AbrJun 2011 - Jesuítas em Portugal
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AbrJun 2011 - Jesuítas em Portugal
JESUÍTAS Boletim trimestral . nº342 Abril/Junho 2011 “Enviados às fronteiras” Educação para todos ... e todas Tríduo Pascal no Rodízio 25 anos de vida! Vidas em 25 anos! Informação aos amigos LISBOA Boletim trimestral | nº 342 Abril/Junho 2011 JESUÍTAS BREVES DA PROVÍNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3 DA COMPANHIA EM RESUMO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 “ENVIADOS ÀS FRONTEIRAS”. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 EDUCAÇÃO PARA TODOS ... E TODAS . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 TRÍDUO PASCAL NO RODÍZIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 25 ANOS DE VIDA! VIDAS EM 25 ANOS! . . . . . . . . . . . . . . . . 14 boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 MEIOS QUE UNEM O INSTRUMENTO COM DEUS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 2 Ficha Técnica Jesuítas – Informação aos Amigos – Boletim bimestral; Nº 342; Abril/Junho 2011 Director: Domingos de Freitas, SJ • Coordenação: Ana Guimarães • Redacção: Ana Guimarães; António Amaral, SJ; Avelino Ribeiro, SJ • Propriedade: Província Portuguesa da Companhia de Jesus • Sede, Redacção e Administração: Estrada da Torre, 26, 1750-296 LISBOA (Portugal) • Telef.: 217 543 060; Fax: 217 543 071 • Impressão: Grafilinha – Trabalhos Gráficos e Publicitários; Rua Abel Santos, 83 – Caparide - 2775-031 PAREDE • Depósito Legal: Nº 7378/84 • Endereço Internet: www.jesuitas.pt • E-mail: [email protected] • Foto: Siegfried Grillmeyer - Centro para doentes de SIDA, Hongjiang, Província de Hunan, R. P. da China. Breves da PROVÍNCIA Nomeação do novo Padre Provincial P. Morujão reeleito Secretário da CEP O P. Adolfo Nicolás, Superior Geral da Companhia de Jesus, nomeou o P. Alberto Teixeira de Brito para o cargo de Superior Provincial dos jesuítas portugueses. O P. Alberto de Brito tomará posse no dia 19 de Julho e irá suceder ao P. Nuno da Silva Gonçalves que exerce as funções de Superior Provincial desde Julho de 2005. O Padre Alberto Teixeira de Brito nasceu em Arouca, distrito de Aveiro, a 25 de Agosto de 1945. Entrou no noviciado da Companhia de Jesus em Soutelo, Vila Verde, a 7 de Setembro de 1961, e recebeu a ordenação sacerdotal a 14 de Julho de 1973. É licenciado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa e em Teologia pela Pontifícia Universidade Gregoriana. Em Portugal, o P. Alberto de Brito viveu em Coimbra, Braga e Lisboa, tendo-se dedicado, durante muitos anos, à formação dos jovens jesuítas como Mestre de Noviços. Orienta Exercícios Espirituais e cursos de relações humanas; foi Director do Centro Universitário Manuel da Nóbrega, em Coimbra, Secretário Nacional do Apostolado da Oração e Assistente Nacional da Comunidade de Vida Cristã. Em 2004, foi chamado para Roma, para as funções de Vice-Assistente Mundial da Comunidade de Vida Cristã, cargo que exerceu até 2009. Desde então, tem vivido em Bruxelas, integrado numa comunidade de jesuítas de vários países europeus, com as funções de Director Pastoral do Foyer Catholique Européen. Recentemente, publicou, na editorial “Oficina do Livro”, um livro-entrevista com a jornalista Laurinda Alves intitulado “Ouvir, Falar, Amar”, sobre temas de relações humanas e comunicação inter-pessoal. A Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa, reunida em Fátima nos dias 2 a 5 de Maio, elegeu o P. Manuel Morujão para um segundo mandato de três anos como Secretário e Porta-Voz da Conferência. Orações Pedem-se orações pela mãe do P. Nuno da Silva Gonçalves (Centro Inaciano do Lumiar - Lisboa), recentemente falecida. Novos Superiores e Directores de obras Novos destinos e missões Nomeações O P. Henrique Rios dos Santos foi nomeado Assistente do Departamento Diocesano da Pastoral da Família pelo Sr. Arcebispo de Évora, D. José Alves. - P. Manuel Vaz Pato, Residência do Sagrado Coração de Jesus, na Covilhã; P. Estêvão Jardim, Paróquia de Nossa Senhora do Amparo em Portimão; P. Abel Bandeira, Região de Moçambique; P. José Maria Brito, Colégio das Caldinhas; P. João Carlos Onofre Pinto, Comunidade da Faculdade de Filosofia e do Apostolado da Oração, em Braga; professor na Faculdade de Filosofia; P. Luís Ferreira do Amaral, JRS, no Quénia; P. José Frazão: Comunidade Pedro Arrupe, em Braga, professor na Faculdade de Teologia da UCP; P. Miguel Gonçalves Ferreira, Residência de Nossa Senhora de Fátima; P. Luís Onofre, CIL, Colégio de S. João de Brito; P. Afonso Seixas Nunes, Comunidade do Noviciado, CUMN e Assistente Espiritual dos “Gambozinos–Associação de Campos de Férias”; P. Nuno Tovar de Lemos, CIL, CUPAV e Promotor Vocacional; P. João Norton, Brotéria; Ir. José Silva Almeida, Colégio das Caldinhas; Esc. Duarte Rosado, membro da Comissão de Formação (COMFORM). - Iniciam a Terceira Provação, em Setembro, os PP. Lourenço Eiró, em Dublin, e Filipe Martins, em boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 O P. Geral nomeou o P. Jorge Sena para o cargo de Superior do Centro Inaciano do Lumiar. No seguimento desta nomeação, o P. Provincial nomeou o P. Jorge Sena Presidente do Conselho Administrativo e Presidente do Conselho Colegial do Colégio de S. João de Brito. O P. Provincial nomeou: o P. José Manuel Martins Lopes, Superior e Director-Geral do Colégio das Caldinhas; o P. José Carlos Belchior, Superior e Director--Geral do Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache; o Dr. António José Franco Carvalho, Director Pedagógico do Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache; o P. José Frazão, Director do CAB-Centro Académico de Braga; o P. Miguel Gonçalves Ferreira: Director do CREU-IL; o P. António Valério, Coordenador do “essejota.net”; o P. Gonçalo Castro Fonseca, Director do CUMN. 3 Breves da PROVÍNCIA continuação Salamanca. Os PP. Francisco Rodrigues e José Eduardo Lima iniciam-na, respectivamente, em Novembro no México e em Janeiro no Chile - Iniciam o magistério, em Setembro, os Esc. Manuel Cardoso e Francisco Mota, em Moçambique, os Esc. João de Brito e Ricardo Barroso no Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache; o Ir. António Rodrigues no CIL-Colégio de S. João de Brito, e o Esc. Duarte Rosado na Casa S. Pedro Claver, no Pragal. Renovação dos órgãos sociais da Fundação Gonçalo da Silveira boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 O P. Provincial, Nuno da Silva Gonçalves, nomeou, para o triénio 2011-2013, os membros da Direcção e do Conselho Fiscal da Fundação Gonçalo da Silveira que passam a ter a seguinte constituição: Direcção – Teresa Paiva Couceiro (Presidente), P. Domingos de Freitas e Isabel Ferreira Martins; Conselho Fiscal – Nuno Magalhães Guedes, Guilherme Collares Pereira e Carlos Anglin de Castro. Constituída em Setembro de 2003, a Fundação Gonçalo da Silveira é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) instituída pelos 4 jesuítas portugueses com o objectivo de divulgar, sensibilizar e captar os recursos necessários para os projectos e acções que os missionários desenvolvem nas áreas da acção social, educação, saúde e desenvolvimento comunitário. Actua nas áreas do apoio para o desenvolvimento e da educação para o desenvolvimento. "Jesuítas em Portugal" no Facebook Os "Jesuítas em Portugal" marcam presença no Facebook desde o final de Março. A participação nesta rede social permite acompanhar a vida da Companhia de Jesus em Portugal e manter-se informado acerca de actividades e acontecimentos. Boletim “Jesuítas” O boletim “Jesuítas” é enviado gratuitamente a familiares, amigos e colaboradores. Se desejar contribuir para as despesas de publicação e envio, pode fazê-lo por transferência bancária para o NIB 0033 0000 000000 700 41 84, Millennium BCP, ou mediante envio de cheque em nome de Província Portuguesa da Companhia de Jesus, para Estrada da Torre, nº 26 - 1750-296 LISBOA. Em ambos os casos, solicita-se referência ao Boletim Jesuítas. Breves da PROVÍNCIA continuação Lições Inacianas de Liderança Ordenação diaconal do Nuno Branco Pelo segundo ano, tiveram lugar as Licões Inacianas de Liderança, desta vez com sessões no Rodízio (Fevereiro) e em Soutelo (Abril), animadas pelo P. Hermínio Rico, o Miguel Villa de Freitas e a Isabel Diz Nunes, em resposta ao desafio lançado pela Equipa de Formação da CVX-P. Procurava-se redescobrir a liderança como trabalho interior, mais ao nível do “ser” do que do “fazer”, a partir de propostas dos Exercícios Espirituais de S. Inácio e aplicando-as a outras dimensões da vida que não só o crescimento espiritual estrito. Com início na 6ª feira à noite e até ao almoço de domingo, cerca de 30 profissionais com responsabilidades de liderança em diferentes áreas e desejo de unificação da vida, viveram um fim-de-semana com tempos para conferências, realização de tarefas em grupo e reflexão pessoal. O serão de sábado foi passado em tertúlia à volta de um filme, com muitas e boas gargalhadas. Não se tratava de dar receitas ou ensinar truques para liderar, mas sim ajudar à descoberta de como fazer a integração pessoal das várias dimensões da vida descobrindo continuidades entre princípios da vida espiritual e práticas de liderança, do discernimento espiritual e da gestão organizacional. Ao longo destes dois dias, nos intervalos e às refeições, a boa disposição, partilha e convívio, enriqueceram a experiência. Os participantes fizeram uma avaliação muito positiva e manifestaram interesse em que esta primeira iniciativa se desenvolva em diferentes “edições”nos próximos tempos. No Sábado, 9 de Abril, realizou-se na Igreja paroquial de São Francisco Xavier e São Luís Gonzaga, em Madrid, a ordenação diaconal de oito jesuítas, quatro de Espanha, dois de Itália, um dos Camarões e um de Portugal, o Nuno Branco. Esta celebração foi antecedida, na véspera, por uma vigília de oração, na mesma paróquia. No Domingo de manhã, houve ainda uma "missa portuguesa", em que estiveram presentes a família do Nuno, amigos, alunos e professores dos três colégios jesuítas de Portugal. A Câmara Municipal de Santo Tirso, na sessão do dia 6 de Abril, deliberou, por unanimidade, atribuir a sua Medalha de Mérito, pelos serviços prestados ao longo de muitos anos, à Empresa das Caldas da Saúde, concessionária das termas que funcionam nos espaços do Colégio das Caldinhas. O aproveitamento para fins terapêuticos das águas das Caldas da Saúde remonta ao tempo dos romanos; no entanto, é a partir de 1841 e até aos dias de hoje que a exploração da água termal se encontra amplamente documentada. A Companhia de Jesus, em 1932, ao adquirir o hotel termal para aí instalar o Instituto Nun’Alvres, assumiu, simultaneamente, a responsabilidade pela exploração e manutenção das termas. Encerrado em 1987, o balneário termal reabriu em 1994, após uma profunda remodelação, obedecendo a elevados padrões de qualidade. Actualmente, as Termas das Caldas da Saúde continuam a ser uma referência nos tratamentos termais, principalmente na área das vias respiratórias e doenças músculo-esqueléticas. Mediateca Padre Amadeu Pinto Ordenações sacerdotais Os diáconos António Magalhães Sant’Ana e Pedro McDade receberão a ordenação sacerdotal no dia 9 de Julho, às 15h30, na Sé Nova, em Coimbra. Em Luanda, a 24 do mesmo mês, será ordenado presbítero o diácono Pedro Pereira Tomás, em celebração presidida pelo Arcebispo de Luanda, D. Damião Franklin. Por ocasião das comemorações do 40º aniversário do ensino público de nível secundário, a Escola Manuel da Fonseca, em Santiago do Cacém, prestou, no dia 7 de Abril passado, pelas 10h00, uma simples e solene homenagem ao nosso querido P. Amadeu Pinto. Esta festa constou da inauguração de uma Mediateca que leva o nome do P. Amadeu Pinto. A homenagem contou ainda com a representação de uma peça de teatro realizada pelos actuais alunos da Escola. Estiveram presentes na homenagem os irmãos e cunhado do P. Amadeu (Hermínia, São, Albino e Manuel), a profª. Isabel Currais, um casal muito amigo de antigos alunos do INA, o Lúcio e a Sara, e o Ir. José Silva Almeida. Tratou-se de mais um momento de enorme orgulho e consolação pela confirmação da enorme estima e boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 Termas das Caldas da Saúde recebem medalha de mérito 5 Breves da PROVÍNCIA continuação gratidão que tanta gente continua a manifestar pelo nosso P. Amadeu e pelo “tanto bem, bem feito”, por ele realizado com a graça de Deus durante o tempo que esteve connosco fisicamente. Por fim, transcrevo o texto escrito pela actual directora da Escola, Drª Maria dos Anjos Polícia, que foi aluna do Pe. Amadeu durante o tempo que ele leccionou em Santiago do Cacém. José Silva Almeida SJ boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 “Amadeu Pinto - Um Homem Comum 6 Nos quentes anos setenta do século passado, o jesuíta Amadeu Pinto veio ensinar Filosofia e Psicologia nos dois últimos anos do liceu, em Santiago do Cacém, mas o que com ele aprenderam os seus alunos ultrapassou incomensuravelmente as fronteiras desses domínios de conhecimento. As aulas do jesuíta Amadeu Pinto eram um extraordinário mundo que ele abria aos jovens que tinham (como eu tive) o privilégio de o ter como docente, e as suas preocupações de pedagogo, educador e cidadão reflectiam-se na forma como nos activava o espírito crítico, na maneira como nos instigava a sermos indivíduos conscientes, responsáveis, empenhados, solidários, ou não fosse o Padre