- Centro Empresarial de São Paulo
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Grazielle Lima veste longo colorido de André Lima, para a Rhodia EDITORIAL | MODA, TECNOLOGIA, PASSEIO E ARQUITETURA O MUNDO DA MODA ESTÁ BEM REPRESENTADO NO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO O mundo da moda está bem representado no Centro Empresarial de São Paulo. Temos aqui duas conceituadas empresas do setor, Rhodia – uma das pioneiras no Brasil, e Santista – outra grande empresa têxtil e uma referência no segmento denim. Elas marcam presença nas mais badaladas feiras de moda, como Fenit, São Paulo Fashion Week e Fashion Rio. Abordamos nessa edição um pouco do trabalho que elas desenvolvem. Outro assunto que abordamos está relacionado à tecnologia da indústria da aviação. Mais uma vez encontramos no Centro Empresarial de São Paulo uma empresa importante do setor, a Bombardier Aerospace. A novidade são as aeronaves com mais autonomia de vôo, que consomem menos combustíveis e reúnem maior capacidade de transporte de passageiros. Uma grande vantagem no mundo contemporâneo em que o grande desafio é racionalizar os recursos energéticos. A questão também está relacionada aos conceitos de segurança, tráfego aéreo e operacionalidade, muito importantes tendo-se em vista a limitação de alguns aeroportos brasileiros quanto ao tamanho de suas pistas de pouso e decolagem. E depois de você ler a reportagem a esse respeito que tal se informar sobre o próximo destino de suas férias. O momento é propício para viajar: baixa estação e real valorizado. A opção que oferecemos segue pelo mar. Cruzeiros marítimos são oferecidos por nossas agências de turismo a preços bem convidativos. Um cruzeiro hoje não custa mais do que um pacote turístico para o Nordeste, segundo um de nossos entrevistados. Quer saber quanto? As agências do Shopping Panamby do Centro Empresarial apresentam algumas convidativas sugestões também para visitas a outros países. Basta consultá-las. For last but not lest escrevemos sobre um dos nossos maiores arquitetos e um especialista em projetos de shoppings, João Henrique Rocha, este que projetou o Condomínio Empresarial de São Paulo, pioneiro no Brasil no conceito de Intelligent Building, de que tanto falamos. Orestes Quércia, Presidente da Panamby Administração e Participações Ltda. 14 22 especial capa destaque hobby 10 cartões 12 entrevista 06 viagem SUMÁRIO 18 | 03 EDITORIAL | 08 TECNOLOGIA | 20 ARQUITETURA | | 24 AVIAÇÃO | 26 SEGURANÇA | 27 RÁPIDAS | 30 SERVIÇOS EXPEDIENTE Panamby Administração e Participações Ltda. PRESIDENTE: Orestes Quércia DIREÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Marcos Antonio Biasi CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS: setembro / outubro / novembro /2007 EDIÇÃO E PRODUÇÃO: Diferencial Assessoria & Comunicação JORNALISTA RESPONSÁVEL: Lucimar Franceschini (MTb. 889/5/137 DF) EDITOR CHEFE: Silvano Tarantelli (MTb 14.492) REDAÇÃO: Fernando Caldas. Colaboradores: Davi Brandão, Fabiana Cabral, Rita Gallo e Cíntia Carvalho (estagiária). DIAGRAMAÇÃO: P8 Editora COMERCIALIZAÇÃO: Pentágono Publicidade FOTOS: Paulo Alexo e Paulo Bareta SUPERVISOR DE GESTÃO A CLIENTES: Alex Sandro Correia CONDOMÍNIO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO: Av. Maria Coelho Aguiar, 215 – Bloco D ASSESSORIA DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS: Tel.: (11) 3741-6685 / Fax: (11) 3741-5152 CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO NEWS: é uma publicação do Centro Empresarial de São Paulo, com distribuição gratuita interna e via postal para executivos, clientes, fornecedores e formadores de opinião. Todos os textos são de responsabilidade do Centro Empresarial, sendo que os assinados são de responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução completa ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para a redação: [email protected] 28 ENTREVISTA | Ser, transformar e motivar Leila Navarro, considerada uma das 20 melhores palestrantes do país, dá a dica de como ser feliz. Por: Fabiana Cabral Foto: Divulgação Top of Mind na categoria Palestrante do Ano, autora de nove livros, incluindo o best seller Talento para Ser Feliz, Leila Navarro começou a dar palestras de forma inusitada, para poucas pessoas. Já levou seus conhecimentos a públicos da Espanha, Chile, Peru, Portugal, Uruguai, Panamá e Japão, e atualmente, é considerada pela Revista Veja como uma das 20 melhores palestrantes do país. Formada em fisioterapia, Leila transformou o ser humano em seu objeto de trabalho e estudo para entender as causas das dores e desconfortos que se manifestam no corpo. “Fui conhecer outras abordagens terapêuticas, estudei neurociência, aprendi sobre autoconhecimento e comecei a ver o ser humano como um todo que integra o físico, o mental, o emocional e o espiritual. Passei a enfocar qualidade de vida e isso evoluiu para o que abordo hoje nas palestras”, explica. Durante uma temporada na Espanha, Leila Navarro conversou com a reportagem da Revista Centro Empresarial SP News sobre motivação, autoconhecimento, resiliência (capacidade de levar adiante projetos) e felicidade, seja na vida pessoal ou profissional. Revista - Você se formou em fisioterapia. Como e por que começou a dar palestras? Leila Navarro - Quando ainda trabalhava como fisioterapeuta, comecei a dar palestras para divulgar um método de terapia corporal pouco conhecido no Brasil. Eu juntava um pequeno grupo de pessoas e apresentava os benefícios do método, falava sobre bem-estar e como viver melhor. Para tornar as palestras mais agradáveis, levava comigo um modelo de coluna vertebral e bacia em tamanho natural, que eu chamava de Falecido, e fazia algumas brincadeiras. Quando dei por mim, estava falando sobre qualidade de vida para o público de empresas e aí não parei mais. Revista - Você tem uma forma muito peculiar de iniciar suas palestras, brincando com o público, dançando. Como isso foi criado? Leila Navarro - Em uma fase de minha vida dei aula para alunos de uma faculdade de fisioterapia. E não era nada fácil manter a atenção daquela moçada! Certa vez, um grupinho no fundo da sala ficava conversando o tempo todo e não atendia meus pedidos para fazer silêncio. Então fiz uma coisa radical: subi na mesa e comecei uma encenação de strip-tease. Não precisei tirar a roupa, felizmente, porque em segundos toda a classe me olhava espantada e muda. O fato inesperado havia quebrado o padrão dos alunos. É com a mesma intenção de quebrar o padrão de pensamentos e comportamentos do público que eu já começo a palestra a mil por hora, dançando, brincando e mexendo com todos. Porque se o objetivo de minha palestra é provocar atitudes nas pessoas, preciso primeiro tirá-las do padrão em que se encontram. 06 | | SET/OUT/NOV 2007 Revista - A motivação é uma das características mais buscadas nos profissionais. Quais são os elementos essenciais para se manter motivado? Leila Navarro - São três: autoconhecimento, autoconhecimento e autoconhecimento. Isso é a base de tudo! Quem tem autoconhecimento sabe o que tem a ver consigo, logo irá atrás daquilo que o realiza. E não há nada mais motivador do que nos guiar pelo que nos realiza. Quando nos apaixonamos por alguém, não nos sentimos supermotivados para encontrar aquela pessoa? Driblamos dificuldades, arrumamos tempo, viajamos milhares de quilômetros, fazemos qualquer coisa para realizar o desejo de estar com ela. Pois com nossa meta profissional é a mesma coisa: ela nos direciona, nos move, nos enche de energia para superar o que quer que seja. Isso é motivação, aliás, automotivação, uma força que vem de dentro e nos impulsiona. Revista - O trabalho em equipe ainda é muito discutido no âmbito profissional. Existem segredos para isso? Leila Navarro - Tudo o que o trabalho em equipe tem de importante, tem de desafiador. É muito comum a reunião servir de arena para disputas de poder, onde uns tentam impor sua opinião, outros resistem a aceitar as opiniões alheias e por aí vai. Para funcionar bem em equipe, acho que as pessoas precisam baixar o ego e compreender que o que se espera do trabalho de grupo são resultados de grupo – portanto, é do interesse de todos fazer as coisas acontecerem. Até porque hoje a avaliação do desempenho de um profissional não leva só em conta o que ele produz individualmente, mas também em equipe. Revista - O conceito de resiliência está em alta no mercado de trabalho. O que é ser um profissional resiliente e como tornar-se um? Revista - Você diz que não erramos, mas sim aprendemos. Qual a melhor forma para transformar erros em aprendizado? Revista - Você afirma que o planejamento de carreira é muito importante, no livro “Carreira em Ascensão”. Qual a melhor maneira de planejar uma carreira? Revista - Você diz que o medo é positivo. Por quê? Leila Navarro - É sempre perguntar: “O Leila Navarro - Resiliência é a capacidade que eu posso aprender com isso?”. O prode levar adiante nossos sonhos ou projetos, jeto em que você tanto se empenhou não aconteça o que acontecer. É realmente uma foi aceito? Levou um fora da namorada? qualidade muito valorizada hoje, pois nesse Pensou que seria promovido, mas quem SE ENCARAMOS AS PERDAS mundo globalizado tudo é muito complexo e recebeu a promoção foi seu colega? SoE FRACASSOS COMO OPORTUNIDADES imprevisível, e a qualquer momento podeDE APRENDIZADO, PASSAMOS mos ter de enfrentar crises, mudanças ou turfreu um revés? Então se pergunte: “O que A CONFIAR MAIS NA VIDA E PERCEBEMOS bulências. Para desenvolvê-la, penso que a eu posso aprender com isso?”