Anais CUMA 2010 - Portal de Poéticas Orais
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Anais CUMA 2010 - Portal de Poéticas Orais
ISSN: 2176-798X UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO GRUPO DE PESQUISA CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS Belém 02/12/2010 Universidade do Estado do Pará Reitora Vice-Reitora Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Pró-Reitor de Graduação Pró-Reitora de Extensão Pró-Reitora de Gestão Direção CCSE Marília Brasil Xavier Maria das Graças da Silva Jofre Jacob da Silva Freitas Ruy Guilherme Castro de Almeida Mariane Cordeiro Alves Franco Manoel Maximiano Junior Maria José Cravo Seminário do Grupo de Pesquisa Cultura e Memórias Amazônicas - Avaliação e Propescção / Josebel Akel Fares (Org). Belém: UEPA, 2008. 32 p: ISSN: 2176-798X 1. EDUCAÇÃO, 2. CULTURA POPULAR, 3. SABERES AMAZÔNICOS – Fares, Josebel Akel, org. CDD. . UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO GRUPO DE PESQUISA CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS SEMINÁRIO CUMA – 2010 / VERSÃO V CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS: Avaliação e prospecção Belém 02/12/2010 Copyrigyh © CUMA/UEPA - 2010 ISSN: 2176-798X COMISSÃO ORGANIZADORA Coordenação geral: Josebel Akel Fares; Jessiléia Guimarães Eiró; Nazaré Cristina Carvalho; Marco Antônio Camelo; Maria Betânia Barbosa Albuquerque; Joelciléia de Lima Ayres Santiago; Venize Nazaré Ramos Rodrigues Equipe técnica José Denis de Oliveira Bezerra; Joséa de Oliveira Fares; Renilda do Rosário Moreira Rodrigues Bastos; Vasti da Silva Araújo; Estudantes Anastácia Yves; Édne Wagner Ribeiro Maués; Jamile Vanessa Soares da Cruz; Jéssica Soares; Lucas Bona; Raquel Minervino de Carvalho Bisneta Realização:CUMA/CCSE/PROEX/PROGRAD/PROPESP/UEPA/FAPESPA Colaboradores Todos os demais integrantes do CUMA 3 REALIZAÇÃO: PESPA CUMA/CCSE/PROEX/PROGRAD/PROPESP/UEPA/FA- [...] Estranho desaparecimento, esse da leitura em voz alta. O que é que Dostoievski teria pensado disso? E Flaubert? Não se tem mais direito de por as palavras na boca antes de enfiá-las na cabeça? Não há mais ouvidos? Nem música? Nem saliva? Nem gosto nas palavras? E além de tudo e ainda mais! Será que Flaubert não se pôs a gritar (até fazer explodir os tímpanos), seu Madame Bovary? Será que ele não está definitivamente mais bem equipado do que qualquer outro para saber que a inteligência do texto passa pelo som das palavras, lá onde se faz a fusão dos seus sentidos? Será que não é ele que sabe, como ninguém mais, ele que tanto brigou com a música intempestiva das sílabas, a tirania das cadências, que o sentido é algo que se pronuncia? O quê? Textos mudos para puros espíritos? A mim, Rabelais! A mim, Flaubert! Dostô! Kafka! Dickens!, a mim! Venham dar um sopro a nossos livros! Nossas palavras precisam de corpos! Nossos livros precisam de vida! É verdade que o silêncio do texto é confortável... não se arrisca a morte, como Dickens, a quem os médicos pediam que calasse enfim seus romances... o texto e cada um... todas essas palavras amordaçadas na amolecida cozinha de nossa inteligência... como pode se sentir alguém nessa silencioso tricotar de nossos comentários! ... e além disso, julgando o livro à parte, a sós, não se corre o risco de ser julgado por ele..., é que, desde que a vos se mistura, o livro diz muito sobre seu leitor... o livro diz tudo. O homem que lê de viva voz se expõe totalmente. Se não sabe o que lê, ele é ignorante de suas palavras, é uma miséria, e isso se percebe. Se se recusa a habitar sua leitura, as palavras tornam-se letras mortas, e isso se sente. Se satura o texto com a sua presença, o autor se retrai, é um número de circo, e isso se vê. O homem que lê de viva voz se expõe totalmente aos olhos que o escutam. Se ele lê verdadeiramente, põe nisso todo seu saber, dominando seu prazer, se sua leitura é um ato de simpatia pelo auditório como pelo texto e seu autor, se consegue fazer entender a necessidade de escrever, acordando nossas mais obscuras necessidades de compreender, então os livros se abrem para ele e a multidão daqueles que se acreditavam excluídos da leitura vai se precipitar atrás dele. Daniel Pennac 4 SEMINÁRIO DO CUMA 2010/ ANO V: AVALIAÇÃO E PROSPECÇÃO CADERNO DE RESUMOS E PROGRAMAÇÃO BELÉM, 02/12/2010 ___________________________________________________________________ O Seminário Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA) 2010: Avaliação e prospecção, realizado no dia 02.12.2010, no Centro de Ciências Sociais da UEPA, objetiva apresentar, discutir e avaliar a produção intelectual do CUMA desenvolvida no ano de 2010, além de buscar construir perspectivas de ações para o ano de 2011, a fim de consolidar os esforços em estabelecer e efetivar o fazer acadêmico no que diz respeito ao ensino, pesquisa e extensão. Assim sendo, essa produção é constituída por trabalhos de extensão, ensino e pesquisa e envolve alunos da Iniciação Científica e de Pós - Graduação strito e lato sensu e professores da instituição. Trata-se, portanto, de um mutirão intelectual no qual se intenta dar visibilidade ao esforço despendido por alunos e professores vinculados ao CUMA no ano em curso. SUMÁRIO I. CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS: RESUMO, OBJETIVOS, LINHAS DE PESQUISA II. PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS 2010: AVALIAÇÃO E PROSPECÇÃO. III. RESUMO DOS PROJETOS IV. CURRÍCULO DOS PESQUISADORES V. PARTICIPANTES DO CUMA 5 I. CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS - CUMA (Grupo de Pesquisa) Culturas e Memórias Amazônicas é um grupo de estudos e pesquisas registrado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Estado do Pará. Tem como objetivo central promover estudos, debates e pesquisas acerca de temas relacionados às memórias amazônicas. O grupo, que congrega professores e alunos de diferentes cursos de graduação e pós-graduação da UEPA, está organizado visando construir redes entre diversos saberes amazônicos. Cultura, eixo temático, é entendida como amálgama de elementos materiais ou imaginários construídos ou modificados por homens e mulheres que dão forma às sociedades. Essa pluralidade cultural da região nos instiga a pensar o lugar das mesclas, os processos de mestiçagens, a crioulidade e herança indígena das gentes, com suas manifestações artísticas, religiosas e lingüísticas, entre outras. LINHAS DE PESQUISA DO GRUPO Diversidade Linguística: Focaliza a língua falada na região amazônica, que, como todas as línguas do mundo, não se apresenta de maneira uniforme, expressa a diversidade cultural por meio das variações lingüísticas, resguardando a identidade de um povo e sua história. Etnias e Identidades: Estuda, discute e investiga as marcas étnicas e as identidades brasileiras/amazônicas. A imersão neste tema implica nas discussões sobre pluralidade cultural, processos de mestiçagens, heranças indígenas, africanas e tantas outras existentes nas gentes amazônicas, bem como suas formas de manifestação. Fenômeno Religioso: Estuda, pesquisa e divulga a diversidade religiosa amazônica, por meio de temas como memória religiosa das sociedades tradicionais, a epistemologia do fenômeno religioso; os mitos religiosos indígenas, afro-descendentes, entre outros. Memória e História: Registra, preserva, documenta e (re)constrói as memórias de pessoas e grupos sociais que vivem no espaço cultural amazônico, desenhando cartografias sócio-afetivas por meio de depoimentos e demais vestígios da presença humana nas diversas temporalidades. Poéticas: Investiga e reúne textos de cultura amazônica, das diferentes expressões artísticas nas suas formas tradicionais e contemporâneas, com vistas à elaboração de cartografias de estudos na área, bem como a construção e divulgação de experiências estéticas. Audiovisual: A linguagem e a expressão cinematográfica. Cinema: das origens à atualidade. Estéticas e Movimentos Cinematográficos. O Brasil e a cultura cinematográfica. A produção cinematográfica na Amazônia. Cinema, infância e produção cultural. O cinema e a escola. Música: O estudo do binômio música e sociedade através de repertórios e da prática musical. As concepções estéticas de criação e interpretação musical, considerando sua recepção e capacidade de interagir com as demais práticas culturais e educacionais. 