Amadeu um extraordinário humanista. No velho anfiteatro que era a sala de aula, aprendíamos a pensar, a reflectir sobre tudo, a questionar e a questionarmo-nos. Foi naquelas aulas que as certezas dos nossos quinze anos se viram abaladas pela ideia de que não há verdades absolutas. Com Amadeu Pinto aprendemos a importância do carácter e da verticalidade, a força das convicções, a capacidade para defender causas e lutar por elas, mesmo que isso implique esforço e perseverança. Amadeu Pinto, grande em tamanho, em tranquilidade e em iniciativa, deixou a sua marca na região, como pai do clube desportivo “Estrela de Santo André”, e nesta Escola Secundária, como impulsionador da criação e do crescimento da nossa biblioteca, de que foi o primeiro responsável e entusiasta. O Padre Amadeu gostava de ser um Homem comum, e de nos lembrar que todos somos, primordial- mente, Homens comuns; achava ele que só vale a pena deixarmos de o ser se isso for a consequência do serviço que prestamos, da entrega, da dádiva, do contributo para um mundo melhor. Foi assim o Padre Amadeu, o novo patrono da nossa Mediateca/Biblioteca.” Inaugurada nova capela na Covilhã Na tarde do dia 17 de Abril, o Sr. D. Manuel Felício, bispo da Guarda, esteve na Paróquia de S. Pedro, na Covilhã, e procedeu à bênção de uma capela dedicada a Sto. Inácio de Loiola. Esteve também presente o P. Provincial, Nuno da Silva Gonçalves. A nova capela destina-se a celebrações para pequenos grupos e para a oração individual e situa-se no 1º andar do edifício da Comunidade onde já existiam salas e gabinetes destinados a actividades paroquiais. A parte de habitação da Comunidade restringe-se, agora, ao 2º e 3º andares onde estão em fase de finalização importantes obras de remodelação. A Paróquia de S. Pedro, na Covilhã, está entregue à Companhia de Jesus, sendo párocos in solidum os padres Francisco Rodrigues e Hermínio Vitorino com o apoio dos restantes membros da Comunidade, padres José Augusto de Sousa e César Cavaleiro. 25 anos da Igreja da Figueira A Paróquia da Mexilhoeira Grande, entregue ao cuidado pastoral do P. Domingos Monteiro da Costa, celebrou, no dia 15 de Maio, com a presença do Sr. D. Manuel Quintas, bispo do Algarve, as bodas de prata da sagração da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, na Figueira. Para assinalar a efeméride, foi também inaugurado um novo baptistério, benzido na Vigília Pascal Colaboração entre a Brotéria e a Misericórdia de Lisboa Na sequência do protocolo de colaboração entre a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Companhia de Jesus e a Brotéria, que prevê a transferência da revista Brotéria e da sua biblioteca para o Conjunto de S. Roque, foi assinado pelas mesmas entidades, no dia 24 de Maio, um contrato de comodato pelo qual a Misericórdia de Lisboa cede, para instalação dos jesuítas afectos à Brotéria e à Capelania da Misericórdia de Lisboa, uma casa situada na Praça das Flores, nº 54 e 55, em Lisboa. A casa cedida encontra-se, presentemente, em fase de remodelação e adaptação. Deixou de pertencer à Companhia de Jesus o Esc. Cristóvão de Andrade, a estudar Teologia em Roma. Breves da PROVÍNCIA continuação A reunião anual de responsáveis pela comunicação na internet das províncias jesuítas europeias teve lugar no início de Maio, na Casa de Retiros das Ursulinas, em Skofja Loka, uma pequena localidade rural da Eslovénia, situada numa planície verdejante rodeada de altas montanhas, encimadas de neve. O grupo era composto por 17 jesuítas e 13 leigos, de 15 países europeus, assim como da Austrália, Canadá e Chicago. Entre reencontros e novos conhecimentos, o acolhimento e a integração estavam na ordem do dia. O ambiente era descontraído, mas de muito trabalho. Respirava-se identificação inaciana e participação na missão comum. Os tempos de oração e sobretudo as Missas, celebradas numa capela surpreendentemente bela de simples, foram verdadeiros momentos comunitários e de síntese entre o trabalho e a missão. O objectivo primordial destes encontros é partilhar experiências, conhecimentos, tentativas e resultados, o que aconteceu com grande espontaneidade e abertura. De Quinta-feira à noite até Domingo a meio da manhã, o programa propunha, alternadamente, sessões de apresentação de temas - a “crise” financeira da Arquidiocese de Maribor, na Eslovénia; a angariação de fundos na net; o papel das redes sociais na revolução árabe e o Magis 2011-, workshops e curtas apresentações sobre os sites novos e renovados. Estas apresentações sublinharam a importância da navegação clara e fácil num layout actual, evitando o uso dos elementos tradicionais demasiado estáticos, assim como o aspecto imprescindível da renovação e melhoramentos. As estatísticas dos acessos às páginas fornecem dados importantes que é necessário auscultar e espelhar na própria página. Com o decorrer do tempo, cada vez se tornava mais claro como a comunicação através da net é um tema que merece reflexão, aprofundamento e oração. O mundo da Web evolui a uma velocidade rapidíssima e alcança âmbitos cada vez mais latos. A ideia de que conteúdos e respostas espirituais não são procurados na net está ultrapassada; não só há procura como há exigência da parte do cibernauta. De facto, a presença digna, elucidativa e moderna da Igreja Católica na rede global suscita satisfa- ção e a consequente multiplicação de visitas, através da recomendação aos amigos e contactos, via blogues e páginas das redes sociais. É a este interesse que a Igreja tem de responder, com actualidade, profundidade e criatividade. A adesão ao projecto “passo-a-rezar” - já disponível em inglês, português, espanhol e polaco - constitui uma forte prova de que o espiritual cabe na Web e de que esta já é um meio incontornável de levar a espiritualidade ao dia-a-dia. Fica o desafio estimulante e a responsabilidade de continuar a ir ao encontro do outro, vencendo a distância com um “clic”. Ana Guimarães Noviços de Moçambique No dia 25 de Janeiro proferiram os pimeiros votos os noviços moçambicanos Antonio Chimarizene; Razão Jone e Carlos Xavier, assim como os noviços angolanos André Samalambo; Feliciano Geraldo e Joaquim Kafivela. No dia 24 de Maio, Festa de Nossa Senhora da Estrada, o noviço Pedro Chissale fez os primeiros votos como Irmão. No mesmo dia, ingressaram no Noviciado, na Beira, o Alcídio Vitorino Tembe, de 21 anos e o Adelino Virgílio Roya, de 24. CUMN festeja os seus 35 anos No Sábado, 4 de Junho, festejaram-se em Coimbra os 35 anos do CUMN (a par com os 10 anos do Círculo Loiola). Centenas de antigos frequentadores do CUMN– agora com os filhos (e netos!) – tiveram a ocasião de reviver alguns dos melhores tempos da sua vida de estudante. Na Eucaristia e na festa estiveram