. EncararamQUE TUDO ACONTECE PARA O NOSSO BEM chave está na maneira como interpretamos se as perdas, os imprevistos e fracassos E CRESCIMENTO. ISSO FAZ TODA DIFERENÇA. as pequenas e grandes catástrofes da vida. como oportunidades de aprendizado, pasEm vez de encarar essas situações com pessisamos a confiar mais na vida e percebemismo, queixas ou revolta, precisamos mos que tudo que acontece é para o nosentendê-las como fatos naturais da existênso bem, nosso crescimento. Nos acostucia. Só assim poderemos enfrentá-las com algum equilíbrio e consciência, aproveitando mamos a ver o lado positivo de todas as da melhor maneira possível o aprendizado que proporcionam. coisas e nos tornamos mais gratos também. Isso faz toda diferença. Leila Navarro - Acredito que o planejamento da carreira deve basearse em uma trajetória de desenvolvimento individual que independa do lugar em que trabalhamos. É muito comum o profissional vincular a carreira à estrutura de cargos de sua empresa e pensar assim: “Um dia vou assumir o cargo do chefe, depois o do chefe do chefe, depois o do chefe do chefe do chefe...” Então a estrutura da empresa muda, surge uma transferência de setor ou mesmo uma dispensa do trabalho e o plano vai para o espaço. Se, em vez disso, planejar a carreira com base na aquisição de competências e responsabilidades cada vez maiores, o profissional terá melhores condições de se adaptar a mudanças. Pode até decidir fazer carreira fora das empresas, como autônomo ou empreendedor do próprio negócio. Leila Navarro - O medo a que me refiro é o frio na barriga, a “paúra”, aquela sensação que temos quando sentimos nossa estabilidade ou segurança ameaçadas. Nesse caso, o medo é positivo sim, pois nos obriga a tomar uma atitude. Temos uma tendência natural à acomodação e, se não sentíssemos ameaçados de vez em quando, talvez jamais saíssemos do lugar. Se enfrentamos um concorrente muito forte nos negócios, por exemplo, o temor de ser engolidos por ele nos faz procurar alternativas para nos diferenciar. Outro aspecto positivo do medo é que ele nos coloca em estado de alerta e nos faz ser cuidadosos. Quando é preciso decidir sobre um assunto que não conhecemos bem, por exemplo, o medo de errar nos faz buscar informação, pedir a opinião de alguém, ter cautela. SET/OUT/NOV 2007 | | 07 TECNOLOGIA | Equipamentos como o celular, o computador de mesa e o notebook têm curta vida útil Em linha com a revolução tecnológica CENTR UL ALAÇÕES CENTROO EMPRESARIAL DE SÃO PA PAUL ULOO INVESTE EM NO NOVVAS INST INSTALAÇÕES PARA EXPANDIR REDES SEM FIO Por: Rita Gallo Fotos: Paulo Alexo Com aparelhos cada vez mais versáteis e sofisticados, a tecnologia provoca mudanças rápidas no dia-a-dia das empresas e das pessoas. Celulares e computadores são lançados como símbolos da revolução tecnológica para, pouco tempo depois, se tornarem obsoletos em razão de novas descobertas. Integração e acesso são as palavras de ordem desses aparelhos, o que significa que eles têm cada vez mais possibilidades de utilização, como acontece com o celular com máquina fotográfica e acesso à Internet. Esse mercado já é bilionário no País: de acordo com pesquisas do IDC Brasil (International Data Corporation), empresa especializada em levantamentos do setor, a tecnologia da informação vai movimentar até US$ 18,8 bilhões este ano, um crescimento de 13% em relação aos US$ 16,7 bilhões de 2006. Esse cenário é observado também no Centro Empresarial de São Paulo. Grande parte das empresas do condomínio trabalha conectada às inovações tecnológicas, o que exige um trabalho de constante aprimoramento. É cada vez mais comum ver pessoas nos jardins do Centro com seus notebooks e smartphones, que se tornaram aparelhos imprescindíveis nessa nova era de inovação tecnológica. “A demanda por nossos serviços cresce sem parar”, afirma Rogério Mayrink, supervisor de Gerenciamento de Redes da Austacem, que gerencia toda a área de telecomunicações do Centro Empresarial de São Paulo. “As empresas que atuam no Centro Empresarial precisam estar em linha com as mudanças tecnológicas, até para não perder negócios. Por isso, procuram por apoio para soluções de situações que surgem com a revolução tecnológica, que cresce sem parar.” 08 | | SET/OUT/NOV 2007 NOVAS NECESSIDADES A principal demanda das empresas do Centro Empresarial de São Paulo está relacionada a redes sem fio (wi-fi), que cria necessidade de novas instalações e equipamentos. “Além disso, muitos dos que trabalham no Centro Empresarial de São Paulo têm notebooks e PDAs e precisam ter infra-estrutura para que os aparelhos funcionem adequadamente”, lembra Mayrink. Ele afirma que é comum ver pessoas circulando pelo Centro com PDAs (sigla em inglês para Assistente Pessoal Digital, pequeno computador portátil usado como agenda, calendário e para anotações), e que é necessário atender tanto a esses usuários quanto às empresas em suas demandas, que surgem a partir das constantes inovações tecnológicas. Tendo em vista essas crescentes necessidades, a Austacem programou para o próximo ano a expansão da rede do Centro Empresarial de São Paulo. Haverá também mais cabeamento estruturado para atender às empresas, que precisam cada vez mais de novos pontos fixos em seus escritórios para a instalação de equipamentos. A maior procura é por redes sem fio. “A velocidade de utilização do wi-fi é espantosa”, garante Rogério Mayrink. “Todos os notebooks, por exemplo, são agora produzidos com placas que permitem o funcionamento sem fio.” O projeto da Austacem prevê a colocação de mais 24 pontos de acesso (hot spots) à rede sem fio em 2008. A empresa planeja oferecer ao usuário a possibilidade de chegar com um ramal IP (Internet Protocol, que permite a telefonia por computador) a qualquer ponto do Centro Empresarial. A convergência, outra palavra de ordem das mudanças tecnológicas, também está presente em número crescente no Centro Empresarial de São Paulo. “É cada vez maior a integração de várias funções em um mesmo aparelho”, conta o especialista da Austacem. “Essa situação também cria novas necessidades dos usuários, como no caso do smartphone (telefone celular com várias funções que podem ser carregados para rodar sistemas operacionais, como os computadores).” Também incluída na onda de inovação, a Austacem adota um PDA para receber as ordens de serviço de empresas do Centro Empresarial. “Não é preciso usar papel. Basta transmitir o pedido de serviço e de material pelo PDA, o que torna a operação mais rápida e eficiente. É uma das vantagens das inovações tecnológicas”, afirma Mayrink. “Para atender à solicitação, basta pegar o elevador e atender o usuário, que necessita dessa velocidade para tocar seus negócios.” Para manter a qualidade dos serviços, a Austacem tem parceria com empresas como a Siemens, na área da serviços de voz. “Implantamos no Centro o que há de mais moderno nesse segmento com o apoio da Siemens”, conta Mayrink. “E precisamos estar atentos porque o aperfeiçoamento não pára e as novas demandas vão continuar.” O especialista da Austacem prevê que a revolução tecnológica está longe de dar sinais de exaustão: “Ao contrário, as inovações não têm limite. A cada semana, é lançada uma novidade, que aprimora o que existia e cria novas necessidades. Os equipamentos atuais ficarão obsoletos cada vez com maior rapidez. Daqui a dois anos, por exemplo, os notebooks não vão rodar alguns dos programas de computador que hoje são considerados como top de linha.” Estimativa da Frost & Sullivan, empresa especializada em monitoramento da área de tecnologia, confirma essa tendência. Segundo levantamento da companhia, os investimentos em telecomunicações serão destinados à instalação, construção, operação e manutenção das redes sem fio, com o aparecimento de novas tecnologias. A previsão da Frost & Sullivan é de que, com esse crescimento, o mercado de terceirização de infraestrutura de tecnologia da informação movimente US$ 3,3 bilhões em 2012, um crescimento de 200% em seis anos. AS INOVAÇÕES NÃO TÊM LIMITE. A CADA SEMANA, É LANÇADA UMA NOVIDADE, QUE APRIMORA O QUE EXISTIA E CRIA NOVAS NECESSIDADES ROGÉRIO MAYRINK INOVAÇÕES NÃO TÊM LIMITE O Centro Empresarial conta com infra-estrutura de ponta para permitir o atendimento a essas necessidades. Segundo o técnico da Austacem, o condomínio conta com uma central telefônica híbrida (que disponibiliza também o telefone IP), recursos para transmissão de voz, cabeamento, projeto de conexão e área de dados. Dessa forma, e com a programada ampliação da rede wi-fi, pode-se ter acesso sem problemas à Internet em banda larga, por exemplo. SET/OUT/NOV 2007 | | 09 HOBBY | Valorize seu tempo livre Márcia Correa, da Accor Hotels: academia e clube para relaxar VIVER EM MEIO AO RITMO ESTRESSANTE QUE MOVE SÃO PAULO PODE SER MAIS FÁCIL SE OS PROFISSIONAIS SOUBEREM APROVEITAR O TEMPO VAGO Por: Cíntia Carvalho / Silvano Tarantelli Fotos: Paulo Alexo Empresários e executivos de todas as áreas desenvolvem gostos por esportes e hobbies diferentes, para fugir da rotina e carimbar o tempo ocioso com classe. Os momentos de folgas são dedicados às mais variadas atividades, que fazem da volta ao batente um momento mais relaxante. Depois de um final de semana fazendo o que se gosta, a segunda-feira pode não ter a aparência desanimadora de sempre, e o humor costuma estar mais empolgante. A executiva Sueli de Souza, diretora de operações da Soulan Recursos Humanos, empresa que está há 10 anos no Centro Empresarial de São Paulo, dedica seu tempo livre a corridas e caminhadas em São Paulo. Coleciona medalhas dos percursos que já participou. “Corro por hobby mesmo, até porque, não tenho porte físico pra competir como atleta”, afirma Sueli. Entre os eventos, ela já esteve em maratonas em combate ao Câncer de Mama (2001 e 2004), na 4aºCorrida pela Paz (2005), Maratona (2004) e o Alphaville Running, em 18 de agosto último, uma competição de 5km. “É uma válvula de escape. Serve para acabar com o stress”, garante. Sueli também tem por hobby colecionar miniaturas de tartarugas. “Tenho mais de 100. Sempre presto atenção nos modelos diferentes dos meus”. 