PTF_II_Portefólio_RCampos_65873_2015
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Universidade de Aveiro – Departamento de Línguas e Culturas RICARDO FILIPE TAVARES PEREIRA CAMPOS (65873) Práticas de Tradução de Francês II Portefólio Final de Semestre Aveiro Junho 2015 2 ÍNDICE TEMÁTICA DA ECONOMIA ..................................................................................................................... 5 TRADUÇÃO 1 – DETTE GRECQUE (FR – PT)........................................................................................................ 5 TRADUÇÃO 2 – CRISE DETTE EUROPEENNE (FR – PT) ........................................................................................... 8 Commentaire Descriptif – Crise dette européenne ............................................................................ 10 TRADUÇÃO 3 – FLUX D’INVESTISSEMENTS ET PRUDENCE EUROPE (FR - PT) ............................................................ 11 Commentaire Descriptif – Flux d’investissements et prudence Europe ............................................. 14 TRADUÇÃO 4 – DETTES PUBLIQUES (FR – PT) .................................................................................................. 15 TRADUÇÃO 5 – DÍVIDA GREGA (PT - FR) ......................................................................................................... 19 Comentário Descritivo – Dívida grega ............................................................................................... 21 TRADUÇÃO 6 – OPA CAIXABANK-BPI (PT – FR) .............................................................................................. 23 Comentário Metodológico Transversal – Economia .......................................................................... 25 TEMÁTICA DO TURISMO ...................................................................................................................... 30 TRADUÇÃO 1 – TOURISME RURAL (FR – PT) .................................................................................................... 30 TRADUÇÃO 2 – TOURISME VERT (FR – PT) ...................................................................................................... 32 TRADUÇÃO 3 – CAMINHADAS E PASSEIOS (PT – FR) .......................................................................................... 34 TRADUÇÃO 3BIS – CAMINHOS DO XISTO (PT - FR) ............................................................................................ 35 Comentário Descritivo – Caminhadas & Caminhos do Xisto .............................................................. 37 TRADUÇÃO 4 – TOURISME VERT PPT (FR - PT) ................................................................................................ 38 TRADUÇÃO 5 – TOURISME - HOTELS (FR – PT) ................................................................................................ 44 Commentaire Descriptif – Tourisme – Hôtels .................................................................................... 46 TRADUÇÃO 6 – TURISMO – CARACTERIZAÇÃO DO ALOJAMENTO HOTELEIRO (PT – FR) ............................................ 47 Comentário Metodológico Transversal – Turismo ............................................................................. 48 3 4 Temática da Economia Tradução 1 – Dette grecque (FR – PT) A negociação da dívida grega, um verdadeiro quebra-cabeças financeiro Infografia: Os governos europeus são confrontados com pedidos de reestruturação da dívida grega formulados pelo novo primeiro-ministro Alexis Tsipras Uma vez passada a euforia da vitória eleitoral e a simpatia que o Syriza pode suscitar em certas capitais, a realidade dos números é bastante dolorosa para os governos da zona euro. Não só correriam grandes riscos se a Grécia recusar unilateralmente reembolsar uma parte da sua dívida – o que custaria mais de 40 mil milhões de euros à França e cerca de 56 mil milhões à Alemanha -, mas por outro lado um gesto financeiro livremente consentido a favor do governo de Alexis Tsipras parece muito complicado, uma vez que os empréstimos foram concedidos sob condições muito generosas. O quebra-cabeças é ainda mais delicado para os governos europeus, que em caso de renegociação da dívida dois importantes credores ficarão fora de cena: o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu. Estas duas instituições têm um estatuto de “credores preferenciais”, que lhes permite serem reembolsados com prioridade. O FMI, que emprestou 32 mil milhões de euros à Grécia, recuperará o que lhe é devido graças aos empréstimos europeus. Este será por outro lado o primeiro a reclamar o que lhe é devido ao governo Tsipras em meados de Março, com um reembolso esperado de 4,5 mil milhões de euros. “O FMI foi sempre reembolsado! Sê-lo-á sempre. Nem as taxas de juro (na ordem dos 4%, NDR) nem os prazos são negociáveis. É um credor super preferencial”, afirma o economista Gilles Moec ao Bank of America Merrill-Lynch, o que não impede o FMI de pedir aos Europeus um pequeno esforço para aliviar o fardo grego… 5 Europeus particularmente expostos O BCE será igualmente poupado. Este emprestou 27 mil milhões de euros em 2010 e aceitou, desde então, transferir ao governo grego os juros que tinha recebido sobre os seus títulos. De acordo com os tratados europeus, o BCE não pode juridicamente ir mais longe. “O BCE não pode participar numa reestruturação salvo se se tratar de um financiamento monetário de um Estado, o que é estritamente interdito”, explica o economista do Bank of America. O BCE não pode alargar o prazo dos seus empréstimos, uma vez que se trata de uma forma de reestruturação. “Se a Grécia passasse a depender muito do BCE, a sanção seria terrível: os seus bancos já não poderiam refinanciar-se junto do banco central, o que levaria a uma explosão do seu sistema bancário”, acrescenta Gilles Moec. O sector privado (bancos, fundos, seguradoras), que detém ainda 53 mil milhões de euros de dívida grega, já havia consentido, em 2012, um sacrifício de 70% sobre o valor dos títulos, presenteando assim a Grécia com 107 mil milhões de euros. Os mais expostos a uma negociação da dívida são hoje portanto os governos europeus, credores de Atenas no montante de 195 mil milhões de euros. A maioria dos empréstimos foi concedida via o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), sendo o resto empréstimos bilaterais. Os 141,8 mil milhões de euros emprestados à Grécia via o FEEF foram transferidos sob taxas muito baixas, em média de 1,5%. Excepto em caso de perdas, que seriam colmatadas pelos governos da zona euro, este Fundo não pode emprestar mais barato, uma vez que se trata da taxa sob a qual se financia nos mercados. Os governos europeus ofereceram também, em 2012, 10 anos de empréstimos sem juros à Grécia na maioria dos seus créditos. Melhor é difícil… Permanece a possibilidade de jogar com os prazos dos empréstimos, consentidos em média por 30 anos. A margem de manobra destes empréstimos bilaterais é por isso maior sobre os 52,9 mil milhões de euros de empréstimos bilaterais. Poderá assim ser decidido estendê-los até 50 ou 99 anos. Destes, a França detém 11 mil milhões e a Alemanha 15 mil milhões. É sobre estas somas, que representam somente 16,7% da dívida grega, que se poderá verdadeiramente negociar com Atenas. Nada que não mude fundamentalmente o rumo financeiro nem económico da Grécia. “Vamos chegar a empréstimos de 0,5% sobre 50 6 anos, mas isto vai demorar três meses para serem negociados…”, prevê um especialista. Falta saber se Alexis Tsipras irá considerar esta solução politicamente viável… 7 Tradução 2 – Crise dette européenne expliquée en Lego (FR – PT) A crise da dívida europeia explicada em Legos Quer explicar a crise da dívida europeia aos seus filhos, ou gostaria simplesmente de compreendê-la? Michael Cembalest, responsável pelos investimentos (Chief Investment Officer) do banco americano JP Morgan publicou numa nota de pesquisa um esquema sintético que explica as interacções entre os diferentes figurantes da crise das dívidas soberanas europeias com personagens Lego. Este esquema, que visa representar a perspectiva que teria uma criança de 9 anos da crise europeia, é, sem dúvida, algo caricatural, mas tem a vantagem de poder ser rapidamente compreendida por todos. A legenda e as explicações de cada personagem Lego : 1) O toureiro e o piloto de fórmula 1 representam a Espanha, a Itália e os outros países periféricos da Zona Euro (Grécia e Portugal) chamados PIGS. Estes países pensam que o BCE (Banco Central Europeu) poderia comprar obrigações em número suficiente dos seus países e dar-lhes tempo para colocar em prática planos de austeridade. 2) Os três “cavaleiros” medievais representam os partidos Alemães CDU, CSU e FDP que controlam o parlamento alemão (Bundestag) e que não querem que a Alemanha dê mais do que já deu. 3) O marujo vestido de azul e branco com uma âncora na mão é um pescador finlandês que representa a Finlândia. A Finlândia exigiu ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) garantias relativas aos empréstimos à Grécia, o que complicou os intercâmbios e colocou pressão sobre os bancos franceses e alemães. 4) O casal de camponeses com uma cenoura e uma pá representam os Verdes e os Socio-democratas alemães. As sondagens indicam que estes partidos poderão ganhar as eleições se estas ocorressem agora. Estes 2 partidos de oposição são a favor de reforçar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeiro e aceitar o federalismo europeu se for necessário para salvar a União Económica e Monetária (UEM). 5) O homem com a capa representa o Bundesbank, o banco central alemão que é em última instância o protector dos interesses monetários e fiscais da Alemanha. 