PTF_II_Portefólio_RCampos_65873_2015

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PTF_II_Portefólio_RCampos_65873_2015
Universidade de Aveiro – Departamento de Línguas e Culturas
RICARDO FILIPE TAVARES PEREIRA CAMPOS (65873)
Práticas de Tradução de Francês II
Portefólio Final de Semestre
Aveiro
Junho 2015
2
ÍNDICE
TEMÁTICA DA ECONOMIA ..................................................................................................................... 5
TRADUÇÃO 1 – DETTE GRECQUE (FR – PT)........................................................................................................ 5
TRADUÇÃO 2 – CRISE DETTE EUROPEENNE (FR – PT) ........................................................................................... 8
Commentaire Descriptif – Crise dette européenne ............................................................................ 10
TRADUÇÃO 3 – FLUX D’INVESTISSEMENTS ET PRUDENCE EUROPE (FR - PT) ............................................................ 11
Commentaire Descriptif – Flux d’investissements et prudence Europe ............................................. 14
TRADUÇÃO 4 – DETTES PUBLIQUES (FR – PT) .................................................................................................. 15
TRADUÇÃO 5 – DÍVIDA GREGA (PT - FR) ......................................................................................................... 19
Comentário Descritivo – Dívida grega ............................................................................................... 21
TRADUÇÃO 6 – OPA CAIXABANK-BPI (PT – FR) .............................................................................................. 23
Comentário Metodológico Transversal – Economia .......................................................................... 25
TEMÁTICA DO TURISMO ...................................................................................................................... 30
TRADUÇÃO 1 – TOURISME RURAL (FR – PT) .................................................................................................... 30
TRADUÇÃO 2 – TOURISME VERT (FR – PT) ...................................................................................................... 32
TRADUÇÃO 3 – CAMINHADAS E PASSEIOS (PT – FR) .......................................................................................... 34
TRADUÇÃO 3BIS – CAMINHOS DO XISTO (PT - FR) ............................................................................................ 35
Comentário Descritivo – Caminhadas & Caminhos do Xisto .............................................................. 37
TRADUÇÃO 4 – TOURISME VERT PPT (FR - PT) ................................................................................................ 38
TRADUÇÃO 5 – TOURISME - HOTELS (FR – PT) ................................................................................................ 44
Commentaire Descriptif – Tourisme – Hôtels .................................................................................... 46
TRADUÇÃO 6 – TURISMO – CARACTERIZAÇÃO DO ALOJAMENTO HOTELEIRO (PT – FR) ............................................ 47
Comentário Metodológico Transversal – Turismo ............................................................................. 48
3
4
Temática da Economia
Tradução 1 – Dette grecque (FR – PT)
A negociação da dívida grega, um verdadeiro quebra-cabeças
financeiro
Infografia: Os governos europeus são confrontados com pedidos de
reestruturação da dívida grega formulados pelo novo primeiro-ministro
Alexis Tsipras
Uma vez passada a euforia da vitória eleitoral e a simpatia que o Syriza
pode suscitar em certas capitais, a realidade dos números é bastante
dolorosa para os governos da zona euro. Não só correriam grandes
riscos se a Grécia recusar unilateralmente reembolsar uma parte da sua
dívida – o que custaria mais de 40 mil milhões de euros à França e cerca
de 56 mil milhões à Alemanha -, mas por outro lado um gesto financeiro
livremente consentido a favor do governo de Alexis Tsipras parece muito
complicado, uma vez que os empréstimos foram concedidos sob
condições muito generosas.
O quebra-cabeças é ainda mais delicado para os governos europeus,
que em caso de renegociação da dívida dois importantes credores
ficarão fora de cena: o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central
Europeu.
Estas duas instituições têm um estatuto de “credores preferenciais”, que
lhes permite serem reembolsados com prioridade. O FMI, que emprestou
32 mil milhões de euros à Grécia, recuperará o que lhe é devido graças
aos empréstimos europeus. Este será por outro lado o primeiro a
reclamar o que lhe é devido ao governo Tsipras em meados de Março,
com um reembolso esperado de 4,5 mil milhões de euros.
“O FMI foi sempre reembolsado! Sê-lo-á sempre. Nem as taxas de juro
(na ordem dos 4%, NDR) nem os prazos são negociáveis. É um credor
super preferencial”, afirma o economista Gilles Moec ao Bank of America
Merrill-Lynch, o que não impede o FMI de pedir aos Europeus um
pequeno esforço para aliviar o fardo grego…
5
Europeus particularmente expostos
O BCE será igualmente poupado. Este emprestou 27 mil milhões de
euros em 2010 e aceitou, desde então, transferir ao governo grego os
juros que tinha recebido sobre os seus títulos. De acordo com os tratados
europeus, o BCE não pode juridicamente ir mais longe. “O BCE não pode
participar numa reestruturação salvo se se tratar de um financiamento
monetário de um Estado, o que é estritamente interdito”, explica o
economista do Bank of America. O BCE não pode alargar o prazo dos
seus empréstimos, uma vez que se trata de uma forma de
reestruturação.
“Se a Grécia passasse a depender muito do BCE, a sanção seria terrível:
os seus bancos já não poderiam refinanciar-se junto do banco central, o
que levaria a uma explosão do seu sistema bancário”, acrescenta Gilles
Moec. O sector privado (bancos, fundos, seguradoras), que detém ainda
53 mil milhões de euros de dívida grega, já havia consentido, em 2012,
um sacrifício de 70% sobre o valor dos títulos, presenteando assim a
Grécia com 107 mil milhões de euros.
Os mais expostos a uma negociação da dívida são hoje portanto os
governos europeus, credores de Atenas no montante de 195 mil milhões
de euros. A maioria dos empréstimos foi concedida via o Fundo Europeu
de Estabilidade Financeira (FEEF), sendo o resto empréstimos bilaterais.
Os 141,8 mil milhões de euros emprestados à Grécia via o FEEF foram
transferidos sob taxas muito baixas, em média de 1,5%. Excepto em
caso de perdas, que seriam colmatadas pelos governos da zona euro,
este Fundo não pode emprestar mais barato, uma vez que se trata da
taxa sob a qual se financia nos mercados. Os governos europeus
ofereceram também, em 2012, 10 anos de empréstimos sem juros à
Grécia na maioria dos seus créditos. Melhor é difícil…
Permanece a possibilidade de jogar com os prazos dos empréstimos,
consentidos em média por 30 anos. A margem de manobra destes
empréstimos bilaterais é por isso maior sobre os 52,9 mil milhões de
euros de empréstimos bilaterais. Poderá assim ser decidido estendê-los
até 50 ou 99 anos. Destes, a França detém 11 mil milhões e a Alemanha
15 mil milhões. É sobre estas somas, que representam somente 16,7%
da dívida grega, que se poderá verdadeiramente negociar com Atenas.
Nada que não mude fundamentalmente o rumo financeiro nem
económico da Grécia. “Vamos chegar a empréstimos de 0,5% sobre 50
6
anos, mas isto vai demorar três meses para serem negociados…”, prevê
um especialista. Falta saber se Alexis Tsipras irá considerar esta solução
politicamente viável…
7
Tradução 2 – Crise dette européenne expliquée en Lego (FR – PT)
A crise da dívida europeia explicada em Legos
Quer explicar a crise da dívida europeia aos seus filhos, ou gostaria simplesmente de
compreendê-la? Michael Cembalest, responsável pelos investimentos (Chief
Investment Officer) do banco americano JP Morgan publicou numa nota de pesquisa
um esquema sintético que explica as interacções entre os diferentes figurantes da
crise das dívidas soberanas europeias com personagens Lego.
Este esquema, que visa representar a perspectiva que teria uma criança de 9 anos da
crise europeia, é, sem dúvida, algo caricatural, mas tem a vantagem de poder ser
rapidamente compreendida por todos.
A legenda e as explicações de cada personagem Lego :
1) O toureiro e o piloto de fórmula 1 representam a Espanha, a Itália e os outros países
periféricos da Zona Euro (Grécia e Portugal) chamados PIGS. Estes países pensam que
o BCE (Banco Central Europeu) poderia comprar obrigações em número suficiente dos
seus países e dar-lhes tempo para colocar em prática planos de austeridade.
2) Os três “cavaleiros” medievais representam os partidos Alemães CDU, CSU e FDP
que controlam o parlamento alemão (Bundestag) e que não querem que a Alemanha
dê mais do que já deu.
3) O marujo vestido de azul e branco com uma âncora na mão é um pescador finlandês
que representa a Finlândia. A Finlândia exigiu ao Fundo Europeu de Estabilidade
Financeira (FEEF) garantias relativas aos empréstimos à Grécia, o que complicou os
intercâmbios e colocou pressão sobre os bancos franceses e alemães.
4) O casal de camponeses com uma cenoura e uma pá representam os Verdes e os
Socio-democratas alemães. As sondagens indicam que estes partidos poderão ganhar
as eleições se estas ocorressem agora. Estes 2 partidos de oposição são a favor de
reforçar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeiro e aceitar o federalismo europeu
se for necessário para salvar a União Económica e Monetária (UEM).
5) O homem com a capa representa o Bundesbank, o banco central alemão que é em
última instância o protector dos interesses monetários e fiscais da Alemanha.
6) O porco-mealheiro representa o FMI (Fundo Monetário Internacional) cujo papel é
algo passivo mesmo tendo emprestado dinheiro à Grécia e imposto planos de
austeridade.
8
7) O banqueiro de cabelos grisalhos representa o BCE (Banco Central Europeu) que
compra obrigações de estado espanholas e italianas no mercado secundário para
reduzir as taxas de empréstimo.
8) O homem de vermelho e preto representa a Polónia, que, após um longo período
de espera para entrar na União Económica e Monetária e adoptar o euro, prefere
agora esperar por ter uma melhor visibilidade sobre a situação das dívidas soberanas.
