Motores de Combustão Interna Aula 3

Transcrição

Motores de Combustão Interna Aula 3
Motores de Combustão Interna
MCI
Aula 3 - Estudo da Combustão
Componentes Básicos dos MCI
Prof. Kaio Dutra
Combustão
• Combustão ou queima é
uma reação química exotérmica
entre
um
substância
(combustível)
e
um
gás
(comburente),
geralmente
o oxigênio, para liberar calor. Em
uma combustão, um combustível
reage com um comburente, e
como resultado se obtém
compostos resultantes da união
de ambos, além de energia.
Prof. Kaio Dutra
Estudo da Combustão
• Fatores que Influenciam na Combustão:
– Qualidade do combustível;
– Pressão e temperatura de admissão;
– Temperatura do fluido de arrefecimento;
– Percurso de chama;
– Mistura combustível-ar;
– Taxa de compressão;
– Geometria da câmara de combustão.
Prof. Kaio Dutra
Estudo da Combustão
• Motor de ignição por faísca - Otto
• Motor de ignição espontânea - Diesel
Prof. Kaio Dutra
Motores de Ignição Por Faísca
• Pouco antes do pistão atingir o PMS, no curso de
compressão, salta uma faísca, provocando o início da
reações de combustível. Forma-se uma “esfera”,
chamada de “núcleo de chama”. A superfície do
“núcleo de chama” é chamada de “frente de chama”
e se propaga por toda a câmara de combustão tendo
a sua frente à mistura não queimada e deixando para
trás gases queimados. Se a “frente de chama” não
sofrer perturbação nenhuma, teremos uma
combustão normal.
Prof. Kaio Dutra
Motores de Ignição Por Faísca
• Fatores que influem na velocidade da “frente
de chama”:
– Turbulências - aumentam o contato entre as
partículas, acelerando a reação
– Relação combustível-ar - misturas levemente ricas
provocam uma maior velocidade de propagação
– Gases residuais - a sua presença desacelera a
combustão
Prof. Kaio Dutra
Anomalias da Combustão
• Pré-ignição – A combustão se inicia antes da
faísca da vela, isto é a combustão começa
devido a pontos quentes existentes na câmara
de combustão, fazendo o combustível atingir a
temperatura de “auto-ignição”. A pré-ignição
não provoca aumento de pressão e sim
aumento de temperatura, causando a fusão
da cabeça do pistão sem qualquer ruído.
Prof. Kaio Dutra
Anomalias da Combustão
• Detonação (“batida de pino”) - À medida que a
“frente de chama” avança, a pressão e a
temperatura na câmara vão aumentando, o que
pode levar a temperatura de “auto-ignição”,
provocando a queima espontânea de uma grande
parcela da mistura, provocando um aumento
brusco na pressão e temperatura, o que causa a
formação de ondas de choque, que fazem vibrar
as paredes da câmara, provocando um ruído
audível chamado de “batida de pino”.
Prof. Kaio Dutra
Motor de ignição espontânea - Diesel
• Antes do pistão atingir o PMS, no curso de
compressão, o injetor começa a introduzir
combustível pulverizado, que é misturado com
o ar, que está com uma temperatura superior
a temperatura de “auto-ignição”, absorvendo
calor, vaporizando e sofrendo as reações
preliminares, provocando o início da
combustão.
Prof. Kaio Dutra
Combustíveis
• Os motores de combustão interna podem ser
operados com vários tipos diferentes de
combustíveis, incluindo materiais líquidos,
gasosos e mesmo sólidos. O caráter do
combustível usado pode ter considerável
influência sobre o projeto, potência,
eficiência, consumo e, em muitos casos,
confiabilidade e durabilidade do motor.
Prof. Kaio Dutra
Poder Calorífico
• A cada uma das reações elementares de
combustão completa está associada uma
quantidade de calor liberada característica,
denominada calor de reação. Em geral, para