10 | | SET/OUT/NOV 2007 CONHECE-TE A TI PRÓPRIO A prática de um hobby é uma forma de se reencontrar consigo mesmo. A opinião é da psicóloga clínica e hospitalar, Mariângela Scagliusi. Além de atender em sua clínica particular, ela trabalha na unidade coronária de um hospital de São Paulo no atendimento de pacientes e de familiares. Executivos, em idade que varia dos 40 aos 50 anos, que chegam ao hospital com suspeita de ataque cardíaco, compõem a maior parte dos atendimentos. A maioria dos casos não tem relação com coração, mas sim com uma crise de ansiedade ou ataque de pânico. “Os sintomas são os mesmos de um ataque cardíaco: falta de ar, palpitações, dificuldades de respirar”, afirma Mariângela. Sueli de Souza, diretora de operações da Soulan Recursos Humanos O esporte é mesmo o meio mais cobiçado para fugir da rotina. A assistente contábil Márcia Correia, da Accor Hotels, também se dedica a prática de atividades físicas quando está longe do escritório. “Freqüento academia durante a semana, e aos finais de semana vou ao clube andar de bicicleta e jogar basquete”, diz ela. Além de auxiliar na saúde física, é perdendo calorias e se movimentando que a maioria dos executivos e empresários consegue aliviar a tensão da vida paulistana. “Com certeza, o maior objetivo é desestressar. Você passa a semana dentro da empresa. Ir a outro lugar, conversar com outras pessoas relaxa”, afirma Márcia. Esporte e família são as receitas do empresário Fernando José Martins, diretor de Marketing e Vendas da Boehringer Ingelheim, para aproveitar o tempo livre. “Procuro aproveitar a família, pois tenho três filhas pequenas que acabam me enchendo de energia e felicidade. Para ter pique de acompanhá-las, corro por 30 minutos, principalmente nos finais de semana. A corrida além de ser um esporte aeróbico que fornece resistência, acaba sendo uma grande válvula de escape para desopilar a tensão do dia-a-dia”. O risco para quem não tem uma válvula de escape acaba sendo a perda da individualidade. “Muitos executivos não dispõem de tempo para a prática de outra atividade de tão modo que estão ocupados com seus trabalhos. Em conseqüência acabam se tornando mais identificados com a empresa que consigo mesmos”, explica Mariângela. Para ela, essa situação pode acabar prejudicando o desempenho ou levando a situações limites como as que ela vivencia cotidianamente no hospital. As causas geralmente estão ligadas a outros problemas internos que resultam na incapacidade de conviver com críticas, com a competitividade existente no ambiente de trabalho ou com tarefas que naquele instante a pessoa não consegue desempenhar. “A orientação, além de parar de fumar, controlar o consumo de álcool, é procurar uma atividade externa que dê prazer ao indivíduo, exercícios físicos, caminhada ou a prática de um hobby”, afirma Mariângela. Para ela, as empresas deveriam entender o valor de estimular os seus funcionários para procurarem atividades que lhes dêem prazer fora do ambiente de trabalho. “Não que o trabalho não dê prazer para as pessoas. Mas o hobby é uma forma de fazer com que a pessoa se encontre com ela mesma. E quando você tem uma boa relação consigo mesmo o rendimento é maior onde quer que você esteja”, completa Mariângela. SET/OUT/NOV 2007 | | 11 DESTAQUE | Somos tão jovens Os irmãos Nersessian: André, 21 anos, e Theodoro, 22 anos EMPREENDEDORES JOVENS ENCARAM OS DESAFIOS DO MUNDO DOS NEGÓCIOS Os irmãos Nersessian são atualmente os empresários mais jovens do Centro Empresarial de São Paulo. Theodoro tem 22 anos e é formado em administração de empresas. André, 21, está concluindo o mesmo curso. Eles são sócios da Zatta Calçados e representam a nova geração de empreendedores que aproveitam as oportunidades com ousadia. Por: Fernando Caldas Fotos: Paulo Alexo Há dois anos atrás, Theodoro e André reuniram capital para iniciar seu primeiro negócio. Abriram uma modesta loja de calçados e bolsas femininos no bairro de Santana. O trabalho incessante rapidamente rendeu frutos. Seis meses depois, já estavam instalando outra loja em Santo Amaro, na zona sul da cidade. A aposta na marca própria e nos modelos exclusivos foi o diferencial perseguido pela dupla. A receita deu certo. Em setembro de 2006, eles deram mais um passo decisivo. Inauguraram nova loja no Centro Empresarial de São Paulo. O desafio deste empreendimento foi aproveitado como aprendizado. Foi o momento da definição de um estilo próprio, de uma concepção arquitetônica do interior e das vitrines da loja e de afinar os modelos de calçados a um público-alvo específico, mulheres de 20 a 50 anos, das classes A e B. Todo o conceito construído na loja do Centro Empresarial tornou-se paradigma para novos empreendimentos. No último mês de agosto, os irmãos inauguraram mais duas lojas, uma no West Plaza e outra no Shopping Tatuapé. Até o final do ano, serão seis ao todo, com a abertura de uma unidade na Pompéia, no novíssimo Shooping Bourbon. 12 | | SET/OUT/NOV 2007 MUITO GÁS A expansão meteórica da Zatta Calçados deve-se a uma fórmula simples: planejamento, pesquisa e presença permanente dos sócios nas lojas. “O foco no atendimento personalizado, o conhecimento das preferências dos clientes, a escolha certa dos produtos, a inovação e os preços atrativos são as combinações para o sucesso de nossas lojas”, diz Theodoro. A disposição para enfrentar o trabalho duro também conta muito. “É preciso fazer um pouco de tudo. Ser vendedor, gerente, decorador e estoquista”, afirma André. Ele destaca que gerenciar um negócio exige, às vezes, abrir mão de baladas, de festas e encontros com amigos, renúncias difíceis para os jovens. Theodoro e André acreditam que os pequenos detalhes são fundamentais para os resultados finais do negócio. Embora novatos na vida empresarial, eles dizem que procuram aprender com os erros e experiências dos comerciantes veteranos. “Trabalhamos com moda. Por isso, temos de obter informações sobre as novas tendências, estar em sintonia com as mudanças no mercado e não nos acomodar em conceitos estáticos”, diz Theodoro. “Os jovens empreendedores precisam estar antenados. Demonstrar vontade e, sobretudo, ter muito gás”, diz André, anunciando que a meta dos irmãos é fazer a Zatta Calçados atingir 20 lojas em cinco anos. EMPREENDEDORISMO E ASSOCIATIVISMO Os irmãos Nersessian representam um caso de sucesso de iniciativa empresarial em um ambiente econômico que causa rusgas aos mais otimistas. O percentual de micro e pequenas empresas que encerram suas atividades nos dois primeiros anos de vida é de 52%. Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), estudo que mede as taxas do empreendedorismo mundial, o Brasil ocupa o 5oº lugar no ranking dos países com maior taxa de empreendedores estabelecidos, 12,1%, 14,3 milhões de empreendedores. Entretanto, o país está na 10a posição quando se trata de empreendimentos iniciais (até 42 meses). O estudo mostra ainda que para cada pessoa que empreende por necessidade, uma o faz por oportunidade. “Há pouco tempos atrás, o empreendedorismo por necessidade era maior em relação ao de oportunidade. Hoje, essa situação está se invertendo, o que é bom para o Brasil”, avalia Nilson de Paiva, coordenador do Fórum dos Jovens Empreendedores, criado dentro da Associação Comercial de São Paulo em 1984. Para Paiva, isso reflete um salto de qualidade dos empreendedores em geral e, particularmente, do segmento jovem. “Além das características natas dos jovens empreendedores, que são a competência, habilidade e aptidão, existe hoje uma cultura associativista mais consolidada. A participação no ambiente associativo permite aos jovens trabalharem sobre três pilares: a capacitação, o relacionamento empresarial e a representatividade.” A participação nas associações de classe permite ao jovem empreendedor estar “antenado” em relação a assuntos macroeconômicos e políticos que interferem no ambiente dos negócios e obter informações para o planejamento e gestão. O relacionamento empresarial no âmbito associativista possibilita, também, o contato com outros jovens empresários e com segmentos que podem ofertar e demandar novos negócios. EDUCAÇÃO PARA O EMPREENDEDORISMO O estudo do GEM Brasil revela ainda que 78,8% dos empreendedores iniciais consideram possuir conhecimento, habilidade e experiência necessários para começar um novo negócio. Entretanto, aqueles que afirmaram estar preparados para iniciar um novo negócio possuem, em geral, um baixo nível de escolaridade. Entre eles, 6,0% não têm educação formal (ensino fundamental e médio), 39% possuem de um a quatro anos de educação, 41% têm de cinco a 11 anos e apenas 14% têm mais de 11 anos de educação formal. Tendo em vista os problemas de formação, o Sebrae de São Paulo desenvolve programas de empreendedorismo dirigidos ao sistema de ensino, nos níveis fundamental, médio e superior. Segundo o gerente de Educação, Emerson Morais Vieira, até junho 2007, o Programa Jovens Empreendedores – Primeiros Passos foi realizado em cerca de 90 municípios do Estão de São Paulo. Participaram cerca de 5 mil professores e 155 mil alunos do ensino fundamental. O programa foi também adotado nos Estados do Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O programa específico para o nível médio, denominado Formação de Jovens Empreendedores, no Estado de São Paulo, foi repassado para 850 professores das redes pública e particular e ministrado a 7.598 jovens. O programa está sendo estendido para os Estados de Santa Catarina, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Para o nível superior, existe o Sebrae no Campus, desenvolvido em parceria com a Unesp. Implantado em 2006, o programa envolve 200 docentes daquela universidade, que já incorporou a disciplina em seu currículo em diversas unidades. Até o final de 2007, também serão capacitados mais 200 docentes de diversas instituições de ensino superior. OS JOVENS EMPREENDEDORES PRECISAM ESTAR ANTENADOS. DEMONSTRAR VONTADE E, SOBRETUDO, TER MUITO GÁS ANDRÉ NERSESSIAN SET/OUT/NOV 2007 | | 13 Glamour e negócios CAPA | CALENDÁRIO BRASILEIRO DE EVENTOS DA MODA INTEGRA CRIAÇÃO, CAPACIDADE PRODUTIVA E CONHECIMENTO Texto: Fernando Caldas Fotos: Paulo Bareta (Rhodia) Divulgação (Santista) Modelo: Grazielle Lima Agradecemos à Rhodia pela cessão da modelo e peças de roupa, e à Santista Têxtil 14 | | SET/OUT/NOV 2007 Modelo do cast da Rhodia em ensaio especial para a revista Centro Empresarial SP News Os passos da moda contemporânea seguem um ritmo cada vez mais frenético. A valorização do estilo e da individualidade gera uma fugaz proliferação de informações. O fundamental é a inovação a todo instante, onde nada é excluído, tudo é somado. A moda atual tem poucas restrições. Ela é livre e aberta. Não é mais uniforme. O eletrizante movimento do mundo da moda sustenta-se na grande capacidade produtiva das indústrias têxtil e de confecção, cada vez mais integradas à economia criativa e do conhecimento. A longa história de crescimento desse setor no país reflete uma poderosa sinergia entre a base de produção, avanço tecnológico, criação e design, marketing e personalidades que recriam diariamente