Anais da XII Semana Brasileira do Aparelho

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Anais da XII Semana Brasileira do Aparelho
Volume 50 | Suplemento | 2013
Volume 50 | Suplemento | 2013
Anais da XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
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2
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v. 50 - suplemento - 2013
ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL
EDITORIAL
ARTICLE
XII Semana Brasileira do Aparelho
Digestivo (SBAD)
Os anais da XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo (SBAD) publicados nos
Arquivos de Gastroenterologia coincidem com a comemoração de 50 anos de existência
deste importante periódico científico.
Os Arquivos de Gastroenterologia têm o aval das três sociedades envolvidas na SBAD,
SOBED, FBG e CBCD e atualmente representa o periódico mais importante de nossas
especialidades. Portanto, é com imensa satisfação que apresentamos os trabalhos científicos desta edição da SBAD.
Parabenizamos a todos pelo esforço e contribuição,
João Carlos ANDREOLI
Presidente XII SBAD e Presidente do XXXVIII Congresso
Brasileiro de Endoscopia Digestiva e do VI Congresso
Brasileiro de Endoscopia.
José Roberto de ALMEIDA
Presidente do XLIII Congresso Brasileiro de
Gastroenterologia.
Ivan CECCONELLO
Presidente do XVII Congresso Nacional do Colégio
Brasileiro de Cirurgia Digestiva.
v. 50 - suplemento - 2013
Arq Gastroenterol
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ÍNDICE
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
PÔSTERES • cirurgia
NºTÍTULO
PÁG.
001 Cisto mesentérico - Relato de caso_________________________________________________________________ 33
002 Doença de Crohn com acometimento exclusivo gástrico, uma forma rara de manifestação: relato de caso______ 33
003 Melanoma maligno primário do esôfago: uma doença rara e agressiva___________________________________ 33
004 Metástase incomum de carcinoma de células renais para vesícula biliar: relato de caso______________________ 34
005 Síndrome eosinofílica original: infiltração eosinofílica esofágica e ascite eosinofílica________________________ 34
006 Valor prognóstico do fenômeno brotamento tumoral em pacientes com adenocarcinoma colorretal
estádio I e II (TNM), submetidos à cirurgia com intenção curativa______________________________________ 34
CÓLON (TL.C.COL.P)
007
008
009
010
011
012
013
014
015
016
017
018
019
020
021
022
023
024
025
026
027
028
029
030
031
032
033
Abordagem simultânea de adenocarcinoma de sigmoide e metástase hepática: relato de caso________________ 35
Abscesso perianal: relato de caso__________________________________________________________________ 35
Adenocarcinoma de apêndice_____________________________________________________________________ 35
Adenocarcinoma de reto alto com metástase cutânea - Relato de caso___________________________________ 36
Angiodisplasia de cólon em crianças: relato de caso___________________________________________________ 36
Câncer colorretal - Resultados da avaliação patológica padronizada de 40 peças cirúrgicas__________________ 36
Cicatrização de anastomose no cólon obstruído de ratos após tratamento com sildenafil tópico ou sistêmico___ 37
Cistoadenoma mucinoso de apêndice cecal: relato de caso_____________________________________________ 37
Concomitância de volvo de ceco e gástrico__________________________________________________________ 37
Conduta no trauma de víscera oca: rafia primária ou colostomia?_______________________________________ 38
Em que idade surge os divertículos do cólon?________________________________________________________ 38
Endometrioma intestinal_________________________________________________________________________ 38
Hemorragia diverticular maciça originada em cólon descendente - Relato de caso_________________________ 39
Hérnia diafragmática traumática__________________________________________________________________ 39
Hérnia mesentérica pericecal com envolvimento apendicular associada a volvo cecal: relato de um caso_______ 39
Indicação de colostomia na abordagem multiprofissional da síndrome de Fournier: estudo de caso___________ 40
Intervenção cirúrgica na doença de Crohn complicada: um relato de caso e uma revisão da literatura_________ 40
Metástase inguinal única tardia de tumor de cólon sigmoide - Relato de caso_____________________________ 40
Mucocele: relato de 3 casos e revisão da literatura____________________________________________________ 41
Opção de tratamento para plastrão apendicular: relato de caso e revisão de literatura______________________ 41
Relato de caso - Hérnia de Garangeot associada à apendicite aguda_____________________________________ 41
Relato de caso - Dolicomegacólon - “o intestino gigante”______________________________________________ 42
Relato de caso - Hemicolectomia direita devido abdome agudo vascular_________________________________ 42
Relato de caso - Má rotação intestinal em adulto_____________________________________________________ 42
Relato de caso - Paracoccidioidomicose de cólon - ceco_______________________________________________ 43
Relato de caso - Tumor de cólon ascendente simulando apendicite aguda_________________________________ 43
Tumor desmoplásico de pequenas células redondas - Relato de caso_____________________________________ 43
034 Tumor desmoide em cicatriz de colectomia profilática: relato de um caso_________________________________ 44
4
Arq Gastroenterol
ARQUIVOS de GASTROENTEROLOGIA
ISSN 0004-2803
ISSN 1678-4219 - on-line
Coden ARQGA
v. 50 - suplemento 2013
v. 50 - suplemento - 2013
Índice • Cirurgia
Esôfago (TL.C.ESO.P)
035 Acalásia e obesidade mórbida: relato de caso e revisão de literatura__________________________________________________ 44
036 Avaliação da cirurgia laparoscópica anti-refluxo nos portadores de sintomas extra esofágicos relacionadas à asma na
doença do refluxo gastroesofagiano_____________________________________________________________________________ 44
037 Avaliação da motilidade esofágica em pacientes com esôfago de Barrett após a cirurgia anti-refluxo_______________________ 45
038 Cânceres sincrônicos de esôfago: relato de caso___________________________________________________________________ 45
039 Cirurgia videoendoscópica no tratamento do leiomioma de esôfago__________________________________________________ 45
040 Divertículo de Killian-Jamieson: relato de caso e revisão da literatura_________________________________________________ 46
041 Divertículo faringoesofágico associado a megaesôfago chagásico: relato de caso________________________________________ 46
042 Esofagectomia no trauma_____________________________________________________________________________________ 46
043 Esofagectomia por toracolaparoscopia em “prone position” no tratamento do câncer espino celular de esôfago
médio submetido a tratamento neoadjuvante: relato de caso________________________________________________________ 47
044 Esôfago de Barret e fundoplicatura de Nissen_____________________________________________________________________ 47
045 Experiência de 30 anos do Hospital de Clínicas da Unicamp no tratamento do câncer de esôfago e da transição
esôfago-gástrica_____________________________________________________________________________________________ 47
046 Hiatoplastia com sutura contínua no tratamento das hérnias hiatais volumosas e na recidiva do tratamento
cirúrgico - Resultados preliminares_____________________________________________________________________________ 48
047 Melanoma maligno primário do esôfago: relato de caso____________________________________________________________ 48
048 Tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico após transplante pulmonar - Experiência inicial__________________________ 48
ESTÔMAGO (TL.C.est.P)
049 Abdome agudo obstrutivo por adenocarcinoma de antro gástrico: relato de caso_______________________________________ 49
050 As condições socioeconômicas não influenciaram nos resultados de 60 pacientes submetidos à gastrectomias_______________ 49
051 Avaliação dos resultados da gastroplastia redutora nos pacientes operados no
Hospital Ophir Loyola através da aplicação do questionário Baros___________________________________________________ 49
052 Avaliar a indicação precoce da gastrostomia na doença de Alzheimer_________________________________________________ 50
053 Avaliar a indicação precoce da gastrostomia na doença de Parkinson_________________________________________________ 50
054 Câncer gástrico precoce (cgp) - Fatores relacionados ao comprometimento linfonodal_________________________________ 50
055 Cirurgia terapêutica em carcinoma medular gástrico_______________________________________________________________ 51
056 Estrongiloidiase gástrica associada à megaduodeno: relato de caso___________________________________________________ 51
057 Fístula gastro - Cutânea espontânea como manifestação primária no adenocarcinoma gástrico___________________________ 51
058 Gist em criança de 7 anos de idade: relato de caso________________________________________________________________ 52
059 Glomangioma gástrico - Relato de um caso______________________________________________________________________ 52
060 Impacto da centralização no tratamento do câncer gástrico. Caminho para a melhoria dos resultados?_____________________ 52
061 Linfoma de Burkitt gástrico causando sangramento e obstrução_____________________________________________________ 53
062 Lipoma gástrico_____________________________________________________________________________________________ 53
063 Lipoma gástrico mimetizando GIST: relato de caso________________________________________________________________ 53
064 Melhora da sobrevida pós-operatória em câncer gástrico através da mudança de abordagem, que incluiu tratamento
neoadjuvante________________________________________________________________________________________________ 54
065 Metalobezoar gástrico - Relato de caso__________________________________________________________________________ 54
066 Morbimortalidade em pacientes em pacientes submetidos à gastrectomias na emergência por complicação da
doença ulcerosa péptica_______________________________________________________________________________________ 54
067 Neoplasia gástrica em estômago excluso pós-cirurgia bariátrica: Relato de caso e revisão da literatura_____________________ 55
068 O câncer gástrico no Brasil: avaliação da tendência temporal de mudança de localização anatômica em
quatro regiões_______________________________________________________________________________________________ 55
069 Prevalência do Helicobacter pylori em pacientes obesos mórbidos submetidos à técnica de gastrectomia vertical_____________ 55
v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Índice • Cirurgia
070 Relato de caso: degastrectomia em paciente submetido à quimioterapia paliativa após evidência operatória de
carcinomatose peritoneal______________________________________________________________________________________ 56
071 Relato de caso: gist_________________________________________________________________________________________ 56
072 Ressecção paliativa de metástase gástrica de carcinoma renal por laparoscopia: relato de caso____________________________ 56
073 Ruptura gástrica em paciente usuário de balão intragástrico vítima de trauma abdominal fechado_________________________ 57
074 Síndrome de Rapunzel - Relato de caso recidivante________________________________________________________________ 57
075 Tratamento cirúrgico do diabetes tipo 2 pela gastroplastia vertical___________________________________________________ 57
076 Tratamento cirúrgico conservador associado ao uso de análogo da somatostatina em tumor neuroendócrino
do estômago: Relato de caso___________________________________________________________________________________ 58
077 Volvo gástrico_______________________________________________________________________________________________ 58
FÍGADO (TL.C.FIG.P)
078 Abscesso hepático secundário à ingestão de espinha de peixe _______________________________________________________ 58
079 Adjuvância e neoadjuvância na terapêutica do hepatocarcinoma_____________________________________________________ 59
080 Anastomose esplenorrenal distal (aerd) em cirróticos com hda - Experiência do hc de Rio Branco - Acre_______________ 59
081 Anatomia da artéria hepática em 167 enxertos hepáticos____________________________________________________________ 59
082 Aspectos psicossociais e emocionais de doentes submetidos à transplantes hepáticos____________________________________ 60
083 Atresia de vias biliares e a importância do seu diagnóstico precoce - Relato de caso_____________________________________ 60
084 Carcinoma de vesícula biliar comportando-se como tumor de Klatskin_______________________________________________ 60
085 Cálculos biliares no infundíbulo da vesícula biliar como causa de icterícia obstrutiva____________________________________ 61
086 Cálculos de vias biliares: Relato de caso_________________________________________________________________________ 61
087 Colangiojejunoanastomose no segmento IIi______________________________________________________________________ 61
088 Colecistectomia laparoscópica suprapúbica: técnica e resultados numa série preliminar de 30 casos________________________ 62
089 Colecistite aguda alitiásica pós laparotomia exploradora___________________________________________________________ 62
090 Colecistite calculosa aguda e sepse em pediatria: Relato de caso______________________________________________________ 62
091 Coledocolitíase causada por cisto de colédoco com diagnóstico em idade adulta: Relato de caso__________________________ 63
092 Condutas em coledocolitíase - aplicação retrospectiva de protocolo internacional em casos coledocolitíase no
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital Agamenom Magalhães - Recife - PE____________________________________________ 63
093 Corpo estranho como causa de abscesso hepático_________________________________________________________________ 63
094 Correlação da elastografia e Doppler nos pacientes em lista ou triagem para transplante de fígado e carcinoma hepatocelular__ 64
095 Definição da origem da artéria gastroduodenal através de linfonodo sentinela: contribuição na dissecção dos
enxertos hepáticos___________________________________________________________________________________________ 64
096 Derivação esplenorenal distal - cirurgia proscrita na esquistossomose?________________________________________________ 64
097 Diagnóstico diferencial em icterícia obstrutiva no idoso____________________________________________________________ 65
098 Diminuição de perfusão em lobo esquerdo do fígado em paciente com colangite: Relato de caso__________________________ 65
099 Doença granulomatosa não infecciosa em vesícula biliar: relato de um caso____________________________________________ 65
100 Drenagem percutânea abscesso hepático: relato de caso____________________________________________________________ 66
101 Efeito do campo eletromagnético dinâmico na regeneração hepática em ratos__________________________________________ 66
102 Embolização da veia porta aumenta segurança nas hepatectomias___________________________________________________ 66
103 Estenose benigna de via biliar: um relato de caso__________________________________________________________________ 67
104 Hepatectomia direita por metástase de tumor colorretal - Relato de caso______________________________________________ 67
105 Hepatectomia em dois tempos na ressecção oncológica nos pacientes com tumores metastáticos hepáticos de
câncer colorretal. Relato de caso_______________________________________________________________________________ 67
106 Hepatojejunostômia em ômega para descompressao biliar em neoplasias malignas avançadas de vesículas e hilo hepático_____ 68
107 Hipertrofia do lobo caudado___________________________________________________________________________________ 68
108 Indicação de cirurgia de hipertensão portal por hiperesplenismo_____________________________________________________ 68
6
Arq Gastroenterol
v. 50 - suplemento - 2013
Índice • Cirurgia
109 Litíase intra-hepática simulando colangiocarcinoma: um relato de caso_______________________________________________ 69
110 Lobectomia esquerda para tratamento da doença de Caroli: relato de caso____________________________________________ 69
111 Melanoma hepático: relato de caso raro_________________________________________________________________________ 69
112 Múltiplos abscessos hepáticos tardios secundários à pancreatite_____________________________________________________ 70
193 O papel da veia cava inferior na evolução da técnica cirúrgica do transplante de fígado__________________________________ 70
114 O papel da veia supra renal direita nas técnicas de transplante hepático_______________________________________________ 70
115 O segmento I do fígado na esquistossomose hepatoesplênica________________________________________________________ 71
116 Obstrução biliar tardia em ratos Wistar, após clampagem intermitente do pedículo hepático______________________________ 71
117 Perfil epidemiológico de pacientes com lesão de vias biliares em Hospital de Campina Grande - pb________________________ 71
118 Peritonite purulenta secundária a abscesso hepático piogênico roto - Relato de caso_____________________________________ 72
119 Qual o limite de ressecção da veia cava inferior infracardíaca na captação simultânea de enxertos hepáticos e
cardíacos em doador falecido?_________________________________________________________________________________ 72
120 Reconstrução da veia hepática direita (vhd) inferior calibrosa em enxerto hepático do doador dominó____________________ 72
121 Relato de caso: doença cística das vias biliares em adulto___________________________________________________________ 73
122 Relato de caso: tratamento cirúrgico do tumor de Klatinsk_________________________________________________________ 73
123 Ressecções do segmento I em enxertos hepáticos__________________________________________________________________ 73
124 Ruptura de hematoma subcapsular hepático na gestação___________________________________________________________ 74
125 Síndrome de Mirizzi - Relato de caso____________________________________________________________________________ 74
126 Transplante de fígado com doador em coração parado_____________________________________________________________ 74
127 Tratamento combinado de adenoma hepático roto com embolização e alcoolização_____________________________________ 75
128 Tratamento de cisto de colédoco - Relato de caso__________________________________________________________________ 75
129 Trauma de vias biliares extra-hepáticas: relato de caso______________________________________________________________ 75
130 Trombose de veia porta por onfalite neonatal associada à aneurisma de artéria esplênica tratada com embolização___________ 76
131 Túmor de cólon em receptores de transplante de fígado: relato de dois casos___________________________________________ 76
132 Varizes duodenais em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica________________________________________________ 76
133 Varizes gástricas sangrantes em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica________________________________________ 77
INTESTINO
(TL.C.INT.P)
134 Abdome agudo vascular secundário a má rotação intestinal. Relato de caso___________________________________________ 77
135 Adenocarcinoma de duodeno__________________________________________________________________________________ 77
136 Adenocarcinoma de intestino delgado: relato de caso______________________________________________________________ 78
137 Apendicite aguda: apresentação incomum de uma patologia cirúrgica habitual_________________________________________ 78
138 Colecistite aguda alitiásica como consequência de vasculopatia isquêmica_____________________________________________ 78
139 Coledocolitíase e pancreatite aguda associados à divertículo peripapilar_______________________________________________ 79
140 Evisceração vaginal de intestino delgado: relato de caso____________________________________________________________ 79
141 Evolução de pacientes submetidos à laparotomia exploradora de emergência por isquemia mesentérica____________________ 79
142 Fístula espontânea___________________________________________________________________________________________ 80
143 Fístulas colecistoduodenocolônicas: relato de caso________________________________________________________________ 80
144 GIST de delgado como causa de hemorragia digestiva - 3 casos______________________________________________________ 80
145 Hemorragia digestiva baixa maciça por doença divertículo em jejuno_________________________________________________ 81
146 Hérnia através do forame de Winslow – Relato de caso_____________________________________________________________ 81
147 Hérnia de Garengeot encarcerada – Relato de caso________________________________________________________________ 81
148 Hérnia do obturador - causa rara de obstrução intestinal___________________________________________________________ 82
149 Intussuscepção intestinal causada por leiomioma de intestino delgado: um relato de caso________________________________ 82
150 Intussuscepção jejuno-gástrica pós-gastrectomia parcial – relato de três casos__________________________________________ 82
v. 50 - suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
7
Índice • Cirurgia
151 Intussuscepção jejunojejunal por leiomioma de delgado____________________________________________________________ 83
152 Íleo biliar - Relato de caso_____________________________________________________________________________________ 83
153 Íleo biliar e a conduta adequada de obstrução intestinal na emergência_______________________________________________ 83
154 Linfoma de Burkitt com acometimento do trato gastrointestinal: relato de caso________________________________________ 84
155 Melanoma intestinal primário: relato de um caso__________________________________________________________________ 84
156 Neurofibroma duodenal: relato de caso__________________________________________________________________________ 84
157 O papel da cintilografia no diagnóstico diferencial da hemorragia digestiva: relato de caso_______________________________ 85
158 Obstrução intestinal por divertículo de jejuno_____________________________________________________________________ 85
159 Perfuração intestinal por tuberculose____________________________________________________________________________ 85
160 Pseudomixoma peritoneal secundário neoplásia de apêndice cecal – relato de caso______________________________________ 86
161 Relato de caso de endometriose intestinal como causa de abdome agudo obstrutivo com acometimento linfonodal___________ 86
162 Relato de caso – adenocarcinoma de apêndice____________________________________________________________________ 86
163 Tratamento de fístula enterocutânea em hérnia inguinal encarcerada_________________________________________________ 87
164 Tumor carcinoide de intestino delgado__________________________________________________________________________ 87
165 Tumor desmoide_____________________________________________________________________________________________ 87
166 Tumor estromal gastrintestinal: relato de caso e revisão literária_____________________________________________________ 88
167 Tumor estromal gastrointestinal c-kit (CD117) negativo____________________________________________________________ 88
168 Volvo de ceco e cólon ascendente em paciente com megacólon chagásico pós- retossigmoidectomia: relato de caso___________ 88
169 Volvo intestinal em torno de cordão fibroso de divertículo de Meckel_________________________________________________ 89
MISCELÂNEA (TL.C.MIS.P)
170 Abdome agudo em pacientes com doença hematológica____________________________________________________________ 89
171 Abdome agudo por rotura de aneurisma de artéria esplênica: relato de caso___________________________________________ 89
172 Abscesso esplênico em paciente imunocompetente: relato de caso____________________________________________________ 90
173 Angiomixoma agressivo de parede abdominal: relato de caso________________________________________________________ 90
174 Apêndice cecal duplo com apendicite aguda: relato de caso_________________________________________________________ 90
175 Áscaris na via biliar em pós-operatório de apendicectomia - Relato de caso____________________________________________ 91
176 Baço ectópico com baço acessório - Relato caso___________________________________________________________________ 91
177 Cisto de úraco simulando abdômen agudo_______________________________________________________________________ 91
178 Cisto esplênico: relato de 2 casos_______________________________________________________________________________ 92
179 Cisto esplênico epitelial gigante________________________________________________________________________________ 92
180 Cisto esplênico gigante em adolescente__________________________________________________________________________ 92
181 Cisto mesentérico volumoso como causa de semioclusão intestinal em adulto jovem____________________________________ 93
182 Cisto mesentérico____________________________________________________________________________________________ 93
183 Colecistectomia parcial videolaparoscópica como tratamento de colecistite aguda de apresentação incomum________________ 93
184 Condiloma anal gigante: relato de caso__________________________________________________________________________ 94
185 Confecção de vias alimentares por laparoscopia para nutrição enteral: série de casos____________________________________ 94
186 Diagnóstico tardio de hérnia inguinal encarcerada como causa de sepse: relato de caso__________________________________ 94
187 Doença de Crohn associada à síndrome de Fournier - Relato de caso_________________________________________________ 95
188 Ducto cístico com implantação na via biliar pelo ducto hepático direito_______________________________________________ 95
189 Epidemiologia do acesso venoso central em pacientes adultos em uma uti de hospital de trauma em Recife - pe____________ 95
190 Gastrosquise e onfalocele: avaliação de parâmetros epidemiológicos e da mortalidade pós-operatório de
recém-nascidos atendidos em um hospital de referência em Belém - pa_______________________________________________ 96
191 Gastrosquise e onfalocele: avaliação de parâmetros epidemiológicos e do tempo médio de jejum no pós-operatório
de recém-nascidos em nutrição parenteral total atendidos em um Hospital de Referência em Belém - pa____________________ 96
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Índice • Cirurgia
192 Gastrostomia videolaparoscópica: descrição de técnica_____________________________________________________________ 96
193 GIST duodenal sangrante: um relato de caso_____________________________________________________________________ 97
194 Hérnia de Spiegel tratamento por videolaparoscopia_______________________________________________________________ 97
195 Hérnia diafragmática crônica: relato de caso______________________________________________________________________ 97
196 Hérnia epigástrica complexa___________________________________________________________________________________ 98
197 Hérnia incisional (HI) complexa: relato de caso___________________________________________________________________ 98
198 Hérnia incisional complexa: relato de caso_______________________________________________________________________ 98
199 Hérnia incisional gigante com ocupação de bolsa escrotal, tratada após uso de pneumoperitôneo progressivo_______________ 99
200 Hérnia lombar complexa______________________________________________________________________________________ 99
201 Hérnia trans-mesentérica congênita em adulto: relato de caso_______________________________________________________ 99
202 Hérnia umbilical complexa___________________________________________________________________________________ 100
203 Icterícia como consequência de litíase da via biliar________________________________________________________________ 100
204 Infiltrado neutrofílico em pulmões de camundongos com peritonite induzida associada a líquido com
pH ácido ou alcalino________________________________________________________________________________________ 100
205 Íleo adinâmico por sepse fúngica______________________________________________________________________________ 101
206 Jejunostomia videolaparoscópica: descrição de técnica____________________________________________________________ 101
207 Lesão de via biliar em videolaparoscopia com fístula biliar e dreno de Kehr localizado em região de bulbo duodenal________ 101
208 Lesão esplênica como complicação de colonoscopia______________________________________________________________ 102
209 Lesão iatrogênica de artéria hepática direita durante colecistectomia videolaparoscópica________________________________ 102
210 Lesão iatrogênica de via biliar combinada a uma lesão de artéria hepática pós-colecistectomia___________________________ 102
211 Lesões iatrogênicas de vias biliares em colecistectomias (CCT): dois casos____________________________________________ 103
212 Manejo de pacientes com apendicite grau IV através de apendicectomia, cecostomia e dieta oral de alta absorção:
quatro relatos de casos_______________________________________________________________________________________ 103
213 Metástase hepática em carcinoma folicular da tireoide____________________________________________________________ 103
214 Necrose aguda da vesícula biliar com formação de bilioma, secundária à cálculo obstrutivo do colédoco__________________ 104
215 Neoplasia esofágica e gástrica sincrônicas - Relato de caso_________________________________________________________ 104
216 Neoplasias primárias múltiplas: quatro sítios primários em dois anos. Relato de caso___________________________________ 104
217 O uso de toxina botulínica do tipo a nas hérnias com perda de domicílio_____________________________________________ 105
218 Obesidade e o diabetes - a importância da cirurgia bariátrica_______________________________________________________ 105
219 Pancreatite crônica com evolução atípica: relato de caso___________________________________________________________ 105
220 Perfil epidemiológico da utilização do cateter venoso central em pacientes adultos na
enfermaria de cirurgia geral de um hospital público, terciário em Recife - pe__________________________________________ 106
221 Período de afastamento do trabalho após colecistectomia videolaparoscópica_________________________________________ 106
222 Período de afastamento do trabalho após herniorrafia inguinal à Lichtenstein_________________________________________ 106
223 Pneumoperitôneo seriado como opção no tratamento das hérnias gigantes___________________________________________ 107
224 Pneumoperitônio progressivo no tratamento de hérnia incisional com perda de domicílio: relato de caso e
revisão da literatura_________________________________________________________________________________________ 107
225 Presença do TNF no líquido peritoneal de camundongos com peritonite bacteriana em meio ácido ou alcalino_____________ 107
226 Pseudocisto pancreático com evolução atípica: relato de caso_______________________________________________________ 108
227 Rabdomiossarcoma embrionário - Relato de um caso_____________________________________________________________ 108
228 Rabdomiolise em paciente obeso mórbido submetido ao bypass gástrico em Y-de-Roux________________________________ 108
229 Relato de caso: hérnia epigástrica gigante com perda de domicílio contendo cólon transverso e a maior parte
do estômago_______________________________________________________________________________________________ 109
230 Relato de caso: hérnia traumática abdominal____________________________________________________________________ 109
231 Relato de caso: presença de Schistosoma mansoni em lipoma_______________________________________________________ 109
232 Relato de caso: pseudocisto gigante de adrenal - diagnóstico diferencial de lesões císticas abdominais_____________________ 110
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Índice • Cirurgia
233 Relato de caso: pseudomixoma peritoneal_______________________________________________________________________ 110
234 Rotura diafragmática extensa e lesão intraperitoneal da bexiga após trauma abdominal fechado_________________________ 110
235 Síndrome de Mirizzi: relato de caso____________________________________________________________________________ 111
236 Síndrome de Mirizzi: relato de caso____________________________________________________________________________ 111
237 Técnicas de transplante de fígado para ressecção de tumores retroperitoneais_________________________________________ 111
238 Tratamento cirúrgico de hérnia inguinoescrotal gigante____________________________________________________________ 112
239 Tratamento videolaparoscópico de cisto esplênico não parasitário___________________________________________________ 112
240 Trauma abdominal penetrante com orifício de entrada e saída abdominal____________________________________________ 112
241 Trombose de veias porta e mesentérica superior com isquemia intestinal secundária: relato de caso_______________________ 113
242 Tumor desmoplásico de pequenas células redondas_______________________________________________________________ 113
243 Tumor desmoide extra-abdominal: relato de caso_________________________________________________________________ 113
244 Uso do curativo à vácuo no trauma abdominal__________________________________________________________________ 114
OBESIDADE (TL.C.OBE.P)
245 Análise de 1838 pacientes submetidos ao tratamento endoscópico da obesidade com balão intragástrico__________________ 114
246 Antibioticoprofilaxia em cirurgia bariátrica com cefazolina em infusão contínua: determinação da
concentração no tecido celular subcutâneo______________________________________________________________________ 114
247 Avaliação da força muscular respiratória no pré e pós-operatório de gastroplastia redutora______________________________ 115
248 Capacidade funcional em obesos mórbidos: proposta de nova equação de predição do teste de caminhada_________________ 115
249 Cirurgia bariátrica e gestação, um estudo retrospectivo____________________________________________________________ 115
250 Gastroplastia redutora: correlação entre o tempo de internação global e em UTI e os testes cardiopulmonares
pré-operatórios_____________________________________________________________________________________________ 116
251 Hematoma de parede abdominal______________________________________________________________________________ 116
252 Hérnia diafragmática traumática: um relato de caso______________________________________________________________ 116
253 Influência do índice de massa corpórea e do número de cálculos biliares no desenvolvimento da colecistite aguda___________ 117
254 Kwashiorkor em paciente com balão intragástrico - Relato de caso__________________________________________________ 117
255 Obstrução intestinal por fitobezoar pós bypass gástrico em Y-de-Roux_______________________________________________ 117
256 Plasma de argônio no tratamento do reganho de peso pós-cirurgia bariátrica: resultados iniciais_________________________ 118
PÂNCREAS (TL.C.PAN.P)
257 A importância do perfil clínico-epidemiológico no adenocarcinoma da ampola de Vater________________________________ 118
258 Acelerando a recuperação dos pacientes submetidos à gstroduodenopancreatectomia__________________________________ 118
259 As condições socioeconômicas não influenciaram nos resultados de 61 pacientes submetidos
à duodenopancreatectomia (dp)______________________________________________________________________________ 119
260 Cisto de colédoco em paciente de 65 anos - Relato de caso_________________________________________________________ 119
261 Diagnóstico de insulinoma em paciente com síndrome psiquiátrica__________________________________________________ 119
262 Dor abdominal em mulher jovem: tumor de Frantz, relato de caso__________________________________________________ 120
263 Duodenopancreatectomia cefálica associada à pancreatectomia caudal na doença de Von Hippel-Lindau__________________ 120
264 Glucagonoma em processo uncinado do pâncreas: pancreatectomia parcial com preservação do
duodeno – Relato de caso____________________________________________________________________________________ 120
265 Hepatocarcinoma em foco de tecido hepático ectópico em cabeça pancreática: relato de caso e
revisão de literatura_________________________________________________________________________________________ 121
266 Linfoma folicular pancreático: relato de caso____________________________________________________________________ 121
267 Lipossarcoma mixoide em retroperitôneo: relato de caso__________________________________________________________ 121
268 Manejo de complicações da cirurgia de Whipple_________________________________________________________________ 122
269 Modificações da técnica de ressecção e reconstrução da gastroduodenopancreatectomia têm impacto na
evolução do pós-operatório___________________________________________________________________________________ 122
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Índice • Cirurgia
270 Pancratectomia e hepatectomia simultânea em câncer de pâncreas__________________________________________________ 122
271 Pancreas transplantation: anatomical landmarks and surgical technique_____________________________________________ 123
272 Pancreatite traumática em trauma abdominal contuso: relato de caso________________________________________________ 123
273 Pancreatojejunostomia pela técnica de Peng: relato de caso e revisão de literatura______________________________________ 123
274 Paracoccidioidomicose: simulando neoplasia de cabeça pancreática_________________________________________________ 124
275 Pseudocisto pancreático por trauma e sua abordagem cirúrgica: relato de caso________________________________________ 124
276 Relato de caso: pancreatite aguda grave necrotizante______________________________________________________________ 124
277 Tratamento cirúrgico de recidivada de estenose de via biliar após gastroduodenopancreatectomia - Relato de caso__________ 125
278 Tuberculose pancreática simulando neoplasia avançada___________________________________________________________ 125
279 Tumor de Frantz: relato de caso_______________________________________________________________________________ 125
ORAIS • CIRURGIA
CÓLON (TL.C.COL.O)
280 Avaliação da tendência do câncer colorretal em Goiânia de acordo com sexo e a faixa etária
no período de 1988 a 2008____________________________________________________________________________________ 126
281 Reconstrução de parede abdominal com rotação de retalho após ressecção de tumor avançado de cólon___________________ 126
Esôfago (TL.C.ESO.O)
282 Análise comparativa da anastomose manual e mecânica do esôfago cervical com o tubo gástrico
isoperistáltico de grande curvatura no tratamento cirúrgico paliativo do câncer de esôfago torácico irressecável_____________ 126
283 Análise comparativa da sutura mecânica e manual da anastomose esofagástrica cervical na terapêutica cirúrgica
do megaesôfago avançado pela mucosectomia esofágica___________________________________________________________ 127
284 Análise da terapêutica cirúrgica da esofagite cáustica_____________________________________________________________ 127
285 Análise das complicações da reconstrução faringoesofágica no carcinoma de hipofaringe e esôfago cervical:
análise retrospectiva em 69 pacientes___________________________________________________________________________ 127
286 Análise das complicações da terapêutica cirúrgica da acalasia idiopática do esôfago____________________________________ 128
287 Anastomose cervical na esofagectomia para tratamento do adenocarcinoma da junção esofagogástrica
com reconstrução com gastroplastia: análise de resultados_________________________________________________________ 128
288 Análise de complicações após tratamento cirúrgico de megaesôfago avançado_________________________________________ 128
289 Avaliação da esofagectomia de resgate no tratamento cirúrgico do câncer de esôfago avançado__________________________ 129
290 Avaliação da sutura mecânica e manual no tratamento cirúrgico do divertículo faringoesofágico_________________________ 129
291 Avaliação das complicações da esofagectomia de urgência: estudo retrospectivo em 31 pacientes_________________________ 129
292 Avaliação funcional esofágica em pacientes portadores de estenoses laringo-traqueais__________________________________ 130
293 Avaliação laboratorial pré e pós-operatória de pacientes submetidos à operação de Serra-Dória__________________________ 130
294 Avaliação pela manometria esofágica (ME) e phmetria esofágica de 24 hs (PH) em pacientes
com sintomas pós fundoplicatura (FP)_________________________________________________________________________ 130
295 Cirurgia para doença do refluxo gastroesofágico – Indicações______________________________________________________ 131
296 Comparação do questionário GERD-HRQL aplicado pessoalmente e por telefone em pacientes submetidos
à fundoplicatura laparoscópica à Nissen________________________________________________________________________ 131
297 Complicações do tratamento videolaparoscópico (VLH) da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE): 174 pacientes________ 131
298 Esofagectomia robótica - experiência inicial_____________________________________________________________________ 132
299 Fundoplicatura total sem liberação dos vasos gástricos curtos: válvula com a parede anterior ou com as
paredes anterior e posterior? Análise da disfagia pós-operatória____________________________________________________ 132
300 Hérnia hiatal gigante: comparação de resultados do tratamento cirúrgico eletivo e de urgência___________________________ 132
301 Impacto do linfonodo metastático na sobrevida geral no adenocarcinoma de junção esôfagogástrica baseado na nova
classificação da AJCC (7 edição)______________________________________________________________________________ 133
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Índice • Cirurgia
302 Operação de Serra-Dória: tratamento do megaesôfago e sintomas digestivos
novos em casuística do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás_______________________________________ 133
303 Qual a importância do refluxo gastroesofágico em pacientes após transplante de pulmão?_______________________________ 133
304 Tratamento cirúrgico da hérnia de hiato gigante com tela de dupla face______________________________________________ 134
EStômago (TL.C.EST.O)
305 A solução de Carnoy melhora a identificação de linfonodos após a gastrectomia D2: resultados de
um estudo prospectivo, randomizado___________________________________________________________________________ 134
306 Análise de complicações de 60 pacientes submetidos a gastrectomias – maiores ou menores?
Manejo clínico ou cirúrgico?__________________________________________________________________________________ 134
307 Emprego da partição gástrica associada a gastro-entero anastomose para paliação de tumores
gástrico distais obstrutivos e irressecáveis_______________________________________________________________________ 135
308 Estudo da capacidade preditiva dos métodos de avaliação nutricional global e suas variáveis nas
complicações pós-operatórias do câncer gástrico_________________________________________________________________ 135
309 Incidência, padrões de recorrência e fatores preditivos relacionados à recidiva precoce e tardia em câncer gástrico___________ 135
Fígado (TL.C.fig.O)
310 Anastomose esplenorrenal distal (AERD) em cirróticos com HDA na era dos transplantes______________________________ 136
311 Aplicação do escore BAR em pacientes transplantados de fígado___________________________________________________ 136
312 Avaliação da função pulmonar através das pressões inspiratória e expiratória de pacientes submetidos à colecistectomia
laparoscópica e com o emprego do SILS Port____________________________________________________________________ 136
313 Cirurgia hepática: experiência em centro universitário de referência - Hospital das Clínicas da Ufg______________________ 137
314 Efeitos de fragmentos de heparina em lesão hepática secundária à isquemia/reperfusão hepática_________________________ 137
315 Estudo comparativo do estresse cirúrgico avaliado pelos níveis de cortisol e ACTH em pacientes submetidos
à colecistectomia laparoscópica e com emprego SILS Port_________________________________________________________ 137
316 Evolução de cirróticos com HDA tratados com TIPS revestido_____________________________________________________ 138
317 Incidência de carcinoma incidental de vesícula biliar nos pacientes submetidos à colecistectomia de urgência_______________ 138
318 Relação dose/nível de tacrolimus no transplante de fígado: estudo prospectivo e comparativo (rejeição/infecção)____________ 138
319 Tratamento do carcinoma hepatocelular em um hospital público____________________________________________________ 139
Miscelânea (TL.C.MIS.O)
320 Avaliação do tratamento da coledocolitiase residual______________________________________________________________ 139
321 Avaliação morfométrica cardíaca e índices ponderais após bypass gástrico em Y-de-Roux: modelo experimental____________ 139
322 Efeito da lavagem da cavidade peritoneal com soluções salinas a 0,9% e a 3% na injúria pulmonar precoce
de gerbis com peritonite induzida______________________________________________________________________________ 140
323 Resposta orgânica ao trauma cirúrgico_________________________________________________________________________ 140
324 Surgical treatment of iatrogenic biliary injury: lessons learned over a fourteen year period_______________________________ 140
325 Surgimento de hérnias após procedimentos invasivos______________________________________________________________ 141
326 The management of symptomatic cholelithiasis during pregnancy___________________________________________________ 141
Obesidade (TL.C.OBE.O)
327 Acompanhamento laboratorial do risco cardiovascular antes e após tratamento cirúrgico da obesidade mórbida____________ 141
328 Alteração da composição corporal induzida por dieta de muito baixo valor calórico no período
pré-operatório de cirurgia bariátrica___________________________________________________________________________ 142
329 Avaliação da composição corporal após a administração de óleo de palma e glutamina em diabéticos tipo 2_______________ 142
330 Avaliação da composição corporal em obesos mórbidos: estudo comparativo entre BIA e IAC___________________________ 142
331 Avaliação funcional de pacientes obesos idosos candidatos à cirurgia bariátrica_______________________________________ 143
332 Cirurgia revisional para o tratamento de reganho de peso após derivação gástrica em Y-de-Roux (DGYR)________________ 143
333 Correlação entre capacidade de caminhar e a composição corporal em obesos mórbidos________________________________ 143
334 Diagnóstico e tratamento da hipertensão arterial sistêmica na obesidade mórbida_____________________________________ 144
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Índice • Cirurgia
335 Efeito da administração oral do óleo de palma e glutamina sobre o glp-1 e glicemia em pacientes diabéticos
tipo 2 submetidos a interposição ileal duodenojejunal sem ressecção gástrica_________________________________________ 144
336 Esteato hepatite não-alcóolica em pacientes pré e pós-cirurgia bariátrica atendidos nos hospitais de referência de palmas - TO__ 144
337 Marcadores não invasivos para predição de fibrose avançada/cirrose hepática na obesidade mórbida______________________ 145
Pâncreas (TL.C.PAN.O)
338 Análise clínico-patológica do tratamento cirúrgico dos tumores neuroendócrinos do pâncreas:
resultados preliminares______________________________________________________________________________________ 145
339 Análise de complicações em 61 pacientes submetidos a duodenopancreatectomias (DP) – maiores
ou menores? Manejo clínico ou cirúrgico?_______________________________________________________________________ 145
340 Duodenopancreatectomia na oitava década de vida_______________________________________________________________ 146
341 Duodenopancreatectomia videolaparoscópica. Experiência em dez casos_____________________________________________ 146
342 Pancreatectomia distal videolaparoscópica______________________________________________________________________ 146
343 Pancreatectomia laparoscópica com portal único. Análise de experiência pioneira no Brasil_____________________________ 147
344 Pancreatectomia laparoscópica. Da enucleação à duodenopancreatectomia. 11 anos de experiência_______________________ 147
345 Tratamento cirúrgico do insulinoma pancreático_________________________________________________________________ 147
Esôfago (TL.C.ESO.O)
346 Cardiomiotomia como tratamento do megaesôfago avançado/limítrofe: análise de resultados____________________________ 148
347 Reoperação na acalásia recidivada: experiência de serviço de referência______________________________________________ 148
Estômago (TL.C.EST.O)
348 Metástases linfáticas no câncer gástrico precoce. Vale a pena a aplicar as regras do oriente para o ocidente?________________ 148
Fígado (TL.C.FIG.O)
349 Era MELD promoveu aumento do número total de transplantes combinados fígado e rim______________________________ 149
350 Hepatectomia laparoscópica com portal único. Análise de experiência pioneira no Brasil_______________________________ 149
MISCELÂNEA (TL.C.MIS.O)
351 Irradiação hepática aumenta tempo livre de doença em pacientes submetidos a tratamento adjuvante
para o câncer gástrico?_______________________________________________________________________________________ 149
ESPECIAL (TL.C.OBE.O)
352 Alterações endoscópicas relacionadas à doença do refluxo gastroesofágico: estudo comparativo
entre obesos mórbidos e super-obesos__________________________________________________________________________ 150
353 Tratamento cirúrgico da obesidade severa em adolescentes - Resultados tardios_______________________________________ 150
VÍDEOS • CIRURGIA
CIRURGIA (TL.C.V)
354 Manometric parameters in patients with suspected gastroesophageal reflux disease and normal pH monitoring_____________ 151
355 Proposta de nova técnica para reconstrução da via biliar utilizando tubo de segmento jejunal
no tratamento do cisto de colédoco____________________________________________________________________________ 151
Cólon (TL.C.COL.V)
356 Troca de sonda de gastrostomia com cateter magnético sem endoscópia______________________________________________ 151
357 Colectomia direita laparoscópica com ressecção alargada associado à ligadura de veia gonadal e
salpingo-ooforectomia direita_________________________________________________________________________________ 152
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Índice • Cirurgia
358 Excisão completa do mesocólon (ECM) e ligadura vascular central (LVC) na colectomia direita
por vídeolaparoscopia_______________________________________________________________________________________ 152
359 Gastropexia anterior videolaparoscópica para tratamento de volvo gástrico crônico____________________________________ 152
360 Retopexia laparoscópica associada à colpopexia extra-peritoneal com tela physiomesh (TM)____________________________ 153
ESÔFAGO (TL.C.ESO.V)
361 Angulação esofagiana pós herniorrafia hiatal____________________________________________________________________ 153
362 Carcinossarcoma de esôfago tratatado por videotoracoscopia______________________________________________________ 153
363 Cirurgia de Thal-Hatafuku-Maki laparoscópica como alternativa para o megaesôfago avançado_________________________ 154
364 Passos técnicos da esofagectomia por videotoracoscopia no tratamento cirúrgico do carcinoma
espinocelular do esôfago_____________________________________________________________________________________ 154
365 Recardiomiotomia videolaparoscopica para tratamento da recidiva da disfagia em paciente previamente
submetido à miotomia_______________________________________________________________________________________ 154
366 Via toracoscópica como alternativa de abordagem de leiomioma esofágico___________________________________________ 155
Estômago (TL.C.EST.V)
367 Gastrectomia videolaparoscópica em tumor T4 com hepatectomia segmerntar não regrada_____________________________ 155
368 Partição gástrica laparoscópica para o tratamento paliativo de tumor gástrico distal obstrutivo__________________________ 155
Fígado (TL.C.FIG.V)
369 Alpps totalmente laparoscópico_______________________________________________________________________________ 156
370 Cirurgia de ALPPS: uso de pneumoperitônio para reduzir aderências no segundo tempo_______________________________ 156
371 Exérese de nódulo hepático pediculado por videolaparoscopia______________________________________________________ 156
372 Hepatectomia direita com anastomose bilio-digestiva por laparoscopia______________________________________________ 157
Intestino (TL.C.INT.V)
373 Apendicite aguda com pneumoperitônio simulando úlcera perfurada - Relato de caso__________________________________ 157
374 Ressecção laparoscópica de adenoma de duodeno________________________________________________________________ 157
375 Suboclusão intestinal por brida_______________________________________________________________________________ 158
Miscelânea (TL.C.MIS.V)
376 Reparo laparoscópico de lesões iatrogênicas das vias biliares após colecistectomia aberta________________________________ 158
OBESIDADE (TL.C.OBE.V)
377 Bypass gástrico sem anel videolaparoscópico____________________________________________________________________ 158
378 Correlação da força muscular com a composição corpórea na obesidade mórbida_____________________________________ 159
379 Obstrução por balão________________________________________________________________________________________ 159
Pâncreas (TL.C.PAN.V)
380 Derivação coledocoduodenal latero-lateral videolaparoscópica: passo-a-passo________________________________________ 159
381 Derivação hepaticojejunal em Y-de-Roux videolaparoscópica para tratamento da coledocolitíase associada
à fístula colecistoduodenal: aspectos técnicos____________________________________________________________________ 160
382 Duodenopancreatectomia laparoscópica com preservação do piloro e reconstrução em dupla alça jejunal_________________ 160
383 Pancreatectomia central totalmente laparoscópica com pancreatojejunostomia ducto-mucosa em Y-de-Roux_______________ 160
384 Whipple laparoscópica_______________________________________________________________________________________ 161
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v. 50 - suplemento - 2013
Índice • Gastroenterologia
Federação Brasileira de Gastroentereologia
PÔSTERES • gastroenterologia
EsôFaGo (TL.G.ESO.P)
385 Achados manométricos em pacientes com disfagia_______________________________________________________________ 163
386 Associação de doença celíaca e retocolite ulcerativa: relato de caso__________________________________________________ 163
387 Avaliação inicial do IMC em diversas faixas etárias e reavaliação após 10 anos________________________________________ 163
388 Contrastes na mortalidade por neoplasia esofágica no estado do Rio Grande do Sul___________________________________ 164
389 Disfagia associada à neurofibromatose_________________________________________________________________________ 164
390 Divertículo de Zenker - Relato de caso__________________________________________________________________________ 164
391 Epidemiologia dos tumores malignos do esôfago: carcinoma epidermoide versus adenocarcinoma________________________ 165
392 Esofagite eosinofílica (EE): um diagnóstico diferencial____________________________________________________________ 165
393 Esofagite eosinofílica cursando inicialmente com estenose esofageana. Relato de caso_________________________________ 165
394 Esofagite eosinofílica: uma abordagem multiprofissional__________________________________________________________ 166
395 Esofagite necrotizante aguda: causa incomum de hemorragia digestiva alta___________________________________________ 166
396 Estenose esofágica após ingestão de Dramin. Relato de caso_______________________________________________________ 166
397 Estudo de uma série de casos de esofagite eosinofílica em uma instituição de Brasília___________________________________ 167
398 Histoplasmose esofágica: relato de um caso_____________________________________________________________________ 167
399 Migração aguda da válvula após tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico______________________________________ 167
400 Presbiesôfago e disfagia - Um relato de caso_____________________________________________________________________ 168
401 Síndrome da artéria mesentérica superior por acalasia chagásica____________________________________________________ 168
402 Tuberculose esofágica: relato de caso___________________________________________________________________________ 168
403 Tumor de células granulosas (tumor de Abrikossoff) de esôfago - Relato de caso______________________________________ 169
404 Tumor estromal gastrointestinal tratado como pseudocisto pancreático______________________________________________ 169
405 Tumores sincrônicos do esôfago_______________________________________________________________________________ 169
Estômago/Duodeno (TL.EST/DUO.P)
406 A prevalência das doenças do aparelho digestivo como causa de internação em hospitais da rede pública de
João Pessoa - PB____________________________________________________________________________________________ 170
407 A prevalência das úlceras gástrica e duodenal como causa de internação na rede pública de saúde de João Pessoa - Paraíba_____ 170
408 Adenocarcinoma discoesivo gástrico precoce: relato de um caso____________________________________________________ 170
409 Adenocarcinoma gástrico com apresentação atípica em paciente jovem: relato de caso__________________________________ 171
410 Análise comparativa de métodos diagnósticos para Helicobacter pylori em pacientes dispépticos de uma
clínica de endoscopia na cidade de Manaus_____________________________________________________________________ 171
411 Avaliação da morbidade por câncer de estômago no período de 2008 a 2012 em Goiás_________________________________ 171
412 Detecção e análise da translocação cromossômica T(11;18)(q21;q21) em portadores de linfoma MALT gástrico____________ 172
413 Diagnóstico precoce de tumor neuroendócrino duodenal: relato de caso_____________________________________________ 172
414 Doença celíaca associada à Síndrome de Down - Relato de caso____________________________________________________ 172
415 Doença de Ménétrier: relato de caso___________________________________________________________________________ 173
416 Doença de Whipple - Causa rara de diarreia crônica______________________________________________________________ 173
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Índice • Gastroenterologia
417 Efeito de extrato de própolis sobre a expressão proteica de oncogenes e desenvolvimento de
lesões gástricas induzidas por carcinogênese experimental pela n-metil-n´-nitro-n-nitrosoguanidina (MNNG),
em Mongolian gerbils________________________________________________________________________________________ 173
418 Efeitos da presença de Helicobacter pylori sobre o peso corporal e o valor calórico da dieta_____________________________ 174
419 Gastrite autoimune cursando com anemia crônica. Relato de caso__________________________________________________ 174
420 Gastrite flegmonosa por uso de terapia biológica em doença inflamatória intestinal - Relato de caso______________________ 174
421 Genótipos do H. pylori iceA1, vaca e alelos em portadores de gastrite, úlcera péptica e câncer
gástrico em Fortaleza, nordeste do Brasil_______________________________________________________________________ 175
422 Genótipos do H. pylori oipA, vaca e alelos em portadores de gastrite, úlcera péptica e câncer
gástrico em Fortaleza, nordeste do Brasil_______________________________________________________________________ 175
423 Grande carcinoma gástrico com crescimento superficial___________________________________________________________ 175
424 Infecção por H. pylori e hábitos de vida no desenvolvimento das doenças gastroduodenais em uma
população da Amazônia brasileira_____________________________________________________________________________ 176
425 Krukemberg - Apresentação de difícil de diagnóstico no câncer gástrico______________________________________________ 176
426 Linfocitose intraepitelial duodenal em infecção por Helicobacter pylori______________________________________________ 176
427 Linfoma MALT gástrico: um relato de caso_____________________________________________________________________ 177
428 Mantendo a integridade da mucosa gastroduodenal em paciente em uso prolongado de nutrição parenteral total___________ 177
429 Melanoma metastático de estômago e duodeno: relato de caso_____________________________________________________ 177
430 Níveis de grelina em pacientes Helicobacter pylori positivos e negativos______________________________________________ 178
431 O desafio do tratamento da dispepsia funcional em paciente comórbida na assistência primária
à saúde - Relato de caso______________________________________________________________________________________ 178
432 Obstrução duodenal - Uma apresentação incomum de enterite por Strongyloides stercoralis: relato de caso________________ 178
433 Pneumatose gástrica secundária a gastrite enfisematosa - relato de caso______________________________________________ 179
434 Pólipos de glândulas fúndicas: associação com o uso crônico de inibidores da bomba de prótons e
com ausência de infecção pelo Helicobacter pylori________________________________________________________________ 179
435 Prescrição de inibidores da bomba de prótons em pacientes da atenção primária – Experiência de um
município do meio-oeste catarinense___________________________________________________________________________ 179
436 Prevalência da infecção pelo H. pylori na gastrite atrófica do corpo e perfil histopatológico da
reação inflamatória na mucosa gástrica_________________________________________________________________________ 180
437 Prevalência do gene dupA do H. pylori em pacientes com gastrite___________________________________________________ 180
438 Relato de caso de ascite em paciente com gastroenterite eosinofílica_________________________________________________ 180
439 Relato de caso: GIST________________________________________________________________________________________ 181
440 Rendu Osler Weber__________________________________________________________________________________________ 181
441 Revisão da literatura: efeitos de extrato de brócolis na carcinogênese gástrica_________________________________________ 181
442 Schwannoma gástrico: relato de caso___________________________________________________________________________ 182
443 Síndrome de Pseudo-Meigs em paciente com tumor de Krukenberg: relato de caso_____________________________________ 182
444 Trombocitopenia induzida por omeprazol - Relato de caso_________________________________________________________ 182
445 Tumor carcinoide de duodeno: relato de caso____________________________________________________________________ 183
446 Tumor de Krukenberg secundário a linite plástica________________________________________________________________ 183
447 Tumor estromal gastrointestinal (GIST): diagnóstico diferencial de hemorragia digestiva alta____________________________ 183
448 Tumor estromal gástrico (GIST) de grande volume - Relato de caso_________________________________________________ 184
FÍGADO
(TL.G.FIG.P)
449 Abscessos hepáticos de repetição associados à litíase intra-hepática_________________________________________________ 184
450 Ambulatório de hepatites virais: Iniciativa municipal______________________________________________________________ 184
451 Análise preliminar: aplicação da bateria de avaliação frontal em cirróticos portadores de encefalopatia____________________ 185
452 Análise de fatores preditores para resposta virológica sustentada no tratamento da hepatite C___________________________ 185
453 Apresentação atípica do carcinoma hepatocelular com fratura óssea_________________________________________________ 185
454 Apresentação ictérica de linfoma de Hodgkin - Relato de caso______________________________________________________ 186
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Índice • Gastroenterologia
455 Apresentação não clássica da doença de Wilson__________________________________________________________________ 186
456 Avaliação da efetividade da biópsia hepática guiada por ultrassonografia em serviço de referência no
Estado do Maranhão________________________________________________________________________________________ 186
457 Avaliação da efetividade do Programa de Tratamento da Hepatite C crônica em usuários da
farmácia estadual de medicamentos excepcionais do maranhão (FEME)_____________________________________________ 187
458 Avaliação MELD, Rockall, Child-Pugh e Baveno em pacientes com hemorragia digestiva alta___________________________ 187
459 Complicação de paracentese: Relato de caso_____________________________________________________________________ 187
460 Complicação rara de cirrose hepática: ascite quilosa______________________________________________________________ 188
461 Diagnóstico diferencial das hepatopatias: hemocromatose hereditária - Relato de caso__________________________________ 188
462 Doença de Caroli: relato de caso______________________________________________________________________________ 188
463 Doença de Wilson: diagnóstico em paciente com envolvimento neurológico e hepático_________________________________ 189
464 Eficácia do clapeamento prolongado do ducto biliar comum do rato Wistar, na indução de lesões hepáticas________________ 189
465 Encefalopatia hepática por shunt portossistêmico com apresentação atípica: Parkisonismo - Relato de caso________________ 189
466 Esteato hepatite não alcoólica: alta prevalência em pacientes endocrinológicos________________________________________ 190
467 Esteatose aguda: um importante diagnóstico diferencial entre as doenças hepatobiliares da gestação______________________ 190
468 Esteatose hepática aguda da gravidez e morte fetal por cardiopatia complexa_________________________________________ 190
469 Esteroides anabolizantes provocando hepatite tóxica: relato de caso_________________________________________________ 191
470 Fístula arterioportal pós-biópsia hepática videolaparoscópica______________________________________________________ 191
471 Hemobilia como complicação de procedimentos intervencionistas no fígado__________________________________________ 191
472 Hemobilia em pacientes admitidos na emergência________________________________________________________________ 192
473 Hemobilia maciça em receptores de transplante de fígado_________________________________________________________ 192
474 Hemobilia: apresentação não usual de tumor de Klatskin__________________________________________________________ 192
475 Hemocromatose “benigna”?__________________________________________________________________________________ 193
476 Hemoperitônio – apresentação inicial de hepatocarcinoma_________________________________________________________ 193
477 Hepatite tóxica desencadeada por suplemento alimentar (termogênico)______________________________________________ 193
478 Hepatocarcinoma e hepatite B curada: relato de caso_____________________________________________________________ 194
479 Hepatocarcinoma em adulto jovem não cirrótico_________________________________________________________________ 194
480 Infarto agudo do miocárdio por cocaína associado a lesão hepática aguda____________________________________________ 194
481 Injúria renal aguda no paciente cirrótico: perfil etiológico e prognóstico de 27 casos____________________________________ 195
482 Intoxicação acidental por clorofórmio levando a insuficiência hepática - Relato de caso_________________________________ 195
483 Lesão hepática induzida por psicotrópicos em indivíduo com multimedicações: como
definir a substância agressora? - Relato de caso__________________________________________________________________ 195
484 Lesões nodulares benignas em fígados não cirróticos. A propósito de 35 pacientes_____________________________________ 196
485 Miopatia aguda relacionada ao uso de sorafenibe________________________________________________________________ 196
486 Neuroma pós-traumático em enxerto de transplante hepático: relato de caso__________________________________________ 196
487 Octreotide LAR como opção terapêutica para ascite refratária - Relato de caso_______________________________________ 197
488 Papel da tomografia por emissão de pósitrons com 18-fluordesoxiglicose (PET-FDG) na detecção de
cistos hepáticos infectados: relato de caso_______________________________________________________________________ 197
489 Paraplegia como primeira manifestação de carcinoma hepatocelular: relato de caso____________________________________ 197
490 Perfil clínico epidemiológico de pacientes com hepatite autoimune atendidos em um centro de
referência do Estado do Rio de Janeiro_________________________________________________________________________ 198
491 Perfil de prevalência de tabagismo e sua relação com a faixa etária em pacientes cronicamente
infectados pelo vírus da hepatite C_____________________________________________________________________________ 198
492 Perfil epidemiológico de trauma hepático no instituto médico legal do município de Palmas - TO________________________ 198
493 Peritonite fúngica espontânea: relato de caso____________________________________________________________________ 199
494 Prevalência de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica em pacientes infectados cronicamente
pelo vírus da hepatite C______________________________________________________________________________________ 199
495 Prevalência do consumo de álcool e sua relação com sexo e via de contaminação em pacientes
infectados cronicamente pelo vírus da hepatite C_________________________________________________________________ 199
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Índice • Gastroenterologia
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Proteinúria associada à hepatite crônica B - Remissão durante tratamento com tenofovir: relato de caso___________________ 200
Quimioembolização arterial no tratamento do carcinoma hepatocelular: experiência de 5 casos__________________________ 200
Reação leucemoide no curso inicial de hepatite alcoólica grave: relato de caso_________________________________________ 200
Reativação clínica de neurocisticercose na vigência do uso de interferon peguilado (PEG-INF) e
ribavirina em paciente com hepatite C (hcv) - Relato de caso______________________________________________________ 201
Reativação do HCV durante tratamento de linfoma de Burkitt_____________________________________________________ 201
Relato de caso: glicogenose hepática tipo iv no adulto com acometimento neuromuscular_______________________________ 201
Relato de caso: hepatite tóxica por uso de anabolizantes em jovem do sexo masculino__________________________________ 202
Resultados de transplante de fígado em pacientes idosos com HCV_________________________________________________ 202
Ruptura espontânea de hemangioma hepático: relato de caso______________________________________________________ 202
Sarcoidose hepática: relato de um caso_________________________________________________________________________ 203
Shunt esplenorrenal espontâneo como causa de encefalopatia hepática crônica: relato de caso___________________________ 203
Síndrome de Budd-Chiari como apresentação inicial de lúpus eritematoso sistêmico e síndrome do
anticorpo antifosfolípide_____________________________________________________________________________________ 203
Transplante de fígado em pacientes com colangite esclerosante primária. A propósito de 14 casos________________________ 204
Trombose de veia porta secundária a colecistite aguda - Relato de caso______________________________________________ 204
Tuberculose disseminada com acometimento hepático em imunocompetente: relato de caso_____________________________ 204
GASTROPEDIATRIA (TL.G.GPE.P)
511
512
513
514
Amebíase: análise epidemiológica no estado de Goiás, em 2012_____________________________________________________ 205
Complicações das diarreias infantis____________________________________________________________________________ 205
Doença de Hirschsprung: o que é importante saber?______________________________________________________________ 205
Práticas alimentares em crianças de 6 a 24 meses de idade atendidas em unidade básica de saúde no
município de Porto Velho - RO________________________________________________________________________________ 206
515 Prevalência do aleitamento materno e o consumo de refrigerantes e sucos industrializados por crianças
de 6 meses até 2 anos de idade atendidas em uma unidade básica de saúde em Porto Velho – Rondônia____________________ 206
516 Toxocaríase versus reação leucemoide: um relato de caso__________________________________________________________ 206
Intestino (TL.G.INT.P)
517 A crença em Deus como fator terapêutico e de adesão ao tratamento na doença inflamatória intestinal.
Resultados preliminares de um estudo multicêntrico em pacientes ambulatoriais_______________________________________ 207
518 A importância da enteroscopia no diagnóstico da doença de Crohn de delgado________________________________________ 207
519 A infecção pelo citomegalovírus não interfere na atividade da doença inflamatória intestinal____________________________ 207
520 Abordagem cirúrgica de doença de Crohn (dc) com fístulas enterocutâneas__________________________________________ 208
521 Abscesso do psoas como complicação da doença de Crohn: relato de caso____________________________________________ 208
522 Abscesso pré-sacral: uma complicação rara da doença de Crohn - Relato de caso______________________________________ 208
523 Adenocarcinoma colorretal em paciente jovem sem histórico familiar e não detectados pelos métodos convencionais
de rastreio_________________________________________________________________________________________________ 209
524 Adenocarcinoma de jejuno: relato de caso e revisão de literatura____________________________________________________ 209
525 Adenocarcinoma mucinoso de cólon em paciente com síndrome Blue Rubber Bleb Nevus: relato de caso__________________ 209
526 Adenocarcinoma mucinoso em fístula perianal na doença de Crohn: relato de caso____________________________________ 210
527 Análise da corticodependência nos pacientes ambulatoriais com Doença de Crohn do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (hcpa)____________________________________________________________________ 210
528 Anemia em pacientes com doenças inflamatórias intestinais (DII) acompanhados no hospital universitário da
Universidade Estadual de Londrina (uel)_____________________________________________________________________ 210
529 Apresentação rara de doença celíaca com desnutrição grave no puerpério: relato de caso________________________________ 211
530 Aspectos éticos no tratamento de paciente com neoplasia de cólon - Relato de caso____________________________________ 211
531 Auto-avaliação de pacientes com doença de Crohn e colite ulcerativa em uso de infliximabe com relação ao
benefício do tratamento - estudo de coorte retrospectiva___________________________________________________________ 211
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Índice • Gastroenterologia
532 Avaliação antropométrica, composição corporal e densidade mineral óssea em pacientes com retocolite ulcerativa__________ 212
533 Avaliação da dispensação de medicamentos excepcionais aos pacientes portadores de doença inflamatória
intestinal no Espírito Santo___________________________________________________________________________________ 212
534 AVC isquêmico em paciente jovem com doença inflamatória intestinal: um relato de caso_______________________________ 212
535 Biópsias duodenais: análise estatística do perfil epidemiológico e da correlação entre as indicações e as alterações
histopatológicas____________________________________________________________________________________________ 213
536 Características associadas ao uso de corticoterapia em rcu – Salvador - BA___________________________________________ 213
537 Características clínicas e demográficas associadas à colite extensa em pacientes portadores de
RCU de dois centros de referência de Salvador, Bahia/Brasil_______________________________________________________ 213
538 Classificação de Montreal em pacientes com doença de Crohn acompanhados em centros de
referência do estado da Bahia_________________________________________________________________________________ 214
539 Colangite esclerosante primária associada a doença de Crohn: relato de caso_________________________________________ 214
540 Colite segmentar associada à doença diverticular: relato de caso____________________________________________________ 214
541 Desenvolvimento de câncer colorretal em paciente de 36 anos com doença de Crohn___________________________________ 215
542 Diarreia crônica como manifestação inicial da Amiloidose Al______________________________________________________ 215
543 Divertículo de Meckel perfurado simulando apendicite: relato de um caso____________________________________________ 215
544 Doença de Crohn e endometriose intestinal: diagnóstico diferencial e possível associação - Relato de caso_________________ 216
545 Doença de Crohn mimetizando adenocarcinoma: relato de dois casos_______________________________________________ 216
546 Doença de Crohn mimetizando apendicite aguda complicada em paciente gestante - Relato de caso______________________ 216
547 Doença de Whipple: desafio diagnóstico das causas de diarreia crônica______________________________________________ 217
548 Doença mitocondrial e doença de Crohn: há alguma correlação?___________________________________________________ 217
549 Doença sistêmica associada à IGG4: diagnóstico diferencial das doenças inflamatórias intestinais?_______________________ 217
550 Enterocolite mastocítica: relato de caso_________________________________________________________________________ 218
551 Eritema multiforme durante tratamento com infliximabe - Relato de caso____________________________________________ 218
552 Fístula entero-cutânea em doença de Crohn tratada com imunobiológico e imunossupressor____________________________ 218
553 Hiperplasia nodular linfoide em paciente com imunodeficiência comum variável: relato de caso__________________________ 219
554 Hiperplasia nodular regenerativa associada à azatioprina em paciente com doença de Crohn: relato de caso_______________ 219
555 Hipertireoidismo simulando abdome agudo: relato de caso________________________________________________________ 219
556 Maior mortalidade por câncer colorretal em mulheres do sul do Rio Grande do Sul___________________________________ 220
557 Manifestações extraintestinais em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), acompanhados no
ambulatório de DII do hospital universitário da Universidade Estadual de Londrina (pr)______________________________ 220
558 Megacolón tóxico no quadro inicial de retocolites e aimportância e dificuldade de obtenção dos
anti-TNF para seu manejo: um relato de caso___________________________________________________________________ 220
559 Megacólon congênito levando à isquemia tardia de cólon direito – relato de caso______________________________________ 221
560 Mesalazina na diverticulose colônica: do tratamento agudo ao uso contínuo__________________________________________ 221
561 Metástase óssea como primeira manifestação de câncer colorretal___________________________________________________ 221
562 Múltiplas formas de apresentação do pioderma gangrenoso em paciente com doença de Crohn oligossintomática___________ 222
563 Neoplasia de próstata de rápida evolução em paciente jovem utilizando terapia biológica - Relato de caso_________________ 222
564 O uso de medicação é fator de risco para doença inflamatória intestinal?_____________________________________________ 221
565 Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes portadores de retocolite ulcerativa em Salvador, Brasil_______________________ 223
566 Perfil epidemiológico da cólera nas regiões do Brasil em 2012______________________________________________________ 223
567 Perfil nutricional de pacientes com doença inflamatória intestinal atendidos em ambulatório
multidisciplinar do Hospital Geral Universitário_________________________________________________________________ 223
568 Peritonite encapsulante associada à enteropatia perdedora de proteína_______________________________________________ 224
569 Pioderma gangrenoso e artrite responsivos à terapia biológica com infliximabe em paciente com
doença Crohn: relato de caso_________________________________________________________________________________ 224
570 Pneumatose intestinal_______________________________________________________________________________________ 224
571 Pneumatose intestinal: um relato de caso________________________________________________________________________ 225
572 Pneumatose intestinal: uma manifestação da pseudoobstrução intestinal crônica (POIC) primária – um relato de caso_______ 225
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Índice • Gastroenterologia
573 Polimorfismos dos genes VEGFA e COX-2 e a suscetibilidade ao câncer colorretal na população brasileira________________ 225
574 Polineuropatia periférica associada a supercrescimento bacteriano do intestino delgado________________________________ 226
575 Prevalência de constipação intestinal entre acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Tocantins________________ 226
576 Prevalência de hepatites B e C em pacientes com doenças inflamatórias intestinais do Hospital do
Servidor Público Estadual - Sp________________________________________________________________________________ 226
577 Prucaloprida no tratamento da constipação funcional - Relato de caso_______________________________________________ 227
578 Rastreamento de neoplasias colorretais na atenção primária – experiência de um município do
meio-oeste catarinense_______________________________________________________________________________________ 227
579 Relato de caso de retocolite ulcerativa idiopática (RCUI) e gestação: que cuidados devemos ter?_________________________ 227
580 Relato de caso: cirrose biliar primária associada à retocolite ulcerativa_______________________________________________ 228
581 Relato de caso: mielossupressão grave durante tratamento de doença de Crohn________________________________________ 228
582 Retocolite ulcerativa com alergia a aminossalicilatos, um caso de difícil controle_______________________________________ 228
583 Série de casos a despeito da terapia biológica com infliximabe na retocolite ulcerativa idiopática
em pacientes atendidos no Hospital Universitário da ufpi (hu-ufpi)_____________________________________________ 229
584 Síndrome da artéria mesentérica superior: uma causa rara de dor abdominal__________________________________________ 229
585 Síndrome de Gardner e retardo mental: relato de caso de uma rara associação________________________________________ 229
586 Síndrome de Sweet em associação com doença de Crohn - Relato de caso____________________________________________ 230
587 Suboclusão duodenal por hematoma parietal traumático - Relato de caso____________________________________________ 230
588 Terapia biológica na doença de Crohn na prática clínica: avaliação da resposta terapêutica à
indução de remissão e ao final do primeiro ano de tratamento______________________________________________________ 230
589 Tratamento com terapia imunossupressora combinada na doença de Crohn (dc) com fístula perianal____________________ 231
590 Tuberculose (TB) miliar após o uso de adalimumabe na doença de Crohn (dc): relato de caso___________________________ 231
591 Tuberculose disseminada em paciente com colite ulcerativa em uso de imunobiológico e
rastreamento de tuberculose latente negativo____________________________________________________________________ 231
592 Tuberculose intestinal como diagnóstico diferencial de abdome agudo: relato de caso__________________________________ 232
593 Tuberculose peritoneal como complicação rara de terapia biológica: relato de caso____________________________________ 232
594 Tuberculose peritoneal em paciente portador de doença de Crohn tratado com imunobiológico__________________________ 232
595 Tuberculose pleural após uso de infliximabe em doença de Crohn de delgado: relato de caso_____________________________ 233
596 Uso da calprotectina fecal na doença diverticular não complicada___________________________________________________ 233
MISCELÂNEA
597
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(TL.G.MIS.P)
A disfagia na síndrome de Moebius____________________________________________________________________________ 233
A importância da correção cirúrgica da hérnia hiatal em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico_________________ 234
A utilização da glutamina no tratamento das mucosites pós-quimioterapia e/ou radioterapia____________________________ 234
Amiloidose intestinal: relato de caso___________________________________________________________________________ 234
Análise do perfil de pacientes internados no centro de hemorragia digestiva de um hospital geral de
referência do estado da Bahia_________________________________________________________________________________ 235
Anemia como consequência de distúrbios do TGI________________________________________________________________ 235
Apresentação atípica de síndrome de Erasmus com calcificação total do baço_________________________________________ 235
Associação entre auto-percepção da ansiedade e presença de episódios de desconforto no
trato gastrointestinal, com 109 participantes em campanha realizada pela liga do sistema digestivo - UFG_________________ 236
Avaliação dos escores SOFA e apache II em pacientes adultos na admissão em UTI____________________________________ 236
Colangite esclerosante primária associada à retocolite ulcerativa - Relato de caso______________________________________ 236
Diagnóstico diferencial de fístula perianal: relato de caso__________________________________________________________ 237
Hábitos de vida que influenciam no desenvolvimento de câncer do trato gastrointestinal________________________________ 237
Hemobilia: causa incomum de hemorragia digestiva alta__________________________________________________________ 237
Melanoma do canal anal: relato de um caso_____________________________________________________________________ 238
611 Paniculite mesentérica – relato de caso__________________________________________________________________________ 238
612 Perfil epidemiológico de pacientes atendidos com hemorragia digestiva alta em um hospital do sul de Minas_______________ 238
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Índice • Gastroenterologia
613 Prevalência dos sintomas da doença do refluxo gastroesofágico em estudantes de medicina da
Universidade Federal do Tocantins____________________________________________________________________________ 239
614 Proposta de modelo de atendimento da hemorragia digestiva alta para o Hospital Universitário da Unifesp/Epm__________ 239
615 Relato de caso de carcinoma neuroendócrino em paciente com doença celíaca________________________________________ 239
616 Relato de caso: baclofeno no tratamento do soluço refratário em idosos______________________________________________ 240
617 Ruptura esplênica atraumática: relato de caso em paciente jovem___________________________________________________ 240
618 Tumor de Buschke – Löwenstein e carcinoma espinocelular. Relato de caso___________________________________________ 240
619 Tumores neuroendócrinos: relato de caso_______________________________________________________________________ 241
620 Vasculite periférica grave associada à crioglobulinemia mista em portadores de infecção crônica pelo vírus
da hepatite c (HCV) – relato de casos___________________________________________________________________________ 241
Pâncreas/Vias Biliares (TL.G.PAN/VB.P)
621 Doença de Crohn (dc) com pancreatite grave e recorrente, evoluindo com insuficiência exócrina mesmo
após a suspensão da azatioprina (AZA)_________________________________________________________________________ 241
622 Desafio da colecistectomia laparoscópica em paciente com situs inversus totalis_______________________________________ 242
623 Hemobilia secundária a pólipo inflamatório da vesícula biliar: relato de caso_________________________________________ 242
624 Hemossucus pancreático: um caso raro de sangramento digestivo___________________________________________________ 242
625 Pancreatite crônica de etiologia autoimune por IgG4 – relato de caso________________________________________________ 243
626 Pancreatite crônica agudizada complicada com abscesso perirrenal, fístula duodeno-pancreática e
varizes gástricas: relato de caso________________________________________________________________________________ 243
627 Pesquisa das mutações N34S e p55s do gene SPINK1 e da mutação R254W do gene CTRC em
pacientes com pancreatite crônica______________________________________________________________________________ 243
628 Pseudocisto pancreático de localização hepática: Relato de caso____________________________________________________ 244
629 Rabdomiolise cursando com pancreatite aguda. Relato de caso_____________________________________________________ 244
630 Relato de caso: melanoma maligno cutâneo metastático para papila duodenal________________________________________ 244
Pâncreas/Motilidade Digestiva (TL.G.P/MD.P)
631
632
633
634
Achados manométricos em portadores de distúrbios da defecação__________________________________________________ 245
Avaliação evolutiva de pacientes submetidos a impedancio-phmetria prolongada______________________________________ 245
Contribuição da manometria anorretal em paciente com quadro de encoprese: relato de caso____________________________ 245
Correlação entre a gravidade do acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e a penetração laríngea e
aspiração laringotraqueal____________________________________________________________________________________ 246
635 Espasmo esofagiano difuso e doença do refluxo gastroesofágico: associação frequente__________________________________ 246
636 Obesidade na acalásia_______________________________________________________________________________________ 246
637 Relato de experiência sobre a função do caso do eixo teórico prático integrado na retocolite
ulcerativa inespecífica (RCUI) em uma unidade de saúde em Goiânia, Goiás__________________________________________ 247
638 Sintomas de dismotilidade gastrintestinal em pacientes com doença de chagas podem limitar
alguns fatores físicos, afetando sua qualidade de vida_____________________________________________________________ 247
ORAIS • gastroenterologia
ESÔFAGO (TL.G.ESO.O)
639 Efeitos da intervenção nutricional pós-operatória com vitaminas do complexo b sobre os indicadores metabólicos da via
sulfurada de pacientes com câncer de esôfago____________________________________________________________________ 248
640 Avaliação do teste de antígeno fecal para o diagnóstico primário e controle de cura da erradicação
de Helicobater pylori_________________________________________________________________________________________ 248
641 Cepas de H. pylori babA2 positivas estão associadas com doença ulcerosa péptica em Fortaleza,
nordeste do Brasil___________________________________________________________________________________________ 248
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
21
Índice • Gastroenterologia
642 Status socioeconômico influenciando na sobrevida dos pacientes portadores de câncer gástrico na
cidade de Goiânia___________________________________________________________________________________________ 249
643 Teste sorológico rápido para pesquisa do H. pylori: uma opção útil em áreas com alta prevalência
do H. pylori?_______________________________________________________________________________________________ 249
644 Tumor glômico gástrico – relato de caso________________________________________________________________________ 249
fÍGADO (TL.G.FIG.O)
645 Anastomose esplenorrenal distal (AERD) x TIPS em cirróticos com HDA na era dos transplantes_______________________ 250
646 Apresentação clínical inicial da colangite esclerosante primária e sua associação com doença
inflamatória intestinal em um centro terciário de São Paulo________________________________________________________ 250
647 Aspectos histopatológicos do fígado em pacientes com colangite esclerosante primária (CEP) em relação ao sexo___________ 250
648 Associação de doença hepática gordurosa não alcoólica com neoplasias malignas primárias
e secundárias do fígado - avaliação de 120 pacientes______________________________________________________________ 251
649 Avaliação da resposta terapêutica no tratamento de pacientes portadores de hepatite C
atendidos no HEMOPI e HU-UFPI___________________________________________________________________________ 251
650 Cirrose hepática decorrente de hepatites virais___________________________________________________________________ 252
651 Correlação entre nível sérico de vitamina d, grau de fibrose hepática e resposta virológica ao
tratamento com interferon peguilado e ribavirina em pacientes com hepatite C crônica_________________________________ 252
652 Neutropenia febril grau 4 e síndrome de Fournier associadas a terapia tripla para VHC: relato de caso____________________ 252
653 Problemas éticos no transplante de fígado com doadores de parada cardíaca__________________________________________ 253
INTESTINO (TL.G.INT.O)
654 Densidade mineral óssea x gravidade de doença em pacientes com doença inflamatória intestinal_________________________ 253
655 Hemorragia do intestino médio: diagnóstico por enteroscopia de balão único_________________________________________ 253
656 Validação de testes diagnósticos e pesquisa dos genes produtores das toxinas a e b e da toxina
binária do Clostridium difficile em pacientes com diarreia internados no Hospital das Clínicas da ufmg_________________ 254
Pâncreas/Vias Biliares (TL.G.PAN/VB.O)
657 Principais diferenças entre as pancreatites crônicas alcoólicas e não-alcoólicas________________________________________ 254
658 A função intestinal do paciente chagásico pode se alterar com o tratamento do megaesôfago?___________________________ 254
659 Avaliação da excursão laríngea com técnicas vocais hiperagudas através da videofluoroscopia da
deglutição (VFD)___________________________________________________________________________________________ 255
660 Estudo do intestino delgado de pacientes chagásicos, constipados ou não, com ou sem megacolon________________________ 255
661 Estudo do tempo de trânsito orocecal e de supercrescimento bacteriano em pacientes com megaesôfago chagásico__________ 255
662 Esvaziamento gástrico e gastrinemia em gerbis infectados com cepas de Helicobacter pylori com diferentes
expressões gênicas para o fragmento EPYIA____________________________________________________________________ 256
VÍDEO • gastroenterologia
Estômago/Duodeno (TL.G.ESt/DUO.V)
663 Alternativa no reganho de peso pós-cirurgia bariátrica____________________________________________________________ 256
FOTOS • gastroenterologia
FÍGADO (TL.G.FIG.F)
664
665
666
667
22
Carcinossarcoma hepático: uma rara e agressiva neoplasia hepática_________________________________________________ 257
Mostra fotográfica “a história de cada um”______________________________________________________________________ 257
Esteatorreia: uma manifestação clínica negligenciada da fibrose cística_______________________________________________ 257
Úlcera “em facada”: patognomônica de doença de Crohn?_________________________________________________________ 258
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Índice • Endoscopia
Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva
PÔSTERES • endoscopia
NºTÍTULO
PÁG.
668 Inserção de prótese esofágica totalmente recoberta para tratamento de fístula cutânea pós-esofagectomia
com reconstrução com tubo gástrico em paciente com neoplasia maligna de esôfago___________________________________ 260
Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (TL.E.CPRE.P)
669 Adenoma de papila duodenal assintomático - Relato de caso e revisão de literatura____________________________________ 260
670 Avaliação semestral das colangiografias endoscópicas retrógradas em idosos no Hospital Geral Dr. César Cals_____________ 260
671 Avaliação semestral das colangiografias endoscópicas retrógradas por coledocolitíase no Hospital Geral Dr. César Cals_____ 261
672 Biloma pós-trauma hepático tratamento por papilotomia endoscópica_______________________________________________ 261
673 Carcinoma hepatocelular metastático na região da papila duodenal_________________________________________________ 261
674 Cholangioscopy (spyglass) in primary sclerosing cholangitis - Case report_____________________________________________ 262
675 Coledococele: lembrar para diagnosticar________________________________________________________________________ 262
676 Colocação de prótese metálica auto-expansível parcialmente coberta em colédoco distal e prótese
plástica em ducto cístico em paciente com neoplasia de cabeça de pâncreas___________________________________________ 262
677 Complicações da colangiopancreatografia endoscópica retrógrada: experiência do Hospital Agamenon
Magalhães - Recife - pe______________________________________________________________________________________ 263
678 Neoplasia mucinosa papilar intraductal (IPMN)_________________________________________________________________ 263
679 Paraganglioma gangliocítico duodenal_________________________________________________________________________ 263
680 Perfil epidemiológico dos pacientes que apresentaram complicações após serem submetidos à CPRE
no Hospital Geral César Cals: análise semestral__________________________________________________________________ 264
681 Perfil epidemiológico dos pacientes submetidos à CPRE no Hospital Geral César Cals: análise semestral__________________ 264
682 Relato de caso - Ressecção endoscópica de volumoso tumor de papila duodenal_______________________________________ 264
683 Relato de caso: síndrome de Blue Rubber Bleb Nevus_____________________________________________________________ 265
684 Remoção de cálculos gigantes de vias biliares - um desafio para o endoscopista_______________________________________ 265
685 Resultados da drenagem biliar endoscópica (DBE) na obstrução biliar maligna extra-hepática (OBME)
através da passagem de prótese metálica auto-expansível (PMAE)___________________________________________________ 265
COLONOSCOPIA (TL.E.COL.P)
686 Tumor da vesícula biliar associado à síndrome de Mirizzi tipo I_____________________________________________________ 266
687 Adenomas serrilhados - caracterização clínica e endoscópica_______________________________________________________ 266
688 Análise da qualidade do preparo intestinal em colonoscopias realizadas em hospital terciário____________________________ 266
689 Análise descritiva das colonoscopias realizadas em hospital - Escola_________________________________________________ 267
690 Anemia ferropriva secundária a angiectasias de cólon direito - Análise evolutiva após fulguração com
plasma de argônio__________________________________________________________________________________________ 267
691 Avaliação das indicações e dos diagnósticos histológicos dos pacientes submetidos a biópsias seriadas em
colonoscopias no Hospital das Clínicas da usp__________________________________________________________________ 267
692 Avaliação do Bisacodil na qualidade do preparo para colonoscopia_________________________________________________ 268
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
23
Índice • Endoscopia
693 Colite fulminante por Entamoeba histolytica simulando doença inflamatória intestinal - Relato de caso____________________ 268
694 Colonoscopia pediátrica: análise de uma população em Goiânia____________________________________________________ 268
695 Distribuição topográfica das lesões pré-malignas em colonoscopias de rastreio do carcinoma colorretal___________________ 269
696 Espiroquetose intestinal - Relato de caso________________________________________________________________________ 269
697 Gestante com neoplasia subestenosante de sigmoide: o que fazer?___________________________________________________ 269
698 Hemorragia aguda em úlcera retal com tratamento endoscópico - Relato de caso______________________________________ 270
699 Histoplasmose: relato de caso_________________________________________________________________________________ 270
700 LST de sigmoide tratado por dissecção endoscópica de submucosa (DES)____________________________________________ 270
701 O papel da colonoscopia em pacientes submetidos ao transplante de medula óssea alogênico com diagnóstico de doença do
enxerto contra hospedeiro agudo______________________________________________________________________________ 271
702 Obesidade como fator de risco par adenomas colônicos: existe diferença entre o sexo masculino e o feminino?______________ 271
703 Obstrução intestinal por endometriose_________________________________________________________________________ 271
704 Perfil dos portadores e características endoscópicas de adenomas colorretais__________________________________________ 272
705 Pneumatose cistoide intestinal - Relato de caso___________________________________________________________________ 272
706 Polipose linfomatosa múltipla_________________________________________________________________________________ 272
707 Prevalência de candidíase esofagiana em pacientes HIV positivos submetidos à endoscopia digestiva alta__________________ 273
708 Prevalência de doença diverticular do colón em pacientes submetidos à colonoscopia__________________________________ 273
709 Relato de caso: linfoma de Hodgkin em reto em paciente com retocolite ulcerativa_____________________________________ 273
710 Relato de caso: Sarcoma de Kaposi intestinal como diagnóstico diferencial de doença inflamatória intestinal_______________ 274
711 Tuberculose colônica (TBI): relato de caso______________________________________________________________________ 274
712 Tuberculose intestinal de localização atípica e apresentação clínica inespecífica em paciente imunocompetente.
Relato de caso______________________________________________________________________________________________ 274
713 Úlcera estercoral terebrante em reto____________________________________________________________________________ 275
ECOENDOSCOPIA (TL.E.END.P)
714 Diagnóstico diferencial do cisto pancreático: punção guiada por ecoendoscopia_______________________________________ 275
715 Drenagem endoscópica ecoguiada das vias biliares: uma opção à cirurgia?____________________________________________ 275
716 Ecoendoscopia na prática clínica: a experiência de um serviço de referência no estado do ceará__________________________ 276
717 IPMN confirmado por ecoendoscopia: relato de caso_____________________________________________________________ 276
718 Neurofibroma do pâncreas: diagnóstico através de punção aspirativa por agulha fina guiada por
ecoendoscopia (EUS-PAAF)__________________________________________________________________________________ 276
719 Punções aspirativas por agulha fina guiadas por ecoendoscopia em um hospital terciário de Fortaleza____________________ 277
720 Ultrassom endoscópico (EUS) com punção aspirativa por agulha fina (PAAF) no diagnóstico de
adenocarcinoma ductal de pâncreas (ADCP) não diagnosticados por tomografia computadorizada (TC)
ou ressonância nuclear magnética (RNM)_______________________________________________________________________ 277
ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA (TL.E.EDA.P)
721 Abordagem endoscópica de CCE precoce de esôfago - Relato de caso_______________________________________________ 277
722 Acometimento gástrico na sífilis secundária: uma manifestação rara desta infecção____________________________________ 278
723 Adenoma duodenal - Ressecção endoscópica____________________________________________________________________ 278
724 Adenoma serrilhado tradicional_______________________________________________________________________________ 278
725 Amiloidose gastroduodenal: relato de caso______________________________________________________________________ 279
726 Análise de pacientes cirróticos compensados submetidos à dissecção endoscópica submucosa
para tratamento de neoplasias superficiais do tubo digestivo_______________________________________________________ 279
727 Análise dos resultados da técnica de dissecção submucosa endoscópica (esd) para tratamento de lesões gástricas__________ 279
728 Anel gástrico migrado: cirurgia de Fobi-Capella_________________________________________________________________ 280
24
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Índice • Endoscopia
729 Aspecto endoscópico e evolução de lesão neoplásica recidivada em jejuno em paciente submetido
à gastrectomia total por adenocarcinoma gástrico________________________________________________________________ 280
730 Avaliação dos pacientes submetidos à ligadura elástica de varizes esofágicas em hospital de referência
no estado do Maranhão______________________________________________________________________________________ 280
731 Avaliação endoscópica pré-operatória de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica____________________________________ 281
732 Balão intragástrico (BIG): 2 anos de experiência de um grupo multidisciplinar (gm)___________________________________ 281
733 Carcinoma basaloide escamoso de esôfago: relato de caso_________________________________________________________ 281
734 Carcinoma linfoepitelioma-like (LELC) de esôfago retirado por ressecção submucosa endoscópica:
relato de caso e revisão da literatura____________________________________________________________________________ 282
735 Casuística de 5 anos de tumor neuroendócrino do trato gastrointestinal acompanhados no hc/unicamp_______________ 282
736 Câncer de mama her2-positivo com metástases gástricas - Relato de caso_____________________________________________ 282
737 Combinação entre mitomicina-c e prótese plástica auto-expansível no tratamento endoscópico
das estenoses benignas refratárias à dilatação endoscópica: relato de caso____________________________________________ 283
738 Complicações da dissecção endoscópica de submucosa (ESD) em lesões extensas - Relatos de casos______________________ 283
739 Desenvolvimento de câncer em tubo gástrico em paciente submetido à esofagectomia: relato de caso_____________________ 283
740 Dificuldade técnica de extração gástrica de grande GIST ressecado por ESD - Relato de caso____________________________ 284
741 Eficácia da terapêutica endoscópica e tempo de internação hospitalar em 39 pacientes submetidos
à endoscopia digestiva alta de urgência por corpo estranho no trato gastrintestinal no Hospital Regional
Norte de Sobral - Ceará______________________________________________________________________________________ 284
742 Eficácia do balão intragástrico. Resultados em uma série de 30 pacientes_____________________________________________ 284
743 Estenose esofágica associada à esofagite herpética: relato de um caso________________________________________________ 285
744 Estudo comparativo do uso de plasma de argônio para hemostasia endoscópica de sangramento tumoral_________________ 285
745 Estudo de achados endoscópicos em pacientes portadores de HIV/SIDA em um serviço de referência_____________________ 285
746 Experiência inicial do emprego da endomicroscopia confocal no trato digestório______________________________________ 286
747 Fenda laríngea_____________________________________________________________________________________________ 286
748 Gastrite flegmonosa: relato de caso____________________________________________________________________________ 286
749 Gastrostomia endoscópica percutânea cursando com síndrome de “Buried Bumper” e hemorragia digestiva alta:
relato de caso______________________________________________________________________________________________ 287
750 Gastrostomia endoscópica percutânea: análise de 126 casos de dois hospitais terciários de Goiânia - GO__________________ 287
751 GIST ulcerado: causa incomum de HDA_______________________________________________________________________ 287
752 Hemorragia digestiva alta causada por metástase de seminoma clássico em duodeno___________________________________ 288
753 Hiperplasia linfoide nodular duodenal e giardíase intestinal em paciente com imunodeficiência comum
variável: relato de 2 casos_____________________________________________________________________________________ 288
754 Impactação bulbar por astrágalo suíno_________________________________________________________________________ 288
755 Infiltração gástrica da leucemia mieloide aguda: relato de caso_____________________________________________________ 289
756 Lesão esofágica provocada por bateria de relógio_________________________________________________________________ 289
757 Linfoma anaplásico gástrico com colonização fúngica mimetizando lesão carcinomatosa_______________________________ 289
758 Linfoma de Burkitt acometendo o estômago - Relato de caso_______________________________________________________ 290
759 Linfoma folicular duodenal primário - Relato de caso_____________________________________________________________ 290
760 Linfoma gástrico de células T com perfuração bloqueada pelo baço: relato de caso____________________________________ 290
761 Lipoma gigante esofágico - Relato de caso______________________________________________________________________ 291
762 Metaplasia intestinal focal em ambiente gástrico_________________________________________________________________ 291
763 Miotomia endoscópica peroral (POEM): relato de caso - Manejo de complicação - Hematoma submucoso________________ 291
764 Mortalidade por hemorragia digestiva alta em Goiás e no Brasil. Estudo de tendências_________________________________ 292
765 Mucosectomia duodenal: relato de caso________________________________________________________________________ 292
766 Múltiplos Sarcomas de Kaposi gástricos________________________________________________________________________ 292
767 Neoplasia pulmonar complicada com fístula esôfago-mediastinal: tratamento com prótese metálica______________________ 293
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Nova estratégia de rastreamento de varizes esofagogástricas em hepatopatas: endoscopia transnasal sem sedação___________ 293
Nova técnica de colocação de prótese metálica auto-expansível totalmente coberta no duodeno__________________________ 293
O papel da endoscopia no tratamento da fístula gastrocutânea após gastrectomia vertical_______________________________ 294
Perfuração esofágica após dilatação com colocação de prótese______________________________________________________ 294
Pólipos gástricos: manifestação extramedular de leucemia mieloide aguda____________________________________________ 294
Prevalência de alterações histopatológicas em pacientes com suspeita de doença celíaca e duodeno de aspecto
endoscópico normal_________________________________________________________________________________________ 295
Prevalência de citomegalovírus em pacientes HIV positivos submetidos à endoscopia digestiva alta_______________________ 295
Prevalência de gastrite em pacientes HIV positivos submetidos à endoscopia digestiva alta______________________________ 295
Prevalência do teste da uréase positivo em pacientes com diagnóstico endoscópico de gastrite erosiva_____________________ 296
Prótese dentária impactada no esôfago há três anos: remoção endoscópica___________________________________________ 296
Pseudodiverticulose esofágica intramural (PDEI): relato de 15 casos_________________________________________________ 296
Pseudodiverticulose esofágica intramural: um achado endoscópico raro______________________________________________ 297
Pseudomelanose duodenal - Relato de série de casos______________________________________________________________ 297
Relato de caso: doença celíaca (DC) com associação de púrpura trombocitopênica idiopática (PTI)______________________ 297
Relato de caso: dois casos de prótese esofágica fixado com endoclip_________________________________________________ 298
Relato de caso: presença de dois pâncreas ectópicos em mucosa gástrica_____________________________________________ 298
Ressecção de fibrolipoma com alça diatérmica - Relato de caso_____________________________________________________ 298
Ressecção endoscópica de pólipo inflamatório fibroide de antro: relato de caso________________________________________ 299
Retirada de corpo estranho (tóxico) via endoscópica - Achado incidental de pâncreas ectópico__________________________ 299
Sarcoma de Kaposi gastrointestinal em paciente com HIV, HHV-8, HBV e sífilis: relato de caso__________________________ 299
Tratamento da ectasia vascular gástrica por argônioterapia (argônio plasma coagulação)_______________________________ 300
Tratamento de deiscência total de anastomose esôfago-jejunal com prótese autoexpansível - Relato de caso________________ 300
Tratamento de fístula gástrica após gastroplastia redutora com prótese metálica auto-expansível_________________________ 300
Tratamento de fístula pós-diverticulectomia com prótese semicoberta metálica auto-expansível (SEMS) - Relato de caso_____ 301
Tratamento endoscópico (TE) de úlcera gástrica perfurada (UGP) em paciente em uso de
balão intragástrico (BIG) - Relato de caso_______________________________________________________________________ 301
Tratamento endoscópico de fístula traqueoesofágica com prótese autoexpasível - Relato de caso_________________________ 301
Tumor de células granulares multifocal do esôfago e estômago_____________________________________________________ 302
Tumor neuroendócrino gástrico - Relato de caso_________________________________________________________________ 302
Uso de próteses autoexpansíveis (PAE) em fístulas e desconexões anastomóticas esofageanas complexas__________________ 302
Úlcera esofágica de etiologia medicamentosa: relato de caso_______________________________________________________ 303
Endoscopia Digestiva Pediátrica
(TL.E.EDA.P)
798 Acalásia idiopática em criança: relato de caso____________________________________________________________________ 303
799 Anemia crônica secundária a lesão vascular duodenal: relato de caso________________________________________________ 303
800 Gastrostomia endoscópica percutânea em crianças neuropatas_____________________________________________________ 304
Intestino delgado (TL.E.ID.P)
801 Adenocarcinoma primário de duodeno tratado por via endoscópica_________________________________________________ 304
802 Amiloidose duodenal: relato de caso___________________________________________________________________________ 304
803 Cápsula endoscópica (CE) para estudo do intestino delgado (ID): 3 anos de experiência em único centro__________________ 305
804 Cápsula endoscópica (CE): experiência inicial do serviço de intestino médio da Santa Casa de Misericórdia de
Porto Alegre_______________________________________________________________________________________________ 305
805 Cápsula endoscópica no diagnóstico da enteropatia por antiinflamatórios não-esteroidais: um relato de caso_______________ 305
806 Diagnóstico de doença de Crohn íleo-colônica por cápsula endoscópica: relato de caso_________________________________ 306
807 Enteroscopia por cápsula endoscópica no diagnóstico de hemorragia digestiva média por anti-inflamatórios
não-esteroidais: relato de caso_________________________________________________________________________________ 306
26
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Índice • Endoscopia
808 Hamartoma de glândulas de Brunner (HGB) de 3ª porção duodenal: causa rara de HDA, diagnosticada e
tratada por enteroscopia de balão único (ebu) - Relato de caso____________________________________________________ 306
809 Papel da cápsula endoscópica no diagnóstico da enteropatia da hipertensão portal_____________________________________ 307
810 Push-enteroscopia: análise de 15 casos realizados no Hospital das Clínicas da ufmg__________________________________ 307
811 Uso de infliximabe no manejo da retenção de cápsula endoscópica em paciente com doença de Crohn
de delgado: relato de caso____________________________________________________________________________________ 307
MISCELÂNEA (TL.E.MIS.P)
812 Análise da eficácia do uso do balão intragástrico na redução do índice de massa corpórea______________________________ 308
813 Avaliação de 340 pacientes quanto a frequência de vômitos após colocação do balão intragástrico (BIG)__________________ 308
814 Características das metástases do melanoma maligno para o trato gastrointestinal_____________________________________ 308
815 Colonização por Candida____________________________________________________________________________________ 309
816 Corpos estranhos no trato digestivo proximal - experiência de 20 anos em serviço de endoscopia de hospital de
pronto socorro_____________________________________________________________________________________________ 309
817 Duodenostomia percutânea endoscópica para tratamento de fístula duodenal________________________________________ 309
818 Fístula gastrocólica neoplásica em um paciente jovem: relato de caso________________________________________________ 310
819 Gastroenterite eosinofílica: um relato de caso____________________________________________________________________ 310
820 Hemorragia digestiva alta volumosa por pseudoaneurisma de artéria gastroduodenal__________________________________ 310
821 Pneumatose cistoide intestinal em paciente com dor abdominal_____________________________________________________ 311
822 Polipose linfomatosa múltipla do trato gastrointestinal - Relato de caso______________________________________________ 311
823 Relato de caso: perda de peso em paciente super obeso. Alternativa a cirurgia bariátrica: tratamento clínico,
seguido do implante de dois balões intragástricos consecutivos_____________________________________________________ 311
ORAIS • endoscopia
Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (TL.E.CPRE.O)
824 Enteroscopia mono balão para colangiopancreatografia retrógrada em pacientes submetidos à
operação do trato gastrointestinal alto - Experiência inicial________________________________________________________ 312
825 Estenose biliar extra-hepática: valor do escovado endoscópico para detecção de malignidade - Experiência inicial___________ 312
COLONOSCOPIA (TL.E.COL.O)
826 Capnografia volumétrica: método não-invasivo, seguro e eficaz na avaliação respiratória em pacientes submetidos à
colonoscopia diagnóstica com insuflação de ar comprimido e gás carbônico__________________________________________ 312
827 Caracterização endoscópica de adenomas serrilhados sésseis_______________________________________________________ 313
828 Comparação entre colonoscopia com magnificação e ressonância magnética (RM) no estadiamento de neoplasias
precoces de reto____________________________________________________________________________________________ 313
829 Dilatação endoscópica em pacientes portadores de doença de Crohn estenosante______________________________________ 313
830 Dissecção submucosa endoscópica em neoplasias precoces de cólon e reto: experiência de 28 casos em centro
oncológico________________________________________________________________________________________________ 314
831 Ressecção endoscópica submucosa colorretal - Experiência do Gastrocentro Unicamp_________________________________ 314
Ecoendoscopia (TL.E.ECO.O)
832 Uso de prótese metálica autoexpansível na drenagem de coleções líquidas pancreáticas_________________________________ 314
Endoscopia Digestiva Alta
(TL.E.EDA.O)
833 Análise da curva de aprendizado da dissecção submucosa endoscópica (ESD) para tratamento de lesões gástricas__________ 315
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
27
Índice • Endoscopia
834 Avaliação clínica, endoscópica e histológica de uma série de casos de esofagite eosinofílica do serviço de
endoscopia digestiva do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte no ano de 2012___________________________________ 315
835 Diagnóstico de neoplasia esofágica superficial em pacientes com câncer de cabeça e pescoço_____________________________ 315
836 Dissecção submucosa endoscópica das neoplasias precoces de esôfago, experiência em hospital oncológico de
atenção terciária____________________________________________________________________________________________ 316
837 Dissecção submucosa para o tratamento de lesões superficiais do aparelho digestivo. Experiência do
Gastrocentro - unicamp___________________________________________________________________________________ 316
838 Dissecção submucosa para o tratamento de neoplasias precoces gástricas. Experiência do Gastrocentro - unicamp_______ 316
839 Diverticulostomia transoral com grampeador assistida por endoscopia (DTGE) para o tratamento
do divertículo de Zenker (dz): experiência inicial________________________________________________________________ 317
840 Miotomia endoscópica per oral (POEM): experiência inicial - Uma nova perspectiva no tratamento da acalasia____________ 317
841 Necrose esofagiana aguda em pacientes com câncer – relato de 17 casos______________________________________________ 317
842 Resultados tardios do tratamento do câncer gástrico precoce pela técnica de ESD_____________________________________ 318
843 Sepultamento do retentor interno da sonda (SRI) de gastrostomia endoscópica percutânea (PEG):
complicação em pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP)___________________________________________________ 318
844 Tratamento endoscópico de estenoses pós-cirúrgicas em pacientes submetidos à gastroplastia vertical com
derivação em Y-de-Roux (GVDYR): resultados de um centro de referência___________________________________________ 318
845 Tratamento endoscópico de perfuração esofágica pós-dilatação com prótese autoexpansível - Relato de caso_______________ 319
INTEStINO DELGADO (TL.E.ID.P)
846 Enteroscopia - experiência de 08 anos do centro de diagnóstico em gastroenterologia (CDG) Unidade de atendimento terciário - Hospital das Clínicas da fmusp_______________________________________________ 319
847 Enteroscopia de duplo balão em sangramento digestivo por divertículo de Meckel_____________________________________ 319
848 O emprego da cápsula endoscópica (CE) na hemorragia digestiva obscura____________________________________________ 320
849 Tratamento por enteroscopia de balão único de angiectasias sangrantes no intestino médio_____________________________ 320
MISCELÂNEA (TL.E.MIS.P)
850 Aspecto endoscópico da mucosa gástrica pós-retirada de big, levando em conta a presença ou não da
bactéria H. pylori___________________________________________________________________________________________ 320
851 Endomicroscopia confocal a laser por sonda (PCLE) e por punção ecoguida (NCLE): primeiros casos no Brasil____________ 321
852 Transplante de microbiota fecal por via endoscópica oral no tratamento da diarreia causada pelo Clostridium difficile_______ 321
CENTRO DE TREINAMENTO • endoscopia
Endoscopia/cólon (TL.E.end/col.CET)
853 Achados colonoscópicos em octagenários_______________________________________________________________________ 322
854 Avaliação da qualidade da colonoscopia de uma unidade de endoscopia de um grande centro urbano do
estado de São Paulo (Brasil)__________________________________________________________________________________ 322
855 Prevenção da pancreatite aguda pós CPRE com uso de diclofenaco - Resultados preliminares de um estudo randomizado_____ 322
856 Taxas de polipectomia e detecção de adenoma como medida de qualidade em colonoscopias de rastreio do
câncer colorretal____________________________________________________________________________________________ 323
857 Tratamento conservador de perfuração tardia do cólon sigmoide causada por prótese plástica biliar (PPB) A propósito de um caso e revisão da literatura___________________________________________________________________ 323
858 Tratamento de obstruções neoplásicas colorretais com próteses metálicas autoexpansíveis_______________________________ 323
859 Análise crítica dos métodos de diagnóstico, seguimento e indicações cirúrgicas na neoplasia cística serosa
do pâncreas (NCS)__________________________________________________________________________________________ 324
28
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Índice • Endoscopia
Ecoendoscopia (TL.E.ECO.CET)
860 Análise prospectiva do desempenho da microhistologia (MCH) obtida pela ecoendoscopia associada à punção
aspirativa com agulha fina (EE-PAAF) em cistos pancreáticos (CP)_________________________________________________ 324
861 Contribuição da ecoendoscopia na investigação de afecções torácicas e mediastinais: experiência de dois hospitais
da cidade de São Paulo, SP, Brasil_____________________________________________________________________________ 324
862 Desempenho da colangiopancreatografia ecoguiada (CPEE) para a drenagem biliopancreática após insucesso da
colangiopancreato-grafia retrógrada endoscópica (CPRE)_________________________________________________________ 325
863 Ecoendoscopia diagnóstica do trato pancreatobiliar: experiência de um grupo brasileiro________________________________ 325
864 Ecoendoscopia na Beneficência Portuguesa de São Paulo__________________________________________________________ 325
865 Ecoendoscopia no diagnóstico das doenças do aparelho digestivo em um centro de referência na Bahia___________________ 326
866 Eficácia e segurança da ecoendoscopia biliopancreática (EEBP) associada a punção aspirativa com agulha fina
(EE-PAAF) em pacientes submetidos à cirurgia gástrica (CG)______________________________________________________ 326
867 Papel da ecoendoscopia no diagnóstico de GIST de papila duodenal - Relato de caso__________________________________ 326
868 Relato de caso - Pancreatite autoimune ou neoplasia de pâncreas? Papel da ecoendoscopia no diagnóstico diferencial_______ 327
869 Relevância da ecoendoscopia na decisão do tratamento do câncer de esôfago_________________________________________ 327
870 Resultados da necrosectomia ecoguiada programada (NEC-EEP) em pacientes com necrose encistada e infectada
do pâncreas após pancreatite aguda grave_______________________________________________________________________ 327
871 Utilidade da ecoendoscopia radial (EER) para estadiar e determinar a remoção endoscópica (RE) de
tumores carcinóides gastroduodenais (TCGD)___________________________________________________________________ 328
Endoscopia Digestiva Alta (TL.E.EDA.CET)
872 Análise da resposta do tratamento endoscópico da disfagia grave após fundoplicatura total laparoscópica a
Nissen e a Rossetti__________________________________________________________________________________________ 328
873 Análise do lago mucoso na esofagite erosiva_____________________________________________________________________ 328
874 Balão gástrico - Revisão da literatura___________________________________________________________________________ 329
875 Betametasona na dilatação endoscópica pós-correção de atresia de esôfago: benefício na terapêutica endoscópica__________ 329
876 Candidíase esofágica: perfil epidemiológico, aspectos endoscópicos e espécies infectantes_______________________________ 329
877 Coagulopatia é fator limitante para terapêutica endoscópica em HDA varicosa?_______________________________________ 330
878 Detecção endoscópica precoce do carcinoma superficial de esôfago em pacientes com acalásia: cromoscopia óptica com
tecnologia de banda estreita versus cromoscopia com solução de lugol_______________________________________________ 330
879 Dilatação com balão da papila duodenal pós-papilotomia para retirada de cálculos grandes de colédoco Resultados e complicações imediatas___________________________________________________________________________ 330
880 Diverticulotomia endoscópica com uso de bisturi harmônico: estudo retrospectivo_____________________________________ 331
881 Duodenoscopia - O que é importante relatar____________________________________________________________________ 331
882 Estudo comparativo das complicações entre os métodos de dilatação da cárdia com e sem fluoroscopia no megaesôfago_____ 331
883 Estudo da correlação entre moléstia diverticular dos cólons e pólipos colônicos em pacientes submetidos à
colonoscopia no serviço de endoscopia do hospital universitário da Universidade de São Paulo_________________________ 332
884 Hemorragia por ruptura de varizes esofágicas: casuística: tratamento e evolução dos pacientes atendidos no
gastrocentro – Unicamp______________________________________________________________________________________ 332
885 Pacientes com mais de 100 kg apresentam melhor resposta ao tratamento da obesidade com balão intragástrico
quando comparados aos com menos de 100 kg?__________________________________________________________________ 332
886 Pacientes obesos com mais de 50 anos apresentam melhor resposta ao tratamento com balão intragástrico
quando comparado aos mais jovens___________________________________________________________________________ 333
887 Perfil epidemiológico de casos de ingestão de corpo estranho na Santa Casa de São Paulo no período
de julho de 2012 a junho de 2013______________________________________________________________________________ 333
888 Relação entre estenose benigna de esôfago e as complicações do tratamento dilatador__________________________________ 333
889 Tratamento endoscópico com balão intragástrico (BIG) em pacientes super-obesos acompanhados no serviço
multidisciplinar de obesidade em uma unidade pública de saúde: série de casos________________________________________ 334
890 Treinamento em miotomia endoscópica da acalásia do esôfago (POEM) em modelo experimental________________________ 334
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
29
Índice • Endoscopia
891 Valores de referência da pHmetria esofágica de 24 horas após análise clínica e endoscópica da fundoplicatura total_________ 334
892 Modelo experimental de viabilidade da sutura endoscópica gástrica baseado em estudo piloto de simulação por
via laparotômica em porcos___________________________________________________________________________________ 335
893 Ainda há espaço para enteroscopia intra-operatória?_____________________________________________________________ 335
Miscelânea (TL.E.MIS.CET)
894 Miotomia endoscópica per-oral (POEM): avaliação de treinamento inicial em modelos animais__________________________ 335
895 Treinamento de miotomia endoscópica do divertículo de Zenker em modelo animal____________________________________ 336
VÍDEOS • endoscopia
Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (TL.E.CPRE.V)
896 Abordagem combinada (Rendez-Vous) no tratamento de coledocolitíase em paciente com gastrectomia subtotal
em Y-de-Roux utilizando gastroscópio standard_________________________________________________________________ 337
897 CPER com duodenoscópio sem uso de trocater no bypass gástrico__________________________________________________ 337
898 Demonstração de colangiografia endoscópica com acesso por enteroscopia em paciente com gastrectomia e
reconstrução em Y-de-Roux__________________________________________________________________________________ 337
899 Papilectomia endoscópica: relato de caso_______________________________________________________________________ 338
900 Perfuração duodenal após papilotomia: tratamento endoscópico____________________________________________________ 338
901 Tratamento endoscópico da litíase pancreática em pós-operatório tardio de duodenopancreatectomia cefálica: relato de caso___ 338
COLONOSCOPIA (TL.E.COL.V)
902 Diarreia por Balantidium coli_________________________________________________________________________________ 339
903 Importância da avaliação endoscópica por magnificação no algoritmo terapêutico da neoplasia precoce colorretal__________ 339
904 Perfuração durante colonoscopia em paciente com radioterapia pélvica prévia________________________________________ 339
905 Técnica combinada de cirurgia transanal (TAR) e dissecção submucosa endoscópica (ESD) para ressecção de
lesão de crescimento lateral (LST) circunferencial localizada em reto distal___________________________________________ 340
ECOENDOSCOPIA (TL.E.ECO.V)
906 Drenagem endoscópica ecoguiada de pseudocisto pancreático infectado com o uso de prótese metálica autoexpansível______ 340
907 Quimioembolização intra-arterial ecoguiada em nódulos metastáticos no fígado______________________________________ 340
Endoscopia Digestiva Alta (TL.E.EDA.V)
908 Buried Bumper Syndrome____________________________________________________________________________________ 341
909 Complicacão durante o tratamento de varizes gástrica com cianoacrilato_____________________________________________ 341
910 Gastrostomia endoscópica percutânea através de fístula cervical ou faringostomia em pacientes com
tumor de cabeça e pescoço____________________________________________________________________________________ 341
911 Gist gástrico: dissecção endoscópica__________________________________________________________________________ 341
912 Hemorragia digestiva alta apos biópsia de controle em paciente pós- gastrectomia parcial_______________________________ 342
913 Infecção maciça por Ancylostoma duodenale_____________________________________________________________________ 342
914 Laceração da parede gástrica na gastrostomia___________________________________________________________________ 342
915 Miotomia endoscópica (me) para tratamento da acalasia. Experiência de 52 casos____________________________________ 342
916 Miotomia endoscópica per oral (poem): vídeo__________________________________________________________________ 343
917 Recanalização esofágica endoscópica___________________________________________________________________________ 343
918 Relato de caso: leiomiossarcoma gástrico_______________________________________________________________________ 343
919 Remoção endoscópica de lipoma gástrico_______________________________________________________________________ 343
30
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Índice • Endoscopia
920 Secção endoscópica de ponte mucosa do esôfago_________________________________________________________________ 344
921 Sífilis gástrica: relato de caso e aspectos endoscópicos_____________________________________________________________ 344
922 Tratamento endoscópico de laceração esofágica pós-impacção alimentar com clipes metálicos - Relato de caso_____________ 344
Intestino delgado (TL.E.ID.V)
923 Doença de Crohn de intestino delgado: diagnóstico por enteroscopia________________________________________________ 345
924 Enteroscopia no diagnóstico da síndrome da artéria mesentérica superior: relato de caso________________________________ 345
925 Importância da enteroscopia no diagnóstico de linfoma difuso de grandes células B em paciente com doença celíaca________ 345
926 Lesão subepitelial como causa de hemorragia digestiva média: relato de caso_________________________________________ 346
Miscelânea (TL.E.MIS.V)
927 Endomicroscopia confocal no esôfago de Barrett com adenocarcinoma (superficial e avançado)__________________________ 346
928 Fechamento de perfuração pós-dissecção submucosa (ESD) com nova técnica e novo clipe metálico tipo “instinct®”_________ 346
929 Remoção de prego do cavum com catéter magnético______________________________________________________________ 347
930 Retirada de alfinete da traqueia com gastroscópio________________________________________________________________ 347
931 Retirada de duas moedas, simulando bateria, utilizando cateter magnético___________________________________________ 347
932 Septotomia ambulatorial do divertículo de Zenker com uso de endoscopia flexível e grampeador linear___________________ 347
933 Técnica da dissecção endoscópica da submucosa universal (ESD-U)_________________________________________________ 347
FOTOS • endoscopia
TL.E.F.
934 Doença de Crohn: aspecto endoscópico sugestivo de lesão neoplásica________________________________________________ 348
Colonoscopia (TL.E.COL.F)
935 Achado colonoscópico na colite colagênica: nem sempre uma colite apenas microscópica_______________________________ 348
936 Diarreia como uma apresentação tardia de fístula após gastrostomia endoscópica percutânea (PEG)_____________________ 348
937 Esquistossomose retal_______________________________________________________________________________________ 349
938 Reto: câncer avançado ou câncer precoce?______________________________________________________________________ 349
939 Úlcera solitária do reto______________________________________________________________________________________ 349
Endoscopia Digestiva Alta (TL.E.EDA.F)
940 Acometimento duodenal por linfoma de células do manto_________________________________________________________ 349
941 Caso clínico - esofagite infecciosa______________________________________________________________________________ 350
942 Esofagite herpética__________________________________________________________________________________________ 350
943 Esofagite tuberculosa________________________________________________________________________________________ 350
944 Fístula traqueoesofágica por intubação prolongada______________________________________________________________ 351
945 Ingestão de corpo estranho___________________________________________________________________________________ 351
946 Lesão de Dieulafoy - Relato de caso____________________________________________________________________________ 351
947 Relato de caso: tratamento endoscópico de fístula esôfago-pleural__________________________________________________ 351
948 Sarcoma de Kaposi gástrico__________________________________________________________________________________ 352
949 Síndrome de polipose hiperplásica gástrica______________________________________________________________________ 352
Endoscopia Digestiva Pediátrica (TL.E.EDP.F)
950 Relato de caso: tricobezoar como causa de estenose duodenal______________________________________________________ 352
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
31
Anais da XII Semana Brasileira do Aparelho Digestivo
Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva
Temas Livres
Cirurgia
Pôsteres • Orais • Vídeos
32
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
CISTO MESENTÉRICO - RELATO DE CASO
Valdinaldo Aragão de MELO1, Osmar Max Gonçalves NUNES1, Flávio Luiz Cabral DÓSEA1,
Paulo Vicente dos SANTOS FILHO1, José Felipe Cardoso BRAZ2, Marcus Felipe Gonçalves FEITOSA3,
Gislayne Oliveira BEZERRA2, Ingrid Tatiana LOPES2
Resumo - Cisto mesentérico é definido como qualquer lesão cística localizada entre os folhetos do mesentério, do duodeno ao reto,
sendo mais comumente encontrado ao nível do íleo. O diagnóstico diferencial mais importante é o cisto de ovário, ainda que devam ser
investigadas outras lesões abdominais como pseudocisto de pâncreas, tumores retroperitoneais pediculados, leiomiomas pediculados
do útero etc. A excisão cirúrgica completa deve ser indicada em todos os casos de cisto mesentérico para evitar complicações como
malignização, obstrução, ruptura, hemorragia etc. Objetivo - relatar um caso de cisto mesentérico atendido e conduzido no Serviço de
Cirurgia Geral do Hospital de Cirurgia. Relato de caso - Paciente de 16 anos, feminino, refere queimor retroesternal há um ano, cursando
com aumento do volume abdominal. Nega dor abdomminal, bem como piora do queimor ou associação com alimentação. Ao exame
físico abdome semigloboso, distendido e indolor à palpação. Ultrassonografia - demonstou grande tumoração cística e tomografia computadorizada do abdome - volumosa coleção cística simples medindo 63 X 16 X 30 cm, do andar superior à região pélvica. A paciente
foi operada e realizada exérese de cisto abdominal gigante e evoluiu bem sem intercorrências.
1
CIRURGIA • PÔSTERES
TL.C.P.001
FBHC; 2UFS; 3UNIT, Sergipe.
TL.C.P.002
DOENÇA DE CROHN COM ACOMETIMENTO EXCLUSIVO GÁSTRICO, UMA FORMA RARA
DE MANIFESTAÇÃO: RELATO DE CASO
Guilherme Vasconcellos Sella1, Vanessa Fernanda Frederico Munhos, Helcio Kazuhiro Watanabe,
Derek William da Silva2, Tiago Mazzaroba Pelisson1, Robson Silva1
Resumo - A doença de Crohn (DC) é uma afecção de origem desconhecida, caracterizada por acometimento focal, assimétrico e
transmural de qualquer porção do tubo digestivo, da boca ao ânus. Somente 5% dos pacientes com a doença têm acometimento gastroduodenal. Existem poucos estudos sobre o tratamento dessa manifestação da doença. O envolvimento gastroduodenal foi inicialmente
relatado por Gottlieb em 1937 e é considerado raro, com incidência de 0,5 a 13% em estudos retrospectivos. O relato do caso descreve um
caso de doença de Crohn, de acometimento exclusivamente gástrico, tratado através de conduta cirúrgica, no momento sem necessidade
de tratamento farmacológico, sem sinais de recidiva ou complicações, até a presente data. As informações acerca do caso foram levantadas através de revisão do prontuário, entrevista com o paciente, registro fotográfico dos métodos diagnósticos, aos quais o paciente
foi submetido, com posterior revisão da literatura.
1
Hospital Regional João de Freitas; 2Universidade Severino Sombra, Rio de Janeiro.
TL.C.P.003
MELANOMA MALIGNO PRIMÁRIO DO ESÔFAGO: UMA DOENÇA RARA E AGRESSIVA
Flávio Hiroshi Ananias Morita1, Ulysses Ribeiro Jr2, Rubens Antonio Aissar Sallum3, Marcos Roberto Tacconi1,
Flávio Roberto Takeda1, Julio Rafael Mariano da Rocha3, Giovanna de Sanctis Callegari Ligabó1, Ivan Cecconello3
?
Resumo - Introdução - O melanoma maligno primário do esôfago é um tumor raro e agressivo; até hoje há relato de aproximadamente
300 casos na literatura. Objetivo - relatar um caso típico desta doença. Caso - Paciente 60 anos, masculino, com história de disfagia progressiva e dor torácica desde há 10 meses. Em investigação foi diagnosticado melanoma maligno no terço distal do esôfago, confirmado
por endoscopia digestiva alta e biópsia com imuno-histoquímica. Realizou estadiamento com Tomografia por Emissão de Pósitrons,
sem sinais de doença à distância. Submetido a esofagectomia transhiatal com linfadenectomia subcarinal, as margens cirúrgicas foram
livres, identificados 26 linfonodos sem evidência de doença. Nove meses após foi submetido a laparotomia por colite isquêmica, quando
foi diagnosticado mestástase para o mesentério. Manteve progressão da doença apesar do tratamento sistêmico e faleceu 1 ano após a
esofagectomia. Conclusão - O melanoma maligno do esôfago é uma doença rara e agressiva, está associado a mau prognóstico e baixo
tempo de sobrevida mesmo com o tratamento adequado disponível até o momento. O tratamento de escolha é a ressecção cirúrgica.
Quimioterapia e radioterapia não demonstraram benefício na sobrevida a longo prazo destes pacientes. Atualmente, ainda carecem
estudos com maiores níveis de evidência a respeito desta doença, os quais são impossibilitados de serem realizados em decorrência da
raridade desta entidade.
1
ICESP; 2 FMUSP e ICESP; 3 HCFMUSP e ICESP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
33
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.P.004
METÁSTASE INCOMUM DE CARCINOMA DE CÉLULAS RENAIS PARA VESÍCULA BILIAR: RELATO DE CASO
Daniel de Paula Santana*, Ariel Dutra Lopes*, Tiago Wobido*
Resumo - Introdução - O Câncer de Células Renais (CCR), conhecido pelo aspecto histológico como Câncer de Células Claras, é um tumor maligno que
se apresenta, no momento do diagnóstico, como doença metastática em até um terço dos pacientes e dos demais até 25-50% desenvolverão metástases mesmo
após o tratamento cirúrgico do tumor primário. A metástase do CCR para a vesícula biliar é um evento raro, sendo que existem publicados somente 33 casos
na literatura mundial, o primeiro descrito em 1963. Objetivo - Apresentar um relato de Caso de metástase de CCR para vesícula biliar atendido pelo Serviço
de Urologia de um Hospital do centro do Estado do Rio Grande do Sul. Caso Clínico/Discussão - Paciente, 69 anos, previamente hipertensa e ex-tabagista,
apresentando história de 30 dias com hematúria e dor lombar à direita, tempo no qual foi realizada uma Tomografia Computadorizada (TC) de Abdome
evidenciando massas em topografias de rim e adrenal direitos, nódulos em bexiga, pulmões e vesícula biliar. A paciente foi submetida à nefrectomia, adrenalectomia e colecistectomia e após recuperação, foi submetida à ressecção transuretral do nódulo da bexiga. A análise patológica evidenciou Carcinoma de
Células Renais em todos os órgãos ressecados incluindo metástase em mucosa da vesícula biliar. Elaborou-se então, uma busca na literatura mundial pelo
sistema PubMed e Portal CAPES, onde foram localizadas 29 publicações de casos semelhantes, sendo realizada uma análise das mesmas em comparação ao
caso apresentado. Na análise da literatura, encontro-se que em sua maioria as metástases mimetizam pólipos de vesícula biliar e costumam invadir somente
a camada mucosa e muscular. Análise de estudos prévios não demonstrou alterações significativas na sobrevida dos pacientes com metástases em vesícula
biliar em comparação com os pacientes com metástases em sítios comuns, sendo a totalidade dos pacientes tratados com colecistectomia para a metástase
em questão. Conclusão - A metástase do CCR para vesícula biliar é um evento raro, mas que deve ser levado em consideração na análise radiográfica e no
transoperatório se possível. Tanto nos casos prévios como no apresentado, a metástase costuma mimetizar tumores polipóides de vesícula biliar. Portanto,
devemos atentar para casos com história de ressecção prévia de CCR que apresentem pólipos em vesícula biliar em exames radiológicos.
*Universidade Federal de Santa Maria, Rio Grande do Sul.
TL.C.P.005
SÍNDROME EOSINOFÍLICA ORIGINAL: INFILTRAÇÃO EOSINOFÍLICA ESOFÁGICA E ASCITE
EOSINOFÍLICA
Thiago Miranda Pinheiro*, Paula Ferreira Barbosa*, Priscilla Dias Silva Abrahao*, Roberta Kazan Tannus*,
Nestor Barbosa Andrade*, Abadia Gilda Buso Matoso*, Valéria Faria Almeida Borges*, Tânia Maria Alcântara*
Resumo - Introdução - As doenças eosinofílicas gastrintestinais primárias (DEGP) apresentam-se com sintomas gastrintestinais associados a aumento do número de eosinófilos na mucosa. Incluem esofagite eosinofílica (EE), gastrenterite eosinofílica (GE) e colite eosinofílica. Relato de caso - W.S.,
masculino, 43 anos, apresentou aumento do volume abdominal há um mês. Três semanas depois iniciou quadro de diarreia aquosa. Há história prévia de
disfagia de condução, leve e esporádica, há mais de dez anos. Negou história de alergias. Ao exame: presença de ascite volumosa. Paracentese diagnóstica:
2.980 células, com 1.907 eosinófilos (GASA: 0,64), e ausência de células neoplásicas. Hemograma: importante eosinofilia. Feita hipótese diagnósica de
GE, biópsias a partir de E.D.A. mostraram infiltrado eosinofílico importante no esôfago, mas ausente em estômago e duodeno. Iniciado tratamento com
Prednisona, o quadro diarreico cessou em dois dias, e a ascite em seis. Discussão: A AE pode ocorrer quando há predomínio de infiltração eosinofílica
na subserosa, e a importante eosinofilia referenda o diagnóstico de GE neste caso. O achado de IEE nos conduz à superposição diagnóstica de EE, o que
explica as disfagias ocasionais. Conclusão - Inicialmente havia apenas o achado incomum de ascite eosinofílica, porém o achado posterior de eosinófilos
no histopatológico de esôfago evidenciou uma síndrome eosinofílica ainda menos frequente: duas DEGP concomitantemente - GE e EE.
UFU, Minas Gerais.
*
TL.C.P.006
VALOR PROGNÓSTICO DO FENÔMENO BROTAMENTO TUMORAL EM PACIENTES COM
ADENOCARCINOMA COLORRETAL ESTÁDIO I E II (TNM), SUBMETIDOS À CIRURGIA COM INTENÇÃO
CURATIVA
Marssoni Deconto Rossoni1, Andrea Maciel de Oliveira Rossoni1, José Ederaldo Queiroz Telles1, Jorge Eduardo Fouto Matias2
Resumo - Objetivo - Estabelecer o desempenho do fenômeno brotamento tumoral (FBT) como fator prognóstico em pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal estádio clínico inicial. Métodos: Foram avaliados 65 pacientes portadores de adenocarcinoma colorretal, estádio I e II (TNM), submetidos
à cirurgia com intensão curativa que foram acompanhados por cinco anos. O FBT foi detectado pelos métodos da hematoxilina-eosina (HE) e imuno-histoquímica (IMH). Resultados - Ocorreu uma maior positividade do FBT (HE) nas neoplasias do cólon do que as retais (p = 0,03) e uma associação com
infiltração vascular venosa e linfática (IMH) com um risco significativo 7,2 vezes e 2,9 vezes maiores, respectivamente (p= 0,02 e p=0,01). Para associação
com recidiva da doença o FBT apresentou sensibilidade de 35,7% e 71,4%; especificidade 58,8% e 56,9%; acurácia de 53,8% e 60%; likelihood positivo de
0,87 e 1,7 e likelihood negativo de 1,1 e 0,5, pelas técnicas HE e IMH, respectivamente. Conclusão - O FBT pode ser um fator preditor de agressividade
tumoral, já que sua positividade está relacionada à infiltração vascular linfática e venosa. Entretanto, neste estudo, avaliando-se o FBT isoladamente, ele
não foi capaz de predizer o risco de recidiva, fazendo-se prioritário a realização de novos estudos, para confirmar o real significado desta possível variável.
1
UEPG; 2 UFPR, Paraná.
34
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
ABORDAGEM SIMULTÂNEA DE ADENOCARCINOMA DE SIGMOIDE E METÁSTASE HEPÁTICA:
RELATO DE CASO
Vanessa Rodrigues Costa1, Marina Rodrigues Costa1, Diego Barão da Silva2, Artur de Holanda Paes Pinto2,
Juliano Fernandes da Costa2, Márcia Regina Amaral Ribeiro1, Pedro Romão Dantas1
RESUMO - Introdução - O câncer colorretal (CCR) é a terceira causa mais frequente de câncer no mundo. Cerca de 50% dos pacientes desenvolvem
metástases hepáticas (MH) na evolução da doença. Relato de caso - MLA, masculino, 63 anos, internou eletivamente para tratamento cirúrgico pós quimioterapia neoadjuvante. A colonoscopia revelava uma lesão vegetante, infiltrativa, friável e estenosante a 30 cm da borda anal. O anatomopatológico
confirmou o diagnóstico, adenocarcinoma de sigmoide moderadamente diferenciado. A TC de abdome revelava nódulos hepáticos em ambos os lobos
sugestivos de lesões secundárias. Possuía história de internação prévia, quando na ocasião foi realizada a colocação de uma prótese paliativa. Realizou-se
hepatectomia e retosigmoidectomia no mesmo tempo cirúrgico. Discussão - As ressecções hepáticas representam a única chance estabelecida de cura e/
ou maior sobrevida livre de doença e é aceita hoje como o melhor tratamento para os pacientes com MH ressecáveis de CCR. Atualmente, ainda não é
bem estabelecido na literatura qual a ressecção prioritária quando na abordagem de um CCR com MH. Conclusão - Optou-se por uma ressecção combinada, pois o tumor primário apresentava-se como uma lesão com potencial obstrutivo, a despeito da colocação da prótese, tendo em vista que a mesma
poderia migrar ou perfurar durante o pós-operatório da hepatectomia, caso esta fosse realizada prioritariamente.
1
UFPB; 2 HSPE, Paraíba.
TL.C.COL.P.008
ABSCESSO PERIANAL: RELATO DE CASO
Gabriel Araújo Ferrari Figueiredo1, Guilherme de Castro Perillo1, Patrícia Vilela Rezende1,
Carla Andreia R. P. Velloso1, Edmar Alves1
RESUMO - Introdução - Os abscessos representam cerca de 70% do total das supurações perianais. No entanto, não deixa de ser uma patologia rara,
estimando-se uma incidência de 1/10000 habitantes por ano e representando 5% das consultas em coloproctologia. São mais frequentes no sexo masculino e raras na infância. A sintomatologia é o quadro doloroso que se inicia abruptamente e piora com a movimentação e esforços. Caso - F.F.M,
28 anos, sexo masculino, há 28 dias com dor e rigidez de glúteo direito que irradia para perna direita. Picos febris há 10 dias. Procurou vários Cais
onde fez tratamento para coluna com injeções em glúteo. Sem melhora, foi encaminhado à neurologia da Santa Casa de Misericórdia de Goiânia.
Realizado ressonância magnética (Massa expansiva multiloculada na região glútea direita, que se estende para região perianal direita, determinando
redução da amplitude do reto). Foi encaminhado à proctologia. Ao exame: Glúteo direito com massa endurecida acometendo toda nádega, com presença de sinais flogísticos. Punção de secreção purulenta e sem odor. Cultura: Staphylococcus aureus. Após um dia, realizado drenagem de abscesso
em região de raiz de coxa D e glúteo D, drenando cerca de 1500 ml de secreção purulenta. Sem comunicação palpável com o reto. Houve melhora do
quadro. Conclusão - Poucas afecções dão lugar a tantos erros de diagnóstico ou terapêutica devendo-se tal fato a um profundo desconhecimento da
anatomia e exame físico da região anal e aparelho muscular circundante.
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
TL.C.COL.P.009
ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE
Marina Rodrigues Costa1, Priscila Briseno Frota1, Thiago Costa Maia1, Jessika Silveira Araújo1,
Dayanne Nogueira de AMORIM1, Caio Alcobaça Marcondes2, Vanessa Rodrigues Costa1
RESUMO - Introdução - O adenocarcinoma de apêndice é uma doença de origem epitelial e de ocorrência rara, encontrado em aproximadamente 0,10,5% das apendicectomias. Objetivo - Relatar caso de uma paciente com adenocarcinoma de apêndice apresentando-se através de uma fístula entero-cutânea. Relato de Caso - Paciente, feminino, 64 anos, apresentou massa em região de fossa ilíaca direita de crescimento rápido com sinais flogísticos há
oito meses (foi realizada na época a drenagem do provável abscesso de parede abdominal). Há quatro meses, porém, iniciou novo quadro de infecção de
parede abdominal com drenagem de fezes na ferida operatória. Foi realizada fistulografia que evidenciou trajeto fistuloso para base do ceco. Foram solicitadas colonoscopia (processo inflamatório em base de apêndice)e tomografia computadorizada, sem outros achados. A paciente foi submetida a uma
laparotomia exploratória, que evidenciou presença de fístula entero-cutânea com a base do ceco junto ao apêndice, sendo submetida a uma fistulectomia
e apendicectomia. Análise histopatológica evidenciou adenocarcinoma de apêndice com margens comprometidas pela neoplasia, sendo realizada nova
laparotomia com hemicolectomia direita. Conclusão - O adenocarcinoma de apêndice possui como forma de apresentação mais comum a apendicite
aguda. O tratamento de escolha é a hemicolectomia direita, pois há um aumento significativo da sobrevida em cinco anos (63%) quando comparada a
apendicectomia (21%).
1
Universidade Federal do Ceará; 2 Hospital Universitário Walter Cantídio - UFC, Ceará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
35
pôsteres • CÓLON
TL.C.COL.P.007
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.010
ADENOCARCINOMA DE RETO ALTO COM METÁSTASE CUTÂNEA - RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes Albuquerque*, Priscilla Guimarães Brugger*,
Diogo Marcelo Furtado*, Marlon Alves Olivetti*
RESUMO - O adenocarcinoma corresponde a 90% dos casos de câncer colorretal. A metástase cutânea devido ao adenocarcinoma colorretal é uma
condição rara pouco descrita na literatura, apresentando uma incidência de aproximadamente 5%. Objetivo - é descrever um caso de metástase em
região interglútea, tendo como sítio primário neoplasia de reto alto. Foi realizada revisão do prontuário do paciente, incluindo análise de exames
complementares por ele realizados e revisão bibliográfica da literatura por meio de busca eletrônica nas bases de dados Lilacs, Medline, Bireme, Scielo,
PubMed. Paciente masculino, 55 anos, atendido no serviço de cirurgia geral do Hospital Regional do Vale do Paraíba, com diagnóstico de neoplasia
de reto alto e lesão em espelho na borda anal, cerca de 2 cm da mesma. Foi submetido inicialmente a retossigmoidectomia com ileostomia e biópsia
da lesão perianal onde foi evidenciado adenocarcinoma tubular grau II e adenocarcinoma tubular, respectivamente. Foi submetido à quimioterapia e
colonoscopia que evidenciou lesão subestenosante no reto a 16 cm da borda anal e o anatomopatológico identificou adenocarcinoma moderadamente
diferenciado e invasivo. Foi realizada proctocolectomia total, linfadenectomia retroperitoneal e ileostomia definitiva. Os tumores metastáticos raros
devem ser incluídos no diagnóstico diferencial nas lesões cutâneas para que ocorra a detecção precoce e instituição de tratamento adequado, sendo de
suma importância no resultado do tratamento.
*HRVP, São Paulo.
