Presidenta Dilma exalta a importância da Marinha na

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Presidenta Dilma exalta a importância da Marinha na
nossa força é a notíCia
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R i o d e J a n e i r o , J u n h o d e 2 0 11 - A n o I - E d i ç ã o 1 0
Vice-Presidente da República
visita exposição da Marinha
Foto: Tereza Sobreira
A Presidenta da República Dilma Rouseff, o Vice-Presidente Michel Temer, o Presidente da
Câmara Federal Marco Maia, o Presidente do Senado José Sarney, o Ministro da Defesa
Nelson Jobim, o Ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota, o Cmt. da Marinha Alt. de
Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, o Cmt. do Exército Gen. Exército Enzo Martins Peri
e o Cmt. da Aeronáutica Ten. Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito e o Chefe do Estado Maior Conjunto
das Forças Armadas Gen. de Exército José Carlos De Nardi
● Em prestigiada cerimônia realizada em homenagem ao 146° aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, Data Magna da Marinha do
Brasil, a Presidenta da República, Dilma Rousseff, destacou o papel
fundamental da Marinha brasileira na defesa da soberania nacional.
Página 9
Comandante do Exército recebe
Condecoração do Exército Colombiano
● No dia 10 de junho, as Organizações Militares de Artilharia do Planalto Central comemoraram o Dia da Arma na guarnição de Brasília.
Página 11
Chefes das Forças Aéreas das Américas
se reúnem na cidade de Natal
● O aperfeiçoamento de ações operacionais com fins de
ajuda humanitária foi
o tema central discutido durante a 51ª
Conferência dos Chefes das Forças Aéreas
Americanas no período de 12 a 17 de junho, em Natal (RN).
Foto: Agência Força Aérea
Exército comemora o Dia da Artilharia
Ministério da Defesa comemora 12 anos
● Fortalecido por planos e programas que lhe deram uma nova configuração institucional, o MD iniciou seu 13º ano de atuação, consolidando-se com um dos símbolos de um país democrático. Página 4
Foto: CECOMSEX
● No dia 9 de junho,
a
Embaixadora
da
Colômbia no Brasil,
Maria Elvira Pombo, condecorou o Comandante
do Exército, General-deExército Enzo Martins
Peri, com a Medalha da
Ordem do Mérito Militar Antonio Nariño, no
grau Grã-Cruz. A solenidade transcorreu na Embaixada Colombiana
e contou com as presenças do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, do
Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General-de-Exército
José Elito Siqueira, do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
Armadas, General-de-Exército José Carlos De Nardi, além de Adidos Militares e da Polícia da Colômbia. Durante a cerimônia, houve a leitura de um texto alusivo à ocasião emitido pelo Comandante
do Exército Nacional da República da Colômbia, General Alejandro
Navas Ramos. (CECOMSEX/ FM)
● O Vice-Presidente da República, Michel
Temer, acompanhado
do
Comandante da
Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares
de Moura Neto, percorreu, no dia 8 de junho, a exposição organizada
pela Marinha do Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília. A mostra
faz parte das comemorações alusivas ao 146º Aniversário da Batalha
Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha. Na ocasião, o VicePresidente aprofundou o seu conhecimento sobre a “Amazônia Azul”
e o Poder Naval, com destaque para algumas ações desenvolvidas pela
Marinha, como a Assistência Hospitalar na Amazônia, o Programa Antártico Brasileiro e o Programa Nuclear. A exposição, organizada pela
Secretaria de Acompanhamento e Estudos Institucionais do Gabinete
de Segurança Institucional da Presidência da República. (CCSM/ FM)
Foto: CCSM
Presidenta Dilma exalta a importância
da Marinha na defesa nacional
O Ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim fala na abertura da Conferência ao lado do Cmt. da Aeronáutica,
Ten. Brigadeiro-do-Ar Junito Saito
Página 13
FAB lança selo comemorativo
aos 80 anos do CAN
● A Aeronáutica lançou, no dia 7 de junho, o selo
personalizado dos 70 Anos da FAB e 80 Anos do
CAN, a revista Aerovisão 80 Anos do CAN e o
Filme Institucional de 80 Anos do CAN. O evento
ocorreu na sede da Quinta Força Aérea. Página 13
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Editorial
Ministério da Defesa, Marinha,
Artilharia do Exército e Correio Aéreo Nacional
são os homenageados do mês
Na capa desta edição destacamos a Presidenta Dilma exaltando
a importância da Marinha na Defesa Nacional e a visita do VicePresidente Michel Temer a uma exposição alusiva a Data-Magna da
nossa Força Naval.
Registramos também a comemoração do 12º ano da criação do
Ministério da Defesa e do Dia da Artilharia, a condecoração recebida
pelo General Enzo do Comando do Exército Colombiano, a reunião dos
Chefes das Forças Aéreas das Américas na cidade de Natal e os 80 anos
do Correio Aéreo Nacional.
Na página 3 enfocamos o lançamento do plano para prevenir
e enfrentar crimes nas fronteiras e na 5 o relançamento da Frente
Parlamentar de Defesa Nacional e o apoio do Ministério da Defesa ao
Programa Brasil sem Miséria.
A visita do Ministro da Defesa à Manaus e sua participação
na operação "Amazônia 2011" é notícia na página 6, como também o
"Diálogo Político-Militar Brasil-EUA".
Na página 7 registramos a assinatura do contrato de construção
de quatro Avisos Hidroceanográficos Fluviais, a cerimônia do Curso
de Formação de Marinheiros para República da Namíbia e o encontro
sobre Segurança do Transporte Aquaviário, na cidade de Rio Grande.
A 8ª Reunião do Comitê dos Chefes dos Estados-Maiores das
Forças Singulares e a Reunião de Coordenação do Preparo da Força
Terrestre foram devidamente destacadas na página 10, onde também
noticiamos que El Salvador sediou a Força Comandos 2011.
Na página 11 registramos a participação do Comandante do
Exército na 11ª Conferência Anual sobre Conflitos Terrestres e na
14ª página uma iniciativa do MD levando o debate sobre defesa aos
universitários do Nordeste.
Finalmente nas páginas 15 e 16, uma entrevista com o presidente da SOAMAR- RIO, Marcio Prado Maia e o almoço 5 estrelas
promovido pela ADESG em homenagem a Marinha.
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editor
Luiz Carlos Pereira Coelho
[email protected]
chefe de reportagem
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relações públicas
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Junho/ 2011
Panorama Militar
Estagiários da Escola Superior de Guerra
visitam o Navio-Aeródromo “São Paulo”
Foto: CCSM
No dia 7 de junho, a Escola Superior de Guerra (ESG) começou uma série de eventos em comemoração ao 146° Aniversário da
Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha. Foi realizada
uma visita da Turma Segurança e Desenvolvimento, do Curso de Altos
Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) – 2011, à Ilha Fiscal e ao
Espaço Cultural da Marinha.