9) Os 2 pintores representam a França que se apoia no BCE quando o Fundo Europeu
de Estabilidade Financeira não está mais em condição de gerir a situação.
10) O grupo de trabalhadores (varredor, piloto, cozinheiro, mecânico, polícia,
enfermeira) representa o conjunto dos contribuintes europeus que serão afectados
pelo custo de reestruturação da dívida europeia.
11) Os 2 stormtroopers saídos directamente de Star Wars representam a Comissão
Europeia e o ministério das finanças europeias, dirigidos por José Manuel Barroso e
Jean-Claude Juncker. Estes apoiam o Banco Central Europeu (BCE) em diferentes
níveis.
12) O banqueiro com o monóculo e a sua secretária (assistente de direcção)
representam os detentores de obrigações e de acções europeias.
Ter-se-ão apercebido que o esquema é algo caricatural, mas tem o mérito de ser
simples.
Nota: a nota de pesquisa atribui a concepção do esquema em Lego a Peter Cembalest,
de 9 anos, que é certamente o filho do autor Michael Cembalest.
9
Commentaire Descriptif – Crise dette européenne expliquée en Lego
Commentaire Descriptif – Crise dette européenne expliquée en Lego
Url / type de site: http://www.bourse-investissements.fr/la-crise-de-la-detteeuropeenne-expliquee-en-lego/. Le site ici présent s’agit du partage des informations
de la bourse et, bien sûr, de l’économie. Il est intéressant de vérifier que le site est, en
fait, un site Wordpress, ce qui peut être observé quand on fait clic sur « S’identifier »
en haut de page.
Auteur de la page: On ne sait pas qui est l’auteur de l’article, mais on sait que le
schéma dont l’article parle a été publié par Michael Cembalest, et que le schéma a été
créé par son fils, Peter Cembalest. Quand on fait clic sur le « Contact » en haut de
page, on trouve une page sans contenus, donc on se sait pas qui est l’auteur du site ilmême.
Date: Le texte a été publié le 26/09/2011, à 16h16.
Objectif du texte: Expliquer aux « nuls » ou même aux enfants qu’est-ce que la crise de
la dette européenne d’une manière qui sera plus facile de comprendre.
Public-cible du texte / site: Comme je l’ai déjà dit, le public-cible de ce texte sont les
enfants et les personnes qui ne comprennent rien de la dette et qui veulent en savoir
plus.
Discours: Discours assez simple, bien qu’il y ait des termes du domaine de l’économie.
Tout confondu, l’article est de lecture facile mais d’interprétation difficile.
Aspect graphique: L’aspect de la page est simple, ayant un contraste grand entre le
noir et blanc, ce qui fait que la lecture devient plus facile. On a aussi une manière de
chercher des mots ou des phrases sur le moteur de cherche en haut de page. Une fois
que le site a des menus de navigation, le site est aussi de facile navigation.
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Tradução 3 – Flux d’investissements et prudence Europe (FR - PT)
Gestão de activos
Terça-feira
3 Fevereiro 2015
Os fluxos de
investimento traduzem
a prudência na Europa
REJANE REIBAUD / JORNALISTA | 03/02, 06:00
Recolha por classe de activos
Em milhares de milhões de euros. Fundos abertos distribuídos na Europa.
Os fluxos de investimento traduzem a prudência na Europa
A classificação Morningstar para 2014 da recolha de
fundos na Europa dá relevo aos fundos de alocação
enquanto os fundos das acções recuam, em sinal de
prudência
Artigo(s) Associado(s)



Les fondations se tournent vers les fonds alternatifs
Comment la machine Pimco se remet en question
Gestion collective : le retour de la prise de risques
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Quem são os que mais ganham e perdem em 2014? A Morningstar compilou
exclusivamente para “Les Echos” o fluxo de subscrições e resgates nos fundos abertos
comercializados na Europa e por tipo de activos. Primeira constatação: há cada vez mais
dinheiro investido nos fundos. Como em 2013, as subscrições líquidas, montantes
investidos menos aqueles retirados pelos investidores, aumentaram. Conseguiram um
recorde de 397 mil milhões de euros, contra os 211 mil milhões no ano anterior. Outra
constatação: os fundos de alocação, que misturam acções e obrigações, são os grandes
vencedores do ano, o que se traduz num sinal de prudência, segundo Morningstar. Eis
uma análise de tendências.
Ano histórico para fundos de alocação
Capitais detidos: 851 mil milhões de euros (+28%) Recolha : 135 mil milhões de
euros
Em termos de crescimento, os fundos de alocação são à semelhança dos fundos
alternativos (nomeadamente os “hedge funds”) os grandes vencedores de 2014. Face a
mercados cada vez mais voláteis e fontes de desempenho que podem ser muito variadas,
os investidores são mais orientados para fundos que misturam acções, obrigações e
numerário. “Quando os investidores se viram para os fundos de alocação, isto significa que
preferem delegar a um fundo e, portanto, a um gestor, a capacidade de encontrar a melhor
alocação entre acções e obrigações”, afirma Ali Masarwah da Morningstar. Isto traduz-se
na recolha recorde registada o ano passado por certos fundos tais como o M&G Optimal
Income ou o JPM Global Income.
Fundos alternativos regressam em força
Capitais detidos : 238 mil milhões de euros (+31%) Recolha : 43,4 mil milhões de euros
Para a Morningstar, é ainda um sinal de prudência. Ao recolher 43,4 mil milhões de euros,
os fundos alternativos aumentaram em 30% as subscrições que em 2013. Os investidores
refugiaram-se nos activos que lhes prometem desempenhos absolutamente positivos, sob
pena de não poder beneficiar totalmente da subida do mercado.
Os fundos de acções em baixo de forma
Capitais detidos : 2,342 mil milhões de euros (+15%) Recolha: 43 mil milhões de euros
Em 2013, a maioria dos especialistas esperava uma espécie de “grande rotação” do fluxo
de investimentos das obrigações para as acções. Em 2014, os prognósticos eram quase
os mesmos. As suas expectativas não foram mais uma vez correspondidas. Os fundos
acções recolheram quase duas vezes menos o ano passado que em 2013. A culpa devese ao crescimento da volatilidade e a dois meses, Outubro e Dezembro, que
desencorajaram as ambições dos mais temerários.
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Os fundos de obrigação são reforçados
Capitais detidos: 1 897 mil milhões de euros (+18%) Recolha: 122 mil milhões de euros
Enquanto a maioria dos investidores apostava numa subida dos juros para 2014, foi o
contrário que se passou. Continuaram a baixar, mas isto não impediu estes últimos de se
precipitarem para os fundos de obrigações, sendo a recolha duas vezes superior à de
2013 (61 mil milhões de euros). “É um ano sólido em termos de recolha, mas não é um
ano recorde”, diz no entanto Ali Masarwah, que relembra que, em 2012, os fundos de
obrigações tinham reunido 188 mil milhões de subscrições. Para 2014, os fluxos
direccionam-se para os fundos mais flexíveis. Um outro sinal de prudência da parte dos
subscritores.
Réjane Reibaud, Les Echos
A metodologia de Morningstar
A classificação foi realizada em 28 países da União Europeia.
Recapitula os números fornecidos pelas sociedades de
gestão sobre os seus fundos abertos e domiciliados na
Europa. Exclui no entanto os fundos monetários (excepto na
recolha global por classe de activos), assim como todos os
fundos especiais (ETF, FCPE, FCPI, FCPR, etc.) e os
mandatos, fundos específicos e fundos de fundos.
Para saber mais
http://www.lesechos.fr/journal20150203/lec2_gestion_d_actifs/0204122735398-les-fluxdinvestissements-traduisent-la-prudence-en-europe1089510.php?PBKtwOq56rIqFehQ.99#xtor=RSS-2009
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Commentaire Descriptif – Flux d’investissements et prudence Europe
Commentaire Descriptif – Flux d’investissements et prudence Europe
Url / type de site:
http://www.lesechos.fr/journal20150203/lec2_gestion_d_actifs/0204122735398-lesflux-dinvestissements-traduisent-la-prudence-en-europe-1089510.php. Ce site
présente des nouvelles de plusieurs domaines. Dans ce cas, il s’agit du domaine de
l’économie.
Auteur de la page: Réjane Reibaud, journaliste pour Les Echos.
Date: Le texte a été publié le 03/02/2015, à 06:00.
Objectif du texte: Partager des informations sur l’économie en Europe, en particulière
en ce qui concerne la collecte d’actifs et les investissements dans le continent, qui
traduisent la prudence que le cadre mondiale économique a porté à nos jours.
Public-cible du texte / site: Des personnes qui peuvent être curieuses sur la
distribution de l’argent en Europe, notamment dans les investissements. Peut-être,
des entreprises peuvent aussi avoir de l’intérêt sur ces classifications, car elles peuvent
orienter ses investissements. Une fois qu’il s’agit d’un site d’informations, le même est
vrai pour il-même.
Discours: Discours simple mais assez terminologique. On a la présence de plusieurs
termes sur le texte qui peuvent présenter des difficultés. Ces mêmes termes, par
contre, sont répétés dans le texte, ce qui fait que la traduction sera un peu plus facile
de terminer mais plus difficile de la commencer à faire.
Aspect graphique: Étant donné que le site a différents sections, le site il-même est
vraiment long. Il y a aussi des menus de navigation qui nous permettent d’explorer le
site. En général, le site est de navigation facile et est intuitif.
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Tradução 4 – Dettes publiques (FR – PT)
Todas as dívidas devem ser pagas, excepto...
Dívida pública, um século de braços
de ferro
O fracasso das suas políticas impediu os partidários da austeridade de argumentar pelo bom senso
económico. De Berlim a Bruxelas, os governos e as instituições financeiras baseiam-se agora na
ética: a Grécia deve pagar, é uma questão de princípio! A história mostra contudo que a moral não é
o árbitro principal dos conflitos entre credores e devedores.