6) O porco-mealheiro representa o FMI (Fundo Monetário Internacional) cujo papel é algo passivo mesmo tendo emprestado dinheiro à Grécia e imposto planos de austeridade. 8 7) O banqueiro de cabelos grisalhos representa o BCE (Banco Central Europeu) que compra obrigações de estado espanholas e italianas no mercado secundário para reduzir as taxas de empréstimo. 8) O homem de vermelho e preto representa a Polónia, que, após um longo período de espera para entrar na União Económica e Monetária e adoptar o euro, prefere agora esperar por ter uma melhor visibilidade sobre a situação das dívidas soberanas. 9) Os 2 pintores representam a França que se apoia no BCE quando o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira não está mais em condição de gerir a situação. 10) O grupo de trabalhadores (varredor, piloto, cozinheiro, mecânico, polícia, enfermeira) representa o conjunto dos contribuintes europeus que serão afectados pelo custo de reestruturação da dívida europeia. 11) Os 2 stormtroopers saídos directamente de Star Wars representam a Comissão Europeia e o ministério das finanças europeias, dirigidos por José Manuel Barroso e Jean-Claude Juncker. Estes apoiam o Banco Central Europeu (BCE) em diferentes níveis. 12) O banqueiro com o monóculo e a sua secretária (assistente de direcção) representam os detentores de obrigações e de acções europeias. Ter-se-ão apercebido que o esquema é algo caricatural, mas tem o mérito de ser simples. Nota: a nota de pesquisa atribui a concepção do esquema em Lego a Peter Cembalest, de 9 anos, que é certamente o filho do autor Michael Cembalest. 9 Commentaire Descriptif – Crise dette européenne expliquée en Lego Commentaire Descriptif – Crise dette européenne expliquée en Lego Url / type de site: http://www.bourse-investissements.fr/la-crise-de-la-detteeuropeenne-expliquee-en-lego/. Le site ici présent s’agit du partage des informations de la bourse et, bien sûr, de l’économie. Il est intéressant de vérifier que le site est, en fait, un site Wordpress, ce qui peut être observé quand on fait clic sur « S’identifier » en haut de page. Auteur de la page: On ne sait pas qui est l’auteur de l’article, mais on sait que le schéma dont l’article parle a été publié par Michael Cembalest, et que le schéma a été créé par son fils, Peter Cembalest. Quand on fait clic sur le « Contact » en haut de page, on trouve une page sans contenus, donc on se sait pas qui est l’auteur du site ilmême. Date: Le texte a été publié le 26/09/2011, à 16h16. Objectif du texte: Expliquer aux « nuls » ou même aux enfants qu’est-ce que la crise de la dette européenne d’une manière qui sera plus facile de comprendre. Public-cible du texte / site: Comme je l’ai déjà dit, le public-cible de ce texte sont les enfants et les personnes qui ne comprennent rien de la dette et qui veulent en savoir plus. Discours: Discours assez simple, bien qu’il y ait des termes du domaine de l’économie. Tout confondu, l’article est de lecture facile mais d’interprétation difficile. Aspect graphique: L’aspect de la page est simple, ayant un contraste grand entre le noir et blanc, ce qui fait que la lecture devient plus facile. On a aussi une manière de chercher des mots ou des phrases sur le moteur de cherche en haut de page. Une fois que le site a des menus de navigation, le site est aussi de facile navigation. 10 Tradução 3 – Flux d’investissements et prudence Europe (FR - PT) Gestão de activos Terça-feira 3 Fevereiro 2015 Os fluxos de investimento traduzem a prudência na Europa REJANE REIBAUD / JORNALISTA | 03/02, 06:00 Recolha por classe de activos Em milhares de milhões de euros. Fundos abertos distribuídos na Europa. Os fluxos de investimento traduzem a prudência na Europa A classificação Morningstar para 2014 da recolha de fundos na Europa dá relevo aos fundos de alocação enquanto os fundos das acções recuam, em sinal de prudência Artigo(s) Associado(s) Les fondations se tournent vers les fonds alternatifs Comment la machine Pimco se remet en question Gestion collective : le retour de la prise de risques 11 Quem são os que mais ganham e perdem em 2014? A Morningstar compilou exclusivamente para “Les Echos” o fluxo de subscrições e resgates nos fundos abertos comercializados na Europa e por tipo de activos. Primeira constatação: há cada vez mais dinheiro investido nos fundos. Como em 2013, as subscrições líquidas, montantes investidos menos aqueles retirados pelos investidores, aumentaram. Conseguiram um recorde de 397 mil milhões de euros, contra os 211 mil milhões no ano anterior. Outra constatação: os fundos de alocação, que misturam acções e obrigações, são os grandes vencedores do ano, o que se traduz num sinal de prudência, segundo Morningstar. Eis uma análise de tendências. Ano histórico para fundos de alocação Capitais detidos: 851 mil milhões de euros (+28%) Recolha : 135 mil milhões de euros Em termos de crescimento, os fundos de alocação são à semelhança dos fundos alternativos (nomeadamente os “hedge funds”) os grandes vencedores de 2014. Face a mercados cada vez mais voláteis e fontes de desempenho que podem ser muito variadas, os investidores são mais orientados para fundos que misturam acções, obrigações e numerário. “Quando os investidores se viram para os fundos de alocação, isto significa que preferem delegar a um fundo e, portanto, a um gestor, a capacidade de encontrar a melhor alocação entre acções e obrigações”, afirma Ali Masarwah da Morningstar. Isto traduz-se na recolha recorde registada o ano passado por certos fundos tais como o M&G Optimal Income ou o JPM Global Income. Fundos alternativos regressam em força Capitais detidos : 238 mil milhões de euros (+31%) Recolha : 43,4 mil milhões de euros Para a Morningstar, é ainda um sinal de prudência. Ao recolher 43,4 mil milhões de euros, os fundos alternativos aumentaram em 30% as subscrições que em 2013. Os investidores refugiaram-se nos activos que lhes prometem desempenhos absolutamente positivos, sob pena de não poder beneficiar totalmente da subida do mercado. Os fundos de acções em baixo de forma Capitais detidos : 2,342 mil milhões de euros (+15%) Recolha: 43 mil milhões de euros Em 2013, a maioria dos especialistas esperava uma espécie de “grande rotação” do fluxo de investimentos das obrigações para as acções. Em 2014, os prognósticos eram quase os mesmos. As suas expectativas não foram mais uma vez correspondidas. Os fundos acções recolheram quase duas vezes menos o ano passado que em 2013. A culpa devese ao crescimento da volatilidade e a dois meses, Outubro e Dezembro, que desencorajaram as ambições dos mais temerários. 12 Os fundos de obrigação são reforçados Capitais detidos: 1 897 mil milhões de euros (+18%) Recolha: 122 mil milhões de euros Enquanto a maioria dos investidores apostava numa subida dos juros para 2014, foi o contrário que se passou. Continuaram a baixar, mas isto não impediu estes últimos de se precipitarem para os fundos de obrigações, sendo a recolha duas vezes superior à de 2013 (61 mil milhões de euros). “É um ano sólido em termos de recolha, mas não é um ano recorde”, diz no entanto Ali Masarwah, que relembra que, em 2012, os fundos de obrigações tinham reunido 188 mil milhões de subscrições. Para 2014, os fluxos direccionam-se para os fundos mais flexíveis. Um outro sinal de prudência da parte dos subscritores. Réjane Reibaud, Les Echos A metodologia de Morningstar A classificação foi realizada em 28 países da União Europeia. Recapitula os números fornecidos pelas sociedades de gestão sobre os seus fundos abertos e domiciliados na Europa. Exclui no entanto os fundos monetários (excepto na recolha global por classe de activos), assim como todos os fundos especiais (ETF, FCPE, FCPI, FCPR, etc.) e os mandatos, fundos específicos e fundos de fundos. Para saber mais http://www.lesechos.fr/journal20150203/lec2_gestion_d_actifs/0204122735398-les-fluxdinvestissements-traduisent-la-prudence-en-europe1089510.php?PBKtwOq56rIqFehQ.99#xtor=RSS-2009 13 Commentaire Descriptif – Flux d’investissements et prudence Europe Commentaire Descriptif – Flux d’investissements et prudence Europe Url / type de site: http://www.lesechos.fr/journal20150203/lec2_gestion_d_actifs/0204122735398-lesflux-dinvestissements-traduisent-la-prudence-en-europe-1089510.php. Ce site présente des nouvelles de plusieurs domaines. Dans ce cas, il s’agit du domaine de l’économie. Auteur de la page: Réjane Reibaud, journaliste pour Les Echos. Date: Le texte a été publié le 03/02/2015, à 06:00. Objectif du texte: Partager des informations sur l’économie en Europe, en particulière en ce qui concerne la collecte d’actifs et les investissements dans le continent, qui traduisent la prudence que le cadre mondiale économique a porté à nos jours. Public-cible du texte / site: Des personnes qui peuvent être curieuses sur la distribution de l’argent en Europe, notamment dans les investissements. Peut-être, des entreprises peuvent aussi avoir de l’intérêt sur ces classifications, car elles peuvent orienter ses investissements. Une fois qu’il s’agit d’un site d’informations, le même est vrai pour il-même. Discours: Discours simple mais assez terminologique. On a la présence de plusieurs termes sur le texte qui peuvent présenter des difficultés. Ces mêmes termes, par contre, sont répétés dans le texte, ce qui fait que la traduction sera un peu plus facile de terminer mais plus difficile de la commencer à faire. Aspect graphique: Étant donné que le site a différents sections, le site il-même est vraiment long. Il y a aussi des menus de navigation qui nous permettent d’explorer le site. En général, le site est de navigation facile et est intuitif. 