Em 9 de junho, o Comandante da ESG, General-de-Exército
Túlio Cherém, presidiu uma cerimônia cívico-militar, onde militares,
civis e alunos da Escola Municipal Estácio de Sá puderam assistir ao
cerimonial à Bandeira Nacional, conforme as tradições navais.
Os estagiários do CAEPE assistiram também a uma palestra
sobre a Batalha Naval do Riachuelo e visitaram uma exposição organizada na ESG, com a participação de diversas Organizações Militares da Marinha. Eles conheceram, ainda, o Navio-Aeródromo
“São Paulo”, capitânia da Esquadra, poucas horas após o seu regresso
de operações no mar. Ao final do evento, houve uma apresentação do
conjunto Fuzibossa, ao som da canção Cisne Branco. (CCSM/ FM)
Cerimônia de abertura do Curso de Especialização
em Política e Estratégia da ADESG-BA
Foto: CCSM
No dia 25 de
maio, no auditório
do Colégio Militar de Salvador, o
Comandante do
2º Distrito Naval,
Vice-Almirante
Carlos Autran de Oliveira Amaral, presidiu a cerimônia de abertura
do Curso de Especialização em Política e Estratégia promovido pela
Associação dos Diplomados da Escola de Guerra da Bahia.
Na abertura do evento, a Banda dos Fuzileiros Navais executou o Hino Nacional. O Comandante do 2° Distrito Naval e o Capitão dos Portos da Bahia, Capitão-de-Mar-e-Guerra Paulo Fernandes
Baltoré, compuseram a mesa a convite do Delegado da ADESG-BA,
Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1) Sergio Luiz Belmont Loncan, e falaram aos participantes do curso, que será ministrado em sete meses,
voltado para as discussões sobre Política, Estratégia, Planejamento
Estratégico, Ética e Liderança com a parceria da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). (CCSM/FM)
Coelho/ ESG 95
3
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
Governo Federal lança plano para prevenir e enfrentar crimes nas fronteiras
A presidenta da República,
Dilma Rousseff, lançou oficialmente no dia 8 de junho, em cerimônia realizada no Palácio do
Planalto, o Plano Estratégico de
Fronteiras. A iniciativa, instituída
por decreto presidencial, prevê
uma série de operações integradas entre as Forças Armadas e
os órgãos de segurança pública
federais para prevenir e reprimir
ilícitos transnacionais.
“O que queremos é fortalecer as regiões de fronteira, tornálas locais que não dêem guarida
ao crime organizado”, afirmou
Dilma Rousseff, perante uma plateia que reuniu aproximadamente
300 autoridades civis e militares,
incluindo ministros, secretários,
parlamentares, diplomatas e cinco governadores de estados fronteiriços – Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso.
“O sucesso nessa empreitada vai ampliar nossa soberania e a
relação fraterna com nossos vizinhos", enfatizou a presidenta, fazendo menção especial à presença de embaixadores estrangeiros
no evento, entre os quais representantes da Bolívia, Colômbia,
Suriname, Uruguai e Venezuela,
além de encarregados de negócios da Argentina e do Paraguai,
afirmou a Presidenta Dilma. Durante a solenidade, os Ministros
da Defesa, Nelson Jobim, e da
Justiça, José Eduardo Cardozo,
assinaram o acordo de cooperação que viabiliza a execução do
Plano Estratégico de Fronteiras
pelos dois ministérios. “Saímos
das operações combinadas e passamos a uma operação conjunta com forças federais”, afirmou
Nelson Jobim durante a formalização do acordo, que permitirá,
do ponto de vista jurídico e administrativo, a execução de ações
integradas entre as duas pastas
para intensificar o enfrentamento
a crimes nas regiões de fronteiras.
Pelo
plano,
militares
da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica se articularão às
forças federais de segurança pú-
blica para estabelecer, pela
primeira vez,
uma coordenação conjunta
para atuar em
pontos estratégicos dos mais
de 16 mil quilômetros
de
fronteiras brasileiras. Além
das Forças Armadas – que,
no âmbito do
Ministério da
Defesa, terão
sua participação coordenada
pelo Estado Maior Conjunto das
Forças Armadas –, as operações
envolvem os departamentos de
Polícia Federal e de Polícia Rodoviária Federal, bem como a
Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Força Nacional de
Segurança Pública.
Os objetivos centrais do
Plano Estratégico de Fronteiras
são a redução dos índices de criminalidade e o enfrentamento ao
crime organizado. Entre os crimes fronteiriços mais comuns estão o tráfico de drogas, de armas e
de pessoas, além dos ilícitos ambientais e fiscais, como o contrabando e o descaminho.
Além da atuação integrada
entre órgãos dos ministérios da
Defesa e da Justiça, o novo plano
prevê ações de cooperação com
os países que fazem fronteira com
o Brasil, no sentido de intensificar a fiscalização nessas regiões.
Numa segunda etapa, está prevista também a participação de
órgãos estaduais e municipais de
segurança nas operações.
São dois os eixos principais do plano. O primeiro é
o fortalecimento da Operação
Sentinela. Realizada com êxito
pelo Ministério da Justiça desde 2010, a Sentinela é de caráter
permanente e tem foco em ações
de inteligência. Essa operação
será intensificada e passa a contar
com o apoio das Forças Armadas.
Foto: Tereza Sobreira
Centro de Operações
Conjuntas
O efetivo de policiais dedicados
exclusivamente à operação será
dobrado. O segundo eixo é a
Operação Ágata. Diferentemente
da Sentinela, essa operação é de
natureza pontual e temporária.
Baseia-se no aumento da presença e do impacto das forças envolvidas em pontos focais da faixa
de fronteira. A Ágata envolverá,
sozinha, a participação de aproximadamente cinco mil homens das
Forças Armadas e o uso de meios
como embarcações, aviões e outros veículos militares.
No anúncio feito hoje, os
ministros informaram que foram
detectados 34 pontos de fronteira
onde há maior incidência de atividades criminosas. A partir desses locais, foram escolhidas cinco
áreas, num primeiro momento,
para realizar as ações da Operação Ágata, que terá um efetivo de
cerca de 33 mil militares.
“É preciso ter claro que
não estamos falando de ações de
fronteiras para criar dificuldades
para nossos vizinhos, mas sim
de ações para promover mais coesão e integração do Brasil com
esses países”, ressaltou o ministro
Nelson Jobim. Para ele, o plano
anunciado nesta quarta-feira está
em perfeita sintonia com a necessidade de adoção, pelos países
sul-americanos, de uma estratégia
comum de dissuasão, como forma
de manter a soberania e proteger
as riquezas da região. (ASCOM/ FM)
O Plano Estratégico de Fronteiras abrangerá uma área de 2.357
milhões de quilômetros quadrados,
o que equivale a 27% do território
nacional. As ações cobrirão os principais pontos da linha de fronteira,
cuja extensão é de 16.886 quilômetros. A faixa de fronteira se projeta
por 150 quilômetros para dentro do
território nacional a partir da linha divisória com os dez países vizinhos.