Renaud Lambert, Março 2015
Houve um tempo em que os Estados se libertavam facilmente do ónus da dívida. Bastava por
exemplos aos reis de França executar os seus credores para sanear as suas finanças: uma forma
embrionária, mas comum, de “reestruturação” (1). O direito internacional impediu os devedores de
recorrer a uma tal facilidade. Agrava inclusive a sua situação ao impor-lhes o princípio da
continuidade de compromissos.
Se é verdade que os juristas se referem a esta obrigação por meio de uma formulação latina – Pacta
sunt servanda (“As convenções devem ser respeitadas”) -, as mais diversas traduções circularam
contudo ao longo das últimas semanas. Versão moralizadora: “A Grécia tem o dever ético de
reembolsar a sua dívida” (Front national – Partido Francês Frente Nacional). Versão nostálgica do
recreio da nossa infância: “A Grécia deve pagar, são as regras do jogo” (Benoît Cœuré, membro da
direcção do Banco Central Europeu). Versão insensível às susceptibilidades populares: “As eleições
não mudam nada” aos compromissos dos Estados (Wolfgang Schäuble, Ministro Alemão das
Finanças) (2).
A dívida helénica ultrapassa os 320 mil milhões de euros; de facto, proporcionalmente à produção
de riqueza, esta deu um salto de 50% desde 2009. De acordo com o Financial Times, “o reembolso
da dívida requereria que a Grécia funcionasse como uma economia escrava” (27 Janeiro, 2015).
Mas os “princípios” não se encaixam na aritmética. “Dívida é dívida”, martela a directora do Fundo
Monetário Internacional Christine Lagarde (Le Monde, 19 Janeiro, 2015). Por outras palavras: o que
importa saber se a Grécia pode ou não pagar, é preciso é que o faça…
“Não são suficientemente estúpidos para pagar”
A doutrina Pacta sunt servanda não foi contudo feita de pedra (3): “A obrigação que formula o direito
internacional de reembolsar as suas dívidas nunca foi considerada absoluta e foi frequentemente
limitada ou matizada”, especifica um documento da Conferência das Nações Unidas sobre o
comércio e o desenvolvimento (UNCTAD) (4).Denúncia das dívidas “odiosas” (empréstimos
realizados por um poder déspota (5)), das dívidas “ilegítimas” (contraídas sem respeitar o interessa
geral da população (6)) ou dos “vícios de consentimento”, não faltam argumentos jurídicos para
justificar a suspensão dos pagamentos ou até mesmo eliminar toda ou parte das dívidas que
atormentam um país. Começando pelo 103º artigo da Carta das Nações Unidas (ONU), que
proclama: “No caso de conflito entre as obrigações dos membros das Nações Unidas em virtude da
presente Carta e as obrigações resultantes de qualquer outro acordo internacional, prevalecerão as
obrigações assumidas em virtude da presente Carta”. Entre estas, encontra-se, no 55º artigo da
Carta, o compromisso dos Estados de favorizar “a elevação dos níveis de vida, o pleno emprego e
condições de progresso e desenvolvimento económico e social”.
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Um em cada dois jovens Gregos está no desemprego; 30% da população vive sob o limiar de
pobreza; 40% passou o Inverno sem aquecimento. Uma parte da dívida foi gerada sob a ditadura
dos coronéis (1967 - 1974), ao longo da qual esta quadruplicou; uma outra foi contraída em
detrimento da população (visto que contribuiu largamente para a recuperação financeira dos
estabelecimentos de créditos franceses e alemães); ainda outra resulta directamente da corrupção
de dirigentes políticos por parte das transnacionais, desejosas de vender os seus produtos, por
vezes defeituosos, a Atenas (como a sociedade alemã Siemens (7)); sem falar das atitudes infames
de bancos tais como o Goldman Sachs, que ajudou o país a dissimular a sua fragilidade
económica… Os Gregos dispõem de mil e uma justificações para recorrer ao direito internacional e
aliviar o fardo de uma dívida da qual uma auditoria estabeleceria o carácter odioso, ilegítimo e ilegal
(ler “L’Equateur dit “non”, texto em Francês). Mas a capacidade de fazer ouvir a sua voz baseia-se
antes de mais na natureza da relação de forças entre as partes envolvidas.
Em 1898, os Estados-Unidos declararam guerra à Espanha sob pretexto de uma explosão a bordo
do USS Maine, que estava ancorado no porto de Havana. Eles “libertam” Cuba, que transformam
num protectorado – reduzindo “a independência e a soberania da República Cubana ao estado de
mito (8)”, segundo o general cubano Juan Gualberto Gómez, que havia participado na guerra da
independência. A Espanha exige o reembolso de dívidas que a ilha tinha “contraído junto dela”;
neste caso, as despesas da sua agressão. Para isso, apoia-se no que Coeuré teria provavelmente
chamado as “regras do jogo”. Como indica a investigadora Anais Tamen, “o pedido espanhol
apoiava-se em factos análogos, nomeadamente o comportamento das suas antigas colónias que se
tinham responsabilizado por parte da dívida pública Espanhola que tinha servido para a sua
colonização”. Os próprios Estados-Unidos não tinham “devolvido mais de 15 milhões de libras
esterlinas ao Reino-Unido aquando da sua independência” (9)?
Washington não entende esta questão assim e avança com uma ideia ainda menos generalizada
(que contribuirá para fundar a noção de dívida odiosa): não se pode exigir de um povo que
reembolse uma dívida contraída para o escravizar. A imprensa americana faz-se eco da firmeza
desta posição: “A Espanha não deve ter a menor esperança que os Estados Unidos sejam
suficientemente estúpidos ou apáticos para aceitar a responsabilidade de montantes usadas para
esmagar os Cubanos”, clama o Chicago Tribune de 22 Outubro, 1898. Cuba não pagará nem um
cêntimo.
Algumas décadas antes, o México tinha tentado desenvolver argumentos semelhantes. Em 1861, o
então presidente Benito Juárez suspende o pagamento da dívida, a grande maioria da qual fora
contraída por regimes precedentes, entre os quais se conta o do ditador Antonio López de Santa
Anna. A França, o Reino Unido e a Espanha ocupam então o país e criam um império que viriam a
entregar a Maximiliano da Áustria.
Uma redução de 90% para a Alemanha
Semelhante à URSS, que anuncia em 1918 que não irá reembolsar dívidas contraídas por Nicolau II
(10), os Estados Unidos reiteram o seu golpe de força para benefício do Iraque no dealbar do século
XXI. Alguns meses após a invasão do país, o secretário do Tesouro John Snow anuncia na Fox
News: “Evidentemente, o povo iraquiano não deve sofrer pelas dívidas contraídas para benefício do
regime de um ditador que desde então fugiu” (11 Abril, 2003). Para Washington há uma urgência:
garantir a solvabilidade do poder que acabava de instalar em Bagdade.
Surge então uma ideia que deixaria estupefactos os defensores da “continuidade de compromissos
dos Estados”: o pagamento da dívida passaria a ser uma questão menos de princípio do que de
matemática. “O mais importante é que a dívida seja sustentável”, atreve-se a afirmar um editorial do
Financial Times de 16 Junho, 2003. A lógica convém a Washington: os números falaram e os
Estados Unidos garantem que o seu veredicto se impõe perante o olhar dos principais credores do
Iraque, principalmente a França e a Alemanha (respectivamente com 3 e 2,4 mil milhões de dólares
de títulos na sua posse). Pressionados para se mostrarem “justos e flexíveis”, estes – que
recusavam reduzir em mais de 50% do valor dos títulos que detinham – concedem finalmente uma
redução de 80% dos seus empréstimos.
Três anos antes, nem a lei dos números nem a do direito internacional tinham chegado a convencer
os credores de Buenos Aires a demonstrarem a sua “flexibilidade”. Contudo, culminando em cerca
de 80 mil milhões de dólares aquando da falha de pagamento, em 2001, a dívida argentina
16
averigua-se insustentável. Para além disso, a dívida resulta dos empréstimos em grande parte
pedidos pela ditadura (1976 – 1983), o que a qualifica como dívida odiosa. Não interessa: os
credores exigem ser reembolsados, sob pena de interditar Buenos Aires do acesso aos mercados
financeiros.
A Argentina resiste. Prevê-se uma catástrofe? Entre 2003 e 2009, a sua economia registou uma
taxa de crescimento que oscilava entre os 7 e os 9%. Entre 2002 e 2005, o país propõe aos seus
credores trocar os seus títulos por novos, com um valor 40% menor. Mais de três quartos aceitam
de mau grado. Mais tarde, o governo relança novas negociações que culminam, em 2010, numa
nova troca de títulos junto de 67% dos restantes credores. Contudo 8% dos títulos em suspensão de
pagamento desde 2001 ainda não foram objecto de acordo. Alguns fundos abutres hoje em dia
dedicam-se a obter o reembolso dos títulos, e ameaçam conduzir a Argentina a um novo
incumprimento (11).
Os credores aceitam portanto, se bem que reticentes, a redução do valor dos títulos que detêm.
Contudo, eles resignaram-se a tal aquando da conferência internacional, que visava aliviar a dívida
da República Federal Alemã (RFA), que teve lugar em Londres entre 1951 e 1952. Os debates da
época lembram aqueles em torno da Grécia contemporânea, começando pela contradição entre
“princípios” e bom senso económico.
“Estão em jogo milhares de milhões de dólares, reporta o jornalista Paul Heffernan, que segue os
debates para o The New York Times. Mas não se trata somente de uma questão de dinheiro. As
conferências do palácio de Lancaster House vão antes de tudo tratar de um dos princípios vitais do
capitalismo internacional: a natureza sacrossanta dos contractos internacionais” (24 Fevereiro,
1952). Com estas preocupações em mente, os negociadores – principalmente americanos,
britânicos, franceses e alemães – entendem também as da Alemanha. Numa carta de 6 de Março,
1951, o chanceler Konrad Adenauer pediu insistentemente aos seus interlocutores para “ter em
conta a situação económica da República Federal”, “em especial o facto de que a carga da dívida
aumenta e que a sua economia se contrai”. Como resume o economista Timothy W. Guinnane,
todos concordam rapidamente que “reduzir o consumo alemão não constitui solução válida para
garantir o pagamento da dívida do país (12)”.
