Folha Herpetológica 16

Transcrição

Folha Herpetológica 16
FOLHA HERPETOLÓGICA
Foi aprovado e teve já início o tão esperado projecto
de estudo da herpetofauna, a nível nacional. Este
projecto envolve o CIBIO - Centro de Investigação em
Biodiversidade e Recursos Genéticos / ICETA - UP, a
Faculdade de Ciências de Lisboa e o Instituto de
Conservação da Natureza. O projecto tem uma duração
prevista de três anos e os objectivos incluem: i) a análise
da distribuição dos anfíbios e répteis de Portugal, ii) a
realização de um Atlas Herpetológico Nacional, e iii) a
elaboração de uma proposta de estratégia de
conservação da herpetofauna.
Neste âmbito, agradecíamos o envio de todas as
observações herpetológicas realizadas desde 1985 e
durante os próximos três anos para:
Parque Natural da Serra de S. Mamede, tendo sido
observados vários exemplares da nossa herpetofauna.
A Comissão Organizadora deste congresso está de
parabéns pelo excelente trabalho desenvolvido, tendo
proporcionado o intercâmbio de informação e a
discussão científica em torno do que de mais actual se
vai fazendo na herpetologia ibérica.
O próximo Congresso Luso-Espanhol, agendado
para 2004, terá lugar em Espanha, na cidade andaluza
de Málaga. Até lá!
Miguel Carretero
CIBIO, Campus Agrário de Vairão, 4485-661 Vairão
E-mail: [email protected]
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Decorreu de 2 a 5 de Outubro, na cidade de Évora, o
VII Congresso Luso-Espanhol de Herpetologia. Este
evento contou com a presença de cerca de 140
participantes, na sua maioria ibéricos. O programa do
congresso incluiu a apresentação de 5 conferências
plenárias, 52 comunicações orais e 71 painéis
abordando diversas áreas.
O programa incluiu um serão cultural original nestes
congressos, no Convento do Carmo, onde se pode
contemplar uma feliz fusão das fotografias
herpetológicas da nossa sócia Isabel Catalão com três
composições para piano da autoria de Amilcar Vasques
Dias. No último dia realizou-se uma visita guiada pelo
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O Projecto Alytes, desenvolvido pelo Núcleo de
Coimbra da SPH, venceu o Prémio Nacional Ford
Motor Company para a Conservação e Ambiente, exaequo com o projecto do Centro de Recuperação do
Lobo Ibérico. Este recém-criado Núcleo da nossa
associação está assim de parabéns!
Projecto Alytes – a conservação de uma população
ameaçada de sapos-parteiros (Alytes obstetricans)
(Amphibia: Discoglossidae)
Em meados do ano 2000 foi detectada uma
população de sapos-parteiros (Alytes obstetricans) no
Parque de Santa Cruz, no interior da cidade de Coimbra.
A população restringe-se à área envolvente do campo de
futebol deste Parque, preferencialmente junto de zonas
húmidas. A existência de nascentes e uma linha de água
permanente que rodeia o campo criam condições ideais
para a sua sobrevivência, condições que não se
encontram nas restantes áreas do Parque. Algumas
saídas de campo permitiram constatar que esta
população de sapos-parteiros era adequada para
investigar muitos problemas em ecologia e para
desenvolver programas de educação ambiental, uma vez
que: 1) é localmente abundante; 2) o habitat permite a
sua fácil detecção e captura; 3) é adequada para a
manipulação experimental in situ e 4) localiza-se no
interior da cidade numa zona de acesso fácil e rápido.
Deste modo, em Fevereiro de 2001 iniciou-se o trabalho
de campo com uma periodicidade semanal, que tem
permitido recolher dados relativos à dinâmica
populacional e biologia reprodutora da espécie, e
conhecer os seus requisitos de habitat. Contudo, a
decisão de remodelar o campo de futebol e área
envolvente colocou em risco a sobrevivência desta
população acarretando a sua possível extinção local.
