AGR BRASIL

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28 Outubro 2015
Telefone: Chicago +1 (312) 405-0053 | Brasil +55 (21) 3958-7994 | Skype: phdbrasil | E-mail: [email protected]
** Relatório diário - AGR BRASIL**
** Cotações fechamento CHICAGO**: SOJA novembro em BAIXA de 9 pontos a $8,81; MILHO dezembro BAIXA de 4 pontos
a $3,76, TRIGO dezembro BAIXA de 3 pontos a $5,06 e ALGODÃO dezembro ALTA de 0,33 pontos a 62,67 centavos/libra.
** DÓLAR: A moeda americana fechou cotada à R$3,92, registrando ALTA de 0,6% no dia.
** JUROS EUA: O Banco Central dos EUA (FED, em inglês) decidiu manter as taxas de juro próximas a zero. A decisão já era
aguardada pelo mercado. A próxima reunião para definir a taxa de juros será em dezembro.
** FED / JUROS EUA / ÍNDICE DÓLAR **
O FED (Banco Central EUA) anunciou
esta tarde a decisão de manter suas
taxas de juros inalteradas, operando na
faixa entre 0% e 0,25% no curto prazo.
No entanto, como mostra o gráfico à
esquerda, o Índice Dólar chegou ao seu
melhor nível desde o início de agosto
após declaração do FED de que a
instituição não está mais tão preocupada
com efeitos colaterais para os EUA de
uma possível crise econômica global,
impulsionada pela redução no
crescimento chinês.
O mercado viu isto como um sinal de que o FED possa de fato iniciar o seu primeiro ciclo de aumento nas taxas de
juros em quase 10 anos na próxima reunião em dezembro. Foi isto que impulsionou o dólar e o que trouxe leve
pressão no fechamento das cotações agrícolas.
A AGR BRASIL acredita que o Índice Dólar está
no início de um possível ciclo duradouro de altas,
mas continua trazendo cautela sobre o assunto,
frisando: o FED apenas terá confiança para
aumentar os juros americanos de forma
sustentável uma vez que a inflação se aproxime
de 2% anualmente no país, longe dos níveis
atuais de 0 – 0,5% anuais. Com isso, a venda de
commodities com base em uma crença na alta
disparada do dólar é um tanto prematuro em
nossa visão.
Retratamos há alguns dias a situação das
economias globais com a figura ao lado. Perceba
que os índices de inflação nas economias
consideradas ‘desenvolvidas’ estão todas à níveis
baixíssimos. Com BCs destas economias e
também o da China ainda em plena campanha de
incentivo às suas economias através de taxas
baixas de juros e capital barato injetado no mercado, a AGR BRASIL vê qualquer aumento na taxa de juros dos
EUA como apenas simbólica. O FED não aumentará agressivamente até que a inflação aumente no país.
AGR BRASIL
28 Outubro 2015
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** COMENTÁRIO **
Com a falta de notícias novas recentemente, o
mercado de commodities em Chicago tem agido sem
convicção ou até ‘inspiração’ nos últimos dias.
Perceba nos gráficos ao lado, que retratam os níveis
de volatilidade nos mercados de soja e milho no
CBOT, que os níveis atuais de volatilidade estão
próximos às mínimas históricas! Isso retrata a falta
de ‘inspiração’ ou até ‘falta de interesse’ por parte de
vários participantes nos mercados de commodities
agrícolas em Chicago no momento.
A volatilidade alta é um produto de alta participação e
alto ‘potencial de risco’ de grandes movimentos nos
preços. Com o mundo literalmente ‘nadando’ em
grãos e oleaginosas e o clima bastante favorável
para o início de mais uma potencial safra recorde na
América do Sul, o ‘potencial’ de grandes movimentos
nos preços é reduzido, o que por sua vez reduz o
interesse/participação no mercado, o que reduz a
volatilidade.
No entanto, pode-se ver que raramente a volatilidade
se mantém nestes níveis tão baixos durante muito
tempo. Com o período inteiro de safra sul-americana
pela frente, é difícil enxergar volatilidade sustentavelmente baixa nos níveis atuais por muito tempo.
Alguns players citam uma redução da demanda chinesa nos últimos dias como motivo para baixas nos preços, mas
a AGR BRASIL apontam que navios continuam chegando ao Golfo dos EUA em bom volume para embarcar soja
para a China. Somado a isso, vendas semanais grandes devem ser anunciadas amanhã, possivelmente entre 2 –
2,5 MTs, o que ajudaria reduzir o déficit de exportações em relação ao ano passado.
A China deve importar um recorde de quase 10 milhões de toneladas de soja somente em outubro (de todas as
origens). É difícil defender, neste momento, uma queda maior nas cotações, principalmente com margens de
esmagamento positivas nos EUA auxiliando a demanda no curto prazo para a soja norte-americana.
A AGR BRASIL compreende que os chineses são compradores de soja com base não somente em margens de
esmagamento, mas também com base em preços. Ou seja, quanto menores os preços, mais dispostos ficam os
chineses em aumentar seus estoques de soja, principalmente quando margens de esmagamento são positivas.
Apesar de acreditar que as vendas de soja dos EUA este ano serão bem menores que no ano passado, vemos a
demanda para o curto prazo como forte e este cenário combinado ao fato de que a safra sul-americana está apenas
no seu início, e ainda sujeita à alguns potenciais ‘sustos climáticos’, nos traz cautela na hora de recomendar vendas
nos níveis atuais. A maioria de nossos clientes já está muito bem vendida à excelentes níveis de preços no CBOT,
e aguardamos uma modesta recuperação das cotações rumo aos $9,20 ou mais para recomendar novas vendas.
Os fundamentos de preços de longo prazo são potencialmente baixistas, podendo levar preços rumo aos $8 ou até
menos em 2016, mas é difícil acreditar em uma baixa muito maior no curto prazo. Qualquer mudança drástica no
clima ou na demanda pode reascender o interesse de participantes no mercado de commodities agrícolas do CBOT.
AGR BRASIL
28 Outubro 2015
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** CLIMA BRASIL **
Veja abaixo estimativa atualizada dos principais modelos climáticos internacionais para precipitação em algumas regiões-chave
do Centro-Oeste brasileiro.
Os mapas relatados pela AGR BRASIL desde o início de setembro têm se mostrado bastante eficazes na leitura climática para
o Brasil e têm ajudado imensamente nossos clientes à tomarem suas decisões de plantio.
No entanto, previsões climáticas acima de 10 dias são sempre bastante suscetíveis à erros, por isso a equipe da AGR BRASIL
procura sempre atualizar as leituras à cada dia, procurando alertar seus clientes de possíveis mudanças nas tendências. O
clima, pelo menos até aqui, parece bastante favorável para a maioria do Brasil para os próximos 15 dias...