Um acordo é finalmente assinado a 27 de Fevereiro, 1953, incluindo a Grécia (13). Este prevê uma
redução no mínimo de 50% das somas emprestadas pela Alemanha entre as duas guerras
mundiais; uma moratória de cinco anos para o reembolso das dívidas; um adiamento sine die das
dívidas de guerra que poderiam ser reclamadas a Bonn, o que leva Eric Toussaint, do Comité para a
Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM), a estimar a redução das dívidas alemãs em 90%
(14); a possibilidade de Bonn reembolsar na sua própria moeda; um limite das somas consagradas
ao serviço da dívida (5% do valor das exportações do país) e à taxa de juro da Alemanha (também
de 5%). Mas não é tudo. Desejosos “de que um tal acordo não seja senão o início de um esforço
para orientar o crescimento alemão”, explicita Heffernan, os credores beneficiam directamente da
produção germânica, representando um mercado onde a Alemanha possa escoar a mesma, e
renunciam à venda dos seus próprios produtos à República Federal. Para o historiador de economia
alemão Almbrecht Ritschl, “estas medidas salvaram Bonn e lançaram as bases financeiras do
milagre económico alemão (15)” dos anos 50.
Desde há muitos anos que o Syriza – que tem agora governo na Grécia no seguimento das eleições
de 25 de Janeiro, 2015 – pede para beneficiar de uma conferência deste género, propulsionada
pelas mesmas preocupações. No seio das instituições de Bruxelas, parece no entanto haver
consenso em torno do sentimento de Leonid Bershidsky: “A Alemanha, ao contrário da Grécia,
merece que se alivie a sua dívida.” Num artigo publicado a 27 de Janeiro, 2015, o jornalista do grupo
Bloomberg desenvolve a sua análise: “Uma das razões pelas quais a Alemanha Ocidental
beneficiou de uma redução da sua dívida foi que a República Federal devia tornar-se numa muralha
de primeira instância na luta contra o comunismo (…) Os governos da Alemanha Ocidental que
beneficiaram destas medidas eram absolutamente antimarxistas.”
O programa do Syriza não tem nada de “marxista”. A coligação reivindica uma forma de socialdemocracia moderada, ainda comum há algumas décadas. De Berlim a Bruxelas, parece no entanto
que mesmo isto se tenha tornado intolerável.
Renaud Lambert
17
(1) Sobre a história da dívida, ler François Ruffin e Thomas Morel (sob dir. de), Vive la
banqueroute!, edições Fakir, Amiens, 2013.
(2) Respectivamente na LCI (La Chaîne Info), 4 Fevereiro 2015 ; no International New York
Times, a 31 Janeiro e 1 Fevereiro 2015; e na British Broadcasting Corporation (BBC), 30
Dezembro 2014.
(3) O que se baseia nos trabalhos de Eric Toussaint e de Renaud Vivien para o Comité para
a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CADTM).
(4) UNCTAD, “The concept of odious debt in public international law (texto em Inglês)” (PDF),
Discussion Papers, n° 185, Genebra, Julho, 2007.
(5) Ler Eric Toussaint, “Une «dette odieuse» (texto em Francês)”, Le Monde diplomatique,
Fevereiro 2002.
(6) Como no caso da França. Ver Jean Gadrey, “Faut-il vraiment payer toute la dette ?”, Le
Monde diplomatique, Outubro 2014.
(7) Cf. Damien Millet e Eric Toussaint, La Dette ou la vie, Aden-CADTM, Bruxelas, 2011.
(8) Citado por Richard Gott em Cuba: A New History, Yale University Press, New Haven,
2004.
(9) Anaïs Tamen, “La doctrine de la dette «odieuse» ou l’utilisation du droit international
dans les rapports de puissance (texto em Francês)”, trabalho apresentado a 11 de
Dezembro, 2003, aquando do terceiro colóquio de direito internacional do CADTM em
Amesterdão.
(10) Os famosos empréstimos russos, armazenados por diversos investidores franceses e
finalmente reembolsados, no montante de 400 milhões de dólares, após um acordo entre
Paris e Moscovo, em 1996.
(11) Ler Mark Weisbrot, “En Argentine, les fonds vautours tenus en échec (texto em Francês)”, Le
Monde diplomatique, Outubro 2014.
(12) Timothy W. Guinnane, “Financial Vergangenheitsbewältigung: The 1953 London debt
agreement (texto em Inglês)”, Working Papers, n° 880, Economic Growth Center, Yale
University, New Haven, Janeiro 2004.
(13) Não se trata do empréstimo forçado imposto a Atenas por Berlim em 1941.
(14) Conversa com Maud Bailly, “Restructuration, audit, suspension et annulation de la dette
(texto em Francês)”, CADTM, 19 Janeiro 2015.
(15) Albrecht Ritschl, “Germany was biggest debt transgressor of 20th century (texto em Inglês)”,
Spiegel Online, 21 Junho, 2011.
18
Tradução 5 – Dívida grega (PT - FR)
Y a-t-il de nouveau en Grèce ?
16 février 2015, 00:01 par Avelino de Jesus
Les facilités obtenues par le gouvernement grec, pour une somme si élevée et
pendant autant de temps, demanderait d’autres résultats, tant sur le plan
économique que sur le social. Note : cet article est accessible, pendant les premières
heures, seulement pour les abonnés du Negócios Primeiro.
Pour être complètement franc, c’était une erreur d’avoir accepté la Grèce. La Grèce n’était tout
simplement pas prête. Au fond, la Grèce était un pays oriental. Helmut, je me rappelle que tu avais fait
preuve de scepticisme avant que la Grèce soit acceptée au sein de la Communauté Européenne en 1981.
Tu étais plus sage que moi. Le Groupe euro ne peut s’étendre indéfiniment.
Giscard d’Estaing en dialogue avec Helmut Schmidt dans Der Spiegel, 11.9.2012
Dans ce cas-ci, comme on a déjà vu dans d’autres occasions, la Grèce va obtenir de
nouvelles concessions, en déformant en nouveau le fonctionnement des institutions
communautaires. Bien qu’il y ait maintenant un élément apparemment nouveau – un
gouvernement d’extrême gauche – ce qui compte surtout c’est la continuité et la
nouveauté compte peu.
Premièrement on a l’adhésion à la CEE en 1981, curieusement avant le Portugal et
l’Espagne, grâce à Giscard d’Estaing. Deuxièmement, les aides exceptionnellement
généreuses avant et après l’adhésion. Troisièmement, l’entrée forcée dans l’euro.
Quatrièmement, l’allègement artificiel de la dette après 2010. Finalement, la injection
brutal de capitales de la BCE, que vient d’être élargie, par le renforcement du
programme ELA, à raison de 65 milliards d’euros.
L’argument du pays opprimé par un excès d’austérité, exigé par les autres et
responsable d’une catastrophe humaine n’a pas de raison d’être. Les responsables
sont les excès et les imprévoyances commis avant la crise par de successifs
gouvernements grecs, démocratiquement élus. Plus que toute autre, la crise grecque
est due aux excès de dépense publique.
Néanmoins, les dépenses publiques n’ont pas été canalisées vers la construction de
l’état social, mais bien destinées à alimenter une structure sociale archaïque – la
véritable responsable de la situation humaine désastreuse.
19
La solution défendue par les partisans de l’allégement de l’austérité mènera à la
perpétuation de ces structures et à la renonciation de la recherche de la véritable
solution pour l’accroissance : la dynamisation des exportations. Cette renonciation, qui
a été préférée par les gouvernements antérieurs et, apparemment, aussi par ce
gouvernement, est vraiment lamentable.
Avec ses marchés traditionnels en croissance et les salaires fortement réduits, les
exportations grecques n’augmentent pas.
En prix cités de 2010, en 2008 les exportations de la Grèce étaient de 58,9 milliards
d’euros et les portugaises de 54,7 milliards d’euros. En 2014 les positions sont
inversées : les grecques sont de 55,8 milliards d’euros et les portugaises de 65,5
milliards d’euros. Partout (voir le tableau ci-joint) les exportations sont, après la chute
post-crise, en véritable récupération. La Grèce est une des rares exceptions.
En fait, les reformes structurelles conçues dans le document de la Troika n’ont pas été
appliquées. Les difficultés bureaucratiques continuent dans les exportations. Le
contrôle de l’État et des corporations parasitaires sur l’économie reste fort, en
particulier en ce qui concerne les restrictions sur le marché de produits à exporter.
Malgré la dépense publique élevée, les grecs ne sont pas parvenus à construire un État
social décent. Par exemple, ils cherchent encore la manière d’appliquer un rendement
minimum élémentaire.
Le problème grec n’est pas dans la gouvernance des institutions européennes, mais
dans la gouvernance grecque.
Les facilités obtenues par le gouvernement grec, pour une somme si élevée et
pendant autant de temps, demanderait d’autres résultats, tant sur le plan économique
que sur le social.
La véritable faute de l’UE est de ne pas avoir réussi à imposer aux gouvernements
grecs des contingences effectives dans la concession d’aides économiques.
Économiste et professeur de l’ISEG (Institut Supérieur d’Économie et Management)
20
Comentário Descritivo – Dívida grega
Comentário Descritivo – Dívida grega
- URL e tipo de sítio:
http://www.jornaldenegocios.pt/opiniao/colunistas/avelino_de_jesus/detalhe/algo_de_novo_na
_grecia.html. O artigo apresentado trata-se de um artigo subjectivo (está
inclusivamente situado na secção de opinião do jornal em questão) acerca da dívida
grega e do que dela advém, incluindo informação adicional acerca dos programas de
ajuda já estabelecidos para ajudar a Grécia e breves comentários acerca dos mesmos.
