [ ] ensino e pesquisa [ ] experimentação animal/vivissecção [ x ] não tem *Informações oferecidas pela Área Administrativa-Financeira do CIAM 54 55 Ficha Técnica Coordenação Ruth Goldberg Produção Editorial Lead Comunicação e Sustentabilidade Textos Denise Angelo, Fabiana Favero, Flávia Meira e Janine Saponara Edição Janine Saponara Revisão Ortográfica Assertiva Produções Editoriais Design Gráfico Prata Design Fotos Rubens Vieira Toda a equipe do CIAM colaborou com a realização deste relatório. Sua opinião é importante para nós! Ouvir as suas sugestões sobre este material e a respeito do nosso trabalho é muito importante para nós. Envie seus comentários para o email [email protected] 56 UNIDADE JAGUARÉ Rua Irmã Pia, 78 - Jaguaré - SP - CEP 05335-050 Tel: (11) 3760-0068 [email protected] UNIDADE ALDEIA DA ESPERANÇA Km 47 da Rodovia Tancredo de Almeida Neves ( antiga Estrada Velha de Campinas) - CEP 07780-970 Tels.: (11) 4449-5006/5122/4571 Franco da Rocha - SP [email protected] www.ciam.org.br