presentes todos os antigos directores e foram lembrados com saudade e amizade o Padre José Craveiro e a Irmã Bourbon. Fé e Cultura - No centro porque nas margens O gestor. A actriz. O político. A freira. O publicitário. O cirurgião plástico. A feminista. O bispo. O homossexual. O sindicalista. A imigrante. O cientista. O advogado. A portadora de deficiência. Os recasados. Efectivamente, lá estiveram. Eles, e as várias centenas de pessoas que acudiram para os ouvirem. Foi no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, no Sábado 9 de Abril deste ano. Mas que tipo de encontro heterogéneo foi este? Tratou-se do “Fé e Cultura 2011”. Este evento esteve no centro de muitas atenções. Não só durante as cerca de nove horas do seu desenvolvimento em ambiente de partilha, mas também nas avaliações e comentários logo após ter concluído. Aliás, a escolha das quinze identidades pareceu ter suscitado alguma polémica prévia (efeito do sugestivo da convocatória). Simplesmente esteve nesse centro porque soube aproximar-se das margens. boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 European Jesuit Webmasters 7 Breves da PROVÍNCIA continuação Casa da Torre boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 Durante o ano de 2010, foram 3119 as pessoas que frequentaram a Casa da Torre, um aumento de 2% em relação a 2009. Situada nas margens do rio Cávado, no concelho de Vila Verde, a Casa da Torre é um centro de espiritualidade com um programa de actividades próprio mas também disponível para acolher iniciativas de outros grupos ou instituições ou, simplesmente, para receber quem procure um ambiente de aprofundamento espiritual e contacto com a natureza. Para mais informações, consulte: www.casadatorre.org. 8 Sempre existiram grupos em risco de serem socialmente excluídos. Também hoje. Ao mesmo tempo, existem os que arrastam o preconceito de serem os que excluem. Nenhum deles prefere o centro porque costuma ser instável e desconcertante. Porém, encontram em sociedade margens inquietantemente confortáveis. Aninhar-se nelas supõe encontrar um pedaço de identidade, mas também minguar as possibilidades de encontro. A realidade consiste em margens, e o desafio passa a ocupar o centro. É o diálogo. Esta iniciativa da Companhia de Jesus em Portugal continua, vinte e seis anos depois, a atrair e sensibilizar pessoas através das histórias de vida partilhadas. Gente com diferentes convicções, perspectivas ou alicerces existenciais, nem sempre interessadas em concordarem, mas sim em se valorizarem em profunda atitude de acolhimento. Conciliar não é fomentar os muitos confrontos já existentes, mas humanizar esta fraternidade gratuita. Que Deus para hoje? Como viver na sociedade da imagem? Como manter a integridade possível? Como pensar a Igreja plural? Que mundo estamos a construir? Em definitivo: no centro ou nas margens? No final, foi o P. Carlos Carneiro a concluir, com a sua conferência “No Centro e nas Margens” Depois deste encontro, acredito cada vez mais no enriquecimento aportado pela cultura. Tenho fé na descoberta de respostas maduras. “Fé e Cultura” foram e serão assim, nada incompatíveis. Antes pelo contrário, a sua interacção saudável é o desejável na nossa missão. Alberto Fernández, SJ "Um Deus que dança" “Um Deus que Dança – Itinerários para a Oração” é a mais recente obra do P. José Tolentino de Mendonça. Este livro é o resultado da adaptação de um trabalho realizado para ser escutado e é acompanhado por um CD. Editado pela Editorial Apostolado da Oração, é composto por duas partes: o ‘Livro das Pausas’ - meditações inspiradas em textos bíblicos, lidas no site www.passo-arezar.net; e o ‘Livro dos Andamentos’ - “orações poéticas” lidas aos microfones da Rádio Renascença. CAIC vence Campeonato Nacional A equipa de voleibol do Colégio da Imaculada Conceição (CAIC), em Cernache, venceu o Campeonato Nacional do Desporto Escolar na categoria de juvenis masculinos. A fase final da competição decorreu nos dias 20, 21 e 22 de Maio em São João da Madeira onde a equipa do CAIC foi apoiada por uma claque entusiasmada. Estão de parabéns os desportistas e o Prof. Nuno Amado que os acompanhou ao longo do último ano. Com esta vitória, a equipa de voleibol do CAIC apurou-se para os jogos FISEC (Fédération Internationale Sportive de l’Enseignement Catholique) que se realizam em Lisboa, no Estádio Universitário de 5 a 11 de Julho. Votos do Padre Miguel Almeida O P. Miguel Almeida proferiu os últimos votos no dia 28 de Maio, na Igreja do Colégio São João de Brito, em Lisboa. A celebração reuniu numerosos jesuítas, familiares e amigos. Seguiu-se um animado almoço partilhado, nos jardins do Centro Universitário, e a projecção de um filme sobre o P. Miguel, realizado pelos animadores do CUPAV. Da Companhia EM RESUMO O Papa Bento XVI nomeou os dez consultores para o novo “Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização”. O Reitor da Universidade Gregoriana de Roma, o jesuíta francês François-Xavier Dumortier, está entre os nomeados. O objectivo principal deste Conselho Pontifício é promover uma nova evangelização nas regiões onde se experimenta uma progressiva secularização da sociedade, apesar de já terem recebido o primeiro anúncio da fé e haver igrejas de fundação antiga. Na carta em que convoca a Congregação de Procuradores, o P. Adolfo Nicolás manifesta o seu desejo de que esta reunião seja vista como parte da preparação dos jesuítas para a comemoração, em 2014, do 2ª centenário da restauração da Companhia de Jesus e escreve: “Uma vez que a restauração foi um acto de recriação da Companhia, desejo convidar os jesuítas de hoje a iniciar, com profundidade, uma reflexão sobre os sinais de vida nova e de criatividade apostólica que se encontram nos ministérios que a Companhia leva a cabo, tanto nos mais tradicionais como nos mais inovadores”. Nomeações do Padre Geral A Companhia de Jesus em números O Padre Geral nomeou: - Provincial de Inglaterra, o P. Dermot Preston; - Provincial de Portugal, o P. Alberto Teixeira de Brito; - Provincial da Croácia, o P. Ante Tustonjic; - Provincial de Zâmbia-Malawi, o P. Emmanuel Mumba; - Provincial da Bélgica Meridional e Luxemburgo, o P. Franck Janin; - Provincial da África Noroeste, o P. Jude Odiaka; - Provincial do Brasil Centro-Oriental, o P. Mieczyslaw Smyda, de origem polaca - Provincial de Pune, o P. Bhausaheb Sansare; - Provincial do Maduré, o P. Sebasti L. Raj; - Superior da Região Brasil Amazónia, o P. Adelson Araújo dos Santos. As estatísticas da Companhia de Jesus no mundo foram publicadas recentemente, com data de 1 de Janeiro de 2011. O número total de jesuítas é 17 906: 12 737 padres, 1 535 irmãos, 2 850 escolásticos e 784 noviços, com um decréscimo de 341 membros desde 