Compreende 11 estados, 710 municípios, abrangendo uma população
de 10,9 milhões de pessoas.
A integração entre as Forças
Armadas e órgãos de segurança pública terá um comando único, algo
inédito nesse tipo de operação. O
acompanhamento e a coordenação
das ações do plano serão realizados a partir do Centro de Operações
Conjuntas, sediado no Ministério da
Defesa, em
Brasília. No COC, atuarão de
forma integrada representantes das
três forças e de todos os órgãos de
segurança. “Será dessa sala que
será possível acompanhar online todas as operações no país”, afirmou
o ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo. Cabe ao Centro estabelecer as diretrizes das operações
e acionar os meios necessários à
sua execução. Algumas operações
serão coordenadas pela Polícia Federal, por exemplo, com o apoio da
Marinha, Exército e Aeronáutica. Em
outras, a coordenação partirá das
Forças Armadas, com suporte dos
órgãos de segurança. As operações
também contarão com dados produzidos pelos órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), que
estarão interligados às ações.
Para além das operações
Sentinela e Ágata, o Plano Estratégico de Fronteiras prevê ações de
caráter estruturantes para melhorar
as condições de segurança da população e a proteção das áreas que
integram a faixa de fronteira. Entre
as iniciativas de longo prazo estão
a construção de residências funcionais para policiais, a instalação dos
Gabinetes de Gestão Integrada de
Fronteiras, a implementação de sistema de comunicação integrado e o
investimento em modernização tecnológica.
“Não podemos supor ou ter
a visão antiga de que faremos isso
colocando em fileira homens para
proteger 16 mil quilômetros de fronteiras. Isso não é possível”, afirmou
a Presidenta
Dilma. “O que nós vamos fazer é utilizar nossa capacidade de
ação combinada com inteligência,
conhecimento e com uso da tecnologia”, concluiu. (ASCOM/ FM)
4
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
Ministério da Defesa faz 12 anos e consolida-se
como um dos símbolos do Brasil democrático
Doze
anos depois
de criado, o
Ministério da
Defesa (MD)
tem muito o
que comemorar. Fortalecido por
planos e programas que lhe deram uma nova configuração institucional, o MD iniciou seu 13º
ano de atuação consolidando-se
com um dos símbolos de um país
democrático.
Se, no início, sua criação
esteve mais ligada à afirmação da
ideia de que as instituições militares devem se subordinar a um
governo civil constitucionalmente eleito, sua atuação hoje está
centrada em dar seguimento às
ações que garantam ao país a condição de ter instituições militares
modernas, capazes de fazer frente
aos inúmeros desafios do Brasil
nos cenários interno e externo.
No entender de especialistas, começou-se a formar o consenso, dentro e fora do âmbito
governamental, de que a construção de um modelo de desenvolvimento que fortaleça a democracia
e reduza as desigualdades sociais
deve compatibilizar as prioridades nos campos político, social e
econômico com as necessidades
de defesa.
De acordo com o professor
João Roberto Martins, da Universidade Federal de São Carlos, a
tendência histórica de relegar ao
segundo plano a condução dos assuntos de defesa, tidos até pouco
tempo como algo de competência
exclusiva dos militares, acabou
cedendo a um fato importante: o
gradativo aumento de interesse da
sociedade brasileira sobre assuntos dessa natureza.
Para direcionar a atuação
do Governo nessa questão, foi
aprovada, em dezembro de 2008,
a Estratégia Nacional de Defesa
(END). Pautada em ações estratégicas de médio e longo prazos,
a END tem como objetivo a modernização da estrutura nacional
de defesa, por meio de três eixos
estruturantes: a reorganização das
Forças Armadas, a reestruturação
da indústria brasileira de material
de defesa e a implementação de
uma política de composição dos
efetivos das Forças Armadas.
Em 2010, foi sancionada a Lei Complementar nº 136,
apelidada de Lei da Nova Defesa. A norma trouxe importantes
mudanças institucionais, entre as
quais a criação do Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas, e
representou passo relevante rumo
à reformulação da estrutura militar do país. Além disso, foram
editados decretos dispondo sobre
a Nova Estrutura Militar de Defesa e, mais recentemente, sobre
a reorganização da estrutura do
Ministério da Defesa.
Deu-se início, também, à
efetiva implantação das ações
decorrentes da END, a partir da
apresentação de diversas propostas de mudanças legislativas no
âmbito da defesa nacional. Entre
elas, a do projeto de lei que define a articulação e o equipamento
das Forças; a de atualização da
Política Nacional da Indústria de
Defesa e da Política de Ciência
e Tecnologia e Inovação para a
Defesa Nacional.
Em cumprimento às diretrizes da Política de Defesa
Nacional e da END, foi elaborado, em 2009, o Plano de Articulação e Equipamento da Defesa.
Esse plano tem o objetivo de harmonizar a capacidade de defesa
do País com o seu crescente nível
de desenvolvimento e com o papel de protagonista desempenhado pelo Brasil no cenário internacional. “Essas medidas colocaram
o Brasil em pé de igualdade com
os principais países do mundo e
tiveram o mérito de propiciar o
surgimento de um ambiente de
pesquisa para o desenvolvimento de uma moderna indústria de
defesa, sempre que possível com
a colaboração de países sul-americanos”, analisa o ex-Deputado
Federal Raul Jungmann, que integrou, até o ano passado, a Comissão Mista de Relações Exteriores
e Defesa Nacional do Congresso.
Jungmann ressaltou que o
maior exemplo de colaboração
com outros países foi a criação
do Conselho Sul-Americano de
Defesa, a partir de proposta
do ministro da Defesa, Nelson
Jobim. Segundo ele, além de facilitar o diálogo e cooperação
entre as nações do subcontinente,
o Conselho reforça a independência de seus participantes e a defesa de objetivos comuns contra a
ingerência de países situados fora
da região. (ASCOM/ FM)
Histórico
Antes da criação do Ministério da Defesa, a institucionalização
do comando das Forças Armadas
num único interlocutor já havia sido
acalentada. A Constituição de 1946
citava a criação de um Ministério
que fizesse essa integração. Daí
surgiu o Estado-Maior das Forças
Armadas (EMFA), chamado à época
de Estado-Maior Geral.
Em 1994, durante a campanha eleitoral de seu primeiro mandato, o ex-presidente da República,
Fernando Henrique Cardoso, incluiu
em seu plano de governo o estudo
e a criação do Ministério da Defesa.
A ideia era fazer com que Marinha,
Exército e Aeronáutica atuassem
sob uma mesma coordenação, com
objetivos estratégicos baseados em
diretrizes comuns.