14 Tradução 4 – Dettes publiques (FR – PT) Todas as dívidas devem ser pagas, excepto... Dívida pública, um século de braços de ferro O fracasso das suas políticas impediu os partidários da austeridade de argumentar pelo bom senso económico. De Berlim a Bruxelas, os governos e as instituições financeiras baseiam-se agora na ética: a Grécia deve pagar, é uma questão de princípio! A história mostra contudo que a moral não é o árbitro principal dos conflitos entre credores e devedores. Renaud Lambert, Março 2015 Houve um tempo em que os Estados se libertavam facilmente do ónus da dívida. Bastava por exemplos aos reis de França executar os seus credores para sanear as suas finanças: uma forma embrionária, mas comum, de “reestruturação” (1). O direito internacional impediu os devedores de recorrer a uma tal facilidade. Agrava inclusive a sua situação ao impor-lhes o princípio da continuidade de compromissos. Se é verdade que os juristas se referem a esta obrigação por meio de uma formulação latina – Pacta sunt servanda (“As convenções devem ser respeitadas”) -, as mais diversas traduções circularam contudo ao longo das últimas semanas. Versão moralizadora: “A Grécia tem o dever ético de reembolsar a sua dívida” (Front national – Partido Francês Frente Nacional). Versão nostálgica do recreio da nossa infância: “A Grécia deve pagar, são as regras do jogo” (Benoît Cœuré, membro da direcção do Banco Central Europeu). Versão insensível às susceptibilidades populares: “As eleições não mudam nada” aos compromissos dos Estados (Wolfgang Schäuble, Ministro Alemão das Finanças) (2). A dívida helénica ultrapassa os 320 mil milhões de euros; de facto, proporcionalmente à produção de riqueza, esta deu um salto de 50% desde 2009. De acordo com o Financial Times, “o reembolso da dívida requereria que a Grécia funcionasse como uma economia escrava” (27 Janeiro, 2015). Mas os “princípios” não se encaixam na aritmética. “Dívida é dívida”, martela a directora do Fundo Monetário Internacional Christine Lagarde (Le Monde, 19 Janeiro, 2015). Por outras palavras: o que importa saber se a Grécia pode ou não pagar, é preciso é que o faça… “Não são suficientemente estúpidos para pagar” A doutrina Pacta sunt servanda não foi contudo feita de pedra (3): “A obrigação que formula o direito internacional de reembolsar as suas dívidas nunca foi considerada absoluta e foi frequentemente limitada ou matizada”, especifica um documento da Conferência das Nações Unidas sobre o comércio e o desenvolvimento (UNCTAD) (4).Denúncia das dívidas “odiosas” (empréstimos realizados por um poder déspota (5)), das dívidas “ilegítimas” (contraídas sem respeitar o interessa geral da população (6)) ou dos “vícios de consentimento”, não faltam argumentos jurídicos para justificar a suspensão dos pagamentos ou até mesmo eliminar toda ou parte das dívidas que atormentam um país. Começando pelo 103º artigo da Carta das Nações Unidas (ONU), que proclama: “No caso de conflito entre as obrigações dos membros das Nações Unidas em virtude da presente Carta e as obrigações resultantes de qualquer outro acordo internacional, prevalecerão as obrigações assumidas em virtude da presente Carta”. Entre estas, encontra-se, no 55º artigo da Carta, o compromisso dos Estados de favorizar “a elevação dos níveis de vida, o pleno emprego e condições de progresso e desenvolvimento económico e social”. 15 Um em cada dois jovens Gregos está no desemprego; 30% da população vive sob o limiar de pobreza; 40% passou o Inverno sem aquecimento. Uma parte da dívida foi gerada sob a ditadura dos coronéis (1967 - 1974), ao longo da qual esta quadruplicou; uma outra foi contraída em detrimento da população (visto que contribuiu largamente para a recuperação financeira dos estabelecimentos de créditos franceses e alemães); ainda outra resulta directamente da corrupção de dirigentes políticos por parte das transnacionais, desejosas de vender os seus produtos, por vezes defeituosos, a Atenas (como a sociedade alemã Siemens (7)); sem falar das atitudes infames de bancos tais como o Goldman Sachs, que ajudou o país a dissimular a sua fragilidade económica… Os Gregos dispõem de mil e uma justificações para recorrer ao direito internacional e aliviar o fardo de uma dívida da qual uma auditoria estabeleceria o carácter odioso, ilegítimo e ilegal (ler “L’Equateur dit “non”, texto em Francês). Mas a capacidade de fazer ouvir a sua voz baseia-se antes de mais na natureza da relação de forças entre as partes envolvidas. Em 1898, os Estados-Unidos declararam guerra à Espanha sob pretexto de uma explosão a bordo do USS Maine, que estava ancorado no porto de Havana. Eles “libertam” Cuba, que transformam num protectorado – reduzindo “a independência e a soberania da República Cubana ao estado de mito (8)”, segundo o general cubano Juan Gualberto Gómez, que havia participado na guerra da independência. A Espanha exige o reembolso de dívidas que a ilha tinha “contraído junto dela”; neste caso, as despesas da sua agressão. Para isso, apoia-se no que Coeuré teria provavelmente chamado as “regras do jogo”. Como indica a investigadora Anais Tamen, “o pedido espanhol apoiava-se em factos análogos, nomeadamente o comportamento das suas antigas colónias que se tinham responsabilizado por parte da dívida pública Espanhola que tinha servido para a sua colonização”. Os próprios Estados-Unidos não tinham “devolvido mais de 15 milhões de libras esterlinas ao Reino-Unido aquando da sua independência” (9)? Washington não entende esta questão assim e avança com uma ideia ainda menos generalizada (que contribuirá para fundar a noção de dívida odiosa): não se pode exigir de um povo que reembolse uma dívida contraída para o escravizar. A imprensa americana faz-se eco da firmeza desta posição: “A Espanha não deve ter a menor esperança que os Estados Unidos sejam suficientemente estúpidos ou apáticos para aceitar a responsabilidade de montantes usadas para esmagar os Cubanos”, clama o Chicago Tribune de 22 Outubro, 1898. Cuba não pagará nem um cêntimo. Algumas décadas antes, o México tinha tentado desenvolver argumentos semelhantes. Em 1861, o então presidente Benito Juárez suspende o pagamento da dívida, a grande maioria da qual fora contraída por regimes precedentes, entre os quais se conta o do ditador Antonio López de Santa Anna. A França, o Reino Unido e a Espanha ocupam então o país e criam um império que viriam a entregar a Maximiliano da Áustria. Uma redução de 90% para a Alemanha Semelhante à URSS, que anuncia em 1918 que não irá reembolsar dívidas contraídas por Nicolau II (10), os Estados Unidos reiteram o seu golpe de força para benefício do Iraque no dealbar do século XXI. Alguns meses após a invasão do país, o secretário do Tesouro John Snow anuncia na Fox News: “Evidentemente, o povo iraquiano não deve sofrer pelas dívidas contraídas para benefício do regime de um ditador que desde então fugiu” (11 Abril, 2003). Para Washington há uma urgência: garantir a solvabilidade do poder que acabava de instalar em Bagdade. Surge então uma ideia que deixaria estupefactos os defensores da “continuidade de compromissos dos Estados”: o pagamento da dívida passaria a ser uma questão menos de princípio do que de matemática. “O mais importante é que a dívida seja sustentável”, atreve-se a afirmar um editorial do Financial Times de 16 Junho, 2003. A lógica convém a Washington: os números falaram e os Estados Unidos garantem que o seu veredicto se impõe perante o olhar dos principais credores do Iraque, principalmente a França e a Alemanha (respectivamente com 3 e 2,4 mil milhões de dólares de títulos na sua posse). Pressionados para se mostrarem “justos e flexíveis”, estes – que recusavam reduzir em mais de 50% do valor dos títulos que detinham – concedem finalmente uma redução de 80% dos seus empréstimos. Três anos antes, nem a lei dos números nem a do direito internacional tinham chegado a convencer os credores de Buenos Aires a demonstrarem a sua “flexibilidade”. Contudo, culminando em cerca de 80 mil milhões de dólares aquando da falha de pagamento, em 2001, a dívida argentina 16 averigua-se insustentável. Para além disso, a dívida resulta dos empréstimos em grande parte pedidos pela ditadura (1976 – 1983), o que a qualifica como dívida odiosa. Não interessa: os credores exigem ser reembolsados, sob pena de interditar Buenos Aires do acesso aos mercados financeiros. A Argentina resiste. Prevê-se uma catástrofe? Entre 2003 e 2009, a sua economia registou uma taxa de crescimento que oscilava entre os 7 e os 9%. Entre 2002 e 2005, o país propõe aos seus credores trocar os seus títulos por novos, com um valor 40% menor. Mais de três quartos aceitam de mau grado. Mais tarde, o governo relança novas negociações que culminam, em 2010, numa nova troca de títulos junto de 67% dos restantes credores. Contudo 8% dos títulos em suspensão de pagamento desde 2001 ainda não foram objecto de acordo. Alguns fundos abutres hoje em dia dedicam-se a obter o reembolso dos títulos, e ameaçam conduzir a Argentina a um novo incumprimento (11). Os credores aceitam portanto, se bem que reticentes, a redução do valor dos títulos que detêm. Contudo, eles resignaram-se a tal aquando da conferência internacional, que visava aliviar a dívida da República Federal Alemã (RFA), que teve lugar em Londres entre 1951 e 1952. Os debates da época lembram aqueles em torno da Grécia contemporânea, começando pela contradição entre “princípios” e bom senso económico. “Estão em jogo milhares de milhões de dólares, reporta o jornalista Paul Heffernan, que segue os debates para o The New York Times. Mas não se trata somente de uma questão de dinheiro. As conferências do palácio de Lancaster House vão antes de tudo tratar de um dos princípios vitais do capitalismo internacional: a natureza sacrossanta dos contractos