1 de Janeiro de 2010. A informação apresenta a situação dos noviços, escolásticos, irmãos e padres, assim como a comparação entre Assistências, mudanças ocorridas no ano passado, etc. Este ano, as estatísticas foram enriquecidas com gráficos que dão uma panorâmica mais precisa sobre a Companhia de Jesus no mundo. Esta informação está disponível no sítio da Cúria Geral, na área reservada aos jesuítas. Padre Geral convoca Congregação de Procuradores No dia 12 de Março, o P. Geral, Adolfo Nicolás, anunciou a convocação da Congregação de Procuradores e estabeleceu o dia 9 de Julho de 2012 como data para o seu início, em Nairobi, no Quénia. De acordo com a legislação da Companhia de Jesus, a Congregação de Procuradores realiza-se cada quatro anos, contados a partir da última Congregação Geral, e tem como principal finalidade deliberar sobre a necessidade de convocar ou não uma Congregação Geral. Trata-se, ao mesmo tempo, de uma ocasião muito importante para submeter a discussão e consulta assuntos relacionados com a missão da Companhia de Jesus, principalmente o que se refere às obras apostólicas mais universais. Cada Província envia à Congregação de Procuradores um representante eleito na respectiva Congregação Provincial. A Congregação da Província Portuguesa tem como data prevista para o seu início o dia 26 de Dezembro de 2011, em Soutelo. Beatificação do Padre Ciszek Está em andamento o processo de beatificação do servo de Deus Padre Walter Ciszek (1904-1984). Autor do livro "With God in Russia”, este jesuíta viveu 23 anos na União Soviética, cinco dos quais na prisão de Lubjanka, Moscovo, e dez nos campos de trabalho de Norilsk e Abakan (Sibéria). Tanto na prisão, como nos campos de trabalho e nos períodos em liberdade, dedicava-se a escutar os outros, a dirigir exercícios espirituais e a administrar sacramentos. Novo colégio na Austrália Passados 60 anos desde a inauguração de um colégio dos jesuítas australianos, vai ser inaugurado um novo, em Redfern, na periferia de Sidney. O novo estabelecimento educativo orientar-se-á de preferência para os jovens aborígenes, sobretudo aqueles que foram abandonando a frequência escolar ou que frequentaram os estudos esporadicamente, devido a causas de inadaptação social. Será um colégio fortemente centrado nos objectivos pedagógicos da Companhia de Jesus, insistindo na promoção da igualdade de oportunidades. boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 Nomeações do Papa Bento XVI 9 Servidores DA MISSÃO DE CRISTO boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 “Enviados às Fronteiras” 10 “Enviados às fronteiras” é o título de um dos textos da última Congregação Geral da Companhia de Jesus. Normalmente, quando pensamos em “fronteiras”, pensamos em ir para longe, em explorar mundos diferentes, em aprender sobre lugares que nunca vimos e ideias que nunca pensámos. Imaginamos um movimento de saída de nós em direcção a um outro, seja esse “outro” uma cultura, uma língua, um lugar ou uma pessoa. Curiosamente, na Congregação Geral o envio às fronteiras surge ligado ao desejo de nos conhecermos melhor a nós próprios, de redescobrir e aprofundar a nossa identidade de jesuítas. Assim, parece-me que queremos estar nas fronteiras não apenas para ir ao encontro do outro, mas porque sabemos que só podemos verdadeiramente ser quem somos quando estamos perto de outros porventura muito diferentes de nós. Para mim esta convicção é hoje muito mais evidente e verdadeira do que era há três anos atrás quando ainda não tinha deixado Portugal para começar um magistério de três anos na China. “A nossa casa é o mundo” dizia o Pe. Nadal dos jesuítas e hoje sinto que isto é uma experiência bem concreta para mim. Durante estes três anos, quando pensava em “a minha casa”, pensava na comunidade em Taipé, ou nos companheiros com quem vivi em Pequim, ou na nossa comunidade de Macau da qual parti e à qual voltei tantas vezes, ao longo deste último ano, regressado de trabalhos vários nos mais diversos recantos da China continental. Agora, volto a casa para estar com os meus. Volto à cultura e ao estilo português, à carne de porco à alentejana e aos banhos no Atlântico, às missas e orações na língua materna, bem como aos abraços e sorrisos de tantos que me querem bem e me fazem sentir bemvindo a casa. E o que me impressiona e comove mais neste momento é que, às saudades dessa casa à qual estou prestes a regressar, se juntam saudades destas muitas casas e pessoas por onde passei e com quem estive aqui. Este meu tempo de formação foi pensado como um processo de encontro e imersão no mundo chinês ao qual a Província Chinesa dos jesuítas pretende servir. Tentando não esquecer os objectivos tradicionais desta etapa de magistério – vida numa comunidade apostólica, trabalho a tempo inteiro numa missão apostólica, e amadurecimento da vocação religiosa – fui convidado a viver um magistério algo diferente do normal. O primeiro ano passei-o a estudar chinês em Taiwan, no segundo vivi em Pequim, onde estudei língua e cultura chinesas, e neste terceiro ano, já com alguma capacidade para comunicar em chinês, trabalhei na Casa Ricci, fundação da Companhia de Jesus com base em Macau que se dedica ao serviço de pessoas afectadas pela lepra e pela SIDA em vários lugares da China. Se há algo que todo o estrangeiro sente quando chega à China é o facto de que na China há muita gente. Uma vez, numa cidade média de uma área rural fui comprar um bilhete de comboio. Havia 70 bilheteiras a funcionar e diante de cada uma amontoavam-se pessoas em filas mais ou menos caóticas. De facto, para matar o tempo, contei as pessoas na fila à minha frente. Eram mais de 100 em cada fila… Os chineses são muitos, já sabemos. Mas o que fazem, em que pensam, e o que querem os chineses? Em comparação connosco, os chineses são mais parecidos que diferentes. Nas cidades, os jovens querem ter um curso universitário, lutam por um emprego com um bom salário, sofrem para conseguir comprar casa e casar, vestem calças de ganga e T-shirts com slogans em inglês, comem no MacDonalds, ouvem música pop no Mp3, e fazem compras em grandes centros comerciais. No campo, as pessoas labutam de manhã à noite em condições geralmente pobres e tentam não ser engolidas pela crescente industrialização e urbanização. O panorama é muito semelhante ao que vimos e continuamos a ver no nosso próprio país e no Ocidente em geral. Um outro aspecto, que me parece muito importante e que vi em muitos chineses que conheci, é a falta de identidade e sentido de vida. Este fenómeno também não nos é estranho no Ocidente, mas na China o “vazio de valores” e a falta de “saber quem sou e o que quero da vida” é uma realidade gritante. Isto é triste sobretudo porque não parece