6 II. PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS 2010 /ANO V: AVALIAÇÃO E PROSPECÇÃO 02/12/2010, na Sala de Recitais, CCSE/UEPA, de 8 às 18 h. O SEMINÁRIO CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS 2010: avaliação e prospecção objetiva apresentar, discutir, avaliar, em forma de mesas redondas e comunicações, a produção de alunos e professores vinculados ao Grupo de Estudos e Pesquisas Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA), nas áreas de ensino pesquisa e extensão, bem como planejar as atividades para 2011. SEMINÁRIO CUMA 2010 – ANO V SEMINÁRIO CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS 2010 /ANO V: AVALIAÇÃO E PROSPECÇÃO 02/12/2010, na Sala de Recitais, CCSE/UEPA, de 8 às 18 h. O SEMINÁRIO CULTURAS E MEMÓRIAS AMAZÔNICAS 2010/ANO V: avaliação e prospecção objetiva apresentar, discutir, avaliar, em forma de mesas redondas e comunicações, a produção de alunos e professores vinculados ao Grupo de Estudos e Pesquisas Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA), nas áreas de ensino pesquisa e extensão, bem como planejar as atividades para 2011. SEMINÁRIO CUMA 2010 – ANO V PROGRAMAÇÃO 02/11/10 08h00min às 09h00min- Credenciamento 09h00min- Abertura 09h15min Mesa 1: Panorama das pesquisas, extensão, iniciação científica de cada linha Poéticas, Diversidade Linguística, Etnias e Identidades, Memória e História, Audiovisual e Música. Profs. Josebel Akel Fares, Jessiléia Guimarães Eiró, Nazaré Cristina Carvalho, Venize Nazaré Ramos Rodrigues, Marco Antônio Camelo, Joelciléia de Lima Ayres Santiago. Coordenação: Profa. Dra. Renilda do Rosário Moreira Rodrigues Bastos 10h00min – NOTÍCIAS DE PROJETOS DE PESQUISA Mesa 2: Memórias de Mestre I Por uma cartografia da cidade: hologramas teóricos – Profa. Dra. Josebel Akel Fares; Cidade dos Mestres: representações de Belém em meados do século XX - Profa. Msc. Venize Nazaré Ramos Rodrigues; O cotidiano do professor como profissional da educação - Profa. Dra. Maria do P. Socorro Gomes Avelino França; Memória, cotidiano e prática pedagógica do professor (a): o contexto educacional da cidade de Belém/ Pa - Profa. Dra. Tânia Regina Lobato dos Santos; A política na vida dos mestres 7 - Profa. Dra. Denise Simões Rodrigues. Coordenação: Profa. Ms. Jessiléia Guimarães Eiró 11h00min Mesa 3: Memórias de Mestre II Interfaces da leitura em narrativas dos professores - Profas. Esps. Joséa de Oliveira Fares/UEPA e Maria do Socorro Pereira Lima/SEMEC/ SEDUC; Reminiscências da arte de narrar: dos intérpretes ouvintes aos intérpretes contadores- Profa. Thamia Alvarenga Prado; Memórias de leituras: a formação do prazer de ler-Prof. Wanderley Ferreira Macedo Junior e Jamile Vanessa Soares da Cruz; Lembranças do carnaval de antigamente- Profa. Glenda Marinho. Coordenação: Profa. Dra. Josebel Akel Fares 12h00min Mesa 4: Identidade Cultural e Educação Intercultural na Amazônia Observatório da educação escolar indígena - Profª. Dra. Joelma C. P. Monteiro Alencar. O imaginário e a ludicidade de crianças remanescentes de quilombos da Amazônia - Profa. Dra. Nazaré Cristina Carvalho; As três margens do rio: travessias, memórias e histórias do bairro Alto / Curuçá- PA - Profa. Dra. Renilda do Rosário Moreira Rodrigues Bastos; Tensões e identidades quilombolas: entrevistando professores de escolas do Quilombo de Jambuaçu – Moju (PA) - Profa. Ms. Ana D’Arc Martins Azevedo (Doutoranda do PPGED- PUC/SP). Coordenação: Profa. Ms. Venize Nazaré Ramos Rodrigues 13h00min - Almoço 14h00min Mesa 5: Identidade Cultural, Poéticas e Ensino Currículo, prática pedagógica e literatura de expressão amazônica – Prof. Dr. Marco Antônio da Costa Camelo; A obra de Dalcídio Jurandir e o romance moderno - Prof. Ms. Wenceslau Otero Alonso Jr.; Bairro e Memória: Umarizal em relato de velhos - Profa. Ms. Venize Nazaré Ramos Rodrigues; Referências musicais em Bruno batuque- Prof. Ms. Urubatan Ferreira de Castro. Coordenação: Profa. Dra. Nazaré Cristina Carvalho PROJETOS DE MESTRADO, DE ESPECIALIZAÇÃO E DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA 15h00min Mesa 6: Imaginário, oralidade e os intercâmbios culturais na escritura literária de Milton Hatoum - Danieli dos Santos Pimentel(UEPA/PPGED/CUMA). O erotis- 8 mo masculino em jogo- Prof. Wellingson Valente dos Reis e Profª. Dra. Renilda do Rosário Moreira Bastos (Or.); Oralidade, Escrita e Memória: os contadores de histórias e as narrativas recifenses do século XXI - Profª. Lylian José Félix da Silva Cabral. O Percurso Dialógico da Criação Estética em Quarto de Hora - Leomir Silva de Carvalho. A memória da literatura de cordel: recepção e ensino. Camila da Fonsêca Aranha; Márcio Franco Barroso; Rebeca Luíza Abreu Pereira; Profª. Dra. Josebel Akel Fares e Prof. Ms. Denis Bezerra (Ors.);Variedades, miscelânea, literatura e folhetim: Rodapés de práticas literárias no jornal O Diário de BelémEmídio Bahia Coordenação: Profa. Ms. Jessiléia Guimarães Eiró PROJETOS DE EXTENSÃO 16h00mim Mesa 7: Arte e educação em contextos formais e não formais Leitura e memória- Profa. Ms.Vasti Araújo & Profa. Esp.Joseá Fares; Interletras- Prof. Ms, Wenceslau Otero Alonso Júnior e Profa. Ms. Jessiléia Guimarães Eiró; Sentidos da Cultura - Profª Dra. Nazaré Cristina Carvalho& Profª Dra.Josebel Akel Fares; Quinta no Quintal – Profª Dra.Josebel Akel Fares & Prof. Denis Bezerra; Saúde e Alegria - Profa. Ms.Eliana Cutrim Coordenação: Profa. Ms. Rosana Siqueira de Carvalho 17h00min – AVALIAÇÃO E PERSPECTIVAS DO CUMA PARA 2011 Roda de Conversa III. RESUMOS PANORAMA DAS AÇÕES DE PESQUISAS, EXTENSÃO, INICIAÇÃO CIENTÍFICA DE CADA LINHA DO CUMA A mesa contará sobre o trabalho do CUMA nestes sete anos de existência. A produção do grupo será apresentada pelos articuladores das seis linhas de pesquisa - Diversidade Linguística, Etnias e Identidades, Memória e História, Poéticas, Audiovisual e Música -, por meio de um roteiro que inclui os objetivos, os participantes (professores e alunos), os projetos concluídos e em andamento em pesquisa, iniciação científica, extensão e ensino. Finalizará avaliando as repercussões do grupo na comunidade acadêmica. As articuladoras das linhas são as professoras Jessiléia Guimarães Eiró, Nazaré Cristina Carvalho, Venize Rodrigues, Josebel Akel Fares, Marco Antonio Camelo e Joelciléia de Lima Ayres Santiago. 9 POR UMA CARTOGRAFIA DA CIDADE: HOLOGRAMAS TEÓRICOS Profa. Dra. Josebel Akel Fares/UEPA Resumo: Memória de Belém de Antigamente consiste em um programa de estudos sobre memórias, oralidades e paisagens urbanas, onde se inclui o Memória de Mestre: Belém antiga em narrativas de professores. Os projetos que compõem estas pesquisas têm como base teórica temas que vem sendo estudado desde 2004 pelo grupo de pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas. Assim, a cidade se viu desenhada pela voz da memória de pessoas que vivenciaram o período analisado. Os traços dos desenhos formam mapas da cultura e cartografam saberes em diferentes campos do conhecimento. A proposta deste artigo é constituir uma das bases teóricas necessárias ao aprimoramento da matéria: as cartografias. E, neste caso, o mapa não será construído pelas vozes dos intérpretes da cidade, mas por dois teóricos selecionados para fundamentar os estudos, ou seja, constituirei resenhas de dois textos que tem subsidiados discussões a respeito do tema, que agora são sistematizados. Palavras-chave: Cartografia da cidade. Belém Antiga. Memórias. CIDADE DOS MESTRES: REPRESENTAÇÕES DE BELÉM EM MEADOS DO SÉCULO XX Profa. Ms. Venize Nazaré Ramos Rodrigues/UEPA Resumo: Cabe-nos neste texto captar a cidade de Belém pelas vozes de diferentes pessoas que viveram no espaço e construíram relações singulares com a cidade e com as pessoas nos diferentes tempos de suas vidas. Pelas memórias dos professores a cidade é desvelada e revelada amplamente, possibilitando captar suas pulsações através das narrativas dos intérpretes, das suas experiências individuais e coletivas e do diálogo entre história vivida, história representada e história narrada. Belém é percebida assim por sujeitos concretos que longe de serem personagens de papel, panos de fundo das explicações históricas, são pessoas com nomes, endereços e profissões, pessoas que viveram, trabalharam, sonharam, choraram, teceram esperanças e relações com a cidade, com familiares, com amigos, com alunos e com companheiros de ofício, e cujas reminiscências tornam possível desenhar imagens da cidade através da costura de fragmentos deste passado. Palavras-chave: Mestres. Passado. Memórias. 