internacionais” (24 Fevereiro, 1952). Com estas preocupações em mente, os negociadores – principalmente americanos, britânicos, franceses e alemães – entendem também as da Alemanha. Numa carta de 6 de Março, 1951, o chanceler Konrad Adenauer pediu insistentemente aos seus interlocutores para “ter em conta a situação económica da República Federal”, “em especial o facto de que a carga da dívida aumenta e que a sua economia se contrai”. Como resume o economista Timothy W. Guinnane, todos concordam rapidamente que “reduzir o consumo alemão não constitui solução válida para garantir o pagamento da dívida do país (12)”. Um acordo é finalmente assinado a 27 de Fevereiro, 1953, incluindo a Grécia (13). Este prevê uma redução no mínimo de 50% das somas emprestadas pela Alemanha entre as duas guerras mundiais; uma moratória de cinco anos para o reembolso das dívidas; um adiamento sine die das dívidas de guerra que poderiam ser reclamadas a Bonn, o que leva Eric Toussaint, do Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM), a estimar a redução das dívidas alemãs em 90% (14); a possibilidade de Bonn reembolsar na sua própria moeda; um limite das somas consagradas ao serviço da dívida (5% do valor das exportações do país) e à taxa de juro da Alemanha (também de 5%). Mas não é tudo. Desejosos “de que um tal acordo não seja senão o início de um esforço para orientar o crescimento alemão”, explicita Heffernan, os credores beneficiam directamente da produção germânica, representando um mercado onde a Alemanha possa escoar a mesma, e renunciam à venda dos seus próprios produtos à República Federal. Para o historiador de economia alemão Almbrecht Ritschl, “estas medidas salvaram Bonn e lançaram as bases financeiras do milagre económico alemão (15)” dos anos 50. Desde há muitos anos que o Syriza – que tem agora governo na Grécia no seguimento das eleições de 25 de Janeiro, 2015 – pede para beneficiar de uma conferência deste género, propulsionada pelas mesmas preocupações. No seio das instituições de Bruxelas, parece no entanto haver consenso em torno do sentimento de Leonid Bershidsky: “A Alemanha, ao contrário da Grécia, merece que se alivie a sua dívida.” Num artigo publicado a 27 de Janeiro, 2015, o jornalista do grupo Bloomberg desenvolve a sua análise: “Uma das razões pelas quais a Alemanha Ocidental beneficiou de uma redução da sua dívida foi que a República Federal devia tornar-se numa muralha de primeira instância na luta contra o comunismo (…) Os governos da Alemanha Ocidental que beneficiaram destas medidas eram absolutamente antimarxistas.” O programa do Syriza não tem nada de “marxista”. A coligação reivindica uma forma de socialdemocracia moderada, ainda comum há algumas décadas. De Berlim a Bruxelas, parece no entanto que mesmo isto se tenha tornado intolerável. Renaud Lambert 17 (1) Sobre a história da dívida, ler François Ruffin e Thomas Morel (sob dir. de), Vive la banqueroute!, edições Fakir, Amiens, 2013. (2) Respectivamente na LCI (La Chaîne Info), 4 Fevereiro 2015 ; no International New York Times, a 31 Janeiro e 1 Fevereiro 2015; e na British Broadcasting Corporation (BBC), 30 Dezembro 2014. (3) O que se baseia nos trabalhos de Eric Toussaint e de Renaud Vivien para o Comité para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM). (4) UNCTAD, “The concept of odious debt in public international law (texto em Inglês)” (PDF), Discussion Papers, n° 185, Genebra, Julho, 2007. (5) Ler Eric Toussaint, “Une «dette odieuse» (texto em Francês)”, Le Monde diplomatique, Fevereiro 2002. (6) Como no caso da França. Ver Jean Gadrey, “Faut-il vraiment payer toute la dette ?”, Le Monde diplomatique, Outubro 2014. (7) Cf. Damien Millet e Eric Toussaint, La Dette ou la vie, Aden-CADTM, Bruxelas, 2011. (8) Citado por Richard Gott em Cuba: A New History, Yale University Press, New Haven, 2004. (9) Anaïs Tamen, “La doctrine de la dette «odieuse» ou l’utilisation du droit international dans les rapports de puissance (texto em Francês)”, trabalho apresentado a 11 de Dezembro, 2003, aquando do terceiro colóquio de direito internacional do CADTM em Amesterdão. (10) Os famosos empréstimos russos, armazenados por diversos investidores franceses e finalmente reembolsados, no montante de 400 milhões de dólares, após um acordo entre Paris e Moscovo, em 1996. (11) Ler Mark Weisbrot, “En Argentine, les fonds vautours tenus en échec (texto em Francês)”, Le Monde diplomatique, Outubro 2014. (12) Timothy W. Guinnane, “Financial Vergangenheitsbewältigung: The 1953 London debt agreement (texto em Inglês)”, Working Papers, n° 880, Economic Growth Center, Yale University, New Haven, Janeiro 2004. (13) Não se trata do empréstimo forçado imposto a Atenas por Berlim em 1941. (14) Conversa com Maud Bailly, “Restructuration, audit, suspension et annulation de la dette (texto em Francês)”, CADTM, 19 Janeiro 2015. (15) Albrecht Ritschl, “Germany was biggest debt transgressor of 20th century (texto em Inglês)”, Spiegel Online, 21 Junho, 2011. 18 Tradução 5 – Dívida grega (PT - FR) Y a-t-il de nouveau en Grèce ? 16 février 2015, 00:01 par Avelino de Jesus Les facilités obtenues par le gouvernement grec, pour une somme si élevée et pendant autant de temps, demanderait d’autres résultats, tant sur le plan économique que sur le social. Note : cet article est accessible, pendant les premières heures, seulement pour les abonnés du Negócios Primeiro. Pour être complètement franc, c’était une erreur d’avoir accepté la Grèce. La Grèce n’était tout simplement pas prête. Au fond, la Grèce était un pays oriental. Helmut, je me rappelle que tu avais fait preuve de scepticisme avant que la Grèce soit acceptée au sein de la Communauté Européenne en 1981. Tu étais plus sage que moi. Le Groupe euro ne peut s’étendre indéfiniment. Giscard d’Estaing en dialogue avec Helmut Schmidt dans Der Spiegel, 11.9.2012 Dans ce cas-ci, comme on a déjà vu dans d’autres occasions, la Grèce va obtenir de nouvelles concessions, en déformant en nouveau le fonctionnement des institutions communautaires. Bien qu’il y ait maintenant un élément apparemment nouveau – un gouvernement d’extrême gauche – ce qui compte surtout c’est la continuité et la nouveauté compte peu. Premièrement on a l’adhésion à la CEE en 1981, curieusement avant le Portugal et l’Espagne, grâce à Giscard d’Estaing. Deuxièmement, les aides exceptionnellement généreuses avant et après l’adhésion. Troisièmement, l’entrée forcée dans l’euro. Quatrièmement, l’allègement artificiel de la dette après 2010. Finalement, la injection brutal de capitales de la BCE, que vient d’être élargie, par le renforcement du programme ELA, à raison de 65 milliards d’euros. L’argument du pays opprimé par un excès d’austérité, exigé par les autres et responsable d’une catastrophe humaine n’a pas de raison d’être. Les responsables sont les excès et les imprévoyances commis avant la crise par de successifs gouvernements grecs, démocratiquement élus. Plus que toute autre, la crise grecque est due aux excès de dépense publique. Néanmoins, les dépenses publiques n’ont pas été canalisées vers la construction de l’état social, mais bien destinées à alimenter une structure sociale archaïque – la véritable responsable de la situation humaine désastreuse. 19 La solution défendue par les partisans de l’allégement de l’austérité mènera à la perpétuation de ces structures et à la renonciation de la recherche de la véritable solution pour l’accroissance : la dynamisation des exportations. Cette renonciation, qui a été préférée par les gouvernements antérieurs et, apparemment, aussi par ce gouvernement, est vraiment lamentable. Avec ses marchés traditionnels en croissance et les salaires fortement réduits, les exportations grecques n’augmentent pas. En prix cités de 2010, en 2008 les exportations de la Grèce étaient de 58,9 milliards d’euros et les portugaises de 54,7 milliards d’euros. En 2014 les positions sont inversées : les grecques sont de 55,8 milliards d’euros et les portugaises de 65,5 milliards d’euros. Partout (voir le tableau ci-joint) les exportations sont, après la chute post-crise, en véritable récupération. La Grèce est une des rares exceptions. En fait, les reformes structurelles conçues dans le document de la Troika n’ont pas été appliquées. Les difficultés bureaucratiques continuent dans les exportations. Le contrôle de l’État et des corporations parasitaires sur l’économie reste fort, en particulier en ce qui concerne les restrictions sur le marché de produits à exporter. Malgré la dépense publique élevée, les grecs ne sont pas parvenus à construire un État social décent. Par exemple, ils cherchent encore la manière d’appliquer un rendement minimum élémentaire. Le problème grec n’est pas dans la gouvernance des institutions européennes, mais dans la gouvernance grecque. Les facilités obtenues par le gouvernement grec, pour une somme si élevée et pendant autant de temps, demanderait d’autres résultats, tant sur le plan économique que sur le social. La véritable faute de l’UE est de ne pas avoir réussi à imposer aux gouvernements grecs des contingences effectives dans la concession d’aides économiques. Économiste et professeur de l’ISEG (Institut Supérieur d’Économie et Management) 20 Comentário Descritivo – Dívida grega Comentário Descritivo – Dívida grega - URL e tipo de sítio: http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/avelino_de_jesus/detalhe/algo_de_novo_na _grecia.html. O artigo apresentado trata-se de um artigo subjectivo (está inclusivamente situado na secção de opinião do jornal em questão) acerca da dívida grega e do que dela advém, incluindo informação adicional acerca dos programas de ajuda já estabelecidos para ajudar a Grécia e breves comentários