Este novo facto tornou necessária a definição de uma
estratégia de conservação para esta população:
1) Acções de divulgação e sensibilização:
a. Grupos de discussão com os donos da obra,
Associação Académica de Coimbra, Instituto da
Conservação da Natureza (I.C.N.) e Câmara
Municipal de Coimbra (Divisão de Espaços
Verdes).
b. Produção de material de divulgação e
sensibilização.
2) Minimização do impacte das obras nesta população
de anfíbios:
a. Criação de local protegido para acolhimento
temporário da população durante o decorrer das
obras;
b. Antes do início das obras, captura de todos os
indivíduos da população e sua transferência para
o novo local;
c. Monitorização do local de acolhimento
temporário e da população.
3) Alteração do projecto arquitectónico da obra de
forma a garantir a preservação da linha de água e
áreas de refúgio dos sapos-parteiros, tendo em vista
o seu posterior regresso ao habitat original.
4) Acção de retorno da população após a conclusão das
obras.
A divulgação deste projecto de conservação através
dos meios de comunicação aumentou significativamente
a receptividade quer do público em geral, quer das
entidades envolvidas para a preservação desta espécie.
Para este facto não foi alheia a distinção do Projecto
Alytes com o prémio nacional para a conservação e
ambiente da Ford Motor Company. Este prémio tem
vindo a contribuir igualmente para o cumprimento dos
outros objectivos definidos na estratégia de conservação
desta população de sapos-parteiros.
Apesar de tudo o que já foi feito, o Projecto Alytes
encontra-se ainda nas suas etapas iniciais – conclusão da
construção do local de acolhimento temporário para a
população e preparação das acções de captura com vista
à transferência dos sapos para esse local. Esperam-se,
portanto, muitos mais dias (ou melhor, noites!) de
trabalho.
Alytes obstetricans
Neste número damos início a uma nova secção da
Folha, onde serão dados a conhecer os planos de
doutoramento em Herpetologia a decorrer neste
momento.
Evolução das lagartixas do género Podarcis na
Península Ibérica
Catarina Pinho
CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e
Recursos Genéticos. Universidade do Porto
E-mail: [email protected]
Este trabalho procurará contribuir para o
aprofundamento do conhecimento sobre a evolução das
lagartixas do género Podarcis na Península Ibérica e
Norte de África, que tem sido alvo de muitos trabalhos
recentes e de uma acesa discussão. Esta situação devese, em grande parte, à enorme diversidade morfológica
apresentada por estes lacertídeos, o que dificulta a
identificação ao nível da espécie e tem contribuído para
um desconhecimento geral em relação ao número real
de entidades taxonómicas existentes e respectivas áreas
de distribuição. Actualmente, diversos estudos
realizados do ponto de vista morfológico (Sá-Sousa,
2001) e genético (Harris & Sá-Sousa, 2002),
nomeadamente
envolvendo
DNA-mitocondrial,
sugerem a parafilia de Podarcis hispanica e a separação
de P. carbonelli e P. bocagei, até recentemente
consideradas como formas conspecíficas. Os resultados
obtidos até agora com base em marcadores
aloenzimáticos suportam estas hipóteses (Pinho et al.,
2002). Este projecto pretende, assim, fazer uma
caracterização da variabilidade destas lagartixas através
do uso de marcadores nucleares (proteínas e
microssatélites) e mitocondriais, por forma a clarificar
alguns aspectos relacionados com a história evolutiva
destes lacertídeos.
Referências bibliográficas:
Maria José Castro e José Miguel Oliveira
E-mails:[email protected]
[email protected]
Harris, D.J. & Sá-Sousa, P. (2002). Molecular phylogenetics of
Iberian Wall Lizards (Podarcis): is Podarcis hispanica a species
complex?. Mol. Phylogenet. Evol. 23: 75.