TL.C.COL.P.011
ANGIODISPLASIA DE CÓLON EM CRIANÇAS: RELATO DE CASO
Wallace Acioli Freire de Gois1, Flávio Hayato Ejima2, Sara Habka3, Fábio Augusto Albanez Souza3, Luciano Alves Fares4
RESUMO - Angiodisplasia é a anormalidade vascular congênita resultante de morfogênese inapropriada de vasos sanguíneos, especialmente no trato
gastrointestinal, que apresenta-se como importante causa de hemorragia digestiva baixa em pacientes idosos, porém rara em crianças. Em casos pediátricos, o cólon descendente é mais comumente afetado. Objetivo - Descrever caso único na literatura nacional, até então, sobre angiodisplasia de cólon
em criança. Relato de Caso - Paciente apresentou enterorragia volumosa, foi levada ao hospital hipotensa e taquicárdica. Em investigação diagnóstica,
foi realizada colonoscopia, que mostrou lesão colônica em flexura esplênica. Tratada cirurgicamente, com ressecção da porção acometida, sem sintercorrências no ato cirúrgico. A peça foi levada ao estudo histopatológico, evidenciando malformação artério-venosa constituindo placa mucosa de 3,0 cm de
diâmetro e erosão central, compatível com angiodisplasia. Conclusão - A angiodisplasia, apesar de pouco comum na faixa etária pediátrica, apresenta-se
como importante diagnóstico diferencial nos quadros de hemorragia digestiva baixa, visto que pode ser causa de sangramento de vulto e consequente
instabilidade hemodinâmica, devendo ser prontamente reconhecida e tratada.
1
HMIB, HCB; 2HRT; 3HMIB; 4 Hospital da Criança de Brasília, Brasília.
TL.C.COL.P.012
CÂNCER COLORRETAL - RESULTADOS DA AVALIAÇÃO PATOLÓGICA PADRONIZADA DE 40 PEÇAS
CIRÚRGICAS
Gabriel Mendes Andraos1, Guilherme Andrade Lemes1, Daniel Paiva Magalhães1, Luis Carlos Crepaldi1,
Thiago David Aves Pinto2, Sebastião Alves Pinto1
RESUMO - Introdução - O carcinoma colorretal (CCR) é no Brasil a terceira causa de óbito por tumores malignos em mulheres e a quinta em homens.
Geralmente é diagnosticado em fase avançada, comprometendo o prognóstico e a sobrevida. As características anatomopatológicas do tumor são importantes no estadiamento e definição terapêutica. Objetivos - Avaliar características anatomopatológicas de peças cirúrgicas de ressecções colorretais.
Casuística: 40 casos com diagnóstico de CCR entre agosto de 2011 e julho de 2012. Método - Avaliação macroscópica e microscópica das variáveis tamanho, topografia, profundidade da invasão, presença de angioinvasão e neuroinvasão, linfonodos dissecados, margens comprometidas e tipo histológico.
Resultados - A idade média foi de 62,47 (± 15,00) anos, sendo 21 (52,5%) deles do sexo masculino. O Cólon Esquerdo (9 casos) foi o mais acometido, não
havendo diferença significativa. Houve predominância de adenocarcinomas (40 [100%]), subtipo histológico tubular isoladamente (29 [72,5%]), grau 2
de diferenciação (20 [50%]). Em 16 casos a lesão infiltrava até tecido pericólico, em 26 havia neuroinvasão, em 5 angioinvasão e em 4 alguma das margens
estava comprometida. A média de linfonodos dissecados por peça cirúrgica foi de 30,5 (± 18,56), sendo que em 17 casos havia linfonodos comprometidos
(42,5%). Conclusão - Os dados de nossa casuística são compatíveis com a literatura. Todavia, diferem no tocante ao sexo, havendo predileção pelo sexo
feminino em casuísticas maiores.
1
UFG; 2 INGOH, Goiás.
36
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.013
CICATRIZAÇÃO DE ANASTOMOSE NO CÓLON OBSTRUÍDO DE RATOS APÓS TRATAMENTO COM
SILDENAFIL TÓPICO OU SISTÊMICO
João Luis Oliveira Gusmão de Andrade1, Claudio Alvarenga Campos Mayrink1,
Leonardo Duque de Miranda Chaves1, Daniel Gomes de Alvarenga1, Paula Vieira Teixeira Vidigal1,
Ivana Duval Araujo1
RESUMO - Introdução - A anastomose realizada no cólon obstruído apresenta maior incidência de fístulas que pode ocorrer devido a edema e alterações da microcirculação. Objetivo - avaliar a cicatrização do cólon esquerdo de ratos em presença de obstrução intestinal após uso do sildenafil oral
ou tópico. Metodologia - 17 ratos wistar foram distribuídos nos grupos não tratados (n=6), semi-obstrução colônica (SOC), ressecção do segmento e
anastomose; sildenafil tópico (n=5), SOC, ressecção do segmento e anastomose e irrigação da cavidade com sildenafil ao final da cirurgia; sildenafil oral
(n=6), SOC. ressecção do segmento e anastomose e administração de sildenafil oral ao final da cirurgia. A SOC foi feita através de ligadura do cólon com
fio de seda 2-0 contra um cateter com o Objetivo - de criar um estreitamento abrupto da luz colônica, permitindo a passagem de gases. Após 24 horas,
foi feita ressecção da área da obstrução e realizada a anastomose. Os animais foram mortos no sétimo dia após a anastomose e avaliados a presença de
fístula à macroscopia, a pressão de ruptura e a angiogênese à microscopia. Resultados - Os grupos que receberam sildenafil IP e VO tiveram valores de
pressão de ruptura maiores que o grupo não tratado. Houve também aumento da angiogênese nos animais tratados com sildenafil IP quando comparados aos animais do grupo não tratado e do grupo tratado com sildenafil VO. Conclusão - O uso do sildenafil foi capaz de estimular a cicatrização do
colon obstruído em ratos
1
Laboratório de Cirurgia Experimental, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Minas Gerais.
TL.C.COL.P.014
CISTOADENOMA MUCINOSO DE APÊNDICE CECAL: RELATO DE CASO
Marcela Boraschi Marçal1, Luciana Maria Pires dos Santos1, Gabriel Augusto Biassi Geromel1,
Alan Yoshihiro Takamiya1, Juvenal Mottola Neto1, Alexandre Venâncio de Sousa1
RESUMO - O cistoadenoma mucinoso é uma neoplasia benigna rara, caracterizada por hiperplasia focal ou difusa da mucosa e que provoca dilatação
progressiva do apêndice devido acúmulo de substância mucóide intraluminal que corresponde a um tipo de mucocele do apêndice, sendo encontrada entre 0,07 e 0,3% das apendicectomias. No presente relado os autores expõem um caso de cistoadenoma mucinoso do apêndice observado em uma mulher
de 49 anos de idade, sem comorbidades, com antecedente de histerectomia subtotal devido a miomatose e que há um ano iniciou quadro de dor incomum
localizada em fossa ilíaca direita. Neste relato foi necessário realizar uma laparotomia exploradora, pois com os exames de imagem não foi possível
um esclarecimento da massa presente em fossa ilíaca direita. Temos como objetivo relatar uma entidade rara de patologia relacionada ao apêndice. Na
presente discussão esperamos contribuir para o diagnóstico precoce dessa doença, diagnóstico diferencial e a melhor compreensão de sua patogenia.
1
FMJ, São Paulo.
TL.C.COL.P.015
CONCOMITÂNCIA DE VOLVO DE CECO E GÁSTRICO
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello1, Wendel dos Santos Furtado1, Willian Pires de Oliveira Júnior1,
Walter Ludwig Armin Schroff1, Hermínio José de Lima Moura1, Lucas Schlitler Neves1 HFA,
Raphael Cabral de Almeida1
RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente que apresentou quadro de obstrução intestinal por volvo gástrico e cecal concomitantes. Objetivo
- Relatar o caso de causa rara de obstrução intestinal. Casuística: mulher de 25 anos com quadro da abdome agudo obstrutivo, cuja endoscopia revelou
e tratou volvo gástrico. Sem melhora do quadro obstrutivo foi realizada tomografia que evidenciou volvo de ceco com 10cm de diâmetro com báscula
cecal ascendente. A laparotomia demonstrou volvo de cólon ascendente bem próximo ao ceco e distensão cecal. Foi feita ordenha do conteúdo e realizada ceopexia. A paciente evoluiu bem e não apresentou recorrência em 6 meses. Método - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultados - volvo de
ceco e cólon ascendente é raro sendo causa de 1% das obstruções intestinais em adultos. É mais comum em jovens e está associado a hipermobilidade
cecal. Sua associação com volvo gástrico é ainda mais rara havendo apenas um relato na literatura. O tratamento para o quadro intestinal pode ser a
cecopexia (30% de recorrência) ou a colectomia. Conclusão - o volvo de ceco é patologia rara principalmente se associado com volvo gástrico, podendo
ser tratado com cecopexia.
1
HFA, Alagoas.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
37
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.016
CONDUTA NO TRAUMA DE VÍSCERA OCA: RAFIA PRIMÁRIA OU COLOSTOMIA?
Renato de Mesquita Tauil, Alexandre Marotta, Eduardo Fortes de Albuquerque*,
Guilherme Augusto Y. Seimaru, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho,
Mario Henrique Grilo
RESUMO - Introdução - O reparo cirúrgico de traumas abdominais quando há lesões das vísceras ocas é controverso quanto o uso de reparo por sutura
e/ou anastomose primária e o reparo através de colostomia e anastomose em outro tempo cirúrgico. A abordagem cirúrgica das lesões penetrantes do
cólon sofreu mudanças na última década com uma maior inclinação ao reparo primário em relação à colostomia ou exteriorização. 12 Estudos multicêntricos indicam o uso de reparo primário de cerca de 50% até 93% das lesões penetrantes do cólon. Resultados - apresentar uma serie de 7 casos de trauma
abdominal com acometimento de vísceras ocas atendidos em um hospital de referência, de junho de 2012 e maio de 2013, submetidos a anastomose
primária, sem complicações relacionadas diretamente a rafia primária. Conclusão - Acreditamos que a rafia primária de lesões de vísceras ocas é segura
e passível de ser realizada, desde de que o paciente não apresente contra-indicações Clínicas ao tratamento definitivo de seu trauma abdominal e nem
contaminação maciça da cavidade.
HRVP, São Paulo.
TL.C.COL.P.017
EM QUE IDADE SURGEM OS DIVERTÍCULOS DO CÓLON?
Hugo de Lacerda Werneck Junior*
RESUMO - Introdução - A etiologia da doença diverticular pode estar relacionada ao baixo volume de fibras ingerido, alto consumo de gorduras e
obesidade. Noventa e cinco por cento dos divertículos são encontrados no cólon sigmoide. Objetivo - deste estudo foi descobrir em que idade aparecem
os divertículos nos homens e nas mulheres. Métodos - Quatrocentos pacientes (220 mulheres e 180 homens) residentes em São Paulo foram submetidos
à colonoscopia e foram divididos em faixas etárias (21-30 anos, 31-40, 41-50, 51-60, 61-70 e 71-80). Os grupos foram comparados levando-se em conta
a presença/ausência de divertículos utilizando o teste chi-quadrado (Microsoft-Excel). A comparação foi feita separadamente em homens e mulheres.
Resultados - Embora os divertículos possam aparecer em homens com menos de 40 anos, descobrimos uma diferença com significância estatística entre
a quinta (41-50 anos) e a sexta (51-60 anos) décadas de vida (p = 0,0015). No grupo das mulheres o resultado foi semelhante com diferença estatística
entre a quinta (41-50 anos) e sexta (51-60 anos) décadas (p = 0,00058), porém nenhum divertículo foi encontrado em pacientes do sexo feminino com
menos de 41 anos. Conclusão - Em homens e mulheres a prevalência de divertículos do cólon se torna estatisticamente significante acima dos 51 anos. Os
homens começam a apresentar divertículos com menos idade (31-40 anos) do que as mulheres (41-50 anos).
*Clínica Particular, São Paulo.
TL.C.COL.P.018
ENDOMETRIOMA INTESTINAL
Norrara Amanda Teles Martins1, Allisson Morais Moreira1, Germana Jardim Marquez1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1,
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1, Tiago Ferreira Paula2,
Danillo Gomes Leite1
RESUMO - Introdução - Endometriose é definida como o implante ectópico de tecido endometrial funcionante e, quando localizada é conhecida como
endometrioma, afetando principalmente os ovários. O acometimento intestinal é raro, ocorre em 5 a 15% das mulheres com endometriose pélvica e em
73% dos casos localiza-se na transição retossigmoide. Caso: K.R.E.M, 49 anos, sexo feminino, com história de dor pélvica crônica e metrorragia que
ocorre de 2 a 3 vezes ao mês há 8 meses. O quadro era acompanhado de dor intensa do tipo cólica em flanco esquerdo, que irradia para a região hipogástrica, com dor à palpação em região referida. Realizou USG endovaginal e tomografia computadorizada que evidenciaram lesão expansiva sólido-cística com contornos mal definidos em topografia anexial esquerda, medindo aproximadamente 7,0 x 5,0 x 5,0 cm e CA-125: 121,2. Foi submetida a
laparotomia exploradora, sendo realizada retossigmoidectomia devido a tumoração em sigmóide, ooforectomia bilateral e histerectomia, com resultado
anatomopatológico mostrando endometriose extensa em vários focos comprometendo parede intestinal, com grande reação fibrosa, inflamatória e áreas
de necrose na mucosa intestinal, com extensão por contiguidade ao ovário. Conclusão - Pacientes com endometriose podem apresentar suboclusão intestinal devido ao endometrioma. O tratamento e o seguimento devem ser adequados, tendo em vista que, apesar de ser uma patologia benigna, em até
1% dos casos pode haver malignização da endometriose.
1
PUC-GO; 2 ESCS, Goiás.
38
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.019
HEMORRAGIA DIVERTICULAR MACIÇA ORIGINADA EM CÓLON DESCENDENTE - RELATO DE CASO
Marisa Rafaela Damasceno Lima1, Helder Costa Ikegami2, Patrícia Tavares, Bruno Filo Creão Garcia Pereira2,
Jamilly Rocha de Souza2, Luciano Gomes Moura2
RESUMO - A hemorragia do intestino grosso tem apresentação clínica variada que vai de episódios recorrentes, mais ou menos expressivos até a hemorragia maciça que pode envolver alterações hemodinâmicas significativas. Objetivamos relatar caso de paciente internado em fundação santa casa de
misericórdia do pará, com hemorragia digestiva baixa (HDB) maciça. Paciente masculino, 71 anos. Queixa: hematoquezia há 5 dias. EDA: sem relato
de sangramento agudo ou recente. Colonoscopia: doença diverticular dos cólons, sangramento ativo em grande quantidade, proveniente das regiões do
cólon transverso, sigmoide ou esquerdo (por divertículo?). Realizada laparotomia exploradora, sem sinais de hemoperitônio, porém com grande volume
de sangue dentro do cólon transverso e descendente, seguida por hemicolectomia esquerda. Paciente permaneceu internado em UTI, transferido para
enfermaria, na qual evoluiu com fístula anastomótica, sendo reoperado. após este procedimento cirúrgico, foi para uti e posteriormente para enfermaria, sem novos episódios de HDB. Recebeu alta hospitalar e retornou ao ambulatório, sem queixas, com resultado de anatomopatológico: proliferação
fusocelular sem atipias e sem necrose em submucosa, doença diverticular do cólon, processo inflamatório crônico moderado com erosão da mucosa.
Conclui-se que o tratamento cirúrgico associado à colonoscopia para identificação da lesão apresentou bom resultado para resolução de hemorragia.
1
Universidade Federal do Pará; 2 Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Pará.
TL.C.COL.P.020
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA
Tadeu Gusmão Muritiba*, Alberto Jorge Albuquerque Fontan*, Daniel Ribeiro Dantas Landim*, Erisvaldo Ferreira Cavalcante Júnior*,
Rômulo da Silva Furtado*, João Eduardo da Rocha França*, Hugo Rogério Nunes Júnior*
RESUMO - Hérnia diafragmática traumática. Introdução - É de fundamental importância o diagnóstico precoce e a abordagem cirúrgica de imediato
da hérnia diafragmática traumática, mesmo sendo considerada uma lesão rara. Objetivo - Relatar um caso de hérnia diafragmática traumática. Método - Relato de Caso. F.R.O, sexo feminino, 17 anos, G1P0, com 20 semanas de gestação, com quadro de dor abdominal difusa, associado a distensão
abdominal e dispnéia. Apresentava história de lesão por arma branca na base do hemitórax esquerdo há dois anos. Leucocitose: 20600 com 4% bastões.
Cultura do líquido pleural: E. coli. Realizou TC de tórax que evidenciava derrame pleural e presença, na cavidade pleural, de imagem cavitária a esquerda. Foi submetida à drenagem de tórax à esquerda, mas sem melhora do quadro. Foi então submetida à laparotomia exploradora sendo encontrada a
presença de hérnia diafragmática, à esquerda, encarcerada e perfurada da flexura esplênica do cólon. Realizado correção da hérnia diafragmática com
frenorrafia e ressecção da alça encarcerada. Feito colostomia do coto proximal e fechamento do coto distal. Paciente evoluiu com perda do feto no primeiro DPO. Ainda se encontra em estado grave, porém apresentando melhora do quadro. Conclusão - Conclui-se que a hérnia diafragmática traumática
é considerada um verdadeiro desafio para os médicos devido a dificuldades no diagnóstico rápido e correto. Em fase crônica, apresenta um risco maior
de estrangulamento e necrose das vísceras.
*HUPAA, Alagoas.
TL.C.COL.P.021
HÉRNIA MESENTÉRICA PERICECAL COM ENVOLVIMENTO APENDICULAR ASSOCIADA A VOLVO
CECAL: RELATO DE UM CASO
Aline Pozzebon Gonçalves1, Antônio José Malcher Gillet2, Nelson Machado da Silva Lima2,
Hamilton Cezar Rocha Garcia1, João Felipe da Costa Nunes1, Rômulo José de Lima Veras1,
Isabela Klautau Leite Chaves1, Emanuel José Baptista Oliveira1
RESUMO - Introdução - As hérnias abdominais internas são protusões de órgãos intracavitários por aberturas peritoneais ou mesentéricas, de origem
pós-trauma, iatrogênica ou congênita. A localização mais comum é próxima à junção íleo-cólica. Volvo se refere a rotação axial de um determinado órgão
sobre seu pedículo. Objetivo - Relatar um caso incomum de hérnia mesentérica pericecal com envolvimento do apêndice vermiforme e volvo cecal. Relato de
Caso - Paciente do sexo feminino,78 anos, deu entrada no Hospital de Clínicas de Ananindeua com distensão abdominal e parada de eliminação de flatos e
fezes há dois dias. Negou vômitos. Desidratada, eupneica, acionótica e afebril. Abdome bem distendido, timpânico, pouco doloroso a palpação, sem irritação peritoneal. Cicatriz mediana infra-umbilical (ooforectomia há 20 anos). Rotina laboratorial normal. Raio-X panorâmico de abdome revelou obstrução
intestinal a nível de íleo terminal, sem gás a nível de cólons ou de reto. Feito laparotomia exploradora, cujo achado foi de hérnia mesentérica pericecal com
deslizamento do apêndice vermiforme para dentro do defeito mesentérico, associada a um volvo cecal, com estrangulamento da base levando a um quadro
atípico de apendicite com obstrução intestinal e peritonite associada, com vascularização da região cecal e íleo terminal comprometida, sendo realizado
hemicolectomia direita com anastomose íleo-cólica primária em dois planos. A paciente evoluiu bem no pós-operatório (P.O.) recebendo alta no 4ª P.O.
1
Hospital Ofir Loiola; 2 Hospital de Clínicas de Ananindeua. Pará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
39
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.022
INDICAÇÃO DE COLOSTOMIA NA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL DA SÍNDROME DE FOURNIER:
ESTUDO DE CASO
Denise Borba Galdino*, Karla Patrícia Carvalho Noleto*, Luisa Maria de Morais Holanda*, Thaís Monteiro de Castro Freitas*,
Allan Antonelli Meira1, Isabele Parente de Brito*, Alexa Moara*, Jorge Luiz de Mattos Zeve*
RESUMO - Introdução - A gangrena de Fournier é uma infecção polimicrobiana causada bactérias aeróbias e anaeróbias, que leva a uma fasceíte necrotizante, acometendo principalmente as regiões genital, perianal e perineal. Objetivo - Elucidar as indicações conhecidas de colostomia na síndrome
de fournier. Relato de Caso - N.P., masculino, 63 anos, branco, aposentado, natural e procedente de Ananás – TO, refere quadro de edema, de 5 dias de
evolução, na parte interna da coxa direita, indolor e sem calor local. Relata, há um dia, evolução do edema para região perineal, testículos e hipogástrio, acompanhado de dor intensa em períneo que irradiava para testículos. Nega trauma ou ferimentos recentes em regiões acometidas. Exame físico:
extensa área de fasceíte necrotizante e gangrena acometendo toda a genitália externa e períneo. Na admissão: leucocitose de 23.300/mm³. Foi realizada
extirpação e recuperação de pele e tecido necrótico. As túnicas testiculares acometidas pela necrose foram ressecadas, preservando os testículos. Dois
dias após, foi submetido a uma colostomia em alça devido ao comprometimento anorretal. Resultado/Discussão: São muitas as contradições em relação
aos critérios de indicação de colostomia e alguns estudos mostram que a necessidade de colostomia é um fator de mau prognóstico, porém a maioria
dos trabalhos evidencia redução da mortalidade. Conclusão - A extensão da doença não é determinante para a decisão de realizar a colostomia, deverá
ser levado em conta cada caso.
*UFT, Tocantins.
TL.C.COL.P.023
INTERVENÇÃO CIRÚRGICA NA DOENÇA DE CROHN COMPLICADA: UM RELATO DE CASO E UMA
REVISÃO DA LITERATURA
Rita de Cássia Silva*, Reinaldo Falluh Filho*, Roberta da Silva Amaral*, Viviane Sarkis Curi*, Mauro Baffuto*
RESUMO - Introdução - Crohn é uma doença inflamatória crônica recidivante do trato gastrointestinal. Estima-se que 75% dos pacientes com doença
de Crohn (DC) sofrerão cirurgia. Indicações para o procedimento incluem a falha do tratamento clínico ou complicações da doença de Crohn, tais como
perfuração, obstrução, ou formação de fístula. Objetivo - Apresentar um caso de Crohn com abdome agudo perfurativo que necessitou de intervenções
precoces, relacionando-o com dados da literatura médica. Relato de Caso - Sexo masculino, 19 anos, estudante, evoluindo com abdome agudo perfurativo. Laparotomia evidenciou abscesso pélvico e perfuração de delgado. No pós-operatório paciente apresentou complicações infecciosas e necessidade de
reabordagens cirúrgicas. Discussão: O caso corrobora com estudos populacionais que identificaram presença no diagnóstico de idade inferior a 40 anos,
comprometimento do íleo terminal, doença estenosante e doença penetrante como fatores de risco independentes de cirurgia. Na literatura também há
evidências de que a doença penetrante no momento da operação apresenta maiores riscos de reintervenções precoces. Conclusão - A cirurgia ainda desempenha papel fundamental no tratamento do Crohn. Conhecer os fatores preditivos de doença complicada, e individualizar cada indicação cirúrgica
pode trazer o benefício real da cirurgia para esta complexa entidade.
*UFG, Goiás.
TL.C.COL.P.024
METÁSTASE INGUINAL ÚNICA TARDIA DE TUMOR DE CÓLON SIGMOIDE - RELATO DE CASO
Christian Spina1, Carolina Gioia Monteiro1, Aderson Aragão Moura2, Priscila Lara Nogueira2, Nagamassa Yamaguchi2,
Fábio Yoriaki Yamaguchi2, Fernando Bray Beraldo2, José Eduardo Gonçalves2
RESUMO - Os adenocarcinomas de sigmóide geram metástases via linfonodal e hematogênica para regiões localizadas no trajeto da veia mesentérica
inferior e veia porta, principalmente para o fígado, seguido de pulmões. Recorrência tumoral em baço, tireóide, estômago e parede abdominal, são
raras. Objetivo - Relatar um caso de metástase em gânglio inguinal contralateral por adenocarcinoma de cólon sigmóide após dois anos de retossigmoidectomia (RTS). Relato de Caso:O.R.R, 80 anos, masculino, em 04/2011 iniciou perda ponderal e episódios diários de mucorréia sanguinolenta, sendo
diagnosticado tumor estenosante em cólon sigmoide (Set/11-CEA=2,8/CA19-9=21,8). Em 09/2011 foi submetido à RTS laparotômica para ressecção
de adenocarcinoma (T3N0(0/14)M1-omento) de cólon sigmóide, com anastomose primária. Foi realizada terapia adjuvante (18 sessões de FOLFOX
até mar/12). Em TC de abdome de seguimento(05/2013), foi identificada massa em parede abdominal de região inguinal direita (5,6 cm no maior eixo)
(Ago/13-CEA=2,6/CA19-9=15,3). Em ago/2013 foi indicada correção da hérnia incisional (RTS anterior) e resseção da lesão inguinal D cuja biópsia
por congelação resultou em adenocarcinoma metastático em linfonodo inguinal direito. O paciente evoluiu bem no pós-operatório. De acordo com a
literatura, concluímos que metástases para gânglios e parede abdominal de região inguinal são raras, isto porque a região sigmóidea drena para o sistema
porta, originando assim metástases hepáticas e pulmonares mais comumente.
1
UNICID; 2IAMSPE, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.025
MUCOCELE: RELATO DE 3 CASOS E REVISÃO DA LITERATURA
Miki Mochizuki1, Paulo Roberto Tayar2
RESUMO - Mucoceles de apêndice vermiforme em geral são achados de procedimentos cirúrgicos e, mais recentemente, achados de exames de rotina.
Sua ocorrência é rara, mas tivemos a ocorrência de três casos consecutivos de mucocele em nosso serviço de cirurgia, o que nos despertou interesse e
atenção para o assunto, motivando a realização destes trabalho. Em todos os casos, o diagnóstico de mucocele ocorreu previamente ao procedimento
cirúrgico, em função de manifestações clínicas inespecíficas. Fazemos aqui o relato dos casos atendidos e revisão da literatura.
1
HFC; 2 UFSCar, São Paulo.
TL.C.COL.P.026
OPÇÃO DE TRATAMENTO PARA PLASTRÃO APENDICULAR: RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Ana Cristina Isa*, Ernesto Aparecido Alarcon Junior*,
Rafael Lacerda Pereira Feichas*, Igor de Almeida Melo*,Thiago Bittencourt Hassegawa*,
Alexandre Augusto Pinto Cardoso*
RESUMO - O plastrão apendicular representa cerca de 6% dos casos de apendicite aguda. Seu tratamento é controverso. Objetivo - Relatar realização
de tratamento conservador seguido de apendicectomia eletiva. Relato de Caso - Mulher, 24 anos, quadro de dor abdominal, distensão, hiporexia e
constipação intestinal. Negava vômitos e febre. Realizara tratamento ambulatorial para “colite” com Ciprofloxacina por 7 dias e internada durante
5 dias (Cipro + Flagyl), tendo realizado CT de abdome com “sinais de suboclusão intestinal” e exames gerais que demonstravam leucocitose. Devido
a distensão abdominal e queda progressiva dos níveis de Hemoglobina foi encaminhada ao nosso serviço, com hipótese diagnóstica de neoplasia. Ao
exame físico apresentava massa palpável em fossa ilíaca direita, sem sinais de irritação peritoneal. Sob hipótese diagnóstica de apendicite aguda com
intenso bloqueio local, foi optado por tratamento conservador. Submetida a hemotransfusão, antibioticoterapia, com melhora progressiva do quadro
clínico e laboratorial. Recebeu alta em boas condições, afebril, aceitando bem a dieta, com reinternação posterior para apendicectomia eletiva videolaparoscópica. Anatomopatológico evidenciou apendicite crônica com hiperplasia linfóide reacional, fibrose e supuração intraluminal. Conclusão - O
tratamento conservador seguido de apendicectomia eletiva é uma opção para evitar as complicações decorrentes da cirurgia na fase aguda. O presente
caso foi tratado com sucesso.
*Hospital de Aeronáutica de São Paulo (HASP), São Paulo.
TL.C.COL.P.027
RELATO DE CASO - HÉRNIA DE GARANGEOT ASSOCIADA À APENDICITE AGUDA
David Lopes Luvizoto*, Alexandre Baconyi Neto*, Gustavo de Nardi Marçal*,
Bruno José Tamelini Patini*, Fábio de Carvalho Garcia*,
Carolina Gomes Cachola*
RESUMO - Paciente feminina, 88 anos, admitida no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas de Botucatu com quadro abaulamento doloroso e hiperemia em região inguinal direita há 02 dias, queda do estado geral e inapetência. Única alteração laboratorial foi leucocitose (contagem total de glóbulos
brancos: 23.000). Inicialmente feita a hipótese de hérnia inguinal direita encarcerada e encaminhada para cirurgia de urgência. Após a inguinotomia
direita foi identificada coleção purulenta adjacente ao tecido celular subcutâneo e visualizado saco herniário no canal femoral, contendo o apêndice cecal
estrangulado, acometido por intenso processo fibrino-purulento e perfuração. Diante dos achados intra-operatórios, foi realizada apendicectomia convencional, e o anel herniário foi fechado pela técnica de McVay, sem uso de próteses. A paciente teve evolução pós-operatória satisfatória, apresentando
como única complicação a infecção da ferida operatória e recebeu alta hospitalar no 5º dia de pós-operatório (PO). No entanto, retornou ao serviço no
17º dia de PO com quadro de broncopneumonia. Evoluiu para choque séptico e óbito no 33º dia de PO. As hérnias femorais não são comuns. Ocorrem
predominantemente em mulheres idosas, tendo como componente qualquer estrutura da cavidade abdominal, incluindo o apêndice cecal . Embora a
hérnia de Garangeot seja rara deve-se estar atento à possibilidade de sua ocorrência, sendo que o diagnóstico e a abordagem precoces favorecem melhor
prognóstico ao paciente.
*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.028
RELATO DE CASO - DOLICOMEGACÓLON - “O INTESTINO GIGANTE”
Bruna Gonçalves Sena Pinheiro1, Francinaldo Gonçalves Sena2
RESUMO - Introdução - Dolicomegacólon (DMC) é um quadro clínico caracterizado por estase intestinal, hipertrofia e alargamento de uma ou mais
porções do intestino grosso, sendo mais frequentemente afetado o sigmoide, sem nenhuma causa extrínseca de obstrução Representa mais de 50% de
todas as obstruções intestinais e alguns mantém altos níveis de mortalidade. Objetivo - Relatar ocaso de um paciente portador de DMC. Casuística:
Paciente E.F.C., 57 anos, deu entrada no Hospital; referindo dor abdominal difusa, náuseas e vômitos. Relatou evacuações e flatos diminuídos, e
episódios semelhantes nos últimos 5 meses após cirurgia de volvo (SIC). Abdome: globoso, algo tenso, doloroso difusamente à palpação e DB Θ. TC
de Abdome: dilatação importante de Ceco e Sigmoide. Foi submetido à Laparotomia Exploradora, confirmando diagnóstico de DMC, obstrução
em alça fechada e válvula ileocecal preservada. Realizou-se Colectomia Total com Ileostomia, e encaminhamento para o CTI, porém ocorreu óbito
no 3º PO. Método - As informações foram obtidas por meio do acompanhamento da cirurgia realizada, revisão do prontuário, supervisão médica e
revisão da literatura. Conclusão - Essa patologia pode ter sido a causa inicial do volvo, e pode ter causa genética ou ambiental. O DMC é uma patologia rara e é considerada uma grande precursora de obstrução intestinal, principalmente por volvo. Porém ainda não se detém muito conhecimento
sobre suas etiologias.
1
UFPA; 2Orientador, Pará.
TL.C.COL.P.029
RELATO DE CASO - HEMICOLECTOMIA DIREITA DEVIDO ABDOME AGUDO VASCULAR
Emanuel José Baptista Oliveira*, Hamilton Cézar Rocha Garcia*, Isabela Klautau Leite Chaves*,
João Felipe da Costa Nunes*, Rômulo José de Lima Veras*, Aline Pozzebon Gonçalves*,
Raquel de Maria Maués Sacramento*, Pablo Baptista Oliveira*
RESUMO - Pretende-se com este trabalho realizar o relato de um caso de isquemia mesentérica crônica que evoluiu com abdome agudo vascular. Para
tanto, fez-se a coleta de dados através da análise de prontuário. HNT, 74 anos, sexo feminino foi admitida na emergência do Hospital Ophir Loyola com
história de dor abdominal intensa, difusa, com início a 4 horas do atendimento, associada a náuseas, vômitos e diarreia. Negava melena ou hematoquezia. Ao exame, paciente hipocorada, dispneica em ar ambiente, desidratada (2+/4+) em regular estado geral. Apresentava abdome distendido, tenso,
doloroso difusamente, com descompressão brusca positiva. Toque retal sem alterações. Submetida à laparoscopia diagnóstica, foi encontrado extensa
área de isquemia em todo o hemicólon direito, em toda projeção da artéria cólica direita. Convertida a cirurgia para laparotomia, com realização de
hemicolectomia direita com ileotransverso anastomose. Evoluiu bem no pós-operatório, recebendo alta no 8º PO.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
TL.C.COL.P.030
RELATO DE CASO - MÁ ROTAÇÃO INTESTINAL EM ADULTO
Inaiê Rodrigues Luz*, Junia de Cassia Baldim* Baldim, JC Hospital Municial Walter Ferrari, Rafaela Teixeira Tavares*,
Mariana de Freitas Andrade*, Elcio Shiyoiti Hirano*, Marcelo Mitsuo Funai*, Marcelo Kassouf*,
Adriano Marcelo Ramon Chaves*
RESUMO - Introdução - A má rotação intestinal é uma anomalia congênita causada pela ausência de rotação ou rotação incompleta do intestino no
eixo da artéria mesentérica superior durante o desenvolvimento embriológico. É tipicamente diagnosticada nos primeiros meses de vida, porém pode
manifestar-se tardiamente. Em adultos, a incidência é de 0,2%, e destes, 15% permanecem assintomáticos por toda a vida. A principal complicação
envolve a obstrução intestinal alta, isquemia e necrose intestinal. Não existe padronização do tratamento, mas a conduta cirurgica, quando necessária,
envolve o procedimento de Ladd, que consiste na liberação das aderências existentes, liberação do duodeno e cólon direito, além do alargamento do pedículo dos vasos mesentéricos superiores e apendicectomia profilática. Relato de Caso - Homem, branco, 39 anos, hígido, encaminhado ao ambulatorio
de cirurgia geral devido dor abdominal difusa e constipação intestinal de longa data, não associado á vômitos, febre ou hiporexia. Exames laboratoriais
não revelaram qualquer alteração. O clister opaco de duplo contraste revelou segmentos colônicos à esquerda da linha média, com ceco medianizado,
achados compatíveis com má rotação intestinal. Conclusão - Trata-se de doença rara, cujo diagnóstico é difícil, já que geralmente esta entidade não se
encontra entre os diagnósticos iniciais do cirurgião geral. Deve ser considerado em casos arrastados de dor abdominal.
*Hospital Municipal Walter Ferrari, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.031
RELATO DE CASO - PARACOCCIDIOIDOMICOSE DE CÓLON - CECO
David Lopes Luvizoto*, Daniel Mendes Shiroma*, Gustavo de Nardi Marçal*, Bruno José Tamelini Patini*,
Giovana Tuccille Comes*, Rogério Saad Hossne*
RESUMO - Homem, 39 anos. Queixa de sudorese noturna há 5 meses e perda ponderal de 5 kg em 2meses. Em consulta, foi palpada massa em fossa
ilíaca direita. Em ultrassonografia abdominal evidenciado espessamento em parede do cólon ascendente. À colonoscopia, grande lesão tumoral, infiltrativa, ulcerada e sangrante próximo ao ângulo hepático. À biópsia colite crônica acentuada, granulações em “roda de leme”; coloração positiva para
fungos, sugestivo de paracoccidiodomicose. Encaminhado ao HC-UNESP e iniciado tratamento com itraconazol. Após 3 semanas, iniciou quadro de
náuseas, vômitos, distensão abdominal e parada de eliminação de flatos e fezes. Internado pela gastrocirurgia e submetido a cirurgia. Observado tumor no ceco/ascendente e íleo terminal com aspecto inflamatório e linfonodomegalia no mesentério. Feita hemicolectomia direita e reconstrução com
íleo transverso anastomose. Alta no quarto pós operatório, sem complicações. Anatomopatológico: processo inflamatório granulomatoso associado a
apendicite úlcero-flegmonosa, compatível com paracoccidioidomicose. Paracoccidiodomicose é uma micose sistêmica, granulomatosa, causada por um
fungo dimórfico, o Paracoccidioides brasilienses. Doença endêmica da América Latina. Atinge, homens que exercem atividades rurais e entre a segunda
e quarta década de vida. O envolvimento colônico é raro e geralmente simula câncer cólon. Os locais mais acometidos são as áreas ricas em linfonodos
como íleo terminal, apêndice e cólon direito.
*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.
TL.C.COL.P.032
RELATO DE CASO - TUMOR DE CÓLON ASCENDENTE SIMULANDO APENDICITE AGUDA
Gustavo Rodrigues Bezerra*, Pablo Henrique Coelho Bringel* / BRINGEL, PHC / UFT, Thamirys Cristine Camargo de Morais*,
Marcos Vinicius Bachiega*, Luciano da Silva Quadros*, Viviane Tiemi Kenmoti*, Isabele Parente de Brito*, Allan Antonelli Meira*
RESUMO - Introdução - O câncer colorretal (CCR) é o 3º câncer mais comum e a 4ª causa de morte no Brasil. A maioria dos CCR é insidiosa e pode
permanecer assintomática. A maior parte dos CCR se desenvolve insidiosamente e pode permanecer assintomática por anos. Objetivo - Relatar um caso
de tumor de cólon ascendente (TCA) simulando uma apendicite aguda (AA). Relato de Caso - Paciente I. A. P., 56 anos, masculino, queixando dor abdominal em cólica há 6 dias, iniciada em epigástrio e com irradiação para fossa ilíaca direita (FID), mal estar e náusea. Ao exame físico, abdome tenso
em FID com Blumberg positivo. Hemograma: hemoglobina de 9g/dl e leucocitose com desvio à esquerda. Ultrassom abdominal: colelitíase e imagem
hipoecóica em FID, 13 x 8 cm, sugestivo de abscesso. Na suspeita de AA complicada com abscesso, optou-se por laparotomia exploradora. Observou-se colelitíase com parede espessada; nódulo hepático; ceco com 10 cm, sinais isquêmicos; TCA de aspecto neoplásico e obstrução em alça fechada.
Realizada colecistectomia, hemicolectomia direita e drenagem de cavidade. Paciente recebeu alta no 7º dia, sem complicações. Retornou com anatomopatológico de adenocarcinoma tubular úlcero-infiltrativo, diferenciação moderada, perfuração e estadiamento T4N0Mx (0/8 linfonodos dissecados).
Conclusão - O CCR de cólon ascendente pode simular AA, mas é um evento incomum. Em pacientes acima de 50anos, os CCR são mais incidentes que
apendicite, devendo-se investigar a possibilidade da neoplasia.
*UFT, Tocantins.
TL.C.COL.P.033
TUMOR DESMOPLÁSICO DE PEQUENAS CÉLULAS REDONDAS - RELATO DE CASO
Diego Cezar da Silva Pechutti*, Alexandre Bakonyi Neto*, Cristiano Claudino Oliveira*
RESUMO - O tumor desmoplásico de pequenas células redondas (TDPCR) é uma neoplasia rara e altamente agressiva que foi recentemente relatada
por Gerald et al.Afeta predominantemente jovens do sexo masculino,tendo uma localização predominantemente intra-abdominal. Relata-se o caso de
um jovem de 23 anos,que começou referir uma dor abdominal localizada em flanco D, com irradiação para região inguinal D,associado à dificuldade
de urinar e evacuar.Em tomografia foi constatado a presença de massa pélvica, realizada uma biopsia guiada por ultrassonografia,cujo estudo imunoistoquimico confirmou uma neoplasia maligna de células pequenas redondas e azuis. Foi optado por tratamento cirúrgico. O paciente do caso relatado é
portador de uma doença muito rara com dados limítrofes na literatura, assim não há uma padronização e protocolos sistematizados,a seguir. Há relatos
de tratamento de poliquimioterapia com alta doses realizado antes da cirurgia, dados sobre a realização de cirurgia de debulking completo seguida de
quimioterapia intraperitoneal hipertérmica, além de quimioterapia pós-operatória com TMO autólogo de resgate e radioterapia em abdômen total após
debulking ótimo. Todas as modalidades terapêuticas descritas são praticamente semelhantes em relação aos desfechos oncológicos, nenhuma se destacando em relação outra até o momento. O prognóstico é reservado e embora o tratamento possa prolongar a vida em casos isolados, este não é curativo.
*UNESP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.COL.P.034
TUMOR DESMOIDE EM CICATRIZ DE COLECTOMIA PROFILÁTICA: RELATO DE UM CASO
Isadora Roberta de Oliveira1, Guilherme Andrade Lemes1, Paulo Afonso K. N. Figueiredo2,
Thiago David Alves Pinto3, Sebastião Alves Pinto3
RESUMO - Introdução - Tumores desmóides (TD) são neoplasias de origem miofibroblástica monoclonal, com crescimento lento e infiltrativo, respondendo a < 3% de todos os tumores dos tecidos moles. Podem estar relacionados à gravidez, trauma e síndromes hereditárias de câncer. Na Polipose
Adenomatosa Familiar (PAF), associada à mutação no gene APC, podem tornar-se uma importante causa de mortalidade e morbidade, possivelmente
relacionada ao trauma decorrente da colectomia profilática, entretanto podem preceder o diagnóstico da PAF, até mesmo sugerindo a pesquisa da mesma. Objetivo - Relatar um caso de TD pós-colectomia profilática de nossa experiência. Casuística: 1 caso. Método - Relato de Caso retirado de prontuário. Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 26 anos, com histórico de colectomia profilática devido a PAF há dois anos, evolui com tumoração
de parede abdominal em região de cicatriz cirúrgica, de progressão lenta e aspecto infiltrativo. Realizada ressecção cirúrgica, o espécime apresentava
coloração pardo-acinzentada, consistência firme-borrachosa e media 8,0 x 5,6 x 3,7 cm. A microscopia revelou tecido fibroconjuntivo com acentuada
fibroesclerose condizente com Fibromatose Desmóide. Conclusão - Os TDs apesar de raros podem ser uma pista para PAF ou uma complicação “iatrogênica” da mesma e devem estar em mente quando se depara com uma das duas entidades. Uma estratégia alternativa para o tratemento da PAF nesses
pacientes seria o manejo dos pólipos por via endoscópica.
1
Universidade Federal de Goiás, 2Hospital Geral de Goiânia, 3Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia, Goiás.
pôsteres • ESôfago
TL.C.ESO.P.035
ACALÁSIA E OBESIDADE MÓRBIDA: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Marco Aurelio Santo*, Edno Tales Bianchi*, Thais Pereira*,
Renata Potoniacz*, Sergio Szachnowicz*, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Ivan Cecconello*
RESUMO - Introdução - Acalásia é um transtorno motor do esôfago que cursa com disfagia crônica. Habitualmente, devido a dificuldade alimentar, os
pacientes apresentam emagrecimento e desnutrição. É rara a apresentação de acalasia e obesidade. São poucos os relatos de casos de tal associação na
literatura mundial e a conduta discutível em cada caso e não padronizada. Objetivo - Relatamos um caso de um paciente obeso mórbido com acalasia de
origem idiopática que foi tratado de maneira cirúrgica. Método - Trata-se de um paciente homem de 33 anos que apresenta disfagia progressiva há 3 anos.
Tem sobrepeso desde a infância e tinha IMC de 36 na admissão, não teve perda ponderal mesmo com disfagia, devido à ingesta de líquidos com alto teor
calórico. Na EDA apresentava estase de saliva e o EED demonstrava um esôfago com dilatação de 5,4 cm e afilamento em cauda de rato. A manometria
apresentava aperistalse e acalasia de esfíncter inferior do esôfago. Paciente foi submetido à gastrectomia subtotal com reconstrução em Y-de-Roux com
alça longa associado à cardiomiotomia e fundoplicatura. Resultado - Paciente teve ótima evolução e no seguimento mostra-se livre de disfagia e com
perda de peso de 7% e 4 meses. Conclusão - A acalasia em paciente com obesidade é uma apresentação rara cujo tratamento deve ser individualizado e a
opção mostrada é viável e até o momento efetiva.
*HCFMUSP, São Paulo.
TL.C.ESO.P.036
AVALIAÇÃO DA CIRURGIA LAPAROSCÓPICA ANTI-REFLUXO NOS PORTADORES DE SINTOMAS EXTRA
ESOFÁGICOS RELACIONADAS À ASMA NA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFAGIANO
Luiz Roberto Lopes*, Laura Bertanha*, Paulo Rodrigues Silva*, André Berton Vedan*, Amanda Pinter Carvalheiro*,
João de Souza Coelho Neto*, Valdir Tercioti Júnior*, Nelson Adami Andreollo*
RESUMO - Introdução - A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) tem como sintomas atípicos a asma, laringite e tosse crônica, podendo ocorrer
em até 74,4% dos casos. O tratamento clínico com não controla o refluxo não-ácido fato que corrobora a indicação do tratamento cirúrgico. Objetivo
- Analisar a cirurgia videolaparoscópica (VLP) na remissão dos sintomas relacionados à asma em pacientes com DRGE. Material e Métodos - Foram
avaliados retrospectivamente 30 pacientes com sintomas extra-esofágicos relacionados à asma acompanhados no HC/Unicamp e que foram submetidos
à cirurgia de Nissen VLP entre 1994 e 2006. Os dados foram analisados estatisticamente comparando-se os dados pré e pós-operatórios. Resultados - Na
avaliação pré-operatória (M1) e 6 meses após a cirurgia (M2) houve redução significativa dos sintomas de pirose e refluxo. Houve redução significativa
dos sintomas de crises diárias de asma (M1 45,83% e M2 16,67%, p=0,0002) e crises contínuas (M1 41,67% e M2 8,33%, p=0,0002). Em relação à medicação utilizada para o controle da asma houve redução no uso de beta agonista de curta duração (M1 91,30% e M3 47,83%, p=0,0039), beta agonista de
longa duração (M1 39,13% e 78,26%, p=0,0067) e a redução do uso de corticóide oral. Conclusão - A cirurgia anti-refluxo VLP foi eficiente na melhora
de sintomas típicos da doença do refluxo e nas manifestações clínicas da asma.
FCM/UNICAMP, São Paulo.
44
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.ESO.P.037
AVALIAÇÃO DA MOTILIDADE ESOFÁGICA EM PACIENTES COM ESÔFAGO DE BARRETT APÓS A
CIRURGIA ANTI-REFLUXO
Angela C. G. Marinho Falcão*, Sergio Szachnowicz*, Ary NasiA*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Edno Tales Bianchi*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Ivan Cecconello*
RESUMO - Objetivo - Avaliar o efeito da cirurgia anti-refluxo na motilidade do esôfago em pacientes com Esôfago de Barrett (EB) e distúrbio de motilidade. Métodos - 20 pacientes com EB e motilidade anormal previamente ao tratamento cirúrgico. Foram incluídos pacientes com seguimento maior de
12 meses e assintomáticos. Resultados - Seguimento médio de 76,2 (± 9,27) meses. Antes da cirurgia, 17 pacientes (85%) apresentaram hipotonia do EIE,
12 (60%) apresentaram hipocontratilidade corpo esofágico, dois (10%) esôfago quebra-nozes e quatro (20%) tiveram o peristaltismo esofágico anormal
(MEI). Houve aumento na pressão do EIE após a cirurgia em 70% dos pacientes [10.99 (± 1.92) antes e 14.93 (± 1.33) após a cirurgia] (p 0,024). Após a
cirurgia 40% dos pacientes com hipocontratilidade mostraram aumento na amplitude das contrações no esôfago distal e 30% normalizaram; assim como
os pacientes com esôfago quebra-nozes (p = 0,021); cinco (25%) mostraram agravamento da amplitude de contracção e 15% permaneceram hipocontratilidade acentuada; Três pacientes (15%) com o peristaltismo esofágico anormal apresentaram melhora ou normalizaram (p = 0,201); Quatro pacientes
(20%) com peristaltismo normal antes da cirurgia, evoluíram com aperistalse ou MEI após a cirurgia. Conclusão - Pelo menos 50% dos pacientes com EB
com alteração na motilidade tiveram melhora do padrão motor e 40% atingiram valores normais após a cirurgia. Pacientes com esôfago quebra-nozes
normalizaram.
Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo, Departamento de Gastroenterologia - Faculdade de Medicina da USP , São Paulo.
TL.C.ESO.P.038
CÂNCERES SINCRÔNICOS DE ESÔFAGO: RELATO DE CASO
Isabella Coelho da Matta Machado*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*,
Augusto Flávio Campos Mineiro Filho*, Augusto Jose da Silva Albuquerque Cavalcante*,
Kelly Renata Sabino*, Maíra Seabra Federici Teixeira*
RESUMO - Os carcinomas espinocelulares (CECs) de esôfago podem se associar sincronicamente a outros CECs nos tratos respiratório e digestivo.
Embora a ocorrência de tumores esofágicos sincrônicos seja rara, no presente trabalho relatamos um caso de lesões sincrônicas neoplásicas malignas
de esôfago. Trata-se de paciente de 43 anos, com disfagia progressiva e epigastralgia, e relato de episódio de icterícia há um ano. À endoscopia digestiva alta constataram-se três lesões sincrônicas, cada uma nos diferentes terços (superior, médio e inferior) do esôfago, com aumento da extensão e
da infiltração quanto mais distal a localização da lesão no órgão, havendo, inclusive, estenose parcial da cárdia, que foi transposta com dificuldade.
O exame anatomopatológico evidenciou carcinoma de células escamosas, multifocal, invasor, pouco diferenciado. O paciente foi submetido à laparotomia, sem evidencias de neoplasias abdominais ao procedimento. Foi realizada a confecção de gastrostomia e o paciente foi encaminhado para
tratamento quimioterápico.
*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.
TL.C.ESO.P.039
CIRURGIA VIDEOENDOSCÓPICA NO TRATAMENTO DO LEIOMIOMA DE ESÔFAGO
Fernando Antonio Siqueira*, Antonio Borges Campos*, Juliana Regia Furtado Matos*,
Daniel Pereira de Alencar Araripe*, Bruno Gadelha Bezerra Silva*, Rafael Porto Leite*,
Kennedy Cavalcante Pinheiro*, Jobert Mitson Silva dos Santos*
RESUMO - Leiomiomas são as neoplasias esofagianas mais comuns. Seu tratamento de escolha é cirúrgico. A enucleação por toracotomia aberta é o
procedimento padrão. Com o avanço das técnicas de cirurgia minimamente invasiva, novas alternativas se impõem. Objetivo - Divulgar seis casos de
leiomioma comparando a ressecção laparoscópica e toracoscópica com a ressecção aberta, descrevendo a técnica cirúrgica. Métodos - Seis pacientes foram
submetidos à enucleação de leiomioma. Três por toracoscopia à direita, um por cervicotomia e dois por laparoscopia. Seus principais sintomas eram
disfagia. Todos foram submetidos à esofagografia de rotina e endoscopia antes da cirurgia. Resultados - O tempo operatório médio foi de 90 minutos.
Exceto por uma perfuração de mucosa (16,6%) no primeiro caso, não houve outra complicação intra-operatória. A estadia hospitalar média foi de 3
(2-5) dias. Um paciente (16,6%) evoluiu com um pseudodivertículo esofágico pequeno e assintomático no sítio de ressecção, tratado conservadoramente.
Conclusão - A ressecção videoassistida é procedimento seguro e factível para ressecções de leiomiomas esofágicos e permite resultados semelhantes aos
do procedimento aberto.
*Universidade Federal do Ceará, Ceará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
45
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.ESO.P.040
DIVERTÍCULO DE KILLIAN-JAMIESON: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Vagner Birk Jeismann*, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*,
Edno Tales Bianchi*, Thais Pereira*, Sergio Szachnowicz*, Ivan Cecconello*
RESUMO - Introdução - O divertículo de Killian-Jamieson (DKJ) é um pseudodivertículo que ocorre através da parede lateral do esôfago cervical,
no espaço muscular que corresponde à entrada do nervo laringeo recorrente na faringe. É afecção distinta e mais rara que o divertículo de Zenker
(DZ). Caso - paciente feminina, 48 anos, apresenta-se com desconforto cervical e disfagia há 8 anos. O esofagograma evidenciou divertículo de 4 cm à
esquerda, na parede anterolateral do esofago cervical. Foi submetida à diverticulectomia e esofagomiotomia cervical através de cervicotomia esquerda.
Apresentou boa evolução, recebendo alta hospitalar no 2º dia pós-operatório e permanecendo assintomática 3 meses após o procedimento. Discussão - O
DKJ é uma doença rara e tem sido descrito mais frequentemente nos últimos anos. É possível que casos sejam mal diagnosticados como DZ devido ao
desconhecimento do DKJ por muitos médicos. A patogênese permanece desconhecida, porém um mecanismo semelhante ao o que ocorre no DZ já foi
sugerido, representado pela constrição inapropriada da musculatura circular do esofago proximal. Disfagia é a forma mais frequente de apresentação e o
esofagograma costuma ser o bastante para o diagnóstico, podendo ou não ser complementado por TC. A literatura referente ao tratamento é composta
por relatos de caso. Algumas opções terapêuticas descritas incluem diverticulectomia com ou sem esofagomiotomia e o tratamento endoscópico através
da divisão do septo entre o divertículo e o esôfago.
*HCFMUSP, São Paulo.
TL.C.ESO.P.041
DIVERTÍCULO FARINGOESOFÁGICO ASSOCIADO A MEGAESÔFAGO CHAGÁSICO: RELATO DE CASO
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, André Rezek Rodrigues*, Germana Jardim Marquez*, Izabella Cristina Cardozo Bomfim*,
Norrara Amanda Teles Martins*, Michelle de Paula Jacinto*, Allisson Morais Moreira*, Leandro Mendonça Pedroso*
RESUMO - Introdução -O divertículo faringoesofágico (DF) é uma patologia rara que responde por 1 a 3% das queixas de disfagia, representa 0,11% de
estudos radiológicos do esôfago e aproximadamente 4% dos doentes com afecção esofágica. Nos países onde não existe a doença de Chagas, a acalasia
é responsável por 8 a 14% das causas de disfagia. No Brasil a moléstia de Chagas é endêmica e a prevalência de esofagopatia chagásica, nos estudos
epidemiológicos de Rezende (1988) variou de 6,8 a 18,3%. Objetivo - Relatar o caso de um homem portador de megaesôfago chagásico (MEC) operado,
que desenvolve DF. Relato de caso - Paciente de 56 anos, portador de MEC submetido à cardiomiotomia há 35 anos. Há 4 anos início de disfagia alta,
regurgitação de alimentos íntegros e engasgos frequentes. Relata piora dos sintomas há 2 anos com perda de peso acentuada e astenia. Realizada EDA
e REED em 2012 evidenciando divertículo de Zenker, posteriormente foi submetido à gastrostomia endoscópica para nutrição. Realizado preparo
pré-operatório sendo efetuada diverticulectomia em 2013. Discussão - É descrito que em pacientes com acalásia idiopática a ocorrência do DF é mais
frequente do que o esperado, todavia não há na literatura uma associação evidente entre o MEC e o DF. Estudos recentes sugerem a existência de alterações motoras da hipofaringe e do esfíncter esofágico superior em pacientes com MEC, o que poderia estar relacionado com a formação do DF. São
necessários novos estudos para elucidar essa associação.
*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
TL.C.ESO.P.042
ESOFAGECTOMIA NO TRAUMA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - As lesões traumáticas do esôfago geralmente estão associadas com lesões do sistema respiratório ou vascular. A sua abordagem
diferencia quanto ao segmento acometido. Entretanto, o reparo primário ou a ostomia é suficiente na maioria das situações. Objetivos - Relatar o tratamento de lesão de esôfago cervico-torácico complexa com esofagectomia total. Métodos - Relato de caso. Resultados - W.J.F., 25 anos, sexo masculino,
natural e procedente de Petrolândia/PE. Vítima de agressão por arma de fogo em região cervical e torácica. Admitido na emergência, em estado geral
grave. Realizada cervicotomia e laparotomia que evidenciou lesões múltiplas em esôfago cervical torácico. Optado por esofagostomia, drenagem torácica
e gastrostomia. Paciente teve evolução ruim, entrou em sepse. Realizado então uma toracotomia com esofagectomia subtotal e nova esofagostomia.
Permaneceu na UTI por 25 dias após tratamento para sepse do mediastino. Após 3 meses, realizada reconstrução do trânsito com estômago retroesternal.
Evoluiu bem, entretanto, com estenose de anastomose esofagogástrica que foi conduzida com dilatação. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial há 1 ano, sem queixas. Conclusão - Lesões complexas do esôfago podem necessitar de uma abordagem mais agressiva como a retirada do órgão e
proporcionar um prognóstico melhor.
*HR, Pernambuco.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.ESO.P.043
ESOFAGECTOMIA POR TORACOLAPAROSCOPIA EM “PRONE POSITION” NO TRATAMENTO DO
CÂNCER ESPINO CELULAR DE ESÔFAGO MÉDIO SUBMETIDO A TRATAMENTO NEOADJUVANTE:
RELATO DE CASO
Fernando Antonio Siqueira Pinheiro*, Leonardo Adolpho Sales*, Antonio Borges Campos*, João Paulo Ribeiro Silva*,
Bruno Gadelha Bezerra Silva*, Rafael Porto Leite*, Kennedy Cavalcante Pinheiro*, Jobert Mitson Silva dos Santos*
RESUMO - Introdução - O câncer esofágico é uma doença com alta letalidade e incidência crescente, com a maioria dos pacientes diagnosticados em fase
avançada. Os principais fatores de risco são o etilismo, o tabagismo e o esôfago de Barret. Histologicamente as apresentações mais frequentes em ordem
são o carcinoma espinocelular e o adenocarcinoma. A terapêutica atual para essa entidade inclui combinações variadas entre quimioterapia, radioterapia
e a cirurgia que são decididas a depender do estadiamento. Objetivo - Relatar um caso de paciente com câncer esofágico submetido à terapia neoadjuvante
e cirurgia por toracolaparoscopia. Resultados - A paciente deste caso foi submetida à terapia neoadjuvante através de quimiorradioterapia nos meses
de abril, maio e junho de 2013, com reestadiamento evidenciando resposta completa. Em julho de 2013, a mesma foi submetida à esofagectomia total e
linfadenectomia por via toracolaparoscópica e novo histopatológico corroborou com o tratamento curativo da entidade. Evoluiu no pós-operatório com
drenagem torácica de líquido transudativo com resolução espontânea, sem outras intercorrências. Conclusão - Há notável importância na abordagem precoce dos pacientes com câncer esofágico, uma vez que o paciente pode se beneficiar da terapêutica trimodal, baseada na realização de quimiorradioterapia
neoadjuvante associada à cirurgia por via toracolaparoscópica. Esta terapêutica se configura menor morbidade e aumento da sobrevida dos pacientes.
Universidade Federal do Ceará, Ceará.
TL.C.ESO.P.044
ESÔFAGO DE BARRET E FUNDOPLICATURA DE NISSEN
Natasha Marques Mota*, Ana Sarah Portilho*, Americo de Oliveira Silvério*, Marcela Juliano Silva*, Letícia Ferreira Bueno*
RESUMO - Introdução -. Esôfago de Barrett (EB) é uma condição definida pela presença do epitélio colunar em qualquer comprimento da mucosa do
esôfago distal mostrando metaplasia intestinal especializada ao exame endoscópico. Está associado ao aumento do risco de adenocarcinoma esofágico
(AE). A fundoplicatura de Nissen (FN) é uma opção terapêutica eficaz no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, prevenindo a sua progressão
e suas complicações. Todavia, ainda há controvérsias quando indicá-la e quanto as seus resultados em pacientes com EB. Objetivo - Relatar um caso de
EB com regressão histopatológica após cirurgia antirefluxo. Casuística e Método - Relato de um caso. Resultado - Paciente 18 anos, há 9 anos com epigastralgia, pirose e regurgitação. Os exames de endoscopia digestiva alta realizados no período evidenciaram esofagite crônica com mucosa compatível com
EB e hérnia hiatal por deslizamento de pequeno volume. Inicialmente foi optado por tratamento clínico e acompanhamento endoscópico. No entanto,
sem sucesso, pois nos últimos 3 anos os sintomas evoluíram com piora progressiva do quadro de epigastralgia e dispepsia. Neste momento optou-se pela
Fundoplicatura de Nissen. Nos últimos 2 anos, durante o acompanhamento endoscópico, observou-se o desaparecimento do EB. Conclusão - A FN
promoveu um adequado controle dos sintomas, todavia sabemos que a mesma não elimina o risco do desenvolvimento de AE, portanto, o seguimento
endoscópico deve ser continuado por esses pacientes.
*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
TL.C.ESO.P.045
EXPERIÊNCIA DE 30 ANOS DO HOSPITAL DE CLÍNICAS DA UNICAMP NO TRATAMENTO DO CÂNCER
DE ESÔFAGO E DA TRANSIÇÃO ESÔFAGO-GÁSTRICA
Valdir TERCIOTI JUNIOR*, João de Souza Coelho*, Luiz Roberto LOPES*, Nelson Adami Andreollo*
RESUMO - Objetivo - Descrever a casuística dos pacientes operados no Hospital de Clínicas da Unicamp por câncer do esôfago e da transição esôfago-gástrica (TEG). Método. Revisão dos prontuários dos doentes operados por adenocarcinomas e CEC do esôfago, no período de 1983 a 2013. Resultados. Foram analisados 378 (N) pacientes assim distribuídos: 217 (57,4%) portadores de CEC e 161 (42,6%) de adenocarcinoma da TEG. Todos os
pacientes foram submetidos à ressecção cirúrgica com intenção curativa. Entre os casos com CEC: 81,1% brancos, 12,0% pardos, 6,9% negros, 87,6% do
sexo masculino, 12,4% do sexo feminino; média de idade de 54,8 anos; localização: 65,0% no segmento esofágico médio e 35,0% no segmento inferior;
estadiamento: 0 (19,4%), IA (9,7%), IB (11,5%), IIA (24,0%), IIB (9,7%), IIIA (13,4%), IIIB (8,8%), IIIC (3,2%), IV (0%); 79,3% submetidos a neoadjuvância. Entre os doentes com adenoca: 91,9% brancos, 6,2% pardos, 1,9% negros; 85,1% do sexo masculino; 14,9% do sexo feminino; média de idade de
57,6 anos; localização segundo Siewert: I (21,7%), II (36,0%) e III (42,2%); 67,1% submetidos à esofagectomia, 26,7% submetidos à gastrectomia total,
6,2% submetidos a esôfago-gastrectomia total; estadiamento: IA (5,6%), IB (4,3%), IIA (16,8%), IIB (4,3%), IIIA (14,9%), IIIB (29,8%), IIIC (29,8%),
IV (5,0%); 29,8% tratados com adjuvância. Conclusão - A maioria dos pacientes apresentaram-se com tumores avançados e há crescente utilização de
terapêutica multimodal (cirurgia-quimioterapia-radioterapia).
Faculdade de Ciências Médicas - UNICAMP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.ESO.P.046
HIATOPLASTIA COM SUTURA CONTÍNUA NO TRATAMENTO DAS HÉRNIAS HIATAIS VOLUMOSAS E NA
RECIDIVA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO - RESULTADOS PRELIMINARES
Fernando Antonio Siqueira Pinheiro*, Antonio Borges Campos*, João Paulo Ribeiro Silva*, Kennedy Cavalcante Pinheiro*,
Bruno Gadelha Bezerra Silva*, Rafael Porto Leite*, Lucas Bernardo Marinho*, Daniel Ricardo do Nascimento Santos*
RESUMO - Introdução - Nos últimos anos, a cirurgia laparoscópica anti-refluxo ganhou espaço pelos benefícios no tratamento da doença do refluxo gastroesofágico. A maior incidência de excesso de peso na população e a maior disponibilidade de pacientes que se submetem ao procedimento propiciaram
mudanças nas técnicas operatórias e no manejo adequado nos casos de doença recidivada. Objetivo - Avaliar a eficácia da hiatoplastia com sutura contínua
em pacientes com hérnia hiatal volumosa e recidiva no Hospital Universitário Walter Cantídio (Fortaleza). Causuística - Taxas de reoperação nos grandes
centros chegam até a 15%. Método - 12 pacientes operados em 12 meses. 8 mulheres e 4 homens, sendo 5 recidivas, com média de idade 58 anos. Os princípios
básicos da cirurgia anti-refluxo envolvem a dissecção do hiato esofágico, alongamento adequado do esôfago, seguido da hiatoplastia, que é feita através de
sutura contínua dupla com prolene 2-0 e confecção de uma válvula longa do tipo Nissen-Rossetti, fixada em ponto na parede lateral do esôfago proximal.
Resultados - Tempo médio operatório de 1:40 h. 1 paciente convertido por dificuldade técnica e lesão gástrica. Evoluiu, assim como os demais, sem complicações. Os pacientes são revistos com 1 semana, 1 mês, 3 meses, 6 meses e 1 ano. Todos estão bem e EDA evidencia fundoplicatura tópica sem hérnia
hiatal. Conclusão - Em vista da grande dificuldade que é tratar as hérnias hiatais volumosas e as recidivas, o método apresentado representa uma boa opção.
UFC, Ceará.
TL.C.ESO.P.047
MELANOMA MALIGNO PRIMÁRIO DO ESÔFAGO: RELATO DE CASO
Euclides Dias MARTINS FILHO*, Eduardo Pachu SANTOS*, Clarissa Guedes NORONHA*, Josemberg Marins CAMPOS*,
Flavio KREIMER*, Francisco Felippe Rolim de ARAUJO*, Alvaro Antonio Bandeira FERRAZ*
RESUMO - Objetivo - Relatar caso raro de paciente com melanoma maligno primário de esôfago submetido à ressecção radical cirúrgica. Método - Revisão
de prontuário. Resultados - Relato paciente M.B.C., masculino, 64 anos, admitido no serviço de cirurgia geral do HC-UFPE com queixa de disfagia e perda
ponderal. Endoscopia Digestiva Alta evidenciou lesão enegrecida vegetante e friável, a 25 cm da arcada dentária superior, ocupando toda a luz esofágica
sem possibilidade de progressão do aparelho. Estudo histopatológico da lesão sugeriu melanoma maligno de esôfago. O estudo imunohistoquímico confirmou a histogênese melanocítica das células neoplásicas. Realizada abordagem cirúrgica por acesso cervico-abdominal. Achado operatório de volumosa
massa esofágica, sem doença à distância visível. Realizada esofagectomia subtotal trans-hiatal com linfadenectomia mediastinal com anastomose cervical e
piloroplastia. Estudo da peça demonstrou, na junção gastro-esofágica, lesão irregular de aspecto vegetante, firme, de coloração enegrecida medindo 10 cm x
9,5 cm. Estudo microscópico da peça evidenciou melanoma maligno do esôfago com infiltração profunda da camada muscular. Margens de ressecção livres.
Metástase de melanoma maligno em 3/6 linfonodos. Paciente recebeu alta no 11º DPO, encaminhado à oncologia clínica onde prossegui com tratamento
adjuvante. Segue no 2º ano livre da doença. Conclusão - Trata-se de uma neoplasia rara. Não há nenhuma recomendação formal sobre o assunto.
*HC-UFPE, Pernambuco.
TL.C.ESO.P.048
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO APÓS TRANSPLANTE
PULMONAR - EXPERIÊNCIA INICIAL
Sergio Szachnowicz1, Rubens Antonio Aissar Sallum1, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro1,
Julio Rafael Mariano da Rocha1, Rafael Medeiros Carraro2, Ricardo Henrique de Oliveira Braga Teixeira2,
José Eduardo Afonso JUNIOR2, Ivan Cecconello1
RESUMO - Background - O transplante pulmonar é o tratamento mais eficaz para a fase final de doença pulmonar. Muitos destes pacientes apresentam
DRGE grave, considerada um factor de risco para o desenvolvimento de rejeição crónica do enxerto. Objetivo - Relatar experiência inicial com o tratamento cirúrgico do refluxo em pacientes após transplante pulmonar. Métodos - Foram operados 4 pacientes com doença do refluxo gastroesofágico severo
avaliados por manometria e pH metria de 24 horas, que estavam em acompanhamento após transplante pulmonar. Todos com período maior de 1 ano de
transplante, apresentando piora da função pulmonar com possível prejuízo do enxerto devido ao refluxo. Resultados - Todos os pacientes foram submetidos à hiatoplastia associada à fundoplicatura total por laparoscopia, sendo realizada colecistectomia associada em dois pacientes. Um desses pacientes
foi submetido ainda à antopiloromiotomia por apresentar prejuízo no tempo de esvaziamento gástrico com muitos sintomas. Um paciente apresentou
estase esofágica importante necessitando de reoperação. Este mesmo paciente acabou evoluindo a óbito por causa pulmonar infecciosa após 6 meses da
segunda operação. Todos apresentavam estabilidade da função pulmonar após 6 meses de cirurgia. Conclusão - A cirurgia anti-relfuxo pode ser realizada
de forma segura em pacientes após transplante de pulmão, com indícios de melhora da função pulmonar quando sua piora está associada ao refluxo.
1
Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo, Departamento de Gastroenterologia - Faculdade de Medicina da USP; 2Instituto do Coração da FMUSP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO POR ADENOCARCINOMA DE ANTRO GÁSTRICO: RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Rafael Medeiros Bezerra Costa*,
Indy Lopes Batista*, Virna Luíza de Souza Oliveira*, Rosane Silva de Oliveira Teixeira*
RESUMO - Introdução - Aproximadamente 10 a 15% de todos os adenocarcinomas gástricos são classificados como tipo Bormman IV. Podem ser
classificados de acordo com a extensão do envolvimento gástrico em difusa ou localizada. Relato de caso - E.C.B., masculino, 54 anos, encaminhado
ao Hospital de Emergência e Trauma em Campina Grande-PB em decorrência de quadro clínico de abdome agudo, drenando material fecalóide
por sonda nasogástrica. Paciente com história de perda de peso associada a vômitos pós-alimentares precoces há um mês. USG abdominal total
exibia distensão de câmara gástrica com sinais de estase e TC de abdome evidenciava estômago com paredes difusas espessadas, chegando a assumir
contornos de massa. A EDA demonstrou estase gástrica e lesão gástrica ulcerada de antro Bormman tipo IV (não sendo possível biopsiá-la devido
à deposição de líquidos e resíduos sobre a lesão). Submeteu-se o paciente a tratamento cirúrgico. Como havia invasão local de estruturas contíguas
(cabeça de pâncreas e vesícula biliar) e o estômago encontrava-se obstruído, a ressecção foi impedida, sendo feita então uma gastroenteroanastomose.
O paciente evoluiu bem e recebeu alta hospitalar. Conclusão - A abordagem emergencial em pacientes portadores de neoplasia do trato gastrointestinal constitui desafio adicional para o cirurgião, uma vez que os procedimentos realizados podem ter impacto significativo no prognóstico geral do
paciente e no tratamento da doença de base.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.EST.P.050
AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS NÃO INFLUENCIARAM NOS RESULTADOS DE 60 PACIENTES
SUBMETIDOS À GASTRECTOMIAS
Paulo Amaral*, Flavio Silano*, Rodolfo Santana*, Eric Ettinge*, Ricardo Amaral*,
Lorena Carneiro*, Carolina Adan*, Fernanda Lopes*
RESUMO - Introdução - Piores condições socioeconômicas, geralmente implicam em: dificuldade de acesso ao serviço de saúde, condições inadequadas
de educação, nutrição e saneamento básico. Objetivo - Avaliar se as condições sócio-econômicas influenciaram nos resultados das gastrectomias. Pacientes
e Métodos - Sessenta pacientes submetidos a gastrectomia total (55%), parcial (33,4%) ou cunha (11,66%) entre 2005 e 2013. Os dados foram coletados
através de fichas padronizadas preenchidas prospectivamente. SUS 34 pacientes (56,66%) e Convênios (CON) 26 (43,33%). Os grupos foram homogêneos
quanto ao sexo, média de idade, comorbidades, tipo de gastrectomia, patologias e índice de Karnofsky. As complicações foram classificadas segundo o
método de Clavien-Dindo. Resultados - Hemotransfusão intra-operatória não foi realizada em nenhum dos grupos. As complicações relacionadas ao
sítio cirúrgico foram: Clavien II– 4 (40%) SUS e 2 (18,18%) CON p=0,68, Clavien III A– 1 (10%) SUS e 3 (27,27%) CON p=0,30, Clavien III B– 5(50%)
SUS e 4 (36,36%) CON p=1, Clavien V- nenhum caso SUS e 2(18,18%) CON, p=0,18. Não relacionada ao sítio cirúrgico: Clavien II - 10 (90,9%) SUS e
11(91,66%) CON p=0,948, Clavien IVA - 1 (9,09%) SUS e 1(8,33%) CON p=1. Permanência média 11,55 dias SUS e 15,53 dias CON p=0,09. Reabordagem 4(11,76%) SUS e 4(15,38%) CON, p=0,71. Readimissão 2(5,88%) SUS e nenhuma CON p=0,5. Conclusão - A condição sócio econômica nesta
série não influenciou na taxa de morbimortalidade.
*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Bahia.
TL.C.EST.P.051
AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DA GASTROPLASTIA REDUTORA NOS PACIENTES OPERADOS NO
HOSPITAL OPHIR LOYOLA ATRAVÉS DA APLICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO BAROS
Aline Pozzebon Gonçalves*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Carolina Costa Beckman Nery*,
Ediney Houat de Souza*, João Felipe da Costa Nunes*, Isabela Klautau Leite Chaves*,
Emanuel José Baptista Oliveira*, Rômulo José de Lima Veras*
RESUMO - Introdução - A Obesidade mórbida é uma doença crônica que está intimamente ligada a comorbidades médica, psicológicas, sociais, físicas
e econômicas. Objetivo - Este estudo teve como objetivo verificar o Impacto da gastroplastia redutora na qualidade de vida dos pacientes obesos mórbidos operados no hospital Ophir Loyola no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010, através da aplicação do questionário BAROS. Método - Foi
realizado um estudo transversal, retrospectivo e prospectivo, durante o período de Setembro a Novembro de 2011, baseado na análise de prontuários de
31 pacientes e aplicação do protocolo BAROS preenchido pelos próprios pacientes submetidos a gastroplastia redutora no período de janeiro de 2005
a dezembro de 2010 no Hospital Ophir Loyola na cidade de Belém - Pará. Os resultados obtidos foram submetidos à análise estatística. Resultados Observou-se que a maior procura é de pacientes entre 39 a 49 anos (39%), a complicação pós-operatória mais frequente foi queda de cabelo (34%) e a
maioria dos pacientes (67,7%) encontra-se com qualidade de vida muito boa. Conclusão - Concluiu-se que a gastroplastia redutora realizada Hospital
Ophir Loyola trouxe uma melhora significativa na qualidade de vida mesmo com complicações mínimas dos pacientes.
*Hospital Ophir Loiola, Pará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
49
pôsteres • ESTÔMAGO
TL.C.EST.P.049
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.052
AVALIAR A INDICAÇÃO PRECOCE DA GASTROSTOMIA NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Luciana Meireles de Azeredo Coutinho1, Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho3, Lara
Meireles de Azeredo Coutinho1, Ana Luiza Rassi de Mendonça1,
Lucyana Côrtes Torres1, Larissa Lopes Harada1
RESUMO - A doença de Alzheimer é a patologia neurodegenerativa mais frequente associada à idade. Afeta em torno de 10% dos indivíduos acima de
65 anos e 40% acima de 80 anos. O primeiro sintoma da doença é a perda progressiva da memória recente. A evolução da patologia resulta em deficiência
progressiva e incapacitação, incluindo a disfagia e odinofagia que pode acarretar dificuldades de alimentação. Isso leva à perda de peso e deficiências
nutricionais. No entanto, os pacientes não têm a capacidade de expressar os seus desejos, deixando, assim, a decisão da Gastrostomia aos familiares e
médicos. A tendência do uso de alimentação pela sonda de gastrostomia acelerou na década de 1980, após o desenvolvimento da Gastrostomia endoscópica percutânea (GEP). Este trabalho visa avaliar a indicação da Gastrostomia em pacientes com Doença de Alzheimer, para isso foram realizadas
pesquisas bibliográficas nas bases de dados Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo. A partir da revisão desse tema, nota-se que alguns autores referem que
alimentação por sonda não melhora o estado nutricional. No entanto, outros autores defendem a indicação precoce da gastrostomia, visto que prevenir
a desnutrição calórico-protéica também é fornecer qualidade de vida ao paciente, sempre optando, no entanto, por técnicas pouco invasivas como a GEP.
PUC Goiás; 2Tecnomed Indústria; 3Hospital Santa Genoveva, Goiás.
1
TL.C.EST.P.053
AVALIAR A INDICAÇÃO PRECOCE DA GASTROSTOMIA NA DOENÇA DE PARKINSON
Luciana Meireles de Azeredo Coutinho1, Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho2,
Mayse Meireles de Azeredo Coutinho3, Lara Meireles de Azeredo Coutinho1, Ana Luiza Rassi de Mendonça1,
Larissa Lopes Harada1, Lucyana Côrtes Torres1
RESUMO - Descrita em 1817, a Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa com prevalência de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes. Suas
principais manifestações motoras incluem tremor de repouso, bradicinesia e rigidez com roda denteada, decorrem da morte de neurônios dopaminérgicos
da substância nigra que apresentam inclusões intracitoplasmáticas, os corpúsculos de Lewy. Essas alterações também ocorrem em outros núcleos do
tronco cerebral, córtex cerebral e em neurônios periféricos, como do plexo mioentérico. Isso explica os sintomas e sinais não motores, como a disfagia,
constipação, prejuízos cognitivos, demência e graves carências nutricionais. A DP acarreta incapacidade grave após 10 a 15 anos do início da doença,
quando são incapazes de expressar os seus desejos, deixando, assim, a decisão da Gastrostomia aos familiares e médicos. O uso da gastrostomia acelerou
na década de 1980, após o desenvolvimento da Gastrostomia Endoscópica Percutânea (GEP). Este trabalho visa avaliar a indicação da Gastrostomia em
pacientes com Doença de Parkinson, para isso foram realizadas revisões bibliográficas nas bases de dados Medline, Pubmed, Lilacs e Scielo. A partir da
revisão, nota-se que autores defendem a indicação precoce da gastrostomia, principalmente quando o paciente se há acometimento do plexo mioentérico,
visto que prevenir a desnutrição proteico-calórica também é prevenção de patologias oportunistas e secundárias, sempre optando por técnicas pouco
invasivas como a GEP.
PUC Goiás; 2Tecnomed Indústria; 3Hospital Santa Genoveva, Goiás.
1
TL.C.EST.P.054
CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE (CGP) - FATORES RELACIONADOS AO COMPROMETIMENTO
LINFONODAL
Paulo Amaral*, Flavio Silano*, Rodolfo Santana Ettinge*, Ricardo Amaral*,
Fernanda Lopes*, Lorena Carneiro*, Carolina Adan*
RESUMO - Introdução - Apesar de precoce o envolvimento linfonodal pode ser encontrado em até 20% dos pacientes. Objetivo - Avaliar fatores relacionados ao comprometimento linfonodal Pacientes e Métodos - De 2005 a 2013, 15 pacientes foram operados com CGP. Os dados clínicos, cirúrgicos
e anátomopatológicos foram coletados por meio de fichas padronizadas preenchidas prospectivamente. Resultados - Sexo masculino (53,33%), média de
idade foi 56 anos. Gastrectomia parcial em 40% e total em 60%. Não houve complicação intra-operatória. Nenhum paciente recebeu hemotransfusão.
Complicações relacionadas ao sítio cirúrgico 20% (1 reabordagem cirúrgica), não relacionada 0%. A média de permanência foi de 9,8 dias. Readmissão
0%. Óbito nos primeiros 30 dias 13,3%, uma morte súbita, 1 sepse abdominal. O tamanho das lesões variou de 0,9 a 7,5 cm. A lesão foi Tis ou na mucosa em 33,3% e submucosa em 66,6%. A lesão foi bem ou moderadamente diferenciada em 9 casos e pouco diferenciada (anel de sinete) em 6 casos.
Invasão linfática e/ou vascular 0%. A média de linfonodos retirados foi 25, apenas 1 linfonodo comprometido em um paciente com lesão até submucosa. O tamanho da lesão > 2 cm (p: 0,532), comprometimento da submucosa (p:0,464) e a pouca diferenciação (p: 0,204) não estiveram associadas ao
comprometimento linfonodal. Com exceção dos dois pacientes que foram a óbito, todos os pacientes estão vivos e livre de doença. Conclusão - Nenhum
fator esteve associado a invasão linfonodal.
*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.
50
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.055
CIRURGIA TERAPÊUTICA EM CARCINOMA MEDULAR GÁSTRICO
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Tadeu Lacerda Lino2, Juliano Servato2,
Gabriel Araújo Ferrari Figueiredo1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1, Guillherme de Castro Perillo1,
Germana Jardim Marquez1, Ingrid Steltenpool Torminn BorgeS
RESUMO - Introdução - O carcinoma medular gástrico é um subtipo raro de adenocarcinoma pouco diferenciado no sistema digestivo. É definido
como um carcinoma gástrico no qual mais de 50% da área tumoral contém adenocarcinoma pouco diferenciado com pouca estrutura glandular.
Caso - Paciente masculino, 44 anos, com queixas de dor epigástrica, pirose, enterorragia, linfonodomegalia difusa e emagrecimento de 5 kg em 3
meses. Realizou EDA com biópsia de antro que evidenciou adenocarcinoma gástrico ulcerado, padrão tubular predominante e raras células em sinete.
Realizado logo após diagnóstico gastrectomia subtotal com reconstrução a BII em “Y-de-Roux”. Histopatológico de peça cirúrgica descreve carcinoma pouco diferenciado tipo medular (estroma rico em linfócitos), invadindo serosa, sem acometimento de linfonodos ou metástases. (T3/N0/M0).
Confirmado pela imunohistoquímica. Boa evolução no pós-operatório, alta no 5º PO. Atualmente acompanhamento oncológico sem necessidade de
tratamento adjuvante. Discussão - Os carcinomas medulares gástricos são caracterizados pela localização superior no estômago, crescimento grosseiramente expansivo, freqüente infiltração vascular com freqüentes metástases hepáticas e peritoneais. Macroscopicamente são caracterizados por
bordas bem definidas e elevadas com centro raso e ulcerado. Para obtenção de favorável resultado cirúrgico com significativo aumento da sobrevida
o não acometimento de linfonodos e metástases é essencial.
1
PUC GO; 2Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiás.
TL.C.EST.P.056
ESTRONGILOIDIASE GÁSTRICA ASSOCIADA À MEGADUODENO: RELATO DE CASO
Amanda Pinter Carvalheiro*, Valdir Tercioti Júnior*, Luiz Roberto Lopes*,
João de Souza Coelho Neto*, Nelson Adami Andreollo*
RESUMO - Introdução - Estrongiloidíase duodenal e gástrica são doenças raras, de diagnóstico difícil e a literatura refere associação com megaduodeno.
O megaduodeno no nosso meio tem também associação com Doença de Chagas. Relato de caso - homem de 32 anos que vem de uma área endêmica
para Strongyloides stercoralis e teve megaduodeno como um achado endoscópico associado com uma dificuldade de alimentação, vômitos frequentes,
inapetência, perda de peso e desntrição importante. Apresentava sorologia negativa para Chagas. Foi submetido a três operações, respectivamente a
gastrojejunoanastomose, a derivação duodeno jejunal e somente após a terceira que foi a gastrectomia subtotal com reconstrução em Y-de-Roux, é que
houve melhora dos sintomas e o doente voltou a alimentar-se normalmente. Resultados - O follow-up foi sem intercorrências o paciente ganhou 10 kg
de peso. O diagnóstico de estrongiloidíase gástrica foi confirmado após o estudo histopatológico do segmento gástrico ressecado durante a gastrectomia, uma vez que as biópsias gástricas realizadas anteriomente não evidenciavam a doença. Conclusão - O paciente que vem de uma área endêmica de
S. Stercoralis e tem sintomas gastrointestinais ou diagnóstico de megaduodeno por endoscopia ou outro exame radiológico deve ser considerado com o
diagnóstico de estrongiloidíase e biópsias no estômago e duodeno devem ser feitas.
*FCM/UNICAMP, São Paulo.
TL.C.EST.P.057
FÍSTULA GASTRO - CUTÂNEA ESPONTÂNEA COMO MANIFESTAÇÃO PRIMÁRIA NO
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO
Orlando Milhomem da Mota*, Leonardo Medeiros Milhomem*, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso*,
Eliane Duarte Mota*, Ailton Cabral Fraga Filho*, Jales Benevides SANTANA Filho*, Alan KAGAN*
RESUMO - Introdução - Câncer gástrico apresenta queda na incidência e mortalidade em todo mundo para ambos os sexos, é o quarto câncer mais
incidente e a segunda causa de morte por câncer no mundo. A ocorrência de fístula gástrica cutânea já foi observada em pacientes submetidos a cirurgias
bariátricas, quimio-radioterapia, corpo estranho, traumas e lesões cutâneas metastáticas, entretanto não ha relatos na literatura a respeito da fístula
gástro-cutânea espontânea por neoplasia gastrica. Objetivo - Relatar um caso de fístula gástrico cutânea por adenocarcinoma gástrico. Método - Paciente
masculino, com massa no hipocôndrio esquerdo, e fistula gastro-cutânea. A EDA, lesão ulcerada em parede anterior do estômago friável e com extensa
área de necrose. CT Abdome: massa em parede anterior da grande curvatura do corpo gástrico com 11,1 x 9,9 x 8,1 cm com invasão da parede anterior
do abdome e contato com os seguimentos hepáticos II e III. Submetido a gastrectomia parcial, ressecção em monobloco com parede abdominal, pele e
orifício fistuloso e parte dos segmentos II e III fígado. O exame histopatológico e imunohistoquimica confirmaram o achado de adenocarcinoma gástrico.
Submetido à quimioterapia adjuvante com ECF. Conclusão - A fístula gástro-cutânea expontânea é evento raro. Embora tal condição clínica indique
gravidade ao paciente, o tratamento instituído obteve êxito. O paciente se encontra sem evidencia de doença em atividade após dois anos de tratamento.
*ACCG, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
51
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.058
GIST EM CRIANÇA DE 7 ANOS DE IDADE: RELATO DE CASO
Andreia Cristina de PAULA*, Sergio Jorge Adas DIB*, Anwar Fausto Felix SABBAG*,
Jorge A. THOMÉ*
RESUMO - Introdução - Tumores estromais gastrointestinais (GIST) são raros em pacientes com idade inferior a 18 anos. A clínica, biologia e fatores
genéticos diferem da população adulta e são importantes para o tratamento dessas neoplasias na população pediátrica. Objetivos - Relatar um raro caso
de GIST pediátrico, diagnóstico, tratamento, biologia, genética e seguimento, discutindo aspectos clínicos particulares desses tumores na infância, de
acordo com revisão da literatura. Relato de caso - Paciente feminino, 7 anos de idade, com dor epigástrica associada a anemia ferropriva. A endoscopia
digestiva alta mostrou uma lesão gástrica submucosa de 4 cm, limitada e bem definida, com ulceração no ápice, localizada na pequena curvatura. Foi
realizada biópsia e o anátomo-patológico mostrou proliferação fusocelular sugestiva de GIST (c-Kit positivo. A paciente foi submetida à gastrectomia
subtotal com reconstrução a Billroth I e linfadenectomia. Evoluiu sem intercorrências no pós- operatório. A paciente está em seguimento clínico após 4
anos do tratamento cirúrgico, sem evidências de recidiva da doença. Conclusão - O estudo dos aspectos clínicos, genéticos e biológicos dos GIST pediátricos são muito importantes para a realização de guidelines e criação de centros específicos de estudo e referência para o tratamento destas neoplasias
estromais que têm particularidades específicas neste grupo de pacientes.
*FAMERP, São Paulo.
TL.C.EST.P.059
GLOMANGIOMA GÁSTRICO - RELATO DE UM CASO
Flavio Silano*, Rodolfo Santana*, Lorena Almeida*, Fernanda Lopes*, Lorena Carneiro*,
Carolina Adan*, Paulo Amaral*
RESUMO - Introdução - O glomangioma é um tumor mesenquimatoso do tipo vascular benigno. Origina-se da modificação das células de músculo
liso do corpo glômico, que são comumente observados na derme e no tecido celular subcutâneo. Na apresentação clínica podemos encontrar náuseas,
vômitos, dor e hemorragia, como também assintomáticos que o tiveram como achado. Sua localização é mais comum é em antro gástrico de pessoas
adultas, vistos em pacientes imunocomprometidos com mais frequência. Por tratar-se de uma lesão subepitelial, o diagnóstico pré-operatório pode ser
difícil. Tumores vasculares no trato gastrointestinal são pouco frequentes, menos de 2% de todos os tumores benignos, o tumor glômico do estômago
representa 1% de todos eles com algo em torno de 180 casos descritos na literatura mundial. Apesar do baixo potencial de malignização, há relato de
Caso com metástase hepática. Objetivo - Relatar um caso de tumor glômico gástrico. Métodos - Apresentamos o relato de Caso de um paciente do
sexo masculino, 58 anos, com história de Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus e AVE isquêmico, Karnofsky 90, admitido por quadro
de melena, vômitos borráceos. Endoscopia digestiva alta evidenciou lesão em antro gástrico recoberta por coágulos, de aspecto subepitelial e de
aproximadamente 2 cm. Posteriormente, foi realizada ressecção laparoscópica e cunha. Conclusão - O glomangioma é um tumor benigno raro e com
baixo potencial de malignização.
*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Bahia.
TL.C.EST.P.060
IMPACTO DA CENTRALIZAÇÃO NO TRATAMENTO DO CÂNCER GÁSTRICO. CAMINHO PARA A
MELHORIA DOS RESULTADOS?
Leonardo Medeiros Milhomem1, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso2, Maria Paula Curado1,
Alan Kagan1, Orlando Milhomem da Mota1
RESUMO - Introdução - Estudos demonstram a associação entre melhora da sobrevida em relação a tratamentos de neoplasias do trato digestivo e
aumento do volume hospitalar. Dados nacionais acerca da centralização do tratamento de afecções oncologicas são raros e escassos. Métodos - Dados
do registro de câncer de base populacional de Goiânia (RCBPG) do período de 1988 a 2007 acerca da sobrevida de pacientes com câncer gástrico foram
analisados. Resultados - 2.275 pacientes foram incluídos na analise, 852 (37,5%) tratados no Hospital Araujo Jorge (Grupo 1) e 1.423 (62,5%) tratados
em outras instituições (Grupo 2). Resultados - A sobrevida media para todos os estádios no Grupo 1 atingiu, 24,015 meses (25,75 - 22,28:IC 95%) e no
Grupo 2, 20,395 meses (21,915 - 18,875:IC95%) (p=0,0001). Diferenças estatisticamente significativas foram observadas também na avaliação de resultados entre estádios. Conclusões - A concentração do tratamento de câncer gástrico em instituição de alto volume demonstrou aumento significativo de
sobrevida em Goiânia - GO. Dados acerca da centralização de tratamento de neoplasias são praticamente nulos no Brasil, parâmetros como qualidade
de tratamentos, sobrevida, morbidade e mortalidade são pouco avaliados. A criação de bancos de dados nacionais e intervenções referentes a auditoria
de serviços e centralização e um caminho para a melhoria dos resultados.
1
ACCG; 2HGG, Goiás.
52
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.061
LINFOMA DE BURKITT GÁSTRICO CAUSANDO SANGRAMENTO E OBSTRUÇÃO
Mario A.M. Rodrigues*, Marcelo Kassous*, Bianca Sodré*, Luiz Gustavo Marques*,
Gustavo Meirelles-Santos*, Gustavo P.R. Coy*, Olympio Meirelles-Santos*
RESUMO - Objetivo - Descrever um caso de Linfoma de Burkitt (LB) gástrico que apresentou obstrução e hemorragia digestiva alta (HDA). Descrição
- Masc, 32 anos, dor abdominal, vomitos de repetição e emagrecimento. Nega febre. Descorado, dor a palpação profunda de epigastro. Hb 9,0, CT lesão
obstrutiva em antro gástrico. EDA evidenciou estase gástrica e lesão infiltrativa do antro e corpo distal. Evoluiu com HDA necessitando gastrectomia
subtotal na urgência com ressecção duodenal, colecistectomia e linfadenectomia. AP Linfoma de Burkitt gástrico com KI 67 100%. Iniciou QTX recebendo alta apos primeiro ciclo. Discussão - O LB é um linfoma não-Hodgkin (LNH) de células B altamente agressivo. Pode estar relacionado com o
vírus de Epstein-Barr ou ao H. pylori. O acometimento extra-nodal mais comum é no TGI, com maior frequência no estômago, delgado e cólon. Os
achados endoscópicos são úlceras com margens elevadas e mucosa irregular descritos como “coffe-cup-like ulcers”. A QTX é o tratamento padrão sendo
a cirurgia indicada nos casos de obstrução e sangramento. A sobrevivência a longo prazo com a QTX é de 40-80%. Diferente do LB gástrico primário,
o envolvimento gástrico secundário não tem bom prognóstico. Conclusão - Relato de LB gástrico que apresentou quadro de obstrução e sangramento
necessitando de cirurgia e quimioterapia com boa evolução clínica em um período de 3 meses.
*Departamento de Cirurgia do Hospital Maternidade Galileo - Valinhos, São Paulo.
TL.C.EST.P.062
LIPOMA GÁSTRICO
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*
RESUMO - Introdução - Relato de caso de um lipoma gástrico. Objetivo - Relatar o caso de um tipo raro de tumor gástrico. Casuística - Mulher de 51
anos com epigastralgia em aperto de longa data, perda de peso e hiporexia. Realizada EDA que evidenciou massa de 3 cm em antro gástrico recoberta
por mucosa de aspecto normal. Após biópsia profunda a histopatolgia demonstrou tratar-se de lipoma. A ecoendoscopia tumor submucoso homogêneo,
hiperecogênico de 2,7 x 2,0 cm e o PET/CT mostrou massa esférica de 3,1 x 2,0 cm em antro com densidade de gordura. Por ser assintomática foi submetida
a gastrectomia atípica com retirada de toda a lesão. Evoluiu com estenose pilórica tratada por pilorotomia endoscópica. O histopatológico confirmou
tratar-se de lipoma gástrico. Métodos - Relato de caso e revisão da literatura. Conclusão - Os lipomas gástricos perfazem menos de 1% dos tumores
gástricos havendo apenas 220 casos relatados. Dos lipomas gastrointestinais apenas 5% localizam-se no estômago. A maioria deriva da submucosa e o
diagnóstico pré-operatório é difícil, já que as biópsias revelam apenas mucosa gástrica normal. Não apresentam potencial maligno e crescem lentamente,
sendo indicado tratamento cirúrgico apenas nos pacientes sintomáticos. Nos demais, acompanhamento por imagem. Conclusão - Lipomas gástricos são
patologias raras com bom prognóstico devendo ser acompanhadas, a cirurgia só é indicada em caso de tumores sintomáticos.
*HFA, Brasília.
TL.C.EST.P.063
LIPOMA GÁSTRICO MIMETIZANDO GIST: RELATO DE CASO
Gerson Suguiyama Nakajima*, Adriano Picanço Junior*, Ana Maria Sampaio de Melo*, Suzi Maria Carvalho Maron*,
Rubem da Silva Neto*, Leonardo Simão Guimarães*, Rubem Alves da Silva Junior*
RESUMO - Introdução - Lipomas gástricos são tumores raros e benignos, correspondendo a 2% dos tumores benignos do estômago e menos de 1%
de todas as neoplasias gástricas. Objetivo - Relatar um caso de lipoma gástrico tratado no serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital
Universitário Getúlio Vargas, em Manaus, Amazonas. Paciente M.R.S.T., 30 anos, feminino, IMC 47,4 kg/m2, evoluía há 6 anos com dor em epigastro, irradiada para hipocôndrio direito e dorso. Realizou à época ultrassonografia de abdome superior, evidenciando colelitíase. Em 2012 apresentou
melena e astenia intensa, com necessidade de transfusão sanguínea, sendo detectado volumoso pólipo gástrico à endoscopia digestiva alta. antecedentes de Diabetes Mellitus com uso de hipoglicemiantes orais. Ao exame físico, apresentava-se hipocorada 2+/4+, sem outros achados. Submetida
a laparotomia, com achado intraoperatório de vesícula biliar, com cálculos, sem dilatação da via biliar extra-hepática; estômago de paredes normais,
com pólipo na grande curvatura de corpo gástrico com cerca de 4,0 cm, semipediculado, em submucosa; optou-se pela colecistectomia e gastrectomia
parcial “em cunha”. A paciente evoluiu sem intercorrências. O histopatológico evidenciou lipoma gástrico, com margens cirúrgicas livres e ausência
de malignidade. Conclusão - O lipoma tem a capacidade de mimetizar outras lesões, com queixas clínicas importantes. O diagnóstico definitivo só é
feito, portanto, pela biópsia.
*UFAM, Amazonas.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
53
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.064
MELHORA DA SOBREVIDA PÓS-OPERATÓRIA EM CÂNCER GÁSTRICO ATRAVÉS DA MUDANÇA DE
ABORDAGEM, QUE INCLUIU TRATAMENTO NEOADJUVANTE
Thomas Rodrigues de Almeida Barros*, Ajith Kumar Sankarankutty*, José Sebastião dos Santos*, Juliana Campos Barbosa*,
Mariana Vitória Gasperin*, Leandro Colli*, Gustavo de Assis Mota*, João Almiro FERREIRA Filho*
RESUMO - Introdução - No Brasil, câncer gástrico é a quarta neoplasia maligna mais comum entre os homens e a sexta entre as mulheres. Embora o
tratamento atual mais aceito na literatura envolve a complementação do tratamento cirúrgico com terapia neoadjuvante ou adjuvante, a resposta dos
usuários do Sistema Único de Saúde do Brasil a esta abordagem precisa ser avaliada. Há três anos, foi reestruturado o atendimento dos pacientes com
câncer gástrico neste serviço que incluiu entre outras medidas o tratamento neoadjuvante. Objetivo - comparar a sobrevida pós-cirúrgica dos portadores
de câncer gástrico tratados neste serviço antes e após a reestruturação do atendimento. Método - análise exploratória de coorte retrospectivo, através da
revisão dos prontuários de pacientes consecutivos operados antes (período A; n=31) e após (período B; n=27) a reestruturação de atendimento. Resultados
- Período A Período B Idade (mediana/IQR) 57 (13) 61 (13) Sexo (Masculino/%) 21 (67,7) 9 (33,3) Hb pré-op (media/dp) 11,7 (2,1) 12,1 (2,0) Albumin
pré-op (mediana/IQR)3,6 (0,6) 4,1 (0,5) > T3p (%) 38 44 > N2p (%) 45 32 M1 (%) 25 11 Para o intervalo dos primeiros 500 dias pós-operatórias, a curva
de sobrevida Kaplan-Meier mostrou uma maior sobrevida no período B (p<0,05). Conclusão - Com a reestruturação houve uma melhora na sobrevida
pós-operatória dos pacientes com câncer gástrico. O papel do tratamento neoadjuvante nesta melhora da sobrevida precisa ser confirmada com estudos
randomizados e controlados.
*HCFMRP-USP, São Paulo.
TL.C.EST.P.065
METALOBEZOAR GÁSTRICO - RELATO DE CASO
Kelly Danielle Silva Vieira1, Alécio Fonseca Leite1, Luis Gustavo Cavalcante Reinaldo2, Juarez Carneiro de Holanda Filho2,
Daniel Moura Parente2, Eid Gonçalves Coelho2, Patrícia Chaib Gomes Stegun1, Jayranne Mara Santana dos SANTOS1
RESUMO - Introdução - Bezoares são conglomerados de materiais deglutidos não digeríveis localizados no trato gastrointestinal, e classificados de
acordo com a composição como: fibras vegetais (fitobezoar), pelos (tricobezoar) e, menos comum, metal. Objetivo - Relatar um caso incomum de bezoar
gástrico metálico. Relato do Caso - - Mulher, 25 anos, histórico de depressão, procurou o serviço de urgência de um hospital terciário devido à ingestão de
corpos estranhos, epigastralgia e hematêmese. A radiografia de abdome evidenciou bezoar gástrico com densidade metálica de grande volume. Realizada
laparotomia exploradora, gastrotomia e retirada dos corpos estranhos: 99 pregos, um parafuso, um prendedor de cabelo, um tampo plástico e uma carga
de caneta. Após raio-x telecomandado na sala de operação confirmando retirada de todos os corpos estranhos, fez-se a gastrorrafia. No pós-operatório a
paciente evoluiu sem intercorrências e obteve alta hospitalar no quinto dia. Considerações Finais - Bezoar metálico é incomum na literatura. Os bezoares
são frequentes em pacientes com distúrbios psiquiátricos. Comumente os casos são assintomáticos, quando não, a sintomatologia é variada, podendo
apresentar obstrução ou perfuração intestinal. Para o tratamento existem vários métodos. A cirurgia é indicada quando são corpos estranhos de risco,
quando há falha na terapêutica endoscópica ou em casos complicados. Para evitar recidiva, é necessário acompanhamento psiquiátrico do paciente.
1
FACID; 2HUT, Piauí.
TL.C.EST.P.066
MORBIMORTALIDADE EM PACIENTES EM PACIENTES SUBMETIDOS À GASTRECTOMIAS NA
EMERGÊNCIA POR COMPLICAÇÃO DA DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - A doença ulcerosa péptica (DUP) é uma doença benigna e evitável. Entretanto, a perfuração e o sangramento ainda permanece
ocorrendo de maneira insidiosa e estável através dos tempos. Objetivos - Descrever a evolução dos pacientes com complicação da DUP submetidos à ressecção gástrica de emergência. Métodos - Estudo retrospectivo entre pacientes adultos admitidos em um hospital do SUS - Recife/PE, com úlcera péptica
perfurada ou úlcera sangrante, entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Resultados - Trinta e dois pacientes foram encontrados. Vinte e um do sexo masculino.
A idade variou de 23 a 83 anos. Perfuração de úlcera duodenal ocorreu em 15, sendo recidiva em 5 pacientes. Em 17 pacientes ocorreu sangramento de
úlcera (duodenal, em 11 desses e gástrica, em 6). Choque (BE ≤ -6 e lactato ≥ 3) ocorreu mais no grupo sangrante ( 2 pacientes com UPP e 8, com HDA).
Hemotransfusão ocorreu pré-laparotomia apenas no grupo com HDA. Antrectomia ocorreu em 6, com UPP e em 5, com HDA. Gastrectomia total foi
necessária em 2 pacientes com UPP e em 3, com HDA. Reconstrucção a Billroth II ocorreu em 3. Complicações pós-operatórias foram: abscesso cavitário,
evisceração, deiscência de coto duodenal e óbito. O óbito ocorreu em 5 pacientes, sendo 4 desses, no grupo de HDA. Conclusão - Ressecções gástricas de
emergência podem ser necessárias no tratamento das complicações da DUP, mas sua indicação deve ser avaliada de acordo com a gravidade do paciente.
*HR, Pernambuco.
54
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.067
NEOPLASIA GÁSTRICA EM ESTÔMAGO EXCLUSO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA:
RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Leonardo Medeiros Milhomem*, Carlos Gustavo Lemes Neves*, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso*,
Eliane Duarte Mota*, Ailton Cabral Fraga Filho*, Alan Kagan*, Jales Benevides SANTANA Filho*,
Orlando Milhomem da Mota*
RESUMO - Introdução - A cirurgia bariátrica e modalidade terapêutica com numero crescente de procedimentos, maior aceitação, e grande efetividade no tratamento da obesidade mórbida. A caracterização e descrição das neoplasias do trato digestivo alto apos cirurgia bariátrica e tratamento
destas situações e escassa na literatura. Métodos - Descrevemos o caso de um paciente com adenocarcinoma gástrico em estômago excluso sete anos
após cirurgia de Fobbi-Capella, e revisamos os casos publicados na literatura. Conclusão - As neoplasias do trato gastrointestinal alto após cirurgia
bariátrica são eventos raros, não havendo relação aparente entre as duas condições. A seleção de pacientes, a realização de exames pré-operatórios,
durante seguimento e avaliação de queixas dos pacientes no período pós-operatório deve ser rigorosa e levar em consideração a possibilidade de
doenças oncológicas.
*ACCG, Goiás.
TL.C.EST.P.068
O CÂNCER GÁSTRICO NO BRASIL: AVALIAÇÃO DA TENDÊNCIA TEMPORAL DE MUDANÇA DE
LOCALIZAÇÃO ANATÔMICA EM QUATRO REGIÕES
Fatima MRUE1, Mayara Dias Alencar2, Mario Henrique Dias de Alencar2, Lee CHEN-Chen3,
Grasiane Bessa Tinelli2
RESUMO - Introdução - O câncer gástrico é a segunda principal causa de câncer em todo o mundo. Sua incidência está diminuindo em alguns países,
mas algumas variações nas localizações de tumores, de acordo com os três terços do estômago, tem sido relatada.Tal modificação anatômica pode estar
relacionada a muitas variáveis, incluindo características socioeconômicas da população.No Brasil vamos analisar a tendência de mudanças na localização do câncer gástrico, Método - Aplicação do teste de regressão linear em dados coletados dados de quatro Registros de Câncer de Base Populacional
(RCBP) do mesmo período consecutivo 1997-2005 em quatro regiões geográficas diferentes. Resultados - Encontramos uma tendência geral de aumento
de câncer em duas regiões [Fortaleza (52,4%) e Goiânia (50,5%)], uma tendência de aumento de tumores em antro em duas regiões [Fortaleza, (p=0,043);
Porto Alegre (p=0,003) ]e uma tendência para diminuir em uma região [Goiânia,(p=0,004]). Na cárdia foi encontrada uma tendência para aumentar
em duas regiões [Fortaleza, p=0,028); Goiânia (p=0,01)] e diminuir em uma [São Paulo (p=0,01)], e aumento na tendência do corpo em duas regiões
[Porto Alegre (p=0,001); Fortaleza (p=0,055)]. Conclusão - Concluímos que há uma tendência ao aumento do câncer gástrico e para mudança no local
anatômico do câncer em algumas regiões geográficas.
1
UFG; 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 3IPTESP, Goiás.
TL.C.EST.P.069
PREVALÊNCIA DO HELICOBACTER PYLORI EM PACIENTES OBESOS MÓRBIDOS SUBMETIDOS À
TÉCNICA DE GASTRECTOMIA VERTICAL
Ozimo Pereira Gama Filho*, Luciana Maria Ribeiro Gonçalves*
RESUMO - A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no organismo decorrente de um desequilíbrio entre o ganho e o gasto calórico,
acarretando um risco aumentado de inúmeras doenças crônicas, e as consequências para a saúde são inúmeras, com variados níveis de impacto sob a
qualidade de vida. Descoberta na década de 50, a cirurgia bariátrica constitui intervenção terapêutica que proporciona perda de peso efetiva e sustentada,
tendo a endoscopia digestiva alta um papel fundamental no preparo dos pacientes em pré-operatório de cirurgia bariátrica e no controle de complicações
pós-operatórias. A técnica de gastrectomia vertical consiste numa cirurgia restritiva que consiste no fechamento de uma porção do estômago através de
uma sutura, gerando um compartimento fechado. A infecção por Helicobacter pylori é bastante prevalente na população brasileira e tem sido associada
a casos de metaplasia, atrofia e câncer gástrico. O objetivo desse estudo é determinar a prevalência do Helicobacter pylori em pacientes obesos mórbidos
submetidos à técnica de gastrectomia vertical. Trata-se de um estudo analítico e retrospectivo, realizado em um serviço particular de referência em São
Luís - MA. A amostra é não probabilística, ou seja, de conveniência, englobando os pacientes que foram submetidos à técnica de gastrectomia vertical
no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2012, totalizando 35 pacientes; 7 positivos para o Helicobacter pylori e 28 negativos.
*Universidade Ceuma, Maranhão.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
55
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.070
RELATO DE CASO: DEGASTRECTOMIA EM PACIENTE SUBMETIDO à QUIMIOTERAPIA PALIATIVA
APÓS EVIDÊNCIA OPERATÓRIA DE CARCINOMATOSE PERITONEAL
Isabela Klautau Leite Chaves*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Alysson Lopes Rodrigues*, Luiz Nazareno França de Moura*,
Marcelo Prado Magalhães*, Emanuel José Baptista Oliveira*, Raquel Sacramento Maués*, Rômulo José de Lima Veras*
RESUMO - Introdução - no câncer gástrico, a cirurgia é a principal alternativa terapêutica e única chance de cura. Objetivo - relatar 01 caso de câncer
gástrico, no qual foi realizado degastrectomia após quimioterapia. Casuística - 01 paciente. Método - estudo descritivo com informações obtidas na
consulta, na revisão do prontuário e na literatura. Resultados - a.C.A., Sexo masculino, 51 anos, com adenocarcinoma gástrico envolvendo incisira
angulares e região antro-pilórica, submetido a gastroenteroanastomose a brown em out/12 (manaus-am). Achado operatório: linfonodos aparentemente
comprometidos em omento e ligamento hepato-gástrico, lesão em antro atingindo serosa e invasão da raiz do mesocolon, cabeça de pâncreas e implantes
em mesocolon transverso. Realizou qt paliativa. Avaliado no HOL (Belém - PA), e indicado cirurgia após tomografia de controle sem sinais de carcinomatose. Achado operatório (ago/13): bloco tumoral envolvendo estômago, cólon transverso e segmento iii do fígado; não observado demais alterações.
Submetido à degastrectomia + linfadenectomia à d2 + colectomia parcial + enterectomia segmentar + colecistectomia + esofagojejunoanastomose em
y de roux + colon-colonanatomose. Boa evolução pós-operatoria. Conclusão - apesar de ainda ser um assunto polêmico, com a evolução das drogas
anticâncer, surgiram trabalhos propondo, nos pacientes com adenocarcinoma gástricos disseminados ou irressecáveis, operações de ressecção após tratamento neoadjuvante com resultados satisfatórios.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
TL.C.EST.P.071
RELATO DE CASO: GIST
Jose Celso de CARVALHO Junior*, Gisele Mione*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*, Carlos Eduardo d Castro Areal*,
Juliana Lopes Camargos Sousa*, Giordana Nascimento Brandão*, Felipe Borges de Moraes*, Lara Mendes Rezende Costa*
RESUMO - Sarcomas são tumores originários do mesênquima e representam cerca de 5% de todos os sarcomas e 3% das neoplasias gástricas malignas,
sendo o principal representante o Gastrointestinal Stromal Tumor (GIST, os quais tem sua maioria desenvolvida no trato gastrointestinal, principalmente
no estômago (60 a 70%). Objetivo - Descrever o achado de um GIST durante propedêutica de um quadro de hemorragia digestiva alta. MATERIAIS E
Métodos - Masculino, 60 anos, evoluindo com episodios de hematêmese e melena, associandos a emagrecimento e adinamia progressivos. Resultados - EDA
com grande lesão de submucosa no corpo, com pequena ulceração com vaso visível, sem sangramento; TC de abdome - presença de defeito de enchimento
gástrico nodular medindo 60 x 38 mm em corpo. O paciente foi submetido à gastrectomia parcial gastro-gástrica com limites livres. Conclusão - As principais manifestações do GIST são sangramento intestinal, dor ou desconforto abdominal e dispepsia. Por sua origem intramural, a extensão do tumor
só pode ser avaliada adequadamente com exames de imagem mais acurados, como a tomografia computadorizada ou ultrassonografia endoscópica. O
tratamento é feito pela ressecção com margens livres. No tumor GIST são raras as metástases para linfonodos não havendo a necessidade de ressecção
de cadeias linfonodais. A maior parte de recidivas acontece nos dois primeiros anos após o tratamento, ocorrendo geralmente em casos de doença local
associada à metástases para o fígado ou peritônio (50%).
*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.
TL.C.EST.P.072
RESSECÇÃO PALIATIVA DE METÁSTASE GÁSTRICA DE CARCINOMA RENAL POR LAPAROSCOPIA:
RELATO DE CASO
Thiago NOGUEIRA*, Ulysses RIBEIRO*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Flavio Roberto Takeda*, Edno Tales Bianchi*,
Thais Pereira*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*
RESUMO - Introdução - Carcinoma renal é o sétimo tumor mais frequente em homem e o décimo segundo em mulheres com uma sobrevida de 13
meses quando apresenta metástase. Os 2 sítios mais frequentes de metástase é o pulmão e osso. No entanto, lugares não usuais são comuns, incluindo o
estômago. Apresentamos um caso de uma paciente com metástase pulmonar e hepática, além de uma metástase gástrica sintomática. O caso trata-se de
uma mulher de 66 anos com diagnóstico de carcinoma de células renais submetia a nefrectomia direita previamente. 5 anos após a ressecção, apresentou
metástase pulmonar e hepática assintomática. Durante o seguimento iniciou quadro de anemia sintomática e foi diagnostica com lesão ulcerada em grande
curvatura com biopsia demonstrando metástase do mesmo tumor. Foi submetida à gastrectomia em cunha por laparoscopia sem intercorrência recebendo
alta no 8 PO. Conclusão - Metastase gástrica de carcinoma de células renais disseminado é infrequente. Foram descritos vários tipos de terapêutica como
embolização, injeção de adrenalina e terapia sistêmica. Tendo como objetivo uma melhora na qualidade de vida desses pacientes, a ressecção em cunha
por laparoscopia é uma opção simples, viável e talvez de escolha nesses pacientes.
*ICESP - HCFMUSP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.073
RUPTURA GÁSTRICA EM PACIENTE USUÁRIO DE BALÃO INTRAGÁSTRICO VÍTIMA DE TRAUMA
ABDOMINAL FECHADO
Kelson Ferreira, Clayton Leitão Paura*, Celso BERNARDO Junior*, Ricardo Maggessi da SILVA*,
Luis Gustavo Santos PERISSÉ*
RESUMO - Introdução - O balão intragástrico (BIG) tem papel importante no tratamento da obesidade mórbida, principalmente na redução ponderal
pré-operatória, para reduzir o risco cirúrgico. Os principais efeitos adversos e complicações graves são: queixas dispépticas, vômitos, lacerações esofágicas
e gástricas, erosões gástricas, úlceras gástricas e duodenais, hemorragia gastrointestinal, pancreatite aguda, migração, oclusão e perfuração intestinal.
Objetivo - Relatar complicação inédita do uso do BIG, chamando atenção para possíveis novos ocorrências. Relato de caso - Mulher branca de 48 anos,
vítima de acidente automobilístico (colisão frontal, sem capotamento ou óbito no local, em uso de cinto de segurança). Após avaliação primária, foi
realizada tomografia de abdome que mostrou pneumoperitônio, líquido livre na cavidade peritoneal e corpo estranho (balão intragástrico). Realizada
laparotomia, onde observamos ruptura da parede gástrica anterior e BIG livre na cavidade peritoneal. O balão foi retirado e as lesões gástricas suturadas.
A paciente evoluiu com pneumonia, que foi resolvida com antibióticoterapia, tendo alta em boas condições no 16o dia de internação. Discussão - Os
principais efeitos adversos e complicações do uso do BIG têm seu manejo bem estabelecido na prática médica. Em revisão recente da literatura não foi
encontrado caso semelhante relatado, o que chama a atenção para a raridade do evento.
*HUGG, Rio de Janeiro.
TL.C.EST.P.074
SÍNDROME DE RAPUNZEL - RELATO DE CASO RECIDIVANTE
Kelly Danielle Silva Vieira1, Welligton Ribeiro Figueiredo2, Carlos Renato Sales Bezerra3,
Miguel Augusto Arcoverde Nogueira3, Marcus Vinicius Monteiro BERTINO1, Alécio Fonseca Leite1,
Norma Maria de Cássia Lima Sarmento Veloso Martins1,
Daniella Denise Ribeiro Moura1
RESUMO - Introdução - Bezoar é o termo usado para descrever o acúmulo de substâncias ingeridas e não digeridas no estômago ou intestino. Embora
infreqüente, representa uma importante causa dor abdominal. Objetivo - Relatamos um caso recidivante de tricobezoar em jovem com transtornos
emocionais. Relato do Caso - Adolescente, 13 anos, admitida em hospital terciário com queixa de dor abdominal difusa e obstrução intestinal. Havia
passado de operação por tricobezoar há 4 anos. Exame físico: abdome: discretamente distendido, com massa palpável em epigástrio, sem irritação
peritoneal. EDA visualizou massa disforme constituída por enovelado de fios de cabelo. Realizada laparotomia exploradora, gastrotomia e enterotomia em porção inicial de jejuno para extração do bezoar. A adolescente evoluiu bem e teve alta com encaminhamento para serviço de saúde mental.
Considerações Finais - Os tricobezoares são formados pela ingestão lenta e gradual de cabelos, e tem localização preferencial no estômago. Quando
se estendem pelo delgado originam a “Síndrome de Rapunzel” descrita pela primeira vez em 1986. Hoje são reconhecidos como causadores de enfermidades como pancreatite, icterícia obstrutiva, apendicite, e outras. O diagnóstico nem sempre é fácil, pois o paciente geralmente omite a tricofagia e
nem sempre a alopecia está presente. Sempre deve ser lembrado nos diagnósticos diferenciais de dor abdominal, particularmente em crianças inseridas
em um contexto sócio familiar conflituoso.
1
FACID; 2HUT; 3HGV, Piauí.
TL.C.EST.P.075
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO DIABETES TIPO 2 PELA GASTROPLASTIA VERTICAL
Mariá Nunes Rodrigues*, Ozimo Pereira Gama Filho*
RESUMO - O diabetes melito tipo 2 é doença metabólica caracterizada por hiperglicemia crônica que está associada com dano e insuficiência de vários
órgãos. A evolução da doença é a causa mais comum de cegueira, amputações e insuficiência renal em adultos no ocidente, além de aumentar a incidência de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, com maior mortalidade dos pacientes. A associação dele com obesidade é relevante. Os
pacientes obesos diabéticos quando submetidos ao tratamento cirúrgico da obesidade apresentam melhor controle da glicemia, mesmo antes de perderem peso. Prevenção, melhora e reversão do diabetes (DM2) (entre 70 e 90% dos casos) são observados nas diversas modalidades cirúrgicas bariátricas.
Os procedimentos disabsortivos são mais eficazes que os restritivos na redução do peso e na melhora da sensibilidade à insulina, mas as complicações
crônicas, em especial a desnutrição, são também mais freqüentes. O tratamento cirúrgico de pacientes obesos com diabetes tipo 2 tem mostrado bom
resultado inicial, com controle clínico precoce da glicemia.
*UniCeuma, Maranhão.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.EST.P.076
TRATAMENTO CIRÚRGICO CONSERVADOR ASSOCIADO AO USO DE ANÁLOGO DA SOMATOSTATINA
EM TUMOR NEUROENDÓCRINO DO ESTÔMAGO: RELATO DE CASO
Ricardo PASTORE*, Henrique Ovídio Coraspe GonçAlves*, Fabio Escalhão*, Roberto da Mata lenza*,
Luiz Gustavo de Almeida oliveira*
RESUMO - Os tumores neuroendócrinos do estômago, ou carcinoides gástricos, constituem raras neoplasias provenientes das células enterocromafins
gástricas (ECL). Atualmente o tratamento de escolha é cirúrgico, sendo frequentemente efetuada a gastrectomia total, embora seja difícil obter-se a cura
completa do quadro. O tratamento quimioterápico também é recomentado para tumores neuroendócrinos com alta taxa de proliferação, mas apresenta apenas
benefícios modestos. Relatamos o caso de uma paciente de 58 anos que procurou atendimento em junho de 2011 com queixas de dispepsia, dor epigástrica
e abdominal baixa recorrentes. A investigação endoscópica revelou quatro lesões vegetantes em corpo gástrico. Os fragmentos retirados endoscopicamente
foram submetidos a exame anátomo-patológico, revelando tumor neuroendócrino tipo I, comprometendo até a camada muscular própria do estômago. O
procedimento de escolha, realizado dois meses depois da consulta inicial, foi a ressecção gástrica segmentar, conservadora, removendo apenas o segmento
gástrico que continha as lesões identificadas em endoscopia. Após a cirurgia, foi prescrito o uso contínuo de octreotida (Sandostatin Lar®), um análogo de
somatostatina que, de acordo com estudos recentes, pode reduzir a progressão destes tumores. Novas investigações endoscópicas, 5 meses após o ato cirúrgico,
revelaram apenas microcarcinóides. Hoje, dois anos depois do atendimento inicial, a paciente segue em bom estado geral, ainda em uso do Sandostatin Lar®.
*Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM, Minas Gerais.
TL.C.EST.P.077
VOLVO GÁSTRICO
Marcela Juliano Silva1, Natasha Marques Mota1, Jordana Pedroso Cabral Rosa1, Ana Sarah Portilho1, Jéssica Monike Dias
Alencar1, Tiago Ferreira PAULA2, Frederico Mesquita Gomes3
RESUMO - Introdução - O Volvo Gástrico (VG) é definido como sendo uma rotação do estômago superior a 180º, que condiciona uma oclusão intestinal
alta. É uma entidade rara, de difícil diagnóstico. Pode apresentar-se de uma forma aguda ou crônica. Casuística - Paciente de 69 anos, sexo feminino,
admitida com choque hipovolêmico responsivo a volume, dor abdominal difusa, obstipação intestinal, vômitos incoercíveis e febre não aferida há 7 dias.
Possuía antecedente de trauma toracoabdominal há 5 anos. Tomografia contrastada de abdome evidenciou hérnia de hiato esofagiano e dilatação do terço
distal do esôfago com importante espessamento parietal difuso do estômago e divertículos por todo o cólon. Endoscopia Digestiva Alta (EDA) sugestiva
de volvo gástrico com estômago de luz reduzida, 1000 mL de resíduo líquido fétido aspirado, superfície mucosa com isquemia e múltiplas petéquias de
aspecto necrótico em corpo e antro. Apesar das medidas terapêuticas, a paciente evoluiu rapidamente para o óbito, devido à taquicardia supraventricular
sem resposta a manobras reanimação. Conclusão - O VG agudo tem complicações isquêmicas, perfurativas, necrotizantes e sépticas. Possui mortalidade
entre 30 e 50%, podendo levar a hemorragia gastrointestinal, disfunção cardiopulmonar aguda, tamponamento cardíaco ou choque. Portanto, configura
uma emergência cirúrgica, com necessidade de tratamento imediato.
1
PUC GO; 2SCMGO; 3HUGO, Goiás.
pôsteres • FÍGADO
TL.C.FIG.P.078
ABSCESSO HEPÁTICO SECUNDÁRIO À INGESTÃO DE ESPINHA DE PEIXE
Kelly Danielle Silva Vieira1, Welligton Ribeiro Figueiredo2, Carlos Renato Sales Bezerra3, Miguel Augusto Arcoverde Nogueira3,
Wilton Matos da Paz Filho1, Alécio Fonseca Leite1, Norma Maria de Cássia Lima Sarmento Veloso Martins1, Nathália da Cruz Sousa1
RESUMO - Introdução - O abscesso hepático uma entidade clínica pouco frequente que impõe desafios no diagnóstico, sobretudo quando ocasionado
secundariamente por perfuração por corpo estranho. Objetivo - Relatar a experiência clínica bem sucedida de um abscesso hepático provocado por
perfuração gástrica por espinha de peixe. Relato de Caso - Homem, 52 anos, foi admitido no hospital com febre, dor abdominal, queda do estado geral,
vômitos, diarréia e perda de peso. Ao exame do abdome encontrava-se distendido, doloroso com massa em região epigástrica e irritação peritoneal.
O US abdominal revelou uma coleção heterogênea em lobo hepático esquerdo, TC de abdome observou-se formação hipodensa, multisseptada em
lobo esquerdo. A laparotomia exploradora detectou abscesso em lobo esquerdo do fígado e bloqueio inflamatório em grande curvatura do estômago
próxima ao piloro, com presença de espinha de peixe no interior da coleção. Realizado drenagem do abscesso com remoção da espinha de peixe e rafia da
perfuração gástrica. O paciente evoluiu sem complicações e obteve alta hospitalar em bom estado. Considerações Finais - O abscesso hepático piogênico
é uma enfermidade grave e potencialmente letal caso o diagnóstico e tratamento sejam tardios. A ingestão de corpos estranhos sempre deve faz parte
do diagnóstico diferencial de abscesso hepático, principalmente quando localizado em lobo esquerdo. Hoje com avanços do diagnóstico e tratamento o
percentual de cura dessa doença tem sido cada vez maior.
1
FACID; 2HUT; 3HGV, Piauí.
58
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.079
ADJUVÂNCIA E NEOADJUVÂNCIA NA TERAPÊUTICA DO HEPATOCARCINOMA
Sanny Kemelly Miquelante Yoshida*, Sâmara Corrêa Silva*, Tatiane Duarte Figueiredo*,
Iure Kalinine Ferraz de Souza*
RESUMO - Introdução - O carcinoma hepatocelular (CHC) é um tumor agressivo que possui como principal opção de tratamento a cirurgia. No
entanto, como muitos pacientes apresentam tumores extensos ou disfunção hepática subjacente, a terapêutica não cirúrgica é frequentemente utilizada.
Outra forma de terapia não cirúrgica é a braquiterapia a qual, por escassez de estudos de seus efeitos em tecido hepático normal ou no desenvolvimento
de lesões hepáticas pré-neoplásicas e neoplásicas, ainda não é utilizada com frequência no tratamento do CHC. Objetivo - Citar brevemente alternativas
da terapêutica cirúrgica e apresentar a terapêutica não cirúrgica, em pacientes com câncer hepático, e fazer uma revisão da literatura sobre o uso
da braquiterapia no tratamento do hepatocarcinoma. Metodologia - Foi realizada uma revisão da literatura, utilizando bases de dados. Resultados Apresentação das opções terapêuticas para o CHC, com ênfase na braquiterapia. Foram encontrados poucos artigos científicos que relatassem o uso
desta técnica como tratamento neoadjuvante para o CHC, apesar de ser utilizada com frequência para tratamento de diversos tipos de câncer. Conclusão
- Embora a terapia cirúrgica para o CHC seja a principal opção, o uso de tratamento não cirúrgico mostra-se bastante eficaz em casos selecionados.
Neste contexto, a braquiterapia pode ser considerada uma boa opção futura devido aos menores resultados desfavoráveis desta técnica e ao bom
desempenho já mostrado em outros cânceres.
*Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais.
TL.C.FIG.P.080
ANASTOMOSE ESPLENORRENAL DISTAL (AERD) EM CIRRÓTICOS COM HDA - EXPERIÊNCIA DO HC
DE RIO BRANCO - ACRE
Tercio Genzini1, Roberta Genaro1, Elissandra Melo Lima2, Isadora Oliveira Morais2, Marcelo Perosa Miranda1,
Nilton Guiotti Siqueira2, Fernando Pechy1, Luiz Francisco ZENI1
RESUMO - Introdução - Pacientes cirróticos com HDA recidivante decorrente de hipertensão portal (HP) apesar de terapia farmacológica e endoscópica,
constituem população de alto risco de morte. As alternativas são a descompressão portal e/ou o transplante de fígado (TF). Material e Métodos
Analisamos os três primeiros pacientes submetidos à AERD no HC de Rio Branco - AC; com boa reserva funcional hepática e HDA com recidiva após
tratamento endoscópico e farmacológico. No período de 2011 a 2013, 3 pacientes cirróticos (2 VHC, 1 VHB + VHD) foram submetidos a AERD. Todos
apresentavam pelo menos 1 episódio de HDA (1 a 5), foram submetidos a tratamento endoscópico com esclerose de VE, faziam uso de propranolol
(40 a 120 mg) para manter FC entre 55 e 60 bpm e persistiam com VE com risco de sangramento. Resultados - 3 eram do sexo masculino, todos eram
CHILD-PUGH A com um score para Modelo da Doença Hepática Terminal (MELD) entre 9 e 15. O seguimento variou de 1 a 3 anos. Não houve
recidiva de HDA, as VE reduziram ou desapareceram no PO, não houve óbitos e nenhum pacientes foi a transplante. O MELD aumentou em 2 pacientes
para valores menores que 15 e permaneceu igual em 1. Conclusão - AERD apresenta bons resultados em centros com experiência em cirurgia hepática,
preserva a função hepática e pode evitar a indicação de TF por HDA recidivante em cirróticos com boa reserva funcional.
1
Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo. 2HC de Rio Branco, Acre.
TL.C.FIG.P.081
ANATOMIA DA ARTÉRIA HEPÁTICA EM 167 ENXERTOS HEPÁTICOS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Jessé de Oliveira Neto*,
Raimundo Hugo Matias Furtado*, Paulo Sérgio Vieira de Melov, Bernardo Sabat*, Américo Gusmão*, Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - As variações anatômicas da artéria hepática variam de 20 a 50%. Na cirurgia de captação de enxertos hepáticos é fundamental
o conhecimento e a perícia para identifica a sua presença. Desta forma, proporciona um órgão com adequada suplência vascular arterial, que é de grande
importância no sucesso do transplante. Objetivo - Descrever a distribuição da artéria hepática em fígados captados para transplante hepático clínico.
Método - Estudo retrospectivo realizado em hospital público em janeiro de 2002 e Janeiro de 2007. Os dados foram obtidos dos relatórios cirúrgicos
do procedimento de captação do enxerto hepático (cirurgia e Back-Table). Quando necessário o cirurgião responsável foi consultado. Resultados 108 enxertos apresentavam distribuição normal (tronco celíaco com as três artérias). AH ramo direito da aorta ocorreu em duas situações. Tronco
hepatomesentéricco em 10 casos. AH direita ramo artéria mesentérica superior ocorreram em 26 casos e AH Esquerda ramo da artéria gástrica esquerda
em 20. Artéria hepática esquerda ramo da AM superior ocorreu em um caso. Nessa situação ocorreu secção da artéria e o seu reconhecimento foi
tardio no Back-Table. Apesar da reconstrução com a artéria gastroduodenal, o enxerto apresentou sequelas (isquemia segmentar), porém com evolução
favorável. Conclusão - O conhecimento da distribuição arterial do enxerto hepático é fundamental para a boa evolução da função do órgão no pósoperatório do transplante.
*HUOC, Pernambuco.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
59
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.082
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS E EMOCIONAIS DE DOENTES SUBMETIDOS À TRANSPLANTES
HEPÁTICOS
Ana Maria Neder de Almeida*, Tersa Cristina M Portugal*, Elaine Crisitina Ataide*,
Elisabete Y. Udo*, Ilka FSF Boin*
RESUMO - A assistência ao doente transplantado de fígado requer equipe multiprofissional, pois a expectativa do transplante desencadeia diferentes
reações emocionais. O objetivo foi analisar aspectos psicossociais, emocionais e de qualidade de vida dos doentes transplantados. Método - Quarenta
eram masculinos (72,7%) e 15 mulheres com no mínimo um ano de pós-operatório, que foram entrevistados pela psicóloga e assistente social: idade,
etiologia da hepatopatia, estado civil, relacionamento familiar, situação financeira, alimentação, atividade física e sexual, sintomas depressivos e avaliação
pessoal. Resultados - A idade variou de 18 a 27 anos (média de 48,3 anos) e o tempo médio de transplante de 1 a 12 anos (média de 3 anos). As indicações
foram: hepatopatia alcoólica, hepatite B, hepatite C, hepatocarcinoma e outras, respectivamente em 27,2%, 10,9%, 27,2%, 3,6% e 31,1% dos casos. Eram
52% casados e 22% solteiros. Melhora no relacionamento familiar foi referido em 50,1% e inalterada em 21,8%. A melhora nas atividades físicas e sexual
foi referida respectivamente em 54,5% e 36,3%. A melhora na ingestão alimentar, na atividade física e na atividade sexual foi referida respectivamente em
89%, 54,5% e 36,3% dos casos. Sintomas depressivos foram identificados em 32,7% dos doentes. Conclusão - Nesse grupo, todos os aspectos psicossoais
e emocionais analisados tiveram melhora significativa da qualidade de vida dos doentes com doenças hepáticas incuráveis.
*Unicamp, São Paulo.
TL.C.FIG.P.083
ATRESIA DE VIAS BILIARES E A IMPORTÂNCIA DO SEU DIAGNÓSTICO PRECOCE - RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas*, Mylena Pessoa Capistrano*, Indy Lopes Batista*,
Itiel de Souza Aquino*, Tácito do Nascimento Jácome*, Camila Raposo FONSÊCA*, Pedro Freire de LIMA Neto*,
Rafael Medeiros Bezerra Costa*
RESUMO - Introdução - Atresia Vias Biliares Extra-Hepáticas (AVBEH) é ausência/obliteração dos ductos biliares extra-hepáticos em RN/lactentes;
há 2 tipos: 20% fetal (associa-se a malformações) e perinatal. É fatal, se não tratada, e caso seja (sempre por portoenterostomia), a maioria necessita
transplante hepático. Objetivo - Relatar caso de AVBEH para divulgar conhecimentos facilitadores de diagnóstico (Dx) precoce. Método - Utilizouse prontuário, mediante autorização formal do responsável. Resultado - CRPS, masc, 2 m, ictérico ao nascimento, evoluiu com sínd. Colestática,
hepatomegalia; internado para investigação. Ex. laboratoriais: Hb: 9,2; BT: 15,54 (BD: 8,43/BI:7,14); TGO: 729/TGP:371; F. Alcalina:878; gamaGT:348; Reticulócitos: 1,9%. USG-abdômen: “Vesícula biliar não identificada; Via biliar: identificado hiperecogenicidade no trajeto dos ductos, com
sinal da corda triangular (0,3 cm) no hilo hepático próximo a bifurcação da veia porta. Sem outras alterações”, sugerindo fortemente AVBEH, indicando
procedimento cirúrgico Dx/terapêutico. Discussão - Sinal da corda triangular na USG tem VPP=95% para AVBEH, sendo bem indicada em colestase
neonatal, que, < 3 s de vida, aponta para forma fetal, apesar da ausência malformação associada. BT >12 é raro, enzimas canaliculares predominam
sobre tissulares, como ocorreu. Dx definitivo advém com colangiografia intra-operatória. Conclusão - Divulgar facilitadores Dx precoce AVBEH é
extrema importância, pois prognóstico é melhor se tratada até os 2 m.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.FIG.P.084
CARCINOMA DE VESÍCULA BILIAR COMPORTANDO-SE COMO TUMOR DE KLATSKIN
Michel Ribeiro Fernandes1, Daniele de Sena Brisotto2, Eduardo Batista Schneider1,
Martin Batista Coutinho da Silva1, Paulo Roberto Reichert1
RESUMO - Introdução - O carcinoma de vesícula biliar (CVB) é uma rara entidade, representando de 0,7 a 1,2% de todas as neoplasias. O CVB é agressivo,
de rápida evolução e silencioso em suas fases iniciais. Dor abdominal, icterícia e massa palpável no hipocôndrio direito são os achados mais comuns. Em
regra, os tumores são consideravelmente volumosos indicando estágio avançado da doença e possuem um prognóstico reservado com taxa de sobrevida
5% após cinco anos de pós-colecistectomia. Relato do caso - Paciente masculino, 68 anos, queixa-se de coluria há uma semana, acompanhada de acolia,
icterícia e dor em hipocôndrio direito agravada com a ingestão de alimentos gordurosos. Aos exames laboratoriais, hiperbilirrubinemia e marcadores de
função hepática elevados. Colangiorressonância demonstrou provável tumor de Klatskin com Bismuth IV. Efetuada tentativa de ressecção tumoral com
colecistectomia ampliada e remoção do ducto hepático. Inicialmente os indícios apontavam colangiocarcinoma, porém no transoperatório hipotetiza-se
CVB como lesão primária. Exame anatomopatológico revela carcinoma em colo e ducto cístico; metástase em linfonodo pericístico e invasão do ducto
hepático comum, ausência de neoplasia em segmento hepático. Conclusão - Reafirma-se a dificuldade diagnóstica do CVB no pré-operatório e alerta-se
para que seja feito um exame minucioso no transoperatório com a confirmação do diagnóstico firmado por anatomopatológico.