acerca dos mesmos. O sítio que abriga o artigo é de relevância absoluta, uma vez que se trata da plataforma online oficial do Jornal de Negócios, entidade conhecido no mundo das finanças e da economia e que é uma fonte credível; ou seja, temos por um lado o rigor da finança e da economia e a subjectividade da secção de opinião. - Autor do texto: Avelino de Jesus, economista e professor do Instituo Superior de Economia e Gestão de Lisboa. O autor é alguém especializado na área, falando como perito. - Data: O próprio artigo inclui a data e hora de publicação: 16/02/2015, à 00:01. - Objectivos do texto: Dar o parecer do autor acerca do episódio da dívida grega dentro de um contexto europeu, ao mesmo tempo que fundamenta a sua opinião com base em factos, que são enunciados no decorrer do artigo. - Público-alvo do texto: Qualquer pessoa que se interesse pela actualidade económica ou pelo estado financeiro da zona europeia e, por conseguinte, da situação financeira portuguesa no mundo. - Discurso: Relativamente terminológico, se bem que com uma grave incoerência na referência de números. Aspecto sintáctico e estrutura frásica por vezes pouco inteligíveis em alguns momentos. Notamos, no entanto, algumas incoerências a nível de terminologia e de sintaxe, nomeadamente a utilização do termo “biliões” para nomear o montante elevado a nove, que em Português correcto se denomina “mil milhões”. Esta influência poderá vir do Inglês ou do Português do Brasil, mas, considerando a publicação em que o artigo se insere, seria de esperar uma absoluta correcção terminológica. A nível sintáctico podemos observar algumas construções que poderão não ser claras aquando de uma primeira leitura. 21 - Aspecto gráfico da página / sítio: Aspecto sóbrio, dando enfâse ao texto, não dando relevo a qualquer outro elemento. Sítio em si apresenta um layout parecido, utilizando uma barra de navegação no topo para permitir ao utilizador descobrir vários outros artigos dentro da plataforma. É de notar a presença de tabelas de cotações da bolsa presentes no lado direito da página principal do sítio internet. 22 Tradução 6 – OPA Caixabank-BPI (PT – FR) Bruxelles a déjà été notifiée de l’ OPA du Caixabank sur la banque portugaise BPI LUSA 08.04.2015 – 14:49 Commission européenne a jusqu’au mois de mai pour se prononcer. Le groupe Caixabank a annoncé en février son intention de lancer une OPA sur la banque dirigée par Fernando Ulrich PEDRO CUNHA/ARCHIVE La Commission européenne a déjà reçu la notification de l’Offre Publique d’Achat (OPA) du Caixabank sur la BPI, et a maintenant jusqu’au mois de mai pour se prononcer sur l’opération. D’après le portail de la Direction générale de la concurrence, qui doit approuver l’opération, la notification sur l’OPA a été faite le mardi, 7 avril, et il faut qu’il y ait une décision jusqu’au 13 mai au plus tard. La notification à la Commission européenne est une partie des procédures habituelles dans ce type d’opérations, pour que Bruxelles puisse évaluer l’impact de l’opération sur le marché et sur la concurrence. De cette façon, pour que le processus avance il faut que Bruxelles prenne une décision de non-opposition. 23 En février, le groupe catalan Caixabank, le principal actionnaire de la BPI ayant 44,1% du capital, a annoncé l’intention de lancer une OPA sur la banque dirigée par Fernando Ulrich. Selon l’annonce préliminaire, le Caixabank veut acquérir la banque strictement si elle supprime le limite de 20% des droits de vote qui existent à ce moment dans la BPI (même en ayant 44% du capital social, le Caixabank vote seulement à 20%) et si l’offre peut dépasser 50% du capital. Le Caixabank propose d’acquérir la majorité du capital de la BPI à 1,329 euros par action. La banque catalane est la principale actionnaire de la BPI, ayant quatre membres au Conseil d’Administration, suivi par la femme d’affaires angolaise Isabel dos Santos, grâce à Santoro, avec 18,6% (qui a proposé une éventuelle fusion entre la BPI et la BCP) et le Groupe Allianz, avec 8,4%. 24 Comentário Metodológico Transversal – Economia Comentário metodológico transversal - Economia 1) Identificação de problemas / dificuldades na língua de partida a nível discursivo ou terminológico e sua explicação (disc.) / definição (term.): Por virtude de se tratar de uma temática económico-financeira, um tradutor prepara-se logo à partida para uma enchente terminológica, muita da qual terá de ser salvaguardada para textos ainda a traduzir, uma vez que quase tudo o que é terminológico eventualmente se repete. Os textos estudados não são excepção, mas, no entanto, vão muito além da dificuldade terminológica. A própria construção frásica e as referências culturais que estão patentes em vários dos textos fazem com que a interpretação dos próprios se torne difícil, sendo que muitas vezes frases passam por nós sem nos apercebermos verdadeiramente do que foi dito. As traduções apresentam os problemas comuns relativos à entrada num novo domínio de aplicação. A terminologia está aqui relegada para as fileiras de trás – o que complica a tradução é a interpretação do texto de partida, igualmente verdade para a grande maioria das traduções deste domínio. Expressões como “y trouvera son compte”, “rachat”, “programa ELA”, “encours”, “reforma estrutural”, “renégociation de la dette” ou “actif” levantaram grandes dificuldades ao longo do processo de tradução. A nível individual, a tradução 1 suscitou problemas terminológicos, tal como a expressão “y trouvera son compte” já mencionada, mas também através de frases como “Il sera d'ailleurs le premier à réclamer la monnaie de sa pièce au gouvernement Tsipras”, “Le FMI a toujours été remboursé! Il le sera toujours. Ni les taux d'intérêt (de l'ordre de 4 %, NDLR) ni les maturités ne sont négociables” ou “ce qui n'empêche pas le FMI de demander aux Européens de faire un petit effort pour alléger le fardeau grec…”. Passando para a tradução 2, o aspecto mais difícil foi exactamente a questão do contexto económico e algumas referências culturais, na medida em que este texto quebra a crise económica europeia em figuras Lego, o que torna mais inteligível a absorção do esquema mas não permeia a sua inteligibilidade. Temos, sem dúvida, algum vocabulário próprio, mas a maior questão é exactamente a da compreensão. Chegando à tradução 3, os problemas multiplicam-se. De facto, esta foi uma das mais difíceis do semestre inteiro, o que faz com que seja fácil levantar problemas. O maior que eu, pessoalmente, tive foi exactamente o do “encours” e os diferentes 25 investimentos que o texto percorre, sem esquecer, claro está, a dificuldade de leitura, especialmente para alguém que é absolutamente leigo na área. Frases como “Elles ont atteint un record à 397 milliards d'euros, contre 211 milliards l'année précédente” levantam sérios problemas de compreensão, bem como, por exemplo, “ Leurs attentes auront donc été à nouveau déçues.” A tradução 4 foi a mais longa tradução efectuada ao longo de todo o semestre. Tendo em conta o seu meio de publicação – um jornal de algum gabarito e reputação – era de esperar que o nível de discurso fosse relativamente mais elevado àquele a que estávamos já a começar a ficar habituados. Somente pela extensão a tradução levantou problemas – nomeadamente, o facto da consistência, quer terminológica, quer discursiva. Temos aqui igualmente algumas notas, chegando à dezena, que fazem com que o texto seja pleno em referências culturais. Não tendo tido a hipótese de observar todo o material proposto, a inteligibilidade do discurso mantém-se mas a das referências não, tornando a sua leitura ainda mais complexa. A nível terminológico, muito do que aqui apareceu tinha já sido visto, sendo que a maior dificuldade foi a da compreensão. Por outro lado, a tradução 5 foi substancialmente mais pequena e mais acessível, denotado ainda mais pelo facto de se encontrar em Português. Muitas das questões levantas por este texto foram não pela densidade terminológica ou pela capacidade discursiva do autor: muito pelo contrário. Reparamos, ao longo do texto, que há graves falhas cometidas pelo perito que autoria o texto, o que torna necessário fazer uma leitura por vezes mais atenta do que o necessário para compreender o texto no seu todo. Finalmente, a tradução 6 encontra-se também em Português e é igualmente de extensão curta. Sendo já a sexta inserida na temática da economia, trata-se simplesmente de aplicar o que foi feito ao longo das aulas, quer a nível discursivo, quer a nível terminológico. Esta tradução não introduziu problemas novos nem retomou os que tinham já sido resolvidos. 