Pinho, C., Harris, D.J., Carretero, M.A., Sá-Sousa, P. & Ferrand, N.
(2002). Avaliação do número de espécies do género Podarcis
existentes na Península Ibérica através do estudo de
polimorfismos proteicos e de DNA-mitocondrial. VII Congresso
Luso-Espanhol de Herpetologia, 2-5 Outubro, Évora, Portugal.
Sá-Sousa, P. (2001). A controversa sistemática das lagartixas do
género Podarcis Wagler, 1830 (Sauria: Lacertidae) em Portugal.
Tese de Doutoramento. Faculdade de Ciências da Universidade de
Lisboa.
Estudo do efeito de barreiras naturais na estrutura
genética da salamandra-lusitânica, Chioglossa
lusitanica
Fernando Sequeira
CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e
Recursos Genéticos. Universidade do Porto
[email protected]
Estudos recentes em C. lusitanica, baseados em
marcadores proteicos e de DNA-mitocondrial,
revelaram a existência de dois grupos populacionais
bem diferenciados, distribuídos a Norte e a Sul do rio
Mondego, respectivamente (Alexandrino et al., 2000).
Estes dados, em conjunto com análises morfológicas,
sugerem a existência de duas subespécies de C.
lusitanica, que contactam geograficamente ao longo do
vale deste rio. Estes autores verificaram, também, que
outros grandes rios, como o Douro e o Minho,
constituem aparentemente barreiras à dispersão da
espécie, uma vez que se constatou uma perda de
variabilidade genética ao longo das vias de expansão de
Sul para Norte. No entanto, as limitações do poder de
análise dos loci proteicos e mitocondrais não permitem
concluir se os padrões geográficos observados por
Alexandrino et al. (2000) são o resultado de sucessivos
processos de expansão pós-glacial ou se correspondem a
uma dinâmica populacional recente. Assim, para
responder a estas questões, recorrer-se-á ao uso de
microssatélites – marcadores genéticos com elevado
grau de variabilidade – cujos resultados para o estudo de
fenómenos recentes relacionados com a dinâmica das
populações de anfíbios se têm revelado particularmente
úteis. Estes marcadores, integrados a uma micro-escala
com dados ecológicos, serão usados para o estudo da
dinâmica e organização espacial desta espécie na zona
de contacto no vale do rio Mondego. Paralelamente,
será, também, dada uma especial atenção ao estudo dos
padrões de dispersão em cursos de água de dimensão
variável, determinando o fluxo génico entre populações
no interior de uma bacia hidrográfica.
Referências bibliográficas:
Alexandrino, J., Froufe, E. Arntzen, J. W. & Ferrand, N. (2000).
Genetic subdivision, glacial refugia and postglacial recolonization
in the golden-striped salamander, Chioglossa lusitanica
(Amphibia:Urodela). Molecular Ecology 9: 771-781.
Filogeografia molecular dos sapos parteiros ibéricos
e consequências da fragmentação e interacção de
espécies parapátricas na genética populacional
Helena Gonçalves
CIBIO – Centro de Investigação em Biodiversidade e
Recursos Genéticos. Universidade do Porto
[email protected]
Este projecto surge na sequência do trabalho
desenvolvido por Fonseca (1999), que realizou pela
primeira vez um estudo sobre a filogeografia de Alytes
obstetricans através da análise do polimorfismo da
molécula de DNA mitocondrial, e tem como base os
estudos realizados por Rosa et al. (1990), Arntzen e
García-París (1995) e Rosa (1995) na morfologia e
variação genética de proteínas do género Alytes.