o mundo da moda. A projeção internacional de estilistas e top models brasileiros associa-se a um importante calendário nacional de eventos relacionados à moda, estilo e design. A São Paulo Fashion Week e a Fashion Rio, por exemplo, são eventos voltados à passarela que agregam negócios envolvendo toda a cadeia produtiva da moda. “É importante que realizemos eventos de moda robustos e coerentes com toda a capacidade que têm os serviços de confecção no Brasil, a sexta maior do mundo. As nossas semanas de moda em São Paulo e no Rio estão inseridas no calendário internacional e geram mídia e repercussão mundial. É muito positivo termos em todo o país eventos que mesclam o glamour e a passarela com os negócios, porque um não vive sem o outro”, diz Fernando Pimentel, diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). INDÚSTRIA E CRIAÇÃO A Santista Têxtil, líder mundial no segmento denim, tem valorizado os caminhos da passarela ao participar dos principais eventos de moda. Fornecedora de grandes marcas e cadeias de varejo, a empresa produz tecidos com alto valor agregado, além de produtos básicos para jeanswear e workwear. Longo colorido de André Lima, com tecido Rhodia Na última edição da São Paulo Fashion Week, os produtos da Santista foram apresentados em dois desfiles. O estilista Jefferson de Assis deu ao jeans Santista babados, recortes e zíperes, que modelaram suas peças. Já o consagrado Alexandre Herchcovitch apresentou sua coleção feminina, mostrando toda a tecnologia dos tingimentos da Santista. Processos de lavanderia avançados que possibilitam efeitos multicoloridos, além de desgastes e maiores contrastes das costuras. Também a linha masculina adotou um look black confeccionado com o tecido Isis. Para consagrar essa parceria, foi desenvolvida uma etiqueta especial para todas as peças da linha Herchcovitch Jeans, que, pela primeira vez, introduz um tag de identificação da Santista Têxtil/Tavex, criado exclusivamente para o estilista. Neste ano, a empresa participou pela primeira vez da Fashion Rio. Apoiou dois novos talentos, Adriana Pacheco e o quarteto No Hay Banda, e duas das principais marcas que desfilaram na temporada carioca, Totem e Cantão. As quatro marcas contaram com a tecnologia dos produtos Santista em suas coleções. Na coleção de Adriana Pacheco, que desfilou no Rio Moda Hype, as sarjas Rally e Otoman foram misturadas com material reciclado nos acessórios e em bermudas volumosas. O quarteto paulista No Hay Banda, que estreou no Rio Moda Hype, utilizou referências urbanas para criar diversas peças que valorizam as texturas e os efeitos de lavanderia. A Santista Têxtil participou de vários eventos de moda este ano COMPORTAMENTO Moda sempre esteve ligada a comportamento. Durante o SPFW, a Santista Têxtil/Tavex se uniu ao canal GNT e criou uma bolsa para simbolizar a preocupação com a situação ambiental. Confeccionadas em um denim inédito da coleção Verão 2008 da Santista, as bolsas personalizadas desfilaram pelos corredores da Bienal mostrando o engajamento dos fashionistas na causa ecológica. A Santista Têxtil/Tavex participa do projeto Selo Pure Brasil Cotton. A iniciativa pioneira tem o objetivo de viabilizar a criação de um algodão certificado como ambientalmente sustentável, desde o plantio das sementes até a venda do produto final ao consumidor. Os tecidos da Santista são produzidos em sete fábricas – cinco no Brasil, uma no Chile e uma na Argentina – que empregam cerca de 4.700 pessoas. Em 2005, foi criada a Universidade Corporativa da Santista Têxtil, com o objetivo de promover a difusão do conhecimento acumulado nas mais diferentes atividades de produção da cadeia têxtil. A universidade atende os públicos interno e externo, ligando o conhecimento às necessidades da organização e à responsabilidade social e ambiental. SET/OUT/NOV 2007 | | 15 CAPA | OLHAR APURADO VALORIZAÇÃO DA TECNOLOGIA A Rhodia, produtora de fios têxteis em poliamida, é outro exemplo de articulação do setor produtivo com o calendário da moda, cada vez mais importante para organizar o fluxo de informações sobre as estações e temporadas. Investimentos altos são inevitáveis para as indústrias que querem continuar ativas. Avaliar o mercado nacional, as características culturais, climáticas e históricas do país, é fundamental para adaptar algumas informações, como o peso dos tecidos e malhas. Como explica Ferraroli, a Rhodia pesquisa e divulga para o mercado informações da moda que perpassam toda a cadeia têxtil: tecelagens, malharias, confecções e varejo. A estratégia da empresa é valorizar produtos com maior tecnologia, qualidade e conforto, atendendo as demandas dos consumidores e a inspiração dos criadores da moda brasileira. A empresa está envolvida numa ampla agenda dos segmentos de fashion, esportivo e lingerie. A presença da imprensa e de compradores internacionais nesses eventos aumenta a visibilidade da indústria e dos seus produtos. Nas edições da São Paulo Fashion Week, podem ser conhecidas as ações da Rhodia junto a vários estilistas. Já contaram com o suporte da empresa os criadores Alexandre Herchcovitch, André Lima, Érika Ikezili, Fábia Bercsek, Gloria Coelho, Mario Queiroz, Pedro Lourenço, Samuel Cirnansck e V-ROM. Nos desfiles dos estilistas patrocinados pela Rhodia são vistos os desenvolvimentos têxteis feitos a partir dos fios em poliamida (náilon), que incluem microfibras, supermicrofibras e fios inteligentes, da marca Amni, já consolidada no cenário têxtil do país. “Os desfiles são sempre uma boa maneira de divulgar novos produtos. O fio têxtil de poliamida é ideal para um país com o clima como o nosso: é leve, fresco e confortável. O povo brasileiro adora novidades. Mais do que isso, adora ‘vestir’ novidades”, afirma Francisco Ferraroli, diretor da área de Fios Têxteis da Rhodia. Segundo Ferraroli, a empresa procura se posicionar sempre na vanguarda, antecipando as informações das próximas estações. “Com um mercado cada vez mais profissional, não existe mais a possibilidade de uma pessoa viajar, a passeio ou mesmo a trabalho, e sair por aí dizendo o que está na moda. Por isso, contamos com profissionais preparados para detectar tendências de moda e de mercado. Hoje, a moda é universal. É preciso ter um olhar apurado para tudo o que acontece, e não só na moda. Comportamento, artes, design e tecnologia estão super ligados. As tendências partem disso tudo, da busca do novo e dos avanços das tecnologias têxteis.” É IMPORTANTE QUE REALIZEMOS EVENTOS DE MODA ROBUSTOS E COERENTES COM TODA A CAPACIDADE QUE TÊM OS SERVIÇOS DE CONFECÇÃO NO BRASIL, A SEXTA MAIOR DO MUNDO.” FERNANDO PIMENTEL, DA ABIT 16 | | SET/OUT/NOV 2007 A empresa também tem feito esforços para aumentar suas exportações. Atualmente, cerca de 10% da sua produção de fios têxteis é exportada para países da América do Sul, notadamente Argentina e Colômbia. A perspectiva, agora, é fazer exportações para o mercado mexicano. A Rhodia Poliamida, do grupo Rhodia, é a única empresa da região totalmente integrada na cadeia do náilon, desde as matérias-primas até o produto final. A empresa fabrica 60 mil toneladas de poliamida por ano, das quais 40%, aproximadamente, são fios têxteis para diversas aplicações nos segmentos de fashion, esportivo e lingerie. SET OR TÊXTIL BRASILEIR SETOR BRASILEIROO ENFRENT ENFRENTAA CONCORRÊNCIA ASIÁTICA Nos últimos 16 anos, o setor investiu mais de US$ 11 bilhões em máquinas, equipamentos, instalações e pesquisas. De 1999 a 2005, as vendas externas do setor dobraram. Entretanto, segundo Fernando Pimentel, da Abit, a indústria têxtil e de confecção brasileira atravessa um período adverso em razão das condições macroeconômicas (dólar baixo, alta taxas de juros, elevada carga tributária), o que reduz sua competitividade e estimula a importação. O setor sofre principalmente com as importações asiáticas, sobre as quais há indícios de subfaturamento e outras ilegalidades. A Abit defende a entrada em vigor do aumento da Tarifa Externa Comum (TEC), para frear as importações asiáticas, [a realização de acordos internacionais com os principais mercados mundiais (Japão, União Européia e Estados Unidos) para combater as importações ilegais e a desoneração tributária. Nos últimos seis meses, a indústria de transformação cresceu 4,8%, e o setor têxtil apresentou um resultado que representa a metade. “Bom, que existe um sinal positivo de crescimento. Porém, muito aquém da sua potencialidade, caso existissem equilíbrios na concorrência entre o setor produtivo brasileiro e o setor produtivo internacional”, diz Pimentel. SET/OUT/NOV 2007 | | 17 ESTILO CARTÕESDE| VIDA | O talão de cheques e o dinheiro vivo estão praticamente em desuso no comércio O uso bilionário do dinheiro de plástico Por: Rita Gallo Foto: Paulo Bareta O uso de cartões de débito e crédito para compras no comércio continua a crescer em velocidade vertiginosa. Essas transações estão aposentando o pagamento em dinheiro e em cheque, e a cada dia aumenta o número de lojas que operam quase exclusivamente com cartões. Até dezembro, estarão circulando no Brasil mais de 400 milhões de plásticos, incluindo os oferecidos pelas lojas e os de rede, o que equivale a mais de dois cartões por habitante. Serão feitos 4,9 bilhões de transações utilizando o plástico, com volume estimado de R$ 291 bilhões, ou 18% acima do de 2006, pela previsão da Associação Brasileira de Empresas de Cartão de Crédito e Serviços (Abecs). Essa realidade é confirmada nas lojas do Centro Empresarial de São Paulo. Arlete Barbosa da Silva, gerente da Barred’s, afirma que o pagamento com cartão predomina na loja: “Essa modalidade é mais prática e segura tanto para o cliente quanto para o estabelecimento”, garante Arlete. Ela lembra que há anos a Barred’s, especializada em moda feminina, recebe a maioria dos pagamentos por meio do plástico. Essa realidade se reproduz nas mais de 60 lojas da rede no País. “É mais racional utilizar o cartão”, assegura a gerente. Na loja O Boticário do Centro Empresarial os cartões são ainda mais aceitos. “Aqui só aceitamos cartão”, afirma Maria Cristina dos Santos, gerente da loja. “É uma escolha baseada em comodidade para o cliente. O cartão é um meio de pagamento mais prático, além de oferecer segurança”, garante. A prática é disseminada por toda a rede O Boticário, um dos maiores fabricantes de produtos de beleza do País e a maior rede de franquias do setor no mundo. 