2) Propostas de tradução (disc.) / equivalência (term.) e verificação da sua pertinência: Passando à terminologia, os problemas referidos no primeiro ponto foram: “y trouvera son compte”; “rachat”; “programme ELA”; “encours”; “reforma estrutural”; 26 “renégociation de la dette” e “actif”, sendo que podemos acrescentar “OPA”; “despesa pública”; “prêt bilatéral” e “fonds d’allocation”. Estas questões têm solução no seguinte : “irá considerar esta solução politicamente viável”; “Resgate”; “programa ELA”; “capitais detidos”; “reforme structurelle”; “renegociação da dívida”; “activo”; “OPA”; “dépense publique”; “empréstimo bilateral” e “fundos de alocação”. Muito do que ficou aqui esclarecido passou por pesquisa, quer a nível individual (rachat - http://gdt.oqlf.gouv.qc.ca/ficheOqlf.aspx?Id_Fiche=2090629 para contexto e http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/resgate para obter o equivalente; programme ELA https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/201402_elaprocedures.fr.pdf para contexto e http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/bce_aumenta_l imite_de_financiamento_aos_bancos_gregos_para_65_mil_milhoes.html para obter o equivalente. Esta foi provavelmente a entrada terminológica mais difícil que fiz ao longo de todo o semestre, uma vez que encontrar fontes que explicitassem exactamente o que é o programa em questão e que não o mencionassem só de passagem foi extremamente difícil. No final, encontrei o artigo do Banco Central Europeu, quer em Francês, quer em Português, mas ter a mesma fonte, se bem que traduzida, para os equivalentes pareceria bizarro, razão pela qual me foi sugerido optar por uma secção de um jornal especialista – Jornal de Negócios – que explicava sucintamente de que se tratava). Por outro lado, muitos dos termos foram também consultados por meio da Wiki de Terminologia (despesa pública http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF/index.php/Despesa_P%C3%BAblica; prêt bilatéral http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF/index.php/Empr%C3%A9stimo_bilateral; fonds 27 d’allocation http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF/index.php/Fundo_de_aloca%C3%A7%C3%A3o). Por fim, as dificuldades discursivas foram resolvidas em contexto de aula, após discussão de propostas de tradução, quer por parte dos alunos, quer por parte da professora. Muitas vezes foi necessário fornecer contexto sobre algumas referências culturais, tais como as indicadas na tradução 4, por exemplo. Sem estas, a tradução provar-se-ia impossível ou imensamente complexa. 3) Outras observações / comentário geral acerca dos textos: Tal como ficou descrito, a temática da economia passa não só por terminologia relativamente densa mas também por construções sintácticas de difícil interpelação. Foi necessário uma leitura muito cuidada ao longo de todo o processo de tradução para me assegurar de que não estaria a cometer qualquer tipo de erro. Mesmo uma coisa pequenina com um artigo definido ou indefinido poderia por vezes fazer toda a diferença. Noto ainda que a criação da Wiki de Terminologia ajudou imenso no trabalho de tradução, facilitando e agilizando o processo de procura de equivalentes. 28 29 Temática do Turismo Tradução 1 – Tourisme rural (FR – PT) O turismo rural O turismo rural representa quase um terço da afluência turística francesa (30,3% das noites: 289,819 noites). O turismo rural beneficia da dispersão das estadias no tempo, os agentes locais profissionalizam-se e a riqueza e a diversidade dos locais, do património e das actividades propostas participam no dinamismo do seu crescimento. Os esforços de mutualização da oferta, da rotulagem e da organização em rede deverão ser prosseguidos pelos agentes públicos e privados. As principais actividades praticadas no campo são as caminhadas e os passeios, visitas a locais naturais, históricos e patrimoniais, actividades náuticas, a bicicleta e a BTT. O ministério responsável pelo turismo acompanhou a construção de uma rede de ciclovias e ecopistas de mais de 20,000 km. Este programa é dirigido por uma missão nacional interministerial, elaborada em 2003. Esta prevê a construção de itinerários cicláveis de longa distância e de ecopistas dedicadas a circulações não motorizadas, nomeadamente com o objectivo de favorecer uma forma sustentável de turismo e o desenvolvimento dos territórios rurais. Actualmente, mais de 9,000 km de itinerários foram construídos. Um movimento nacional - France Vélo Tourisme -, levado a cabo pelo Ministério do Turismo, propõe um conjunto de serviços e informações relativos ao turismo em bicicleta na França, com a marca Accueil Vélo. A implementação do plano de qualidade de turismo e o desenvolvimento da mesma marca contribuem para o relançamento da economia turística, apoiando-se no reforço da qualidade dos benefícios e no prazo das actividades turísticas. O Estado acompanhou a associação France Vélo Tourisme na criação de um sítio web nacional de informações e de comercialização da oferta turístico-ciclística. Exemplo de turismo sustentável, esta acção é portadora da renovação da oferta e de um aumento da actividade para vários profissionais. ● O turismo rural é a forma de turismo que mais frequentemente se associa ao turismo sustentável pelos motivos predominantemente ambientais e pelas actividades de laser na natureza que lhe estão associadas. O campo oferece ao turismo sustentável um vasto campo de desenvolvimento através de rótulos de qualidade. Ao entrar em compromisso com um tipo de rótulo, um destino visa conciliar 30 desenvolvimento turístico e económico, criador de emprego e preservando o património natural. Vários rótulos nacionais permitem destacar este desafio. A título de exemplo, o rótulo de station verte (Estação Verde), destinado aos concelhos que dispõem de património natural, baseia-se desde Janeiro de 2014 numa nova carta de qualidade, um verdadeiro movimento de progresso que visa fazer de cada estação um destino ecoturístico. O rótulo Plus beaux villages de France (As mais belas Aldeias de França) articula-se em torno de três eixos estratégicos: qualidade, notoriedade e desenvolvimento. Por fim, o Destination Rando (Destino Caminhada) é um rótulo que distingue territórios de referência no que diz respeitos às caminhadas, garantindo benefícios aos caminhantes dos circuitos bem como uma organização de qualidade que permite que a colectividade valorize a sua política de desenvolvimento da caminhada através de um sítio de internet nacional. ● A gastronomia veicula valores fortes ligados ao acolhimento, ao convívio, à partilha, às relações sociais. As iniciativas de valorização da gastronomia encontram-se também no campo da arte de viver e do bem-estar em comunidade, no prazer do sabor, nomeadamente com produtos frescos, nos saber-fazer regionais, numa produção regional. Esta experiência teve êxito graças à rede “sites remarquables du gout” (sítios remarcáveis do gosto; conceito iniciado pelos Ministérios da Agricultura, da Cultura, do Ambiente e do Turismo) que dá relevo ao produto alimentar e emblemático de um território, que beneficia de uma notoriedade e de uma história, um património excepcional no plano ambiental e arquitectural, um acolhimento do público que permite dar a conhecer a ligação entre o produto alimentar, o património cultural, as paisagens e os homens. ● O enoturismo tornou-se um factor importante do desenvolvimento do turismo rural. As actividades turísticas em torno das rotas dos vinhos diversificam-se, dando ideias aos agentes locais que propõem ofertas satélite como a vinoterapia, a gastronomia ou mesmo os pacotes de estadia. Para dar face à exigência da clientela em distinguir os destinos enoturísticos, os Ministros do Turismo e da Agricultura introduziram a marca “Vignobles & Découvertes” (Vinícolas & Descobertas), cujo objectivo é o de dar mais legibilidade aos clientes e mais visibilidade ao destino. 50 destinos estão actualmente rotulados. 31 Tradução 2 – Tourisme vert (FR – PT) O ambiente natural da França e como desfrutar dele Férias mais baratas rodeados pelo meio natural? Uma ocasião para se distanciar de tudo, da agitação da vida urbana e da pressão do trabalho? Pergunta-se onde ir? Não precisa de procurar mais, a França é a respostas às suas preces. Com cerca de 108 pessoas por km², a França tem uma baixa densidade populacional nacional devido a regiões muitíssimo pouco povoadas. Não admira que muitos turistas vindos da Inglaterra e outros países que tais, que vivem em zonas densamente povoadas como os Países-Baixos, estejam tentados a viajar através do canal da Mancha ou passar a fronteira, à procura do vasto campo francês. Há várias coisas a fazer em França, sendo que é o maior país da Europa Ocidental, duas vezes maior que a Grã-Bretanha, mas com um nível populacional quase idêntico e rapidamente tomamos consciência de que a França possui imensos espaços naturais. No Norte, a zona campestre francesa é composta por terras planas ou colinas, mas uma grande parte do norte da França é rico em terrenos agrícolas; o campo selvagem da França encontra-se muito mais na direcção do Sul. A França oferece fabulosas possibilidades para passear e para andar de bicicleta. Há trilhos para passear disponíveis ao longo da França, sendo que alguns percursos particularmente atractivos se situam nas colinas e montanhas do sul da França. Alguns dos lugares mais populares para passear são os parques regionais de França. Estes são mais ou menos os mesmos que os parques nacionais, mas sob a responsabilidade da região ao invés da associação dos parques nacionais franceses. Há zonas designadas como parques regionais em todas as regiões da França, sendo que entre esses alguns têm atracções turísticas particulares como as suas paisagens, a sua fauna ou a população de aves que aí vivem. Há também boas oportunidades para andar de bicicleta. Sendo que há dezenas de milhares de quilómetros de percursos campestres, e alguns milhares de quilómetros de pistas de ciclismo especializadas, a França é um país ideal para aqueles que gostam de viajar sem deixarem qualquer pegada de carbono. O ciclismo é particularmente popular no norte da França e no Vale de Loire, onde há muitas pistas cicláveis relativamente planas: a costa atlântica francesa é 32 também popular para andar de bicicleta, e há percursos de ciclismo ao longo do trajecto do Loire aos Pirenéus. Mesmo que na maior parte do tempo seja em meio rural, a França é o principal destino de férias da Europa e praticamente todas as regiões do país dispõem dos alojamentos necessários para acolher os visitantes. Não terá portanto problemas em encontrar um hotel, pense em verificar na internet, por exemplo no site ibis.com que propõe várias escolhas para todos os orçamentos. Mesmo as regiões rurais da França estão repletas de pequenos hotéis respeitadores do ambiente, bem como quartos de hóspedes e, obviamente, estalagens. Por outro lado, a França possui mais parques de campismo que qualquer outro país na Europa, incluindo não só os grandes parques mas também muitos parques mais pequenos e alguns até muito pequenos. A popularidade de certos trilhos de passeio, especialmente os de longa distância, como os que seguem o antigo caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, permite que pequenos hotéis e casas de hóspedes sobrevivam em vilas e quintas isoladas ao longo do percurso. Estes são alguns destinos onde há poucos estabelecimentos, os refúgios de viajantes apelidaram-nos de "gîtes d’étape" (albergues). Seja para uma tenda de campismo, autocaravana ou uma autovivenda, a França oferece uma escolha variada de possibilidades para os campistas. 