O sítio que abriga o artigo é de relevância absoluta, uma vez que se trata da
plataforma online oficial do Jornal de Negócios, entidade conhecido no mundo das
finanças e da economia e que é uma fonte credível; ou seja, temos por um lado o rigor
da finança e da economia e a subjectividade da secção de opinião.
- Autor do texto: Avelino de Jesus, economista e professor do Instituo Superior de
Economia e Gestão de Lisboa. O autor é alguém especializado na área, falando como
perito.
- Data: O próprio artigo inclui a data e hora de publicação: 16/02/2015, à 00:01.
- Objectivos do texto: Dar o parecer do autor acerca do episódio da dívida grega
dentro de um contexto europeu, ao mesmo tempo que fundamenta a sua opinião com
base em factos, que são enunciados no decorrer do artigo.
- Público-alvo do texto: Qualquer pessoa que se interesse pela actualidade económica
ou pelo estado financeiro da zona europeia e, por conseguinte, da situação financeira
portuguesa no mundo.
- Discurso: Relativamente terminológico, se bem que com uma grave incoerência na
referência de números. Aspecto sintáctico e estrutura frásica por vezes pouco
inteligíveis em alguns momentos. Notamos, no entanto, algumas incoerências a nível
de terminologia e de sintaxe, nomeadamente a utilização do termo “biliões” para
nomear o montante elevado a nove, que em Português correcto se denomina “mil
milhões”. Esta influência poderá vir do Inglês ou do Português do Brasil, mas,
considerando a publicação em que o artigo se insere, seria de esperar uma absoluta
correcção terminológica. A nível sintáctico podemos observar algumas construções
que poderão não ser claras aquando de uma primeira leitura.
21
- Aspecto gráfico da página / sítio: Aspecto sóbrio, dando enfâse ao texto, não dando
relevo a qualquer outro elemento. Sítio em si apresenta um layout parecido, utilizando
uma barra de navegação no topo para permitir ao utilizador descobrir vários outros
artigos dentro da plataforma. É de notar a presença de tabelas de cotações da bolsa
presentes no lado direito da página principal do sítio internet.
22
Tradução 6 – OPA Caixabank-BPI (PT – FR)
Bruxelles a déjà été notifiée de l’ OPA du Caixabank sur la banque
portugaise BPI
LUSA 08.04.2015 – 14:49
Commission européenne a jusqu’au mois de mai pour se prononcer.
Le groupe Caixabank a annoncé en février son intention de lancer une OPA sur la banque dirigée par
Fernando Ulrich PEDRO CUNHA/ARCHIVE
La Commission européenne a déjà reçu la notification de l’Offre Publique d’Achat
(OPA) du Caixabank sur la BPI, et a maintenant jusqu’au mois de mai pour se
prononcer sur l’opération.
D’après le portail de la Direction générale de la concurrence, qui doit approuver
l’opération, la notification sur l’OPA a été faite le mardi, 7 avril, et il faut qu’il y ait une
décision jusqu’au 13 mai au plus tard.
La notification à la Commission européenne est une partie des procédures habituelles
dans ce type d’opérations, pour que Bruxelles puisse évaluer l’impact de l’opération
sur le marché et sur la concurrence. De cette façon, pour que le processus avance il
faut que Bruxelles prenne une décision de non-opposition.
23
En février, le groupe catalan Caixabank, le principal actionnaire de la BPI ayant 44,1%
du capital, a annoncé l’intention de lancer une OPA sur la banque dirigée par Fernando
Ulrich.
Selon l’annonce préliminaire, le Caixabank veut acquérir la banque strictement si elle
supprime le limite de 20% des droits de vote qui existent à ce moment dans la BPI
(même en ayant 44% du capital social, le Caixabank vote seulement à 20%) et si l’offre
peut dépasser 50% du capital.
Le Caixabank propose d’acquérir la majorité du capital de la BPI à 1,329 euros par
action.
La banque catalane est la principale actionnaire de la BPI, ayant quatre membres au
Conseil d’Administration, suivi par la femme d’affaires angolaise Isabel dos Santos,
grâce à Santoro, avec 18,6% (qui a proposé une éventuelle fusion entre la BPI et la
BCP) et le Groupe Allianz, avec 8,4%.
24
Comentário Metodológico Transversal – Economia
Comentário metodológico transversal - Economia
1)
Identificação de problemas / dificuldades na língua de partida a nível
discursivo ou terminológico e sua explicação (disc.) / definição (term.):
Por virtude de se tratar de uma temática económico-financeira, um tradutor
prepara-se logo à partida para uma enchente terminológica, muita da qual terá de ser
salvaguardada para textos ainda a traduzir, uma vez que quase tudo o que é
terminológico eventualmente se repete. Os textos estudados não são excepção, mas,
no entanto, vão muito além da dificuldade terminológica. A própria construção frásica
e as referências culturais que estão patentes em vários dos textos fazem com que a
interpretação dos próprios se torne difícil, sendo que muitas vezes frases passam por
nós sem nos apercebermos verdadeiramente do que foi dito.
As traduções apresentam os problemas comuns relativos à entrada num novo
domínio de aplicação. A terminologia está aqui relegada para as fileiras de trás – o que
complica a tradução é a interpretação do texto de partida, igualmente verdade para a
grande maioria das traduções deste domínio. Expressões como “y trouvera son
compte”, “rachat”, “programa ELA”, “encours”, “reforma estrutural”, “renégociation
de la dette” ou “actif” levantaram grandes dificuldades ao longo do processo de
tradução.
A nível individual, a tradução 1 suscitou problemas terminológicos, tal como a
expressão “y trouvera son compte” já mencionada, mas também através de frases
como “Il sera d'ailleurs le premier à réclamer la monnaie de sa pièce au gouvernement
Tsipras”, “Le FMI a toujours été remboursé! Il le sera toujours. Ni les taux d'intérêt (de
l'ordre de 4 %, NDLR) ni les maturités ne sont négociables” ou “ce qui n'empêche pas
le FMI de demander aux Européens de faire un petit effort pour alléger le fardeau
grec…”.
Passando para a tradução 2, o aspecto mais difícil foi exactamente a questão do
contexto económico e algumas referências culturais, na medida em que este texto
quebra a crise económica europeia em figuras Lego, o que torna mais inteligível a
absorção do esquema mas não permeia a sua inteligibilidade. Temos, sem dúvida,
algum vocabulário próprio, mas a maior questão é exactamente a da compreensão.
Chegando à tradução 3, os problemas multiplicam-se. De facto, esta foi uma
das mais difíceis do semestre inteiro, o que faz com que seja fácil levantar problemas.
O maior que eu, pessoalmente, tive foi exactamente o do “encours” e os diferentes
25
investimentos que o texto percorre, sem esquecer, claro está, a dificuldade de leitura,
especialmente para alguém que é absolutamente leigo na área. Frases como “Elles ont
atteint un record à 397 milliards d'euros, contre 211 milliards l'année précédente”
levantam sérios problemas de compreensão, bem como, por exemplo, “ Leurs attentes
auront donc été à nouveau déçues.”
A tradução 4 foi a mais longa tradução efectuada ao longo de todo o semestre.
Tendo em conta o seu meio de publicação – um jornal de algum gabarito e reputação –
era de esperar que o nível de discurso fosse relativamente mais elevado àquele a que
estávamos já a começar a ficar habituados. Somente pela extensão a tradução
levantou problemas – nomeadamente, o facto da consistência, quer terminológica,
quer discursiva. Temos aqui igualmente algumas notas, chegando à dezena, que fazem
com que o texto seja pleno em referências culturais. Não tendo tido a hipótese de
observar todo o material proposto, a inteligibilidade do discurso mantém-se mas a das
referências não, tornando a sua leitura ainda mais complexa. A nível terminológico,
muito do que aqui apareceu tinha já sido visto, sendo que a maior dificuldade foi a da
compreensão.
Por outro lado, a tradução 5 foi substancialmente mais pequena e mais
acessível, denotado ainda mais pelo facto de se encontrar em Português. Muitas das
questões levantas por este texto foram não pela densidade terminológica ou pela
capacidade discursiva do autor: muito pelo contrário. Reparamos, ao longo do texto,
que há graves falhas cometidas pelo perito que autoria o texto, o que torna necessário
fazer uma leitura por vezes mais atenta do que o necessário para compreender o texto
no seu todo.
Finalmente, a tradução 6 encontra-se também em Português e é igualmente de
extensão curta. Sendo já a sexta inserida na temática da economia, trata-se
simplesmente de aplicar o que foi feito ao longo das aulas, quer a nível discursivo, quer
a nível terminológico. Esta tradução não introduziu problemas novos nem retomou os
que tinham já sido resolvidos.
2)
Propostas de tradução (disc.) / equivalência (term.) e verificação da sua
pertinência:
Passando à terminologia, os problemas referidos no primeiro ponto foram:





“y trouvera son compte”;
“rachat”;
“programme ELA”;
“encours”;
“reforma estrutural”;
26


“renégociation de la dette” e
“actif”,
sendo que podemos acrescentar




“OPA”;
“despesa pública”;
“prêt bilatéral” e
“fonds d’allocation”.
Estas questões têm solução no seguinte :











“irá considerar esta solução politicamente viável”;
“Resgate”;
“programa ELA”;
“capitais detidos”;
“reforme structurelle”;
“renegociação da dívida”;
“activo”;
“OPA”;
“dépense publique”;
“empréstimo bilateral” e
“fundos de alocação”.