18 | | SET/OUT/NOV 2007 A expansão do cartão chegou a novas modalidades, como o e-commerce (venda de produtos pela Internet). Neste segmento, as transações são feitas exclusivamente com cartão. “As vendas estão crescendo à ordem de 40% ao ano neste segmento”, informa Mário Firmino, especialista em Tecnologia da Informação e responsável pelo site Busque Fácil, da Associação Comercial de São Paulo. O giro do e-commerce já é de cerca de R$ 2,5 bilhões anuais. “O Brasil já tem mais de 30 milhões de usuários da Internet e pelo menos 60% deste total tem acesso à banda larga”, recorda Firmino. “Esse ambiente favorece a venda de produtos pela Internet e a utilização ainda maior dos cartões.” A incógnita para o consumidor é em relação à segurança que esse meio de pagamento proporciona, tanto nas transações por computador quanto nas lojas. No entanto, Mário Firmino afirma que essa dúvida está sendo superada: “As empresas estão aperfeiçoando cada vez mais ferramentas de proteção às transações com cartão. O número de fraudes é reduzido, pela crescente proteção ao comprador com garantia de que seus dados não serão acessados. Também há mecanismos que permitem detectar operações suspeitas em segundos.” Com mais segurança, o consumidor sente-se confiante em fazer compras utilizando cartões de crédito e débito. Como contraponto, dá-se o recuo no uso do cheque para fazer compras. Dados do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo, mostram que o número de consultas ao Usecheque, serviço utilizado nas vendas à vista para verificar se o cheque tem fundos, cresceu apenas 5,9% em julho deste ano (para 2,202 milhões de consultas) na comparação com o mesmo mês de 2006. O aumento é modesto comparado ao crescimento de dois dígitos que os pagamentos com cartões apresentam há anos. CUIDADO COM AS CONTAS Para Antonio Rios, diretor de Marketing da associação do setor de cartões de crédito (Abiecs), a expansão deve se manter pelos próximos anos, puxada principalmente pelos cartões. A previsão da entidade é de que esses plásticos somem transações no total de R$ 181,4 bilhões no final do ano, com 91 milhões de unidades. Os cartões de débito fecharão o ano com número bem maior de plásticos (198 milhões), mas o volume financeiro será menor (R$ 79,8 bilhões), nas previsões da Abiecs. Já os cartões de loja e de rede somarão 127 milhões de unidades, com volume de R$ 29,6 bilhões na estimativa da entidade. Os números são modestos em comparação aos do mercado dos Estados Unidos, onde já há mais de 1,5 bilhão de cartões. Mas o mercado americano representa também um alerta importante para os usuários de cartão no Brasil: lá, o nível de endividamento é elevado e o uso de cartões sem os necessários cuidados ajuda a aumentar os débitos do consumidor. Especialistas em finanças pessoais consideram que os cartões são meios de pagamento com várias vantagens, mas alertam os usuários para a necessidade de ter cuidado com as contas para assim fugir das dívidas elevadas. Em relação ao cartão de crédito, a principal recomendação é pagar o valor total da fatura. No parcelamento os juros são elevados. Outra alternativa,lembram os especialistas, é pagar de acordo com o parcelamento oferecido por administradoras de cartões, mas neste caso convém reduzir o uso do plástico no período de pagamento das parcelas. Nos cartões de débito, a principal atenção do consumidor deve ser anotar o valor de todas as compras que ele faz utilizando esse meio de pagamento. Deve-se lembrar que o comprador recebe uma via de cada compra que realiza com cartão de débito. Esse papel deve ser utilizado no controle das despesas, para evitar surpresas no momento de checar o extrato bancário. O USO DE CARTÕES DE DÉBITO E CRÉDITO PARA COMPRAS NO COMÉRCIO CONTINUA A CRESCER EM VELOCIDADE VERTIGINOSA SET/OUT/NOV 2007 | | 19 ARQUITETURA | Criadores de emoções Linhas arquitetônicas do Centro Empresarial vieram da prancheta do arquiteto João Henrique Rocha CONHEÇA OS CRUZAMENTOS HISTÓRICOS DA ARQUITETURA BRASILEIRA NO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO Por: Fernando Caldas Fotos: Paulo Bareta e Paulo Alexo João Henrique Rocha idealizou o primeiro empreendimento no Brasil construído com o conceito de Intelligent Building. Concebido no início dos anos 70 pelo arquiteto carioca, o projeto do Centro Empresarial de São Paulo representa ainda hoje uma concepção arrojada e inovadora de condomínio corporativo. O pioneirismo de João Henrique Rocha, nascido em 1923, também marca a história dos shoppings centers no país. É dele o projeto do Shopping do Méier, localizado no tradicional bairro do Rio de Janeiro e que disputa com o Shopping Iguatemi o título de ser o primeiro empreendimento do gênero inaugurado no Brasil. O edifício foi aberto ao público em 1963, três anos antes do seu congênere paulistano. Mas a notoriedade de Rocha foi ganha muito antes disso. Em 1957, junto com Bouruch Milmann e Ney Fontes, participou do concurso nacional para a escolha do plano urbanístico de Brasília, promovido pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil, a Novacap. A CIDADE MODERNISTA O chamado Plano Piloto deveria abranger o traçado básico da cidade, indicando a disposição dos principais elementos da estrutura urbana, a localização e interligação dos diversos setores, centros, instalações e serviços, distribuição dos espaços livres e vias de comunicação. Em 16 de março de 1957, o plano de Lúcio Costa foi declarado vencedor do concurso, que teve 26 equipes concorrendo. O segundo lugar ficou com a equipe Arquitetos Associados, formada por João Henrique Rocha, Boruch Milmann e Ney Fontes Gonçalves. A cidade governamental imaginada pelo trio teria um crescimento limitado até o máximo de 768 mil habitantes. O cálculo era de que, em 2050, a cidade atingiria 673 mil habitantes. O projeto também previa satélites urbanos, estes com flexibilidade de expansão ilimitada. 20 | | SET/OUT/NOV 2007 SOLUÇÃO DOS GRANDES PROBLEMAS João Henrique Rocha, anos depois, diria que não acreditava em uma arquitetura nacional. “O gótico não foi só francês, como as artes renascentista e barroca não foram só italianas. Certas características climáticas, psicológicas e demais transparecem em obras que sempre pertencem à cultura universal.” Para ele, o que deveria ser enfatizado era a importância dos arquitetos na solução dos grandes problemas: a urbanização e a habitação. O idealizador do projeto do Centro Empresarial de São Paulo defendia a tese de que a criação é essencialmente íntima, não de equipe. Embora dissesse que o ato arquitetônico é infenso a qualquer forma de organização racional de trabalho, Rocha definia a arquitetura como a arte menos livre, pois, segundo ele, é a mais contida por fatores de toda ordem, entre os quais o tecnológico. “O arquiteto deve ser um homem universal, por cultura, se possível, por intuição, necessariamente. O fenômeno arquitetônico é o mesmo num edifício de 150 pavimentos, num aeroporto ou hospital, numa casa mínima. É a maestria sobre os materiais, as técnicas e as necessidades, capaz de criar emoções.” CEM ANOS DO ESCRITÓRIO TÉCNICO RAMOS DE AZEVEDO Há cem anos, um dos mais célebres arquitetos paulistas associou-se ao engenheiro português Ricardo Severo e fundou o Escritório Técnico Ramos de Azevedo, responsável por obras que integram o patrimônio histórico da cidade de São Paulo. Engenheiro, arquiteto, administrador, empreendedor e professor, Francisco de Paula Ramos de Azevedo nasceu em São Paulo em 1851. Após trabalhar na Companhia Paulista de Vias Férreas, formou-se engenheiro-arquiteto, em 1878, na École Speciale du Génie Civil et des Arts et Manufactures da Universidade de Gand, na Bélgica. Ramos de Azevedo graduou-se com excelentes recomendações e retornou ao Brasil no ano seguinte, para estabelecer seu primeiro escritório profissional, em Campinas. Sua primeira obra importante foi a conclusão da Igreja Matriz de Campinas, ocasião em que conheceu o visconde de Indaiatuba, que, em 1886, o convidou para construir em São Paulo os edifícios da Tesouraria da Fazenda, da Secretaria da Agricultura e da Secretaria de Polícia, no pátio do Colégio. Com essa obra, estabeleceu na capital paulista o maior escritório de projetos do século XIX e início do século XX: a F. P. Ramos de Azevedo e Cia. Edgard Diaféria Borges, do escritório Ramos de Azevedo, próximo à mesa que pertenceu ao arquiteto JOÃO HENRIQUE ROCHA Nasceu em 1923, no Rio de Janeiro. Formado em 1949 pela Faculdade de Arquitetura e urbanismo da universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também foi professor das cadeiras de Arquitetura no Brasil e Planejamento Arquitetônico, de 1952 a 1974. Foi vencedor do Concurso do projeto da Escola de Aeronáutica de Pirassununga (SP) e menção honrosa no Concurso Internacional para o projeto da Prefeitura de Toronto, no Canadá. Realizou projetos da Quadra de habitações do Banco do Brasil, em Brasília, e de shoppings centers e centros empresariais em São Paulo, Salvador e Campinas, além de vários outros de habitações, comércio e indústria. Participou dos planos de reurbanização de São Bento, em Belo Horizonte e de conjuntos residenciais em Taboão da Serra (SP), Ilha do Governador, Belford Roxo e Nova Iguaçu (RJ). O ESCRITÓRIO HOJE Em julho de 1.995, o Escritório Técnico Ramos Azevedo foi adquirido por Orestes Quércia, retomando assim um histórico de realizações e experiências adquiridas há mais de 100 anos. Atualmente, o Escritório Técnico Ramos Azevedo, sediado no Centro Empresarial de São Paulo, é uma empresa voltada para o gerenciamento, coordenação, planejamento, fiscalização e consultoria de obras comerciais, residenciais e industriais do grupo Sol Invest Empreendimentos. Entre os recentes trabalhos realizados estão a reforma e ampliação do Novohotel Jaraguá, situado na região da Bela Vista, a ampliação da área administrativa do Parque Gráfico do Jornal Diário Popular em Osasco, o gerenciamento e fiscalização da construção do Shopping Jaraguá Araraquara, a ampliação do Shopping Jaraguá Indaiatuba; construção de unidade industrial para Beneficiamento, Armazenamento e Seleção