1
Universidade de Passo Fundo, 2Hospital São Vicente de Paulo, Rio Grande do Sul.
60
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.085
CÁLCULOS BILIARES NO INFUNDÍBULO DA VESÍCULA BILIAR COMO CAUSA DE ICTERÍCIA
OBSTRUTIVA
Júlio César de Medeiros Dantas*, Itiel de Souza Aquino*, Virgínia Soares Feitosa*, Randolfo Randal Farias Ferreira Brito*,
Graziela Cyntia Silva Santos*, Indy Lopes Batista*, Tâmara Maria Vale*, Mylena Pessoa Capistrano*
RESUMO - O estreitamento do ducto hepático comum por mecanismo de compressão e/ou inflamação por cálculos biliares impactados no infundíbulo
da vesícula biliar (VB) ou no ducto cístico causa a Síndrome de Mirizzi, uma causa rara de icterícia obstrutiva. Relato de Caso - Homem, 58 anos,
apresentando icterícia, dor em hipocôndrio direito, colúria, acolia fecal e prurido há 30 dias. Os exames laboratoriais mostraram: Gama-GT (109 U/L);
Fosfatase Alcalina (439 U/L); Bilirrubina Total (22,1 mg/dL), Direta (13,9 mg/dL) e Indireta (8,20 mg/dL). A USG abdominal revelou litíase biliar e
dilatação das vias biliares intra-hepáticas e em hepatocolédoco. Suspeitou-se de Icterícia Obstrutiva, submetendo o paciente à Colecistectomia. No ato,
evidenciou-se VB bem distendida e presença de cálculos em infundíbulo (Mirizzi Tipo I). Realizada colangiografia Intra-operatória com exploração das
vias biliares, demonstrando fluxo normal para o duodeno. O paciente evoluiu sem complicações e recebeu alta hospitalar no 4º dia de pós-operatório.
Discussão. O diagnóstico pré-operatório é infrequente e a maioria dos casos tem diagnóstico firmado no intraoperatório. A icterícia e a dor abdominal
podem ocorrer em 60-100% dos pacientes. A ultrassonografia abdominal é usada na triagem inicial e pode evidenciar achados típicos, como cálculo
grande imóvel no infundíbulo da VB e dilatação do ducto biliar acima da obstrução, mas normal abaixo dela. O tratamento é cirúrgico, variando a tática
de acordo com o tipo.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.FIG.P.086
CÁLCULOS DE VIAS BILIARES: RELATO DE CASO
Nadia Tomiko Anabuki*, Nereu Bastos Teixeira Costa*, Roland Montenegro Costa*, Ricardo Chagas Sousa*,
Robson Menezes Leal*, Cícero André Gomes Ribeiro*, Horácio Jorge MACEDO Neto*, Manuel Otton de Paiva Fernandes*
RESUMO - Introdução - A presença de cálculos nas vias intra-hepáticas é rara no Ocidente e, na maioria das vezes está também associada à presença
de cálculos nas vias biliares extra-hepáticas ou à obstrução na região peri-hilar. Relato do caso - Homem, 37 anos, negro, submetido a colecistectomia,
cursou com obstrução de colédoco após quatro anos devido a cálculos, sendo submetido a derivação biliodigestiva. Após quatro anos, colangiorressnância
evidenciou dilatação de vias intra-hepáticas. Evidenciados atrofia de lobo hepático esquerdo e hipertrofia de lobo direito. Submetido à extração anterógrada
de cálculos e colocação de sonda transfixante em via biliar para drenagem externa. No ano seguinte, foi submetido a nova anastomose biliodigestiva devido
à estenose da anterior, além de drenagem externa de vias biliares. Seguiu com episódios recorrentes de colangite e manutenção de níveis aumentados de
enzimas canaliculares e após cerca seis meses, nova colangiorressonância e tomografia de abdome de controle evidenciaram dois cálculos na porção proximal
das vias biliares intra-hepáticas no lobo direito. Submetido a nova laparotomia exploradora, foram retirados cálculos intra-hepáticos e realizada nova
anastomose biliodigestiva. Paciente recebeu alta com seguimento ambulatorial, postergando a indicação de transplante hepático. Conclusão - A presença de
cálculos intra-hepáticos é uma condição rara e o tratamento cirúrgico é individual e considerado desafiador na prática médica.
*HBDF, Brasília.
TL.C.FIG.P.087
COLANGIOJEJUNOANASTOMOSE NO SEGMENTO III
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de OLIVEIRA Neto*,
José Willian Ferreira LIMA Junior*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Raphael Torres*, Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - A icterícia obstrutiva de origem neoplásica é comum e o tratamento cirúrgico continua sendo a melhor opção. Em algumas
situações a presença da lesão muito proximal na porta hepática não assegura via biliar adequada para a drenagem cirúrgica. O afastamento e a
superficialidade do ducto biliar para o segmento III do fígado permitiria a anastomose bilioentérica de resgate. Objetivo - Descrever a anastomose
bilioentérica com o segmento III do fígado em pacientes com colangiocarcinoma hilar. Método - Estudo retrospectivo em Hospital Público, em pacientes
adultos com tumor de Klatskin, entre janeiro de 2002 e janeiro de 2013, submetidos à drenagem cirúrgica. Resultados - 11 pacientes foram identificados,
8 do sexo masculino. A idade variou de 58 -76 anos. A opção do segmento III foi pós-operatória em 9 pacientes. O tempo cirúrgico variou de 90-180
min. Hemotransfusão ocorreu em 4 pacientes (em 2, com IMC > 30). Em 2 casos foi necessária ressecção hepática. Em todos realizada drenagem
cavitária. Fístula biliar ocorreu em 3 pacientes. Estenose da anastomose foi identificada em 4 pacientes no 1º, 5º, 7º, e 8º mês do pós-operatório. Em dois,
a dilatação percutânea foi suficiente. Em um o dreno biliar interno/externo foi necessário. Ocorreu falência múltipla de órgãos com óbito em um caso.
Conclusão - A colangiojejunoanastomose no segmento III deve ser lembrada nos pacientes com colangiocarcinoma hilar, principalmente, em situações
em que a medicina intervencionista é de difícil acesso.
*HUOC, Pernambuco.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
61
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.088
COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA SUPRAPÚBICA: TÉCNICA E RESULTADOS NUMA SÉRIE
PRELIMINAR DE 30 CASOS
Leonardo Adolpho de Sá Sales*, Fernando Antonio Siqueira Pinheiro*, João Odilo Gonçalves Pinto*,
Paulo Henrique Dourado Figueiredo*, Carlos Eduardo Queiroz*, Marcelo de Vasconcelos Castro*,
Rafael Porto Leite*, Francisco Afrânio PEREIRA Neto*
RESUMO - A cirurgia minimamente invasiva abdominal tem evoluído para de redução dos portais, culminando com a cirurgia laparoscópica por incisão
única (S.I.L.S.) e a cirurgia por orifícios naturais (N.O.T.E.S.). Porém estes ainda são métodos dispendiosos e com resultados estéticos questionáveis. Este
trabalho propõe apresentar a padronização de uma técnica para realização de colecistectomia por acesso suprapúbico pelo princípio que ora chamamos
de Supra-Pubic Endoscopic Surgery (S.P.E.S. - Colecistectomy). Foram analisados os resultados de trinta pacientes submetidos a esta modalidade
cirúrgica entre março e junho de 2012. A média de idade foi de 40,7 anos e as indicações foram: cólica biliar típica em 18 casos (60%); colecistite em 5
casos (16,6%); pancreatite biliar em 1caso (3,3%); pólipo em 3 casos (10%) e icterícia obstrutiva em 3 casos (10%). O índice de massa corporal médio dos
pacientes foi de 27,8 (23,1 - 35,1) e o tempo cirúrgico variou entre 24 e 70 minutos. Não houve necessidade de conversão para outro método. Não houve
complicações Peri ou pós- operatórias. O período de internamento e afastamento das atividades laborais foi equivalente à modalidade laparoscópica
convencional (4 portais epigástricos). A técnica mostrou-se segura e factível. Os resultados cosméticos foram extremamente satisfatórios. O método
mostra-se em acordo com a mínima invasão cirúrgica e atende muito bem aos anseios estéticos dos pacientes. Além de não haver incremento nos custos
do procedimento.
*UFC, Ceará.
TL.C.FIG.P.089
COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA PÓS LAPAROTOMIA EXPLORADORA
Bruna Gonçalves Sena Pinheiro*, Francinaldo Gonçalves Sena*
RESUMO - Introdução - A Colecistite Aguda Alitiásica é caracterizada pela ausência de cálculos biliares como causa da estase biliar. A sua ocorrência
em politraumatizados e em doentes em pós-operatório de intervenções não relacionadas à via biliar vem ganhando destaque na literatura, desde o
relato descrito por Duncan, em 1844. Objetivo - Relatar o caso de um paciente portador de Colecistite Aguda Alitiásica Pós Laparotomia Exploradora.
Casuística - FPS, 59 anos, em 6º PO de enterectomia, deu entrada no hospital apresentando dores intensas no quadrante superior direito (ponto cístico),
febre, leucocitose com desvio à esquerda, náuseas, vômitos e anorexia. Foi realizada uma re-laparotomia exploradora, o que constatou a afecção
de Colecistite Aguda Alitiásica decorrente do procedimento cirúrgico inicial, com colecistectomia para estabilização do quadro clínico. O paciente
evoluiu positivamente. Conclusão - Neste caso muitos fatores podem ter sido determinantes, como infecção, nutrição parenteral por tempo prolongado,
desidratação, jejum prolongado, insuficiência vascular, choque, insuficiência renal aguda, hipoperfusão ocasionada pela reconstrução mesentérica,
aumento das bilirrubinas séricas, diminuição do fluxo portal e estase da bile durante a ventilação mecânica com PEEP. O diagnóstico foi dificultado,
pois alguns dos sintomas foram considerados como decorrentes do procedimento cirúrgico inicial. O exame físico ficou prejudicado pelo estado alterado
do paciente e uso de medicamentos.
*UFPA; Orientador, Pará.
TL.C.FIG.P.090
COLECISTITE CALCULOSA AGUDA E SEPSE EM PEDIATRIA: RELATO DE CASO
Lucas Teixeira de Ponton*, Rodrigo Gui Queiroz*, Aline Benicio Braga Murgia*, Eduardo Zegobia Forcacini*, Carlos Eduardo
Garcia*, Marco Felipe Silva Fernandes*, Samir Ebaid*
RESUMO - Na população adulta, a colelitíase é mais frequente no sexo feminino e a presença de história familiar positiva é um fator de risco
consagrado na literatura. Por outro lado, em crianças e adolescentes ainda se conhece pouco sobre fatores de risco, etiopatogenia, quadro clínico,
diagnóstico, complicações, tratamento, seguimento e prognóstico. Em crianças, as complicações são menos frequentes e é grande o número de casos
sem etiologia definida. Ainda não há protocolos diagnóstico e terapêutico bem definidos em Pediatria. Este trabalho apresenta o caso de uma menina
de 9 anos com queixa de dor abdominal difusa evoluindo com sepse devido a colecistite calculosa aguda, confirmada pelo exame ultra sonográfico e
descartado causa hemolítica. Submetida a colecistectomia vídeo laparoscópica com colangiografia intra-operatória para estudo da anatomia biliar, sem
alteração. Recebeu alta hospitalar no 4º dia pós- operatório com boa evolução. Lactentes, crianças e adolescentes com colelitíase parecem constituir três
populações distintas em relação a: patogênese, fatores predisponentes, sintomatologia, complicações, tratamento e prognóstico. Mais atenção deve ser
dada à possibilidade de cólica biliar e colecistite aguda na avaliação de pacientes com sintomas abdominais inespecíficos, especialmente naqueles com
condições de risco associadas, e também no diagnóstico diferencial da dor abdominal recorrente. Ainda há controvérsias quanto ao melhor tratamento.
*Hospital Regional de Ilha Solteira, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.091
COLEDOCOLITÍASE CAUSADA POR CISTO DE COLÉDOCO COM DIAGNÓSTICO EM IDADE ADULTA:
RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Gian Francisco de Macedo Almeida*, Vanessa de Souza Cabral*,
Karoline Rayana dos Santos*, Rafael Medeiros Bezerra CostA*
RESUMO - Introdução - Os cistos biliares apresentam uma incidência de 1:13.000 a 1:2milhões, sendo mais comum nos países asiáticos, com predomínio
no sexo feminino (3:1 a 4:1). 25% a 45% dos casos são diagnosticados em neonatos ou crianças, sendo 2/3 identificados durante a primeira década de
vida. 20% a 25% dos casos não são descobertos até a vida adulta. Relato de Caso - JGA, 37 anos, sexo masculino, admitido com quadro de dor abdominal
difusa, náuseas, icterícia e colúria há 10 dias. A colangiorressonância demonstrou: dilatação difusa das vias biliares intra e extra-hepáticas, com cálculo
obstrutivo de cerca de 1,3 cm em extremidade distal do colédoco; vesícula biliar com sinais de alterações inflamatórias crônicas, sem cálculos. O cálculo
presente na porção distal do colédoco foi formado devido à estase biliar causada pelo cisto, uma vez que na vesícula não havia cálculos. Foi realizada
colecistectomia, coledococistectomia e hepatojejunostomia em Y-de-Roux com drenagem trans-anastomótica. O anatomopatológico demonstrou
ausência de malignidade com linfadenite reacional. Conclusão - O cisto de colédoco é uma patologia rara, de diagnóstico difícil no adulto, uma vez
que a tríade clássica de dor abdominal, massa palpável em quadrante superior direito e icterícia é infrequente, sendo mais encontrada em crianças. O
exame padrão-ouro para confirmar o diagnóstico é a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, porém exames não invasivos são preferíveis por
apresentarem menor morbidade.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.FIG.P.092
CONDUTAS EM COLEDOCOLITÍASE - APLICAÇÃO RETROSPECTIVA DE PROTOCOLO
INTERNACIONAL EM CASOS COLEDOCOLITÍASE NO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DO HOSPITAL
AGAMENOM MAGALHÃES - RECIFE - PE
Hugo Veiga Sampaio da Fonseca*, Sérvio Fidney Brandão de Menezes Correia*, Lyz Bezerra Silva*,
Raíssa Pantoja DANNECKER*, Marcelo Ernesto Luckwu FERRAZ*, Rodolfo Lavor Alencar*,
Flávio Augusto Melo de Arruda Barbosa*, Marília Agostinho de Lima Gomes*
RESUMO - Objetivos - Avaliar o manejo de portadores de colecistolitíase e relacionar a adequação da conduta a um protocolo internacional com
otimização do tempo de internamento e do custo ao SUS. Metodologia - Foram avaliados 288 pacientes com colecistolitíase submetidos a colecistectomia
no período de abril de 2010 a abril de 2012. Foi utilizado o protocolo da American Society of Gastroenterologic Endoscopy (ASGE). Os pacientes
foram divididos em: grupo A cuja conduta está em consonância com o protocolo da ASGE e grupo B, cuja conduta é discordante. Resultados - Houve
obediência ao protocolo em 75,3% dos casos. O tempo médio de internamento foi de 4,3 dias no grupo A contra 8,4 dias no grupo B. Quanto ao risco
de coledocolitíase, 71,6% foram considerados de baixo risco, 96,1% no grupo A contra 3,9% no grupo B, 20,8% foram de risco intermediário, 11,6% do
grupo A contra 88,4% do grupo B, e 22 pacientes foram de alto risco, 54,5% no grupo A contra 45,5% no grupo B. Foram realizadas 51 Ressonâncias
magnéticas, sendo 15,7% do grupo A e 84,3% no grupo B e 20 CPERs, 40% no grupo A e 60% no B. 11 pacientes foram submetidos à colangiografia
intra-operatória, todos do grupo A. O custo por paciente foi 48,2% menor no grupo A. Conclusão - O protocolo foi seguido na maioria dos casos, porém
houve discordância nos casos de risco intermediário e alto para coledocolitíase. A adequação ao protocolo da ASGE traz redução do custo hospitalar,
associada a redução de 51,2% no tempo de internação hospitalar.
*HAM - PE, Pernambuco.
TL.C.FIG.P.093
CORPO ESTRANHO COMO CAUSA DE ABSCESSO HEPÁTICO
Walter de Biase da SILVA*, Helio Ponciano Trevenzol*, Helvio Martins Gervasio*, Claudemiro Quireze Júnior*,
Dinoel Cavalcante Guimarães Filho*
RESUMO - M.A.S. 52 anos, portadora de Lupus Eritematoso Sistêmico, iniciou quadro de dor em região epigástrica em moderada intensidade,
acompanhada de febre intermitente. Como antescedentes tinha história de hemicolectomia esquerda por complicações de colite e pulsoterapia sete dias
antes do início dos sintomas. Estava em uso de predinisona 20 mg dia e azatioprina 50 mg dia. Durante a evolução apresentou piora do quadro clínico e
na investigação propedêutica foi realizada Tomografia computadorizada de abdomem superior que evidenciou presença de abscesso de 5 cm de diâmetro
em segmento III hepático. Submetida a videolaparoscopia para drenagem do abscesso, foi encontrado no interior do abscesso corpo estranho (espinho
de peixe), que foi removido durante o procedimento de drenagem. Teve boa evolução pós-operatório.
*UFG, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
63
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.094
CORRELAÇÃO DA ELASTOGRAFIA E DOPPLER NOS PACIENTES EM LISTA OU TRIAGEM PARA
TRANSPLANTE DE FÍGADO E CARCINOMA HEPATOCELULAR
Lucas Souto Nacif*, Denise Cerqueira Paranaguá Vezozzo*, Alina Matsuda*,
Wellington Andraus*, Rafael Soares Pinheiro*, Ruy Jorge Cruz*, Flair José Carrilho*,
Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*
RESUMO - Introdução - A elastografia percutânea é um instrumento não invasivo, que avalia a velocidade de uma onda de cisalhamento que se propaga
através do tecido, medindo a rigidez do fígado. O objetivo deste estudo foi analisar a rigidez na doença hepática terminal, hipertensão portal e presença
do carcinoma hepatocelular. Método - De outubro de 2012 a maio 2013 os dados clínicos de 54 pacientes provenientes da triagem/lista para transplante
hepático. A elastografia (Fibroscan e ARFI) e ultra-sonografia abdominal (USG) foi realizada. As variáveis analisadas foram: idade, sexo, etiologia,
laboratorial e clínicas. Resultados - Alta prevalência de pacientes masculinos (72%). A média de idade foi de 52,32 (± 10,88) e a etiologia predominante
foi cirrose hepatite C. O MELD médio foi de 15,51 (± 5,86). O valor médio de PAC foi 205,10 (± 79,23) e E (Kpa) valor médio foi 31,5 (± 19,15).
Observamos HCC em 37% dos casos. ARFI do parênquima hepático foi 2,03 (± 0,61) e ARFI de lesão hepática foi 1,84 (± 0,66). Maioria dos casos
Fibrose 4 e esteatose 0 ou 1. Em relação ao USG doppler da veia porta observado baixa incidência (5%) de trombose e sinais moderados de hipertensão
portal (> 60%), com esplenomegalia e recanalização. A média da AFP foi de 32,23, as plaquetas valor médio foi de 108,79 (± 60,81) e RNI média foi
de 1,42 (± 0,36). Conclusão - A maioria apresentou fibrose 4 e esteatose grau 0/1, e observou-se nestes casos importante hipertensão portal e necessita
maior investigação nos HCC.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.FIG.P.095
DEFINIÇÃO DA ORIGEM DA ARTÉRIA GASTRODUODENAL ATRAVÉS DE LINFONODO SENTINELA:
CONTRIBUIÇÃO NA DISSECÇÃO DOS ENXERTOS HEPÁTICOS
Oliva Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes GomeS*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Jessé de Oliveira Neto*, Américo Gusmão*, Laécio Leitão*, Roberto Lemos*, Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - A anatomia arterial do fígado é complexa e sua continuidade é importante para a boa função do enxerto. Identificação de
pontos anatômicos pode facilitar a identificação das estruturas no hilo hepático. Objetivo - Demonstrar a presença de um linfonodo sentinela na origem
da artéria gastroduodenal. Método - Estudo retrospectivo em 178 transplantes de fígado, entre 1999 e 2006. Os enxertos foram avaliados quanto a
presença de linfonodo sentinela através das descrições de back-table. A maioria (3/4) das dissecções foi realizada pelo mesmo cirurgião. Resultados - Em
178 dissecções no back-table, 137 enxertos foram marginais e com alterações anatômicas (forma do fígado e/ou arterial). Durante a cirurgia de bancada
o enxerto era acondicionado sempre com solução de belzer a 4ª C. A dissecção arterial acontecia após a VCI e antes da veia porta. A dissecção arterial
sempre iniciou no tronco celíaco. A identificação da artéria hepática própria se fez através do aparecimento de um linfonodo sempre posicionado na
saída da artéria gastroduodenal, mesmo quando a AHD em ramo da AMS ou havia tronco mesentérico. Conclusão - A presença de um marcador
anatômico, o linfonodo sobre a saída da artéria gastroduodenal, pode facilitar e tornar segura a preparação da suplência vascular de enxertos hepáticos
para o transplante.
*HUOC, Pernambuco.
TL.C.FIG.P.096
DERIVAÇÃO ESPLENORENAL DISTAL - CIRURGIA PROSCRITA NA ESQUISTOSSOMOSE?
Valdinaldo Aragão de Melo1, Ytallo Juan O. Cardozo1, Getúlio SantAnna Goes2, Nathália Costa Monteiro2,
Rafaela Oliveira CARVALHO2, Eloy Vianey Carvalho de França2, Danilo Xavier Azevedo2,
Marcela Haydée Gomes de Medeiros2
RESUMO - Introdução - A cirurgia para hipertensão portal esquistossomótica foi durante muitos anos dividida entre as derivativas e não derivativas.
Entre as derivativas se destacou a derivação esplenorenal distal que se caracterizava por controlar o sangramento digestivo por varizes esofágicas e
causando um índice elevado de encefalopatia portosistêmica. A desconexão ázigo-portal com esplenectomia (DAPE) não apresentava encefalopatia
portosistêmica, mas não controlava o sangramento digestivo alto cuja recidiva era alta. Objetivo - Apresentar os resultados em longo prazo da derivação
esplenorenal distal. Resultados - A recidiva da DERD em esquistossomóticos foi de 4%. A incidência de encefalopatia portosistêmica foi de 8%. A
redução gradativa do fluxo hepático com o passar dos anos contribuiu para a não realização desta cirurgia nos dias atuais, além dos melhores resultados
com a endoscopia terapêutica.
1
UFS; 2Unit, Sergipe.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.097
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL EM ICTERÍCIA OBSTRUTIVA NO IDOSO
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1, Carlos Eduardo Garcia1,
Marco Felipe Silva Fernandes2
RESUMO - As variações anatômicas da disposição da árvore biliar são freqüentes, mas as anomalias congênitas da via biliar principal são excepcionais.
O cisto de colédoco é uma doença rara com uma incidência entre 1:100.000 a 1:150.000, mais comum no sexo feminino e a maioria dos casos apresenta-se
na infância sendo raro em adultos. O risco de transformação maligna desta doença aumenta com a idade, chegando a 14,5% acima dos 20 anos 2. Sua
etiologia congênita ainda é discutida, propondo-se que a lesão seja resultado da junção anômala dos ductos pancreáticos e do colédoco durante o período
embrionário. O diagnóstico da anomalia é feito através da opacificação da árvore biliar por via endoscópica, transparieto-hepática ou colangiografia
trans-operatória. Apresentamos um caso de cisto do colédoco, em paciente com 87 anos de idade, com quadro de icterícia obstrutiva e dilatação de vias
biliares intra e extra-hepatica, sem colelitíase ou espessamento vesicular ao estudo ultra sonografico. Durante investigação para exclusão de quadro
neoplásico evoluiu com colangite sendo submetido a procedimento cirúrgico com achado de cisto em ducto hepático comum e grande cálculo obstruindo
via biliar. Icterícia obstrutiva em idoso deve ser investigada processo neoplásico devido a sua incidência, porém deve-se atentar para o diagnóstico
diferencial de coledocolitíase primária com cisto de colédoco.
1
Hospital Regional de Ilha Solteira; 2 Hospital Unimed Araçatuba, São Paulo.
TL.C.FIG.P.098
DIMINUIÇÃO DE PERFUSÃO EM LOBO ESQUERDO DO FÍGADO EM PACIENTE COM COLANGITE:
RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas*, Tácito do Nascimento Jácome*, Mylena Pessoa Capistrano*, Indy Lopes Batista*,
Sissi Cláudio Mota*, Karoline Rayana dos Santos*, Tâmara Maria Vale*, Itiel de Souza Aquino*
RESUMO - Objetivo - O presente estudo visa expor achado de trombose de ramo de veia porta em paciente em investigação de Colangite. Método Acompanhamento diário e prontuário de internação de paciente em um Hospital Universitário. Resultados - Paciente F.P.O., 76 anos, admitido para
investigação de quadro de Icterícia flutuante, dor em hipocôndrio direito, confusão mental e febre há um mês. Exames laboratoriais apresentando
Bilirrubina, AST, ALT, Fosfatase Alcalina e Gama GT elevados. USG abdominal sem alterações. TC de Abdômen evidenciando ausência de fluxo em
ramo esquerdo de veia porta (sugerindo trombose) e diminuição de perfusão em lobo esquerdo do fígado. Colangioressonância evidenciou ausência
de opacificação em ramo esquerdo de veia porta, identificando-se fluxo nos seus ramos periféricos. Angiotomografia de abdome e pelve evidenciou
sinais de trombose comprometendo grande extensão da veia porta esquerda, com reconstrução do fluxo nos seus ramos mais periféricos. Durante
internação, paciente fez uso de Clexane 60mg SC pela manha, evoluindo com normalização laboratorial e melhora dos sintomas iniciais, submetendo-se
a colecistectomia para tratamento da colangite. Conclusão - A trombose de ramos da veia porta pode não cursar com repercussão clínica e hemodinâmica,
porém pode estar relacionado a patologias severas, como coagulopatias e cirrose. Devido à idade e comorbidades associadas, optou-se por conduta
conservadora e investigação ambulatorial do caso, após recuperação cirúrgica.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.FIG.P.099
DOENÇA GRANULOMATOSA NÃO INFECCIOSA EM VESÍCULA BILIAR: RELATO DE UM CASO
Guilherme Andrade Lemes*, Gabriel Mendes Andraos*, Felipe Sales Nogueira Amorim Canedo*, Daniel Paiva Margalhães*,
Gustavo Fernandes Alvarenga*, Denis Masashi Sugita*
RESUMO - Introdução - Doença de Chron e sarcoidose são doenças com características granulomatosas, com poucos relatos de acometimento em
vesícula biliar. Objetivos - Apresentar um caso de doença granulomatosa não infecsiosa em vesícula biliar. Casuística - 1 caso. Método - Relato de
Caso retirado de prontuário. Resultados - Paciente, masculino, 53 anos. Referindo dor do tipo cólica em hipocôndrio direito, com irradiação para
abdome superior esquerdo, há 4 anos, a qual apresentava períodos de melhora e piora. Associava piora dessa dor com alimentação hiperlipídica. Negou
outros sintomas. Nos antecedentes, referiu cirurgia para correção de comunicação interatrial há 31 anos, doença de Chagas, irmão colecistectomizado
e hemorróidas. Ultrassonografia abdominal “compatível com cálculos biliares” e a paciente foi submetida à colecistectomia. Não foram encontrados
cálculos na vesícula retirada. Anatomopatológico sugeriu doença granulomatosa compatível com doença de Chron ou sarcoidose e ausência de
micobactérias, fungos e outros parasitas. A investigação seguiu com colonoscopia para identificação de lesões características de Chron. Conclusão
- Apesar de terem focos principais diferentes no organismo, as duas doenças compartilham manifestações sistêmicas semelhantes, além de padrões
histopatológicos e interações com a imunidade celular. Apesar da raridade do local de acometimento a diferenciação das doenças torna-se importante
para conduta terapêutica e condições de prognóstico e morbidade.
*UFG, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
65
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.100
DRENAGEM PERCUTÂNEA ABSCESSO HEPÁTICO: RELATO DE CASO
Annanda Carolina de Araujo MARTINS*, Anne Caroline Amorim BATISTA*, Samuel de Sousa GREGORIO*,
Lorena Mariana de Araujo MARTINS*, Carolina Case Cardoso MATIAS*, Natalia Arruda COIMBRA*
RESUMO - AFS, feminino, 70 a, casada, parda, natural e residente em São Luis foi admitida com história de febre, dor em hipocôndrio direito e
calafrios há dois dias. Nega náuseas e vômitos. Exame físico: Estado geral regular, normocorada, eupnéica, anictérica, febril (TX: 38,9º C), LOTE,
estado hemodinamicamente estável. Abdome: flácido, doloroso à palpação e percussão em HD, RHA presentes. Exames laboratoriais: hemogramas
seriados: 1. hb/ht=11,1/35,6; leuc=34.820. 2. hb/ht=10,4/33,5; leuc=34.750. 3. hb/ht=9,7/31,4. leuc=20.500; 4. hb/ht=8,7/29,8; leuc=9.260. USG de
abdome total: Fígado discretamente aumentado de tamanho, textura do parênquima heterogêneo, evidenciando-se imagem sólida isoecóica, contornos
bem definidos, medindo 5,2 cm, outra hipoecóica, contornos lobulados, medindo 7,4 x 5,4 cm localizados, respectivamente, nos segmentos 5 e 6,
podendo corresponder a abscesso hepático. TC de abdome total: Fígado de forma normal, contornos lobulados e densidade do parênquima heterogêneo
com vários nódulos hipodensos medindo 7,5 cm (segmento 8), 5,7 cm (segmento 4) e 5,4 cm (segmento 7). As imagens podem corresponder a abscessos
hepáticos. O tratamento consistiu na associação de antibioticoterapia com a drenagem percutânea dos abscessos. A paciente evolui sem febre e com
melhora da dor após início da antibioticoterapia (cefalotina 1 g) e da drenagem percutânea.
*Ceuma, Maranhão.
TL.C.FIG.P.101
EFEITO DO CAMPO ELETROMAGNÉTICO DINÂMICO NA REGENERAÇÃO HEPÁTICA EM RATOS
Marcelle Souza Alves da Silva*, Paula Vieira Teixeira Vidigal*, Cristiane Gomes de Paiva Ferreira*,
Leonardo Duque de Miranda*, Ivana DUVAL-Araujo*, Tarcizo Afonso Nunes*
RESUMO - Objetivo - Determinar os efeitos do campo eletromagnético nas alterações histológicas devidas ao trauma hepático em ratos. Método - 20
ratos Wistar foram submetidos a lesão padronizada do lobo lateral esquerdo do fígado e, em seguida, distribuídos nos grupos C (controle) e E (estudo).
Os animais do grupo E foram expostos ao campo eletromagnético durante 2 horas, imediatamente após a operação, com repetição por mais duas
vezes em intervalos de 24 horas. No 3º DPO foi realizada relaparotomia e retirada da região lesada, que foi avaliada por meio de análise histológica e
determinação de área de necrose e área de regeneração. Marcadores de apoptose (ssDNA) e de proliferação celular (Ki67) foram utilizados para a análise
imunoistoquímica. Resultados - Não houve diferença entre os grupos com relação à inflamação, fibroplasia, angiogênese e extensão da área de necrose
e de regeneração. Na área de necrose não houve diferença significativa na expressão de Ki67 e ssDNA. Entretanto, na área de regeneração houve maior
expressão de Ki67 no grupo E (25,8 ± 10,7 vs. 13,8 ± 5,9, p=0,007), sem diferença na expessão de ssDNA. Conclusão - O uso do campo eletromagnético
em ratos com lesão traumática do fígado promoveu maior proliferação celular na área de regeneração hepática, mas não contribuiu para modificar as
alterações histológicas, assim como as áreas de necrose e de regeneração do parênquima hepático.
*Laboratório de Cirurgia Experimental, Faculdade de Medicina, UFMG, Minas Gerais.
TL.C.FIG.P.102
EMBOLIZAÇÃO DA VEIA PORTA AUMENTA SEGURANÇA NAS HEPATECTOMIAS
Annelyse de Araújo Pereira1,2, Yara Rocha Ximenes2, Roberto Van de Wiell Barros2,
Fabiano Souza Soares2, Germana Jardim Marquez1,2, Klinger Arnaldo de Araújo Mendes2,
Manoel Lemes da SILVA Neto2
RESUMO - Introdução - A embolização da veia porta (EVP) aumenta a ressecabilidade em pacientes submetidos à hepatectomia. A EVP induz
atrofia do lobo a ser ressecado e hipertrofia do lobo contralateral por desvio do fluxo portal. Objetivo - Relatar que a EVP é um método que aumenta
a segurança nas hepatectomias. Método - Foram relatados casos de 2 pacientes portadores de Tumor de Klatiskin (TK) e de Hepatocarcinoma
(HCC). Relato - pacientes do sexo masculino, JCF, 69 anos, TK, Bismuth 4 A e WGR, 68 anos, HCC, ambos com invasão dos segmentos hepáticos
V, VI,VII, VIII, IVA/B. Foram submetidos a EVP direita por via percutânea, pela radiologia intervencionista. Foram submetidos à hepatectomia
com intervalo de 3 semanas e a tomografia mostrou o crescimento do segmento lateral esquerdo do fígado, pela hepatimetria. Foram submetidos
à Hepatectomia Direita Ampliada (HDA). O paciente do TK envolveu ressecção do segmento I e uma hepático-jejuno anastomose à esquerda.
Apresentaram boa evolução perioperatória e pós-operatória. Conclusão - A EVP para hipertrofia do segmento a ser preservado aumenta o volume
hepático estimado em 8% a 16% entre 2 a 4 semanas, dependendo da técnica de mensuração bem como da doença hepática em questão. A associação
da hepatectomia e EVP reduz a morbimortalidade e aumenta os candidatos à ressecção de tumores hepatobiliares, pela atrofia de tecido hepático
insuficiente remanescente.
1
PUC-GOIÁS; 2Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiás.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.103
ESTENOSE BENIGNA DE VIA BILIAR: UM RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas*, Itiel de Souza Aquino*, Randolfo Randal Farias Ferreira Brito*, Virgínia Soares Feitosa*,
Graziela Cyntia Silva Santos*, Tácito do Nascimento Jácome*, Tâmara Maria Vale*, Indy Lopes Batista*
RESUMO - A colelitíase possui elevada incidência nos adultos em todo o mundo, sendo a colecistectomia muito frequente. Estenoses benignas das
vias biliares ocorrem associadas principalmente a lesões iatrogênicas inadvertidas dos ductos biliares na cirurgia. Relato de Caso - Homem, 49 anos,
apresentando moderada dor em hipocôndrio direito, icterícia, vômitos, inapetência e colúria há 21 dias. Submeteu-se a colecistectomia para tratamento
de colelitíase, com melhora dos sintomas à época do procedimento. Apresentou valores de bilirrubina total de 18,08 mg/dL (Direta =11,17 mg/dL e
Indireta = 6,91 mg/dL) e Fosfatase Alcalina de 1.445 U/L, com diagnóstico inicial de Icterícia Obstrutiva. Realizou-se TC de abdome para investigação,
evidenciando-se tumor em confluência dos ductos hepáticos (Bismuth tipo III), associado à dilatação de VB intra-hepáticas e aumento dos linfonodos
do hilo hepático. Procedeu-se a abordagem cirúrgica, identificando-se lesão cicatricial em VB na iminência do território intra-hepático. Realizou-se
Derivação Biliodigestiva (em Y-de-Roux), tendo o paciente evoluído com melhora significativa e alta hospitalar no 5º dia de pós-operatório. Discussão
- Sabendo-se que 80% das lesões iatrogênicas e estenoses de VB são diagnosticadas até 12 meses após o procedimento, a icterícia obstrutiva póscolecistectomia deve ser abordada como uma condição benigna, considerando a estenose cicatricial dos ductos biliares lesados. A correção cirúrgica
figura como a melhor abordagem terapêutica.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.FIG.P.104
HEPATECTOMIA DIREITA POR METÁSTASE DE TUMOR COLORRETAL - RELATO DE CASO
Elcio Darlan Miranda Ratier*, Marcel Rizeti Barbosa*, Sergio Danilo Tomiyoshi Tanahara*, Caio Fernando Cavanus Sheeren*,
Fabio Colagrossi Paes Barbosa*
RESUMO - Introdução - A metástase hepática do câncer colorretal é um achado freqüente no diagnóstico inicial do paciente, ou mesmo após a ressecção
do tumor primário. Objetivo - Descrever o caso de um paciente admitido no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com diagnóstico de câncer
colorretal e metástase hepática para o lobo direito. Metodologia - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - OG, homem, 63 anos, branco.
Apresentou quadro de adenocarcinoma de cólon, com cirurgia prévia em 2010 (colectomia esquerda e anastomose colorretal primária). Em 2011 foi
reoperado devido obstrução intestinal por aderências. Evoluiu com recidiva local do tumor, biópsia de reto positiva para adenorcarcinoma. Realizou
quimioterapia por 6 meses, terminando em janeiro de 2013. Na reavaliação, foi constatado nódulo hepático metastático em lobo direito. Devido o lobo
esquerdo conter cerca de 30% do parênquima hepático, foi feita embolização da veia porta em fevereiro de 2013 com a finalidade de aumentar o lobo
esquerdo. Esperou-se 45 dias para nova avaliação e o lobo esquerdo já representava cerca de 50% do órgão. Com isso foi realizada a hepatectomia
direita com sucesso, paciente permaneceu 2 dias de pós-operatório no CTI sem intercorrências. Permaneceu mais 5 dias na enfermaria, evoluindo
satisfatoriamente. Está em acompanhamento ambulatorial. Conclusão - Mesmo os pacientes com metástase hepática extensa em lobo direito podem ser
ressecados após técnicas de expansão do lobo esquerdo.
*HRMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.FIG.P.105
HEPATECTOMIA EM DOIS TEMPOS NA RESSECÇÃO ONCOLÓGICA NOS PACIENTES COM TUMORES
METASTÁTICOS HEPÁTICOS DE CÂNCER COLORRETAL. RELATO DE CASO
André Gustavo Santos Pereira*, Jorge Marcelo Padilla Mancero*, Gilberto Peron Junior*, Arnaldo Bernal Filho*, André
Capelozza*, João Paulo Kamimura*, Raul Carlos Wahle*, Adávio de Oliveira e Silva*
RESUMO - Introdução - Cirurgias curativas em pacientes com tumores malignos primários ou metastáticos de fígado com grandes ressecções têm alta taxa
de insuficiência hepática pós-operatória. Resultados preliminares utilizando a técnica de hepatectomia em 2 tempos tem sido proposta. Objetivo - Relatar
um caso empregando a hepatectomia em 2 tempos, na ressecção oncológica de tumor metastático de câncer colorretal. Casuística e Método - Relato de Caso
com revisão de prontuário. Resultados - Paciente masculino, 41 anos, submetido à retossigmoidectomia com anastomose primária, por adenocarcinoma
anular, encaminhado para nosso serviço com múltiplas imagens nodulares, sendo a maior no segmento VI, de 3,6cm e sem outras metástases. Indicada a
hepatectomia em 2 tempos, com volumetria pré-operatória (907,48 cm³). No 1º tempo da hepatectomia direita in situ e as ressecções dos nódulos do lobo
esquerdo (seg. II, III, IV). A seguir, ligadura da veia porta direita e a dissecção do parênquima. Após boa evolução clínica, na volumetria por TC do lobo
esquerdo no 6° PO (1.153,9 cm³), aumento 41,2%. No 7º PO, feito 2º procedimento, sendo ligada à artéria hepática direita, o ducto biliar direito e a veia
supra-hepática direita. Houve boa evolução clínica, com alta no 11° PO e encaminhado para quimioterapia adjuvante. Conclusão - Esse resultado nos levou
a concluir que essa técnica cirúrgica em 02 tempos, mostra-se promissora na condução de pacientes com lesões hepáticas potencialmente irressecáveis.
*Centro Terapêutico Especializado em Fígado (CETEFI), Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.106
HEPATOJEJUNOSTÔMIA EM ÔMEGA PARA DESCOMPRESSAO BILIAR EM NEOPLASIAS MALIGNAS
AVANÇADAS DE VESÍCULAS E HILO HEPÁTICO
Marcelo Stacanelli di PAULA*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*, Augusto Flávio Campos Mineiro Filho*,
Augusto José da Silva Albuquerque Cavalcante*, Isabella Coelho da Matta Machado*,
Kelly Renata Sabino*, Maíra Seabra Federici Teixeira
RESUMO - Objetivo - Relatar a experiência com a confecção da hepatojejunostomia em ômega para descompressão biliar em neoplasias malignas
avançadas de hilo hepático e vesícula. Método - A opção foi realizada em pacientes com icterícia obstrutiva, através deincisão subcostal bilateral
(Chevron), após verificar-se que o tumor de vesícula ou hilo hepático era irresecavel por causa de suas dimensões com envolvimento da artéria hepática
e veia porta, decidiu-se por operação paliativa para descompressão das vias biliares. Realiza-sehepatectomia parcial da parte anterior do segmento
III, utilizando eletrocauterio para controle do sangramento hepático. Os dados analisados foram: idade, sexo, morbidade, mortalidade, dosagem de
bilirrubinas séricas pré-operatórias e no sétimo diapós-operatório, prurido pré e pós-operatório. Resultados - Foram três pacientes sendo dois do sexo
feminino e um do sexo masculino. A idade média dos pacientes foi de 65,3 anos, todos tiveram icterícia e pruridopré- operatório. Dois pacientes
tiveram neoplasia de vesícula biliar e o outro colangiocarcinoma. Não houve óbito ocorreuintra-hospitalar. A dosagem média no pré-operatório de
bilirrubina total reduziu e o prurido desapareceu. Nenhum paciente teve sangramento, fistula ou abcessos que são relatados como frequentes após
hepatojejunostomia em y. Conclusão - A derivação hepatojejunal em ômega é uma boa opção paliativa para tratar icterícia por câncer de vesícula ou via
biliar irresecável.
*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.
TL.C.FIG.P.107
HIPERTROFIA DO LOBO CAUDADO
Mauricio Alves Ribeiro*, Amanda Polaro Marreiro*, Paulo Celso Bosco Massarollo*,
Fabricio Ferreira Coelho*, Wangles de Vasconcellos Soler*, Alcides Augusto Salzedas Netto*,
Iron Pires de ABREU Neto*, Luiz Arnaldo Szutan*
RESUMO - Síndrome de Budd-Chiari é um epônimo para quadros clínicos que apresentam hepatomegalia, ascite e dor abdominal consequentes
a oclusão das veias hepáticas ou da veia cava inferior (VCI) entre o fígado e o átrio direito que frequentemente leva a intensa congestão, fibrose
e cirrose hepática. Inúmeras são as causas entre elas: doenças que levam a hipercoagulabilidade (trombofilias, gestação, contraceptivos orais,
doenças mieloproliferativas, entre outras), causas congênitas (membrana na VCI, hipoplasia de VCI), compressão externa por tumores entre
outras. O diagnóstico é feito por exames de imagem como tomografia, ressonância e angiografia. Achados frequentes são hepatomegalia com
aumento importante do lobo caudado, esplenomegalia e ascite. O aumento do lobo caudado ocorre devido a sua drenagem direta para a veia cava.
Apresentamos fotografia de aumento extraordinário do lobo caudado em paciente com Síndrome de Budd-Chiari submetida a transplante de fígado
em nosso serviço.
*FCMSCSP, São Paulo.
TL.C.FIG.P.108
INDICAÇÃO DE CIRURGIA DE HIPERTENSÃO PORTAL POR HIPERESPLENISMO
Valdinaldo Aragão de Melo1, Fábio Sérgio Onias Silva Júnior2, Roosevelt Santos Oliveira Júnior2,
José MACHADO Neto1, Clécio dos Santos1, Marckssuelly Cássia da Silva Melo1,
José Eduardo Hasman1, Franklin A. CARVALHO1
RESUMO - A Hipertensão Portal Esquistossomótica tem gradativamente reduzida a sua frequência em função da melhora da qualidade de vida e
controle dos vetores na transmissão da doença. As principais indicações do tratamento cirúrgico são hemorragia digestiva alta por ruptura das varizes
de esôfago e hiperesplenismo principalmente às custas de plaquetopenia. Objetivos - Avaliar a indicação de cirurgia por hipersesplenismo. Metodologia
- Estudo prospectivo, com avaliação de 20 casos de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico para hipertensão portal esquistosomótica no Serviço de
Cirurgia Geral do Hospital Universitário da UFS e do Hospital de Cirurgia. Resultados - A indicação cirúrgica por hiperesplenismo foi de 75%. Estes
resultados demonstram uma mudança importante na indicação de cirurgia. O sangramento digestivo tem sido atualmente bem controlado com ligadura
elástica das varizes e a indicação de cirurgia sómente acontece na falha do tratamento endoscópico.
1
UFS; FBHC, Sergipe.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.109
LITÍASE INTRA-HEPÁTICA SIMULANDO COLANGIOCARCINOMA: UM RELATO DE CASO
Júlio César de Medeiros Dantas1, Itiel de Souza Aquino1, Leonardo José Camilo do Nascimento2, Pedro Henrique Cavalcante Vale2,
Victor Emanuel Dantas Gomes2, Laíse Pereira Arcoverde Fechine Brito2, Ana Carolina de Araujo Pinheiro2, Enio Campos Amico2
RESUMO - O colangiocarcinoma é um câncer do epitélio biliar que evolui insidiosamente e é de difícil diagnóstico e prognóstico reservado, sendo
possível seu diagnóstico diferencial com outras obstruções do trato biliar. Relato de Caso - Homem, 57 anos, hipertenso, diabético, apresentava dor
epigástrica há 4 meses, de maior intensidade no último mês após ingestão de alimentos. Laboratório com sorologias negativas para hepatites B e C,
CEA 0,64, CA 19-9 18, GGT 804, bilirrubina total 3,83 e direta 2,83. Realizou Colangio-RM do Abdome que revelou espessamento parietal de vias
biliares do segmento lateral do lobo hepático esquerdo, determinando dilatação biliar periférica e atrofia deste lobo, além de linfonodomegalia perihilar e HD de colangiocarcinoma do tipo infiltrativo periductal. Submeteu-se à laparotomia, sendo identificada atrofia do lobo hepático esquerdo e
lesão não identificada macroscopicamente. Foi realizada hepatectomia esquerda e, ainda, linfadenectomia do ligamento hepatoduodenal, pancreáticoduodenais, retroportais e da artéria hepática comum. O PO transcorreu sem intercorrências. O histopatológico revelou litíase intra-hepática. Discussão
- A capacidade de estabelecer o diagnóstico histopatológico no pré-operatório para os pacientes que parecem ter a doença ressecável aos exames de
imagem é baixa, dessa forma os cirurgiões se habituaram a agir de forma agressiva ao recomendarem a ressecção hepatobiliar em pacientes com alto
índice de suspeita de câncer do trato biliar.
1
UFCG; 2UFRN, Paraíba.
TL.C.FIG.P.110
LOBECTOMIA ESQUERDA PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE CAROLI: RELATO DE CASO
José Celso de CARVALHO Junior*, Gisele Mione*, Gilberto Carlos da SILVA Filho*, Juliana Lopes Camargos Sousa*,
Tales Mendes Sabia*, Daniel Britto Santos*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*,
Carlos Eduardo de Castro Areal*
RESUMO - Dilatações saculares das vias biliares intra-hepáticas. Cerca de 20% dos casos existe envolvimento de apenas um dos lobos hepáticos,
freqüentemente o esquerdo. Quando os ductos maiores são afetados, caracteriza-se a Doença de Caroli. As complicações mais comuns são colangite
recorrente, abscesso hepático e litíase intra-ductal. Objetivo - Caso clínico de paciente jovem com apresentação inicial de colangite de repetição.
Materiais e Métodos - Feminina, 26 anos com queixas de dor abdominal, icterícia e picos febris há 4 meses.Na propedêutica evidenciaram-se alterações
compatíveis com Doença de Caroli. Resultados - Ultrassonografia abdominal total com dilatação das vias biliares intra-hepáticas em topografia de lobo
esquerdo com cálculos no interior destes ductos. CPRE revelou dilatações saculares das vias biliares intra-hepaticas esquerda com presença de litíase.
Colangiorressonância evidenciou acentuada dilatação das vias biliares exclusivamente do lobo esquerdo hepático, com calibre de até 20 mm, ectasia
também acentuada dos ductos à montante. Paciente foi submetido à lobectomia esquerda. Pós-operatório sem intercorrências. Conclusão - A doença
geralmente compromete todo o fígado, mas pode se localizar em um lobo, neste caso, o esquerdo. Não existe cura. O tratamento clínico e as medidas
cirúrgicas conservadoras são polêmicas, pois apresenta risco para desenvolvimento de colangiocarcinoma. A CPRE é o método com maior sensibilidade.
A hepatectomia parcial pode oferecer tratamento definitivo.
*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.
TL.C.FIG.P.111
MELANOMA HEPÁTICO: RELATO DE CASO RARO
Nadia Tomiko Anabuki*, Nereu Bastos Teixeira Costa*, Alexandre Borges de Brito Pimentel*,
André Luis Mourão de Oliveira Melo*, Cícero André Gomes Ribeiro*, Lucas Seixas Docca Júnior*,
Igor Ferreira Vieira*, Manuel Otton de Paiva Fernandes*
RESUMO - Introdução - O melanoma maligno é responsável por aproximadamente 1% de todas as mortes causadas por câncer nos Estados Unidos
e apenas 3% de todas as doenças malignas cutâneas. Embora considerada doença rara, representa 65% de todos os óbitos por câncer de pele. O
fígado e o baço raramente são os primeiros sítios de metástases de melanoma. Relato do caso - Mulher, 37 anos, com quadro de tumoração em região
epigástrica a três meses, de crescimento invasivo. Sem perda ponderal importante no período, com hábitos intestinais preservados e ausência de lesões
de pele. Tomografia de abdome evidenciou extensa massa tumoral acometendo fígado e duodeno. Submetida à hepatectomia central, linfadenectomia
e duodenectomia parcial. Laudo de anátomopatológico e imunoistoquímica diagnosticou melanoma maligno hepático. Paciente apresentou recidiva
tumoral após dois meses, com múltiplos implantes peritoneais e nova tumoração em hilo hepático. Avaliada pela oncologia cirúrgica e clínica, descartado
possibilidade, exceto suporte paliativo. Evoluiu com piora clínica, recusou internação hospitalar, teve alta à revelia. Conclusão - O diagnóstico de
melanoma maligno hepático é uma condição incomum, sendo na literatura relatado raríssimos casos.
*HBDF, Brasília.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.112
MÚLTIPLOS ABSCESSOS HEPÁTICOS TARDIOS SECUNDÁRIOS À PANCREATITE
Sheilane Rodrigues*, Igor Ferreira Vieira*, Mariana DIAS*, Horácio Jorge MACEDO Neto*, Vítor Lima FERRAZ*,
Beatriz Sousa Barros*, Carlos ALBERTO*, Roland Montenegro*
RESUMO - Paciente do sexo feminino, 45 anos, encaminhada pela Clínica Médica para avaliação da Cirurgia Geral do Hospital de Base do Distrito
Federal devido quadro de dor abdominal difusa, maior intensidade em hipocôndrio direito, astenia, febre intermitente (39° - 40°C) e calafrios há
cerca de 30 dias. Perda ponderal de 10 kg em 15 dias, hepatomegalia, edema em membros inferiores. Histórico de pancreatite há 7 anos. Tomografia
de abdome contrastada com evidência de hepatomegalia devido lesão cística com 15 cm de diâmetro e diversas lesões císticas com diâmetros menores
e iguais a 5 cm associadas à pequena ascite. Indicada drenagem percutânea guiada por ultrassonografia, porém levantada hipótese de lesão sólida
durante avaliação. Houve pouca resposta ao tratamento clínico com antibioticoterapia de amplo espectro. Submetida a Laparotomia Exploradora
evidenciando área de parênquima hepático friável em segmento VII e VIII e drenagem espontânea de coleção purulenta. Bacterioscopia sem crescimento
de microorganismos e cultura para anaeróbios negativa. Paciente apresentou melhora clínica, porém evoluiu com novas coleções hepáticas após 20 dias,
submetida à redrenagem em segmentos VI, VII e VIII e biópsia hepática, ainda sem resultado. Hipótese diagnóstica de múltiplos abscessos hepáticos
tardios secundários à pancreatite. Paciente em acompanhamento ambulatorial.
*Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília.
TL.C.FIG.P.193
O PAPEL DA VEIA CAVA INFERIOR NA EVOLUÇÃO DA TÉCNICA CIRÚRGICA DO TRANSPLANTE DE
FÍGADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, José Willian Ferreira LIMA Junior*,
Jessé de OLIVEIRA*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - O conhecimento da anatomia vascular hepática e da VCI proporcionou maior segurança para as cirurgias hepáticas. Apoiado
nos conhecimentos fisiológicos de hemodinâmica a evolução das técnicas de transplante passaram a permitir bom diagnóstico nesses pacientes. Objetivo
- Demonstrar a evolução da técnica dos transplantes hepáticos e seus resultados com o aprimoramento técnico da preservação da veia cava inferior.
Método - Revisão da literatura. Foi realizada uma revisão sobre técnicas de transplante hepático associado aos resultados pós-transplante. Resultado
- Desde a década de 1950, trabalhos experimentais em transplante hepático demonstravam a necessidade de preservar a VCI e a colocação do by-pass
venovenoso era mandatória. Entretanto, em 1959 foi conseguido transplante experimental com preservação de VCI. Apesar de Calne (1968) ter realizado
o 1ºtransplante de fígado com preservação da VCI, essa técnica foi esquecida. O transplante hepático clínico foi normatizado com retirada da VCI
e by-pass venovenoso. Com as complicações desta técnica, Tzakis (1989) publica a 1ª série de transplante hepático com a técnica de preservação da
VCI, agora renomeada de piggyback. Os centros transplantadores absorveram o conhecimento técnico e standartizaram a nova técnica. Com isso, o
transplante intervivos, Split-liver, dominó, puderam ser mais utilizados e desenvolvidos. Conclusão - Com o aprimoramento técnico da preservação da
VCI, as complicações perioperatórias diminuíram.
*HUOC, Pernambuco.
TL.C.FIG.P.114
O PAPEL DA VEIA SUPRA RENAL DIREITA NAS TÉCNICAS DE TRANSPLANTE HEPÁTICO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de Oliveira Neto*,
Thiago César Fernandes Gomes*, Américo Gusmão*, Bernardo Sabat*, Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - A dissecção da veia cava inferior (VCI) no transplante de fígado é realizada rotineiramente. A presença de marcadores
anatômicos pode facilitar a dissecção e permitir diminuição do tempo cirúrgico. Objetivo - Descrever a anatomia da veia supra renal direita (VSRD)
e sua contribuição nas diferentes técnicas do transplante de fígado. Método - Estudo retrospectivo em Hospital Público, nos pacientes adultos
submetidos ao transplante de fígado, entre janeiro de 2002 e janeiro de 2013, e que o autor realizou o procedimento. A técnica de hepatectomia, a
presença ou não de variação anatômica (venosa, adrenal ou renal) e a necessidade da ligadura da VSRD foram avaliados. Resultados - Entre os 700
transplantes de fígado realizados, apenas 110 foram contabilizados. A técnica convencional foi a de escolha (80), sendo a ligadura da VRSD sempre
realizada. A ligadura casual ou às cegas ocorreu em 15 (dos 80). Na técnica piggyback, a ligadura VSRD aconteceu apenas em 5 (dos 30). Isso
ocorreu quando a VRSD drenava de maneira anômala (anterior da VCI - 3 casos), drenava na VR esquerda (1) ou apresentava uma longa VSRD
paralela a VCI drenada na VRD. Conclusão - O conhecimento anatômico da VSRD e suas variações podem influenciar a estratégia cirúrgica de
escolha no transplante de fígado.
*HUOC, Pernambuco.
70
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.115
O SEGMENTO I DO FÍGADO NA ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLÊNICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira CostA
RESUMO - Introdução - Os pacientes com esquistossomose hepatoesplênica (EHE) apresentam o segmento lateral esquerdo do fígado aumentado de
volume devido ao hiperfluxo portal proveniente da veia esplênica. Ramos portais para o segmento I são provenientes do lado direito ou esquerdo, não
obedecendo regra na sua distribuição. Objetivos - Identificar em pacientes com EHE com passado de hemorragia digestiva alta (HDA) e indicação cirúrgica,
a presença de hipertrofia do segmento I do fígado. Métodos - Estudo retrospectivo entre adultos com EHE com indicação de cirurgia para hipertensão portal,
em um hospital do SUS-Recife/PE, entre janeiro de 2002 e julho de 2013. A avaliação foi realizada por USG abdominal pré-operatório e pela visualização e
palpação intraoperatória do segmento I após abertura do pequeno omento para ligadura da veia gástrica esquerda. Resultados - Quarenta e oito pacientes
foram estudados. Trinta e um do sexo masculino. A idade variou de 27 a 71 anos. Todos com passado de HDA. Em 28, a cirurgia ocorreu na emergência.
Tomografia de abdome foi realizada em 7 casos. Em todos, o segmento I foi visualizado e palpado no intraoperatório. Arteriografia hepática ocorreu em 3
casos. A hipertrofia do segmento I do fígado ocorreu em 6 situações. Em um desses, havia associação com doença alcoólica (anatomopatológico da biópsia
hepática). Conclusão - O hiperfluxo venoso portal parece não contribuir para o aparecimento de hipertrofia do segmento I do fígado em pacientes com EHE.
*HR, Pernambuco.
TL.C.FIG.P.116
OBSTRUÇÃO BILIAR TARDIA EM RATOS WISTAR, APÓS CLAMPAGEM INTERMITENTE DO PEDÍCULO
HEPÁTICO
Gracinda de Lourdes Jorge*, Rodolfo dos Reis Tártaro*, Ana Candida Coutinho Facin*, Rosana Aparecida Trevisan Pereira*,
Cecília Amélia Fazzio Escanhoela*, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin*
RESUMO - Introdução - A oclusão vascular temporária do fluxo hepático é um dos procedimentos essenciais na cirurgia hepática. Objetivo - O objetivo
foi avaliar as alterações hepáticas tardias de ratos Wistar, após clampeamento intermitente do pedículo hepático (CIPH). Método - Ratos Wistar machos
(n=14), peso médio 281,1g, foram anestesiados com ketamine 5% (30 mg/Kg) e xylazine 2% (30 mg/kg) via intraperitoneal. No Grupo CIPH, n=7, os
animais foram submetidos à incisão em U no abdome, o pedículo hepático foi isolado, dissecado e submetido à clampeamento intercalado de 4 tempos
de (5 minutos de isquemia X 5 minutos de reperfusão), com micropinça. A incisão foi fechada com fio de algodão 3-0. No Grupo Operação Simulada
(GOS, n=7) os animais foram submetidos à anestesia, laparotomia e manipulação do pedículo hepático, posteriormente ao controle dos exames. No 35°
dia após jejum de 12 horas foi realizada coleta da biópsia hepática e das aminotransferases (AST/ALT). Resultados - Todos os animais do grupo CIPH
apresentaram dilatação do colédoco e aumento significativo nas enzimas hepáticas (p<0,05 pelo teste de Mann-Whitney), na histologia observamos
proliferação ductular (100% dos casos), septo porta-porta (42,8%), formação de nódulos (42,8%), focos de necrose (14,2%) e rolha de bile (14,2%).
No GOS estas alterações não foram encontradas. Conclusão - Em ratos Wistar, à clampagem intermitente do pedículo hepático cursou com quadro
morfológico semelhante à obstrução biliar.
*UNICAMP, São Paulo.
TL.C.FIG.P.117
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM LESÃO DE VIAS BILIARES EM HOSPITAL DE
CAMPINA GRANDE - PB
Itiel de Souza Aquino*, Gian Francisco de Macedo Almeida*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Rafael Medeiros Bezerra Costa*,
Vanessa de Souza Cabral*, Karoline Rayana dos Santos*, Marcílio Vieira Costa Santos*
RESUMO - Objetivo - Descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e cirúrgicos de pacientes com lesão das vias biliares (LVB) atendidos no Hospital
de Trauma Dom Luís Gonzaga Fernandes de Campina Grande entre setembro de 2011 e setembro de 2012. Método - Realizou-se estudo retrospectivo
dos prontuários de pacientes internados no Hospital de trauma e submetidos a exploração de vias biliares, obtendo-se as seguintes variáveis: sexo, idade,
procedência, tipo de operação, sintomatologia, exames realizados, achados cirúrgicos, classificação da lesão, tempo total de internamento e condições
de alta. Resultados - A idade dos pacientes variou entre 14 e 80 anos (média de 40,22 anos), sendo 18 do sexo masculino (37,5%) e 30 (62,5%) do sexo
feminino. Foram constatados 48 casos de exploração de vias biliares, sendo identificados 30 casos de coledocolitíase (62,5%), 7 casos de lesão iatrogênica
da via biliar (14,5%), 2 pacientes apresentavam lesão de colédoco por trauma abdominal (4,1%), 2 com pancreatite biliar (4,1%) e 7 com lesão neoplásica
(14,5%). Os sintomas mais frequentes foram, em ordem decrescente de frequência, dor abdominal, náuseas e vômitos, icterícia, febre, distensão abdominal,
prurido, colúria e acolia fecal, perda ponderal. Todos os pacientes do estudo foram tratados cirurgicamente. Conclusão - A LVB é uma patologia de pequena
prevalência que vem apresentando aumento significativo em sua relevância em serviços de saúde, devido à grande morbimortalidade gerada por este quadro.
*UFCG, Paraíba.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
71
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.118
PERITONITE PURULENTA SECUNDÁRIA A ABSCESSO HEPÁTICO PIOGÊNICO ROTO RELATO DE CASO
Pedro Luiz Genaro*, Carlos FERNANDO Filho*, Robson Luiz SILVEIRA*, Flavio MARIN FILHO*
RESUMO - Introdução - Abscessos hepáticos piogênicos de origem criptogênica têm foco inicial obscuro, porém raramente apresentam-se rotos em
cavidade abdominal ao seu diagnóstico. Objetivo - Descrever o caso de uma paciente admitida no Hospital Regional - MS, que apresentou diagnóstico
de abscesso hepático piogênico roto. Casuística - NAS, 62 anos, admitida com quadro de dor abdominal difusa, mais intensa em hipocôndrio direito há
dez dias, com relato de febre e vômitos. Ao exame estava, febril, taquicárdica e taquipneica, com sinais de sepse. Após estabilização inicial, foi realizado
USG e tomografia de abdome, revelando duas imagens sugestivas de abscessos hepáticos em seguimentos III e IV, além de coleções líquidas em cavidade.
Submetida à procedimento cirúrgico videolaparoscópico o qual evidenciou peritonite purulenta e terceiro abscesso hepático roto em seguimento VIII
com drenagem espontânea. Não encontrado outro foco infecioso intra-abdominal. Realizado drenagem dos abscessos e lavagem da cavidade. Método Relato do caso e revisão da literatura. Resultado - Submetida à nova intervenção cirúrgica por laparotomia devido piora clínica, encontrando coleção
purulenta subfrênica e pélvica, com lavagem de cavidade e drenagem fechada. Paciente evoluiu com pneumonia e derrame pleural à direita. Conclusão Abscesso hepático piogênico com rotura espontânea é raro, aumentando a mortalidade. A evolução dos exames de imagem e a intervenção cirúrgica
precoce têm reduzido as taxas de óbito.
*Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul.
TL.C.FIG.P.119
QUAL O LIMITE DE RESSECÇÃO DA VEIA CAVA INFERIOR INFRACARDÍACA NA CAPTAÇÃO
SIMULTÂNEA DE ENXERTOS HEPÁTICOS E CARDÍACOS EM DOADOR FALECIDO?
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Jessé de OLIVEIRA Neto*, José Willian Ferreira LIMA Junior, Bernardo Sabat*,
Paulo Sérgio Vieira de Melo*, Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - A presença simultânea de várias equipes é comum na cirurgia de recuperação dos órgãos. A “disputa” pela VCI infracardíaca
ocorre pela necessidade de uma extensão segura para realização de anastomose pelas duas equipes. Objetivo - Descrever a experiência da retirada
conjunta de fígado e coração e as soluções encontradas para definir o limite da transsecção da VCI. Métodos - Estudo entre os doadores falecidos com
retirada conjunta de fígado e coração onde o autor principal participou entre 2002 e 2012. Resultados - 21 captações foram encontradas. Esternotomia
foi realizada inicialmente em 5 ocasiões. O manuseio do coração levou a hipotensão e bradicardia em 6 casos necessitando de retirada rápida dos órgãos.
Manobra de tração caudal do fígado sempre foi realizada. Inicialmente clampeava-se a VCI na altura do diafragma comprometendo o enxerto hepático.
Pinçamento da VCI há 2 cm do diafragma possibilitou extensão do segmento venoso. Ocorreu desperdício de enxerto hepático em uma situação.
Conclusão - Os limites de transsecção da VCI infracardíaca devem ser norteados, sem conflitos, pelos cirurgiões transplantadores com maior experiência.
*HUOC, Pernambuco.
TL.C.FIG.P.120
RECONSTRUÇÃO DA VEIA HEPÁTICA DIREITA (VHD) INFERIOR CALIBROSA EM ENXERTO
HEPÁTICO DO DOADOR DOMINÓ
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Jessé de OLIVEIRA Neto*, José Willian Ferreira LIMA Junior, Bernardo Sabat*, Paulo Sérgio Vieira de Melo*,
Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - A escassez de órgãos para o transplante impulsiona a busca de novas fontes. Dentre elas, órgãos de doadores vivos com alguma
doença metabólica que são candidatos ao transplante. A PAF é a principal doença estudada nos centros de transplante de fígado. Objetivo -Descrever a
reconstrução de efluxo venoso acessório do enxerto hepático do doador no transplante tipo dominó. Método - Estudo realizado em hospital público nos
pacientes submetidos ao transplante dominó, entre janeiro de 2002 e janeiro 2013. Resultados - Entre os 750 transplantes hepáticos realizados, 9 foram
pares do modelo dominó. Em todos a PAF com TTR 30 foram diagnosticados. A parestesia nos pés estava presente em 8/9. O doador falecido ocorreu
em todos para o doador dominó. Em 2 enxertos hepáticos do doador dominó, VHD inferior acessória de grande calibre (> 1 cm) foi encontrada. Na
reconstrução venosa, optou-se por artéria ilíaca de doador falecido (entre o fígado e a VCI reconstruída de enxerto de veia ilíaca de doador falecido).
Ou seja, além da reconstrução das veias hepáticas com veia ilíaca, foi necessária outra reconstrução com artéria ilíaca, do doador falecido. O enxerto
arterial foi alinhado no sulco da antiga VCI. Apresentou boa evolução. Conclusão - No transplante de fígado dominó, a necessidade de reconstruções
vasculares incomuns, pode ser necessária para viabilizar o procedimento.
*HUOC, Pernambuco.
72
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.121
RELATO DE CASO: DOENÇA CÍSTICA DAS VIAS BILIARES EM ADULTO
Raimundo Rodrygo de Sousa Nogueira Leite*, Benjamin Ramos de ANDRADE Neto*, Francisco André Macêdo Fernandes*,
Cícero Abdon Malheiro Gomes*, Cássio Cortez dos Santos*, Annya Macedo Goes*, Francisco de Assis Costa*,
Olavo Napoleão de Araújo*
RESUMO - Introdução - A Doença Cística das Vias Biliares (DCVB) é bastante rara em adultos. Ocorre mais frequentemente em crianças, mulheres e
asiáticos. A classificação mais aceita é a de Todani que subdivide em cinco tipos. Sua etiologia não é totalmente esclarecida. A principal hipótese defende
seu desenvolvimento a partir de uma junção pancreatobiliar anormal com refluxo de secreção biliopancreática, ocorrendo também cistos congênitos. O
tratamento se baseia na classificação. Objetivo - Relatar um caso de DCVB em adulto e revisar a literatura quanto aos tratamentos específicos para cada
tipo. Relato de Caso - Mulher de 27 anos, com história de dor em abdome superior há um ano. Evoluiu com pancreatite aguda associada a colangite,
tratada clínicamente. Durante a CPRE, evidenciou-se dilatação cística fusiforme de via biliar extra-hepática (VBEH) com numerosos cálculos no seu
interior. Nessa ocasião, foi realizada papilotomia. A colangioresonância confirmou os achados de CC tipo I. A paciente foi encaminhada a cirurgia para
ressecção de VBEH, exploração de vias biliares e reconstrução com hepaticojejunoanastomose. Conclusão - Apesar de raro em adultos, a presença de CC
tipo I, deve ser tratado cirurgicamente com ressecção e reconstrução da via biliar. Porém, a escolha adequada do tratamento depende da classificação,
dos sintomas, da magnitude da cirurgia proposta, risco de complicações e potencial para desenvolvimento de câncer.
*Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.
TL.C.FIG.P.122
RELATO DE CASO: TRATAMENTO CIRÚRGICO DO TUMOR DE KLATINSK
Isabela Klautau Leite Chaves*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Alysson Lopes Rodrigues*,
Luiz Nazareno França de Moura*, Carolina Costa Beckman Nery*, Claudio Claudino Alves Almeida*,
Rômulo José de Lima Veras*, Raquel Sacramento Maués*
RESUMO - Introdução - O tumor de Klatinsk é um colangiocarcinoma da bifurcação dos ductos hepáticos de crescimento agressivo e de prognóstico
reservado. Objetivo - Relatar caso de tumor de Klastinsk submetido à cirurgia. Casuística - Um paciente. Método - Estudo descritivo com informações
obtidas através da consulta com o paciente, da revisão do prontuário e literatura. Resultados - V. M. S., sexo masculino, 48 anos, com ictericia e perda de
peso há nove meses. ultrassonografia do sistema porta: dilatação das vias biliares intra-hepáticas com contornos irregulares estendendo-se ate o plano
da confluencia dos ductos hepaticos, caracterizando imagem nodular hiperecogenica de 3,1 x 2,1 cm. colangiorressonância: Lesão expansiva infiltrativa
centrada no hilo hepático com amputação da confluência dos ductos biliares direito e esquerdo e extensão inferior envolvendo o ducto hepático comum
associado à redução do calibre da artéria hepática direita, hipertrofia dos lobos direito e caudado. anatomopatologia: doença hepatobiliar com padrão
intra-hepático. Foi submebtido a cirurgia. Achado operatório: tumor envolvendo a via biliar principal Bismuth IIIa. Realizou-se, hepatectmia direita
+ colecistectomia + derivação biliodigestiva em y de Roux. Evoluiu bem no pós-operatório. Conclusão - Apesar dos tumores de Klatskin continuarem
sendo desafiadores nos dias atuais e seu manuseio difícil, há a possibilidade de tratamento cirúrgico curativo.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
TL.C.FIG.P.123
RESSECÇÕES DO SEGMENTO I EM ENXERTOS HEPÁTICOS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Bernardo Sabat*, Roberto Lemos*, Paulo Sérgio Vieira de Melo*, Laécio Leitão*, Américo
Gusmão*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Thiago César Fernandes Gomes*,
Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - As inovações técnicas no transplante de fígado permitem a realização do procedimento cirúrgico de modo mais seguro e com
melhores resultados. As ressecções do parênquima hepático vêm permitindo transplantes cada vez mais ousados, como o transplante de segmento
hepático para os neonatos. A redução do enxerto hepático com ressecção de qualquer segmento pode permitir o maior aproveitamento dos órgãos.
Objetivo - Descrever a ressecção do segmento I em enxertos hepáticos. Método - Estudo retrospectivo, realizado em Hospital público do SUS, entre
setembro de 1999 e junho de 2009. Os enxertos hepáticos foram avaliados quanto ao tipo (completo ou parcial) e a modalidade (intervivos, dominó e
doador falecido). Resultados - Entre 335 transplantes de fígado realizados, foram encontrados 6 em que foi necessário ressecar o segmento I. Dois, foram
realizados transplante de fígado intervivos, e três, transplante parcial. Foram 3 em enxertos de doadores vivos e 3 em doadores falecidos. Apenas em
um, foi ressecado pela presença de tumor (adenoma), em doador falecido. Não houve complicações técnicas e sua retirada sempre foi isolada, nunca
associada a ressecção lobar. Conclusão - A ausência do segmento I nos transplantes de fígado parciais (Split-liver, reduzido e intervivos), pode diminuir
as complicações biliares isquêmicas do enxerto hepático.
*HUOC, Pernambuco.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
73
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.124
RUPTURA DE HEMATOMA SUBCAPSULAR HEPÁTICO NA GESTAÇÃO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Paula Francielle Valera Versage*, Ricardo Kenithi Nakamura*,
Caroline Sauter Dalbem*, Mariana Ocampos Galvão*
RESUMO - Introdução - A ruptura de um hematoma subcapsular hepático durante a gestação é uma complicação rara associada a síndromes
hipertensivas como pré-eclâmpsia, eclâmpsia e síndrome HELLP (hemólise, enzimas hepáticas elevadas, plaquetopenia). Incidência de 1 em 45.000
a 250.000 gestantes com mortalidade materna e perinatal entre 59% e 62%, respectivamente. Maior frequência em multíparas, acima de 32 semanas.
Objetivo - Relatar um caso de abdome agudo hemorrágico por ruptura de hematoma subcapsular hepático em gestante. Relato do caso - A.G.A., sexo
feminino, 23 anos, idade gestacional de 29 semanas deu entrada no pronto-socorro com dor abdominal súbita, estável hemodinamicamente. Realizou
RNM que evidenciou hematoma subcapsular de 12 x 5,2 x 3,5 cm em lobo hepático direito com liquido livre na cavidade e elevação de enzimas hepáticas.
Foi realizada cesariana e optou-se pelo tratamento conservador do hematoma com acompanhamento por RNM, monitorização e repouso. A paciente
evolui bem e após nove meses do parto, o hematoma regrediu para 3,4 x 2,1 cm e normalização das enzimas hepáticas. Conclusão - O diagnóstico
de ruptura de hematoma subcapsular deve ser suspeitado em gestantes com dor abdominal súbita e seu tratamento dependerá do quadro clínico. O
tratamento não-operatório deve ser considerado em pacientes estáveis.
*UFMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.FIG.P.125
SÍNDROME DE MIRIZZI - RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Mylena Pessoa Capistrano*, Indy Lopes Batista*, Tácito do Nascimento Jácome*,
Tâmara Maria Vale*, Graziela Cyntia Silva Santos*, Júlio César de Medeiros Dantas*,
Karoline Rayana dos Santos*
RESUMO - Introdução - Síndrome de Mirizzi (SM) consiste na obstrução extrínseca da via biliar por cálculo impactado no ducto cístico/infundíbulo
desencadeando inflamação, espasmo secundário do colédoco, podendo causar erosão, destruição total do ducto biliar, fístulas colecistobiliar. SM
ocorre 0,7-1,4% das colecistectomias (principalmente mulheres > 40 anos), manifestando-se com icterícia obstrutiva, perda ponderal. Objetivo - Relatar
provável caso SM em paciente com suspeita inicial Carcinoma de Vias Biliares (CVB). Método - Utilizou-se prontuário, mediante autorização formal.
Resultado - 79 anos, feminina, com icterícia permanente (3+/4+), colúria e perda ponderal há 3 m. Admitida na emergência por dor abdominal, portando
TC abdominal sugestiva CVB. Submetida à Laparotomia Exploradora, onde não se visualizou tumoração/características neoplásicas vias biliares;
identificaram-se cálculos, erosão em fundo vesícula biliar à via biliar proximal. Realizou-se colecistectomia (com biópsia) e reconstrução bilio-digestiva
em Y-de-Roux. Evoluiu sem intercorrências, com melhora da icterícia obstrutiva, recebendo alta 4° DPO, aguardando resultado histopatológico.
Conclusão - Devido à faixa etária, icterícia obstrutiva e perda ponderal, suspeitou-se CVB (reforçada pela TC). Porém a visualização macroscópica
intra-operatória sugeriu fortemente SM, mudando completamente prognóstico, não devendo ser excluída, principalmente em mulheres > 40 anos;
apenas histopatológico deve excluir neoplasia.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.FIG.P.126
TRANSPLANTE DE FÍGADO COM DOADOR EM CORAÇÃO PARADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Thiago César Fernandes Gomes*,
Raphael Torres*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - A escassez de órgãos para transplantes direciona os esforços para novas fontes. Doadores com coração parado poderiam
aumentar o número de órgãos aceitáveis. Objetivo - Relatar um transplante de fígado com enxerto de doador com coração parado. Métodos - Relato de
Caso. Resultado - MGJ, 60 anos, admitida na UTI com AVCi grave e evoluindo com coma no 5°dia. Confimado morte encefálica e encaminhado para
OPOS. O uso de vasopressores e taquiaritmia foi encontrado no momento da cirurgia de recuperação de órgãos. Apresenta PCR na UTI e é levada para
a cirurgia. Realizado toracotomia esquerda e MC interna. Simultaneamente realizado laparotomia exploradora e canulação vascular para perfusão
dos órgãos (Celsior)®. O tempo entre a PCR e a perfusão foi 23 min. No back- table AHDir anômala foi reconstruída. O receptor apresentou evolução
favorável. Conclusão - Doadores falecidos limítrofes pode permitir a expansão de órgãos para transplantes.
*HUOC, Pernambuco.
74
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.127
TRATAMENTO COMBINADO DE ADENOMA HEPÁTICO ROTO COM EMBOLIZAÇÃO E ALCOOLIZAÇÃO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Ricardo Kenithi Nakamura*, Caroline Sauter Dalbem*,
Paula Francielle Valera Versage*, Mariana Ocampos Galvão*, João Ricardo Filgueiras Tognini*
RESUMO - Introdução - O Adenoma Hepático (AH) é um tumor benigno mais comum em mulheres jovens, associado ao uso de anticoncepcional.
Seu tratamento é cirúrgico pelos riscos de sangramento e malignização, principalmente se maiores de 5 cm. Objetivo - Relatar o caso de uma paciente
com adenoma hepático roto com tratamento por embolização e alcoolização hepática. Relato de Caso - Paciente EPS, sexo feminino, 33 anos, com
queixa de dor abdominal em hipocôndrio direito há 2 dias associado a náuseas e vômitos. Relata uso de anticoncepcionais há mais de 15 anos. Nega
trauma abdominal. TC abdome evidenciando nódulo hepático no segmento VII, medindo 9,5 x 6,1cm com sinais de ruptura com acentuado hematoma
subcapsular, sugestivo de adenoma hepático roto. Foi submetida a laparotomia exploradora e drenagem de hematoma subcapsular. No 6o PO, foi
proposto embolização transarterial utilizando microesferas 300-500 micras. Após 4 dias do procedimento, TC de controle evidenciou necrose de 40%
da lesão. Após 3 meses, foi proposta a alcoolização do tumor hepático, através de punção transcutânea guiada por USG e TC, sem captação do
contraste após o procedimento. Imunohistoquímica com pesquisa de beta-catenina positiva difusamente em padrão de membrana. Conclusão - Casos de
emergência por adenoma hepático roto podem se beneficiar de um procedimento cirúrgico menos agressivo inicialmente e posterior tratamento definitivo
da lesão por embolização e alcoolização.
*UFMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.FIG.P.128
TRATAMENTO DE CISTO DE COLÉDOCO - RELATO DE CASO
Maíra Seabra Federici Teixeira*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*, Augusto José da Silva Albuquerque Cavalcante*,
Isabella Coelho da Matta Machado*, Kelly Renata Sabino*, Marcelo Stacanelli di PAULA*
RESUMO - O cisto de colédoco se caracteriza por um defeito estrutural congênito da via biliar principal. Reportaremos o caso de uma paciente do sexo
feminino, de 57 anos, que apresentou quadro de icterícia, dor abdominal e perda ponderal. Ao exame de imagem foi diagnosticada com cisto de colédoco
tipo II de acordo com a classificação de Todani. O tratamento indicado foi a cirurgia de colecistectomia com excisão do cisto do colédoco e posterior
anastomose hepaticojejuno em Y-de-Roux. Com sua próxima relação com colangiocarcinoma, o acompanhamento deve ser regular. O objetivo desse
relato é descrever sintomas tardios da comorbidade e tratamento. O diagnóstico é importante devido as possíveis complicações durante sua evolução,
sendo a colangite a complicação mais comum, não deixando de lado o risco de obstrução biliar e malignização. O tratamento de escolha é a ressecção
do divertículo, o que fornece ao paciente uma melhor qualidade de vida. Ainda assim há trabalhos que referem neoplasia do ducto biliar mesmo após a
ressecção cirúrgica do mesmo. Com uma média do aparecimento da neoplasia em 9 anos. Consideramos cisto um saco fechado contendo uma membrana
biológica distinta e divisão celular no tecido próximo. Já o diverticulo é um termo utilizado para caracterizar uma evaginaçao semelhante a uma bolsa
e produzido em orgao tubular.
*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.
TL.C.FIG.P.129
TRAUMA DE VIAS BILIARES EXTRA-HEPÁTICAS: RELATO DE CASO
Igor Ferreira Vieira*, Roland Montenegro Costa*, Mariana Dias Zanchetta*, Alexandre de Brito Borges Pimentel*,
Nadia Tomiko Anabuki*, Carlos Alberto Toledo Martinez*, Beatriz Souza Barros*, Ruytemberg Oliveira Rodrigues*,
Sheilane Rodrigues da Silva*
RESUMO - Introdução - As lesões traumáticas de vias biliares são eventos raros, porém complexos e normalmente associados a lesões de outras vísceras.
Sua maior incidência é encontrada no pós-operatório de colecistectomias videolaparoscópicas. Existem poucos dados na literatura sobre epidemiologia
de trauma de vias biliares por ferimento penetrante de abdome. Relato de Caso - Paciente masculino, 16 anos, admitido no Pronto Socorro do Hospital de
Base (DF) com queixa de dor e distensão abdominal há dois dias. Relatava ter sido vítima de perfuração por arma de fogo em hipocôndrio direito, sendo
atendido e submetido à laparotomia exploradora em outro serviço. Ao exame de admissão, foi observado ascite, sem outros achados. À paracentese
diagnóstica foi observado líquido de aspecto bilioso, o que foi confirmado com bioquímica da amostra (coleperitonio). Tomografia computadorizada
de abdome evidenciou apenas líquido livre em cavidade. Foi indicada CPRE que não observou extravazamento de contraste para cavidade abdominal
e parada na progressão do contraste ao nível do colédoco. Foi submetido a nova laparotomia exploradora, em que foi observada lesão completa de
colédoco, apresentando ligadura do coto distal ao fígado. Optou-se pela realização de derivação bilio-digestiva, e colocação de prótese em via biliar para
moldar a anastomose. Paciente recebeu alta no 8º dia pós-operatório sem queixas. Conclusão - Estudos epidemiológicos são necessários para melhor
compreensão desta lesão de difícil manejo.
*Hospital de Base do Distrito Federal - HBDF, Distrito Federal.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
75
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.130
TROMBOSE DE VEIA PORTA POR ONFALITE NEONATAL ASSOCIADA À ANEURISMA DE ARTÉRIA
ESPLÊNICA TRATADA COM EMBOLIZAÇÃO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Paula Francielle Valera Versage*,
Ricardo Kenithi Nakamura*, Caroline Sauter Dalbem*, Mariana Ocampos Galvão*
RESUMO - Introdução - A trombose de veia porta é considerada um evento raro com maior prevalência em pacientes cirróticos. Na criança, a trombose
de veia porta está relacionada com as intercorrências no período neonatal como a onfalite. Objetivo - Relatar um caso de uma paciente com onfalite
neonatal que evoluiu com trombose de veia porta, aneurisma de artéria esplênica gigante e adenoma hepático. Relato de Caso - F.A, sexo feminino, 33
anos, apresentou durante o período neonatal onfalite evoluindo com trombose de veia porta e hipertensão portal segmentar. Na vida adulta, apresentou
dor abdominal e foi realizado exames de imagem, com diagnóstico de aneurisma artéria esplênica gigante e adenoma hepático > 4 cm. Foi realizado
embolização do aneurisma e apesar do adenoma hepático com indicação cirúrgica foi optado, devido hipertensão portal, tratamento com alcoolização.
A paciente apresentou bons resultados e em acompanhamento rotineiro no ambulatório. Conclusão - O tratamento do aneurisma de a. esplênica e do
adenoma hepático devem ser menos invasivos em pacientes com hipertensão portal.
*UFMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.FIG.P.131
TUMOR DE CÓLON EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE FÍGADO: RELATO DE DOIS CASOS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Américo Gusmão*, Jessé de OLIVEIRA Neto*,
Raimundo Hugo Matias Furtado*, Thiago César Fernandes Gomes*, Roberto Lemos*, Laécio Leitão*,
Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - O tumor de cólon é comum na população geral e deve ser rastreada a partir da 4ª década. Com o aumento do número de
transplantes, esses indivíduos começam a apresentar maior longevidade e assim, adquirir as doenças de maior frequência. Objetivo - Descrever 2 casos
de tumor de cólon em receptores de transplante de fígado. Método - Relato de 2 casos. Resultados - 1.masc, 50 anos, natural e procedente de Recife,
transplantado de fígado com doador falecido em 2007, sem intercorrências. Recebe FK, micofenolato e corticoide como imunossupressor. No 2º mês
apresentou obstrução intestinal, sendo submetido a laparotomia, cujo achado foi tumor de ângulo hepático do cólon. Colectomia direita e anastomose
primária foram realizadas. Estudo anatomopatológico confirmou adenocarcinoma, Dukes B. 2.fem, 43 anos, natural e procedente do Rio de Janeiro,
transplantada de fígado em 2007 com dador falecido. Apresentou no pós-operatório imediato infecção por CMV que respondeu ao tratamento com
Ganciclovir. Recebeu alta com 30 dias de pós-operatório e IMS com FK e micofenolato. No 4º dia de pós-operatório de transplante de fígado, durante
colonoscopia de controle, por diarreia, identifica-se lesão ulcerada e 1 cm em sigmoide (adenocarcinoma -BX). Realizada colectomia esquerda com
anastomose primária. Conclusão - Malignidades colônicas são importantes entidades na população transplantada de fígado, sugerindo atenção quanto
ao acompanhamento ambulatorial para as doenças neoplásicas.
*HUOC, Pernambuco.
TL.C.FIG.P.132
VARIZES DUODENAIS EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLÊNICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*,
Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - A hemorragia digestiva alta (HDA) em pacientes com esquistossomose hepatoesplênica é originada por varizes esofagogástricas
na grande maioria das situações de emergência. Localização ectópica de variz sangrante pode dificultar o manejo terapêutico e apresentar evolução
desfavorável. Objetivos - Relatar o manejo dos pacientes com esquistossomose hepatoesplênica com varizes ectópicas, tipo duodenal. Métodos - Estudo
retrospectivo entre pacientes submetidos à esplenectomia e ligadura de veia gástrica em um hospital do SUS - Recife/PE, de janeiro de 2002 a julho de
2013. Resultados - Quatro pacientes foram encontrados entre os quarenta e cinco (operados na emergência) e dez (operados eletivamente). Três eram
homens e a idade variou de 17 a 70 anos. Quanto ao número de sangramentos antes da cirurgia variou de 1 a 14. Hemotransfusão ocorreu em todos
(variou de três a dez concentrados de hemácias). Endoscopia digestiva alta foi realizada mais de uma vez nos quatro pacientes (variou de 2 a 5). A
cirurgia ocorreu em um paciente no primeiro internamento. Esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda ocorreu sem intercorrência e todos
saíram da cirugia sem dreno cavitário. Um paciente precisou de UTI e evoluiu para o óbito no quinto dia pós-operatório por insuficiência renal e
coagulopatia. Conclusão - Pacientes com esquistossomose hepatoesplênica e varizes duodenais sangrantes devem ser precocemente orientados para o
tratamento cirúrgico.
*HR, Pernambuco.
76
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.FIG.P.133
VARIZES GÁSTRICAS SANGRANTES EM PACIENTES COM ESQUISTOSSOMOSE HEPATOESPLÊNICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - A forma hepatoesplênica da esquistossomose pode evoluir com hemorragia digestiva alta (HDA) secundária a varizes de esôfago
ou gástrica. Essas, frequentemente, são refratárias ao tratamento clínico levando os pacientes ao tratamento cirúrgico. Objetivos - Descrever a experiência
com o manejo cirúrgico dos pacientes com esquistossomose hepatoesplênica com varizes gástricas sangrantes. Métodos - Série de casos em um hospital do
SUS - Recife/PE, entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Resultados - Onze pacientes foram operados de emergência. Sete desses eram do sexo feminino.
A idade variou de 15 a 65 anos. Todos com episódios prévios de HDA. Em 7 pacientes a endoscopia digestiva alta programada era obedecida. O uso de
cianoacrilato ocorreu em 4 desses. Hemotransfusão aconteceu em todos os casos (variando de 3 a 8 concentrados de hemácias). Apenas em um paciente a
cirurgia ocorreu no primeiro internamento. A esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda ocorreu com dificuldade em três casos, sendo necessário
drenagem cavitária. Reoperação ocorreu em 2 (hemorragia no leito esplênico e soltura da ligadura da artéria esplênica). Ocorreu óbito em um paciente
(reoperado por hemorragia do leito esplênico evoluiu com coagulopatia, hipotensão e morte encefálica). Conclusão - O tratamento cirúrgico deve ser o
de escolha em pacientes esquistossomóticos com varizes gástricas sangrantes. O retardo da indicação cirúrgica pode proporcionar evolução desfavorável.
*HR, Pernambuco.
ABDOME AGUDO VASCULAR SECUNDÁRIO A MÁ ROTAÇÃO INTESTINAL. RELATO DE CASO
Marina Gabrielle Epstein*, Ariadne Dutra Oliveira*, Leandro Teixeira Rocha*, Stephanie Santin*, Sara Venoso Costa*,
Alexandre Zanchenko Fonseca*, Murillo de Lima Favaro*, Marcelo Augusto Fontenelle Ribeiro Junior*
RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de uma paciente com abdome agudo vascular devido a banda de Ladd. Relato de Caso - BJS, 14 anos, feminino,
natural de São Paulo foi admitida no Hospital Dr Moyses Deutsch com queixa de dor abdominal difusa e vômitos há 3 dias. Negava episódios prévios.
Ao exame encontrava-se febril, taquicárdica FC 120 bpm com abdome tenso, doloroso a palpação difusa e descompressão brusca positiva. Raio-x de
abdome agudo mostrou distensão as custas de delgado. Frente ao quadro clínico foi indicada laparotomia exploradora onde foi evidenciado extensa
necrose de alças de delgado. Identificado brida que fixava o cólon à parede póstero lateral direita do abdome, passando sobre intestino delgado. Realizada
enterectomia com jejunotransverso anastomose. Paciente evoluiu sem intercorrências. Discussão - Os vícios de rotação intestinal têm prevalência de um
caso para 500 nascidos vivos. A Banda de Ladd é uma brida que fixa o cólon à parede póstero lateral direita do abdome. O mesentério se fixa a uma base
estreita, podendo iniciar a torção sobre o eixo da artéria mesentérica superior e, desse modo, levar ao volvo intestinal agudo. O tratamento é cirúrgico
em todos os casos e consiste na secção das bandas fibrosas peritoneais anormais. Conclusão - A apresentação da má rotação intestinal em adolescentes é
rara. Ocorre mais frequentemente em crianças recém nascidas, não podendo descartar esta patologia como causa de abdome agudo em crianças maiores
e adultos.
*UNISA, São Paulo.
TL.C.INT.P.135
ADENOCARCINOMA DE DUODENO
Germana Jardim Marquez1, Andre Rezek Rodrigues1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1, Renata Silva de Mendonça LOUREDO2,
Izabella Cristina Cardozo Bomfim1,Danillo Gomes Leite1,Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino3, Juliano Servato
Oliveira1
RESUMO - Introdução - O tumor primário de duodeno (TPD) é raro, sendo responsável por 0,5% dos tumores do trato gastrointestinal. O adenocarcinoma
é o tipo histológico mais comum, destes os periampulares são os mais frequentes e apresentam perda de peso, anemia e síndrome colestática. O exame
padrão ouro para diagnóstico é a colangioressonância. O tratamento curativo é a duodenopancreatectomia, com sobrevida em cinco anos de 50%. Relato
- Paciente sexo feminino, 50 anos, há cinco meses apresentou icterícia progressiva, colúria, acolia, febre e vômitos. Foi internada sem queixas álgicas com
perda de 14 kg em duas semanas, ocasião em que foi feito diagnóstico de tumor periampular e realizada coledocostomia à Kher devido a grave colestase
e desnutrição. Recebeu alta e, após dois meses de seguimento ambulatorial, foi novamente internada e submetida a cirurgia de Whipple, evoluindo
com fístula no sétimo pós operatório (PO). Iniciada dieta parenteral até introdução progressiva de dieta via jejunostomia. Paciente retorna com dois
meses de PO, assintomática, aceitando dieta via oral e com ganho ponderal satisfatório. Anatomopatológico: Adenocarcinoma bem diferenciado (G1)
acometendo todas as camadas duodenais e cabeça de pâncreas, margens livres e linfonodos negativos. Conclusão - O TPD, apesar de pouco frequente,
deve ser levantado como hipótese para pacientes com síndrome colestática e perda de peso, visto que apresenta comportamento agressivo necessitando
de diagnóstico e tratamento precoce.
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 2Universidade Federal de Goiás; 3Hospital Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiânia, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
77
pôsteres • INTESTINO
TL.C.INT.P.134
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.136
ADENOCARCINOMA DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO
Christian SPINA1, Monica Franco1, Priscila Lara Nogueira2, Aderson Aragão Moura2, José Luiz Motta2,
Nagamassa Yamaguchi2, José Eduardo GonçAlves2
RESUMO – Tumores (TU) malignos de intestino delgado são raros e as manifestações decorrentes desta doença são inespecíficas, dificultando seu
diagnóstico. Objetivo - Relatar caso de paciente com tu de intestino delgado localizado no jejuno. Relato de Caso - ARM, 51 anos, com queixas de fezes
escurecidas, astenia e palidez há 1 ano, sem perda ponderal. Portadora de talassemia minor há 10 a e em uso de ac.fólico. Mãe falecida de câncer de
mama aos 46 anos. Exames complementares: cápsula endoscópica e enteroscopia que evidenciaram lesão vegetante circunferencial estenosante a +-30
cm do Treitz, biopsiada e marcada com nanquim, revelando adenocarcinoma de intestino delgado. TC de abd: espessamento parietal concêntrico e
segmentar da alça entérica jejunal proximal, com 1,5cm de espessura e 3,8cm de comprimento, com linfonodos aumentados em número, de até 0,5 cm
na gordura mesentérica perijejunal. Realizada enterectomia segmentar com +-15cm de margem e anastomose primária manual, por via laparotômica,
com anatomopatológico da peça evidenciando adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado (pT3N0(0/8)Mx). Após a cirurgia, a paciente
evoluiu sem intercorrências. Conclusão - Tumores malignos de intestino delgado são incomuns, possuem queixas inespecíficas, necessitando de Métodos
diagnósticos auxiliares, como a cápsula endoscópica, enteroscopia e tomografia computadorizada (utilizada para o estadiamento). A cirurgia é o
tratamento utilizado, podendo ser acompanhada de quimioterapia adjuvante.
UNICID; 2IAMSPE, São Paulo.
1
TL.C.INT.P.137
APENDICITE AGUDA: APRESENTAÇÃO INCOMUM DE UMA PATOLOGIA CIRÚRGICA HABITUAL
Caroline Sauter Dalbem*, Thiago Franchi Nunes*, Fabio Colagrossi Paes Barbosa*,
Mariana Ocampos Galvão*, Paula Francielle Valera Versage*, Ricardo Kenethi Nakamura*,
Magali da Silva Sanches MACHADO*
RESUMO - Introdução - A apendicite aguda é uma urgência cirúrgica comumente encontrada na prática diária. Seu diagnóstico e o tratamento cirúrgico
precoce influem diretamente no prognóstico dessa patologia. Objetivo - Relatar apresentação incomum de um caso de apendicite aguda. Relato de
Caso - A.V.S. feminino, 22 anos, relatando dor abdominal há 12 dias, epigástrica tipo cólica com irradiação para região lombar bilateral, predominante
à direita, associada a náuseas e febre aferida. USG abdominal revelando nefrolitíase bilateral com dilatação pielocalicial à direita. Ao exame físico o
único achado abdominal relevante; Giordano positivo à direita. Iniciado antibioticoterapia devido quadro compatível com pielonefrite. Nas 24 horas
subsequentes a paciente evoluiu com sinais de sepse. Realizado TC de tórax e abdome que evidenciou pneumomediastino, retropneumoperitôneo e
pneumoperitôneo. Submetida a laparotomia exploradora que evidenciou apêndice retrocecal em fase supurativa com perfuração de sua base e drenagem
para retroperitôneo. Durante pós-operatório a mesma evoluiu com abscesso abdominal, pneumonia hospitalar e empiema pleural. A evolução do
caso foi satisfatória e a paciente recebeu alta hospitalar no 54º DPO. Conclusão - O diagnóstico de apendicite aguda é clínico e o cirurgião deve estar
constantemente atento para as diferentes apresentações clínicas da doença; podendo assim realizar o tratamento cirúrgico o mais precoce possível
evitando maiores taxas de morbimortalidade.
*UFMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.INT.P.138
COLECISTITE AGUDA ALITIÁSICA COMO CONSEQUÊNCIA DE VASCULOPATIA ISQUÊMICA
Liliane Lusvardi Barroso*, Renato de Mesquita Tauil *, Alexandre Marotta*,
Eduardo Fortes de Albuquerque*
RESUMO - Relato de Caso objetivando demonstrar o efeito isquêmico como causa de colecistite aguda alitiásica. Paciente feminina de 77 anos
com presença de vasculopatia abdominal com diagnóstico prévio evoluindo com dor abdominal difusa associada à síndrome infecciosa. Tomografia
demonstrou vesícula distendida com paredes espessadas e lesão hipoatenuante em baço. Realizada laparotomia exploradora com achado de colecistite
aguda alitiásica e infarto esplênico. Buscamos associação com esse relato da isquemia como parte da etiologia da colecistite aguda alitiásica.
*HRVP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.139
COLEDOCOLITÍASE E PANCREATITE AGUDA ASSOCIADOS À DIVERTÍCULO PERIPAPILAR
Gabriel Marques Favaro1, Tiago Franco VILELA FILHO1, Felipe Toyama AIRES1, Fernanda Fernandes AUDI1,
Matheus Romualdo Larindo Silva1, Marco Antônio Buch Cunha2, Munir CHARRUF1, Mirella de Fátima FUKUDA1
RESUMO - Paciente sexo feminino, 82 anos, com história de dor em abdome superior com irradiação para dorso há 2 dias, associada a náusea e vômito.
Ao exame físico, ictérica, abdome doloroso sem sinais de peritonite. Exames laboratoriais mostraram discreta leucocitose, bilirrubinas total 3,8 e direta
2,9 e amilase 710. A ultrassonografia evidenciou dilatação do ducto colédoco e imagem sugestiva de cálculo em seu interior, achados compatíveis com
pancreatite aguda e ausência de litíase vesicular. Optou-se pela realização de CPRE que mostrou compressão extrínseca direta do ducto colédoco distal
por divertículo duodenal peripapilar. Realizado varredura da árvore biliar com extração de dois cálculos. A paciente evoluiu com melhora clinica
e normalização dos exames laboratoriais com tratamento clínico. Acompanhamento ambulatorial por seis meses sem intercorrências. O divertículo
duodenal peripapilar é comum, assintomático e, usualmente, um achado incidental em exames de imagem do trato gastrointestinal superior, sendo
encontrado em até 25% deles. A incidência aumenta com a idade e sua correlação com doenças bilio-pancreáticas é bem discutida na literatura, porém
sua associação é controversa. O divertículo duodenal geralmente não requer tratamento específico. Tratamento cirúrgico é preconizado apenas em
vigência de complicações como hemorragia, perfuração, diverticulite, pancreatite e coledocolitíase recorrentes, presentes em aproximadamente 1 a 2%
dos casos de divertículos duodenais.
1
Serviço de Cirurgia Geral - Hospital Ana Costa; 2Serviço de Endoscopia - Hospital Ana Costa, São Paulo.
TL.C.INT.P.140
EVISCERAÇÃO VAGINAL DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Y. Seimaru*, Jose
Henrique Carneiro da Cunha Filho*, Mario Henrique Grilo*
RESUMO - Introdução - A evisceração vaginal é uma emergência médica que necessita de reconhecimento rápido e requer intervenção cirúrgica imediata.
Foi descrita pela primeira vez em 1907 por McGregor, desde então 85 casos de evisceração de intestino delgado foram documentados pelo mundo. Os
principais grupos de risco são mulheres na pós-menopausa, idade avançada, histórico de cirurgias ginecológicas, multiparidade, presença de enterocele.
Resultados - Relato sobre evisceração vaginal espontânea, em uma paciente com 81 anos, com antecedente de 2 perineoplastias prévias, admitida com queixa
de saida de conteúdo intestinal pela vagina após esforço físico, apresentando protusão dolorosa de intestino delgado por via vaginal. No exame pélvico,
notou-se protusão de 40 cm de intestino delgado com meso pelo intróito vaginal, com coloração de nitido sofrimento vascular. Optado por abordagem
tanto perineal quanto abdominal, sendo realizada enterectomia por via vaginal com grampeador TLC-75 mm do intestino eviscerado que não apresentava
viabilidade, e não foi possível a redução manual. Por via abdominal foi realizado enteroanastomose, após redução do restante do conteúdo intestinal
eviscerado, com sutura mecânica e perineoplastia por via abdominal. Conclusão - A realização de enterectomia ou não, depende do tempo de evolução e
sofrimento de intestino herniado, somado a presença de enterocele, mesmo que mínima, pode determinar necessidade de incisão abdominal.
*Hospital Regional do Vale do Paraíba, São Paulo.
TL.C.INT.P.141
EVOLUÇÃO DE PACIENTES SUBMETIDOS À LAPAROTOMIA EXPLORADORA DE EMERGÊNCIA POR
ISQUEMIA MESENTÉRICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*, Levi Cezar de Castro
Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - A isquemia mesentérica é uma catástrofe abdominal com evolução desfavorável quase certa. A necrose intestinal é o achado
mais frequente e que adiciona maior mortalidade. Objetivos - Descrever o manejo, o tratamento e a evolução dos pacientes com isquemia mesentérica
operados de emergência. Métodos - Estudo retrospectivo entre pacientes adultos submetidos à cirurgia de emergência por isquemia mesentérica em um
hospital do SUS - Recife/PE, de janeiro de 2002 até junho de 2013. Resultados - Vinte e oito pacientes foram avaliados, sendo 18 do sexo masculino. A
idade variou de 47 a 86 anos. Radiografia de abdome foi realizada em 18 pacientes e pneumoperitônio foi encontrado em 2. Choque na admissão foi
encontrado em 7 (PAS < 90 mmHg, Lactato ≥ 3; BE ≥ - 6 mmol/L). Isquemia esplâncnica foi encontrada em 3; do intestino médio, em 10; do intestino
posterior, em 5; e segmentar, em 10. Ressecção segmentar, colectomia direita e esquerda, ressecção de todo delgado (associada ou não com colectomia
total) foram as cirurgia realizadas. Em 8 pacientes foi realizado o “open close”. Dez pacientes evoluíram para óbito em 12 horas após a cirurgia. Oito
pacientes foram reoperados com nova isquemia e evoluíram para o óbito. Evolução favorável ocorreu em 10 pacientes (todos com isquemia segmentar).
Conclusão - A idade avançada associada com comorbidades e um diagnóstico tardio proporciona uma elevada mortalidade nos pacientes com isquemia
mesentérica com necrose intestinal.
*HR, Pernambuco.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
79
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.142
FÍSTULA ESPONTÂNEA
Thaysa Lorranne Fernandes de Lima*, Natália Maira Resende*, Daniel do Nascimento ANTÔNIO*,
Iure Kalinine Ferraz de Souza*
RESUMO - Introdução - Trata-se de um relato de Caso de fístula entero-entérica espontânea. As fístulas entero-entéricas são geralmente encontradas
no contexto pós-operatório. As fístulas enteroentéricas espontâneas são de ocorrência rara. Metodologia - Revisão da literatura sobre o caso.
Resultados - Paciente de 59 anos, apresentando ferida de aproximadamente 1 cm de diâmetro na região da fossa ilíaca direita, há dois anos. O quadro
se iniciou com anorexia, febre e dor abdominal intensa, com melhora parcial após uso de dipirona. Inicialmente, a lesão apresentou-se pruriginosa,
com drenagem de secreção hialina e ao longo do tempo tornou-se amarelada. Há aproximadamente seis meses, começou a drenar secreção fecalóide
e gases. Ao exame abdominal, ausência de sinais de irritação peritoneal; dor generalizada, mais intensa a direita; massa palpável na região da fossa
ilíaca direita com presença de fístula êntero-cutânea com drenagem de secreção ora fecalóide, ora purosanguinolenta. Realizado fistulografia que
revelou comunicação entre a superfície externa com o apêndice vermiforme. A laparotomia revelou fístula de apêndice retrocecal para o flanco
direito. Realizada hemicolectomia direita e anastomose íleo-transverso. Discussão - As etiologias mais frequentemente envolvidas às fístulas enteroentéricas nessa região são as doenças inflamatórias intestinais, as neoplasias e a diverticulite. Conclusão - O diagnóstico final foi de uma apendicite
complicada pela formação da fístula.
*UFOP, Minas Gerais.
TL.C.INT.P.143
FÍSTULAS COLECISTODUODENOCOLÔNICAS: RELATO DE CASO
Diogo Milioli Ferreira*, Mirla Fiuza DINIZ*, Iure Kalinine F. Souza*, Thiago Carneiro Machado*,
Afonso Cândido da S. Filho*
RESUMO - Fístulas bilio-digestivas podem se formar entre qualquer parte do sistema biliar extra-hepático e parte adjacente do trato gastrointestinal.
Essas fístulas são usualmente sequelas ou complicações de colelitíases de longa duração, sendo mais comum de ocorrerem entre a vesícula biliar e o
duodeno (Munene, et al, 2006). Fístulas envolvendo a vesícula biliar, duodeno e cólon são extremamente raras (Nemhauser, Thompson, 1965), havendo
poucos casos relatados na literatura mundial. Apresentamos o caso de uma mulher, 67 anos, cuja queixa principal era de dor em hipocôndrio direito
há 3 anos, sem vômitos. Nos últimos 4 meses houve piora da dor, que se tornou mais frequente e mais intensa. Ao exame físico apresentava abdome
plano, flácido e indolor a palpação. A ultrassonografia revelou dilatação difusa da árvore biliar, colédoco de calibre aumentado (8.3 mm), vesícula biliar
colabada e com ponto ecogênico de 3,4 mm, sugestivo de cálculos. A paciente foi submetida a videolaparoscopia para colecistectomia, mas durante
o procedimento cirúrgico foi observada aderência firme entre o cólon e o fundo da vesícula biliar, que impossibilitou a ressecção da mesma. Houve
conversão do método para laparotomia a Kocher, na qual observou-se fístulas colecisto-colônica e colecisto-duodenal no fundo e no corpo da vesícula,
respectivamente. Realizou-se colorrafia e duodenorrafia em dois planos e posterior exérese da vesícula biliar. No pós-operatório a paciente evoluiu bem,
sem intercorrências e com melhora da dor.
*UFOP, Minas Gerais.
TL.C.INT.P.144
GIST DE DELGADO COMO CAUSA DE HEMORRAGIA DIGESTIVA - 3 CASOS
Renato de Mesquita Tauil1, Alexandre Marotta1, Eduardo Fortes de Albuquerque1,
Vinicius Cordeiro da Fonseca2
RESUMO - Introdução - A hemorragia digestiva de origem no intestino delgado e rara, sendo uma de suas causas o GIST, e seu diagnostico feito
muitas vezes apenas na Laparotomia Exploradora. Objetivo - Relatar 3 casos de hemorragia digestiva de origem em GIST de delgado. Relato dos casos
- Caso 1 - Paciente jovem e higido internado com quadro de melena que depois se transformou em enterorragia. EDA e Colono normais. Recebeu no
total 8 concentrados de hemacias, no ato operatório observado GIST de delgado com grande quantidade de sangue a partir deste. Caso 2 - Homem,
72 anos, com quadro de HDB, referindo vinte episódios semelhantes prévios, EDA normal; colono com diverticulos em cólon esquerdo com sinais
de sangramento recente. Optado por cirurgia e observado extenso GIST a 100 cm da válvula ilido cecal. Caso 3: Mulher de 82 anos, com quadro de
enterorragia maciça, com EDA e cólon normais. Recebeu no total 14 concentrados de emacias e observado GIST de delgado na cirurgia. Conclusão - O
GIST de delgado, apesar de raro, deve ser lembrado como causa de hemorragia digestiva principalmente quando as causas mais freqüentes sao excluídas
por endoscopia digestiva alta e baixa.
1
Hospital Regional do Vale do Paraiba; 2HCFMUSP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.145
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA MACIÇA POR DOENÇA DIVERTÍCULO EM JEJUNO
Gustavo Rodrigues Bezerra*, Ana Carolina Oliveira*, Anselmo Fernandes Rezende de Oliveira*, Frederick BUTTS*,
Viviane Tiemi KENMOTI*, Diogo Veiga GARBELINI*, Flávio Mendes de FREITAS*, Edson OSHIRO*
RESUMO - Introdução - A doença diverticular (DD) do intestino delgado tem prevalência de 0,3-1,9% no qual 20-25% se localiza no jejuno e acomete
preferencialmente homens e idosos. Objetivos - Relatar um caso de Hemorragia Digestiva Baixa (HDB) por DD em jejuno. Relato de Caso - Paciente
J.A.L., feminina, 67 anos, foi admitida no pronto socorro do Hospital Oswaldo Cruz, em Palmas-TO, com episódios de enterorragia franca e dor
abdominal há 24 horas. Desenvolveu choque hipovolêmico e foi encaminhada para unidade de terapia intensiva. Após suporte hemodinâmico e
estabilidade, precedeu-se com exames de endoscopia que excluiu hemorragia digestiva alta, e de videocolonoscopia a qual evidenciou HDB proveniente
do intestino delgado. Em seguida foi realizada uma arteriografia mesentérica que não localizou o local do sangramento. Com o retorno da instabilidade
hemodinâmica, a conduta foi laparotomia exploradora que evidenciou divertículos jejunais, que foram retirados com o ressecamento segmentar. Apesar
de todos os cuidados no pós-operatório, a paciente evoluiu para o choque séptico e disfunção múltipla dos órgãos após 12 dias de internação. Discussão
- A HDB é uma rara complicação da DD associada a uma alta taxa de mortalidade. A fonte de sangramento não é identificada em até 30-40% dos casos
por exames de imagens. A instabilidade hemodinâmica não responsiva a suporte é indicação de cirurgia de emergência. Conclusão - Apesar do manejo
segundo a literatura o desfecho de uma HDB pode ser negativo.
*UFT, Tocantins.
TL.C.INT.P.146
HÉRNIA ATRAVÉS DO FORAME DE WINSLOW – RELATO DE CASO
Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*, Jorge Francisco Soto VILLALBA*, Fábio Galvão VIDAL*, Fábio da Silva CARLI*,
Adolfo Jose Chang JIMENEZ*, Fernanda Saturnino Cardoso*, Marcel Rizeti Barbosa*
RESUMO - Introdução - Hérnias através do forame de Winslow são raras, representando menos de 0,1% de todas as hérnias abdominais, e
correspondem a 8% de todas as hérnias internas, estando relacionadas em 0,5% até 4,1% dos casos de obstrução de intestino delgado. Objetivo
- Descrever caso clínico de paciente com hérnia de íleo distal através do forame de Winslow, ocasionando quadro de abdome agudo obstrutivo e
isquemia intestinal. Casuística e Método - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - Paciente masculino, 58 anos, brasileiro, apresentando
há 3 dias dor abdominal, parada de eliminação de flatos e fezes, distensão abdominal, náuseas e vômitos fecalóides. Estável hemodinamicamente, sem
sinais de sepse. Radiografia de abdome demonstrando obstrução de intestino delgado. Paciente conduzido como abdome agudo obstrutivo, e após 12
horas de insucesso no tratamento clínico submetido à laparotomia exploradora, que evidenciou herniação de 80 cm de íleo distal através do forame
de Winslow, com isquemia de alças. Realizada redução da hérnia, enterectomia do segmento isquemiado e entero-anastomose término-terminal. Boa
evolução no pós-operatório, recebendo alta 8 dias após o procedimento. Conclusão - Embora rara, a hérnia interna através do Forame de Winslow
deve ser incluída no diagnóstico diferencial de pacientes com abdome agudo, principalmente obstrutivo, sendo o diagnóstico precoce e intervenção
cirúrgica rápida fatores de melhores resultados.
*HRMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.INT.P.147
HÉRNIA DE GARENGEOT ENCARCERADA – RELATO DE CASO
Eduardo Camargo Silva1, Rinaldo Antunes Barros1, Thereza Christina Valois MONTERROYOS1, Ricardo Silva Torres1,
Rodrigo Gonçalves Dantas1, Caio Santos HOLANDA1, Gabriel Oliveira Souza Lima1, Marcos Vinícius Tonhá Rodrigues2
RESUMO - Introdução - Hérnia Abdominal é uma massa circunscrita, formada por um órgão ou parte dele, que se projeta da cavidade que o contém
por um orifício natural ou acidental, podendo ser classificada em diafragmática, epigástrica, umbilical, inguinal e femural. Dentre as complicações
da hérnia, quando, não redutível é caracterizada como encarcerada e, por sua vez, quando esta associada ao comprometimento da vascularização
do conteúdo herniário, caracteriza-se como estrangulada. Objetivo - Relatar um caso clínico de uma paciente com Hérnia de Garengeot encarcerada.
Relato de Caso - A.Q.S. 47 anos, admitida no Hospital Clériston Andrade com dor inguinal direita de forte intensidade associada a abaulamento local
irredutível com flogose, diagnosticando hérnia femural encarcerada. Realizou cirurgia de urgência, notando-se anel herniário em orifício femural com
saco herniário contendo apêndice no seu interior, seguida de apendicectomia com correção do processo herniário. Discussão - Rene Jacques Croissant
de Garengeot, em 1731, descreveu o 1º caso de Hérnia Femoral contendo apêndice no seu interior. Hérnia de Garengeot é uma patologia cirúrgica rara
que trás dúvidas diagnósticas quanto à associação de sintomas de hérnia femoral encarcerada e apendicite, podendo comumente retardar o tratamento
aumentando a morbidade do quadro. Conclusão - Este relato de Caso torna-se relevante devido à raridade da incidência da patologia descrita, assim
como para manifestações atípicas de apendicite aguda.
1
HGCA; 2EBMSP, Bahia.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
81
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.148
HÉRNIA DO OBTURADOR - CAUSA RARA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL
Eduardo IARED*, Camila Campos PADOVESE*, Mauricio Alves Ribeiro*, Andreia MANSOUR*, Fabio Gonçalves Ferreira*,
Roberto de Moraes CORDTS FILHO*, Elisa Maria de Camargo Aranzana*
RESUMO - A hérnia do Obturador é um tipo de hérnia extremamente rara que ocorre devido ao enfraquecimento da membrana que recobre o canal
do obturador, que é formado pela união dos ossos púbis e ísquio. Relatamos caso raro de hérnia do obturador encarcerada causando abdome agudo
obstrutivo tratada em nosso serviço. Paciente de 70 anos, deu entrada no serviço de emergência com distensão abdominal importante associado a
vômitos. No exame físico inicial apresentava distensão porem sem evidencias de herniações. Realizou tomografia de abdomen que evidenciou dilatação
de alças de intestino delgado e protusão de alça de delgado através do forame obturador esquerdo. Realizado tratamento cirúrgico utilizando-se tela de
polipropileno para correção do defeito. Paciente apresentou boa evolução pós-operatória. A hérnia do Obturador é um evento raro (< 1% de todas as
hérnias), mais comum em mulheres (6:1 em relação aos homens, em torno da sexta década de vida. Por ser incomum, seu diagnóstico precoce é raro,
apresentando elevada mortalidade (10-40%). Relatamos este caso devido à raridade como causa de abdome agudo obstrutivo.
*HMSC – SP, São Paulo.
TL.C.INT.P.149
INTUSSUSCEPÇÃO INTESTINAL CAUSADA POR LEIOMIOMA DE INTESTINO DELGADO: UM RELATO
DE CASO
Raimundo Rodrygo de Sousa Nogueira Leite*, Benjamin Ramos de ANDRADE Neto*, Darlan Alves de Araújo Júnior*,
Italo Silveira SAMPAIO*, Annya Macedo Goes*, Olavo Napoleão de Araújo Júnior*, José Jerônimo Coelho da Silva*,
Lucas Machado Gomes de Pinho PESSOA*
RESUMO - Introdução - Intussuscepção intestinal (II) é uma entidade mais comum em crianças e rara em adultos. A sua etiologia varia com a faixa
etária, sendo neoplasia a principal causa em adultos. Nestes são causa infrequente de obstrução intestinal (OI), tendo a ressecção cirúrgica do segmento
acometido como o tratamento padrão. Objetivo - Apresentar um caso de II causada por leiomioma (LM) de intestino delgado (ID) em adulto e revisar
a literatura quanto etiologia e tratamento. Relato - Sexo feminino, 68 anos, com quadro de dor abdominal tipo cólica, constipação e perda ponderal
não mensurada com seis meses de evolução. Procurou a emergência com agudização das queixas álgicas, distensão abdominal e vômitos fecalóides,
desidratada e estável hemodinamicamente. As Radiografias de emergência apresentavam alterações de OI com padrão de ID. Optado por laparotomia
exploradora com achado de II em íleo a um metro de válvula ileocecal, sendo realizado enterectomia com margens e anastomose primária. Evoluiu com
infecção de ferida cirúrgica, com alta no 21 dia de pós operatório. O histopatológico evidenciou padrão de células fusiformes de baixa atividade mitótica
em parede do ID. Na Imunohistoquimica encontramos Ki67 positivo, CD117, CD34 e os demais marcadores estudados negativos mostrando tratar-se
de um LM. Conclusão - Apesar de rara, II é causa de OI em adultos, tendo LM como etiologia de base infrequente, devendo ser tratado com cirurgia e
ressecção do segmento intestinal acometido.
*Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.
TL.C.INT.P.150
INTUSSUSCEPÇÃO JEJUNO-GÁSTRICA PÓS GASTRECTOMIA PARCIAL – RELATO DE TRÊS CASOS
Iara Alves Coelho SGANZELLA*, Valdeir Fagundes de Queiroz *, Eduardo Lemos de Souza BASTOS*,
Aleixo Silva Neto*, Jefferson Ferreira de ARAUJO*, Samuel Cavalieri Pereira*,
Arthur Camargo BARBERIO*
RESUMO - Introdução - A intussuscepção jejuno-gástrica é uma complicação rara e grave que pode ocorrer em pacientes submetidos à gastrectomia
parcial ou gastroenteroanastomose. Objetivo - Relatar três casos de intussuscepção jejuno-gástrica pós gastrectomia parcial. Material e Método - Foi
realizado estudo retrospectivo de três pacientes com intussuscepção jejuno-gástrica, com idades entre 37 e 69 anos, sendo dois do sexo masculino e um
feminino, operados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Marília. Os pacientes apresentavam histórico de gastrectomia parcial com
anastomose tipo Bilroth II e intervalo pós- operatório entre 8 e 30 anos. Foram internados com quadro de dor, vômitos e distensão abdominal, e evolução
entre 2 e 4 dias. O diagnóstico da intussuscepção jejuno-gástrica foi realizado por meio de radiografia contrastada (“EED”) e endoscopia digestiva alta.
Resultados - O diagnóstico da intussuscepção jejuno-gástrica foi confirmado nos 3 casos, associado à obstrução intestinal a jusante por bridas em dois
casos e fitobezoar em um. Foi realizada laparotomia exploradora, optando-se por desfazer manualmente a intussuscepção e tratar a obstrução intestinal.
O tratamento cirúrgico foi resolutivo em todos os casos com evolução pós-operatória sem complicações. Conclusão - Intussuscepção jejuno-gástrica pósgastrectomia parcial constitui-se em uma urgência cirúrgica, que pode ocorrer quando há obstrução intestinal a jusante.
*FAMEMA, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.151
INTUSSUSCEPÇÃO JEJUNOJEJUNAL POR LEIOMIOMA DE DELGADO
Mauricio Alves Ribeiro*, Paulo Henrique Fogaça de Barros*, Caio Gustavo Gaspar de Aquino*,
José Gustavo PARREIRA*, Jaqueline A Giannin PERLINGEIRO*, José Cesar ASSEF*
RESUMO - Os tumores de delgado são raros, entre os tumores malignos de delgado o os mais frequentes são: linfoma, GIST e o Adenocarcinoma.
Entre os tumores benignos os hamartomas e os adenomas são mais comuns. O diagnóstico pode ser feito por cápsula endoscópica, tomografia ou
enteroscópio com duplo balão. Apresentamos caso de paciente do sexo feminino, 59 anos, admitido no serviço de emergência com dor abdominal e
vômitos há 20 dias. No exame físico apresentava abdômen globoso, flácido, sem sinais de peritonite. Hemograma e gasometria normais. Insuficiência
renal e PCR 7,1. Realizou USG que evidenciou imagem sugestiva de intussuscepção intestinal provavelmente de cólon, confirmada por tomografia.
Submetida a laparotomia exploradora com intussuscepção jejujojejunal a 30 cm do ângulo de treitz. Realizado enterectomia segmentar com enteroentero anastomose. O anatomopatológico diagnosticou leiomioma em parede entérica (CKit negativo, CD34 negativo, PS100 negativo e Ki67<1%.
Apresentou boa evolução pós-operatória com alta no quarto pós-operatório. Relatamos o presente caso devido sua raridade e dificuldade em realizar
o diagnóstico.
*FCMSCSP, São Paulo.
TL.C.INT.P.152
ÍLEO BILIAR - RELATO DE CASO
Bruna Gonçalves Sena Pinheiro1, Francinaldo Gonçalves Sena2
RESUMO - Introdução - O Íleo biliar é enfermidade rara decorrente basicamente de uma comunicação anormal entre a via biliar e o tubo digestivo,
secundária a uma colecistite que permite a migração de um cálculo biliar volumoso para a luz entérica. Mais frequente em idosos a partir dos 70
anos e em mulheres, pela maior incidência de litíase. Objetivo - Relatar o caso de um paciente acometido por Íleo-biliar. Casuística - Paciente, sexo
feminino, 27 anos, deu entrada no hospital com quadro clínico de Abdome Agudo Obstrutivo (dor abdominal difusa, náuseas, vômito, parada da
eliminação de fezes e de flato). Foi submetida à laparotomia exploradora, na qual foi possível visualizar um Cálculo Biliar impactado no Íleo terminal,
o que fechou o diagnóstico de Íleo-biliar. Realizou-se a retirada com cálculo com enterectomia segmentar, entero enterro anastomose e exploração
de vias biliares. A paciente teve boa evolução e sai de alta no 4º PO. Método - As informações foram obtidas por meio do acompanhamento da
cirurgia realizada, revisão do prontuário, supervisão médica e revisão da literatura. Conclusão - O conhecimento prévio deste quadro é de grande
importância, principalmente em atendimentos de urgência e emergência, pois o tratamento é eminentemente cirúrgico e a incidência de diagnóstico
no pré-operatório é relativamente pequena. O tipo de tratamento cirúrgico e sua abordagem com colecistectomia e correção das fístulas ou não
dependerão de vários fatores.
1
UFPA; 2Orientador, Pará.
TL.C.INT.P.153
ÍLEO BILIAR E A CONDUTA ADEQUADA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL NA EMERGÊNCIA
Gabriel Maranhão Silva1, Giulia Dal Cin ZANQUETTO1, Gabriela Rodrigues Santos1,
Mariana Rezende da Silva HASSAN1, Danielle Mendonça Andrade1, Luan Fellipe Bispo Almeida2,
Bruna NOVIELLO1, Marco Antônio de Jesus Nascimento2
RESUMO - A obstrução intestinal ainda é um mito para muitos médicos. Ela gera um desequilíbrio ácido base e hidroeletrolico levando a queda do
estado geral. O íleobiliar representa só 2% destes quadros, ocorre nos > 65 anos, com cálculo > 2,5 cm ou múltiplos cálculos, por ser mais insidiosa não
icterica. Metodologia - Relato de Caso aos moldes transversais. Objetivo - Estabelecer a conduta e diagnóstico de obstrução intestinal na emergência.
Relato de Caso - dor abdominal há 15 dias, em flanco direito, sem melhora com analgésicos, associado a desidratação importante, náuseas e vômitos,
estase gástrica, oligúria, distensão abdominal, com posteriori parada de eliminção de gazes e fezes e grande irritação peritoneal. Pct já sabia ser portadora
de Colelitiase, havia procurado Serviço PS no inicio sendo liberada, pois a obstrução só foi súbita pós 10 dias do inicio do quadro. Deu entrada no
Serviço de Cirurgia com Leucocitose de 25.000 7% de bastões, com confusão mental e queda do estado geral. Foi submetida à laparotomia exploradora
que detectou um íleobiliar, procedeu-se com uma entero-entero anastomose e devido a queda do estado geral a colecistectomia ficou para 2º tempo,
fez 15 dias de ciprofloxacino e metronidazol. Discussão - É mandatório H.V vigorosa, correção da gasometria, cateterização nasogástrica e vesical. A
antibioticoterapia sempre indicada associação de ciprofloxacino e metronidazol. No íeobiliar a cirurgia é mandatória - derivações bilio-digestiva em
especial a em Y-Roux.
1
UNIFESO; 2UFS, Rio de Janeiro.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
83
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.154
LINFOMA DE BURKITT COM ACOMETIMENTO DO TRATO GASTROINTESTINAL: RELATO DE CASO
Vanessa Rodrigues Costa1, Marina Rodrigues Costa2, Lásaro André Leite Costa1,
Diego Carlo Pereira Fernandes dos ANJOS1, Márcia Regina Amaral Ribeiro1, Marcelo Gonçalves Sousa1,
Luís Fábio Botelho1
RESUMO - Introdução - O Linfoma de Burkitt pertence ao grupo dos linfomas altamente agressivos, frequentemente apresentando acometimento
de sítios extranodais. Apresenta intensa proliferação celular e possui uma progressão extremamente rápida. Objetivo - Alertar para a necessidade do
conhecimento à respeito da evolução rápida do Linfoma de Burkitt por parte dos cirurgiões do aparelho digestivo, para que, sabendo da agressividade do
tumor, encaminhem com eficiência esse tipo de paciente para um serviço capaz de dar suporte e promover a cura para esses casos. Relato de Caso - ABS,
masculino, 26 anos, com quadro de dor abdominal em região periumbilical associada à febre. A TC de abdome revelou espessamento parietal difuso e
irregular na região ileocólica associada à lesão expansiva, sendo optado por uma abordagem cirúrgica. O laudo do AP revelou Linfoma Não-Hodgkin de
células de médio e grande porte. A Imunohistoquímica foi compatível com Linfoma de Burkitt. O paciente obteve alta hospitalar e não foi encaminhado
nem recebeu orientação com relação à necessidade de imediata realização de QT. Após passar por vários serviços sem que fosse instituída a conduta
adequada, foi encaminhado à Hematologia, onde foi iniciado o tratamento curativo de escolha, esquema CODOX-M +IVAC. Conclusão Os Linfomas
possuem agressividade e evoluções diversas, sendo imprescindível que a comunidade médica em geral tenha esse conhecimento.
UFPB; 2UFC, Paraíba.
1
TL.C.INT.P.155
MELANOMA INTESTINAL PRIMÁRIO: RELATO DE UM CASO
Guilherme Andrade Lemes1, Gabriel Mendes Andraos1, Daniel Paiva Margalhães1, Thiago David Aves Pinto1,
Sebastião Alves Pinto1, Orlando Milhomem Mota2
RESUMO - Introdução - O Melanoma é uma malignidade com altas taxas de mortalidade. Pode se metastatizar para qualquer órgão, inclusive
o trato gastrointestinal, que segue como uma ocorrência pouco comum. Embora dados de autopsia revelem achados de 50% de metástases para
o trato gastroenterico clinicamente essas metastazes são diagnosticadas em apenas 5% dos casos. Quando se trata de um sitio primário tem-se
um evento de maior raridade ainda sendo os locais mais frequentes: intestino delgado, estômago e colón. Objetivos - Relatar um caso de semioclusão por um melanoma intestinal primário considerando sua agressividade e raridade. Casuística - 1 caso. Método - Relato se caso retirado
de prontuário. Resultados - Paciente deu entrada no pronto socorro com quadro de abdome agudo obstrutivo, foi encaminhado para cirurgia
e realizado enterectomia. O exame histopatológico foi sugestivo de neoplasia epiteliode indiferenciada infiltrativa e ulcerada comprometendo as
margens radiais e distais. O estudo Imuno-histoquimico que revelou proteína S-100 positiva, proteína melanossômica positiva e Ki-67 positivo
conferindo o diagnóstico de melanoma maligno. No pós-operatório foi feita dermatoscopia minuciosa em todo o corpo do paciente na qual não foi
observada lesões dermatológicas. Conclusão - A cirurgia tem garantido melhoras na sobrevida e morbidade e deve ser aliada a um histopatológico
certeiro já que o prognóstico é bastante reservado.
UFG; 2HGG, Goiás.
1
TL.C.INT.P.156
NEUROFIBROMA DUODENAL: RELATO DE CASO
Jose Celso de CARVALHO Junior1, Gisele Mione1, Rodrigo Martins Sales1, Daniel Britto Santos1,
Carlos Eduardo de Castro Areal1, Lilian Correa TELES2, Gustavo Barbosa Busquê PIRES1, Marcelo Soares da Cunha Peixoto1
RESUMO - Neurofibromatose tipo 1 é uma condição autossômica dominante com uma incidência de aproximadamente 1/3000 nascimentos.Trata-se
da mais freqüente neuromesoectodermose,doença que compromete os três folhetos germinativos embrionários. O envolvimento abdominal apresentase através do crescimento de tumores no fígado, mesentério, retroperitônio, gástrico e/ou intestinal. Neoplasias gastrointestinais têm uma ocorrência
de 2-25%. As principais manifestações são hemorragia digestiva, dor, dispepsia e epigastralgia. Objetivo - Descrever o achado de um Neurofibroma
Duodenal durante propedêutica de um quadro de refluxo gastresofágico. Materiais e Métodos - feminina, 48 anos apresentando dispepsia e desconforto
abdominal há 3 semanas. Resultados - Ecoendoscopia evidenciando lesão hipoecogênica de aproximadamente 3 cm em muscular própria do bulbo
duodenal; anatomopatológico mostrando esofagite erosiva (grau B de Los Angeles); imuno-histoquímica favoreceu o diagnostico de neurofibroma.
Paciente foi submetido à duodenectomia de primeira porção, com exerése do tumor. Conclusão - O grande significado clínico da neurofibromatose tipo
1 está no grande potencial de malignização de seus tumores. Em aproximadamente 15% dos casos ocorre transformação maligna neurossarcomatosa.
Os estudos de imagem não só ajudam na avaliação e localização das lesões, mas também na identificação de lesões concomitantes e acompanhamento.
O tratamento definitivo é a ressecção cirúrgica.
Hospital Belo Horizonte; 2UNIFENAS, Minas Gerais.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.157
O PAPEL DA CINTILOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DA HEMORRAGIA DIGESTIVA: RELATO
DE CASO
Harley PANDOLFI Jr.1, Lúcia Caetano Pereira2, Camila MIRI2, Ana Carolina Oliveira1
RESUMO - Introdução - Divertículo de Meckel (DM) é a anormalidade congênita gastrointestinal mais comum, resultante da obliteação incompleta
do ducto onfalomesentérico. Objetivo - Apresentamos o caso de uma criança de 9 meses, submetida à cintilografia evidenciando DM. Relato de Caso Menino, 9 meses, admitido no P.S. com evacuações sanguinolentas há 1 dia e palidez cutânea importante, que já havia apresentando duas internações
prévias com o mesmo quadro, porém com cintilografia e EDA normais. Enquanto aguardava colonoscopia realizou-se nova cintilografia, a qual
evidenciou Divertículo de Meckel e sangramento intestinal em flanco direito do abdome. Foi submetido à enterectomia segmentar e enteroanastomose
término-terminal, sem intercorrências. O anatomopatológico evidenciou Divertículo de Meckel e ectopia de mucosa gástrica. Método - Revisão de
artigos científicos nas bases eletrônicas de dados Scielo, PubMed, Capes. Discussão - O DM é geralmente assintomático. Suas complicações incluem
inflamação (28%), obstrução(34%) e hemorragia(38%). A cintilografia apresenta maior sensibilidade diagnóstica desde que na presença de sangramento
maior que 0,1-0,4ml/min. Conclusão - DM é a forma mais comum de apresentação dos remanescentes do ducto onfalomesentérico. A cintilografia tem
alta sensibilidade, se realizada na vigência do sangramento.
1
UFT; 2HIPP, Tocantins.
TL.C.INT.P.158
OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR DIVERTÍCULO DE JEJUNO
Nelson Maeda Machado*, Marcelo Vasconcellos Angelotti*, Marcio Augusto Ferreira*,
Adriano Visconti FACHIN*, Soraia Maria Féres MAEDA*
RESUMO - Introdução - A obstrução intestinal mecânica se constitui na parada de progressão do conteúdo entérico devido à um obstáculo mecânico
intraluminal, extraluminal ou intramural. O divertículo jejunal é uma rara entidade com incidência em torno de 0.3 a 1.3% em séries de autópsia.
Descrito inicialmente por Sommering em 1794. Suas complicações agudas incluem a diverticulite, hemorragia, perfuração e obstrução. Objetivo Relatar um caso de obstrução intestinal causado por divertículo jejunal. Casuística - D.R.R.J., 27 anos, masculino, com história de vômitos, dor
em cólica e distensão abdominal há 1 semana, perda de peso e relato de episódios semelhantes, nos últimos meses. Histórico do nascimento com
ânus imperfurado, submetido a várias cirurgias no período perinatal. Método - Paciente submetido ao trânsito de delgado, com dilatação do jejuno
proximal e dificuldade de progressão distal do contraste. Paciente foi submetido à laparotomia, onde observamos um longo divertículo jejunal,
com cerca de 18 cm, aderido ao retroperitônio formando uma alça obstruindo o jejuno proximal. Este foi ressecado, resolvendo a obstrução.