10 O COTIDIANO DO PROFESSOR COMO PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO Profa. Dra. Maria do P. Socorro Gomes Avelino França/UEPA Resumo: O recorte deste texto fala do cotidiano do professor em relação a sua atividade docente. Estrutura-se a partir da análise da escolha da profissão, influenciada pela família, professores marcantes ou por desejo pessoal, atenta aos procedimentos de ensino e recursos didáticos. Entre outras questões abordadas neste aspecto está a formação dos professores: para ensinar no primário era necessário ter o diploma de normalista, todavia o número de professores leigos era muito grande; para ensinar disciplinas no ginásio, científico ou clássico era necessário o curso em nível superior, porém existiam muitos advogados como professores de português, engenheiros lecionando matemática, médicos e outros profissionais da área da saúde ministrando aulas de ciências. Sobre a questão salarial do professor, contam que mesmo os salários não sendo altos, atendiam as necessidades básicas da época. Em muitos casos, os empregos eram por indicação, não havia nem um processo seletivo. O uniforme era obrigatório na época do governador Magalhães Barata, mas mesmo sem esta obrigação sempre foi exigido dos professores um comportamento exemplar, daí porque as mulheres não deveriam usar minissaia, decotes, calças compridas e os homens usavam paletó e gravata, posteriormente, substituídos pelas batas. Assim se constroi a história do cotidiano do professor no exercício de suas funções. Palavras-chave: Profissional da Educação. Cotidiano. Memórias. MEMÓRIA, COTIDIANO E PRÁTICA PEDAGÓGICA DO PROFESSOR (A): O CONTEXTO EDUCACIONAL DA CIDADE DE BELÉM/ PA Profa. Dra. Tânia Regina Lobato dos Santos/UEPA Resumo: Este recorte corresponde à análise do cotidiano do professor e as práticas pedagógicas, que marcaram a década de 1940 a 1960, no contexto educacional de Belém, de acordo com as narrativas orais dos entrevistados. Um dos itens bastante significativo da pesquisa, pois envolve a prática referente à docência, avaliação, métodos de ensino, castigos e prêmios, rotina da sala de aula, processo de formação, ou seja, diz respeito diretamente ao saber fazer do professor e ao processo de ensino e aprendizagem no âmbito de sala de aula. Sendo assim, o artigo apresenta dados referentes à concepção do professor do processo educativo, a sua atuação no espaço de sala de aula, bem como relação professor- aluno- aluno, entre outros aspectos narrados nas entrevistas. Palavras-chave: Prática Pedagógica. Narrativas Orais. Memórias. 11 A POLÍTICA NA VIDA DOS MESTRES Profa. Dra. Denise Simões Rodrigues/UEPA Resumo: Este artigo é fruto de uma pesquisa mais ampla sobre a memória de mestres, onde se coletaram narrativas com o objetivo de desvendar os detalhes do cotidiano da cidade de Belém, no século passado, a partir do olhar desses antigos professores de educação básica. O foco específico deste trabalho é elucidar o conceito desses personagens sobre o que constitui a política e analisar os níveis de sua participação nos movimentos e suas interfaces com a vida em Belém entre 1940-1985. Considerando-se a idade máxima dos entrevistados (70 anos), foram selecionados estes momentos históricos delimitadores: a ditadura de Vargas, a breve democracia que a sucede e é suprimida pelo golpe que deu origem à ditadura militar. Palavras-chave: Política. Mestre. Memórias. INTERFACES DA LEITURA EM NARRATIVAS DOS PROFESSORES Profa. Esp. Joséa de Oliveira Fares/UEPA Profa. Ms. Maria do Socorro Pereira Lima/SEMEC/ SEDUC Resumo: O artigo discorre sobre as formas de apropriação da leitura pelos intérpretes do projeto Memória de Mestre: Belém antiga nas narrativas de professores de educação básica, correspondente aos anos 1940 a 1960. Consoante a esse período, o recorte se detém em narrar o processo ensino-aprendizagem da leitura nas escolas, na família e demais ambientes em que esses intérpretes viveram e trabalharam como professores, bem como os suportes de leitura que circulavam e as interfaces que permeavam o acesso aos livros e demais objetos de leitura nesse contexto. Palavras-chave: Leitura. Narrativas de Professores. Memórias. REMINISCÊNCIAS DA ARTE DE NARRAR: DOS INTÉRPRETES OUVINTES AOS INTÉRPRETES CONTADORES Profa. Thamia Alvarenga Prado Resumo: Dentre as formas verbais expressas pelos narradores do Projeto, este texto preocupa-se em discutir os processos de transmissão e recepção das poéticas orais. Assim, se analisa questões relativas à Leitura da Voz, que implica em apresentar uma das maneiras de formar leitores, por isso as professoras sempre se identificam como contadoras de histórias. Os intérpretes trazem ainda os repertórios narrados e ouvidos na infância, os narradores que marcaram suas famílias e vizinhança, estudam-se os tipos de contadores com base em teóricos medievalistas e da história cultural. Além de tratar da performance e da impossibilidade de registro e da repetição de uma mesma história: a performance é única. Palavras-chave: Narradores. Intérpretes Ouvintes. Intérpretes Contadores. 12 MEMÓRIAS DE LEITURAS: A FORMAÇÃO DO PRAZER DE LER Wanderley Ferreira Macedo Junior Jamile Vanessa Soares da Cruz Resumo: O artigo pretende expor a relação do leitor com os livros, e o universo mágico para qual somos transportados por estes simples objetos, a leitura. Ao ouvir os relatos dos intérpretes é possível perceber os diferentes momentos em que estes tiveram os primeiros contatos com a leitura, seja por influência da escola, familiares, amigos e até mesmo a falta de outros entretenimentos. A experiência dos entrevistados com a leitura, tanto como alunos e como professores, é aqui estudada para melhor compreender de que maneira a leitura era inserida por meio destes no decorrer de suas aulas, e de que forma a leitura auxiliou no aprendizado. Palavras-chave: Leitura. Prazer. Memórias. LEMBRANÇAS DO CARNAVAL DE ANTIGAMENTE Profa. Glenda Marinho Resumo: Antigamente na Belém que ainda não tinha a sua paisagem tomada por vários edifícios, na época carnavalesca era possível que, de repente, alguém tivesse a casa preenchida por amigos dispostos a pular carnaval. De surpresa e até com banda de música, se fazia os famosos “assustados”. Outras maneiras de se divertir durante este período eram as festas no diversos clubes da cidade ou as batalhes de confete e apresentação dos blocos na Praça da República. Expor e compor um quadro do carnaval do passado, por meio das memórias dos professores intérpretes do projeto Memória de Mestre: Belém antiga nas narrativas de professores de educação básica são os objetivos deste trabalho. Palavras-chave: Carnaval. Passado. Memória. OBSERVATÓRIO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA Profª. Dra. Joelma C. P. Monteiro Alencar/UEPA Resumo: O Observatório da Educação Escolar Indígena é um projeto, em regime colaborativo institucional entre UEPA, UFPA e UFRA, aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES, em 2009, vinculado na UEPA ao Grupo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas – CUMA. As áreas temáticas abordadas são: Escola Indígena, Gestão e Territorialidade; Educação Escolar Indígena, Processos Educacionais e Tecnologias de Ensino; Educação Escolar Indígena e Etnodesenvolvimento. Tais áreas temáticas orientaram este projeto na intenção de investigar os saberes e as práticas de educação que ocorrem no Território Etnoeducacional Tupi/Tembé, particularmente, com os povos Tembé, Anambé, Kaiapó e Asurini do Trocará, haja 13 vista que, estudos sobre a educação escolar indígena (Gallois, 2001; Paes, 2003; Bonin, 2008, entre outros) tem demonstrado que, historicamente, o modelo de escola assimilado pelos povos indígenas é, na maioria das vezes, homogeneizante e etnocêntrico, o que dificulta a efetivação das conquistas legitimadas por lei que de outro modo pretendem direcionar as práticas pedagógicas sob os alicerces de uma educação diferenciada, específica e intercultural. Os Territórios Etnoeducacionais são entendidos como espaços, mesmo que descontínuos, ocupados por povos indígenas que mantenham relações caracterizadas por raízes sociais históricas, relações políticas e econômicas, filiações lingüísticas, valores e práticas culturais compartilhados. Apesar das mudanças exigidas desde a Constituição de 1988, percebe-se que o modelo de desenho curricular, o calendário escolar e outros aspectos de organização escolar e de realização dos processos de ensino e aprendizagem dos alunos indígenas pautados nos modelos tradicionais da educação não indígena, tem traduzido certos diálogos entre os saberes indígenas e os saberes da escola ocidental, que são cotidianamente manifestados nas práticas de educação da escola indígena e acabam refletindo fora dela. Compreender esses diálogos considerando a relação entre a educação indígena (saberes