De Cafés Especiais – Café Octavio, na cidade de Pedregulho; a reforma e adequação dos espaços da área administrativa e redação do Jornal Diário de São Paulo situado à Rua Major Quedinho, entre outros. Orestes Quércia, atual proprietário do Escritório Ramos de Azevedo. SET/OUT/NOV 2007 | | 21 ESPECIAL | Mercado de trabalho no caminho da inclusão Por: Fernando Caldas Fotos: Paulo Alexo LEI DE COTAS OBRIGA EMPRESAS A CONTRATAREM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA; E A SUPERAREM A DISCRIMINAÇÃO O mercado de trabalho enfrenta o desafio de superar uma de suas O DESAFIO DA INSERÇÃO grandes deficiências: a de promover a inclusão de pessoas com necessi- Segundo a delegada do trabalho Lucíola Rodrigues Jaime, o desafio da dades especiais. No Brasil, segundo o Censo de 2000, do IBGE, existem inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho implica o mais de 24,5 milhões de pessoas (14,5% da população) que apresentam acesso à educação, à cultura e ao lazer, a capacitação das pessoas que dificuldades de enxergar, de ouvir, de falar, de nunca tiveram oportunidade de emprego e o nível de se locomover ou mentais. Quase um terço desexigência das empresas para contratar. se segmento está em idade economicamenO Ministério do Trabalho e Emprego, desde 2004, fiscate ativa, mas grande parte dele não empreAS EMPRESAS DEVEM SE PREOCUPAR liza empresas dos mais diversos ramos de atividade. gada. NÃO SÓ EM CUMPRIR A LEI, MAS Em São Paulo, a Delegacia Regional do Trabalho desenTAMBÉM EM PROMOVER A Desde 1991, vigora lei federal (Lei 8.219/91) que volve o Programa de Inclusão de Pessoas com DeficiênCAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO obriga as empresas com mais de 100 funciocia, no qual grupos de empregadores são convocados DE SEUS QUADROS nários a preencher de 2% a 5% de seus cara comparecer à sede da entidade e a assistir a palesROGÉRIO BARBOSA gos com pessoas com deficiência ou tras médicas e de sensibilização. Depois de três convobeneficiários da Previdência Social reabilitados. cações, em intervalos de dois meses cada, as contraEntretanto, ainda existem várias barreiras a tantes devem apresentar medidas de empregabilidade serem quebradas para o efetivo cumprimento destinadas a reabilitados e pessoas com deficiência. da lei de cotas. A DRT-SP tem conquistado bons resultados. De 2001 a 2006, foram Especialistas, autoridades públicas e militantes de organizações não- inseridas 60.506 pessoas com deficiência no mercado de trabalho do governamentais apontam muitas resistências e discriminação tanto no Estado. Segundo dados do ministério, em São Paulo, cerca de 60% das universo corporativo, como nos âmbitos da família, do sistema de ensino empresas com mais de 100 funcionários cumprem a lei de cotas. e da sociedade em geral. 22 | | SET/OUT/NOV 2007 CENTRO EMPRESARIAL PROGRAMA DE EMPREGABILIDADE VIRA REFERÊNCIA O Centro Empresarial de São Paulo tem em seus quadros cerca de 350 funcionários, 12 deles enquadram-se na lei de cotas (empresas que têm de 200 a 500 empregados devem cumprir a cota de 3%). Sete têm alguma deficiência física, um, deficiência auditiva, e um, deficiência visual. Três são funcionários reabilitados, transferidos de função em razão de seqüelas físicas derivadas de doenças ou acidente de trabalho. A Serasa, empresa de análises e informações de crédito e apoio a negócios, desenvolve um programa de empregabilidade de pessoas com deficiência que se tornou referência no país. Trata-se de um processo de treinamento e qualificação de 480 horas para que as pessoas sejam efetivadas na própria empresa ou ganhem competitividade no mercado de trabalho. Esses trabalhadores desempenham diferentes funções no condomínio, alguns em postos de trabalho considerados estratégicos, como a área de segurança, monitoramento de câmeras, atendimento de chamadas de emergência e correspondência. Os selecionados passam por um período de seis meses de qualificação profissional. Durante os primeiros dois meses, eles ficam em sala de aula acompanhando cursos de aprimoramento profissional. Nos outros quatro meses, são treinados no próprio lugar de trabalho, onde poderão vir a ser efetivados. Mediante duas avaliações, os estagiários podem ser efetivados na Serasa ou encaminhados para seleção em outras empresas. O supervisor de Recursos Humanos do Centro Empresarial, Rogério Faria Barbosa, explica que o recrutamento dessa mão-de-obra procura se adequar estrategicamente às necessidades da empresa. “As pessoas com deficiência são cobradas como qualquer outro profissional. Pois, senão, podemos voltar a discriminar essas pessoas. E esse não é o objetivo da lei.” CAPACITAÇÃO E CONDIÇÕES DE TRABALHO As oportunidades de emprego para as pessoas com deficiência crescem principalmente para aquelas com qualificação profissional. Uma das situações criadas pela lei de cotas, observa Rogério Barbosa, é a disputa entre as empresas para contratar, nesse segmento, trabalhadores especializados. O problema atinge particularmente as grandes empresas, obrigadas a maior número de contratações. Por isso, avalia Rogério Barbosa, treinamento e capacitação são fundamentais. “As empresas devem se preocupar não só em cumprir a lei, mas também em promover a capacitação e desenvolvimento de seus quadros”, diz ele. Um outro aspecto da inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho são as condições de trabalho e de acessibilidade. Por exemplo, o Centro Empresarial, onde funcionam várias empresas de grande porte, promoveu uma série de alterações no empreendimento dirigidas às pessoas com deficiência: criação de vagas privativas nos estacionamentos, serviço de apoio dos bombeiros na locomoção interna por meio de veículo adaptado com elevador hidráulico, rampas de acesso, corrimões, banheiros e outras adaptações arquitetônicas apropriadas a esse público. “A reestruturação do espaço físico tornou-se uma preocupação geral. O Centro Empresarial investiu alto na modernização. Vivemos uma mudança de conceitos. Toda a sociedade aprende com o processo de inclusão das pessoas com deficiência”, diz Barbosa. O coordenador do programa, João Ribas, diz que tudo o que é oferecido para as pessoas com deficiência significa investimento, não gasto. “Para nós, não há diferenciação entre comprar um software de edição de textos comum e um leitor de tela para cegos. Ambos são ferramentas de trabalho necessárias. A empresa oferece recursos e cobra resultados”, explica. Segundo Ribas, a empresa enfrenta o desafio de ter pessoas com deficiências mais severas. Os seus quadros são integrados por cadeirantes, pessoas com zero de visão, zero de audição, além de pessoas amputadas, com distrofia muscular e com síndrome de down. “Esperamos que todas elas cresçam dentro da empresa, se qualifiquem, se desenvolvam e alcancem os melhores resultados.” Além da contratação pelas empresas, é preciso observar também se as pessoas com deficiência empregadas estão se desenvolvendo dentro das empresas. “Se as pessoas contratadas não crescerem, não forem promovidas, então temos um outro problema. Não basta contratar. O que a gente quer é desenvolver”, afirma o coordenador. Uma vez por semana, às quintas-feiras de manhã, a Serasa recebe representantes de corporações, de ONGs e estudantes universitários para conhecer o programa. A cada três meses, também é realizado o Fórum Serasa de Empregabilidade de Pessoas com Deficiência, quando são feitas palestrar sobre assuntos relacionados à inclusão social e profissional de pessoas com deficiência. Bárbara Murray, maior especialista da OIT em inclusão profissional de pessoas com deficiência, foi convidada para ser a palestrante do fórum no dia 26 de setembro. SE AS PESSOAS CONTRATADAS NÃO CRESCEREM, NÃO FOREM PROMOVIDAS, ENTÃO TEMOS UM OUTRO PROBLEMA. NÃO BASTA CONTRATAR. O QUE A GENTE QUER É DESENVOLVER. JOÃO RIBAS Rogério Barbosa João Ribas SET/OUT/NOV 2007 | | 23 AVIAÇÃO SEM CRISE | Aviões seguem rota da sustentabilidade Challenger, da Bombardier, em tendência com as exigências da aviação A atual tendência é a construção de aeronaves mais econômicas e seguras. Por: Rita Gallo Fotos: Divulgação A aviação entrou com determinação na onda da sustentabilidade que predomina no mundo corporativo. Modelos como o Airbus A380 e o Boeing 474-8 transportam mais passageiros com menos ruído e gastam menos combustível. Frotas de empresas como a Bombardier e a Lufthansa utilizam aviões cada vez mais econômicos. Em 2006, por exemplo, a média dos gastos de combustível em toda a frota do grupo alemão Lufthansa foi de 4,4 litros por passageiro em vôos de 100 quilômetros, o que representa uma redução de 30% em relação ao início dos anos 1990. A meta é economizar mais 12 pontos porcentuais, chegando a uma redução de 18% em 2012. A Bombardier Aerospace, cuja sede no Brasil fica no Centro Empresarial de São Paulo, opera na mesma linha. A empresa canadense apresentou em agosto, em São Paulo, três de seus inovadores jatos executivos. O Learjet 45 XR, por exemplo, voa mais rápido, mais longe e com mais passageiros que qualquer outro jato executivo superleve. Outro modelo apresentado pela companhia, “o Challenger 300”, voa de São Paulo a San Juan sem parar para abastecer, com carga útil máxima. Já o Challenger 605, também apresentado em agosto, transporta passageiros de São Paulo a Miami sem escalas. 