Resultados - Paciente recebeu alta no 5º. PO. O exame anatomopatológico evidenciou divertículo jejunal com epitélio típico. Reavaliado 3 meses após
cirurgia, assintomático. Conclusão - No abdome operado as bridas são causas frequentes de obstrução intestinal, embora outras afecções podem estar
presentes, necessitando de tratamento adequado.
*HUB, Brasília.
TL.C.INT.P.159
PERFURAÇÃO INTESTINAL POR TUBERCULOSE
Nathieli Pinhatti Colatreli*, Bruno Roberto Giannini Marini*, Maria Fernanda Martinelli TRABULSI*,
Leonardo Fiorilli ASSUNÇÃO*
RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de perfuração intestinal de origem tuberculosa. Método - Paciente de 54 anos, sexo masculino, andarilho, analfabeto,
desenhista, desnutrido e suspeita de tuberculose pulmonar. Apresentava hiporexia, astenia, dor abdominal mal caracterizada, hipocorado, hipotenso,
afebril. Pesquisou-se bacilo de Koch e HIV, tendo resultados negativos. Evoluiu no 13º dia de internação com dor abdominal difusa, com abdome
flácido, descompressão brusca negativa e presença de pneumoperitôneo em radiografia, sendo submetido à laparotomia com enterectomia ampliada.
Foi reoperado no 5º. pós-operatório por necrose segmentar e deiscência de suturas, evoluindo a óbito após 6 dias. Resultados - No intraoperatório,
apresentava fígado e baço sem alterações, múltiplas áreas de necrose e perfuração em íleo e jejuno, gânglios em mesentério e grande quantidade de
líquido seroso. À patologia, evidenciou enterite crônica e ulcerada, associada a trajeto fistuloso através da parede intestinal e tuberculose caseo-nodular
ativa em gânglio do mesentério. Conclusão - Com este caso pudemos perceber a dificuldade do diagnóstico de tuberculose intestinal, devido aos sintomas
inespecíficos como desnutrição, hiporexia, emagrecimento, tosse, dor abdominal inespecífica. Com isso, as chances de complicações como obstrução
intestinal, perfurações, sangramentos e fístulas aumentam, necessitando cirurgias de emergência e elevando as taxas de morbimortalidade.
*Hospital Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.160
PSEUDOMIXOMA PERITONEAL SECUNDÁRIO NEOPLÁSIA DE APÊNDICE CECAL – RELATO DE CASO
Marcel Rizeti Barbosa*, Julio Cesar Martins Aquino*, Marina Balbuena BUAINAIN*, Robson Luiz Silveira Jara*,
Elcio Darlan Miranda Ratier*, Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*
RESUMO - Introdução - Pseudomixoma peritoneal é uma doença incomum com presença de coleções gelatinosas abdominal e implantes mucinosos
peritoneais, secundária a tumor mucinoso. Objetivo - Descrever caso de um paciente admitido no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com
diagnóstico de pseudomixoma peritoneal. Metodologia - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - FFC, homem, 53 anos, branco, admitido
com dor abdominal há 5 meses. Com piora da dor há 5 dias em fossa ilíaca direita, irradiando para testículo direito. Estável, com massa volumosa
palpável em mesogástro, dolorosa a palpação, sem sinais de peritonite. Tomografia computadorizada evidencia volumosa lesão expansiva encapsulada,
com densidade de líquido espesso ocupando a região anterior do andar médio do abdome. Laparotomia exploradora com presença intracavitária
de secreção mucinosa, tumoração de 30 X 20cm, irregular, com pedículo em apêndice cecal e múltiplos implantes mucinosos; Realizada Exérese de
tumoração de apêndice cecal com resultado de anatomopatológico de Adenocarcinoma Mucinoso padrão Pseudomixoma Peritoneal de origem em
Apêndice Cecal. Paciente esta em tratamento quimioterápico. Conclusão - Neoplasias malignas de apêndice cecal são de difícil diagnóstico clínico,
devido sua baixa incidência e também devido a sua manifestação clínica inespecífica, cujo diagnóstico de certeza é determinado pelo exame histológico.
*HRMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.INT.P.161
RELATO DE CASO DE ENDOMETRIOSE INTESTINAL COMO CAUSA DE ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO
COM ACOMETIMENTO LINFONODAL
Talita Soares VIANA*, Guilherme Andrade Lemes*, Leandro Carvalho Moreira*, Fernando Correa Amorim*, Ronaldo Figueiredo
Alves*, Pedro Henrique da Silva RUGUE*
RESUMO - Introdução - A endometriose é uma desordem benigna comum ginecológica, definida como glândulas e estroma endometrial fora da
cavidade endometrial, podendo estar associada a dor cíclica pélvica, dismenorréia, dispaurenia, disúria e disquezia. A endometriose intestinal afeta 3 a
37 % das pacientes com endometriose, implanta-se na serosa e algumas vezes invade a muscular própria. O relato de Caso com acometimento linfonodal
nas peças de ressecção é raro. Objetivo - Relato de Caso de endometriose intestinal como causa de abdome agudo obstrutivo com acometimento
linfonodal em uma paciente de 44 anos admitida no serviço do HC/UFG em 28/06/2013, submetida a laparotomia exploradora em 02/07/2013, intraoperatório evidenciando tumoração infiltrativa em íleo terminal, cistos enegrecidos para-uterinos com grande infiltração no espaço vesico-uterino e retouterino, lesões sugestivas de endometriose, pacientes submetida a hemicolectomia direita, histerectomia parcial envolvendo ovários e tubas uterinas e
colecistectomia. Anátomo-patológico das lesões confirmando endometriose em ovários, tubas, intestino até muscular própria, inclusive em um linfonodo
dos 17 dissecados. Discussão - Quando a endometriose é intestinal seus sintomas são disquezia, hematoquezia cíclica, afilamento das fezes e obstrução
intestinal. A história e o exame físico predizem sua presença em 80 % dos casos. Pode se utilizar como exames de imagem complementares. Devendo ser
lembrada em casos de abdome agudo obstrutivo.
*Universidade Federal de Goiás, Goiás.
TL.C.INT.P.162
RELATO DE CASO – ADENOCARCINOMA DE APÊNDICE
Jose Celso de CARVALHO Junior*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*, Juliana Lopes Camargos Sousa*,
Filipe Borges de Moraes*, Giordana Nascimento Brandão*, Tales Mendes Sabia*, Lara Mendes Rezende Costa*,
Marcelo Soares da Cunha Peixoto*
RESUMO - O adenocarcinoma de apêndice é uma doença rara, apresentando-se como uma das etiologias da apendicite aguda, podendo apresentar
agressividade loco-regional. Evidenciado um caso desta afecção e diante da sua raridade e dificuldade para firmar o diagnóstico, julgamos oportuno
relatá-lo. Objetivo - Descrever o achado de um adenocarcinoma de apêndice durante propedêutica de um abdome agudo cirúrgico. Materiais e Métodos
- Feminina, 69 anos, avaliada inicialmente com queixas de dor em fossa ilíaca direita, vômitos, febre e sinais de irritação peritoneal. Resultados submetida à apendicectomia por laparotomia com hemicolectomia direita. Anatomopatológico evidenciou achados sugestivos de adenocarcinoma
invasor, com invasão de serosa, porem com margens ressecadas livres. Estadiamento T3NxMx. A imuno-histoquímica evidenciou adenocarcinoma de
apêndice vermiforme. Conclusão - O adenocarcinoma do apêndice é uma neoplasia rara, representando cerca de 0,2% a 0,5% de todas as neoplasias
gastrointestinais. A incidência entre o sexo masculino para o feminino se faz na proporção de 5:2, e incide principalmente entre a sexta e sétima décadas
de vida. O tratamento de escolha do adenocarcinoma do apêndice é cirúrgico. Os tumores diagnosticados pelo exame anatomopatológico de uma
apendicectomia devem ser submetidos a uma hemicolectomia direita num segundo tempo, independente do tamanho da lesão.
*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.163
TRATAMENTO DE FÍSTULA ENTEROCUTÂNEA EM HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA
Valdinaldo Aragão de Melo1, Flávio Luiz Cabral DÓSEA1, Iracy Carine Hora BRAGA1, Daisy D. Panta Oliveira2,
Tonhara Alves Almeida2, Bruno Augusto Andrade VITOR2, Manuela Oliveira Melo Bomfim2,
Leandro José Tojal Siqueira2
RESUMO - Introdução - A hérnia inguinal é uma condição frequente em pacientes do sexo masculino, que pode encarcerar e por vezes estrangular.
A formação de fístulas enterocutâneas é rara na literatura. Objetivo - apresentar um caso de fístula enterocutânea consequente a hérnia encarcerada
conduzida no Serviço de Cirurgia geral da FBHC. Relato de Caso - Paciente de 54 anos, masculino, portador de hérnia inguinal bilateral há 13 anos,
evolui com quadro de encarceramento e formação de fístula enterocutânea à esquerda por 7 dias. Procedeu-se a ressecção da fístula com anastomose
término-terminal do jejuno em plano único. Redução do conteúdo e realizado hernioplastia inguinal bilateral por vídeolaparoscopia. Apresentou
evolução pós-operatória satisfatória, sem intercorrências.
1
FBHC; 2UFS, Sergipe.
TL.C.INT.P.164
TUMOR CARCINOIDE DE INTESTINO DELGADO
Marcela Juliano Silva1, Bárbara Luiza de Britto CANÇADO1, Letícia Ferreira Bueno1, Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes2,
Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2, Tiago Ferreira PAULA2, Renata Silva de Mendonça LOUREDO2,
Allisson Morais Moreira2
RESUMO - Introdução - O tumor carcinoide ileal é uma rara lesão maligna, de crescimento lento, que predomina em homens. O quadro clínico pode
variar desde sintomas inespecíficos até um quadro de abdome agudo. Casuística - Paciente masculino, 56 anos, iniciou quadro de dor abdominal difusa,
distensão abdominal, parada de eliminação de flatos, sem irritação peritoneal. PCR de 96 mg/L e TC de abdome com acentuada dilatação de alças
jejunais e ileais, edema da parede de alças jejunais no flanco esquerdo, com redução abrupta do calibre ao nível do hipogástrio sem evidência de lesões
expansivas associadas, com características de bridas (cirurgia prévia: apendicectomia). Optado por tratamento clínico com melhora total do quadro.
Em uma semana, evoluiu com enterorragia e melena franca. Optado por laparotomia exploradora sendo visualizado lesões constritivas, nodulares, de
aspecto endurecido, esbranquiçadas, de 2 cm de diâmetro, no íleo, a cerca de 50 cm da válvula íleo-cecal, acometendo a parede do delgado e invadindo
a raiz do mesentério. Anatomopatológico: presença de tumor carcinoide com margens de ressecção livres e presença de metástase em 8 linfonodos de
11 dissecados. Atualmente, em tratamento clínico oncológico. Discussão - Até 90% desses casos evoluem com dificuldade diagnóstica pré-operatória,
o que se justifica pela baixa especificidade dos exames habitualmente empregados para o estudo do intestino médio e pela apresentação sintomática
inespecífica na maioria dos pacientes.
1
PUC GO; 2SCMGO, Goiás.
TL.C.INT.P.165
TUMOR DESMOIDE
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Hermínio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*, Raphael Cabral de Almeida*
RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente com história prévia de adenocarcinoma de próstata apresentando tumor desmóide de intestino
delgado. Objetivo - Relatar caso de tipo raro de tumor intestinal. Casuística - Homem de sessenta anos apresentando quadro de dor em epigástrio,
febre e vômito. Realizada tomografia que evidenciou massa heterogênea em mesogastro com 10,0 x 11,0 cm, arredondada, com relação íntima com as
alças intestinais sugerindo GIST. Foi submetido à laparotomia que evidenciou tumoração esbranquiçada dura, esférica e lisa em parede de jejuno com
aderências de íleo. Feita a dissecção das aderências e enterectomia com 5 cm de margem. A histopatologia revelou proliferação de células de núcleos
ovoides, com citoplasma amplo, nucléolo diminuído, padrão cromatínico delicado, dispostas em feixes entrelaçados com extensa formação de colágeno
denso. A imunohistoquímica os anticorpos para proteína S-100 e CD 34 negativos e positivo para C-Kit Cd 117, determinando tratar-se de fibromatose
intestinal. Métodos - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultados - a fibromatose intestinal ou tumor desmóide intraabdominal é um tipo de
proliferação fibroblástica em consequência a um trauma cirúrgico ou espontaneamente. São tumores raros de origem mesenquimal. Seu tratamento
é controverso já que apresentam alto índice de recidiva após ressecção. Conclusão - Os tumores desmoides são raros e devem ser tratados em caso de
pacientes sintomáticos cujos tumores são ressecáveis.
*HFA, Brasília.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.166
TUMOR ESTROMAL GASTRINTESTINAL: RELATO DE CASO E REVISÃO LITERÁRIA
Marisa Rafaela Damasceno Lima1, Rodrigo Ferreira da ROCHA2, Renato Raulino MOREIRA2, João Eduardo de Sena Souza Pinto2,
Jund da Silva REGIS2, Salime Saráty Malveira2, Pablo de Melo Maranhão PEREIRA2, Bárbara Augusta Macedo Martins e Silva3
RESUMO - Os tumores do estroma gastrintestinal (GIST) são originados nas células Intersticiais de Cajal, que expressam a proteína C-KIT, acometendo
principalmente estômago e intestino delgado. O tratamento por excisão radical é Padrão-Ouro, com sobrevida após 5 anos de 40-60%. Objetivou-se
traçar o perfil clínico, cirúrgico e epidemiológico de Caso de GIST atendido na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará em 2012. Homem, 73
anos, com queixas de mal estar geral e Hematoquezia iniciados há 10 dias. Nesse período, procurou atendimentos em hospitais, relatando dor abdominal
e piora dos sintomas; recebeu 8 bolsas de concentrados de hemácias. exame físico: Cote, Hipocorado (3+/4+), bom estado geral. Abdome Globoso, RHA
presentes, doloroso à palpação em Hipocôndrio Esquerdo, descompressão brusca negativa. solicitados exames de Imagem. EDA: sem sangramento ativo
ou recente. TC Abdominal: espessamento parietal focal, em topografia jejunal de aprox. 4 cm, realçado após contraste, com estreitamento luminal.
Colonoscopia: doença hemorroidária grau I, esparsos divertículos em sigmóide, pólipo séssil em cólon direito. Realizada Laparotomia exploradora
com enterectomia de 10cm, contendo lesão tumoral, e enteroentero-anastomose a 180cm do ângulo de treitz. Anatomopatológico: neoplasia fusocelular
parietal de histogênese não definida. Imunohistoquímica: tumor estromal gastrointestinal (GIST) fusocelular. Evoluiu bem em pós-operatório, com
acompanhamento ambulatorial, sem queixas de nova HDB.
Universidade Federal do Pará; 2Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; 3Centro Universitário do Estado do Pará, Pará.
1
TL.C.INT.P.167
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL C-KIT (CD 117) NEGATIVO
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Walter Ludwig Armin Schroff*,
Willian Pires de Oliveira Júnior*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*, Raphael Cabral de Almeida*
RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente idoso que apresentou tumor estromal gastrointestinal (GIST). Objetivo - Relatar o caso de uma
variante rara do GIST com CD 117 negativo. Casuística - Paciente de 70 anos com quadro de abdome agudo inflamatório. Foi realizada tomografia
de abdome que demonstrou coleção arredondada, de paredes espessadas e conteúdo heterogêneo, em topografia infraumbilical direita, com cinco
centímetros em seu maior eixo, obliterando a gordura mesentérica adjacente, em contiguidade com segmento de alça de intestino delgado. Na laparotomia
viu-se tumoração ovoide em íleo, vinhosa, de oito centímetros, aderida a parede da alça. Foi realizada a enterectomia com 8 cm de margem e feita
enterro-entero anastomose. O histopatológico mostrou neoplasia fusocelular com três mitoses para cada 50cga. As células estavam dispostas em feixes
entrelaçados e curtos, com citoplasma amplo e vacuolado. A imunohistoquímica foi negativa para anticorpos para proteína S-100, CD 34 e CD 117. O
anticorpo anti-DOG 1 foi positivo. Método - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultado - Os GIST são neoplasias derivadas das células de Cajal.
Apresentam baixo potencial metastático, porém são localmente invasivas e seu potencial maligno é determinado pelo tamanho do tumor e o número de
mitoses por 50cga. Apenas 4% dos GIST são CD 117 negativos, sendo esses anti-DOG 1 positivos. Conclusão - O GIST é doença de potencial maligno
incerto que deve ser ressecada quando possível.
*HFA, Brasília.
TL.C.INT.P.168
VOLVO DE CECO E CÓLON ASCENDENTE EM PACIENTE COM MEGACÓLON CHAGÁSICO PÓS
RETOSSIGMOIDECTOMIA: RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Vanessa de Souza Cabral*, Karoline Rayana dos Santos*,
Rafael Medeiros Bezerra Costa*
RESUMO - Introdução - O megacólon chagásico é causa de constipação crônica e dor abdominal, apresentando como complicação principal o fecaloma
(65%), seguido de volvo de sigmoide (31,5%), obstrução e perfuração. No Brasil, é causa importante de volvo. Relato de Caso - MSM, 49 anos, sexo feminino,
natural e procedente de Campina Grande - PB, admitida em serviço hospitalar, apresentando dor, distensão abdominal, vômitos e parada do trânsito intestinal
há 3 dias e antecedente cirúrgico de retossigmoidectomia devido ao megacólon chagásico. Ao exame físico, apresentava abdome doloroso difusamente e
hipertimpânico, com ruídos hidroaéreos hipoativos. Realizaram-se exames laboratoriais e radiografia de abdome total evidenciando importante dilatação
de cólon com sinais de obstrução (imagem em “grão de café”). Paciente foi submetida a laparotomia exploradora, sendo visualizado volvo de ceco e cólon
ascendente necrosado por aderência. A anastomose anterior não foi identificada devido à perda da anatomia pela dilatação excessiva. Foi realizado aspiração
de gás do segmento do cólon dilatado, desfeita rotação de cólon e realizada hemicolectomia direita, com ileotransversoanastomose látero-lateral. Conclusão
- O megacólon chagásico tem indicação de tratamento cirúrgico devido aos sintomas de constipação e risco de complicações. Teoricamente, a cirurgia ideal
deve resolver o sintoma principal, que é a constipação intestinal, evitar a recidiva, ter pouca morbidade e mortalidade e curar o paciente.
*UFCG, Paraíba.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.INT.P.169
VOLVO INTESTINAL EM TORNO DE CORDÃO FIBROSO DE DIVERTÍCULO DE MECKEL
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlitler Neves*, Raphael Cabral de Almeida*
RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente com quadro de abdome agudo obstrutivo cuja causa era um volvo intestinal ao redor de cordão
fibroso de um divertículo de Meckel. Objetivo - Relatar uma causa rara de obstrução intestinal e realizar uma breve revisão da literatura. Casuística
- Um paciente de 16 anos que apresentou quadro de abdome agudo obstrutivo. Foi levado para cirurgia na qual se viu que a causa da obstrução era
a torção de segmento ileal ao redor do cordão fibroso que conectava um divertículo de Meckel à cicatriz umbilical. Foi desfeita a torção e procedida
a diverticulectomia e exérese do cordão fibroso, além da rafia enteral de onde foi retirado o divertículo. O paciente apresentou boa evolução, tendo
recebido alta no quinto dia de pós-operatório. Método - Relato de Caso e breve revisão da literatura. Resultados - A literatura demonstra que o
divertículo de Meckel aparece quando há persistência da extremidade intestinal do conduto onfalomesentérico. Situa-se na borda antimesentérica do
íleo terminal a cerca de 40 cm da válvula ileocecal e, algumas vezes, está conectado à cicatriz umbilical por um cordão fibroso que pode funcionar como
um eixo em torno do qual a alça intestinal pode rodar e produzir volvo. Tal quadro pode ser adequadamente conduzido com a desconfecção do volvo e
diverticulectomia. Conclusão - O volvo intestinal por cordão fibroso de divertículo de Meckel é causa rara de obstrução intestinal e pode ser tratado com
desconfecção da torção e diverticulectomia.
TL.C.MIS.P.170
ABDOME AGUDO EM PACIENTES COM DOENÇA HEMATOLÓGICA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*,
Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - Pacientes com doença hematológica apresentam uma menor sensibilidade à dor e podem ser um desafio para o diagnóstico de
abdome agudo. Objetivos - Descrever o manejo e o tratamento de abdome agudo em pacientes com doença hematológica. Métodos - Estudo retrospectivo
entre pacientes adultos admitidos na emergência de um hospital do SUS - Recife/PE entre janeiro de 2002 e junho de 2013, com doença hematológica.
Foram avaliados a etiologia da doença hematológica, o tipo de abdome agudo e o tratamento. Resultados - Foram encontrados 16 pacientes, sendo 10 do
sexo masculino. A idade variou de 19 a 61 anos. Hemorragia digestiva alta (HDA) ocorreu em 4 pacientes. Etiologia da doença hematológica foi: anemia
falciforme (6), leucemia (6), linfoma (2) e púrpura trombocitopênica imune (2). Úlcera péptica perfurada foi encontrada em 5 casos; apendicite, em 4;
abscesso esplênico roto, em 3; tumor de cólon direito obstruído, em 1; perfuração de delgado, em 1; e colecistite aguda, em 2. laparotomia exploradora
ocorreu imediatamente em 9. Em 4 pacientes foi realizada tomografia de abdome e em 5, endoscopia digestiva alta. Ultrassonografia de abdome na
emergência foi realizada apenas em 1. Complicações pós-operatórias aconteceram em 7 (abscesso cavitário, evisceração, infecção de ferida operatória).
Ocorreu óbito em 3 pacientes. Conclusão - O abdome agudo em doença hematológica geralmente é de manejo difícil e de prognóstico incerto e está
relacionado com diagnóstico precoce.
* HR, Pernambuco.
TL.C.MIS.P.171
ABDOME AGUDO POR ROTURA DE ANEURISMA DE ARTÉRIA ESPLÊNICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Ricardo Estevam Martins*, Frederico Gomide SANDOVAL*, Adriana Tieme TANIGUCHI*, Luis
Eduardo Ataide REQUEL*, Murilo Barcelos de Souza*, Jodé Felipe Freire Martins*, Gustavo Ziggiatti GUTH*
RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de abdome agudo por rotura de aneurisma de artéria esplênica, tratada inicialmente através de laparotomia
exploradora e posteriormente arteriografia com embolização. Método - A embolização através de arteriografia para lesões vasculares é opção diagnóstica e terapêutica importante em casos de lesões vasculares traumáticas ou não traumáticas. Relato de Caso - Paciente admitido na sala de emergência,
transferido de outro serviço, após evoluir com epigastralgia súbita importante, síncope e hipotensão. Apresentava-se em intubação orotraqueal, instável
hemodinamicamente, com queda dos níveis de Hemoglobina de 11,2 para 6,7. Realizada laparotomia exploradora, após tomografia abdominal. No
inventário da cavidade observou-se hematoma em Zona II, sem sinais expansivos e hemoperitônio volumoso, compatível com imagem tomográfica
pré-operatória. Optado por realização de “Damage Control”. Após 24 horas na Unidade de Terapia Intensiva, foi submetido à arteriografia com embolização de aneurisma de artéria esplênica. O paciente evoluiu com instabilidade hemodinamicamente e óbito após 48 horas. Conclusão - A realização de
arteriografia em pacientes com lesões vasculares pode determinar o diagnóstico, com possibilidade de conduta terapêutica definitiva através desse mesmo
procedimento. A indicação e realização precoces podem ser determinantes na evolução do caso.
*Santa Casa de Limeira, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
89
pôsteres • Miscelânea
*HFA, Brasília.
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.172
ABSCESSO ESPLÊNICO EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: RELATO DE CASO
Vanessa Rodrigues Costa1, Marina Rodrigues Costa2, Diego Barão da Silva3, Artur de Holanda Paes Pinto3,
Juliano Fernandes da Costa3, Ana Carolina Navarro Ribeiro HENRIQUES1
RESUMO - Introdução - O abscesso esplênico é uma enfermidade rara que acomete mais comumente indivíduos com algum grau de imunossupressão,
como pacientes com neoplasia em uso de quimioterápicos, portadores de HIV e usuários crônicos de corticóides. Objetivos - Alertar para possibilidade
desse diagnóstico em paciente imunocompetente com sintomas inespecíficos. Relato de Caso - PSC, masculino, 72 anos, iniciou quadro de febre, calafrios,
anorexia e discreta distensão abdominal após realização de biópsia de próstata transretal. Paciente foi internado com suspeita de pielonefrite, sendo iniciado rocefin e flagyl, sem melhora clínica ou ambulatorial. Evoluiu com piora da distensão, febre elevada e taquicardia. O hemograma mostrou discreta
leucocitose associada a aumento do PCR e VHS. A Tomografia Computadorizada de Abdome e Pelve revelou baço de dimensões pouco aumentadas
apresentando áreas contrastantes esparsas no parênquima, medindo a maior cerca de 4 cm, de localização em pólo superior, sendo compatível com a
hipótese de abscesso esplênico. Foi realizado tratamento de escolha com antibioticoterapia venosa (meropenem e vancomicina) e esplenectomia total.
Conclusão - O abscesso esplênico pode ocorrer após um procedimento invasivo em indivíduo imunocompetente, havendo necessidade, então, de se pensar
nesse diagnóstico em paciente com quadro clínico e laboratório infeccioso.
UFPB, Paraíba; 2UFC, Ceará; 3HSPE.
1
TL.C.MIS.P.173
ANGIOMIXOMA AGRESSIVO DE PAREDE ABDOMINAL: RELATO DE CASO
Lais Teixeira DALLACQUA1, Waston Gonçalves Ribeiro2, Laura Rosa Carvalho DIAS2, Arthur Jefferson Belchior Silva2,
Ellano de Brito PONTES1, Felipe Machado dos Santos1, Tiago Rodrigues CAVALCANTE2,
Renato Sodré Ribeiro1
RESUMO - Introdução - Descrito em 1983 um tumor agressivo, mesenquimal, de crescimento lento e insidioso: o Angiomixoma Agressivo (AA). Método - Estudo realizado em abril de 2013, no HUPD, em São Luís-MA. Resultados - J.S.M., 40 anos, feminino. Procurou auxílio médico após quadro de
hipermenorréia há 5 meses, acompanhada de aumento do volume abdominal e cefaléia. Nega alterações do hábito intestinal, dor e perda ponderal. USG
transvaginal: útero com imagens nodulares em região fúndica (8,8 x 7,6 e 2,9 x 2,6 cm). J.S.M. foi encaminhada para histerectomia total em 04/04/13,
quando foi visualizada massa abdominal de aparência cística e renal, sem origem uterina, optando-se pela miomectomia. Após isso, foi realizada TC de
abdome total: formação expansiva cística, conteúdo homogênio de paredes finas, 21 x 21 cm, ocupando região abdomino-pélvica. USG pélvica: coleção
de aspecto mucinoso em mesogástrio e flancos. Ao exame físico: abdome globoso, flácido, com massa palpável da pelve até 2 cm da cicatriz umbilical,
de consistência endurecida, pouco móvel e indolor. Em 22/04/13, J.S.M foi submetida à laparotomia exploradora. Realizou-se a ressecção completa de
tumor (cerca de 2 kg) bem delimitado em parede abdominal, de consistência fibroelástica e sem comprometimento de demais órgãos. A paciente teve alta
em bom estado geral. Conclusão - O AA é um tumor com recorrentes recidivas locorregionais (25-47%), com menos de 350 casos descritos na literatura
e 2 casos de metástases relatados. O tratamento cirúrgico é a terapêutica de escolha.
UFMA, 2HUUFMA, Maranhão.
1
TL.C.MIS.P.174
APÊNDICE CECAL DUPLO COM APENDICITE AGUDA: RELATO DE CASO
José Roberto Alves*, Ícaro Godeiro de Oliveira Maranhão*, Patrick Vanttinny Vieira de Oliveira*,
Enio Campos Amico*
RESUMO - Foram descritos menos de 100 casos de apêndice cecal duplo, sem relatos nacionais. Seu diagnóstico acontece na maioria dos casos de forma
incidental durante apendicectomias. Relato de Caso - Homem, branco, 36 anos, sobrepeso, com dor em andar inferior de abdome há 24 horas associado
a náuseas, vômito e febre baixa. Realizou exames de sangue demonstrando leucocitose (sem desvio para esquerda) e ultrassonografia exibindo parede de
apêndice cecal espessada associado localmente à pequena quantidade de líquido e bloqueio de alças. Submetido a laparotomia (incisão de McBurney)
identificou-se após lise de aderências e liberação cecal a presença de apêndice cecal inflamado. Próximo ao íleo evidenciou-se outro bloqueio de alças,
que após nova liberação possibilitou o reconhecimento de outro apêndice cecal. Realizado apendicectomia dupla e iliectomia segmentar. Discussão - A
duplicação do apêndice cecal neste caso foi classificada como tipo B de Cave-Walbridge modificada (origem cecal diferente). Apesar de rara essa variação
anatômica, é importante e recomendado a realização da liberação cecal do retroperitônio durante as apedicectomias para proporcionar o reconhecimento da possível existência de apêndice cecal duplo. Conclusão - A ausência de avaliação cirúrgica adequada do ceco pode deixar de identificar a presença
de um segundo apêndice cecal. Isto poderá gerar futuras dificuldades diagnósticas e problemas médico-legais devido à possibilidade de nova inflamação
do apêndice cecal remanescente.
*UFRN, Rio Grande do Norte.
90
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.175
ÁSCARIS NA VIA BILIAR EM PÓS-OPERATÓRIO DE APENDICECTOMIA - RELATO DE CASO
Eduardo Santos SILVEIRA JUNIOR*, Eduardo Santos SILVEIRA*, Raiza de Melo Valadares CAVALCANTE*,
Fabiana Teofilo Veras Silva*, Daniel de Alencar Macedo DUTRA*
RESUMO - Introdução - As enteroparasitoses seguem geralmente um curso benigno, mas podem em alguns casos, gerar complicações. Uma delas é
a penetração de vermes pela via biliar provocando obstrução ou até mesmo colangite. Relato - 5 anos, sexo feminino, natural de zona rural. Entrada
em serviço de emergência com quadro clínico de apendicite. US confirmou a suspeita clínica e revelou vesícula e vias biliares sem alterações. Durante
a cirurgia foi identificada apendicite supurada. Realizada apendicectomia, lavagem da cavidade e antibioticoterapia, tendo alta hospitalar após 7 dias.
No 10º dia a paciente retorna ao serviço com dor abdominal tipo cólica em hipocôndrio direito, sinal de Murphy positivo e icterícia. Novo US revelou imagem sugestiva de parasita em vesicula e via biliar. Realizada nova laparotomia com retirada do verme morto da via biliar e colecistectomia. A
paciente permaneceu internada por 1 semana, tratada com antibióticos e albendazol, tendo alta hospitalar sem outras complicações. Conclusão - As
enteroparasitoses costumam ter cursos benignos, mas podem apresentar complicações como obstrução da via bilar. Neste caso, a manipulação cirúrgica
durante apendicectomia com lavagem da cavidade pode ter facilitado ou provocado a entrada do parasita pela papila duodenal, provocando quadro de
icterícia obstrutiva e cólica.
*UESPI, Piauí.
TL.C.MIS.P.176
BAÇO ECTÓPICO COM BAÇO ACESSÓRIO - RELATO CASO
Augusto Flávio Campos Mineiro Filho*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*,
Augusto Jose da Silva Albuquerque Cavalcante*, Isabella Coelho da Matta Machado*, Kelly Renata Sabino*,
Maíra Seabra Federici Teixeira*, Marcelo Stacanelli di PAULA*
RESUMO - Relatamos o caso de um adolescente, masculino, 14 anos de idade, previamente hígido, procedente da região metropolitana de Belo Horizonte; com queixa de dor em fossa ilíaca esquerda, há aproximadamente 4 meses, não acompanhada de febre, sintomas constitucionais, ou alteração do
hábito intestinal, com piora nos últimos dias. O exame físico inicial mostrou que o paciente estava discretamente hipocorado, apresentava uma massa
palpável e mesmo visível em quadrante inferior esquerdo do abdome, dolorosa à palpação; mas encontrava-se afebril, normotenso, sem taquicardia. A
tomografia computadorizada (TC) de abdome e pelve mostrou baço ectópico, de localização pélvica à esquerda, com 16 cm em seu maior eixo, sem realce
do parênquima na fase contrastada, sugerindo infarto; artéria esplênica com torção em região próxima ao hilo; e ainda baço acessório adjacente a face
lateral do rim esquerdo, medindo 1,4 x 1,4 cm. O paciente foi submetido à laparotomia, sendo revertida a torção da artéria esplênica e realizada a fixação
do baço em sua loja. Após a cirurgia, o paciente evoluiu sem intercorrências, tornando-se assintomático, sem dor à palpação abdominal, recebendo alta
hospitalar sete dias após o procedimento. A TC, repetida antes da alta, ainda mostrava um baço aumentado (17 cm no maior eixo), com realce apenas
periférico na fase contrastada, agora hipocôndrio esquerdo.
*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.
TL.C.MIS.P.177
CISTO DE ÚRACO SIMULANDO ABDÔMEN AGUDO
Belisa Tiegs Ferreira1, Leonardo Parreira GOMIDE2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho1,
Antenor COUTO Neto1, Sidney Ribeiro de Resende1, Djalma Antônio da SILVA JUNIOR1, Izabella Rezende Oliveira2
RESUMO - Introdução - Úraco tem sua origem na separação do alantóide com a cloaca ventral, sendo um remanescente embrionário. Estende-se desde
a cicatriz umbilical até a bexiga, sua obliteração ocorre entre a 6ª-12ª semana, sendo raros casos de persistência após vida adulta. Neste trabalho temos
o objetivo relatar um caso de cisto de úraco simulando abdômen agudo. Relato de Caso - Paciente masculino, 39 anos, deu entrada no Hospital Santa
Genoveva com dor abdominal periumbilical iniciada há 2 dias, tendo como única alteração laboratorial elevação da proteína C reativa. Evoluiu com
localização da dor para fossa ilíaca direita com sinal de blumberg positivo, associado a febre e hiporexia. Novos exames foram realizados, com achado
ultrassonográfico de líquido livre em FID. Foi submetido à apendicectomia, sem confirmação histopatologica. Com boa evolução, recebeu alta, no
mesmo dia retornou ao hospital com queixa de saída de secreção umbilical purulenta e fétida, sendo então diagnosticado cisto de úraco. Foi realizada
laparotomia com ressecção de úraco remanescente até ápice da bexiga. Paciente recebeu alta hospitalar sem intercorrências. Discussão - As anomalias
uracais podem se manifestar através de cisto, fístula, divertículo ou ainda persistência do seio uracal. O cisto é apresentação mais freqüente, sendo sua
principal complicação a infecção. Ruptura espontânea como ocorreu nesse caso é rara, mesmo assim deve ser considerada diagnóstico diferencial em
casos de abdômen agudo.
1
HSG-GO, 2PUC-GO, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
91
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.178
CISTO ESPLÊNICO: RELATO DE 2 CASOS
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Y. Seimaru*
RESUMO - Cistos esplênicos possuem ocorrência pouco freqüente. Os cistos não parasitários podem ser classificados em pseudocistos (pós-traumáticos
ou sem causa definida) ou verdadeiros (congênitos ou neoplásicos), de acordo com a ausência ou presença, de epitélio de revestimento interno. São mais
freqüentes na segunda e terceira décadas de vida, mas podem aparecer na infância. Objetivo - Relatar dois casos de cistos esplênicos em pacientes com
sintomas inespecíficos, sendo diagnosticado em exames de imagem. Relato de Caso - Masculino, 39 anos, pardo, procedente de São Paulo, queixando-se
de saciedade precoce há 1 ano e episódios de febre não aferida e mialgia há 7 meses, realizou Rx tórax, no qual havia calcificação circular em região de
hipocôndrio esquerdo. Tc evidenciando cisto esplênico volumoso. No outro caso mulher de 58 anos com queixa de má digestão, com cisto esplenico
volumoso em US, confirmado em TC. Ambos pacientes foram submetido à esplenectomia total. Conclusão - Cistos esplênicos são entidades de difícil
diagnóstico, encontrados de forma incidental em exames de rotina ou no intra-operatório de cirurgias abdominais. O tratamento cirúrgico depende
do tamanho do cisto ou de sintomas compressivos, podendo a cirurgia ser a esplenectomia parcial ou total, além do destelhamento do cisto em casos
selecionados.
*Hospital Regional do Vale do Paraiba, São Paulo.
TL.C.MIS.P.179
CISTO ESPLÊNICO EPITELIAL GIGANTE
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*
RESUMO - Introdução - Relato de Caso de paciente com dor abdominal intensa causada por cisto esplênico epitelial gigante. Objetivo - Relatar
uma causa rara de dor abdominal. Casuística - Mulher de 20 anos com dor em hipocôndrio esquerdo, vômitos e leucocitose. A tomografia de abdome revelou massa em topografia de quadrante superior esquerdo compatível com cisto esplênico ou pancreático. Foi realizada laparotomia que
evidenciou cisto esplênico de 17,0 x 15,0cm profundo no parênquima tendo sido realizada esplenectomia. O histopatológico demonstrou tratar-se
de cisto esplênico epitelial. Método - Relato de Caso e revisão da literatura. Resultado - Foram relatados menos de 1.000 casos de cistos esplênicos
até hoje. Os cistos epiteliais perfazem ¼ dos cistos esplênicos verdadeiros e cerca de 5% do total de cistos esplênicos não parasitários e são diagnosticados antes dos 20 anos. Geralmente são assintomáticos, mas podem causar sintomas se romperem ou por compressão. A cirurgia é indicada
nos maiores que 5 cm ou sintomáticos, sendo ideal a preservação do baço se possível. Em caso de cisto profundo ou central deve-se proceder a
esplenectomia. Conclusão - Os cistos esplênicos epiteliais são raros e devem ser removidos caso sejam maiores que 5 cm, mantendo-se o máximo de
tecido esplênico possível.
*Hospital Federal do Andarai - HFA, Rio de Janeiro.
TL.C.MIS.P.180
CISTO ESPLÊNICO GIGANTE EM ADOLESCENTE
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1, Carlos Eduardo Garcia1,
Samir Ebaid1, Marco Felipe Silva Fernandes2, Aline Benicio Braga Murgia1
RESUMO - Os cistos esplênicos podem ser congênitos ou adquiridos e raramente acometem a população pediátrica. Encontrados acidentalmente em
exames ultra-sonográficos, aparecem como volumosa tumoração em topografia do hipocôndrio esquerdo, associada a sintomas obstrutivos e dor abdominal. O tratamento pode ser expectante, naqueles casos de cistos pequenos descobertos incidentalmente, ou consistir de ressecção cirúrgica, nas lesões
volumosas, preservando sempre que possível o tecido esplênico. É relatado um caso clínico de paciente do sexo feminino, com quinze anos de idade e
sintomas dispépticos, que apresentava volumosa tumoração em quadrante superior esquerdo do abdome, ultrapassando a linha media, na qual a ultra-sonografia e a tomografia computadorizada evidenciaram tratar-se de lesão cística esplênica. Uma laparotomia exploradora confirmou a lesão cística
do baço que infiltrava o pedículo esplênico, foi optado pela esplenectomia devido a fatores anatômicos e presença de baço extranumerário em flanco
esquerdo. O exame anatomopatológico diagnosticou cisto esplênico epitelial benigno. Um exame cintilográfico, realizado seis meses após a cirurgia,
demonstrou tecido esplênico de pequeno volume impregnado por material radioativo, característico do órgão extra numerário. A descapsulação é um
método eficiente e seguro para o tratamento do cisto esplênico, com preservação do parênquima do baço de sua função imunológica, porém em casos
específicos deve-se realizar a esplenectomia.
1
Hospital Regional de Ilha Solteira, 2Hospital Unimed Araçatuba, São Paulo.
92
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.181
CISTO MESENTÉRICO VOLUMOSO COMO CAUSA DE SEMIOCLUSÃO INTESTINAL EM ADULTO JOVEM
Sheilane Rodrigues*, Carlos Alberto Toledo Martinez*, Mariana Dias Zanchetta*,
Cícero André Gomes Ribeiro*, Ruytemberg Oliveira Rodrigues*, Eduardo Augusto de ARAÚJO*,
Rogério do Carmo Moreira*, Lúcio Lucas PEreira*
RESUMO - Paciente do sexo masculino, 39 anos, procurou o serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Base do Distrito Federal com quadro de dor
abdominal difusa associada a náuseas e vômitos pós-prandiais, pirose e epigastralgia. Relato de perda ponderal de 15 Kg em 5 meses. Ritmo intestinal
alternando episódios de obstipação e diarreia. Ao exame físico apresentou submacicez em epigastro, mesogastro e hipocôndrio direito, com dor à palpação e percussão, hepatomegalia e episódios de distensão abdominal. Realizou tomografia computadorizada de abdome evidenciando volumosa lesão
cística em cavidade peritoneal inframesocólica, volume de 2.484 cm³ e hipótese diagnóstica de cisto omental ou cisto mesentérico. Durante investigação
foi realizada nova Tomografia e levantada hipótese de hérnia interna. Paciente foi submetido à laparotomia exploradora evidenciando volumosa lesão
cística em mesentério, com íntimo contato com alças intestinais de delgado e cólon, grande quantidade de aderências entre alças e entre alças de delgado
e o cisto. Biópsia da lesão evidenciando cisto mesentérico, citologia negativa para malignidade. Paciente permanece em acompanhamento ambulatorial.
*Hospital de Base do Distrito Federal, Brasília.
TL.C.MIS.P.182
CISTO MESENTÉRICO
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1,
Carlos Eduardo Garcia1, Marco Felipe Silva Fernandes2, Samir Ebaid1
RESUMO - Os cistos mesentéricos são tumores intra-abdominais raros, de múltiplas origens. Desde o primeiro relato feito por Benevienae em 1507,
aproximadamente 800-900 casos de cistos mesentéricos foram descritos na literatura. Sua incidência pode variar conforme os diferentes trabalhos, de
um em cada 27.000 a 250.000 admissões hospitalares, ou então de 1:20.000 crianças e 1:100.000 adultos. A sua distribuição é igual em ambos os sexos,
predominando na fase adulta da vida. A localização mais comum é no intestino delgado. Normalmente são tumores assintomáticos ou com manifestações clínicas discretas e não específicas. O diagnóstico é feito pela presença da massa abdominal, em investigações clínicas ou por quadro de abdome
agudo, principalmente durante o ato cirúrgico. Paciente do sexo feminino com quadro de dor durante pratica física em flanco direito. O diagnóstico foi
feito pela tomografia abdominal, que revelou um tumor cístico e compressão extrínseca do ureter direito. A operação não teve complicações e a doente
recebeu alta no terceiro dia de pós-operatório. O objetivo deste trabalho foi apresentar um caso de cisto mesentérico que apesar de sua incidência rara
segundo a literatura, deve ser investigado no diagnóstico diferencial em quadros de dor abdominal crônica.
1
Hospital Regional de Ilha Solteira, 2Hospital UNIMED Araçatubal, São Paulo.
TL.C.MIS.P.183
COLECISTECTOMIA PARCIAL VIDEOLAPAROSCÓPICA COMO TRATAMENTO DE COLECISTITE AGUDA
DE APRESENTAÇÃO INCOMUM
Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Ana Cristina ISA*, Rafael Lacerda Pereira FEICHAS*,
Ernesto Aparecido ALARCON JUNIOR*, Igor de Almeida Melo*, Thiago Bittencourt HASSEGAWA*,
Alexandre Augusto Pinto Cardoso*
RESUMO - Introdução - A colecistectomia parcial a Torek é uma opção a ser realizada em casos extremos. Relato de Caso - Paciente do sexo masculino,
oitava década de vida, com quadro arrastado de dor abdominal em hipocôndrio direito, tendo realizado diversos exames ultrassonográficos que evidenciavam colelitíase, sem sinais de colecistite aguda. Pela persistência do quadro de dor realizou CT de abdome que evidenciou massa hepática junto ao
leito vesicular, sendo optado por abordagem cirúrgica para diagnóstico diferencial entre colecistite aguda e tumor. Durante procedimento identificada
vesícula biliar com sinais inflamatórios e formação de cavidades abscedadas no leito hepático. Devido a friabilidade dos tecidos, para evitar-se lesões
iatrogênicas optou-se pela realização de colecistectomia parcial e drenagem tubulolaminar da cavidade. Evolução pós-operatória satisfatória, com fístula
biliar de baixo débito. Recebeu alta com dreno e realizou colangiorressonância posteriormente, que mostrou colédoco de calibre máximo de 7 mm e bom
fluxo biliar para o duodeno, além de mínima coleção residual. Retirado dreno sem intercorrências. Anatomopatológico confirmou colecistite aguda.
Conclusão - No presente caso, de apresentação incomum e evolução arrastada, houve sucesso no tratamento com colecistectomia parcial e drenagem
da cavidade.
*Hospital de Aeronáutica de São Paulo - HASP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
93
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.184
CONDILOMA ANAL GIGANTE: RELATO DE CASO
Lucas Teixeira de Ponton1, Rodrigo Gui Queiroz1, Eduardo Zegobia Forcacini1, Carlos Eduardo Garcia1,
Marco Felipe Silva Fernandes2, Samir Ebaid1
RESUMO - O condiloma acuminado gigante (CAG) é conhecido como tumor/síndrome de Buschke-Löwenstein (TBL), carcinoma verrucoso de Ackerman, ou como condilomatose pré-cancerosa de Delbaco y Unna. Sua incidência na população é de 0,1%. Histologicamente, apresenta aspecto benigno,
mas clínicamente demonstra comportamento de malignidade, ao infiltrar os tecidos adjacentes. Em um CAG é possível identificar coilocitose, mitoses
infrequentes, acantose (hiperceratose) e membrana basal intacta. O tumor de Buschke-Löwenstein apresenta 60 a 66% de recorrência após tratamento. O
rápido crescimento deste tumor costuma estar associado a deficiências da imunidade ou gravidez. Em 1975, Sturm chamou a atenção para a possibilidade
de degeneração maligna do CAG em carcinoma de células escamosas. O objetivo deste trabalho foi descrever o caso clínico de um condiloma acuminado
gigante (CAG) em um paciente portador da síndrome de imunodeficiência adquirida, uma vez que esta variedade de condiloma é pouco descrita na literatura. Apesar da indicação cirúrgica com ampla ressecção de tecido, que é a modalidade de tratamento mais eficaz, foi optado pelo paciente a eletrofulguração
das lesões com taxa de recidiva de 10% da área em 6 meses de seguimento. Em conclusão, deve-se sempre investigar a causa da imunossupressão e a cirurgia
com excisão ampla da lesão é a modalidade de tratamento mais eficaz, porém em casos especiais esta opção terapêutica pode ser abordada.
1
Hospital Regional de Ilha Solteira; 2 Hospital UNIMED Araçatuba, São Paulo.
TL.C.MIS.P.185
CONFECÇÃO DE VIAS ALIMENTARES POR LAPAROSCOPIA PARA NUTRIÇÃO ENTERAL: SÉRIE DE
CASOS
Leonardo Yoshio SATO*, Caroline SGANZERLA*, Bruno Sadayoshi Lara SHIMIZU*, Susan Sugisawa KAY*, Leandro Teodoro CRIPPA*,
José SAMPAIO Neto*, Alcides José BRANCO FILHO*, Luís Sérgio NASSIF*
RESUMO - Introdução - A manutenção do aporte nutricional é parte importante do tratamento em pacientes inaptos a manter dieta via oral. A nutrição enteral é mais segura, simples, barata e diminui o risco de infecções. A gastrostomia e a jejunostomia laparoscópica são procedimentos novos e vem
ganhando aceitação pelo baixo risco de complicações, fácil realização e menor morbidade. Objetivo - Avaliar indicações e complicações de confecção de
vias alimentares por laparoscopia. Método - Análise retrospectiva de pacientes submetidos à confecção de vias alimentares por laparoscopia pelo serviço
de Cirurgia Geral do Hospital Santa Casa de Curitiba, de maio/2012 a maio/2013. Resultados - Foram 7 pacientes submetidos à confecção laparoscópica
de via alimentar, sendo 3 jejunostomias e 4 gastrostomias. Um dos pacientes que realizou gastrostomia necessitou de conversão para jejunostomia por
extravasamento de conteúdo gástrico e dermatite ao redor da sonda, única complicação. Dos pacientes submetidos à jejunostomia, 1 foi por demência
por doença de Alzheimer e alto risco de broncoaspiração, 1 por câncer de esôfago distal e 1 por tumor em fossa nasal. Dos pacientes submetidos à
gastrostomia, 1 foi por sequela de acidente vascular cerebral, 1 por câncer de esôfago metastático e 2 por tumor de laringe. Conclusão - Confecção de
vias alimentares por laparoscopia para nutrição enteral parece ser uma alternativa reprodutível e útil, quando bem indicada pelo cirurgião e apresenta
baixos índices de complicação.
*Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Paraná.
TL.C.MIS.P.186
DIAGNÓSTICO TARDIO DE HÉRNIA INGUINAL ENCARCERADA COMO CAUSA DE SEPSE: RELATO DE CASO
Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Henrique Valério de Mesquita*, Leandro de Souza Lehfeld*, Tatiana Paschoalato*,
Gustavo da Silveira Trindade*, Rodrigo Broggio TEOFILO*, Inaiê Rodrigues Luz*
RESUMO - Introdução - A hérnia inguinal e suas complicações muitas vezes não são lembrados como diagnóstico diferencial de abdome agudo. Objetivo - Relatar caso de hérnia inguinal encarcerada diagnosticada tardiamente. Relato de Caso - Homem, 81 anos, com relato de dor abdominal com 1
semana de evolução, tendo procurado P.S. por diversas ocasiões, sem resolução. Iniciou quadro de vômitos abundantes e queda de Hb de 14,8 para 12,
sendo internado por hipótese de hemorragia digestiva alta. Evoluiu com piora clínica importante e foi transferido ao nosso serviço por sepse de foco
indeterminado. À admissão na UTI apresentava-se com sinais francos de choque séptico, abdome distendido e doloroso à palpação difusamente. Exames
laboratoriais evidenciaram insuficiência renal, hipercalemia, lactato elevado, anemia, leucocitose. Feita expansão volêmica, início de drogas vasoativas
e CT que evidenciou hérnia inguinal encarcerada com distensão de alças. Acionada equipe de Cirurgia Geral para abordagem cirúrgica. Durante o
procedimento paciente apresentou duas paradas cardiorrespiratórias, revertidas. Identificada alça de delgado obstruída, sem sinais de necrose. Para
abreviar o tempo cirúrgico, feita exteriorização da mesma (ileostomia) e fechamento da parede. Paciente evoluiu a óbito na UTI algumas horas mais
tarde. Conclusão - Não devemos olvidar o diagnóstico diferencial de hérnia inguinal complicada em casos de abdome agudo. O diagnóstico tardio foi
crucial para evolução desfavorável do presente caso.
*Hospital Renascença Campinas, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.187
DOENÇA DE CROHN ASSOCIADA À SÍNDROME DE FOURNIER - RELATO DE CASO
Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*, Jorge Francisco Soto VILLALBA*, Fábio Galvão VIDAL*,
Carlos Henrique Marques dos SANTOS*
RESUMO - Introdução - A Síndrome de Fournier é caracterizada por uma infecção aguda dos tecidos moles do períneo, com celulite necrotizante secundária a germes anaeróbicos ou bacilos gram-negativos, ou ambos. Objetivo - Descrever caso clínico de uma paciente admitida no Hospital Regional
de Mato Grosso do Sul com diagnóstico de Síndrome de Fournier. Casuística e Método - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - Paciente
AMM, 31 anos, sexo feminino, branca, com história de diarreia sanguinolenta há 9 meses, sem dor abdominal. Solicitados endoscopia digestiva alta,
que evidenciou úlcera em esôfago distal, e colonoscopia que evidenciou pancolite leve, com hipótese diagnóstica de Doença de Crohn. Tratada com
Azatioprina, boa resposta terapêutica. Paciente assintomática da doença de Crohn realizou colecistectomia para tratamento de colelitíase, evoluindo
no pós-operatório com exacerbação da pancolite, desenvolvendo a síndrome de Fournier em região perineal, submetida à debridamento cirúrgico e
antibioticoterapia de amplo espectro. Evoluiu com cicatrização parcial da ferida em 4 meses, e atualmente em tratamento com azatioprina, corticóides
sistêmicos e adalimumabe. Conclusão - A Doença de Crohn associada à Síndrome de Fournier é rara, no entanto o tratamento desta última não difere
independentemente de qualquer etiologia.
*HRMS, Mato Grosso do Sul.
TL.C.MIS.P.188
DUCTO CÍSTICO COM IMPLANTAÇÃO NA VIA BILIAR PELO DUCTO HEPÁTICO DIREITO
Nelson Maeda Machado*, Marcio Pedroso MIYAHARA*, Marcio Augusto Ferreira*,
Marcelo Vasconcellos Angelotti*, Adriano Visconti FACHIN*, Soraia Maria Féres MAEDA*
RESUMO - Introdução - As Variações na anatomia da via biliar extra-hepática há muito são conhecidas. Embora um estudo mais sério a cerca da
anatomia cirúrgica começou com advento da colecistectomia em 1882. Atualmente na era da videocirurgia, o estudo destas anomalias tem foco na
tentativa de evitar lesões inadvertidas da via biliar, com suas desastrosas consequências. Objetivo - Relatar os achados colangiográficos de uma paciente
submetida à colecistectomia com colangiografia intra-operatória em nosso Serviço, que apresentava uma variação anatômica de grande importância
cirúrgica. Casuís­tica - RRB, 31 anos feminina, diagnóstico de colelitíase. Método - Submetida à colecistectomia videolaparoscópica com colangiografia
intraoperatória. O ducto cístico foi dissecado e reparado e canulado com intracath para realização da colangiografia, onde observamos que o ducto
cístico penetrava na via biliar, no ducto hepático direito. Resultados - Após a identificação da alteração anatômica, cuidado redobrado foi empregado
na clipagem do ducto cístico para evitar a lesão ou angustiamento do ducto hepático direito. No pós-operatório, que ocorreu sem anormalidades, a
paciente recebeu alta, no 1º. Dia. Conclusão - As variações anatômicas da via biliar quando não detectadas podem levar a lesões graves da via biliar. A
colangiografia intraoperatória pode ter um papel importante consequentemente na prevenção destas.
*HUB, Brasília.
TL.C.MIS.P.189
EPIDEMIOLOGIA DO ACESSO VENOSO CENTRAL EM PACIENTES ADULTOS EM UMA UTI DE
HOSPITAL DE TRAUMA EM RECIFE-PE
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*,
Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - A cateterização venosa central é fácil e segura, de maneira geral. A preocupação com complicação mecânica e infecciosa
deve ser parte da avaliação da qualidade da UTI. Objetivos - Descrever características do paciente, do dispositivo intra-venoso e suas complicações
em pacientes adultos de uma UTI de Hospital do SUS - Recife/PE. Métodos - Estudo retrospectivo em pacientes internos na UTI adulto, entre agosto
e outubro de 2004. Resultados - Quinze pacientes preencheram os critérios de inclusão. O tempo médio de permanência do cateter foi de 15,4 dias.
A idade média dos pacientes foi de 40,46 anos. A veia subclávia direita foi a escolhida em 10 pacientes. Reanimação e monitorização foi a principal
indicação (10). Pneumotórax ocorreu em 3 situações (sendo em um caso, bilateral). A remoção do cateter foi por: fim da indicação da PVC (2), suspeita de foco infeccioso (3), infecção do sítio de punção (7), obstrução (1), fratura (1), indeterminado (2). Culturas positivas em 11 pacientes. Destes,
nove estavam em uso de antibióticos e quatro, com nutrição parenteral. Os germes isolados foram Staphylococcus aureus (1), Staphylococcus spp (2),
Pseudomonas sp (2), Bacilo Gram Negativo não-fermentador (3), Proteus mirabilis (1), Providência (1) e Candida (1). Conclusão - A cateterização
venosa central deve ser sempre avaliada à luz das características do ambiente hospitalar em que o paciente se encontra, pois pode acarretar complicações graves com evolução desfavorável.
*HR, Pernambuco.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.190
GASTROSQUISE E ONFALOCELE: AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS EPIDEMIOLÓGICOS E DA
MORTALIDADE PÓS-OPERATÓRIO DE RECÉM-NASCIDOS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA EM BELÉM - PA
EMANUEL JOSÉ BAPTISTA Oliveira*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Luiz Claudio Lopes Chaves*,
Allan Herbert Feliz Fonseca*, Marcelo do Prado Magalhães*, Luciana Fernandes Cavalleiro de MACÊDO*,
Rômulo José de Lima Veras*, Isabela Klautau Leite Chaves*
RESUMO - Introdução - Os defeitos congênitos da parede abdominal vêm apresentando relevância crescente como causa de sofrimento e prejuízos
à saúde da população, com destaque para onfalocele e a gastrosquise. Objetivos - Dessa forma, o presente trabalho objetiva avaliar parâmetros epidemiológicos, bem como a mortalidade pós-operatório de recém-nascidos com gastrosquise e onfalocole. Relato - Para isso, foram analisados dados
de 86 pacientes com diagnóstico dessas duas patologias. Os dados foram analisados estatisticamente. Com os resultados obtidos, observa-se que a
mortalidade nos casos de gastrosquise foi de 57,3%, enquanto que nos casos de onfalocele foi de 54,6%. A gastrosquise foi encontrada em 75 casos e
a onfalocele em 11, predominando o sexo masculino em 55,8%. As médias de idade materna e peso do recém-nascido foram 19 anos e 2200 gramas
nos casos de gastrosquise, e nos casos de onfalocele foram de 26 anos e 2695 gramas. A maioria dos partos ocorreu com média de 37 semanas de
idade gestacional.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
TL.C.MIS.P.191
GASTROSQUISE E ONFALOCELE: AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS EPIDEMIOLÓGICOS E DO TEMPO
MÉDIO DE JEJUM NO PÓS-OPERATÓRIO DE RECÉM-NASCIDOS EM NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
ATENDIDOS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM BELÉM - PA
Emanuel José Baptista Oliveira*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Allan Herbert Feliz Fonseca*,
Luciana Fernandes Cavalleiro de MACEDO*, Isabela Klautau Leite Chaves*, João Felipe da Costa Nunes*,
Aline Pozzebon Gonçalves*, Luiz Claudio Lopes Chaves*
RESUMO - Introdução - Os defeitos congênitos da parede abdominal vêm apresentando relevância crescente como causa de sofrimento e prejuízos à
saúde da população, com destaque para onfalocele e a gastrosquise. Objetivo - Dessa forma, o presente trabalho objetiva avaliar o tempo médio de jejum
no pós-operatório de gastrosquise e onfalocele de recém-nascidos mantidos em nutrição parenteral total até introdução da dieta enteral, além de avaliar
os parâmetros epidemiológicos. RESUMO - Para isso, foram analisados dados de 86 pacientes com diagnóstico dessas duas patologias. Os dados foram
analisados estatisticamente. Com os resultados obtidos, observa-se que o tempo médio nos casos de gastrosquise foi 12,1 dias, enquanto que nos casos
de onfalocele foi de 09 dias. A gastrosquise foi encontrada em 75 casos e a onfalocele em 11. Os neonatos com gastrosquise foram submetidos à correção
cirúrgica com fechamento primário em 85,3% dos casos, enquanto que na onfalocele em 90,9% foi realizado fechamento primário. Conclusão - Sendo
assim, o estudo conclui que os casos de onfalocele apresentam tempo médio de jejum inferior aos casos de gastrosquise.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
TL.C.MIS.P.192
GASTROSTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: DESCRIÇÃO DE TÉCNICA
José SAMPAIO Neto*, Leonardo Yoshio SATO*, Caroline SGANZERLA*, André Gustavo MASCHIO*,
Emanuel Antônio GRASSELLI*, Bruno Sadayoshi Lara SHIMIZU*, Denise Sbrissia e Silva GOUVEIA*,
Leandro Teodoro CRIPPA*
RESUMO - Introdução - A manutenção do aporte nutricional é parte importante do tratamento em pacientes inaptos a manter dieta via oral. A nutrição
enteral é mais segura, simples, barata e diminui o risco de infecções. A gastrostomia laparoscópica é um procedimento novo e vem ganhando aceitação
pelo baixo risco de complicações, fácil realização e menor morbidade. Objetivo - Descrever técnica de gastrostomia videolaparoscópica realizada pelo
Serviço de Cirurgia Geral da Santa Casa de Curitiba. Método - Análise retrospectiva de 4 casos com avaliação de vídeos das cirurgias. Técnica - Primeiro,
é realizada uma laparoscopia diagnóstica para avaliar se o paciente apresenta alguma contra indicação ao procedimento. Após inventário da cavidade,
a técnica utilizada consiste na abertura da parede anterior do estômago com introdução de sonda de gastrostomia, seguida de insuflação do balonete.
Realizado fixação da sonda com invaginação serosa utilizando PDS 3.0 e fixação da parede gástrica à aponeurose com prolene 2.0. Após o tempo laparoscópico, a sonda de gastrostomia é fixada a pele com sutura de fio inabsorvível. Conclusâo - A gastrostomia laparoscópica parece ser uma alternativa
reprodutível e útil, quando bem indicada pelo cirurgião e apresenta baixos índices de complicação.
*Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Paraná.
96
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.193
GIST DUODENAL SANGRANTE: UM RELATO DE CASO
Raimundo Rodrygo de Sousa Nogueira Leite*, Benjamin Ramos de ANDRADE Neto*, Paulo Henrique Dourado Figueiredo*,
Ricardo Rangel de Paula PESSOA*, Carlos Enéia Soares RICCA*, Liziane Hermogenes Lopes Nery*,
Bárbara Bianca Linhares de Medeiros*, Yan Novaes Dias FAÇANHA*
RESUMO - Introdução - Tumores estromais gastrintestinais (GIST) são as neoplasias mais comuns de origem mesenquimal que se originam do trato
gastrintestinal (TGI). Eles geralmente expressam a proteína c-kit e reagem com o anticorpo CD 117. Essas neoplasias podem se originar em qualquer
lugar do TGI e 3 a 5% dos GISTs surgem nos duodenos. Objetivo - Relatar um caso raro de hemorragia digestiva alta. Relato - Sexo feminino, deu
entrada com de quadro hemorragia digestiva alta, em choque hipovolêmico, mas com sensório preservado. Foi feita a reanimação volêmica. A EDA
revelou uma lesão elevada, não pulsátil, de aproximadamente 2 cm, ulcerada na superfície, em topografia de 2ª a 3ª porção duodenal. A TC de abdome
com contraste não mostrou lesão em topografia duodenal. Procedeu-se uma ecoendoscopia que mostrou lesão subepitelial em 3ª porção duodenal, em
4ª camada econdoscópica (muscular própria) de 3,7m de diâmetro, distando 10cm da papila de Vater. Foi feita exérese cirúrgica da lesão através de
enterectomia segmentar com anastomose duodeno-jejunal primária latero-lateral. A paciente evoluiu no pós-operatório sem intercorrências. O histopatológico demonstrou proliferação fusocelular de baixo grau em intestino delgado. Conclusão - Apesar de ser uma causa rara, a possibilidade de um
GIST duodenal sangrante deve ser aventada nos casos de hemorragia digestiva alta. As ressecções conservadoras são seguras e tem mesmos resultados
em termos oncológicos quando comparadas à duodenopancreatectomia.
*Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.
TL.C.MIS.P.194
HÉRNIA DE SPIEGEL TRATAMENTO POR VIDEOLAPAROSCOPIA
Nelson Maeda Machado*, Soraia Maria Féres MAEDA*, Marcio Augusto Ferreira*,
Marcelo Vasconcellos Angelotti*, Adriano Visconti FACHIN*
RESUMO - Introdução - A hérnia ventro-lateral, semilunar, para-retal externa ou hérnia de Spiegel caracteriza-se pela protusão de órgãos ou tecidos
pela linha semilunar. É uma afecção de tratamento cirúrgico e considerada rara. Objetivo - Relatar o caso de uma paciente com hérnia de Spiegel do
lado esquerdo, submetida ao tratamento videolaparoscópico. Casuística - GAO, feminina, 46 anos, há 6 meses com abaulamento em abdome à esquerda
aos esforços. Ultrasonografia de abdome com relato de hérnia de parede abdominal à esquerda com saco herniário. Método - Paciente foi submetida ao
tratamento videolaparosópico, sem intercorrências. Resultados - A paciente recebeu alta no 1º. PO. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial há 2
meses, sem queixas maiores ou sinal de recidiva. Conclusão - Podemos concluir que a hérnia de Spiegel é afecção rara, e o tratamento videolaparoscópico
pode ser feito com bom resultado.
*Clínica Gastrocentro, São Paulo.
TL.C.MIS.P.195
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA CRÔNICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Ricardo Estevam Martins*, Ignacio Leite da Costa*,
Adriana Tieme TANIGUCHI*, Frederico Gomide SANDOVAL*, Luis Eduardo Ataide REQUEL*,
José Felipe Freire Martins*, Gustavo Ziggiatti GUTH*
RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de hérnia diafragmática crônica, de provável etiologia traumática. Método - As hérnias diafragmáticas tardias
pós-traumatismo fechado são raras, de sintomatologia pobre e como tal de difícil diagnóstico. A taxa de incidência de rotura do diafragma, segundo
a literatura, varia de 0.8-3.3% de todos os politraumatizados. O diafragma esquerdo rompe mais frequentemente (69%) que o direito (24%), sendo a
bilateralidade descrita mais raramente (15%). Relato de Caso - Paciente feminina, 27 anos, com história de dispnéia aos esforços há mais de 10 anos, com
piora progressiva. Relatou complicação na segunda gestação, após cesária, devido à hérnia diafragmática, sem sucesso com tratamento cirúrgico via
abdominal na época, há cerca de 1 ano. Tomografia Computadorizada evidenciou atelectasia de pulmão direito e presença de múltiplos segmentos de
alças intestinais em hemitórax direito. Realizada correção cirúrgica via torácica, com sucesso. Apresentou boa evolução pós-operatória. Conclusão - A
abordagem preferencial é a via abdominal. Muitos autores defendem que nos casos das lesões à direita, em que existem intensas aderências pleurais à
cápsula do fígado, a abordagem via torácica é preferível, pois facilita a dissecção dessas aderências e possibilita a redução do fígado à sua posição abdominal. Sempre que se suspeita de hérnia diafragmática a opção deverá ser a cirurgia com redução dos órgãos herniados para a sua posição anatômica e
correção do defeito herniário.
*Santa Casa de Limeira, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
97
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.196
HÉRNIA EPIGÁSTRICA COMPLEXA
Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Norrara Amanda Teles Martins*, Ingrid Steltenpool Torminn Borges*,
Ana Carolina Henrique Aciolli Martins Soares*, Germana Jardim Marquez*, Renato Miranda de Melo*
RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeurótico
(anéis múltiplos) ≥ 10 cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade (IMC
≥ 30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdominal ≥ 20%,
independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Relato de Caso - Paciente masculino, 40 anos, IMC 31, cadeirante (paralisia cerebral e poliomielite), cifoescoliose torácica destro-convexa grave. Há 30 anos com protrusão epigástrica irredutível e cólicas. TC abdominal mostrou anel mesogástrico
de 8 cm e volume do saco herniário (1148 cm3) de 24% em relação ao da cavidade abdominal (4804 cm3), configurando perda de domicílio. Realizado
pneumoperitônio progressivo (7200 cm3 de ar ambiente), bem tolerado. Infelizmente, a hérnia não foi corrigida por impossibilidade de intubação traqueal, mesmo sob videolaringoscopia, nem de traqueostomia, limitadas pela obesidade, a conformação do pescoço e as sequelas neuromotoras associadas.
Conclusão - As planilhas de custo e remuneração dos planos de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos
daqueles mais simples. É premente que tais questões sejam reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravidade desses casos e na alta complexidade do seu tratamento.
*PUC-Goiás, Goiás.
TL.C.MIS.P.197
HÉRNIA INCISIONAL (HI) COMPLEXA: RELATO DE CASO
Germana Jardim Marquez1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1,
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Norrara Amanda Teles MARTINS1, Rafael Naves TOMÁS1, Renato Miranda de Melo2
RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeurótico
(anéis múltiplos) ≥ 10cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade (IMC ≥
30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdominal ≥ 20%,
independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Caso - Paciente masculino, 67 anos, IMC 34, etilista. Em fevereiro/2012 foi submetido à correção de hérnia umbilical encarcerada e, dois meses após, à colectomia direita por adenocarcinoma do ceco. Evoluiu com vômitos persistentes, diarréia
crônica e hérnia incisional mediana, detectada aos dois meses PO (anel de 12 cm + abdome em avental). Manteve o quadro diarreico que o fez perder
30 kg, sendo operado da hérnia, um ano após, pela transposição com o saco herniário e dermolipectomia. Conclusão - As planilhas de custo e remuneração dos planos de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos daqueles mais simples. É premente que tais
questões sejam reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravidade desses casos e na alta complexidade do
seu tratamento.
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás, 2Universidade Federal de Goiás. Goiás.
TL.C.MIS.P.198
HÉRNIA INCISIONAL COMPLEXA: RELATO DE CASO
Gilberto Borges do PRADO JÚNIOR*, Lucas Araújo Barbosa*, Ricardo Duarte MARCIANO*, Andre Rezek Rodrigues*,
Alexandre Augusto F. BAFUTTO*, João Gabriel Piccirilli MADEIRA*, Fernando Correia Amorim*, Renato Miranda de Melo*
RESUMO - Introdução - As hérnias incisionais (HI) ocorrem em 11% das laparotomias. O diâmetro do anel pode ultrapassar 10 cm, mas, por si só,
não reflete a magnitude do problema. Obesidade, úlceras, fístulas ou estomias e a perda de domicílio dificultam o manejo desses pacientes e aumentam
a frequência de complicações. Objetivo - Relatar um caso de HI complexa. Relato de Caso - Paciente feminina, 63 anos, hipertensa, IMC 47, tabagista,
apresentava HI infra-umbilical, volumosa, multirrecidivada, de múltiplos anéis, com aumento do volume nos últimos 3 meses. Realizou uma sessão de
pneumoperitônio pré-operatório (500 mL), que foi interrompido devido a desconforto abdominal. Evoluiu com choque séptico e bolha necrótica periumbilical. À laparotomia havia isquemia de alças de delgado, além de conteúdo purulento em cavidade peritonial. Realizou-se enterectomia extensa,
limpeza da cavidade e peritoniostomia. A paciente foi a óbito sete horas após. Discussão - A gravidade de uma hérnia não depende somente do tamanho
do anel, mas também ou sobretudo das comorbidades sistêmicas e locais que apresenta. O quadro clínico e a evolução dessa paciente justificam a tipificação desse caso como de uma hérnia incisional complexa. Concluímos que esses pacientes possuem prognóstico reservado e devem ser adequadamente
avaliados, preparados e conduzidos em serviços com capacidade plena instalada e equipe multiprofissional atuante.
*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
98
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.199
HÉRNIA INCISIONAL GIGANTE COM OCUPAÇÃO DE BOLSA ESCROTAL, TRATADA APÓS USO DE
PNEUMOPERITÔNEO PROGRESSIVO
Claudia Nishida Hasimoto*, José Guilherme Minossi*
RESUMO - Introdução - A correção das hérnias volumosas da parede abdominal constitui um grande desafio na prática cirúrgica, em virtude das dificuldades técnicas e do alto índice de complicações locais e sistêmicas, como a recidiva, a infecção e principalmente as complicações respiratórias e cardiovasculares. Em razão disso, muitos recursos têm sido utilizados no pré e no pós-operatório destas cirurgias, de modo a permitir a sutura dos tecidos sem
tensão e também prevenir as complicações anteriormente descritas. Relato de Caso - M.F., masculino, 63 anos, aposentado. Paciente apresentava queixa
de abaulamento abdominal após laparotomia realizada há 9 meses para o tratamento de hérnia inguinal encarcerada. Ao exame físico presença de grande abaulamento infra-umbilical, cujo conteúdo descia para a bolsa escrotal esquecida, anteriormente a musculatura da parede anterior. Foi realizada a
técnica do pneumoperitônio através de punção no hipocôndrio esquerdo com agulha de Veress sob anestesia local e após insuflação de 1 litro de CO2,
punção com agulha de intracath e colocação de cateter. Foi realizado injeção diária de ar ambiente (1 litro), durante 20 dias consecutivos. A correção do
defeito herniário foi realizado pela técnica de Stoppa, sem dificuldades ou intercorrências. Conclusão - O pneumoperitônio progressivo pré-operatório é
um recurso recomendado para o preparo desses pacientes e permite a correção desses defeitos complexos da parede abdominal.
*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.
TL.C.MIS.P.200
HÉRNIA LOMBAR COMPLEXA
Norrara Amanda Teles Martins*, Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Germana Jardim Marquez*,
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares*,
Renato Miranda de Melo*
RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeurótico (anéis múltiplos) ≥ 10cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade
(IMC ≥ 30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdominal ≥ 20%, independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Caso - Paciente masculino, 78 anos, IMC 32, portador de hipertensão arterial,
diabetes e insuficiência renal crônica, em hemodiálise. Submetido à nefrectomia direita por acesso lombar, em agosto/2012, na época com 105 kg/1,58
m (IMC 42). Apresentou infecção do sítio cirúrgico, evoluindo com hérnia incisional após quatro meses PO e, desde então, emagreceu 25 kg sob
orientação nutricional. Há dois meses, foi submetido à correção de sua hérnia, mediante colocação de grande tela de polipropileno em posição pré-peritonial e fechamento do defeito sobre ela, sem intercorrências e com evolução satisfatória até o momento deste relato. Conclusão - As planilhas
de custo e remuneração dos planos de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos daqueles mais simples.
É premente que tais questões sejam reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravidade desses casos e
na alta complexidade do seu tratamento.
*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
TL.C.MIS.P.201
HÉRNIA TRANS-MESENTÉRICA CONGÊNITA EM ADULTO: RELATO DE CASO
Marina Rodrigues Costa1, Amanda Rodrigues Scipião1, Stephane Nery de Castro1, Camilla Neves Jacinto1,
Maria Gabriela Motta Guimarães1, Paulo Victor Pontes ARAÚJO1, Caio Alcobaça MARCONDES2
RESUMO - Introdução - Hérnia interna congênita é uma protusão de víscera abdominal através de orifício no interior da cavidade abdominal e pélvica,
quando não há história de cirurgia prévia ou outra causa secundária. Objetivo - Relatar um caso de hérnia trans-mesentérica congênita. Relato de Caso
- RML, 84 anos, masculino, apresentou quadro de distensão e dor abdominal associada à parada de eliminação de flatos e fezes há cinco dias, sugerindo
obstrução intestinal. A tomografia computadorizada de abdome e pelve evidenciou distensão líquida de alças delgadas com níveis hidroaéreos, destacando-se concentração de alças ileais no flanco e na fossa ilíaca esquerda com deslocamento posterior do cólon descendente, densificação do mesentério
adjacente e engurgitamento vascular, com tortuosidade da artéria mesentérica superior que apresentava trajeto “desviado” na direção da fossa ilíaca
esquerda, sendo o conjunto sugestivo de hérnia interna (trans mesentérica). O paciente foi submetido à laparotomia exploradora com achado cirúrgico
de hérnia interna estrangulada com necrose em alça de intestino delgado. Foi realizada colostomia a mikulicz, com posterior reconstrução de trânsito
intestinal. Conclusão - As hérnias internas congênitas em adultos são condições raras (2% de todas as hérnias internas em adultos), sendo o diagnóstico
precoce e a intervenção cirúrgica imediata fundamentais para a boa evolução do quadro.
1
Universidade Federal do Ceará; 2Hospital Universitário Walter Cantídio, Ceará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
99
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.202
HÉRNIA UMBILICAL COMPLEXA
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares*, Germana Jardim Marquez*, Izabella Cristina
Cardozo Bomfim*, Norrara Amanda Teles Martins*, Renato Miranda de Melo*
RESUMO - Introdução - Hérnia complexa da parede abdominal é aquela com diâmetro transverso do anel herniário ou do defeito musculoaponeurótico
(anéis múltiplos) ≥ 10 cm, de qualquer localização, primária ou recidivada, associada a pelo menos uma das seguintes comorbidades: obesidade (IMC
≥ 30); abdome em avental; úlcera cutânea; fístula ou derivação externa (inclui a peritoniostomia); volume do saco herniário/cavidade abdominal ≥ 20%,
independente do tamanho do anel (perda de domicílio). Caso - Paciente masculino, 70 anos, IMC 33. Desde criança apresenta abaulamento da cicatriz
umbilical, que aumentou muito com o ganho excessivo de peso nos últimos 15 anos (168 kg/1,72 m = IMC 56). Há um ano foi submetido à cirurgia
bariátrica laparoscópica, estando atualmente com 98 kg. Refere cólicas frequentes. Ao exame, observa-se volumosa hérnia umbilical irredutível e abdome
em avental. US de parede abdominal mostra defeito ventral com 10 cm de diâmetro, contendo alças intestinais e omento, e diástase dos mm. retos de 5,6
cm. Está sob preparo para correção conjunta (herniorrafia umbilical + abdominoplastia). Conclusão - As planilhas de custo e remuneração dos planos
de saúde, públicos ou privados, não diferenciam o tratamento de quadros mais complexos daqueles mais simples. É premente que tais questões sejam
reexaminadas, reconhecendo a existência das hérnias complexas, com base na elevada gravidade desses casos e na alta complexidade do seu tratamento.
*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
TL.C.MIS.P.203
ICTERÍCIA COMO CONSEQUÊNCIA DE LITÍASE DA VIA BILIAR
Marina Tomaz ESPER*, Chadi Emil ADAMO*, Iuri Fernando Coutinho e Silva*, Bárbara Atanasia DOMINGUES*,
Sarson Rener Custódio de Oliveira*, Matheus Botelho Santos*, Lucas de Miranda GODOY*, Ricardo Alves Ribeiro de FARIA*
RESUMO - Introdução - A principal causa de icterícia obstrutiva é litíase da via biliar principal. Os cálculos são formados na vesícula biliar por
acúmulo de substâncias que podem se deslocar para as vias biliares obstruindo-as. Objetivo - Relato de Caso abordando a ictérica como consequência
de litíase de via biliar. Relato de Caso - J.S.,45 anos,sexo masculino,janeiro de 2013 iniciou dor no hipocôndrio direito (HD).Em maio, paciente com
icterícia e fezes esbranquiçadas. Chegou ao hospital com queixa de inapetência, astenia, náusea e dor em HD. A colangioressonância evidenciou
coledocolitíase. Foi diagnosticado com calculose de via biliar sem colangite ou colecistite sendo submetido a uma cirurgia de papilotomia e colecistectomia. Resultados - Com a obstrução da árvore biliar não ocorre liberação da bile para o intestino gerando o acúmulo desta no sangue.A bilirrubina
(BI) irá ser excretada pelos rins deixando a urina enegrecida e as fezes esbranquiçadas.Os rins não conseguirão excretar toda a BI que irá se acumular
nos tecidos causando icterícia e efeitos tóxicos.A ausência da bile no intestino pode acarretar má absorção de gorduras e vitaminas lipossolúveis.
A bile concentrada na árvore biliar pode gerar colonização bacteriana e infecções locais e/ou sistêmicas. Na icterícia obstrutiva o paciente pode
desenvolver hipotensão e insuficiência renal aguda. Conclusões - Como a obstrução das vias biliares pode sérios danos ao organismo é necessário
tratamento emergencial.
*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
TL.C.MIS.P.204
INFILTRADO NEUTROFÍLICO EM PULMÕES DE CAMUNDONGOS COM PERITONITE INDUZIDA
ASSOCIADA A LÍQUIDO COM PH ÁCIDO OU ALCALINO
Bruno Fagundes MUNIZ*, Moacir FERREIRA Jr*, Rafael Calvão Barbuto*, Luana Oliveira PRATA*,
Yuri Lobato Guimarães*, Cláudio Alvarenga Campos MAYRINK*, Marcelo Vidigal CALIARI*,
Ivana Duval Araujo*
RESUMO - Introdução - A peritonite bacteriana associa-se a complicações como a pneumonia. Objetivo - Determinar experimentalmente se o pH do
líquido na cavidade peritoneal pode aumentar o influxo de neutrófilos para o pulmão. Método - Induziu-se a peritonite em 24 camundongos por meio de
ligadura e punçao do ceco. Os animais foram distribuídos em três grupos. No primeiro, foi injetada salina com pH 7 na cavidade peritoneal. No segundo,
foi feita injeção de salina com pH 8,0 e no terceiro salina com pH 3,0. Após 2 horas, metade dos animais de cada grupo foi morta e a outra metade tratada
com lavagem da cavidade e antibióticos e mortos após 24 horas do tratamento. Foram feitas biópsias do pulmão de todos os animais, e feita morfometria
para determinar a contagem de neutrófilos em 20 campos aleatórios. Como padrão, foi feita contagem da população de neutrófilos em 3 animais não manipulados. Resultados - No grupo com peritonite e solução alcalina sem tratamento, houve maior população de leucócitos no pulmão (p=0,04), mas com
melhor resposta ao tratamento instituido, com redução dos leucócitos no pulmão. Os animais com peritonite associada ao liquid ácido não mostraram
redução da celularidade no pulmão após o tratamento, sugerindo persistência do estímulo inflamatório. Conclusão - A peritonite associada a conteúdo
com pH ácido promove reação infamatória sistêmica prolongada com maior risco de dano pulmonar apesar do tratamento instituido
*UFMG, Minas Gerais.
100
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.205
ÍLEO ADINÂMICO POR SEPSE FÚNGICA
Flávio MARIN FILHO1, Marcio Eduardo de Souza PEREIRA2, Luiz Augusto de Oliveira Fonseca1, Pedro Luiz Genaro1,
Caio Fernando Cavanus SCHEEREN1
RESUMO - Introdução - Íleo adinâmico também denominado íleo paralítico é definido como uma atonia reflexa gastrintestinal, onde o conteúdo não é
propelido através do lúmen, devido à parada da atividade peristáltica, sem uma causa mecânica.Objetivo - Descrever o caso de uma doente admitida no
Hospital Regional de Mato Grosso do Sul que apresentou diagnóstico de Íleo Adnâmico por causa incomum. Metodologia - Relato de Caso e revisão
por literatura. Resultados - HFS, sexo feminino, 23 anos portadora de paralisia cerebral, em uso de corticóide e anticonvulsivantes. Encaminhada do
interior do estado no 10º PO de apendicectomia com história de distenção abdominal importante associado à parada de eliminação de gases e fezes,
febre e sinais de sepse. Submetida a procedimento cirúrgico de urgência o qual evidenciou líquido seroso livre na cavidade com pequena lesão de serosa
em ceco e transverso, distenção de alças sem sinais inflamatórios ou isquêmicos, demais estruturas sem alterações sendo em seguida admitida no CTI.
Mantendo o quadro de entrada com febre persistente em uso de antibioticoterapia largo espectro, hemograma sem leucocitose, hemo/uro cultura negativa para bactéria, eletrólitos normais. No 8º DIH hemo/uro cultura positiva para Cândida albicans. Iniciado Micafungina após dois dias paciente evolue
com melhora importante e resolução do quadro. Conclusão - Íleo adinâmico é uma alteração comum no entanto sua resolução ocorre apenas com o
tratamento correto da causa a qual pode ser rara.
1
HRMS, 2SCCG. Mato Grosso do Sul.
TL.C.MIS.P.206
JEJUNOSTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA: DESCRIÇÃO DE TÉCNICA
José SAMPAIO Neto*, Leonardo Yoshio SATO*, Caroline SGANZERLA*, Liu ESTRADIOTO*, Marco Aurélio SEBBEN*, Rodrigo
Coutinho PASSOS*, Sulamita Shizuko OKAYAMA*, Diogo Francesco CASTOLDI*
RESUMO - Introdução - A manutenção do aporte nutricional é parte importante do tratamento em pacientes inaptos a manter dieta via oral. A nutrição
enteral é mais segura, simples, barata e diminui o risco de infecções. A jejunostomia laparoscópica é um procedimento novo e vem ganhando aceitação pelo
baixo risco de complicações, fácil realização e menor morbidade. Objetivo - Descrever técnica de jejunostomia videolaparoscópica realizada pelo Serviço de
Cirurgia Geral da Santa Casa de Curitiba. Método - Análise retrospectiva de 3 casos com avaliação de vídeos das cirurgias. Técnica - Primeiro, é realizada
uma laparoscopia diagnóstica para avaliar se o paciente apresenta alguma contra indicação ao procedimento. Então, o ângulo de Treitz é identificado e são
contados 20 cm de alça jejunal com fixação da alça ao peritônio parietal com fio de prolene 3.0. É realizada abertura da alça jejunal com eletrocautério,
introduzida uma sonda nasoenteral nº 16 e fixada com uma sutura em bolsa. É realizada fixação adicional do jejuno ao peritônio parietal com prolene 3.0. A
cavidade é desinsuflada sobre visualização direta para evitar acotovelamento da alça. E, por fim, a sonda é fixada a pele com fio inabsorvível. Conclusão - A
jejunostomia laparoscópica parece ser uma alternativa reprodutível e útil, quando bem indicada pelo cirurgião e apresenta baixos índices de complicação.
*Hospital Santa Casa de Misericórdia de Curitiba, Paraná.
TL.C.MIS.P.207
LESÃO DE VIA BILIAR EM VIDEOLAPAROSCOPIA COM FÍSTULA BILIAR E DRENO DE KEHR
LOCALIZADO EM REGIÃO DE BULBO DUODENAL
Rômulo José de Lima Veras*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Claudio Claudino Alves Almeida*,
Carolina Costa Beckman NERY*, João Felipe da Costa Nunes*, Isabela Klautau Leite Chaves*, Victor Soares Peixoto*,
Leonardo da Silva Santos*
RESUMO - Introdução - A litíase biliar é umas das patologias cirúrgicas mais comuns e a colecistectomia um dos procedimentos cirúrgicos mais realizados, sendo a via laparoscópica o método preconizado atualmente, sendo de suma importância conhecer suas posiveis complicações. Objetivo - Relatar
um caso de fistula de dreno de kehr para bulbo duodenal em um paciente que foi submetido à colecistectomia videolaparoscópica e que teve lesão de
colédoco durante o ato cirúrgico, seguida de coledocoplastia a kehr. Relato de Caso - Paciente de 49 anos com quadro de colelitiase foi submetido à colecistectomia VLP, sendo que durante a dissecção do triângulo de Calot, em virtude de múltiplas aderências, houve lesão do ducto colédoco de forma puntiforme. Procedeu-se a colocação do dreno de Kehr, coledocorrafia e colangiografia. Realizou-se CPRE para retirada dos cálculos no 3°Pós-operatório.
Submetido à nova colangiografia no 18º PO foi observado imagem sugestiva de coledocolitiase, com nova CPRE realizada. Entretanto a papilotomia
não revelou cálculo e a colangiografia feita no mesmo momento demonstrou que não havia enchimento de colédoco proximal, sendo evidenciado uma
fístula biliar, com o dreno de Kehr em região de bulbo duodenal. Optou-se por nutrição parenteral prolongada,com resolução do quadro fistuloso. Conclusão - Lesões da via biliar principal são de extrema importância e correção deve ser o mais precoce possível, pois as complicações decorrentes dessas
lesões podem ser de difícil reparo.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
101
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.208
LESÃO ESPLÊNICA COMO COMPLICAÇÃO DE COLONOSCOPIA
Guilherme KAPPAZ1, Rodrigo Biscuola Garcia1, Fernando Furln Nunes2, Juliana Abbus Ferreira2,
Renato Araujo Pereira2, Edison Dias RODRIGUES FILHO2, Ricardo Staffa2, Cely de Melo Bussons2
RESUMO - Introdução - A rotura esplenica pós Colonoscopia é uma complicação rara e com diagnóstico sempre realizado com radiologia, principalmente a tomografia. Relato - Mulher, 62 anos, Com quadro de dor abdominal após realização de colonoscopia eletiva. POT de cardioplastia laparotomica há 6 anos. Procurou PS com taquicardia, tendo resposta a volume e, após estabilização realizada TCD com material com densidade de snague em
cavidade, ar proximo de ângulo esplênico. Optado por laparotomia sendo observada grande quantidade de sangue em cavidade abdominal e duas lesões
esplênicas, um grau I e um grau III com Sangramento ativo. Optado por Esplenectomia com controle do sngramento e estabilização da paciente. Evolui
bem tendo alta no 4° PO. Discussão - A rotura esplênica pós colonoscopia é uma comploicação rara e por isso a dificuldade de diagnóstico precoce,
sendo, portanto, o diagnóstico realizado com auxilio de propedêutica armada, sendo a tomografia o exame a ser realizado. A esplenectomia na maioria
das vezes acaba sendo a opção terapeutica pelo grande sangramento ou dificuldade de dissecção da lesão.
1
Hospital Villa Lobos, 2Gastromed. São Paulo.
TL.C.MIS.P.209
LESÃO IATROGÊNICA DE ARTÉRIA HEPÁTICA DIREITA DURANTE COLECISTECTOMIA
VIDEOLAPAROSCÓPICA
Marcela Juliano Silva1, Tiago Ferreira PAULA2, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2,
Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes2, Letícia Ferreira Bueno1, Gustavo Inácio de Gomes Marques2,
Brenno Noleto de Souza Sieiro CONDE2, Manoel Lemes da Silva Neto2
RESUMO - Introdução - A lesão iatrogênica de via biliar (LIVB) é uma das complicações mais temidas associadas à colecistectomia, com incidência
variando de 0,1-0,6%. Apenas 15% destas são reconhecidas durante o próprio procedimento. Ocasionalmente, podem ocorrer também lesões vasculares,
principalmente com a artéria hepática direita (AHD). Casuística - Paciente de 56 anos, masculino, submetido à colecistectomia videolaparoscópica
(CVL). Durante o ato, houve ligadura da AHD, com impossibilidade de correção. Optou-se por conduta expectante. Dois meses após a CVL, o paciente
encontrava-se assintomático. A Tomografia Computadorizada (TC) de abdome evidenciou infarto/liquefação em lobo hepático direito (LHD), com
maior envolvimento dos segmentos V e VIII. Após dois meses, foi feita nova TC que mostrou controle do infarto no LHD e diminuição volumétrica
da área isquêmica, com melhora dos achados radiológicos em análise comparativa ao exame anterior. Hoje, 3 anos após a CVL, o paciente mantém-se
assintomático e em acompanhamento ambulatorial. Conclusão - A lesão vascular durante uma CVL é bastante rara. Pode levar a disfunção hepática
fulminante e a necessidade de transplante hepático de emergência. Poucos estudos reportam sobre este tipo de lesão. Sabe-se que é bastante complexa e
que requer cirurgiões experientes. Nesse caso, mostrou-se sucesso com conduta expectante.
1
PUC GO, 2SCMGO. Goiás.
TL.C.MIS.P.210
LESÃO IATROGÊNICA DE VIA BILIAR COMBINADA A UMA LESÃO DE ARTÉRIA
HEPÁTICA PÓS-COLECISTECTOMIA
Marcela Juliano Silva1, Tiago Ferreira PAULA2, Juliana Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes2, Tadeu Cavalcante Nogueira de França
Lacerda Lino2, Renata Silva de Mendonça LOUREDO2, Brenno Noleto de Souza Sieiro CONDE2, Manoel Lemes da Silva Neto2
RESUMO - Introdução - A lesão iatrogênica de via biliar (LIVB) é uma das complicações mais temidas associadas à colecistectomia. Ocasionalmente,
lesões do ducto biliar estão associadas a lesões vasculares, o que pode levar a disfunção hepática fulminante e a necessidade de transplante hepático de
emergência. O prognóstico dessas lesões está diretamente relacionado às condições do paciente. Casuística - Homem de 54 anos submetido à colecistectomia convencional devido a colelitíase. Evoluiu dois dias após a cirurgia com icterícia, colúria e acolia fecal. Exames laboratoriais com hiperbilirrubinemia de 15,0 à custa de direta e enzimas hepáticas bastante elevadas. Solicitado uma colangioressonância que evidenciou colecistectomia com moderada
colestase intra-hepática e “stop” abrupto ao nível da confluência dos ductos hepáticos, sem evidência de lesões expansivas. Na laparotomia exploradora
visualizou-se ligadura do ducto hepático comum e artéria hepática direita, além de fígado com padrão colestático e sem sinais de necrose. Realizado
hepatico-jejunoanastomose. Quanto à lesão da artéria hepática direita mantivemos conduta expectante devido a impossibilidade de correção da mesma.
Atualmente o paciente encontra-se assintomático. Conclusão - A LIVB associada à lesão de artéria hepática é bastante rara. O manejo destes pacientes
é bastante complexo e requer serviços de atenção terciária especializados no tratamento deste tipo de lesão.
1
PUC -GO, 2SCMGO. Goiás.
102
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.211
LESÕES IATROGÊNICAS DE VIAS BILIARES EM COLECISTECTOMIAS (CCT): DOIS CASOS
Marcela Juliano Silva1, Leandro Cancellara de Oliveira BARIANI 1, Emanuely Magalhães Melo Borges1, Letícia Ferreira Bueno1,
Bárbara Luiza Britto CANÇADO1, Tiago Ferreira PAULA2, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2, Manoel Lemes da Silva Neto2
RESUMO - Introdução - As lesões iatrogênicas de vias biliares (LIVB) são complicações com incidência progressiva nas CCT. Com o advento da
laparoscopia, as LIVB tiveram aumento de até 0,8 %. Relato 1 - Mulher de 38 anos submetida à CCT convencional por colelitíase. Iniciou quadro de
epigastralgia e icterícia 19 meses após a cirurgia. Colangiorressônancia (CRNM) evidenciou estenose de colédoco. Realizado dilatação endoscópica do
colédoco e colocado prótese. Três anos após, por recorrência dos sintomas, foi realizado hepático-jejunoanastomose em Y-de-Roux. Até o momento, assintomática. Relato 2 - Homem de 44 anos submetido à CCT videolaparoscópica. Uma semana após procedimento retorna com intensa dor em abdome
superior, vômitos e icterícia. CRNM revelou moderada dilatação das vias biliares intra-hepáticas com “stop” abrupto no nível da confluência dos hepáticos, onde havia artefatos de clipes cirúrgicos além de trajeto fistuloso entre a confluência dos hepáticos e volumosa coleção intraperitoneal adjacente ao
hilo hepático. Com o diagnóstico de fístula de ducto hepático comum e bilioma, foi realizado hepatico-jejunoanastomose em Y-de-Roux. Atualmente,
assintomático. Conclusão - A reconstrução do trajeto biliar, por meio da hepatico-jejunoanastomose em Y-de-Roux permanece sendo a terapêutica de
escolha. Com estes casos, busca-se ressaltar a importância em controlar os fatores que predispõe às LIVB, tais como uma técnica dissecção meticulosa
e uma atenção às variações anatômicas possíveis.
1
PUC-GO, 2SCMGO, Goiás.
TL.C.MIS.P.212
MANEJO DE PACIENTES COM APENDICITE GRAU IV ATRAVÉS DE APENDICECTOMIA, CECOSTOMIA E
DIETA ORAL DE ALTA ABSORÇÃO: QUATRO RELATOS DE CASOS
Micaelle Jozinne Gonçalves Fernandes Cardoso1, Marina Rodrigues Costa2, Lissa Beltrão Fernandes3, Thiago Costa MAIA3,
Sarah Barreira CAVALCANTE3, Vanessa Rodrigues Costa4, Antônio Aldo MELO FILHO1
RESUMO - Introdução - A apendicite é causa mais comum de abdome agudo cirúrgico e, apesar da literatura extensa, o manejo da apendicite complicada é contraditório. Objetivo - Relatar quatro casos de pacientes pediátricos que apresentaram apendicite grau IV e tiveram como conduta apendicectomia e cecostomia, com uso de terapia com dieta oral de alta absorção. Relatos - Quatro pacientes, com média de idade de 9 anos, apresentavam clínica
sugestiva de apendicite aguda, com dor abdominal, diarreia, febre e dor à palpação da fossa ilíaca direita, dentre os principais sintomas. Os pacientes
foram submetidos à laparotomias exploradoras nas quais os achados foram compatíveis com apendicite grau IV, com o ceco apresentando-se bastante
friável. Foram realizadas apendicectomia e cecostomia protetora, direcionando uma fístula estercoralis. Os pacientes iniciaram dieta oral de alta absorção precocemente, evoluindo com fechamento espontâneo da fístula, com intervalo de tempo de fechamento da fístula variando em torno de 15 dias, sem
necessidade de novas abordagens. Conclusão - A cecostomia como direcionamento de fístula estercoralis em crianças com apendicite grau IV mostrou-se
segura e efetiva. A terapia utilizando dieta oral de alta absorção possibilita fechamento espontâneo da fístula, evitando longos períodos de jejum, dieta
parenteral ou nova abordagem cirúrgica.
1
Hospital Infantil Albert Sabin, 2Universidade Federal do Ceará, 3Universidade Federal do Ceará, Ceará. 4Universidade Federal da Paraíba, Paraíba.
TL.C.MIS.P.213
METÁSTASE HEPÁTICA EM CARCINOMA FOLICULAR DA TIREOIDE
Tiago Ferreira PAULA1, Marcela Juliano Silva2, Norrara Amanda Teles Martins2, Brenno Noleto de Souza Sieiro CONDE1, Juliana
Wanderley Roosevelt Coutinho Gomes1, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino1, Manoel Lemes da Silva Neto1, Gustavo
Inácio de Gomes Marques1
RESUMO - Introdução - O Carcinoma Folicular da Tireoide (CFT) constitui cerca de 10% de todas as doenças malignas da tireoide. É uma neoplasia
maligna do epitélio da tireoide que se apresenta como uma massa tireoidiana assintomática. Pode metastatizar para pulmão, osso, fígado e outros locais,
via hematogênica. Casuística - Paciente masculino, de 73 anos, que apresentava em tomografia computadorizada (TC) de abdome pequena lesão nodular
no segmento II do lobo esquerdo hepático, sugestiva de cisto simples. Realizou nova TC de controle um ano após que evidenciou volumosa lesão expansiva sólida e com extensa área central de necrose/degeneração cística, de dimensões acentuadamente aumentadas quando comparada ao exame anterior.
Marcadores tumorais sem alterações. Foi submetido à hepatectomia esquerda e o anatomopatológico evidenciou carcinoma de padrão folicular com perfil imunohistoquímico de tireóide como sítio primário. Posteriormente, foi submetido a tireoidectomia total. Em ressonância magnética de coluna dorsal,
foi evidenciado lesão expansiva no corpo vertebral e pedículo direito de T8, com extensão paravertebral a direita e para o canal vertebral com aparente
envolvimento de raiz de T8 a direita. Foi iniciado radioterapia e tosilato de sorafenibe. Conclusão - O CFT apresenta maior disseminação para ossos e,
raramente, para fígado. A importância deste caso reside na raridade da disseminação hepática e na ocorrência clínica mais frequente em mulheres idosas.
1
SCMGO, 2PUC-GO, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
103
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.214
NECROSE AGUDA DA VESÍCULA BILIAR COM FORMAÇÃO DE BILIOMA, SECUNDÁRIA À CÁLCULO
OBSTRUTIVO DO COLÉDOCO
Claudia Nishida Hasimoto*, Irio GONÇALVES Júnior*, José Guilherme Minossi*
RESUMO - Relato de Caso - Paciente 45 anos, feminina, deu entrada com história de dor abdominal em hipocôndrio direito, com irradiação para todo
hemi-abdome direito, com início há 15 dias, acompanhado de náuseas e vômitos. Negava icterícia, colúria e acolia. Sabidamente portadora de colelitíase.
Negava outras comorbidades. No exame físico de entrada encontrava-se em REG, dispnéica, abdome globoso, distendido, doloroso à palpação de hemi-abdome direito, principalmente em HCD. Exames laboratoriais: BT-2,33, FA-224, gama GT-318, amilase-9. TC de abdome: dilatação de colédoco (1,8
cm) até região da cabeça pancreática, vesícula biliar de paredes finas, sem cálculos. Presença de coleção líquida em região abdominal direita. A ressonância de abdome revelou dilatação de vias biliares intra e extra-hepáticas com falha de enchimento de 3,2 x 2,2 x 1,9 cm, vesícula biliar de dimensões reduzidas e coleção líquida no recesso hepato-cólico. Paciente foi submetida à laparotomia exploradora que evidenciou vesícula biliar de dimensões reduzidas,
murcha e com necrose puntiforme em parede posterior e sem cálculo, presença de um grande cálculo no colédoco e realizado drenagem de cinco litros de
bilioma. Paciente evoluiu bem. Comentário - A necrose da vesícula biliar é um achado raro, sendo mais comum em mulheres idosas, embora tenha sido
relatada em todos os grupos etários. Manifesta-se clínicamente semelhante à colecistite aguda e quando o diagnóstico é precoce o prognóstico é bom.
*Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.
TL.C.MIS.P.215
NEOPLASIA ESOFÁGICA E GÁSTRICA SINCRÔNICAS - RELATO DE CASO
Pedro Luiz Genaro*, Julio Cézar Martins Aquino*, Caio Fernando Cavanus SCHEEREN*, Marina Balbuena BUAINAIN*,
Jorge Francisco Soto VILLALBA*, Fabio Galvão VIDAL*, Diogo Gome AUGUSTO*
RESUMO - Introdução - O carcinoma epidermóide de esôfago tem frequente associação com neoplasias do trato aerodisgestivo, sendo a associação com
lesões não-aerodigestivas infrequentes. Objetivo - Descrever o caso de um paciente admitido no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul com diagnóstico de neoplasia esofágica e gástrica sincrônicas. Metodologia - Relato de Caso e revisão de literatura. Resultados - CS, sexo masculino, 56 anos, etilista
crônico e tabagista de longa data, com história de hematêmese e melena há 8 dias. Ao exame físico apresentava-se caquético, desidratado e hipocorado
4+/4+, porém estável hemodinamicamente. Nos exames laboratoriais apresentava anemia importante com hemoglobina de 2,0 g/dL e hematócrito de
6,6%. Realizada transfusão imediata de 3 concentrados de hemácias e submetido a EDA, compatível com lesão elevada de esôfago e lesão ulcerada
gástrica, sendo enviado material para anatomopatológico. O anatomopatológico foi compatível com carcinoma escamoso invasivo moderadamente
diferenciado de esôfago e adenocarcinoma tubular invasivo pouco diferenciado de estômago. Paciente foi submetido a laparotomia para confecção de
jejunostomia alimentar pela técnica de Witzel, pois a doença gástrica era irresecável de acordo com o estadiamento. Conclusão - A presença de lesões
sincrônicas de esôfago e estômago é rara, mas deve sempre ser pesquisadas, pois possuem os mesmos fatores de risco e se descobertas no início podem
ser ressecadas com boa chance de cura.
*Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso do Sul.
TL.C.MIS.P.216
NEOPLASIAS PRIMÁRIAS MÚLTIPLAS: QUATRO SÍTIOS PRIMÁRIOS EM DOIS ANOS. RELATO DE
CASO
Rinaldo Antunes Barros*, Eduardo de Souza Barreto*, Felipe Carvalho LEÃO*, Léo Dantas Pereira*,
Lorenza Andrés Almeida de Souza*, Lucas Almeida Santana ROCHA*, Mariana May CEDRO*
RESUMO - Introdução - As Neoplasias Primárias Múltiplas se configuram como neoplasias malignas, com sítio e histologia diferentes da primeira,
excluindo a possibilidade de que a segunda seja metástase da primeira. Objetivo - Relatar caso clínico de Neoplasia Primária Múltipla. Relato de Caso C.N.P., sexo feminino, 52 anos, admitida com Abdômen Agudo Obstrutivo por Neoplasia de Cólon Transverso, foi submetida à colectomia segmentar.
O anatomopatológico evidenciou adenocarcinoma moderadamente diferenciado, (T3N0M0), sem indicação de terapia adjuvante. Após quatro meses,
apresentou nódulo sólido em mama direita de aproximadamente 2 cm no seu maior diâmetro, no qual foi constatado carcinoma ductal infiltrativo,
sendo submetida à quadrantectomia com pesquisa de linfonodo sentinela negativo, seguida de quimioterapia adjuvante por quatro meses. Após dois
meses, apresentou lesão vegetante em 2ª porção duodenal irressecável, invadindo as vias biliares, vasos mesentéricos, veia porta e rim direito, com biópsia
evidenciando adenocarcinoma indiferenciado. Notou-se outra lesão em rim esquerdo sugestiva de neoplasia de outro sítio, estando em tratamento oncológico paliativo. Conclusão - Além da raridade do quadro, este relato de Caso chama a atenção para a dificuldade na elucidação diagnóstica definitiva
dessa mutação oncogênica. Aguça-se o interesse pelo conhecimento da patogenia e reforça-se, então, a necessidade de estabelecer mais estudos para
auxiliar na condução de casos como esse.
*Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia.
104
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.217
O USO DE TOXINA BOTULÍNICA DO TIPO A NAS HÉRNIAS COM PERDA DE DOMICÍLIO
Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares1, Renato Miranda de Melo1, 2, Norrara Amanda Teles Martins1,
Ingrid Steltenpool Torminn Borges1, Germana Jardim Marquez1, Izabella Cristina Cardozo Bomfim1
RESUMO - Introdução - As hérnias com perda de domicílio constituem desafio para o cirurgião, uma vez que a redução do conteúdo herniado pode
causar aumento súbito da pressão intra-abdominal e síndrome compartimental, com morbi-mortalidade elevada. Além do pneumoperitônio progressivo
pré-operatório, a aplicação de toxina botulínica do tipo A - TBA (IBARRA-HURTADO, 2009), ao provocar a paralisia temporária da musculatura
parietal, distendendo-a, é uma alternativa promissora nesses casos, pois permite a redução do conteúdo herniado e a correção da hérnia sem causar as
consequências da hipertensão cavitária. Caso - Paciente feminina, 62 anos, IMC 32. Hérnia epigástrica há 18 anos, corrigida, mas recidivada, progressivamente maior, culminando em perda de domicílio. TC de abdome mostrou anel com 8 cm de diâmetro e volume abdominal de 4.380cm³. Foi aplicada
a toxina em 5 pontos a cada lado na musculatura oblíqua do abdome. Após 6 semanas, o anel herniário estava inalterado, mas o volume da cavidade
ampliou em 25% (5.504 cm³). No PO imediato, necessitou de ventilação mecânica, durante 48h, evoluindo sem outras complicações. Conclusão - A
aplicação pré-operatória da TBA é medida efetiva para ampliar a cavidade abdominal. Entretanto, pelo fato de apenas distender a musculatura parietal,
não trabalha o músculo diafragma, o que explica a dificuldade ventilatória observada. É fundamental associar a fisioterapia respiratória e motora, para
reduzir essa grave complicação.
1
PUC-GO, 2UFG, Goiás.
TL.C.MIS.P.218
OBESIDADE E O DIABETES - A IMPORTÂNCIA DA CIRURGIA BARIÁTRICA
Danielle Mendonça Andrade1, Gabriel Maranhão Silva1, Renata Isabela Feitosa de CARVALHO2,
Anna Marcella Quintanilha Barbosa de Mello1, Paula Bittencourt VASCONCELLOS1, Isadora Teles SANJUAN3,
Luan Fellipe Bispo Almeida4, Bruna NOVIELLO1
RESUMO - Objetivo - Descrever a eficácia da Cirurgia Metabólica em portadores de DM2 e discutir os mecanismos de reversão da comorbidade. Metodologia - Transversal, a partir da análise de 10 artigos nos anos de 2011-12 no Scielo, sobre bariátrica, remissão de DM2. Resultados - Objetivo inicial
a perda de peso, foi observada importante melhora e até mesmo controle definitivo do DM2 após a Derivação gastrojejunal em Y-de-Roux; assim como
em outras técnicas. Remissão da doença em 82,9% dos pacientes após este procedimento cirúrgico. A média do IMC no pré-operatório era de 42 e após
seis meses 29,6. Demonstrou-se que mais mulheres fizeram parte dos participantes; com idade entre 20-58 anos; Tendo redução dos níveis de glicemia de
jejum e pós-prandial, Hb glicada, insulina, lipidograma e pressão arterial. O seguimento se deu de forma ambulatorial após 7 dias de, 1, 3 e 6 meses da
cirurgia. A técnica padrão ouro foi a Fobi-Capella em Y-de-Roux. Os principais mecanismos de mudança glicêmica se dão à exclusão duodenal que reduz
capacidade absortiva. A neoglicogênese intestinal aumentou. O rearranjo da anatomia do intestino proximal leva a um efeito benéfico na homeostase da
glicose independente dos níveis de GLP1 ou alteração no peso. Conclusão - Seguindo as indicações da SBD submeteram-se a cirurgia, podendo-se inferir
que é meio eficaz de perda de peso e normalização de medidas laboratoriais utilizadas no diagnóstico da Síndrome Metabólica.
1
UNIFESO, Rio de Janeiro; 2UNIT, Sergipe; 3Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Bahia; 4UFS, Sergipe.
TL.C.MIS.P.219
PANCREATITE CRÔNICA COM EVOLUÇÃO ATÍPICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Ciro Eduardo FALCONE*, Adriana Tieme TANIGUCHI*, Frederico Gomide SANDOVAL*,
Luis Eduardo Ataide REQUEL*, Ricardo Estevam Martins*, José Felipe Freire Martins*, Gustavo Ziggiatti GUTH*
RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de pancreatite crônica com evolução atípica. Método - As pancreatites de etiologia alcoólica evoluem para cronicidade se mantido o agente causal, podendo apresentar-se clínicamente de formas diversas. Relato de Caso - Paciente masculino, 30 anos, internado
devido a dor abdominal associada à vômitos há 3 meses. História de etilismo crônico pesado. Tomografia Computadorizada (TC) de abdome evidenciou
esteatose hepática, sinais de pancreatite (Balthazar B), e espessamento de última porção duodenal e jejuno. Após 48 horas, nova TC com administração
de contraste via oral, mostrou espessamento de porção final de duodeno, com obstrução total, sem passagem de contraste. No 3º dia de internação
hospitalar o paciente evoluiu com piora da dor abdominal, sinais de irritação peritoneal e queda nos níveis hematimétricos, sendo indicada laparotomia
exploradora. No inventário da cavidade observou-se hemoperitônio, duodeno endurecido, friável e edematoso, lesões típicas de pancreatite junto ao
ângulo de Treitz (lesões em “Pingo de Vela”), realizada tentativa de passagem de sonda nasoenteral sem sucesso, optado por realização de gastro-entero
anastomose. O paciente evoluiu favoravelmente. Realizada Endoscopia Digestiva Alta após 01 mês que evidenciou apenas gastro-entero anastomose,
sem outras alterações. Conclusão - Na pancreatite de etiologia alcoólica a apresentação clínica pode variar, simulando quadros obstrutivos frequentemente encontrados em doenças neoplásicas.
*Santa Casa de Limeira, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
105
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.220
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA UTILIZAÇÃO DO CATETER VENOSO CENTRAL EM PACIENTES
ADULTOS NA ENFERMARIA DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL PÚBLICO, TERCIÁRIO EM
RECIFE/PE
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*,
Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - Os pacientes submetidos à cirurgia de emergência, assim como, cirurgias eletivas maiores devem ser monitorizadas. A colocação do cateter venoso central é útil e simples podendo contribuir para a identificação precoce de alteração patológica do perioperatório. Objetivos
- Descrever características da população adulta submetida à cateterização venosa central e suas complicações, na enfermaria de cirurgia geral de um
hospital do SUS-Recife/PE. Métodos - Estudo realizado entre agosto e outubro de 2004 em pacientes adultos submetidos à punção venosa central.
Resultados - Trinta e três pacientes preencheram os critérios de inclusão. A idade média entre eles foi 46,87 anos. O tempo médio de permanência do
cateter foi 10,21 dias. O motivo da remoção do cateter foi fim da indicação (10), suspeita de foco infeccioso (7), infecção do sítio de punção (6), choque
pirogênico (1), obstrução (1), fratura (1), indeterminado (6). Cultura com crescimento bacteriano ocorreu em 25 casos. Os germes foram Staphylococcus
aureus (9), Staphylococcus spp (8), Staphylococcus epidermidis (2), Staphylococcus coagulase-negativo (1), Klebisiella (1), Pseudomonas sp (1), Bacilo
Gram Negativo não-fermentador (2), Proteus mirabilis (1). Ocorreu um óbito relacionado com sepse de origem da corrente sanguínea. Conclusão - Estudos epidemiológicos sobre procedimentos invasivos devem ser estimulados, pois poderá proporcionar informações sobre a melhor escolha e manejo
de futuras complicações.
*HR, Pernambuco.
TL.C.MIS.P.221
PERÍODO DE AFASTAMENTO DO TRABALHO APÓS COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Willian Pires de Oliveira Júnior*,
Walter Ludwig Armin Schroff*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schilittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*
RESUMO - Introdução - Texto que usou artigos da literatura para determinação de um período seguro de retorno ao trabalho após colecistectomia
videolaparoscópica. Objetivo - determinar, em dias, o tempo seguro de retorno ao trabalho após uma videocolecistectomia. Casuística - Avaliação de 5
trabalhos que totalizaram 1.021 pacientes submetidos a colecistectomia por videolaparoscopia e que tiveram seu período de convalescença acompanhado para determinação do período necessário de afastamento das atividades laborais. Método - Feita a pesquisa no PubMed contendo os termos tempo
de afastamento, atestado médico e colecistectomia videolaparoscópica. Obtidos os 5 trabalhos tendo sido feito o cálculo da média de dias de afastamento
do trabalho após a videocolecistectomia ponderada pela amostra de cada trabalho. Resultados - Foi obtida uma média de 13,5 dias; uma média ponderada pela amostra de 11 dias de afastamento; sendo o trabalho com menor média teve média de 7 dias e a maior média foi de 22 dias. Conclusão - É seguro
o retorno ao trabalho em 11 dias após uma videocolecistectomia.
*HFA, Brasília.
TL.C.MIS.P.222
PERÍODO DE AFASTAMENTO DO TRABALHO APÓS HERNIORRAFIA INGUINAL À LICHTENSTEIN
Diego Antonio Calixto de Pina Gomes Mello*, Wendel dos Santos Furtado*, Walter Ludwig Armin Schroff*,
Willian Pires de Oliveira Júnior*, Herminio José de Lima Moura*, Lucas Schlittler Neves*,
Raphael Cabral de Almeida*
RESUMO - Introdução - Texto que usou artigos da literatura para determinação de um período seguro de retorno ao trabalho após herniorrafia inguinal
à Lichtenstein. Objetivo - determinar, em dias, o tempo seguro de retorno ao trabalho após uma herniorrafia inguinal à Lichtenstein. Casuística - Avaliação de 4 trabalhos que totalizaram 855 pacientes submetidos a herniorrafia inguinal à Lichtenstein e que tiveram seu período de convalescença acompanhado para determinação do tempo necessário de afastamento das atividades laborais. Método - Feita a pesquisa no PubMed contendo os termos
tempo de afastamento, atestado médico e herniorrafia à Lichtenstein. Obtidos os 4 trabalhos tendo sido feito o cálculo da média de dias de afastamento
do trabalho após a cirurgia ponderada pela amostra de cada trabalho. Resultados - Foi obtida uma média de 18,27 dias; uma média ponderada pela
amostra de 24,49 dias de afastamento; sendo o trabalho com menor média teve média de 17 dias e a maior média foi de 21 dias. Conclusão - É seguro o
retorno ao trabalho em 24,49 dias após uma herniorrafia inguinal à Lichtenstein.
*HFA, Brasília.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.223
PNEUMOPERITÔNEO SERIADO COMO OPÇÃO NO TRATAMENTO DAS HÉRNIAS GIGANTES
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*,
Guilherme Augusto Y. Seimaru*, Mario Henrique Grilo*, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho*
RESUMO - Introdução - A hérnia incisional, por definição, consiste na protrusão de vísceras abdominais através de orifícios ou áreas da parede abdominal anormalmente enfraquecida. Representa a falência da via de acesso empregada ou a síntese defeituosa dos planos anatômicos parietais. Podem
ser classificadas em hérnias de pequenas e médias (anel de até 6 cm), grandes (= 10 cm), gigantes (= 20 cm) e monstruosas (> 20 cm). A correção das
hérnias gigantes constitui um desafio técnico, devido ao alto índice de recidiva e alta morbimortalidade. Objetivo - Discutir o tratamento das hérnias
incisionais gigantes através com relato de 2 casos e revisão de literatura. Resultados - Foram realizados 2 casos de hérnias gigantes,pacientes do sexo
masculino, um com 62 anos e outro com 67 anos, através do pneumoperitôneo progressivo pré-operatório realizado por 14 dias. Os procedimentos de
punção e insuflação ocorreram sem intercorrências. A técnica cirúrgica consistiu na colocação de tela pré-peritoneal, deixando parte da tela exposta. Um
dos pacientes recebeu alta no 7 po. O outro paciente desenvolveu fasciíte necrotizante no 17 po e evoluiu a óbito. Ambos não apresentaram sintomas de
síndrome compartimental. Conclusão - A técnica do pneumoperitôneo induzido pode representar uma alternativa viável e barata no tratamento destas
hérnias, restabelecendo o equilíbrio conteúdo X continente da cavidade abdominal, porem não parece diminuir os índices de recidiva, nem a morbimortalidade do procedimento.
*Hospital Regional do Vale do Paraiba - HRVP, São Paulo.
TL.C.MIS.P.224
PNEUMOPERITÔNIO PROGRESSIVO NO TRATAMENTO DE HÉRNIA INCISIONAL COM PERDA DE
DOMICÍLIO: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
Miki Mochizuki1, Letícia Franceschi2
RESUMO - Apesar do desenvolvimento de novos materiais para síntese de parede e o aumento do número de procedimentos vídeo-laparoscópicos, as
hérnia incisionais continuam a ocupar uma boa parte do quotidiano dos serviços de cirurgia. Felizmente, na grande maioria dos casos, com boa técnica
e bons materiais é possível a realização do tratamento através de abordagem direta, sem maiores dificuldades. Há, entretanto, aqueles casos que chamam
atenção ainda na sala de espera pelo volume e, no consultório, pelo desafio que configuram para o cirurgião e para o paciente. Muitas estratégias surgiram nas últimas décadas e já estão bem estabelecidas na literatura médica, mas precisam ser rememoradas de tempos em tempos. Recentemente, em
nosso serviço, deparamos com um caso com uma hérnia com perda de domicílio e a documentação do caso foi bastante ilustrativa e por isso decidimos
fazer o relato do caso e compartilhar as imagens do processo.
1
HFC, 2UFSCar, São Paulo.
TL.C.MIS.P.225
PRESENÇA DO TNF NO LÍQUIDO PERITONEAL DE CAMUNDONGOS COM PERITONITE BACTERIANA
EM MEIO ÁCIDO OU ALCALINO
Gabriel Mendonça Netto*, José Gonçalves Jr*, Rafael Calvão Barbuto*, Yuri Lobato Guimarães*, Silvânia Ferreira*, Ivana
Duval Araujo*
RESUMO - Introdução - A peritonite causa ativação de macrófagos peritoneais e inflamação e sepse sistêmica. O pH do líquido irritante pode
influenciar essa inflamação. Objetivo - Avaliar a secreção de TNF e IL6 pelo peritônio após peritonite induzida e infusão de solução ácida, neutra
ou alcalina. Metodologia - 48 camundongos swiss submetidos à ligadura e punção do ceco foram distribuídos em 3 grupos. No primeiro grupo, foi
infundida na cavidade peritoneal salina com pH 7,0. No segundo grupo, infundida salina com pH 3,0, e no terceiro grupo infusão de salina com pH
9,0. 8 animais de cada grupo foram mortos após 2 horas da CLP e o líquido peritoneal colhido para dosagem de TNFα e IL-6. Os demais foram
tratados com lavagem da cavidade peritoneal e ceftriaxona IM e, após 24 horas do tratamento, mortos e colhida amostra de lavado peritoneal para
dosagem de TNFα e IL-6. As citocinas foram dosadas através de ELISA. Resultados - Após 2 horas da indução da peritonite, houve aumento significativo da concentração de TNFα e IL-6 nos grupos com pH da solução peritoneal ácida ou alcalina. Após 24 horas do tratamento, houve elevação
significativa da secreção de TNFα e IL-6 nos grupos com solução em pH 7,0, mas não naqueles que foram tratados após peritonite em meio ácido
ou alcalino. Conclusão - O pH do líquido presente na peritonite é fator que aumenta a estimulação aos macrófagos peritoneais, mas esse efeito pode
ser revertido pela lavagem da cavidade peritoneal.
*UFMG, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.226
PSEUDOCISTO PANCREÁTICO COM EVOLUÇÃO ATÍPICA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Leandro de Souza Lehfeld*, Tatiana Paschoalato*,
Gustavo da Silveira Trindade*, Murilo Rodrigues do Carmo*, Renato de Mesquita Tauil*, Rodrigo Augusto Rosolen*
RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de pseudocisto pancreático com evolução atípica. Método - O diagnóstico de pseudocisto pancreático deve ser
sempre considerado. Relato de Caso - Paciente feminina, 37 anos, internada devido à crise hipertensiva, com achado em Tomografia Computadorizada
(TC) de lesão cística em cabeça pancreática, com 1,1 cm. Realizou Ressonância Nuclear Magnética (RNM) posteriormente, que evidenciou lesão cística
em cabeça de pâncreas com 4,7 X 4,5 X 4,3 cm. Após um mês reinternou, em unidade de terapia intensiva, por novo quadro de crise hipertensiva, sendo
realizadas novas TC, RNM e COLANGIORNM que mostraram lesão expansiva cística em cabeça de pâncreas, sem planos de clivagem com o arco
duodenal, com a veia porta e mesentérica superior, sugestivo de sangramento no interior da lesão. Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica
(CPRE) evidenciou invasão doudenal e da via biliar principal, com formação de fístula entre volumosa tumoração pancreática e duodeno com invasão
da via biliar principal. Biópsias confirmaram processo inflamatório com necrose e ausência de neoplasia. Exames seriados de TC, RNM e COLANGIORNM mostraram evolução favorável, com redução progressiva da lesão pancreática. Nova CPRE após 6 meses evidenciou presença de discreta
fistula entre duodeno e via biliar principal. Conclusão - Nas lesões pancreáticas a apresentação clínica pode variar, simulando quadros invasivos frequentemente encontrados em doenças neoplásicas.
*Hospital Renascença Campinas, São Paulo.
TL.C.MIS.P.227
RABDOMIOSSARCOMA EMBRIONÁRIO - RELATO DE UM CASO
Marisa Rafaela DAMASCENO Lima1, Helder Costa IKEGAMI2, Pedro Sampaio MARQUES Neto2, Luciano Gomes Moura2,
Patrícia Tavares Sena2, Bruno Filo Creão Garcia PEREIRA2
RESUMO - Rabdomiossarcoma foi descrito por weber em 1854. São neoplasias malignas do músculo esquelético subdivididos em embrionário ou
botrióide, alveolar e pleomórfico. Para o diagnóstico é necessária a imunohistoquímica. Apresenta-se em qualquer sítio, sendo mais frequente na cabeça
e pescoço, seguida pelo trato genitourinário. Relatamos caso de rabdomiossarcoma de localização rara. Paciente masculino, 68 anos. Queixas - Dor em
fossa ilíaca direita, hiporexia, plenitude gástrica. Relatou dor em menor intensidade, na mesma topografia, há 2 anos. Exame Físico - Cote, bom estado
geral. Abdome doloroso à palpação, com massa em quadrante inferior. Solicitado exames. Afp: 4,27; cea: 2,2; ca-125: 8; ca 19-9: 9,4; bhcg: negativo. Tc
abdominal - Lesão expansiva na região hipogástrica direita em contato com psoas direito, com 10 x 9 x 7,6 cm, deslocando ureter e artéria ilíaca comum
direita, comprimindo veias cava inferior e ilíaca comum direita. Indicada biópsia, com laparotomia exploradora, excisão de lesão tumoral, rafia de veia
cava inferior e patch de ptfe. Paciente passou 4 dias na UTI, evoluindo bem, sem maiores complicações. Recebeu alta hospitalar no 20º po. Retorno
Ambulatorial - Anatomopatológico: neoplasia fusocelular e epitelióide com atipias, extensas áreas de necrose e alto índice mitótico; imunohistoquímica:
rabdomiossarcoma embrionário. Neste caso, o rabdomiossarcoma se apresenta em faixa etária pouco frequente e localização rara, com evolução insidiosa e poucos sintomas.
1
Universidade Federal do Pará; 2Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, Pará.
TL.C.MIS.P.228
RABDOMIOLISE EM PACIENTE OBESO MÓRBIDO SUBMETIDO AO BYPASS GÁSTRICO EM Y-DE-ROUX
João Felipe da Costa Nunes*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, Luiz Claudio Lopes Chaves*, Allan Herbert Feliz Fonseca*,
Marcelo Prado Magalhães*, Luiz Nazareno França de Moura*, Aline Pozzebon Gonçalves*, Emanuel José Baptista Oliveira*
RESUMO - Objetivo - Relatar um caso cirúrgico de um paciente obeso mórbido que foi submetido ao Bypass Gástrico em Y-de-Roux Videolaparoscópica e evoluiu com Rabdomiólise intensa e Síndrome Compartimental Abdominal (SCA). Método - As informações foram obtidas através da revisão
do prontuário do paciente. Resultados - Paciente masculino, 35 anos, IMC 43,21, hipertenso e diabético tipo II, apresentava história de ganho de peso
excessivo há 10 anos, refratário há tratamento clínico. Foi submetido à Bypass Gástrico em Y-de-Roux videolaparoscópico, evoluindo no 1º pós-operatório (PO) na UTI com desconforto respiratório e tosse com expectoração sanguinolenta, sendo optado, após piora clínica e radiológica no 5º PO, pela
intubação orotraqueal mais ventilação mecânica e antibioticoterapia. Os exames laboratoriais do 16º PO revelaram uma mioglobina no valor de 4.094
ng/mL com insuficiência renal aguda (Creatinina 2,6 mg/dL), necessitando durante a evolução de hemodiálise. O valor máximo alcançado foi 7.448 ng/
mL. O paciente foi submetido à múltiplas abordagens cirúrgicas devido SCA e deiscência parcial da gastroenteroanastomose, evoluindo com SARA,
Pneumonia, Insuficiência renal e Choque séptico, indo à óbito no 33º pós-operatório. Conclusão - A rabdomiolise, apesar de complicação rara, pode
ocorrer em pacientes obesos grau III submetidos à cirurgia bariátrica. Quando não diagnosticada e tratada precocemente, pode evoluir com insuficiência
renal aguda e grave ameaça à vida.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.229
RELATO DE CASO: HÉRNIA EPIGÁSTRICA GIGANTE COM PERDA DE DOMICÍLIO CONTENDO CÓLON
TRANSVERSO E A MAIOR PARTE DO ESTÔMAGO
Pedro Zanina Neto de Oliveira1, Heber Cardoso Wanderley1, Noêmia Marra Canêdo Guimarães1, Raphael Gomes Morais1,
Gabriela Resende Horbilon2
RESUMO - Introdução - As hérnias epigástricas ou hérnias da Linha Alba são protrusões de gordura extraperitoneal ou eventualmente um saco herniário contendo vísceras abdominais através da linha média entre o processo xifóide e a cicatriz umbilical. Correspondem a 1,5 a 3,5% de todas as hérnias
abdominais e de 1 a 5% das hérnias operadas. Relato do Caso - Paciente de 59 anos, hipertensa controlada, ex-tabagista 30 maços/ano. Nega cirurgias
abdominais prévias, G3P2A1, trabalhadora braçal aposentada. Refere há 15 anos abaulamento epigástrico aos esforços, de início insidioso e indolor.
Relata que com o passar dos anos, o abaulamento tornou-se irredutível e apresentou aumento significativo de volume, cursando com episódios de dor
abdominal e vômitos pós-alimentares. Nunca havia procurado assistência médica especializada. Foi admitida com quadro sugestivo de abdome agudo
obstrutivo, com TC de abdome evidenciando falha aponeurótica em linha média de região epigástrica com cerca de 6,8 cm e saco herniário contendo
cólon transverso e parte do estômago. Discussão - As hérnias epigástricas são geralmente pequenas falhas aponeuróticas e tendem a ser sintomáticas,
sendo a dor o sintoma mais comum. Hérnias verdadeiras com sacos herniários grandes são raras e no início fazem diagnóstico diferencial com diástase
de reto. Conclusão - Ainda que raras as hérnias abdominais de Linha Alba “espontâneas” podem chegar a grandes volumes e apresentar perda de domicílio, tornando-se uma ameaça à vida do paciente.
1
HGG, 2UFG, Goiás.
TL.C.MIS.P.230
RELATO DE CASO: HÉRNIA TRAUMÁTICA ABDOMINAL
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Yoshifumi Seimaru*,
Mario Henrique Grilo*, Murilo de Oliveira Fernandes*
RESUMO - Introdução - A definição atual para hérnia traumática é uma ruptura músculo fascial com pele íntegra na ausência de hérnias prévias. Estas
ainda causam controvérsias em relação a seu manejo considerando as variáveis envolvidas: extensão da lesão, contaminação, lesões associadas e condições sistêmicas. O diagnóstico é feito por tomografia, seguida de diagnóstico intra-operatório. A incidência é de aproximadamente 1%, com aumento
recente devido a progressão da energia cinética dos eventos causadores. Discussão - O presente relato de Caso discorre sobre um paciente envolvido em
colisão de alta energia cinética carro x muro com cinto de duas pontas do banco traseiro. Apresentava na admissão hematoma em trajeto de cinto com
abaulamento infra umbilical de aproximadamente 6 cm em maior diâmetro. Na tomografia foi evidenciado líquido livre e pneumoperitôneo além da
hérnia traumática. Durante a cirurgia, observou uma hérnia em trajeto de cinto com lesão de delgado e mesentério a 70 cm da válvula ileocecal e explosão de ceco, com minima contaminação da cavidade. Realizada colectomia direita ampliada, incluindo a lesão de delgado, com anastomose primária
e reparo da hérnia com tela de prolene no mesmo tempo cirúrgico. o paciente evoluiu de maneira satisfatória, com alta no 6 po. Conclusão - O reparo
destas hernias continua assunto controverso, sendo o uso de próteses, a nosso ver, técnica factível e de bom resultado, desde que o paciente não apresente
contraindicação para o reparo primário.
*Hospital Regional do Vale do Paraiba - HRVP, São Paulo.
TL.C.MIS.P.231
RELATO DE CASO: PRESENÇA DE SCHISTOSOMA MANSONI EM LIPOMA
Augusto José da Silva Albuquerque Cavalcante*, Adem Pereira*, Andy Petroianu*, Augusto Flávio Campos MINEIRO Filho*,
Isabella Coelho da Matta Machado*, Kelly Renata Sabino*, Maíra Seabra Federici Teixeira*, Marcelo Stacanelli di PAULA*
RESUMO - Esquistossomose está entre as doenças parasitárias mais combatidas no mundo e é um dos maiores desafios de saúde publica no mundo.
Encontra-se presente em 14 países, em alguns o controle é um desafio como Sudão, em outros já foi eliminada como na Tunisia. No Brasil a doença resulta
da infecção com parasita S. Mansoni. Uma vez o humano infectado o verme circula pelo sistema sanguineo alojando-se em diferentes tecidos, especialmente
no pulmão, na mucosa colorretal, nos espaços porta do fígado e raramente no rin e sistema nervoso central. Objetivo - Relatar o caso de um paciente de 32
anos, anos procedente e residente em Belo Horizonte, vendedor, com lipoma da regiao perianal em gluteo esquerdo de crescimento insidioso durante um
ano, qual foi ressecado e em seu anatamopatológico foi visualizado larvas de esquistossoma. Método - As informações foram colhidas através do acompanhamento do paciente ambulatorialmente e hospitalar através de consultas, cirurgia e análise patológica da peça cirurgica. Considerações Finais - Uma vez
o humano infectado a doença progride para um estágio com complicações graves como hipertensão portal, hemorragia digestiva alta, insuficiência hepática
grave que geralmente levam a morte. Uma vez diagnósticada antes destas complicações é uma entidade tratável com antiparasitário como praziquantel e
oxaminiquine, mas fica claro a necessidade do melhor saneamento básico e educação como medida principal no combate a doença.
*Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
109
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.232
RELATO DE CASO: PSEUDOCISTO GIGANTE DE ADRENAL - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES
CÍSTICAS ABDOMINAIS
Raphael Gomes Morais*, Gustavo Tomaz Franco*, Divino Martins Correia Júnior*, Rafael Alves Tumeh*,
Fernanda Ribeiro Arcanjo*, Pedro Zanina Neto de Oliveira*, Matheus Castrillon Rassi*, Heber Cardoso Wanderley*
RESUMO - Introdução - Apesar dos avanços dos métodos de imagem, as lesões intra-abdominais ainda continuam, por vezes, necessitando de abordagem cirúrgica para definição da origem e extensão. A grande quantidade de órgãos intra-abdominais e suas relações anatômicas íntimas contribuem para
a indefinição. Relato - Paciente 67 anos, feminino, com dor epigástrica, em região lombar e hipocôndrio direitos (HCD) há cerca de 1 ano, com massa
palpável em HCD. Ultrassonografia evidenciou imagem anecóica homogênea de 15,30 x 12,27 x 11,37 cm e volume de 1.117,62 cm3, em abdome superior. Tomografia computadorizada mostrou volumosa lesão cística de contornos regulares ocupando hipocôndrio e flanco direitos, com efeito expansivo
deslocando a glândula adrenal direita e a veia cava inferior para esquerda, não sendo possível determinar a origem da lesão. Durante a laparotomia foi
identificado cisto em posição retroperitoneal, proveniente da glândula supra-renal direita. Realizado adrenalectomia direita e exérese do cisto. Histopatólogico evidenciou pseudocisto de adrenal, sem sinais de malignidade. Discussão - Pseudocistos de adrenal são massas císticas raras originadas dentro
do córtex ou medula adrenal, delimitados por uma parede fibrosa, representando 32 a 56% dos cistos de adrenal. Apenas 7% apresentam potencial maligno. O tamanho do cisto determina a apresentação clínica. Conclusão - Devemos considerar as lesões císticas de adrenal, apesar de raras, no diagnóstico
diferencial das lesões císticas abdominais.
*Hospital Geral de Goiânia, Goiás.
TL.C.MIS.P.233
RELATO DE CASO: PSEUDOMIXOMA PERITONEAL
Nathieli Pinhatti Colatreli*, Rodrigo Tadeu Rodrigues Silvestre*, Bruno Roberto Giannini Marini*
RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de pseudomixoma peritoneal. Método - Paciente de 77 anos, masculino, submetido à herniorrafia epigástrica,
tendo em saco herniário conteúdo mucinoso. Evoluiu no 11º pós-operatório com evisceração e submetido à ressutura de parede com colocação de tela.
