Sumário - Secretaria de Planejamento e Gestão

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Sumário - Secretaria de Planejamento e Gestão
Sumário
SP, 12 de agosto de 2013.
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Estado reafirma Compromisso Paulista com o Vale do Ribeira (Seis cidades vão receber recursos do
Programa São Paulo Solidário, que tem como objetivo superar a pobreza extrema) p. 2
Hidrovia Tietê-Paraná liga cinco dos maiores estados produtores de soja do país (Trecho paulista é
administrado pelo Departamento Hidroviário, tem 800 quilômetros de vias navegáveis, dez eclusas,
dez barragens, 23 pontes e 30 terminais de carga) p. 3
Travessias litorâneas: investimentos melhoram serviços aos usuários (Tempo de espera no embarque
foi reduzido, oferecendo mais conforto aos passageiros) p. 5
Para fazer obras, construtora terá de pagar por faixa exclusiva de ônibus (Impacto no trânsito.
Prefeitura prepara mudança para a contrapartida de empresas responsáveis por
megaempreendimentos. Para conseguir licença, elas terão novas exigências, como a instalação de
nobreaks em semáforos e até bancar abrigos e terminais) p. 6
Procura por prédios residenciais e comerciais cresce em Itapetininga (Contrato de compras cresceu
34% este ano. Aumento no mercado leva empresários a investir no setor.) p. 8
Cidades do Alto Tietê buscam saídas após baixa adesão no 'Mais Médicos' (Dos 938 médicos que
confirmaram presença, dois virão para o Alto Tietê. Suzano e Arujá já sinalizaram a realização de um
concurso público.) p. 9
Convênio prevê R$ 18,7 milhões para saneamento básico em Cordeirópolis (Cidade deve 'ganhar'
estações elevatória e de tratamento de esgotos. Licitação para obras será lançada dentro de 15 dias,
informa governo.) p. 11
Dilma visita Ribeirão Preto para lançar primeiro trecho de etanolduto (Primeira fase do canal
interliga terminal na cidade à refinaria em Paulínia. Duto transportará etanol entre cinco estados e
custará R$ 7 bilhões.) p. 12
Governo autoriza nesta semana 2º aeroporto executivo em São Paulo p. 13
Terminal de US$ 1 bilhão sem operar p. 14
Água do rio Paraíba melhora, mas ainda está longe do ideal (Comunidades ribeirinhas afirmam que
sentem pelo cheiro a redução da quantidade de esgoto despejado nas águas; mas a recuperação da
bacia precisa de ampla discussão e investimento, segundo especialistas) p. 16
Região tem obras de arte em igrejas p. 18
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PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO / SP NOTÍCIAS
11/08/2013
RA de Registro/Desenvolvimento Social
Estado reafirma Compromisso Paulista
com o Vale do Ribeira
Seis cidades vão receber recursos do Programa São Paulo Solidário, que tem
como objetivo superar a pobreza extrema
As cidades de Barra do Turvo, Eldorado, Juquiá, Miracatu, Pedro de Toledo e Sete Barras, no Vale do Ribeira,
vão receber o Programa São Paulo Solidário. O secretário de Desenvolvimento Social, Rogerio Hamam, esteve
na região para entregar o guia de orientações que as cidades precisam seguir para receber o pacote de
benefícios e os R$ 2,2 milhões.
O guia, chamado de Caderno de Orientações, apresenta as providências que as prefeituras devem tomar para
receber o pacote especial de recursos. O programa é direcionado à superação da extrema pobreza e os
municípios do Vale, que serão beneficiados, tiveram cerca de 15,5 mil casas visitadas. Destas, 1,9 mil famílias
apresentaram situação de alta vulnerabilidade ou multidimensionalmente pobres.
Estas seis cidades estão entre as de menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e, entre os investimentos
imediatos do Compromisso Paulista, eles vão receber mais de R$ 2,2 milhões para a promoção de ações de
mobilidade social e de superação de pobreza.
Do Portal do Governo do Estado
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2
PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO / SP NOTÍCIAS
11/08/2013
Hidrovias
Hidrovia Tietê-Paraná liga cinco dos
maiores estados produtores de soja do
país
Trecho paulista é administrado pelo Departamento Hidroviário, tem 800
quilômetros de vias navegáveis, dez eclusas, dez barragens, 23 pontes e 30
terminais de carga
Com 2.400 quilômetros de vias navegáveis de Piracicaba e Conchas (ambos em São Paulo) até Goiás e Minas
Gerais (ao norte) e Mato Grosso do Sul, Paraná e Paraguai (ao sul), o sistema hidroviário Tietê-Paraná liga cinco
dos maiores estados produtores de soja do país e é considerada a Hidrovia do Mercosul.
No trecho paulista são 800 quilômetros de vias navegáveis, dez eclusas, dez barragens, 23 pontes, 19 estaleiros
e 30 terminais intermodais de cargas. A hidrovia é administrada pelo Departamento Hidroviário - DH, órgão
ligado a Secretaria de Logística e Transportes, e se transformou em uma alternativa econômica para o
transporte de cargas, além de impulsionar o desenvolvimento regional de cidades como Barra Bonita e
Pederneiras.
Em setembro de 2011, um Protocolo de Intenções para investimentos em obras na hidrovia Tietê-Paraná foi
assinado pelo Governo do Estado e a União. Os investimentos beneficiarão a economia brasileira e a
agroindústria. Serão liberados mais de R$ 1,5 bilhão para melhorias. Deste total, R$ 600 milhões são advindos
do governo estadual.
Serão realizadas obras de eliminação de gargalos, como ampliação e proteção de vãos de pontes, que
permitirão a passagem de comboios com quatro chatas sem a necessidade de desmembramento, extensão da
navegação nos rios Tietê e Piracicaba e desassoreamento e ampliação de canais de navegação.
Estão previstas ainda a construção da barragem Santa Maria da Serra, que ampliará a navegação em 55 km até o
distrito de Ártemis, em Piracicaba, além da extensão de 200 km entre Anhembi até Salto. Neste trecho está
prevista ainda a construção de barragem no município de Anhembi, que possibilitará a passagem das
embarcações, principalmente no período de estiagem, até Conchas.