24 | | SET/OUT/NOV 2007 O vice-presidente regional de vendas da Bombardier Business Aircraft, Fábio Rebello, afirma que esses modelos estão em linha com a tendência de modernização da aeronáutica mundial: “São jatos inovadores, que se aplicam tanto às diversas necessidades de viagens executivas quanto às condições de operações na região”. Nessa linha, a Bombardier considera importante também oferecer serviços de manutenção que permitam às aeronaves modernas manter seu desempenho e atender às crescentes demandas do consumidor. Por isso, fechou acordo com a Ocean Air Táxi Aéreo, que foi credenciada como centro de serviços autorizado da companhia na América Latina. “Com 320 jatos executivos da Bombardier operando na região, dos quais 90 no Brasil, é preciso ter centros como esse, que proporcionam atendimento para nossa crescente base de clientes”, afirma James Hoblyn, presidente de Satisfação ao Cliente da Bombardier. A rede de manutenção da Bombardier conta com 42 unidades no mundo, com 36 centros de manutenção autorizados e seis centros de produção de equipamentos originais. Dentro da política de modernização do setor aeronáutico, a Bombardier inaugurou também em agosto um depósito de peças de reposição, localizado entre os aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, em São AERONAVES COM MAIOR CAPACIDADE DE VÔO E DE TRANSPORTE DIMINUEM O TRÁFEGO AÉREO E CONTRIBUEM PARA AUMENTAR A SEGURANÇA NOS AEROPORTOS O Lear Jet leva mais passageiros e tem mais autonomia de vôo Paulo. A companhia vai aproveitar as centenas de vôos diretos diários para despachar rapidamente serviços e peças para clientes na América do Sul, a partir do Brasil. “Nossos operadores podem agora se beneficiar dos mais altos padrões da indústria aeronáutica em relação a serviços de peças e componentes”, garante Udo Reider, vice-presidente de componentes, logística e serviços da Bombardier. Iniciativas como essa mostram que a companhia, como todo o setor aeronáutico, está voltada para o aperfeiçoamento tecnológico de olho na sustentabilidade. Os fabricantes de equipamentos detectaram essa necessidade. A Indústrias Romi, por exemplo, líder na fabricação de máquinas como injetoras de plástico, está lançando a Série Primax, voltada para o setor, que permite economia de até 40% de energia. Esse movimento em direção ao desenvolvimento sustentável parte de um setor de peso da economia. A indústria aeronáutica brasileira é a maior do Hemisfério Sul. Em 2004, movimentou US$ 4,2 bilhões, contra US$ 3 bilhões em 2002. Somente em exportações foram US$ 3,5 bilhões, contra US$ 2,7 bilhões em 2002. O setor gera 18 mil empregos diretos eram 16,8 mil em 2002. Os dados são da Associação Brasileira das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB). O mercado de aviação é um dos que mais investe em inovação, com aportes que oscilam entre 5% e 20% do faturamento total. Com isso, o setor gera tecnologia e desenvolvimento que se irradiam para outros segmentos da economia, como telecomunicações, energia, segurança e saúde. A indústria aeroespacial brasileira é o único segmento de alta tecnologia do País a possuir marcas nacionais reconhecidas mundialmente, como a Embraer, que atua no ramo de produção de vagões ferroviários (onde é considerada por alguns como a líder mundial), aviões regionais, e outros serviços comerciais. Ela emprega aproximadamente 64 mil pessoas, e sua receita bruta em 2004 foi de US$ 15,5 Fábio Rabello, vice-presidente regional de vendas da Bombardier Business Aircraft bilhões. SET/OUT/NOV 2007 | | 25 SEGURANÇA | Um espaço seguro e aberto a toda a cidade PLANEJAMENTO E INFORMAÇÃO GARANTEM NÍVEIS ELEVADOS DE SEGURANÇA NO CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO Por: Fernando Caldas Fotos: Paulo Alexo A organização da vida das pessoas e das empresas é cada vez mais pautada em aspectos que envolvem a segurança. Este passou a ser um fator decisivo nas escolhas dos deslocamentos e de locais de moradia, de trabalho, de consumo e de lazer. Em São Paulo, a sensação de insegurança reflete os elevados índices de violência na cidade. Segundo as estatísticas policiais da Secretaria da Segurança Pública do Estado, apenas no primeiro semestre deste ano, ocorreram na capital mais de 200 mil crimes contra o patrimônio. Aproximadamente 43 mil roubos e furtos de veículos foram registrados no mesmo período. Isto é, cerca de 240 automóveis são roubados ou furtados diariamente, um a cada seis minutos. Roubos a bancos chegaram a 102. No mapa da violência, observa-se, grosso modo, que os crimes contra a vida (homicídios) são mais numerosos nas regiões periféricas, enquanto os crimes contra o patrimônio concentram-se nas regiões centrais, onde há maior concentração e circulação de riquezas. ACESSO PÚBLICO E SEGURANÇA O Centro Empresarial de São Paulo é um local diferenciado no contexto da cidade, pois combina grande concentração de empresas e de serviços, livre acesso público e níveis elevados de segurança. Longe de ser um bunker urbano, o condomínio é um espaço aberto aos moradores de toda a cidade. Ele abriga dezenas de corporações, bancos, lojas comerciais e prestadores de serviços, onde trabalham 12 mil pessoas e circulam cerca de 6 mil visitantes por dia. Para dar suporte a todo esse fluxo, existe um sofisticado aparato de segurança. São 161 pessoas voltadas para os serviços de proteção do condomínio: vigilantes, distribuídos em pontos fixos, agentes de segurança, que circulam pelos corredores, operadores dos circuitos internos e uma equipe de bombeiros. 26 | | SET/OUT/NOV 2007 TECNOLOGIA E PLANEJAMENTO A eficiência do sistema de segurança ancora-se numa moderna plataforma tecnológica. Todos os locais do condomínio são controlados por circuito interno de televisão. São 128 câmeras distribuídas em pontos estratégicos e monitoradas por operadores em tempo integral. Um sistema de rádio permite a comunicação permanente entre todos os integrantes do sistema. O gerente de segurança do Centro Empresarial de São Paulo, Adauto Luiz Silva, explica que o planejamento das ações ajusta-se à dinâmica do condomínio. “Montamos esquemas especiais de acompanhamento do fluxo de pessoas que transitam pelo condomínio nos períodos de pico, como os horários de almoço e de saída das empresas. Também reforçamos o aporte de pessoal nos dias de pagamento, quando um grande número de moradores da região utiliza as agência bancárias do Centro Empresarial.” ARQUITETURA E INFORMAÇÃO Outros dois fortes aliados do esquema de segurança são a própria arquitetura do condomínio e o uso das informações. Para adentrar os blocos do condomínio, é necessário passar por áreas de controle, como as portarias, estacionamentos e corredores, barreiras arquitetônicas que inibem ações criminosas na área interna. Na área externa contígua ao condomínio, existe um eficiente policiamento das forças públicas. Por meio de viaturas e de rondas a pé, a presença ostensiva das polícias Civil e Militar inibe ações de criminosos nas redondezas. “O relacionamento e a troca de informações com as direções da segurança pública na região geram bons resultados e soluções tópicas para os problemas identificados na área”, diz Adauto Luiz Silva. Esses resultados podem ser avaliados pelos números. Em um ano, foram notificadas apenas 10 ocorrências na área externa do condomínio. Isto representa menos de uma por mês. Com capacidade para 4.500 carros, o condomínio não registrou um único roubo ou furto de veículos. Em toda a história do Centro Empresarial, nunca ocorreu roubo a banco. “A qualidade da segurança é resultado da agregação de esforços, de planejamento, linguagem única e padrão dos esquemas de proteção”, avalia o gerente Adauto Luiz Silva. RÁPIDAS | Que tal uma boa leitura? Casa Nova Como dizia o escritor argentino Jorge Luis Borges, o livro é uma arma carregada de sonhos. Um mundo silencioso que dorme sossegado numa estante. Dorme e espera. A Editora Banas está de casa nova desde final de agosto. O Centro Empresarial de São Paulo é seu novo endereço. A Banas é uma das mais importantes editoras técnicas do país. Que tal aproveitar o tempo com a leitura de um bom livro? Quem quiser uma dica pode visitar a livraria News & Cia para saber quais são os lançamentos editoriais mais procurados pelo público. A editora é pioneira no jornalismo econômico e técnico no Brasil. Sua história começou há 58 anos atrás, quando ingressou no mercado editorial brasileiro com a publicação de boletins econômicos. A gerente Cristina Muronaga destaca entre os lançamentos que mais atraíram o interesse dos clientes no último mês o livro “Menina que roubava livros”, de Markus Zusak, publicado pela Editora Intrínseca (R$ 39,90). Trata-se da história de uma menina chamada Liesel Meminger, abandonada pela mãe morta nas mãos dos nazistas, que acaba sendo entregue a um casal alemão numa cidadezinha perto de Munique. Entre 1939 e 1943, Liesel encontrou a morte por três vezes, e por três vezes a venceu. ERRA ERRATTA Um outro sucesso de vendas é o livro “A Cidade do Sol”, de Khaled Hosseini, autor do bestseller “O caçador de pipas”. Publicado no Brasil pela editora Nova Fronteira, o novo livro de Hosseini conta a história de duas mulheres durante a ocupação do Afeganistão. Lançado em maio nos Estados Unidos, “A cidade e o Sol” atingiu em apenas três semanas a marca de 1 milhão de exemplares vendidos. Na News & Cia, o livro custa R$ 39,90. A Banas publica as revistas “P&S” – voltada a produtos e serviços, “P&S Agroindústria”, “Pack” – líder no segmento de embalagens. Todas com circulação nacional. As publicações da editora alcançam mais de 400 mil profissionais dos mais diferentes setores produtivos. DE OLHO NO PAN (jun-ago/2007) – Robert Scheidt, desde os seus 9 anos de idade, freqüentava a Escola de Vela do YCSA - Yacht Clube Santo Amaro. Nos clubes mencionados praticava diversos outros esportes. A livraria News e Cia, localizada no Centro Empresarial de São Paulo SET/OUT/NOV 2007 | | 27 VIAJE | Pacotes marítimos despontam como as vedetes do próximo verão ACONTECIMENTOS DO SETOR AÉREO CONTRIBUÍRAM Por: Davi Brandão Fotos: Divulgação Crise aérea tem levado as pessoas a se interessarem pelos cruzeiros Diante dos últimos acontecimentos que envolveram o setor aéreo, o segmento marítimo desponta para mais uma temporada de sucesso no País, assim como vem sendo observado nos últimos anos. “Estamos com cerca de 25% de nossas vendas representadas pelas negociações de cruzeiros”, diz Camilla Rezende, da Idoil Tours. Para Samir El Ain, da Royale Tour, o sucesso dos passeios marítimos certamente se repetirá na próxima temporada. “Hoje, é mais barato que fechar um pacote para um destino do Nordeste”, ressalta. Segundo Samir, diversos navios já estão totalmente negociados e, para este ano, a coqueluche será o suntuoso navio Splendour of the Seas, que após 12 anos retorna à costa brasileira. De olho neste filão de vendas, a MSC Cruzeiros terá no próximo verão cinco diferentes opções de viagens. Os roteiros serão realizados nos dois navios que estarão no Brasil: MSC Opera, pela primeira vez no País, e MSC Armonia, que terá saídas do Rio de Janeiro. O Costa Clássica, navio da Costa Cruzeiros, percorrerá roteiros mais que especiais durante o Verão Diamante, resgatando o prazer de navegar em grande estilo. Uma agradável surpresa espera pelos amantes da gastronomia e da enologia que, durante a temporada 2007/2008, terão o prazer de desfrutar do 1° Prata Gourmet, um cruzeiro exclusivo para finos paladares durante um roteiro especial rumo à Bacia do Prata. 