ancestrais/tradicionais) e a educação escolar indígena (saberes indígenas e não indígenas) torna-se fundamental para entender qual a dinâmica da formação do ser índio. Visto que, esses diálogos tanto podem significar uma tendência à submissão e à rendição na homogeneização cultural dos povos quanto representar um espaço de resistência a este processo de dominação. De cunho interdisciplinar, com participação de professores-orientadores e bolsistas das áreas da Pedagogia, Letras, Ciências Sociais, Educação Física, Ciências da Religião e Música, pretende-se com as atividades deste projeto fomentar o desenvolvimento de estudos e pesquisas em educação escolar indígena, que explorem e articulem as bases de dados do INEP, visando estimular a produção acadêmica sobre o tema, assim como, fortalecer a formação de profissionais da educação básica intercultural indígena, professores e gestores, dos e para o Território Etnoeducacional Tupi. Palavras-chave: Educação Escolar Indígena. Território Etnoeducacional. Tupi. O IMAGINÁRIO E A LUDICIDADE DE CRIANÇAS REMANESCENTES DE QUILOMBOS DA AMAZÔNIA Profa. Dra. Nazaré Cristina Carvalho (Coordenadora)/UEPA; Profa. Dra Tânia Regina Lobato dos Santos/UEPA; Profa. Dra Maria das Graças Silva/UEPA. Resumo: Este projeto visa estudar o imaginário e a ludicidade de crianças remanescentes de quilombos da Amazônia, tendo como principal objetivo analisar os diversos aspectos que permeiam a ludicidade, enquanto uma das formas de expressão do imaginário social da criança quilombola, o modo como vivem e interagem com a cultura local. Em relação ao Imaginário Social, a ancoragem 14 terá como base os estudos de Durand (1997), Eliade (2000), Postic (1993). Em relação à ludicidade os estudos de Caillois (1990), Duvignaud (1997), Huizinga (1990), Schiller (1995) e outros autores. A questão de investigação: A ludicidade da criança quilombola apresenta elementos marcantes do imaginário afro-brasileiro? Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, que tem a ludicidade das crianças remanescentes de quilombo como ponto de partida, na qual está inserida a temática do imaginário e cultura afro-descendente amazônica e suas manifestações. A pesquisa a ser realizada terá como população alvo crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos de idade, que residem nas comunidades quilombolas do Macapazinho e Boa Vista do Itá, ambas localizadas no distrito de Caraparu, no município de Santa Isabel do Pará e que preservam traços característicos da cultura quilombola. Acreditamos que um estudo dentro deste contexto contribuirá para que se possa repensar a prática pedagógica exercida nas escolas, tomando como referencial o contexto cultural em que está inserida a criança quilombola, na perspectiva de uma aprendizagem significativa. Palavras-chave: Imaginário. Ludicidade. Criança Quilombola. AS TRÊS MARGENS DO RIO: TRAVESSIAS, MEMÓRIAS E HISTÓRIAS DO BAIRRO ALTO / CURUÇÁ- PA Profª. Dra. Renilda do Rosário Moreira Rodrigues Bastos/UEPA Resumo: Este projeto de tese de doutoramento em Ciências Sociais/ Antropologia, linha de pesquisa Populações Amazônicas: idéias e práticas sociais, traz um olhar antropológico sobre o Bairro Alto, também conhecido como bairro dos pretos em Curuçá. O estudo apresenta um trabalho de campo com moradores do Bairro Alto e da margem dos brancos, as narrativas orais são a fonte que dão tom à pesquisa, sua ancoragem no trabalho da memória. Na primeira parte, Travessias, discute-se o campo e o mundo físico, o bairro, e suas práticas sociais. A segunda, Memórias, analisa-se a relação entre brancos e negros, versões dos pretos sobre o bairro alto e sua relação com o resto da cidade. Nessa vinculação, debate-se as relações raciais; a teoria da figuração, bem como as questões de identidade e território. A terceira margem, Histórias, consiste nas narrativas sobre os encantados da água, do ar e do mato dos pretos e brancos, é onde os dois mundos sempre se encontraram. Palavras- chave: Poéticas. Memórias. História. Curuçá. TENSÕES E IDENTIDADES QUILOMBOLAS: ENTREVISTANDO PROFESSORES DE ESCOLAS DO QUILOMBO DE JAMBUAÇU – MOJU (PA) Ana D’Arc Martins Azevedo (Doutoranda do PPGED- PUC/SP) Orientador: Prof. Dr. Alípio Casali Resumo: Esta pesquisa de campo etnográfica e de abordagem qualitativa teve como objetivo geral conhecer a identidade quilombola de Jambuaçu – Moju (PA) e 15 as suas interfaces no âmbito das falas de 6 professores de 5 comunidades de Jambuaçu. O estudo utilizou-se de coleta de informações, a partir dos seguintes caminhos metodológicos: levantamento bibliográfico, entrevistas, com roteiro de perguntas abertas, observação direta e sistematização e análise dos dados coletados distribuído nos capítulos da pesquisa, por meio do agrupamento de aportes teóricos em torno de tensões e identidades quilombolas, a qual foi organizada na fase exploratória do estudo e redefinida a partir dos objetivos da pesquisa e da coleta dos dados. Diante desses caminhos, “mergulhei” em falas de 6 professores que trabalham em 5 escolas no Quilombo. Essas falas foram complementadas com entrevistas abertas realizadas com 11 moradores dessas 5 comunidades (aceitabilidade dos sujeitos e acessibilidade de transportes em transitar nas comunidades) que apresentam um perfil de envolvimento e de compromisso representativo em Jambuaçu, e com uma atividade escrita sobre a compreensão da identidade quilombola de Jambuçu realizada com 30 alunos. Os resultados parciais da pesquisa indicam que o Quilombo de Jambuaçu vivencia em seu cotidiano tensões com grandes empresas que ameaçam seus espaços geográficos. Nesse sentido, a identidade quilombola desse Quilombo, mostra-se provisória, variável e problemática (HALL, 2005), quando busca como tarefa vigilante e contínua, o autorreconhecimento de maneira coletiva (já são 14 comunidades tituladas, e uma comunidade está em tramitação, enquanto delimitação do território). Diante disso, este estudo, aponta uma política de identidade que busque de maneira processual e contínua, redefinir-se, inventar e reinventar a sua própria história, por meio de uma comunidade potentia (DUSSEL, 2007), e que, delimito no campo educacional, a consciência voltada para identidades de projeto (e não mais de pertença), enquanto percurso de movimento interminável e contínuo, cujos canais são os professores desse Quilombo, como sinal da identidade quilombola de Jambuaçu (BAUMAN, 2005). Palavras-chave: Tensões. Identidades. Quilombolas. Consciência. Projeto. Falas de Professores. CURRÍCULO, PRÁTICA PEDAGÓGICA E LITERATURA DE EXPRESSÃO AMAZÔNICA Prof. Dr. Marco Antônio da Costa Camelo/UEPA Resumo: A pesquisa visa analisar e compreender, a partir da perspectiva dos estudos curriculares e dos estudos sobre a prática pedagógica, os saberes e as práticas de professores do ensino fundamental e as matrizes curriculares de ensino propostas pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Belém-Pará, na perspectiva da literatura de expressão amazônica com textos de cunho infantil e juvenil. A investigação parte de duas questões orientadoras: Como a prática pedagógica de professores que atuam no ensino fundamental leva em consideração o ensino de literatura de expressão amazônica? As matrizes curriculares do ensino fundamental no município de Belém contemplam o ensino de literatura de expressão amazônica? Neste sentido, foi observada a prática pedagógica de professores do ensino fundamental de uma escola municipal de ciclos localizada no distrito 16 de Icoaraci (Belém-Pará), bem como foram analisadas as matrizes curriculares da SEMEC, com especial ênfase à literatura de expressão amazônica em sua modalidade infanto-juvenil. As questões mais específicas da pesquisa são: As matrizes curriculares, utilizadas no ensino fundamental do município de Belém, podem ser consideradas como o resultado de um modelo pedagógico que identifica os aspectos da literatura de expressão amazônica? Os elementos sócio-culturais diretamente relacionados ao universo literário amazônico no ensino fundamental são valorizados pelo professor? Se sim, como? Se não, por quê? A metodologia consiste, principalmente, de análise das matrizes curriculares e de observação do universo escolar. Os sujeitos da investigação são os professores que atuam na escola de ensino fundamental selecionada. As bases epistemológicas adotadas no estudo são fundamentadas nos seguintes autores: Antônio Flávio Moreira e Tomás Tadeu da Silva (estudos de currículo), Jean Claude Forquin, Walter Benjamin e Vera Candau (cultura e escola), Sônia Kramer, Ana Maria