Com a conclusão das obras será possível atrair de cerca de 11,5 milhões de toneladas de cargas para a hidrovia,
o que representa mais do que o dobro da movimentação atual - em 2012, a Hidrovia movimentou 6,181
milhões de toneladas.
continua
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Entre as obras concluídas estão a implantação da proteção dos pilares da ponte da rodovia SP-255 em Barra
Bonita e a implosão dos vãos da ponte da SP-333.
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4
PORTAL DO GOVERNO DO ESTADO / SP NOTÍCIAS
11/08/2013
RMBS/Transporte
Travessias litorâneas: investimentos
melhoram serviços aos usuários
Tempo de espera no embarque foi reduzido, oferecendo mais conforto aos
passageiros
Mais de R$ 200 milhões em recursos estão sendo investidos no triênio 2011/2013 nas Travessias Litorâneas. O
investimento faz parte do projeto Modernização do Sistema, para a melhoria dos serviços prestados, redução
do tempo de espera no embarque e oferta de mais conforte e segurança ao usuário.
Neste período, 20 embarcações serão reformadas e modernizadas, em todo o sistema de travessias. Até o
momento 12 embarcações já foram entregues e 8 encontram-se com o contrato de modernização em
andamento, com previsão de entrega até dezembro/2013.
Ainda este ano, a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) entregará os novos atracadouros para a travessia
Guarujá/Bertioga, facilitando o embarque e desembarque dos veículos com redução de 30% no trajeto,
passando de 700 para 500 metros a travessia do canal de Bertioga. As obras estão em andamento, com
previsão de entrega do lado de Bertioga em setembro e do lado do Guarujá em dezembro/2013.
A companhia adquiriu nove novas embarcações - cinco do tipo ferryboat e quatro lanchas em fibra, do tipo
Catamarã para a travessia de pedestres. Os cinco ferryboats já foram entregues, sendo três em 2012 e dois em
2013, e das quatro lanchas, uma foi entregue em abril deste ano e as demais estão previstas para o segundo
semestre deste ano.
O novo Sistema de Monitoramento Eletrônico e Gestão de Operação nas Travessias Litorâneas foi implantado,
com a entrega do novo CCO (Centro de Controle Operacional), totalmente modernizado, em dezembro de
2012. Foram adquiridos equipamentos de monitoramento e de controle, como painéis de mensagens variáveis,
câmeras de segurança, câmeras OCR, rádios de comunicação e sistemas de GPS.
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ESTADÃO
11/08/2013
RMSP/Transporte
Para fazer obras, construtora terá de
pagar por faixa exclusiva de ônibus
Impacto no trânsito. Prefeitura prepara mudança para a contrapartida de
empresas responsáveis por megaempreendimentos. Para conseguir licença,
elas terão novas exigências, como a instalação de nobreaks em semáforos e
até bancar abrigos e terminais
Adriana Ferraz - O Estado de S.Paulo
A Prefeitura vai dividir com a iniciativa privada os custos das mudanças que promete fazer no trânsito de São
Paulo. Desde o início do ano, as licenças concedidas a empresas responsáveis pela construção de
megaempreendimentos estão sendo alteradas para a inclusão de exigências como a instalação de nobreaks em
semáforos e painéis eletrônicos. Segundo a gestão Fernando Haddad (PT), a compra desses aparelhos é só o
começo. O objetivo é fazer com que as empreiteiras paguem por faixas exclusivas, abrigos e até terminais de
ônibus.
A revisão das chamadas certidões de diretrizes - documento que lista as contrapartidas solicitadas pelo
Município para diminuir o impacto de obras geradoras de tráfego - começou em março. De lá para cá, 22 foram
alteradas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que exigiu a instalação de um total de 394 nobreaks
- os aparelhos que impedem o "apagão" de um semáforo. Da lista, 15 já estão instalados.
De acordo com o órgão, toda certidão passou a acrescentar a instalação dos equipamentos em, pelo menos,
um dos seus itens de contrapartida ao tráfego. A mesma regra vale para a emissão de novas licenças. O diretor
de planejamento da CET, Tadeu Leite, explica que a medida é considerada emergencial. "A planta semafórica da
cidade está sucateada. A Prefeitura já implementou 200 e contratou a compra de outros 1.400 nobreaks, mas
nossa meta é alcançar 2 mil, até o fim do ano. As contrapartidas vão ajudar nesse sentido", diz.
Contemplada a urgência na melhoria da rede de semáforos, a companhia afirma que passará a exigir uma nova
gama de medidas, com foco no transporte público. Essa lista inclui investimentos direcionados às linhas de
ônibus, como faixas exclusivas, corredores, abrigos, terminais e câmeras de monitoramento. "Acabou aquela
visão que só estabelecia construção de viadutos e pontes. Nós queremos priorizar o passageiro e alcançar toda
a cidade."
Conta. Os critérios para o cálculo dos gastos que as construtoras terão de assumir, no entanto, não vão mudar.
Leite ressalta que a Prefeitura tem de seguir a legislação, que prevê obras de, no máximo, 5% do valor previsto
do empreendimento. "O que vai mudar é a forma de fazer essa cobrança. Não vamos deixar passar nada em
branco. Os polos geradores têm de ajudar a financiar o trânsito e o transporte", afirma o diretor.
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6
Segundo a CET, a definição da lista de contrapartidas necessárias terá como base um estudo mais amplo da
vizinhança do futuro empreendimento. Regiões saturadas, que não suportam nem faixas de tráfego, as
construtoras vão ser "convidadas" a investir mais. É o caso da Cyrela, por exemplo, que ergue um prédio
comercial de 15 andares quase no cruzamento das Avenidas Engenheiro Luís Carlos Berrini e Bandeirantes, na
Vila Olímpia, zona sul. Lá, a construtura terá de instalar 250 nobreaks.