Muito do que ficou aqui esclarecido passou por pesquisa, quer a nível individual
(rachat - http://gdt.oqlf.gouv.qc.ca/ficheOqlf.aspx?Id_Fiche=2090629 para contexto e
http://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/resgate para obter o
equivalente; programme ELA https://www.ecb.europa.eu/pub/pdf/other/201402_elaprocedures.fr.pdf para
contexto e
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/banca___financas/detalhe/bce_aumenta_l
imite_de_financiamento_aos_bancos_gregos_para_65_mil_milhoes.html para obter o
equivalente. Esta foi provavelmente a entrada terminológica mais difícil que fiz ao
longo de todo o semestre, uma vez que encontrar fontes que explicitassem
exactamente o que é o programa em questão e que não o mencionassem só de
passagem foi extremamente difícil. No final, encontrei o artigo do Banco Central
Europeu, quer em Francês, quer em Português, mas ter a mesma fonte, se bem que
traduzida, para os equivalentes pareceria bizarro, razão pela qual me foi sugerido
optar por uma secção de um jornal especialista – Jornal de Negócios – que explicava
sucintamente de que se tratava). Por outro lado, muitos dos termos foram também
consultados por meio da Wiki de Terminologia (despesa pública http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF/index.php/Despesa_P%C3%BAblica; prêt bilatéral http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF/index.php/Empr%C3%A9stimo_bilateral; fonds
27
d’allocation http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF/index.php/Fundo_de_aloca%C3%A7%C3%A3o).
Por fim, as dificuldades discursivas foram resolvidas em contexto de aula, após
discussão de propostas de tradução, quer por parte dos alunos, quer por parte da
professora. Muitas vezes foi necessário fornecer contexto sobre algumas referências
culturais, tais como as indicadas na tradução 4, por exemplo. Sem estas, a tradução
provar-se-ia impossível ou imensamente complexa.
3)
Outras observações / comentário geral acerca dos textos:
Tal como ficou descrito, a temática da economia passa não só por terminologia
relativamente densa mas também por construções sintácticas de difícil interpelação.
Foi necessário uma leitura muito cuidada ao longo de todo o processo de tradução
para me assegurar de que não estaria a cometer qualquer tipo de erro. Mesmo uma
coisa pequenina com um artigo definido ou indefinido poderia por vezes fazer toda a
diferença.
Noto ainda que a criação da Wiki de Terminologia ajudou imenso no trabalho
de tradução, facilitando e agilizando o processo de procura de equivalentes.
28
29
Temática do Turismo
Tradução 1 – Tourisme rural (FR – PT)
O turismo rural
O turismo rural representa quase um terço
da afluência turística francesa (30,3% das
noites: 289,819 noites).
O turismo rural beneficia da dispersão das
estadias no tempo, os agentes locais
profissionalizam-se e a riqueza e a
diversidade dos locais, do património e das
actividades propostas participam no dinamismo do seu crescimento. Os esforços de
mutualização da oferta, da rotulagem e da organização em rede deverão ser
prosseguidos pelos agentes públicos e privados.
As principais actividades praticadas no campo são as caminhadas e os passeios, visitas
a locais naturais, históricos e patrimoniais, actividades náuticas, a bicicleta e a BTT.
O ministério responsável pelo turismo acompanhou a construção de uma rede de
ciclovias e ecopistas de mais de 20,000 km. Este programa é dirigido por uma missão
nacional interministerial, elaborada em 2003. Esta prevê a construção de itinerários
cicláveis de longa distância e de ecopistas dedicadas a circulações não motorizadas,
nomeadamente com o objectivo de favorecer uma forma sustentável de turismo e o
desenvolvimento dos territórios rurais. Actualmente, mais de 9,000 km de itinerários
foram construídos. Um movimento nacional - France Vélo Tourisme -, levado a cabo
pelo Ministério do Turismo, propõe um conjunto de serviços e informações relativos
ao turismo em bicicleta na França, com a marca Accueil Vélo.
A implementação do plano de qualidade de turismo e o desenvolvimento da mesma
marca contribuem para o relançamento da economia turística, apoiando-se no reforço
da qualidade dos benefícios e no prazo das actividades turísticas. O Estado
acompanhou a associação France Vélo Tourisme na criação de um sítio web nacional
de informações e de comercialização da oferta turístico-ciclística. Exemplo de turismo
sustentável, esta acção é portadora da renovação da oferta e de um aumento da
actividade para vários profissionais.
●
O turismo rural é a forma de turismo que mais frequentemente se associa ao
turismo sustentável pelos motivos predominantemente ambientais e pelas
actividades de laser na natureza que lhe estão associadas. O campo oferece ao turismo
sustentável um vasto campo de desenvolvimento através de rótulos de qualidade. Ao
entrar em compromisso com um tipo de rótulo, um destino visa conciliar
30
desenvolvimento turístico e económico, criador de emprego e preservando o
património natural. Vários rótulos nacionais permitem destacar este desafio. A título
de exemplo, o rótulo de station verte (Estação Verde), destinado aos concelhos que
dispõem de património natural, baseia-se desde Janeiro de 2014 numa nova carta de
qualidade, um verdadeiro movimento de progresso que visa fazer de cada estação um
destino ecoturístico. O rótulo Plus beaux villages de France (As mais belas Aldeias de
França) articula-se em torno de três eixos estratégicos: qualidade, notoriedade e
desenvolvimento. Por fim, o Destination Rando (Destino Caminhada) é um rótulo que
distingue territórios de referência no que diz respeitos às caminhadas, garantindo
benefícios aos caminhantes dos circuitos bem como uma organização de qualidade
que permite que a colectividade valorize a sua política de desenvolvimento da
caminhada através de um sítio de internet nacional.
●
A gastronomia veicula valores fortes ligados ao acolhimento, ao convívio, à
partilha, às relações sociais. As iniciativas de valorização da gastronomia encontram-se
também no campo da arte de viver e do bem-estar em comunidade, no prazer do
sabor, nomeadamente com produtos frescos, nos saber-fazer regionais, numa
produção regional. Esta experiência teve êxito graças à rede “sites remarquables du
gout” (sítios remarcáveis do gosto; conceito iniciado pelos Ministérios da Agricultura,
da Cultura, do Ambiente e do Turismo) que dá relevo ao produto alimentar e
emblemático de um território, que beneficia de uma notoriedade e de uma história,
um património excepcional no plano ambiental e arquitectural, um acolhimento do
público que permite dar a conhecer a ligação entre o produto alimentar, o património
cultural, as paisagens e os homens.
●
O enoturismo tornou-se um factor importante do desenvolvimento do turismo
rural. As actividades turísticas em torno das rotas dos vinhos diversificam-se, dando
ideias aos agentes locais que propõem ofertas satélite como a vinoterapia, a
gastronomia ou mesmo os pacotes de estadia. Para dar face à exigência da clientela
em distinguir os destinos enoturísticos, os Ministros do Turismo e da Agricultura
introduziram a marca “Vignobles & Découvertes” (Vinícolas & Descobertas), cujo
objectivo é o de dar mais legibilidade aos clientes e mais visibilidade ao destino. 50
destinos estão actualmente rotulados.
31
Tradução 2 – Tourisme vert (FR – PT)
O ambiente natural da França e como desfrutar dele
Férias mais baratas rodeados pelo meio
natural? Uma ocasião para se distanciar
de tudo, da agitação da vida urbana e da
pressão do trabalho? Pergunta-se onde ir?
Não precisa de procurar mais, a França é a
respostas às suas preces.
Com cerca de 108 pessoas por km², a
França
tem
uma
baixa
densidade
populacional nacional devido a regiões
muitíssimo pouco povoadas. Não admira
que muitos turistas vindos da Inglaterra e outros países que tais, que vivem em zonas
densamente povoadas como os Países-Baixos, estejam tentados a viajar através do canal da
Mancha ou passar a fronteira, à procura do vasto campo francês.
Há várias coisas a fazer em França, sendo que é o maior país da Europa Ocidental, duas
vezes maior que a Grã-Bretanha, mas com um nível populacional quase idêntico e rapidamente
tomamos consciência de que a França possui imensos espaços naturais.
No Norte, a zona campestre francesa é composta por terras planas ou colinas, mas uma
grande parte do norte da França é rico em terrenos agrícolas; o campo selvagem da França
encontra-se muito mais na direcção do Sul.
A França oferece fabulosas possibilidades para passear e para andar de bicicleta. Há
trilhos para passear disponíveis ao longo da França, sendo que alguns percursos
particularmente atractivos se situam nas colinas e montanhas do sul da França. Alguns dos
lugares mais populares para passear são os parques regionais de França. Estes são mais ou
menos os mesmos que os parques nacionais, mas sob a responsabilidade da região ao invés
da
associação
dos
parques
nacionais
franceses.
Há zonas designadas como parques regionais em
todas as regiões da França, sendo que entre esses
alguns têm atracções turísticas particulares como as
suas paisagens, a sua fauna ou a população de aves
que
aí
vivem.
Há também boas oportunidades para andar de
bicicleta. Sendo que há dezenas de milhares de
quilómetros de percursos campestres, e alguns
milhares de quilómetros de pistas de ciclismo
especializadas, a França é um país ideal para aqueles que gostam de viajar sem deixarem
qualquer pegada de carbono. O ciclismo é particularmente popular no norte da França e no
Vale de Loire, onde há muitas pistas cicláveis relativamente planas: a costa atlântica francesa é
32
também popular para andar de bicicleta, e há percursos de ciclismo ao longo do trajecto do
Loire aos Pirenéus.
Mesmo que na maior parte do tempo seja em meio rural, a França é o principal destino de
férias da Europa e praticamente todas as regiões do país dispõem dos alojamentos
necessários para acolher os visitantes. Não terá portanto problemas em encontrar um hotel,
pense em verificar na internet, por exemplo no site ibis.com que propõe várias escolhas para
todos os orçamentos. Mesmo as regiões rurais da França estão repletas de pequenos hotéis
respeitadores do ambiente, bem como quartos de hóspedes e, obviamente, estalagens.