Assim, pretende-se proceder à análise filogeográfica
do genéro Alytes na Península Ibérica, recorrendo à
análise da molécula de DNA mitocondrial e de
microssatélites, no sentido de: i) inferir sobre uma
possível associação entre a variação genética encontrada
e
a
distribuição
geográfica;
ii)
estudar
pormenorizadamente a estrutura populacional de cada
uma das subespécies de A. obstetricans, de forma obter
um maior conhecimento das hipotéticas zonas de
refúgio desta espécie, assim como dos possíveis
processos de contracção e recolonização durante os
períodos glaciares e interglaciares do Pleistoceno; e iii)
formular hipóteses biogeográficas que expliquem os
padrões de diversidade genética encontrados no género
Alytes.
Referências bibliográficas:
Arntzen, J.W. & García-París, M. (1995). Morphological and
allozyme studies of midwife toads (genus Alytes), including the
description of two new taxa from Spain. Contributions to Zoology
65: 5-34.
Fonseca, A. (1999). Filogeografia do sapo parteiro comum Alytes
obstetricans através da análise do polimorfismo do citocromo b
(DNA mitocondrial). Tese de Mestrado. Universidade do Porto.
Rosa, H.D.; Viegas, A.M. & Crespo, E.G. (1990). Genetic structure of
Portuguese populations of midwife toads, with special reference
to an isolate of Alytes obstetricans. Portugaliae Zoologica 1: 1525.
Rosa, H.D. (1995). Estrutura e diferenciação genética de populações
de anuros da fauna portuguesa. Tese de Doutoramento.
Universidade de Lisboa.
Por: Rudolf Malkmus
Nos últimos 20 anos, principalmente a partir da
adesão à União Europeia (1985), Portugal sofreu
alterações consideráveis na paisagem pela destruição
massiva das paisagens naturais, bem como daquelas
criadas pelo Homem.
Com o objectivo de preservar parte destas paisagens e
áreas com elevada diversidade de fauna e flora, foram
criadas 23 áreas protegidas entre 1971 e 1999. Estas
áreas são incluídas em três categorias de protecção:
-
-
Parque Nacional (1)
Parques e Reservas Naturais (2, 3, 5, 6, 7, 8,
10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 18, 19, 20, 21, 22,
23)
Áreas de Paisagem Protegida (4, 9, 17)
Neste trabalho, não são consideradas as áreas
classificadas como Monumentos Naturais, Sítios
Classificados e Áreas de Interesse Regional.
Embora nenhuma das áreas protegidas existentes em
Portugal tenha sido criada especificamente para a
salvaguarda da herpetofauna, muitas delas possuem uma
elevada riqueza específica e quase todas apresentam
habitats adequados para anfíbios e répteis.
A Tabela 1 apresenta a distribuição dos anfíbios e
répteis conhecida até ao momento nas áreas protegidas
aqui consideradas, e respectivas referências bibliográficas. As Tabelas 2 e 3 apresentam as espécies presentes
em cada área. Nos casos em que a categoria
taxionómica e o padrão de distribuição de algumas
subespécies ainda não está clarificado, a sua ocorrência
está assinalada com o sinal (?). Na Figura 1 encontramse representadas as áreas protegidas em Portugal
Continental consideradas neste trabalho.
Agradeço ao Doutor Sá-Sousa por me ter fornecido os
dados de distribuição de Podarcis.
Figura 1 – Localização das áreas protegidas
referidas neste trabalho.
Tabela 1 – Número de espécies presentes nas áreas protegidas estudadas neste trabalho, e respectivas referências bibliográficas. O
código de cada área corresponde à numeração apresentada na Figura 1.