Os aparelhos têm custo variável, entre R$ 6,4 mil e 7,4 mil. Segundo a Cyrela, o cumprimento das exigências
faz parte do negócio desde o início do projeto, quando o custo das contrapartidas é calculado. A empresa,
porém, não informou quanto deve gastar para mitigar o impacto da torre na área.
A Prefeitura ressalta que também investe em semáforos. Na semana passada, a CET começou a revitalizar 4,8
mil equipamentos, com um orçamento de R$ 221,94 milhões.
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G1 GLOBO
12/08/2013
RA de Sorocaba/Economia
Procura por prédios residenciais e
comerciais cresce em Itapetininga
Contrato de compras cresceu 34% este ano.
Aumento no mercado leva empresários a investir no setor.
A procura por prédios comerciais e residenciais, vem aumentando cada vez mais em Itapetininga (SP).
Praticidade, lazer e segurança são algumas das vantagens para quem pretende morar em apartamentos. Com o
crescimento nesse mercado os empresários passaram a investir mais no setor.
A aposentada Bernadete Lera, que mora em um sobrado no centro de Itapetininga, comprou um imóvel ainda
na planta e deseja mudar assim que o prédio estiver pronto. “Eu morei um certo tempo em um apartamento
em São Paulo (SP), e acho uma ótima opção” diz.
Para o proprietário de uma imobiliária, Bruno Chitolina, as famílias preferem comprar apartamentos devido a
segurança que oferece e também o lazer para as crianças.
Em um prédio residencial que esta em fase de acabamento, cada um dos apartamentos possui churrasqueira
privativa na varanda, além de uma quadra poliesportiva, piscina, academia, “playground”, salão de festas e de
jogos.
Os prédios mais altos de apartamentos e salas comerciais antes só eram encontrados nas cidades grandes.
Hoje, esses empreendimentos devem mudar a paisagem de cidades menores. Não somente os condomínios
residenciais, mas também os comerciais ganharam força.
Segundo o empresário Basílio Otavio Miranda, o momento é oportuno porque a cidade esta em crescimento.
“Os altos custos dos terrenos em Itapetininga, levam as construtoras verticalizar os investimentos, por esse
motivo está surgindo muitos prédios na cidade” comenta.
Ainda segundo o empresário, a construção de prédios foi à saída que as construtoras encontraram para
economizar e aumentar os lucros.
De acordo com o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos, o pedido de compras e construção de
imóveis somaram quase R$ 50 milhões no primeiro semestre deste ano. Crescimento de 34% em relação ao
mesmo período de 2012.
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G1 GLOBO
12/08/2013
RMSP/Saúde
Cidades do Alto Tietê buscam saídas após
baixa adesão no 'Mais Médicos'
Dos 938 médicos que confirmaram presença, dois virão para o Alto Tietê.
Suzano e Arujá já sinalizaram a realização de um concurso público.
A baixa adesão de profissionais no programa do Governo Federal "Mais Médicos" fez com que algumas cidades
do Alto Tietê começassem a se movimentar em busca de saídas para suprir a falta de médicos para trabalhar no
sistema público de saúde. Dos 938 profissionais que confirmaram presença no programa, somente dois serão
enviados para trabalhar no Alto Tietê. As cidades beneficiadas são Itaquaquecetuba e Arujá. Suzano e Ferraz de
Vasconcelos também fizeram pedidos de profissionais ao Governo Federal, mas os municípios não receberão
médicos.
Itaquaquecetuba havia pedido 16 profissionais ao programa, porém, somente 8 foram classificados. Deste total,
apenas um médico demostrou interesse em trabalhar na cidade. Por conta disso, a Secretaria de Saúde do
município informou que pretende realizar um processo seletivo para a contratação de outros profissionais. Por
meio da assessoria de imprensa, a secretaria disse que abrirá um processo seletivo simplificado nesta segundafeira (12). Por outro lado, o município aguarda as incrições da segunda fase do Programa Mais Médicos para
solicitar mais profissionais.
Arujá também receberá um médico do programa federal. A lista classificatória divulgada no dia 1º de agosto
mostrou que 4 médicos haviam sido relacionados para a cidade. No entanto, assim como Itaquaquecetuba,
somente um profissional trabalhará em Arujá. Para tentar suprir a falta de profissionais, a secretária de Saúde
Clarinda Coelho informou que fará a contratação de mais médicos de forma gradativa, por meio de um
processo seletivo simplificado.
A secretária também anuncia a realização de um concurso público. "O programa Mais Médico busca solucionar
o problema de falta de médicos nos municípios – seja a causa dele a falta de recursos do município ou falta de
interesse do profissional. Com a chegada dos médicos viabilizados por meio da iniciativa, iremos implantar o
programa da Estratégia de Saúde da Família (ESF) nos bairros mais carentes do município", detalha.
Ferraz de Vasconcelos
O municipio, por enquanto, ficará sem receber médicos do programa federal, conforme a listagem oficial
divulgada no dia 6. Por isso, a Secretaria Municipal de Saúde anunciou que fará um chamamento público para
contratação de uma Organização de Saúde (OS), que deverá contribuir para a contratação de mais médicos
para o município. A Prefeitura ainda não tinha os detalhes técnicos sobre a inciativa. Além disso, Ferraz aguarda
para solicitar mais profissionais a partir do dia 15 de agosto, quando o Ministério da Saúde vai abrir a inscrição
para médicos brasileiros.
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Suzano
A saída encontrada pela cidade de Suzano, após receber a notícia de que o único médico classificado para
trabalhar na cidade não validou sua vinda ao município, também foi a realização de um concurso público
municipal. A secretária de Saúde Valéria Riccio Genovezzi Fernandes, por meio da assessoria de imprensa, disse
que o processo seletivo deverá ser aplicado nos próximos meses com o objetivo de fortalecer o quadro de
profissionais da saúde. A cidade, porém, não deu os detalhes do processo.
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G1 GLOBO
12/08/2013
RA de Campinas/Saneamento
Convênio prevê R$ 18,7 milhões para
saneamento básico em Cordeirópolis
Cidade deve 'ganhar' estações elevatória e de tratamento de esgotos.
Licitação para obras será lançada dentro de 15 dias, informa governo.