haver, de facto, uma alternativa ao valor do dinheiro. Antes, o lema comunista era: “tudo ao serviço do povo”, agora é “tudo ao serviço da moeda do povo”! Em relação à mentalidade e cultura, há também aspectos positivos e negativos que me impressionaram. O chinês tem, em geral, um grande sentido patriótico e grande capacidade de trabalho e até de sacrifício por causas comuns. Ao mesmo tempo, é incapaz de obedecer às mais elementares regras cívicas e capaz das maiores indelicadezas e faltas de educação. É frequente haver empurrões para “passar à frente” na fila, e várias vezes senti a minha privacidade violada, quer por pessoas que descaradamente se punham a escutar as minhas conversas ou até por espectadores curiosos que se entretinham a espreitar-me enquanto fazia as minhas necessidades. Já que falo nisso, impressiona na China a falta de limpeza que, à excepção das zonas turísticas nas grandes cidades, impera por todo o lado. Para ir ao WC público e sobreviver é preciso, no mínimo, muito sentido de humor… Da cultura antiga resta um aspecto muito bonito, ainda que perigoso quando mal entendido. Há na China um grande sentido de “piedade filial”, um respeito muito grande pelos pais. O valor da família é, provavelmente, a única coisa que se compara ao apreço pelo dinheiro. Muitos jovens, por exemplo, escolhem carreiras profissionais para agradar aos pais, e penso que a maioria dos idosos vive em casa dos filhos, que os respeitam e cuidam até ao fim da vida. Antes de terminar, quero dizer algo sobre o aspecto que mais me é querido: o religioso. Na China, experimentei pela primeira vez o que significa ser uma minoria. Pensa-se que haja uns 6 a 10 milhões de católicos, e cerca de 3400 sacerdotes, menos do que em Portugal. A China é um país oficial e activamente ateu e, a meu ver, isso explica muita coisa e traz imensos problemas. Já falámos da falta de “Espírito” e de horizonte na vida quotidiana das pessoas. Aliado a isso, há também perseguição religiosa, que se sente de forma mais ou menos constante e mais ou menos severa consoante o momento e o lugar. Pela natureza do trabalho em que estive envolvido, e que me permitiu estar com muitas pessoas e em muitos lugares da China, sinto que este terceiro ano me marcou de uma forma especial. É curioso que, sendo natural de um País tradicionalmente religioso e católico, a experiência chinesa me deu um respeito muito maior pela tradição e piedade que vi em muitos cristãos daqui. Aqui, rezar o terço, acender uma vela ou recitar determinada ladainha é uma questão de identidade, não apenas uma prática devota do tempo dos avós. As irmãs religiosas que vivem e trabalham nas leprosarias em que estive praticam um serviço de amor no anonimato e muitas vezes sob pressão. Fazem-no por amor a Jesus, sem acesso regular aos sacramentos (nos lugares mais privilegiados há missa uma vez por mês), e tendo apenas recebido formação religiosa muito elementar. Normalmente, quando vou visitálas, vou com a missão de “dar formação”. Uma simples partilha de vida ou algumas dicas sobre vida comunitária ou oração são recebidas como verdadeiro presente do céu, tal é a sede de aprender as coisas de Deus. Mas, na verdade, o que sinto sempre que estou com elas é que o verdadeiramente essencial já elas aprenderam e praticam há muito. Foi assim que, junto desta minoria fiel, sinto que cresci como homem, como cristão e como jesuíta. Sinto-me mais capaz, ou pelo menos mais disposto ao diálogo, mais tolerante para com o diferente e, ao mesmo tempo, mais consciente e convicto da minha identidade, mais à vontade entre culturas e aberto a uma Cultura do Humano. As “fronteiras” não são lugares fáceis nem confortáveis, mas são ocasião de encontro verdadeiro connosco e com o Deus de todos. Graças a estes três anos sei melhor quem sou e quem quero vir a ser. Francisco Machado, SJ boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 Servidores da MISSÃO DE CRISTO continuação 11 Sentir e SABOREAR boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 Educação para todos… e todas 12 A Fundação Gonçalo da Silveira (FGS), organização não-governamental para o desenvolvimento (ONGD) jesuíta, tem como missão contribuir para o desenvolvimento humano integral, em especial nas comunidades mais desfavorecidas dos países lusófonos, principalmente através do apoio às missões jesuítas, e também pela sensibilização das pessoas em geral para uma sociedade mais comprometida com os valores da igualdade e justiça social – www.fgs.org.pt. A sua Missão, Visão e Valores, assim como a forma de actuar em parceria, levou a que, desde 2007, a FGS seja responsável pela coordenação de uma coligação nacional de diversas organizações e entidades promotoras do direito à educação – a Campanha Global pela Educação (CGE). A CGE faz parte de uma iniciativa internacional que remonta a 1999 e que, hoje, tem representatividade em quase 100 países de todos os continentes – a Global Campaign for Education. Desde 2003 que esta Campanha está presente em Portugal, e tem vindo a ganhar cada vez mais apoio por todo o País. Esta Campanha tem como objectivo geral mobilizar os membros da comunidade educativa para que exerçam uma cidadania mais activa e exigente em relação aos compromissos políticos assumidos para se atingirem as Metas de Educação para Todos e Todas (EPT)(1) e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM)(2), com incidência no ODM 2 – alcançar o ensino primário universal. Nesse sentido, a actuação da CGE, como parte integrante do trabalho realizado pela FGS na área da Educação para o Desenvolvimento, foca-se na sensibilização das comunidades educativa e política sobre as disparidades globais no acesso à educação e sobre o papel da educação na redução da pobreza e da exclusão social. Ao mesmo tempo, promove a cidadania activa e participativa, procurando fomentar e estimular o diálogo e o debate entre diversos actores políticos e da sociedade civil sobre as Metas de EPT e os ODM e garantir a visibilidade do papel da educação no desenvolvimento junto do público em geral. Promover a igualdade de género e o empoderamento das mulheres é o terceiro dos oito ODM, assumidos como um compromisso político por 189 estados no seio da Organização das Nações Unidas em 2000. A meta a alcançar até 2015 é atingir a paridade de género em todos os níveis de ensino. Este ano, a CGE dedicou a sua Semana de Acção Global à “Educação para Raparigas e Mulheres”, chamando a atenção sobre os desafios ainda existentes para se alcançar a igualdade de género no ensino. Mais de 600 milhões de raparigas vivem nos países em desenvolvimento, e um quarto destas raparigas não estão na escola. Demasiadas vezes esquecidas e perdidas no meio de outras prioridades dos orçamentos