Por outro lado, a França possui mais parques de campismo que qualquer outro país na Europa,
incluindo não só os grandes parques mas também muitos parques mais pequenos e alguns até
muito pequenos. A popularidade de certos trilhos de passeio, especialmente os de longa
distância, como os que seguem o antigo caminho de Santiago de Compostela, na Espanha,
permite que pequenos hotéis e casas de hóspedes sobrevivam em vilas e quintas isoladas ao
longo do percurso. Estes são alguns destinos onde há poucos estabelecimentos, os refúgios de
viajantes apelidaram-nos de "gîtes d’étape" (albergues).
Seja para uma tenda de campismo, autocaravana ou uma autovivenda, a França oferece uma
escolha variada de possibilidades para os campistas.
33
Tradução 3 – Caminhadas e passeios (PT – FR)
Randonnées et Promenades
Découvrez nos sentiers pédestres en contact proche avec la
nature et en suivant des chemins autrefois parcourus par des
meuniers, des pasteurs, des mineurs…
N’ayant pratiquement aucune contre-indication, la randonnée améliore la condition
cardiorespiratoire, aide à perdre ou à maintenir le poids corporel, renforce plusieurs
groupes musculaires et améliore également divers systèmes de notre corps. La
randonnée aide aussi au bien-être physique et émotionnel, stimule la circulation
sanguine et rend plus facile le transport de l’oxygène, réduit le risque de maladies
cardiaques, réduit le taux de cholestérol et la pression sanguine et combatte encore la
dépression et le stress, parmi beaucoup d’autres bénéfices.
Ainsi, si on ajoute tous ces bénéfices à de superbes paysages, à des centaines de
kilomètres de sentiers adaptés à tous les intérêts et capacités physiques, à un contact
intime et profond avec la nature et à l’histoire des lieus, à l’offre d’expériences
accompagnées par des guides spécialisés ; si on ajoute encore une super gastronomie
et unités d’hébergement qui feront tout pour vous relaxer et vous gâter après l’effort
physique, alors l’invitation est faite…
...venez ici rester et vous promener avec nous.
Fig.1 - Chemins du Schiste
34
Tradução 3bis – Caminhos do Xisto (PT - FR)
Caminhos do Xisto (Chemins du Schiste)
Venez ici rester et vous promener avec nous et profitez d’une randonnée à
la découverte de la nature et de la culture.
Ce sont des centaines de kilomètres qui sont les sentiers pédestres qui traversent les
Aldeias do Xisto (Villages du Schiste). Ce sont aussi des centaines de personnes qui
partent à la découverte des Caminhos do Xisto qui partent et retournent aux villages et
se fondent dans leur paysage.
Des parcours pour tous les goûts permettent aux randonneurs de profiter du superbe
paysage et de l’architecture des Aldeias do Xisto. Tous les parcours pédestres sont
approuvés, ils présentent des différents niveaux de difficulté et sont appuyés par des
signaux visibles qui permettent de les parcourir en autonomie et en toute sécurité. Les
Caminhos do Xisto sont indiquées tant pour des personnes aventuriers ou pour ceux
qui préfèrent se promener avec leur famille ou leurs amis.
Les Caminhos do Xisto sont des sentiers pédestres de petite
route, circulaires en général, qui partent et arrivent au
même point des villages, et dont les sentiers étaient
souvent utilisés par des meuniers, des pasteurs, des
agriculteurs, des mineurs, parmi beaucoup d’autres anciens
métiers.
La plupart de la richesse de l’environnement et du patrimoine qui se trouve au long
des parcours est expliquée à travers des panneaux interprétatives qui sont sur les
principaux points d’intérêt.
Les Caminhos do Xisto sont pleins d’expériences enrichissantes et sont souvent
complétés par d’autres activités proposés par des entreprises d’animation
touristique qui portent le label des Aldeias du Xisto, sans oublier le confort et la
qualité qui sont normalement offerts par les hébergements, aussi certifiés, qui
35
s’associent à ce type d’événements en proposant divers réductions et promotions : ou
dans restaurants qui apaisent l’appétit après une randonnée et le désir de connaitre
des saveurs traditionnels et authentiques de la gastronomie du terroir.
36
Comentário Descritivo – Caminhadas & Caminhos do Xisto
Comentário Descritivo – Caminhadas & Caminhos do Xisto
- URL e tipo de sítio: http://aldeiasdoxisto.pt/category/caminhadas-e-passeios e
http://aldeiasdoxisto.pt/category/caminhos-do-xisto. Os textos apresentados nestas
ligações são de carácter mais publicitário que utilitário, na medida em que visam
vender a ideia do turismo e da caminhada naquele destino. O sítio em que os textos
estão inseridos é também ele um sítio publicitário de destinos turísticos, todos focados
na mesma zona – Xisto.
- Autor do texto: O autor não fica explícito, sendo que temos que creditar a autoria a
uma entidade, neste caso à Rede das Aldeias do Xisto, que, por sua vez, é um projecto
de desenvolvimento sustentável, liderado pela ADXTUR – Agência para o
Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto, que se encontra em parceria com 21
Municípios da Região Centro e com cerca de 100 operadores privados que actuam no
território.
- Data: Não temos indicação da data de publicação dos textos, sendo que a única
indicação temporal é o símbolo de copyright inerente na secção inferior do URL,
possivelmente indicando a sua publicação em meados de 2013.
- Objectivos do texto: Vender a zona turística sustentável das Aldeias do Xisto, através
da exaltação dos benefícios que lhe estão inerentes – paisagem, ciclovias, etc. – e da
ideia de descontracção e, ao mesmo tempo, desafio.
- Público-alvo do texto: Qualquer turista que esteja à procura de um destino de
turismo sustentável em meio rural, bem como o turista que aprecia a natureza e
caminhadas.
- Discurso: Discurso acessível, sem densidade terminológica. Por virtude de ser um
texto essencialmente publicitário, encontramos marcas subjectivas e frases feitas ao
longo dos textos, tal como, por exemplo, a frase final do primeiro texto (Ponha aqui o
seu pézinho) que é retomada no início do segundo texto.
- Aspecto gráfico da página / sítio: O layout da página tem como imagem(ns) de fundo
paisagens e cenários da zona turística de que se fala, coadunando-se bem com o texto
publicitário. A página apresenta menus facilmente navegáveis e ligações para mais
informações e atracções na secção inferior. Pode-se encontrar na página principal uma
pequena janela para efectuar reservas de alojamento até quatro diferentes sítios.
37
Tradução 4 – Tourisme vert PPT (FR - PT)
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40
41
42
43
Tradução 5 – Tourisme Touraine - Hôtels (FR – PT)
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Commentaire Descriptif – Tourisme Touraine – Hôtels
Commentaire Descriptif – Tourisme Touraine - Hôtels
Url / type de site: http://www.economietouraine.com/tourisme_indre_et_loire/tourisme_publications.aspx#I000e3d3f. Il faut
bien indiquer que le URL nous emmène seulement vers un listage de plusieurs PDFs. Le
texte dont ce commentaire parle se trouve dans le PDF « Capacité d’accueil en hôtels
classés en Touraine, région Centre et France au 31/12/2007 », dans le sous-titre « 5 –
Hébergements touristiques : offres et fréquentations comparées Touraine, région
Centre, France ». Le site ici présent s’agit d’un dépositoire de documents à télécharger,
tous relatifs au tourisme.
Auteur de la page: On n’a pas l’indication de l’auteur, mais on a une autre chose
tellement importante – les sources de l’information qui font partie de cet article. Bien
que le texte s’agisse d’un texte utilitaire, il faut bien connaître les sources, qui sont la
Direction du Tourisme, la Préfecture d'Indre et Loire, le Comité Régional du Tourisme
(CRT) du Centre, le Comité Départemental du Tourisme (CDT) de Touraine, la Chambre
de Commerce et d’Industrie (CCI) de Touraine, et l’Observatoire de l’Économie et des
Territoires de Touraine (OE2T).
Date: Le texte a été publié le 13/10/2008. L’étude est relatif au période jusqu’à
31/12/2007.
Objectif du texte: Relier de l’information concernant le tourisme dans la région de
Touraine, d’Indre-et-Loire et de la France.
Public-cible du texte / site: Des personnes qui veulent savoir plus à propos du
tourisme dans la Touraine. On peut également penser que ce texte peut suivre un
propos plus professionnel ; donc, il peut tout simplement s’agir d’une relevée de
données pour les entreprises touristiques. Le même est vrai pour le site.
Discours: Le discours est simple mais assez terminologique à cause des termes propres
du domaine. On ne trouve pas des difficultés apparentes, sauf le 4*L pour indiquer une
classification plus élevée que quatre étoiles pour un hôtel.
Aspect graphique: Aspect graphique simple, ayant en compte seulement le relié de
l’information y-compris.
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Tradução 6 – Turismo – Caracterização do Alojamento Hoteleiro (PT –
FR)
1. TOURISME
Introduction
Dans cette partie on procède à une analyse des principaux aspects relatifs à
l’univers des établissements hôteliers dans le période compris entre 1991 et
2001. Il s'agit d'une analyse exclusivement statistique, où on considère deux
seules sources (l’Institut National de Statistique) (Instituto Nacional de
Estatística) et la Direction Général du Tourisme (Direcção-Geral de Turismo)).
D'autres composants fondamentaux pour la compréhension du phénomène
touristique dans la région, tels que ceux qui sont associés au tourisme de
seconde résidence, aux lits informels parallèles, aux touristes hébergés dans la
famille ou chez des amis, aux activités et aux infrastructures de consommation
touristique (parcs thématiques, ports de plaisance, terrains de golf...), à la
restauration et aux établissements similaires en dehors des établissements
hôteliers, etc. sont abordés dans le cadre du 'Tourisme - Caractérisation et
Diagnostique du Secteur' (voir chapitre spécifique du Volume I et annexe
respectif de ce Volume II).