Um convênio firmado pelo governo do estado de São Paulo prevê investimento de R$ 18,7 milhões em obras
de saneamento básico em Cordeirópolis, conforme divulgou a Prefeitura do município. O governador Geraldo
Alckmin (PSDB) esteve na cidade neste sábado para a assinatura do contrato.
De acordo com a administração municipal, o convênio é para construção de uma estação elevatória de esgoto,
5.452 metros de coletores tronco, uma unidade de tratamento de despejos e 38 metros de emissários de
esgotos tratados. A obra deve suprir as necessidades do município por pelo menos mais 30 anos.
O sistema, diz a Prefeitura em nota, terá capacidade para tratar o esgoto de 100% da população de
Cordeirópolis, o que deve beneficiar cerca de 23.700 pessoas, número que equivale à população prevista para a
cidade em 2030.
Com a obra, que deve ter a licitação lançada dentro de 15 dias, a estimativa é a de que aproximadamente 34
toneladas de despejos orgânicos deixarão de ser jogadas in natura no Ribeirão Tatu, que faz parte da bacia
hidrográfica do Rio Piracicaba. O trabalho será realizado pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica
(DAEE), do governo estadual.
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G1 GLOBO
12/08/2013
RA de Ribeirão Preto/Economia
Dilma visita Ribeirão Preto para lançar
primeiro trecho de etanolduto
Primeira fase do canal interliga terminal na cidade à refinaria em Paulínia.
Duto transportará etanol entre cinco estados e custará R$ 7 bilhões.
A presidente Dilma Rousseff (PT) estará em Ribeirão Preto (SP) nesta segunda-feira (12) para a inauguração
oficial do primeiro trecho do duto que transportará etanol entre cinco estados brasileiros. Concluída em janeiro
desse ano, a primeira fase da obra tem 206 quilômetros de extensão e interliga o terminal terrestre de Ribeirão,
em uma importante região produtora de etanol, à Refinaria de Paulínia (SP).
Segundo a Petrobras, a primeira transferência de etanol pelo canal já foi realizada no dia 25 de junho, mas o
lançamento oficial do projeto acontece somente nesta segunda-feira, 47 dias depois, devido à incompatibilidade
entre as agendas de Dilma, de governadores e empresários. A cerimônia está marcada para as 11h, no terminal
localizado no quilômetro 326 da Rodovia Alexandre Balbo (SP-328).
Quando estiver finalizado, o etanolduto ligará 45 cidades, passando pelos estados de Goiás, Mato Grosso do
Sul, São Paulo e Minas Gerais, até chegar aos portos de São Sebastião (SP) e do Rio de Janeiro onde o
combustível será exportado em navios. O duto terá 1,3 mil quilômetros de extensão e capacidade para
transportar 21 bilhões de litros de etanol por ano. O custo previsto pelo Governo Federal é de R$ 7 bilhões.
Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) apontam que o Brasil produziu cerca de 560 milhões
de toneladas de cana na safra 2011/2012, matéria-prima utilizada para a produção de 23 bilhões de litros de
etanol. O país é responsável por 20% desta matriz energética no mundo, números que o colocam como o
segundo maior produtor de etanol do planeta, atrás apenas dos Estados Unidos.
A Transpetro, braço de logística da Petrobras, será operadora do etanolduto. O próximo trecho a ser
construído ligará Ribeirão Preto a Uberaba (MG), no Triângulo Mineiro.
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12
VALOR
12/08/2013
RMSP/Aeroportos
Governo autoriza nesta semana
aeroporto executivo em São Paulo
2º
Por Juliana Elias | Valor
SÃO PAULO - Uma segunda aérea destinada à aviação executiva deve ser liberada em São Paulo, afirmou o
ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wellington Moreira Franco, nesta segunda-feira. Segundo o
ministro, a autorização deve ser dada ainda nesta semana.
"O Brasil é hoje o segundo maior país para a aviação executiva no mundo, mas nos grandes centros ainda
enfrentamos muitas dificuldades para a prestação desses serviços. Estamos trabalhando para melhorar a
produtividade nesse setor", disse o ministro, que participa de evento da Associação Comercial de São Paulo
(ACSP), na capital paulista. "Só em São Paulo já temos dois projetos. Um já foi liberado, e o outro deve sair
nesta semana, com o objetivo de ampliar a oferta da aviação executiva."
O ministro não deu detalhes sobre onde será essa nova área. Conforme o Valor noticiou no final de julho, a
SAC autorizou a construção de um projeto da Harpia Logística, controlada pelos empresários Fernando
Botelho e André Skaf, no extremo sul de São Paulo. O investimento, no bairro de Parelheiros, chega a R$ 1
bilhão. Outras duas áreas, ambas na região metropolitana de São Paulo, deveriam ser autorizados ainda neste
ano: o Helicidade (no bairro paulistano do Jaguaré) e o Naesp (localizado no município de São Roque).
Mas o primeiro aeroporto autorizado, o de Parelheiros, já apresenta problemas. Matéria do jornal Folha de
S.Paulo do sábado informou que a Prefeitura de São Paulo vetou a construção da nova pista. O terreno
escolhido fica em uma área de proteção de mananciais. A autorização federal não é garantia para a realização
desses empreendimentos, que necessitam de sinal verde das prefeituras e órgãos ambientais.
Segundo Moreira Franco, há também outros dois projetos já em estudo no Rio de Janeiro, além de estudos
preliminares junto a empresários já estarem sendo feitos para outra área em Belo Horizonte.
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VALOR
12/08/2013
RMBS/Portos
Terminal de US$ 1 bilhão sem operar
Por Olivia Alonso | Valor
Pronto desde fevereiro, o Brasil Terminal Portuário (BTP) não consegue iniciar suas atividades em Santos
porque depende da finalização das obras de dragagem do porto, sob responsabilidade do governo.
"Esperávamos entrar em operação neste mês e a conclusão da dragagem nos foi prometida para no máximo
este ano", disse ao Valor, Kim Fefjer, principal executivo da APM Terminals, controladora da BTP em
associação com a Terminal Investment Limited (TIL). Ele passou o dia de ontem no país, em reuniões em
Brasília, na expectativa de acelerar o processo. A APM Terminals, do grupo Maersk, investiu US$ 1 bilhão em
Santos.