No ano seguinte, já por determinação presidencial, o EMFA
iniciou estudos preliminares para a
criação do Ministério da Defesa. Em
1997, após diretriz presidencial que
contemplava a criação, a implantação do MD e a extinção dos ministérios militares então existentes, foi
criado o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), responsável pela implementação da diretriz.
No entanto, o Ministério da
Defesa só foi definitivamente implementado com o advento de três atos
legais: a Lei Complementar 97, de 9
de junho de 1999, a Medida Provisória 1799-6 e o Decreto 3080, os dois
últimos de 10 de junho de 1999.
Esses atos legais, no entender do professor João Roberto
Martins, da Universidade de São
Carlos (SP), foram um marco na his-
tória da democracia no Brasil. A partir deles, criaram-se condições para
institucionalizar, pela primeira vez, o
comando político das Forças Armadas em uma situação democrática.
“As medidas permitiram também articular a política militar do Brasil com
a política externa, duas faces da
mesma moeda”, afirmou.
Antes mesmo da criação do
MD, uma questão que permeava
qualquer discussão sobre o assunto era a subordinação dos militares
ao poder civil. Autor do livro “Democracia e Defesa Nacional” (Editora
Manole), o historiador Eliézer Rizzo
de Oliveira lembra que há duas décadas a corrente de pessoas que se
voltava contra a criação do MD argumentava que a proposta era irrealista, já que não se aplicava à cultura e
à tradição brasileira, sendo alimentada a partir do exterior.
Já os que defendiam a ideia
afirmavam que os Ministérios então
existentes da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica praticavam “não
apenas uma política, mas três políticas de defesa, o que resultava
em conflitos de interesse e falta de
lógica”.
Hoje, com a consolidação
do Ministério da Defesa, a situação
é completamente diferente, opina
Eliézer Rizzo. “Vejo sinais de que a
geração atual de generais vê a subordinação dos militares ao poder
civil com naturalidade“, afirmou o
historiador.
A necessidade de que as
ações militares sejam precedidas
da decisão política do poder civil
constitui uma questão que traz em
seu bojo um paradoxo histórico: os
políticos se afastaram nas últimas
décadas por decisão própria de assuntos referentes às Forças Armadas, deixando os temas militares
para serem resolvidas por oficiais
de alta patente. Para o professor
Roberto Martins, o governo e os políticos estão cada vez preocupados
em propiciar o preparo das Forças
Armadas brasileiras para situações
internas e externas desafiadoras.
Ele citou a presença do Brasil no
Haiti e no Líbano, participando das
Forças de Paz da ONU, como parte integrante do papel das Forças
Armadas nesse contexto.
O professor observou ainda
que “não é possível pensar em um
projeto de Forças Armadas condizente com os desafios enfrentados
no momento pela sociedade brasileira sem que sejam adotadas estratégias paralelas que assegurem
a continuidade desse projeto”. Essa
continuidade, a seu ver, só se dará
com o apoio, que nunca faltou, da
Presidência da República e do parlamento.
5
Foto: Tereza Sobreira
FOLHA MILITAR
Nelson Jobim participa do relançamento
da Frente Parlamentar de Defesa Nacional
O Ministro da Defesa,
Nelson Jobim, participou, no
dia 15 de junho, do relançamento da Frente Parlamentar de
Defesa Nacional, no Clube do
Exército, em Brasília. O ato marcou a reinstalação da associação
suprapartidária – criada originalmente em novembro de 2008 – na
nova legislatura.
Formada por 208 Deputados Federais, a Frente busca promover um relacionamento aberto
e dinâmico entre o Congresso
Nacional e outras instâncias do
setor de defesa, a partir da proposição de temas centrais e a
ampliação dos debates sobre o
assunto.
Segundo o Ministro da
Defesa, a iniciativa representa
um fórum que ajuda a sociedade
a compreender que o desenvolvimento de ações nessa área está
acima das diferenças partidárias
e do interesse político de um governo específico, conjugando-se
ao interesse maior da nação. “Não
podemos confundir o tempo histórico na nossa atividade política
com o tempo histórico do país”,
afirmou o ministro.
Jobim sustentou que a
Frente Parlamentar pode dar uma
importante contribuição ao Brasil,
levando ao Congresso a discussão
de temas estratégicos no campo
da defesa nacional. “A formação
da Frente ajudará a discussão da
temática da defesa e significará
a inclusão do parlamento na formulação de uma política nacional
para o setor”, disse. “Essa política não pode ser formulada apenas
pelo Ministério. Tem que haver
uma co-participação ampla de
toda a sociedade. E o parlamento representa a sociedade”, completou. Discursando para um auditório concorrido, formado por
parlamentares de partidos diversos, representantes da indústria de
defesa e oficiais militares, Jobim
voltou a defender a adoção de um
orçamento específico para o setor, em que os projetos definidos
como prioritários pelo Executivo
e aprovados pelo Legislativo, não
sejam passíveis de contingenciamento de recursos. “Precisamos
ter instrumentos legislativos que
impeçam que a indústria de defesa seja surpreendida com mutações de perspectivas de governos e de processos econômicos”,
defendeu.
O Ministro ressaltou o caráter específico da indústria de
defesa, segmento que atua quase sempre no limite do conhecimento, no chamado “teto tecnológico”. Para Jobim, por ter essa
peculiaridade, esse segmento necessita de previsibilidade no fluxo
de investimentos e de auxílio do
Estado para a realização de pesquisa e para o desenvolvimento
de projetos, sobretudo na fase inicial dessas ações.
(ASCOM/ FM)
A Frente Parlamentar de
Defesa Nacional será presidida
pelo Deputado Carlos Zarattini (PTSP), que enxerga, como tema prioritário, a articulação no Congresso
para a aprovação de um orçamento de defesa não passível de cortes
orçamentários.
De acordo com o parlamentar, a associação também atuará
com empenho para aprovar projetos que garantam o aprimoramento da capacidade dissuasória
das Forças Armadas brasileiras, e
que assegurem a absorção de alta
tecnologia pela indústria nacional.
Dentre os projetos que merecerão atenção especial, segundo
Zarattini, figuram o PróSub (construção de cinco submarinos pela
Marinha, sendo um a propulsão
nuclear com tecnologia nacional),
o FX -2 (aquisição de caças pela
FAB, com transferência tecnológica) e o Sisfron (programa do
Exército que prevê a aquisição de
modernos equipamentos para monitoramento das fronteiras do país).
O Presidente da Frente
destacou ainda necessidade de o
Congresso conceituar, por meio da
legislação, a chamada “empresa
estratégica de defesa”. Por sua especificidade, esse tipo de empresa
deverá ter, por exemplo, um regime
diferenciado de tributação.