Machado, Marisa Lajolo, Regina Zilberman e Josebel Akel Fares (infância e produção literária). Palavras-chave: Currículo. Cultura Escolar. Diversidade Cultural. Literatura Amazônida. Cotidiano Escolar. A OBRA DE DALCÍDIO JURANDIR E O ROMANCE MODERNO Prof. Ms. Wenceslau Otero Alonso Jr./UEPA Resumo: A pesquisa sobre A Obra de Dalcídio Jurandir e o Romance Moderno entra em sua reta final. Os participantes elaboraram artigos sobre diversas obras do ciclo do extremonorte que brevemente serão publicados. O resultado a que chegaram os pesquisadores é o de que o romance de Dalcídio Jurandir ligase àquele tipo de modernidade que deriva da obra Os Loureiros estão Cortados de Edouard Dujardin, no que concerne ao uso do discurso indireto livre; no recurso à utilização da metáfora mais comumente encontrada na poesia pelo seu grau de criatividade, derivado, basicamente da obra de Marcel Proust, Em Busca do Tempo Perdido, e na tentativa de situar a narrativa mais no campo das impressões recordadas pe3los personagens do que no relato de fatos objetivamente registrados. Outros aspectos da modernidade da narrativa romanesca, como a influência da angústia positiva no comportamento das personagens, procedente das reflexões de Nietzsche; o tema da criação romanesca como base da estruturação do romance, isto é, o romance que tem por assunto o próprio romance; o tema da ausência de sentido existencial, ou ainda a desarticulação do tempo, do espaço e da estrutura da linguagem instrumental, nada disso se verifica na ficção de Dalcídio Jurandir. Deste modo, o nível de modernidade de suas obras filia-se ao das narrativas do final do século XIX e início do XX, estando distante dos procedimentos registrados nas obras de James Joyce, Ìtalo Svevo, Kafka e Virgínia Woolf, para citar apenas alguns dos autores mais contundentemente modernos, desde que associemos a estética moderna às tendências mais renovadoras do século XX. Palavras-chave: Dalcídio Jurandir. Romance Moderno. Narrativa. 17 BAIRRO E MEMÓRIA: UMARIZAL EM RELATO DE VELHOS Profª. Msc.Venize Nazaré Ramos Rodrigues/UEPA Resumo: Pesquisa em curso que tem como objetivo desenhar a cartografia, as permanências e as mudanças ocorridas no bairro do Umarizal ao longo do século XX, bairro que sofreu um processo de transformação intensa na sua fisionomia e organização sócio cultural espacial decorrente da intensa verticalização ocorrida em sua urdidura urbana. De um bairro habitado pelos pobres da cidade, com significativa presença de negros que imprimiam suas marcas naquele espaço urbano com seus costumes, suas festas e tradições religiosas encontra-se hoje um bairro marcado pela modernização excludente que substitui paulatinamente as casas de moradia por altos edifícios e estabelecimentos comerciais, expulsando antigos moradores e tradições que permanecem nas lembranças de um tempo que já se foi e na teimosa memória subjacente do cotidiano. A Metodologia da História Oral orienta a investigação e permite a seleção de narradores que (re)memoram suas vivências em Belém dos meados do século XX, a partir de um roteiro que possibilita mediar suas lembranças a partir dos objetivos da pesquisa, seguindo o fio condutor das memórias em suas diversas temporalidades. Recorre-se também a fontes arquivísticas, mapas, jornais, fotografias, documentos oficiais, revistas. A pesquisa contribui para compreender a vida na cidade e as questões urbanas a partir dos sujeitos históricos, fazendo ponte entre a história individual e a história coletiva. Palavras-chave: História Oral. Memória. Bairro do Umarizal. REFERÊNCIAS MUSICAIS EM BRUNO BATUQUE Prof. Ms. Urubatan Ferreira de Castro/UEPA Resumo: A pesquisa “Referências Musicais em Bruno Batuque” busca fazer reflexões a respeito das abordagens musicais presente na poética literária da obra Bartuque de Bruno de Menezes; com enfoque em questões musicais que dizem respeito aos gêneros: batuque, lundum, jongo, carimbó, samba, chorinho, maxixe, quadrilha, toada, acalanto, canto de trabalho, entrudo, ladainha. Intrumentos musicais como o tantã, tambor, pandeiro, ferrinho, banjo, guitarra,voz e o próprio corpo, dentre outros. Manifestações tradicionais da Festa do Divino, Marujada, São João e cordões de bumbás, além dos aspectos musicais formais. Palavras-chave: Bruno. Música. Gêneros. Formas. 18 PROJETOS DE MESTRADO, DE ESPECIALIZAÇÃO E DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA IMAGINÁRIO, ORALIDADE E OS INTERCÂMBIOS CULTURAIS NA ESCRITURA LITERÁRIA DE MILTON HATOUM Danieli dos Santos Pimentel(UEPA/PPGED/CUMA) Resumo: Na história da literatura amazônica, foram muitos os escritores que lançaram mão do material narrativo mítico de que dispõe o “acervo” simbólico e imaginário da região, reelaborado esteticamente para o contexto da tradição romanesca moderna e contemporânea. Entre esses escritores se destaca o escritor amazonense Milton Hatoum. Sua obra traça uma abordagem histórica, social e cultural da Amazônica, além de apresentar temas que trazem para a discussão não apenas a tradição mítico-lendária da referida região, mas questões que envolvem o “saber local” e aspectos de intercâmbios entre as culturas, em que figura a mitopoética do cancioneiro popular amazônico, além matrizes orais de outras tradições culturais incorporadas ao enredo, sobretudo, de Órfãos do Eldorado (2008). Nesse sentido, a proposta de nosso trabalho toma como base o estudo do imaginário amazônico presente nas matrizes poéticas da oralidade, acercando-se ainda de conhecimentos relacionados ao estudo das práticas identitárias, da cultura que envolve a educação a partir da oralidade e do “saber local”, questões relevantes que devem ser adotadas em práticas cotidianas de educandos e leitores, tendo como um norteador o texto literário. Palavras-chave: Imaginário; Oralidade; Educação. O EROTISMO MASCULINO EM JOGO Prof. Wellingson Valente dos Reis Orientadora: Profª. Dra. Renilda do R. M. Bastos Resumo: Este trabalho visa analisar o erotismo nos contos “Tatá” e “Alice” dos escritores Haroldo Maranhão e Rubem Fonseca. A proposta dessa análise é mostrar como os escritores jogam com o erotismo masculino na hora da criação de suas histórias. Para isso, inicio este jogo com as suas regras, e tento delimitar a noção de erótico e pornográfico, em seguida, enfoco a experiência dos jogadores (Haroldo Maranhão e Rubem Fonseca) na arte do erotismo. Depois passo para o jogo em si, na qual analiso o desejo e a fantasia erótica masculina presente em cada conto, focalizando o perigo e a irresponsabilidade presente na realização destas fantasias, por último temos uma análise das jogadoras (Tatá e Alice) destes contos, mostro que elas também dão as cartas, pois em vários momentos elas assumem o papel de dominadoras da relação, mostrando uma representação da mulher por um olhar do homem (erotismo masculino), pois 19 estas atitudes não combinam com as atitudes do erotismo feminino. Entre os autores que dialogo para este trabalho temos: Francesco Alberoni (1988), Georges Bataille (1987), Alfredo Bosi (1997), Rodolfo Franconi (1997), Nilse Chiapetti (2002), Jonathan Culler (1999), entre outros. Palavras-chave: Erotismo Masculino, Fantasia, Haroldo Maranhão, Iniciação sexual, Rubem Fonseca. ORALIDADE, ESCRITA E MEMÓRIA: OS CONTADORES DE HISTÓRIAS E AS NARRATIVAS RECIFENSES DO SÉCULO XXI Orientador: Prof. Alexandre Furtado Profª. Lylian José Félix da Silva Cabral Resumo: A presente pesquisa faz parte do programa de Especialização em Cultura Pernambucana do Departamento de Letras, promovido pela Faculdade Frassinete do Recife(FAFIRE) e tem por escopo discutir, como os de contadores de histórias estão presentes em sociedades urbanas consideradas modernas, já que inicialmente os espaços habitados por eles eram, em geral, o das sociedades ditas rurais. É possível que durante o desenvolvimento do projeto nos deparemos com uma infinidade de tipos de contadores de história, desde os mais tradicionais, como no caso dos cordelistas, que fazem parte do imaginário recifense, até os mais modernos com atitudes inovadoras, como os grupos de contadores que realizam atividade em escolas, hospitais e outros espaços desvencilhados dos educacionais. Também será possível discutir qual a verdadeira essência dos contadores de histórias e como os meios de comunicação atuais influenciam as suas performances e narrativas, além de detectar os pontos de convergências e divergências que existem entre oralidade e escrita. A pesquisa será embasada em teóricos que abordam às temáticas da memória, oralidade e escrita como, Paul Zumthor, Walter