nacionais, e de medidas que tardam em ser acolhidas e implementadas, as raparigas continuam a enfrentar sérias dificuldades no seu percurso escolar, profissional e social, um pouco por todo o mundo. O papel da mulher é ainda, em muitos contextos, circunscrito à maternidade, à família e ao lar. Nas Filipinas, estão em curso planos para incentivar programas de literacia para mulheres indígenas; Angola aprovou uma estratégia nacional para a promoção e o desenvolvimento da mulher na educação; na Palestina, foi entregue uma petição para se alterar a lei que estabelece a idade mínima para o casamento de raparigas. Estes são alguns dos resultados alcançados recentemente no âmbito desta Campanha. A Semana de Acção acontece todos os anos e conta com a participação de milhões de pessoas. Este ano, decorreu de 2 a 8 de Maio e contou com a participação de 122 escolas e outras instituições de todo o País. A actividade proposta - “A Grande História” centrou-se na recolha e leitura de histórias sobre os obstáculos enfrentados particularmente pelas raparigas e mulheres no acesso e pleno usufruto do seu direito à educação, tais como a discriminação com base no género, a violência dentro e fora da escola, os casamentos forçados, as gravidezes precoces, o trabalho infantil e doméstico, a falta de condições próprias de saneamento básico nas escolas, entre outros; mas também sobre os benefícios do investimento na educação para todos… e todas. Poderá ler e subscrever o Manifesto desta Semana de Acção e saber mais em: www.educacaoparatodos.org. Mariana Hancock campanha.global.educaçã[email protected]/tel 2175451622 (1) Fórum Mundial sobre Educação, 2000, Dakar. (2) Cimeira do Milénio das Nações Unidas, 2000, Nova Iorque. Sentir e SABOREAR continuação Desde o Antigo Testamento que o Povo de Deus se reúne para celebrar a Páscoa e foi para celebrar esta festa que Jesus veio a Jerusalém com os seus apóstolos. A Páscoa de Jesus tem uma grande particularidade; é Ele o cordeiro Pascal, é Ele que se entrega por mim, por cada um de nós. Fomos chegando pela tarde de Quinta-Feira Santa. Vi caras novas e reencontrei amigos que aqui voltavam para viver em retiro o Tríduo Pascal. Sim, Amigos, é a palavra certa para descrever este grupo. Amigos no Senhor que aceitam o convite de Jesus, que desejou ardentemente viver esta Páscoa connosco. Este é um retiro especial. Integra pontos de oração, catequeses, adorações e, claro, as celebrações do Tríduo, num ambiente de silêncio e recolhimento abertos. Um retiro aberto porque atento aos que o fazem comigo, e aberto porque os seus grandes momentos são vividos na comunidade, a Igreja. Na Casa, tudo está já centrado na preparação e acolhimento destes dias. Os quartos, as refeições, os diversos momentos do Tríduo. E ao mesmo tempo, é grande o grupo de pessoas que acorre para receber o sacramento da Reconciliação. Somos os cristãos a preparar-nos para celebrar a Páscoa. Os primeiros pontos de oração oferecem-nos uma grelha de leitura: o Tríduo Pascal é o momento mais importante das nossas vidas, não nos compreendemos fora dele; por isso, nestes dias, fomos chamados a olhar todas as realidades através do olhar salvador de Jesus que aprendemos com Ele ao segui-Lo de perto. Vamos aprender d’Ele o que é o Amor, este Amor que nem sempre tem um rosto agradável. Mas é fundamental que o contemplemos em todas as perspectivas, pois só o Amor dá sentido a todas as realidades. O Tríduo Pascal inicia-se com a celebração da Eucaristia da Ceia do Senhor. Juntamo-nos, pela primeira vez, à comunidade para celebrar em Igreja. A instituição da Eucaristia põe-nos diante dos dois desafios mais revolucionários de Jesus, o Amor e o Serviço. Fazemos memória da Última Ceia, em que Jesus se entrega no pão e no vinho e nos convida a repetir este acontecimento, como sinal da sua aliança de amor connosco. E realizamos o gesto de Jesus que tanto chocou Pedro e me dá consciência da minha indignidade, o lavapés. Na nossa celebração e para que toda a assembleia possa participar, o lava-mãos: eu lavo as mãos a uma pessoa e deixo que essa pessoa me lave as mãos, repito o gesto salvador de Jesus que serve os seus discípulos e, reconhecendo-me necessitada, aceito a vida renovada que me é oferecida, para poder tomar parte com Ele. A Eucaristia prolonga-se na adoração do Santíssimo, em silêncio e em comunidade. Contemplamos o Amor fiel de Jesus, que depois da grande festa se retira para orar, consciente da hora difícil que se aproxima, e pede que o acom- panhemos. Contemplamos também a nossa incapacidade de estar presente, os sonos das nossas vidas. Sexta-feira Santa. É um dia muito cheio! Jesus é entregue para ser crucificado e morrer na cruz. Acompanhamo-Lo na Via Sacra, participada também por muitas pessoas da paróquia. Ao caminho de Jesus juntamos o nosso, as realidades de sombra e de sofrimento das nossas vidas e do mundo em que vivemos. Contemplamos todo este peso na cruz que Jesus carrega aos ombros, a caminho do Calvário. Caminhamos com Ele, e todos queremos partilhar deste peso. Jesus morre na cruz! A tristeza e a desilusão habitam-nos. O nosso amigo morreu. Aquele que nos encheu de sonhos e projectos, que “passou fazendo o bem”, o filho de Deus todo poderoso falhou, morreu às nossas mãos, sucumbiu às nossas impossibilidades. Parece que tudo acabou! Estamos aqui, diante da cruz, velamos o nosso amigo e acompanhamos Maria na sua dor. Sábado Santo. O vazio. Jesus não está. Experimentamos a sua ausência e a saudade da vida partilhada com Ele. Não sabemos viver sem Ele, nada faz sentido, estamos confusos. Ele disse que voltaria, que havia de ressuscitar, mas... E “eis que na dor nós encontrámos escondida e viva a semente da alegria e da esperança, o Senhor está vivo”! É esta a grande novidade que recebemos na Vigília Pascal! A Igreja está à pinha, mas em família há sempre lugar para mais um e este é o grande momento das nossas vidas e é para todos! Começamos às escuras, iluminados pelo Círio Pascal, a Luz de Cristo que todos recebemos nas nossas velas. Voltamos a cantar o Glória, depois de um jejum de várias semanas; renovamos as promessas do Baptismo; celebramos a Eucaristia. Jesus ressuscitou, apareceu a Maria e a Maria Madalena e enviou-as a dar a boa notícia aos discípulos. É grande a alegria que se vive! A alegria de Jesus ressuscitado! Alegria que nos projecta para a vida, para continuarmos a missão de Jesus, missão de Amor e Serviço aos outros. Mas o retiro não terminou aqui: tivemos festa rija pela madrugada dentro! Afinal celebrávamos a maior festa do ano, a Páscoa de Jesus! Ana Melo boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 Tríduo Pascal no Rodízio 13 Sentir e SABOREAR continuação boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 