Para Zarattini, empresas de
defesa classificadas como estratégicas devem ter base de produção no país e ser controladas por
brasileiros, além de ter a tarefa de
recuperar o ciclo completo do conhecimento, ou seja, deverão desenvolver projetos inovadores para
aplicação dual: civil e militar.
Participarão também das
atividades de coordenação da
Frente Parlamentar os deputados
Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Aldo
Rebelo (PCdoB-SP) – secretáriogeral e primeiro vice-presidente da
associação, respectivamente. No
último mandato legislativo, coube ao Deputado Raul Jungmann
(PPS-PE) presidir o movimento.
Além de parlamentares
e autoridades políticas civis e
militares, a Frente Parlamentar de Defesa Nacional conta
com o apoio de entidades e
organizações que atuam no
setor, entre as quais a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e
Segurança – Abinde.
(ASCOM/ FM)
Ministério da Defesa
vai apoiar o Brasil
Sem Miséria
Foto: Élio Sales
Temas prioritários
Junho/ 2011
O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da
Amazônia – Censipam irá fornecer
tecnologia de banda larga e apoio
técnico a prefeituras de cerca de
130 municípios isolados da Amazônia, com o objetivo de facilitar o cadastramento de famílias ainda não
atendidas pelos programas sociais
do governo federal. Com a medida, o Ministério da Defesa, órgão
que coordena o Censipam, passa a
integrar a rede do governo responsável pelas ações do Brasil Sem
Miséria, programa que visa erradicar a
miséria absoluta no país.
A participação da Defesa nas
ações sociais do governo foi acertada em reunião realizada durante a
manhã do dia 14 de junho, entre o
Diretor-Geral do Censipam, Rogério
Guedes, e a Coordenadora-Geral de
Gestão de Processos de Cadastramento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
(MDS), Jeniffer Carla de Paula.
Para permitir que essa parceria seja concretizada, os dois órgãos
deverão assinar, em breve, acordo
de cooperação técnica. O objetivo
principal é fazer com que todos os
municípios da Amazônia possam
ter, em suas prefeituras, acesso
a internet para uso do Cadastro
Único para Programas Sociais do
Governo Federal – instrumento essencial para que as famílias possam
ser beneficiadas com os programas
Brasil Sem Miséria, Bolsa Família,
Tarifa Social de Energia Elétrica,
Minha Casa Minha Vida e Programa
de Erradicação do Trabalho Infantil
(Peti).
O acesso ao cadastro tornouse ainda mais importante depois
que, em 2010, passou a ser disponibilizado em nova versão online.
Segundo Rogério Guedes, a dificuldade de acesso à internet é um
problema crônico na Amazônia,
principalmente, em regiões mais isoladas. Para superar esse problema,
o Censipam conta com a tecnologia
de antenas via satélite, o que permite às prefeituras o acesso à internet
sem custo pelo sinal. Recentemente, o Censipam adquiriu mais de mil
antenas destinadas a facilitar as
conexões via satélite na região.
(ASCOM/ José Romildo/ FM)
Ministro da Defesa
na Operação “Amazônia 2011”
No dia 29 de maio, o
Ministro da Defesa, Nelson
Jobim, esteve em Manaus
(AM), participando da Operação
“Amazônia 2011”, que ocorreu
de 23 de maio a 03 de junho. O
exercício conjunto envolveu a
Marinha, o Exército e a Aeronáutica e foi destinado a aprimorar o
preparo e o emprego das Forças
Armadas para o desempenho das
missões constitucionais que lhes
são atribuídas.
O Ministro da Defesa enfatizou a importância da Operação
“Amazônia”: “É necessário que
as três Forças estejam integradas
testando e planejando, de forma
conjunta, os seus meios operacionais e os sistemas de comando, de
controle e de logística conjunta”.
Acompanharam o Ministro
Nelson Jobim, o Comandante da
Marinha, Almirante-de-Esquadra
Julio Soares de Moura Neto; o
Comandante
da
Aeronáutica,
Tenente-Brigadeiro-do-Ar
Juniti Saito; o Comandante de
Operações Navais, Almirantede-Esquadra João Afonso Prado
Maia de Faria; o
Comandante do
9º Distrito Naval
e Comandante da
Força Naval Componente (FNC),
Vi c e - A l m irante
Antonio
Carlos
Frade Carneiro;
e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças
6
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
Foto: CCSM
Armadas, General-de-Exército
José Carlos De Nardi.
No Comando da 12ª Região Militar, em Manaus, eles
participaram de uma videoconferência, visitaram o Centro de
Coordenação e Direção de Exercício e Instalações do Comando
Logístico do Teatro de Operações
(TO), acompanharam as atividades da Comunicação Social no
site institucional, que foi simulado para a Operação.
No dia seguinte, a comitiva dirigiu-se à Força Aérea
Componente (FAC) do Teatro de
Operação (TO), localizado na
Base Aérea de Manaus, com destino ao Navio-Auxiliar “Pará”
(U15), meio naval subordinado
a FNC, atracado no município de
Fonte Boa (AM).
Na ocasião, o Vice-Almirante Frade apresentou a Ação
Cívico-Social (ACISO) realizada
pelo Navio de Assistência Hospitalar “Oswaldo Cruz”, às comunidades ribeirinhas, durante a
Operação. (CSSM/ FM)
Foto: CCSM
Brasil e Estados Unidos iniciam
novo diálogo sobre Defesa
Militares e diplomatas do
Brasil e dos Estados Unidos iniciaram no dia 3 de junho, em
Brasília, um novo intercâmbio
de ideias e impressões sobre os
rumos de ambos os países no
campo da política e da estratégia
relacionadas à área de Defesa. As
conversações, chamadas de “PolMilTalks”, fazem parte do Diálogo Político-Militar Brasil-EUA,
um canal de discussão bilateral
que promete, a partir de agora,
ganhar novo impulso.
A pauta do encontro, que
reuniu aproximadamente 30 autoridades e especialistas brasileiros e norte-americanos, abrangeu desde o posicionamento dos
países em questões de segurança
regional, como a participação
brasileira em operações de paz,
particularmente no Haiti, até as
possibilidades de parceria em
acordos comerciais que envolvam transferência de tecnologia.
Segundo a Chefia de Assuntos Estratégicos do Ministério
da Defesa, a retomada do diálogo
militar entre o Brasil e os Estados Unidos foi útil para identificar áreas onde é necessário – ou
oportuno – o aprofundamento das
conversações, bem como para reafirmar as respectivas posições
nacionais sobre os temas debatidos.
“Tivemos a oportunidade de colocar, num fórum
adequado e em um plano
equivalente, as expressões
política e militar de poder
nacional dos dois países”,
afirmou o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Marco Aurélio
Foto: ASCOM
Gonçalves Mendes, chefe
de Assuntos Estratégicos
do Ministério.
Para ele, o diálogo representou também uma chance para o
Ministério da Defesa se apresentar dentro de uma nova realidade
institucional, substancialmente
alterada em relação ao último
encontro, realizado em 2006, em
Washington.