No 7º pós-operatório apresenta dor abdominal difusa mal caracterizada, associado à constipação intestinal. Exames laboratoriais sem alterações. Radiografia de abdome: distensão gasosa entero cólica com formação de níveis hidro aéreos e resíduos fecais nos cólons. Tomografia de abdome: acentuada
ascite loculada com realce na projeção do peritônio parietal. Distensão gasosa de alças delgadas com formação de nível líquido. Estase fecal na projeção
do cólon ascendente. É submetido à laparotomia contendo grande quantidade de secreção mucinosa por toda a cavidade abdominal. Após sete dias
evolui com sepse e óbito. Resultados - Patologia: pseudomixoma perotonei associado a depósito de sais de cálcio. Presença de adenocarcinoma mucinoso
e papilífero bem diferenciado. Conclusão - O pseudomixoma peritoneal é um carcinoma de baixo grau de malignidade, raro, de curso indolente, com incidência de 1:1.000.000. A inespecificidade dos sintomas dificulta o diagnóstico preciso, como foi nossa experiência. Assim, há poucos médicos treinados
para o seu tratamento, necessitando de centros especializados para cirurgia citorredutora e quimioterapia hipertérmica intraperitoneal.
*Hospital Santa Casa de Misericórdia de São José do Rio Preto, São Paulo.
TL.C.MIS.P.234
ROTURA DIAFRAGMÁTICA EXTENSA E LESÃO INTRAPERITONEAL DA BEXIGA APÓS TRAUMA
ABDOMINAL FECHADO
João Felipe da Costa Nunes*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, André Takashi Oti*, Luiz Claudio Lopes Chaves*,
Allan Herbert Feliz Fonseca*, Marcelo Prado Magalhães*, Aline Pozzebon Gonçalves*, Emanuel José Baptista Oliveira*
RESUMO - Objetivo - Relatar um caso cirúrgico de uma paciente vítima de acidente automobilístico, que evoluiu com lesão da cúpula diafragmática
esquerda e intraperitoneal da bexiga. Método - As informações foram obtidas na sala de emergência do Hospital de referência em trauma em Belém.
Resultados - Paciente deu entrada na emergência com história de acidente automobilístico sem cinto de segurança, sendo ejetada do veículo. Foi atendida
aos moldes do ATLS. Apresentava-se com vias aéreas pérvias, taquidispnéica, murmúrio vesicular diminuído à esquerda, hemodinamicamente estável,
Glasgow 13 e fratura exposta em perna direita. Procedeu-se à drenagem pleural à esquerda. Paciente, porém, permaneceu taquidispnéica. O RX de tórax
pós-drenagem demonstrava bolha de gás intratorácica e elevação de cúpula diafragmática esquerda. Sendo assim, foi submetida à Laparotomia exploradora com achados de hemoperitônio, herniação de fundo de estômago, baço, alças de delgado por rotura 8 cm no hemidiafragma esquerdo, além de
lesão intraperitoneal de 4 cm em bexiga. Optou-se por redução do conteúdo herniário e herniorrafia com polipropileno 2-0 e cistorrafia em dois planos
com Vicryl. No 1º PO, paciente apresentou PCR súbita, revertida após manobras de ressuscitação. Evoluiu com insuficiência renal dialítica, indo à óbito
no 5º PO. Conclusão - A ocorrência de ruptura diafragmática após acidente automobilístico é rara, sendo imprescindível o diagnóstico e tratamento
precoces, pois a mortalidade pode alcançar 50%.
*Hospital Ophir Loyola, Pará.
110
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.235
SÍNDROME DE MIRIZZI: RELATO DE CASO
Everson Fernando Malluta*, Cassia Farris*, Andressa Sarda MAIOCHI*, Ana Claudia Dall‘oglio*,
Celso Nilo Didone*, Carolina COMANDULLI*, Samir de Paula Abdalah*
RESUMO - Introdução - A Síndrome de Mirizzi é complicação rara da colelitíase, caracterizada pelo estreitamento do ducto hepático comum. Relato de
Caso - Masculino, 62 anos, iniciou há 3 meses com icterícia, astenia, inapetência, anorexia, prurido generalizado e perda de 10 kg. Exames laboratoriais
evidenciaram Hemoglobina 7,6 g/dl, Hematócrito 22%, Leucócitos 10.300 sem desvio a esquerda, VHS 133 PCR 29 AST 105 UI/ml ALT: 160 UI/ml
Bilirrubinas Totais 24,82 mg/dl, Bilirrubina direta 22,5 mg/dl Fosfatase Alcalina 727 GGT: 557. Tomografia de abdome: sinais de colecistite calculosa
aguda com cálculo de localização infundibular com provável acometimento também do ducto cístico. Compressão extrínseca sobre a porção proximal do
colédoco, promovendo acentuada ectasia das viais biliares. O diagnóstico foi de Síndrome de Mirizzi, sendo submetido à colecistectomia, exploração de
vias biliares e colocação de dreno de Kehr. No 15º pós-operatório (PO) evoluiu com piora do estado geral e TC mostrando extravasamento de contraste
pelo colédoco. Submetido a laparotomia, com colocação de dreno de sucção para monitorar o extravasamento. No 5º PO evolui com descompensação
clínica e óbito. Discussão - Por ser condição incomum e pelas possíveis complicações, a Síndrome de Mirizzi deve ser incluída sempre no diagnóstico
diferencial de icterícia obstrutiva em pacientes com cálculos biliares.
*Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Itajaí, Santa Catarina.
TL.C.MIS.P.236
SÍNDROME DE MIRIZZI: RELATO DE CASO
Jose Celso de CARVALHO Junior*, Marcelo Soares da Cunha Peixoto*, Tales Mendes Sabia*,
Giordana Nascimento Brandão*, Filipe Borges de Moraes*, Aguinaldo Eustaquio Passos Botelho*,
Rodrigo Martins Sales*, Jaeder Teixeira de Siqueira*
RESUMO - A síndrome de Mirizzi é uma complicação rara da colelitíase que determina a obstrução das vias biliares extra-hepáticas, ocorrendo em não
mais do que cerca de 0,5% dos casos. Pode ocorrer por impactação de cálculo na ampola da vesícula biliar, ou no ducto cístico gerando um aumento
na pressão intraluminal da via biliar com edema local e compressão do ducto hepático comum. Objetivo - Relatar um caso de síndrome de Mirizzi. Materiais e Métodos - Feminino, 36 anos apresentando icterícia obstrutiva, prurido, acolia fecal e colúria. Ultrassom de abdômen demonstrou cálculo no
interior da vesícula biliar, com dilatação de vias biliares e parede de vesícula biliar espessada. Colangiorresonância evidenciou cálculo em porção distal
em infundíbulo e cístico, comprimindo o ducto hepático comum. O tratamento foi cirúrgico e com boa evolução. Discussão - Pacientes submetidos a
cirurgias biliares apresentam incidência da síndrome de Mirizzi de cerca de 0,7 a 1,4% na população geral. A colecistopatia biliar crônica é a maior causa
de fístula biliar espontânea. A inespecificidade dos sinais e sintomas da síndrome de Mirizzi, torna necessário o estudo complementar das vias biliares
por exames de imagem. Conclusões - Não há um único procedimento padrão para o tratamento da síndrome de Mirizzi, sendo às vezes necessárias, mais
de uma abordagem cirúrgica, por vezes com propostas diferentes, para a resolução de uma mesma afecção.
*Hospital Belo Horizonte, Minas Gerais.
TL.C.MIS.P.237
TÉCNICAS DE TRANSPLANTE DE FÍGADO PARA RESSECÇÃO DE TUMORES RETROPERITONEAIS
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Thiago César Fernandes Gomes*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Raphael Torres*,
Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução - Os tumores retroperitoneais frequentemente são grandes e com íntima comunicação vascular. A sua ressecção deve ser realizada com cautela e perícia para evitar complicações hemorrágicas. As manobras cirúrgicas realizadas no transplante de fígado permitem o manuseio
direto e seguro dos grandes vasos retroperitoneais. Objetivo - Demonstrar a utilização das técnicas de transplante de fígado nas ressecções de tumores
retroperitoneais. Método - Estudo realizado em hospital público em pacientes adultos submetidos à ressecção de tumores retroperitoneais entre janeiro
de 2002 e junho de 2013. Dados demográficos, etiologia, tipo de técnica e evolução foram avaliados. Resultados - doze ressecções de tumores retroperitoneais utilizando a técnica do transplante de fígado foram realizadas, sendo 8 pacientes do sexo feminino. A idade variou de 32 a 84 anos. Tumor de
adrenal não-funcionante ocorreu em 8 (adenoma 3, Feocromocitona 3, cisto hemorrágico 1 e hiperplasia 1). Angiomiolipoma renal foi o diagnóstico
de dois casos e lipossarcoma em outros 2. A distribuição da massa era predominante á direita em 9 casos. A incisão foi subcostal em 5, e em J em 5. A
incisão em L (à esquerda) foi realizada em 2 situações. A preservação da VCI foi utilizada à semelhança da técnica piggback do transplante de fígado
torna a cirurgia de ressecção de tumores retroperitoneais mais segura e, quando possível, sem necessidade de hemotransfusão.
*Hospital Universitário Oswaldo Cruz - HUOC, Pernambuco.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
111
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.238
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE HÉRNIA INGUINOESCROTAL GIGANTE
Gabriel Alves Carrião1, Juliana Ferreira de Souza1, Paula Mortoza Lacerda1, Isabella Cristina de Sousa Paiva1,
Ana Luiza de Oliveira Queiroz Teófilo1, Pollyana Rodrigues Pimenta1, Félix André Sanches Penhavel2,
Fernando Corrêa Amorim2
RESUMO - Introdução - O tratamento cirúrgico da doença herniária ainda representa um desafio para o cirurgião geral, já que não existe nenhuma
técnica que se mostrou isenta de recidiva ou de complicações. O conceito de hérnia inguinoescrotal gigante ainda é controverso na literatura. Objetivo Relatar caso de hérnia da região inguinal gigante com tratamento cirúrgico atípico. Método - Os dados foram obtidos em prontuários no HC da UFG.
Resultados - JAN, 58 anos, masculino. Ao exame, apresentava abaulamento de região inguinal até o escroto, que atingia o joelho. A hérnia era irredutível
e havia perda de domicílio. Foi submetido à inguinotomia com dissecção do saco herniário; o conteúdo voltou para o interior da cavidade abdominal
somente por incisão mediana infra umbilical. Após tensão na cavidade abdominal, foi feita incisão relaxadora em lâmina anterior da bainha do reto
abdominal e colocação de grande tela de polipropileno no espaço pré-peritoneal pela técnica de Stoppa. Paciente se recusou à orquiectomia a direita,
evoluindo com infecção no escroto e testículo, sendo preciso debridamento e curativo por 5 vezes. Após 6 anos de tratamento, ainda mantém retorno
ambulatorial, sem recidiva e com complicação de atrofia testicular e discreto linfedema em escroto. Conclusão - O tratamento foi um desafio, sendo
escolhida a técnica a colocação de grande tela no pré-peritônio à maneira de Stoppa, com ampliação da cavidade abdominal com incisão relaxadora na
bainha do músculo reto abdominal.
1
PUC-GO, 2HC-GO, Goiás.
TL.C.MIS.P.239
TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO DE CISTO ESPLÊNICO NÃO PARASITÁRIO
Poliana de Paula Vieira Borges dos Reis Soares1, Marcelo Oliveira Rodrigues da Cunha2, Lurymi Takashi BORDÃO2,
Douglas Guilherme Antunes Vilela dos SANTOS1
RESUMO - Introdução - Os cistos esplênicos são em sua maioria assintomáticos, sendo diagnosticados de forma acidental. Objetivo - Relatar e discutir
um caso de cisto esplênico benigno, de acometimento pouco comum e sua abordagem videolaparoscópica. Método - V.R.V.,sexo feminino, 37 anos,
branca, com queixa de dor abdominal em andar superior esquerdo, com piora progressiva, associada à plenitude e desconforto gástrico. Foi realizado
USG de Abdome onde foi constatado baço com limites precisos com presença de cisto medindo 4,2 x 3,9 cm e TC de abdome que revelou baço de forma
e volume normais, contornos lisos e regulares, apresentando imagem ovalada, medindo cerca de 54 x 44 x 41 mm nos maiores diâmetros. Resultados - À
videolaparoscopia constatou presença de cisto esplênico em região posterior, optado pela esplenectomia total, a cirurgia procedeu sem intercorrências e
a paciente evolui bem. Após a cirurgia o material foi encaminhado ao anatomopatológico que revelou baço com superfície externa recoberta por serosa
e lesão cística em uma das extremidades medindo 5,0 cm de diâmetro, com hipótese diagnóstica de cisto epitelial simples, tipo mesotelial. Conclusão - O
tratamento cirúrgico do cisto esplênico deve ser realizado em cistos maiores de 5 cm ou sintomáticos, apesar das diversas técnicas cirúrgicas descritas na
literatura a esplenectomica ainda é a técnica padrão.O tratamento por via laparoscópia visa favorecer o menor tempo cirúrgico e a menor incidência de
comorbidades pós-operatória.
1
Universidade Presidente Antônio Carlos - UNIPAC, Araguari, 2Hospital Santo Antônio LTDA, Minas Gerais.
TL.C.MIS.P.240
TRAUMA ABDOMINAL PENETRANTE COM ORIFÍCIO DE ENTRADA E SAÍDA ABDOMINAL
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Yoshifumi Seimaru*,
Mario Henrique Grilo*, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho*
RESUMO - Introdução - Ferimentos abdominais por arma branca são uma causa relativamente comum de trauma abdominal penetrante, principalmente em áreas de grande densidade populacional, como nas grandes cidades, onde a violência urbana toma níveis crescentes e causa aumento proporcional
do número de casos deste tipo de trauma. Resultados - Relatar caso de paciente masculino de 32 anos, vítima de fab com orifício de entrada em fiE e
orifício de saida em FID, com evisceração de epiplon a admissão e sinais claros de peritonite. O paciente foi encaminhado a laparotomia exploradora
sendo evidenciado secção completa de sigmoide, além de 3 perfurações de alças de delgado. Sendo realizado sigmoidectomia com anastomose primaria, e rafia das lesões de delgado. Conclusão - A faixa etária e o sexo dos pacientes acometidos por este tipo de trauma tem representação semelhante
entre os estudos internacionais e feitos no Brasil, com o predomínio de pacientes entre a segunda e terceira década de vida e do sexo masculino; e vem
tornando-se cada vez mais frequentes e graves.
*Hospital Regional do Vale do Paraiba, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.241
TROMBOSE DE VEIAS PORTA E MESENTÉRICA SUPERIOR COM ISQUEMIA INTESTINAL
SECUNDÁRIA: RELATO DE CASO
Henrique Valério de Mesquita*, Hermano Augusto de Medeiros Junior*, Leandro de Souza Lehfeld*,
Tatiana Paschoalato*, Gustavo da Silveira Trindade*, Murilo Rodrigues do Carmo*,
Renato de Mesquita Tauil*, Rodrigo Augusto Rosolen*
RESUMO - Objetivo - Apresentar caso de trombose de veias porta e mesentérica superior com isquemia intestinal secundária. Método - A trombose
venosa das veias porta e mesentérica superior podem evoluir com quadro de isquemia intestinal secundária por limitar o fluxo arterial causando edema
e infarto segmentar. Relato de Caso - Paciente masculino, 50 anos, internado devido à dor abdominal. Tomografia Computadorizada (TC) de abdome
evidenciou trombose de veias porta e mesentérica superior. Após 48 horas, evoluiu com sinais de irritação peritoneal, sendo indicada laparotomia exploradora. No inventário da cavidade observou-se isquemia de intestino delgado de 2,70 m de extensão, entre 20 cm da válvula ileocecal e 1,80 m do ângulo
de Treitz, optado por realização de enterectomia do segmento comprometido, confecção de ilestomia terminal e sepultamento do coto distal. O paciente
evoluiu favoravelmente. Anátomo-patológico confirmou infarto agudo hemorrágico segmentar e meso congesto. O paciente apresentou boa evolução
pós-operatória com uso de anticoagulação plena. Conclusão - Na trombose venosa abdominal, o aumento da pressão hidrostática das veias porta e
mesentérica superior causam sequestro de líquido intraluminal e edema de parede intestinal, com hipovolemia relativa e hemoconcentração, levando a
vasoconstrição e infarto dos segmentos intestinais afetados, hemorragia e necrose focal eventuais.
*Hospital Renascença Campinas, São Paulo.
TL.C.MIS.P.242
TUMOR DESMOPLÁSICO DE PEQUENAS CÉLULAS REDONDAS
Fernanda Cristina Zoletti*, Ricardo Reinert Marques*, Walter Wendausen Rothbarth*
RESUMO - Objetivo - Documentar um caso de uma doença pouco freqüente no mundo inteiro e de diagnóstico difícil pelos sintomas pouco específicos.
Método - Relato de Caso. Resultados - É descrito um caso de TDPCR em uma criança de 6anos submetido à laparotomia exploradora com ressecção do
tumor localizado na escavação reto vesical, já apresentando metastases peritoniais, com difícil diagnóstico anatomo patológico pela raridade do caso.
Conclusão - Devido a elevada agressividade do TDPCR, o prognóstico é reservado e embora o tratamento possa prolongar a vida em casos isolados,
este não é curativo. A apresentação clínica é relacionada a sintomas gastrointestinais ou genito-urinário, secundário à compressão extrínsecas da massa
abdominal ou pélvica. Também é identificada sintomatologia relacionada a eventuais metástases à distância, para órgãos como fígado, os pulmões e as
cadeias ganglionares. A recidiva é freqüente, com sobrevivência baixa. O tratamento é multidisciplinar, combinando cirurgia agressiva, quimioterapia e
radioterapia.
*UNOESC, Santa Catarina.
TL.C.MIS.P.243
TUMOR DESMOIDE EXTRA-ABDOMINAL: RELATO DE CASO
Marina Rodrigues Costa*, Vanessa Azevedo Mendonça*, Vanessa Rodrigues Costa*,
Amanda Rodrigues Scipião*, Valéria Cristina do Rosário Rebouças*, Caio Braga Malveira*
RESUMO - Introdução - O tumor desmóide (TD) é uma neoplasia benigna, que se origina de estruturas fasciais ou músculo-aponeuróticas. Apresenta crescimento loco-regional, porém a recorrência é freqüente. Acomete principalmente portadores de polipose adenomatosa familiar dos cólons
(PAF), sendo rara ocorrência isolada. Possui maior incidência em mulheres em idade reprodutiva, principalmente no puerpério. Objetivo - Relatar
caso de TD em mulher sem antecedentes de PAF, 8 meses após ter sido submetida a uma cesariana. Relato do Caso - Paciente, feminino, 25anos,
apresentou quadro de dor em hipogástrio direito associada à presença de nódulo palpável, em julho de 2012. O ultrassom revelou formação nodular hipoecogênica, ovalada, de limites definidos, medindo 4,6 x 2,1 cm, heterogênea, no tecido subcutâneo, deslocando posteriormente o músculo
reto abdominal. A análise com doppler colorido evidenciou fluxo no interior da lesão na região subcutânea. Foi optado por tratamento cirúrgico
e a paciente foi submetida à ressecção tumoral, com colocação de prótese para reconstituição da parede abdominal. O anatomopatológico da peça
cirúrgica confirmou o diagnóstico. Após 7 meses da cirurgia, a paciente apresentou recidiva tumoral, sendo submetida a nova abordagem cirúrgica,
com margens mais amplas. Conclusão - O TD é uma neoplasia benigna pouco frequente, cujo tratamento deve ser cirúrgico, porém alguns casos são
tratados com terapia sistêmica ou radioterapia.
*Universidade Federal do Ceará, Ceará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.MIS.P.244
USO DO CURATIVO À VÁCUO NO TRAUMA ABDOMINAL
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Fernando Furlan Nunes*, Roger Moreira*, Edison Dias Rodrigues*, Juliana
Abbud Ferreira*, Cely de Melo Bussons*, Ricardo Staffa*, Renato Araujo Pereira*
RESUMO - Uso do curativo à vácuo no trauma abdominal. A necessidade de peritoniostomias traz aos cirururgião a escolha de qual o melhor método
para cobertura temporária e o manejo do fechamento abdominal. O uso do curativo a vácuo está associado à melhora da perfusão local, controle de infecção, diminuição do edema e proliferação do tecido de granulação. Relato - Paciente feminino, 26 anos, vítima de acidente automobilístico com trauma
abdominal fechado e lesão cervical. Apresentou desinserção pélvica dos músculos retos abdominais em região de cinto de segurança e lesão de delgado.
Após laparotomia exploradora e enterectomia foi constatada impossibilidade de fechamento da musculatura e da parede abdominal naquele momento,
optado então pela realização de peritoneostomia com curativo à vácuo. Para complementação do tratamento foi submetida a 20 sessões de câmara
hiperbárica. Resultado - A paciente foi submetida a diversas trocas de curativos, a cada 48-72 horas, por 12 semanas, sendo submetida ao tratamento
definitivo após definidas as condições para o fechamento abdominal. Discussão - O curativo à vácuo pode ser aplicado como tratamento para pacientes
que necessitam de peritoneostomia após trauma abdominal, tendo as vantagens de poder ser aplicado durante longos períodos, facilitar a granulação
dos tecidos e diminuir infecção local. Conclusão - No caso apresentado, a paciente teve grande beneficio da utilização do curativo a vácuo como auxiliar
para o fechamento definitivo da parede abdominal.
*Gastromed, São Paulo.
pôsteres • OBESIDADE
TL.C.OBE.P.245
ANÁLISE DE 1838 PACIENTES SUBMETIDOS AO TRATAMENTO ENDOSCÓPICO DA OBESIDADE COM
BALÃO INTRAGástrico
Ricardo Jose Fittipaldi Fernandez1, Bruno Sander2, Andréia Nishyiamamoto de Oliveira1,3, Beatriz Peixoto1, Renata Rodrigues de
Oliveira2, Caroline Fernandes2, Antonio Fabio Teixeira1,4, Cristina Fajardo Diestel1,3
RESUMO - Introdução - O balão intragástrico (BIG) mostra-se possivelmente eficaz no tratamento do excesso de peso. Objetivo - Avaliar eficácia e
complicações do tratamento com BIG nos pacientes das clínicas Endogastro Med Service e Sander. METODOS: Foram analisados 1840 pacientes.
Utilizou-se BIG a Allergan. Os pacientes apresentaram Índice de Massa Corporal (IMC) inicial mínimo de 27 kg/m² e foram acompanhados por equipe
multidisciplinar. Dados analisados com estatística descritiva, análise de variância e teste t de student. Resultados - 100 pacientes foram excluídos: 77
(4,2%) por retirada precoce, 11 (0.6%) por perda de peso nula, 10 (0.54%) por ganho de peso e 02 por gravidez (0,11%). A incidência de fungo foi 0.27%
(n=5) e de vazamento 0.43% (n=8). Os pacientes apresentaram perda significativa de peso, com IMC final (28,83 ± 4,68 kg/m2) significativamente menor
que o IMC inicial (36,41 ± 5,6 kg/m²) (p<0,0001). A redução média do IMC foi 7,58 ± 3,51 kg/m². A média da perda percentual do peso corporal foi de
20,56 ± 7,84% e da perda percentual do excesso de peso foi de 74,84 ± 46,49. Houve maior perda percentual do peso inicial em pacientes com obesidade
grau III do que em pacientes com sobrepeso e obesidades graus I e II (p<0,001). Houve maior redução do IMC e maior perda % do peso inicial em
homens do que em mulheres (p<0,0001 e p=0,018, respectivamente). Conclusão - O tratamento endoscópico do excesso de peso com BIG se estabelece
como uma ótima opção terapêutica a esta patologia.
1
Endogastro Med Service, 2Clínica Sander, 3UERJ, 4Clínica Gastros,Bahia.
TL.C.OBE.P.246
ANTIBIOTICOPROFILAXIA EM CIRURGIA BARIÁTRICA COM CEFAZOLINA EM INFUSÃO CONTÍNUA:
DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO NO TECIDO CELULAR SUBCUTÂNEO
Rafael Anlicoara*, Álvaro Antônio Bandeira FERRAZ*, Luciana Teixeira de Siqueira*, José Guido Corrêa de Araújo Junior*,
Josemberg Marins Campos*, Edmundo Machado FERRAZ*, Clarissa Guedes NORONHA*
RESUMO - Objetivos - Relacionar a concentração de cefazolina no tecido celular subcutâneo de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica e o índice de massa
corpórea (IMC). Métodos - Dezoito pacientes avaliados durante o período de Outubro/2011 a Maio/2012. Utilizados 2 g de cefazolina na indução anestésica,
associados a 1 g, em infusão contínua, durante a cirurgia. Amostras de tecido celular subcutâneo, obtidas no início e fim da cirurgia, foram analisadas através
de cromatografia a líquido de alta eficiência para determinar a concentração do antibiótico. As análises estatísticas foram realizadas através dos testes de
Mann-Whitney, Wilcoxon e teste t-Student. Resultados - A maioria da amostra foi de pacientes do sexo feminino (61,1%), com idade média de 39,4 ± 11,6 anos
e IMC médio de 40,5 ± 3,98. O tempo médio das cirurgias foi de 95,8 ± 18,7 minutos. A concentração de Cefazolina encontrada no tempo inicial foi de 6,66
± 2,56 µg/ml e, ao término da cirurgia, de 7,93 ± 2,54 g/ml. Os pacientes com IMC < 40 kg/m2 apresentaram concentrações de cefazolina inicial e final maior
que os pacientes com IMC ≥ 40 kg/m2. Não houve infecção de sítio cirúrgico na amostra estudada. Conclusões - Nas cirurgias bariátricas, o acréscimo de 1g
de Cefazolina, em infusão endovenosa contínua, aos 2 g na indução anestésica propicia concentração no tecido celular subcutâneo acima da concentração
inibitória mínima para os principais agentes causadores de ISC. Houve correlação inversa entre o IMC e a concentração de Cefazolina.
*HC-UFPE, Pernambuco.
114
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.OBE.P.247
AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA NO PRÉ E PÓS-OPERATÓRIO DE
GASTROPLASTIA REDUTORA
Claudia NISHIDA*, Karine Aparecida Arruda*, Jose Willian Zucchi*, Fernanda Gaffo Akune*, Luis Eduardo Naresse*,
Celso Vieira Leite*, Daniele Cristina Cataneo*, Antonio José Maria Cataneo*
RESUMO - Introdução - A gastroplastia é um procedimento cirúrgico de grande porte, utilizado como tratamento para obesidade, que pode levar a
alterações funcionais no momento pós-operatório. Objetivo - Avaliar em pacientes submetidos à gastroplastia redutora, se existe queda da força muscular
respiratória no momento da alta hospitalar, tomando como base os valores obtidos no momento pré-operatório. Métodos - Foram avaliados candidatos
à gastroplastia redutora por laparotomia mediana. As avaliações foram realizadas no pré-operatório (Pré) e na alta hospitalar (PO). Os pacientes
foram submetidos, a anamnese, exames, espirometria, testes de esforço e manovacuometria. As pressões inspiratória máxima (PImáx) e expiratória
máxima (PEmáx), foram obtidas de acordo com as normas da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Resultados - Foram avaliados 68
pacientes, sendo 57 pacientes do sexo feminino (83,8%). A idade e IMC médios foram de 41,16 ± 10,37 anos e 45,36 ± 6,19 kg/m2. A mediana (desvio
interquartílico) da PImáx no Pré foi 85,00 (75,00; 100,00) cmH2O e no PO 60,00 (55,00; 65,00) cmH2O, com queda de 29,4% na força muscular no PO
(p<0,001). Os valores de PEmáx de maneira semelhante apresentaram queda significativa de 36,4% da força expiratória (p<0,001), sendo que a mediana
no Pré foi 110,00 (95,00; 120,00) cm H2O e no PO de 70,00 (55,00; 80,00) cm H2O. Conclusão - No PO de gastroplastia redutora há piora importante na
força muscular, sendo mais acentuada a expiratória.
* Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.
TL.C.OBE.P.248
CAPACIDADE FUNCIONAL EM OBESOS MÓRBIDOS: PROPOSTA DE NOVA EQUAÇÃO DE PREDIÇÃO
DO TESTE DE CAMINHADA
Marco Aurélio Santo*, Raphael Custodio Pabst*, Alexandre Vieira Gadducci*, Gabriela Correia de Faria Santarém*,
Daniel Riccioppo*, Denis Pajecki*, Flavio Masato Kawamoto*, Roberto de Cleva*
RESUMO - Introdução - A obesidade está associada a uma redução na mobilidade e funcionalidade do indivíduo, com repercussões na qualidade de vida.
Algumas equações têm sido propostas para predizer o teste de caminhada de seis minutos. O objetivo do estudo foi comparar os resultados observados com
os valores preditos pelas equações. Casuística e metodologia - Foram avaliados 89 pacientesobesos, 78,65%do sexo feminino, com idade média de 40,87 ± 9,6
anos, peso médio de 125,36 ± 20,49 kg e estatura média de 163 ± 9,22 cm. Para predizer a distancia esperada, utilizamos equações para adultos saudáveis
brasileiros (Soares e Pereira) e para população americana (Enright et al). Resultados - A média da DTC6 percorrida foi de 517,47 ± 50,56 metros. A DTC6
predita pela equação brasileira para o grupo foi de 481,40 ± 43,88 m. O intervalo de confiança de 95% (IC-95%) aplicado à equação superestima a DTC6
em 68,55 m e subestima em 137,49 m. A DTC6 predita pela equação americana para o grupo foi de 521,99 ± 51,66 m. O IC-95% aplicado a equação
superestima a DTC6 em 153,96 m e subestima em 131,85 metros. Propomos a equação preditiva para a DTC6 em obesos mórbidos. TC6: 739,631 - (1,075
x idade) - (3,978 x IMC) + 42,135 (se gênero masculino). Conclusão - As equações não são adequadas para predizer o desempenho da funcionalidade de
obesos mórbidos por meio do cálculo da DTC6. A nova equação proposta para predizer a DTC6 em obesos mórbidos precisa ser validada.
* HC-FMUSP, São Paulo.
TL.C.OBE.P.249
CIRURGIA BARIÁTRICA E GESTAÇÃO, UM ESTUDO RETROSPECTIVO
Alberto João Berra Fagali*, Carlos Haruo Arasaki*, Elesiario Marques Caetano*, José Carlos del Grande*,
Fernando Augusto Herbella*
RESUMO - Objetivo - Relatar a evolução após gravidez de uma série de pacientes previamente submetidas a cirurgia bariátrica. Material: Foram estudados
vinte e dois casos de gravidez após gastroplastia e derivação em Y-de-Roux, com e sem anel de silicone, ocorridos no período de 2002 a 2011. As pacientes
tinham idade entre 20 e 38 anos e evolução satisfatória no período pós-operatório Metodologia - Trata-se de um estudo retrospectivo com análise de uma
base de dados, levantamento de prontuário médico, e com informações atualizadas através de contato telefônico. Aspectos clínicos do acompanhamento
materno e fetal foram considerados, durante o período gestacional e no puerpério. Foi realizada revisão da literatura, por meio das bases de dados LILACS,
IBECS. Resultados - Todas as gestações observadas foram de feto único, sendo que 40,9% dos casos foram submetidos a parto cesáreo. Observou-se
18,2% de gestações abortadas, 2 casos (9,0%) de óbito neonatal e um caso (4,5%) de óbito materno e fetal. Notou-se também 4,5% de partos prematuros
e 4,5% de recém-nascidos com baixo peso ao nascer. Conclusões - Duas em cada cinco pacientes, que engravidaram após cirurgia bariátrica, apresentaram
alguma complicação relacionada com a gestação ou puerpério. Nessa circunstância, recomenda-se atenção especial desde o início da gravidez. Investigações
adicionais ainda são necessárias para estabelecer recomendações para a mulher em idade fértil que já foi submetida à cirurgia bariátrica e deseja engravidar.
*EPM-Unifesp, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
115
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.OBE.P.250
GASTROPLASTIA REDUTORA: CORRELAÇÃO ENTRE O TEMPO DE INTERNAÇÃO GLOBAL E EM UTI E
OS TESTES CARDIOPULMONARES PRÉ-OPERATÓRIOS
Claudia Nishida Hasimoto*, Karine Aparecida Arruda*, Jose Willian Zucchi*, Fernanda Gaffo Akune*, Luis Eduardo Naresse*,
Celso Vieira Leite*, Daniele Cristina Cataneo*, Antonio José Maria Cataneo*
RESUMO - Introdução - O local cirúrgico e as comorbidades comuns nos candidatos a gastroplastia redutora colaboram para o desenvolvimento de
complicações pós-operatórias (CPO) que aumentam o tempo de internação (tPO) e a permanência em UTI (tUTI). Objetivo - Avaliar quais variáveis
pré-operatórias tem correlação com os desfechos pós-operatórios na gastroplastia redutora. Método - Os candidatos a gastroplastia redutora foram
submetidos a uma avaliação no pré-operatório, constando de espirometria, manovacuometria (PImáx e a PEmáx), teste de caminhada (TC6) e teste de
escada (TE). Foi aplicado o coeficiente de Pearson para verificar a correlação entre as variáveis tPO, tUTI e CPO e os resultados dos testes. Resultados Foram avaliados 103 pacientes, 80 mulheres (77%). A idade média foi de 40,45 ± 10,27 anos e o IMC de 46,54 ± 6,48 kg/m2. Cinco pacientes apresentaram
CPO. O tPO médio foi de 4,4 ± 1,9 dias, com máximo de 19 dias e tUTI médio foi de 0,49 ± 0,76, com máximo de 4 dias. O tPO e as CPO não apresentaram
correlação significativa com os resultados dos testes. No entanto, o tUTI apresentou correlação significativa com o IMC (r=0,24; p=0,014), a carga
tabágica (r=0,206; p=0,036), a PImáx (r= -0,207; p=0,036), a distância no TC6 (r= -0,207; p=0,044) e a dessaturação após o TC6 (r=0,28; p=0,005).
Conclusão - A PImáx e a distância do TC6 apresentaram correlação com o tUTI e prever pontos de corte para esses testes pode ser útil.
* Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, São Paulo.
TL.C.OBE.P.251
HEMATOMA DE PAREDE ABDOMiNAL
Natália Rizzato Alécio*, Tassiane Bonotto Horvatich*, Fuiz Antonio de OLIVEIRA Filho*, Leonardo Castro Marinzeck*,
Fernando César Ferreira Pinto*, Fabio Augusto Brassarola*
RESUMO - Introdução - É o acúmulo de sangue no músculo ou entre este e sua bainha aponeurótica em consequência da ruptura dos vasos ou do próprio
músculo. Fatores predisponentes gravidez, HAS, aterosclerose, insuficiência cardíaca, pós-operatório, distensão abdominal, ascite, doenças musculares
degenerativas e doença do colágeno, tosse durante infecções respiratórias, constipação intestinal, exercícios musculares, terapia anticoagulante. Relato de
Caso - JDFH, 58 anos, com hequimose extensa em hemi-abdome direito. Paciente relata que durante esforço físico sentiu uma dor em pontada em flanco
direito necessitando de parada da sua atividade. Relata dor em flanco direito irradiando para dorso e coluna dorsal, 7 dias após apresentou início de
hequimose em flanco com progressão da área em para dorso e todo hemi-abdome direito e região periumbilical. Diabético e hipertenso. Medicamentos em
uso: enalapril, netformina 850 mg, anlodipino 5 mg propanolol 40 mg, furosemida 40 mg, sinvastatina 20 mg, AAS 100 mg. Abdome globoso, presença de
hequimose iniciado em hemi-abdome direito e região periumbilical com extensão até dorso direito. Us: edema difuso de subcutâneo. Conclusão - Patologia
assustadora pela sua visualização extensa com tratamento conservador consistindo em repouso, uso de gelo local, analgésicos e anti-inflamatório, deve ser
corretamente diferenciado de outras causas de abdome agudo para que o tratamento seja adequado,evitando intervenções cirúrgicas desnecessárias.
* UNAERP, São Paulo.
TL.C.OBE.P.252
HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA: UM RELATO DE CASO
Rômulo José de Lima Veras*, Hamilton Cezar Rocha Garcia*, José Francisco Vasconcelos BORBOREMA*,
Cláudio Claudino Alves Almeida*, Carolina Costa Beckman Nery*, João Felipe da Costa Nunes*,
Aline Pozzebon Gonçalves *, José Gabriel Miranda da PAIXÃO*
RESUMO - Objetivo - Relatar um caso de hérnia diafragmática por trauma abdominal penetrante em hospital de trauma de Belém. Método - Revisão
do prontuário do paciente e documentação fotográfica. Resultados - M.P.B., 18 anos, sexo masculino,procedente do interior do Pará, deu entrada
em hospital de referência em Trauma de Belém, com história de ferimento por arma branca(FAB) na altura do 7º espaço intercostal à esquerda há
6 horas. Recebeu 1° atendimento em hospital do interior, onde foi submetido a “Laparotomia Exploradora + Esplenorrafia + Toracostomia fechada
com drenagem pleural em selo d’água esquerda”. Ao exame físico apresentava-se consciente, orientado, taquicárdico, taquipnéico, desidratado e com
PA=140 x 80 mmHg. Apresentava expansão assimétrica de tórax e ferida operatória de incisão paramediana supraumbilical, além de dor à palpação
abdominal profunda difusamente, com descompressão brusca negativa. Paciente foi submetido a tratamento inicial do ATLS e realizou CT de tórax,
sendo evidenciado hérnia diafragmática contendo estômago, colón transverso e alças intestinais. Optou-se por nova laparotomia exploradora com rafia
de lesão de 7 cm da cúpula diafragmática esquerda após redução da hérnia e drenagem de hemitórax esquerdo. Paciente evoluiu bem, recebendo alta
em 3º pós-operatório. Conclusão - FAB em transição tóraco-abdominal tem chance de lesar o diafragma, acarretando risco de hérnia diafragmática
traumática e comprometimento da ventilação adequada do paciente.
* Hospital Ophir Loyola, Pará.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.OBE.P.253
INFLUÊNCIA DO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E DO NÚMERO DE CÁLCULOS BILIARES NO
DESENVOLVIMENTO DA COLECISTITE AGUDA
Tiago Torres Melo1, Valdemir José Alegre Salles2
RESUMO - Objetivo - Analisar a prevalência de colecistite aguda de acordo com o índice de massa corpórea (IMC) e o número de cálculos biliares.
Método -Estudo retrospectivo analítico,no qual foram analisados 64 pacientes portadores de colelitíase do Hospital Universitário de Taubaté, entre
janeiro de 2010 e janeiro de 2011. Resultados - Dos pacientes, 23,4% eram do sexo masculino e 76,6% do sexo feminino. A média da idade na amostra
foi de 44,4 anos. A média do valor do IMC foi de 28,8. A ocorrência de cálculo único foi de 34,4% e de múltiplos em 65,6%. A análise da correlação
entre o valor elevado do IMC e a presença de cálculo único não mostrou diferença estatística significativa (p=0,68). A análise da correlação entre o
valor elevado do IMC e a ocorrência de colecistite aguda não mostrou diferença estatística significativa (p=0,80). Dentre os pacientes portadores de
colecistite aguda, 63,2% apresentavam dois ou mais cálculos e 36,8%, cálculo único. Dos portadores de colecistite crônica, 66,7% apresentavam dois ou
mais cálculos e 33,3%, cálculo único. A análise da correlação entre a presença de cálculo único e a ocorrência de colecistite aguda não mostrou diferença
estatística significativa (p=0,79). Conclusão - A elevação do peso corporal não está relacionada com a presença de cálculo vesicular único. Os pacientes
com sobrepeso ou obesidade e aqueles portadores de cálculo único não tiveram maior probabilidade de desenvolver colecistite aguda. Descritores Colecistite aguda. Cálculos biliares. IMC. Obesidade.
1
Santa Casa de São Paulo; 2UNITAU, São Paulo.
TL.C.OBE.P.254
KWASHIORKOR EM PACIENTE COM BALÃO INTRAGÁSTRICO - RELATO DE CASO
Ricardo Jose Fittipaldi Fernandez1, Cristina Fajardo Diestel1,2, Bruna Saraiva NESI1
RESUMO - Introdução - O Kwashiorkor é uma síndrome que comumente afeta crianças com baixo nível sócio-econômico e com alimentação
extremamente hipoproteíca, tendo como sinais mais comuns uma síndrome edemigênica (SE) e dermatite. Porem, pode acontecer raramente em adultos
onde ocorra uma redução drástica da ingestão protéico-calórica, neste caso ocasionada pelo balão intragástrico. Relato de Caso - Paciente de 34 anos,
feminino, índice de massa corporal 34,02 kg/m2, que após a implantação de balão intragástrico (BIG), evoluiu com náuseas e vômitos em grande
intensidade a partir da segunda semana de tratamento, porem a paciente recusou-se a retirar o BIG. Procurou diversas vezes serviço de emergência para
hidratação e reposição hidro-eletrolitica. Aos 28 dias da colocação, optou-se pela retirada da prótese, que transcorreu sem intercorrências. Paciente então
evoluiu com SE, com importante edema de membros inferiores e ascite. Surgiram então lesões bolhosas nos pés e tornozelos. Dosagem sérica de albumina
foi 2,5 g/ dL. Após extensa investigação cardiológica, vascular e renal, nada de alterado foi encontrado. A SE foi então atribuída a hipoalbuminemia por
desnutrição aguda causada pela hiperemese. Iniciado furosemida 80 mg/dia e dieta hiperprotéica, com pronta resolução da SE. Conclusão - A síndrome
de Kwashiorkor, embora rara em adultos, pode ocorrer em pacientes que apresentem hiperemese pelo BIG.
1
Endogastro Medservice; 2UERJ, Rio de Janeiro.
TL.C.OBE.P.255
OBSTRUÇÃO INTESTINAL POR FITOBEZOAR PÓS BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX
Rennel Pires de Paiva*, Marco Túlio Alves Cruvinel*
RESUMO - Obstrução intestinal por fitobezoar após by pass gástrico em Y-de-Roux Bezoares são causas raras de obstrução do intestino delgado
após bypass gástrico em Y-de-Roux. O presente relato de Caso descreve uma paciente de 58 anos que desenvolveu obstrução intestinal ao nível da
entero-enteroanastomose (Y-de-Roux) por um fitobezoar, 2 anos após ser submetida a uma gastroplastia vertical redutora em Y-de-Roux, sem anel, por
via aberta. A paciente foi admitida com quadro de intensa dor abdominal, náuseas e vômitos há 24 horas, relatando início dos sintomas após ingesta
de “Cocada”. Exames de imagem, raios-X e tomografia mostram imagem em “miolo de pão” volumosa no flanco esquerdo, e níveis hidro-aéreos. A
paciente foi inicialmente submetida à videolaparoscopia exploradora e posterior conversão para laparotomia, onde foi encontrada tumoração volumosa
ao nível da enteroanastomose obstruindo a alça alimentar e a bileo-pancreática. Realizada enterotomia cerca de 10 cm abaixo da enteroanastomose
e retirada manual do fitobezoar, em seguida irrigação da alça alimentar com soro fisiológico. A paciente evoluiu bem, recebendo alta no segundo dia
de pós-operatório, e permanece assintomática. A formação de fitobezoar deve ser considerada no diagnóstico diferencial nos quadros de obstrução
intestinal após by pass gástrico.
*ICB - Instituto de Cirurgia Bariátrica de Goiânia, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
117
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.OBE.P.256
PLASMA DE ARGÔNIO NO TRATAMENTO DO REGANHO DE PESO PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA:
RESULTADOS INICIAIS
Ricardo José Fittipaldi Fernandez1, Cristina Fajardo Diestel1,2,3
RESUMO - Introdução - O reganho de peso é um problema pós cirurgia e ocorre, em parte, pela dilatação da anastomose gastro-jejunal, o que ocasiona
um esvaziamento gástrico mais rápido e maior ingestão alimentar. Objetivo - Avaliar a eficácia da fulguração endoscópica com plasma de argônio
(FPA) da anastomose e do coto gástrico objetivando a redução do diâmetro dos mesmos. Métodos - Foram analisados 16 pacientes submetidos a, pelo
menos, 01 sessão de FPA. A fulguração foi realizada na anastomose e no coto gástrico. Foi utilizada potência de 80 w na 1ª sessão de FPA e 70 w nas
seguintes, com fluxo de 02 litros de argônio. Objetiva-se obter uma anastomose com diâmetro menor ou igual a 10 mm. Os dados foram analisados com
a estatística descritiva, o teste t de Student e a correlação de Spearman. Resultados - Dos 16 pacientes analisados, 87,5% eram mulheres (n=14). A média
de peso reganhado em relação ao peso máximo perdido após a cirurgia foi de 40,83% (6,45-72). Houve uma redução significativa do índice de massa
corporal (IMC) no final da análise (média=33,32 kg/m²) em relação ao início do tratamento (IMC médio=36,56 kg/m²) (p<0,0001). A perda média em
percentual do peso reganhado foi de 86,71%. Houve correlação significativa entre a redução do IMC e o maior número de sessões realizadas (p=0,0388).
Os pacientes analisados ainda permanecem em tratamento. Conclusão - A FPA se mostra eficaz no tratamento do reganho de peso pós-cirurgia de
gastroplastia redutora com bypass em Y-de-Roux.
1
Endogast ro Medservice; 2UERJ; 3Uni-Rio, Rio de Janeiro.
pôsteres • PÂNCREAS
TL.C.PAN.P.257
A IMPORTÂNCIA DO PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO NO ADENOCARCINOMA DA
AMPOLA DE VATER
José Roberto Alves*, Patrick Vanttinny Vieira de Oliveira*, Ícaro Godeiro de Oliveira Maranhão*, Enio Campos Amico*
RESUMO - O adenocarcinoma de Ampola de Vater representa 0,5% dos cânceres gastrointestinais. Objetivo - Apresentar a importância do perfil clínicoepidemiológico desse câncer. Método - Estudo observacional e retrospectivo em pacientes com adenocarcinoma da Ampola de Vater do Hospital Universitário
Onofre Lopes de fevereiro/2008 a julho/2013. Resultados - Identificados 22 pacientes (54,5% homens). Apresentaram idade média de 56,2 anos, sendo três
(13,6%) com idade igual ou menor que 40 anos. Os principais fatores de riscos foram: tabagismo (45,5%) e etilismo (31,8%). As manifestações clínicas mais
prevalentes foram: icterícia (90,9%), dor abdominal superior (81,8%), perda ponderal (81,8%), prurido cutâneo e colúria (72,7%). Em 16 casos (72,7%) os
exames pré-operatórios suspeitaram de tumor na Ampola de Vater. Os outros: 3 casos (13,6%) existia dúvida entre origem pancreática e periampular, outro
caso (4,5%) para origem apenas pancreática e os últimos 2 (9,1%) não existiam informações nos prontuários. Ademais, em 3 pacientes a endoscopia digestiva
alta convencional não apresentou alterações. Conclusão - Percebe-se que nos pacientes ictéricos cada vez mais jovens a hipótese diagnóstica de câncer da
Ampola de Vater deve ser considerada, mesmo naqueles aos quais apresentarem exame endoscópico convencional normal. Algumas vezes esse tipo de
câncer não apresenta definição diagnóstica pré-operatória, necessitando de confirmação por exame anatomopatológico detalhado.
*Hospital Universitário Onofre Lopes da Universidade. Federal do Rio Grande do Norte (HUOL-UFRN), Rio Grande do Norte.
TL.C.PAN.P.258
ACELERANDO A RECUPERAÇÃO DOS PACIENTES SUBMETIDOS À
GASTRODUODENOPANCREATECTOMIA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*, Levi Cezar de Castro
Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira Costa*
RESUMO - Introdução - Ressecção pancreática é uma das partes da abordagem multimodal e multidisciplinar no tratamento atual dos tumores
periampulares. A introdução de modificações nos cuidados perioperatórios proporciona benefícios na evolução dos pacientes. Objetivos Descrever a experiência inicial com estratégias perioperatórias que possibilitem uma recuperação mais rápida em pacientes submetidos à
gastroduodenopancreatectomia. Métodos - Relato de Casos. Resultados - Três pacientes foram submetidos à cirurgia de Whipple. As idades eram de
47, 43 e 66 anos, sendo um do sexo masculino. Hidratação venosa com 10 ml/kg de peso foi realizada diariamente. Administração de vitamina C (dose
de 500 mg/dia) e arginina (0,5 mg/kg/dia) também ocorreu. Jejum pré-operatório foi diminuído para seis horas. Hidratação intra-operatória ocorreu
tentando manter PVC < 6 e diurese de 0,5 ml/kg/hora. Extubação na sala de operação foi realizada em todos. A sonda nasogástrica foi retirada na sala de
operação e a sonda nasoenteral foi passada apenas em um caso. Vasopressor não foi utilizado e a alta da UTI ocorreu entre 10-16 horas após a cirurgia.
Deambulação foi realizada em menos de 48 horas e dieta líquida, no segundo dia pós-operatório. Alta hospitalar ocorreu no sétimo, décimo e oitavo
dia de pós-operatório. Acompanhamento ambulatorial vem sendo realizado em todos. Conclusão - Mudanças no manejo perioperatório de cirurgia
pancreática pode permitir evolução mais favorável e menor desconforto aos pacientes.
* Hospital da Restauração - HR, Pernambuco.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.PAN.P.259
AS CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS NÃO INFLUENCIARAM NOS RESULTADOS DE 61 PACIENTES
SUBMETIDOS À DUODENOPANCREATECTOMIA (DP).
Paulo Amaral*, Rodolfo Santana*, Flávio Silano*, Eric Ettinge*, Ricardo Amaral*, Lorena Almeida*,
Fernanda Lopes*, Lorena Carneiro*
RESUMO - Introdução - Condições sócio-econômicas desfavoráveis, geralmente implicam em: dificuldade de acesso ao serviço de saúde, condições
inadequadas de educação, nutrição, saneamento básico. Objetivo - Avaliar se as condições sócio-econômicas influenciaram nos resultados das DP
realizadas pelo serviço de Cirurgia digestiva do Hospital São Rafael BA. Pacientes e Métodos - Os dados foram coletados por meio de fichas padronizadas,
preenchidas prospectivamente de 2005-2013. 61 pacientes foram submetidos a DP: Convênios (CON) - 33(54,1%); e SUS – 28 (45,9%). Os grupos foram
homogêneos quanto a média de idade, sexo, comorbidades, necessidade de transfusão e tempo cirúrgico. Resultados - Uma complicação intra-operatória
no (CON) e duas no SUS (p=0,46). As complicações relacionadas ao sítio cirúrgico foram: Clavien I – 5(21,7%) SUS e 3(13,63%) CON p=0,58; Clavien
II 12(52,2%) SUS e 9(40,9%) CON p=0,45, Clavien IIIA nenhum caso SUS e 1 (4,5%%) (CON) p=1, Clavien IIIB 5(21,7%) SUS e 6(27,3%) CON p=1,
Clavien V 1(4,3%) SUS e 3(13,63%) CON, p=0,62. Não relacionada ao sítio cirúrgico: Clavien II 14(77,8%) SUS e 20(74,1%) CON p=0,77, Clavien
IVB 3(16,7%) SUS e 6(22,2%) CON p=0,48, Clavien V 1(5,6%) SUS e 1(3,7%) CON p=1. Permanência média 24 dias SUS e 18,9 dias CON p=0,08.
Reabordagem 4(14,3%) SUS e 6(18,2%) CON, p=0,74. Conclusão - Não se observou diferença nas complicações intra e pós-operatória entre os pacientes
operados pelo SUS e pelo convênio.
*Serviço de Cirurgia do Aparellho Digestivo - Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.
TL.C.PAN.P.260
CISTO DE COLÉDOCO EM PACIENTE DE 65 ANOS - RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Tauil*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes de Albuquerque*, Guilherme Augusto Y. Seimaru*,
Marcelo B. Tavares*, Jose Henrique Carneiro da Cunha Filho*
RESUMO - A dilatação cística dos ductos biliares ou cisto de colédoco é uma condição incomum, grave e que necessita de tratamento cirúrgico. A
manifestação da doença ocorre mais na lactância e infância, porém a maioria dos diagnósticos é feita durante a vida adulta. No presente relato, a
paciente de 73 anos deu entrada no pronto-socorro do Hospital do Vale do Paraíba, com quadro de dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia. A
paciente era colecistectomizada há 50 a e apresentava nos exames de imagem dilatação acentuada de vias biliares intra e extra-hepática, também foi
visualizada em várias Tc a presença de estrutura muito semelhante à vesícula biliar, que no intra-operatório foi identificado como sendo o ducto cístico.
Durante o intra-operatório foi observado uma obstrução extrínseca da 2º porção duodenal, pela grande dilatação do colédoco (20 cm), foram retirados
2 cálculos, 6 e 3 cm. Foi optado pela realização da derivação bileo-digestiva. A paciente evoluiu bem, porém permaneceu a dilatação das vias biliares
evidenciada em Tc de abdome 3 meses após cirurgia.
* Hospital Regional do Vale do Paraiba, São Paulo.
TL.C.PAN.P.261
DIAGNÓSTICO DE INSULINOMA EM PACIENTE COM SÍNDROME PSIQUIÁTRICA
Marina Rodrigues Costa1, Lásaro André Leite Costa2, Marcelo Gonçalves Sousa2, Patrícia Mayara Sales Pereira2,
Patrícia Maia Barreto2, Normando Guedes PEREIRA Neto2, Vanessa Rodrigues Costa2
RESUMO - Introdução - O insulinoma é uma patologia rara e de difícil diagnóstico, no entanto, pode ser suspeitado a partir da realização de anamnese
associada a um exame simples, rápido e de baixo custo, a glicemia capilar. Objetivo - Alertar para a dificuldade no diagnóstico do insulinoma em paciente
com síndrome neuropsiquiátrica, em que as desordens glicêmicas nestes nem sempre são pesquisadas rotineiramente, retardando, assim, o tratamento.
Relato de Caso - CRF, masculino, 44 a, apresentava quadro de confusão temporal e espacial, amnésia e sintomas adrenérgicos durante o sono há um
ano. Evoluiu com piora progressiva da sintomatologia, com importante comprometimento das suas atividades cotidianas. Na suspeita de distúrbio
neuropsiquiátrico, iniciou terapia com fenobarbital, evoluindo com piora do quadro. Durante um episódio de exacerbação em que procurou o serviço
de emergência foi realizado pela primeira vez, uma glicemia capilar, que revelou o valor de 35 mg/dl. O paciente melhorou após a normalização do
nível glicêmico, caracterizando, então, a tríade de Whipple. Na hipótese de insulinoma foi encaminhado ao HULW, onde foi realizado uma RNM que
detectou nódulo de 0,8 cm em topografia de processo uncinado do pâncreas, confirmado pela dosagem de insulina e pró- insulina, assim definindo o
diagnóstico. Conclusão - A glicemia na rotina da emergência é de suma importância em pacientes com sintomatologia neuropsiquiátrica.
1
UFC; 2UFPB, Paraíba.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
119
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.PAN.P.262
DOR ABDOMINAL EM MULHER JOVEM: TUMOR DE FRANTZ, RELATO DE CASO
Alexandre de Brito Borges Pimentel*, Roland Montenegro Costa*, Lúcio Lucas Pereira*, Renato SABBAG*,
Nadia Tomiko Anabuki*, Robsson Menezes Leal*
RESUMO - Introdução - Neoplasias pancreáticas são raras abaixo dos 50 anos, 78% dos casos em pacientes com, ou acima dos 60 anos. Região
cefálica mais acometida, adenocarcinoma ductal a neoplasia mais frequente. Neoplasias císticas têm um aumento em sua incidência, graças a maior
uso de exames de imagem, levando a diagnósticos precoces e muitas vezes, ansiedade em pacientes assintomáticos. Relato. Id.: 15 a, Fem. QP.: dor
abdominal, lombalgia, astenia, plenitude precoce, inapetência.Sem febre, alteração intestinal, outros sintomas, comorbidades, trauma. Labs.: (BT: 3.1),
sem outras alterações. TC abd + PET-SCAN, mai/2013: Massa hipodensa, sólida, 5,5 x 5,7 x 6,7 cm, cabeça/colo do pâncreas, encapsulada, aumento do
metabolismo. Sem envolvimento de vasos ou dilatação de ductos pancreáticos/colédoco. Realizada duodenopancreatectomia, anastomoses colédocojejunal T-L, gastro-pancreática por telescopagem (téc. de Montenegro) e gastro-jejunal T-L em Y-de-Roux Linfadenectomia, achado de malignidade em
congelamento. AP: Pâncreas: Tumor sólido, pseudopapilar (Tumor de Frantz). Margens livres. Linfonodos (15) livres. O tumor de Frantz, mais frequente
em mulheres jovens (3 a-4 a década de vida), predomina na região corpo-caudal, sem fatores de risco conhecidos até o momento. Tumor encapsulado,
baixos potencial de invasão local e de geração de metástases, sua ressecção é sempre indicada. Boas chances de cura após a mesma. O caso chama a
atenção por não seguir as características topográficas e populacionais da neoplasia.
* HBDF, Brasília.
TL.C.PAN.P.263
DUODENOPANCREATECTOMIA CEFÁLICA ASSOCIADA À PANCREATECTOMIA CAUDAL NA DOENÇA
DE VON HIPPEL-LINDAU
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo Jureidini2, Vagner Birk Jeismann1, Guilherme Naccache Namur2, Telesforo Bacchella1,
Estela Regina Ramos Figueira1, Ulysses Ribeiro Jr.2, Ivan Cecconello1
RESUMO – Introdução - A doença de Von Hippel-Lindau (DVHL) é autossômica dominante, caracterizada por neoplasias cerebelares, carcinoma renal,
feocromocitoma, entre outros. Os achados pancreáticos ocorrem em 70-80% sendo os cistos os mais freqüentes seguidos pelos tumores neuroendócrinos
(TNEP) geralmente múltiplos. Nos pacientes com múltiplas lesões pancreáticas a pancreatectomia total pode ser necessária, porém traz piora da
qualidade de vida. Método - Relato de dois pacientes com DVHL e múltiplos TNEP submetidos a tratamento cirúrgico onde se evitou a pancreatectomia
total. Resultados - Duas pacientes jovens (média 37,5 anos), IMC médio de 22,5 m/kg previamente submetidas à adrenalectomia bilateral. A paciente 1
apresentava 4 nódulos entre1,2-4 cm, sendo 3 cefálicos e um na cauda e foi submetida à duodenopancreatectomia (DPT) e enucleação de lesão em cauda.
A paciente 2 apresentava 3 nódulos entre 1,3-3,5 cm, o maior na cauda e foi submetida a DPT e pancreatectomia caudal com esplenectomia. O tempo
operatório médio foi de 397 min e o tempo de internação de 14 dias e nenhuma evoluiu com diabetes. Conclusão - No tratamento dos TNEP múltiplos na
DVHL as ressecções segmentares podem evitar pancreatectomia total e a consequente diabetes de difícil controle em casos selecionados. O seguimento
pós-operatório é essencial e a totalização da pancreatectomia pode vir ser necessária.
1
HCFMUSP; 2Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, São Paulo.
TL.C.PAN.P.264
GLUCAGONOMA EM PROCESSO UNCINADO DO PÂNCREAS: PANCREATECTOMIA PARCIAL COM
PRESERVAÇÃO DO DUODENO – RELATO DE CASO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Mariana Ocampos Galvão*, Paula Francielle Valera Versage*,
Ricardo Kenithi Nakamura*, Caroline Sauter Dalbem*
RESUMO - Introdução - O glucagonoma é um tumor raro das ilhotas pancreáticas, que surge em geral na quinta década de vida e localiza-se mais
frequentemente na cauda do pâncreas. Objetivo - Relatar um caso de glucagonoma em processo uncinado do pâncreas submetido à pancreatectomia parcial
com ressecção do processo uncinado com preservação do duodeno. Relato de Caso - V. C. G., sexo masculino, 63 anos, hipertenso e diabético, assintomático,
com achado ultrassonográfico de abdome total evidenciando nódulo na cabeça do pâncreas. A Ressonância Nuclear Magnética constatou presença de
nódulo em processo uncinado do pâncreas aderido a terceira porção do duodeno, sólido, hipercaptante, medindo 3,5 x 3, 3 x 2,8 cm de diâmetro. Amilase:
80, lipase: 25, CA 19-9: 3,7, CEA: 2,8. Com a suspeita diagnóstica de Tumor Neuroendócrino do pâncreas foi indicada a ressecção cirúrgica optando por
pancreatectomia parcial com ressecção do processo uncinado e preservação do duodeno. Paciente recebeu alta no 4° PO sem sinais de fístula. O resultado
do anatomopatológico indicou Neoplasia Neuroendócrina bem diferenciada Grau II, com marcador Ki-67 de 5%, e expressão para glucagon. Paciente
encontra-se bem sem sinais de recidiva da lesão. Conclusão - A pancreatectomia parcial com ressecção do processo uncinado e preservação do duodeno
pode ser uma alternativa menos agressiva que a cirurgia de Whipple para tumores menos agressivos, com mesmo potencial de cura e menos complicações.
* UFMS, Mato Grosso do Sul.
120
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.PAN.P.265
HEPATOCARCINOMA EM FOCO DE TECIDO HEPÁTICO ECTÓPICO EM CABEÇA PANCREÁTICA:
RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA
Florence Quarella*, Francisco CALLEJAS Neto*, Elinton Adami Chaim*, Martinho Gestic*, Murillo Utrini*,
Everton Cazzo*, Ricardo Rossetto*
RESUMO - Homem, 65 anos com dor em região epigástrica, empachamento há dois meses e perda de 2 kg no período. Exame Físico - tumoração
palpável em região epigástrica. Exames laboratoriais sem alterações. Tomografia computadorizada de abdome: lesão hipervascularizada em
processo uncinado do pâncreas com aproximadamente 8 cm de extensão. Conduta - gastroduodenopancreatectomia com reconstrução em dupla
alça em Y-Roux com ressecção de nódulo hepático em segmento III. Evoluiu bem no pós-operatório imediato. Resultado do Exame Histológico Hepatocarcinoma na lesão pancreática e negativo para neoplasia no nódulo hepático (esteatose), com confirmação por imunohistoquímica. Segue
em acompanhamento ambulatorial há 36 meses, sem evidência de recidiva tumoral ou doença hepática em tomografias computadorizadas de abdome
de controle. Dados de revisão da literatura mostram aproximadamente 20 casos de hepatocarcinoma em tecido hepático ectópico e sem evidência de
doença hepática associada. A carcinogênese nesses casos aparentemente é maior devido a alterações arquiteturais no tecido ectópico, com sistemas
vasculares e ductal incompletos.
*Unicamp, São Paulo.
TL.C.PAN.P.266
LINFOMA FOLICULAR PANCREÁTICO: RELATO DE CASO
Andreia Cristina de PAULA*, Sergio CARVALHO*, Jorge Adas DIB*, Anwar Fausto Felix SABBAG*, Jorge A THOMÉ*
RESUMO - Introdução - Linfoma primário de pâncreas é um tipo raro de linfoma extranodal e constitui menos de 0,5% de todas as neoplasias
malignas pancreáticas. Objetivos - Relatar um raro caso de linfoma pancreático primário folicular de baixo grau, diagnóstico, tratamento, seguimento,
evidenciando a importância clínica em comparação com dados da literatura. Relato de Caso - Paciente feminino, 39 anos de idade, com dor em abdome
superior. Realizada tomografia abdominal que evidenciou lesão expansiva em cabeça de pâncreas de 5,5 x 4,5 cm, que realça pelo meio de contraste,
sem linfadenomegalia. CA19-9: 13,2 U/ml normal. O ultrassom endoscópico foi inconclusivo. A paciente foi submetida à cirurgia de Wipple. A
imunohistoquímica evidenciou linfoma pancreático não Hodgkin B folicular de baixo grau, com linfonodos negativos. A paciente foi submetida a 6 ciclos
de quimioterapia R-CHOP e esta em seguimento, sem evidências de recidiva há um ano. Conclusão - Linfoma primário de pâncreas é uma rara neoplasia
que não apresenta características clínicas e em exames de imagens específicas para diagnóstico diferencial com outras neoplasias malignas pancreáticas.
A punção aspirativa guiada por ultrassom endoscópico requer experiência do citopatologista, assim como técnicas avançadas de imunohistoquímica
para o diagnóstico final. O tratamento cirúrgico e a quimioterapia adjuvante são importantes armas para o tratamento eficaz e uma melhor sobrevida.
* FAMERP, São Paulo.
TL.C.PAN.P.267
LIPOSSARCOMA MIXOIDE EM RETROPERITÔNEO: RELATO DE CASO
Annanda Carolina de Araujo Martins1, Llorena Mariana de Araujo Martins1, Anne Caroline Amorim Batista1,
Carolina Case Cardoso MATIAS1, Samuel de Sousa GREGORIO2, Danilo Everton Cunha CAVALCANTE3,
Natalia Arruda COIMBRA1
RESUMO - FAC, 64 anos, masculino, negro, casado, lavrado, iniciou quadro de dor abdominal difusa, mais intensa em epigástrio, tipo peso, associada
à pirose, inapetência e perda de peso e aumento de volume abdominal há 6 meses. Ao exame físico - egreg, eupnéico, anictérico, acianótico, afebril,
emagrecido, hipocorado (++/4+), abdome: globoso, doloroso a palpação evidenciando massa extensa palpável. Exames complementares - HB: 9,20g/
dl; HT: 29,30%; LEUC: 9.130/Mm3; PLAQ: 450.000/mm3; provas renais e hepáticas sem alterações. Marcadores tumorais sem alterações. EDA: gastrite
leve enantemosa, compressão externa do estômago. TC de abdomen total: RIM D apresentando três imagens císticas localizadas no pólo superior (4,5
x 3,3 cm), no pólo inferior (3,8 x 2,8 cm) e no terço médio (1 x 0,8 cm). Pâncreas de avaliação prejudicada pela presença de volumosa ormação cística
de paredes regulares, medindo 21,5 x 17,4 x 12,3 cm localizado no retroperitoneo. Hipótese possível de pseudocisto de pâncreas. Colangioressonância:
massa expansiva na cauda do pâncreas. Realizar diagnóstico diferencial com GIST. PCT foi submetido à pancreatotomia + nefrectomia + segmentectomia
intestinal + esplenectomia + biópsia pancreática distal + exerese de margem pancreática. Biópsia - massa compatível com lipossarcoma mixóide, medida:
30 x 30 x 20 cm, 8.654 G, grau de diferenciação 2, presença de células neoplásicas no tecido conj. pancreático, no tecido conj. peri-adrenal e periarterial
e no tecido adiposo do hilo renal. Foi admitido na UTI e evoluiu a óbito após dois dias.
1
CEUMA; 2HMDM; 3UFMA, Maranhão.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
121
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.PAN.P.268
MANEJO DE COMPLICAÇÕES DA CIRURGIA DE WHIPPLE
Belisa Tiegs Ferreira1, Sidney Ribeiro de Resende1, Djalma Antônio da Silva Junior1, Gabriel Alves Carrião2,
Mariana Silva Guimarães2, Izabella Rezende Oliveira2, Fernando Correa Amorim3, Fátima Mrué3
RESUMO - Introdução - A duodenopancreatectomia é uma das mais complexas cirurgias do aparelho digestivo. É tida como único tratamento com
possibilidade de cura para tumores da região peri-ampular. Publicações recentes relatam uma mortalidade operatória abaixo de 2% e um índice de
complicações de cerca de 40%. Dentre essas destacam-se fístula pancreática, sepse, infecção da ferida operatória, abcesso intra-abdominal, hemorragia
digestiva alta, hemorragia intra-abdominal, obstrução da saída gástrica e fístula colédoco-jejunal. Objetivo - Conhecer a cirurgia de Whipple e o manejo
de suas complicações. Métodos - Revisão de literaturas dos bancos de dados: SciELO e MEDLINE. Resultados - A complicação mais frequente é a
fístula pancreática, sendo que o principal fator relacionado é a técnica operatória utilizada para a confecção da anastomose. A utilização da técnica
de anastomose ducto-mucosa para a reconstrução mostrou-se segura e pode ser uma boa opção na realização da pancreatojejunostomia. A longo
prazo, pode ocorrer má-absorção, por diminuição da produção de componentes do suco pancreático, ocasionado pela retirada da cabeça do pâncreas.
Conclusão - A morbimortalidade operatória dos pacientes submetidos à duodenopancreatectomia tem diminuído, devido aos avanços atuais na técnica
operatória, na assistência anestésica e nos cuidados intensivos pós-operatórios. Porém, ainda é importante a continuidade em estudos que tomem por
objetivo a redução e o melhor manejo de possíveis complicações.
1
HSG-GO; 2PUC-GO; 3HC-GO, Goiás.
TL.C.PAN.P.269
MODIFICAÇÕES DA TÉCNICA DE RESSECÇÃO E RECONSTRUÇÃO DA
GASTRODUODENOPANCREATECTOMIA TÊM IMPACTO NA EVOLUÇÃO DO PÓS-OPERATÓRIO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de Oliveira Neto*,
Thiago César Fernandes Gomes*, Américo Gusmão*, Cláudio Moura Lacerda*
RESUMO - Introdução -A cirurgia continua sendo a melhor opção para as lesões periampulares. Melhor condicionamento perioperatório e modificações
da técnica cirúrgica determina menos complicações. A alteração do manejo peri-operatório se justifica pela boa resposta. Objetivo - Relatar a experiência
na cirurgia de Wipple nos tumores periampulares. Método - Estudo em hospital público, em pacientes submetidos à cirurgia de Wipple realizadas pelo
autor principal, de janeiro de 2002 a janeiro de 2013. Resultados - 25 procedimentos foram realizados, 19 eram homens. A idade variou de 47 a 71 anos.
O IMC variou de 18 a 32. HAS e DM ocorreu em 18 pacientes. A colocação de prótese ocorreu em 3 casos. Ligadura tardia da artéria gastrod, secção
biliar precoce e anastomose gastrojejunal em parede posterior ocorreu em 17 pacientes. Drenagem cavitária fechada foi realizada nos 25 casos. O uso de
cola de fibri`na foi necessário em 20 casos. Fístula pancreática foi identificada em 7 casos (5,ducto- mucosa e 2, telescopagen). Boa evolução em todos.
Uso de hemoderivados ocorreu em 15 (sendo 5 no intraoperatório). Abscesso cavitário foi identificado em 2, em 1, necessária re-laparotomia, tendo
ambos boa evolução. Hemorragia pós-operatória ocorreu em 1 paciente, sendo necessária exploração cirúrgica. Esse apresentou falência de múltiplos
órgãos e óbito no 5º dia do pós-operatório. Conclusão - Modificações da técnica cirúrgica na cirurgia de Wipple contribui para um procedimento seguro
e uma evolução mais favorável.
*HUOC, Pernambuco.
TL.C.PAN.P.270
PANCRATECTOMIA E HEPATECTOMIA SIMULTÂNEA EM CÂNCER DE PÂNCREAS
Mauricio Alves Ribeiro*, Celso Henrique Scacchetti de Almeida*, Nathalie Puliti Hermida Reigada*,
Fabio Gongalves Ferreira*, Luiz Arnaldo Szutan* Sylvia Heloisa Arantes Cruz*, Elisa Maria de Camargo Aranzana*
RESUMO - O diagnóstico de câncer de pâncreas ainda é tardio, frequentemente no momento do diagnóstico o paciente já apresenta doença localmente
avançada ou disseminada. A realização do tratamento de metástase hepática de neoplasia de pâncreas não neuroendócrina é controversa, e o tratamento
sincrônico ainda pouco realizado em nosso meio. Relatamos caso de paciente do sexo masculino, 67 anos, admitido no serviço de emergência com dores
abdominais. Ao exame apresentava-se anictérico e com dores em andar superior. Realizou tomografia que evidenciou neoplasia de cauda de pâncreas
com envolvimento do baço e metástase hepática no segmento VI e VII, com CA125 110 e CA19-9 5150 Submetido à pancreatectomia corporo-caudal,
esplenectomia, e segmentectomia hepática VI e VII, no pós-operatório realizou tratamento adjuvante. Evolui com icterícia obstrutiva por compressão
linfonodal, sendo realizado drenagem interna por via transparieto hepática. Realizou novamente quimioterapia, porém sem resposta, evoluindo com
carcinomatose. Paciente morreu no pós-operatório 1 ano. Apesar dos avanços da quimioterapia e de ser factível com baixa morbi-mortalidade a
realização de hepatectomia e pancreatectomia simultânea por câncer de pâncreas ainda é controverso com sobrevida baixa, e por enquanto o diagnóstico
precoce é a única forma de obter bons resultados em termos de sobrevida.
*FCMSCSP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.PAN.P.271
PANCREAS TRANSPLANTATION: ANATOMICAL LANDMARKS AND SURGICAL TECHNIQUE
Leandro Ryuchi Iuamoto*, Eleazar Chaib*, Ruy Jorge CRUZ JUNIOR*, Rubens A. Macedo Junior*,
Alexandra Crescenzi*, Vinícius Rocha Santos*, Flávio Henrique Ferreira Galvão*,
Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*
RESUMO - Multiorgan procurement requires good anatomical knowledge and simultaneous pancreas-kidney transplantation has gained acceptance as
therapeutic modality for patients with end-stage renal disease secondary to diabetes mellitus. Transplant surgeons should be familiar with all techniques
for pancreas transplantation. Currently there are few surgical innovations such as retroperitoneal pancreas graft placement behind the right colon
or duodenoduodenostomy. Our aim is to assess a technique for pancreas procurement in a multiorgan donor, back table procedures, the recipient
operation with systemic bladder and enteric drainage for exocrine pancreatic secretion as well as systemic and portal venous drainage. In conclusion,
prevention of technical failure remains the main objective for pancreas transplantation surgeons. Because of the many variables associated with pancreas
transplantation, no single surgical technique is universally devisable, therefore, the surgeons should be familiar with different techniques for taking intraoperative wise decision.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.PAN.P.272
PANCREATITE TRAUMÁTICA EM TRAUMA ABDOMINAL CONTUSO: RELATO DE CASO
Monize Romualdo de Carvalho Rocha1, Iure Kalinine Ferraz de Souza1, Thiago Carneiro Machado2,
Rachel Figueiredo Melilo-Carolino1
RESUMO - A pancreatite traumática está presente em 1 a 12% dos traumas abdominais. 75% das lesões pancreáticas são simples e necessitam de
tratamento clínico exclusivo. Nesse relato de Caso apresentaremos o acompanhamento do quadro clínico-cirúrgico de uma criança de 6 anos com
pancreatite traumática por trauma abdominal contuso diagnosticada durante laparotomia exploradora. Análise dos resultados dos exames laboratoriais
e imaginológicos, descrição do ato cirúrgico e revisão da literatura. A criança foi admitida com dor abdominal difusa 10 dias após queda de bicicleta.
Estável, abdome tenso com dor intensa e difusa, acentuada em fossa ilíaca direita (FID), Blumberg positivo, presença de tatuagem traumática em região
epigástrica. Leucocitose de 21.000 com desvio à esquerda e ultrassonografia abdominal com presença de líquido livre em FID. Realizado laparotomia
exploradora com identificação de moderado volume de líquido ascítico serosanguinolento na cavidade abdominal, cabeça do pâncreas endurecida e com
lesões em pingo de vela, sem sinais de ruptura. Tratada clinicamente com suspensão da dieta oral, hidratação, antibioticoterapia, analgesia e inibidor
da bomba de prótons. Evolução com melhora clínica e estabilidade hemodinâmica. É importante reconhecer a pancreatite traumática, pois possui
mortalidade média de 19% e faz parte do diagnóstico diferencial de abdome agudo inflamatório no trauma abdominal contuso e, na maioria dos casos,
sem necessidade de abordagem cirúrgica.
1
UFOP; 2Hospital Arnaldo Gavazza, Minas Gerais.
TL.C.PAN.P.273
PANCREATOJEJUNOSTOMIA PELA TÉCNICA DE PENG: RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
Maria Clara Rodrigues Lima Medeiros1, Marina Sousa de Matos1, Natália Rocha da Silva1, Jeffany Silva Santos1, Jaldo Santos
Freire2, Rodrigo Rodrigues Vasques3, José Maria Assunção2
RESUMO - A GDP é atualmente a única forma de tratamento segura e eficaz para pacientes selecionados com patologias benignas e malignas do
pâncreas. Porém, a morbidade pós-operatória é elevada, sendo a fístula de anastomose pancreaticojejunal a causa mais importante. Peng e colaboradores
estabeleceram uma nova técnica de anastomose com uma taxa de fístula de 0%. Nesta nova técnica há o encerramento da anastomose, onde é realizado
o binding envolvendo o jejuno, o qual o pâncreas está invaginado. Esta ligadura deve ser apenas apertada o suficiente para que a ponta de uma
pinça hemostática passe por debaixo da ligadura. São cuidados devidos desta técnica a preservação da irrigação da região distal à ligadura e teste
específico para avaliar sua permeabilidade. Paciente feminino, 45 anos, chega ao ambulatório relatando que há 3 dias deu entrada na emergência com dor
epigástrica. O US de abdome total: presença de imagem ovalada de aspecto nodular na cabeça do pâncreas. Já a TC de Abdome: pâncreas apresentando
lesão expansiva heterogênea de 5 cm localizada na cabeça pancreática, sem dilatação de vias biliares e do Wirsung. Durante a cirurgia, devido às
condições cirúrgicas (consistência pancreática e ducto pancreático fino) aliadas às evidências científicas recentes, optou-se pela cirurgia de Whipple pela
técnica de Peng. A técnica de Peng tem-se demonstrado uma excelente opção por evitar a complicação de fístula pancreática e contribuir para diminuição
do tempo de hospitalização dos pacientes.
1
Universidade CEUMA, 2UFMA, Maranhão. 3UEPA, Pará.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Pôsteres
TL.C.PAN.P.274
PARACOCCIDIOIDOMICOSE: SIMULANDO NEOPLASIA DE CABEÇA PANCREÁTICA
Diego Cezar da Silva PECHUTTI*, Mônica Yurie Ayabe*, José Guilherme Minossi*, Leonardo Pelafsky*,
Claudia Nishida Hasimoto*, Juan Carlos Llanos*, Rodrigo Severo de Camargo Pereira*,
Walmar Kerche de Oliveira*
RESUMO - A paracoccidioidomicose (PB micose) é causada pelo fungo Paracoccidioidodes braziliensis, presente no solo da zona rural. Os órgãos mais
acometidos são pulmões e linfonodos. Existem duas formas clínicas: aguda e crônica. A forma aguda atinge jovens e causa síndrome mononucleose
like: febre, perda de peso, linfonodomegalias. A forma crônica engloba 90% dos casos sendo os pulmonares o principal órgão acometido O U.S e a
Tomografia mostraram grande tumor de cabeça de pâncreas. Optado por tratamento operatório, onde o achado foi de uma grande massa em cabeça
pancreática, irressecavel, com dilatação de colédoco de 1,5 cml. Realizado bileodigestivo. A congelação de gânglio mostrou inflamação granulomatosa
com fungos, e confirmado em lamina como paracoccidioidomicose. Iniciado tratamento com SMX-TMP, com melhora clínico-laboratorial e imagem.
Paciente encontra-se assintomático. O paciente do caso relatado tem uma forma incomum da paracoccidioidomicose. Não há dados precisos sobre a
incidência da PB micose no Brasil porque não é doença de notificação compulsória. O diagnóstico é feito por pesquisa do fungo em escarro ou aspirado
de linfonodo acometido. Em caso negativo, pode ser realizado biópsia. O tratamento de escolha é feito com itraconazol. As drogas de menor custo são
SMX-TMP e cetoconazol. Não existe cura definitiva. O tratamento visa melhora clínica. Todos os pacientes em remissão devem ser reavaliados devido
ao potencial risco de reativação do fungo e recidiva da doença.
*UNESP, São Paulo.
TL.C.PAN.P.275
PSEUDOCISTO PANCREÁTICO POR TRAUMA E SUA ABORDAGEM CIRÚRGICA: RELATO DE CASO
Itiel de Souza Aquino*, Júlio César de Medeiros Dantas*, Karoline Rayana dos Santos*, Vanessa de Souza Cabral*,
Rafael Medeiros Bezerra Costa*, Gian Francisco de Macedo Almeida*,
Randolfo Randall Farias Ferreira Brito*
RESUMO - Introdução - A maior incidência dos casos de pseudocistos pancreáticos em adultos está associada à etiologia inflamatória. O pseudocisto
pancreático por trauma apresenta-se como uma entidade relativamente rara e mais preponderante em crianças. Relato de Caso - Paciente do sexo masculino,
29 anos, com história prévia de ferimento por arma branca em região superior do abdome à esquerda há 5 meses, apresentando dor abdominal há três meses,
associada a febre contínua, dispneia aos pequenos esforços e perda de peso. A Ultrassonografia abdominal total demonstrou coleção líquida intraperitonial
septada em flanco esquerdo com volume de cerca de 377 mL e a Tomografia Computarizada de abdome total, realizada 2 dias depois, evidenciou aumento
da coleção líquida intra-abdominal, localizada adjacente à grande curvatura gástrica e anterior ao corpo e à cauda pancreáticas, com volume estimado
de 390 mL - 11,5 x 7,5 x 8,7 cm, nos maiores eixos). Procedeu-se a intervenção cirúrgica por meio da Derivação Pseudocisto-jejunal em Y de Roux com
anastomose término-lateral jejuno-jejunal, fechamento do coto jejunal distal e anastomose pseudocisto-jejunal. A cirurgia se sucedeu sem intercorrências
e o paciente recebeu alta com resolução dos sintomas. Conclusão - A maioria dos autores advoga que a cistojejunoanastomose com alça em Y de Roux é o
método de melhores resultados quando possível realizar derivação interna, independente da etiologia do pseudocisto.
*UFCG, Paraíba.
TL.C.PAN.P.276
RELATO DE CASO: PANCREATITE AGUDA GRAVE NECROTIZANTE
Inaiê Rodrigues Luz*, Junia de Cassia Baldim*, Mariana de Freitas Andrade*, Rafaela Teixeira Tavares*, Elcio Shyioiti Hirano*,
Rosimara Denaldi*, Marcelo Kassouf*, Paulo Jose Rego da Cruz*
RESUMO - Introdução - A pancreatite aguda é uma doença que causa apreensão nas equipes médicas devido ao potencial de gravidade e gama variada
de complicações associadas. Seu impacto nas populações vem aumentando significativamente nos últimos anos assim como os custos advindos das
internações com os pacientes, vítimas desta afecção. A litíase biliar e o etilismo são responsáveis por 80% dos casos, 10% abrangem causas diversas,
entre elas dislipidemia, CPRE, drogas, e 10% correspondem às causas idiopáticas. Relato de Caso - Homem, branco, 70 anos, hipertenso, usuário de
marcapasso, em uso de captopril, AAS, sinvastatina, deu entrada no PS com dor abdominal difusa, náuseas, vômitos e hiporexia ha 3 dias, com piora
progressiva, sem alterações urinárias, intestinais ou febre. Ao exame físico encontrava-se desidratado +/4+, taquipnéico, taquicárdico, afebril, sem
alterações do aparelho cardiopulmonar, abdome tenso, doloroso á palpação difusa, DB presente difusamente. Exames revelaram Ranson 3, TC abdome
evidenciou processo inflamatório agudo pancreático e peripancreático com necrose de 50% da área pancreática, com líquido livre adjacente. Evoluiu
com IOT e VM, choque hemodinâmico e necessidade de droga vasoativa. Conclusão - A pancreatite aguda constitui constante desafio para o cirurgião,
revelando que, se muito já foi feito, ainda nos resta um longo trajeto a ser percorrido.
*Hospital Municipal Walter Ferrari, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Pôsteres
TL.C.PAN.P.277
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE RECIDIVADA DE ESTENOSE DE VIA BILIAR APÓS
GASTRODUODENOPANCREATECTOMIA - RELATO DE CASO
Renato de Mesquita Taiul*, Alexandre Marotta*, Eduardo Fortes Albuquerque*, Marlon Alves Olivetti*,
Priscila Guimarães Brugger*, Diogo Marcelo Furtado*
RESUMO - Introdução - A gastroduodenopancreatectomia (GDP) é uma técnica associada historicamente com elevada taxa de mortalidade e
morbidade. Mesmo com a queda da taxa de mortalidade, as taxas de complicações tem-se mantido constante. Objetivo - Descrever relato de Caso
de paciente com tumor de cabeça de pâncreas, que apresentou estenose da via biliar após GDP dois anos após o procedimento. Foi submetido a
CPRE, ocorrendo recidiva da estenose e indicando a cirurgia de derivação biliodigestiva. Casuística - Trata-se de paciente do sexo feminino, idade
de 55 anos, acompanhada no HRVP no ano de 2010 a 2012. Método - Descrição de caso clínico a partir de dados clínicos, laboratoriais e cirúrgicos
obtidos através de revisão de prontuário. Resultados - Paciente com história de realização de GDP devido a tumor de cabeça de pâncreas e CPRE
por estenose da porção proximal do ducto hepático direito visto na colangio ressonância magnética após dois anos do procedimento cirúrgico.
Tratamento proposto foi cirurgia com ressecção da estenose e derivação biliodigestiva através de anastomose entre o íleo e o ducto hepático esquerdo.
Não foram evidenciados sinais de malignidade no exame anatomopatológico. Conclusão - A obstrução da via biliar em um paciente após a realização
da GDP pode resultar de tumor recorrente, estenose da anastomose ou lesão da via biliar. No insucesso da intervenção endoscópico, na maioria dos
casos o tratamento cirúrgico está indicado.
*HRVP, São Paulo.
TL.C.PAN.P.278
TUBERCULOSE PANCREÁTICA SIMULANDO NEOPLASIA AVANÇADA
Claudia Nishida Hasimoto1, Bibiane Rodrigues Borges2, Marcelo Vasconcellos Angelotti2, José Guilherme Minossi1
RESUMO - Relato de Caso - Paciente 36 anos, feminina, etilista, referia queixa de dor epigástrica constante há 2 meses, acompanhada de náuseas,
vômitos, diarréia sanguinolenta e emagrecimento. Apresentava-se em BEG, anictérica, emagrecida, abdome globoso, flácido, doloroso à palpação de
epigástrio, sem massas palpáveis. Exames Laboratoriais - GGT-51, FA-148, BT-0,2, Ca19.9 -< 2. Colonoscopia: dolicocólon. TC de abdome: processo
expansivo heterogêneo, de limites mal definidos, na cabeça pancreática e processo uncinado, porção proximal da veia porta e segunda/terceira porção
do duodeno. Nódulo hepático heterogêneo, hipoatenuante, localizado no segmento IVb. Evolução - Tentado a realização de biópsia percutânea devido
a suspeita de neoplasia de pâncreas com metástase hepática, porém resultado foi inconclusivo. Optado então pela biópsia a céu aberto e o resultado de
diversos fragmentos evidenciou hiperplasia linfóide reacional, ausência de neoplasia, tecido pancreático sem particularidades. Paciente foi encaminhada
para avaliação da infectologia e gastroclínica que optaram pelo tratamento empírico com COXCIP – 4 por 2 meses e manutenção com rifampicina e
isoniazida por mais 4 meses. Paciente evoluiu com melhora da dor, da diarréia, apresentou ganho de peso e aguarda exame de controle. Comentário O presente caso mostra a importância da obtenção do diagnóstico etiológico de lesões expansivas pancreáticas, eventualmente há lesões passíveis de
tratamento clínico, embora raras.
1
Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP; 2Hospital Estadual de Bauru, São Paulo.
TL.C.PAN.P.279
TUMOR DE FRANTZ: RELATO DE CASO
Fábio Colagrossi Paes Barbosa*, Thiago Franchi Nunes*, Ricardo Kenithi Nakamura*, Paula Francielle Valera Versage*,
Caroline Sauter Dalbem*, Mariana Ocampos Galvão*
RESUMO - Introdução - O tumor sólido pseudopapilar do pâncreas (TSP), é uma neoplasia pancreática rara, descrita pela primeira vez em 1959, por
Frantz et al. É mais observada em mulheres jovens e geralmente é assintomático. As lesões são tipicamente grandes e encapsuladas, com baixa agressividade
e excelente prognóstico após sua completa ressecção. Objetivo - Relatar o caso de uma paciente com TSP. Relato do Caso - M.V.D., sexo feminino, 29
anos, assintomática, natural e procedente de Campo Grande – MS, professora de educação física, com achado ao ultrassom de tumor de cabeça de
pâncreas. A TC mostrou lesão sólida de cabeça e corpo de pâncreas, de 6,2 x 5,1 cm, com efeito compressivo na parede posterior do antro e estruturas
adjacentes. À ecoendoscopia, foi observado tumor de 6,5 x 4,5 cm, com plano de clivagem com a veia mesentérica superior, sem dilatação de colédoco
e do Wirsung. Biópsia com laudo sugestivo TSP. CA19.9: 5,7. Submetida à gastroduodenopancreatectomia com anatomopatológico confirmando TSP,
total de 29 linfonodos, todos negativos. Imunohistoquímica com Ki67 positivo 1%. Apresentou fístula pancreática no pós-operatório, resolvida com
tratamento clínico com drenagem. Evoluiu bem, retornando às atividades após 60 dias, sem sinais de recidiva da lesão durante o seguimento. Conclusão
- O diagnóstico pré-operatório do tumor sólido pseudopapilar do pâncreas é difícil devendo ser suspeitado em pacientes jovens. O tratamento cirúrgico
é bem tolerado e costuma ser curativo.
*UFMS, Mato Grosso do Sul.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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CIRURGIA • ORAIS
TL.C.COL.O.280
AVALIAÇÃO DA TENDÊNCIA DO CÂNCER COLORRETAL EM GOIÂNIA DE ACORDO COM SEXO
E A FAIXA ETÁRIA NO PERÍODO DE 1988 A 2008
Gabriela Serra Godoy*, Júlia Borges Ramos*, Fátima Mrué*
Resumo - Introdução - O câncer colorretal (CCR) representa cerca de 10% de todos os cânceres do mundo e 3ª e 2ª causa de câncer em
homens e mulheres, respectivamente. No Brasil, o CCR foi responsável por 12471 mortes em 2009. Para 2012 esperou-se 30140 casos novos.
Apesar da influência genética, a maioria dos casos é de ocorrência esporádica. Estudos recentes apontam que as mudanças hormonais nas
mulheres após a menopausa tornam a mucosa colorretal mais predisposta ao desenvolvimento do câncer. Objetivo - Avaliar incidência e
localização do CCR em faixas etárias presumidas como pré-menopausa, perimenopausa (PERM) e pós-menopausa (POSM) em mulheres,
comparando com dados obtidos para o sexo masculino, num período de 21 anos. Método - Serão avaliados os dados do Registro de Câncer
de Base Populacional de Goiânia no período de 1988 a 2008. Resultado - Ao longo deste período foram registrados 3125 casos de CCR, sendo
1688 em mulheres e 1437 em homens. Em relação à localização houve aumento dos casos localizados no ceco, ascendente e transverso nas
mulheres, comparativamente em relação aos homens. Nas faixas etárias PERM e POSM, no ceco, observou-se aumento de 45,4% para 63%
nas mulheres; nos homens ocorreu diminuição de 54,5% para 36,9%. Observou-se também discreto aumento nas mulheres em relação ao
cólon transverso. Discussão - Os resultados demonstram aumento do CCR na localização do ceco após o período presumido de menopausa
nas mulheres, sugerindo um possível efeito hormonal.
*PUC – GO, Goiás.
TL.C.COL.O.281
RECONSTRUÇÃO DE PAREDE ABDOMINAL COM ROTAÇÃO DE RETALHO APÓS RESSECÇÃO
DE TUMOR AVANÇADO DE CÓLON
Fabrício Barbosa matos*, Fernando Elias de Oliveira Cruz*, Rodrigo Barbosa Matos*, Emmanuel Conrado de Souza*,
Matheus PORTO*, Tattyany Freitas Leite*, Uadson Mauricio Araújo de Jesus*
Resumo - Relatamos um caso do paciente JJMN 51 anos com formação expansiva em ceco e cólon ascendente medindo cerca 11,6 x
8,1 x 7,7 cm, sugerindo processo neoplásico com invasão extensa da parede abdominal com necrose e fistula colo-cutânea. A colonoscopia
demonstrou lesão vegetante, de limites imprecisos, superfície irregular, muito friável, que ocluía aproximadamente 90% da luz. A biópsia da
lesão concluiu tratar-se de adenocarcinoma bem diferenciado. Foi então encaminhado ao nosso serviço para tratamento cirúrgico. Nesta
ocasião, apresentava lesão ulcerada de grandes proporções em fossa ilíaca direita com forte odor fecaloide. Submetido a colectomia direita
com ressecção em bloco da volumosa massa tumoral fistulizada para a pele, envolvendo íleo distal, ceco, cólon ascendente e adenomegalia em
inserção de meso. Realizado ressecção da massa tumoral, linfadenectomia e anastomose íleotransverso. A reconstrução da parede abdominal
foi feita com rotação de segmento do peritônio seguido de reforço com uso de tela de Marlex no local da aponeurose do reto abdominal e
oblíquo externo e posterior rotação de retalho miocutâneo da fáscia lata sobre a tela. O paciente evoluiu bem durante a internação, recebendo alta hospitalar no 8º DPO com acompanhamento no ambulatório oncológico de cirurgia geral. Paciente evoluiu com plena cicatrização
do retalho com reconstrução completa da parede abdominal.
*Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Bahia.
TL.C.ESO.O.282
orais • ESôfago
ANÁLISE COMPARATIVA DA ANASTOMOSE MANUAL E MECÂNICA DO ESÔFAGO CERVICAL
COM O TUBO GÁSTRICO ISOPERISTÁLTICO DE GRANDE CURVATURA NO TRATAMENTO
CIRÚRGICO PALIATIVO DO CÂNCER DE ESÔFAGO TORÁCICO IRRESSECÁVEL
Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzano SAID*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida Leandro MERHI*,
Daniel Guimarães Machado*, João Paulo Zenum Ramos*, Liliana ICHINOHE*
?
Resumo - Introdução - Pela grande incidência de pacientes com CA de esôfago irressecável, se faz necessário um tratamento paliativo que
proporcione um melhor resgate da deglutição mesmo que se tenha uma curta sobrevida, tendo como opção o tubo gástrico isoperistáltico (TGI).
Objetivo - Avaliar as complicações da anastomose esofagogástrica cervical (AEGC) com o TGI com intuito paliativo comparando a sutura
mecânica (SM) com a manual (SML) em paciente com CA de esôfago. Casuística - 110p sendo 79 M com idade de 59 a 79 anos, submeteram-se
a cirurgia proposta. Método - A anastomose do TGI com o coto esofágico a nível cervical foi realizada pela alocação alternada em 2 Grupos:
A-50p-SM; B-50p-SML. Foram avaliadas complicações sistêmicas, locais e satisfação com a cirurgia. Resultados - 42p com deiscência anastomomótica, 8(16%) no GrA e 24(48%) no GrB; estenose da anastomose em 32p (64%) GrA e 19 (39%) no GrB; 39 p apresentaram complicações
sistêmicas, a maioria pulmonar, sendo 16 (32%) GrA e 23 GrB (46%). Ocorreram 7 óbitos por complicações sistêmicas, sendo 3 (6%) do GrA e
4 (8%) do GrB. Avaliação com media de 2,9 anos de pós-operatório em 87p, referiram estarem satisfeitos com o ato cirúrgico, pois conseguiram
resgatar a deglutição, sendo 67p(77%) normal e 20 (23%) disfagia para sólidos. Conclusão - OTGI com SM ofereceu menor frequência de deiscência anasotomótica em relação a SML, mas ambas técnicas proporcionaram melhora significativa da deglutição.
*PUC Campinas, São Paulo.
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v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.283
ANÁLISE COMPARATIVA DA SUTURA MECÂNICA E MANUAL DA ANASTOMOSE ESOFAGOGÁSTRICA
CERVICAL NA TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DO MEGAESÔFAGO AVANÇADO PELA MUCOSECTOMIA
ESOFÁGICA
Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzano SAID*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida Leandro MERHI*, Paula
CASALS*, Carolina Amaral*, Virginia Veitz REIS*
Resumo - Introdução - A sutura mecânica tem demonstrando maior segurança por minimizar a deiscência da anastomose esofagogástrica. A técnica
da mucosectomia esofágica (ME) demonstra menor morbidade em relação a esofagectomia transmediastinal para o tratamento do megaesôfago Objetivo - Comparar a sutura mecânica com a manual em pacientes com megaesôfago avançado submetidos a ME. Casuística - 92 pacientes com megaesôfago
avançado com 69p do sexo masculino; idade de 23 a 72 anos. Método - A técnica utilizada foi a ME com conservação da túnica muscular por via cervicoabdominal e transposição gástrica por dentro da túnica muscular pelo mediastino posterior e anastomose esôfago gástricacervical sendo os pacientes
divididos em 2 Grupos pela alocação alternada: GRUPO A: 46p-sutura mecânica circular: GRUPO B: 46p- sutura manual. Resultados – GRUPO A:
5p (10,8%) fistula anastomótica; 3p (6,5%) hidropneumotórax; 4p (9,7%) infeção pulmonar. GRUPO B: 9p (19,5%) fistula anastomótica; 4p (8,6%)
hidro pneumotórax; 3p (6,5%) infecção pulmonar. Na avaliação tardia com seguimento médio de 5,6 anos em 78p, 68p (87,1%) apresentaram deglutição
normal. Conclusão - A sutura mecânica parece ter mais vantagens em relação a manual pela menor incidência de deiscência anastomótica em relação
a manual, além de que a mucosectomia esofágica é um procedimento adequado em pacientes com megaesôfago avançado pela pequena frequência de
complicações pleuropulmonares e mediastinais.
*PUC Campinas, São Paulo.
TL.C.ESO.O.284
ANÁLISE DA TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DA ESOFAGITE CÁUSTICA
Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzan SAID*, Douglas Rissanti Pereira*, Vania Aparecida LEANDRO-MERHI*,
Samir CHAGAS*
Resumo - Introdução - Apesar da legislação normatizar a comercialização das substâncias corrosivas, estas ainda continuam como fator agressor ao
nível do esôfago, evoluindo às vezes a estenoses intensas refratarias ao tratamento endoscópico. Objetivo - Avaliar retrospectivamente as complicações
da terapêutica cirúrgica (TC) em pacientes portadores de esofagite casuística. Método: - 53p, com predominância no sexo feminino em 34(64,1%), sendo
as indicações: perfuração aguda: 4p;atresia cicatricial: 3p; estenose extensa -8p; refratária a dilatação endoscópica-38p. Em relação ao procedimento
cirúrgico os pacientes foram divididos em 2 Grupos: A: sem ressecção do esôfago, -29p(54,7%) sendo a reconstrução realizada com o colo retrosternal. B:
Com ressecção do esôfago -24((45,3%)- sendo a reconstrução realizada com o estômago (14p) ou o colo (10p). Resultados - O A apresentou complicações
em 9p (31%) e o B em 9p (37,5%) Neste Grupo B as complicações foram mais frequentes com a reconstrução colônica (6p-60%), X estômago (3p-21,4%).
A fístula/estenose da anastomose cervical- 16p, sendo mais frequente com o colo (12p-30,7%) X estômago (2p-14,2%); infecção pulmonar -14p (26,4%);
C-vascular-1p com óbito (1,8%). Na avaliação tardia de 8 meses a 13 anos em 49p, todos referiram estarem satisfeitos por terem resgatados a deglutição
Conclusões - Apesar da TC apresentar morbidade não desprezível, principalmente com a transposição colônica, ela é factível, por ter proporcionado um
resgate adequado da deglutição na maioria dos pacientes.
*PUC Campinas, São Paulo.
TL.C.ESO.O.285
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES DA RECONSTRUÇÃO FARINGOESOFÁGICA NO CARCINOMA DE
HIPOFARINGE E ESÔFAGO CERVICAL: ANÁLISE RETROSPECTIVA EM 69 PACIENTES
Jose Luis Braga de Aquino*, Jose Francisco Sales CHAGAS*, Maria Beatriz Nogueira PASCOAL*, Luis Antonio BRANDI FILHO*,
Fernanda FRUET*, Douglas Rissarti Pereira*
Resumo - Objetivo - Avaliar retrospectivamente as complicações da reconstrução farino esofágica em pacientes submetidos à faringolaringectomia circular (FLC) associada à esofagectomia parcial ou total por CEC de hipofaringe (HF) e esôfago cervical (EC). Casuística - 69p com Ca de HF e EC com
sexo M-55p e media de idade -62,5a. Método - 43p submetidos à FLC com esofagectomia cervical (GR-A),sendo 40p reconstruídos com tubo gástrico
isoperistáltico (TGI), 3 com retalho microcirúrgico de jejuno. 26p submetidos a FLC com esofagectomai total (GR-B), sendo realizado transposição
gástrica em 24p e com o cólon em 2p. Resultados - Complicações sistêmicas ocorreram em 6p do GrA (14,2%) e em 11do GrB (45,8%) com óbito em
1p do GrA e em 3 do GrB. Complicações locais, a maioria por deiscência das anastomoses, ocorreram em 27p (64,2%) no GrA e em 11p (45,8%) do
GrB, com óbito em 1 pdo GrA (2,7%) e 1p do GrB (4,5%).Todos pacientes dos 2 Grupos com deiscência evoluíram com deglutição satisfatória após
tratamento conservador da fístula. Conclusão - Tanto a reconstrução com TGI quanto a transposição gástrica/colônica são procedimentos com alto
índice de morbidade, mas com grande resolutividade na maioria dos casos; a transposição gástrica apresentou maior índice de complicações sistêmicas
em relação ao TGI por necessitar da esofagectomia transmediastinal. Os pacientes obtiveram deglutição satisfatória em ambos procedimentos após
resolução das complicações.
*PUC Campinas, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.286
ANÁLISE DAS COMPLICAÇÕES DA TERAPÊUTICA CIRÚRGICA DA ACALASIA IDIOPÁTICA DO
ESÔFAGO
Jose Luis Braga de Aquino*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida LEANDRO-MERHI*, Marcelo Manzano SAID*,
Juliana Alves de Lima*, Paula CASALS*, Carolina Amaral*, Virginia Veitz REIS*
Resumo - Introdução - A acalasia idiopática do esôfago (AIE) é uma doença de etiologia desconhecida, mas que compromete a nutrição do seu portador devido à disfagia. Objetivo - Demonstrar os resultados da terapêutica cirúrgica de pacientes com AIE, avaliando complicações locais e sistêmicas.
Casuística - 27p com AIE, com predominância do sexo M-18p e com idade variável de 29 a 63a. Método - A confirmação da AIE foi através da exclusão
da DCHAGAS com sorologias negativas, exclusão de cardioapatia chagásica e mega cólon. 20p com doença GRAU I/II e 7 com GRAU III/IV. A terapêutica foi seletiva baseada no Grau da doença -:I/II-cardiomiotomia;III/IV- esofagectomia transmedistianal (ETM) - 2p ou mucosectomia esofágica
(ME). -5p. Resultados - Cardiomiotomia- 1p com infeção pulmonar (5%).Esofagectomia Transmediastinal- 2p com hidro pneumotórax, 1p com fistula
da anastomose esofagogástrica. Mucosectomia esofágica- 1p com fístula da anastomose esofagogástrica; 1p com infecção pulmonar. Na avaliação tardia
com media de 7,5 a, em 21p todos os pacientes tanto do grupo da cardiomiotomia como da ETM e ME referiram boa qualidade de vida pelo resgate da
deglutição normal e o retorno as atividades habituais. Conclusão - O tratamento cirúrgico da AIE de acordo com o grau da doença foi válido, sendo que
a ME ofereceu melhores resultados na avaliação precoce em relação à ETM, pelo menor índice de complicações.
*PUC Campinas, São Paulo.
TL.C.ESO.O.287
ANASTOMOSE CERVICAL NA ESOFAGECTOMIA PARA TRATAMENTO DO ADENOCARCINOMA
DA JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA COM RECONSTRUÇÃO COM GASTROPLASTIA: ANÁLISE DE
RESULTADOS
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Flavio Roberto Takeda*, Julio Rafael mariano da Rocha*, Ulysses RIBEIRO JUNIOR*,
Sergio Szachnowicz*, Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Edno Tales Bianchi*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Não há consenso sobre a técnica da anastomose esofagogástrica após esofagectomia para tratamento de adenocarcinoma de
transição esofagogástrica. O foco deste estudo é analisar os resultados da anastomose cervical no nosso serviço. Método - Foram revisado o prontuário
dos pacientes submetidos à esofagectomia com reconstrução com gastroplastia e anastomose cervical esôfagogástrica durante o período de 2000 a 2012
na nossa instituição Resultados - O total de pacientes foi 112 sendo 84,4% homens e a média de idade de 62 anos (33 a 79). 89,3% foram submetidos
à abordagem transmediastinal e 12 por via toracoscópica. Apenas 8,9% foram submetidos à neoadjuvância. Anastomose com grampeador linear foi
realizado em 87,5% e os demais a anastomose manual em 2 planos. Houve um total de 17,8% de fístula, porém não houve nenhuma correlação com o
tipo de anastomose (p=0,5). O tempo médio de diagnóstico da fístula foi de 5,6 dias (3-10). Quando o diagnóstico da fístula foi realizado antes do quinto
dia, houve pior evolução relacionado a complicações clinicas. Houve necessidade de reoperação em 5,3% e a mortalidade relacionada com a fístula foi
de 0,01%. O seguimento tardio mostrou 13,4% de estenose anastomótica, todas resolvidas por dilatação. Conclusão - Anastomose cervical é um procedimento seguro e com baixa taxa de mortalidade e morbidade, sendo essas maiores em pacientes com diagnostico com menos de 5 dias após a cirurgia.
*HCFMUSP, São Paulo.
TL.C.ESO.O.288
ANÁLISE DE COMPLICAÇÕES APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO DE MEGAESÔFAGO AVANÇADO
Carlos Eduardo Soares de MACEDO*, Luciana Teixeira de Siqueira*, Natália Lyra Silva*, Mariana Campos*, José Guido Corrêa de
ARAÚJO JÚNIOR*, Francisco Felippe Rolim de Araujo*, Clarissa Guedes NORONHA*, Álvaro Antônio Bandeira Ferraz*
Resumo - Introdução - O tratamento cirúrgico do megaesôfago avançado é controverso, com alguns autores indicando esofagectomia e outros a
cirurgia de Heller. A doença de Chagas é a principal causa em nosso meio. Objetivo - Avaliar a recidiva de disfagia e complicações pós-operatórias nos
pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do megaesôfago avançado pelas duas técnicas. Método - Estudo retrospectivo, longitudinal, incluindo
pacientes portadores de megaesôfago avançado, submetidos à Heller ou esofagectomia. A disfagia pós-operatória foi avaliada pela escala de Visick e as
complicações pela escala de Clavien. Resultados - Dos 14 pacientes incluídos, cinco foram submetidos à Heller e nove à esofagectomia. Ambos os grupos
foram semelhantes em relação a gênero, idade e comorbidades. Os submetidos à Heller apresentaram menor tempo cirúrgico (186 vs. 256 min) e menos
complicações (20 vs. 77,7%), com disfagia pós-operatória mais frequente (20 vs. 0%), embora sem diferença estatística (p>0,05), com um seguimento
médio de 41 e 49 meses respectivamente. Dos seis pacientes que apresentaram disfagia pós-operatória (três em cada grupo), todos tratados com dilatação
endoscópica, apenas um permanece com disfagia moderada na última avaliação clínica. Conclusão - A cirurgia de Heller mostrou resultados semelhantes
aos da esofagectomia no controle de sintomas no seguimento de médio prazo, com tendência a menos complicações, se mostrando uma boa opção no
tratamento inicial do megaesôfago avançado.
*HC-UFPE, Pernambuco.
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v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.289
AVALIAÇÃO DA ESOFAGECTOMIA DE RESGATE NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO CÂNCER DE
ESÔFAGO AVANÇADO
Jose Luis Braga de Aquino*, Marcelo Manzano SAID*, Douglas Rissarti Pereira*, Vania Aparecida LEANDRO-MERHI*,
Paula CASALS*, Carolina Amaral*, Virginia Veitzs REIS*, Luisa von NIELANDER*
Resumo - Introdução - Apesar das varias opções terapêuticas, o prognóstico do CA de esôfago continua sombrio. A esofagectomia de resgate (ER) surge
como opção terapêutica para aqueles pacientes com persistência da doença após quimiorradioterapia. Objetivo - Avaliar os resultados da ER em pacientes
com CA de esôfago submetidos previamente a quimiorradiação com intenção exclusiva. Casuística - 18p com CEC de esôfago, submetidos à ER, após
inicialmente ter sido realizado quimiorradiação com intenção exclusiva por terem tumores considerados irressecáveis.16p-M com idade variável de 59 a 76 a.
Método - Em todos os pacientes a cirurgia foi realizada entre 6 a 9meses após o termino da quimiorradioterapia. A técnica padronizada foi a esofagectomia
por toracotomia direita, com transposição gástrica até a região cervical para a reconstrução do trânsito. Resultados - 5p(27,7%) deiscência da anastomose
esofagogástrica, com 1 óbito 7p(38,8%)-infecção pulmonar com 2 óbitos. Na avaliação tardia em 13 p analisados com tempo médio de 5,6 a, 4 evoluíram a
óbito, sendo 3 por recidiva locorregional e 1 por mts. pulmonar e hepática. 2p encontram-se vivos, mas com doença vigente e em esquema de quimioterapia.
Os 7 restantes sem sinais de doença e referem estarem satisfeitos com o resultado da cirurgia. Conclusão - Apesar da morbidadade não desprezível, a ER
parece ter indicação adequada em pacientes bem selecionados, pois proporcionou resgate adequado da deglutição e sobrevida satisfatória a médio prazo.
*PUC Campinas, São Paulo.
TL.C.ESO.O.290
AVALIAÇÃO DA SUTURA MECÂNICA E MANUAL NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DO DIVERTÍCULO
FARINGOESOFÁGICO
Jose Luis Braga de Aquino*, Jose Francisco Sales CHAGAS*, Maria Beatriz Nogueira PASCOAL*, Luis Antonio BRANDI FILHO*,
Douglas Rissarti Pereira*, Fernanda FRUET*, Marcelo Manzano SAID*
Resumo - Introdução - A terapêutica cirúrgica do divertículo faringoesofágico (DFE) mais utilizada é a diverticulectomia com a cricomiotomia; pelo fato
de às vezes haver deiscência da sutura do faringe pela técnica manual, faz com que retarde a deglutição. Objetivo - Avaliar retrospectivamente os resultados
da diverticulectomia com cricomiotomia utilizando a sutura manual e mecânica em pacientes com DFE.CASUSITICA:56 p, sendo 41 M; com idade media
de 69,5 a Método - Diverticulectomia /cricomiotomia sendo a sutura do faringe realizado com sutura mecânica linear em 23 p(GRUPO A) e manual em
33p(GRUPO B). Resultados - GRUPO A: infecção pulmonar -2p(8,6%); deiscência da sutura -1p(4,3%). GRUPO B-infecção pulmonar-4p(12,1%); deiscência da sutura- 7p(21,2%). A avaliação tardia realizada entre 6m a 16 anos em 43 p evidenciou que 1p do GRUPO A,(5,5%) apresentou disfagia para solido/
pastosa intermitente; 4p do GRUPO B(12,1%) apresentaram também disfagia solido/pastosa, sendo que um deles foi evidenciado estenose da sutura da
faringe, mas com boa evolução com dilatação endoscópica. Conclusão - A diverticulectomia com cricomiotomia e sutura da faringe com a técnica mecânica
se mostrou mais eficaz que a técnica manual por ter proporcionado menor incidência de complicações locais e com resgate mais precoce da deglutição
*PUC Campinas, São Paulo.
TL.C.ESO.O.291
AVALIAÇÃO DAS COMPLICAÇÕES DA ESOFAGECTOMIA DE URGÊNCIA: ESTUDO RETROSPECTIVO
EM 31 PACIENTES
Jose Luis Braga de Aquino*, Douglas Rissanti Pereira*, Gustavo Cecchino NARDINI*, Luis Felipe Luciano LOPEZ*,
Walter PAULO NETO*
Resumo - Objetivo - Analisar retrospectivamente as complicações em uma serie de pacientes com perfuração esofágica, submetidos à esofagectomia de
urgência. Método - 31p submetidos à esofagectomia de urgência por perfuração esofágica, com idade de 21 a 78a e predomínio no sexo M-23p (74,1%).A
indicação cirúrgica: dilatação endoscópica-21p;CEC de esôfago perfurado-3p; Cirurgia de H. Hiatal: 4p; EDA diagnostica-1p; Candidíase esofágica-1p;
Deiscência anastomose esofagogástrica abdominal-1p. 20p (64,5%) foram submetidos à cirurgia ate 24 hs. e os 11 restantes (35,5%) após 24hs. Técnica
cirúrgica: 29p (93,5%)-esofagectomia transmediastinal; 2p(6,5%)- esofagectomia por toracotomia. Reconstrução do trânsito esofágico: 29p-(93,5%)- estômago; 2p(6,5%)-colo. Em 28p(90,3%) a cirurgia foi em 2 tempos e nos 3 restantes (9,7%) em 1 tempo cirúrgico. Resultados - Pacientes sobreviventes:
24p (77,1%); destes 11p (45,8%) não apresentaram nenhuma complicação, enquanto 13 (54,2%) evoluíram com uma ou mais complicações: infecção
pulmonar-8p; fístula anastomotica-9p; cardioarrtimia-1p; mediastinite-1p. Os 7 pacientes que evoluíram a óbito (22,9%), foram consequentes ao choque
séptico. Dos 20p submetidos ao procedimento cirúrgico ate 24 hs.,11p(55,0%) apresentam morbidade e os 11p após 24 hs., todos apresentaram morbidade (100,0%). Conclusão - A perfuração do esôfago é um evento grave e a esofagectomia de urgência, apesar de alta morbidade, ainda é um procedimento
factível em pacientes bem selecionados.
*PUC Campinas, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
129
Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.292
AVALIAÇÃO FUNCIONAL ESOFÁGICA EM PACIENTES PORTADORES DE ESTENOSES
LARINGO-TRAQUEAIS
Ary NASI1, Angela CG Marinho Falcão1, Sergio Szachnowicz1, Anna Carolina B. Dantas1, Rubens Antonio Aissar Sallum1, Paulo F.
G. Cardoso2, Helio MINAMOTO2, Ivan Cecconello1
Resumo - Introdução - O RGE situa-se dentre os fatores coadjuvantes na gênese, e recidiva pós-correção cirúrgica da estenose traqueal. A supressão ácida nestes pacientes pode prevenir estenose inflamatória na subglote. Objetivo - Avaliar a motilidade e o refluxo ácido gastroesofágico (RGE)
em pacientes portadores de estenoses laringo-traqueais. Métodos - Avaliação funcional foi realizada por esofagomanometria estacionária com cateter
perfundido de 8 canais (4 radiais) e pHmetria esofágica ambulatorial de 24 horas com 2 canais (proximal e distal). Resultados - Foram avaliados 80
pacientes. 29 (36%) apresentavam sintomas típicos de RGE. A manometria (n=73) revelou pressão respiratória média do esfíncter inferior do esôfago
(EIE) de 21,3 ± 9 mmHg, sendo que 18 (24,6%) apresentaram hipotonia do EIE. O corpo esofágico revelou amplitude média de 100 mmHg. Observou-se hipocontratilidade esofágica em 10,9% dos casos. A pHmetria de 24 horas (n=74) demonstrou que 37 (50%) apresentaram refluxo ácido patológico e
escore de DeMeester médio de 21,2. Houve predomínio de RGE supino (média de 4,3% do tempo total). Trinta pacientes (40,5%) apresentaram refluxo
supraesofágico. Conclusões - A avaliação funcional nos portadores de estenoses laringo-traqueais revelou que apesar da maioria ser assintomática do
ponto de vista digestivo, há incidência elevada de RGE ácido patológico com predomínio supino e alta prevalência de refluxo supraesofágico na presença
de motilidade esofágica essencialmente normal.
FMUSP, 2InCor-HCFMUSP, São Paulo.
1
TL.C.ESO.O.293
AVALIAÇÃO LABORATORIAL PRÉ E PÓS-OPERATÓRIA DE PACIENTES SUBMETIDOS À OPERAÇÃO
DE SERRA-DÓRIA
Felix André Sanches Penhavel*, Ruver de Andrade Martins*, Walter de Biase da Silva NETO*, Francisco Albino REBOUÇAS
JÚNIOR*, Fernando Gonçalves de Lima*, Karine Borges de Medeiros*, Rafaela Nascimento FERRO*, Carlos da Costa Neves*
Resumo - O megaesôfago é uma manifestação frequente da forma digestiva da doença de Chagas. As formas avançadas e as recidivadas podem ser
tratadas com a operação de Serra Doria. Esta consiste de cardioplastia, associada à gastrectomia parcial e à anastomose gastrojejunal, em Y de Roux.
Apesar dos bons resultados sobre o tratamento da disfagia, as principais repercussões laboratoriais, sobretudo aquelas relacionadas à gastrectomia,
foram pouco estudadas. Assim, foram estudados prospectivamente 27 pacientes em pré-operatório e 19 no 90º dia de pós-operatório. Nos dois períodos foram dosados e comparados estatisticamente: hematócrito, hemoglobina, linfócitos, transferrina, ferritina, ferro e albumina. No pré-operatório
observaram-se níveis reduzidos de hemoglobina em 37 % dos pacientes, dos quais 30% tinham ferro baixo. No pós-operatório, observou-se queda da
hemoglobina e redução da ferritina ou ferro sérico em um terço dos pacientes. Estas alterações nos permitem inferir que, no pré-operatório, pelo menos
parte dos pacientes tinha hemoglobina baixa por deficiência de ferro. O déficit de ferro agravou-se em pós-operatório, o que pode ser explicado pelo agravo de condições prévias, perdas sanguíneas ou falha de absorção relacionada à cirurgia. Tais observações nos permitem recomendar o acompanhamento
desses parâmetros no pós-operatório da operação de Serra Doria.
*UFG, Goiás.
TL.C.ESO.O.294
AVALIAÇÃO PELA MANOMETRIA ESOFÁGICA (ME) E PHMETRIA ESOFÁGICA DE 24 HS (PH) EM
PACIENTES COM SINTOMAS PÓS FUNDOPLICATURA (FP)
Ricardo Guilherme VIEBIG*, Sergio Viebig Araujo*Janaina Tomiye Yamakata FRANCO*
Resumo - Introdução - A FP pode provocar sequelas ou falhar. À endoscopia, une-se a ME e a pH para verificar complicações. Objetivos - Estudo de
pacientes em situação pós FP. Pacientes e Métodos - Registrou-se as queixas e o resultado endoscópico. Considerada ME anormal, quando pressão de
repouso do EIE menor que 10 ou pressão residual do relaxamento maior que 6 mmHg. pH anormal quando exposição ácida acima de 2%. Analisadas
frequências, em médias e correlação com variáveis. Resultados - 83 pacientes, P.O. médio de 78 meses. 28 tinham disfagia, 24 pirose,18 ambos e 13 sintomas laríngeos. Na EDA 25 com hérnia de hiato,23 esofagite e 15 ambos. FP em 48 pacientes, ausente ou não descrita em 15. A ME foi normal em 24.
Destes, 7 tinham disfagia,10 pirose,18 pH normal e 1 alterada.37 apresentaram hipotonia do EIE. Destes, 14 com pH alterada,10 normais e 13 não fizeram. 21 pacientes com FP justa, 5 com pH alterada (4 com refluxos prolongados), 6 normais e 10 não fizeram. 46 pacientes com disfagia, 8 tiveram ME
normal,18 FP justa e 20 hipotonia. Com pirose isolada, 11 tiveram pH alterada, 9 normal e 4 não fizeram. 13 com queixas laríngeas, 8 com ME normal
e 5 alterada. pH anormal em 1. Discussão - Nenhuma análise determinou superioridade de algum método. Nem sempre o sintoma teve correspondência
a um pressuposto achado. Conclusão - Sintomas persistentes após FP devem ser avaliados por endoscopia, manometria e pHmetria em conjunto, pois
isoladamente nenhum método mostrou-se eficaz.
*MoDiNe-IBEPEGE, São Paulo.
130
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.295
CIRURGIA PARA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO – INDICAÇÕES
Julliana Rodrigues Soares*, Carolina Rossetto Marques*, Emily Adame SCHLENKER*, Felipe Dórea Bastos*,
Larissa Triunfo COSTA*
Resumo - Trata-se da apresentação sucinta das indicações de cirurgia na DRGE, levando em consideração outras formas de tratamento disponíveis.
Objetiva esclarecer quais situações devem ser tratadas cirurgicamente, levando em consideração o custo benefício, resolução dos sintomas e melhora na
qualidade de vida do paciente, em detrimento à terapia clínica. Foi realizada revisão da literatura com base nos bancos de dados do PubMed, MedLine,
SciELO e Google Acadêmico, usando os seguintes descritores: Doença do refluxo gastroesofágico tratamento cirúrgico, doença do refluxo gastroesofágico tratamento cirúrgico indicações e cirurgia do refluxo gastroesofágico. A partir da análise da literatura pesquisada constatou-se que a cirurgia,
como tratamento da DRGE, está indicada como opção terapêutica nos pacientes em terapia prolongada com Inibidores da Bomba de Prótons (IBP);
pacientes com DRGE crônica que não respondem apropriadamente à terapêutica clínica com IBP ou que apresentam efeitos adversos com o uso dos
mesmos; e naqueles que optam pela cirurgia a despeito da efetividade da terapia com IBP. Por fim, não houve consenso se a cirurgia está indicada nos
casos complicados de DRGE, como pacientes com esôfago de Barret, úlceras e estenose; assim como em pacientes com manifestações extra-esofágicas,
exemplo as manifestações respiratórias (asma, tosse, dor torácica, entre outros).
*MULTIVIX, Espírito Santo.
TL.C.ESO.O.296
COMPARAÇÃO DO QUESTIONÁRIO GERD-HRQL APLICADO PESSOALMENTE E POR TELEFONE EM
PACIENTES SUBMETIDOS À FUNDOPLICATURA LAPAROSCÓPICA À NISSEN
Guilherme Tommasi KAPPAZ*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Sérgio Szachnowicz*, Júlio Rafael Mariano da Rocha*,
Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - O questionário de qualidade de vida GERD-HRQL foi desenvolvido para pacientes com DRGE. Objetivo - Avaliar a satisfação
dos pacientes submetidos à fundoplicatura laparoscópica à Nissen, e comparar a satisfação dos pacientes entrevistados no ambulatório com pacientes
entrevistados por telefone. Método - 178 pacientes operados entre 2005 e 2009 foram selecionados. Noventa pacientes foram encontrados e 45 puderam
vir ao hospital para entrevista (grupo A). Os outros 45 pacientes foram entrevistados por telefone (grupo B). A qualidade de vida foi avaliada por meio
de: 1) Questionário GERD-HRQL, traduzido para o português; 2) Pergunta “Se você pudesse escolher hoje, faria a cirurgia novamente?”; 3) Pergunta
“Se você pudesse classificar a sua melhora dos sintomas entre 0 e 10, que nota você daria?”. Resultados - A pontuação média dos homens do grupo A no
foi 4,09 e das mulheres 8,39. No grupo B, os homens tiveram pontuação média de 12,37 e mulheres 15,35. A comparação entre os grupos revelou que o
grupo A apresentou uma pontuação menor quando comparado ao grupo B, entre os homens (p=0,018), mulheres (p=0,049) e ambos os sexos (p=0,002).
Porém, quando se comparou os outros métodos de avaliação de qualidade de vida, não houve diferença estatística entre os grupos A e B (p=0,714 e
p=0,642). Conclusão - A satisfação dos pacientes com o tratamento cirúrgico é elevada. O uso do questionário GERD-HRQL mostrou pior qualidade
de vida dos pacientes entrevistados por telefone.
*Hospital das Clínicas – FMUSP, São Paulo.
TL.C.ESO.O.297
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO VIDEOLAPAROSCÓPICO (VLH) DA DOENÇA DO REFLUXO
GASTROESOFÁGICO (DRGE): 174 PACIENTES
Saulo Rodrigues Conceição Vieira*, Euler de Medeiros ÁZARO FILHO*, Joao Eduardo Marques Tavares de Menezes ETTINGER*, Jorge
Reis Pinheiro de Lemos*, Rodolfo Santana*, Paulo Cezar Galvão do Amaral*
Resumo - Introdução - A DRGE acomete cerca de 40% da população adulta, sendo um problema epidemiológico significante, necessitando de um método seguro e efetivo em seu tratamento. A VLH preenche estes critérios associado aos benefícios da cirurgia minimamente invasiva. Objetivo - Avaliar
as complicações relacionadas a correção cirúrgica da DRGE por VLH. Casuística - 174 pacientes. Método - Foram avaliados os pacientes submetidos
a VLH (Flop Short Nissen), através de fichas preenchidas prospectivamente no serviço, entre janeiro de 2005 e maio de 2013, quanto a: idade, sexo,
complicações intra-operatórias e pós-operatórias relacionadas ou não ao sítio cirúrgico, conversão, mortalidade, permanência hospitalar e readmissões.
Resultados - Entre os pacientes, 100 foram mulheres (57.4%) e 74 homens (42%). Idade média foi de 46 anos (16-81). Tivemos 1 complicação intra-operatória (lesão hepática, 0,57%). Não observamos complicações pós-operatórias não relacionadas ao sítio cirúrgico. Como complicação relacionada ao
sítio tivemos um caso de sepse abdominal por abscesso (0,57%). Não houve conversão. Dois pacientes foram reabordados. Não ocorreu óbito. O tempo
médio de internação foi de 28h (8-78h) e 29 pacientes (18%) permaneceram mais que 24h internados, sendo os motivos principais disfagia (55%) e dor
abdominal (18%). Houve 6 reinternamentos (3,44%) sendo 3 por disfagia. Conclusão - A disfagia transitória é a complicação mais comum desta cirurgia
e a causa de aumento da permanência hospitalar.
*Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
131
Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.298
ESOFAGECTOMIA ROBÓTICA - EXPERIÊNCIA INICIAL
Marina Gabrielle Epstein1, Vladimir SCHRAIBMAN1, Mayte Soares2, Gabriel Naman MACCAPANI1,
Antonio Luiz Vasconcellos MACEDO1
Resumo - Introdução - A esofagectomia é uma cirurgia tecnicamente difícil e que necessita de um cirurgião e um time cirúrgico habilidosos e experientes. O sistema robótico permite ao cirurgião trabalhar em um espaço estreito como o mediastino, superando a limitação espacial experimentada pelo uso
da técnica laparoscópica. Objetivo - Demonstrar a nossa experiência pessoal com 12 pacientes que foram submetidos à esofagectomia robótica. Métodos
- No período de junho de 2010 a abril 2013, 12 pacientes foram submetidos à esofagectomia robótica por neoplasia esofágica e de cárdia. Houve predomínio do sexo masculino (83%), com média de idade de 60,5 anos. A análise histopatológica demonstrou 8 casos de adenocarcinoma, 2 de carcinoma
epidermoide e 2 casos de displasia de alto grau. Resultados - A duração média da operação foi de 310 minutos. O tempo médio de permanência hospitalar
foi de 18,2 dias com mortalidade em 60 dias de 8,3%, por fístula aórtica. 2 pacientes necessitaram de transfusão de hemoconcetrados. Discussão - A esofagectomia é operação complexa com elevada taxa de complicações per e pós-operatórias e índice de mortalidade que varia de 5% a 19%. Conclusão - A
esofagectomia robótica é factível e segura para os pacientes que necessitam de ressecção esofágica. O sistema robótico da Vinci permitiu refinamentos
técnicos devido à imagem tridimensional e instrumentos com maior amplitude de movimentos.
Hospital Albert Einstein, 2Universidade de Santo Amaro, São Paulo.
1
TL.C.ESO.O.299
FUNDOPLICATURA TOTAL SEM LIBERAÇÃO DOS VASOS GÁSTRICOS CURTOS: VÁLVULA COM A
PAREDE ANTERIOR OU COM AS PAREDES ANTERIOR E POSTERIOR? ANÁLISE DA DISFAGIA PÓSOPERATÓRIA
Adorísio Bonadiman*, José Francisco de Mattos FARAH*, Alexandre Chartuni Pereira Teixeira*, Adriano Corona Branco*,
Marcos Claudio RADTKE*, Guilherme ZANCO*
Resumo - Introdução - A fundoplicatura total laparoscópica (FTL) sem liberação rotineira dos vasos gástricos curtos (VGC), é feita através de duas técnicas: a FTL a Nissen e a FTL a Rossetti. A literatura consultada carece de estudos que comparem os resultados destas duas técnicas. Objetivo - Comparar a
incidência de disfagia grave pós-operatória em pacientes submetidos à FTL primárias, utilizando as paredes gástricas anterior e posterior (FTL a Nissen) ou
apenas a parede gástrica anterior (FTL a Rossetti). Casuística - Foram incluídos 289 pacientes submetidos a FTL primária, sendo 160 FTL a Rossetti e 129
FTL a Nissen. Método - Estudo retrospectivo baseado em banco de dados, comparando a incidência de disfagia grave pós-operatória em pacientes submetidos a FTL primária sem liberação de VGC. Para análise estatística, utilizamos os testes ANOVA e de Igualdade das Proporções. Resultados - A incidência
de disfagia grave pós-operatória na FTL a Nissen foi de 1,55% e na FTL a Rossetti foi de 4,37%. A necessidade de tratamento cirúrgico da disfagia foi de
0,78% nos pacientes submetidos a FTL a Nissen, contra 2,5% na FTL a Rossetti. Em todos os pacientes reoperados por disfagia após FTL a Rossetti foram
encontradas válvulas torcidas, enquanto na FTL a Nissen não foi observada qualquer alteração anatômica. Conclusão - A realização de FTL utilizando
apenas a parede gástrica anterior está relacionada a confecção de válvulas mal posicionadas. A incidência de disfagia grave é semelhante nas 2 técnicas.
*HSPE-SP, São Paulo.
TL.C.ESO.O.300
HÉRNIA HIATAL GIGANTE: COMPARAÇÃO DE RESULTADOS DO TRATAMENTO CIRÚRGICO ELETIVO E
DE URGÊNCIA
Diogo Stinguel THOMAZINI1, Daniel Andrade REIS1, Adorísio Bonadiman1, Rafael Eler dos REIS1, Marcos Claudio RADTKE1,
Alberto GOLDEMBERG2, Edson José LOBO2, José Francisco de Mattos FARAH1
Resumo - Introdução - A cirurgia eletiva nos portadores de hérnia de hiato gigantes (HHG) assintomáticas ainda é controversa. Segundo alguns
autores, o seguimento destes pacientes é seguro a médio e longo prazo. Entretanto, durante o acompanhamento podem ocorrer complicações como
sangramento, anemia, volvo e perfurações, levando algumas vezes a cirurgias de urgência e gerando dúvidas quanto à segurança do tratamento conservador. Objetivo - Comparar os resultados do tratamento cirúrgico eletivo e de urgência (vigência de complicações) em pacientes com HHG. Metodologia
- Análise retrospectiva de 151 pacientes com HHG registrados em banco de dados, sendo 127 sintomáticos crônicos, submetidos à cirurgia eletiva e 24
pacientes com complicações agudas, submetidos a tratamento de urgência. Comparamos a morbidade, mortalidade e média de internação. Resultados A morbidade nos pacientes submetidos à cirurgia eletiva foi de 11,81%, comparado a 75% nos pacientes com complicações agudas. A mortalidade foi de
0,78% no tratamento eletivo e 4,16% no tratamento de urgência. A média de internação foi de 3,28 dias no grupo eletivo contra 11 dias na urgência. Conclusão - A morbimortalidade do tratamento de urgência dos pacientes portadores de HHG é superior que a do tratamento cirúrgico eletivo. Estes resultados sugerem que devemos avaliar os riscos e benefícios do tratamento cirúrgico eletivo em pacientes dos portadores HHG, mesmo oligossintomáticos.
HSPE-SP, 2Unifesp, São Paulo.
1
132
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.301
IMPACTO DO LINFONODO METASTÁTICO NA SOBREVIDA GERAL NO ADENOCARCINOMA DE
JUNÇÃO ESOFAGOGÁSTRICA BASEADO NA NOVA CLASSIFICAÇÃO DA AJCC (7 EDIÇÃO)
Flavio Roberto Takeda*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Ulysses Ribeiro Junior*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Sergio Szachnowicz*, Guilherme STELKO*, Anna Carolina Batista Dantas*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Recentemente, a sétima edição da Amercian Joint Commitee on CÂNCER (AJCC) mudou a classificação do linfonodo acometido no estadiamento. O foco desse estudo é determinar o impacto com este novo sistema na sobrevida dos paciente. Método - Foram revisados os
pacientes operados durante 2000 a 2012. Siewert I e II foram submetidos à esofagectomia e Siewert III a gastrectomia total, todos submetidos a linfadenectmia D2. As variáveis estudadas foram agrupadas da seguinte maneira: número de linfonodos(N), N0 vs. NX; N1 vs. N2; N1 vs. N3, de acordo com a
antiga classificação (AC) e a nova (NC). Resultados - 192 pacientes com adenocarcinoma de transição esofagogástrica, 68,7% eram homens. 53,1% eram
Siewert I e II. De acordo com a antiga e a nova classificação respectivamente foram: 33,9%, 33,9% eram N0; 23,4%, 18,2% eram N1; 28,1, 15,1% eram
N2 e 14,6%, 32,8% eram N3. A sobrevida média foi de 27,4. Na analise multivariável, de acordo com a AC, comparando com a sobrevida global N1
vs. N2 [p=0,052, RR 3,69 (CI 1,63-8,33)] e N1 vs. N3 [p=0,005, RR 3,84 (CI 1,64-8,96)] e a NC, comparando a sobrevida N1 vs. N2 [p=0,052, RR 2,73
(CI1,01 – 8,17)] e N1 vs. N3 [p=0,005, RR3,99 (CI 1,51 -10,58)] Conclusão - A classificação N revisada promove uma melhor homogeneidade, melhora
o poder prognóstico e incorpora característica que melhoram o manejo clinico
*HCFMUSP, São Paulo.
TL.C.ESO.O.302
OPERAÇÃO DE SERRA-DÓRIA: TRATAMENTO DO MEGAESÔFAGO E SINTOMAS DIGESTIVOS NOVOS
EM CASUÍSTICA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Felix André Sanches Penhavel1, Dan Linetzky Waitzberg2, Enio Chaves de Oliveira1, Helio Ponciano Trevenzol1,
Claudemiro QUIREZE JÚNIOR1, Lucio Kenny Morais1, Dinoel Cavalcante GUIMARÃES FILHO1, Leandro Carvalho Moreira1
Resumo - O megaesôfago avançado ou o recidivado podem ser tratados com a Operação de Serra Doria, que consiste de cardioplastia associada à gastrectomia parcial e anastomose jejunal em Y de Roux. Apesar da baixa mortalidade e de bons resultados no tratamento da disfagia, torna-se pertinente
avaliar as repercussões da cirurgia sobre sintomas digestivos prévios e o aparecimento de sintomas novos, sobretudo ligados à gastrectomia. Os dados
da literatura sobre o tema são escassos e se restringem a gastrectomias realizadas em outras circunstâncias. O objetivo desse estudo foi avaliar prospectivamente modificações de sintomas digestivos pré-operatórios e detectar sintomas novos após o 90º dia pós-operatório. Foram incluídos 19 pacientes,
avaliados nos dois períodos segundo protocolo pré-estabelecido. Os sintomas pré-operatórios, em percentuais, foram: disfagia (100%); regurgitação
(94,7%); azia (52%); e odinofagia (37%). No 90º dia pós- operatório, 15 pacientes (80%) tiveram remissão total e 4 (21%) permaneceram com disfagia
leve. A regurgitação, azia e odinofagia tiveram remissão total; 11 pacientes (58%) assintomáticos. Sintomas novos: síndrome de dumping, 2 pacientes
(10,5%); plenitude pós-prandial, 1 (5,3%); diarreia, 2 (10,5%). Conclusão - A cirurgia de Serra Doria foi eficaz para o tratar o megaesôfago; sintomas
novos, possivelmente condicionados pela gastrectomia, foram observados em 5 pacientes (26,3%).