Código
Áreas protegidas
Parque Nacional da Peneda-Gerês
1
2
3
4
5
6
7
Parque Natural de Montesinho
Parque Natural do Douro Internacional
Área de Paisagem Protegida do Litoral
de Esposende
Parque Natural do Alvão
Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto
Parque Natural da Serra da Estrela
Referências bibliográficas
Nº Anfíbios Nº Répteis
13
17
1, 2, 4, 9, 10, 12, 20, 25, 31, 32, 33,
54, 56, 61, 63
12
16
5, 10, 20, 25, 54, 56, 62
9
14
5, 20, 35, 36, 37, 56
3
4
10, 20, 54
11
9
12
18
7
18
9
4
16
2
5, 10, 15, 20, 25, 54, 56, 60, 63
8, 10, 20, 55, 56
5, 10, 12, 13, 19, 20, 21, 25, 29, 30,
47, 50, 55, 56, 63
5, 10, 20, 22, 25, 27, 56
10, 20, 56, 63
8
8
10
12
5, 10, 16, 20, 56
12, 20, 25, 28, 56
12
13
14
Reserva Natural da Serra da Malcata
Área de Paisagem Protegida da Serra do
Açor
Reserva Natural do Paúl de Arzila
Parque Natural da Serra de Aire e
Candeeiros
Reserva Natural das Berlengas
Reserva Natural do Paúl do Boquilobo
Parque Natural da Serra de S. Mamede
0
5
14
2
5
21
15
Parque Natural de Sintra-Cascais
11
22
16
17
Reserva Natural do Estuário do Tejo
Área de Paisagem Protegida da Arriba
Fóssil da Costa da Caparica
Parque Natural da Arrábida
Reserva Natural do Estuário do Sado
Parque Natural do SW Alentejano e
Costa Vicentina
Parque Natural do Vale do Guadiana
Reserva Natural do Sapal de Castro
Marim e Vila Real de Stº António
Parque Natural da Ria Formosa
1
4
1
7
12, 17, 20, 65
5, 20, 56, 59
5, 6, 10, 12, 13, 20, 25, 42, 48, 51,
53, 56
3, 5, 10, 12, 20, 23, 24, 25, 34, 46,
55, 56
20, 56
12, 20, 38, 56
8
7
13
15
9
21
11
10
18
4
5, 20, 25, 26, 38, 56
5, 20, 38, 56
5, 10, 18, 20, 38, 40, 52, 55, 56, 57,
58
5, 20, 39, 40, 41, 43, 44, 49, 56
5, 7, 11, 20, 56
9
17
5, 14, 20, 56, 64
8
9
10
11
18
19
20
21
22
23
Tabela 2 – Espécies de anfíbios presentes nas áreas protegidas (1 a 23) estudadas.
Anfíbios
Chioglossa lusitanica
Pleurodeles waltl
Salamandra salamandra gallaica
Salamandra salamandra crespoi
Salamandra salamandra morenica
Triturus boscai
Triturus helveticus sequeirai
Triturus marmoratus marmoratus
Triturus marmoratus pygmaeus
Alytes cisternasii
Alytes obstetricans boscai
Discoglossus galganoi
Pelobates cultripes
Pelodytes punctatus / P. ibericus
Bufo bufo spinosus
Bufo calamita
Hyla arborea molleri
Hyla meridionalis
Rana iberica
Rana perezi
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
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23
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x
Tabela 3 – Espécies de répteis presentes nas áreas protegidas (1 a 23) estudadas.