33 Tradução 3 – Caminhadas e passeios (PT – FR) Randonnées et Promenades Découvrez nos sentiers pédestres en contact proche avec la nature et en suivant des chemins autrefois parcourus par des meuniers, des pasteurs, des mineurs… N’ayant pratiquement aucune contre-indication, la randonnée améliore la condition cardiorespiratoire, aide à perdre ou à maintenir le poids corporel, renforce plusieurs groupes musculaires et améliore également divers systèmes de notre corps. La randonnée aide aussi au bien-être physique et émotionnel, stimule la circulation sanguine et rend plus facile le transport de l’oxygène, réduit le risque de maladies cardiaques, réduit le taux de cholestérol et la pression sanguine et combatte encore la dépression et le stress, parmi beaucoup d’autres bénéfices. Ainsi, si on ajoute tous ces bénéfices à de superbes paysages, à des centaines de kilomètres de sentiers adaptés à tous les intérêts et capacités physiques, à un contact intime et profond avec la nature et à l’histoire des lieus, à l’offre d’expériences accompagnées par des guides spécialisés ; si on ajoute encore une super gastronomie et unités d’hébergement qui feront tout pour vous relaxer et vous gâter après l’effort physique, alors l’invitation est faite… ...venez ici rester et vous promener avec nous. Fig.1 - Chemins du Schiste 34 Tradução 3bis – Caminhos do Xisto (PT - FR) Caminhos do Xisto (Chemins du Schiste) Venez ici rester et vous promener avec nous et profitez d’une randonnée à la découverte de la nature et de la culture. Ce sont des centaines de kilomètres qui sont les sentiers pédestres qui traversent les Aldeias do Xisto (Villages du Schiste). Ce sont aussi des centaines de personnes qui partent à la découverte des Caminhos do Xisto qui partent et retournent aux villages et se fondent dans leur paysage. Des parcours pour tous les goûts permettent aux randonneurs de profiter du superbe paysage et de l’architecture des Aldeias do Xisto. Tous les parcours pédestres sont approuvés, ils présentent des différents niveaux de difficulté et sont appuyés par des signaux visibles qui permettent de les parcourir en autonomie et en toute sécurité. Les Caminhos do Xisto sont indiquées tant pour des personnes aventuriers ou pour ceux qui préfèrent se promener avec leur famille ou leurs amis. Les Caminhos do Xisto sont des sentiers pédestres de petite route, circulaires en général, qui partent et arrivent au même point des villages, et dont les sentiers étaient souvent utilisés par des meuniers, des pasteurs, des agriculteurs, des mineurs, parmi beaucoup d’autres anciens métiers. La plupart de la richesse de l’environnement et du patrimoine qui se trouve au long des parcours est expliquée à travers des panneaux interprétatives qui sont sur les principaux points d’intérêt. Les Caminhos do Xisto sont pleins d’expériences enrichissantes et sont souvent complétés par d’autres activités proposés par des entreprises d’animation touristique qui portent le label des Aldeias du Xisto, sans oublier le confort et la qualité qui sont normalement offerts par les hébergements, aussi certifiés, qui 35 s’associent à ce type d’événements en proposant divers réductions et promotions : ou dans restaurants qui apaisent l’appétit après une randonnée et le désir de connaitre des saveurs traditionnels et authentiques de la gastronomie du terroir. 36 Comentário Descritivo – Caminhadas & Caminhos do Xisto Comentário Descritivo – Caminhadas & Caminhos do Xisto - URL e tipo de sítio: http://aldeiasdoxisto.pt/category/caminhadas-e-passeios e http://aldeiasdoxisto.pt/category/caminhos-do-xisto. Os textos apresentados nestas ligações são de carácter mais publicitário que utilitário, na medida em que visam vender a ideia do turismo e da caminhada naquele destino. O sítio em que os textos estão inseridos é também ele um sítio publicitário de destinos turísticos, todos focados na mesma zona – Xisto. - Autor do texto: O autor não fica explícito, sendo que temos que creditar a autoria a uma entidade, neste caso à Rede das Aldeias do Xisto, que, por sua vez, é um projecto de desenvolvimento sustentável, liderado pela ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, que se encontra em parceria com 21 Municípios da Região Centro e com cerca de 100 operadores privados que actuam no território. - Data: Não temos indicação da data de publicação dos textos, sendo que a única indicação temporal é o símbolo de copyright inerente na secção inferior do URL, possivelmente indicando a sua publicação em meados de 2013. - Objectivos do texto: Vender a zona turística sustentável das Aldeias do Xisto, através da exaltação dos benefícios que lhe estão inerentes – paisagem, ciclovias, etc. – e da ideia de descontracção e, ao mesmo tempo, desafio. - Público-alvo do texto: Qualquer turista que esteja à procura de um destino de turismo sustentável em meio rural, bem como o turista que aprecia a natureza e caminhadas. - Discurso: Discurso acessível, sem densidade terminológica. Por virtude de ser um texto essencialmente publicitário, encontramos marcas subjectivas e frases feitas ao longo dos textos, tal como, por exemplo, a frase final do primeiro texto (Ponha aqui o seu pézinho) que é retomada no início do segundo texto. - Aspecto gráfico da página / sítio: O layout da página tem como imagem(ns) de fundo paisagens e cenários da zona turística de que se fala, coadunando-se bem com o texto publicitário. A página apresenta menus facilmente navegáveis e ligações para mais informações e atracções na secção inferior. Pode-se encontrar na página principal uma pequena janela para efectuar reservas de alojamento até quatro diferentes sítios. 37 Tradução 4 – Tourisme vert PPT (FR - PT) 38 39 40 41 42 43 Tradução 5 – Tourisme Touraine - Hôtels (FR – PT) 44 45 Commentaire Descriptif – Tourisme Touraine – Hôtels Commentaire Descriptif – Tourisme Touraine - Hôtels Url / type de site: http://www.economietouraine.com/tourisme_indre_et_loire/tourisme_publications.aspx#I000e3d3f. Il faut bien indiquer que le URL nous emmène seulement vers un listage de plusieurs PDFs. Le texte dont ce commentaire parle se trouve dans le PDF « Capacité d’accueil en hôtels classés en Touraine, région Centre et France au 31/12/2007 », dans le sous-titre « 5 – Hébergements touristiques : offres et fréquentations comparées Touraine, région Centre, France ». Le site ici présent s’agit d’un dépositoire de documents à télécharger, tous relatifs au tourisme. Auteur de la page: On n’a pas l’indication de l’auteur, mais on a une autre chose tellement importante – les sources de l’information qui font partie de cet article. Bien que le texte s’agisse d’un texte utilitaire, il faut bien connaître les sources, qui sont la Direction du Tourisme, la Préfecture d'Indre et Loire, le Comité Régional du Tourisme (CRT) du Centre, le Comité Départemental du Tourisme (CDT) de Touraine, la Chambre de Commerce et d’Industrie (CCI) de Touraine, et l’Observatoire de l’Économie et des Territoires de Touraine (OE2T). Date: Le texte a été publié le 13/10/2008. L’étude est relatif au période jusqu’à 31/12/2007. Objectif du texte: Relier de l’information concernant le tourisme dans la région de Touraine, d’Indre-et-Loire et de la France. Public-cible du texte / site: Des personnes qui veulent savoir plus à propos du tourisme dans la Touraine. On peut également penser que ce texte peut suivre un propos plus professionnel ; donc, il peut tout simplement s’agir d’une relevée de données pour les entreprises touristiques. Le même est vrai pour le site. Discours: Le discours est simple mais assez terminologique à cause des termes propres du domaine. On ne trouve pas des difficultés apparentes, sauf le 4*L pour indiquer une classification plus élevée que quatre étoiles pour un hôtel. Aspect graphique: Aspect graphique simple, ayant en compte seulement le relié de l’information y-compris. 46 Tradução 6 – Turismo – Caracterização do Alojamento Hoteleiro (PT – FR) 1. TOURISME Introduction Dans cette partie on procède à une analyse des principaux aspects relatifs à l’univers des établissements hôteliers dans le période compris entre 1991 et 2001. Il s'agit d'une analyse exclusivement statistique, où on considère deux seules sources (l’Institut National de Statistique) (Instituto Nacional de Estatística) et la Direction Général du Tourisme (Direcção-Geral de Turismo)). D'autres composants fondamentaux pour la compréhension du phénomène touristique dans la région, tels que ceux qui sont associés au tourisme de seconde résidence, aux lits informels parallèles, aux touristes hébergés dans la famille ou chez des amis, aux activités et aux infrastructures de consommation touristique (parcs thématiques, ports de plaisance, terrains de golf...), à la restauration et aux établissements similaires en dehors des établissements hôteliers, etc. sont abordés dans le cadre du 'Tourisme - Caractérisation et Diagnostique du Secteur' (voir chapitre spécifique du Volume I et annexe respectif de ce Volume II). Par contre, et en ayant présent une vision essentiellement géographique de l'équipement hôtelier, les enjeux de l'économie et de l'emploi sont approchés dans les chapitres (et annexes) respectives. La présente analyse a les restrictions suivantes: L'information, au niveau intra régional (de la commune), date le plus récemment de l'année 2000, contrairement à la même information pour les niveaux régional et national, dont les derniers dates se rapportent à 2001 (dans le cas de certaines variables, 2002); et Dans une perspective territorial, il n'a pas été possible de procéder à une désagrégation spatiale plus approfondie de l'information discutée, notamment au niveau de la section de commune et du hameau, sans doute important lorsqu’on considère certaines communes de la région qui s'allongent de la banque littoral sud jusqu'à la frontière avec l'Alentejo, et englobe l’immense territoire du Barrocal et de la Serra. 