1
Hospital das Clínicas, UFG, Goiás. 2Faculdade de Medicina, USP, São Paulo.
TL.C.ESO.O.303
QUAL A IMPORTÂNCIA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM PACIENTES APÓS TRANSPLANTE DE
PULMÃO?
Sergio Szachnowicz*, Angela C. G. Marinho Falcão*, Ary NASI*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Julio Rafael Mariano da
Rocha*, Francisco CBC Seguro*, Rafael Medeiros CARRARO*, Ricardo Henrique de Oliveira Braga TEIXEIRA*, José Eduardo
AFONSO JUNIOR*, Paulo Manoel Pego Fernandes*, Ivan Cecconello*
Resumo - Background - Transplante pulmonar tornou-se tratamento eficaz para a fase final de doença pulmonar. Nestes pacientes, a motilidade
anormal do esófago tem sido associada com a piora da função pulmonar e DRGE mais grave, considerada um fator de risco para o desenvolvimento
de rejeição crónica, após o transplante de pulmão. Objetivo - Avaliar a prevalência da DRGE e a motilidade esofágica em pacientes após transplante de
pulmão. Métodos - Foram avaliados 15 pacientes consecutivos submetidos à transplante pulmonar simples ou duplo. Foi realizado manometria esofágica, pHmetria esofágica (com duplo sensor, o sensor distal foi posicionado 5 cm acima do EIE e o sensor proximal no ESE) e endoscopia. Resultados
- Nesta população de pacientes, a ocorrência de RGE patológico ocorreu em cinco pacientes (33,3%) sendo que em quatro (26,6%) ocorreu também
refluxo supra-esofágico. Quatro pacientes apresentaram hipotonia do EIE (26,6%) e dois (13,3%) tinham hipocontratilidade do segmento distal do corpo
esofágico. Dos 5 pacientes diagnosticados, 4 apresentaram algum grau de piora de função pulmonar. Conclusão - Após o transplante do pulmão, 33%
dos doentes apresentaram refluxo ácido gastroesofágico patológico. O refluxo gastroesofágico predispõe ao aumento da rejeição crônica do enxerto,
podendo levar mesmo à perda deste. Sua avaliação é importante, pois pode demandar terapias como a cirurgia, com o objetivo de reduzir a exposição
do epitélio pulmonar do conteúdo gástrico.
*FMUSP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
133
Cirurgia • Orais
TL.C.ESO.O.304
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA HÉRNIA DE HIATO GIGANTE COM TELA DE DUPLA FACE
Rafael Eler Dos REIS1, Adorísio Bonadiman1, Daniel Andrade REIS1, Diogo Stinguel THOMAZINI1, Adriano Corono Branco1, Edson
José LOBO2, Alberto GOLDEMBERG1, José Francisco de Mattos FARAH1
Resumo - Introdução - O reparo da hérnia hiatal gigante (HHG) com rafia dos pilares diafragmáticos evolui com altas taxas de recidiva. O uso de
próteses em outras hérnias e o avanço na tecnologia das telas impulsionaram o seu uso na hiatoplastia. Próteses absorvíveis apresentam menores taxas de
complicações e maiores de recidiva comparadas às não absorvíveis. Este trabalho visa mostrar nossa experiência em hiatoplastia com tela não-absorvível.
Métodos - Relato de série de casos de 40 hiatoplastias com tela e fundoplicatura videolaparoscópicas no período entre Março de 2008 e Abril de 2013,
utilizando tela dupla face (poliéster e matriz de colágeno), fixada com grampos metálicos após crurorrafia. O seguimento clínico foi complementado
por endoscopia digestiva alta em todos os pacientes. Resultados - Dos 40 pacientes, 11 eram do sexo masculino e 29 feminino, possuindo entre 37 e 91
anos e média de 67 anos. O tempo médio de seguimento foi de 16 meses (3 a 48 meses). Ocorreram complicações em 7 (17,5%) com internação maior
que 7 dias. Durante o seguimento, registramos dois óbitos não relacionados, dois pacientes (5%) apresentaram recidiva dos sintomas e da hérnia, oito
(20%) apresentavam recidiva da hérnia porém, oligossintomáticos e 28 (70%) assintomáticos e sem recidiva. Não ocorreram complicações relacionadas
à prótese. Conclusão - O seguimento a curto e médio prazo mostrou que o uso da tela não absorvível é seguro e eficaz, devendo ser considerada como
opção no tratamento da HHG.
HSPE-SP, 2Unifesp, São Paulo.
1
orais • ESTÔMAGO
TL.C.EST.O.305
A SOLUÇÃO DE CARNOY MELHORA A IDENTIFICAÇÃO DE LINFONODOS APÓS A GASTRECTOMIA D2:
RESULTADOS DE UM ESTUDO PROSPECTIVO, RANDOMIZADO
Andre Roncon Dias*, Edno Tales Bianchi*, Marcus Fernando Kodama Pertille Ramos*, Ulysses RIBEIRO JUNIOR*, Marina
Pereira*, Osmar Kenji Yagi*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*
Resumo - Objetivos - Comparar o Carnoy com o formaldeído na fixação de peças cirúrgicas de gastrectomias D2. Verificar se linfonodos ressecados são
perdidos com a preparação habitual e se este fato influencia o estadiamento. Métodos 30 espécimes cirúrgicos foram randomizados para fixação habitual
com Formaldeído a 4% (formol) ou com Carnoy (60% etanol, 30% clorofórmio e 10% ácido acético glacial). Adicionalmente, após a dissecção do grupo
do formaldeído, a gordura residual a ser descartada foi imersa no Carnoy e re-dissecada após 24 horas. Os cirurgiões ficaram cegos para a randomização
e o mesmo patologista dissecou todos os espécimes. Os critérios de exclusão foram: Linfadenectomia não D2, gastrectomia total, ressecções multiviscerais.
Resultados - O número médio de linfonodos encontrados foi de 36,1 para o grupo formol e 50,6 para o grupo Carnoy, esta diferença foi significativa (p=
0.045). Nos casos do grupo formol a revisão da gordura residual, após fixação com Carnoy e nova dissecção, revelou linfonodos presentes e que estavam
sendo perdidos. Desses casos 40% (6/15) apresentavam linfonodos metastáticos que estavam sendo desprezados, sendo que o estadiamento foi modificado
em 2 casos. Considerando o grupo formol pós-revisão com Carnoy o número de linfonodos médios encontrados subiu para 50,6 sendo equivalente ao do
grupo Carnoy (p= 1.0). Conclusões - O uso do Carnoy aumenta o número de linfonodos encontrados e permite um estadiamento mais preciso.
*ICESP- HCFMUSP, São Paulo.
TL.C.EST.O.306
ANÁLISE DE COMPLICAÇÕES DE 60 PACIENTES SUBMETIDOS A GASTRECTOMIAS – MAIORES OU
MENORES? MANEJO CLÍNICO OU CIRÚRGICO?
Flavio SILANO*, Rodolfo Santana*, Eric ETTINGER*, Ricardo Amaral*, Lorena Carneiro*, Carolina ADAN*, Lorena Almeida*,
Paulo Amaral*
Resumo - Introdução - Ainda não exista consenso em como definir grau de complicação em cirurgia, porém, a avaliação dos resultados está ganhando
cada vez mais atenção. Objetivo - Estratificar as complicações cirúrgicas das gastrectomias realizadas pelo serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do
Hospital São Rafael, Bahia, em maiores ou menores e o seu manejo (clínico ou cirúrgico). Pacientes e Métodos - Os dados foram coletados por meio de
fichas padronizadas preenchidas prospectivamente de 2005-2013. Foi utilizado a escala de complicações cirúrgicas em graus de Clavien-Dindo. Sessenta
pacientes foram gastrectomizados, 55% total, 33,33% parcial e 11,66% cunha, 41,66% do sexo masculino, 58,33% sexo feminino, com média de idade de
54 anos. As complicações foram divididas em relacionadas ou não ao sítio cirúrgico. Resultados - 15 pacientes (25%) apresentaram complicações relacionadas ao sitio cirúrgico, sendo que 6 (10%) foram complicações menores Clavien II; 6 (10%) necessitaram de reabordagem Clavien IIIB e desses 2 (3,33%)
foram a óbito Clavien V. 13 pacientes (21,7%) apresentaram complicações não relacionadas ao sítio cirúrgico, sendo 10 (16,7%) complicações menores
Clavien II e 3 (5%) com disfunção orgânica única Clavien IVA. Conclusão - A morbimortalidade do procedimento está compatível com a literatura e a
maioria das complicações foram consideradas menores e foram manejadas clinicamente.
*Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo - Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.
134
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.EST.O.307
EMPREGO DA PARTIÇÃO GÁSTRICA ASSOCIADA A GASTRO-ENTERO ANASTOMOSE PARA PALIAÇÃO
DE TUMORES GÁSTRICO DISTAIS OBSTRUTIVOS E IRRESSECÁVEIS
Marcus Fernando Kodama PERTILE*, Thiago Nogueira COSTA*, Osmar Kenji Yagi*, Andre Roncons Dias*,
Donato Roberto MUCERINO*, Ulysses Ribeiro Junior*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Partição gástrica associada a gastro-entero anastomose tem sido empregada para o tratamento de tumores gástricos obstrutivos
distais com o objetivo de melhorar o esvaziamento gástrico e diminuir a ocorrência de sangramento tumoral Objetivo - Analisar segurança e efetividade do
procedimentos. Métodos - Análise descritiva e retrospectiva de série de casos do serviço. Resultados - Vinte e três pacientes foram submetidos ao procedimento nos últimos 6 anos. A idade média foi de 68,7 anos. Seis pacientes tinham IMC inferior a 18,5. Treze pacientes (56%) apresentavam uma pontuação de 0
ou 1 na escala de obstrução de esvaziamento gástrico (GOOS) significando ingesta apenas de líquidos via oral. Seis pacientes ingeriam alimentos pastosos
(GOOS=2) e 4 pacientes dieta pobre em resíduos ou geral (GOOS=3). Todos pacientes tinham performance de 1 ou 2 na escala do ECOG. A duração média
do procedimento foi 166 minutos. Valor do GOOS após o procedimento foi 2 ou 3 em 22 (95%) dos pacientes, alcançado em média após 4,2 dias da cirurgia.
O tempo médio de internação foi de 7,8 dias. Três pacientes tiveram complicações cirúrgicas menores (Clavien-Dindo I-II) e 1 paciente morreu 10 dias após
o procedimento. A sobrevida media foi de 185 dias com manutenção da capacidade de alimentação durante este período. Conclusão - Partição gástrica
pode ser empregada com segurança para o tratamento da obstrução gástrica tumoral com manutenção prolongada da capacidade de alimentação via oral.
*HC FMUSP, São Paulo.
TL.C.EST.O.308
ESTUDO DA CAPACIDADE PREDITIVA DOS MÉTODOS DE AVALIAÇÃO NUTRICIONAL GLOBAL E SUAS
VARIÁVEIS NAS COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS DO CÂNCER GÁSTRICO
Guilherme Frederico Rojas Silva1, Luciana de Souza Penhalbel Silva2, Fabiane Regina de Oliveira Guimarães3,
Juliana Moreli França3, Francisco Garcia PARRA3, Eumildo CAMPOS Júnior3, Aldenis Albaneze BORIM2,3
Resumo - Introdução - A desnutrição afeta adversamente o paciente cirúrgico oncológico, levando-o a maiores morbidades e mortalidade operatórias.
Porém, não há um padrão ouro de avaliação nutricional como fator preditivo de morbimortalidade nesses pacientes. Objetivo - Analisar e comparar a
capacidade dos métodos nutricionais no prognóstico de complicações associadas às gastrectomias por câncer gástrico. Casuística e Métodos - Estudo
observacional prospectivo envolvendo 66 pacientes. Foram analisados: Avaliação Nutricional Subjetiva Global (ANSG), Avaliação Nutricional Objetiva
(ANO), Índice de Risco Nutricional (IRN) e Índice Prognóstico de Sheffield (IPS). Os resultados foram comparados com a morbimortalidade cirúrgica,
tempo de internação total e em UTI. Resultados - A desnutrição esteve presente em 80,7%, 66,7% e 85% nas ANSG, ANO e IRN, respectivamente. O IPS
demonstrou alto risco cirúrgico em92% dos pacientes. Houve concordância leve entre a ANSG e IRN (Kappa=0,30). A ANSG demonstrou maior tempo
de internação hospitalar nos desnutridos (p<0,05). A maioria dos pacientes (62,9%) esteve com estágio avançado com maior incidência de complicações
(p<0,01), sendo a pneumonia associada à linfopenia (p<0,05). Conclusão - ANSG e o IRN tiveram concordância mais próxima. A ANSG demonstrou
associação entre desnutrição e maior tempo de internação hospitalar. A pneumonia foi observada no tumor avançado e na linfopenia, aumentando os
dias de internação hospitalar e em UTI (p<0,05).
1
HU-UFGD, Mato Grosso do Sul. 2FAMERP, 3FUNFARME, São Paulo.
TL.C.EST.O.309
INCIDÊNCIA, PADRÕES DE RECORRÊNCIA E FATORES PREDITIVOS RELACIONADOS À RECIDIVA
PRECOCE E TARDIA EM CÂNCER GÁSTRICO
Leonardo Medeiros MILHOMEM1, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso2, Alan KAGAN1, Eliane Duarte Mota1,
Ailton Cabral FRAGA FILHO1, Orlando Milhomem da Mota1
Resumo - Introdução - A recorrência é um fenômeno frequente em pacientes com Ca gástrico tratado. Os modelos e métodos atuais de seguimento
destes pacientes possuem pouco impacto em relação a melhora de sobrevida. Dados referentes à incidência total e cumulativa, padrões de recorrência e
fatores preditivos relacionados ao período de manifestação desta condição, podem permitir a identificação de pacientes em perfil de risco. Métodos - Um
total de 550 pacientes tratados entre 2004 e 2010 foram avaliados retrospectivamente. Características demográficas, clínicas, patológicas e relacionadas
ao tratamento cirúrgico e multimodal foram analisadas. Resultados - Do total de pacientes, 144 (26,18%) apresentaram recorrência, sendo 118 (81,94%)
precoces e 26 (18,05%) tardias. Do total de pacientes, as recorrências hematogênicas (44,13%) e peritoneais (40%) foram predominantes em relação a
recorrência loco - regional (11,72%) e mista (4,13%). Não houve diferença significativa em relação aos padrões de recorrência entre os períodos precoce
e tardio. O tamanho das lesões > 5 cm (p=0,026) e o grau de diferenciação (p=0,03) das lesões foram fatores com significância estatística relacionados
a recidiva precoce. Houve tendência a melhora de sobrevida pós-recidiva no grupo de pacientes com recidiva tardia em comparação e recidiva precoce.
Conclusões - Em pacientes com alto risco de recorrência, o diâmetro das lesões e o grau de diferenciação demonstraram associação à recorrência precoce.
1
ACCG. 2 HGG, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
135
Cirurgia • Orais
orais • fígado
TL.C.FIG.O.310
ANASTOMOSE ESPLENORRENAL DISTAL (AERD) EM CIRRÓTICOS COM HDA NA ERA DOS
TRANSPLANTES
Tercio Genzini*, Roberta Genaro da Silva*, João William Costa TEIXEIRA*, Felipe Costa TEIXEIRA*, Marcelo Perosa Miranda*,
Fernando PECHY*, Luiz Francisco ZENI*, Andreia KATAIAMA*
Resumo - Introdução - A Hemorragia Digestiva Alta (HDA) em cirróticos permanece complicação de alta mortalidade, tem alto risco de recidiva
hemorrágica e a insistência no tratamento endoscópico eleva o custo do tratamento e não altera o prognóstico. As alternativas para estes casos são a descompressão portal e/ou o transplante de fígado (TF). Material e Métodos - Analisamos o seguimento de pacientes cirróticos, com boa reserva funcional
hepática, e HDA com recidiva após tratamento endoscópico e farmacológico. No período de 2000 a 2010, 18 pacientes cirróticos (6 VHC, 4 Criptogênicas, 3 VHB + VHD, 3 auto imunes e 2 VHB) foram submetidos a AERD. Todos apresentavam pelo menos 1 episódio de HDA (1 a 6), foram submetidos
a tratamento endoscópico com ligadura ou esclerose de VE, faziam uso de propranolol (40 a 160 mg) para manter FC entre 55 e 60 bpm e persistiam com
VE com risco de sangramento. Doze tinham medidas de gradiente portal > 12 (14 a 34 mmHg). Resultados - 78% eram do sexo masculino, todos eram
CHILD-PUGH A com MELD entre 8 e 15. O seguimento médio foi de 6 anos. Ocorreu 1 recidiva de HDA (6%) tratada endoscopicamente, 1 necessidade de TF (6%) por HCC (VHB) e 1 óbito (6%). O MELD aumentou em 12 pacientes para valores menores que 15 e permaneceu igual ou diminuiu em 4.
Conclusão - AERD é eficaz, preserva a função hepática e pode evitar a indicação de TF por HDA recidivante em cirróticos com boa reserva funcional.
*Hospital da Beneficência Portuguesa, São Paulo.
TL.C.FIG.O.311
APLICAÇÃO DO ESCORE BAR EM PACIENTES TRANSPLANTADOS DE FÍGADO
Ivan Dias CAMPOS JUNIOR*, Elaine Cristina Ataide*, Anaisa Portes Ramos*, Elisabete Yoko Udo*, Ilka FSF Boin*
Resumo - Utiliza-se o sistema BAR (Balanced of Risk) para o prognóstico de sobrevida (SV) dos pacientes pós-transplante hepático. Objetivo - Verificar a aplicação do BAR como predição de SV em pacientes após transplante. Métodos - Efetuou-se um estudo observacional retrospectivo em 300
pacientes transplantados entre 1997 a 2012. Excluíram-se os pacientes que realizaram técnica tradicional, uso de enxertos duplos ou reduzidos e os com
dados incompletos. Avaliaram-se os dados do doador e do receptor. Para cada paciente foi calculado o BAR por meio do site www.assessurgery.com/
bar-score. Os pontos de corte para BAR foram de 13, ponto médio da escala, e 8, cutoff do serviço. A análise estatística foi efetuada usando-se método
de Kaplan-Meier para SV, teste de Mann-Whitney para comparação entre grupos e análise regressão logística múltipla. Resultados - A SV estimada
para pacientes com BAR ≥ 13 foi ao final de 12 meses de 48% vs. 67 % (p =,027) e para BAR ≥ 8, 59% % vs. 71 % (p =,042). A análise de regressão
múltipla mostrou como fatores determinantes para SV < 3 meses: BAR < 13 pontos (OR=8,6;IC95%=2.045-40.462; p=0.005) e uso de concentrado de
hemácias (CH) acima de 6 unidades (u) no intraoperatório (OR=5,32; IC95%=2.143-14.23; p=0.0005) e para SV<12 meses: CH > 6u intraoperatório
(OR=5,7;IC95%=2.436-14.246;p=0.0001) e idade do doador >50 anos (OR=3,8;IC95%=1.408-10.96;p=0.009). Conclusões - Para a população estudada
o BAR com ponto de corte em 8 e 13 foi um fator preditor de SV nos tempos estudados.
*Unicamp, São Paulo.
TL.C.FIG.O. 312
AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO PULMONAR ATRAVÉS DAS PRESSÕES INSPIRATÓRIA E EXPIRATÓRIA
DE PACIENTES SUBMETIDOS À COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA E COM O EMPREGO
DO SILS PORT
Eduardo Crema*, Marisa de Carvalho Ramos*, Juverson Alves TERRA JÚNIOR*, Guilherme Azevedo Terra*, Cristhiene Inácio
Fernandes*, Alex Augusto da Silva*
Resumo - Introdução - Após várias modificações técnicas uma nova e única porta de entrada foi descrita pela cicatriz umbilical. São descritas alterações da função pulmonar em pós-operatório (PO) de cirurgia abdominal, que ocorrem tanto na cirurgia convencional como na laparoscópica. Objetivos
- Avaliar a força muscular respiratória (PImáx e PEmáx), antes e após 24h e 48h após colecistectomia laparoscópica e por portal único. Metodologia - A
técnica foi utilizada em 20 pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica, e 20 com portal único, para avaliação da força muscular respiratória.
Resultados - Nos pacientes do grupo “SILS PORT”observou-se que houve redução da PImáx nos dois momentos do pós-operatório e quando comparado com os valores pré-operatórios sendo que às 24h a redução foi significante. No grupo laparoscópico houve redução da PImáx em ambos os momentos estudados no pós-operatório e a redução foi significante às 24h e às 48h. A redução da PImáx no grupo SILS PORF às 24h foi significantemente
menor que a laparoscópica. Quando comparado a PEmáx no SILS PORT e na laparoscópica houve redução significativa as 24h. As 48h a redução
foi significante somente no grupo laparoscópico. A comparação entre os grupos não foi significante. Conclusão - Os pacientes do grupo SILS PORT
apresentaram menor comprometimento da função inspiratória (PImáx) no pós-operatório às 24h, e proporcionou uma melhora mais rápida da PEmáx,
quando comparado à técnica laparoscópica.
*UFTM, Minas Gerais.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.FIG.O.313
CIRURGIA HEPÁTICA: EXPERIÊNCIA EM CENTRO UNIVERSITÁRIO DE REFERÊNCIA - HOSPITAL DAS
CLÍNICAS DA UFG
Bruno Parreira Gomide*, Talita Soares Viana*, Lucio Kenny Morais*, Fatima MRUE*, Claudemiro QUIREZE JUNIOR*, Edmond
Raymond Le Campion*, Matheus Castrillon Rassi*, Wagner Costa Braga*
Resumo - Introdução - Existem poucos relatos em nosso meio do perfil dos pacientes submetidos à hepatectomia. Este fato serviu de estímulo para o
presente estudo. Objetivo - Avaliar os dados demográficos dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática, bem como mortalidade operatória,
relatando a experiência do serviço. Método - Revisão de prontuário dos pacientes submetidos à cirurgia de ressecção hepática no Hospital das Clínicas da
UFG entre janeiro 2008 e dezembro de 2012. Foram excluídas da amostra as biópsias hepáticas. Resultados - Foram realizadas no serviço, 32 ressecções
hepáticas: 81% por doenças malignas, sendo 68% por metástases e 13% por doença maligna primária. As metástases de tumor de cólon compreenderam
60% dos casos e 13% carcinoma hepatocelular.19% foram adenomas. Sessenta e um por cento dos pacientes eram do sexo feminino, e a média de idade foi
de 44,54 anos. O tipo de ressecção mais realizada foi a segmentectomia (72,88%). A mortalidade operatória foi de 6,1%.Conclusão - A metástase de tumor de
cólon foi a indicação mais frequente de ressecção hepática. A alta frequência do adenoma, apesar da indicação cirúrgica por se tratar de uma doença benigna, talvez seja decorrente do encaminhamento direcionado destes pacientes e do predomínio de mulheres. A mortalidade encontrada foi baixa, compatível
com a relatada em grandes centros, mostrando que a hepatectomia pode ser realizada com segurança em centros universitários de referência.
*UFG, Goiás.
TL.C.FIG.O.314
EFEITOS DE FRAGMENTOS DE HEPARINA EM LESÃO HEPÁTICA SECUNDÁRIA À ISQUEMIA /
REPERFUSÃO HEPÁTICA
Ênio Rodrigues VASQUES*, Ana Maria COELHO*, Emílio E. Abdo*, Sandra N. SAMPIETRE*, Eleazar CHAIB*,
Luiz A.C. D‘Albuquerque*, Ivan Cecconello*, José Eduardo Monteiro da CUNHA*
Resumo - Introdução - Isquemia e reperfusão (I/R) são presentes na cirurgia e transplante hepático e o cálcio é um dos fatores de morte celular com o
envolvimento do trocador Sódio-Cálcio (NCX). Fragmentos de heparina como a enoxaparina atuam sobre o NCX no peptídeo inibidor de troca (XIP)
inibindo-o e facilitando a saída do cálcio. Objetivo - Avaliar os efeitos da enoxaparina e fondaparinux em lesões hepáticas secundárias à I/R em ratos.
Material e Métodos - Ratos machos Wistar submetidos à isquemia do pedículo hepático comum dos lobos mediano e lateral por 60 minutos e reperfusão
por 4 horas, em 3 grupos com n=6: Controle: solução salina; Enox: enoxaparina IV (2 mg/kg) e Fond: fondaparinux IV (0,03 mg/Kg), injetados 0,4 ml
na veia peniana, 10 minutos antes da reperfusão. Dosadas alanina aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST), após 4h de reperfusão.
Resultados - Diminuição significativa de ALT e AST nos Grupos Enox e Fond em relação ao Controle (p <0,05) e sem significância entre os Grupos Enox
e Fond. Conclusão - A diminuição dos níveis de ALT e AST produzidos pela administração de enoxaparina e fondaparinux em modelo de I/R hepática
sugere proteção hepatocelular, possivelmente por diminuição do cálcio intracelular decorrente da inibição do XIP presente no NCX.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.FIG.O.315
ESTUDO COMPARATIVO DO ESTRESSE CIRÚRGICO AVALIADO PELOS NÍVEIS DE CORTISOL E ACTH
EM PACIENTES SUBMETIDOS À COLECISTECTOMIA LAPAROSCÓPICA E COM EMPREGO SILS PORT
Eduardo Crema*, Juverson Alves TERRA JÚNIOR*, Lidia ABDALA*, Guilherme Azevedo Terra*, Roseli Aparecida da Silva Gomes*,
Aiodair MARTINS Júnior*, Alex Augusto da Silva*
Resumo - Introdução - Após várias modificações técnicas uma nova e única porta de entrada foi descrita pela cicatriz umbilical e denominada de
portal único. Os níveis plasmáticos de ACTH e Cortisol aumentam em consequência de vários tipos de agressões e tem sido utilizado para quantificar
o estresse cirúrgico. Objetivo - Avaliação dos níveis séricos de ACTH e Cortisol em colecistectomia laparoscópica e portal único Sils Port. Metodologia
- Foram estudados 40 pacientes portadores de colelitíase de 18 a 70 anos, sendo 20 pacientes, por sorteio, pertenceram ao grupo laparoscópico e foram
submetidos à colecistectomia. 20 constituíram o grupo com utilização do Sils Port. A avaliação comparativa do ACTH e cortisol no pré-operatório, na
indução, 2, 6, 12 e 24h após o procedimento cirúrgico. Resultados - Observou-se elevação dos níveis de cortisol no momento da indução, 2 e 6h quando
comparado com o pré-operatório em ambos os grupos. Notou-se que às 6h, os níveis médios de cortisol foi significantemente (P < 0,01) maiores no
grupo laparoscópico (18,33 ± 20,28) quando comparado com o grupo SILS PORT (9,38 ± 9,58). Aos níveis de ACTH, nota-se elevação expressiva dos
níveis após 2h do início da cirurgia em ambos os grupos, aumento este estatisticamente significante. Contudo, não significante com a comparação entre
os grupos estudados. Conclusão - O estresse cirúrgico avaliado pelos níveis de Cortisol foi maior na colecistectomia laparoscópica às 6 horas, quando
comparado com o emprego do SILS PORT.
*UFTM, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
137
Cirurgia • Orais
TL.C.FIG.O.316
EVOLUÇÃO DE CIRRÓTICOS COM HDA TRATADOS COM TIPS REVESTIDO
Tércio Genzini*, João William Costa TEIXEIRA*, Regina Gomes dos Santos*, Marcelo Perosa Miranda*, Fernando PECHY*,
Roberta Genaro*, Luiz Francisco ZENI*
Resumo - Introdução - HDA em cirróticos é seguida de elevada mortalidade. Quando a perspectiva futura do paciente é o transplante, o TIPS é uma
alternativa eficaz como tratamento. Materiais e Métodos - Este trabalho analisa a evolução de 30 cirróticos com indicação de transplante que apresentavam HDA como complicação, submetidos a implante de TIPS, com anestesia geral sendo utilizadas próteses revestidas com PTFE no período de
2008 a 2012. 21 homens (70%), com idade média 48 anos, 29 portadores de cirrose hepática (97%) de várias etiologias (VHC 11, criptogênica 6, álcool
4, VHB 2, NASH 2, autoimune 1, VHC + álcool 1, VHC + VHB + VHD 1, VHB + VHD 1) e 1 com Síndrome de Budd-Chiari. MELD pré TIPS
médio 16 (9 a 26), Child-Pugh A 5, B 19 e C 6. Resultados - Num seguimento de 3,4 anos (1 a 10), 4 pacientes apresentaram recidiva da HDA (13%), 3
pacientes evoluíram a óbito (10%), 18 foram inscritos em lista de espera para TF (60%), dos quais 8 (44%) alcançaram o Tx. O MELD após o TIPS foi
de 18 (9 a 36), Child A 6, B 17 e C 7. 9 (30%) pacientes apresentaram encefalopatia após TIPS.5 pacientes encontram-se bem (17%), sem recidiva e sem
necessidade de TF. Conclusão - Apesar das inovações, o caráter não seletivo do desvio de fluxo hepático induzido pelo TIPS piora a função hepática e
leva à necessidade de TF. Apenas 17% dos pacientes mantiveram-se sem recidiva e sem necessidade de TF, indicando que o TIPS deve ser indicado em
pacientes com perspectivas de TF.
*Hospital da Beneficência Portuguesa, São Paulo.
TL.C.FIG.O.317
INCIDÊNCIA DE CARCINOMA INCIDENTAL DE VESÍCULA BILIAR NOS PACIENTES SUBMETIDOS À
COLECISTECTOMIA DE URGÊNCIA
Marina Gabrielle Epstein*, Luiz Vagner Sipriani Junior*, Adriano Sampaio*, Diego Garcia*, Mauricio Rocco de Oliveira*,
Stephanie SANTIN*, Murillo de Lima Favaro*, Marcelo Augusto Fontenelle RIBEIRO JUNIOR*
Resumo - Objetivo - Avaliar a incidência de neoplasia de vesícula biliar incidental, em pacientes submetidos à colecistectomias por colecistite aguda
Método - Foram avaliados, prontuários e anatomopatológicos das colecistectomias realizadas entre setembro de 2009 a março de 2012, no Hospital Dr.
Moyses Deutsch. A análise dos dados obtidos foi pelo SPSS Statistics versão para Windows 20.0.0. O teste estatístico aplicado às tabelas de contingência
foi o qui-quadrado, enquanto as variáveis contínuas com distribuição normal foram comparadas pelo teste t de Student não pareado. Resultados - Foram realizadas 434 colecistectomias de urgência. Trezentas e vinte e quatro pacientes eram do sexo feminino e cento e dez do sexo masculino. Em todos
os casos a colelitíase estava presente. Foram identificados 5 casos de carcinoma incidental de vesícula biliar. A idade dos pacientes que apresentaram
carcinoma incidental foi estatisticamente superior (p<0,05, p=0,01678) aqueles sem doença maligna (média de 42,2 anos; mediana 40 anos). Quando
comparamos o grupo de pacientes com menos de sessenta anos ao grupo de pacientes com sessenta anos ou mais, observamos uma incidência de 3,75%
de carcinoma incidental no grupo dos pacientes mais velhos, estatisticamente superior (p<0,05; p=0,020) a encontrada entre os pacientes com menos de
60 anos de idade (0,58%). Conclusão - A incidência aumenta com a idade, sendo maior em pacientes com mais de 60 anos (3,75%).
*UNISA, São Paulo.
TL.C.FIG.O.318
RELAÇÃO DOSE/NÍVEL DE TACROLIMUS NO TRANSPLANTE DE FÍGADO: ESTUDO PROSPECTIVO E
COMPARATIVO (REJEIÇÃO/INFECÇÃO)
Lucas Souto NACIF*, André Ibrahim DAVID*, Márcio Augusto Diniz*, Alessandra CRESCENZI*, Wellington ANDRAUS*,
Rafael Soares Pinheiro*, Ruy Jorge Cruz*, Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*
Resumo - Introdução - Transplante de fígado é tratamento da doença terminal do fígado, mas acompanha complicações que vem sendo amenizadas.
Objetivo - Correlacionar a relação da dose/nível de tacrolimus nas complicações precoces após os transplantes de fígado. Método - Dados de 44 doentes
transplantados de fígado, de novembro de 2011 a maio de 2013, excluídos doador vivo, fulminante, split e os muito graves. Análise estatística com medidas
descritivas das variáveis e comparativo entre os grupos (infecção x sem; rejeição x sem) através da Análise de Variância (ANOVA) no programa estatístico R,
versão 2.15.1. com p < 0,05. Resultados - Alta prevalência do sexo masculino (68,18%). A idade média de 52,43 (±12,33) e mediana de 55,5 (variação, 19-71).
O tempo médio de internação de 16,1 ±9,32 dias. Causa principal foi cirrose VHC (47,7%). A média do MELD foi de 26,18 ±4,28. Significância estatística
na dose média de tacrolimus entre os grupos com e sem infecção independente do tempo (p=0,001) ou grupo (p<0,001). A dose de tacrolimus e a presença de
rejeição ou não são diferenças na dose média de tacrolimus (p=0,0314) e as médias dos valores de TFG para os grupos com e sem rejeição em todo período
(p=0,0084). Importante diminuição da TFG, quando o nível/dose de tacrolimus aumentou mais do que 10 ng/ml. Conclusão - A dose/nível de tacrolimus,
quando o valor médio foi acima de 10 ng/ml, mostrou piora da função renal, evitando a rejeição celular aguda, mas com mais infecção.
*FMUSP, São Paulo.
138
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.FIG.O.319
TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR EM UM HOSPITAL PÚBLICO
Ivan Dias CAMPOS JUNIOR*, Ilka FSF Boin*, Jazon RS Almeida*, Carmem S. P. Lima*, Elaine Cristina Ataide*
Resumo - Atualmente o transplantehepático (TXH) é a principal opção para doentes com cirrose hepática associada ao CHC, com potencial de cura
para ambas as doenças. O objetivo foi analisar a intenção de tratamento em neoplasia de fígado nos último 17 anos. Método - Trata-se de um estudo retrospectivo analítico transversal em pacientes com diagnóstico de CHC acompanhados no período de 1996 a 2013. A amostra foi retirada dos pacientes
do ambulatório da Unidade de TX -Unicamp. 1722 pacientes que deram entrada no ambulatório 367 pacientes tinham diagnóstico de CHC, dos quais
54 não foram adicionados à lista de espera para o TX de fígado por apresentarem critérios que os excluíram. Foram analisados o número de pacientes
submetidos a transplante, os que ainda permanecem ativos na lista e os que foram retirados por drop out e a sobrevida dos mesmos ao final do 3.o e
10.o ano de avaliação pelo método de Kaplan-Meier. Resultados - Dos 1668 pacientes listados, 313 eram CHC sendo 148 deles foram submetidos a TXH
63 realizaram hepatectomia, 95 foram removidos por condições clinicas, óbito ou outras e 7 pacientes continuaram ativos. A média de idade foi de 58,4
anos; 82,2% eram homens. A sobrevida pós-TX foi de 65% (3 anos) e 48.6% (10 anos), enquanto para os pacientes em lista de espera foi de 30% e 7,03%.
O tempo médio de espera em lista de TXH foi 6 meses. Conclusão - O TXH se mostrou excelente alternativa para os pacientes com CHC, aumentando
assim a sobrevida desses pacientes
*Unicamp, São Paulo.
TL.C.MIS.O.320
Guilherme Andrade Lemes*, Raquel Mamedes dos Santos*, Berivaldo Dias Ferreira*, Lucio Kenny Morais*,
Claudemiro QUIREZE Junior*, Felix Andre Sanches Penhavel*, Matheus Castrillon Rassi*,
Edmod Raymond Le Campion*
Resumo - A coledocolitíase residual representa grande desafio na avaliação diagnóstica e proposta terapêutica. Neste contexto, realizamos estudo
retrospectivo com o objetivo de avaliar critérios clínicos, laboratoriais e métodos de imagem para o seu diagnóstico; avaliar o resultado do tratamento
através de procedimentos endoscópicos e cirúrgicos, bem como a ocorrência de complicações e sua repercussão no período de internação. Foram estudados 49 (quarenta e nove) pacientes portadores de coledocolitíase residual internados na Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da Faculdade de
Medicina da Universidade Federal de Goiás, no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2012. Foram incluídos pacientes submetidos previamente a
colecistectomia, nos quais o diagnóstico de coledocolitíase foi feito posteriormente (pela não realização de colangiografia trans-operatória) ou no próprio curso da colecistectomia, porém postergando-se o tratamento. Pudemos concluir: a maioria dos pacientes portadores de coledocolitíase residual
tem como sintoma principal a icterícia; a ultra-sonografia não é um método diagnóstico eficaz, uma vez que demonstrou alteração de via biliar em cerca
de 50% dos pacientes; tanto o procedimento endoscópico como o cirúrgico mostraram alto índice de clereance da via biliar (acima de 90%), sendo a
morbidade baixa e mortalidade nula em ambos os procedimentos; o período de internação foi menor quando o procedimento endoscópico foi realizado
*UFG, Goiás.
TL.C.MIS.O.321
AVALIAÇÃO MORFOMÉTRICA CARDÍACA E ÍNDICES PONDERAIS APÓS BYPASS GÁSTRICO
EM Y-DE-ROUX: MODELO EXPERIMENTAL
Silas ROCHA Neto1, Carlos Henrique TOLEDO NETTO1, Edson Gomes Silva1, Lucas Junior Barbosa de Oliveira2, William Adalberto
Silva3, Philipi Coutinho de Souza3, Nádia Fátima Gibrim Pereira Dias4, Maria Cristina Costa RESCK2,3
Resumo - Objetivos - Avaliar a cirurgia bariátrica à perda de peso seguido da avaliação morfológica da parede ventricular e estudo do índice de massa
cardíaca. Metodologia - Trinta ratos Wistar, machos, com 27 dias de idade e peso 100±50g foram submetidos à dieta hiperlipídica por 5 semanas. No
ato operatório seu peso é de 350±50g. A pesquisa foi aprovada pelo CEUA sob o nº 31A. Os animais foram divididos em um grupo controle (n=15),
após jejum e sob anestesia foram submetidos à manipulação gástrica e intestinal. No grupo operado (n=15), foram submetidos à gastrectomia parcial
com derivação jejuno-ileal em Y-de-Roux. Os animais foram pesados semanalmente e eutanasiados após 90 dias. O coração foi coletado e pesado. O
ventrículo esquerdo foi isolado e pesado para a morfometria de sua parede. Foi feita coleta de sangue para avaliação do perfil lipídico. Resultados - O
grupo operado apresentou um peso médio cardíaco de 1,18 g e do VE 0,69g. No grupo controle o peso médio do coração foi de 1,41g, e do VE 0,94g.
A morfometria da parede do VE revelou uma espessura 19% maior no grupo controle. O perfil lipídico expresso em mg/dL revelou valores médios de
CT 78, TG 102 e HDL 44, para o grupo operado; o grupo controle mostrou CT 77, TG 106 e HDL 56. O grupo controle apresentou um ganho de peso
23% maior que o operado. Conclusões - A cirurgia bariátrica reduz o peso do animal, diminui a espessura da parede ventricular e aproxima o índice de
massa cardíaca ao padrão fisiológico.
1
Universidade José do Rosário Vellano, 2 Unifenas, Minas Gerais. 3Unicamp, 4Unip, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
139
orais • miscelãnea
AVALIAÇÃO DO TRATAMENTO DA COLEDOCOLITIASE RESIDUAL
Cirurgia • Orais
TL.C.MIS.O.322
EFEITO DA LAVAGEM DA CAVIDADE PERITONEAL COM SOLUÇÕES SALINAS A 0,9% E A 3% NA
INJÚRIA PULMONAR PRECOCE DE GERBIS COM PERITONITE INDUZIDA
Vinicius Rodrigues Taranto Nunes*, Rafael Calvão Barbuto*, Paula Teixeira Vieira Vidigal*, Guilherme Nogueira PENA*,
Sílvia Lunardi Rocha*, Yuri Lobato Guimarães*, Marcelo Vidigal CALIARI*, Ivana Duval Araujo*
Resumo - Introdução - A lavagem da cavidade peritoneal é amplamente difundida no tratamento da peritonite, no entanto alguns estudos questionaram o seu uso. Objetivo - Avaliar o efeito da lavagem da cavidade peritoneal com soluções salinas a 0,9% e a 3% sobre a injúria pulmonar em gerbis com
peritonite induzida. Método - 34 gerbis machos foram distribuídos nos grupos: Controle (n=9), submetidos à laparotomia no tempo zero, relaparotomia
após 2h, e sacrifício após um total de 6h; Sem lavagem (n=8), submetidos à indução de peritonite por ligadura e punção do ceco (LPC) no tempo zero,
relaparotomia para secagem da cavidade e ressecção do segmento isquêmico após 2h, e sacrifício após um total de 6h; Salina (n=8), submetidos à indução de peritonite por ligadura e punção do ceco (LPC) no tempo zero, relaparotomia para lavagem da cavidade com solução salina morna a 0,9% e
ressecção do segmento isquêmico após 2h, e sacrifício após um total de 6h; e Hipertônico (n=9), submetidos ao mesmo procedimento do grupo salina,
porém utilizando solução salina a 3%. Após a morte, foi coletado o pulmão esquerdo de cada animal para análise morfométrica. Resultados - Nos grupos
salina e hipertônico, houve redução significativa na contagem nuclear média no pulmão quando comparado ao grupo sem lavagem (p<0,01). Conclusão
- A lavagem da cavidade peritoneal com soluções salinas mornas a 0,9% e a 3% tem efeito benéfico na resposta inflamatória sistêmica precoce em gerbis,
modulando e reduzindo a injúria pulmonar.
*Faculdade de Medicina, UFMG, São Paulo.
TL.C.MIS.O.323
RESPOSTA ORGÂNICA AO TRAUMA CIRÚRGICO
Leonardo Parreira Gomide1, Izabella Rezende Oliveira2, Mariana Silva Guimarães2, Gabriel Alves Carrião2, Hermínio Maurício da
Rocha Sobrinho2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho1, Belisa Tiegs Ferreira1, Djalma Antônio da Silva Junior1
Resumo - Introdução - Resposta ao trauma é o conjunto de alterações hormonais, imunológicas e metabólicas que decorrem após uma situação de
estresse. A agressão cirúrgica desencadeia uma reação neuroimunoendócrina semelhante à encontrada em uma situação de trauma. Esta resposta é
complexa e visa restaurar a homeostase corporal. Objetivo - Demonstrar a importância de se compreender a resposta orgânica ao trauma. Métodos - Revisão bibliográfica nas bases de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE. Discussão - Durante a fase aguda do trauma um grande número de neutrófilos
e leucócitos mononucleares migram em direção ao sítio inflamatório. Neste contexto, sobressaem as citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1β, IL-6)
produzidas pelas células teciduais residentes e pelos monócitos, linfócitos e leucócitos que migram para sítio inflamatório. Estes mediadores induzem
à elevação dos níveis plasmáticos de prostaglandinas, o aumento da síntese de proteínas da fase aguda hepática, o aumento da degradação proteica
muscular e da lipólise sistêmica e estimula a hematopoiese, a geração de fibroblastos e reparação tecidual. Conclusão - A resposta orgânica ao trauma
apresenta importância fundamental em cirurgia e nos ajudar a compreender os sinais clínicos encontrados em pacientes que sofreram uma situação de
estresse. A resposta imune é importante, pois, embora a resposta metabólica ao trauma tenha como princípio básico preservar o organismo, agressões
intensas e descontroladas podem levar o paciente ao óbito.
HSG-GO, 2 PUC-GO, Goiás.
1
TL.C.MIS.O.324
SURGICAL TREATMENT OF IATROGENIC BILIARY INJURY: LESSONS LEARNED OVER A FOURTEEN
YEAR PERIOD
Guilherme Andrade Lemes*, Raquel Mamedes dos Santos*, Talita Soares Viana*, Fernando Correa Amorim*, Lucio Kenny
Morais*, Claudemiro QUIREZE JUNIOR*, Edmond Raymond Le Campion*, Matheus Castrillon Rassi*
Resumo - Iatrogenic bile duct injuries may result in severe patient disability and mortality. This study aimed the evaluation of the clinical features,
diagnostic and definitive surgical treatment. Single-center database review of patients referred for definitive treatment for bile duct injuries during both
laparoscopic and conventional cholecystectomies at HC-UFG from 1998-2012. Variables studied included the classification of the bile duct injury (Bismuth), clinical presentation, diagnostic studies, definitive surgical repair and results of the entire hospital care. 32 patients were eligible for this study.
The majority of the cohort consisted of women (92%), and the mean age was 46 years old. The injury occurred mainly during conventional operations
(81%), and intraoperative cholangio gram was not routin ely performed (85%). Clinical features at admission included obstructive jaundice (85%), external biliary fistula (12%), internal biliary fistula (23%) and septic shock (35%). Imaging prior to definitive repair included CT scans (46%), ERCP (27%),
USG (27%), MR (3,8%). Accordingly to Bismuth, the lesions were classified as B1(7,7%), B2(53,8%), B3(23%), B4(11,5%) and B5(3,8%). Associated
lesions included right hepatic artery ligation in two patients (7,6%). Definitive repair consisted of choledocal-doudenal anastomosis (7,7%) and Roux en
Y hepático-jejunoanastomosis (92,3%)and mortality was 3,8%. Conclusion - Operative cholangiograms may not prevent the accident.
*UFG, Goiás.
140
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.MIS.O.325
SURGIMENTO DE HÉRNIAS APÓS PROCEDIMENTOS INVASIVOS
Gabriel Alves Carrião1, Izabella Rezende Oliveira1, Mariana Silva Guimarães1, Leonardo Parreira Gomide2,
Mayse Meireles de Azeredo Coutinho2, Belisa Tiegs Ferreira2, Antenor COUTO Neto2,
Fernando Correa Amorim3
Resumo - Introdução - O surgimento de hérnias após procedimentos invasivos se trata em particular da hérnia incisional. Esta consiste no abaulamento ou protusão provocada pela saída de vísceras abdominais, geralmente omento, alças intestinais ou cólon, através de pontos de fraqueza da parede
abdominal em linhas de sutura de cirurgias anteriores. Objetivo - Verificar o surgimento de hérnias após procedimentos invasivos. Método - Revisão
integrativa da literatura, realizada em junho de 2013, baseada em buscas nas bases de dados LILACS, SciELO e MEDLINE. Resultado - Ao contrário
das demais hérnias que ocorrem em pontos naturais da parede abdominal, as hérnias incisionais ocorrem em pontos previamente hígidos que foram
enfraquecidos por cirurgia ou trauma, tanto em adultos como em crianças. Entre 2% a 11% dos pacientes submetidos à laparotomia podem desenvolver
hérnias incisionais. Estas aparecem insidiosamente geralmente no primeiro ano após a cirurgia e aumentam progressivamente se não tratada cirurgicamente. Entre as principais causas e fatores de risco encontram-se: incisão incorreta, fios de absorção muito rápida, fechamento sob tensão, nós inadequados, tecidos enfraquecidos, paciente obeso e tabagista. É importante o tratamento precoce para diminuir chances de recorrências. Conclusão - Dessa
forma, é necessário fazer a escolha adequada da incisão, ter cuidados de antissepsia e antibioticoprofilaxia, realizar drenagens em contra-abertura e
evitar esforços da parede abdominal.
1
PUC-GO, 2HS-GO, 3 HC-GO, Goiás.
TL.C.MIS.O.326
THE MANAGEMENT OF SYMPTOMATIC CHOLELITHIASIS DURING PREGNANCY
Higor Chagas Cardoso*, Talita Soares Viana*, Fernando Correa Amorim*, Lucio Kenny Morais*,
Claudemiro QUIREZE JÚNIOR*, Raquel Mamedes dos Santos*, Felix Andre Sanches Penhavel*,
Carlos Costa Neves*
Resumo - Background - The management of symptomatic cholelithiasis during pregnancy remains controversial. We compared outcomes after medical versus surgical management of biliary tract disease in pregnant patients. METHODS: We reviewed the clinical course of patients with symptomatic
cholelithiasis during pregnancy from April 1998 to December2008 at university hospital. Results - twenty-six women pregnancies were admitted with
biliary tract disease. Of the 16 women who presented with symptomatic cholelithiasis, 10 underwent surgery while pregnant. There were no deaths,
preterm deliveries, or intensive care unit admissions. Six patients were treated medically. Their clinical courses were complicated by symptomatic in 10
patients (100%), by labor induction to control biliary colic (8 patients), and by premature delivery in 1 patients. Each relapse in the medically managed
group accounted for an additional ten days in hospital. Conclusion - Surgical management of symptomatic cholelithiasis in pregnancy is safe, decreases
days in hospital, and reduces the rate of labor induction and preterm deliveries
*UFG, Goiás.
Marco Aurélio Santo*, Tainá Curado Gomes de Barros*, Richard Moraes*, Miwa FUKUMOTO*,
Newton KANASHIRO*, Mario HATTORI*, Alan Garms Marson*, Roberto de Cleva*
Resumo - A perda de peso após a gastroplastia reduz o risco cardiovascular. O objetivo do presente estudo foi avaliar o risco cardiovascular por meio
da relação TG/HDL-c antes e após o tratamento cirúrgico da obesidade mórbida. Casuística e métodos - Retrospectivamente, 700 pacientes operado no
período de 2007 a 2012. Foi calculada a razão TG/HDL-c nos seguintes períodos: I: (6 a 12 meses), II: (12 a 24 meses) e III: (24 a 36 meses). Considerados
pacientes de risco homens e mulheres que apresentaram essa razão maior ou igual a 3,5mg/dl e 2,5mg/dl, respectivamente. Resultados - A razão TG/HDL
foi calculada em 117 pacientes masculinos no período pré-operatório (7,1 + 3,7), sendo que 62 (53%) apresentaram a razão ≥ 3,5mg/dl. Na fase I apenas
7 (13,5%) dos 52 pacientes estudados apresentavam a razão ≥ 3,5 mg/dl (p<0,001). Dos 35 fase II, apenas 5 (14,3%) apresentaram a relação ≥ 3,5 mg/dl
(p<0,001). Na fase III, apenas 4 pacientes (18,2%) apresentaram a razão ≥ 3,5mg/dl (p<0,05). Das 498 pacientes estudadas no período pré-operatório,
280 (56,2%) apresentaram a razão TG/HDL ≥ 2,5 mg/dl. Na fase I apenas 47 (17,9%) das 263 pacientes analisadas mantinha a relação ≥ 2,5 mg/dl
(p<0,001). Das 192 na fase II, apenas 26 (13,5%) apresentaram a relação ≥ 2,5mg/dl (p<0,001). Das 114 no na fase III, apenas 13 (11,4%) mantinham a
razão ≥2,5 mg/dl (p<0,001). Em suma a cirurgia bariátrica determina redução significativa da relação TG/HDL, e, portanto, da resistência à insulina e
RCV em obesos mórbidos
*HC-FMUSP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
141
orais • obesidade
TL.C.OBE.O.327
ACOMPANHAMENTO LABORATORIAL DO RISCO CARDIOVASCULAR ANTES E APÓS TRATAMENTO
CIRÚRGICO DA OBESIDADE MÓRBIDA
Cirurgia • Orais
TL.C.OBE.O.328
ALTERAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL INDUZIDA POR DIETA DE MUITO BAIXO VALOR CALÓRICO
NO PERÍODO PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA
Marco Aurelio Santo*, Marcela Serafim*, Veruska SCABIN*, Flavia Arantes Ximenes*, Aline Biaseto BERNHARD*, Mitsunori
MATSUDA*, Paulo ENGLER*, Roberto de Cleva*, Flavio Masato KAWAMOTO*
Resumo - Introdução - O impacto da dieta hipocalórica na modificação da composição corporal ainda é pouco conhecido. O objetivo é avaliar a
alteração da composição corporal de pacientes obesos, no pré-operatório de cirurgia bariátrica, após dieta de muito baixo valor calórico. Casuística e
Métodos - Foram avaliados 101 pacientes obesos internados para realização de cirurgia bariátrica. Receberam dieta de muito baixo valor calórico, em
média de 600 ou 6 kcal/Kg peso atual/dia, desde a admissão hospitalar até a véspera da cirurgia. A avaliação nutricional foi realizada no primeiro dia
de internação e um dia antes da cirurgia, considerando-se o peso, altura, IMC e as alterações de gordura corporal, avaliada por bioimpedância elétrica
(BIA). Resultados - 78 pacientes (78%) eram do sexo feminino, com idade média de 45,3±12,0 anos. Foram acompanhados durante um período médio de
9,5 ± 1,2 dias. A média de peso e IMC inicial foram de 126,95 ± 21,91kg e 47,8 ± 6,0kg/m², respectivamente, e final de 122,77 ± 21,23kg e 46,36 ± 5,98 kg/
m². A perda ponderal (PP) média foi de 4,56±1,7 kg (4%) e houve redução média de 1,45 ± 1,0kg/m² no IMC. A média inicial e final de gordura corporal
(GC) foi de 65,5 ± 15,1kg (51,3 ± 6,2%) e 60,8± 15,4 kg (49,0 ± 7,4%), com uma redução média de 4,8kg (2,4%). Conclusão - A dieta de muito baixo
valor calórico, instituída por período curto em preparo pré-operatório de cirurgia bariátrica, embora não proporcione redução ponderal significativa,
determina redução principalmente da massa gordurosa.
*HC-FMUSP, São Paulo.
TL.C.OBE.O.329
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL APÓS A ADMINISTRAÇÃO DE ÓLEO DE PALMA E
GLUTAMINA EM DIABÉTICOS TIPO 2
Eduardo Crema*, Juliana Máximo Coutinho*, Juverson Alves Terra Junior*, Raissa PORTA*, Luciana Garcia Pereira CASTRO*,
Critsthiene Inácio Fernandes*, Alex Augusto da Silva*
Resumo - Introdução - A glutamina eo óleo de palma são estímulos eficazes à produção de GLP-1. Objetivos - Avaliar o efeito da administração do
óleo de palma e glutamina através da composição corporal em DM2 submetidos à interposição ileal. Metodologia - 17 pacientes submetidos à interposição ileal com exclusão duodenojejunal há pelo menos 2 anos, com idade média de 51,6 anos (31-60), com diagnóstico de DM2, avaliados nutricionalmente antes e após a administração por via oral de 9,1g/dia de óleo de palma e 10g de glutamina. Resultados - A Circunferência Abdominal (CA) foi
de 102,21 e 100,52 pré e pós estímulo, respectivamente queda de 1,66%. Houve um aumento de peso de 0,7% após a ingesta (72,65kg) em relação a pré
ingesta (72,2kg). O IMC médio foi de 27,23 e 27,41 antes e após a ingesta, respectivamente, o aumento de 0,7%. A massa corporal magra em kg antes
e depois da administração respectivamente foi de 49,64kg e 51,11kg, aumento de 2,88%. A média % corpóreo de massa magra antes e após, respectivamente, foi de 67,86% e 70,03%, portanto um aumento de 2,17%. A média de massa gorda em kg antes e após a ingesta, respectivamente, foi de 23,32kg
e 22,45kg, diminuição de 3,73%. A média % de massa gorda antes e após a ingesta, respectivamente, foi de 32,48% e 30,85%, queda de 1,63%. Conclusão - A administração de óleo de palma e glutamina por 60 dias foi útil no aumento da massa magra e redução da massa gorda dos DM2 submetidos à
interposição ileal sem ressecção gástrica.
*UFTM, Minas Gerais.
TL.C.OBE.O.330
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL EM OBESOS MÓRBIDOS: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE
BIA E IAC
Marco Aurelio Santo*, Aline Biaseto BERNHARD*, Veruska SCABIN*, Marcela Serafim*, Denis PAJECKI*, Daniel RICCIOPPO*,
Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Existem controvérsias quanto à metodologia utilizada para medir a composição corporal. Existem dois métodos validados para
essa população na literatura, a bioimpedância elétrica (BIA) e o índice de adiposidade corporal (IAC). O presente estudo teve por objetivo comparar as
duas metodologias em obesos mórbidos. Casuística e Métodos - Foram avaliados 167 indivíduos obesos, 82,59% do sexo feminino, idade média de 44 anos
e IMC médio de 49,48kg/m2. Dados registrados: peso, altura, e circunferência do quadril. A gordura corporal foi determinada pela BIA e pelo IAC. Resultados - Os pacientes tiveram uma média de 53,35% (±5,37) de gordura corporal segundo a BIA e 50,51% (±13,59) segundo o IAC. A diferença entre os dois
métodos não foi significativa. A porcentagem de gordura corporal determinada pelo IAC foi 2,84% menor que a encontrada na BIA. Essa diferença variou
quando o IMC foi dividido em três faixas: abaixo de 45kg/m2 foi de 3,1%, entre 45,1 a 49,99kg/m2 a diferença foi de 3,78%, e acima de 50kg/m2 a diferença
foi de 1,86%. Do mesmo modo, não houve diferença significativa entre os métodos. Conclusão - O IAC é um bom método para avaliar a gordura corporal
em obesos mórbidos pela simplicidade de cálculo, baixo custo e resultados similares aos obtidos pela BIA, especialmente em superobesos (IMC>50kg/m2).
*HC-FMUSP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.OBE.O.331
AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE PACIENTES OBESOS IDOSOS CANDIDATOS À CIRURGIA BARIÁTRICA
Marco Aurélio Santo*, Ana Lumi LAMAJI*, Denis PAJECKI*, Daniel RICCIOPPO*, Flavio Masato KAWAMOTO*,
Roberto de Cleva*, Wilson Jacob*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Obesidade em idosos está associada com exacerbação do declínio funcional. O objetivo do estudo é descrever o perfil de
pacientes obesos graves idosos para cirurgia bariátrica Casuística e métodos - Pacientes com idade superior a 60 anos e IMC > 35Kg/m² foram submetidos à avaliação clínica geriátrica, com análise de co-morbidades, uso de medicamentos, presença de dor, atividades diárias de vida (ADL), atividades
instrumentais diárias de vida (IADL) e teste “Timed Up and Go”(TUG), cujo tempo limite foi considerado até 10 segundos. Resultados - Avaliados 60
pacientes, com média de idade de 64,1 anos (60 a 72), sendo 75% mulheres. A média do peso foi de 121,1 Kg (72,7 a 204) e do IMC de 47,2 Kg/m² (35 a
68,9). Cerca de 80% dos pacientes tinham IMC > de 40 Kg/m² e quase a metade (47,5%) relatavam alguma dificuldade na IADL. 31 pacientes queixavam-se de dor diária. o TUG esteve comprometido (> de 10 segundos) em metade dos pacientes e 10 pacientes (25%) necessitavam de algum auxílio mecânico
para caminhar. Houve correlação entre IMC e comprometimento das atividades diária (IMC > de 47 kg/m²). Também identificou-se associação entre
comprometimento da IADL e TUG (p<0,05), bem como da IADL e queixa de dor diária (p<0,05). Conclusão - A prevalência de limitação funcional em
pacientes obesos graves idosos é alta, assim como a queixa de dor diária. O comprometimento funcional deve ser considerado como co-morbidade na
análise da indicação para cirurgia bariátrica.
*HC-FMUSP, São Paulo.
TL.C.OBE.O.332
CIRURGIA REVISIONAL PARA O TRATAMENTO DE REGANHO DE PESO APÓS DERIVAÇÃO GÁSTRICA
EM Y DE ROUX (DGYR)
Álvaro Antônio Bandeira Ferraz*, Luciana Teixeira de Siqueira*, Elióbas NUNES Filho*, José Guido Corrêa de ARAÚJO JÚNIOR*,
Josemberg Marins Campos*, Edmundo Machado Ferraz*, Clarissa Guedes NORONHA*, Thiago Xavier de Barros Correia*
Resumo - Objetivo - Avaliar os resultados de técnicas de cirurgia revisional para reganho de peso após Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR).
Material e Métodos - Análise retrospectiva de 29 pacientes que apresentaram reganho do peso após cinco anos do by-pass gástrico, submetidos a quatro
diferentes tipos de cirurgia revisional. 9 pacientes se submeteram a um aumento no comprimento da alça alimentar para 200 cm; 13 pacientes foram
submetidos ao aumento do comprimento da alça alimentar associado a colocação de anel gástrico de silicone, 2 pacientes foram submetidos ao aumento
do comprimento da alça alimentar e plicatura gástrica e 5 pacientes à plicatura gástrica associada à colocação de um anel gástrico de silicone. Resultados
- A maioria dos pacientes era do sexo feminino e a idade média foi de 42 anos. O peso médio pré-operatório antes da cirurgia revisional foi 117,8 kg. A
média de acompanhamento pós-operatório da cirurgia revisional foi de 13,7 meses. Perda de peso após a cirurgia de revisão foi observada em todos os
grupos, mas foi maior em pacientes com maior tempo de seguimento. Pacientes que se submeteram a colocação de um anel de silicone apresentaram
maior perda de peso do que aqueles que o tinham desde a derivação gástrica em Y de Roux. Conclusão - A cirurgia revisional pode ser uma ferramenta
útil para alcançar a perda de peso em pacientes que apresentam reganho de peso após bypass gástrico.
*HC-UFPE, Pernambuco.
TL.C.OBE.O.333
CORRELAÇÃO ENTRE CAPACIDADE DE CAMINHAR E A COMPOSIÇÃO CORPORAL EM OBESOS
MÓRBIDOS
Marco Aurélio Santo*, Gabriela Correia de Faria SANTARÉM*, Alexandre Vieira Gadducci*, Paulo Roberto Silva*, Júlia Greve*,
Aline Biaseto BERNHARD*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - A obesidade está associada a uma redução na mobilidade do indivíduo. Estudos clínicos vêm demonstrando uma relação negativa entre o índice de massa corporal (IMC) e a distância no TC6’ (DTC6). O objetivo do presente estudo foi correlacionar a capacidade de caminhar
através do TC6’ em pacientes obesos mórbidos (OM) com a composição corpórea (massa magra corporal = MMP, massa de gordura corporal = MGP,
massa magra de membros inferiores = MMP_MI e massa de gordura de membros inferiores = MGP_MI, em valores percentuais) no pré - operatório
de cirurgia bariátrica. Casuística e Metodologia - Foram avaliados 89 indivíduos com indicação de cirurgia bariátrica, sendo 78,65% do sexo feminino,
com idade média de 40,87 ± 9,6 anos e IMC médio de 47,12 ± 5,50 kg/m2. A capacidade funcional foi avaliada pelo TC6’ e a composição corporal pela
bioimpedância (Inbody®), onde as variáveis da composição corporal foram corrigidas pelo peso corporal (%). Resultados - A média da DTC6 (m) foi
de 517,47 ± 50,56. O sexo masculino apresentou uma DTC6 maior (p < 0,01) que o feminino (548,62 ± 45,77 m e 509,02 ± 48,73 m, respectivamente). O
grupo superobeso (SO) apresentou DTC6 menor (p < 0,01) que o grupo obeso (O) (IMC: 40 a 49,9 kg/m2) (SO: 495,47 ± 58,89 m e O: 527,06 ± 43,62 m).
Conclusão - Observou-se uma DTC6 menor em superobesos que em obesos. A MGP e a MGP_MI determinam menor desempenho funcional enquanto
que MMP e MMP_MI estão diretamente relacionadas a maior capacidade funcional em OM.
*HC-FMUSP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
143
Cirurgia • Orais
TL.C.OBE.O.334
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NA OBESIDADE MÓRBIDA
Marco Aurélio Santo*, Sérvio Lúcio Dainese NEGRINI*, Caroline Nicolau NARDI*, Victor Arrais Araújo*, Guilherme Garcia
Barros*, Douglas Rodrigues da COSTA*, Denis PAJECKI*, Roberto de Cleva*
Resumo - Introdução - A hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem associação com a obesidade. O objetivo do estudo foi avaliar se o diagnóstico
e tratamento da HAS em pacientes com obesidade mórbida (OM) são realizados de acordo com as diretrizes propostas pela Sociedade Brasileira de
Cardiologia. Casuística e Metodologia - 134 pacientes obesos mórbidos e com HAS. A avaliação foi feita através de anamnese com questionário de 34
perguntas. Resultados - Foram analisados 134 questionários respondidos. 82,1% sexo feminino, com idade média de 47,0. O IMC variou de 35 a 76 kg/
m2. Em relação ao preparo do paciente para mensuração da pressão arterial (PA), 59 (44%) não receberam orientação adequada, 24 (17,9%) não mantiveram repouso prévio, 41 (30,6%) não foram orientados a não conversar, 78 (58,2%) não foram questionados quanto a prática de atividade física antes
da medida, 85 (63,4%) não foram questionados quanto a ingestão prévia de café, álcool ou alimentos, 77 (57,5%) não foram questionados quanto a não
ter fumado previamente à aferição da PA. Em relação à medida da PA, 20 pacientes (14,9%) não assumiram posicionamento adequado; em 104 (77,6%)
não foi realizada a medida da circunferência do braço para escolha do manguito adequado; em 112 (83,6%) não foi realizada mais de uma medida em
ambos os braços e na posição ortostática e supina. Conclusão - O diagnóstico e tratamento medicamentoso de HAS não estão seguindo as normas contempladas nas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão.
*HC-FMUSP, São Paulo.
TL.C.OBE.O.335
EFEITO DA ADMINISTRAÇÃO ORAL DO ÓLEO DE PALMA E GLUTAMINA SOBRE O GLP1 E GLICEMIA
EM PACIENTES DIABÉTICOS TIPO 2 SUBMETIDOS A INTERPOSIÇÃO ILEAL DUODENOJEJUNAL SEM
RESSECÇÃO GÁSTRICA
Eduardo Crema*, Juliana Máximo Coutinho*, Tharsus Dias TAKEUTI*, Guilherme Azevedo Terra*, Luci Mara da Silva*
Resumo - Introdução - A cirurgia bariátrica induz perda de peso e melhora da glicemia em DM tipo 2. O óleo de palma está associado a aumento da secreção do GLP-1 e aumento do aporte celular de glicose. Objetivo - Avaliar o efeito da administração do óleo de palma e da glutamina sobre os níveis séricos de
GLP1, PYY e da glicemia em DM tipo 2. Metodologia - Avaliou-se prospectivamente 20 pacientes DM 2 há mais de 3 anos, e insulinoterapia, submetidos à
cirurgia com interposição do segmento ileal de 100 cm, sem ressecção gástrica, idade 18 a 60 anos, e IMC 26 a 34. Os estímulos usados foram administração
oral 9,1g/dia de óleo de palma e 30 g/dia de glutamina. Resultados - Observou-se redução da glicemia 1h (170,79), e 2h (161,91), após a glutamina. Os valores basais do GLP-1 foram detectáveis mesmo antes do estímulo, sendo muito superiores aos valores normais. Observou-se também a elevação dos níveis
de GLP-1 após 1h do estímulo com óleo de palma (17,79), quando comparado com os basais (13,96). Notou-se também a elevação expressiva dos valores
médios de GLP-1 após uma hora do estímulo com glutamina (151,92), quando comparados com os basais (28,52). Valores estes que permaneceram elevados até 2h após o estímulo (31,43). O mesmo foi observado com a elevação do PYY após 1h (404,22) e 2h (412,55) do estímulo quando comparado com os
basais (346,33). Conclusão - Os estímulos (óleo de palma e glutamina) foram úteis na redução da glicemia e elevação dos níveis dos hormônios GLP-1 e PYY.
*UFTM, Minas Gerais.
TL.C.OBE.O.336
ESTEATO HEPATITE NÃO-ALCÓOLICA EM PACIENTES PRÉ E PÓS-CIRURGIA BARIÁTRICA
ATENDIDOS NOS HOSPITAIS DE REFERÊNCIA DE PALMAS - TO
Danilo Lopes Castro*, Bethânia Luciana dos Santos*, Lais de Souza Meireles*, Flávio Mendes de FREITAS*,
Diogo Veiga GARBELINI*, Fernanda Germano Melo*, Karla patrícia CARVALHO NOLETO*, Jorge Luiz de Mattos ZEVE*
Resumo - Introdução - A esteato-hepatite não alcoólica (EHNA) é a terceira causa de doença hepática crônica mais frequente nos EUA, superada pela
hepatite C e a doença hepática alcoólica. Objetivos - Investigar as variáveis biológicas, laboratoriais, imaginológicas, hábitos de vida e abordagem terapêutica
empregada nos pacientes portadores de EHNA pré e pós cirurgia bariátrica (CB) no Município de Palmas-TO. Casuística - Pacientes submetidos à CB, com
evidência clínica, laboratorial e imaginológicas de EHNA; excluindo-se aqueles com consumo semanal de álcool maior que 140g (homens) e 70g (mulheres),
infecções e outras doenças hepáticas. Metodologia - Corresponde a um estudo quantitativo, descritivo, longitudinal e prospectivo, no período de 2013 a 2014,
por meio da aplicação de um protocolo e análise histopatológica de tecido hepático. As variáveis serão analisadas através de programas digitais de estatística,
aceitando-se grau de significância p<0,5. Resultados - Estão sendo analisados 14 pacientes, dos quais 92,9% são do sexo feminino, 78,6% possuem entre 21
a 40 anos e 42,9% nunca tiveram hábito etilista. Dos casos, 78,6% não apresentam diabetes mellitus tipo II, hipertensão arterial sistêmica e não realizam atividades físicas. O IMC de 92,9% dos casos são maiores que 40 e 71,4% não apresentam dislipidemia. 50% dos pacientes apresentam esteatose de moderada
a grave. Conclusão - Ainda não concluído, resultados parciais mostram grave incidência de esteatose com padrões voltados para EHNA.
*Universidade Federal do Tocantins, Tocantins.
144
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.OBE.O.337
MARCADORES NÃO INVASIVOS PARA PREDIÇÃO DE FIBROSE AVANÇADA/CIRROSE HEPÁTICA NA
OBESIDADE MÓRBIDA
Marco Aurélio Santo*, Lívio Fiolo DUARTE*, Milton CRENITE*, Claudia Marques de Oliveira*, Flavio Masato KAWAMOTO*,
Denis PAJECKI*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - A obesidade mórbida (OM) está associada coma doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA). O objetivo deste estudo
foi determinar se os testes não invasivos poderiam predizer doença hepática avançada em pacientes com obesidade mórbida. Casuística e Métodos - Foram
estudados retrospectivamente 652 pacientes obesos. Foram calculados os seguintes índices preditores de cirrose: APRI, AAR, índice AP, CDS e HALT-C.
Os resultados obtidos com os índices foram comparados com os resultados de 96 biópsias hepáticas realizadas por indicação clínico-cirúrgica durante o
ato operatório. As biópsias foram classificadas segundo Brunt. Resultados - Tabela 1 - Estádio das biópsias hepáticas Estadio Indivíduos 0 54 (56,25%) 1 27
(28,12%) 2 6 (6,25%) 3 2 (2,08%) 4 4 (4,166%) Nesta análise estatística compararam-se os dados dos diversos marcadores (APRI, AAR, índice AP, CDS e
HALT-C) associados aos 5 níveis de estadiamento (pela biópsia hepática). Observaram-se características comuns nos estadiamentos 0,1 e 2 (doença em estágio inicial/moderado) e nos estadiamentos 3 e 4 (doença avançada). Conclusão - Concluímos que APRI é o melhor índice clínico-laboratorial para predizer
presença de doença hepática avançada em pacientes com obesidade mórbida. Valores de APRI abaixo de 0,51 afastam fibrose avançada ou cirrose (estádios
3 e 4 de Brunt) com sensibilidade de 100% e especificidade de 98% (com valor preditivo positivo de 75% e valor preditivo negativo de 100%).
*HC-FMUSP, São Paulo.
ANÁLISE CLÍNICO-PATOLÓGICA DO TRATAMENTO CIRÚRGICO DOS TUMORES NEUROENDÓCRINOS
DO PÂNCREAS: RESULTADOS PRELIMINARES
Thiago Costa Ribeiro*, Ricardo JUREIDINI*, Telesforo Bacchella*, Ana Gabriela Vivarelli Fernandes*, Jéssica OKUBO*,
Guilherme Naccache Namur*, Ivan CECONNELLO*, Estela Regina Ramos Figueira*
Resumo - Introdução - Tumores neuroendócrinos de pâncreas (TNP) são tumores raros de apresentação heterogênea. O tratamento das lesões de
potencial maligno incerto e a associação do tamanho do tumor com sobrevida ainda são controversos. O objetivo do estudo é avaliar os resultados do
tratamento cirúrgico. Métodos - Estudo retrospectivo, sendo incluídos pacientes com TNP que foram submetidos à ressecção do tumor entre 1990 a
2012. Parâmetros avaliados: idade, sexo, diagnóstico, cirurgia, tamanho do tumor e tempo de seguimento. Resultados - Foram incluídos 75 pacientes,
57% mulheres, com idade de 45,91 ± 23,22 anos. Foi diagnosticado tumor funcionante em 75% dos casos, sendo 56% insulinomas. As cirurgias foram
pancreatectomia corpo-caudal em 29% dos casos, enucleação em 25%, e DPT ou GDP em 27%. O tempo de seguimento foi de 13,17 ± 7,95 anos. O
tamanho dos tumores foi de 2,0 (0,4 a 16) cm, sendo que os não funcionantes apresentaram diâmetros maiores quando comparados aos insulinomas, 2,0
(0,6 a 3,4) cm e 3,75 (0,5 a 16) cm, respectivamente (p=0,0031). Conclusão - O insulinoma apresentou maior incidência de 56% dos casos, correspondendo
a 75% dos tumores funcionantes. Os tumores não funcionantes apresentam maiores diâmetros na época do tratamento, justificado pelo seu crescimento
mais silencioso e desenvolvimento de sintomas relacionados a compressão de outras estruturas pelo tumor mais tardiamente.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.PAN.O.339
ANÁLISE DE COMPLICAÇÕES EM 61 PACIENTES SUBMETIDOS A DUODENOPANCREATECTOMIAS
(DP) – MAIORES OU MENORES? MANEJO CLÍNICO OU CIRÚRGICO?
Rodolfo Santana*, Flávio SILANO*, Eric ETTINGER*, Ricardo Amaral*, Fernanda Lopes*, Carolina ADAN*, Lorena Carneiro*,
Paulo Amaral*
Resumo - Introdução - Ainda não existe consenso em como definir grau de complicações em cirurgia, porém, a avaliação dos resultados está ganhando
cada vez mais atenção. Objetivo - Estratificar as complicações cirúrgicas das duodenopancreatectomias realizadas pelo serviço de Cirurgia do Aparelho
Digestivo do Hospital São Rafael, Bahia, em maiores ou menores e o seu manejo (clinico ou cirúrgico). Pacientes e Métodos - Os dados foram coletados
por meio de fichas padronizadas preenchidas prospectivamente de 2005-2013. Foi utilizado a escala de complicações cirúrgicas em graus de Clavien-Dindo. 61 pacientes foram submetidos a DP, 27 (44,26%) do sexo masculino e 34(55,74%) do sexo feminino, com média de idade de 52 anos. As complicações foram divididas em relacionadas ou não ao sítio cirúrgico. Resultados - 30 pacientes (49,1%) apresentaram complicações relacionadas ao sítio
cirúrgico, sendo que 19 (31,1%) pacientes tiveram complicações menores (Clavien I e II), 11(18%) necessitaram reabordagem cirúrgica e destes 4(6,6%)
foram a óbito (Clavien V). 35 pacientes (57,3%) apresentaram complicações não relacionadas ao sítio, dos quais 26(42,6%) apresentaram complicações
menores (Clavien II) e 9(14,75%) dos pacientes apresentaram DMOS (Clavien IV B), destes 2(3,2%) foram a óbito (Clavien V). Conclusão - Apesar da
alta morbidade do procedimento a maioria das complicações foram consideradas menores e foram manejadas clinicamente.
*Hospital São Rafael, Salvador, Bahia.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
145
orais • Pâncreas
TL.C.PAN.O.338
Cirurgia • Orais
TL.C.PAN.O.340
DUODENOPANCREATECTOMIA NA OITAVA DÉCADA DE VIDA
Thiago Costa Ribeiro1, Guilherme Naccache Namur2, Ricardo Jureidini2, Vagner Birk Jeismann1,
Estela Regina Ramos Figueira1, Telesforo Bacchella1, Ulysses Ribeiro Jr.2, Ivan Cecconello1
Resumo - Introdução - Nas última duas décadas, as melhorias nos cuidados perioperatórios levaram ao aumento do número de duodenopancreatectomias em pacientes extremamente idosos. Objetivo - Comparar os resultados imediatos dos pacientes com mais de 75 anos submetidos a duodenopancreatectomia com pacientes de menor idade. Método - Foram avaliados retrospectivamente os dados, expressos como médias, dos pacientes submetidos
a duodenopancreatectomia de 01/2009 a 08/2013 no ICESP. Teste T de Student foi utilizado para análise estatística (p < 0,05). Resultados - Total de 87
pacientes foram avaliados, dos quais 10 procedimentos laparoscópicos foram excluídos da análise. Quinze pacientes tinham mais de 75 anos e 62 menos
de 75. Os grupos eram equivalentes ao sexo, IMC e risco anestésico. Os pacientes mais idosos receberam mais transfusões sanguíneas, permaneceram em
média 1,3 dia a mais na UTI e precisaram mais frequentemente de reinternação (35% x 14%), no entanto as taxas de morbi-mortalidade foram iguais
entre os grupos, bem como tempo de internação e radicalidade das ressecções. Conclusão - Duodenopancreatectomia é um procedimento seguro quando
realizado em pacientes extremamente idosos bem selecionados.
HCFMUSP, 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
1
TL.C.PAN.O.341
DUODENOPANCREATECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA. EXPERIÊNCIA EM DEZ CASOS
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo JUREIDINI2, Guilherme Naccache NAMUR2, Vagner Birk Jeismann1, Ulysses Ribeiro Jr.2,
Wilson Modesto POLLARA2, Telesforo Bacchella1, Ivan Cecconello1
Resumo - Introdução - A duodenopancreatectomia laparoscópica (DPVL) apresenta alta complexidade técnica e longa curva de aprendizado. Aplicou-se
critérios restritos para indicação do método. Objetivo - Analisar os resultados de 10 casos operados por acesso totalmente laparoscópico. Método - Foram
avaliados os dados pré-operatórios, intraoperatórios e o desfecho imediato de 10 pacientes. Após duas complicações graves, passamos a utilizar critérios
restritos: atrofia pancreática distal, IMC< 30, dilatação biliar e ausência de invasão vascular ou sinais de colangite. Resultados - Não houve conversões.
O IMC médio foi de 23,3 KG/m, oito pacientes eram femininas e a média de idade foi 50 anos. Seis pacientes foram operados por adenocarcinoma de
papila, dois por adenocarcinoma de pâncreas e 2 por tumor de Frantz O tempo cirúrgico médio foi de 515 minutos com perda sanguínea estimada em 100
ml. A média de internação foi de 8 dias com necessidade de reinternação em 3 casos. O único óbito da série foi o primeiro paciente por infarto agudo do
miocárdio no segundo PO. Outras complicações da série: aneurisma de A esplênica (1), fístula pancreática Tipo B (2), fístula biliar (1) e tromboembolismo
pulmonar (1). Até o presente momento não há recidivas. Conclusão - A aplicação de critérios seletivos restritos pode contribuir para a diminuição da
morbidade do procedimento na curva de aprendizado técnico. A DPVL deve ser realizada em centros especializados.
FMUSP, 2Instituto do câncer do Estado de São Paulo.
1
TL.C.PAN.O.342
PANCREATECTOMIA DISTAL VIDEOLAPAROSCÓPICA
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo Jureidini2, Guilherme Naccache Namur2, Vagner Birk Jeismann1,
Ulysses Ribeiro Jr.2, Wilson Modesto POLLARA1, Telesforo Bacchella1, Ivan Cecconello1
Resumo - Introdução - O acesso laparoscópico é considerado padrão para as ressecções pancreáticas distais. Apresenta melhores resultados quanto a
evolução pós operatória e índices de morbidade semelhantes ao acesso convencional. Padronizou-se a dissecção da direita para a esquerda para melhor
dissecção dos vasos esplênicos e linfadenectomia quando indicada. Objetivo - Analisar 77 casos operados conforme abordagem padronizada de dissecção
por acesso laparoscópico. Método - Avaliou-se 77 pacientes submetidos a pancreatectomia distal por videolaparoscopia no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Resultados - Todos os casos foram submetidos a dissecção do parênquima pancreático proximal à lesão e individualização dos vasos
esplênicos, independente da realização ou não da esplenectomia, com posterior transecção do parênquima pancreático e dissecção distal da cauda. Houve duas conversões e nenhum óbito na serie. A indicação cirúrgica foi diversa: 35% lesões mucinosas, 15% serosas, 28% por tumores neuroendócrinos e
22% por outras indicações. A esplenectomia foi realizada 53% dos casos. O tempo médio de cirurgia foi de 135 minutos, perda sanguínea estimada em
50 ml e média de oito dias de internação. Conclusão - A pancreatectomia distal videolaparoscópica é um procedimento seguro podendo ser considerado
a via de acesso preferencial em casos selecionados com bons resultados oncológicos e boa evolução pós-operatória.
HCFMUSP, 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
1
146
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais
TL.C.PAN.O.343
PANCREATECTOMIA LAPAROSCÓPICA COM PORTAL ÚNICO. ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA PIONEIRA
NO BRASIL
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*
Resumo - Objetivo - Apresentar experiência inicial com pancreatectomia laparoscópica com portal único. Segundo nosso conhecimento, trata-se
do primeiro relato do uso desta técnica em cirurgia do pâncreas laparoscópica no Brasil e na América Latina. Métodos - Portal único com cobertura
de gel é introduzido por meio de incisão de 3 cm periumbilical. Procedimento inicia-se com exploração da cavidade com laparoscópio e exame ultra-sonográfico do pâncreas. Acesso à retro-cavidade é obtido e o corpo e cauda do pâncreas são totalmente explorados. A porção pancreática contendo o
tumor é ressecada e a peça é retirada pelo portal único. A cavidade é revista e é deixado dreno. Resultados - Nós realizamos esta técnica em 7 pacientes,
sendo 5 mulheres e dois homens. Em cinco casos o baço e os vasos esplênicos foram preservados. Cinco casos de tumor neuro-endócrino, um IPMN e
um cistadenoma mucinoso. O tempo cirúrgico variou de 90 a 180 minutos. Sangramento foi mínimo em todos os casos e todos pacientes receberam alta
entre o segundo e quarto dia pós-operatório. Dois pacientes desenvolveram fístula pancreática grau A, autolimitada, e foram tratados com drenagem
prolongada. Conclusão - Pancreatectomia distal laparoscópica com portal único é procedimento seguro desde que realizado em centros especializados e
por equipes com experiência em cirurgia pancreática e laparoscopia avançada.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.PAN.O.344
PANCREATECTOMIA LAPAROSCÓPICA. DA ENUCLEAÇÃO À DUODENOPANCREATECTOMIA. 11 ANOS
DE EXPERIÊNCIA
Marcel Autran Cesar Machado1, Fabio Ferrari Makdissi1, Rodrigo Canada Surjan1, Jose Celso ARDENGH1,
Suzan Menasce GOLDMAN2
Resumo - Objetivos - Nossa experiência com ressecção pancreática laparoscópica começou em 2001. O objetivo deste trabalho é rever nossa experiência pessoal de 11 anos com ressecção pancreática laparoscópica. Métodos - Todos os pacientes submetidos a pancreatectomia laparoscópica de 2001
a 2012 foram analisados. Dados pré-operatórios e variáveis intra-operatórias foram analisados. Resultados - 96 pacientes foram identificados. Média
de idade foi de 55 anos. 60 pacientes eram do sexo masculino. 88 foram realizadas por laparoscopia (91,6%),4 necessitaram de auxílio da mão (4,2%) e
uma robótica. Três pacientes foram convertidos. Quatro pacientes necessitaram de transfusão de sangue. A mortalidade foi nula, mas a morbidade foi
alta, principalmente devido a fístula pancreática (28,1%). 61 pacientes foram submetidos a pancreatectomia distal, 18 foram submetidos à enucleação
de pâncreas, 7 duodenopancreatectomias com preservação de piloro, 5 ressecção do processo uncinado, três centrais e duas pancreatectomias totais.
Conclusão - Pancreatectomia laparoscópica é uma realidade. Técnicas que poupam tecido pancreático como enucleação, ressecção do processo uncinado
e pancreatectomia central, devem ser usadas para evitar insuficiência endócrina e/ou exócrina, que poderiam ser prejudiciais para a qualidade de vida
do paciente. Duodenopancreatectomia laparoscópica é uma operação segura, mas deve ser realizada em centros especializados e por cirurgiões laparoscópicos adequadamente treinados.
1
FMUSP, 2 UNIFESP, São Paulo.
TL.C.PAN.O.345
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO INSULINOMA PANCREÁTICO
Thiago Costa Ribeiro1, Ricardo Jureidini2, Vagner Birk Jeismann1, Guilherme Naccache Namur2,
Estela Regina Ramos Figueira1, Telesforo Bacchella1, Wilson Modesto POLLARA1, Ivan Cecconello1
Resumo - Introdução - O insulinoma é a neoplasia neuroendocrina pancreática mais comum. O diagnóstico costuma ser clínico-laboratorial, complementado por exames de imagem para definição do tratamento, que é cirúrgico. Método. Revisão da casuística do Instituto do Câncer do Estado de São
Paulo de insulinoma pancreático entre 2010 e 2013. Resultados - Foram operados 16 casos no período. A maioria dos pacientes era do sexo feminino
(81,2%), a média de idade foi 47 anos e 13 pacientes apresentavam nódulo único. As cirurgias realizadas foram: enucleação (43%), pancreatectomia
distal c/ preservação esplênica(18%), pancreatectomia distal com esplenectomia (12%), pancreatectomia central (6%), duodenopancreatectomia (12%)
e pancreatectomia total (6%). O acesso laparoscópico foi utilizado em 6 pacientes. O tempo médio de internação foi de 8,6 dias e 13 pacientes apresentaram fistula pancreática tipo A ou B conforme o ISGPF. Um paciente apresentou fistula C tratada por drenagem percutânea e outro foi submetido a
esplenectomia por infarto esplênico. Observou-se um óbito por sepse relacionada a cateter. Um caso apresentou recidiva dos sintomas devido a lesão
sincrônica inicialmente despercebida necessitando nova enucleação. Conclusão - O tratamento do insulinoma pancreático é cirúrgico e a conduta deve
ser individualizada, favorecendo procedimentos que poupam parênquima. A via videolaparoscópica é segura, principalmente nas ressecção segmentares.
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HCFMUSP, 2 Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
147
Cirurgia • Orais • ESPECIAIS
orais • ESPECIAIS
TLE.C.ESO.O.346
CARDIOMIOTOMIA COMO TRATAMENTO DO MEGAESÔFAGO AVANÇADO/LIMÍTROFE: ANÁLISE DE
RESULTADOS
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Edno Tales Bianchi*, Julio Rafael Mariano da Rocha*, Sergio Szachnowicz*,
Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Ary Nasi*, Thais Pereira*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Até pouco tempo atrás a esofagectomia era tratamento padrão para acalasia em formas avançadas, no entanto, com a popularização da cardiomiotomia por laparoscopia e por este procedimento ser menos mórbido que a esofagectomia, atualmente é crescente a indicação dessa
cirurgia em alguns casos avançados. Objetivo - Apresentar o resultado da cardiomiotomia em pacientes com acalasia em formas avançada e limítrofe
Métodos No período entre 2000 a 2012, 653 pacientes foram submetidos a cardiomiotomia em nossa instituição, destes foram identificados 47 com apresentação avançado/ limítrofe, tal apresentação foi considerada quando o esôfago apresentava mais do que 10 cm de dilatação ou até 7 cm e atonia, porém
todos tinham o eixo do esôfago preservado. Resultados - A média de idade foi de 61 anos, 25 (56%) eram homens e apenas 11 (23%) tinham sorologia
negativa para chagas. A via de acesso foi laparoscópica em 40 (85%) dos pacientes. A mortalidade perioperatória foi de 1 caso devido a pneumonia por
aspiração, e morbidade nula. No seguimento em longo prazo, 5 (10,6%) necessitaram de dilatação pneumática após a cirurgia por recidiva dos sintomas.
Nenhum caso necessitou de esofagectomia. Conclusão - A cardiomiotomia laparoscópica mostrou ser um procedimento efetivo e seguro mesmo em
pacientes que apresentam formas mais avançadas da doença.
*HCFMUSP, São Paulo.
TLE.C.ESO.O.347
REOPERAÇÃO NA ACALÁSIA RECIDIVADA: EXPERIÊNCIA DE SERVIÇO DE REFERÊNCIA
Sergio Szachnowicz*, Edno Tales Bianchi*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Francisco Carlos Bernal da Costa Seguro*, Angela Cristina Gomes Marinho Falcão*, Ary NASI*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - O tratamento da acalasia admite diversas opções terapêuticas tanto endoscópicas como o cirúrgico que atualmente ainda
permanece como padrão ouro. No entanto, a recidiva dos sintomas ocorre em torno de 10 % em cinco anos, até quase 30% m 30 anos. Objetivo - Avaliar
os resultados da reoperação nos doentes com recidiva de sintomas após tratamento cirúrgico da acalasia. Métodos - No período de 2000 a 2013, foram
avaliados 33 pacientes submetidos à tratamento cirúrgico conservador da acalasia, após recidiva dos sintomas de tratamento cirúrgico prévio (10 operados em nosso serviço e 23 operados anteriormente em outros serviços). Resultados - A classificação radiológica foi: 18% - II, 73% - III e 9% - IV. Todos
os pacientes tinham sido submetidos a dilatação prévia. A via laparoscópica foi realizada em 48,4% e a mortalidade nula. Os achados operatórios foram:
miotomia incompleta em 33,3%, fibrose da miotomia/progressão da doença em 54,6% e problemas técnicos (hiato ou fundoplicatura) em 12,1%. Sete
pacientes(21,2%) necessitaram dilatação, cinco (15,15%) ainda com algum grau de disfagia. Todos tiveram ganho mantido de peso, sem necessidade de
reintervenção. Conclusões - A remiotomia na acalásia é factível, segura e com resultados satisfatórios mesmo por laparoscopia, em pacientes que não
respondem a dilatação endoscópica.
*HCFMUSP, São Paulo.
TLE.C.EST.O.348
METÁSTASES LINFÁTICAS NO CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE. VALE A PENA A APLICAR AS REGRAS
DO ORIENTE PARA O OCIDENTE?
Leonardo Medeiros MILHOMEM*, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso*, Alan KAGAN*, Jales Benevides SANTANA FILHO*,
Eliane Duarte Mota*, Ailton Cabral FRAGA JÚNIOR*, Orlando Milhomem da Mota*
Resumo - Objetivos - Dados referentes a frequência e fatores preditivos em câncer gástrico precoce(CGP) são escassos na literatura ocidental. As
indicações de tratamentos menos invasivos são baseadas em estudos orientais e questionadas no ocidente. Analisamos fatores preditivos relacionados
à metástase linfática em CGP e a perspectiva de impacto da aplicação dos critérios da JGCA em pacientes tratados em um hospital terciário. Métodos - 130 pacientes com CGP, tratados entre janeiro de 1998 e dezembro de 2011 foram incluídos na análise. Achados clínicos, cirúrgicos e patológicos
foram avaliados. Resultados - Metástases linfáticas foram observadas em 7,27% dos pacientes com tumores restritos a mucosa e 21,62% dos tumores da
submucosa. Tumores indiferenciados(p=0,02), tipo difuso de Lauren(p=0,035), a invasão da submucosa(p=0,022) e presença de invasão tumoral além
da SM2 (p=0,011), a presença de invasão linfática(p=0,036) e invasão vascular (p=0,036) foram significativamente relacionadas à metástase linfática
em análise multivariada. 40 pacientes (30,7%) apresentavam critérios de indicação de ESD, com perspectiva de redução de morbi- mortalidade. Conclusões - Diferenciação histológica, tipo histológico de Laurén, infiltração da submucosa, especialmente além de SM2, invasão linfática e vascular são
fatores de risco independente relacionados a metástase linfática em CGP. Tratamentos menos invasivos, respeitando os critérios da JGCA podem ser
uma alternativa em pacientes selecionados.
*ACCG, Goiás.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Orais • ESPECIAIS
TLE.C.FIG.O.349
ERA MELD PROMOVEU AUMENTO DO NÚMERO TOTAL DE TRANSPLANTES COMBINADOS
FÍGADO E RIM
Lucas Souto NACIF*, Wellington ANDRAUS*, Luciana Bertocco de Paiva HADDAD*, Rafael Soares Pinheiro*, Rodrigo Bronze
MARTINO*, Vinicius Rocha Santos*, Ruy Jorge Cruz*, Luiz Augusto Carneiro D‘Albuquerque*
Resumo - Introdução - O transplante combinado fígado e rim é estabelecido para tratamento do estagio de doença terminal de fígado e rim. Objetivo
- Analisar os resultados do transplantes combinados de fígado e rim, antes e após a adoção do MELD. Método - Dados clínicos de 705 transplantes
realizados de janeiro de 2002 a julho de 2012, em nossa instituição e estado de SP. A sobrevida global pelo método de Kaplan-Meier para os pacientes
que se submeteram ao transplante combinado fígado e rim ou somente o transplante de fígado. Avaliação do número de transplantes combinados antes
e depois da adoção do MELD. Os valores médios e desvios-padrão foram usadas para examinar as variáveis normalmente distribuídas. Resultados Houve uma alta prevalência de pacientes do sexo masculino que se refere a ambas as modalidades de transplante. A idade média dos pacientes também
foi similar em ambos os grupos, com predominância de homens de meia-idade. A razão principal para o transplante foi cirrose hepatite C (25,8%) no
grupo combinado. As taxas de sobrevida média e mediana e sobrevivência ao longo de 10 anos, foram semelhantes entre os grupos (p=0,620). A pontuação pelo MELD aumenta ao longo do período analisado para os pacientes que se submeteram a duas modalidades de transplante (p=0,46). Houve
um aumento no número de duplos após a utilização do escore MELD. Conclusão - A adoção do escore MELD aumentou o número de transplantes
combinados fígado e rim. A taxa de sobrevivência é semelhante ao isolado.
*FMUSP, São Paulo.
TLE.C.FIG.O.350
HEPATECTOMIA LAPAROSCÓPICA COM PORTAL ÚNICO. ANÁLISE DE EXPERIÊNCIA PIONEIRA NO
BRASIL
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*
Resumo - Objetivo - Apresentar experiência inicial com hepatectomia laparoscópica com portal único. Segundo nosso conhecimento, trata-se do
primeiro relato do uso desta técnica em cirurgia do fígado laparoscópica no Brasil e na América Latina. Métodos - Portal único com cobertura de gel é
introduzido por meio de incisão de 3 cm periumbilical. Procedimento inicia-se com exploração da cavidade com laparoscópio e exame ultrassonográfico
do fígado. Acesso intra-hepático ao pedículo Glissoniano dos segmentos 2 e 3 é realizado e o pedículo é seccionado com grampeador vascular. Fígado
é seccionado com bisturi harmônico e veia hepática esquerda é seccionada com grampeador. A peça é retirada pelo portal único. A cavidade é revista
mas não é deixado dreno. Resultados - Nós realizamos esta técnica em 8 pacientes, sendo 7 mulheres e um homem. Seis pacientes apresentavam adenoma
hepático, um cistadenoma hepático e um colangiocarcinoma. O tempo cirúrgico variou de 48 a 120 minutos. Sangramento foi mínimo em todos os casos
e todos pacientes receberam alta no primeiro ou segundo dia pós-operatório. Conclusão - Segmentectomia lateral esquerda laparoscópica com portal
único é procedimento seguro desde que realizado em centros especializados e por equipes com experiência em cirurgia hepática e laparoscopia avançada.
*FMUSP, São Paulo.
TLE.C.MIS.O.351
IRRADIAÇÃO HEPÁTICA AUMENTA TEMPO LIVRE DE DOENÇA EM PACIENTES SUBMETIDOS A
TRATAMENTO ADJUVANTE PARA O CÂNCER GÁSTRICO?
Andre Chen*, Karina MOUTINHO*, Guilherme STELKO*, Carlos Bo-Shur HONG*, Flavio Roberto Takeda*,
Ulysses Ribeiro Junior*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Após o INT-0116, o tratamento adjuvante com quimio e radioterapia se tornou padrão para o câncer gástrico. Com o advento
da radioterapia conformacional 3D (3DCRT) é possível aplicar doses adicionais no fígado. É possível que essa dose possa eliminar micrometastáses
hepática e aumentar o tempo livre de doença. Método - Foram revisado os pacientes tratados com quimio e radioterapia adjuvante segundo o esquema
de Macdonald. As varáveis estudadas foram agrupadas da seguinte maneira comparação: número de linfonodos(N), comparado N0-1 vs. N2; Estadio T,
comparado T1-2 vs. T3-4; linfadenectomia, comparado D0-1 vs. D2; tipo histológico, difuso vs. outros; volume de fígado que recebeu radioterapia como
uma variável continua. Resultados - No período entre 2009 e 2012, 104 pacientes foram tratados. O seguimento médio foi de 18,3 meses. 50% era T3 e 35%
T4. 22% era N2 e 41% N3. O tipo histológico era intestinal em 42%, difuso em 42% e adenocarcinoma NOS em 20%. Linfadenectomia D2 foi realizado
em 63%. A sobrevida livre de doença média foi de 27,3 meses. Na análise multifatorial N [0,02, HR 1,61 (CI 1,07 – 2,42)] e V20 hepático [p=0,009, HR
0,96 (CI 0,93-0,99)] correlacionaram com sobrevida livre de doença. Conclusão - Durante a programação do tratamento adjuvante para câncer gástrico
deve-se escolher campos para radioterapia que tratem maior volume hepático possível.
*ICESP – HCFMUSP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
149
Cirurgia • Orais • ESPECIAIS
TL.C.OBE.O.352
ALTERAÇÕES ENDOSCÓPICAS RELACIONADAS À DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO:
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE OBESOS MÓRBIDOS E SUPER-OBESOS
Marco Aurélio SANTO*, Sylvia Regina QUINTANILHA*, Rafael Nery*, Cesar Augusto MIETTI*, Flavio Masato KAWAMOTO*,
Allan Garms Marson*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - A obesidade está correlacionada com diversas comorbidades, dentre elas a Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE). O
objetivo foi correlacionar o grau de IMC (Índice de Massa Corporal) com a presença e tamanho da hérnia hiatal, e com a presença e gravidade da esofagite. Casuística e Métodos - Análise retrospectiva de laudos endoscópicos pré-operatórios de 717 pacientes submetidos à cirurgia bariátrica. A hérnia do
hiato foi classificada em pequena (até 3 cm), média (3 a 5 cm) e grande (> de 5 cm), e a esofagite conforme a classificação de Los Angeles. Os pacientes
foram divididos em 3 grupos de acordo com o IMC em: Grupo I: IMC < 40 kg/m2; Grupo II: IMC ≥ 40 e < 50 kg/m2 e Grupo III: IMC ≥ 50. Resultados - Cento e trinta e quatro pacientes (18,7%) apresentavam esofagite erosiva. Dentre estes, segundo a classificação de Los Angeles, 104 (14,5%) eram
do tipo grau A, 25 (3,5%) do Grau B e 5 (0,7%) do Grau C. Considerando-se apenas os portadores de esofagite erosiva, 77,6% apresentavam esofagite
Grau A, 18,7% Grau B e 3,7% Grau C. Pacientes superobesos apresentam prevalência maior de esofagite do que obesos com IMC < 40 (obesidade GII)
(p=0,03). A hérnia de hiato esteve presente em 56 pacientes (8% da amostra), sendo que, destas, 44 eram pequenas, 9 eram médias e 5 eram grandes. Não
houve correlação entre a presença ou tamanho da herniação hiatal com o IMC. Conclusão - Há uma associação positiva entre a presença de obesidade
e DRGE, particularmente nos pacientes super-obesos.
*HC-FMUSP, São Paulo.
TL.C.OBE.O.353
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OBESIDADE SEVERA EM ADOLESCENTES - RESULTADOS TARDIOS
Álvaro Antônio Bandeira Ferraz*, Luciana Teixeira de Siqueira*, Danilo Belém Rodrigues de Holanda*,
José Guido Corrêa de ARAÚJO JÚNIOR*, Natália Lyra Silva*, Clarissa Guedes NORONHA*,
Thiago Xavier de Barros Correia*, Mariana Gomes MUNIZ*
Resumo - Objetivo - Avaliar os resultados do tratamento cirúrgico de obesidade severa em adolescentes. Métodos - Estudo retrospectivo e descritivo
de 2737 pacientes portadores de obesidade severa submetidos à Derivação Gástrica em Y de Roux (DGYR) no período de 2002 a 2011 no HC-UFPE.
Selecionados 44 pacientes com idade média de 18,1 anos, 37 operados por laparotomia, 14 do sexo masculino e 30 do feminino. Seguimento ambulatorial de 20 pacientes (45,45%). Todos os pacientes foram acompanhados no pré-operatório por equipe multidisciplinar e a indicação cirúrgica aprovada
por toda a equipe. Na análise estatística, foram utilizados o teste t de Student para diferença de médias, quiquadrado para proporções e o exato de
Fisher para amostras reduzidas. Resultados - Entre os 20 pacientes adolescentes seguidos, 14 eram do sexo feminino. Do grupo de 5 adolescentes em
uso de antihipertensivos ou hipoglicemiantes antes da cirurgia, 4 (80%) tiveram a suspensão da medicação e 1 (20%) reduziu a dose da medicação em
50% no pós-operatório. A média de perda ponderal foi de 45,4 kg após seguimento médio de 60 meses. Não houve mortalidade no grupo estudado nem
complicações operatórias graves. Entre os que realizaram o acompanhamento pós-operatório com equipe multidisciplinar, 18 ficaram com IMC<30.
Conclusões - Adolescentes submetidos a DGYR têm perda de peso satisfatória e melhora das comorbidades. Baixa taxa de complicações e nenhum óbito.
Todos os pacientes ficaram satisfeitos com os resultados pessoais.
*HC-UFPE, Pernambuco.
150
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
MANOMETRIC PARAMETERS IN PATIENTS WITH SUSPECTED GASTROESOPHAGEAL
REFLUX DISEASE AND NORMAL PH MONITORING
Camille Diem Benatti1, Fernando A. M. Herbella1, Marco G. Patti2
ABSTRACT - Background - The diagnosis of gastroesophageal reflux disease (GERD) may be difficult in some cases. pH monitoring
is the gold standard test for the evaluation of GERD but esophageal manometry is classically not indicated for making or confirming
a suspected diagnosis of GERD. This study aims to evaluate the manometric findings in patients with suspected GERD and normal
pH monitoring. Methods: 100 adult patients that underwent esophageal manometry and ambulatory pH monitoring for suspected
GERD were retrospectively studied. Patients were divided in Group A: normal reflux score (n=60, 72% women, mean age 51 years)
and Group B: abnormal reflux score (n=40, 70% women, mean age 54 years). Patients were questioned regarding the presence of
symptoms. All patients were submitted to upper endoscopy to evaluated the presence of hiatal hernia, esophagitis and Barrett`s
esophagus. Esophageal manometry and pH monitoring was performed in all patients. Results - Heartburn was more frequent in
group B and epigastric pain was more frequent in the group A, while the prevalence of other symptoms was similar between groups.
Abnormal endoscopy, hiatal hernia and esophagitis were more frequent in group B with significant risk for GERD. LES length and
pressure were lower in patients from group B. Esophageal motility was similar between groups. Conclusions: Our results show that:
(1) symptoms are unreliable to diagnose GERD, (2) abnormal endoscopy is more frequent in patients with GERD, (3) LES length
and pressure are decreased in patients with GERD, and (4) patients with clinical predictors for GERD are not more likely to have
manometric parameters to suggest GERD.
1
CIRURGIA • VÍDEOS
TL.C.V.354
Unifesp; 2University of Chicago Pritzker School of Medicine, São Paulo.
TL.C.V.355
PROPOSTA DE NOVA TÉCNICA PARA RECONSTRUÇÃO DA VIA BILIAR UTILIZANDO TUBO
DE SEGMENTO JEJUNAL NO TRATAMENTO DO CISTO DE COLÉDOCO
Eduardo Crema*, Alex Augusto da Silva*, Juverson Alves Terra Junior*, Juliana Máximo Coutinho*,
Marina Gimenez*, Diogo Rodrigues Cassiano*
Resumo - O tratamento do cisto de colédoco extra hepático é a ressecção cirúrgica completa com reconstrução do trato biliar com
um segmento de jejuno excluso à Roux-em-Y. Contudo, a maioria destes pacientes é jovem e com longa expectativa de vida. Sabe-se que
o desvio da bile do duodeno e do segmento proximal do jejuno pode acarretar várias alterações funcionais, dentre elas, o aumento da
incidência de úlceras pépticas, redução da absorção de gordura de cadeia longa e esteatorreia. Estas anastomoses quando feitas com a
via biliar pouco dilatada cursam com alta taxa de complicações que culminam com estenoses e com a reconstrução em alça exclusa que
dificulta ou impossibilita o acesso diagnóstico e terapêutico endoscópico. No intuito de reconstruir a via biliar de maneira fisiológica. A
retubularização transversa de um segmento jejunal proporciona um tubo de calibre proporcional ao da via biliar e com pregas jejunais
longitudinais. Empregou-se em 3 pacientes submetidos à ressecção laparoscópica de cisto de colédoco a reconstrução com a interposição do tubo de jejuno entre o hepático e o duodeno. A evolução foi satisfatória nos 3 pacientes femininos de idade 22,33 (17-28 anos). A
avaliação clínica, laboratorial e de imagem (US, DISIDA e colangiorressonância) é normal em um tempo médio de acompanhamento
de 23,4 meses (8 a 38 meses). O vídeo mostra a ressecção cirúrgica do cisto de colédoco, a confecção do tubo e as anastomoses entre o
tubo e o ducto hepático e com o duodeno.
*UFTM, Minas Gerais.
TL.C.COL.V.356
Vídeos • Cólon
TROCA DE SONDA DE GASTROSTOMIA COM CATETER MAGNÉTICO SEM ENDOSCÓPIA
José Renato Dacache BALIEIRO*
?
Resumo - O autor apresenta vídeo de troca de sonda de gastrostomia por tração, utilizando cateter magnético que apreende por introdução orogástrica o coto seccionado da sonda presa a um ímã. Em seguida é introduzido pelo orifício da gastrostomia um fio preso
a um pequeno objeto metálico que é tracionado pelo cateter magnético até a cavidade oral, onde é preso à nova sonda e tracionada e
ancorada no estômago.
*Hospital César Leite – Manhuaçu, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
151
Cirurgia • Vídeos
TL.C.COL.V.357
COLECTOMIA DIREITA LAPAROSCÓPICA COM RESSECÇÃO ALARGADA ASSOCIADO À LIGADURA
DE VEIA GONADAL E SALPINGO-OOFORECTOMIA DIREITA
Sergio Eduardo Alonso Araujo*, Victor Edmond Seid*, Alexandre Bruno Bertoncini*
Resumo - O tratamento cirúrgico laparoscópico das neoplasias do cólon e reto já passou pelo crivo do método científico e é comprovadamente tão
seguro e radical quanto os procedimentos por laparotomia, com superior resultado peri-operatório do método laparoscópico em relação a tempo de
internação, perda sanguínea, tempo de duração do íleo pós-operatório entre outras vantagens, sendo assim o método de escolha para o tratamento
dessas patologias. Um preceito oncológico que deve sempre ser seguido nos tumores com invasão de órgãos e estruturas adjacentes (classificados
como T4b) é a ressecção em monobloco, ou seja, evitar que essas aderências sejam desfeitas a fim de reduzir o índice de fraturas dos tumores e disseminação local da doença. Essa abordagem se faz especialmente desafiadora no acesso laparoscópico a depender do volume de doença local, órgãos
acometidos e mobilidade do tumor na cavidade abdominal. Este vídeo tem por objetivo demonstrar uma colectomia direita ampliada, com ressecção
radial alargada, associada à ligadura da veia gonadal direita e salpingo-ooforectomia direita, respeitando o preceito oncológico de ressecção em
monobloco, como abordagem factível e de escolha para essa forma de apresentação, com o intuito de associar à ressecção cirúrgica alargada os
benefícios do método laparoscópico.
*Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo.
TL.C.COL.V.358
EXCISÃO COMPLETA DO MESOCÓLON (ECM) E LIGADURA VASCULAR CENTRAL (LVC) NA
COLECTOMIA DIREITA POR VÍDEOLAPAROSCOPIA
Sergio Eduardo Alonso Araujo*, Victor Edmond Seid*, Alexandre Bruno Bertoncini*, Sérgio Carlos Nahas*
Resumo - A excisão completa do mesocólon (ECM) foi descrita pela primeira vez por Hohenberger e cols. em 2009, na qual há o emprego dos conceitos aplicados à excisão total do mesorreto no tratamento do câncer do cólon. O objetivo é manter íntegro o revestimento peritoneal que envolve o cólon
e o mesocólon e proceder uma ligadura vascular central (LVC) tanto da artéria quanto da veia de drenagem em suas origem e inserção. O resultado é
uma menor taxa de recidiva local e consequente ganho de sobrevida já que é possível através da técnica de ECM um maior número de espécimes não
violados e uma taxa de ressecção linfonodal maior. A técnica foi descrita em ressecções por laparotomia e preferencialmente para lesões localizadas no
cólon direito. Os primeiros relatos desta abordagem realizada por laparoscopia são recentes e datam de 2012. Esses limitam-se a estudar a aplicabilidade
da técnica por via laparoscópica e comparar seus resultados àqueles obtidos por laparotomia. Carecemos ainda de estudos prospectivos e randomizados
comparando os resultados da técnica de ECM + LVC com a ressecção padrão para colectomias oncológicas a fim de que se estabeleça de fato esta abordagem como padrão-ouro no tratamento radical do câncer de cólon, apesar dos dados preliminares serem evidentemente favoráveis. Temos por objetivo
demonstrar a sistematização da técnica de colectomia laparoscópica direita com os conceitos de ECM e LVC como factível e segura no tratamento do
câncer do cólon direito.
*HCFMUSP, São Paulo.
TL.C.COL.V.359
GASTROPEXIA ANTERIOR VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DE VOLVO GÁSTRICO
CRÔNICO
Paulo Henrique Oliveira de Souza*, José Roberto Martins de Souza*, Saulo Rollemberg Caldas Garcez*,
João Paulo Barreto da Cunha*, Priscila de Lara Nogueira*, Aderson de Moura Aragão*,
Izabella Cristina Cristo Cunha*
Resumo - Introdução - O volvo gástrico pode ser definido como a rotação anormal de uma parte do estômago sobre seu próprio eixo. Esta rara condição pode apresentar desde sintomas intermitentes de dor abdominal e vômitos até obstrução completa. Objetivo - O presente relato tem como objetivo
descrever um caso de volvo gástrico crônico, tratado com gastropexia anterior videolaparoscópica eletiva. Método - Relato de caso com revisão de dados
de prontuário. Resultados - Paciente S.D.S., sexo feminino, 49 anos, com história de seis anos de quadro dispéptico e de doença do refluxo gastroesofágico, com terapia medicamentosa sem sucesso. Encaminhada para a avaliação cirúrgica após resultado de EED que revelou refluxo gastroesofágico
secundário a volvo gástrico axial. A endoscopia digestiva alta (EDA) mostrava apenas esofagite erosiva, grau III de Savary-Miller e cárdia incontinente.
A paciente foi então submetida à gastropexia anterior videolaparoscópica, em que parede anterior gástrica foi ancorada à parede abdominal anterior
e ao diafragma com pontos separados de poliéster 2-0. A paciente evoluiu bem no pós-operatório e recebeu alta no 2° dia pós-operatório. Durante o
acompanhamento ambulatorial, a paciente relata resolução completa dos sintomas, sem necessidade de uso de IBPs ou procinéticos. Conclusão - A gastropexia anterior videolaparoscópica demonstrou neste caso ser uma opção viável e segura de tratamento para o volvo gástrico crônico.
*HSPE-SP, São Paulo.
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TL.C.COL.V.360
RETOPEXIA LAPAROSCÓPICA ASSOCIADA À COLPOPEXIA EXTRA-PERITONEAL COM TELA
PHYSIOMESH (TM)
Sergio Eduardo Alonso Araujo*, Victor Edmond Seid*, Alexandre Bruno Bertoncini*
Resumo - Há diversas técnicas cirúrgicas para tratar a procidência de parede total do reto, podendo ser a cirurgia realizada por via abdominal, via
perineal, associadas ou não a procedimentos para melhorar a continência. A laparoscopia apresenta-se como estratégia especialmente interessante para
o acesso abdominal no tratamento desta patologia benigna já que reduz a morbidade operatória sem prejudicar o desfecho, levando a ganhos significativos no período peri-operatório para o paciente, que em sua maioria encontra-se na terceira idade. Apesar do acesso perineal apresentar vantagens
importantes como menor morbidade pela menor manipulação da cavidade abdominal, esta via de acesso é limitada pelos seus índices de recidiva maiores
que as técnicas por via abdominal e por limitar as cirurgias combinadas para o tratamento de eventuais prolapsos associados, como prolapso uterino e
o vesical no caso das mulheres, que são frequentemente associados à procidência do reto. Demonstramos uma cirurgia realizada em uma paciente do
sexo feminino, de 74 anos, com procidência de parede total do reto recidivada após uma retossigmoidectomia, associado à prolapso vaginal (submetida
à histerectomia por via vaginal previamente) e com incontinência fecal. O procedimento escolhido foi a retopexia laparoscópica sem ressecção (dado
hábito intestinal, ressecção prévia e déficit de continência), associado à colpopexia extra-peritoneal com auxílio de prótese (tela PhysiomeshTM), também
por laparoscopia.
*Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo.
TL.C.ESO.V.361
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Fernando Furlan Nunes*, Cely de Melo Busson*,
Juliana Abbud Ferreira*, Renato Araujo Pereira*, Edison Dias Rodrigues Filho*, Ricardo Staffa*
Resumo - Introdução - A cirurgia laparoscópica para a correção do refluxo gastro-esofágico é considerada o “padrão ouro” no tratamento da
doença. Algumas complicações são descritas, dentre elas a estenose da junção esofagogástrica, disfagia consequente ao fechamento justo do hiato
esofágico, angulação do eixo esofagiano, torção do fundoplicatura ou migração para o tórax. Objetivo - ST, masculino, 65 anos, com disfagia persistente, inclusive a líquidos, emagrecimento importante associado em pós-operatório tardio, de cirurgia laparoscópica para correção de hérnia hiatal.
Diagnosticada estenose na EDA, refratária às 3 dilatações com balão hidrostático de 20 mm e 30 mm. Realizada reabordagem laparoscópica, com evidência de angulação esofagiana pela sutura do hiato, sendo realizada nova hiatoplastia sob sonda de Fouchet. Discussão - A disfagia pós-operatória
pode ocorrer de maneira intermitente e tende a desaparecer em até 30 dias após o procedimento, sem necessidade de tratamento específico ou nova
intervenção cirúrgica. Porém no caso de disfagia persistente, principalmente quando associada à perda de peso ou de disfagia importante também a
líquidos, o que ocorre em aproximadamente 3% dos casos, deve ser realizada uma investigação diagnóstica minuciosa. Conclusão - A disfagia grave
e persistente no pós-operatório da cirurgia anti-refluxo é um sintoma que pode indicar falha na operação e deve ser criteriosamente avaliada sendo
a re-operação a última opção terapêutica.
*Gastromed, São Paulo.
TL.C.ESO.V.362
CARCINOSSARCOMA DE ESÔFAGO TRATATADO POR VIDEOTORACOSCOPIA
João Bosco CHADU JUNIOR*, Jefferson Alvim Oliveira*, Luzmar de Paula Faria*, Larissa Bonato de Andrade*, Valter Vilela da
Costa*, Ismara Lourdes Silva Januário Chadu*
Resumo - Objetivo - Demonstrar uma esofagectomia videotarocoscópica para tratamento de sarcoma de esôfago. Resultados - Paciente MRC, 54
anos, masculino, branco, procurou o ambulatório com história de disfagia e emagrecimento. Iniciamos o procedimento pela videotarocoscopia com
o paciente em decúbito ventral com entubação traqueal seletiva, instalação do pneumotórax com pressão de 6 mmhg e passagem de quatro trocateres. Realizamos o inventário da cavidade pleural que mostrou tumor de esôfago de 10 cm de extensão, dissecção e liberação do esôfago inferior
com abertura da pleura mediastinal, liberação do lobo inferior do pulmão, dissecção e ligadura da veia ázigos com suturas manuais com fios de seda
2-0, realizadas identificação e ligaduras do nervo vago superiormente e ducto torácico inferiormente. Realizadas ligaduras de artérias esofageanas.
Liberação cuidadosa do esôfago da membrana traqueo-esofágica. Dissecção e retirada de linfonodos torácicos realização dos tempos abdominal e
cervical com linfadenectomia abdominal, confecção de tubo gástrico e anastomose esôfago-gástrica. O anátomo-patológico confirmou o diagnóstico de carcinossarcoma. O paciente encontra-se no quarto mês de pós-operatório em acompanhamento ambulatorial Conclusão - A esofagectomia
videotarocoscópica é um procedimento factível, porém meticuloso e que pode proporcionar um pós-operatório com menos morbidade. Recuperação
rápida e uma boa radicalidade oncológica.
*UFU, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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vídeos • esôfago
ANGULAÇÃO ESOFAGIANA PÓS HERNIORRAFIA HIATAL
Cirurgia • Vídeos
TL.C.ESO.V.363
CIRURGIA DE THAL-HATAFUKU-MAKI LAPAROSCÓPICA COMO ALTERNATIVA PARA O
MEGAESÔFAGO AVANÇADO
Aldo Elias Kiyoshi Takano de Saidneuy*, Bruna Cecilia Neves de Carvalho*, Glauco Leonel Perticarrari Osório*,
Ailton Ferreira de Souza Filho*, Leonardo Christian Laia*, Erton Rivo Bancher*,
Gustavo Fernandes*, Laercio Robles*
Resumo – Introdução - A esofagocardiomiotomia foi descrita inicialmente por Heller e constitui modalidade terapêutica para os casos de megaesôfago
não avançado. O tratamento cirúrgico nos casos avançados é preferencialmente a esofagectomia. As cirurgias de Serra Dória (SD) e Thal-Hatafuku-Maki (THM) são alternativas à esofagectomia. A THM acabou perdendo espaço, por acarretar refluxo gastroesofágico importante. Todavia, essa
experiência está atrelada ao período anterior à disponibilização dos inibidores de bomba de próton (IBP). Ela está formalmente indicada nos pacientes
com megaesôfago grau III forma avançada e IV sem condições clínicas para esofagectomia. Objetivo - Relatar um caso de THM laparoscópica Relato
MFC, 62 anos, feminino, disfagia progressiva para sólidos há 7 anos e perda ponderal, com diagnóstico de dolicomegaesôfago e sorologia negativa
para Chagas. Foi submetida à THF laparoscópica, sem intercorrências, alta hospitalar no 5º. Pós-operatório: apresentou-se sem disfagia e aceitou dieta
sólida no primeiro mês. Mantém-se assintomática há 5 meses em uso de IBP. Conclusões - É uma cirurgia com baixos índices de complicações, boa
resolutividade dos sintomas e menores índices de morbimortalidade em comparação a esofagectomia e a SD. A THM laparoscópica aparenta ser uma
modalidade promissora como terapêutica para o megaesôfago avançado por ser factível em centros de média complexidade, ter baixos custo e índices de
complicações e agregar às vantagens da laparoscopia.
*Hospital Santa Marcelina, São Paulo.
TL.C.ESO.V.364
PASSOS TÉCNICOS DA ESOFAGECTOMIA POR VIDEOTORACOSCOPIA NO TRATAMENTO CIRÚRGICO
DO CARCINOMA ESPINOCELULAR DO ESÔFAGO
Ivan Cecconello*, Rubens Antonio Aissar Sallum*, Flavio Roberto Takeda*, Sergio Szachnowicz*,
Ulysses Ribeiro Junior*, Marcos Roberto Tacconi*, Edno Tales Bianchi*,
Julio Rafael Mariano da Rocha*
Resumo - Introdução - A esofagectomia é uma das cirurgias mais complexas dentre todas as realizadas no aparelho digestivo. No tratamento do
carcinoma espinocelular de esôfago há uma série de detalhes técnicos importantes a serem seguidos que podem mudar a evolução do paciente, como,
por exemplo, na linfadenectomia torácica extensa. Com o advento da toracoscopia, é possível oferecer uma melhor recuperação pós-operatória mesmo
mantendo a radicalidade cirúrgica. Método - Apresentamos o vídeo de uma paciente com um carcinoma espinocelular de esôfago torácico médio pós-tratamento neoadjuvante que foi submetida à esofagectomia em 3 campos. Será dado ênfase na padronização da linfadenectomia na abordagem por
toracoscopia. Conclusão - O vídeo demonstra que mesmo com uma técnica minimamente invasiva é possível oferecer uma ótima radicalidade cirúrgica
com segurança seguindo a padronização de nosso serviço.
*HCFMUSP, São Paulo.
TL.C.ESO.V.365
RECARDIOMIOTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA PARA TRATAMENTO DA RECIDIVA DA DISFAGIA EM
PACIENTE PREVIAMENTE SUBMETIDO À MIOTOMIA
Rubens Antonio Aissar Sallum*, Edno Tales Bianchi*, Sergio Szachnowicz*, Flavio Roberto Takeda*
Francisco Carlos Bernal Costa Seguro*, Ricardo Zugaib Abdalla*, Julio Rafael Mariano da Rocha*,
Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - A recidiva dos sintomas de disfagia em doentes submetidos à cardiomiotomia pode acometer de 10 a 30 % dos pacientes com o
segmento em longo prazo. Dentre as causas conhecidas podem ser por miotomia incompleta, problemas na fundoplicatura, fibrose na área de miotomia
e eventual progressão do distúrbio motor esofágico. Um dos tratamentos possíveis quando na recidiva dos sintomas é a reabordagem cirúrgica com nova
miotomia evitando assim a esofagectomia. Método - Apresentamos o vídeo de uma paciente de 48 anos com doença de chagas e com antecedente de ter
sido submetida à cardiomiotomia com fundoplicatura a Heller-Pinotti há 20 anos. Foi então submetida a uma nova abordagem com lise da fibrose e nova
miotomia e fundoplicatura. Resultado - O vídeo demonstra a dificuldade técnica do procedimento passo a passo. Tal cirurgia foi realizada há 18 meses e
paciente segue sem disfagia e com reganho de peso. Conclusão - A reabordagem cirúrgica conservadora da miotomia é um procedimento factível e que
atinge bons resultados como demonstrado no vídeo.
*HCFMUSP, São Paulo.
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v. 50 - Suplemento - 2013
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TL.C.ESO.V.366
VIA TORACOSCÓPICA COMO ALTERNATIVA DE ABORDAGEM DE LEIOMIOMA ESOFÁGICO
Gerson Suguiyama Nakajima*, Arteiro Queiroz Menezes*, Tatiana Minda H. Cattebeke*, Rubem Alves da Silva Neto*,
Rebeca Di Tommaso Santos*, Suzi Marla Carvalho Maron*
Resumo - “Via toracoscópica como alternativa de abordagem de leiomioma esofágico: relato de caso atendido no Hospital Universitário Getúlio
Vargas, em Manaus, Amazonas”. Introdução - Leiomioma de esôfago é o tumor benigno de esôfago mais comum, tem ocorrência rara, entre 1% a 4%.
Dos sintomas mais frequentes, destacam-se disfagia, refluxo gastroesofágico e dor retroesternal. A difícil diferenciação com as formas de blastoma e
sarcoma torna consensual a cirurgia; a toracoscopia videoassistida tem sido a via de acesso mais utilizada atualmente. Objetivos - Relatar a enucleação
por via toracoscópica de um caso de leiomioma de esôfago. Métodos - Paciente, 30 anos, masculino. Relatava evolução gradativa há anos de disfagia a
sólidos, sem outros comemorativos. Foi realizada Endoscopia Digestiva Alta, detectando-se lesão tumoral ocupando grande parte da luz esofagiana,
a 20 cm da Arcada Dental Superior, sem alterações de mucosa. À Tomografia Computadorizada de tórax: uma lesão com densidade de partes moles,
de contornos lobulados, medindo 3 cm x 2 cm no terço proximal que determinava compressão extrínseca e redução da luz esofagiana. Resultados - O
paciente foi submetido à enucleação do tumor por via toracoscópica em julho de 2010, sem intercorrências. Ao exame anatomopatológico, confirmou-se
Leiomioma esofageano. Conclusão - A via toracoscópica mostra-se uma via segura e eficaz para a ressecção de leiomiomas de esôfago, além de provocar
uma recuperação pós-operatória mais eficaz ao paciente.
*UFAM, Amazonas.
GASTRECTOMIA VIDEOLAPAROSCÓPICA EM TUMOR T4 COM HEPATECTOMIA SEGMERNTAR NÃO
REGRADA
Bruno Zilberstein*, Maurice Youssef Franciss*, Juliana Abbud Ferreira*, Cely de Melo Bussons*,
Fernando Furlan Nunes*, Renato Araujo Pereira*, Edison Dias Rodrigues Filho*, Ricardo Staffa*
Resumo - A evolução da complexidade do manejo do câncer gástrico tornou necessário o aprimoramento das técnicas cirúrgicas laparoscópicas. A
ressecção cirúrgica do tumor permanece como a única opção curativa nessa neoplasia. A extensão da ressecção gástrica, a necessidade da remoção de
outros órgãos e principalmente a extensão da linfadenectomia foram amplamente estudados. Paciente com diagnóstico de tumor localmente avançado,
sendo submetida à laparoscopia com realização de gastrectomia e ressecção segmentar hepática esquerda não regrada. Evolui favoravelmente, tendo alta
e acompanhamento com equipe de oncologia, sendo instituído tratamento quimioterápico. Em controle Nutricional e quimioterapia atualmente. Discussão - A videolaparoscopia ficou por muitos anos confinada à doenças benignas do trato digestivo. Com o aprimoramento dos cirurgiões, cirurgias de
maior complexidade foi se tornando parte da rotina nos centros cirúrgicos. A ressecção gástrica é a única alternativa no tratamento dos adenocarcinomas
gástricos, sendo a linfadenectomia D2 a preconizada para intuito de cura. Além disto, a ressecção do tumor com diminuição da massa tumoral e, caso
possível eliminação de doença macroscópica traz melhora da qualidade de vida do paciente, mesmo em casos de ressecção de órgãos adjacentes. A ressecção tumoral videolaparoscópica se torna possível e com eficácia semelhante a laparotomia em casos em que a equipe treinada realiza o procedimento.
*Gastromed, São Paulo.
TL.C.EST.V.368
PARTIÇÃO GÁSTRICA LAPAROSCÓPICA PARA O TRATAMENTO PALIATIVO DE TUMOR GÁSTRICO
DISTAL OBSTRUTIVO
Marcus Fernando Kodama Pertile RAMOS*, Thiago Nogueira Costa*, Osmar Kenji Yagi*, Andre Roncon Dias*, Fabio Pinatel
Lopasso*, Ulysses Ribeiro Jr*, Bruno Zilberstein*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - Partição gástrica associada à gastro-entero anastomose tem sido empregada para o tratamento de tumores gástricos obstrutivos distais com o objetivo de melhorar o esvaziamento gástrico e diminuir a ocorrência de sangramento tumoral. Objetivo - Demonstrar a técnica de
partição gástrica laparoscópica. Método - Vídeo editado de um procedimento. Descrição - Paciente com tumor gástrico obstrutivo distal associado à
carcinomatose, invasão do pâncreas e hilo hepático. Apesar do paciente apresentar doença avançada, ele mantinha uma performance clínica satisfatória
(ECOG=2) e a sua principal queixa era incapacidade de alimentar-se adequadamente com uma pontuação de 1 na escala de obstrução de esvaziamento gástrico (GOOS). O procedimento foi realizado com o uso de 2 trocars de 5 mm e 2 trocars de 10-12 mm. Uma sonda de Faucher foi posicionada
ao longo da pequena curvatura para permitir a manutenção de uma pequena comunicação entre as duas câmaras gástricas. A partição foi realizada
utilizando-se 2 cargas de ENDO GIA 60 mm iniciando na grande curvatura 5 cm proximal a lesão em direção a pequena curvatura. Uma gastro-entero
anastomose mecânica na câmara gástrica proximal foi realizada para reconstituir o trânsito. A duração do procedimento foi de 180 min. O paciente
aceitou dieta líquida em 2 dias e ingeriu alimentos sólidos (GOSS=3) em 1 semana. Conclusão - Partição gástrica laparoscópica pode ser empregada com
segurança para o tratamento da obstrução gástrica tumoral.
*HC FMUSP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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vídeos • estômago
TL.C.EST.V.367
Cirurgia • Vídeos
TL.C.FIG.V.369
VÍDEOS • fígado
ALPPS TOTALMENTE LAPAROSCÓPICO
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*
Resumo - Objetivo - Apresentar o vídeo de cirurgia de ALPPS totalmente laparoscópica. Trata-se de cirurgia hepática em 2 tempos com limpeza do
fígado esquerdo, ligadura da veia porta direita e bipartição do fígado no primeiro tempo e trisegmentectomia direita no segundo tempo. Os dois tempos
foram realizados totalmente por videolaparoscopia. Métodos - Paciente sexo feminino, 56 anos, portadora de metástases hepáticas múltiplas. Primeiro
tempo: segmentectomia S2, enucleações em S3 e bipartição do fígado ao nível do ligamento falciforme associado à ligadura da veia porta direita. Segundo tempo: trisegmentectomia direita. Os dois procedimentos foram realizados totalmente por videolaparoscopia Resultados - Evoluiu bem, sem intercorrências e sem necessidade de transfusão sanguínea. Paciente recebeu alta no 5º e 7º dia de pós-operatório, respectivamente. Houve regeneração completa
do fígado e a paciente está sem sinais de recidiva 8 meses após o procedimento. Conclusão - ALPPS é um procedimento revolucionário que permite
ressecção R0 mesmo em pacientes com múltiplas metástases hepáticas ocupando todo o fígado. Está indicado em pacientes com futuro remanescente
hepático muito pequeno. É possível de ser realizado por laparoscopia, desde que em pacientes selecionados e por equipe capacitada e com experiência
em cirurgia hepática e laparoscopia avançada.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.FIG.V.370
CIRURGIA DE ALPPS: USO DE PNEUMOPERITÔNIO PARA REDUZIR ADERÊNCIAS
NO SEGUNDO TEMPO
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*
Resumo - Objetivos - Mostrar passo a passo uma nova técnica de hepatectomia em 2 tempos. Chamada de ALPPS, associa-se a bi-partição do fígado e
ligadura da veia porta para aumentar a hipertrofia do fígado remanescente. Apresentamos um vídeo de um procedimento ALPPs com o uso de pneumoperitônio. Métodos - Paciente do sexo feminino, 29 anos, com câncer de cólon e metástases hepáticas sincrônicas foi submetida à ressecção hepática em
2 tempos pela técnica ALPPS por possuir futuro remanescente hepático extremamente pequeno. Resultados - Primeiro tempo: 30 minutos de pneumoperitônio, seguido de ressecção S2 e múltiplas enucleações no fígado esquerdo. Veia porta direita foi ligada e o fígado bipartido. A cavidade abdominal
foi fechada parcialmente, trocarte de 10 mm foi deixado para criar um pneumoperitônio durante 30 minutos adicionais. A segunda etapa ocorreu três
semanas depois, e consistiu em trisectionectomia direita ampliada para o segmento 1. A paciente se recuperou e recebeu alta após 7 e 9 dias, respectivamente. A tomografia computadorizada no pós-operatório mostrou fígado remanescente completamente regenerado. Conclusões - O procedimento
ALPPS é uma técnica revolucionária que permite ressecção R0 mesmo em pacientes com doença hepática disseminada. O uso de pneumoperitônio
durante o primeiro tempo é uma ferramenta simples que pode prevenir adesões, permitindo segundo tempo mais fácil. Este vídeo pode ajudar cirurgiões
a executar e padronizar esse complexo procedimento.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.FIG.V.371
EXÉRESE DE NÓDULO HEPÁTICO PEDICULADO POR VIDEOLAPAROSCOPIA
João Paulo Barreto da Cunha*, Rogério Machado Cury*, Paulo Henrique Oliveira de Souza*,
Saulo Rollemberg Caldas Garcez*, Priscila de Lara Nogueira*, Aderson de Moura Aragão*,
Izabella Cristina Cristo Cunha*
Resumo - Introdução - A hiperplasia nodular focal (HNF) é a segunda lesão nodular benigna mais frequente do fígado, mais encontrada em mulheres jovens. Trata-se de uma proliferação de hepatócitos não neoplásicos, hiperplásicos, dispostos de forma anormal. Objetivo - O presente relato
tem como objetivo descrever um caso de um nódulo hepático pediculado ressecado por videolaparoscopia. Método - Relato de caso com revisão de
dados de prontuário. Resultados - Paciente W.G., sexo feminino, 49 anos, com história de miomatose uterina, em preparo pré-operatório com a equipe
da Ginecologia, foi submetida à tomografia computadorizada, que diagnosticou incidentalmente um nódulo localizado entre o polo anterior do baço
e o lobo hepático esquerdo com origem exofítica no lobo hepático esquerdo e vasos nutridores provenientes do parênquima hepático medindo 4,7
cm. Encaminhada para o Serviço de Gastroenterologia Cirúrgica para avaliação do caso. A laparoscopia diagnóstica foi realizada e visualizada lesão
nodular pediculada no lobo hepático esquerdo. A lesão foi ressecada, sem intercorrências e a paciente recebeu alta em boas condições no 3º dia pós-operatório. O anatomopatológico diagnosticou hiperplasia nodular focal. Conclusão - A videolaparoscopia diagnóstica com exérese da lesão, neste
caso, revelou uma forma de apresentação pediculada, pouco usual para a hiperplasia nodular focal, além de não ter sido mostrado nenhum achado
característico aos exames de imagem.