os combustíveis industriais, costuma-se
determinar, experimentalmente, a quantidade
de calor liberada (poder calorífico) por uma
amostra, mediante a realização de ensaio em
laboratório, sob condições padronizadas.
Prof. Kaio Dutra
Octanagem
• A octanagem mede a capacidade do
combustível de resistir à detonação, ou a sua
capacidade de resistir às exigências do motor
sem entrar em auto-ignição antes do
momento programado. A detonação leva à
perda de potência e pode causar sérios danos
ao motor, dependendo de sua intensidade e
persistência.
Prof. Kaio Dutra
Volatilidade
• É a tendência de um líquido a evaporar-se. A
volatilidade afeta o desempenho do motor
através de sua influência sobre o grau de
evaporação do combustível nos coletores de
admissão e nos cilindros, antes e durante a
combustão.
Prof. Kaio Dutra
Volatilidade
• É a tendência de um líquido a evaporar-se. A
volatilidade afeta o desempenho do motor
através de sua influência sobre o grau de
evaporação do combustível nos coletores de
admissão e nos cilindros, antes e durante a
combustão.
Prof. Kaio Dutra
Relação Ar-Combustível
• Para a combustão completa de cada partícula
de combustível, requer-se, da mistura, de
acordo sua composição química, uma
determinada quantidade de oxigênio, ou seja,
de ar.
Relação
Ar/Combustível
Gasolina
Etanol
14,5:1
9:1
Prof. Kaio Dutra
Relação de Ar
• Se estabelece a relação entre a quantidade
real de ar (Ar) e a teórica (Am) tem-se a
relação:
λ = Ar/ Am
Prof. Kaio Dutra
Combustão
• Combustão Rica (λ<1)
– A mistura ar/combustível, quando está com
excesso de combustível, é chamada de mistura
rica e caracteriza-se por apresentar, além de CO2e
do H2O, outros produtos, tais como CO e H.
• Combustão Pobre (λ>1)
– A mistura ar/combustível, quando há excesso de
ar, é chamada mistura pobre.
Prof. Kaio Dutra
Relação de Ar
• No motor Otto, fica entre 0,9 e 1,3.
• No motor Diesel a plena carga, normalmente,
não é inferior a 1,3 e com o aumento da carga
pode subir bastante.
• A quantidade de ar teórico, Am, pode ser
calculada em função da composição química
do combustível.
Prof. Kaio Dutra
Sonda Lambda
• A sonda lambda, sensor de oxigênio, sensor de
O2, por vezes também chamado sensor EGO (do
inglês exhaust gas oxygen), é um dispositivo que
envia um sinal elétrico à injeção eletrônica do
automóvel indicando a presença de oxigênio nos
gases de escape, possibilitando o controle da
quantidade de combustível a enviar para o motor.
• Lambda refere-se à letra grega que os técnicos
utilizam para descrever o volume de ar na
mistura combustível-ar e que tem o valor 1
quando é atingida a relação ideal.
Prof. Kaio Dutra
Sonda Lambda
Prof. Kaio Dutra
Componentes Básicos de um MCI
• Partes Fixas
– BLOCO DO MOTOR
– CABEÇOTE
– CARTER
• Partes Móveis
–
–
–
–
–
–
PISTÃO
BIELA
VIRABREQUIM
EIXO COMANDO DE VÁLVULAS
VÁLVULAS
CONJUNTO DE ACIONAMENTO DAS VÁLVULAS
Prof. Kaio Dutra
BLOCO DO MOTOR
• É o motor propriamente dito, onde são usinados
os cilindros ou os furos para a colocação destes;
• Na parte inferior do bloco estão os alojamentos
dos mancais centrais, onde se apóia o eixo de
manivelas (virabrequim).
• Para além de alojar os cilindros, onde se
movimentam os pistões, o bloco motor suporta
duas outras peças: a cabeça do motor na parte
superior e o cárter na parte inferior.
Prof. Kaio Dutra
BLOCO DO MOTOR
Prof. Kaio Dutra
CABEÇOTE
• É uma espécie de tampa do motor contra a
qual o pistão comprime a mistura, no caso do
ciclo Otto, ou o ar, no caso do Diesel.