47 Comentário Metodológico Transversal – Turismo Comentário metodológico transversal - Turismo 1) Identificação de problemas / dificuldades na língua de partida a nível discursivo ou terminológico e sua explicação (disc.) / definição (term.): A temática do turismo levantou algumas questões, nomeadamente a nível discursivo. Abrangemos duas tipologias dentro desta temática – o texto publicitário (traduções 1, 2 e 3) e o texto utilitário (traduções 4, 5 e 6). Pela própria razão de ser publicitário, as traduções que aqui se integram requerem desde logo um cuidado maior com a língua, sendo que é preciso não só manter um rigor pleno em termos de terminologia, mas será igualmente, se não mais necessário, manter o texto apelativo dentro do contexto cultural de chegada - de facto, se ignorarmos a vertente publicitária, as traduções tornar-se-iam desenxabidas. Por outro lado, o texto utilitário é, de longe, terminologicamente mais complexo, através de termos como “parc hôtelier”, “enjeux” ou “filière”, o que requere um grau de pesquisa mais elevado e detalhado. Falando individualmente, a tradução 1 apresenta dificuldades como “acteurs locaux”, “labellisation” ou “mise en réseau”. Por outro lado, a maneira como formula algumas frases, tal como “Le tourisme rural est la forme de tourisme que l’associe le plus communément au tourisme durable”, transmite, no texto de partida, a ideia de apoiar alguma coisa ao mesmo tempo que dela desfrutamos, ideia a qual tem de ser mantida no texto de chegada. A tradução 2 vem na mesma veia que a primeira, sendo igualmente um texto mais publicitário que utilitário. Na verdade, das traduções inseridas neste sector, dirse-ia que este seria o mais publicitário de todos, o que se pode facilmente notar logo desde o início – “Des vacances peu coûteuses dans un milieu naturel ? Une occasion de s’éloigner de tout, de l’agitation de la vie urbaine et des pressions du travail ? Vous vous demandez où aller ? Ne cherchez plus loin, la France est la réponse à vos attentes.”. Terminologicamente falando, este texto não apresentou as mesmas dificuldades que o primeiro, uma vez que, tal como de cada vez que se entra num novo domínio, tudo o que seja relativamente repetitivo acabará, eventualmente, por se tornar mais fácil e rápido, uma vez que o vocabulário começa a fluir suavemente, não requerendo doses tão copiosas de pesquisa integral. Claro está que, no entanto, este 48 texto não pode ser descurado. A fluência da influência turística está aqui bem patente e teve de ser mantida no texto de chegada. Passando agora à tradução 3, verificamos também uma tentativa de venda de produto ou de criação de necessidade. Passando por frases como “Sem praticamente nenhuma contra-indicação, caminhar melhora a condição cardiorrespiratória […]” ou “[…] então fica o convite... ...ponha aqui [o] seu pezinho”, é fácil reparar que esta frase final iria causar problemas. Por outro lado, este texto e o seguinte (3bis) apresentam uma outra dificuldade acrescida, o facto de que a gramática não ser a mais correcta e o facto de ter alguma ambiguidade textual. Chegando, no entanto, ao ramo utilitário dos textos de turismo, estas preocupações desvanecem. De facto, começamos agora a entrar numa densidade terminológica acrescida mas que remove aquilo que poderá ser considerado o mais difícil – a fluência textual. As traduções 4 – 6 são basicamente compilações de dados e um resumo de um artigo. A primeira foca-se numa apresentação PPT e elações dela retiradas, ao passo que a segunda se trata exclusivamente da apresentação de dados e a terceira de um resumo. A tradução 4 revela-se difícil pelas construções semânticas empregues. Pelo facto de se tratar de uma apresentação, é lógico que se constate que as frases serão mais na via de segmentos que de frases propriamente bem construídas, o que levanta problemas. Temos igualmente a presença de alguns termos, nomeadamente “filière” e “bâti et non bâti”. É de igual relevo levantar a questão do meio de tradução. Sendo que se trata de um documento PPT em formato PDF, seria necessário retirar o texto e traduzir à parte, o que faz com que a tradução, por muito bem feita que poderá estar, não cumpra o seu propósito de parecer autêntica, uma vez que lhe falta o meio de veiculação de mensagem. Por sorte, existem já certos programas de edição de PDFs, alguns dos quais com alguma qualidade, que permitem tornear este grande obstáculo. Para efeitos de tradução, creio ter conseguido uma boa solução. No entanto, para efeitos de documentação em portefólio, os slides poderão ser algo pequenos e de leitura algo condicionada, apesar de serem absolutamente legíveis. Chegando à tradução 5, os problemas mantêm-se. De facto, há muito pouco texto contido no PDF (o que, mais uma vez, levanta a questão do formato de ficheiros) mas o pouco que há não é de tradução imediata. Temos a presença de alguma terminologia que complica o processo, nomeadamente “parc hôtelier” e a designação de 4*L para designar um hotel com mais de 4 estrelas mas que é, aparentemente, inferior a 5 estrelas. Por fim, a tradução 6 é uma lufada de ar fresco, na medida em que voltamos ao texto corrente. Sim, encontra-se igualmente em formato PDF mas trata-se muito simplesmente de texto corrido, facilitando a sua tradução. Quanto a dificuldades 49 concretas, volto a observar que, dentro de qualquer domínio, quanto mais experiência se tenha mais fácil se torna a tradução, o que não deixa de ser verdade aqui. Termos como “estabelecimentos hoteleiros”, “parques temáticos” ou “concelho” começam a ficar registados, quer na memória do tradutor, quer na memória de tradução. Claro está que, neste âmbito, a Wiki de Terminologia por nós elaborada ao longo do semestre oferece uma fonte de informação fiável face a termos que tenhamos já encontrado ao longo do nosso percurso de trabalho, tornando-se uma ferramenta indispensável à boa concretização de traduções. 2) Propostas de tradução (disc.) / equivalência (term.) e verificação da sua pertinência: Falando concretamente de terminologia, os problemas que observei no primeiro ponto foram os seguintes: “parc hôtelier”; “enjeux”; “filière; “acteurs locaux”; “labellisation”; “mise en réseau”; “bâti et non bâti”; “4*L”; “estabelecimentos hoteleiros”; “parques temáticos” e “concelho”, que têm as seguintes propostas de tradução : “parque de hotéis”; “desafios”; “sector”; “agentes locais”; “rotulagem”; “organização em rede”; “edificado ou não”; “4*L”; “établissements hôteliers”; “parcs thématiques e “commune”. 50 Algumas das soluções foram encontradas por meio de pesquisa – “acteurs locaux” (http://www.vie-publique.fr/decouverteinstitutions/institutions/approfondissements/responsabilite-acteurs-locaux.html para verificar o contexto e http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/Agentes-Locais-deInova%C3%A7%C3%A3o:-receba-o-Sebrae-na-sua-empresa para verificar o equivalente. Note-se que o site apresentado se encontra em Português do Brasil, mas que o texto está predominantemente em Português Europeu) ou “estabelecimentos hoteleiros” (http://www.quebecregion.com/fr/etablissements-hoteliers/ que confirma a existência do equivalente proposto em Francês e que demonstra o significado). No entanto, a maior parte das questões terminológicas levantadas foram resolvidas em contexto de aula, quando várias pessoas apresentaram diferentes soluções e se debateu sobre cada uma, chegando, por fim, a um consenso alargado em cada uma. Não posso deixar de, mais uma vez, mencionar a Wiki de Terminologia (http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF) que compila termos já traduzidos, facilitando a tarefa repetitiva de procura de terminologia adequada. Passando agora às minhas propostas de tradução, há que ter em conta o contexto de algumas passagens, nomeadamente aquando da parte publicitária. É necessário traduzir a mensagem ressalvando o interesse geral do texto e do autor que originalmente o terá publicado. Ou seja, se um texto é predominantemente publicitário na língua de partida, é necessário manter todas as suas características na língua de chegada, mesmo que para isso seja necessário fazer uma adaptação cultural. 3) Outras observações / comentário geral acerca dos textos: No geral, a temática do Turismo apresentou diversas dificuldades, quer a nível discursivo, quer a nível terminológico. No entanto, é interessante notar que os textos partilhavam várias características, o que torna a sua tradução progressivamente mais fácil. Quase todos os textos apresentam dados de uma forma ou outra, alguns para informar, outros para vender. Ter em conta todos os contextos e os mais pequenos detalhes de cada texto provou ser um desafio à altura. 51 52 - Fim - 53