*HSPE-SP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Vídeos
TL.C.FIG.V.372
HEPATECTOMIA DIREITA COM ANASTOMOSE BILIO-DIGESTIVA POR LAPAROSCOPIA
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*
Resumo - Objetivo - Apresentar um vídeo com aspectos técnicos de uma hepatectomia direita totalmente laparoscópica associada à anastomose
bilio-digestiva em Y de Roux em paciente portador de colangiocarcinoma. Método - Paciente do sexo feminino 58 anos, com dor no quadrante superior
direito, foi encaminhada para avaliação. Ultrassonografia abdominal revelou dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas. Histórico médico era
normal, exceto por uma colecistectomia aberta há 30 anos. Ressonância mostrou massa no ducto biliar direito, com dilatação distal das vias biliares.
Diagnóstico provável colangiocarcinoma intra-hepático papilífero produtor de mucina. Decisão foi realizar uma hepatectomia totalmente laparoscópica
com linfadenectomia hilar e hepaticojejunostomia em Y de Roux. Resultados - O tempo operatório foi de 400 minutos. Perda de sangue estimada de
400 ml, sem necessidade de transfusões. Recuperação pós-operatório foi sem intercorrências e a paciente recebeu alta hospitalar no décimo dia pós-operatório. O diagnóstico final foi de neoplasia intraductal papilífera do ducto biliar. As margens cirúrgicas estavam livres. Conclusão - Hepatectomia
direita laparoscópica com hepaticojejunostomia é factível e segura, desde que realizada em centro especializado e por equipe com experiência em cirurgia
hepatobiliar e laparoscópica avançada. Este vídeo pode ajudar cirurgiões a realizar com segurança este complexo procedimento.
*FMUSP, São Paulo.
Jovino Nogueira da Silva Menezes1, Heitor Soares de Souza2
Resumo – Introdução - Pneumoperitôneo é associado à perfuração gástrica ou duodenal. Raro encontrar na literatura, correlação clínica-radiológica
em apendicite aguda. Simulando um quadro de úlcera perfurada. Objetivo - Apresentar um raro caso de sinal radiográfico de pneumoperitônio em
apendicite aguda. Metodologia - Relato de caso baseado em estudo observacional ocorrido no Serviço de Cirurgia Geral da Santa Casa de Campo
Grande, em outubro de 2010. Através de anamnese e revisão de prontuário médico. Com suporte de revisão bibliográfica que constatou a raridade do
caso. Resultado - Homem de 43 anos, usuário crônico de antiinflamatórios não esteroides, admitido no serviço de emergência da Santa Casa de Campo
Grande referindo dor abdominal súbita. Com alteração do estado geral e sinais de peritonite aguda sem sinais de descompressão brusca dolorosa. A
radiografia simples de tórax apresentava pneumoperitônio e hemograma sugestivo de infecção bacteriana. O paciente foi submetido à laparotomia exploradora com apendicectomia cecal e instituído antibioticoterapia de amplo espectro e apresentou boa evolução pós-operatória. A biópsia do apêndice
vermiforme confirmou o diagnóstico de apendicite aguda. A apendicite aguda é uma frequente patologia cirúrgica, com diagnóstico baseado no exame
clínico, estudos de imagem e exames laboratoriais.(3) Dentre os vários achados radiográficos abdominais documentados na literatura, ar livre na cavidade
peritoneal associado a um apêndice inflamado agudo é raro.(1,2,4,5) O provável mecanismo fisiopatológico do pneumoperitônio refere haver produção de
gás bacteriano devido ao abcesso Peri – apendicular.(2). Conclusão - Um caso raro de sinal radiográfico de abdome, pneumoperitônio, associado à apendicite aguda. Supõem que possa se tratar de ar produzido por bactérias Peri apendiculares.
Referências Bibliográficas - 1. Canelas ALC et al. Pneumoperitoneum in association with perforated appendicitis in a Brazilian Amazon woman. Case report. G Chir. 2010 Mar;31(3):80-2. PubMed PMID:
20426916. 2. Rodrigues et al. Pneumoperitoneum due to perforated appendicitis: a rare anatomo-radiologic correlation. ABCD Arq Bras Cir Dig 2008;21(3):142-3 3. Brenner AS et al. Apendicectomia
em Pacientes com Idade Superior a 40 Anos - Análise dos Resultados de 217 Casos. Rev Bras Coloproct, 2006;26(2):128-132. 4. Petroianu A et al. Nova imagem radiográfica de apendicite aguda, como
acúmulo fecal no ceco. Rev Col Bras Cir. [periódico na Internet]. 2006;33(4). 5. Cizmeli M.O. et al. Acute appendicitis associated with pneumoperitoneum. Br J Clin Pract. 1990 Dec; 44(12):646-7.
1
UNIDERP; 2Santa Casa de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
TL.C.INT.V.374
RESSECÇÃO LAPAROSCÓPICA DE ADENOMA DE DUODENO
Edno Tales Bianchi*, Henrique Dametto Giroud Joaquim*, Leandro Barchi*, Carlos Eduardo Jacob*, Bruno Zilberstein*, Ivan
Cecconello*
Resumo - Introdução - Adenomas de duodeno são achados ocasionais de endoscopias em 0,4 a 3% dos exames. Essa afecção pode apresentar-se com
sintomas obstrutivos altos. Objetivo - Demonstrar ressecção laparoscópica com auxílio endoscópico de adenoma duodenal. Método - O vídeo mostra
caso de paciente de 77 anos com perda ponderal de 12 kg em 18 meses associado à epigastralgia e vômitos frequentes. A endoscopia digestiva alta revelou
lesão elevada de 15 x 20 mm em segunda para terceira porção duodenal, em borda contra mesenterial. A biopsia confirmou tratar-se de adenoma túbulo-viloso. Foi realizado ultrassonografia endoscópica que confirmou que lesão preservava camada submucosa. Indicada ressecção por via laparoscópica.
Procedimento realizado como demonstrado no vídeo. Realizada endoscopia digestiva alta intraoperatória para asseguar a papila e garantir perviedade
duodenal. Realizada ressecção em cunha com fechamento primário do duodeno em dois planos com drenagem de cavidade, sem intercorrências. Resultados - Anátomo patológico confirmou que se tratava de adenoma tubular com displasia de baixo grau. Paciente teve vômitos após reintrodução de dieta
oral no 2o pós-operatório, sendo mantido em jejum por 5 dias, momento que houve aceitação de dieta, seguido de alta hospitalar. Dreno sacado no 9o
pós-operatório. Conclusão - A ressecção laparoscópica de adenoma de duodeno é segura e com baixa morbidade, sendo procedimento de escolha para
essa afecção quando não ressecável por via endoscópica.
*HCFMUSP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
157
VÍDEOS • intestino
TL.C.INT.V.373
APENDICITE AGUDA COM PNEUMOPERITÔNIO SIMULANDO ÚLCERA PERFURADA - RELATO DE
CASO
Cirurgia • Vídeos
TL.C.INT.V.375
SUBOCLUSÃO INTESTINAL POR BRIDA
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Cely de melo Bussons*, Fernando Furlan Nunes*, Ricardo Staffa*,
Roger Willian Fernandes Moreira*, Juliana Abbud Ferreira*, Edison Dias Rodrigues Filho*
Resumo - Introdução - O tratamento cirúrgico da obstrução intestinal por aderências se mostra desafiador em determinadas circunstâncias, é assunto
frequente de discussões de casos cirúrgicos, especialmente quando se trata de reoperações, tem grande potencial para lesões inadvertidas durante sua
execução. Objetivo - Apresentar a experiência do manejo da suboclusão intestinal, por aderência pós- operatória com utilização da videolaparoscopia.
Método - Homem, 40 anos, PO tardio de gastroplastia vertical com bypass jejunoileal latero- lateral, apresentando no último mês dor abdominal tipo cólica, em epigastro e periumbilical, com náuseas e vômito mais acentuados após alimentação, optando por dieta liquidificada. Em TC, definiu-se quadro
de suboclusão intestinal, sugerindo hérnia de Petersen. Realizada laparoscopia com identificação de moderada distenção de alças de delgado e um ponto
de aderência formada por uma parte do grande omento junto à parede abdominal, em local de punção com trocater de cirurgia prévia, com alças de
delgado ocupando o andar superior do abdômen e criando um espaço virtual com mesocólon transverso. Realizada a lise da aderência com tesoura coaguladora sem outras lesões. Discussão - O tratamento videolaparoscópico da subocusão intestinal em pós-operatório de cirurgia bariátrica é alternativa
válida e tem sido empregado em nosso serviço com resolução do quadro abdominal, sem aumento do risco de lesões inadvertidas durante sua execução.
*Gastromed, São Paulo.
vídeos • miscelÂnea
TL.C.MIS.V.376
REPARO LAPAROSCÓPICO DE LESÕES IATROGÊNICAS DAS VIAS BILIARES APÓS
COLECISTECTOMIA ABERTA
Hamilton Belo de França Costa*, Dilúzia Diniz de França Costa*, Izabelle Diniz de França Costa*,
Gabrielle Diniz de França Costa*, Juliana Alves Aguiar da Silva Costa*, Washington Luiz da COSTA Filho*,
Yasmim Oliveira de Carvalho*
Resumo - Introdução - As lesões iatrogênicas das vias biliares (LIVB) são complicações temidas associadas à colecistectomia, um desafio para cirurgiões. Seu tratamento depende da natureza e extensão das lesões, da presença ou ausência de bilioma, e tempo para o diagnóstico da lesão e objetiva
o controle da sepse e do vazamento de bile, e deve realizado em centros de referências. As lesões da LIVB são divididas em fístulas e estenoses, as 1ªs
relatadas de 0.1% to 0.5% das colecistectomias abertas e 2% das laparoscópicas. Objetivo - Descrever caso de lesões de colédoco após colecistectomia
aberta, reparada com sucesso em abordagem laparoscópica. Casuística - RFN, 29 anos, masc, submetido à colecistectomia convencional por colecistite
litiásica. Após a cirurgia, apresentou dor abdominal intensa em hipocôndrio direito e distensão abdominal. USG ABD: grande quantidade de líquido
intracavitário. Transferido para o nosso serviço, foi submetido à laparoscopia. Achados: hemoperitônio e coleperitônio (2000 ml), sem sangramento ativo, 2 lesões em colédoco abaixo do cístico (na parede anterior e na posterior). Realizada coledocorrafias e drenagem da via biliar por via trancística com
Nelaton 6. Alta no 3º DPO. Colangiografia 15º DPO: normal. Método - Apresentação de vídeo: Reparo laparoscópico de LIVB. Resultado e Conclusão
- A laparoscopia consiste via segura e adequada para reparo de LIVB, oferecendo vantagens da abordagem minimamente invasiva, melhor visualização
das lesões e com menor morbimortalidade.
*Gastro Clínica de Campina Grande, Paraíba.
vídeos • obesidade
TL.C.OBE.V.377
BYPASS GÁSTRICO SEM ANEL VIDEOLAPAROSCÓPICO
Hamilton Belo de França Costa*, Dilúzia Diniz de França Costa*, Izabelle Diniz de França Costa*, Gabrielle Diniz de França Costa*,
Juliana Alves Aguiar da Silva Costa*, Washington Luiz da COSTA Filho*, Yasmin Oliveira de Carvalho*
Resumo - Introdução - Obesidade é definida por índice de massa corpórea superior a 30 kg/m2. Os indivíduos obesos com índice de massa corpórea
acima de 40 kg/m2, obesos mórbidos, e os de 35 a 40 kg/m2 com comorbidades são beneficiados e tem indicação para a cirurgia bariátrica. O bypass
gástrico em Y de Roux por laparoscopia (BGYRL) é considerado padrão ouro dentre os procedimentos bariátricos. Os pacientes submetidos à BGYRL
obtêm melhora das comorbidades e melhor taxa de sucesso em longo prazo. Objetivo - Apresentar um vídeo de um BGYR por videolaparoscopia com
sua sistematização técnica. Casuística - CSF, 45anos, feminino, hipertensa, IMC 43. Após avaliação pré-operatória com equipe multidisciplinar e passar
por um programa de perda de peso pré-operatória, objetivando uma perda de 10% do seu peso, para diminuir riscos e facilitar o procedimento, conseguiu perder apenas 7% do seu peso. Foi realizado um bypass gástrico laparoscópico, com confecção de pequena bolsa de 5 a 7 cm e um bypass em Y de
Roux com alça biliopancreática de 1 metro e alça alimentar de 1,5 metros, sem drenagem da cavidade abdominal. Recebeu dieta líquida a partir do 1º
DPO e recebeu alta hospitalar com 48 horas. Conclusão - O BGYRL é segura, eficaz e excelente técnica bariátrica, necessita de experiência em cirurgia
laparoscópica avançada e de curva de aprendizado, e possibilita perda ponderal e melhora de comorbidades.
*Gastro Clínica de Campina Grande, Paraíba.
158
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Vídeos
TL.C.OBE.V.378
CORRELAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR COM A COMPOSIÇÃO CORPÓREA NA OBESIDADE MÓRBIDA
Marco Aurélio Santo*, Alexandre Vieira Gadducci*, Gabriela Correia de Faria Santarém*, Paulo Roberto Silva*,
Júlia Greve*, Marcela Serafim*, Roberto de Cleva*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - O acréscimo de gordura pode exercer alterações na força muscular. O objetivo do estudo foi correlacionar parâmetros de força
muscular dos membros inferiores com a composição corporal em obesos mórbidos. Casuística e Métodos - Foram avaliados 132 indivíduos com obesos
mórbidos, sendo 76,52% dos pacientes do sexo feminino, idade média de 41 anos e IMC médio de 47,2 kg/m2. A força muscular foi avaliada pelo dinamômetro isocinético (Biodex) e a composição corporal pela bioimpedância (Inbody), sendo as variáveis da força muscular e da composição corporal
corrigidas pelo peso corporal (%). Resultados - Obesos do sexo masculino apresentaram maior força muscular (p< 0,001) em comparação com as mulheres [força de extensão (146,07 ± 29,1 vs. 117,14 ± 27,19) e flexão (66,42 ± 16,33 vs. 54,08 ± 14,59)]. Pacientes obesos apresentaram maior força (p<0,001)
de extensão (130,65 ± 30,62 vs. 110,03 ± 24,08) e flexão (59,92 ± 15,92 vs. 50,88 ± 14,01) em comparação aos superobesos. A composição corporal em
média, foi de 28% de massa muscular total. Houve diferença significativa (p<0,001) com moderada correlação positiva entre a força [extensão (r= 0,51) e
flexão (r=0,45)] e a massa muscular. Houve diferença significativa (p<0,001) com moderada correlação inversa entre a força muscular [extensão (r=-0,51)
e flexão (r=-0,45)] com a massa gorda. Conclusão - A massa muscular, determinada pela BIA, está diretamente correlacionada com a força de extensão
e flexão dos membros inferiores em obesos mórbidos.
*HC-FMUSP, São Paulo.
TL.C.OBE.V.379
OBSTRUÇÃO POR BALÃO
Paulo Roberto Rodrigues Bicalho*, Luciano Andrey Ferreira Bicalho*, Emerson Silveira de Araújo*
Resumo - Introdução - Dispositivos intragástricos (BIB) têm sido usados desde 1985 para tratar a obesidade. Trata-se de medida temporária, não-cirúrgica, restritiva utilizada por pacientes que desejam emagrecer e não obtiveram redução de peso com medidas comportamentais isoladamente e/
ou medicamentos. O uso do dispositivo dentro das recomendações do fabricante tem sido descrita como segura e efetiva e diversas publicações relatam
ausência de complicações. A inobservância das recomendações citadas ou falhas nos procedimentos de seguranças podem provocá-las, resultando em
necessidade de cirurgia, uma complicação rara, porém, relatada na literatura. Objetivos - Apresentar um caso de migração do dispositivo intragástrico
para emagrecimento que evoluiu com obstrução intestinal. Casuística - CMO, 33 anos, sexo feminino, branca, solteira, fisioterapeuta, previamente
hígida. Procurou o consultório do especialista com dor abdominal intensa, náusea, vômito, afebril, com sensação de distensão abdominal. A paciente
tinha um índice de massa corporal no início do tratamento de 32 kg/m2, após nove meses e em uso do segundo BIB atingiu uma perda de peso de 20 kg
(SIC). Resultados e Conclusão - realizou-se tomografia abdominal que não visualizou o BIB na topografia habitual, porém, revelou uma oclusão intestinal jejunal provocada pela migração do mesmo. A paciente foi submetida à laparoscopia com três portais e o BIB foi removido através de uma pequena
enterotomia. O pós-operatório transcorreu sem intercorrências.
*Serviendos, Minas Gerais.
TL.C.PAN.V.380
Mauricio Paulin Sorbello*, Ricardo Jureidini*, Guilherme Naccache Namur*, Thiago Nogueira Costa*,
Telesforo Bacchella*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - A derivação biliodigestiva através de anastomose coledocoduodenal é aceita como tratamento para casos de coledocolitíase
com dilatação das vias biliares que não podem ser resolvidos pela endoscopia, sendo indicada, especialmente, em pacientes idosos. A via laparoscópica
pode ser uma opção para realização deste procedimento apesar de exigir conhecimento técnico laparoscópico avançado. Objetivo - Apresentar vídeo
dos principais tempos técnicos da derivação coledocoduodenal videolaparoscópica, realizada no Serviço de Vias Biliares e Pâncreas do HC-FMUSP.
Paciente e Método - Mulher, 78 anos, três laparotomias prévias: gastrectomia subtotal por úlcera péptica (1974), transversectomia por adenocarcinoma
(1997), degastrectomia com linfadenectomia à D2 e colecistectomia por adenocarcinoma de coto gástrico (2008). Evoluiu com coledocolitíase e dilatação das vias bilares. Realizada derivação coledocoduodenal videolaparoscópica. Não houve complicações decorrentes do procedimento. A paciente
recebeu alta no quinto dia pós-operatório, assintomática. Conclusão - A via laparoscópica parece ser uma opção segura e eficaz no tratamento cirúrgico
da coledocolitíase com dilatação das vias biliares que não podem ser resolvidos pela endoscopia, sendo indicada, especialmente, em pacientes idosos,
proporcionando os benefícios da abordagem minimamente invasiva, com baixa morbidade, menor dor pós-operatória e retorno abreviado às atividades,
quando comparada à via aberta.
*FMUSP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
159
vídeos • pâncreas
DERIVAÇÃO COLEDOCODUODENAL LATERO-LATERAL VIDEOLAPAROSCÓPICA: PASSO-A-PASSO
Cirurgia • Vídeos
TL.C.PAN.V.381
DERIVAÇÃO HEPATICOJEJUNAL EM Y-DE-ROUX VIDEOLAPAROSCÓPICA PARA TRATAMENTO DA
COLEDOCOLITÍASE ASSOCIADA À FÍSTULA COLECISTODUODENAL: ASPECTOS TÉCNICOS
Mauricio Paulin Sorbello*, Ricardo Jureidini*, Guilherme Naccache Namur*, Thiago Nogueira Costa*,
Telesforo Bacchella*, Ivan Cecconello*
Resumo - Introdução - A derivação hepaticojejunal em Y-de-Roux é a técnica de escolha para os casos de coledocolitíase com dilatação importante das
vias biliares e que não podem ser tratados através de procedimentos endoscópicos. A via laparoscópica pode ser opção para realização deste procedimento, proporcionando menor morbimortalidade, quando comparada à laparotomia, porém não está muito difundida por demandar técnica laparoscópica
avançada. Objetivo - Apresentar vídeo com os tempos técnicos da derivação hepoaticojejunal videolaparoscópica para tratamento da coledocolitíase
associada à fístula colecistoduodenal, realizada no Serviço de Cirurgia de Vias Biliares e Pâncreas do HC-FMUSP. Paciente e Método - Em uma doente
com 50 anos de idade, com coledocolitíase associada à fístula colecistoduodenal, após três tentativas de resolução da coledocolitíase por via endoscópica
sem sucesso, foi indicada derivação hepaticojejunal em Y-de-Roux e colecistectomia por via videolaparoscópica. Não houve complicações relacionadas
ao procedimento. A paciente recebeu alta no sexto dia pós-operatório. Conclusão - A via laparoscópica parece ser uma opção segura e eficaz para a
realização de anastomose biliodigestiva em Y-de-Roux, proporcionando os benefícios da abordagem minimamente invasiva, com baixa morbidade,
menor dor pós-operatória e retorno abreviado às atividades, quando comparada à laparotomia.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.PAN.V.382
DUODENOPANCREATECTOMIA LAPAROSCÓPICA COM PRESERVAÇÃO DO PILORO E
RECONSTRUÇÃO EM DUPLA ALÇA JEJUNAL
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*,
Marcel Cerqueira Cesar Machado*
Resumo - Objetivo - Apresentar vídeo de duodenopancreatectomia laparoscópica com reconstrução em dupla alça. Método - Paciente feminina, 53
anos, com tumor cístico na cabeça do pâncreas foi encaminhada para tratamento. Foram utilizados cinco trocartes. A operação começou com a manobra
de Kocher e mobilização do pâncreas. Artéria gastroduodenal e ducto biliar comum foram seccionados. Duodeno foi seccionado com grampeador. O
túnel da porta foi cuidadosamente criado e uma fita foi passada em torno do colo do pâncreas. Jejuno foi seccionado. Pâncreas foi dividido. Processo
uncinado é cuidadosamente dissecado. Após ressecção da cabeça do pâncreas, pancreaticojejunostomia término-lateral com anastomose ducto-mucosa
é realizada. Y de Roux é criado deixando 40 centímetros de alça jejunal para a hepaticojejunostomia. Finalmente, duodenojejunostomia término-lateral
é realizada em posição antecólica. Resultados - Tempo operatório foi de 9 horas. Sangramento foi mínimo sem transfusão. Recuperação foi boa e paciente recebeu alta no nono dia. Não apresentou fístula pancreática ou outra complicação. Patologia demonstrou um tumor neuroendócrino cístico bem
diferenciado. Margens cirúrgicas estavam livres. Paciente está bem, sem nenhum sinal da doença 12 meses após a operação. Conclusão - Duodenopancreatectomia laparoscópica com preservação do piloro e reconstrução em dupla alça jejunal é viável e pode ser útil para diminuir gravidade da fístula
pancreática pós-operatória.
*FMUSP, São Paulo.
TL.C.PAN.V.383
PANCREATECTOMIA CENTRAL TOTALMENTE LAPAROSCÓPICA COM PANCREATOJEJUNOSTOMIA
DUCTO-MUCOSA EM Y DE ROUX
Marcel Autran Cesar Machado*, Fabio Ferrari Makdissi*, Rodrigo Canada Surjan*
Resumo - Objetivo - Apresentar um vídeo com os aspectos técnicos de uma pancreatectomia central totalmente laparoscópica. Método - Paciente feminina, 53 anos com tumor sólido no colo do pâncreas foi encaminhada para tratamento. Quatro trocartes são usados. Ultrassom intraoperatório é usado
para localizar o tumor e o ducto pancreático principal. Pâncreas é seccionado com grampeador endoscópico. Espécime cirúrgico é removido para avaliar
margens cirúrgicas. A seguir é realizada pancreatojejunostomia ducto-mucosa em Y de Roux. Cavidade abdominal é drenada. Resultados - Realizamos
três casos consecutivos de pancreatectomia central laparoscópica com a técnica descrita acima. O tempo operatório variou de 280 a 430 minutos, com a
perda de sangue inferior a 100 ml, em todos os casos. Recuperação pós-operatória foi sem intercorrências e os pacientes receberam alta entre o quinto e
oitavo dia de pós-operatório. Um paciente desenvolveu fístula pancreática grau A que se resolveu espontaneamente após três semanas. Nenhum paciente
desenvolveu insuficiência pancreática exócrina e endócrina no acompanhamento de 8 a 13 meses. Conclusão - Pancreatectomia central totalmente laparoscópica com pancreatojejunostomia é uma técnica útil para a remoção de tumores localizados no colo do pâncreas. Embora mais difícil tecnicamente,
esta técnica evita insuficiência pancreática exócrina e endócrina. Este vídeo pode ajudar cirurgiões a realizar com segurança este complexo procedimento.
*FMUSP, São Paulo.
160
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Cirurgia • Vídeos
TL.C.PAN.V.384
WHIPPLE LAPAROSCÓPICA
Saturnino Ribeiro do NASCIMENTO NETO*, Ricardo Manfredine*, Diogo Swain Kfouri*, Eurico Cleto Ribeiro de Campos*,
Leticia Maria Schimitt Moreira*
Resumo - A cirurgia de Whipple é o procedimento de escolha para o tratamento dos tumores periampulares. A primeira GDP laparoscópica foi
realizada por Gagner em 1994. No entanto, tal cirurgia não ganhou popularidade no meio médico visto que se trata de cirurgia vídeo-avançada que
demanda equipe treinada, múltiplas anastomoses bem como aumento no tempo cirúrgico. Neste vídeo apresentamos uma Gastro-duodeno pancreatectomia laparoscópica, realizada para o tratamento de tumor periampular em paciente de 75 anos com IMC de 29. O paciente fora estadiado com TC
de abdômen e colangiorressonância. O tempo cirúrgico foi de 8 h, perda sanguínea de 200 ml e a reconstrução foi em alça única. Nesta utilizamos PDS
0000 para a anastomose ducto-mucosa e PDS 000 para sutura pancreato-jujunal. A anastomose bilio-digestiva fora feita em plano único e contínuo de
PDS 0000. A gastro-entero anastomose foi realizada com endogia 60 mm em parede posterior. A Whipple laparoscópica é uma alternativa no tratamento
dos tumores periampulares proporcionando ao paciente todas as vantagens da cirurgia minimamente invasiva. No entanto requer equipe treinada bem
como maior custo e maior tempo cirúrgico.
*HPM-PR, Paraná.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
161
Gastroenterologia • Pôsteres
Federação Brasileira de Gastroenterologia
Temas Livres
Gastroenterologia
Pôsteres • Orais • Vídeos • Fotos
162
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
ACHADOS MANOMÉTRICOS EM PACIENTES COM DISFAGIA
Joffre REZENDE NETO*, Joffre Rezende Filho*
Resumo - Introdução - A manometria esofagiana vem sendo empregada na prática clínica como método de avaliação de sintomas esofagianos,
notadamente a disfagia. A frequência dos achados manométricos em pacientes com disfagia pode variar conforme a região geográfica. Objetivo
- Avaliar os achados manométricos em pacientes com disfagia atendidos no Instituto de Gastroenterologia de Goiânia (IGG). Métodos - Foi
realizada uma análise retrospectiva dos achados de manometrias esofagianas, em pacientes com disfagia, realizadas no Laboratório de Motilidade Digestiva do IGG, no período de janeiro de 2004 a junho de 2013. A manometria esofagiana computadorizada foi realizada com sistema
de infusão continua com baixa complacência. Os critérios diagnósticos dos achados manométricos seguiu a classificação habitual (Spechler,
Gut 2001 49:145-151). Resultados - Foram avaliados 224 pacientes. O exame manométrico foi considerado normal em 63 (28,1%) e anormal
em 161 (72,9%). Acalasia idiopática ou esôfagopatia chagásica foi encontrada em 121 (56%); espasmo esofagiano distal em 19(8,4%); peristalse
hipertensiva (esôfago em quebra-nozes) em10(4,4%); peristalse débil em 10 (4,4%). Houve diagnóstico de possível disfagia lusória em 1 caso.
Conclusões - A manometria esofagiana demonstrou alterações motoras em 70% dos pacientes com disfagia, sendo a confirmação diagnóstica
de acalasia, o achado mais prevalente. O diagnóstico manométrico de espasmo esofagiano difuso em pacientes com disfagia é pouco comum.
*UFG, Goiás.
TL.G.ESO.P.386
ASSOCIAÇÃO DE DOENÇA CELÍACA E RETOCOLITE ULCERATIVA: RELATO DE CASO
César Al Alam Elias*, Carlos Fernando Francesconi*, Cristina Flores*, André Hofstaetter*, Daniel Lemons*,
Roberta Lunkes*
Resumo - Introdução - O presente caso descreve jovem com diagnóstico doença celíaca (DC), resposta inadequada à dieta e diagnóstico
subsequente de retocolite ulcerativa (RCU). Relato de caso - Mulher, 16 anos, diarreia há 2 meses, 10 evacuações/dia, sem restos patológicos.
Referia astenia, emagrecimento e dor abdominal. Apresentava anemia ferropriva (Hb= 4,7). Endoscopia digestiva alta (EDA) evidenciou
bulbo com nodosidade e D2 com pregas normais, mas serrilhadas. Histologia com atrofia parcial de vilos, compatível com DC (Marsch
IIIa). Após 1 mês da dieta engordou 5 kg, melhorou da anemia, mas persistiu com diarreia que melhorou parcialmente com metronidazol.
Após 6 meses recorreu com diarreia. Nova EDA realizada era normal e biópsia de D2 mostrou melhora da atrofia e do infiltrado linfocitário. Realizou colonoscopia, que identificou pancolite com presença exsudação, úlceras e friabilidade, compatível com RCU em atividade
acentuada, confirmado com histologia. Foi então iniciado prednisona e mesalazina, com resposta clínica inicial, mas incompleta, apresentando remissão após 4 meses de azatioprina. Discussão - Pacientes com doença celíaca apresentam risco aumentado de doença inflamatória
intestinal (DII), em torno de 10-12% (3,5 para RCU e 8,5% para Crohn). Todavia coortes com paciente com DII não identificam aumento
da prevalência de DC. A ausência de resposta à dieta, a presença de anemia e sintomas gastrointestinais baixos devem sugerir a realização
de colonoscopia para descartar DII.
Gastroenterologia • PÔSTERES
TL.G.ESO.P.385
*Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
TL.G.ESO.P.387
AVALIAÇÃO INICIAL DO IMC EM DIVERSAS FAIXAS ETÁRIAS E REAVALIAÇÃO APÓS 10 ANOS
Resumo - Introdução - Sobrepeso e obesidade são definidos como acúmulo de gordura anormal ou excessivo que podem prejudicar a
saúde, sendo a quinta causa de risco para mortes globais. No Brasil, uma recente pesquisa nacional mostrou que sobrepeso afeta cerca de
50% dos adultos e que a prevalência de obesidade é de 12,5% e 16,9% em adultos homens e mulheres, respectivamente. Objetivo - Avaliar
quanto ao sexo, a alteração do IMC inicial e após 10 anos em pacientes com faixa etária de 20 a 60 anos. Metodologia - Estudo retrospectivo
e descritivo, realizado com 400 pacientes de ambos os sexos, sendo 50% de cada, com idade entre 20 a 60 anos, divididos em faixas etárias
com intervalo de cinco anos atendidos na Gastroclínica Cascavel. Para a coleta de dados, foi realizada uma análise de banco de dados
interno. Os dados de peso e estatura foram utilizados para cálculo do IMC e analisados conforme classificação deste índice. Resultados - A
faixa etária de 20 a 30 anos, em ambos os sexos, manteve a média de IMC normal por período de 10 anos. Notou-se um aumento gradual
em indivíduos do sexo masculino acima de 30 anos e principalmente no grupo com idade maior de 46 anos. A maioria dos pacientes com
avaliação de eutrofia inicial manteve-se neste padrão, bem como os pacientes com avaliação de sobrepeso/obesidade inicial. Conclusão - O
sobrepeso e obesidade foram recentes em indivíduos acima dos 30, principalmente do sexo masculino e não houve alterações importantes
em pacientes com eutrofia inicial.
1
?
Mauro Willemann Bonatto1, Gabriel da Rocha Bonatto2, Letícia Alcântara2, Caroyine Doneda Silva Santos3,
Adriana Brianez1, Ricardo Shigueo Tsuchiya1, Carlos Alberto de Carvalho3, Tomaz Massayuki Tananka1
UNIOESTE, Paraná; 2UNIPLAC, Santa Catarina; 3Gastroclínica Cascavel, Paraná.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
163
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.ESO.P.388
CONTRASTES NA MORTALIDADE POR NEOPLASIA ESOFÁGICA NO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
Michel Ribeiro Fernandes1, Guilherme Pereira Simor1, Maitê Pedrotti1, Martin Batista Coutinho da Silva1,
Eduardo Batista Schneider1, Daniele de Sena Brisotto2, Lieverson Augusto Guerra1
Resumo - Introdução - Estudos apontam que as diferenças socioeconômicas podem ser fatores relevantes na incidência de neoplasia de esôfago. Historicamente, o Rio Grande do Sul (RS) possui um desenvolvimento geográfico desigual, com predomínio de áreas rurais no sul do estado e urbano no
norte. Nos últimos anos, essa patologia apresentou um declínio de mortalidade significativo no RS, boa parte devido ao maior reconhecimento dos seus
fatores de risco. Objetivo/Método - Vinte e seis cidades do RS foram selecionadas aleatoriamente e agrupadas conforme sua localização geográfica entre
Norte e Sul. Todas tiveram suas taxas de mortalidade (TxM) por neoplasia esofágica calculadas entre os anos de 2000 e 2009, bem como o IDH. A fonte
de dados foi o DATASUS. Resultados - Comparando-se os grupos norte e sul obteve-se diferença significativa nas TxM (8,4 ± 6,1 vs. 9,8 ± 6,3; P=0,022),
respectivamente. Quanto ao gênero, os homens registram maior TxM em relação às mulheres (13,9 ± 3,0 vs. 4,4 ± 1,2; P<0,001). Analisando as TxM
com o IDH obtemos uma correlação entre estes (Pearson = -0,488; P=0,011). Conclusão - Nossas análises demonstram que há uma maior ocorrência
de óbitos por neoplasia esofágica no Sul do que no Norte do RS, apresentando como possível coadjuvante o nível de qualidade de vida menor no Sul.
Estudos futuros deverão correlacionar este achado com maiores ocorrências de fatores de risco como tabagismo, que pode por influência da fronteira ser
um fator primordial nos hábitos sociais e culturais da região sul do RS.
1
Universidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul; 2Hospital São Vicente de Paulo – HSVP, São Paulo.
TL.G.ESO.P.389
DISFAGIA ASSOCIADA À NEUROFIBROMATOSE
Fernanda Gonçalves Faria*, Bianca Gullo Espinola*, Alessandra Mendonça de Almeida Maciel*,
Carlos Eduardo Brandão Mello*
Resumo - Introdução - Neurofibromatose (NF), neurofibroma e Schwannoma são os principais tumores do sistema nervoso periférico. Trata-se de
transtorno genético autossômico dominante com penetração completa e expressões fenotípicas diversas. A NF tipo 1 se manifesta como lesões proliferativas microscópicas de nervos autônomos e células intersticiais (Cajal) até massas grosseiras de neurofibromas e tumores estromais gastroenintestinais
(GIST). Tem progressão crônica podendo levar à paresia facial e disfonia por compressão de nervos próximos. Manifestações digestivas ocorrem em 5-25%
e são tardias, surgindo em geral após as lesões cutâneas. Disfagia pode ocorre por comprometimento motor difuso do esôfago, neurinoma plexiforme
mimetizando lesão tumoral ou GIST. Relato de caso - Mulher, 69 anos, saudável, nega tabagismo e etilismo, diagnóstico de neurofibromatose em 2002,
evoluindo com disfonia, ptose palpebral e lesões cutâneas. Desde então, sintomas de RGE e disfagia progressiva para alimentos sólidos. Atualmente,
disfagia acentuada para líquidos e perda ponderal. EDA: Ausência de esofagite ou hérnia de hiato. Esofagomanometria - Aperistalse em 100% das deglutições. Conclusão - Disfagia é uma possível complicação de portadores da NF-1.
*Hospital Universitário Gaffree Guinle – UNIRIO, Rio de Janeiro.
TL.G.ESO.P.390
DIVERTÍCULO DE ZENKER - RELATO DE CASO
Pedro Lhermusieau Barros1, Hugo Silva Camilo2, Murilo Meneses Nunes1, Matheus Vieira Matos1,
Luiz Carlos Pedreira Barros3, Rodrigo Álvares Salum Ximenes1, Guilherme Andrade Lemes1,
Gustavo Honorato Godoi Martins1
Resumo - Introdução - Embora o divertículo de Zenker seja relativamente infrequente, ele deve ser sempre considerado em casos de disfagia, halitose
e doenças broncoaspirativas. Ele ocorre por uma dilatação infundibuliforme que aparece em paredes de órgãos tubulares e pode ser proveniente de
malformações congênitas, tração da parede de uma víscera por um processo inflamatório e herniação devido a um aumento da pressão intraluminal
associada a defeitos na camada muscular. Objetivo - Relato de caso de um paciente portador de um divertículo de Zenker. Relato do caso - Paciente, 52
anos, masculino, com história de disfagia alta, regurgitações, tosse ao ingerir alimentos e, no período noturno, associada à sensação de borborigmos
na região cervical. Ao exame radiológico e endoscópico há denuncia de volumoso divertículo faringoesofagiano (Divertículo de Zenker). Paciente foi
submetido à ressecção e sutura do esôfago. O RX após o procedimento cirúrgico evidenciou um bom resultado, trânsito esofagiano livre e ausência
de fistulização. Método - Relato de um caso com revisão bibliográfica. Discussão - O divertículo de Zenker consiste basicamente em uma deformação
sacular dilatada, localizada na parede póstero-inferior da mucosa faríngea. Embora seja pouco frequente, deve ser incluído no diagnostico diferencial
em quadros de halitose e disfagia. Conclusão - Deve-se sempre se atentar quanto à possibilidade de haver um divertículo de Zenker na presença de
sintomas característicos.
1
UFG; 2PUC-GO; 3Hospital Amparo, Goiás.
164
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.ESO.P.391
EPIDEMIOLOGIA DOS TUMORES MALIGNOS DO ESÔFAGO: CARCINOMA EPIDERMOIDE VERSUS
ADENOCARCINOMA
Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY*, Mauro Masson Lerco*, Vania Cristina Lamônica*
Resumo - Dentre as neoplasias que acometem o trato gastro intestinal, o câncer do esôfago classifica-se entre aquelas de maior agressividade, tendo
em vista o diagnóstico tardio. O câncer do esôfago pode ser classificado, segundo a histologia, em carcinoma epidermoide (CE) e adenocarcinoma (AC).
O objetivo do presente trabalho é analisar a epidemiologia do câncer do esôfago, nos 2 tipos histológicos. Casuística e Método - Foram estudados 100
pacientes com câncer do esôfago (91 homens). Os pacientes foram divididos em 2 grupos de 50, na dependência da histologia: G1-carcinoma epidermoide
e G2-adenocarcinoma. Foram estudados: dados demográficos (idade, gênero, raça); avaliação nutricional (índice de massa corporal-(IMC), porcentagem
de perda ponderal (%PP), hemoglobina (HB), albumina sérica (ALB); hábitos de vida (Alcoolismo e tabagismo); esôfago de Barrett (EB). Resultados
- dados demográficos - idade e gênero, sem diferença; raça-maior incidência de raça negra no G1; avaliação nutricional-IMC-valores mais elevados em
G2 (p=0,006); %PP, HB e ALB-sem diferença entre os grupos; hábitos de vida-associação álcool/tabaco - valores mais elevados em G1; tabaco-valores
mais elevados no G2; EB: 6% em G2 e 0% em G1. Conclusões - 1) O CE é mais prevalente na raça negra; 2) O consumo associado do álcool e tabaco é
observado com maior frequência no CE; 3) O AC é mais prevalente na raça branca; 4) Obesidade, tabagismo e esôfago de Barrett são os fatores de risco
mais importantes para o AC.
*UNESP, São Paulo.
TL.G.ESO.P.392
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA (EE): UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Germana Jardim Marquez*, Norrara Amanda Teles
Martins*, Ana Carolina Henrique Accioli Martins Soares*, André Rezek Rodrigues*, Danillo Gomes Leite*, Daniel Strozzi*
Resumo - Introdução - Esofagite eosinofílica (EE) é uma entidade clínica patológica emergente que cursa com denso infiltrado eosinofílico no esôfago,
imunologicamente mediada e caracterizada clinicamente por sintomas de disfunção esofágica. É considerada uma doença isolada do esôfago. Relato de
caso - Paciente masculino, 23 anos, com epigastralgia há 2 anos, iniciou terapêutica com IBP, sem sucesso. Fez endoscopia digestiva alta (EDA) + biópsia
gástrica (gastrite leve). Dobrou-se a dose do IBP, associou-se um pró-cinético. Sem melhora, evoluiu com disfagia para sólidos. Realizada nova EDA, com
biópsia esofágica (90 eosinófilos/campo). Encaminhado ao serviço de alergia, porém não compareceu. Após três meses, apresentou episódio de impactação
alimentar, realizando EDA de emergência para desobstrução esofágica. Após o ocorrido, procurou o serviço de alergia onde realizou testes imediatos e
tardios evidenciando alergia respiratória (ácaros e barata) e alimentar (milho e soja). Iniciado tratamento para rinite alérgica, excluídos o milho, a soja e
seus derivados da dieta e inserido fluticasona (aerosol deglutido), 500mcg de 12/12hs. Após três meses, nova EDA não apresentou alterações. Foi retirada
a fluticasona e mantida a dieta. Paciente evoluiu assintomático. Conclusão - EE deve ser sempre lembrada em pacientes que apresentam sintomas de
disfunção gastro-esofágica e não estão evoluindo bem ao tratamento.
*PUC-GO, Goiás.
TL.G.ESO.P.393
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA CURSANDO INICIALMENTE COM ESTENOSE ESOFAGEANA.
RELATO DE CASO
Gilberto Borges do Prado Júnior1, Lucas Araújo Barbosa1, Ricardo Duarte Marciano1, Alexandre Augusto Ferreira Bafutto1,
Juliana de Paula Guimarães2, Sarah Vidal da Silva, Aurelio Ricardo Troncoso Chaves Júnior1, Mauro Bafutto4
Resumo - Introdução - Esofagite eosinofílica (EE) é uma doença inflamatória do esôfago caracterizada por infiltração de eosinófilos no epitélio escamoso do esôfago. Acomete mais homens, sem relação clara com etnia ou raça. A fisiopatologia está relacionada com atopia em combinação com o
aumento de imunoglobulina E. Objetivo - Relatar um caso de EE com manifestação inicial de estenose esofágica. Relato de caso - L.C.F., 24 anos, sexo
masculino, relata que desde a infância tinha episódios de disfagia de alívio espontâneo. Há 1 ano e 8 meses teve episódio de impactação alimentar, sendo
realizada dilatação endoscópica com vela de Savary-Gilliard, devido a estenose grave do terço médio do esôfago, obtendo boa resposta ao tratamento.
Posteriormente, realizou nova endoscopia que revelou diminuição do calibre na porção média, sinais de esofagite moderada distalmente, além de biópsia
que evidenciou EE moderada com vários eosinófilos. Está em uso de esomeprazol 40 mg e prednisona 20 mg, atualmente em remissão do quadro. Discussão - A EE possui como sintomas clássicos disfagia, pirose, odinofagia e impactação de alimentos. O achado histológico caracteriza-se por eosinofilia,
acompanhada de microabcessos. A inflamação crônica pode levar a um processo irreversível de remodelação e estenose esofágica. No caso o paciente
apresentou estenose esofageana como manifestação inicial, o que comumente não ocorre em pacientes com EE. Concluímos que a EE pode manifestar-se inicialmente com estenose de esôfago.
1
PUC Goiás; 2Liga de Gastro - Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 3Liga do Sistema Digestivo - Universidade Federal de Goiás; 4Instituto Goiano de Gastroenterologia, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
165
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.ESO.P.394
ESOFAGITE EOSINOFÍLICA: UMA ABORDAGEM MULTIPROFISSIONAL
Danillo Gomes Leite*, Izabella Cristina Cardozo Bomfim*, Germana Jardim Marquez*,
Ingrid Steltenpool Torminn Borges*, Marília Adriano Mekdessi*, Daniel Strozzi*
Resumo - Introdução - Esofagite eosinofílica (EE) é uma entidade clínica patológica emergente, imunologicamente imediada, cuja patogênese está
associada com atopia. Cursa com denso infiltrado eosinofílico no esôfago e clinicamente por sintomas de disfunção esofágica. Relato de caso - Paciente
masculino, 20 anos, com quadro de disfagia tolerável desde a infância. Negava demais sintomas. Há três anos, iniciou uma piora clínica caracterizada
por episódios de impactação esofágica e vômitos. Realizou endoscopia digestiva alta(EDA) que mostrou uma panesofagite com traqueização da mucosa e subestenose anelar no esôfago cervical, além de hérnia hiatal por deslizamento de pequeno volume e gastrite antral enantematosa-nodular leve.
Biópsia do esôfago revelou 100 eosinófilos/campo. Paciente foi submetido a dilatação esofágica e iniciou tratamento com fluticasona 250 mcg, 4 jatos,
12/12 hrs; montelucaste de sódio 10 mg, 1 comprimido/dia; e pantoprazol 40 mg, 2 comprimidos/dia. Testes alérgicos revelaram-se positivos para leite,
carne de frango, soja, ácaros e picada de formiga. Paciente segue em tratamento medicamentoso e acompanhamento no serviço de gastroenterologia,
imunologia e nutrição. Apresentou melhora clínica. Conclusão - EE deve ser sempre lembrada em pacientes que apresentam história de atopia e sintomas
de disfunção gastro-esofágica, na ausência de doença do refluxo e resposta a provas terapêuticas. Na faixa etária pediátrica sua manifestação pode ser
mais inespecífica dificultando o diagnóstico precoce.
*PUC-Goiás.
TL.G.ESO.P.395
ESOFAGITE NECROTIZANTE AGUDA: CAUSA INCOMUM DE HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA
Bruno Pereira de Moraes*, Marina Paiva*, Rafaela Cristina Goebel Winter Gasparoto*,
Michelle Kucera Kesties*, Simone Lopes Guedes Moreira*, Leonardo Altieri*
Resumo - Introdução - A esofagite necrotizante aguda (ENA) é uma causa rara de hemorragia digestiva alta (HDA), resultante da combinação de
isquemia esofágica, corrosão pelo conteúdo gástrico e prejuízo nos mecanismos de reparação da mucosa. Objetivo - Relatar dois casos que ilustram
a condição, com desfechos distintos. Relatos de caso - Caso 1 - EPC, masculino, 40 anos, etilista crônico. Admitido por hematêmese há 12 horas. Sem
ingestão cáustica ou de AINE. EDA evidenciou pigmentação esofágica acastanhada circunferencial em esôfago distal. Histologia mostrou necrose da
mucosa esofágica. Tratado com jejum, cristaloides, nutrição parenteral total, inibidor de bomba de prótons (IBP) e sucralfato. EDA de controle revelou
mucosa esofágica normal. Reintroduzida dieta oral após 5 dias, com posterior alta hospitalar. Caso 2 - MPQ, feminino, 84 anos, hipertensa, diabética,
coronariopata. Internada por infecção urinária. Evoluiu com pneumonia nosocomial e melena. EDA evidenciou mucosa esofagiana enegrecida e friável.
Iniciados IBP, dieta enteral e suporte clínico. Paciente evoluiu com quadro séptico e óbito. Discussão/Conclusão - A ENA deve ser incluída no diagnóstico
diferencial da HDA. Tem causa multifatorial (isquemia esofágica associada à hipoperfusão em doenças críticas). A terapia é inespecífica: bloqueadores
da secreção ácida, medidas gerais, como hidratação, tratamento das patologias de base e repouso esofágico. O prognóstico é desfavorável, pela gravidade
das situações clínicas subjacentes.
*Hospital do Servidor Público Municipal - HSPM, São Paulo.
TL.G.ESO.P.396
ESTENOSE ESOFÁGICA APÓS INGESTÃO DE DRAMIN. RELATO DE CASO
Monica Yuri AYABE*, Marcelo Pacheco Gonçalves*, Mauro Masson Lerco*, Davi Lopes Luvizoto*,
Diego Cesar da Silva Pechutti*, Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY*
Resumo - As estenoses benignas do esôfago têm diversas etiologias, sendo as mais comuns a péptica, a caustica, pós escleroterapia e medicamentosa. As medicações que causam lesões com maior frequência são: tetraciclina, acido ascórbico, sulfato ferroso e quinidina. A estenose esofágica após
ingestão de Dramin é um evento pouco comum, fato que motivou a presente comunicação. Relato de caso - Paciente feminina, 26 anos, branca, casada
apresentou síndrome labiríntica, sendo medicada com Dramin (suspensão). Logo após a ingestão da droga sentiu intenso formigamento da língua, com
edema e hiperemia da mesma, seguida de vômitos que duraram 2 semanas, inúmeras vezes por dia. Após tratamento os vômitos cessaram, porém iniciou
um quadro de disfagia progressiva, com perda de 20 kg em 2 meses. O exame contrastado do esôfago demonstrou estenose do mesmo, em extensão de
10cm, a qual foi confirmada por endoscopia. A paciente foi submetida a esofagectomia e esofagogastroplastia trans-hiatal com excelente evolução. Os
autores concluem que a droga ingerida (Dramin) deve ter causado efeito deletério na barreira anti refluxo gastroesofágico, acarretando diminuição da
pressão no esfíncter inferior do esôfago, episódios de refluxo gastroesofágico que culminaram com a estenose péptica, a qual foi confirmada por estudo
anatomopatológico da peça cirúrgica.
*UNESP, São Paulo.
166
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.ESO.P.397
ESTUDO DE UMA SÉRIE DE CASOS DE ESOFAGITE EOSINOFÍLICA EM UMA INSTITUIÇÃO DE
BRASÍLIA
Káritas Rios Lima Matsunaga1, Cecília de Oliveira Maia Pinto1, Marcos de Vasconcelos Carneiro2, Julio Cesar VELOSO3, Flavio
Hayato EJIMA3,4, Stefânia Burjack Gabriel1,2,5, Técio de Araújo Couto2,6, Heinrich Bender Kohnert Seidler7,8
Resumo - Introdução - esofagite eosinofílica (EoE) é uma doença esofágica crônica, de baixa prevalência, mediada por imuno/antígenos, caracterizada
histologicamente por inflamação eosinofílica. Objetivo - descrever as características clínicas, endoscópicas e histológicas de casos de pacientes com EoE.
Método - estudo descritivo de uma série de casos, formada por pacientes com infiltração eosinofílica da mucosa esofágica entre os anos de 2010 e 2013
num centro médico privado. Foram coletados dados clínicos e endoscópicos do pedido de biópsia e do laudo histopatológico, sendo o diagnóstico de EoE
firmado pela presença de 20 ou mais eosinófilos por campo de grande aumento em pelo menos um fragmento da mucosa esofágica. Casuística - 54058
pacientes submetidos à endoscopia digestiva alta. Resultados - 280 (0,5%) exibiram infiltrado eosinofílico no esôfago, sendo 72,14% do sexo masculino;
idade média de 33,94 anos (10-69 anos). Resgatou-se o pedido de biópsia em 260 dos casos, com 85,38% apresentando suspeita clínica de EoE; 53,46%
com descrição de alterações endoscópicas, sendo 64,74% destes com características sugestivas de EoE, e 75,76% sem menção aos sintomas clínicos. Em
92,8% dos casos, realizaram-se biópsias gástricas, sendo detectado H. pylori em 36,15%. Detectou-se fibrose subepitelial em 38,57%. Conclusão - A EoE
apresentou baixa prevalência, idade média 33,94 anos; gênero masculino predominante; alta suspeição clínica e fibrose subepitelial detectada em mais
de 1/3 dos casos.
1
HFA; 2HBDF; 3Gastroscope; 4HRT; 5Gastro e Fígado; 6Unidade de Fígado; 7Laboratório Brasiliense; 8UnB, Brasília.
TL.G.ESO.P.398
HISTOPLASMOSE ESOFÁGICA: RELATO DE UM CASO
Thiago David Alves Pinto1, Thaís David Das Neves Alves2, Sebastião Alves Pinto1, Thaysa Cardoso Silva3,
Maria Luiza Freire Santos Silva2, Natalia Orquisia Luz Hoesker2, Mariana Ferreira Mazzoni2, Daniela Medeiros Milhomem Cardo4
Resumo - Introdução - A histoplasmose é uma micose profunda causada por Histoplasma sp., proveniente de excrementos de morcegos e aves. Pode
ter envolvimento pulmonar ou sistêmico. Lesões aerodigestivas superiores são encontradas principalmente associadas à doença sistêmica, afetando principalmente imunossuprimidos (p.ex. HIV). A infecção se dá através da inalação dos conídeos. Dentro de complexos macrofágico-linfoides, o fungo irá
multiplicar-se, alcançando linfonodos e, em seguida, a circulação sistêmica, instalando-se em órgãos (p.ex. esôfago). Objetivo - Relatar caso de paciente
Imunocomprometido com Histoplasmose Esofágica(HE). Relato de caso - Paciente do sexo masculino (A.V.D) de 47 anos, HIV positivo. Quadro clínico
de disfagia rapidamente progressiva, pirose e queda importante do estado geral. No exame endoscópico foi evidenciado extensos focos de ulceração com
depósitos de fibrina. Realizado múltiplas biópsias, as quais revelaram em estudo histopatológico mucosa esofágica exibindo epitélio escamoso com extensa
área erosiva recoberta por induto fibrinoleucocitário e acentuada reação inflamatória crônica granulomatosa com células gigantes multinucleadas permeadas por numerosas estruturas leveduriformes identificáveis à Histoplasma sp. O paciente entrou em protocolo de tratamento para SIDA e antifúngicos
com boa resposta terapêutica. Conclusão - A HE, assim como outras doenças oportunistas, podem complicar casos de pacientes imunocomprometidos
e devem ser prontamente identificadas e combatidas em tempo hábil.
1
INGOH, Goiás; 2Faculdade de Medicina de Petrópolis, Rio de Janeiro; 3Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás; 4Hospital São Salvador, Goiás.
TL.G.ESO.P.399
MIGRAÇÃO AGUDA DA VÁLVULA APÓS TRATAMENTO CIRÚRGICO DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO
Maurice Youssef Franciss*, Bruno Zilberstein*, Fernando Furlan Nunes*, Juliana Abbud Ferreira*, Renato Araujo Pereira*,
Ricardo Staffa*, Roger Willian Fernandes Moreira*
Resumo - Introdução - Com a videolaparoscopia no tratamento da DRGE houve um aumento significativo das operações, com recuperação mais rápida,
menor dor e melhor aceitação pelos pacientes. Uma das complicações da é a migração da fundoplicatura para o tórax, que ocorre em 0,2 a 6% dos casos.
Esta complicação pode ocorrer pela liberação insuficiente do esôfago, defeito na confecção da hiatoplastia, dissecção extensa do fundo gástrico com
ligadura dos vasos breves, entre outras causas. O diagnóstico é feito pela sintomatologia clínica, alterações radiológicas e/ou tomográficas. O tratamento
é a cirúrgico. Objetivo - DAPS, 37 anos, feminino, com dor epigástrica, náuseas e vômitos, procura o PS no 20°PO hiatoplastia e fundoplicatura à Nissen.
Realizado RX tórax com migração do estômago para o tórax, confirmada pelo EED e TC. Submetida a nova laparoscopia, com redução da hérnia e
confecção de nova fundoplicatura e reforço com tela. Resultados - Paciente evolui com melhora dos sintomas, dieta líquida no segundo dia de PO e alta
no quarto dia. Em retornos sequenciais não apresentou novas queixas com boa aceitação da dieta. Conclusão - A migração da válvula anti-refluxo para o
tórax é complicação rara, porém esperada na operação de tratamento da doença do refluxo gastroesofágico, seu tratamento deve ser cirurgia de urgência,
que pode ser realizada também pela via laparoscópica e com o uso de prótese no reforço do pilar esofagiano.
*Gastromed, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
167
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.ESO.P.400
PRESBIESÔFAGO E DISFAGIA - UM RELATO DE CASO
Bárbara Falcão Rodrigues URBANO*, Alessandra Pressotti Correia*, Luciana Cristina Polli*,
Renato Katipiam Giron*, Alexandre Venâncio de Sousa*, Roberto Anania de Paula*
Resumo - Introdução - O termo presbiesôfago caracteriza um conjunto de alterações na manometria durante a peristalse do esôfago. Os principais
sintomas são disfagia, dor torácica, regurgitação e pirose. Objetivo - Chamar a atenção para o presbiesôfago como diagnóstico diferencial de neoplasia
na disfagia progressiva. Material e Métodos - Estudou-se um caso de uma paciente, 85anos, que chegou ao hospital com queixa de importante perda
ponderal e disfagia progressiva há 1 ano, tosse crônica, regurgitação e inapetência há 1 semana. Foi submetida a endoscopia digestiva alta e EED que
evidenciaram esôfago de diâmetro aumentado em toda sua extensão e estreitamento fixo em seu terço médio, sendo confirmado o diagnóstico de presbiesôfago. Discussão - Com o aumento da expectativa de vida torna-se necessário o conhecimento sobre as alterações dos diversos sistemas relacionadas
ao envelhecimento. Alguns autores relatam que o presbiesôfago pode estar relacionado a doenças como o diabetes mellitus ou ao uso excessivo de medicações. Nesse caso, entretanto, a paciente não apresentava comorbidades ou fazia uso de medicamentos Conclusão - Em pacientes com história de perda
ponderal e disfagia progressiva a hipótese de neoplasia deve ser considerada. Uma vez afastada, outros diagnósticos diferenciais, como o presbiesôfago,
merecem destaque, uma vez que em muitos casos pode mimetizar uma estenose neoplásica.
*Faculdade de Medicina de Jundiaí, São Paulo.
TL.G.ESO.P.401
SÍNDROME DA ARTÉRIA MESENTÉRICA SUPERIOR POR ACALASIA CHAGÁSICA
Dulcyane Ferreira de Oliveira 1,2, Matheus Augusto Ferreira Guimarães1,2, Anna Carolina Franco1,2,
Tabata Natashe Vicente Machado2, Igor Carlos Dueti Vilalba Souza De Abreu2, Ademar Garcia2
Resumo - Introdução - A síndrome da artéria mesentérica superior (SAMS) é uma doença rara (0,2-1%), caracterizada por compressão da terceira
porção do duodeno pela artéria mesentérica superior e aorta abdominal, causando obstrução gastrointestinal alta. Objetivos - Descrever um caso clínico
de um paciente com acalasia chagásica, que desenvolveu SAMS por consumpção devido à doença de base e analisar esta associação. Método - Relato de
caso e revisão literária. Resultado - Paciente, sexo masculino, 60 anos, portador de Doença de Chagas, desnutrido, encaminhado ao serviço de cirurgia
geral do Hospital Geral Universitário para correção cirúrgica de megaesôfago chagásico grau II. Radiografia baritada não evidenciou SAMS, sendo feito
diagnóstico intra-operatório. Realizou-se uma cardiomiomectomia à Heller - 08 cm acima e 02 cm abaixo da cárdia, preservando-se a mucosa esofágica
íntegra; confecção de válvula anti-refluxo à dor e hiatoplastia posterior; além da realização de duodenojejunoanastomose látero-lateral trans-mesocólica,
entre a segunda porção do duodeno e jejuno, a 15 cm do ângulo de Treitz. Paciente, evoluiu em boas condições clínicas, recebendo alta hospitalar em 6º
pós-operatório, com ganho ponderal de 05 kg em 02 meses. Conclusão - No Brasil a Doença de Chagas é endêmica, e os médicos precisam estar cientes
desta associação rara, a fim de seu reconhecimento precoce para permitir uma abordagem adequada, interrompendo o ciclo de perda de peso e obstrução
intestinal secundário a SAMS.
HGU; 2UNIC,
1
TL.G.ESO.P.402
TUBERCULOSE ESOFÁGICA: RELATO DE CASO
Vanessa Camelier de Assis CARDOSO*, Marcos Clarêncio Batista Silva*, Igelmar Barreto Paes*, Maria Alice Pires Soares*, Maria
Conceição Galvão Sampaio*
Resumo - Tuberculose esofágica. Introdução - O envolvimento esofágico por micobactérias é raro. Usualmente decorre de lesão por contiguidade a
partir de estruturas adjacentes como linfonodos mediastinais. Disfagia é o principal sintoma. EDA com biópsia é o exame diagnóstico de escolha, sendo
a TC de tórax útil para diferenciação entre lesão esofágica primária e secundária. O tratamento é baseado no esquema RIPE por 6 - 9 meses com bom
prognóstico. Relato de caso - Paciente hígido com relato de dor torácica e disfagia progressiva, há 3 semanas. Nega tosse ou febre. Perda ponderal não
quantificada no período. EDA evidenciou em esôfago médio, úlcera ovalar, profunda, friável, medindo cerca de 3 cm, bordos regulares, base recoberta
por fibrina e orifício marginal sugestivo de fístula. TC de tórax com lesões em região para-traqueal e infra-carinal, sugestivas de linfonodos mediastinais
patológicos, sem alteração no parênquima pulmonar. Intradermorreação de Mantoux reator (30 mm). Sorologia para HIV negativa. A biópsia da lesão
revelou processo inflamatório crônico granulomatoso com necrose caseosa e tecido de granulação, sugestivo de tuberculose. Baciloscopia negativa.
Realizou tratamento com esquema RIPE por 06 meses com regressão da lesão esofágica. Conclusão - É importante o reconhecimento desta entidade no
diagnóstico diferencial das lesões esofágicas, também em pacientes imunocompetentes, uma vez que o diagnóstico e a intervenção precoces implicam
melhor prognóstico.
*Serviço de Endoscopia Digestiva e Centro de Hemorragia Digestiva Prof. Dr. Igelmar Barreto Paes - Hospital Geral Roberto Santos, Bahia.
168
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.ESO.P.403
TUMOR DE CÉLULAS GRANULOSAS (TUMOR DE ABRIKOSSOFF) DE
ESÔFAGO – RELATO DE CASO
Cecília Pacheco Lemes*, João Luiz Brisotti*, Clayton Pacheco Lemes*, Stephanie Kalandra Müller*
Resumo - O tumor de células granulares (TCG) é uma neoplasia rara, descoberta por Abrikossoff em 1926, com forte evidência de possuir origem
neural. A neoplasia apresenta lesões geralmente benignas e mais comumente encontradas na região de cabeça e pescoço (50%). Sua localização no
trato gastrointestinal é incomum (8%), sendo mais frequente no esôfago do que em outras partes. A literatura descreve presença de TCG em 0,012
a 0,033% das endoscopias digestivas altas realizadas, sendo que esta proporção se repete em materiais de autópsia. O artigo tem como objetivo
descrever o caso de um paciente com esse diagnóstico incidental endoscópico, bem como discutir achados clínicos, endoscópicos, patológicos, e seu
acompanhamento ambulatorial.
*Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, São Paulo.
TL.G.ESO.P.404
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL TRATADO COMO PSEUDOCISTO PANCREÁTICO
Raíssa Espírito Santo Almeida*, Renato Duffles Martins*, Vitorio Luís Kemp*,
Charliana Uchoa Cristovão*, Lívia Dantas Teles*, Marina Santos e Souza*,
Vanessa Paula Lins Porto Mota*, Alex Baia Gualter Leite*
Resumo - Introdução - Os tumores estromais gastrointestinais (GISTs) são relativamente raros, representando 1 a 3% das neoplasias malignas do TGI.
Tipicamente, se apresentam como neoplasias subepiteliais, que se originam em qualquer local do trato digestivo, principalmente no estômago e intestino
delgado, mas podem ocorrer também em sítios extraintestinais, como omento, mesentério e retroperitônio. Relato do caso - Paciente do sexo feminino,
74 anos, portadora de hipertensão arterial e diabetes tipo 2, apresentando na TC de abdome lesão cística abdominal retrogástrica, complexa, em amplo
contato com o parênquima pancreático, de grande volume (28 x 26 x18 cm), com paredes levemente irregulares, acompanhada de sintomas compressivos
e perda de peso. Com a hipótese diagnóstica de pseudocisto pancreático, foi submetida a cistojejunoanastomose com reconstrução em Y de Roux, para
drenagem do mesmo. Evoluiu com anemia e quadro de melena, sendo internada para investigação. Realizados EDA, colonoscopia, cintilografia e arteriografia, sem definição do sítio de sangramento. Devido à hipótese de sangramento pela lesão cística, a paciente foi submetida a duodenopancreatectomia.
A análise morfológica da peça cirúrgica, associada ao perfil imuno-histoquímico, foi compatível com tumor estromal gastrointestinal (GIST) de alto grau
histológico de malignidade. No pós-operatório, a paciente evoluiu a óbito, secundário a sepse foco abdominal.
*UNIFESP, São Paulo.
TL.G.ESO.P.405
TUMORES SINCRÔNICOS DO ESÔFAGO
Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY*, Mauro Masson Lerco*, Walmar Kerche de Oliveira*
Resumo - Os tumores sincrônicos (TS) são lesões neoplásicas em número de duas ou mais, localizadas em um mesmo órgão. Os TS do cólon são
comuns e observados em 20% dos espécimes ressecados. Todavia os TS do trato digestivo alto são raros. O objetivo desta comunicação é apresentar os
aspectos epidemiológicos e clínicos de pacientes com TS do esôfago. Dentre os 190 pacientes com câncer do esôfago atendidos (CE) nos últimos 10 anos
em nossa instituição, 10 apresentavam TS (grupo 1). A epidemiologia, clínica e evolução desses pacientes foi comparada com 10 pacientes com CE com
lesão única (grupo 2). Os pacientes do grupo 1 eram 8 homens, com idade média de 60,6 anos. No grupo 2, a idade média foi de 56,4 anos, acometendo
10 homens. Em todos os pacientes (n = 20), o tipo histológico observado foi o carcinoma epidermoide. Nos pacientes com TS, as localizações preferenciais das lesões foram os segmentos médio e distal do esôfago (n = 9). No grupo 2, 3 pacientes apresentavam a lesão no segmento médio, 3 no distal e
2 no superior. O consumo de álcool foi referido por 8 pacientes do grupo 1 e no grupo 2, por todos os pacientes. O uso do tabaco foi confirmado por
todos os pacientes. O estudo tomográfico revelou doença avançada em todos os pacientes. A sobrevida média dos pacientes do grupo 1 (6,6 meses) não
diferiu da observada no grupo 2 (6,5 meses). Os autores concluem que a epidemiologia, clínica e evolução dos pacientes com TS do esôfago não diferem
da observada naqueles com lesão única.
*UNESP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
169
Gastroenterologia • Pôsteres
Pôsteres • ESTÔMAGO/DuODENO
TL.G.EST/DUO.P.406
A PREVALÊNCIA DAS DOENÇAS DO APARELHO DIGESTIVO COMO CAUSA DE INTERNAÇÃO EM
HOSPITAIS DA REDE PÚBLICA DE JOÃO PESSOA - PB
Frederico Tácito Rodrigues de Souza1, Iana Lícia Cavalcanti de Castro1, Thiago Mendonça Ferreira1, Geiza Fernanda Filgueira Alcindo1,
Vitor Regis Caroca2, Rafael da Cruz Rios Sampaio1, Danillo Teixeira Vilas Boas1, Wellington Hugo da Silva1
Resumo - As Doenças do Aparelho Digestivo (DAD) são cada dia mais frequentes contribuindo com uma parcela importante nos números de atendimentos e internações nos serviços conveniados ao SUS. No estado da Paraíba, no ano de 2008, as DAD correspondiam a 7,49% das causas de internações.
Os objetivos desta pesquisa são analisar a prevalência das DAD como causa de internação em hospitais da rede pública de saúde de João Pessoa - PB, entre
os anos de 2008 e 2012 e observar a oscilação dos números. A pesquisa de campo é do tipo observacional, com abordagem descritiva. Os dados da pesquisa
foram colhidos no portal do DATASUS. A amostra analisada foi de 417.355 internações. Neste período as DAD foram responsáveis por 34.095 internações
hospitalares, o que representa 7,23% do total. Em 2008 as DAD correspondiam a 7,49% das causas de internações; no ano seguinte esse valor subiu para
7,64%; em 2010 subiu 0,89% em relação ao ano anterior. Em 2011 chegou ao seu ápice com 8,80%; já em 2012 houve uma pequena regressão, caindo para
8,29%. Apesar da regressão no último ano da amostra, o estudo observou uma taxa de crescimento de 0,16% ao ano, o que representa um aumento de 261
internações a cada ano. A maior oscilação ocorreu entre 2009 e 2010, que foi de 0,89%, o que representa 968 internações a mais em relação ao ano anterior.
Conclui-se que as DAD segue um crescimento linear e com uma participação importante no número global de internações no período compreendido.
Faculdade de Medicina Nova Esperança; 2UFCG, Paraíba.
1
TL.G.EST/DUO.P.407
A PREVALÊNCIA DAS ÚLCERAS GÁSTRICA E DUODENAL COMO CAUSA DE INTERNAÇÃO NA REDE
PÚBLICA DE SAÚDE DE JOÃO PESSOA - PARAÍBA
Frederico Tácito Rodrigues de Souza1, Iana Lícia Cavalcanti de Castro1, Thiago Mendonça Ferreira1, Rafael da Cruz Rios Sampaio1,
Geiza Fernanda Filgueira Alcindo1, Wellington Hugo da Silva1, Victor Regis Caroca2, Danillo Teixeira Vilas Boas1
Resumo - As Úlceras Gástricas e Duodenais (UGD) são patologias que podem gerar quadros sintomatológicos importantes que levam o paciente a
procurar os serviços de urgência devido ao seu poder de morbimortalidade. Dentre as úlceras, a gástrica é a mais frequente, porém as duas são agrupadas na
mesma classificação do DATASUS. Este trabalho tem como objetivo analisar a prevalência das Úlceras Gástricas e Duodenais como causa de internação
em hospitais da rede pública de saúde de João Pessoa-PB no ano de 2012 e visualizar a sua relevância dentre as causas de internações agrupadas nas DAD.
A presente pesquisa de campo é do tipo observacional com abordagem descritivo, onde foi analisada uma amostra de 85.629 internações na rede pública de
saúde de João Pessoa, referente ao ano de 2012. Os dados foram colhidos no portal DATASUS. Dentre as 85.629 internações, as DAD foram responsáveis
por 7.100, o que representa 8,29% das internações no período. As UGD foram responsáveis por 0,69% das internações por DAD e 0,05% das internações
totais, o que equivale a 49 internações. No mês de janeiro do ano pesquisado não foi registrado nenhuma internação por UGD e o mês setembro foi o que
mais registrou, num total de 11, gerando uma média de 04 internações por mês. Conclui-se que as UGD contribuíram com um número pequeno no total das
internações, tanto dentre as DAD quanto ao número total de internações e observou-se um aumento discreto em relação ao ano anterior.
Faculdade de Medicina Nova Esperança; 2UFCG, Paraíba.
1
TL.G.EST/DUO.P.408
ADENOCARCINOMA DISCOESIVO GÁSTRICO PRECOCE: RELATO DE UM CASO
Thiago David Alves Pinto1, Sebastião Alves Pinto1, Kennedy Carlos da Costa Silva2, Thaysa Cardoso Silva3,
Paulo Teodoro Bueno Lopes4, Thais David das Neves Alves5, Camila Dutra Pimenta3, Guilherme Andrade Lemes3
Resumo - Introdução - Adenocarcinoma Discoesivo Gástrico (ADG) é uma das variantes de tumores gástricos malignos segundo classificação da OMS2010 e corresponde ao subtipo Difuso da classificação de Lauren. Caracterizado por baixa diferenciação associada a células em anel de sinete e ao padrão de
crescimento infiltrativo por células isoladas. Sua relevância decorre, sobretudo, da maior incidência em jovens, do comprometimento linfonodal exuberante e
da baixa sobrevida no diagnóstico tardio, que é bastante frequente. Objetivos - Relatar aspectos clínico-patológicos de um caso ADG precoce. Casuística - 1
caso. Relato de caso - Paciente do sexo feminino 62 anos, evoluindo progressivamente com sintomas dispépticos há 6 meses. Na endoscopia digestiva alta a
distensibilidade gástrica era preservada e foram evidenciadas lesões erosivas rasas em antro e corpo, sendo realizadas múltiplas biópsias. Análise histopatológica revelou adenocarcinoma gástrico invasor, com padrão histológico discoesivo com células em anel de sinete (difuso), em 15% da amostra. Não foram
evidenciadas invasão angiolinfática, perineural nem extensão para submucosa. Realizada nova endoscopia com biópsia, confirmando o diagnóstico prévio
de ADG precoce. Paciente seguiu para tratamento em Natal-RN. Conclusão - O diagnóstico precoce do ADG é infrequente, sobretudo em fases iniciais, e
quando realizado gera dúvidas quanto ao melhor manejo, sendo este um campo para discussão e estabelecimento de consensos específicos.
INGOH, Goiás; 2Hospital Santa Isabel, São Paulo; 3Faculdade de Medicina – UFG, Goiás; 4Faculdade de Medicina – UFMT, Mato Grosso; 5Faculdade de Medicina de Petrópolis,
Rio de Janeiro.
1
170
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.409
ADENOCARCINOMA GÁSTRICO COM APRESENTAÇÃO ATÍPICA EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE
CASO
Tatiane E. de Souza*, Leticia Rosevics*, Ricardo H. Camiña*, Sérgio O. Ioshii*, Fábio Kakitani*,
Sandra Teixeira*, Sérgio Bizinelli*
Resumo - Introdução - O câncer gástrico (CG) é raro abaixo dos 40 anos, com diagnóstico tardio. Objetivo - Relatar caso de adenocarcinoma gástrico
em paciente jovem. Relato de caso - F.C.S., masculino, 39 anos, tabagista e etilista. Admitido por abdome agudo e irritação peritoneal, submetido à
laparotomia exploradora com úlcera gástrica pré-pilórica de parede anterior perfurada, biópsia negativa para malignidade, submetido à ulcerorrafia
a Graham com boa evolução. Ao acompanhamento teve perda de 8 kg e desconforto epigástrico. À endoscopia digestiva alta apresentou lesão úlcero-vegetante de antro gástrico, subestenosante, de bordos irregulares, limites imprecisos, friável. Primeiramente biópsia inconclusiva, na sequência diagnóstico de adenocarcinoma tubular moderadamente diferenciado. No intra-operatório caracterizou-se irressecabilidade, extensão para duodeno, cabeça de
pâncreas, vasos mesentéricos e acometimento linfonodal; optando-se por gastroenteroanastomose paliativa. Encaminhado à Oncologia, para tratamento
de adenocarcinoma gástrico IIIc. Discussão - Abaixo dos 40 anos o CG, apesar de adenocardinoma, é mais agressivo, tem escassa sintomatologia inicial
e diagnóstico tardio, com prognóstico reservado e baixa sobrevida. Os poucos trabalhos publicados sobre essa faixa etária dificultam a análise e conclusão mais consistente. Conclusão - O adenocarcinoma gástrico pode ter sintomatologia atípica, principalmente em baixa idade, possibilitando apenas
tratamento paliativo ao diagnóstico.
*UFPR, Paraná.
TL.G.EST/DUO.P.410
ANÁLISE COMPARATIVA DE MÉTODOS DIAGNÓSTICOS PARA HELICOBACTER PYLORI EM PACIENTES
DISPÉPTICOS DE UMA CLÍNICA DE ENDOSCOPIA NA CIDADE DE MANAUS
Luiz Carvalho Neto*, Juliana Vianna Pereira*, Ana Beatriz da Cruz Lopo de Figueiredo*,
Michelle Miranda Passarinho*, Diego Rocha de Lucena Herrera Mascato*, Nathalie Xavier de Almeida*
Resumo - Helicobacter pylori é uma bactéria associada à presença de inflamação crônica da mucosa gástrica, úlcera péptica, e em casos mais graves,
ao câncer gástrico. De acordo com estudos anteriores, a prevalência de infecção pela bactéria foi em torno de 70% no estado do Amazonas. O objetivo
do estudo foi comparar três métodos diagnósticos: histopatologia de biópsia gástrica, teste da urease e PCR. Para tanto, 60 pacientes dispépticos, com
indicação de endoscopia digestiva alta (EDA) e biópsia gástrica foram avaliados quanto à presença da bactéria no estômago, durante período de janeiro de
2007 a novembro de 2009. Após o consentimento livre e esclarecido dos pacientes e aplicação de um questionário, foi realizada a EDA com biópsia, sendo
retirados 5 fragmentos do antro, para realização da análise histopatológica, teste de urease e PCR; e mais dois fragmentos do corpo para o histopatológico. Quanto aos resultados, no histopatológico do antro, a H. pylori estava presente em 33 (55,0%) pacientes. Já no exame histopatológico do corpo, foi
encontrada em 19 (31,7%) pacientes, e no teste da urease e PCR, a H. pylori foi positiva em 14 (23,0%) pacientes. Comparando os três métodos, conclui-se
que o histopatológico antral possui maior especificidade (92,6; 96,3; 96,3, respectivamente comparado com o histopatológico do corpo, urease e PCR)
que sensibilidade (51,5; 39,4; 39,4 respectivamente). A prevalência da bactéria constatada neste estudo (58,3%) foi inferior à encontrada no Amazonas.
*UFAM, Amazonas.
TL.G.EST/DUO.P.411
AVALIAÇÃO DA MORBIDADE POR CÂNCER DE ESTÔMAGO NO PERÍODO DE 2008 A 2012 EM GOIÁS
Fabianna Silva Almeida*, Gyovanna Lourenço Luz Alves*, Isabela Palmeira Gomes*, Rodrigo Almeida Matos*,
Mayara Moreira de Deus*, Bruna Borges Lamounier*, Bruna Arrais Dias*, Mayra Freitas Storti*
Resumo - Introdução - A incidência e a mortalidade do câncer de estômago (CAE) encontram-se entre as cinco principais localizações primárias de
câncer no mundo, sendo a maioria dos casos nos países em desenvolvimento. O pico de incidência se dá em homens, por volta dos 70 anos. No Brasil,
está em terceiro lugar entre homens e em quinto, entre as mulheres. No resto do mundo, há um declínio nos países mais desenvolvidos. Os principais
fatores etiológicos são a infecção por Helicobacter pylori e a dieta. Objetivo - Analisar a morbidade por CAE entre os anos 2008 a 2012 no estado de
Goiás. Casuística e Métodos - Estudo epidemiológico descritivo de base populacional em que considera a base de dados do sistema de informação epidemiológica e de morbidade no Sistema Único de Saúde. A classificação da morbidade por CAE baseou-se na Classificação Internacional de Doenças
(CID): Neoplasias (tumores) Capítulo II da CID 10, lista de morbidade: Neoplasia maligna do estômago. Resultados - Foram registrados 1643 casos de
CAE em Goiás entre 2008 e 2012. O número de casos em cada ano, respectivamente, foi: 284, 362, 309, 363, 325. Conclusão - O estudo demonstrou que
entre os anos analisados houve uma similaridade dos valores, mantendo-se alto os valores de morbidade. É necessário, portanto, a implementação de
estratégias que previnam o CAE, como melhorias na conservação dos alimentos, saneamento básico e alterações no estilo de vida.
*Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
171
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.412
DETECÇÃO E ANÁLISE DA TRANSLOCAÇÃO CROMOSSÔMICA T(11;18)(Q21;Q21) EM PORTADORES
DE LINFOMA MALT GÁSTRICO
Karine Sampaio Lima*, Vitor Nunes Arantes*, Walton Albuquerque*, Ana Paula Drummond LAGE*,
Luiz Gonzaga Vaz COELHO*
Resumo - Linfomas MALT representam aproximadamente 7% de todos os linfomas não-Hodgkin e, no mínimo, 1/3 deles se apresentam como linfoma MALT gástrico primário (LMG). A proliferação do LMG de baixo grau é estimulada por cepas de H. pylori (presente em torno de 90% dos casos).
A erradicação do microrganismo induz remissão completa do LMG de baixo grau em torno de 80% dos casos. Tem sido sugerido que a presença da
translocação genética t(11;18)(q21;q21), condicionaria independência das células do LMG ao estímulo antigênico, com consequente não regressão tumoral após erradicação do H. pylori. Objetivo - Estudo da presença da t(11;18) em oito pacientes com LMG. Métodos - Transcrição reversa - reação em
cadeia da polimerase (RT-PCR), a partir de biópsias gástricas de LMG armazenadas em RNAlater®, utilizando primers específicos para API2-MALT1.
Resultados - Por eletroforese em gel de agarose identificou-se a translocação em 50% (4/8) dos casos. Entre eles, dois (50%) apresentaram regressão histológica tumoral após erradicação do microrganismo e os dois restantes necessitaram tratamento quimioterápico. Entre os quatro casos sem a presença
da t(11;18) obteve-se remissão completa do LMG após erradicação da bactéria em três deles, sendo o outro caso identificado como LMG de alto grau.
Conclusões - A implantação da metodologia para avaliar a presença da t(11;18) pode contribuir para melhor compreensão quanto à patogenicidade do
LMG e definição mais precoce da terapêutica ideal.
*Instituto Alfa de Gastroenterologia, Hospital das Clínicas, Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais.
TL.G.EST/DUO.P.413
DIAGNÓSTICO PRECOCE DE TUMOR NEUROENDÓCRINO DUODENAL: RELATO DE CASO
Andressa Monteiro Sizo*, Bruno Pereira de Moraes*, Rafaela Cristina Goebel Winter Gasparoto*,
Michelle Kucera Kesties*, Leonardo Altieri*
Resumo - Introdução - Os tumores neuroendócrinos (TNE) são neoplasias raras. O tubo digestivo é o principal sítio e apenas 2% deles acomete o
duodeno. Costumam ter diagnóstico tardio, já em estágio avançado, pelo curso indolente e sintomatologia frustra. Objetivo - Relato de caso clínico de
TNE duodenal, em que diagnóstico foi precoce e o tratamento não invasivo. Relato de caso - ORM, feminino, 77 anos, assintomática, em investigação de
anemia ferropriva. Endoscopia Digestiva Alta visibilizou formação elevada séssil de 4 mm em bulbo duodenal. Anatomopatológico foi compatível com
TNE. Solicitada ecoendoscopia, que revelou lesão restrita à camada mucosa profunda e ausência de linfonodos perilesionais. Estadiamento tomográfico
não mostrou metástases. Submetida à ressecção endoscópica da lesão, como proposta terapêutica curativa. Discussão - A sintomatologia dos TNE é
diversas vezes frustra, variando conforme a localização e a produção endócrina do tumor. Menos de 10% dos pacientes com TNE duodenal têm sintomas,
levando ao diagnóstico tardio e em fase metastática. Tumores < 1 cm e confinados à submucosa podem ser estadiados e ressecados pelo auxílio de ecoendoscopia, que deve ser considerada em pacientes de idade avançada e com comorbidades. Conclusão - O diagnóstico precoce dos TNE é fundamental
para melhora do prognóstico. Assim, deve ser conhecido por gastroenterologistas, cirurgiões e endoscopistas, que devem incluir essa possibilidade no
diagnóstico diferencial de lesões elevadas duodenais.
*Hospital do Servidor Público Municipal – HSPM, São Paulo.
TL.G.EST/DUO.P.414
DOENÇA CELÍACA ASSOCIADA À SÍNDROME DE DOWN - RELATO DE CASO
Dayana Forti Colleta Borotti*, Alessandra Mendonça de Almeida Maciel*, Carlos Eduardo Brandão Mello*
Resumo - Introdução - Doença Celíaca (DC) ou Enteropatia Sensível ao Glúten é doença inflamatória auto-imune da mucosa e submucosa duodenal,
causada pela ingestão de glúten por indivíduos geneticamente susceptíveis. É comum associação com história familiar (1o grau), Síndrome de Down (SD),
Turner, William, Addison, Sjogren, Diabetes Mellitus tipo I e Anemia Ferropênica. Os sintomas mais frequentes são dor abdominal, diarreia crônica,
distensão abdominal, perda de peso e atraso de crescimento. Na SD, a suspeita clínica da DC pode não ser aventada devido à ausência de sintomas típicos
e dificuldade na coleta de dados com o paciente. Relato de caso - Mulher, 18 anos, portadora de Síndrome de Down e hipotireoidismo, há 4 meses com
epigastralgia, náusea e inapetência. Exames laboratoriais - Anticorpos (AC) Anti-Endomísio reagentes - IgM, IgA 1/80 e IgG 1/20; AC Anti-Gliadina
reagentes - IgG 60 U/ml e IgM 114 U/ml. EDA - Bulbo duodenal de aspecto nodular e diminuição de vilosidades em segunda porção duodenal característica importante para o diagnóstico da DC. Anatomopatológico - Duodenite Crônica, infiltrado inflamatório linfoplasmocitário e alguns eosinófilos,
atrofia duodenal acentuada tipo III nos Critérios de Marsh-Oberhaud compatível com Doença Celíaca. Conclusão - Em portadores de SD e sintomas
gastro-intestinais a associação com DC deve ser lembrada.
*Hospital Universitário Gaffre Guinle, Rio de Janeiro.
172
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.415
DOENÇA DE MÉNÉTRIER: RELATO DE CASO
Lívia Maria Barbosa Moreira*, Camila Adour Mendes*, Diana de Castro Vivas*, Marina Dodsworth de Barros*,
José Edmilson Pereira e Silva*, Marcius Silveira BATISTA*, Elisa Oliveira*, Luis Pinheiro Quinelatto*
Resumo - Relato de caso - Doente 50 anos, sexo feminino, sem antecedentes relevantes, recorreu ao Serviço de Gastroenterologia do Hospital Naval Marcílio
Dias, com queixa de epigastralgia, náusea, plenitude pós prandial e perda ponderal de 18 kg com evolução de dois anos. Endoscopia digestiva alta, identificou
aumento difuso das pregas gástricas ao nível de corpo e fundo e diminuição da distensibilidade do órgão após insuflação de ar. Mucosa antral normal. Foi
submetida a três exames endoscópicos com realização de biópsias utilizando fórceps padrão cujo estudo histológico revelou Gastrite Crônica moderada.
Optou-se por realizar macrobiópsia com alça diatérmica. A análise deste material evidenciou hiperplasia faveolar difusa sendo compatível com Doença de
Ménétrier. Ecoendoscopia mostrou aumento da segunda camada corroborando com o diagnóstico. A dosagem de CEA, gastrina sérica e proteína C reativa
encontravam-se dentro dos valores de referencia, albumina sérica: 2,8. Discussão - A Doença de Ménétrier é uma entidade rara e de etiologia desconhecida,
caracterizada pela presença de hipertrofia das pregas gástricas. É considerada uma condição pré- neoplásica, uma vez que se associa ao câncer gástrico em
até 15% dos doentes. Terapia, exceto a ressecção cirúrgica do estômago, está limitada a medidas de suporte e reflete a compreensão limitada da patogênese
desta doença. Seu diagnóstico exige o estudo de toda mucosa gástrica e biópsias com fórceps padrão pode não ser adequado.
*HNMD, Rio de Janeiro.
TL.G.EST/DUO.P.416
DOENÇA DE WHIPPLE – CAUSA RARA DE DIARREIA CRÔNICA
Aryana Isabelle de Almeida Neves*, Flávia Peixoto Campos Lima*, Jamile Silva de Carvalho*, Bruno César da Silva*,
Genoile Oliveira Santana*, Valdiana Cristina Surlo*
Resumo - Doença de Whipple (DW) é infecção bacteriana crônica multissistêmica rara, que pode afetar articulações, trato gastrointestinal, fígado, pele,
rins, medula óssea, sistema nervoso central e cardiovascular. O intestino delgado é a região mais afetada, causando má absorção. Paciente masculino, 56
anos, procedente de Salvador - BA, cabeleireiro. Há 9 anos iniciou diarreia líquida, 8 dejeções ao dia, espumosas, sem sangue, muco e restos alimentares,
vômitos, astenia, febre esporádica e perda de 10 kg. IMC: 15,8. Parasitológicos, antiendomísio, antitransglutaminase, coproculturas, anti HIV e PPD
negativos; função renal, hepática e tireoidiana normais; ferro sérico 18 μg/dL; hemoglobina 8,7 g/dL; volume corpuscular médio 74.6 fl; albumina: 2 g/
dL. Endoscopia digestiva alta: pangastrite atrófica e duodenite edematosa intensas. Colonoscopia: ileíte edematosa. Biópsias duodeno e íleo macrófagos
vacuolados contendo grânulos PAS positivos na lâmina própria. Coloração para Ziehl-Nielsen negativa. Excluído envolvimento cardíaco, articular e
neurológico. Tratado com ceftriaxone (2 g/dia) por duas semanas. Alta com prescrição de sulfametoxazol-trimetoprim por 1 ano. Houve melhora do
quadro, dos níveis de hemoglobina (12,1 g/dL) e ganho ponderal de 18 kg em 4 meses. Apesar de rara, é importante lembrar Doença de Whipple em
pacientes com diarreia crônica associada a sintomas sistêmicos. Antes de 1952 tratava-se de uma doença fatal, mas atualmente o prognóstico é excelente.
*UFBA, Bahia.
TL.G.EST/DUO.P.417
EFEITO DE EXTRATO DE PRÓPOLIS SOBRE A EXPRESSÃO PROTEICA DE ONCOGENES E
DESENVOLVIMENTO DE LESÕES GÁSTRICAS INDUZIDAS POR CARCINOGÊNESE EXPERIMENTAL
PELA N-METIL-N´-NITRO-N-NITROSOGUANIDINA (MNNG), EM MONGOLIAN GERBILS
Marcella Barbosa Sampaio*, Iure Kalinine Ferraz de Souza*, Jacqueline Braga Pereira Dantas*, Bernardo Pinto Coelho Keüffer Mendonça*,
Amanda Jackcelly Borges Neves*, Diego Pires de Melo*, Linamar Salomé Santana Machado*, Silvia Dantas Cangussú*
Resumo - Introdução - O câncer gástrico (CG) é multifatorial e o processo de carcinogênese relaciona fatores endógenos e exógenos que atuam sinergicamente na oncopromoção e iniciação levando á lesões pré-neoplásicas e ao CG. Estudos mostram o efeito anticarcinogênico do extrato de própolis(EP)
e derivados na toxicidade de células tumorais e indução de apoptose. Objetivo - Avaliar a expressão de oncogenes em lesões da mucosa gástrica de Gerbils submetidos á carcinogênese experimental por MNNG e tratados com EP e relacionar sua expressão com resultados histopatológicos. Material - 40
Mongolian Gerbils, peso:+/-120g. Método - Animais em 4 grupos de 10, sendo: G1-controle/G2-EP (0,1%),VO ad libitum,12 sem/G3-MNNG (100 μg/
ml),VO ad libitum, 10 sem/G4-MNNG (100 μg/ml), 10 sem + EP (0,1%) 12 sem. Análises estatísticas feitas no Epi Info2000® com teste do Qui-quadrado.
Para avaliar os receptores oncogênicos será utilizada a técnica semi-quantitativa de imunohistoquímica. Expressão do RNAm dos oncogenes(RTK/
RAS-FGFR2) por PCR tempo real. Resultados - 6 Gerbils do G1,4 do G2,10 do G3 e 7 do G4 desenvolveram pangastrite leve.G3 e G4 apresentaram
displasia leve. Resultados histopatológicos do G4, análises morfométricas comparativas e parciais da expressão gênica em andamento. Conclusão - O EP
possui propriedades anti-carcinogênicas. Contudo ainda não há resultados significativos para que a análise comparativa atendesse aos objetivos. Até a
data do congresso, resultados parciais justificarão a apresentação e suscitarão discussão.
*UFOP, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
173
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.418
EFEITOS DA PRESENÇA DE HELICOBACTER PYLORI SOBRE O PESO CORPORAL E O VALOR
CALÓRICO DA DIETA
Helena Alves de Carvalho Sampaio1, Daianne Cristina Rocha1, Ana Jessica Nascimento de Oliveira1, Laís Marinho Aguiar1,
Mariana Dantas Cordeiro1, Raíssa Maria Alves Lima1, Soraia Pinheiro Machado Arruda1,
Gerardo Magela Soares Frota Filho2
Resumo - Introdução - Pesquisas mostram que a infecção por Helicobacter pylori pode influenciar peso corporal e consumo alimentar, mas o tema
ainda é controverso. Objetivo - Avaliar se há relação do peso corporal e valor calórico dietético com a presença de Helicobacter pylori (Hp). Casuística
- Amostra constituída por 140 pacientes que realizaram endoscopia digestiva alta em um hospital de referência neste tipo de atendimento. Método - A
presença da bactéria foi verificada através do teste da urease. O índice de massa corporal - IMC (kg/m2) foi determinado a partir da aferição de peso e
altura. Foram realizados dois recordatórios alimentares de 24 horas, sendo um referente a um dia de final de semana, com análise das calorias através
do software DietWin Profissional 2.0. Foi aplicado o teste t de Student na comparação dos dados, com p < 0,05 como nível de significância. Resultados
- Dentre os pacientes, 78 eram Hp negativos e 62 positivos, com idade similar, respectivamente, 39,6 ± 11,9 anos e 39,9 ± 12,1 anos. Não houve diferença
entre os grupos (p = 0,208), considerando as médias de IMC, 27,8 ± 6,1 Kg/m2 no grupo Hp negativo e 26,6 ± 4,8 kg/m2 no grupo Hp positivo. Da
mesma forma não houve diferença considerando ingestão calórica: 1683 ± 646,5 Kcal entre os Hp negativos e 1630 ± 581,7 kcal entre os Hp positivos (p
= 0,610). Conclusão - Nos pacientes avaliados não houve associação entre peso corporal ou valor calórico da dieta e infecção pelo Helicobacter pylori.
UECE - Universidade Estadual do Ceará; 2Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.
1
TL.G.EST/DUO.P.419
GASTRITE AUTOIMUNE CURSANDO COM ANEMIA CRÔNICA. RELATO DE CASO
Alexandre Augusto Ferreira Bafutto1, Ricardo Duarte Marciano1, Lucas Araújo Barbosa1, Gilberto Borges do Prado Júnior1,
Aline de Castro Pereira2, Alana de Oliveira Alarcão Morais1, Diego Mendes do Carmo1, Mauro Bafutto3
Resumo - Introdução - A gastrite auto-imune (tipo A) caracteriza-se por uma atrofia das glândulas gástricas no corpo e fundo, geralmente poupando antro,
e evoluindo posteriormente com uma metaplasia intestinal. O paciente geralmente é assintomático, mas a anemia perniciosa pode ser uma manifestação da
doença. Objetivo - Relatar um caso de gastrite atrófica auto-imune. Relato de caso - L.M., 57 anos, relata que há 15 anos apresentava quadro de anemia sem
causa aparente. Realizou endoscopia digestiva alta em 2012 que evidenciou à biópsia pangastrite crônica moderada com atrofia corporal moderada e pesquisa
de Helicobacter pylori positiva. Colonoscopia normal. Suspeitou-se de gastrite autoimune, confirmada com dosagem reagente (1/160) de auto-anticorpo
anticélula parietal e gastrina de 403 pg/dL. Erradicou H. pylori há 1 mês. Faz uso de vitamina B12 intramuscular em meses alternados para reposição da
mesma. Atualmente está em remissão da anemia. Discussão - A gastrite tipo A pode estar presente em todas etnias, todavia não há estudos que demonstrem
com precisão a prevalência dessa doença. Há atrofia das glândulas gástricas cursando com hipocloridria ou acloridria e redução de células parietais, o que
resulta na redução de absorção de vitamina B12 e consequente anemia perniciosa. O diagnóstico é histopatológico e imunológico. O tratamento consiste em
reposição de vitamina B12. Conclui-se que em casos de anemia crônica sem causa aparente, deve-se levantar hipótese de gastrite autoimune.
PUC Goiás; 2Universidade Federal de Goiás; 3Instituto Goiano de Gastroenterologia, Goiás.
1
TL.G.EST/DUO.P.420
GASTRITE FLEGMONOSA POR USO DE TERAPIA BIOLÓGICA EM DOENÇA INFLAMATÓRIA
INTESTINAL - RELATO DE CASO
Carine Leite1, Marta Brenner Machado2
Resumo - Introdução - A terapia biológica foi uma das maiores inovações da terapêutica da doença inflamatória intestinal. O ônus é a alta incidência
de infecções oportunistas, muitas não vistas comumente na prática clínica. Relato de caso - Paciente masculino, 30 anos, doença inflamatória intestinal
indeterminada (pancolite). Doença refratária a azatioprina e prednisona, retossigmoidoscopia com sinais de atividade severa. Indicada terapia biológica com infliximabe, 5 mg/kg, com resposta clínica inicial, entretanto interna seis semanas após por epigastralgia, náusea e febre. Submetido à nova
retossigmoidoscopia, com atividade severa, e endoscopia digestiva alta com nodularidade, intenso enantema, edema e erosões rasas em toda mucosa
gástrica (biopsiado) e bulbo. O anatomopatológico (AP) evidenciou microtrombos em vasos da submucosa, infiltrado polimorfonuclear formando
microabscessos e focos de necrose, compatível com gastrite flegmonosa (GF). Iniciados vancomicina e cefepime, com rápida resposta. Endoscopia após
14 dias evidenciou apenas pangastrite enantematosa, AP gastrite crônica. Conclusão - Os sintomas de GF são febre, epigastralgia, vômito com sangue
ou pus. Mais comum em imunossupressos, há um relato após terapia biológica para artrite reumatoide. Relatamos um dos primeiros casos de GF em
doença inflamatória. O biológico foi o gatilho, e o reconhecimento precoce da patologia, diferenciando-a de manifestações da colite, levou-nos ao sucesso
terapêutico em doença de alta mortalidade.
UFRGS; 2PUCRS, Rio Grande do Sul.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.421
GENÓTIPOS DO H. PYLORI ICEA1, VACA E ALELOS EM PORTADORES DE GASTRITE, ÚLCERA
PÉPTICA E CÂNCER GÁSTRICO EM FORTALEZA, NORDESTE DO BRASIL
Matthaus Rabelo da COSTA*, Cícero Igor Simões Moura Silva*, Maria Helane Rocha Batista Gonçalves*,
Maria Aparecida Alves de Oliveira*, Francisco Will Saraiva Cruz*, Kassiane Cristine da Silva Costa Maia*,
Tiago Gomes da Silva Benigno*, Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga*
Resumo - Os desfechos clínicos decorrentes da infecção por H. pylori parecem estar relacionados aos fatores de virulência da bactéria os quais variam
geograficamente. Estudos prévios demonstraram que o gene iceA1 se correlaciona com aumento nos níveis de IL-8 e com úlcera péptica. Objetivo - Avaliar
a prevalência do gene iceA1 e sua relação com o genótipo vacA em cepas de H. pylori provenientes de portadores das principais afecções gástricas. Foram
colhidos fragmentos da mucosa gástrica de 112 pacientes, sendo 42 com câncer gástrico, 31 com úlcera péptica, 39 com gastrite, atendidos prospectivamente, no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará - UFC. O DNA foi extraído do tecido e analisado por
PCR para averiguar a presença de iceA1, vacA e alelos. Do total de pacientes estudados, 84/112 (75.0%) tinham cepas que expressaram o gene iceA1. A
expressão do gene iceA1 estava associada ao genótipo vacA s1m1 em 58/84 (69.0%), 3/84 (3.6%) foram iceA1/vacAs1m2 e 10/84 (11.9%) foram iceA1/
vacAs2m1 e 1/84 (1.2%) com o perfil iceA1/vacAs2m2, 10/84 (11.9%) cepas apresentaram o gene iceA1 em cepas com genótipo misto de vacA, 2/84 (1.2%)
expressou iceA1/vacAs1 sem alelo m. Não houve significância na presença do gene iceA com os genótipos do gene vacA nem com as afecções estudadas.
O gene iceA1 não se comporta como um marcador de virulência do H. pylori na região estudada.
*UFC, Ceará.
TL.G.EST/DUO.P.422
GENÓTIPOS DO H. PYLORI OIPA, VACA E ALELOS EM PORTADORES DE GASTRITE, ÚLCERA PÉPTICA
E CÂNCER GÁSTRICO EM FORTALEZA, NORDESTE DO BRASIL
Matthaus Rabelo da COSTA*, Lígia Carneiro BucÃo*, Francisco Will Saraiva Cruz*, Alzira Maria de Castro Barbosa*, Maria Helane Rocha
Batista Gonçalves*, Cícero Igor Simões Moura Silva*, Maria Aparecida Alves de Oliveira*, Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga*
Resumo - O gene oipA, codifica uma das proteínas da membrana externa do H. pylori, que atua na adesão bacteriana às células da mucosa gástrica e na
indução de processos inflamatórios, estando esse gene associado ao risco de úlcera duodenal. No Brasil, não há nenhum estudo analisando a associação
entre o gene oipA e o H. pylori. Objetivo - Avaliar a prevalência do gene oipA e sua associação com o genótipo vacA nas cepas de H. pylori de portadores das
principais afecções gástricas. Foram avaliados, prospectivamente, 112 pacientes, 42 com câncer gástrico, 31 com úlcera péptica, 39 com gastrite, atendidos
no Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará - UFC. Foram colhidos fragmentos da mucosa gástrica, extraído o
DNA do tecido que foi analisado por PCR para averiguar a presença de oipA e vacA. Dos 112 pacientes, 55 (49.1%) eram masculinos, 57 (50.9%) femininos,
idade variou de 10 a 84 anos, média de 53,6 anos. Das cepas, 54/112 (48.2%) expressaram oipA. A expressão dos genótipos vacA foi: 32/54 (59.2%) foram
oipA+/vacA s1m1, 3/54 (5.6%) foram oipA+/vacAs1m2 e 9/54 (16.7%) foram oipA+/vacAs2m1. Não houve amostras com o perfil oipA+/vacAs2m2. Houve significante associação entre o gene oipA e o alelo vacA s1 (p = 0.04) com gastrite - (p = 0.04; O.R: 2.29; 95% I.C: 1.03-5.08). Houve relação inversa da
expressão de oipA com câncer gástrico (p = 0.05; O.R: 0.44; 95% I.C: 0.20-0.97). Estes resultados mostram a associação desse gene com a gastrite.
*UFC, Ceará.
TL.G.EST/DUO.P.423
GRANDE CARCINOMA GÁSTRICO COM CRESCIMENTO SUPERFICIAL
Gustavo Lima Almeida Pimpão1, Heinrich Bender Kohnert Seidler1, Liliana Sampaio C. Mendes2, Marília Marques P. Lira2,
Natália Álvares do Amaral1, Hélis Sousa Amorim1
Resumo - Objetivo - Descrever um caso de carcinoma gástrico precoce de grande tamanho. Discussão - Cânceres gástricos representam uma as principais
causas de morte por câncer. O prognóstico da doença, no entanto, está intimamente associado ao estágio do tumor, com 90% de sobrevida em 10 anos
nos casos de câncer precoce. Lesões medindo acima de 3 cm estão estatisticamente associadas a metástase nodal, refletindo o comportamento agressivo
dessa neoplasia. Raros casos (< 5% dos cânceres de estômago), no entanto, exibem comportamento biológico caracterizado por crescimento preferencialmente lateral, sem tendência de invasão de camadas profundas. Esses tumores basicamente mantêm as características morfológicas dos tumores precoces
pequenos (< 3 cm), assim como o bom prognóstico associado a estas lesões. Relatamos um caso com essas características, exibindo crescimento limitado
à mucosa, e um tamanho usualmente grande, mesmo para os tumores de crescimento lateral. Conclusão - Carcinomas gástricos são lesões agressivas,
com prognóstico intimamente associado ao estágio da doença. Usualmente, lesões pequenas já apresentam associação com disseminação da neoplasia.
Apresentamos um caso incomum evidenciando a disparidade entre tamanho e estágio do tumor, com uma lesão grande mantendo tanto as características
morfológicas como comportamentais de um câncer precoce.
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UCB; 2HBDF, Brasília.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
175
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.424
INFECÇÃO POR H. PYLORI E HÁBITOS DE VIDA NO DESENVOLVIMENTO DAS DOENÇAS
GASTRODUODENAIS EM UMA POPULAÇÃO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
Ruth Maria Dias Ferreira Vinagre1, Igor Dias Ferreira Vinagre2, Adenielson Vilar e Silva1, Amanda Alves Fecury1,
Luisa Caricio Martins1
Resumo - Introdução - As manifestações clínicas da infecção por H. pylori são determinadas por vários fatores, tais como: diferentes respostas do
hospedeiro ao estímulo bacteriano, fatores de virulência específicos do organismo e influências ambientais ou a combinação desses fatores. Objetivos
- Esse estudo tem como objetivo comparar a prevalência e a associação dos fatores de risco, tais como: infecção por cepas H. pylori CagA+, consumo
excessivo de bebidas alcoólicas, uso de tabaco e hábitos inadequados de alimentação entre pacientes com diferentes doenças gastrointestinais e a associação deles com achados histopatológicos. Casuística - Em estudo prospectivo, foram coletadas amostras de 442 pacientes. Métodos - Os pacientes foram
submetidos a um questionário padronizado com perguntas sobre hábitos de vida (uso excessivo de álcool, de tabaco, e hábitos alimentares). A presença
do H. pylori e do gene cagA foi detectada utilizando a PCR. As biópsias gástricas foram avaliadas histologicamente. Resultados - O consumo de bebida
alcoólica, uso de tabaco, dieta inadequada e infecção por cepas H. pylori CagA+ foram maiores entre pacientes com úlcera péptica e adenocarcinoma.
Os pacientes infectados por cepas H. pylori CagA+ apresentaram inflamação gástrica de maior intensidade. Conclusão - A presença de infecção por
cepas H. pylori CagA+, o consumo excessivo de álcool, tabaco e hábitos de alimentação inadequados, aumentam o risco de desenvolvimento de úlcera
péptica e carcinoma gástrico.
NMT/UFPA; 2UFPA, Pará.
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TL.G.EST/DUO.P.425
KRUKEMBERG – APRESENTAÇÃO DE DIFÍCIL DE DIAGNÓSTICO NO CÂNCER GÁSTRICO
Gabriel Maranhão Silva1, Danielle Mendonça Andrade1, Renata Isabela Feitosa de Carvalho2, Giulia Dal CIn Zanquetto1, Caroline
Paias Ribeiro3, Anna Marcella Quintanilha Barbosa de Mello1, Luan Fellipe Bispo Almeida4, Otávio Augusto Oliveira de ARAGÃO2
Resumo - Introdução - Câncer gástrico ocorre em algum ponto da mucosa do estômago. Produz disseminação: continuidade, sanguínea, implante: ovários: Krukemberg. Objetivo - Paciente de 71 anos fazia exame de USG de ovários de rotina, em abril, percebeu aumento do volume do abdome, dito como
ascite submetida a laparotomia exploratória retirado 2 fragmentos que identificaram adenocarcinoma, mas celularidade a esclarecer, provável metástase.
Incialmente suspeitava-se de ovário ser o sitio primário, nova massa de 3cm na área dos ovários em 2012, em 2011 não havia. RNM: formação ovalares
heterogêneas axiais, medindo 33 mm a direita e 30 mm a esquerda.TC do abdome superior com contraste apresentando estômago aparente espessamento
difuso da parede gástrica.TC da pelve com contraste: formação ovalar heterogenia, na topografia anexial direita medindo 39 X 31 mm em intimo contato
com a parede lateral do sigmoide. Biópsia do estômago- laudo microscópio adenocarcinoma tipo gástrico padrão foveola. Microscopia: Adenocarcinoma
infiltrado no tecido adiposo no peritônio parietal e no mesentério; EDA: mucosa do antro hiperemiada. Conclusão - Gastrite enantematosa leve do antro
e pregas corpo gástrico exuberantes e hiperplasiadas e displásicas, neoplasia gástrica. Diagnóstico e início do tratamento em 3 meses, logo submetida a
anticorpos monoclonais com fim paliativo, associada quimioterapia: paliativa, periodicidade 3 semanas com 6 ciclos. Respondendo com a redução da
ascite e melhora clínica da paciente.
UNIFESO, Rio de Janeiro; 2UNIT, Sergipe; 3UNIFENAS, Minas Gerais; 4UFS, Sergipe.
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TL.G.EST/DUO.P.426
LINFOCITOSE INTRAEPITELIAL DUODENAL EM INFECÇÃO POR HELICOBACTER PYLORI
Carine Leite1, Luiz Edmundo Mazzoleni1, Guilherme Becker Sander1, Gustavo Drügg Hahn2, Lorien Acosta Zarif2,
Luise Meurer1, Tobias Cancian Milbradt3, Felipe Mazzoleni3
Resumo - Introdução - O Helicobacter pylori (H. pylori) está envolvido em várias alterações do aparelho digestivo. Aumento de linfócitos intraepiteliais
(LIE) na segunda porção duodenal (D2) está entre os achados apontados como secundários a esta infecção crônica. Neste aspecto guidelines recomendam
a pesquisa da bactéria nos casos de linfocitose intraepitelial em D2, como diferencial para doença celíaca precoce. Objetivo - Avaliar se a presença do
H. pylori está relacionada com aumento de LIE em D2 de dispépticos funcionais. Métodos - Estudo transversal de pacientes inclusos no ensaio clínico
Heroes (Helicobacter Erradication Relief of Dyspetic Symptoms). Pacientes dispépticos funcionais foram submetidos à endoscopia digestiva alta, com
pesquisa do H. pylori por anatomopatológico e urease, além de biópsias de D2 analisadas através de coloração por H&E. Foi considerado aumento de
LIE a presença de mais de 30 LIE/100 enterócitos na ausência de alterações arquiteturais da mucosa. Resultados - Foram avaliados 83 pacientes H. pylori
negativos e 276 H. pylori positivos. Dentre os negativos observou-se aumento de LIE em 13 casos (15,7%) e entre os positivos 63 casos (22,8%). Não houve
diferença estatisticamente significativa entre a presença da infecção e linfocitose intraepitelial (Chi-square 0,161;p=0,2). Conclusão - Não foi observada
relação entre a infecção gástrica pelo H. pylori e aumento de LIE na mucosa duodenal.
UFRGS, 2UFCSPA; 3HCPA, Rio Grande do Sul.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.427
LINFOMA MALT GÁSTRICO: UM RELATO DE CASO
Paula Ferreira Lacerda*, Alysson Alves Araujo*, Mariana Sousa Sala*, Marina Pinto Franco Dias*, Denise Akemi Hebara*,
Roberta Cambraia da Cunha Ferreira*, Paula Brechara Poletti*, Gerson Nogueira de Moraes*
Resumo - Introdução - Os linfomas não Hodgkin do trato gastrintestinal são raros, sendo o subtipo mais comum o linfoma MALT gástrico. É uma
doença indolente, comumente diagnosticada na fase inicial, cujo tratamento depende da presença ou ausência do Helicobacter pylori (HP). Relato de
caso - Mulher de 74 anos procurou o ambulatório por epigastralgia, eructações, náuseas e perda de 5 kg em 6 meses. Endoscopia mostrou área de epitélio
nodular com erosões lineares em antro proximal e a histologia evidenciou linfoma marginal extranodal (Linfoma MalT), confirmado na imunohistoquímica. A sorologia para HP era positiva (IgG e IgM) e as tomografias de tórax e abdome, solicitadas para rastreamento, não evidenciaram lesões
secundárias. Discussão - O sistema de estadiamento de Lugano e pesquisa do HP são usados para definir o manejo após diagnóstico. Na doença inicial
com HP positivo indica-se a erradicação da bactéria, enquanto nos HP negativos é indicada radioterapia. Já os pacientes com doença avançada deverão
ser avaliados para imuno/quimioterapia. Não existem estudos randomizados comparando os diferentes tratamentos, mas a erradicação do HP alcança
remissão histológica em ate 80% dos casos, sendo a terapia de escolha para a doença Lugano I ou II, se HP positivo. Conclusão - A paciente recebeu
antibioticoterapia por 14 dias e evoluiu com melhora clínica e resolução dos sintomas. Segue em acompanhamento ambulatorial, devendo ser submetida
a nova EDA a cada 3 meses até remissão histológica completa.
*IAMSPE-HSPE, São Paulo.
TL.G.EST/DUO.P.428
MANTENDO A INTEGRIDADE DA MUCOSA GASTRODUODENAL EM PACIENTE EM USO PROLONGADO
DE NUTRIÇÃO PARENTERAL TOTAL
Ibsen Augusto de Castro Azeredo Coutinho1, Luciana Meireles de Azeredo Coutinho2, Mayse Meireles de Azeredo Coutinho3,
Lara Meireles de Azeredo Coutinho2, Aline Salles Abdo4, Larissa Lopes Harada2, Lucyana Côrtes Torres2,
Ana Luiza Rassi de Mendonça2
Resumo - Um dos efeitos mais temidos em pacientes utilizando Nutrição Parenteral Total (NPT) prolongada é a atrofia da mucosa do trato gastrointestinal. O presente trabalho demonstra como a correta prescrição de uma Nutrição Parenteral Total (NPT), com aminoácidos específicos, protegeu paciente
de 7 anos de atrofia da mucosa gastro-duodenal após uso de NPT prolongada. Relata-se um caso de criança de 7 anos, sexo masculino, o qual referia
dor abdominal, diarreia crônica e hiperêmese. Após testes de sensibilização positivos para alimentos, Endoscopia Digestiva Alta (EDA) sem alterações
significativas e tentativa de nutrição enteral, foi firmado o diagnóstico de enteropatia autoimune. Iniciou em dieta zero, o uso de NPT com valor calórico
total de 75 kCal/kg e 68 g de aminoácidos, empregando Soramin 10%. Após 8 meses em uso contínuo de NPT, paciente repetiu a EDA que apresentou
estômago com pregueamento mucoso habitual, cárdia normal, boa distensibilidade e contratilidade normal, peristaltismo antral preservado e mucosa
antral sem alterações; duodeno com mucosa rósea e íntegra. A microscopia determinou relação vilosidade/cripta: 3/1, linfócitos intraepiteliais dentro
dos padrões histomorfológicos habituais e mucosa sem atrofia. Foi possível concluir que o uso prolongado de NPT não resulta em atrofia da mucosa
gastro-duodenal quando é devidamente formulada e prescrita, com aminoácidos com bom custo-benefício que atuam mantendo a mucosa íntegra.
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Tecnomed Indústria; 2PUC Goiás; 3Hospital Santa Genoveva, Minas Gerais; 4Hospital da Criança, Goiás.
TL.G.EST/DUO.P.429
MELANOMA METASTÁTICO DE ESTÔMAGO E DUODENO: RELATO DE CASO
Thalita Amaral Amaro Adami*, Angelo Flavio Adami*, Paulo de Tarso Peres Irulegui*, Rodrigo Corrêa Hid Fixfex*
Resumo - O melanoma maligno é uma forma de neoplasia cutânea agressiva e a incidência de metástases no trato digestivo é de 33%, comprometendo
em geral o intestino delgado. As metástases gástricas ocorrem em apenas 7% dos casos, podendo levar a complicações como hemorragia digestiva. A
ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha uma vez que alivia os sintomas e aumenta a sobrevida a longo prazo. Apresentamos o caso de paciente do
sexo masculino, 69 anos, com história de melanoma em couro cabeludo há 2 anos e posterior exérese de gânglio cervical metastático. Referia epigastralgia
de início há 1 mês, acompanhada de pirose ocasional e plenitude pós prandial frequente. Endoscopia digestiva alta evidenciou lesões metastáticas vegetantes, negro-violáceas, de superfície regular, em corpo gástrico, fundo e segunda porção duodenal. O resultado do exame histopatológico revelou tratar-se
de melanoma metastático infiltrativo de mucosa gástrica e duodenal. Paciente foi encaminhado ao serviço de oncologia de referência para continuidade
do tratamento quimioterápico e faleceu devido a doença avançada. Concluímos que em pacientes portadores de melanoma cutâneo, a possibilidade de
doença metastática no aparelho digestivo deve ser fortemente considerada quando houver o surgimento de sintomas gastrointestinais. Essa suspeição
permite diagnóstico menos tardio e maior chance de intervenção curativa.
*Faculdade de Medicina de Itajubá, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
177
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.430
NÍVEIS DE GRELINA EM PACIENTES HELICOBACTER PYLORI POSITIVOS E NEGATIVOS
Helena Alves de Carvalho Sampaio1, Daianne Cristina Rocha1, Soraia Pinheiro Machado Arruda1,
Ticihana Ribeiro de Oliveira1, Gláucia Posso Lima1, Antônio Augusto Ferreira Carioca2,
José Ruver Lima Herculano Júnior3, Maria Luisa Pereira de Melo1
Resumo - Introdução - A relação entre a presença de Helycobacter pylori (Hp) e os níveis de grelina plasmática, um peptídeo envolvido com o controle
do apetite, tem sido estudada, especulando-se que a infecção reduz tais níveis, levando à perda de apetite, mas os resultados ainda são controversos.
Objetivo - Comparar os níveis de grelina total em pacientes Hp negativos e positivos. Método - Foram avaliados 50 pacientes que buscaram o serviço
de endoscopia digestiva de um hospital público, no período de fevereiro a maio de 2013. Para análise da presença da bactéria, os pacientes realizaram
endoscopia digestiva após seis horas de jejum, onde foram colhidos três fragmentos do antro gástrico para o teste de urease. Para análise de grelina foi
realizada coleta de sangue antes do exame endoscópico e determinados os níveis de grelina total através do teste ELISA. Foram considerados normais
valores entre 340 e 519 pg/mL. Resultados - Os níveis de grelina sérica estavam adequados, reduzidos ou elevados em, respectivamente, 50%, 25% e 25% dos
Hp positivos; e 50%, 18% e 32% dos pacientes Hp negativos. Não houve diferença estatística entre ambos os grupos (p = 0,678). Conclusão - A infecção
pelo Helicobacter pylori não influenciou níveis de grelina nos pacientes avaliados.
UECE - Universidade Estadual do Ceará; 2USP - Universidade de São Paulo; 3Hospital Geral de Fortaleza, Ceará.
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TL.G.EST/DUO.P.431
O DESAFIO DO TRATAMENTO DA DISPEPSIA FUNCIONAL EM PACIENTE COMÓRBIDA NA
ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA À SAÚDE – RELATO DE CASO
Leticia Rosevics*, Francielle Carvalho*, Joseane Maria Andrade Mouzinho de Oliveira*, Francisco Ottmann*
Resumo - Introdução - Dispepsia funcional consiste em uma afecção de alta prevalência, diagnosticada pelos critérios de Roma III. Objetivo - Relatar
o caso de uma paciente atendida pela atenção primária, evidenciando a necessidade interdisciplinar na abordagem à dispepsia funcional. Relato de caso Paciente L.V.V., feminina, 64 anos, história de dispepsia funcional há 13 anos, realizada endoscopia e tratamento para H. pylori, em uso de pantoprazol,
ranitidida e bromoprida. História de acidente vascular encefálico, hipertensão, hipercolesterolemia, depressão e hipotireoidismo, em uso de ácido acetil
salicílico, fluoxetina, levotiroxina, losartana, sinvastatina e flavenos. Nos últimos 6 meses ela passou por alterações em sua estrutura familiar, fato que
piorou a sua dispepsia, fazendo-a utilizar por conta própria antiácidos, além de dores articulares, em uso de paracetamol. Dois pontos chaves na dispepsia
funcional são presentes nesse caso, a H. pylori foi tratada, e sua depressão é acompanhada com medicação e psicoterapia. O estresse emocional e o uso
contínuo de AINE podem ter agravado a dispepsia nos últimos meses. Conclusão - Dispepsia funcional é um desafio no tratamento. A atenção primária,
por ser o local de excelência do atendimento à saúde, foi capaz de acompanhar as necessidades da paciente, e supri-las em todos os níveis de tratamento
necessitados, a exemplo da endoscopia, psicoterapia, atendimento domiciliar e medicação.
*UFPR, Paraná.
TL.G.EST/DUO.P.432
OBSTRUÇÃO DUODENAL - UMA APRESENTAÇÃO INCOMUM DE ENTERITE POR STRONGYLOIDES
STERCORALIS: RELATO DE CASO
Aryana Isabelle de Almeida Neves*, Cecília de Oliveira Maia Pinto*, Fernando Antonio M S da Ressurreição*,
Manoel Correia de Araujo Sobrinho*, Marta Cristina Tenório Lins*, Aline Araújo Padilha*,
Nilton Cavalcanti Macedo Neto*
Resumo - Introdução - Obstrução duodenal é uma complicação rara da infecção por Strongyloides stercoralis, com poucos casos descritos. A maioria
dos pacientes é masculino e de meia-idade. O diagnóstico é feito pelo aspirado duodenal, biópsia, ou peça cirúrgica. Objetivo - Relatar caso de estrongiloidíase com obstrução duodenal. Relato de caso - Homem, 44 anos, apresentava dor abdominal epigástrica e em hipocôndrio direito há 2 anos, antes
intermitente e depois constante. Quadro piorava com o jejum prolongado ou após refeições copiosas. Perda ponderal de 20 kg. Hábito intestinal diário.
Tabagista e etilista. Neste internamento foi diagnosticado diabetes. EDA: gastrite enantematosa leve de antro e lesão com aspecto blastomatoso em
duodeno. TC de abdome: massa sólida heterogênea com captação irregular pelo contraste e limites parcialmente definidos, medindo cerca de 6 x 5x 4 cm
nos maiores diâmetros, envolvendo a 2ª porção duodenal, que exibia espessamento parietal significativo e estenose luminal, a cabeça do pâncreas com
focos de calcificações. Paciente foi submetido à cirurgia de Whipple, evoluiu bem. Anatomopatológico - Mucosa duodenal exibindo intenso infiltrado
inflamátorio plasmocitário e alguns polimorfonucleares com presença de estrutura parasitária compatível com estrongiloidíase, ausência de malignidade.
Conclusão - Pela apresentação incomum, além do amplo espectro de manifestações da doença, o diagnóstico final é difícil.
*UFAL, Alagoas.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.433
PNEUMATOSE GÁSTRICA SECUNDÁRIA A GASTRITE ENFISEMATOSA – RELATO DE CASO
Carolina Frade Magalhães Girardin Pimentel Mota*, Catia Rejania R de Melo*, Marcos Túlio M. Meniconi*,
Edilson Duarte dos Santos Junior*, Luiz Borrotchin*, Claus Francisco Grasel*, Lucas Assad de Paula*
Resumo - Introdução - A presença de gás na parede gástrica, denominada pneumatose gástrica, é um achado de imagem raro. No trato gastrointestinal, o cólon é mais frequente e o estômago o mais raro. A mortalidade na vigência desse quadro pode alcançar 38%. Várias são as etiologias, infecciosa
(gastrite enfisematosa- GE), isquêmica e traumática. Objetivo - Descrever um caso de pneumatose gástrica secundária a GE. Relato de caso - LB, 65 anos,
atendido no pronto socorro com dor abdominal, em faixa no andar superior, de forte intensidade, associada a episódio de vômito e diarreia líquida,
sem elementos anormais. Relaciona início do quadro após viagem a Israel. Exame sem irritação peritoneal. Laboratório com leucocitose, sem desvio.
Ultrassom sugestivo de aerobilia. Tomogragia com acentuado espessamento e pneumatose parietal da grande curvatura do fundo e corpo gástrico. Ressonância com espessamento parietal concêntrico e regular do jejuno proximal, portograma aéreo em lobo hepático esquerdo. Hemoculturas negativas.
Após antibioticoterapia e dieta parenteral, paciente apresentou melhora clínica importante. Tomografia 4 dias com diminuição do portograma aéreo,
assintomático. Discussão - Séries descrevem casos autolimitados e casos graves. A GE, com alta mortalidade, ocorre por infecção gástrica com presença de
gás intramural pelo metabolismo do germe. A importância do seu conhecimento está no diagnóstico precoce e pronto início do tratamento. Tais aspectos
foram fundamentais para a boa evolução deste caso.
*Hospital Samaritano de São Paulo, São Paulo.
TL.G.EST/DUO.P.434
PÓLIPOS DE GLÂNDULAS FÚNDICAS: ASSOCIAÇÃO COM O USO CRÔNICO DE INIBIDORES DA
BOMBA DE PRÓTONS E COM AUSÊNCIA DE INFECÇÃO PELO HELICOBACTER PYLORI
Ana Filomena Buzolin Barbosa*, Ciro Garcia Montes*, Cristiane Kibune Nagasako*, José Olympio Meirelles dos Santos*,
Fábio Guerrazzi*, Maria Aparecida Mesquita*
Resumo - Introdução - Estudos recentes têm demonstrado um aumento na prevalência dos pólipos de glândulas fúndicas (PGF). Objetivos - Avaliar a
prevalência relativa dos PGF em relação aos outros tipos de pólipos, suas características, e possíveis associações com o uso crônico de inibidores da bomba
de prótons (IBP) e com a infecção pelo H. pylori. Métodos - Análise do banco de dados do Gastrocentro - Unicamp e dos prontuários de todos os pacientes
com o diagnóstico de pólipos gástricos no período de janeiro de 2010 a março de 2012. Uso crônico de IBP foi considerado como uso contínuo por mais que
12 meses, enquanto que a infecção pelo H. pylori foi considerada negativa quando o exame histológico e o teste da urease foram negativos. Resultados - O
número de pacientes com pólipos foi de 239, sendo que os tipos histológicos mais frequentes foram os PGF (37,4%) e os hiperplásicos (33,7%). A comparação
dos dados referentes aos PGF em relação aos outros pólipos mostrou os seguintes resultados com significância estatística (p<0,05): pacientes mais jovens (53
± 16 vs. 57±16 anos); maior frequência de pólipos múltiplos (70,6% vs. 45,9%); maior frequência do uso crônico de IBP (56,9% vs. 40,1%); menor frequência
de infecção pelo H. pylori (18,7% vs. 50,6%). Conclusões - Na casuística recente de pólipos do Gastrocentro o tipo histológico mais frequente é o pólipo de
glândulas fúndicas. A presença desses pólipos parece estar associada com o uso crônico de IBP e com a ausência de infecção pelo H. pylori.
*Unicamp, São Paulo.
TL.G.EST/DUO.P.435
PRESCRIÇÃO DE INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTONS EM PACIENTES DA ATENÇÃO PRIMÁRIA –
EXPERIÊNCIA DE UM MUNICÍPIO DO MEIO-OESTE CATARINENSE
Denis Conci Braga1, Silvia Mônica Bortolini1, Rodnei Bertazzi Sampietro1, Suélen Camila Fontana Bordignon2, Mariana Cassol2
Resumo - Introdução - Muitas vezes, os inibidores da bomba de prótons (IBPs) são usados empiricamente para tratamento das síndromes dispépticas.
Objetivo - Avaliar o perfil dos pacientes que utilizam IBPs de forma continuada, com prescrição médica, no município de Água Doce, situado na região
meio-oeste de Santa Catarina. Casuística e Método - Trata-se de um estudo retrospectivo, de base populacional, transversal, analítico-descritivo. Foram
incluídos todos os pacientes que continham receita médica com IBP prescrito de modo continuado e que procuraram atendimento na Estratégia Saúde
da Família. O período compreendido para amostragem foi de maio a julho de 2013. Resultados - Foram avaliados 95 pacientes. Destes, 74,19% (n= 71)
eram do sexo feminino. O omeprazol foi o IBP prescrito em 100% das receitas. Apenas 33,68% (n= 32) tinham endoscopia prévia. Dentre os pacientes
que faziam uso irregular (n= 31), 77,42% (n= 24) tomava o medicamento apenas quando tinha sintoma. O sintoma mais comumente relatado foi a
epigastralgia, em 58,94% (n= 56), seguido pela azia ou pirose em 36,36% (n= 40). Ainda, 25,26% (n= 24) relataram ter aumentado a dose por conta
própria em algum momento durante o tempo de uso. Entre os pacientes que nunca realizou endoscopia, 30,64% (n= 19) utilizava IBP de forma irregular.
Conclusão - A prescrição do omeprazol fora das indicações estabelecidas constitui erro de prescrição, e o seu uso deve estar limitado às durações de
tratamento definidas para cada condição clínica.
1
Secretaria Municipal de Saúde e Promoção Social de Água Doce, 2Universidade do Oeste de Santa Catarina - UNOESC, Santa Catarina.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
179
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.436
PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELO H. PYLORI NA GASTRITE ATRÓFICA DO CORPO E PERFIL
HISTOPATOLÓGICO DA REAÇÃO INFLAMATÓRIA NA MUCOSA GÁSTRICA
Alfredo J. A. Barbosa*, Rivelle D. Pereira*, Camila Salgado C. Silva*, Hulie Martins Ferreira*,
Priscilla Maria C. Oliveira*
Resumo - Introdução - Admite-se que a gastrite atrófica do corpo (GAC) seja principalmente de natureza autoimune, mas há relatos de que o H. pylori
(Hp) pode ser o responsável principal pelas lesões inflamatórias que ocorrem neste tipo de gastrite. Essa controvérsia permanece ainda como motivo
de debate. Objetivos - Analisar as alterações inflamatórias da mucosa gástrica na GAC associada e não associada à infecção pelo Hp. Métodos - Foram
revistos 2.564 casos de biópsias endoscópicas consecutivas com diagnóstico histológico final de gastrite crônica de um hospital geral de Belo Horizonte.
Confirmou-se que 196 (7,6%) deles apresentavam GAC, dos quais 9 (4,6%) eram portadores da infecção pelo Hp (Giemsa). A histopatologia desses casos
foi avaliada e comparada com os resultados obtidos de 18 casos aleatórios de GAC não associados com Hp. Resultados - Não houve diferença significativa
entre a intensidade e o tipo de exsudato inflamatório de mononucleares, eosinófilos e neutrófilos entre os 2 grupos de pacientes em relação à mucosa do
corpo e a mucosa antral. A frequência da metaplasia intestinal no corpo foi igualmente semelhante nos pacientes Hp positivos (100%) e Hp negativos
(94%). A mucosa antral mostrou-se igualmente preservada em todos os pacientes. Conclusões - (1) a presença da bactéria Hp na GAC parece não modificar
o perfil histopatológico observado na mucosa atrófica do corpo, e (2) nesses pacientes a mucosa antral parece ser resistente à ação patogênica da bactéria.
*UFMG, Minas Gerais.
TL.G.EST/DUO.P.437
PREVALÊNCIA DO GENE DUPA DO H. PYLORI EM PACIENTES COM GASTRITE
Ana Beatriz de Almeida Maia1, Maria Aparecida Alves de Oliveira1, Cícero Igor Simões Moura Silva1, Tiago Gomes da Silva
Benigno1, Dulciene Maria Magalhaes Queiroz2, Priscilla Castro Gurgel Lopes1, Miqueias Manoel de Vasconcelos1,
Lúcia Libanez Bessa Campelo Braga1
Resumo - Introdução - O gene promotor de úlcera duodenal (dupA) tem sido descrito como fator de risco para úlcera duodenal e proteção para o câncer
gástrico, no entanto, existem variações regionais na prevalência e associação com desfechos clínicos. Objetivo - Avaliar associação do gene dupA com o
grau de atividade e intensidade da gastrite crônica, e com presença dos genótipos do Helicobacter pylori (Hp) cagA, vacA e seus alelos. Método - Estudo
transversal prospectivo realizado no Hospital Universitário Walter Cantídeo (HUWC), aprovado pelo comitê de ética do HUWC. Foram colhidos fragmentos de biópsia gástrica pela endoscopia digestiva alta (analisadas pela classificação de Sidney) detecção do Hp foi realizada através do teste rápido
de urease e histopatologia. O DNA extraído da biopsia gástrica, amplificado pela técnica de PCR utilizando “primers” específicos para os genes dupA,
cagA, vacA. Resultado - Foram avaliados 50 pacientes Hp positivo pela histologia, teste da urease e PCR,16 eram do sexo masculino e 34 do feminino,
com idade de 23 a 78 anos (mediana = 40,5). O gene dupA estava presente em 96% (48/50) das cepas. A presença do gene dupA está associada a maior
grau de inflamação no antro (44/48; p= 0,05). Não se encontrou associação entre a presença do genótipo dupA com os genes cagA e vacA. Conclusão Foi encontrado alta prevalência do gene dupA nos pacientes com gastrite e significante associação com inflamação no antro.
UFC, Ceará; 2UFMG, Minas Gerais.
1
TL.G.EST/DUO.P.438
RELATO DE CASO DE ASCITE EM PACIENTE COM GASTROENTERITE EOSINOFÍLICA
Fernanda Schwanz Coutinho*, Maria da Penha Zago Gomes*, Karina Zamprogno de Souza*, Marília Majeski Colombo*,
Mayara Fiorot Lodi*, Izabelle Venturim Signorelli*
Resumo - Introdução - Gastroenterite Eosinofílica (GE) é uma doença rara, de etiologia desconhecida, caracterizada pela infiltração de eosinófilos
na parede do trato gastrointestinal (TGI). Provavelmente tem origem imuno-alérgica. Mais comum em homens (3:2), na 3ª e 5ª décadas de vida. Talley et al (1990) classificou a GE em Mucosa (25-100%): dor abdominal, vômitos, diarreia, perda de peso; Muscular (13-70%): obstrução e perfuração
intestinal; Serosa (12-40%): distensão abdominal, ascite exsudativa e osinofílica. A base do tratamento está no uso de corticoide. Cursa com remissão/
reagudização. Objetivo - relato de caso de Ascite Eosinofílica. Material e Método - revisão de prontuário, avaliação de exames laboratoriais e biópsias.
Resultados - paciente masculino, 69 anos, com dor abdominal e ascite. Eosinofilia periférica (leucócitos: 21.390/mm3 /42% eosinófilos), IgE:1.089UI/ml
(VR: até 100UI/ml) e líquido ascítico com leucócitos: 12.200/mm3/94% eosinófilos / GASA 0,8. EDA normal com biópsias de estômago e duodeno com
infiltrado eosinofílico. Iniciado prednisona 60mg/dia com boa resposta clínica e laboratorial - ausência de ascite, sangue periférico com leucócitos de
12.940/mm3 e 1,6% de eosinófilos. Seguiu com desmame gradual da prednisona. Encontra-se assintomático. Conclusão - Embora rara, principalmente o
acometimento da serosa com ascite, GE deve ser lembrado como diagnóstico diferencial de ascite. O tratamento adequado apresenta boa resposta clínica
e melhora da qualidade de vida.
*UFES, Espírito Santo.
180
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.439
RELATO DE CASO: GIST
Marina Dodsworth de Barros*, Lívia Maria Barbosa Moreira*, Camila Adour Mendes*, Diana de Castro Vivas*, José Edmilson
Pereira e Silva*, Marcius Silveira BATISTA*, Luís Pinheiro Quinelatto*, Elisa Oliveira*
Resumo - Masculino, 67 anos, submetido à Endoscopia digestiva alta devido à melena e anemia, evidenciando na parede anterior e grande curvatura
gástrica, lesão de 5cm subpediculada, superfície rósea com erosões planas. O histopatológico revelou neoplasia mesenquimal formada por células fusiformes, sem atipias, com índice mitótico baixo. A imunohistoquímica demonstrou positividade para os anticorpos CD34, CD117 e Actina de músculo
liso, confirmando o diagnóstico de GIST.O paciente submeteu-se à ressecção videolaparoscópica do tumor com margem cirúrgica de 2cm. O tratamento
adjuvante foi feito com imatinibe por um ano. Discussão - GIST é um tumor mesenquimal, originado das células intersticiais de Cajal, que pode se
localizar em todo o trato gastrintestinal, sendo sua neoplasia não epitelial benigna mais comum. Frequentemente é assintomático, sendo um achado
endoscópico ou em exame de imagem, entretanto pode se manifestar com disfagia, hemorragia ou desconforto abdominal. Sua sintomatologia e seu
potencial de malignidade estão relacionados ao seu tamanho e índice mitótico. Diagnóstico - baseia-se nas características morfológicas celulares típicas
e imunohistoquímica positiva para c-kit. O tratamento principal é a ressecção cirúrgica completa com margens negativas, a qual depende da localização
e do tamanho do tumor, sendo a recidiva frequente. O imatinibe age na atividade tirosina quinase dos receptores Kit, podendo ser usado como terapia
adjuvante ou neoadjuvante no tratamento do GIST.