Para direcionar a atuação do
Governo na questão da soberania
nacional, foi promulgada, no final
de 2008, a Estratégia Nacional
de Defesa (END). Em 2010, foi
sancionada a Lei Complementar
nº 136, que cria o Estado-Maior
Conjunto das Forças Armadas, e
foram editados decretos dispondo
sobre a Nova Estrutura Militar de
Defesa e sobre a reorganização da
estrutura do Ministério da Defesa.
“Estamos passando por
uma fase de profundas modificações, que estão sendo implementadas num contexto de redefinição
do papel do Ministério da Defesa
e de sua reestruturação”, disse o
brigadeiro Mendes.
O encontro, que contou,
do lado norte-americano, com a
presença do secretário-assistente
de Estado para Assuntos PolíticoMilitares, Andrew J. Shapiro, será
seguido por reuniões técnicas do
Grupo de Trabalho Bilateral de
Defesa (GTBD) nos próximos
dias 7 e 8. Não há previsão de
assinatura de acordos imediatos,
mas sim de uma ampliação da cooperação existente.
(ASCOM/ FM)
7
FOLHA MILITAR
Foto: CCSM
material hidroceanográfico.
Os quatro Avisos Hidroceanográficos Fluviais
serão entregues
até novembro
de 2012 e suas
construções
estão
inseriC Alte (EN) Deiana e o Diretor-Presidente da INACE, Antonio Gil, assidas no Projeto
nam o Contrato de Construção de quatro Avisos
Hidroceanográficos Fluviais
Cartografia da
O Diretor de Engenharia Amazônia, realizado em parceria
Naval, Contra-Almirante (EN) com o Exército, a Aeronáutica e
Francisco Roberto Portella Deia- o Serviço Geológico do Brasil, e
na, e o Diretor-Presidente da In- coordenado pelo Centro Gestor e
dústria Naval do Ceará (INACE), Operacional do Sistema de ProteAntonio Gil Fernandes Bezerra, ção da Amazônia, subordinado ao
assinaram, no dia 26 de maio, Ministério da Defesa.
o contrato para a construção de
Os AvHoFlu destinam-se à
quatro Avisos Hidroceanográfi- execução dos Levantamentos Hicos Fluviais (AvHoFlu), em For- droceanográficos em águas intetaleza (CE).
riores na Bacia Amazônica, sob a
Os AvHoFlu serão constru- responsabilidade da Diretoria de
ídos a partir de especificações de Hidrografia e Navegação. Tem a
aquisição, de acordo com os re- finalidade de atualizar, de forma
quisitos técnicos de projeto e de contínua, a cartografia náutica das
desempenho elaborados pela Di- principais hidrovias na região,
retoria de Engenharia Naval. Eles sendo de fundamental imporpossuirão comprimento total de tância o conhecimento preciso e
25 metros, boca moldada máxima atualizado do canal de navegação
de 8,0 metros e calado máximo de dos rios amazônicos, o que possi1,40 metros, comportando 12 tri- bilitará melhoria na segurança da
pulantes e devendo ser dotado de navegação.
um laboratório seco e um paiol de (CSSM/ FM)
Marinha participa do recebimento do maior navio
mineraleiro do mundo em operação
Foto: CCSM
A Marinha do Brasil, por
intermédio da Capitania dos
Portos do Maranhão, acompanhou diversas simulações
físicas e matemáticas visando
a atracação do Navio “Vale Brasil”, em São Luís (MA). A Força
também coordenou as reuniões
Navio "Vale Brasil"
de planejamento para o recebimento da embarcação, com o apoio do serviço de praticagem maranhense.
No dia 24 de maio, foi realizada uma solenidade para marcar o início do
carregamento do navio em águas maranhenses. Diversas autoridades civis e
militares compareceram ao evento, dentre elas o Vice-Governador do Estado
do Maranhão, Washington Oliveira; o Diretor- Executivo de Operações Combinadas da Vale, Eduardo Bartolomeo; o Capitão dos Portos do Espírito Santo,
Capitão-de-Mar-e-Guerra Paulo Cesar Gomes Bessa; e o Ajudante da Capitania dos Portos do Maranhão, Capitão-de-Corveta Marcos Floresta Dias Filho.
O Navio “Vale Brasil” é, atualmente, o maior navio mineraleiro do mundo em operação. Mede 362 metros e tem capacidade para transportar 390 mil
toneladas de carga. (CSSM/ FM)
Cerimônia do Curso de Formação de
Marinheiros para a República da Namíbia
Foto: CCSM
Assinatura do Contrato de
Construção de quatro Avisos
Hidroceanográficos Fluviais
Junho/ 2011
A cerimônia do Curso de
Formação de Marinheiros para a
República da Namíbia aconteceu
no dia 27 de maio, no Centro de
Instrução Almirante Alexandrino (CIAA). O Comandante da
Marinha da Namíbia, ContraAlmirante Peter Hafeni Vilho,
e o Embaixador da Namíbia no
Brasil, Linekela Josephat Mboti, prestigiaram o evento e foram
recebidos pelo Diretor de Ensino
da Marinha, Vice-Almirante Ademir Sobrinho, e pelo Comandante
do CIAA, Contra-Almirante José
Carlos Mathias.
O curso teve duração de 18
meses e formou 30 marinheiros
namibianos. Durante o período,
Foto: CCSM
foi ministrado o conhecimento
básico da língua portuguesa, o
nivelamento em disciplinas do
Ensino Fundamental, a Instrução
Militar Naval necessária à formação militar, bem como a introdução aos assuntos técnico-profissionais diversificados, bagagem
para as providências iniciais rumo
à futura especialização na carreira
naval. Após a formatura, os namibianos seguirão para a etapa do
Estágio Inicial com duração de
cinco meses no Brasil.
O Acordo de Cooperação
Naval entre o Brasil e a Namíbia
foi firmado em março de 1994.
(CSSM/ FM)
Segurança do transporte aquaviário é tema
de encontro no Rio Grande
O
Comandante do 5º Distrito Naval,
Vice-Almirante
Sergio
Roberto Fernandes dos
Santos, recebeu, no dia
23 de maio, a visita da
Deputada Estadual Miriam Marroni. O assunto
tratado foi a travessia
de passageiros entre os
Deputada Estadual Miriam Marroni, V Alte Fernandes
municípios do Rio Grane CMG Correia
de e de São José do Norte
e também o transporte de veículos leves e pesados pelo canal Miguel
da Cunha. A Deputada mostrou preocupação com o transporte aquaviário
da região e comprometeu-se a buscar, junto aos órgãos estaduais, uma
solução para minimizar o problema dos usuários e priorizar a qualidade e
segurança nas travessias. “Já articulo com o Secretário Estadual de Obras
Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, Luis Carlos Busato, a forma legal para acelerarmos a publicação de um novo processo licitatório
e, também, alguma alternativa para que a solução não corra o risco de se
prolongar por mais de seis meses, caso a nova licitação seja impugnada”,
afirmou a Deputada Estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. (CCSM/ FM)
Junho/ 2011
Distritos Navais celebram o Aniversário
da Batalha Naval do Riachuelo
Batalha Naval do Riachuelo
Esquadra brasileira
No início da Guerra da Tríplice Aliança, a Esquadra brasileira dispunha de
45 navios armados. Diversos dos navios do início da guerra foram projetados e
construídos no País. Mais tarde, Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro construiu
navios encouraçados para o teatro de operação no Rio Paraguai.