A Brasil Terminal Portuário (BTP) se reuniu ontem com autoridades brasileiras em Brasília para discutir os
atrasos no início de sua operação no Porto de Santos. Pronta para começar suas atividades desde fevereiro, a
empresa obteve em julho a última licença que precisava, do Ibama, mas ainda depende da finalização de obras
de dragagem no porto, sob a responsabilidade do governo.
"O terminal está totalmente concluído. Esperávamos entrar em operação neste mês, mas a conclusão da
dragagem nos foi prometida para até o fim deste ano", afirmou em entrevista exclusiva ao Valor, Kim Fefjer,
principal executivo da APM Terminals, controladora da BTP em associação com a Terminal Investment Limited
(TIL), ambas operadoras de contêineres.
Fefjer passou o dia no Brasil, ontem, para participar de várias reuniões em Brasília. Sua expectativa era de
acelerar o processo, que ele afirma ter gerado o "pior" problema de atrasos que já enfrentou nos últimos nove
anos, desde que assumiu o comando global da companhia. A APM Terminals, que faz parte do grupo Maersk,
tem 62 terminais em 60 países, além de sete em construção ou prestes a operar. Um deles é o da BTP, em
Santos.
Enquanto o terminal permanece inativo, o governo deixa de arrecadar US$ 100 milhões ao ano em impostos e
taxas, afirma o executivo. A estimativa dele é que a BTP gere movimento anual de cargas com valor equivalente
a R$ 20 bilhões. Fefjer disse ainda que há diversos navios e nove mil empregos à espera do terminal, sendo mil
vagas de trabalho congeladas e outros oito mil postos indiretos.
A estimativa feita pelo diretor-presidente, Henry James Robinson, em junho, era de uma perda de R$ 300
milhões de faturamento bruto se a homologação só saísse em outubro, prazo considerado na ocasião. Além
disso, enquanto a BTP não opera, ela deixa de contar com o movimento da própria Maersk, que atualmente
utiliza a Libra Terminais.
Após a emissão da licença de operação do Ibama, em 22 de julho, a conclusão da dragagem passou a ser o
último grande entrave para a BTP.
continua
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A demora deve-se principalmente ao fato de o terminal estar no trecho 4 do canal de navegação do Porto de
Santos, considerado o mais problemático por causa de complicações hidrodinâmicas. Segundo a Codesp,
operadora do Porto de Santos e responsável pela dragagem no acesso ao berço da BTP, entre as
particularidades do local está a alta concentração de resíduos tóxicos, que levou o processo de dragagem a ser
mais lento do que em nos demais trechos (1, 2 e 3). Já a dragagem do canal de navegação, que também segue
em execução, é de competência da Secretaria de Portos (SEP).
A Codesp e a SEP não estabelecem prazos formais para término da dragagem, mas existe a expectativa de que
seja anunciado em breve um avanço nos processos.
Construído pela empreiteira Andrade Gutierrez, o terminal recebeu um investimento de US$ 1 bilhão e tem
capacidade para 1,2 milhão de Teus (contêineres de 20 pés), 1,4 milhão de toneladas de granéis líquidos e 620
atracações por ano. "Há uma grande necessidade por essa capacidade. Como investidor estrangeiro, vejo como
substancialmente importante olhar para a criação de valor que está sendo postergada no país", afirmou Fefjer.
Na estimativa dele, a BTP poderá atingir sua capacidade após um período de ganho de velocidade ("ramp-up")
de seis meses.
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O VALE
12/08/2013
RMVale/Meio Ambiente
Água do rio Paraíba melhora, mas ainda
está longe do ideal
Comunidades ribeirinhas afirmam que sentem pelo cheiro a redução da
quantidade de esgoto despejado nas águas; mas a recuperação da bacia
precisa de ampla discussão e investimento, segundo especialistas
Xandu Alves
São José dos Campos
O sol ainda nem nasceu e Andrelino Ramos, 73 anos, já está de pé. Ele acende o fogão a lenha, ferve a água e
passa o café preto. Bebido fumegante, diz o homem, é o melhor remédio para o frio da madrugada.
A receita ele aprendeu com o pai, pescador como Ramos, que vive às margens do rio Paraíba desde quando
usava calças curtas. Ele mora em uma casa simples na região norte de São José, no bairro São Sebastião.
Vão longe as memórias e a saudade dos tempos em que os peixes pululavam nas redes, as crianças mais ficavam
dentro do que fora do rio e a vida seguia seu rumo tranquilo como as corredeiras do Paraíba.
“A poluição quase matou o Paraíba”, alerta Ramos, com a sabedoria de quem conhece os segredos do rio.
Hoje, ele nota que os peixes começaram a voltar. E não é mentira de pescador.
“O cheiro de esgoto tá sumindo. Antes, a gente ponhava a rede e nada. Os peixes estão voltando agora”, conta
Ramos, na tradicional linguagem dos ribeirinhos.
Nas margens. Viver na ribeira, às margens do rio, não é para qualquer um. A vida apresenta desafios que
poucos conseguem vencer, tanto que os mais novos nem pensam em continuar o legado familiar. Eles preferem
salário e carteira assinada.
Não há estatísticas confiáveis sobre a quantidade de ribeirinhos que vivem na região. Segundo colônias de
pescadores, eles não chegam a 0,5% dos 2,2 milhões de moradores do Vale.
Em São José, a estimativa é que pelo menos 130 famílias vivam em várzeas. Elas moram em sub-moradias e
sofrem com as cheias do rio.
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Com suas calças e camisas azuis desbotadas, os pés descalços e as mãos calejadas, Ramos é um exemplo de
perseverança. Aceitou o convite para ensinar os mais novos a fazer barco de madeira. Mas o que gosta mesmo
é de pescar e contar mentira. E isso é a pura verdade.