Geralmente possui furos com roscas onde são
instaladas as velas de ignição ou os bicos
injetores e onde estão instaladas as válvulas
de admissão e escape com os respectivos
dutos.
Prof. Kaio Dutra
CABEÇOTE
Prof. Kaio Dutra
CARTER
• Parte inferior do bloco, cobrindo os
componentes inferiores do motor, e onde está
depositado o óleo lubrificante;
• O cárter é um recipiente metálico que protege
e assegura a lubrificação;
• Deve o seu nome ao engenheiro inglês J.
Harrisson Carter que o propôs durante uma
exposição das bicicletas.
Prof. Kaio Dutra
CARTER
Prof. Kaio Dutra
PISTÃO
• É a parte móvel da câmara de combustão,
recebe a força de expansão dos gases
queimados, transmitido-a à biela, por
intermédio de um pino de aço (pino do
pistão). É em geral fabricado em liga de
alumínio.
Prof. Kaio Dutra
PISTÃO
Prof. Kaio Dutra
SEGUIMENTOS DO PISTÃO
• Face ao forte atrito que tal provocaria a solução
encontrada foi deixar uma pequena folga entre o
pistão e o cilindro tende aquele um menos
diâmetro e colocando uns anéis, também
chamados segmentos ou aros do êmbolo, em
volta do pistão assegurando o isolamento
necessário. Esta folga garante ainda espaço para
que o pistão se possa dilatar com o aquecimento
do motor sem aderir ao cilindro envolvente
ficando impedido de se movimentar.
Prof. Kaio Dutra
Prof. Kaio Dutra
BIELA
• Braço de ligação entre o pistão e o eixo
de manivelas; recebe o impulso do
pistão, transmitindo-o ao eixo de
manivelas (virabrequim). É importante
salientar que o conjunto bielavirabrequim transforma o movimento
retilíneo do pistão em movimento
rotativo do virabrequim.
Prof. Kaio Dutra
Pistão e Biela
Prof. Kaio Dutra
VIRABREQUIM
• Eixo motor propriamente dito, o qual, na
maioria das vezes, é instalado na parte
inferior do bloco, recebendo ainda as
bielas que lhe imprimem movimento.
Prof. Kaio Dutra
EIXO COMANDO DE VÁLVULAS
• A função deste eixo é abrir as válvulas de
admissão e escape, respectivamente, nos
tempos de admissão e escapamento. É
acionado pelo eixo de manivelas, através de
engrenagem, corrente ou ainda, correia
dentada. É dotado de ressaltos que elevam o
conjunto: tucho, haste, balancim abrindo as
válvulas no momento oportuno.
Prof. Kaio Dutra
VÁLVULAS
• Existem dois tipos: de admissão e de escape.
A primeira abre-se para permitir a entrada
da mistura combustível/ar (ou ar puro,
conforme o caso) no interior do cilindro. A
outra, de escape, abre-se para dar saída aos
gases queimados.
Prof. Kaio Dutra
CONJUNTO DE ACIONAMENTO DAS
VÁLVULAS
• Compreende o tucho e uma haste, que o interliga
ao balancim, apoiando-se diretamente sobre a
válvula. No momento em que o eixo comando de
válvulas gira, o ressalto deste aciona o tucho, que
por sua vez move a haste, fazendo com que o
balancim transmita o movimento à válvula,
abrindo-a. Há um conjunto destes (tucho, haste,
balancim) para cada ressalto, i. e., um para cada
válvula, tanto de admissão quanto de escape.
Prof. Kaio Dutra
Comando de Válvula
Prof. Kaio Dutra

Documentos relacionados

Aula 1 – Definições

Aula 1 – Definições • Motor de combustão interna (MCI) converte calor em energia mecânica. São máquinas dentro das quais os produtos da combustão geram os movimentos dos componentes. Ex: motor por centelha ou motor de...

Leia mais

Motores Alternativos e Rotativos

Motores Alternativos e Rotativos • Há um curso motor para cada volta do virabrequim; • Motores normalmente sem válvulas; • Cárter tem dimensões reduzidas e recebe a mistura ar/combustível e o óleo de lubrificação. Prof. Kaio Dutra

Leia mais