28 | | SET/OUT/NOV 2007 Siena, região de Toscana, Itália: ficou mais fácil viajar para fora AÉREAS FOCAM NO EXTERIOR VIAGENS ATIVAS “Mesmo com a crise aérea, os turistas programam suas viagens, tendo em vista que a situação envolve as rotas nacionais, não as internacionais”, afirma Camilla Rezende, consultora de viagens da Idoil Tours, localizada em uma das alamedas do Shopping Panamby Jaraguá desde 1999. Segundo a consultora, as viagens para a Europa e para a Disney continuam sendo as campeãs. Hoje, os pacotes oferecidos para o continente europeu podem ser realizados com duração de no mínimo uma semana e no máximo 50 dias. “A segunda opção é muito favorecida pelas condições de pagamento facilitado”, diz. “A cotação da moeda no contrato, mesmo se o valor for parcelado, é a da registrada no dia do fechamento da viagem”, completa. Atuando no segmento turístico desde o ano 2000, a AuroraEco, que mantém atendimento aos públicos das classes A e B, é focada na realização de viagens ativas, mais procuradas por pessoas na faixa dos 40 e 65 anos, praticantes de algum tipo de atividade física. “Este modelo de viagem propõe uma parada em uma estação na qual o caos, a correria e os hábitos robóticos inexistem. Essa aderência aos costumes saudáveis deve-se a uma procura incessante pela qualidade de vida e pelo prazer verdadeiro”, explica Guilherme Padilha, sócio diretor da empresa. Outros destinos pelo mundo também despertam interesse do público brasileiro. Segundo a consultora, cresceu a procura pela Costa Leste dos Estados Unidos, Cancun, Ilhas Maurício, República Dominicana, Lagos Andinos (Chile), Punta Del Este e Buenos Aires. Os pacotes chamados de exóticos também ganham a atenção do público. Dentre as opções oferecidas pela agência, estão: Jerusalém, Turquia, Marrocos e Índia. Ainda no Oriente um dos destinos procurados é a China. “No próximo mês acreditamos que este destino terá uma atenção redobrada, tendo em vista que começam a ser negociados pacotes para os Jogos Olímpicos de Pequim”, completa. Também em ascensão está a região de Cape Town (Cidade do Cabo), na África do Sul. “Estamos confiantes e acreditamos que o turismo manterá essa crescente procura”, completa. Segundo Padilha, o público atendido pela empresa não está muito preocupado com a cotação da moeda, mas sim com os bons prazeres que a vida oferece. “Estamos preocupados em manter nosso atendimento de primeira classe”, diz. Hoje, os destinos internacionais mais procurados pela clientela da AuroraEco são a bela região da Toscana (Itália), a região de Sete Lagos e a Argentina. Os pacotes sugeridos pela empresa custam em média US$ 2.600 por pessoa, não sendo inclusa a parte aérea. SERVIÇO: Idoil Tours — (11) 3741-1820 | Royale Tour — (11) 3741-9999 AuroraEco — (11) 3086-1731 | MSC Cruzeiros — (11) 5083-8510 Costa Cruzeiros — (11) 2123-3655 | SanCaTur Turismo — (11) 4223-5300 VÔO PARA RECUPERAÇÃO Há 10 anos no mercado — dos quais cinco nas dependências do Shopping Panamby Jaraguá —, a Royale Tur oferece pacotes que envolvem, além de opções temáticas, como a Semana do Elvis, outras que atendem ao mercado corporativo. Entre os destinos mais solicitados nos últimos meses, estiveram a cidade de Buenos Aires, os Estados Unidos —Chicago, Los Angeles e Miami— e a Alemanha. “A crise aérea acabou atrapalhando as vendas, em especial para os pacotes corporativos”, afirma Samir El Ain, gerente da empresa. “O acidente da TAM também colaborou para a queda nas negociações”, confirma. “Sabemos que foi uma fatalidade, mas para aqueles que tinham o sonho de viajar de avião o acidente acabou se tornando um pesadelo”, explica. “Mas o mercado continua”, desabafa. Segundo o gerente da empresa, os destinos que ainda possuem uma procura elevada, em especial quando os turistas vão a lazer, permanecem sendo os europeus, em especial cidades como Paris, Madri, Lisboa, Bruxelas e Atenas. Florença, Itália: a Europa é um dos destinos preferidos SET/OUT/NOV 2007 | | 29 SERVIÇOS | Guia de restaurantes Ter várias opções de alimentação saudável e de qualidade é fundamental para quem gosta de comer bem. Os freqüentadores do Centro Empresarial de São Paulo têm diversas alternativas de boa cozinha. Aquarius – o forte são os grelhados: picanha, alcatra, maminha, baby beef, filet de frango e queijo coalho. Sistema de self service por quilo (24,90). 10 opções de pratos quentes e 22 tipos de salada. Quem consumir mais de 400g ganha um suco de cortesia. (Localização: Bloco F/ Térreo – 96C1/C2/C3) Arak – quibe cru ou frito, esfiha, kafta, homus e o popular beirute. A criatividade da cozinha árabe é a especialidade. Confira o Combinado Arak 2: 2 esfihas fechadas, 2 abertas, 1 quibe frito e suco de laranja (R$12,90). (Localização: Corredor G-F/Térreo – 94DE) Daissuki – os apreciadores da cozinha japonesa podem escolher o serviço de buffet (21,50), com 6 opções de pratos quentes e 6 bandejas de sushis com variações diárias, ou as alternativas do à la carte. Preços entre R$ 13 e R$ 16,90. (Localização: Corredor G-A/ Térreo – 6Q2) Finestre – cozinha contemporânea variada. Buffet com 15 pratos quentes, 25 tipos de salada, sopas e sobremesa. Self service a preço único (R$ 15,90), incluindo sobremesa. Às quartas-feiras, feijoada. (Localização: Corredor G-B/Térreo – 6A) Giorgio – serviço de buffet com receitas de estilos variados. Grelhados e peixes são o forte da casa. Os clientes podem escolher na hora como preferem os grelhados, bem ou mal passados ou ao ponto. Preço do buffet: R$ 15,90, com sobremesa. Sem sobremesa, R$ 13,90. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 6Q4) Gostinho Brasileiro – Culinária brasileira. Diariamente 14 tipos de pratos quentes e entre 15 e 20 tipos de saladas. Na segunda-feira, salmão, na terça, costela assada, na quarta, feijoada, na quinta, massas, na sexta, camarão à paulista e paella. Desconto de 5O% no buffet de acepipes do happy hour, às sextas. Buffet: 16,50. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 86AB) Joe The Chicken – a especialidade são os pratos com frango. Filé à parmegiana, polpetone, panqueca, strogonoff e o filé a Ellen são os fortes do cardápio. Todos os pratos com guarnições à vontade. A sugestão da casa é o Virado a Joe, servido na sexta. Preços entre R$ 10,90 a R$ 13,90. (Localização: Corredor G-A/Térreo – 6E) 30 | | SET/OUT/NOV 2007 Le Point – Comida caseira, no sistema self service, por quilo (R$ 26,00). O cardápio segue a tradição: virado à paulista, na segunda-feira, a feijoada, na quarta, massas, na quinta, e peixes, na sexta-feira. Sobremesa ou um refrigerante grátis para pratos com mais de 500 gramas. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 86FG) Liverpool – serviço à la carte, com pratos variados. As feijoadas às quartas-feiras são certeza de satisfação. O bacalhau às sextas-feiras é outra opção. Preços: R$ 19,90, em média. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 6Q3) Maanain – alimentação balanceada, com baixas calorias. Peixes, aves e carnes grelhados, carne de soja e sopas. O sistema à la carte permite escolher os pratos preparados sob orientação de nutricionistas, além do buffet de saladas, sempre variadas. Há também pratos tradicionais. Preço: R$ 12,00, em média. (Localização: Bloco F/ Térreo – 96C7B/C8/C9) Montana Grill Express – grelhados de cortes especiais, guarnições sortidas e saladas com composições criativas são o forte da churrascaria. Molhos de sabores variados dão o toque aos grelhados do Montana. Há também massas com várias opções de molhos. (Localização: Bloco F/Térreo – 95A2/A3/A4) Panda Inn – Comida chinesa. Além dos tradicionais Yakissoba ou Frango Xadrez (R$13,90), tem o serviço de buffet (R$ 16,90) com 20 pratos variados. A sugestão da proprietária, Lúcia Donaire, é o Camarão Apimentado (R$ 25,00). (Localização: Corredor AB/Térreo – 86C) Philadelphia – a diversidade de receitas é uma das características do serviço de buffet da casa. 18 opções de pratos quentes e 25 variações de saladas. Preço único por pessoa: R$ 14,90. (Localização: Corredor A-B/Térreo – 6Q3) Piazza – sistema self seervice, por quilo (23,90). Os pesos que excedem 500g não são cobrados. 14 pratos quentes diferentes, 25 tipos de salada e sopas. Sempre há opções de 4 tipos de massa, 4 tipos de carne, feijões e risotos variados. Sobremesa e suco por R$ 2,50. (Localização: Corredor G-A/Térreo – 6A) Saborini – especializado em pratos prontos, o restaurante oferece café da manhã, almoço e faz entregas para eventos (coffee break e work lunch). Diversas opções de lanches, de saladas e de pratos quentes, que variam de R$ 9,50 a R$ 14,90. Pratos acompanhados por refresco, e lanches, por um refresco ou refrigerante. (Localização: Corredor G-A/ Térreo – 601) Saborini Express – funciona das 11 às 15 horas, com serviço à la carte. Diariamente, 6 opções de pratos quentes, mais buffet de saladas e sobremesa. Os pratos custam em média R$ 11,90. Um prato, acompanhado por salada e sobremesa sai a R$ 13,90. (Localização: Corredor G-A/Térreo – 602) Sante – sistema self service, por quilo. A cozinha é variada. No cardápio, pratos quentes, saladas e opções de churrasco. A sugestão da gerente Ana Luiza Gomes é a feijoada, às quartas-feiras. O preço máximo é de R$ 12,50. (Localização: Corredor G-B/Térreo – 6D) Via Pasta – cozinha italiana, com massas frescas de diferentes tipos de molhos. Pizzas, carnes e tortas salgadas compõem também o cardápio do restaurante. No dia 29 de cada mês, os clientes que comem o nhoque da fortuna ganham um dólar. Preços de R$ 9,00 a R$ 18,00. (Localização: Bloco F Térreo – 96C3B/C4/C5/C6A) Zarapeusta – um restaurante cuidado a quatro mãos. Um sócio caprichando na cozinha e outro na acolhida dos freqüentadores. Saladas, carne, frango e peixe sempre. Experimente o salmão servido às quartas. Disponibiliza também um cantinho com comidas light. Self-service. (Localização: Bloco F/ Térreo – 96C3b/C4/C5/C6A) SET/OUT/NOV 2007 | | 31