Oxigênio traz peixes de volta ao rio
São José dos Campos
A volta de peixes ao rio Paraíba é resultado, principalmente, do aumento da coleta e tratamento de esgoto nas
cidades da região.
Em média, segundo a Sabesp, que cuida da água e esgoto em 28 dos 39 municípios da região, a quantidade de
oxigênio diluído no Paraíba saltou de 0,5 miligrama por litro para 5 mg/l nos últimos cinco anos.
A maior concentração de oxigênio, além de melhorar a qualidade da água, contribui para a proliferação de
peixes.
Mas há muito trabalho a ser feito. O Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) diz que a concentração
ideal de oxigênio em um rio tem que ser entre 7 e 11 mg/l.
A Sabesp investe R$ 519 milhões até 2014 para chegar a 100% de esgoto coletado e tratado nas cidades
operadas por ela. Hoje, 10 têm acima de 90% do esgoto coletado e 19 superam 90% de resíduos tratados.
“É fundamental cuidar do esgoto para que o rio melhore continuamente”, disse Oto Elias Pinto,
superintendente regional da Sabesp.
Peixes. À parte os dados científicos, são os ribeirinhos quem podem comprovar a recuperação do Paraíba,
como confirma Antônio Cardoso, 74 anos, morador de Tremembé e pescador há mais de 60 anos.
É no silêncio da canoa deslizando pelo Paraíba, na escuridão das madrugadas, que Cardoso celebra a chegada
dos peixes. Ele diz que a quantidade ainda é bem inferior a obtida no passado, quando tirava até 30 quilos de
peixe por dia do rio. Mas é melhor do que as redes vazias dos últimos 20 anos, quando a poluição escureceu o
Paraíba.
“Estou só esperando o calor chegar para pescar. Tiro até cinco quilos por dia. Vendo semanalmente e tiro um
salário por mês”, conta o pescador, que criou os oito filhos com a renda da pesca.
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JC NET
12/08/2013
RA de Bauru/Turismo
Região tem obras de arte em igrejas
Rita de Cássia Cornélio
A Igreja Católica ainda está em festa. Recentemente, a autoridade máxima, o papa Francisco, visitou o País e
deixou um caminho mais claro para todos os cristãos. Da região de Bauru, partiram várias caravanas de fiéis
para participar da Jornada Mundial da Juventude. De Jaú, foram 50 jovens da matriz de Nossa Senhora do
Patrocínio. Outras 11 paróquias da cidade também levaram seus fiéis para ver e ouvir o papa.
O retorno dos fiéis deu ânimo para a igreja, confessa o padre da matriz Nossa Senhora do Patrocínio de Jaú
Celso Luiz Buscariolo. “Os nossos jovens foram de ônibus acompanhados do padre Tiago e voltaram muito
animados para trabalhar com a comunidade.”
Para ele, o papa é uma pessoa feliz, faz aquilo que gosta, é transparente. “Quando ele quer falar, fala, do
contrário, não fala. Ele é ele mesmo, é real, não é uma pessoa que encena uma postura. Ele tem uma
linguagem mais próxima da gente, que vem de encontro com as expectativas, ele conhece a nossa realidade.”
Padre Buscariolo lembra que tivemos vários papas com muito carisma, mas todos europeus. “O Bento XVI,
sábio, inteligente, assim como o João Paulo II, mas não tinham a nossa linguagem, o nosso jeito. Agora temos
um papa que viu de perto os nossos problemas, muito semelhantes aos da Argentina”.
O momento, na opinião do padre, é de reflexão. “O papa falou sobre aqueles que deixaram á igreja e isso nos
leva a reflexão. Ele reconheceu que a igreja não foi mãe, não abraçou, não acolheu como deveria seus fiéis. Isso
nos leva a refletir sobre nossa atuação como missionários. Muitas vezes, o cotidiano enfraquece a ação pastoral,
a nossa atitude como pastor. Vamos buscar inspiração nas palavras do papara para poder viver como pastor,
cuidar do rebanho e dar a vida por ele.”
Mas a igreja nem sempre foi assim. Houve um tempo em que erguer templos era o foco. Na região, muitas
igrejas católicas conservam até hoje obras de arte e se tornaram atrativos turísticos. Em Bocaina, a matriz de
São João Batista conserva 13 telas de Benedito Calixto, que foram restauradas recentemente. O templo tem
ainda vitrais que são cabalas judaicas e lustres que são réplicas do Palácio de Versalles. No dia do padroeiro, a
igreja recebe turistas de todo o país que além de participar do evento, conhecem obras de muito estilo.
Na cidade de Jaú, a matriz Nossa Senhora do Patrocínio tem estilo gótico e abriga obras do casal Makk,
responsáveis pelas pinturas sacras concluídas em 1962. Tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal, o templo
passa por período de restauração.
Em Avaí, a matriz passa por reforma externa, o telhado já foi trocado. As pinturas sacras que retratam o milagre
da água e vinho, o batismo de Jesus dentre outros, de autoria de Alberto Paulovick, carecem de restauração. A
comunidade busca verbas para fazer o trabalho.
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Bocaina: igreja esconde ‘tesouros’
Visitar a Igreja Matriz de São João Batista de Bocaina é uma verdadeira aula de artes. Nela há vitrais, telas de
Benedito Calixto e muita história interessante. Na entrada do templo foram construídas portas para barrar as
pessoas “impuras”, que só tinham acesso ao interior dela após usarem água benta disposta em uma pia.
O professor de história João Batista Gabriel não economiza elogios à matriz. Ele frisa que além das obras de
Calixto, que atraem inúmeros turistas, o templo tem outros atrativos. “Há vitrais interessantes. Dois deles
redondos, dispostos na área central da igreja, que são cabalas judaicas. Chama a atenção porque são cabalas
judaicas no interior de uma igreja cristã.»
Os lustres são atrativos a parte para os visitantes que se dispõem a olhar para cima. “São réplicas dos lustres do
Palácio de Versalhes, com vários detalhes. Na entrada da matriz, portas de madeira interna foram instaladas
para barrar as pessoas impuras que deveriam ficar do lado de fora. Elas entravam na porta principal e eram
‘impedidas de entrar’ pelas portas laterais de madeira. Ao lado delas havia uma pia com água benta. A pessoa
“impura” entrava e se benzia na pia com água benta e só então podia entrar na igreja.”