Répteis
Caretta caretta
Dermochelys coriacea
Emys orbicularis occidentalis
Mauremys leprosa
Hemidactylus turcicus turcicus
Tarentola mauritanica
Chamaeleo chamaeleon chamaeleon
Anguis fragilis
Acanthodactylus erythrurus
Lacerta lepida lepida / Timon lepidus
Lacerta schreiberi
Lacerta monticola monticola
Podarcis bocagei
Podarcis carbonelli carbonelli
Podarcis carbonelli berlengensis
Podarcis hispanica tipo1
Podarcis hispanica tipo2
Psammodromus algirus algirus
Psammodromus hispanicus hispanicus
Chalcides bedriagai bedriagai
Chalcides bedriagai pistaciae
Chalcides striatus
Blanus cinereus
Coluber hippocrepis
Coronella austriaca acutirostris
Coronella girondica
Elaphe scalaris
Macroprotodon cucullatus ibericus
Malpolon monspessulanus
Natrix maura
Natrix natrix astreptophora
Vipera latastei latastei
Vipera latastei gaditana
Vipera seoanei
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
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18 19 20 21 22
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23
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Referências bibliográficas:
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Almaça, C. (1964). A fauna herpetológica da Serra do Gerês. Naturalia 9:
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Na ilha Beata – República Dominicana, foi
descoberta uma nova espécie de lagarto, considerada
como a mais pequena do mundo. Esta nova espécie,
Sphaerodactylus ariasae, apresenta no estado adulto
apenas 16mm de comprimento total. Outra espécie do
mesmo género, S. parthenopion, que também apresenta
um reduzido tamanho, tinha já sido referenciada em
1965 para as Ilhas Virgens Britânicas. A espécie agora
descoberta apresenta hábitos cavernícolas e encontra-se
fortemente ameaçada pela destruição do seu habitat,
nomeadamente pela destruição da floresta em que
ocorre, mesmo dentro dos parques nacionais. As
Caraíbas constituem uma das regiões mais ricas do
planeta em termos de biodiversidade e endemismos,
mas são também um dos locais em que as espécies se
encontram mais ameaçadas. Os investigadores
responsáveis pela descoberta, Blair Hedges e Richard
Thomas, afirmam que este lagarto se encontra entre as
espécies com menor tamanho fisiologicamente possível
entre os Vertebrados Superiores, uma vez que é a mais
pequena de 23.000 répteis, aves e mamíferos
conhecidos.
Universidade de Chicago, responsáveis pela descoberta,
afirma que o presente fóssil é o mais completo destes
exemplares encontrados até ao momento.
A presente investigação surge após outras pesquisas,
nomeadamente de equipas francesas há já 30 anos atrás,
em que tinham sido encontrados crânios e outras partes
do corpo destes crocodilos.
Sarcosuchus imperator não pertence à família dos
crocodilos actuais, mas partilha com estes um ancestral
comum.
Para mais informações consultar:
http://www.nationalgeographic.com/supercroc/
http://www.supercroc.com/
http://www.sciencenews.org/20011027/fob1.asp
: National Geographic ©
Penn State Galery ©
Sarcosuchus imperator
Sphaerodactylus ariasae
"!#%$ &'!( ) * +,%$ !%"!,-* + !.-* ./%0&'
Foram descobertos num local remoto do Deserto do
Sahara, em Gadoufaoua na Nigéria, vestígios de uma
espécie de crocodilo já extinta, Sarcosuchus imperator.
Estes animais terão vivido na Terra há 110 milhões de
anos atrás, no período do Cretáceo Médio e teriam
apresentado uma impressionante envergadura, 12
metros de comprimento e um peso de cerca de oito
toneladas. Pensa-se que a sua alimentação seria baseada
em dinossauros mais pequenos e também em tartarugas
e peixes. Paul Sereno, líder da equipa de
paleontologistas da National Geographic Society e da
1 !$324* .%/5/%2/6"/%27+ /.%/%$ &'!8 !$309,%!
Formigas argentinas estão a ameaçar as populações
de lagartos-cornudos na Califórnia. As formigas, com
cerca de 2 mm de comprimento, têm vindo a matar e a
substituir as espécies de formigas nativas, em muitos
dos casos, de tamanho 10 vezes superior. Estudos
recentes, realizados por Case e Suarez, da Universidade
da Califórnia, apontam para a regressão das populações
de lagartos-cornudos na ordem dos 50%. Em
laboratório, verificaram que os lagartos juvenis e
adultos não crescem ou não conseguem manter o seu
peso corporal alimentando-se apenas destas formigas,
apresentando também maior dificuldade em capturá-las.
Estes resultados sugerem que a diversidade de espécies
de formigas é essencial para suportar as populações de
lagartos.