Os navios brasileiros disponíveis antes dessa guerra eram adequados
para operar no mar e não nas condições de águas restritas e pouco profundas
que os Rios Paraná e Paraguai ofereciam. Além disso, esses navios, possuíam
casco de madeira, o que os tornava muito vulneráveis à artilharia de terra, posicionada nas margens.
Foto: CCSM
Militar recebe a
Medalha Mérito
Militar do Comandante do 3º Distrito
Naval, Vice-Almirante Airton Teixeira
Pinho Filho, durante
a cerimônia
Foto: CCSM
Militares agraciados
com a Medalha Mérito
Militar, entre os quais
dois com a de ouro, correspondente a 30 anos
de serviço e três com a
de prata, referente a 20
anos, no 3º DN
Foto: CCSM
Desfile em continência ao Comandante
do 3º Distrito Naval,
Vice-Almirante Airton
Teixeira Pinho
Foto: CCSM
A solenidade contou
com a presença de
militares e civis, representando os Estados
do Rio Grande do
Norte, Pernambuco,
Paraíba, Ceará e
Alagoas
Foto: CCSM
No 4º Distrito
Naval, ViceAlmirante Rodrigo
Otávio Fernandes
de Hônkis recebeu
autoridades militares e civis do Pará
e Amapá
Foto: CCSM
Banda de música do
Grupamento de
Fuzileiros Navais de
Belém à frente do
desfile de lanchas e
viaturas
8
FOLHA MILITAR
Antecedentes da Batalha
Coube ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, o futuro Marquês de
Tamandaré, o Comando das Forças Navais brasileiras na guerra do Paraguai. A
Marinha do Brasil representava praticamente a totalidade do Poder Naval presente no teatro de operações.
A estratégia naval adotada pelos aliados foi o bloqueio. Os Rios Paraná
e Paraguai eram as artérias de comunicação com o Paraguai. As Forças Navais
do Brasil foram organizadas em três divisões - uma permaneceu no Rio da Prata
e as outras duas subiram o Rio Paraná para efetivar o bloqueio.
Com o avanço das tropas paraguaias ao longo da margem esquerda do Paraná, Tamandaré resolveu designar seu Chefe do Estado-Maior o
Chefe-de-Divisão (posto que correspondia a Comodoro, em outras Marinhas)
Francisco Manoel Barroso da Silva, para comandar a Força Naval que estava
rio acima.
A primeira missão de Barroso foi um ataque à Cidade de Corrientes, que
estava ocupada pelos paraguaios. Não era possível manter a posse dessa cidade na retaguarda das tropas invasoras e foi preciso, logo depois, evacuá-la.
Ficou evidente, porém, que a presença da Força Naval brasileira deixaria o flanco dos invasores sempre muito vulnerável. Era necessário destruí-la, e isso motivou Solano López a planejar a ação que levou à Batalha Naval do Riachuelo.
A Batalha
A Força Naval Brasileira comandada por Barroso, estava fundeada no
Rio Paraná próximo à Cidade de Corrientes. O plano paraguaio era surpreender os navios brasileiros, abordá-los e, após a vitória, rebocá-los para a cidade
Paraguaia de Humaitá. Adicionalmente, a Ponta de Santa Catalina, próxima à foz
do Riachuelo, foi artilhada pelos paraguaios. Havia, também, tropas de infantaria
posicionadas para atirar sobre os navios brasileiros que escapassem.
Na manhã do dia 11 de junho, a Força Naval brasileira avistou os navios
inimigos. Mezza se atrasara e desistiu de iniciar a batalha com a abordagem. A
Força Naval paraguaia passou pela brasileira, ainda imobilizada, e foi se abrigar
junto à foz do Riachuelo, onde ficou aguardando.
Após suspender, a Força Naval brasileira desceu o rio, em perseguição, e
avistou os navios inimigos parados nas proximidades da foz do Riachuelo. Graças a uma manobra inesperada, que tinha o intuito de cortar uma possível fuga
dos paraguaios, Barroso acabou encalhando o “Jequitinhonha”. O primeiro navio
da linha, o “Belmonte”, passou por Riachuelo separado dos outros, sofrendo o
fogo concentrado do inimigo e, logo após, encalhou propositadamente, para não
afundar.
Corrigindo sua manobra, Barroso, com a “Amazonas”, assumiu a vanguarda e efetuou a passagem, combatendo a artilharia da margem, os navios e
as chatas, sob a fuzilaria das tropas que atiravam das barrancas.
Completou-se assim, aproximadamente às 12 horas, a primeira fase
da Batalha. Até então, o resultado era altamente insatisfatório para o Brasil: o
“Belmonte” fora de ação, o “Jequitinhonha” encalhado para sempre e o “Parnaíba”, com avaria no leme, sendo abordado e dominado pelo inimigo. Então,
Barroso decidiu regressar. Desceu o rio, fez a volta com os seis navios restantes
e, logo depois, estava novamente em Riachuelo. Tirando vantagem do porte da
“Amazonas”, ele usou seu navio para abalroar e inutilizar navios paraguaios e
vencer a Batalha. Quatro navios inimigos fugiram perseguidos pelos brasileiros.
Antes do pôr-do-sol de 11 de junho, a vitória era brasileira. A Esquadra
paraguaia fora praticamente aniquilada e não teria mais participação relevante
no conflito. Estava, também, garantido o bloqueio que impediria que o Paraguai
recebesse armamentos do exterior, inclusive os encouraçados que encomendara na Europa.
Foi a primeira grande vitória da Tríplice Aliança na guerra e, por isto, muito comemorada. Com a vitória em Riachuelo, a retirada dos paraguaios da margem esquerda do Paraná e a rendição dos invasores em Uruguaiana, a opinião
dos aliados era de que a guerra terminaria logo. Isso, porém, não ocorreu. O
Paraguai era um país mobilizado e Humaitá ainda era uma fortaleza inexpugnável para aqueles navios de madeira que venceram a Batalha. A guerra foi longa,
difícil e causou muitas mortes e sacrifícios. Foi nela, que brasileiros de todas as
regiões do País foram mobilizados, conheceram-se melhor e trabalharam juntos
para a defesa da Pátria. Consolidou-se, assim, a nacionalidade brasileira.