Par contre, et en ayant présent une vision essentiellement géographique de
l'équipement hôtelier, les enjeux de l'économie et de l'emploi sont approchés
dans les chapitres (et annexes) respectives.
La présente analyse a les restrictions suivantes:

L'information, au niveau intra régional (de la commune), date le plus
récemment de l'année 2000, contrairement à la même information pour
les niveaux régional et national, dont les derniers dates se rapportent à
2001 (dans le cas de certaines variables, 2002); et

Dans une perspective territorial, il n'a pas été possible de procéder à une
désagrégation spatiale plus approfondie de l'information discutée,
notamment au niveau de la section de commune et du hameau, sans
doute important lorsqu’on considère certaines communes de la région
qui s'allongent de la banque littoral sud jusqu'à la frontière avec
l'Alentejo, et englobe l’immense territoire du Barrocal et de la Serra.
47
Comentário Metodológico Transversal – Turismo
Comentário metodológico transversal - Turismo
1)
Identificação de problemas / dificuldades na língua de partida a nível
discursivo ou terminológico e sua explicação (disc.) / definição (term.):
A temática do turismo levantou algumas questões, nomeadamente a nível
discursivo.
Abrangemos duas tipologias dentro desta temática – o texto publicitário
(traduções 1, 2 e 3) e o texto utilitário (traduções 4, 5 e 6).
Pela própria razão de ser publicitário, as traduções que aqui se integram
requerem desde logo um cuidado maior com a língua, sendo que é preciso não só
manter um rigor pleno em termos de terminologia, mas será igualmente, se não mais
necessário, manter o texto apelativo dentro do contexto cultural de chegada - de
facto, se ignorarmos a vertente publicitária, as traduções tornar-se-iam desenxabidas.
Por outro lado, o texto utilitário é, de longe, terminologicamente mais
complexo, através de termos como “parc hôtelier”, “enjeux” ou “filière”, o que
requere um grau de pesquisa mais elevado e detalhado.
Falando individualmente, a tradução 1 apresenta dificuldades como “acteurs
locaux”, “labellisation” ou “mise en réseau”. Por outro lado, a maneira como formula
algumas frases, tal como “Le tourisme rural est la forme de tourisme que l’associe le
plus communément au tourisme durable”, transmite, no texto de partida, a ideia de
apoiar alguma coisa ao mesmo tempo que dela desfrutamos, ideia a qual tem de ser
mantida no texto de chegada.
A tradução 2 vem na mesma veia que a primeira, sendo igualmente um texto
mais publicitário que utilitário. Na verdade, das traduções inseridas neste sector, dirse-ia que este seria o mais publicitário de todos, o que se pode facilmente notar logo
desde o início – “Des vacances peu coûteuses dans un milieu naturel ? Une occasion de
s’éloigner de tout, de l’agitation de la vie urbaine et des pressions du travail ? Vous
vous demandez où aller ? Ne cherchez plus loin, la France est la réponse à vos
attentes.”. Terminologicamente falando, este texto não apresentou as mesmas
dificuldades que o primeiro, uma vez que, tal como de cada vez que se entra num novo
domínio, tudo o que seja relativamente repetitivo acabará, eventualmente, por se
tornar mais fácil e rápido, uma vez que o vocabulário começa a fluir suavemente, não
requerendo doses tão copiosas de pesquisa integral. Claro está que, no entanto, este
48
texto não pode ser descurado. A fluência da influência turística está aqui bem patente
e teve de ser mantida no texto de chegada.
Passando agora à tradução 3, verificamos também uma tentativa de venda de
produto ou de criação de necessidade. Passando por frases como “Sem
praticamente nenhuma contra-indicação, caminhar melhora a condição
cardiorrespiratória […]” ou “[…] então fica o convite... ...ponha aqui [o] seu pezinho”, é
fácil reparar que esta frase final iria causar problemas. Por outro lado, este texto e o
seguinte (3bis) apresentam uma outra dificuldade acrescida, o facto de que a
gramática não ser a mais correcta e o facto de ter alguma ambiguidade textual.
Chegando, no entanto, ao ramo utilitário dos textos de turismo, estas
preocupações desvanecem. De facto, começamos agora a entrar numa densidade
terminológica acrescida mas que remove aquilo que poderá ser considerado o mais
difícil – a fluência textual. As traduções 4 – 6 são basicamente compilações de dados e
um resumo de um artigo. A primeira foca-se numa apresentação PPT e elações dela
retiradas, ao passo que a segunda se trata exclusivamente da apresentação de dados e
a terceira de um resumo.
A tradução 4 revela-se difícil pelas construções semânticas empregues. Pelo
facto de se tratar de uma apresentação, é lógico que se constate que as frases serão
mais na via de segmentos que de frases propriamente bem construídas, o que levanta
problemas. Temos igualmente a presença de alguns termos, nomeadamente “filière” e
“bâti et non bâti”. É de igual relevo levantar a questão do meio de tradução. Sendo
que se trata de um documento PPT em formato PDF, seria necessário retirar o texto e
traduzir à parte, o que faz com que a tradução, por muito bem feita que poderá estar,
não cumpra o seu propósito de parecer autêntica, uma vez que lhe falta o meio de
veiculação de mensagem. Por sorte, existem já certos programas de edição de PDFs,
alguns dos quais com alguma qualidade, que permitem tornear este grande obstáculo.
Para efeitos de tradução, creio ter conseguido uma boa solução. No entanto, para
efeitos de documentação em portefólio, os slides poderão ser algo pequenos e de
leitura algo condicionada, apesar de serem absolutamente legíveis.
Chegando à tradução 5, os problemas mantêm-se. De facto, há muito pouco
texto contido no PDF (o que, mais uma vez, levanta a questão do formato de ficheiros)
mas o pouco que há não é de tradução imediata. Temos a presença de alguma
terminologia que complica o processo, nomeadamente “parc hôtelier” e a designação
de 4*L para designar um hotel com mais de 4 estrelas mas que é, aparentemente,
inferior a 5 estrelas.
Por fim, a tradução 6 é uma lufada de ar fresco, na medida em que voltamos ao
texto corrente. Sim, encontra-se igualmente em formato PDF mas trata-se muito
simplesmente de texto corrido, facilitando a sua tradução. Quanto a dificuldades
49
concretas, volto a observar que, dentro de qualquer domínio, quanto mais experiência
se tenha mais fácil se torna a tradução, o que não deixa de ser verdade aqui. Termos
como “estabelecimentos hoteleiros”, “parques temáticos” ou “concelho” começam a
ficar registados, quer na memória do tradutor, quer na memória de tradução. Claro
está que, neste âmbito, a Wiki de Terminologia por nós elaborada ao longo do
semestre oferece uma fonte de informação fiável face a termos que tenhamos já
encontrado ao longo do nosso percurso de trabalho, tornando-se uma ferramenta
indispensável à boa concretização de traduções.
2)
Propostas de tradução (disc.) / equivalência (term.) e verificação da sua
pertinência:
Falando concretamente de terminologia, os problemas que observei no primeiro
ponto foram os seguintes:











“parc hôtelier”;
“enjeux”;
“filière;
“acteurs locaux”;
“labellisation”;
“mise en réseau”;
“bâti et non bâti”;
“4*L”;
“estabelecimentos hoteleiros”;
“parques temáticos” e
“concelho”,
que têm as seguintes propostas de tradução :











“parque de hotéis”;
“desafios”;
“sector”;
“agentes locais”;
“rotulagem”;
“organização em rede”;
“edificado ou não”;
“4*L”;
“établissements hôteliers”;
“parcs thématiques e
“commune”.
50
Algumas das soluções foram encontradas por meio de pesquisa – “acteurs locaux”
(http://www.vie-publique.fr/decouverteinstitutions/institutions/approfondissements/responsabilite-acteurs-locaux.html para
verificar o contexto e
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/Programas/Agentes-Locais-deInova%C3%A7%C3%A3o:-receba-o-Sebrae-na-sua-empresa para verificar o
equivalente. Note-se que o site apresentado se encontra em Português do Brasil, mas
que o texto está predominantemente em Português Europeu) ou “estabelecimentos
hoteleiros” (http://www.quebecregion.com/fr/etablissements-hoteliers/ que
confirma a existência do equivalente proposto em Francês e que demonstra o
significado).
No entanto, a maior parte das questões terminológicas levantadas foram
resolvidas em contexto de aula, quando várias pessoas apresentaram diferentes
soluções e se debateu sobre cada uma, chegando, por fim, a um consenso alargado
em cada uma.
Não posso deixar de, mais uma vez, mencionar a Wiki de Terminologia
(http://wikis.ua.pt/terminologiaPTF) que compila termos já traduzidos, facilitando a
tarefa repetitiva de procura de terminologia adequada.
Passando agora às minhas propostas de tradução, há que ter em conta o
contexto de algumas passagens, nomeadamente aquando da parte publicitária. É
necessário traduzir a mensagem ressalvando o interesse geral do texto e do autor que
originalmente o terá publicado. Ou seja, se um texto é predominantemente
publicitário na língua de partida, é necessário manter todas as suas características na
língua de chegada, mesmo que para isso seja necessário fazer uma adaptação cultural.
3)
Outras observações / comentário geral acerca dos textos:
No geral, a temática do Turismo apresentou diversas dificuldades, quer a nível
discursivo, quer a nível terminológico. No entanto, é interessante notar que os textos
partilhavam várias características, o que torna a sua tradução progressivamente mais
fácil. Quase todos os textos apresentam dados de uma forma ou outra, alguns para
informar, outros para vender. Ter em conta todos os contextos e os mais pequenos
detalhes de cada texto provou ser um desafio à altura.
51
52
- Fim -
53

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