As invasoras terão chegado aos Estados Unidos
(EUA) em 1890, a bordo dos barcos carregados com
café e açúcar. Expandiram-se pela Califórnia e Sul dos
EUA, sendo o seu avanço travado apenas pela expansão
de outra formiga exótica - a formiga de fogo. Embora as
formigas tenham sido introduzidas no país há mais de
100 anos, o problema agravou-se na altura em que o
habitat destes lagartos - dunas costeiras e vegetação
característica de “chaparral” densa – começou a ser
destruído e fragmentado com a crescente urbanização. A
formiga de fogo, poderá constituir a próxima ameaça,
uma vez que se têm expandido pelos habitats urbanos
no Sul da Califórnia, e tem vindo a destruir pequenas
comunidades de vertebrados nos locais onde se
encontra.
paisagem e património construído. Destes, cinco visam
a herpetofauna da região e foram gentilmente oferecidos
à SPH para envio aos seus sócios com o presente
número da Folha Herpetológica.
! %&'
Revistas científicas recebidas na nossa sede, cujos
índices podem ser solicitados:
De autoria de Prof. Doutor Eduardo G. Crespo, foi
publicada uma obra de fundo sobre a PaleoHerpetofauna de Portugal. O livro, de 186 páginas,
aborda diversos aspectos sobre este assunto, tais como a
história evolutiva e taxonomia dos anfíbios e répteis, a
era do Mesozóico, e do Cenozóico, apresentando
também uma lista da Paleo-herpetofauna portuguesa.
Publicações Avulsas, 2ª Série, Nº 7, Lisboa 2001, do
Museu Bocage, Museu Nacional de História Natural,
este livro está disponível para venda (5 euros) no
Núcleo de Lisboa da SPH.
Alytes Vols. 2,3 e 4, 2001
British Herpet. Soc. Bull. Vol. 99, 2001
Froglog Nos. 48, 2001; 49,50 e 51, 2002
Herpetological Bulletin Vols. 75,76 e 77, 2001
Herpetological Review Vols. 32(3,4) 2001; 33(1) 2002
Journal of Herpetology Vols.35(1,2,3,4) 2001; 36(1) 2002
The Herpetological Journal Vol. 11(2,3), 2001
1! # 1'$#"! '4
É nosso triste dever informar todos os sócios da SPH
do falecimento do ilustre membro Prof. Dr. Luis Miguel
Sampaio, professor da Faculdade de Ciências da
Universidade da Madeira. Apresentamos, em nome da
SPH, as condolências a todos os familiares e amigos.
! "# ! $%&'(*)++,
SOCIEDADE PORTUGUESA
DE HERPETOLOGIA
No intuito de melhorar os serviços prestados aos
sócios pelas duas congéneres ibéricas - SPH e AHE - e
de fomentar o intercâmbio de informação sobre a
herpetologia
ibérica,
as
publicações
Folha
Herpetológica e Boletin de la Asociacion Herpetologica
Española passarão a ser distribuídos aos membros de
ambas as associações.
-$ .'('$ #. /1023
O Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG) está a
editar um coleccionável de folhetos de divulgação do
seu património natural e cultural, que incluem os temas:
fauna, flora, ecossistemas, actividades humanas,
Departamento de Zoologia e Antropologia
Faculdade de Ciências de Lisboa
Bloco C2, Piso 3 - Campo Grande
1700 Lisboa
Portugal
e-mail: [email protected]
Redacção: José Teixeira e Claudia Soares
Centro de Estudos de Ciência Animal
Campus Agrário de Vairão
Rua do Monte - Crasto
4485-661 Vairão
Portugal
e-mail: [email protected]
[email protected]
Colaboraram neste número: Catarina Pinho, Fernando
Sequeira, Helena Gonçalves, Humberto Rosa, José
Miguel Oliveira, Maria José Castro, Miguel Carretero,
Rudolf Malkmus, Rui Rebelo e Vasco Batista.

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