Benjamin, Gaston Bachelard, Henri Bergson, Maurice Halbwachs, Robert Darnton, além de outros como Stuart Hall, Zilá Bernd e Edouard Glissant, que discutem como através das narrativas(orais e escritas) se constituem o imaginário e a identidade de determinada sociedade. Palavras-chave: Oralidade, Escrita, Memória, Contadores de história, Imaginário. O PERCURSO DIALÓGICO DA CRIAÇÃO ESTÉTICA EM QUARTO DE HORA Leomir Silva de Carvalho Resumo: “O percurso dialógico da criação estética em Quarto de Hora” é um trabalho que se constituiu acerca do estudo do conto Quarto de Hora de Maria Lúcia Medeiros a partir da relação entre Bakhtin (2003) e Eco (1991) no que tange a criação estética. O objetivo central do trabalho foi analisar as implicações 20 conceituais atribuídas a autor e personagem (o eu e o outro) segundo a perspectiva bakhtiniana e estudar a relação obra-fruidor tecida por Eco como caráter inerente às poéticas contemporâneas de cunho “aberto”. O trabalho estabelece ainda um breve panorama acerca da escrita de Medeiros, utilizando os critérios da universalidade e contemporaneidade, fundamentados nas idéias de Moisés (2006) e Gotlib (1999) e para tal utiliza como exemplo os contos Mater Dolorosa, Em todos os sentidos, Noche oscura, Jogo de damas e Chuvas e trovoadas. Por fim, o trabalho constituiu-se de um estudo documental, de caráter exploratório que utilizou como método de abordagem o dialético e como método de procedimento o comparativo segundo Lakatos & Marconi (2007). Buscou-se contribuir com o estudo da obra de Medeiros, em particular o conto Quarto de Hora no que concerne ao fenômeno estético e estabelecer um paralelo entre Bakhtin e Eco acerca da criação estética como evento que inclui seres exteriores a obra, capazes de nela se inscrever por meio da atividade criativa. A MEMÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL: RECEPÇÃO E ENSINO Camila da Fonsêca Aranha; Márcio Franco Barroso; Rebeca Luíza Abreu Pereira/UEPA Orientandora: Profª. Dra. Josebel Akel Fares/UEPA Resumo: Ao longo das observações feitas nas aulas de Atividades Práticas de Docência, no curso de licenciatura em Letras da UEPA, e da experiência que a sala de aula nos proporcionou ao nos inserir no contexto escolar, tivemos conhecimento do ensino tradicional de literatura, focado somente em cumprir o programa curricular da escola e, em alguns casos, despertar algum interesse literário no aluno. O programa não contempla a modalidade popular da literatura, fator que suscitou em nós a necessidade de desenvolver uma pesquisa voltada para a literatura de cordel (principalmente a amazônica) sob a perspectiva da Estética da Recepção. A partir disto, colocamos em discussão esta produção e a partir de questões sobre a literatura popular, verificamos como o aluno recebe e se identifica com esta literatura, e como a escola auxilia na percepção da literatura pelo aluno. Tais questões convergem para um questionamento mais abrangente de nosso projeto: os processos de recepção dessa produção literária, na 2ª série do Ensino Médio, e como isso pode auxiliar no ensino dessa literatura pelos discentes. Palavras-chave: Leitura. Literatura de Cordel. Estética da Recepção. VARIEDADES, MISCELÂNEA, LITERATURA E FOLHETIM: RODAPÉS DE PRÁTICAS LITERÁRIAS NO JORNAL O DIÁRIO DE BELÉM Emídio Santos Bahia Orientadora: Profª Dra. Denise Simões O projeto acima intitulado, aprovado e financiado pela UEPA/FAPESPA tem por objetivos catalogar as produções literárias dos rodapés descritos e 21 analisar a importância do jornal O Diário de Belém à (in) formação do literário no século XIX. Pois esses rodapés foram amplamente utilizados como válvula de escape às produções intelectuais visto que segundo (Nadaf apud João Neto, 2002:11) publicar um livro era tarefa muito onerosa, e além de literato, o autor deveria ser rico ou ao menos bafejado nos círculos oficiais. Com relação à metodologia, opta-se pelo levantamento bibliográfico e documental como estratégia de coleta de dados quantitativos, onde se analisa o momento da produção, o veículo de difusão e a relação entre o jornal e a produção literária por meio de referentes teóricas de Antônio Cândido, Maria Sarges, Mártires Coelho, Nelson Sodré, Edgar Morin, Marlise Mayer e Yasmin Nadaf. Os resultados nos mostram a publicação de 148 textos literários entre 1868 e 1877, de autores diversos como Victor Hugo, Mendes Leal, Camilo Castelo Branco, dentre esses os locais como Carlos H. de Santa Helena Magno, Júlio Cesar e Vilhena Alves. Mostranos quão importante foi o jornal O Diário de Belém para a sua época, difundindo textos literários dos mais diferentes gêneros e autores, autores esses que contribuíram para a formação dum movimento literário no Grão-Pará. Ratificando a função do jornal como instrumento de (in) formação do literário no século XIX. Palavras-chave: Literatura. O Diário de Belém. (In) formação do literário. Século XIX. 22 PROJETOS DE EXTENSÃO LEITURA E MEMÓRIA Profª. Ms. Vasti da Silva Araújo/UEPA (coord.) Profª. Esp. Joséa de Oliveira Fares/UEPA Bolsistas: Édne Wagner Ribeiro Maués Raquel Minervino de Carvalho Bisneta. Resumo: O Grupo de Pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA), ligado ao Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará (UEPA) vem desenvolvendo ações, desde 2004, que tem como locus de atuação o “Asilo União Pia do Pão de Santo Antônio”. A partir da convivência com os idosos, por meio do Projeto de Pesquisa anterior, “Memórias da Belém de antigamente”, que possibilitou a realização de livro homônimo, notou-se a necessidade de um novo projeto que, além de continuar os estudos referentes à memória e à velhice, desenvolvesse um trabalho com a leitura em seu sentido amplo, tendo em vista a impossibilidade visual de grande parte dos idosos do “Pão”, já que muitos que contribuíram na feitura no livro mencionado não poderiam ler, eles próprios, o resultado final das entrevistas realizadas anteriormente, necessitando que alunos cumprissem esse dever (e prazer) de retribuir tudo aquilo que os moradores do asilo nos possibilitaram. Pensamos e criamos, assim, o projeto de extensão “Leitura e Memória”, que tem por função promover uma integração entre estudantes, professores e idosos do “Pão” por meio da leitura, em suas mais diversas possibilidades e desdobramentos, bem como proporcionar aos alunos envolvidos no projeto uma maior inserção no debate em torno da velhice e sua representação dentro das novas mídias e diferentes estéticas, como também compreender o processo da modificação do papel social do velho dentro da sociedade industrial contemporânea, em sua relação com o capitalismo e com os fenômenos do esquecimento e do silenciamento. Palavras-chave: Leitura. Memória. Idosos. INTERLETRAS 2010 Prof. Ms. Wenceslau Otero Alonso Jr./UEPA Profa. Ms. Jessiléia Guimarães Eiró/ UEPA Resumo: O Interletras 2010, na sua sétima versão, se propõe discutir uma temática que envolve dimensões, ao mesmo tempo, singulares, plurais e complementares no que tange às manifestações linguísticas e literárias na Amazônia e no mundo. Dessa feita, o tema deste ano, Local e Universal: faces e interfaces, torna muito oportuno discorrer sobre a pesquisa e sua contribuição para os estudos linguísticos e literários numa perspectiva de sua instauração local e universal, como essas dimensões se distinguem e como, em que circunstâncias, 23 elas se permeiam e quais as consequências disso para os estudos da área de Letras, tanto no que diz respeito à pesquisa, à extensão e ao ensino, o tripé de sustentação e diferencial do fazer acadêmico. Palavras-chave: Interletras 2010. Local. Universal. QUINTA NO QUINTAL Profª Dra Josebel Akel Fares; Prof.Ms. José Denis Bezerra; JamilleVanessa S. da Cruz (bolsista). O projeto foi criado com objetivo de promover atividades artístico-culturais de caráter formativo-reflexivo e de fruição à comunidade, desenvolve uma programação artística envolvendo variadas linguagens e com isto estabelece uma relação entre a fruição, a prática e a reflexão do fazer artístico. Pensou-se como espaço privilegiado para a execução dos programas a EDUEPA, todavia algumas vezes o projeto se dá fora deste local. O projeto previa a programação de atividades artístico-cultural no espaço do quintal da EDUEPA. As atividades aconteceriam uma vez por mês, a partir de maio de 2009 e cada atividade privilegiaria uma forma de expressão. Todavia, alterou-se esta metodologia de trabalho em função de questões relacionadas ao espaço e a natureza da atividade. O fato do CUMA desenvolver, desde 2007, o Projeto Sentidos