Variacions Al-leluia | Lanònima Imperial [Espanha]

Transcrição

Variacions Al-leluia | Lanònima Imperial [Espanha]
Variacions Al-leluia | Lanònima Imperial [Espanha]
Neste novo espetáculo, Juan Carlos García e Lanònima Imperial nos entregam
outra de suas peças onde o movimento é o sustentáculo dos acontecimentos
que ocorrem em cena.
A dramaturgia simples, concebida como uma brincadeira de crianças que falam
da presença de seres terríveis, do que se deve temer, é apresentada na peça
somente como um pretexto para criar situações de movimento descentrado,
rápido, ágil e sinuoso – um autêntico prazer para aqueles que gostam de ver
dança – acompanhados da cantora e guitarrista Mürfila, que constrói com a sua
presença uma personagem entre doce e perversa.
A obra transcorre cheia de situações enigmáticas, de atmosferas construídas
pela oposição claro – escuro, de anjos caídos, de brincadeiras de crianças
contidas nos contos de terror.
Porque é no medo que se desenvolve o valor, e isso se aprende desde a
infância, como um jogo, com nossos fantasmas e seres emaranhados em
figuras estranhas, entre balbúcias e sussuros rítmicos, entre presenças de
seres arcanos, e combinações de movimentos audaciosos, velozes, fortes e
cheios de matizes, executados e criados à maneira de Olga Clavel, Yester
Mulens e Miryam Mariblanca.
Com cenografia de José Menchero, um criador de nosso panorama sempre
disposto a nos surpreender com seus objetos de índole fantástica, desta vez a
partir da criação de um objeto inflável de volume e rapidez surpreendentes.
“Terrores, horrores, pesadelos, angústias,
espantos, violências, pavores e sustos.
Não há nada mais belo se você souber
brincar”
Variacions Al·leluia
Ficha Técnica:
Criação: Juan Carlos García
Direção: Juan Carlos García
Elenco: Olga Clavel, Yester Mulens, Miryam Mariblanca, Dacil López
Cenografia: José Menchero
Direção musical: Oriol Rosell e Dacil López
Direção técnica: Manuel Martínez
Som: Marc Thio
Assistente de coreografia: Anna Roblas
Figurino: José Menchero e Juan Carlos García
Management: Marc Périlhou
Produção: Albert Bonjouch
A Companhia
Fundada em 1986, a companhia tem uma sólida trajetória nacional e
internacional. Desde sua criação, tem atuado em mais de 17 países europeus
além do México, Canadá, Brasil, Venezuela e Israel, entre outros. As peças da
companhia têm sido co-produzidas por prestigiosos festivais, teatros e centros
de criação europeus como o Vooruit Centre de Gent na Bélgica, o Theater im
Pfalzbau de Ludwigshafen/Rh na Alemanha, o Holland Dance Festival em
Amsterdam na Holanda e o Festival Oriente-Occidente na Itália; e também na
Espanha como o Festival Madrid en Danza da Comunidade de Madrid e a Fira
del Teatre de Tàrrega, o Festival Grec de Barcelona, o Teatro Nacional de
Cataluña e o Mercat de les Flors (também de Barcelona).
Nos últimos anos, os trabalhos mais destacados têm sido Liturgia de sonho e
fogo (2000), baseada no mito de Prometeu, Scala1: Infinito (2002), de temática
futurista, Orfeu (2003) e Orfeu Concert (2004), inspirada no mito de Orfeu e
que contou com figurino de Custo Barcelona.
Além da produção de espetáculos de dança, Lanònima participou durante 2003
e 2004 do Programa de Residencies de la Generalitat de Catalunya na cidade
de Vic, culminando sua atividade com o macro evento multimídia La Mirada del
Otro, que trata da atual complexidade intercultural da cidade.
Juan Carlos García
Nascido em Bilbao, em 1957, desenvolveu a sua carreira entre o Institut del
Teatre de Barcelona e o Centre Nacional de Danse contemporaine d'Angers
(França) - sob a direcção de Viola Farber - e Nova Iorque, onde estudou com
diversos professores de dança clássica e moderna e com base nisso funda
Lanònima Imperial.
Além de seu trabalho na companhia, criou coreografias para importantes
grupos, como o Ballet de Zaragoza, a Komische Oper Berlin, o Maggio danza
Fiorentino, a Deutsche Oper, o Dresdner Musikfestspiele, o Gulbenkian Ballet
e, mais recentemente, Diversions Dance Company. Suas coreografias foram
incorporadas nos repertórios de companhias estrangeiras, como no caso da
CIA. de Gregor Seyffert com uma versão do Landschaft mit Schatan peça
estreada pelo Komische Oper, ou Itzi Galili Dance Company com Eco de
Silêncio.
Constantemente explorando novas possibilidades criativas, realizou projetos
dirigidos a diferentes cenários, tais como a realização de carroças para a
Cabalgata de los Reyes Magos de Barcelona (com a artista visual e cenógrafo
José Menchero) ou La Mirada del Otro, multimédia que foi o encerramento, em
2004, do Plano de residência na cidade de Vic.
Por o seu estilo fortemente físico, sua pesquisa constante sobre o movimento e
a qualidade dos seus bailarinos, Garcia foi reconhecido pelos críticos como um
dos mais brilhantes coreógrafos da sua geração.
Recentemente, Frederic Olivieri, diretor do Ballet del Teatro alla Scala de Milão,
reconheceu para a imprensa o talento artístico de Juan Carlos Garcia.