A FÚRIA DE HÉRCULES: a epilepsia como peripécia trágica.

Transcrição

A FÚRIA DE HÉRCULES: a epilepsia como peripécia trágica.
A FÚRIA DE HÉRCULES:
a epilepsia como peripécia trágica.
Bolsista: Paloma da Silva Brito
Orientadora: Margarida de Souza Neves
“É a Héracles, filho de Zeus, que vou cantar,
ele que é de longe o maior dentre todos os que habitam a terra.
Aquele a quem Alcmena, na Tebas de belos coros,
deu à luz, após unir-se ao Crônida de sombrias nuvens.
Errou e sofreu, primeiro, sobre a terra e no mar imensos;
em seguida triunfou, graças à sua bravura,
e, sozinho, executou tarefas audaciosas e inimitáveis.
Agora, habita feliz a bela mansão do olimpo nevoso
e tem por esposa a Hebe de lindos tornozelos”
Hino Homérico.
“Ele sacode a cabeça e revira em
silêncio as pupilas com os
olhares terrificantes. O rosto
descomposto ele revirava os
olhos, nos quais aparecia uma
rede de veias sangrentas, e a
espuma em sua barba cerrada
causava repugnância (…). Ele
revirava o olho selvagem de uma
Górgona”.
Eurípides. Héracles. vs. 842-861
“O cesto já havia girado em torno
do altar e mantínhamos sacro
silêncio. Mas quando ia com a
destra levar o tição para mergulhálo em água lustral, o filho de
Alcmena deteve-se em silêncio. E
o hesitante pai os filhos fitaram.
Ele já não era o mesmo, mas
alterado no esgarçar dos olhos e
com
sangüinosas
raízes
protraídas, vertia espuma da
espessa barba”.
Eurípides. Héracles. vs. 921-934