*HNMD, Rio de Janeiro.
TL.G.EST/DUO.P.440
RENDU OSLER WEBER
Cássia Lemos Moura*, Paulo Eugenio de Araujo Caldeira Brant*, Felipe Bertollo Ferreira*, Nayara Salgado*, Thatja Silveira
Cajuba de BRITO*, Priscila Pulita Azevedo Barros*, Priscilane Giacomin Alves*, Kelly Cristina dos Santos*
Resumo - Objetivos - Osler-Rendu-Weber (ROW) é uma doença autossômica dominante rara associada a má formações venosas e arteriais. Pacientes
podem desenvolver má formações venosas e má formações artério-venosas em vários órgãos. Motivo da Comunicação: Relatar caso clínico de paciente
com diagnóstico de Rendu Osler Weber. Relato de caso - Feminino, 53 anos, admitida para investigação de anemia crônica. Relatava episódios de epistaxe
na infância, assim como seu irmão, e 3 AVC´s isquêmicos. Na EDA com ectasias vasculares gástricas e bulbo duodenal; colonoscopia com angiectasia no
ceco e cólon ascendente e broncoscopia com angiectasia em traqueia. TC de abdome com dilatação da artéria hepática e ramos principais, com formação
de circulação colateral peri-portal proeminente; formação hipodensa no lobo hepático direito, com calcificações periféricas que podem corresponder a
hematoma subagudo ou aneurisma trombosado de artéria intra-hepática; veia porta proeminente; formações hipodensas no baço, que podem corresponder com hemangioma; aneurisma de artéria esplênica. Feito tratamento com argônio. Discussão - A HHT tem a epistaxe a principal manifestação
clínica. Com má formação venosa e artério-venosa em vários órgãos. No trato gastrointestinal tem-se as má formações venosas na mucosa como principal
evidência da doença. Essas duas manifestações são responsáveis pela anemia ferropriva presentes nesses pacientes. Apesar de muito rara ROW entra nos
diagnósticos diferenciais de anemias crônicas.
*Hospital São Camilo - HSC, São Paulo.
TL.G.EST/DUO.P.441
REVISÃO DA LITERATURA: EFEITOS DE EXTRATO DE BRÓCOLIS NA CARCINOGÊNESE GÁSTRICA
Laurice Barbosa FREITAS*, Iure Kalinine Ferraz de Souza*, Marília Fontenelle e Silva*, Sônia Maria de Figueiredo*,
Sanny Miquelante Yoshida*
Resumo - Introdução - Apesar do aprimoramento dos métodos propedêuticos e terapêuticos, a incidência do Câncer Gástrico (CG) ainda é elevada
e seu tratamento associado a altas taxas de morbiletalidade. Assim, cada vez mais, privilegia-se a profilaxia e o diagnóstico precoce, a fim de reduzir as
taxas de mortalidade associadas ao CG. Estudos apontam que o princípio ativo sulforafano, presente em alimentos como o brócolis, é capaz de inibir a
carcinogênese gástrica. Objetivo - Conhecer possíveis efeitos do extrato de brócolis no aparecimento e desenvolvimento do CG. Metodologia - Revisão
não sistemática de seis artigos científicos, dos anos de 1997 a 2012, utilizando a base de dados PubMed e as palavras-chave: broccoli, gastric cancer e Helycobacter pylori. Resultados - O brócolis é uma fonte rica em isotiocianatos (ITC). O sulforafano é um dos ITC mais estudados, com ação na modulação
de eventos relacionados ao câncer, como suscetibilidade a agentes cancerígenos, morte celular, ciclo celular, angiogênese, invasão, metástase e atividade
antioxidante. Nos mamíferos, o sulforafano é um potente indutor de enzimas protetoras e manifesta seu efeito celular antioxidante, anti-inflamatório e
anti-angiogênico, através do fator de transcrição Nrf2. Conclusão - Os resultados apresentados justificam a realização de novos estudos experimentais
e de ensaios clínicos controlados, que avaliem o efeito do uso profilático do brócolis, em populações que apresentam fatores de risco para o desenvolvimento do CG.
*UFOP, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
181
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.442
SCHWANNOMA GÁSTRICO: RELATO DE CASO
Eduardo Aguiar SILVA Neto*, Talytha da Costa COELHO*, Vanessa Castro Lino de Oliveira*, Iohana Vieira da Silva*,
Thays de Oliveira Carmo Borges*, Izzys Martins Lima*, Maysa Campos Mota*, Lenita Vieira Braga*
Resumo - Schwannomas são tumores raros, originados de nervos com bainhas de células de Schwann. Crescem lentamente e tem como localizações
mais frequentes: estômago, cólon e reto. Representam 0,2% de todas as neoplasias gástricas. Os schwannomas são tumores benignos, sua malignização é
rara. São preponderantemente assintomáticos, mas ocasionalmente há presença de sangramento ou massa palpável. A endoscopia digestiva alta (EDA)
direciona o diagnóstico. Apresentamos aqui, um caso de Schwanomma gástrico. Paciente sexo feminino, 44 anos, queixando-se de dor abdominal associada a melena e hematêmese. Há 2 anos procurou atendimento médico com quadro de hemorragia digestiva. Foi feita uma EDA que revelou lesão
polipoide ulcerada em fundo gástrico de 2,5 cm com coágulo visível e sangrante. Realizou-se uma hemostasia endoscópica com adrenalina no local. Uma
vez que o tratamento endoscópico não seria mais resolutivo, ressecou-se em cunha a lesão. O primeiro estudo revelou um possível GIST. No entanto, o
segundo estudo evidenciou positividade para a proteína S100 direcionando o diagnóstico para um tumor de origem neural. O estudo imuno-histoquímico
comprovou então o diagnóstico de Schwannoma. Os pacientes de uma forma geral tem excelente prognóstico após ressecção cirúrgica completa, a taxa
de recorrência é praticamente nula. Em conclusão, o Schwannoma gástrico é uma neoplasia rara, benigno, positivo para S-100 e vimentina, que é parte
do diagnóstico diferencial dos tumores mesenquimais.
*UniEVANGÉLICA, Goiás.
TL.G.EST/DUO.P.443
SÍNDROME DE PSEUDO-MEIGS EM PACIENTE COM TUMOR DE KRUKENBERG: RELATO DE CASO
Thalita Amaral Amaro Adami*, Angelo Flavio Adami*, Paulo de Tarso Peres Irulegui*,
Rodrigo Correa Hid Fixfex*
Resumo - A Síndrome de Pseudo-Meigs (SPM) é um termo utilizado para descrever pacientes que apresentam derrame pleural associado a tumor
ovariano, porém não necessariamente o tumor benigno de ovário, como ocorre na Síndrome de Meigs (SM). Em pacientes oncológicos com ascite e derrame pleural, deve-se considerar ambas as síndromes no diagnóstico diferencial. Apresentamos o relato de paciente do sexo feminino, 35 anos, que referia
amenorreia há 10 meses e aumento progressivo do volume abdominal. Investigação inicial com ultrassom transvaginal evidenciou massa de 700 cm3 em
região anexial esquerda. Há 2 meses foi encaminhada ao HE de Itajubá, referindo o surgimento recente de dispneia progressiva, ausculta pulmonar e Rx
tórax confirmaram presença de derrame pleural extenso principalmente à direita. Ressonância nuclear magnética identificou massa tumoral em região
anexial esquerda e ascite volumosa. A paciente foi submetida a ooforectomia esquerda e análise histopatológica confirmou a presença de células em anel
de sinete. Há 20 dias a paciente foi reinternada pelo surgimento de epigastralgia e EDA evidenciou lesão ulcerada em grande curvatura de corpo gástrico,
cuja biópsia revelou adenocarcinoma gástrico invasivo pouco diferenciado. Concluiu-se tratar de tumor de Krukenberg e a paciente foi encaminhada ao
serviço de oncologia de referência. A diferenciação entre a SM e a SPM, por vezes difícil de realizar, assume papel de suma importância no prognóstico
e na estratégia terapêutica.
*Faculdade de Medicina de Itajubá, Minas Gerais.
TL.G.EST/DUO.P.444
TROMBOCITOPENIA INDUZIDA POR OMEPRAZOL – RELATO DE CASO
Mariana Nunes Viza Araujo*, Byanca Hekavei HUL*, Odery Ramos Júnior*, Anderson Roberto Dallazen*,
Gibran Avelino Frandoloso*
Resumo - Introdução - Omeprazol é o fármaco protótipo da classe dos inibidores da bomba de prótons (IBP) amplamente receitado para tratar diversas patologias gastroduodenais. Possui poucos efeitos colaterais, mas a facilidade de acesso à medicação associada à banalização do uso tem gerado
inúmeros relatos de adversidades, entre elas, a trombocitopenia. Relato de caso - Masculino, 67 anos, casado, natural de Curitiba-Paraná. Internou no
Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR) para drenagem de abcesso inguinal esquerdo pós herniorrafia inguinal. Hemograma
pré-operatório e hemogramas prévios revelavam plaquetopenia (inferior a 100 mil/mm³) persistente há 3 anos, sem sangramentos. Fazia uso de 20mg/
dia de omeprazol desde 2007. Tratou e erradicou H. pylori em 2011. Após descartar diagnósticos diferenciais, o corpo clínico conduziu o internamento
com a manutenção da prescrição diária, exceto pela retirada do omeprazol. Após 48h, paciente respondeu com ascensão diária da linhagem megacariocítica atingindo 228mil plaquetas/mm³. Nenhuma outra medida foi tomada entre a retirada da droga e a alta do paciente, favorecendo o diagnóstico
de trombocitopenia induzida por omeprazol. Discussão - Há casos de plaquetopenia por IBP descritos na literatura que obtiveram desfecho parecido
e bom prognóstico, sem quaisquer sinais de sangramento. Conclusão - Os profissionais da saúde devem dar importância à possibilidade de alterações
hematológicas secundárias à droga, visto a sua ampla utilização.
*UFPR, Paraná.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.445
TUMOR CARCINOIDE DE DUODENO: RELATO DE CASO
Jorge Andre Cartaxo Peixoto1, David Feder1, Isabelle Andrade Santiago de Oliveira2,
Louise Rayra Alves Bezerra2, Rafael Baia Cardozo Silva2, Raquel Cavalcante Callou2,
George Nilton Nunes Mendes2, Carlos Ney Alencar de Araújo2
Resumo - Carcinoides são tumores raros que se originam de células produtoras de hormônios e que, por sua vez, frequentemente produzem hormônios
e outros neurotransmissores. Tipicamente, tumores carcinoides crescem lentamente e ocorrem principalmente no estômago, intestino delgado, intestino
grosso, apêndice vermiforme, timo ou pulmão. Objetivo - Relatar um caso de tumor carcinoide descoberto ao acaso em polipo duodenal. Casuística e
Métodos - Realizamos pesquisa em prontuários de pacientes submetidos a endoscopia digestiva no Centro de Endoscopia Digestiva do Crato-CE, através
de seu banco de dados e selecionando todos os casos de tumores e pólipos duodenais. Resultados - Paciente de 49 anos queixando-se de dor epigástrica de
forte intensidade, que melhorava com a alimentação, clocking, pirose e diarreia de longa duração. Realizou endoscopia digestiva que evidenciou polipo de
parede anterior de duodeno, semi-pediculado e superfície ulcerada. A biopsia do polipo mostrou tratar-se de tumor carcinoide. Realizado polipectomia
endoscópica através da técnica de mucosectomia. Histopatológico e imumohistoquímica confirmaram o diagnóstico. Paciente evoluiu assintomático.
Conclusão - Devemos estar sempre atentos às queixas do paciente para que cada vez mais consigamos fazer diagnósticos e tratá-los com sucesso.
1
Faculdade de Medicina do ABC, 2 Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ, São Paulo.
TL.G.EST/DUO.P.446
TUMOR DE KRUKENBERG SECUNDÁRIO A LINITE PLÁSTICA
Jorge Andre Cartaxo Peixoto1, David Feder1 *, George Nilton Nunes Mendes2, Maria Manuela Martins Rolim2,
Felipe Carvalho Rodrigues de Melo2, Carlos Ney Alencar de Araújo2, Hiarley Emanoel Ferreira Silva2,
Raquel Cavalcante Callou2
Resumo - O tumor de Krukenberg é uma entidade rara, caracterizada por neoplasia ovariana secundária a um tumor do trato gastrointestinal, frequentemente bilateral, volumoso e assintomático. Afeta geralmente mulheres na quarta década de vida, correspondendo a 1%-5% de todos os tumores
ovarianos. Objetivo - relatar um caso de Tumor de Krukenberg secundário a linite plástica gástrica. Casuistica e Métodos - Foi realizado pesquisa em
prontuários de pacientes submetidos a endoscopia digestiva no Centro de Endoscopia Digestiva do Crato-CE, através de seu banco de dados e selecionando todos os casos de câncer gástrico com metástases abdominais. Resultado - Paciente de 63 anos referindo dor abdominal de moderada intensidade,
vômitos pós-prandiais precoces, aumento do volume abdominal e perda de peso de 10 kg em 2 meses. Ao exame físico apresentava-se com estado geral
precário e abdômen globoso, ascítico e indolor. Realizado endoscopia digestiva que verificou infiltração difusa do estômago com pouca distensibilidade
e algumas áreas ulceradas. Ultrassonografia do abdômen mostrou ascite volumosa e aumento dos ovários. TC de abdômen evidenciou ascite volumosa,
implantes peritoneais e nódulos sólidos ovarianos bilaterais. Biópsia gástrica revelou adenocarcinoma gástrico pouco diferenciado. Conclusão - Algumas
patologias apesar de raras podem aparecer em nossa clínica diária e por isto devemos estar sempre atentos a este tipo de patologia.
1
Faculdade de Medicina do ABC; 2 Faculdade de Medicina de Jundiaí - FMJ, São Paulo.
TL.G.EST/DUO.P.447
TUMOR ESTROMAL GASTROINTESTINAL (GIST): DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE HEMORRAGIA
DIGESTIVA ALTA
Andre Rezek Rodrigues1, Germana Jardim Marquez1, Ingrid Steltenpool Torminn Borges1,
Izabella Cristina Cardozo Bomfim1, Danillo Gomes Leite1, Tadeu Cavalcante Nogueira de França Lacerda Lino2,
Tiago Ferreira Paula2, Leandro Mendonça Pedroso2
Resumo - Introdução - Tumor estromal gastrointestinal (GIST) é a neoplasia mesenquimal mais comum do trato gastrointestinal (TGI), correspondendo
a 3% dos tumores malignos, sendo o estômago o local mais envolvido (60%). Devido ao rápido crescimento do tumor em relação ao suprimento vascular,
a manifestação clínica é hemorragia digestiva alta (HDA), podendo apresentar sintomas inespecíficos (anemia, perda de peso e plenitude pós-prandial).
Objetivo - Discutir a importância da investigação de GIST no diagnóstico diferencial de HDA não varicosa. Relato de caso - DPB, 42 anos, sexo feminino,
refere dor epigástrica com melhora após alimentação. Endoscopia digestiva alta (EDA) mostrou pólipo de 1,5 cm. Após 3 meses evoluiu com astenia,
hematêmese, melena e piora da dor. Realizou nova EDA evidenciando pólipo de 8 cm. Durante pré-operatório piorou quadro de HDA, sendo internada
para reposição sanguínea e cirurgia. Submetida à gastrectomia parcial com anatomopatológico evidenciando lesão mesenquimal fusocelular ulcerada,
sugestivo de GIST. Discussão e Conclusão - As principais etiologias de HDA não varicosa são as úlceras duodenais (25-30%), lesão aguda da mucosa gastrointestinal (5-20%), úlcera gástrica (20%), esofagites (7-12%) síndrome de Mallory-Weiss (5-15%), neoplasia (5%) e lesão de Dieulafoy (0,5-14%). Apesar
de ser uma causa incomum de HDA, ao abordarmos um paciente com este quadro, devemos investigar o GIST como possível causa do sangramento.
1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 2Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, Goiás.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
183
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.EST/DUO.P.448
TUMOR ESTROMAL GÁSTRICO (GIST) DE GRANDE VOLUME – RELATO DE CASO
Pedro Lhermusieau Barros1, Murilo Meneses Nunes1, Hugo Silva Camilo2, Paulo Lhermusieau Pedreira3,
Larissa de Rezende Mikael4, Yuri Kossa Barbosa1, Luiz Carlos Pedreira Barros5, Robson Vieira Silva Junior1
Resumo - Introdução - Os tumores estromais gástricos (GIST’s) são relativamente raros e acometem principalmente pacientes acima dos 50 anos. Os
GISTs são frequentemente assintomáticos e diagnosticados incidentalmente por exames de imagem ou endoscópicos. Os possíveis sintomas são dor
abdominal, hemorragia, massa abdominal palpável, anemia ferropriva, sintomas dispépticos, emagrecimento e fenômenos obstrutivos. Objetivo - Relatar um caso de um paciente com um GIST de grande volume. Relato de caso - Paciente de 70 anos, masculino, com história de desconforto e distensão
abdominal de longa data e massa palpável no andar superior do abdome. Os exames de imagem demonstraram lesão tumoral volumosa. Submetido à
cirurgia, com ressecção de massa tumoral medindo 20,0 x 15,0 cm de diâmetro, retrogástrica, com fixação na parede gástrica posterior e pâncreas distal.
Foi realizada ressecção ampliada com gastrectomia parcial, pancreatectomia distal, esplenectomia total e linfadenectomia retroperitonial. Exame histopatológico sugestivo de Tumor Estromal Gástrico (GIST). Método - Relato de caso com revisão bibliográfica. Discussão - A presença de uma grande
massa abdominal gerando alterações clínicas associadas a seu efeito compressivo e aderências gerou uma emergência cirúrgica, que levou à pesquisa
histopatológica, evidenciando GIST. Conclusão - Os GIST’s são geralmente assintomáticos e de pequeno volume, porém manifestações atípicas podem
ocorrer e devem ser consideradas como diagnóstico diferencial.
UFG; 2PUC-GO; 3UFF; 4UCB; 5Hospital Amparo, Goiás.
1
TL.G.FIG.P.449
Pôsteres • fÍGADO
ABSCESSOS HEPÁTICOS DE REPETIÇÃO ASSOCIADOS À LITÍASE INTRA-HEPÁTICA
Cecília de Oliveira Maia Pinto*, Marcos de Vasconcelos Carneiro*, Rodrigo Barbosa Villaça*,
Lílian Silva Mendonça Almeida*, Stefania Burjack Gabriel*, Francisco Machado da SilvA*,
Káritas Rios Lima Matsunaga*, Pedro Robério de Melo Nogueira Junior*
Resumo - Introdução - A maioria dos abscessos piogênicos é isolada e localiza-se no lobo direito do fígado. Uma causa rara é a calculose intra-hepática.
Essa doença caracteriza-se por cálculos pigmentares e frequentemente está associada a estenoses ductais. Objetivo - Relatar caso de abscesso hepático
recorrente associado à litíase hepática. Relato de caso - Mulher, 52 anos com dor intensa em hipocôndrio direito, vômitos há 5 dias. Colecistectomizada
há 30 anos. Histórico de abscesso hepático tratado há 2 anos. Exames Laboratoriais - AST: 24 UI/L, ALT: 16 UI/L, FA: 216 UI/L, GGT: 249 UI/L. TC
de abdome: fígado com múltiplas lesões hipoatenuantes, com impregnação periférica e central pelo contraste, gás no interior das vias biliares intra e
extra-hepáticas, colédoco medindo 1,1 cm. Colangiorressonância: estenose nos ramos biliares direito e esquerdo, dilatação de vias biliares intra-hepáticas,
cálculos intra-hepáticos. EDA: papilite com fístula onde se observa saída de bile clara. Tratada com ciprofloxacino e metronidazol. Retorno dos sintomas após antibioticoterapia. Abordagem definitiva: laparotomia com hepatectomia parcial (segmentos II, V e VIII), evidenciando-se múltiplos cálculos
intra-hepáticos. Conclusão - A litíase intra-hepática é um fator associado à formação de abscessos piogênicos. É necessária alta suspeição para as duas
entidades a fim de diagnosticá-las precocemente e estabelecer tratamento definitivo.
*HFA, Brasília.
TL.G.FIG.P.450
AMBULATÓRIO DE HEPATITES VIRAIS: INICIATIVA MUNICIPAL
Matheo Casagrande*
Resumo - O Ambulatório de Hepatites Virais na cidade Marau no Rio Grande do Sul foi criado graças aos esforços do poder publico municipal e
também aos esforços da Associação Marauense de Portadores de Hepatites Virais - AMHEC. Seu início foi há 18 meses, onde tínhamos 25 pacientes
em tratamento sendo 5 tratando hepatite C e os demais tratando hepatite B. Neste inicio de trabalho implementamos a formação de uma equipe multidisciplinar formada por enfermeira, psicóloga, nutricionista, farmacêutica, auxiliar de enfermagem e medico. Neste período visamos a capacitação dos
ESFs da cidade que são em número de 12, fornecendo informações em relação a busca ativa aos portadores de hepatites virais para que aumentássemos
o nosso número de pacientes diagnosticados. No momento ampliamos de 25 para 70 pacientes em tratamento sendo 20 em hepatite C, 3 coinfectados
VHC/HIV e 47 portadores de hepatite B sendo que destes 47, 45 são portadores de vírus B Mutante com Hb e AG não reagente. E somente dois pacientes
são HB e AG reagentes
*Ambulatório de Hepatites Virais Marau, Rio Grande do Sul.
184
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.451
ANÁLISE PRELIMINAR: APLICAÇÃO DA BATERIA DE AVALIAÇÃO FRONTAL EM CIRRÓTICOS
PORTADORES DE ENCEFALOPATIA
Karina Zamprogno de SouzA*, Fernanda Schwanz Coutinho*, Maria da Penha Zago Gomes*, Marilia Majeski Colombo*,
Mayara Fiorot Lodi*, Izabelle Venturini Signoreli*
Resumo - Introdução - Encefalopatia hepática (EH) é um grupo heterogêneo de anormalidades neuropsiquiátricas em portadores de disfunção hepática.
EH pode ser classificada em mínima (EHM), cujo diagnóstico é feito por testes neuropsicológicos ou persistentes, cujo diagnóstico é feito por manifestações clínicas. Uma alternativa para avaliação de EHM seria a Bateria de Avaliação Frontal (FAB), uma bateria para avaliar a presença e a gravidade
das síndromes disexecutivas. Objetivo - Avaliar se o FAB em cirróticos pode inferir EH. Casuísta e Método - Estudo observacional corte transversal, em
59 cirróticos do Serviço de Gastroenterologia do HUCAM, com aplicação do FAB. Resultados - Média de idade da amostra: 57,7anos, 78,3% homens,
68,3% etilistas e abstêmios, 20% HbsAg positivos, 25% anti-HCV positivos, 13,3% apresentavam EH, 38,3% Child A, 38,3% Child B e 23,3% Child C.
Pontuação média do FAB da amostra:10,6 e mediana:11 pontos, 81,7% dos casos apresentaram até 13 pontos e apenas 18,3% apresentaram FAB maior
que 13 pontos. Entre os quesitos do FAB, o de maior comprometimento foi a Abstração, onde 46,7% não pontuaram. Em 8 pacientes com EH franca,
a média: 7,75 e a mediana: 5,5 pontos, 50% não pontuaram em Sequência Motora, GO-NO-GO e Instruções Conflitantes, 62% não pontuaram em
Semelhança. Nos casos sem EH, a média e a mediana do FAB foi de 11 pontos. Conclusão - Pontuação do FAB é inferior em encefalopatas, podendo ser
um método de triagem, principalmente na EH grau I e na EHM.
*UFES, Espírito Santo.
TL.G.FIG.P.452
ANÁLISE DE FATORES PREDITORES PARA RESPOSTA VIROLÓGICA SUSTENTADA NO TRATAMENTO
DA HEPATITE C
Priscila Rabelo Penido Resende*
Resumo - A resposta virológica sustentada (RVS) é definida pela negativação do PCR anti-HCV no final do tratamento e sua confirmação após seis
meses. Alguns fatores tais como, sexo, genótipo 2 e 3, baixa carga viral, idade menor que 40 anos, peso menor que 75 kg e ausência de fibrose, cirrose e
esteatose hepática, são relatados na literatura como preditores da RVS. Numa casuística de 147 pacientes portadores de Hepatite C, atendidos no CTR
Orestes Diniz - BH/MG 65 foram tratados. Perfil: 19 mulheres 47 homens. Média de idade: 48,06 a e o peso médio: 70,6 kg. O ALT > 1,5 em 67,7% dos
pacientes. Detectada inflamação moderada a grave em 52.3 % e fibrose grave em 67,7%. Genótipo 1: 46 pacientes (69,2%) e não 1: 17 (26,2%). 18 pacientes
obteve êxito no tratamento com RVS após 6 meses. Numa análise detalhada dos fatores preditores de RVS, foram encontrados: Sexo p: 0,87 RR: 0,92,
Inflamação p: 0,85 RR: 1,19, Fibrose p: 0,11 RR: 0,51, ALT p:0,22 RR: 2,41. A análise dos dados não mostrou relação estatisticamente significativa com
nenhum dos parâmetros analisados, nem mesmo aqueles citados pela literatura. Os parâmetros ALT, fibrose mostraram valores de p quase significativos.
Este fato foi atribuído a uma casuística de n pouco representativo, devido a grande exclusão provocada pelos critérios para o tratamento. Apesar dos
estudos já existentes, são necessários ensaios com uma casuística maior para que seja estabelecida relação entre RVS e fatores preditores.
*CTR - Orestes Diniz, Minas Gerais.
TL.G.FIG.P.453
APRESENTAÇÃO ATÍPICA DO CARCINOMA HEPATOCELULAR COM FRATURA ÓSSEA
Lívia Dantas Teles*, Alex Baia Gualter Leite*, Vanessa Paula Lins Porto Mota*, Charliana Uchôa Cristovão*,
Marina Santos e Souza*, Raíssa Espírito Santo Almeida*, Patrícia Souza de Almeida*, Ivonete Sandra Souza e Silva*
Resumo - Introdução - Carcinoma Hepatocelular é a neoplasia primária mais comum do fígado. Dos vários sítios de metástase, o mais comum é o
pulmão, seguido de linfonodos e ossos. As metástases ósseas variam de 1 a 20% em autópsias. Relato de caso - Homem de 54 anos, internado com diagnóstico de fratura patológica de fêmur esquerdo, foi submetido à ressecção de lesão lítica, colocação de endoprótese e biópsia óssea. No pós-operatório
evoluiu com melena associada a perda de função hepática. Neste período, o resultado da biópsia, após análise histopatológica e imunohistoquímica,
evidenciou carcinoma hepatocelular metastático ósseo. Realizada tomografia computadorizada trifásica de abdome que revelou lesão heterogênea hepática em segmento VIII, de 5,7 cm de diâmetro, além de múltiplos nódulos de menor tamanho, localizados difusamente em todo o parênquima hepático,
sugestivo de carcinoma hepatocelular infiltrativo. Foram observadas ascite e linfonodomegalia peri-aórtica e peri-celíaca neste exame. A dosagem da
alfa-fetoproteína sérica foi normal. Houve positividade para infecção pelo HCV mediante dosagem de HCV-RNA pela reação em cadeia da polimerase
(PCR). Diante da ausência de critérios para tratamento curativo como transplante hepático ou ressecção cirúrgica, o mesmo foi encaminhado para
seguimento ambulatorial. Conclusão - Embora metástases ósseas sejam sítios comuns do carcinoma hepatocelular, a apresentação a partir da metástase
é um evento raro, sobretudo com fratura óssea.
*UNIFESP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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TL.G.FIG.P.454
APRESENTAÇÃO ICTÉRICA DE LINFOMA DE HODGKIN – RELATO DE CASO
Charliana Uchôa Cristovão*, Lívia Dantas Teles*, Alex Baia Gualter Leite*, Vanessa Paula Lins Porto Mota*,
Marina Santos e Souza*, Raíssa Espírito Santo Almeida*, Vitório Luís Kemp*, Roberto José de Carvalho Filho*
Resumo - Introdução - O linfoma de Hodgkin (LH) é uma neoplasia do sistema linfático que acomete preferencialmente adultos jovens, entre 15 e 40
anos. O quadro clínico mais comum é adenomegalia periférica (50%), com acometimento extranodal em até 15%. Relato de caso - SMS, 39 anos, masc.,
previamente hígido. Há 3 meses com febre (38-40°C), sudorese noturna e perda de peso (10 kg). Há 1 mês, apresentou icterícia, colúria e acolia, sem
prurido, dor abdominal ou náuseas. Ao exame: palidez cutâneo-mucosa; icterícia (3+/4+); hepatomegalia dolorosa (13 cm); Traube ocupado; ausência de
linfonodomegalias periféricas e estigmas de insuficiência hepática. Exames complementares: pancitopenia; hipoalbuminemia; ALT e AST de 10-12 xN;
FA e GGT 4 x N; BT 10-14 mg/dL (BD > BI); AP 50%; DHL 1,8 xN. Investigação negativa para vírus hepatotrópicos, HIV, leishmaniose e tuberculose.
RM abdome: hepatoesplenomegalia, sem dilatação de vias biliares; baço no limite superior. TC tórax: aumento discreto de linfonodos mediastinais. Bx
hepática: células de Reed-Sternberg; imuno-histoquímica compatível com LH. Bx de medula óssea: infiltração neoplásica medular. Estadiamento IV b.
Iniciada quimioterapia com dexametasona + CHOP, seguidos de ABVD. Evoluiu com melhora dos sintomas B, ganho de peso de 14 kg e resolução da
icterícia colestática e pancitopenia. Motivo da apresentação: Embora o comprometimento hepático do LH seja raro, seu diagnóstico deve ser considerado
em casos de icterícia colestática associada a sintomas B.
*UNIFESP, São Paulo.
TL.G.FIG.P.455
APRESENTAÇÃO NÃO CLÁSSICA DA DOENÇA DE WILSON
Tabata Cristina Alterats Antoniaci*, Paula Sant Anna Siqueira*, Aristides Rodrigues JR*,
Jose Eduardo Vasconcelos Fernandes*, Gustavo Henrique Alterats Antoniaci*
Resumo - Introdução - A Doença de Wilson é uma doença genética autossômica recessiva causada pelo acumulo do cobre. Ocorre mutação no GENE
ATP 7B, do cromossomo 13. Clínica clássica representada pela tríade de doença hepática, neurológica e oftalmológica. Objetivo - Relato de caso com
apresentação clínica na forma não clássica. Método - Relato de caso de paciente e como foi feito seu diagnostico e seguimento. Relato de caso - R.B.P.,
28 anos, natural de Itaberaba/ Bahia, procedente de Santos - SP, internado com edema generalizado e urina escurecida. Admissão: Consciente, sem alteração neurológica. ABD - globoso, ascítico indolor a palpação superficial e profunda. MI - edema 3/4 bilateral. LAB: HB: 12,7/ ALB - 1,77/ BT - 3,16/
BD - 2,22/ TGO- 128,2/ TGP - 58,9 / TAP - 17% RNM Abdome: hepatopatia crônica com sinais de hipertensão portal; veia porta pérvia; esplenomegalia;
ascite volumosa; EGD - varizes esofágicas de grosso calibre, tortuosos e arroxeados. HBSAG - Negativo; Anti-HCV - Não reagente; Anti-HBE - Não
reagente. Exame oftalmológico = Presença de Anéis de Kayser-Fleischer. Foi diagnosticada Doença de Wilson; o mesmo evoluiu com confusão mental
e ascite refrataria, sendo então encaminhado para transplante hepático, com sucesso. Conclusão - No relato acima o diagnóstico deve-se aos métodos
exames subsidiários. Com isso o diagnóstico precoce levou ao tratamento correto para a doença hepática fulminante, aumentando a sobrevida do paciente.
*Santa Casa de Santos, São Paulo.
TL.G.FIG.P.456
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DA BIÓPSIA HEPÁTICA GUIADA POR ULTRASSONOGRAFIA EM
SERVIÇO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DO MARANHÃO
Fábio Gomes Teixeira*, Álvaro Modesto da Silva Rodrigues*, Ílis Maria Lucas Xavier*, Emanuella Costa da Rocha*,
Janaína Martins de Sousa Broder*, Sergio Henrique Diniz Faray*, Thaís Mesquita Medeiro Rocha*
Resumo - Introdução - A completa avaliação das doenças hepáticas necessita não somente de exames clínicos e laboratoriais, mas também de estudo
histopatológico de material obtido através de biópsia hepática. Objetivo - Avaliar a efetividade da biópsia hepática guiada por ultrassonografia realizada
em um Hospital Universitário de referência no Estado do Maranhão. Método - Estudo transversal e descritivo, com pacientes submetidos a biópsia
hepática guiada por ultrassonografia no Hospital Universitário Presidente Dutra da Universidade Federal do Maranhão (HUPD-UFMA), no período
de janeiro de 2006 a dezembro de 2011. Resultados - Foram avaliadas 278 biópsias hepáticas em 272 pacientes. A média de idade foi de 45,88%, sendo
140 (51,5%) do sexo feminino. A hepatite C foi a principal indicação de biópsia, representando 60,7% dos casos, seguida pela hepatite B (17,6%), hepatite
autoimune (2,9%) e demais patologias (18,8%). A média de tamanho do fragmento hepático foi de 1,3 cm. A média de espaços porta em cada fragmento
foi de 9. Foram satisfatórios para análise histopatológica 95% (264) dos fragmentos obtidos. A maioria não apresentava fibrose, e o achado de esteatose
se fez presente em 43,9% das amostras, enquanto a sobrecarga de ferro ocorreu em 5,4%. Conclusão - Em 95% das biópsias hepáticas guiadas por ultrassonografia, o fragmento obtido foi suficiente para a análise histológica, demonstrando a efetividade deste procedimento no Serviço.
*UFMA, Maranhão.
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TL.G.FIG.P.457
AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE DO PROGRAMA DE TRATAMENTO DA HEPATITE C CRÔNICA EM
USUÁRIOS DA FARMÁCIA ESTADUAL DE MEDICAMENTOS EXCEPCIONAIS DO MARANHÃO (FEME)
Fábio Gomes Teixeira*, Adalgisa de Sousa Paiva Ferreira*, Karlla Fernnanda Custódia Silva Leal*,
Reinaldo Izidório dos SANTOS Filho*
Resumo - Introdução - A infecção pelo Vírus da Hepatite C é a principal causa de morte por doença hepática e indicação de transplante hepático em
países ocidentais. Objetivos - Avaliar a efetividade do programa de tratamento da hepatite C crônica em usuários da Farmácia Estadual de Medicamentos
Excepcionais do Maranhão (FEME), determinar a taxa de resposta virológica sustentada (RVS) e identificar as taxas de interrupção do tratamento.
Métodos - Foram analisados os dados de 256 pacientes, tratados para hepatite C crônica na FEME no período de Janeiro de 2005 a Julho de 2009. Resultados - A RVS por intenção de tratar foi de 57%. O sexo masculino foi predominante (66%). A média de idade encontrada foi de 52,5 anos, havendo
predomínio de indivíduos não brancos em relação aos brancos. O genótipo 1 foi o mais comum (77%) e 150 (58,6%) pacientes apresentaram carga viral
superior a 400.000 UI/ml. Com relação ao esquema de tratamento, o interferon peguilado associado ribavirina foi utilizado por 80,5% dos pacientes,
sendo a taxa de interrupção do tratamento de 13,3%. Foram identificados como fatores independentemente associados à RVS: cor branca, não cirróticos,
ter genótipo não 1 e carga viral abaixo de 400.000 UI/ml. Conclusão - Estes achados demonstram a efetividade do tratamento fornecido pela FEME, que
possibilita a cura da maioria dos pacientes, prevenindo a progressão para doença hepática terminal e suas consequências desastrosas.
*UFMA, Maranhão.
TL.G.FIG.P.458
AVALIAÇÃO MELD, ROCKALL, CHILD-PUGH E BAVENO EM PACIENTES COM HEMORRAGIA
DIGESTIVA ALTA
Lucianno Viana Ribeiro1 Pedro Araujo Bussad1, Flavio Monteiro Lopes1, Renata Cecilia Magalhães dos Santos1,
Jorge do Prado Correia Neto2, Rodolfo de Assis2, Arnaldo Pereira da Silva2
Resumo - Introdução - Hemorragia digestiva alta (HDA) representa significativo percentual em atendimento de urgência e emergência. As causas são
diversas, porém a abordagem dividida em varicosa e não varicosa determina fluxogramas de atendimento mais eficazes. Os altos índices de morbimortalidade e elevados custos de tratamento adequado sugerem que o diagnóstico precoce, com tratamento profilático de lesões com potencial hemorrágico, é
fundamental para modificação do curso da doença hemorrágica digestiva. Casos - O programa de residência médica em endoscopia iniciou em abril de
2013, na cidade de Almenara, Vale do Jequitinhonha. Foi realizada análise retrospectiva de casos de HDA durante o período de abril a agosto de 2013.
Foram analisados prontuários de 22 pacientes com HDA, sendo que em dez a etiologia foi varicosa, para avaliação dos índices de Rockall, Baveno, Meld
e Child-Pugh. Dos pacientes avaliados houve um óbito. Todos os pacientes após estabilização clínica foram submetidos à endoscopia e o tratamento
adequado foi instituído. Conclusão - No Vale do Jequitinhonha a esquistossomose é endêmica, com elevada prevalência de varizes esofagogástricas por
hipertensão porta. Os protocolos de tratamento determinam a estabilização hemodinâmica e avaliação de critérios laboratoriais, sendo, recomendado a
realização de endoscopia digestiva somente após as medidas terapêuticas clínicas iniciais.
1
Instituto Lucianno Viana Ribeiro; 2Hospital Deraldo Guimarães, Minas Gerais.
TL.G.FIG.P.459
COMPLICAÇÃO DE PARACENTESE: RELATO DE CASO
Karina Zamprogno de Souza*, Fernanda Schwanz Coutinho*, Marilia Majeski Colombo*, Mayara Fiorot Lodi*,
Maria da Penha Zago Gomes*, Izabelle Venturini Signoreli*
Resumo - Introdução - Paracentese abdominal deve ser realizada em todo paciente com ascite, independente da etiologia. É um procedimento fundamental para diferenciar a causa da ascite, para diagnóstico de peritonite bacteriana espontânea e para terapêutica. Em geral, apresenta baixos riscos,
desde que respeitada a técnica correta. A complicação mais grave é a hemorragia. (Pache; Bilodeau, 2005) em uma série de casos, com 4500 paracenteses,
obteve a taxa de hemoperitôneo inferior a 0,2%, independente das provas de coagulação ou da contagem de plaquetas; com principais fatores de risco
para sangramento: alta pontuação de Child, Meld, clearance de creatinina reduzido, deficiência de fibrinogênio e da coagulação intravascular disseminada. Evidenciando a necessidade de mais estudos sobre os fatores de risco para hemoperitôneo pós-paracentese. Objetivo - Relatar caso de paciente
masculino, 50 anos, cirrótico por álcool, Child C, hipertenso não controlado. Internado com ascite de grande volume que, após ser submetido a paracentese aliviadora e diagnóstica, apresentou hemoperitôneo e em 24 horas evoluiu a óbito. Material e Método - revisão de prontuário, com avaliação
de exames laboratoriais e pelo laudo de necropsia. Resultado - O caso relatado chama atenção para uma complicação de paracentese, que embora rara,
pode ser fatal. Conclusão - Devemos pesquisar fatores de risco que possam predizer um risco maior de hemoperitôneo, ao realizarmos este procedimento
em portadores de cirrose hepática avançada.
*UFES, Espírito Santo.
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TL.G.FIG.P.460
COMPLICAÇÃO RARA DE CIRROSE HEPÁTICA: ASCITE QUILOSA
Fernanda Schwanz Coutinho*, Maria da Penha Zago Gomes*, Karina Zamprogno de Souza*,
Marilia Majeski Colombo*, Mayara Fiorot Lodi*, Izabelle Venturine Signoreli*
Resumo - Introdução - Ascite Quilosa (AQ) é um achado raro e consiste no acúmulo de líquido peritoneal rico em triglicerídeos (TG). A etiologia é
multifatorial e, em adultos, as principais causas são por cirrose hepática (CH) e malignidades. Está presente em 0,5-1% dos pacientes com CH e ascite. O
aspecto do liquido ascítico (LA) é leitoso e a dosagem de TG apresenta valores > 200 mg/dl. Malignidades sempre devem ser pesquisadas. O tratamento
da AQ em cirróticos consiste principalmente no manejo da ascite com dieta hipossódica e diuréticos, pode ser acrescentado triglicerídeos de cadeia média
(TCM) à dieta para melhor recuperação nutricional. Objetivo - Relatar dois casos de ascite quilosa. Material e Método - Revisão de prontuários e avaliação
de exames laboratoriais. Resultados - Paciente masculino, 46 anos, diabético, portador de doença renal crônica e CH por esteatohepatite não alcoólica.
Apresentava LA de aspecto leitoso, triglicerídeos 654mg/dl. Segundo paciente masculino 65anos, CH por álcool, LA leitoso com triglicerídeos de 355
mg/dl. Introduzido dieta assódica e com TCM, diurético só foi feito no 2º paciente (o 1º não foi introduzido diurético devido disfunção renal). Pacientes
apresentaram redução do volume abdominal e melhora nutricional. Conclusão - Embora rara, a AQ pode estar presente e, nos adultos, as causas mais
comuns são malignidades e CH. A investigação deve ser voltada para a causa dessa ascite para obtermos tratamento efetivo.
*UFES, Espírito Santo.
TL.G.FIG.P.461
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DAS HEPATOPATIAS: HEMOCROMATOSE HEREDITÁRIA – RELATO DE
CASO
Priscila Rabelo Penido Resende*
Resumo - L.M.M, 56 anos, masculino, com elevação crônica de aminotransferases. Assintomático. Exames: ALT: 79; ferritina: 1650; IST: 75%; ferro:
126; Alfa1-AT: 116. Sorologia para hepatites virais: negativas. US abdome: aumento da ecogenicidade hepática sugestivo de esteatose hepática moderada
a acentuada. Biópsia hepática: compatíveis com esteatohepatite não alcoólica (A2 F1) e siderose grau 2. Pesquisa genética: homozigoto para H63D.
Iniciado tratamento com sangrias terapêuticas; acompanhamento hematológico, triagem familiar. Paciente evoluiu com melhora importante dos exames
laboratoriais e realiza sangrias esporádicas. Hemocromatose hereditária é uma desordem autossômica recessiva caracterizada pelo acúmulo excessivo de
Fe no corpo, sobretudo no fígado. Tem início insidioso, é raramente diagnosticada antes dos 20 anos. A mutação genética é igualmente distribuída entre
os sexos, mas existem mais homens doentes do que mulheres devido às “perdas fisiológicas”. As alterações morfológicas nos órgãos são caracterizadas
por deposição de hemossiderina. O diagnóstico baseia-se na comprovação da deposição acentuada do Fe no fragmento de biópsia hepática e/ou por
meio da realização de testes genéticos para a detecção de mutações. O tratamento visa esgotar os estoques corpóreos aumentados de Fe. A propedêutica
das hepatopatias crônicas deve ser extensa, pois pode revelar mais de um agente causador de lesão hepatocelular.
* Ambulatório Hospital Vera Cruz, Minas Gerais.
TL.G.FIG.P.462
DOENÇA DE CAROLI: RELATO DE CASO
Marisa Rafaela Damasceno Lima1, Luciano Gomes Moura2, Brenda Marques Rodrigues1,
Pedro Ruan Chaves Ferreira2, Wagner Wanzeler Pacheco3, Mara Pureza Marques3,
Thalita Cristina De Oliveira Brandão Campos1
Resumo - Doença de caroli (DC) é patologia rara, consistindo na dilatação das vias biliares intrahepáticas (VBIH) e ausência de outras doenças
hepáticas ou viscerais; agregada à fibrose periportal é denominada Síndrome de Caroli. Geralmente o único sintoma é dor abdominal recorrente em
abdome superior; colangite é muito frequente, podendo ser forma de aparição. Relatamos caso de paciente com DC, internado na Fundação Santa Casa
de Misericórdia do Pará, observando complicações e manifestações clínicas da doença, associando comorbidades do paciente. C.E.O.A., Masculino,
33 anos. Queixas - Dor abdominal, edema em MMII, colúria. Antecedentes - cirrose biliar por dc; uso contínuo de ciprofloxacino 1g/dia; cirurgias: colecistectomia (2010); ex-etilista e ex-tabagista. Exame Físico - Cote, ictérico (2+/4+), taquipnéico. Múrmurio vesicular diminuído em 1/3 inferior direito
com crepitações. Abdome globoso, circulação colateral, RHA presentes, hepatomegalia dolorosa, descompressão brusca negativa. Evoluiu com tosse
produtiva esverdeada e dor à respiração. Suspeita de fístula bílio-brônquica. TC tórax: nódulo calcificado residual, sem realce anômalo após contraste.
TC de abdome: hepatomegalia, dilatação e cálculos (2,8 mm) em VBIH. Progrediu com bom estado geral, sem evidências de fístula. Recebeu alta no 10º
dia de internação, com acompanhamento ambulatorial para transplante hepático. Conclusão - A distribuição bilobar acarretou complicações acentuadas
e presença de quadro clínico clássico.
1
Universidade Federal do Pará; 2 Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará; 3Hospital Ophir Loyola, Pará.
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v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.463
DOENÇA DE WILSON: DIAGNÓSTICO EM PACIENTE COM ENVOLVIMENTO NEUROLÓGICO E
HEPÁTICO
Arlene dos Santos Pinto*, Daniela Calado Lima COSTA*, Aline de Almeida Sousa e Silva*, Herton Luiz Alves Sales Filho*, José
Miguel Luz Parente*, Mirian Palha Dias Parente*
Resumo - A Doença de Wilson é um distúrbio hereditário no qual há um defeito na excreção biliar de cobre. Paciente, 21 anos, masculino, pardo, solteiro,
técnico em agropecuária, natural e procedente de zona rural do sul piauiense. Realizou exames laboratoriais que evidenciaram plaquetopenia, tendo sido
internado para elucidação diagnóstica. Queixava-se de fraqueza e tremor de extremidades durante o repouso, alteração de marcha e intensa irritabilidade,
que se instalaram de forma insidiosa nos últimos seis meses. Exames laboratoriais mostraram elevação de aminotransferases 1,5 vezes acima do valor
de referência e plaquetopenia; Ultrassonografia de abdome evidenciou hepatopatia crônica. Biópsia hepática mostrou moderado infiltrado inflamatório
linfocitário portal, e frequentes inclusões glicogênicas intranucleares. Estudo do cobre revelou: ceruloplasmina 2,9 mcg (VR: 22-58); cobre urinário 19,03
mcg (VR:60-140); cobre sérico 32,8 mcg (VR: 59-158). Ressonância magnética de crânio mostrou, na porção anterior do putâmen e no núcleo caudado,
áreas sugestivas de depósitos de metal. Com os resultados apresentados, foi firmado o diagnóstico de Doença de Wilson e iniciado tratamento com d-Penicilamina 1g/dia e medidas higienodietéticas (fisioterapia e alimentação pobre em cobre). O paciente obteve melhora do quadro clínico neurológico
e hepático. Conclusão - Relatamos o caso de um paciente com doença de Wilson, cujo quadro clínico teve início com manifestações neurológicas.
*UFPI, Piauí.
TL.G.FIG.P.464
EFICÁCIA DO CLAPEAMENTO PROLONGADO DO DUCTO BILIAR COMUM DO RATO WISTAR, NA
INDUÇÃO DE LESÕES HEPÁTICAS
Gracinda de Lourdes Jorge*, Rodolfo dos Reis Tártaro*, Ana Candida Coutinho Facin*, Rosana Aparecida Trevisan Pereira*,
Cecília Amélia Fazzio Escanhoela*, Ilka de Fátima Santana Ferreira Boin*
Resumo - Introdução - A disfunção hepática pós-ressecção, traumatismo ou transplante hepático é multifatorial, mas não se conhece bem seus efeitos tardios
sobre a via biliar no rato Wistar. Objetivo - Objetivo avaliar lesões hepáticas tardias, após Clampeamento Prolongado do Ducto Biliar Comum (CPDBC) em
ratos Wistar. Método - 10 ratos Wistar, machos, peso médio ± 304 g, anestesiados com tiopental sódico e diazepan iv. Grupo: (CPDBC n=5), submetidos à
incisão abdominal, o DBC foi isolado, dissecado e submetido à clampeamento prolongado de 40 minutos com micro pinça. Após este tempo de oclusão a pinça
foi removida e a incisão fechada. Grupo Operação Simulada (GOS n=5), os ratos em condições de normalidade, foram submetidos, à anestesia, laparotomia
e manipulação do DBC, posteriormente a exames de controle. Após o 31º dia foi realizado a coleta da biopsia hepática para histologia, e exames bioquímicos:
bilirrubinas totais (BT), fosfatase alcalina (FALC), aminotransferases (AST/ALT) e gama glutamil-transferase (GGT). Resultado - No Grupo CPDBC 100%
dos animais apresentaram dilatação do ducto biliar, proliferação ductular e infiltrado inflamatório portal, 60% formação de nódulos regenerativos, 80% septos
porta-porta e focos de necrose. Os resultados bioquímicos apresentaram aumentos significativos (p<0,05) em relação ao GOS. Conclusão - O CPDBC do rato
Wistar, demonstrou ser eficaz como modelo experimental, causando lesões hepáticas com importantes repercussões bioquímicas e histológicas.
*UNICAMP, São Paulo.
TL.G.FIG.P.465
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA POR SHUNT PORTOSSISTÊMICO COM APRESENTAÇÃO ATÍPICA:
PARKISONISMO – RELATO DE CASO
Virgínia Brasil de Almeida*, Antônio Eduardo Benedito Silva*, Ivonete Sandra Souza e Silva*, Lívia de Almeida COSTA*,
Lívia Guimarães Moreira da Silva*, Luiz Augusto Cardoso Lacombe*, Luiza Fabres do Carmo*, Tárcia Nogueira Ferreira Gomes*
Resumo - Relata-se caso de encefalopatia hepática (EH) secundária a shunt portossistêmico (SPS) que procurou neurologista por quadro sugestivo de
Parkinsonismo. Mulher, 60 anos, com esquistossomose hepatoesplênica que fez desconexão ázigoportal há 13 anos, após HDA. Há 5 anos evolui com tremor
em extremidades, movimentos orolabiais atípicos e disartria, alteração da marcha, lentificação psicomotora e demência. Referia constipação intestinal e negava
etilismo. Ao exame apresentava déficit cognitivo, discinesia orofacial, leve instabilidade de marcha sem ataxia, tremor de ação e flapping, sem estigmas de
hepatopatia. Inicialmente fez RNM de crânio (diminuição do volume do putâmen e depósito mineral (manganês?) em núcleos da base). A partir daí realizou-se a amônia sérica (61 mmol/L, normal 9-33), USG com Doppler portal e angioTC de abdome (fibrose periportal, trombose crônica de veia porta e shunt
esplenorrenal). Função hepática normal. Usou lactulose e propranolol com melhora da constipação intestinal e regressão do quadro neurológico. O quadro
clínico associado à hiperamonemia, SPS e melhora dos sintomas após tratamento são concordantes com EH com apresentação atípica. Acredita-se que a EH
se deva à cirurgia abdominal prévia e/ou à trombose da veia porta com inversão do fluxo. Este caso mostra a importância da RNM de crânio no diagnóstico
de complicações de hepatopatias. A presença de depósitos de manganês na RNM permitiu ao neurologista o diagnóstico e encaminhamento adequados.
*UNIFESP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
189
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.466
ESTEATO HEPATITE NÃO ALCOÓLICA: ALTA PREVALÊNCIA EM PACIENTES ENDOCRINOLÓGICOS
William Bento Amaral1, Maria Lúcia Alves Pedroso1, Rodrigo Bremer Nones2, Cláudia Alexandra Pontes Ivantes2,
Cristiane Vieira Cruz1, Leonardo Fayad1, Fabio Toshio Kakitani1, Elaine Tomita1, Vivian Mayumi Ushikubo1
Resumo - Introdução - A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) é muito prevalente mundialmente e preocupante devido potencial de
evoluir até cirrose e ou hepatocarcinoma, nos casos esteatohepatite não alcoólica (EHNA). A melhor forma de diagnosticar EHNA é através da biópsia hepática, ainda que os critérios histológicos diagnósticos venham sendo frequentemente rediscutidos. Existem alguns fatores de risco para EHNA
e evolução da fibrose, destacando-se a obesidade e o diabetes mellitus tipo 2 (DM). O objetivo deste trabalho foi avaliar o diagnóstico de EHNA em
serviços de hepatologia referenciados por endocrinologistas para encaminhamento de pacientes com suspeita de DHGNA. Materiais e Métodos - Foram avaliador 195 pacientes assintomáticos, com diagnóstico de DHGNA no período de março de 2005 à janeiro de 2011. O diagnóstico histológico de
EHNA foi realizado de acordo com o guideline da American Association for the Study of Liver - AASLD (2012) e comparado com a classificação de
Kliener. Resultados - Um total de 66 pacientes com DHGNA foram incluídos. O diagnóstico histológico de EHNA ocorreu em 51/58 (88%) dos casos,
segundo as novas determinações da AASLD. Se o diagnóstico tivesse sido realizado pela classificação de Kliener 7 casos não teriam sido diagnosticados.
Conclusão - Observou-se alta prevalência de casos de EHNA, com alto percentual de casos com DM ou obesidade e uma associação entre os casos com
fibrose hepática avançada e DM.
HC UFPR; 2HNSG, Paraná.
1
TL.G.FIG.P.467
ESTEATOSE AGUDA: UM IMPORTANTE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE AS DOENÇAS
HEPATOBILIARES DA GESTAÇÃO
Maria da Penha Zago Gomes*, Mayara Fiorot Lodi*, Karina Zamprogno de Souza*, Fernanda Schwanz Coutinho*,
Marília Majeski Colombo*, Luciana Lofêgo Gonçalves*, Patrícia Lofêgo Gonçalves *, Carlos Sandoval Gonçalves*
Resumo - Introdução - Identificar e tratar doenças hepáticas em gestantes é um desafio para o médico obstetra, que junto com hepatologista devem
precocemente intervir para evitar desfechos desfavoráveis para a paciente e o feto. Objetivo - Relatar caso de uma jovem de 22 anos, puérpera, primigesta
de gemelares, que desenvolveu esteatose aguda da gestação com 33 semanas, culminando em parto prematuro e desfecho favorável. Método - Revisão de
prontuário do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes, UFES. Resultados - Paciente, 22 anos, primigesta de gemelares, com pré-natal sem
irregularidades, iniciou icterícia com 33 semanas de gestação. Evoluiu com deterioração do quadro clínico, com função hepática em declínio progressivo,
além de piora da função renal e leucocitose em ascendência. Foi admitida no HUCAM com 34 semanas em franco trabalho de parto e no pós-parto
imediato, evoluiu com manutenção da laboratorial inicial e após alguns dias, com reversão por completo do quadro. O quadro clínico, a exclusão dos
principais diagnósticos diferenciais e a evolução favorável pós-parto diagnosticou esteatose aguda da gestação. Conclusão - Esteatose aguda é uma doença
hepatobiliar específica da gestação humana que ocorre geralmente no 3° trimestre, é um evento raro (1 em 20.000 partos), que deve ser identificado de
forma precoce, pois uma evolução desfavorável é esperada se o parto não for realizado como medida emergencial.
*UFES, Espírito Santo.
TL.G.FIG.P.468
ESTEATOSE HEPÁTICA AGUDA DA GRAVIDEZ E MORTE FETAL POR CARDIOPATIA COMPLEXA
Mariama Alves Dantas Fagundes*, Ana Luiza Cardoso Pinheiro*, Daniela Lima Dias Soares*, Suzana Silva Leal*,
Conceição Maria de Oliveira Mendonça*, Victor Rossi Bastos*, Eduardo Lorens Braga*, André Castro Lyra*
Resumo - Introdução - A esteatose hepática aguda da gravidez (AFLP) é uma emergência obstétrica rara que, se não tratada, progride para insuficiência
hepática fulminante. A etiologia envolve uma mutação genética gerando defeitos na atividade da 3 hidroxiacil coenzima A desidrogenase, responsável pela
ácido beta-oxidação esteatótica mitocondrial. O diagnóstico é embasado na combinação de lesão hepatorrenal, encefalopatia, e coagulopatia de consumo.
Objetivo - Relatar o caso de uma paciente com AFLP complicada com óbito fetal. Relato de caso - Paciente de 33 anos, primigesta, sem comorbidades,
cursou com, náuseas, icterícia e hemorragia gengival, na 32º semana de gestação. Exames realizados revelaram leucocitose, plaquetopenia, CIVD, insuficiência hepática e renal. Sorologias para vírus hepatotrópicos e não hepatotrópicos negativas; USG de abdômen evidenciou esteatose hepática, ascite, e
feto inviável por cardiopatia complexa. Evoluiu com encefalopatia hepática, choque circulatório, necessidade de intubação orotraqueal, sendo submetida
à cesareana de urgência. Houve melhora progressiva dos sintomas e das alterações laboratoriais, recebendo alta hospitalar em 30 dias. Exames repetidos
após três meses, sem alterações. Conclusão - AFLP é uma doença catastrófica de complicações potencialmente fatais. O diagnóstico precoce e o parto
imediato são essenciais para a sobrevivência materna e fetal.
*HSR, Bahia.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
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TL.G.FIG.P.469
ESTEROIDES ANABOLIZANTES PROVOCANDO HEPATITE TÓXICA: RELATO DE CASO
Everson Fernando Malluta1, Carolina Comandulli2, Celso Nilo Didoné2, Samir de Paula Abdalah2,
Andressa Sardá Maiochi2, Cassia Farris2, Ana Claudia Dall’Oglio2
Resumo - Introdução - O uso indiscriminado de esteroides anabolizantes para ganho de massa muscular pode levar a efeitos colaterais graves. Objetivo Relatar um caso de hepatotoxicidade por uso de anabolizantes. Relato de caso - Masculino, 22 anos, iniciou há um mês com icterícia progressiva, associada
a prurido, colúria, acolia e perda de 10 kg. Negava vômitos, dor abdominal, febre, transfusões sanguíneas e viagens recentes. Fez uso de anabolizantes
nos três meses que antecederam o início do quadro. Ao exame físico - Icterícia evidente, hepatimetria de 13 cm e espaço de traube livre. Exames laboratoriais evidenciaram bilirrubinas totais de 43 mg/dl, sendo 31 mg/dl de bilirrubina direta, TAP de 11,5 segundos. As aminotransferases elevadas duas
vezes o valor de referência. Gama-GT, fosfatase alcalina, hemograma e função renal não apresentavam alterações. As sorologias para hepatites e HIV
foram negativas. US de abdome: colelitíase, sem dilatação de vias biliares. Procedeu-se com biópsia hepática, com achados inespecíficos. O diagnóstico
foi de hepatotoxicidade por anabolizantes. Paciente permaneceu internado por três semanas com melhora lenta e progressiva, sendo encaminhado para
acompanhamento ambulatorial. Discussão - Os esteroides anabolizantes são drogas que administradas corretamente podem ser benéficas em algumas
patologias. Os efeitos colaterais tornam-se evidentes quando utilizadas em concentrações acima da recomendável terapeuticamente, provocando danos
à saúde física e mental.
1
Univali; 2Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Santa Catarina.
TL.G.FIG.P.470
FÍSTULA ARTERIOPORTAL PÓS-BIÓPSIA HEPÁTICA VIDEOLAPAROSCÓPICA
Juliana Dantas Ramos BRITO1, Rafael Gonzaga Nahoum2, Murilo Augusto de Almeida Rodrigues1,
Mario Kondo1, Frederico Tácito Rodrigues3, Iana Lícia Cavalcante de Castro3
Resumo - Relato de caso - Paciente M.B.P.B., 75 anos, feminino, portadora de hepatite C crônica, realizou biópsia hepática por videolaparoscopia
em outubro de 2011 para diagnóstico diferencial com amiloidose. Evoluiu no pós-operatório imediato com hipotensão arterial e queda de hemoglobina
sendo submetida a tratamento conservador sem investigação adicional com exames de imagem. Apresentava no pré-operatório plaquetas = 180 mil/
mm3, INR = 1,1, tomografia de abdome e endoscopia digestiva sem indícios de hipertensão portal. Em julho de 2013 realizou endoscopia digestiva que
mostrou varizes de esôfago de médio calibre. Optado por realização de ressonância de abdome em busca de hepatocarcinoma como provável causa
da evolução da hipertensão portal, sendo diagnosticada fístula arteriovenosa intra-hepática. Conclusão - A taxa de complicações sérias das biópsias
hepáticas em geral varia entre 0,06%-0,32%, sendo as mais frequentes a hemorragia, a peritonite biliar, a perfuração de vísceras ocas e o pneumotórax,
com mortalidade em torno de 0,2%. A fístula arterioportal é uma complicação raríssima, pouco descrita na literatura, mas que pode trazer repercussões
importantes a curto e longo prazo.
1
UNIFESP; 2USP; 3FAMENE, São Paulo.
TL.G.FIG.P.471
HEMOBILIA COMO COMPLICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS INTERVENCIONISTAS NO FÍGADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Jessé de OLIVEIRA Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*,
Juliana Maria de Almeida Vital*, Thiago Cesar Fernandes Gomes*, Raphael Torres*,
José Willian Ferreira LIMA Junior*, Cláudio Moura Lacerda*
Resumo - Introdução - Procedimentos intervencionistas para o diagnóstico e tratamento das doenças hepáticas vem crescendo. A sua utilização vem
permitindo diagnósticos mais precoces e tratamentos com pouca agressão ao paciente. Nas suas possíveis complicações encontra-se a hemobilia que
pode ser grave e de evolução fatal. Objetivo - Relatar hemobilia em pacientes submetidos a procedimentos diagnósticos/ terapêuticos no fígado. Método
- Estudo retrospectivo em pacientes submetidos a procedimentos intervencionistas sobre o fígado em Hospital público, entre janeiro de 2002 e janeiro de
2012. Resultados - 9 pacientes, sendo 5 do sexo masculino, com colangiografia percutânea (3), drenagem biliar percutânea (3), TIPS (1), biópsia hepática
(1), radiofrequência (1), foram os procedimentos quem evoluíram com hemobilia. A idade variou de 26 a 81 anos. Tratamento conservador ocorreu em
5, embolização do sítio de origem foi realizada em 3 e cirurgia com ressecção para- hemostasia em um (segmectomia, no paciente da radiofrequência).
Uso de concentrado de hemácias ocorreu em 5 casos. Um paciente de biópsia hepática evoluiu para o óbito (Child B, MELD 20). Conclusão - Hemobilia
é uma complicação biliar rara, mas deve ser lembrada após procedimentos intervencionistas sobre o fígado, pois apesar da evolução favorável na maioria
dos casos, pode apresentar prognóstico desfavorável.
*HUOC, Pernambuco.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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TL.G.FIG.P.472
HEMOBILIA EM PACIENTES ADMITIDOS NA EMERGÊNCIA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Esaú da Silva Santos*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*,
Eduardo de Oliveira COSTA*
Resumo - Introdução - A hemorragia digestiva alta (HDA) é um evento comum na emergência clínica. A sua abordagem inicial vai depender da severidade do sangramento, idade do paciente e comorbidades associadas. Objetivos - Demonstrar o manejo inicial em pacientes com HDA de causa oculta em
pacientes admitidos na emergência. Métodos - Relato de casos na emergência de um hospital do SUS - Recife/PE, entre janeiro de 2002 e junho de 2013.
Resultados - Primeiro Caso - M.F.A., 62 anos, sexo feminino, natural e procedente de Machados - PE. Admitida na emergência com HDA. Realizada
endoscopia digestiva alta (EDA) com esôfago, estômago e duodeno normais. Como apresentou nova HDA, realizou tomografia de abdome que evidenciou calculose das vias biliares. Nova EDA demonstrou sangramento da papila. Foi submetida à colecistectomia com coledocoduodenoanastomose, sem
intercorrências. Segundo caso - B.C.D., 71 anos, sexo masculino, natural e procedente de Pedras - PE. Admitido na emergência com HDA de repetição
e perda de peso. EDA mostrou sangue proveniente da papila. Ultrassonografia abdominal foi realizada e mostrou estruturas amorfas em via biliar principal. Tomografia de abdome e ressonância sugeriram ascaris lumbricoides em via biliar. Realizado antihelmíntico e exploração da via biliar. Realizada
colecistectomia e coledocoduodenoanastomose (achado operatório foi de ascaris no colédoco). Conclusão - Apesar de evento raro, a hemobilia deve ser
lembrada em pacientes com HDA com EDA normal.
*HR, Pernambuco.
TL.G.FIG.P.473
HEMOBILIA MACIÇA EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE DE FÍGADO
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Raimundo Hugo Matias Furtado*, Jessé de OLIVEIRA Neto*,
Thiago Cesar Fernandes Gomes*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Roberto Lemos*, Laécio Leitão*,
Cláudio Moura Lacerda*
Resumo - Introdução - A hemobilia é uma rara causa de HDA. Em 2/3 dos casos tem origem iatrogênica. Objetivo - Descrever 2 receptores de transplante
de fígado que apresentaram hemobilia maciça. Método - Relato de casos. Resultados - M.J.S., 56 anos, fem., cirrose VHB E VHC, transplante de fígado
há 10 meses. O procedimento ocorreu sem complicações. No 4º mês com aumento das transaminases, sendo optado por aumento da imunossupressão
(FK, Myf e cort). Apesar do aumento, as enzimas continuaram subindo sendo necessária biópsia hepática. Realizada a biópsia que foi inconclusiva, nova
biópsia foi realizada e demonstrou recidiva viral. Após 24 h apresentou choque (hipotensão, acidose metabólica, oligúria e anemia Hb: 4 g/ld). Transferida
para UTI e realizada reanimação. Optado por embolização arterial 48h após a estabilização. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial. IJS, 43 anos,
masc., CHC fibrolamelar, transplante hepático há 8 meses e re-transplantado há 4 meses por rejeição crônica. Apresentou complicação biliar(estenose)
sendo optada por bileodigestiva após 3 meses do re-transplante. Após 48 h da cirurgia, apresentou anemia grave (Hb= 5 g/dl) e exteriorização por melena.
EDA não mostrou sangramento da enteroanastomose, mas sangue proveniente da alça exclusa do Y. Tratamento conservador foi suficiente e a evolução
favorável permitiu alta hospitalar após 8 dias. Conclusão - A hemobilia deve ser considerado nos pacientes submetidos a procedimentos hepatobiliares
e o seu manejo deve ser multidisciplinar.
*HUOC, Pernambuco.
TL.G.FIG.P.474
HEMOBILIA: APRESENTAÇÃO NÃO USUAL DE TUMOR DE KLATSKIN
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Thiago Cesar Fernandes Gomes*, Jesse de OLIVEIRA Neto*,
Raimundo Hugo Matias Furtado*, Juliana Maria de Almeida Vital*, Cláudio Moura Lacerda de Melo*
Resumo - Introdução - A hemorragia através do trato biliar é rara e apresenta grande dificuldade em seu diagnóstico. Sendo incomum, é muitas vezes
esquecida na avaliação diagnóstica. As principais causas da hemobilia são originadas de procedimentos intervencionistas hepatobiliares acompanhadas
em segundo lugar pelo trauma. Objetivo - Descrever a apresentação clínica de um paciente com tumor de Klatskin cuja manifestação inicial foi hemobilia.
Método - Relato de caso. Resultado - J.M.S., 64a, masc., natural e procedente de Vitória de Santo Antão - PE. Admitido na emergência com hemorragia
digestiva alta (HDA). Estável hemodinamicamente foi indicado EDA cujo resultado foi negativo. Recebeu alta e encaminhado ao Serviço de Cirurgia
geral de um hospital público. Uma vez internado para avaliação diagnóstica evolui com nova HDA. Nova EDA foi realizada que flagrou hemobilia.
USG abdominal, TAC e RNM foram realizadas e demonstraram colangiocarcinoma hilar (Klatskin). O marcador tumoral Ca 19.9 > 500. Submetido a
ressecção cirúrgica e anastamose bilio entérica. Encontra-se em acompanhamento ambulatorial no 18º mês pós-cirurgia. Conclusão - A hemobilia deve
ser lembrada como causa de HDA a investigação de sua origem pode evidenciar diagnósticos incomuns, como nesse caso o tumor de Klatskin.
*HUOC, Pernambuco.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.475
HEMOCROMATOSE “BENIGNA”?
Cristiane Vieira da Cruz*, Maria Lúcia Alves Pedroso*, Nádia Cristina RALDI*, Mariana Pfau Ferrarini*,
William Bento Amaral*, Fábio Toshio Kakitani*, Elaine Tomita*, Leonardo Fayad*
Resumo - Introdução - Hemocromatose é uma doença que cursa com aumento progressivo dos estoques corpóreos de ferro em diversos órgãos.
Decorre de um distúrbio genético, oriundo de diferentes tipos de mutações, as quais determinam absorção intestinal excessiva do ferro proveniente da
dieta. O quadro clínico inicia geralmente entre 40 e 50 anos idade, na forma de cirrose, astenia, diabetes, cardiopatia, entre outras. O tratamento consiste
na realização de sangrias periódicas, que visam eliminar e impedir novos depósitos. Será relatado um caso com diagnóstico tardio de hemocromatose,
mas evolução favorável, apesar de elevado nível de depósito hepático de ferro. Relato de Caso - Paciente masculino, 76 anos, encaminhado à consulta
devido tomografia prévia acusar aumento de depósito de ferro em fígado. Assintomático, sem histórico de transfusões sanguíneas. Tratou tuberculose
há 7 anos, sem outras comorbidades. Realizado diagnóstico de Hemocromatose devido índice de saturação da transferrina elevado (96%), ferritina alta
(2955 mg/dl) e biópsia hepática com siderose intensa. Tanto a biópsia quanto o ultrassom e tomografia de abdome não mostraram sinais de fibrose.
Foi encaminhado para sangrias, que acarretaram pouca melhora dos exames laboratoriais e levaram à intensa fadiga e mal estar do paciente, os quais
só regrediram após a suspensão da terapêutica. Conclusão - Não foram observados sinais de toxicidade orgânica ao depósito aumentado de ferro neste
paciente com hemocromatose.
*UFPR, Paraná.
TL.G.FIG.P.476
HEMOPERITÔNIO – APRESENTAÇÃO INICIAL DE HEPATOCARCINOMA
Olival Cirilo Lucena da Fonseca Neto*, Danielle Teti Magalhães*, Juliana Fernandes de Oliveira*,
Levi Cezar de Castro Figueiredo*, Clark Gleibooll Fernandes Vieira*, Esaú da Silva Santos*, Eduardo de Oliveira COSTA*
Resumo - Introdução - O hepatocarcinoma é uma neoplasia encontrada comumente em cirróticos. A sua apresentação clínica varia desde a icterícia à
Hemorragia Digestiva Alta (HDA). Hemoperitônio espontâneo é incomum, porém, de extrema gravidade. Objetivos - Relatar o atendimento inicial e o
tratamento cirúrgico de pacientes com hemoperitônio não-traumático cuja origem era hepatocarcinoma. Métodos - Estudo retrospectivo em pacientes
adultos admitidos na emergência de um hospital do SUS, entre janeiro de 2002 e junho de 2013. Resultados - Cinco pacientes foram encontrados. Apenas
um era do sexo feminino. A idade variou de 31 a 63 anos. Ascite, passado de HAD e encefalopatia não foram encontrados nos pacientes. Choque ocorreu
em dois casos, sendo necessário intubação orotraqueal imediatamente. Paracentese foi realizada em três casos. Todos apresentavam abdome agudo (descompressão brusca positiva). Laparotomia exploradora (mediana) foi realizada entre 20 e 60 minutos da chegada ao hospital. Hepatectomia direita (1),
segmentectomia esquerda (1), coagulação com eletrocautério (1), ligadura da artéria hepática comum (1) e tamponamento (1) foram estratégias realizadas.
Ressangramento ocorreu em dois casos, sendo optado por embolização arterial que obteve sucesso. O óbito ocorreu em um caso (ligadura da artéria
hepática). Conclusão - Hemoperitônio espontâneo secundário à hepatocarcinoma é um evento incomum e de difícil manejo na maioria dos pacientes.
*HR, Pernambuco.
TL.G.FIG.P.477
HEPATITE TÓXICA DESENCADEADA POR SUPLEMENTO ALIMENTAR (TERMOGÊNICO)
Cecília de Oliveira Maia Pinto*, Marcos de Vasconcelos Carneiro*, Rodrigo Barbosa Villaça*,
Stefania Burjack Gabriel*, Lílian Silva Mendonça Almeida*, Francisco Machado da Silva*,
Káritas Rios Lima Matsunaga*
Resumo - Introdução - Hepatite aguda é caracterizada pelo rápido desenvolvimento de disfunção hepatocelular. Dentre as causas tóxicas, pode-se citar
o uso de termogênicos. As hepatites tóxicas têm incidência reduzida (7,6:1000000), mas são causa frequente (até 25%) de falência hepática aguda. Objetivo - Relatar caso de hepatite aguda após uso de suplementos alimentares (termogênico-Oxyelite Pro®-dimetilamilamina). Descrição do caso - Homem,
23 anos apresentou 20 dias antes da internação, icterícia, astenia, sonolência diurna, náuseas, prurido cutâneo. Relatou uso de dimetilamilamina por 3
meses antes do início dos sintomas. Há 1 ano fez uso de anabolizantes, quando apresentou rabdomiólise. Exames laboratoriais revelaram: hiperbilirrubinemia progressiva (BT: 38 mg/dL; BD: 26,6 mg/dL), AST: 94,5 UI/L, ALT: 98,5 UI/L, FA: 114,5 UI/L, GGT: 53 UI/L, sorologias p/ HIV, EBV, CMV,
HAV, HBV, e HCV negativas. FAN não reagente, eletroforese de proteínas normal, AMA, AML e anti-LKM1 negativos. USG, TC e RNM de abdome
normais. Biópsia hepática: leve infiltrado inflamatório mono e polimorfonuclear, com predomínio de linfócitos e presença de eosinófilos, hepatócitos com
intensa colestase intracelular. Paciente evoluiu com melhora clínica e laboratorial após 7 semanas. Conclusão - Hepatite tóxica por suplemento alimentar
(termogênico) pode ser causa importante de hepatite aguda.
*HFA, Brasília.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
193
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.478
HEPATOCARCINOMA E HEPATITE B CURADA: RELATO DE CASO
Charliana Uchôa Cristovão*, Lívia Dantas Teles*, Alex Baia Gualter Leite*, Vanessa Paula Lins Porto Mota*,
Marina Santos e Souza*, Raíssa Espírito Santo Almeida*, Vitório Luís Kemp*, Roberto José de Carvalho Filho*
Resumo - Introdução - A hepatite B é a principal causa de CHC no mundo. Mais de um bilhão da população mundial apresenta infecção atual ou
prévia pelo VHB. A maioria dos pacientes são cirróticos (70-90%), podendo ocorrer também em não cirróticos. O VHB é carcinogênico, pois o DNA do
vírus se integra ao genoma do hospedeiro. Relato de caso - 23 a, masc., hígido. Há 4 meses com aumento do volume abdominal, edema de MMII, dispneia
progressiva, icterícia e perda de peso (10 kg). AP: Hepatite na infância com resolução espontânea - etiologia desconhecida. Exame físico - Hipocorado
(1+), ictérico (2+), hepatomegalia dolorosa (20 cm), ascite grau 3, edema de MMII, circulação colateral abdominal tipo porta. Sorologias: Hep B curada
(anti-Hbs > 1000, HbsAg neg., anti-HBcT posit.). Investigação para VHC e HIV negativas. LA compatível com HP. TC de abdome: hepatomegalia, com
múltiplos nódulos e massas hepáticas infiltrativas, acometendo todo parênquima; trombose do ramo portal direito; sinais de HP; esplenomegalia; ascite
volumosa. TC de tórax: Múltiplos nódulos sólidos no parênquima pulmonar (maior 2,3 cm), compatíveis com lesões secundárias; múltiplas linfonodomegalias mediastinais. AFP = 21.745; CEA e CA-19.9 normais. BX hepática: Neoplasia maligna epitelioide. Motivo da apresentação: Hepatocarcinoma
infiltrativo com metástases pulmonares em que o único fator de risco encontrado foi infecção prévia curada pelo vírus da hepatite B.
*UNIFESP, São Paulo.
TL.G.FIG.P.479
HEPATOCARCINOMA EM ADULTO JOVEM NÃO CIRRÓTICO
Vanessa Bavaresco*, Lysandro Alsina Nader*, Elza Cristina Miranda da Cunha Bueno*, Carolina Ziebell CarpenA*,
Daniela Nogueira Zambrano*, Graciela Krolow*, Giovani Santin*
Resumo - O Carcinoma Hepatocelular (CHC) é o tipo mais frequente de tumor primário do fígado, a sexta neoplasia mais comum e a terceira causa
de mortalidade por câncer na população mundial. Em pacientes não cirróticos, o CHC é associado a outros fatores etiológicos, tais como a exposição a
substâncias genotóxicas, hormônios sexuais, doenças hereditárias e mutações genéticas. Neste caso, trata-se de uma mulher, 33 anos, previamente hígida
que interna para investigação de dor abdominal e emagrecimento, sendo constatado ao exame físico a presença de extensa massa palpável em epigastro.
A tomografia computadorizada de abdome diagnosticou a presença de lesão expansiva sólida com áreas de necrose central medindo 14,6 cm no maior
diâmetro, comprometendo o lobo hepático esquerdo e em contiguidade com o estômago e pâncreas, sendo sugestiva de hepatocarcinoma. Para confirmação diagnóstica foi realizada biópsia da tumoração hepática guiada por ecografia, que confirmou o diagnóstico. Devido o estadiamento não evidenciar
lesões metastáticas a paciente foi submetida à ressecção cirúrgica completa da lesão, evoluindo satisfatoriamente. O CHC em fígado não cirrótico é uma
neoplasia pouco frequente, com tumores de grande tamanho no momento do diagnóstico. No entanto, como nesse caso, podem-se aplicar tratamentos
destinados à cura e conseguir uma maior sobrevida do que o esperado em pacientes cirróticos.
*UFPEL, Rio Grande do Sul.
TL.G.FIG.P.480
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO POR COCAÍNA ASSOCIADO A LESÃO HEPÁTICA AGUDA
Lívia Dantas Teles1, Alex Baia Gualter Leite1, Vanessa Paula Lins Porto Mota1, Charliana Uchôa Cristovão1,
Marina Santos e Souza1, Raíssa Espírito Santo Almeida1, Thiago Figueiredo Travassos2, Vitório Luís Kemp1
Resumo - Introdução - “Overdose” por cocaína provoca problemas cardiovasculares, todavia deve-se lembrar da rabdomiólise, IRA e hepatotoxicidade.
A cocaína pode causar necrose hepatocitária por mecanismos de isquemia, citotoxicidade e microangiopatia trombótica. Relato de Caso - O.S.R., 28
anos, masculino, negro, solteiro, hígido, natural e procedente de São Paulo - SP, com queixa de dor epigástrica, em peso, há + 2 dias, associado a náuseas
e vômitos, que teve início após abuso de cocaína e maconha. Negava uso de bebida alcóolica. Ao exame físico, dor à palpação de hipocôndrio direito e
hepatomegalia de + 6 cm do apêndice xifoide. Foi diagnosticado IAM sem supra ST com os seguintes marcadores cardíacos: CPK- 684 (VR-39 a 308),
CK-MB- 66 (VR<25) e troponina- 6.936 (VR<14). ECO com contratilidade reduzida dos ventrículos por hipocinesia difusa e fração de ejeção de 38%.
Observaram-se também aumento de LDH e elevação significativa das transaminases: AST-1692 (40x LSN) e ALT-1014 (25x LSN). Função hepática preservada. Sorologias para hepatites virais negativas. Não apresentou encefalopatia hepática, icterícia ou coagulopatia durante a evolução. Houve declínio
dos níveis de transaminases juntamente com curva descendente das enzimas cardíacas, mostrando uma relação temporal que sugere lesão hepática aguda
induzida pela cocaína. Conclusão - A doença hepática por drogas de abuso deve também ser considerada perante um quadro clínico de hepatotoxicidade,
quando já excluídas as causas habituais.
UNIFESP; 2FHEMIG, São Paulo.
1
194
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.481
INJÚRIA RENAL AGUDA NO PACIENTE CIRRÓTICO: PERFIL ETIOLÓGICO E PROGNÓSTICO
DE 27 CASOS
Célio Geraldo de Oliveira Gomes*, Eduardo Garcia Vilela*, Anderson Antônio de Faria*, Maria de Lourdes de Abreu Ferrari*,
Francisco Guilherme Cancela e Penna*, Aloísio Sales da CUNHA*
Resumo - Introdução - A Injúria Renal Aguda (IRA) é caracterizada pelo aumento da creatinina de 0,3 mg/dL ou mais, ou pela elevação de 50% de
seu valor basal, em um período de 48 h. Sua prevalência é de cerca de 20% entre os pacientes cirróticos hospitalizados. Destes, cerca de 67% morrerão em
um mês e 71% em um ano. No nosso meio, os dados sobre o perfil da IRA ainda são escassos. Objetivos - Avaliar a etiologia e o prognóstico da IRA em
pacientes cirróticos hospitalizados. Casuística e Métodos - Foram selecionados 27 pacientes cirróticos com IRA, entre de outubro de 2011 e julho de 2013,
internados no Hospital das Clínicas da UFMG. As causas de IRA e a mortalidade em um mês e em três meses foram registrados para análise. Resultados
- Entre as causas de IRA, as infecções foram evidenciadas em onze (40,7%) pacientes, a hipovolemia em sete (25,9%) e, em seis (22,2%) pacientes, ambas
estavam presentes. A nefropatia parenquimatosa foi identificada em três (11%) casos. Entre as infecções, a peritonite bacteriana espontânea e as infecções
de pele e de partes moles foram responsáveis por três (11,1%) casos cada; a pneumonia, a infecção urinária e a bacteremia espontânea por dois casos cada
(7,4%); havendo um caso de sepse sem foco definido. A mortalidade foi de 41% e 52% em um mês e três meses, respectivamente. Conclusão - A IRA está
associada, na maioria das vezes, às infecções bacterianas, e é considerada um fator de mau prognóstico e preditor de elevada mortalidade a curto prazo.
*UFMG, Minas Gerais.
TL.G.FIG.P.482
INTOXICAÇÃO ACIDENTAL POR CLOROFÓRMIO LEVANDO A INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA – RELATO
DE CASO
Juliana Ayres de Alencar Arrais*, Denise Gabardo Pereira*, Elisa Fernanda Ferri Cenci*, Karen Yumi Watanabe*, Lonize Maira Weinert
Silveira*, Daphne Benatti GONÇalves*, Cláudia Alexandra Pontes Ivantes*, Bruno Eugênio Canhetti Mondin*, Alcindo Pissaia Júnior*
Resumo - O clorofórmio é muito tóxico se ingerido ou seus vapores aspirados. Sua metabolização ocorre no fígado e a intoxicação pode causar: aumento de transaminase e bilirrubinas, dege neração adiposa e hepatomegalia. Reversão do quadro pode ser alcançada através do uso de N-acetilcisteína.
Masculino 21 anos, admitido após ingestão acidental de aproximadamente 100 ml de clorofórmio, apresentando Glasgow 4, insuficiência respiratória e
alteração hepática. Na admissão, estava sedado e intubado. Exames laboratoriais mostravam, entre outros, RNI de 3,38, TGO de 8500 U/L e TGP de
6687 U/L. Feito diagnóstico de insuficiência hepática aguda por intoxicação com clorofórmio. No dia seguinte à internação, iniciou-se a administração
de NAC IV na seguinte sequência: 150 mg/kg em 15 minutos, 50 mg/kg em 4 horas, seguido de manutenção contínua 6,25 mg/kg/h. Medicação foi administrada por 4 dias e suspensa após melhora clínica e laboratorial significativas. Recebeu alta hospitalar sem sequelas e com os seguintes exames: TGO de
174 U/L, TGP de 693 U/L e RNI de 1,1. Conforme decréscimo substancial dos níveis de TGO, TGP e RNI apresentados após o uso de NAC, percebe-se
a real eficácia do uso desta droga. A importância desse relato reside no fato em se alertar sobre a gravidade da intoxicação por clorofórmio, com risco
de rápida evolução a óbito se não tratado, e atentar para a possibilidade de boa evolução com o uso de NAC.
*HNSG, Paraná.
TL.G.FIG.P.483
LESÃO HEPÁTICA INDUZIDA POR PSICOTRÓPICOS EM INDIVÍDUO COM MULTIMEDICAÇÕES: COMO
DEFINIR A SUBSTÂNCIA AGRESSORA? – RELATO DE CASO
Kelly Cristina dos Santos*, Perla O. Schulz *, Thatja S. Cajuba Britto*, Priscilane Giacomini Alves*, Felipe Bertolo Ferreira*,
Priscila Pulita A. Barros*, Cassia Lemos Moura*, Nathalia Borio Pedrao*
Resumo - Introdução - Vários fatores dificultam o diagnóstico de lesões hepáticas induzidas por droga, como: variedade de substâncias disponíveis, auto-medicação, fármaco-vigilância deficiente, multimedicação, existência de hepatopatia prévia, suscetibilidade individual, ausência de critérios diagnósticos
e de marcadores específicos. Diversos psicotrópicos podem induzir à hepatotoxicidade, promovendo diferentes tipos de lesão histológica. Método - Relato
de caso. Relato de caso - Masc., 22 anos, diagnóstico recente de esquizofrenia, há 3 meses usando biperideno e risperidona. Iniciou, há 20 dias, icterícia,
acolia, colúria, náuseas, vômitos e prurido. Negava uso de drogas e etilismo. Exames com hiperbilirrubinemia direta, elevação de enzimas canaliculares,
função hepática preservada. Apresentou piora clínico-laboratorial após troca de medicações para haloperidol. Investigação excluiu causas obstrutivas,
inflamatórias, infecciosas e metabólicas. Biópsia hepática evidenciou hepatite aguda e colestase intra-hepática, compatível com hepatite medicamentosa,
provavelmente por risperidona, e agravada por haloperidol. Após a suspensão de todos os fármacos, evoluiu com melhora clínica e laboratorial completa.
Conclusão - Os psicotrópicos são importante classe de drogas potencialmente hepatotóxicas, pela frequência de sua prescrição, comumente em indivíduos
com multimedicações, e pelo seu metabolismo hepático. Portanto, ao usar continuamente estas drogas, deve-se monitorizar as enzimas hepáticas.
*Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.484
LESÕES NODULARES BENIGNAS EM FÍGADOS NÃO CIRRÓTICOS. A PROPÓSITO DE 35 PACIENTES
Raul Carlos Wahle*, Andreia Sopran Scopel*, Karoline Gomes Pinto*, Mary Elena Orosco Henostroza*,
Bruna Feregueti Saquetto*, Bruno Bandeira de Alencar Moreno*, Mateus Ciciliotti Ervatti*, Adávio de Oliveira e Silva*
Resumo - Introdução - Nos últimos anos se tornou possível identificar com maior acuidade as lesões hepáticas focais benignas (LHFB), a partir do
emprego dos modernos métodos de imagens, tais como ultrassonografia (US), tomografia computadorizada Multi-Slice (TC) e ressonância magnética
(RM). Objetivo - Avaliar as características iniciais de pacientes com LHFB atendidos em um serviço especializado em Hepatologia em nosso meio.
Casuística e Método - Revisão de prontuário de pacientes encaminhados no período entre 20 de abril de 2011 a agosto de 2013 para ambulatório de
Hepatologia, para avaliação de LHNB identificada originalmente por US, sendo em seguida realizados exames de TC e/ou RM para definir a natureza
da lesão. Resultados - Foram diagnosticados 35 LHNB, sendo que 20 (56,9%) eram achados em pacientes assintomáticos enquanto os demais foram
identificados naqueles com dor abdominal em hipocôndrio direito ou por alterações bioquímicas hepáticas. As LHNB mais comuns foram cistos simples
(42,8%), seguido de hemangiomas (37,1%), sendo que os casos de hiperplasia nodular focal só ocorreram em mulheres. Os casos foram identificados
especialmente em adultos ao redor da sexta década de vida e o tamanho médio das lesões ficou ao redor de 2,8 cm de diâmetro. Comentários - Há uma
maior detecção incidental de LHFB nos últimos anos especialmente entre os idosos devido a maior expectativa de vida da população e ao crescente
avanço nas atuais técnicas de TC e RM.
*Centro Terapêutico Especializado em Fígado (CETEFI). Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, São Paulo.
TL.G.FIG.P.485
MIOPATIA AGUDA RELACIONADA AO USO DE SORAFENIBE
Juliana Ayres de Alencar Arrais*, Denise Gabardo Pereira*, Elisa Fernanda Ferri Cenci*, Karen Yumi Watanabe*,
Lonize Maira Weinert Silveira*, Daphne Benatti Gonçalves*, Cláudia Alexandra Pontes Ivantes*, Alcindo Pissaia Júnior*
Resumo - O sorafenibe é a droga de escolha para o tratamento de Hepatocarcinoma avançado. Os principais efeitos adversos: diarreia, síndrome mão-pé, fadiga, dor abdominal, perda de peso, náusea, eritema e descamação, queda de cabelo, coceira e hipertensão. Masculino de 61 anos, cirrótico Child
A6 e MELD 9 por hepatite C com hepatocarcinoma infiltrativo, hospitalizado por astenia, diarreia, hiporexia, aumento de volume abdominal e perda de
força muscular em MMII associada à dor muscular intensa e cãibras, após 3 semanas de uso de sorafenibe. Ao exame neurológico, dor à palpação dos
MMII, arreflexia generalizada sem déficit sensitivo, paraparesia e discreta paresia de MMSS. Diagnosticada miopatia aguda provavelmente desencadeada
pela medicação. Nesta ocasião o MELD era de 23, a CPK de 1147 U/L e a alfa-feto proteína de 15665 ng/ml. A eletromiografia e a biópsia muscular
confirmaram miosite aguda. Com a suspensão do sorafenibe houve melhora progressiva da paraparesia dos MMII e diminuição da dor muscular. Alta
hospitalar no décimo dia, com MELD 18, CPK de 76 U/L. Apesar de já terem sido descritos casos de acometimento do sistema musculoesquelético,
como sarcopenia e artralgia, devido ao uso de sorafenibe, os relatos de miosite aguda provocada por essa droga são muito raros, segundo a literatura.
Por isso, é de grande importância o conhecimento de miosite aguda como efeito adverso pelo uso de sorafenibe, já que essa droga é primeira escolha
para tratamento de hepatocarcinoma.
*HNSG, Paraná.
TL.G.FIG.P.486
NEUROMA PÓS-TRAUMÁTICO EM ENXERTO DE TRANSPLANTE HEPÁTICO: RELATO DE CASO
Aedra Kapitzky Dias*, Aline Lopes Chagas*, Roberto Blasbalg*, Luiz Augusto Carneiro de Albuquerque*, Ryan Yukimatsu
Tanigawa*, Flair José Carrilho*, Cassia Tridente*
Resumo - Introdução - Complicações biliares após transplante hepático são causa importante de morbidade e mortalidade. Estenose de via biliar
por proliferação nervosa é pouco descrita, com real incidência subestimada. Relato de caso - Paciente 61 anos, submetido a transplante hepático de
doador falecido em 1998, por cirrose alcoólica. No acompanhamento ambulatorial, detectado hipertensão portal e colestase discreta. Possibilidade de
rejeição crônica descartada em biopsia hepática (padrão de fibrose hepática não ductopênica com colestase). Ressonância magnética com tecido sólido
envolvendo ducto hepático comum, com realce pós-contraste, e redução do calibre luminal, sugestivo de neuroma pós-traumático e trombose crônica de
veia porta. Discussão - neuromas traumáticos surgem após injúria à fibra nervosa circundada por células de Schwann. A rede nervosa ao redor do hilo
hepático é extensa, mas a incidência de tal lesão causando sintomas compressivos da via biliar é rara. São manifestações possíveis, a icterícia obstrutiva
e alterações da função hepática. Suspeita diagnóstica pela presença de constrição fibrótica da anastomose biliar em exames de imagem, e confirmatório
em anatomopatológico. Série de casos recente com incidência de 3,5%. Não há definição na literatura do melhor tratamento definitivo. A ressecção
cirúrgica ou re-transplante são opções nos casos sintomáticos. No caso relatado optado por conduta conservadora, pois paciente assintomático com
alterações laboratoriais discretas.
*USP, São Paulo.
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Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.487
OCTREOTIDE LAR COMO OPÇÃO TERAPÊUTICA PARA ASCITE REFRATÁRIA - RELATO DE CASO
Débora Dourado Poli*, Cristine Lengler*
Resumo - Introdução - A ascite refratária (AR) é definida como ascite não responsiva à restrição dietética de sódio e uso de diuréticos em dose máxima ou quando há intolerância aos diuréticos. Objetivo - Relatar o caso de paciente com AR e tratamento com octreotide de liberação prolongada.
Método - Relato de caso. Caso - Paciente de 88 anos com diagnóstico de diabete mellito e de cirrose por hepatite C (tratada) associada à esteato-hepatite
não alcoólica e AR, necessitando paracenteses de alívio a cada semana, sem possibilidade de uso de diuréticos por alteração da função renal cada vez
que se tentava introduzir os diuréticos, associado à encefalopatia hepática crônica. Devido a idade, não se encontrava em lista de transplante. Decidiu-se
internar o paciente e usar octreotide associado a albumina como alternativa de tratamento. Em duas semanas de uso de octreotide 0,1 mg subcutâneo
de 8/8h e albumina humana 20% 20 mL IV de 8/8h, conseguiu-se reintroduzir furosemida 40 mg oral 1x/dia e aldactone 100mg 1x/dia mantendo função
renal estabilizada com creatinina de 1,6 mg/dL, mesmo após a suspensão de albumina. O paciente teve alta então com octreotide LAR na dose de 20
mg 1x/mês e encontra-se, na época da elaboração desse resumo, há 2 meses sem necessidade de paracentese, mantendo ascite moderada não tensa, em
uso de diuréticos nas mesmas doses da alta e com creatinina de 1,8 mg/dL. Conclusão - O octreotide LAR parece ser uma alternativa como tratamento
paliativo aos pacientes com ascite refratária.
*Hospital e Maternidade São Luiz, São Paulo.
TL.G.FIG.P.488
PAPEL DA TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS COM 18-FLUORDESOXIGLICOSE (PET-FDG)
NA DETECÇÃO DE CISTOS HEPÁTICOS INFECTADOS: RELATO DE CASO
Adriana Ribas Andrade*, Ana Luiza Vilar Guedes*, Vinícius Santos Nunes*, Daniel Makoto Nakagawa*,
Guilhermes Marques Andrade*, Rodrigo Vieira Costa Lima*, Alberto Queiroz Farias*
Resumo - Introdução - A doença policística hepática dominante do adulto abrange a PLD (Policystic Liver Disease) e a ADPKD (Autosomic Dominant Policystic Kidney Disease), que podem complicar com abscessos, situação em que o diagnóstico precoce se faz necessário. Isto pode ser feito
através do uso da tomografia por emissão de pósitrons com 18-fluordesoxiglicose (PET-FDG). Objetivo - Relatar caso de abscesso hepático em paciente
com ADPKD, diagnosticado através da PET-FDG. Relato do Caso - Mulher, 55 anos, com ADPKD com comprometimento hepático. Deu entrada no
PS com quadro de dor abdominal de forte intensidade com vômitos, febre e calafrios, havia uma semana. Introduzida antibioticoterapia para cobertura
de sepse de foco abdominal. USG de abdome sem evidência de complicações císticas. Realizada PET-FDG, com múltiplas imagens compatíveis com
abscessos hepáticos, a maior delas medindo 7 cm. Submetida a drenagem percutânea guiada por USG. Evoluiu com melhora da dor e resolução da sepse.
Conclusão - Atualmente a PET-FDG é um exame de primeira escolha nos casos de alta suspeição de infecção cística em pacientes com cistos hepáticos.
A PET-FDG se caracteriza pela captação do marcador em áreas de alto metabolismo da glicose, como em regiões inflamadas e/ou infectadas. No caso
de cistos hepáticos infectados, a imagem típica é de captação periférica do marcador. A alta sensibilidade do exame auxilia no diagnóstico precoce dos
abscessos hepáticos, situação de morbi-mortalidade elevada.
*USP, São Paulo.
TL.G.FIG.P.489
PARAPLEGIA COMO PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO DE CARCINOMA HEPATOCELULAR:
RELATO DE CASO
Ana Luiza Vilar Guedes*, Júlia Campos Simões Cabral*, Adriana Ribas Andrade*, Guilherme Marques Andrade*,
Rodrigo Vieira Costa Lima*, Débora Raquel Benedita Terrabuio*
Resumo - Introdução - O carcinoma hepatocelular (CHC) é o principal câncer primário do fígado. A compressão medular é uma rara apresentação do
CHC. Objetivo - Relatar caso de CHC se apresentando com paraplegia. Relato do caso - Homem, 53 anos, entrou no PS com paraplegia flácida arreflexa,
havia 2 meses, associada a incontinência esfincteriana. Não se sabia portador de nenhuma doença. Realizada RNM de coluna com lesão expansiva, infiltrativa, acometendo T6, com fratura do corpo vertebral e invasão do canal medular. Realizada TC de crânio, tórax e abdome à procura de sítio primário,
encontrando-se sinais de hepatopatia crônica e múltiplas lesões sólidas, hipervascularizadas de fluxo rápido, compatíveis com CHC. Apresentava anti-HCV
positivo e alfa-fetoproteína normal. Foi contraindicada quimioterapia paliativa pelo estado geral comprometido. Foram iniciados cuidados paliativos e
realizada radioterapia. Faleceu cerca de um mês após o diagnóstico. Conclusão - A maior parte dos pacientes com CHC se apresenta com dor abdominal,
raramente cursando com sintomas associados a metástases no início do quadro. Os sítios de metástase mais comuns são pulmão, linfonodos e veia porta.
As metástases ósseas são hematogênicas, líticas e ocorrem mais em vértebras, com alfafetoproteína geralmente alta. A compressão medular é rara. Pacientes com metástases à distância têm estágio TNM IVB, contraindicando terapêuticas curativas. Para esses pacientes, são oferecidos cuidados paliativos.
*USP, São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.490
PERFIL CLÍNICO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM HEPATITE AUTOIMUNE ATENDIDOS EM UM
CENTRO DE REFERÊNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Louise Deluiz Verdolin Di Palma*, Priscila Pollo Flores*, Ana Claudia Rocha de Sá*, Thereza Cristina Vasconcellos*, Eliane
Bordalo Cathalá Esberard*, Giseli de Almeida Silva CARRIELLO*, Raquel Loyola Godoy*, Saulo Ferreira de Souza Rambaldi*
Resumo - Introdução - Hepatite autoimune (HAI) tipo 1 é a mais comum, predomina em jovens, relação mulher/homem (M/H) de 4:1, já a tipo 2 ocorre
abaixo dos 18 anos, (M/H) 9:1. 30% terão cirrose no diagnóstico. A remissão é de 75-80% após 1 ano de tratamento. Em geral recidivas se dão 1 ano após
retirada das drogas e após 3 anos, 80% terão de novo sintomas. Após 6 meses de terapia, 13% não responderão. Objetivo - Relatar perfil epidemiológico
de pacientes com HAI de um hospital universitário (HU). Métodos - Estudo retrospectivo de revisão de prontuários do ambulatório de fígado de um
HU (centro de referência) do RJ entre 2002 e 2012. Incluídos casos de HAI pelos critérios simplificados da International Autoimmune Hepatitis Group
(2008). Resultados - 30 casos selecionados. Média de idade de 36 anos, 80%(24) de mulheres e 20% (6) de homens. A HAI tipo 1 acometeu 97% (29) dos
pacientes. 57% (17) tinham cirrose ao diagnóstico. Apenas 57% (17) fizeram acompanhamento maior que um ano, destes 88% (15) tiveram remissão
bioquímica ao tratamento (normalização de AST, ALT, bilirrubina). Apenas 12% (2) mantiveram a remissão bioquímica sem medicações. Conclusão Como na literatura, maioria feminina, jovens, HAI tipo1 e boa resposta terapêutica. A taxa de recidiva após suspensão das drogas foi maior que a da
literatura. A alta taxa de cirrose ao diagnóstico e a ausência de histologia de controle poderiam ter reduzido este valor. Doentes menores de 12 anos não
são atendidos neste centro, reduzindo HAI tipo 2.
*UFF, Rio de Janeiro.
TL.G.FIG.P.491
PERFIL DE PREVALÊNCIA DE TABAGISMO E SUA RELAÇÃO COM A FAIXA ETÁRIA EM PACIENTES
CRONICAMENTE INFECTADOS PELO VÍRUS DA HEPATITE C
Mariana Ibaldi*, Maico Alexandre Nicodem*, Cora Salles Maruri Corrêa*, Maísa Campos*, Priscila Silva*, Gabriela Wagner*,
Carlos Kupski*, Ari Ben Hur Stefani Leão*
Resumo - Introdução - A prevalência do consumo de tabaco tem apresentado importante declínio nas últimas décadas em todo o mundo, nos Estados
Unidos a prevalência declinou de 42,2% em 1965 para 19% em 2010. No Brasil a prevalência encontra-se em torno de 20% em dados do INCA levantados
em 2005, entre as capitais, Porto Alegre é a que apresenta a maior prevalência com 25% da população sendo tabagista. Objetivo - Determinar a prevalência
de tabagismo em pacientes cronicamente infectados pelo vírus da hepatite C e sua distribuição conforme a faixa etária de 20-40 anos, 41-60 anos e acima de
61 anos de idade, atendidos em um ambulatório de tratamento de hepatites virais em Porto Alegre. Pacientes e Métodos - Estudo transversal, retrospectivo,
realizado pela análise de prontuários sorteados aleatoriamente, com um n= 132 pacientes, atendidos entre o período de janeiro e julho de 2008 no ambulatório
de hepatites virais. Resultados - Dos 132 pacientes avaliados 31 (23,48%) eram tabagistas, 38 (28,78%) não eram tabagistas, considerando 63 (47,7%) não
apresentavam registro deste dado. Dos pacientes entre 20-40 anos, 2 (28,57%) eram tabagistas, dos pacientes entre 41-60 anos 23 (57,5%) eram tabagistas e
dos pacientes com mais de 60 anos e 6 (27,2%) eram tabagistas. Conclusão - A prevalência de tabagismo na população cronicamente infectada pelo vírus da
hepatite C foi semelhante à da população geral na região estudada, sendo que houve uma maior prevalência na faixa etária entre 41 e 60 anos.
*PUCRS, Rio Grande do Sul.
TL.G.FIG.P.492
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE TRAUMA HEPÁTICO NO INSTITUTO MÉDICO LEGAL DO MUNICÍPIO DE
PALMAS - TO
Danilo Lopes Castro*, Maurício Barbosa Ferreira*, Marcus Vinícius Moura Pereira*, Gustavo Rodrigues Bezerra*, Luisa Maria
de Morais Holanda*, Thaís Monteiro de Castro FREITAS*, Thiago Carvalho Mamede Collicchio*, Paulo Martins Reis Junior*
Resumo - Introdução - O fígado é um dos órgãos intra-abdominais mais acometidos no trauma, chegando a ser lesionado em até 20% dos casos de trauma
contuso. Objetivos - Levantar os aspectos epidemiológicos de trauma hepático (TH) no serviço de investigação do Instituto Médico Legal (IML) de Palmas
-TO, atentando para as variáveis biológicas e ambientais relacionadas ao TH, possíveis grupos e fatores de risco ligados aos acidentes que os ocasionem,
fornecendo bases para elaboração de medidas preventivas. Casuística - Vítimas de TH que possuam registro completo no IML de Palmas - TO. Metodologia Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, referente ao período de 2006 a 2010, por meio da aplicação de um protocolo. Analisado através de programas
digitais de análise estatística, com obtenção de frequências absoluta e relativa e o cruzamento dessas em relação aos dados, seguindo um grau de significância p<0,5. Resultado - Foram analisados 241 registros, sendo 86,5% homens, 47,7% com até 30 anos, 58,1% eram do interior do Estado, 60,1% ocorreram
entre sábado e segunda. Entre as causas: 59,3% por acidente automobilístico, seguido por 13,7% por arma de fogo. O lobo direito foi acometido em 40,7%
dos casos, sendo mais comum a lesão contusa (46,7%). Conclusão - Devido ao considerável acometimento de indivíduos adultos em plena idade laboral,
da relação significativa entre condutas no trânsito e casos de TH e do preocupante número de vítimas, observa-se a necessidade de intervenção preventiva.
*UFTO, Tocantins.
198
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.493
PERITONITE FÚNGICA ESPONTÂNEA: RELATO DE CASO
Juliana Prelle Vieira Costa1, Paula Suzzani Mendonça1, Paula Malagoni Cavalcante Oliveira1, Michelle Teixeira Guerra1, Oswaldo
Martins Da Costa Neto1, José Cristiano Ferreira Resplande1, Daniela Medeiros Milhomem Cardoso1,2,
Américo de Oliveira Silvério1,2,3
Resumo - Introdução - A peritonite bacteriana espontânea (PBE) é uma complicação grave da cirrose hepática (CH). Geralmente é monobacteriana
(bactéria Gram negativa). O isolamento de fungos é muito raro e associado a pior prognóstico. A peritonite fúngica (PF) normalmente está associada a
causas secundárias (cirurgias abdominais, perfuração gastrointestinal e diálise peritoneal). Entretanto, a CH grave é fator predisponente para sua origem
espontânea. Objetivo - Relatar um caso de PF espontânea. Método - Coleta de dados do prontuário. Resultado - Paciente de 52 anos, internado por CH por
vírus C descompensada. Realizada paracentese com drenagem de líquido turvo, amarelado e fétido, com critérios diagnósticos PBE, sendo iniciado antibioticoterapia (ATB). Devido a não resposta clínica a paracentese foi repetida e o tratamento otimizado, recebendo ATB de amplo espectro por tempo prolongado.
Após resposta inicial, apresentou piora do quadro clínico e da ascite. Na nova paracentese foi isolado Pseudomonas fluorescens, estruturas leveduriformes
e cocos Gram positivos isolados, aos pares e agrupados. Recebeu tratamento adequado e investigação de causa de peritonite secundária com tomografia e
laparoscopia diagnóstica que, não identificando alterações estruturais, confirmaram origem espontânea. Conclusão - É importante lembrar da possibilidade
da PF, principalmente em cirróticos com quadro grave e que receberam ATB de amplo espectro, pois o atraso diagnóstico pode comprometer o prognóstico.
1
Hospital Geral de Goiânia – Dr. Alberto Rassi; 2Pontifícia Universidade Católica de Goiás; 3Universidade Federal de Goiás, Goiás.
TL.G.FIG.P.494
PREVALÊNCIA DE DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA EM PACIENTES
INFECTADOS CRONICAMENTE PELO VÍRUS DA HEPATITE C
Gustavo Raupp *, Maico Alexandre Nicodem*, Cora Salles Maruri Corrêa*, Alexandre FREITAS*, Maísa Campos*, Mariana
Ibaldi*, Carlos Kupski*, Ari Ben Hur Stefani Leão*
Resumo - Introdução - A Hepatite C Crônica é uma doença de distribuição global e um importante problema de saúde pública. Cada vez mais estudos têm
apresentado consistentes associações entre a infecção crônica pelo VHC e a maior prevalência de fatores de risco cardiovasculares como hipertensão, diabetes
e resistência insulínica. Objetivo - Avaliar em um ambulatório de tratamento de hepatites virais a prevalência de hipertensão e diabetes em pacientes naïve
infectados cronicamente pelo vírus da hepatite C. Pacientes e Métodos - Estudo transversal, retrospectivo realizado pela análise de prontuários, sorteados
aleatoriamente, com um n= 132 pacientes, atendidos entre o período de janeiro e julho de 2008 no ambulatório de hepatites virais de um hospital terciário
da cidade de Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Resultados - Dos 132 pacientes avaliados 80 (60,6%) não apresentavam DM, 19 (14,4%) apresentavam
DM e 33 (25%) não apresentavam registro destes dados, enquanto 57 (43,2%) pacientes não apresentavam HAS, 35 (26,5%) apresentavam, sendo 40 (30,3%)
não apresentavam registros destes dados. Ao cruzamento de ambas as patologias, evidenciou-se que, dentre os pacientes hipertensos, 32,3% eram também
diabéticos. Conclusão - A prevalência de Diabetes mellitus e hipertensão na população estudada mostrou-se elevada em relação a população geral.
*PUCRS, Rio Grande do Sul.
TL.G.FIG.P.495
PREVALÊNCIA DO CONSUMO DE ÁLCOOL E SUA RELAÇÃO COM SEXO E VIA DE CONTAMINAÇÃO
EM PACIENTES INFECTADOS CRONICAMENTE PELO VÍRUS DA HEPATITE C
Gabriela Wagner*, Cora Salles Maruri Corrêa*, Maico Alexandre Nicodem*, Priscila Silva*, Alexandre FREITAS *, Gustavo
Raupp*, Carlos Kupski *, Ari Ben Hur Stefani Leão*
Resumo - Introdução - A prevalência de infecção crônica VHC em abusadores de álcool é maior do que na população geral. Estudos nos EUA mostraram que cerca de 45% da população com doença hepática alcoólica apresentavam anti-HCV reagente e quando analisados com PCR RNA eram
positivos em 14% à 36%. Objetivo - Analisar na população de um ambulatório de hepatites virais de Porto Alegre a prevalência do consumo de álcool
em pacientes com HCC, confirmados por PCR RNA e sua relação com sexo e provável via de contaminação. Pacientes e Métodos - Estudo retrospectivo
pela análise de prontuários, n= 132 pacientes, atendidos entre janeiro e julho de 2008. Resultados - Dos 132 pacientes 53 (40,15%) usavam mais de 40 g/
semana, 54 (40,9%) menos de 40 g/semana e 25 (18,93%) sem registros. Em relação ao álcool e o sexo, consomem mais de 40 g/semana de álcool, 28 (52,8%)
homens e 25 (47,2%) mulheres. Em relação à provável via de contaminação e sexo, 18 (45%) pacientes transfundidos usavam mais de 40g/semana, sendo
5 (27,8%) homens e 13 (72,2%) mulheres, 7 (58,3%) usuários de drogas injetáveis consumiam mais de 40 g/semana de álcool, sendo 6 (85,7%) homens e
1 (14,3%) mulher e 8 (36,3%) outas vias usavam mais de 40 g/semana de álcool, sendo 5 (62,5%) homens e 3 (37,5%) mulheres, considerando-se um total
de 58 (43,9%) de provável via desconhecida. Conclusão - Confirmou-se a alta prevalência de consumo de álcool nesta população, não havendo diferença
estatística entre sexo e provável via de contaminação.
*PUCRS, Rio Grande do Sul.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
199
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.496
PROTEINÚRIA ASSOCIADA À HEPATITE CRÔNICA B – REMISSÃO DURANTE TRATAMENTO COM
TENOFOVIR RELATO DE CASO
Raphael Ribeiro Pires*, Alessandra Mendonça de Almeida Maciel*, Carlos Eduardo Brandão Mello*
Resumo - Introdução - Hepatite B crônica é relevante problema de saúde pública, com prevalência mundial atual de 350 milhões de casos. Sua história
natural varia do portador inativo à hepatopatia progressiva, podendo evoluir para cirrose e carcinoma hepatocelular. Em 20% dos pacientes surgem
manifestações extra-hepáticas, como vasculite, síndrome de Gianotti-Crosti e glomerulonefrite membranosa (GM), sendo esta última a mais comum.
GM é mediada por complexos imunes, cursa com síndrome nefrótica e se associa a 30% de risco de evolução para insuficiência renal crônica em adultos.
Terapia anti-viral (IFN, lamivudina, entecavir e tenofovir) parece impedir a progressão da GM devido à supressão da carga viral. Relato de caso - P.A.F.S.,
homem, 47 anos, previamente saudável, com relato de hepatite B aguda após contato sexual há 15 meses. HbeAg+ sendo iniciado tratamento com INF
alfa 2B. Na 4a semana, o mesmo fora interrompido devido à importante elevação de ALT=2491 UI/mL e icterícia. Em 16 semanas, após estabilização
clínica/laboratorial, permanecia HBeAg+ e optou-se pelo re-tratamento com tenofovir (TNF). Exames pré: CV>170.000.000UI/mL, ALT= 723 (N=41),
Alb=3,8 g/dL, Cr=1,0, Clearance de Cr normal (136,8ml/h) e proteinúria= 868 mg/24h (N=140). No 12° mês de TNF, ALT normal, ausência de proteinúria, CV= 27 UI/mL e soroconversão antiHBe+. Conclusão - Neste caso, é provável a associação de proteinúria à GM induzida pelo HBV. E, como na
literatura, a terapia anti-viral parece ter levado à sua remissão.
*Hospital Universitário Gaffree Guinle - UNIRIO, Rio de Janeiro.
TL.G.FIG.P.497
QUIMIOEMBOLIZAÇÃO ARTERIAL NO TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR:
EXPERIÊNCIA DE 5 CASOS
Reinaldo Falluh FIlho*, Rita de Cássia Silva*, Viviane Sarkis Curi*, Roberta Amaral*, Rodrigo Sebba Aires*
Resumo - Introdução - O carcinoma hepatocelular (CHC) é o tumor primário mais frequente no fígado afetando, principalmente, pacientes cirróticos.
Seu prognóstico e possibilidades terapêuticas dependem do estádio evolutivo em que se encontra no momento do diagnóstico. A quimioembolização
arterial (TACE), para pacientes com função hepática preservada e tumores em estádio intermediário, é considerada terapia eficaz em melhorar a sobrevida dos pacientes. Objetivo - Relatar a experiência no uso da TACE em pacientes não candidatos à terapia curativa, avaliando redução do tamanho
tumoral e melhora na sobrevida. Material e Métodos - Relato de 05 casos de pacientes submetidos à TACE, quanto à redução tumoral vista através da
TC contrastada de abdome e sobrevida. Resultados e Discussão - Todos os pacientes eram do sexo masculino, sendo 60% VHC, 40% VHB, 80% child
A e 20% child B.O tamanho médio das tumorações pré-tratamento foi de 7,78 cm (5,5 - 12 cm). Observamos redução tumoral em 80% dos casos, com
média de 5,92 cm (4,2- 8 cm) e em 20% houve progressão da lesão a despeito do tratamento. Cada paciente foi submetido em média a duas sessões de
TACE, sem complicações. O tempo médio de seguimento foi de 15 meses e nenhum paciente veio a óbito. Conclusão - A experiência de cinco casos de
CHC submetidos à TACE mostrou redução tumoral, boa tolerabilidade e melhora na sobrevida.
*UFG, Goiás.
TL.G.FIG.P.498
REAÇÃO LEUCEMOIDE NO CURSO INICIAL DE HEPATITE ALCOÓLICA GRAVE: RELATO DE CASO
Daniela Calado Lima COSTA*, Arlene dos Santos Pinto*, Murilo Moura Lima*, José Miguel Luz Parente *,
Maria de Fatima de Alencar Bezerra FREITAS*, Jacyara de Jesus Rosa Pereira Alves*,
Thaline Alves Elias da Silva*
Resumo - Introdução - Raramente, a Hepatite alcoólica pode cursar com leucometria com características de reação LEUCEMOIDE, a qual está
associada a elevada taxa de mortalidade. Objetivos - Descrever um caso de hepatite alcoólica cursando com reação leucemoide. Metodologia - Descrição
do caso clínico, com dados coletados do prontuário do paciente, o qual deu seu consentimento para divulgação dos dados. Relato do Caso - Homem, 51
anos, pardo, solteiro, desempregado, natural e procedente de zona rural piauiense, etilista e tabagista.Referia aumento do volume abdominal e icterícia
nos últimos dois meses previamente a internação. Ao exame físico ictérico e emagrecido, com abdome ascítico apresentando circulação colateral e hepatomegalia. Exames laboratoriais mostraram anemia, leucocitose (41600) com neutrofilia (80% segmentados), elevação de transaminases e hiperbilirrubinemia. Ultrassonografia abdominal evidenciou hepatoesplenomegalia e ascite. Foram descartadas outras causas de hepatopatia crônica, assim como
doenças mieloproliferativas. Calculou-se o IFD, que foi de 33,5. Assim, foi feito o diagnóstico de hepatite alcoólica cursando com reação leucemoide.
Iniciado tratamento com prednisona 40 mg/dia e medidas de suporte. O paciente obteve melhora do quadro clínico. Conclusão - A reação leucemoide
caracteriza-se por uma elevação acentuada dos leucócitos e raramente pode ser encontrada na Hepatite Alcoólica, sendo diretamente proporcional a
gravidade da lesão hepática.
*UFPI, Piauí.
200
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.499
REATIVAÇÃO CLÍNICA DE NEUROCISTICERCOSE NA VIGÊNCIA DO USO DE INTERFERON
PEGUILADO (PEG-INF) E RIBAVIRINA EM PACIENTE COM HEPATITE C (HCV) - RELATO DE CASO
Thatja Silveira Cajubá de Britto*, Perla Oliveira Schulz*, Bruno Brandão Pavan*, Cássia Lemos Moura*,
Felipe Bertollo Ferreira*, Kelly Cristina dos Santos*, Priscila Pulipa Azevedo Barros*, Priscilane Giacomin Alves*
Resumo - Introdução - A hepatite C é uma das principais causas de hepatopatia crônica, com cerca de 3% da população mundial infectada. O tratamento
tem como objetivo resposta virológica sustentada, aumento da expectativa e qualidade de vida, e redução da evolução para insuficiência hepática; como
indicações pacientes com sinais clínicos/ecográficos de cirrose, manifestações extrahepáticas ou com atividade periportal, lobular e fibrose (Classificação
METAVIR ou ISHAK). Objetivo - Relatar caso de reativação deneurocisticercose durante tratamento antiviral para HCV. Caso Clínico - Paciente feminino, 72
anos, portadora de HCV, genótipo 1B, biópsia hepática com metavir A1F2, tendo sido indicado tratamento com PEG-INF α2B 80 mcg/semana e ribavirina
1g/dia. Na sétima semana do tratamento, apresentou crise convulsiva tônico clônica generalizada (CCTCG), seguida de queda da própria altura, evoluindo
com hemorragia intraparenquimatosa sem conduta cirúrgica. Em ressonância magnética de encéfalo observou calcificação em T2 com edema subjacente.
Tratamento antiviral foi suspenso, e iniciado uso de lamotrigina, evoluindo sem novos eventos de CCTCG. Conclusão - Nos pacientes em tratamento para
HCV, sempre avaliar resposta terapêutica, assim como eventos adversos que levem a interrupção do mesmo. No caso descrito a paciente apresentou reativação
de neurocisticercose, por provável efeito imunomodulador dos antivirais; porém mais estudos são necessários para avaliar esta real associação.
*ISCMSP, São Paulo.
TL.G.FIG.P.500
REATIVAÇÃO DO HCV DURANTE TRATAMENTO DE LINFOMA DE BURKITT
Michel Ribeiro Fernandes1, Daniele de Sena Brisotto2, Martin Batista Coutinho da Silva1, Eduardo Batista Schneider1,
Paulo Roberto Reichert1
Resumo - Introdução - O Linfoma de Burkitt é raro em adultos e pertence ao grupo dos linfomas não-Hodgkin (LNH). Em todos os casos há evolução
com rápido crescimento de massas tumorais e manifestações compressivas. Com comportamento altamente agressivo, tem como tratamento de escolha
a quimioterapia com chance de cura de 60%. Relato do Caso - Paciente masculino, 44 anos, procura atendimento por dor abdominal em hipocôndrio
direito, náuseas, vômitos, colúria e acolia. Realizada tomografia computadorizada abdominal que exibiu lesões hepáticas, dilatação da via biliar com
pâncreas edemaciado. Ao laboratório: leucopenia, função hepática alterada e marcadores virais negativos (anti-HCV, HBsAg e anti-HIV). A biópsia
hepática demonstrou LNH Burkitt IV de alto grau. Após o terceiro ciclo quimio e imunoterápico, houve piora da função hepática reativação de hepatite
C. A inexistência de critérios definitivos na literatura para o manejo de pacientes com reativação do vírus C concomitante a LNH de alto grau, manteve-se
em tratamento quimioterápico com suspensão de drogas hepatotóxicas. A reativação do HCV durante o curso do tratamento questiona a interrupção
ou não da terapia de indução para o linfoma com quimio e imunoterapia. Conclusão - Tendo em vista que pacientes HCV positivos com LNH de alto
grau tipo Burkitt, diferem na apresentação e no tratamento, protocolos avaliando as terapias antivirais e quimioterápica devem ser projetados para esses
casos, considerando a agressividade da associação dessas patologias.
1
Universidade de Passo Fundo; 2Hospital São Vicente de Paulo, Rio Grande do Sul.
TL.G.FIG.P.501
RELATO DE CASO: GLICOGENOSE HEPÁTICA TIPO IV NO ADULTO COM ACOMETIMENTO
NEUROMUSCULAR
Adriana Marques Lupatelli*, Jania Aparecida Franco da CUNHA*, Mariana Florentino Munhoz*, Camille Maximiliano de Toledo Leme
Maia*, José Carlos Aguiar Bonadia*, Paula Bechara Poletti*, Michelle Carvalho Harriz*, Isabella Nicácio de FREITAS*
Resumo - Introdução - Glicogenose tipo IV (GSD IV) é uma doença autossômica recessiva rara causada por mutações no gene GBE1, com acúmulo
anormal de glicogênio nos tecidos. A apresentação na infância é de hepatoesplenomegalia e déficit de crescimento. O acometimento neuromuscular da
GSD IV distingue-se em 4 grupos: perinatal: acinesia fetal e morte perinatal; congênitas: hipotonia, envolvimento neuronal e morte na infância; infância:
miopatia ou cardiomiopatia e adulto: miopatia isolada ou doença do adulto com acometimento sistêmico. Objetivo - Relatar um caso de GSD IV com
manifestações clínicas e achados histopatológicos, em acompanhamento regular no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. Relato de caso
- E.O.C., 39 anos, masculino, história de diarreia crônica, distúrbio hidroeletrolítico, fraqueza em membros inferiores. Exames Laboratoriais - K 2,5,
Mg 1,5; Na 127; ALT 225; AST 226; FA 266; Plaquetas 106.000; INR 1,32.Ressonância Nuclear Magnética (RNM) de Abdome: infiltração lipomatosa
difusa do fígado. RNM de crânio: redução volumétrica encefálica, hipersinal em T2 e FLAIR na substância branca periventricular e centro semi ovais.
Biópsia hepática: hepatócitos com citoplasma em vidro fosco que se coram pelo PAS. Conclusão - Os aspectos clínicos e exames complementares foram
compatíveis com o diagnóstico de GSD IV, descartando outras causas como medicamentos, Doença de Lafora e Hepatite B. A doença é progressiva,
levando à insuficiência hepática terminal sem transplante.
* Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE), São Paulo.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
201
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.502
RELATO DE CASO: HEPATITE TÓXICA POR USO DE ANABOLIZANTES EM JOVEM DO SEXO
MASCULINO
Everson Fernando Malluta1, Andressa Sardá Maiochi 2, Cassia FarriS2, Ana Claudia Dall‘Oglio2,
Carolina Comandulli 2, Celso Nilo Didoné 2, Samir de Paula Abdalah2
Resumo - Introdução - Os esteroides anabólicos androgênicos são de uso indevidamente difundido entre atletas, podendo causar diversos efeitos colaterais
negligenciados. Objetivo - Relatar um caso de hepatotoxicidade por uso de anabolizantes. Relato de caso - Masculino, 21 anos, com icterícia progressiva
de 3 semanas de evolução, associado à prurido, colúria e perda de 6kg no período. Nos dois meses que antecederam o quadro, havia história de consumo
de anabolizantes. Antecedente mórbido de depressão e insônia, sem alergias medicamentosas ou histórico de transfusões sanguíneas. Ao exame físico
apresentava-se com importante icterícia em pele, esclera e mucosas. Exames laboratoriais com bilirrubinas totais de 31,46 mg/dl, sendo 25,06 mg/dl a
bilirrubina direta e TAP de 13 segundos. As aminotransferases, hemograma e função renal não apresentavam alterações aparentes, com aumento de 2
vezes na fosfatase alcalina e ggt. As sorologias para hepatites e HIV foram negativas. Ultrassom de abdômen não evidenciou alterações. O diagnóstico foi
de hepatotoxicidade por anabolizantes. Não apresentou agravamento posterior da função hepática, recebendo alta hospitalar. Discussão - Os esteroides
anabólicos androgênicos são drogas de uso exclusivo na medicina, obtidos somente através de receita médica controlada. Contudo as falhas de fiscalização
tornam a medicação de uso indiscriminado, expondo os usuários aos potenciais efeitos colaterais.
UNIVALI; 2Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen, Santa Catarina.
1
TL.G.FIG.P.503
RESULTADOS DE TRANSPLANTE DE FÍGADO EM PACIENTES IDOSOS COM HCV
Elisabete Yoko Udo*, Ana Maria Neder*, Ivan Dias Campos Jr*, Elaine Cristina de Ataide*,
Raquel SB Stucchi*, Ilka FSF Boin*
Resumo - Hepatite por vírus C (HCV) tem sido a principal indicação de transplante de fígado (TF). O objetivo foi analisar os resultados deste procedimento em pacientes idosos. Método - Analisou-se de 1996 a 2012 os resultados em 97 transplantados acima de 50 anos referente a idade, IMC, SV,
tempo de SV, consumo de hemoderivados, tempos da cirurgia e idade do doador. Resultados - 70% eram masculinos, 52,6% estão vivos após 10 anos
de TF com SV atuarial de 1a (60%), 3a (57%, 5a (52%) e 10 a (48%), mediana de idade de 56 (50-70); isquemia fria de 60 mim, IMC de 25,7; tempo de
cirurgia mediano de 501 (270-900) min; MELD puro mediano de 18,6 (7-44); idade do doador média de 35 anos. Conclusão - Apesar da idade a SV a
longo prazo é muito boa com retorno do indivíduo a sociedade.
*UNICAMP, São Paulo.
TL.G.FIG.P.504
RUPTURA ESPONTÂNEA DE HEMANGIOMA HEPÁTICO: RELATO DE CASO
Felipe Dominguez Henriques de Campos*, Júlia Cabral*, Márcio Branco*, Daniel Mazo*, Manoel Rocha*,
Guilherme Andrade*, Rodrigo Viera*, Flair Carrilho*
Resumo - Introdução - Os hemangiomas hepáticos são neoplasias benignas comuns do fígado, detectadas geralmente ao acaso durante exames de
imagem realizados por outras razões. Na grande maioria são assintomáticos. A ruptura espontânea é uma complicação rara, acometendo cerca de 1-4%
dos casos, principalmente nas lesões gigantes (6-25 cm). Esses pacientes podem apresentar desde dor abdominal, até evoluir de forma catastrófica, com
hemoperitônio, choque hipovolêmico e morte. Objetivo - Relatar um caso de ruptura espontânea de hemangioma hepático de 9,0 cm em paciente do
sexo feminino. Relato de caso - Paciente, 49 anos, portadora de cirrose hepática por álcool, referindo dor abdominal em hipocôndrio direito. Durante
investigação, realizado Tomografia Computadorizada de Abdômen que identificou nódulo com característica de hemangioma nos segmentos VI e VII,
medindo cerca de 9,0 cm e com pequena quantidade de líquido livre sub-hepático, sugestivo de episódio hemorrágico. Complementado investigação com
RNM, a qual evidenciou além dos achados já descritos, afilamento da veia cava inferior e veia hepática direita e deslocamento medial da adrenal. Níveis
normais de alfa fetoproteína. Avaliada pelo grupo da cirurgia que indicou conduta conservadora. Conclusão - A ruptura espontânea dos hemangiomas
é a complicação mais grave desses tumores. Apesar de rara, quando presente pode ter evolução desfavorável e, por essa razão, seu correto diagnóstico e
tratamento são fundamentais.
*USP, São Paulo.
202
Arq Gastroenterol
v. 50 - Suplemento - 2013
Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.505
SARCOIDOSE HEPÁTICA: RELATO DE UM CASO
Murilo Menses Nunes*, Guilherme Andrade Lemes*, Pedro Paulo Souza Fortuna*, Divino MARTIN C. Junior*,
Thiago David Alves Pinto*, Sebastião Alves Pinto*, Pedro Lhermusieau Barros*, Roberto Spadoni CAMPIGOTTO*
Resumo - Introdução - O envolvimento hepático na sarcoidose ocorre em 50-90% dos pacientes, porém por ser comumente assintomático frequentemente
permanece não diagnosticado. Histologicamente, os tecidos envolvidos exibem os clássicos granulomas não caseosos bem formados. Os corticosteroides
aceleram o desaparecimento dos sintomas, mas não afetam a evolução da doença, devendo ser usados apenas em pacientes com sintomas moderados ou
severos. Objetivo - Relatar um caso de paciente portador de sarcoidose hepática. Casuística - 1 caso. Método - Relato de caso com revisão bibliográfica.
Resultados - Paciente de 30 anos, com dor em hipocôndrio direito associada a náuseas e vômitos procurou atendimento médico. A USG evidenciou litíase
biliar e foi realizada colecistectomia e biópsia hepática devido a lesões nodulares esbranquiçadas por todo o fígado. A presença dessas lesões levantou a
suspeita de acometimento hepático por lesão hamartomatosa de ductos biliares associado à coletitíase. Entretanto, a biópsia hepática e o linfonodo hilar
hepático mostraram-se com sinais bastante sugestivos de sarcoidose, principalmente pela presença característica de granulomas não caseosos. Conclusão
- O achado incidental de lesões hepáticas durante a colecistectomia demonstra a importância de se atentar para a sarcoidose hepática apesar de esta não
ser uma doença de apresentação frequente.
*UFG, Goiás.
TL.G.FIG.P.506
SHUNT ESPLENORRENAL ESPONTÂNEO COMO CAUSA DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA CRÔNICA:
RELATO DE CASO
Ana Luiza Vilar Guedes*, Adriana Ribas Andrade*, Daniel Makoto Nakagawa*, Vinícius Santos Nunes*,
Rodrigo VIeira Costa Lima*, Guilherme Marques Andrade*
Resumo - Introdução - Os shunts esplenorrenais correspondem a 5% dos shunts porto-sistêmicos nos pacientes com cirrose hepática (CH), podendo
causar encefalopatia hepática (EH) crônica. Objetivo - Relatar um caso de shunt esplenorrenal espontâneo causando EH crônica em paciente com CH.
Relato do Caso - Homem, 55 anos, portador de CH Child-Pugh C, Meld 15, por hepatite C crônica e álcool, abstinente havia 5 anos. Histórico de múltiplas
internações por EH. TC e RNM de crânio com sinais de atrofia cerebral. Sem HDA ou ascite importante previamente. EDA com varizes esofágicas de
fino calibre. Realizada TC de abdome que evidenciou importante shunt esplenorrenal espontâneo, responsável pela EH crônica. Listado como candidato
especial para transplante hepático. Conclusão - A elevação da pressão portal aumenta o gradiente entre a veia porta e a veia cava inferior acima dos
limites da normalidade, levando à formação de colaterais entre a circulação portal e a sistêmica. A passagem do sangue esplâncnico diretamente para a
circulação sistêmica causa complicações, como a EH. Os shunts esplenorrenais correspondem a 5% de todos os shunts porto-sistêmicos nos pacientes
cirróticos. A indicação de ligar ou embolizar o shunt está associada à presença ou não da EH, embora a oclusão possa aumentar as varizes esofágicas
e piorar a ascite. A melhor terapêutica para os pacientes com shunt esplenorrenal e EH é o transplante hepático, capaz de restaurar a função hepática,
resolver o shunt e reverter a EH.
*USP, São Paulo.
TL.G.FIG.P.507
SÍNDROME DE BUDD-CHIARI COMO APRESENTAÇÃO INICIAL DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
E SÍNDROME DO ANTICORPO ANTIFOSFOLÍPIDE
Lívia Dantas Teles1, Vanessa Paula Lins Porto Mota1, Marina Santos e Souza1, Alex Baia Gualter Leite1, Charliana Uchôa
Cristovão1, Raíssa Espírito Santo Almeida1, Thiago Figueiredo Travassos 2, Vitório Luís Kemp1
Resumo - Introdução - Síndrome de Budd-Chiari (SBC) é caracterizada pela oclusão das veias hepáticas levando a hipertensão portal pós-sinusoidal. Está
associada às síndromes trombofílicas, todavia em 60% dos casos não se define uma causa. Relato de caso - K.C.S., 40 anos, masculino, pardo, metalúrgico,
natural e procedente de São Paulo-SP, com dor abdominal em andar superior, de início súbito há 20 dias e ascite há + 1 semana. Negava comorbidades,
tabagismo ou etilismo. Apresentava hepatomegalia e ascite grau III, sem estigmas de hepatopatia crônica. Líquido ascítico com proteína de 3,5 g/dl e GASA
de 1,7. TC de abdome com fígado aumentado às custas do lobo caudado, não se observando contrastação das veias hepáticas, além de derrame pleural e
ascite volumosa. US de abdome com trombose de veia hepática direita confirmando Síndrome de Budd-Chiari. Iniciada anticoagulação plena. Sem evidências
de hepatopatia, foi iniciada investigação para trombofilias. Apresentou Anti-cardiolipina IgG + e complemento baixo. Solicitado FAN HEP-2, o qual teve
resultado positivo (1/1280 - Nuclear pontilhado grosso), além de positividade para Anti-SM e anti-RNP. Com o diagnóstico de LES (critérios sorológicos,
hematológicos e serosites) e SAAF, paciente recebeu alta com Prednisona 40 mg/d, hidroxicloroquina 400 mg/d e Azatioprina 50 mg/dia, além do cumarínico.
Conclusão - A definição da doença de base após o diagnóstico da SBC influencia no manejo terapêutico e resulta em melhor prognóstico para o paciente.
1
UNIFESP; 2FHEMIG, Minas Gerais.
v. 50 - Suplemento - 2013 Arq Gastroenterol
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Gastroenterologia • Pôsteres
TL.G.FIG.P.508
TRANSPLANTE DE FÍGADO EM PACIENTES COM COLANGITE ESCLEROSANTE PRIMÁRIA.
A PROPÓSITO DE 14 CASOS
Raul Carlos Wahle*, Evandro de Oliveira Souza*, Jorge Marcelo Padilla Mancero*, Verônica Desirée Samudio Cardozo*, Ana
Beatriz de Vasconcelos *, Gilberto Peron Júnior*, Arnaldo Bernal Filho*, Adávio de Oliveira e Silva*
Resumo - Introdução - O transplante de fígado (TxF) é a única opção terapêutica eficaz para pacientes com doença hepática em estágio terminal devido
à colangite esclerosante primária (CEP). Objetivo - O objetivo deste estudo foi analisar a sobrevida em cinco anos de evolução em longo prazo de pacientes
submetidos à TxF, devido ao CEP em serviço de referência. Causuística e Método - Revisão de prontuário de pacientes com CEP submetidos a TxF em
nosso serviço sendo que todos t

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