A matriz possui paredes decoradas sem ponto de descanso, enfatiza o professor. “A igreja possui vários estilos.
Tem colunas romanas, capitel (extremidade superior de uma coluna) que é grego. O trabalho feito nas paredes
não possui ponto de descanso.”
As 13 telas de Benedito Calixto são, sem dúvida, o maior atrativo. “As telas foram colocadas nas paredes e o
restauro, ocorrido durante o ano de 2008, ocorreu no local. Elas não foram retiradas para que não sofressem
danos.”
Todas as telas já foram restauradas. O valor da restauração foi de R$ 270 mil, uma média de R$ 13 mil cada
obra, fruto da Lei Rounet, onde várias empresas contribuem para a restauração de uma obra. “A igreja fica
aberta para visitação. Quando ela não está aberta, o visitante pode ir até a secretaria que fica em frente a matriz
e pedir que ela seja aberta. Uma pessoa abre e leva para visitação sem problema algum. Aumentou muito a
visitação após o restauro das telas, porque foi amplamente divulgado todo o processo de restauração. Atraiu e
atrai especialmente estudantes universitários de artes e arquitetura.”
Matriz conserva acervo artístico
A matriz de São João Batista em Bocaina (69 quilômetros de Bauru) tem um dos mais ricos acervos artísticos do
Estado de São Paulo, as telas de Benedito Calixto, que estão dispostas no interior do templo. Ali também estão
os restos mortais do pároco que permaneceu por mais tempo à frente da comunidade local, padre Mariano
Curia, que permaneceu por 21 anos na cidade.
Documentos constantes do livro Tombo da Diocese de São Carlos trazem a narrativa do padre Curia relatando
a edificação da igreja: “Tomando posse em 17 de maio de 1893, achei a capela bastante pequena e desprovida
de altares e outros objetos necessários aos cultos e, em vista disso, nomeei uma comissão composta dos
senhores Aquilino José Pacheco, Francisco Pacheco de Almeida Prado, Vicente de Alvarenga Rangel, Victório
Garcia de Almeida, Manoel Valadão de Freitas e Joaquim Francisco da Silva, afim de deliberarem e somarem tais
faltas”.
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Os próprios membros dessa comissão constituída pelo padre foram os responsáveis pela doação do altar-mor e
dos altares laterais da capela. Depois de construir os altares e dotar a capela de outras melhorias, obtidas graças
à ajuda da comunidade católica do povoado, em 1907 o padre Curia nomeou uma nova comissão de
paroquianos, desta vez com o objetivo de promover a ampliação da capela e a edificação de sua torre. “ (...) a
31 de outubro de 1910, recebia inteiramente pronta a nova matriz, entregando ao empreiteiro o saldo que
tinha de receber e passando ele um recibo do valor final da empreitada”, relata o padre Curia no livro Tombo
da diocese.
A praça da matriz foi inaugurada no dia 12 de novembro de 1899, ainda durante a administração da quarta
Intendência (1899 a 1901). Antes, portanto, da transformação da antiga capela no templo que hoje pode ser
visto.
Fotografias da época mostram a praça fechada de arame liso, cujos fios eram sustentados por colunas de ferro
assentadas sobre um muro baixo, contendo ainda quatro portas, também de ferro. Naquela época, o acesso à
praça não era permitido depois de determinado horário da noite.
O maior orgulho de todo morador de Bocaina ao referir-se à Igreja Matriz da cidade não está na praça que a
contorna, mas sim nas paredes interiores do templo, que ostentam um dos mais valorosos acervos artísticos de
todo o Estado de São Paulo. São as 13 telas sacras de Benedito Calixto, considerado um dos maiores expoentes
das artes plásticas brasileiras na segunda metade do século 19 e início do século 20.
Obras de Calixto
As obras que se encontram no templo foram as últimas no gênero executadas por Calixto, artista nascido na
cidade de Itanhaém em 1853 e falecido em São Paulo no ano de 1927. Calixto chegou em Bocaina no dia 10 de
setembro de 1923, iniciando a pintura das telas alguns meses depois.
De acordo com relatos da época,as obras que se encontram na igreja Matriz de São João Batista poderiam estar
ornamentando as paredes da igreja Matriz de Jaú, localizada a pouco mais de 20 quilômetros de Bocaina. Isso só
não ocorreu porque, segundo esses relatos, a comissão constituída naquela cidade para entender-se com
Calixto não teria chegado a um acordo em torno do preço cobrado pelo artista para a execução do trabalho.
Sabedor deste fato, o então vigário de Bocaina, José Maria Alberto Soares, deu início a uma intensa troca de
correspondências com Calixto, ao mesmo tempo em que ia recusando outras propostas para a decoração das
paredes do templo. Dessa troca de correspondências teria brotado uma sólida amizade, além de mútua
admiração entre o sacerdote e o artista, o que teria influenciado fortemente a decisão dele em aceitar a
encomenda das telas para a matriz de Bocaina.
Na primeira encomenda feita a Calixto constavam oito telas: “São João apresentando o Divino Mestre ao
Povo”; “Anunciação à Virgem Santíssima”; “Descida da Cruz”; “São João diante de Herodes”; “Decapitação de
São João Batista”; “São Pedro”; “São Paulo”; e a “Alegoria ao Santíssimo Sacramento”. Algum tempo depois,
foram encomendados outros quatro trabalhos: “Transfiguração de Thabor”; “Discípulos de Emaús”; “Visitação
de Nossa Senhora”, e “São Zacharias”.
Jaú tem matriz em estilo gótico
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É área central da cidade de Jaú (47 quilômetros de Bauru) que está a Igreja Matriz Nossa Senhora do Patrocínio.
O prédio, em estilo neogótico, chama a atenção não só pelo valor arquitetônico, mas também pelo valor
histórico/religioso. A inauguração do templo ocorreu em 9 de junho de 1901, mesmo não estando
completamente concluído.