da Cultura, um programa de debates de temas relacionados aos saberes amazônicos, considerou-se pertinente conjugar a ação de fruição ao debate. Assim, algumas ações do Quinta no Quintal tem se desenvolvido aliado ao projeto supra citado, ocorrendo as atividades artísticas, em geral, ou durante ou posteriormente ao evento. Assim, desenvolvemos a seguinte programação: Mestre Chico; O pássaro voa; Performance artística sobre a obra de Dalcídio Jurandir, Quinta do Gallo; Ruy 90. PROJETO SAÚDE E ALEGRIA Eliana Cutrim (UEPA/CUMA/NUART) Desde 2006, O Projeto Saúde e Alegria vem percorrendo os hospitais públicos e privados da cidade de Belém, com o objetivo de proporcionar aos pacientes a melhoria na sua qualidade de vida. O projeto tem como objetivo humanizar os ambientes hospitalares, por meio de apresentações musicais. O público alvo é o paciente que necessita de estímulo e motivação para adquirir suporte nos difíceis tratamentos de doenças muitas vezes incuráveis. Durante as récitas, o ouvinte aprecia a música instrumental ou vocal, em ambientes ao ar livre , salas especiais e auditórios. Os alunos e professores de música da UEPA e grupos convidados participam das apresentações, levando momentos de prazer para aqueles que necessitam elevar a sua auto-estima. Palavras Chaves: Saúde; Música; Alegria 24 IV. CURRÍCULO DOS PARTICIPANTES Ana D’Arc Martins de Azevedo. Possui graduação em PEDAGOGIA pela Universidade da Amazônia (1989), mestrado em Educação pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo (2001) e mestrado em Educação pela Universidade do Estado Pará (2007). Cursando atualmente doutorado em educação na PUC/SP. Atualmente é professora - Secretaria de Educação do Pará, Professora Assistente da UEPA, professora formadora de educação a distância - EAD (UFPA) e professora da Faculdade da Amazônia - FAMA. Atua na área de Educação principalmente nos seguintes temas: gestão escolar, gestão democrática, formação de professores, culturas locais, coordenação pedagógica, identidades culturais, currículo escolar, conhecimento das comunidades tradicionais, identidades e etnias, projeto pedagógico, cursos de pós-graduação em educação, populações afro-descendentes, tutoria de educação a distância, identidade quilombola. Camila Aranha. Graduanda em Letras/UEPA. Participante de Projetos de Iniciação Científica Denise de Souza Simões Rodrigues. Concluiu o doutorado na Universidade Federal do Ceará, defendendo em 2001 a tese Revolução Cabana e Construção da Identidade Amazônida. Foi professora adjunta da Universidade Federal do Pará e atualmente é professora efetiva da Universidade do Estado do Pará. Tem ampla experiência na área de ensino de graduação e pós-graduação, ministrando disciplinas sociológicas e orientando alunos de graduação e pósgraduação. Participou como membro em dois projetos de pesquisa na área de cultura educação popular entre 2004-2006; sobre memória e cidade a partir de 2008 e atualmente coordena um projeto voltado para análise das relações entre a sociedade e a história da educação na Amazônia. É membro do Núcleo de Educação Popular Paulo Freire do CCSE/UEPA, e lidera o grupo de pesquisa Sociedade, Ciência e Ideologia do CCSE/UEPA, onde se articulam vários projetos de pesquisa e extensão. Seus trabalhos atuais em Sociologia enfatizam a área da cultura, da educação popular e ambiental, do imaginário e da política, com um recorte teórico demarcado pelas concepções de Cornelius Castoriadis e Paulo Freire. Édne Wagner Ribeiro MauésGraduação em andamento em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), bolsista do Grupo de Pesquisa CUMA no projeto “Leitura e Memória” e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar Kairós - Pensamento da Arte e da Linguagem. Eliana Câmara Cutrim. Licenciada em Letras/UFPA, mestra em Ciências da Educação - Docência Universitária pelo Instituto Pedagógico Latino Americano e Caribeno (2000). É professora /UEPA e da UFPA, coordenadora do Núcleo de Arte e Cultura /UEPA. Tem experiência na área de Artes, com ênfase 25 em Instrumentação Musical (piano). Emidio Junior Santos Bahia - Discente da Graduação em Letras - Língua portuguesa, da Universidade do Estado do Pará (UEPA). Bolsista de Iniciação Científica. Glenda Regina da Cunha Marinho. Graduada do Curso de Letras/UEPA. Foi bolsista de Iniciação Científica. Jamile Vanessa Soares da Cruz. Aluna do Curso de Letras/UEPA. Bolsista de Iniciação Científica e de Projeto de Extensão Jessiléia Guimarães Eiró. Possui graduação em Licenciatura em Letras Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Pará (1998), graduação em Licenciatura em Letras - Língua Inglesa pela Universidade Federal do Pará (1999) e mestrado em Letras: Linguística e Teoria Literária pela Universidade Federal do Pará (2001). Atualmente, é professora Assistente-I da Universidade do Estado do Pará/Departamento de Língua e Literatura (DLLT). Coordena a linha de pesquisa Diversidade Linguística do grupo de pesquisa Culturas e Memórias Amazônicas (CUMA- UEPA). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Linguística, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de língua (português e inglês), linguística aplicada, história da linguística, análise do discurso, morfossintaxe e sociolinguística. Revisora e tradutora da revista COCAR e da EDUEPA. Joelciléa de Lima Ayres Santiago. Possui graduação em Pedagogia pela União das Escolas Superiores do Pará (1991); Especialização em Educação Musical pelo Conservatório Brasileiro de Música, RJ (1997) e Mestrado em Docência do Ensino Superior pelo Instituto Pedagógico Latino Americano e Caribenho (2001). Atualmente é Orientadora Educacional da Secretaria Executiva de Educação do Pará e Professora Assistente I da Universidade do Estado do Pará. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia da Educação, História da Educação, Educação Musical e Formação de Professores. Joelma Cristina Parente Monteiro Alencar. Possui Doutorado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN, Mestrado em Educação Física pela Universidade Gama Filho-UGF e Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade do Estado do Pará. É docente efetiva, desde 1995, na Universidade do Estado do Pará. Compõe também o quadro de docentes da Escola Superior da Amazônia (ESAMAZ). Ministra as disciplinas Técnicas de Estudo e Pesquisa, Pesquisa e Prática Pedagógica, Teoria e Metodologia da Pesquisa I e Teoria e Metodologia da Pesquisa II. Desenvolve estudos sobre corpo, cultura étnica e educação. José Denis de Oliveira Bezerra. Graduado em Letras/UEPA. Mestrando em Letras: Teoria Literária/ UFPA. Atualmente é professor de Literatura/UEPA. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Teatro. 26 Joséa de Oliveira Fares. Graduada em Pedagogia/UEPA (1993), especialista em Literatura Infantil Juvenil/PUC-MG (1996) e em Pré-Escolar pela UNAMA (1997). É professora da UEPA, professora e pesquisadora da Fundação Curro Velho, Consultora Pedagógica da FUNTELPA, programa Catalenda. Josebel Akel Fares. Doutora em Comunicação e Semiótica/PUC/ SP (2003), mestra em Letras: Teoria Literária/ UFPA (1997). É profª adjunto/UEPA, Departamento de Artes e Programa de Pós-Graduação (mestrado) em Educação. Estuda, publica e pesquisa na área de Artes/Literatura, principalmente temas ligados à Amazônia, como poéticas orais, cultura, literatura, educação e leitura. Coordena o grupo de pesquisa Culturas e memórias Amazônicas (CUMA/ UEPA) e participa do Centro de Estudos da Oralidade (PUC/SP); Estudos de Narrativas na Amazônia (UFPA), todos filiados ao Diretório dos Grupos de Pesquisa do Brasil (CNPQ). Membro de entidades científicas, tais como a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Letras e Lingüística (ANPOLL/ GT de Literatura Oral e Popular), a Associação de Pesquisa e Pós Graduação em Educação (ANPED) e a Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC). Larissa Leal Neves. Aluna do Curso de Letras/UEPA. Bolsista de Iniciação Científica. Leomir Carvalho. Graduado em Letras pela UEPA. Participou de Projeto de Iniciação Científica. Lívia Alexandra Negrão Braga. Graduada em Letras (Português e Francês)/UFPA. Mestre em Teoria Literária/UFPA. Doutoranda do Programa de Pós - Graduação em Ciências Sociais/ Antropologia/UFPA. Professora Efetiva da UEPA/DART. Lylian José Félix Cabral. Graduada em Letras/UEPA, cursa especialização. Foi bolsista de iniciação científica. Marco Antônio da Costa Camelo. Graduado em Letras/UFPA. Mestre em Letras: Teoria Literária/UFPA. Doutor em Educação/PUC-RJ. Professor Efetivo/UEPA. Márcio Franco Barroso. Aluno do Curso de Letras/UEPA. Bolsista de Iniciação Científica. Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Souza Avelino de França. Graduada em Pedagogia/ UFPA (1985), especialista em Orientação Educacional/ UFMG (1989), mestra em Educação (1997) e doutora em Educação (2004) /UNICAMP. É professor titular/UNAMA e Assistente III/UEPA. Tem experiência na área de Educação. Atua principalmente nos seguintes temas: Educação, História, Brasil. Maria do Socorro Pereira Lima. Licenciada em Letras/UFPA (1985), especialista em Lingüística Aplicada ao Ensino de Português pela PUC/MG (1994) e 27 em Administração Escolar/UNAMA (1996), aperfeiçoamento em Planejamento e Gestão do Desenvolvimento Regional/UFPA (2001) e Aperfeiçoamento em Psicopedagogia pelo Instituto de Aperfeiçoamento Politécnico da Amazônia (2003). Mestranda em Educação/UEPA. É professor da SEMEC/Belém e da SEDUC. Tem experiência na área de educação, com ênfase em Formação de Professores. Nazaré Cristina Carvalho. Graduada em Educação Física pela Fundação Educacional do Estado do Pará (1980) e em Ciências Sociais/UNESPA (1989), Mestra em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (1998) e Doutora em Educação Física e Cultura pela Universidade Gama Filho (2006). É professora assistente da UEPA, atua na graduação e integra o corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Educação, atuando na Linha de Pesquisa Saberes Culturais e Educação na Amazônia. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física e Cultura, atuando com os seguintes temas: jogos, brincadeiras, ludicidade, cultura, imaginário social, mitos, corporeidade e motricidade humana. É técnica da Secretaria de Estado de Educação do Pará. Raquel Minervino de Carvalho Bisneta. Graduação em andamento em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), bolsista do Grupo de Pesquisa CUMA no projeto “Leitura e Memória”. Rebeca Luíza Abreu Pereira. Aluna do curso de Letras/UEPA. Bolsista de Iniciação Científica do CNPq. Renilda do Rosário Moreira Rodrigues Bastos. Graduada em Letras/UEPA (1989), especialista em Literatura Infantil e Juvenil/ PUC (1992) e mestrE em Teoria Literária pela UFPA (1999). Doutoranda em Antropologia/ UFPA. É Professora Assistente III da UEPA. Tem experiência na área de Artes, atua principalmente nos seguintes temas: memória, oralidade, tradição. Tânia Regina Lobato dos Santos. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (1983), mestrado em Educação (Currículo) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1998) e doutorado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). É professora Adjunto III da Universidade do Estado do Pará e do Mestrado em Educação CCSE-UEPA. Coordena o Curso de Especialização em Educação Infantil na UEPA. Tem experiência na área de Educação especialmente com a formação de professores (inicial e continuada) e desenvolve pesquisa voltadas para políticas públicas e formação de professores, educação infantil, educação popular. Thamia Alvarenga Prado. Graduada do Curso de Letras/UEPA. Participa em projeto de pesquisa. Urubatan Ferreira de Castro. Graduado em Educação Artística, Habilitação 28 em Música pela Universidade Federal do Pará (1995). Especialista em Educação Musical pela Universidade Estadual do Pará (2003). Mestre em Artes Musicais - Musicologia pela Campbellsville University, com a dissertação Panorama do Piano na Sociedade Brasileira: De 1808 aos Primórdios do Século XX (2005). Já atuou como professor do Departamento de Composição, Literatura e Estruturação Musical da Universidade Federal da Bahia e do Departamento de Artes - Música da Universidade Federal do Pará. Atualmente é professor do Departamento de Artes da Universidade do Estado do Pará e profº e coordenador do Departamento de Música Sacra da Faculdade Teológica Batista Equatorial. Tem experiência na área de musicologia com ênfase em evolução da música brasileira colonial e monárquica, composição, piano, teoria musical e regência coral. Vasti da Silva Araújo. Graduada em Letras, mestre em Estudos Literários/ UFPA. É professora da SEDUC e da UEPA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira. Venize Nazaré Ramos Rodrigues. Graduada em Licenciatura em História/ UFPA (1969), especialista/ UFF (1987) e mestrado em Ciências da Educação pelo Instituto Pedagógico Latino Americano e Caribeno (2000). É Professora Assistente III/UEPA. Tem experiência na área de Educação. Atua nos temas: Cidadania, Metodologia de Ensino da História, Professor Investigador, Cultura Afro. Wanderley Ferreira Macedo Júnior. Graduando do Curso de Letras/UEPA. Participa como bolsista de projeto de pesquisa e de extensão. Wellingson Valente dos Reis. Graduado e especialista m Letras, foi bolsista da UEPA. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura, atuando principalmente nos temas: Sociedade, Literatura, Alfabetização, Letramento, Memória, Erotismo. Wenceslau Otero Alonso Junior. Licenciado em Língua e Literatura Vernáculas/UFPA (1973) e mestre em Letras (Lingüística e Teoria Literária)/UFPA (1992). É Professor Titular, Coordenador da Especialização em Letras da UEPA e Docência da Escola Superior Madre Celeste. Tem experiência na área de Artes. Atua principalmente nos temas: Autores Paraenses. Tematismo. Análise de Poemas. 29 V. PARTICIPANTES DO CUMA CADASTRADOS NO DIRETÓRIO DE GRUPOS DO CNPQ Grupo de Pesquisa Culturas e memórias amazônicas Indicadores do Identificação Recursos Humanos Linhas de Pesquisa Grupo Identificação Dados básicos Nome do grupo: Culturas e memórias amazônicas Status do grupo: certificado pela instituição Ano de formação: 2003 Data da última atualização: 30/11/2010 20:11 Líder(es) do grupo: Josebel Akel Fares Nazaré Cristina Carvalho Área predominante: Ciências Humanas; Educação Instituição: Universidade do Estado do Pará - UEPA órgão: Centro de Ciências Sociais e Educação Endereço Logradouro: Travessa Djalma Dutra, s/n Bairro: Telégrafo Cidade: Belém Telefone: 91- 40099539 Email: [email protected] Recursos humanos Pesquisadores Ana D’Arc Martins de Azevedo Ana Maria de Castro Souza Antonio do Socorro Ferreira Pinheiro Antonio Jorge Paraense da Paixão Carlos Augusto Pinheiro Souto Darcel Andrade Alves Denilson de Souza Silva Edwiges Conceição de Souza Fernandes Eliana Camara Cutrim Elielson de Souza Figueiredo Elisa Maria Pinheiro de Souza Fernando Jorge Santos Farias 30 Unidade: Departamento de Artes CEP: 66113-200 UF: PA Fax: 32447833 Home page: http://www.uepa.br Total: 39 Leopoldo Nogueira Santana Junior Lirian Daniela Martini Lívia Alexandra Negrão Braga Marco Antônio da Costa Camelo Maria do Perpétuo Socorro Cardoso da Silva Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Souza Avelino de França Maria do Socorro Pereira Lima Maria do Socorro Ribeiro Padinha Maria Roseli Sousa Santos Nazaré Cristina Carvalho - (líder) Renilda do Rosário Moreira Rodrigues Bastos Rosana Siqueira de Carvalho Isabel Cristina França dos Santos Rodrigues Jessiléia Guimarães Eiró João Colares da Mota Neto Joelciléa de Lima Ayres Santiago Joelma Cristina Parente Monteiro Alencar José Denis de Oliveira Bezerra José Williams da Silva Valentim Joséa de Oliveira Fares Josebel Akel Fares - (líder) Estudantes Ana Carolina Magno de Barros Ana Maria Baia Rodrigues Anastacia Yves da Silva Anne Carolina Pamplona Chagas Camila da Fonsêca Aranha Danieli dos Santos Pimentel Douglas Guimarães Borges Edne Wagner Ribeiro Maués Elissuam do Nascimento Barros de Souza Ellen Cristiane de Souza Oliveira Fernanda Analena Ferreira Borges da Costa Glenda Regina da Cunha Marinho Iris de Fátima Guerreiro Bastos Jade Pena Magave Jamile Vanessa Soares da Cruz Jessica Soares de Oliveira Larissa Leal Neves Leomir Silva de Carvalho Lorenna Bolsanello de Carvalho Lucival Albuquerque Rodrigues Júnior Sueli Pinheiro da Silva Tânia Regina Lobato dos Santos Urubatan Ferreira de Castro Vasti da Silva Araújo Venize Nazaré Ramos Rodrigues Wenceslau Otero Alonso Junior Witembergue Gomes Zaparoli Total: 41 Luís Antonio Braga Vieira Junior Luiz Castilho Brasil Lylian José Félix da Silva Cabral Marcia Daniele dos Santos Lobato Marcia Okamura Coutinho Márcio Franco Barroso Mariana Brasil Hass Gonçalves Merynilza Santos de Oliveira Olívia Carla Santos da Silva Raquel Minervino de Carvalho Bisneta Rebeca Luíza Abreu Pereira Renan Leal Matos Roberta Ferreira de Oliveira Rosiellem Cabral dos Passos de Almeida Thamia Alvarenga Prado Thamis Lemos Lobo Alves Wagner de Lima Alonso Wanderley Ferreira Macedo Junior Wellingson Valente dos Reis Wilson Nascimento de Lima 31 32