25 Anos de Vida! Vidas em 25 Anos! 14 Para o hoje: Ámen! Para o amanhã: Aleluia! Pedro Arrupe, sj Na vida existem marcos que definem um antes e um depois. Acontecem momentos simples, experiências profundas, palavras com sentido, que nos permitem descobrir o essencial da existência humana e que nos fazem descobrir Deus no Seu sentido mais Universal! A 11 de Abril de 1986 ficou assinalada uma dessas fronteiras. Há 25 anos os Leigos para o Desenvolvimento (LD) nasceram e a partir de então, todos os anos, novas vidas tomavam vida nova. Mais concretamente 320 vidas, 12 comunidades locais em África e Timor! O envio de leigos missionários voluntários para países em desenvolvimento proporciona, ainda hoje, uma experiência única de encontro e de partilha, de descoberta, de espiritualidade, de simplicidade e gratidão que fazem dos Leigos para o Desenvolvimento um movimento transformador e de conversão. É por isso que 2011 é um ano especial de Acção de Graças! Num momento da História em que os Valores e os Princípios são, mais do que nunca, fundamentais para ultrapassar dificuldades, desigualdades e injustiças sociais, os Leigos para o Desenvolvimento continuam a ser um testemunho humilde de serviço e entrega em prol do desenvolvimento integral. Os LD são sem dúvida uma Obra de Deus! Em 25 anos, os Leigos para o Desenvolvimento continuam a perseguir o sonho de promover o desenvolvimento humano e comunitário assumindo o espírito de gratuidade, de responsabilidade, de qualidade e de participação como factores determinantes para a construção de um mundo mais justo e solidário. Não se trata de uma utopia ou de um sonho inalcançável mas de uma missão que se torna possível com a acção e a oração de cada dia! Tudo começou pela mão do P. António Vaz Pinto, com conversas de café, jovens interessados, disponibilidades crescentes e o sonho profundamente cristão de fazer bem aos outros, de pôr a render os talentos recebidos e adquiridos, para lá das fronteiras do nosso espaço habitual. No princípio, os LD eram apenas alguns jovens ligados ao Centro Universitário Manuel da Nóbrega e ao Centro Universitário Padre António Vieira mas, com o passar do tempo e a conquista de alguma notoriedade, jovens de todos os quadrantes da sociedade começaram a mostrar-se interessados e assim dando uma dimensão nacional aos LD. As missões foram sendo abertas, concluídas, transferidas ou continuadas (S. Tomé – 1988/…; Malawi – 1991/94; Angola – 1992; 1996/…; Moçambique – 1994/…; Timor – 2000/…). Como realidades dinâmicas, a cada início há a expectativa de transformação, de passagem, de autonomização. E a cada final de ciclo, a perspectiva de um novo projecto, uma nova missão, um novo país. É a roda do desenvolvimento! Hoje, com 14 pessoas no terreno (Neves em S. Tomé e Príncipe; Benguela e Uíge em Angola; Cuamba em Moçambique; Díli, em Timor Leste), prosseguimos a nossa Missão e continuamos a ser responsáveis pela implementação, coordenação e/ou capacitação de projectos na área da educação e formação, da saúde, do desenvolvimento sócio-comunitário, da promoção social e da pastoral. O futuro apresenta-se como um grande desafio, cada vez maior, mas nunca comparável à certeza e segurança do nosso passado, dos mais de 320 voluntários missionários que partiram pelos LD. Não se compara à experiência de já termos estado em sete países, nem tão pouco se compara à gratificação que sentimos por, directa ou indirectamente, termos tocado na vida de milhares de pessoas! Ao comemorar o nosso 25º aniversário, os LD representam hoje uma forma de fazer cooperação para o desenvolvimento e de solidariedade social com características muito particulares, tais como o voluntariado de longo prazo e a vida comunitária; a promoção da auto-sustentabilidade dos projectos a médio/longo prazo; a integração nas comunidades locais e a espiritualidade inaciana. Com o nosso programa de comemorações de Abril 2011 a Abril 2012, pretendemos sobretudo agradecer o passado, celebrar a sua história e preparar o futuro; partilhar com ex-voluntários, parceiros e amigos este marco histórico; sensibilizar e influenciar a sociedade civil para a importância dos Valores e do impacto das nossas acções e opções nos processos de desenvolvimento. Por último, gostaríamos de agradecer reconhecidamente a inspiração, a proximidade e a amizade que a Companhia de Jesus tem dedicado aos Leigos para o Desenvolvimento desde a primeira hora e em todos os momentos da vida LD. A todos os jesuítas que passaram pela Direcção, pela Formação, pelo terreno, bem-hajam! Os LD devem muito da sua identidade, da sua motivação e dos seus impactos à relação única que estabelecem com a Companhia e através dela, à espiritualidade inaciana. Como dizia Santo Inácio de Loyola, “agir como se tudo dependesse de nós e confiar como se tudo dependesse de Deus”! É no fundo a nossa Missão. Carmo Fernandes www.leigos.org Meios que unem O INSTRUMENTO COM DEUS Julho Setembro Exercícios Espirituais Exercícios Espirituais 7 DIAS 21 a 28 | em Soutelo, com o P. António Vaz Pinto 23 a 30 | no Rodízio, com o P. Sérgio Diz Nunes 22 a 29 | na Costa Nova, EE vocacionais, com o P. Filipe Martins 8 DIAS 01 a 09 | em Fátima, com o P. Gonçalo Eiró 01 a 09 | em Soutelo, com o P. João Norton 04 a 12 | em Soutelo, com o P. Afonso Seixas 15 a 23 | em Soutelo, com o P. António Valério 16 a 24 | em Soutelo, com o P. Manuel Morujão 22 a 30 | em Fátima, com o P. Mário Garcia 22 a 30 | em Fátima, com o P. José Carlos Belchior e a Drª Alzira Fernandes 22 a 30 | no Rodízio, com o P. Hermínio Rico 31 a 08 Ago | em Soutelo, com o P. José Carlos Belchior e a Drª Alzira Fernandes 30 DIAS 22 a 22 Ago | em Soutelo, com o P. Luís Maria da Providência 3 DIAS 01 a 04 | em Palmela, com o P. Afonso Seixas 08 a 11 | no Rodízio, com o P. António Santana 08 a 11 | em Soutelo, pé descalço, com a Drª Helena Aguiar 15 a 18 | em Soutelo, com a Drª Teresa Olazabal 7 DIAS 01 a 08 | em Palmela, com o P. António Valério 8 DIAS 03 a 11 | no Rodízio, com P. Manuel Morujão 03 a 11 | no Rodízio, com o P. Luís Maria da Providência 06 a 14 | em Soutelo, com o P. Mário Garcia 20 a 28 | em Fátima, coom o P. Domingos de Freitas 20 a 28 | em Soutelo, com o P. Francisco Rodrigues Outubro Exercícios Espirituais Exercícios Espirituais 8 DIAS 01 a 09 | em Soutelo, com o P. João Santos 05 a 13 | em Soutelo, com o P. António Santana 16 a 24 | em Soutelo, com o P. António Costa e Silva 18 a 26 | em Soutelo, com o P. Mário Garcia 3 DIAS 10 a 13 | em Fátima, com o P. Dário Pedroso 8 DIAS 18 a 26 | em Fátima, com o P. Dário Pedroso Consulte o programa anual em www.jesuitas.pt boletim da PROVÍNCIA PORTUGUESA Abril/Junho 2011 Agosto 15
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