A planta foi elaborada pelo belga João Lourenço Madein e mostra a forma de cruz com dimensões de 40 metros
de comprimento e 19 de largura. Ladeando todo o prédio, há uma mureta trabalhada em arcos. O acesso à
porta principal se dá pela escadaria ou pelas rampas laterais. A forma de cruz que foi dada a igreja originou-se
da necessidade de uma área maior para a obra.
Na concepção da planta, observou-se a necessidade de aproveitar todo o terreno. Assim não dispondo de área
suficiente de fundo, foi preciso aproveitá-lo na largura tanto quanto as proporções o permitissem. Todas as
peças, como janelas, colunas etc, são de pedra artificial e fabricadas mesmo em Jaú. A grande janela sobre a
entrada principal, assim como as janelas laterais, de seis metros de diâmetro, aos oitões da cruz estão
assentadas com essa pedra e dão um aspecto grandioso ao edifício. As telhas foram importadas da França.
Essa foi a terceira igreja erguida no povoado, hoje município de Jaú. A primeira capela que era simples, um
rancho de pau-a pique coberto de folhas de jeribá foi inaugurada em 1853. O primeiro pároco de Jaú foi
Feliciano de Amorim Sigar.
Lei Rounet para restauro
Em Jaú, os leigos da Igreja Católica formaram uma associação para captar recursos que possibilitem a
restauração das pinturas internas e a reforma da matriz Nossa Senhora do Patrocínio. “É uma igreja centenária
que foi tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal. Está em processo de restauração. Nela há pinturas do
casal Makk que estão sendo restauradas. O prédio todo passa por reforma”, explica o padre Celso Luiz
Buscariolo.
A restauração mais a reforma vão custar aproximadamente R$ 4,5 milhões. “Estamos trabalhando na captação
de recursos porque, além do restauro das pinturas dos afrescos, vamos recuperar o barrado, pintura externa,
revestimento e vitrais.”
O casal Makk, Américo e Eva, pintores sacros internacionais, foram contratados na década de 60 para
executarem os painéis da matriz de Jaú. As obras artísticas foram iniciadas em outubro de 1961 e concluídas no
ano seguinte.
Durante o andamento dos trabalhos, não faltaram problemas para resolver, já que alguns fiéis mais
conservadores estranharam o realismo anatômico das figuras. O rigor com que a anatomia feminina das
imagens era tratada – quando Américo reproduzia a fisionomia e as linhas sinuosas do corpo da esposa Eva –,
causava incômodo a um grupo de fiéis.
Bancos da matriz de Duartina vieram de Portugal
A Igreja Matriz de Santa Luzia, em Duartina, foi fundada em 26 de abril de 1925, pela diocese de Botucatu. No
local onde está instalada, existiu uma capela de madeira que foi destruída por um incêndio. A padroeira é Santa
Luzia, a protetora dos olhos.
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O templo conserva até hoje os bancos que vieram de Portugal, assim como a imagem da padroeira,
confeccionada em madeira. O primeiro padre de Duartina foi Antonio da Graça Cristina, mas o que mais
permaneceu na paróquia foi o monsenhor Jorge Antonio Martinelli.
Avaí: matriz tem obra de Alberto Paulovick
A Igreja Matriz de São Sebastião de Avaí (39 quilômetros de Bauru) tem pinturas internas do ano de 1946
executadas pelo artista plástico Alberto Paulovick. A 1ª missa na igreja foi realizada pelo padre Leonardo
Hendricks, assim que o altar foi colocado no ano de 1928.
O religioso é tido como o fundador da matriz que substituiu a capela que havia sido construída em 1911. As
pinturas internas retratam as Bodas de Caná, o milagre da água e do vinho, o samaritano, o batismo de Jesus,
segundo o vigário paroquial Gilberto José de Melo.
O templo foi construído na praça conhecida como Largo da Matriz até 1916. A construção teve início no mês
de outubro de 1927, sendo que em 1930 já estava praticamente erguida, mas sem o acabamento e sem a
colocação das duas torres que só foram colocadas no final de 1930. A colocação da imagem de São Sebastião só
se deu em 1941, com a presença de quase toda a população avaiense.
Reconhecimento
Todos aqueles que colaboraram com a construção do telhado da igreja tiveram seus nomes cravados em um
livro que foi pintado no lado esquerdo de quem entra na matriz. “Ao adentrar na matriz, do lado esquerdo de
quem entra, deparamos com a pintura de um livro de homenagem, com a página aberta com os nomes das
pessoas que contribuíram para a construção do telhado da igreja”, diz o vigário paroquial Gilberto José de Melo.
A igreja passou por reformas. A última foi feita em 1945, de acordo com o vigário paroquial Gilberto José de
Melo. “Vamos desencadear uma campanha para fazer a troca do telhado e da iluminação. A igreja está muito
danificada. O problema do telhado acabou provocando infiltrações nas paredes que prejudicaram as pinturas
sacras.”
Restaurar a pintura de São Sebastião, o padroeiro da igreja é o próximo passo após a reforma. “Estamos
fazendo uma pesquisa porque a pintura de São Sebastião não é original. Faltam detalhes. Estamos pensando em
fazer a restauração e incluir itens do quadro original”, afirma
Tanto a reforma como a restauração do quadro do padroeiro, de acordo com Melo são em longo prazo. “Para
o próximo ano estamos planejando fazer a pintura interna da igreja, mas a reforma vai ocorrendo aos poucos. A
comunidade é carente. Conforme os benfeitores vão ajudando, vamos fazendo.”
A matriz ficou vários anos sem religioso, mas no final do ano passado, Melo chegou para atender a necessidade
da comunidade. “Cheguei aqui em dezembro como diácono, hoje sou vigário paroquial. Estou residindo no
município.” A igreja matriz de São Sebastião, juntamente com o Museu Municipal “Francisco Pitta” e Aldeia
Ekeruá, fazem parte do Circuito Turístico Caminhos do Centro Oeste Paulista.
Fonte: Museu Municipal “Francisco Pitta”, de Avaí
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