(CCSM/ FM)
9
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
Presidenta Dilma exalta a importância da Marinha na defesa nacional
“A Marinha garante a segurança do país e constitui motivo de particular orgulho para
os brasileiros”, afirmou Dilma
Rousseff, em mensagem lida
durante a solenidade, re alizada no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília. Além da
Presidenta, estiveram presentes
ao evento o Vice-Presidente da
República, Michel Temer, o
Presidente do Senado, José
Sarney, e o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, entre outras
autoridades.
Na ocasião, Dilma fez referências à importância da presença
da Marinha nas águas jurisdicionais, na “Amazônia Azul” e nos
rios da Bacia Amazônica e do
Pantanal. Segundo ela, a defesa
dos interesses nacionais, principalmente após a descoberta de
riquezas minerais na plataforma
continental brasileira, é desempenhada com zelo pela Força.
“Reverenciar, neste dia, a Data
Magna da Marinha é enaltecer as
qualidades mais nobres do povo
brasileiro”, afirmou.
A Presidenta Dilma, destacou também, em sua mensagem, as ações desenvolvidas pela
Marinha na assistência médicohospitalar prestada por meio dos
chamados “Navios da Esperança”. As embarcações levam apoio
de saúde às populações carentes,
situadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, locais onde
Foto: CCSM
Foto: CCSM
lenidades pelo país. A Data Magna da Marinha também foi tema de
uma sessão solene conjunta realizada na manhã de 9 de junho, no
Plenário Ulysses Guimarães, no
Congresso Nacional. O evento
foi proposto pelo Senador João
Pedro (PT-AM) e pela Deputada Jô Moraes (PCdoB-MG). Os
Deputados Duarte Nogueira, Jair
Bolsonaro, Liliam Sá e Chico
Lopes, e os Senadores Wilson
Santiago, Marcelo Crivella e
Rodrigo Rollemberg discursaram parabenizando a Força. Comemorada anualmente no dia
11 de junho, a Batalha Naval do
Riachuelo foi um evento decisiDiretor-geral de Material da Marinha Almirante Pires Ramos
é condecorado pela Presidenta Dilma Rousseff
vo para os rumos da Guerra do
somente as Forças Armadas con- lidades agraciadas com a meda- Paraguai (1864-1870), o maior
seguem chegar.
lha estavam o Vice-Presidente conflito militar na América do
Por fim, Dilma lembrou a Michel Temer, o Presidente da Sul. Com a vitória da esquadestacada participação de mari- Câmara dos Deputados, Marco dra brasileira, a Tríplice Aliança
nheiros e fuzileiros navais bra- Maia, e vários ministros de Esta- (formada por Brasil, Argentina e
Uruguai) assumiu o controle da
sileiros em missões de paz e hu- do.
manitárias da Organização das
O Almirante Moura Neto Bacia Platina.
Nações Unidas, classificando-as destacou, na Ordem do Dia, o ( ASCOM/ FM)
de “valiosa contribuição” para papel exercido pela Marinha nos
tornar o mundo cada vez mais pa- dias de hoje. “A Marinha conti● O Vice-Presidente Michel Temer,
cífico.
nua empenhada em se aproximar
o Ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, a Ministra do
Acompanhada pelo Mi- da sociedade e mostrar a necesPlanejamento, Orçamento e Gesnistro Nelson Jobim e pelo sidade de dispor de uma Força
tão Miriam Belchior, a Ministra
Comandante da Marinha, Almi- Naval atualizada e equilibrada”.
das Relações Institucionais Ideli
Salvatti, o Presidente do Banco
rante Julio Soares de Moura Neto,
O Comandante ressaltou
Central Alexandre Tombini, a Minisa Presidenta Dilma realizou a im- também o sucesso do Programa
tra-Chefe da Secretaria de Direitos
posição da Medalha da Ordem do de Desenvolvimento de SubmariHumanos Maria do Rosário, o Senador Garibaldi Alves, dentre outros,
Mérito Naval a 170 personalida- nos, que teve a construção do prireceberam a Comenda da Ordem
des e instituições.
meiro submarino em 2010 e está
do Mérito Naval (OMN). PersonaliA comenda foi criada pelo com o cronograma honrado. “Em
dades civis e militares também foram agraciadas por prestarem releDecreto n° 24.659, de 11 de ju- alguns poucos anos faremos parte
vantes serviços à Marinha do Brasil.
nho de 1934 e do seleto grupo das cinco nações
(CCSM/ FM)
se destina a capazes de construir e operar subFoto: CCSM
premiar per- marinos com
sonalidades propulsão nucivis e mi- clear”.
litares, braA l é m
sileiras ou da cerimônia
estrangeiras, no Grupamenque tenham to de Fuziprestado, no leiros Navais
exercício de de
Brasília,
sua profis- o aniversário
são, relevan- da Batalha do
tes serviços Riachuelo foi
à Marinha do tema de homeBrasil. Entre nagens em A Presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o Contra-Almirante Paulo
A Presidenta Dilma Rousseff condecora o Pavilhão do
as persona- diversas soMaurício Farias Alves, diretor do Centro de Comunicação Social da
Centro de Comunicação Social da Marinha, conduzido
pela Capitã-de-Corveta Carla Pointis
Marinha, condecorado na ocasião
8ª Reunião do Comitê dos Chefes dos
Estados-Maiores das Forças Singulares
Foto: CECOMSEX
Com o objetivo de discutir
a integração das três Forças Singulares na pesquisa, desenvolvimento e possibilidade de compra
de armas leves, priorizando a
aquisição em empresas nacionais,
os integrantes do Comitê dos
Chefes dos Estados-Maiores das
Forças Singulares reuniram-se no
dia 8 de junho, no Ministério da
Defesa.
As discussões foram coordenadas pelo Chefe do EstadoMaior Conjunto das Forças Armadas, General-de-Exército José
Carlos de Nardi, e contaram com
a presença do Chefe de EstadoMaior de cada Força: Almirantede-Esquadra Luiz Umberto de
Mendonça, General-de-Exército
Joaquim Silva e Luna, TenenteBrigadeiro-do-Ar Jorge Godinho
Barreto Nery. Estiveram presentes, também, como representantes do Ministério da Defesa, o
Chefe de Assuntos Estratégicos,
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes;
o Chefe de Logística, Almirantede-Esquadra Gilberto Max Hoffé
Hirschfeld; e o Secretário de Produtos de Defesa, Murilo Marques
Barboza.
Durante o debate, os participantes deram realce à aquisição
dessas armas em empresas nacionais com reconhecida experiência
na produção de pistolas, fuzis e
outros armamentos portáteis que
atendam às especificidades de
cada Força. Dentre os assuntos
tratados, destacam-se a formulação de um programa de obtenção
conjunta de armas leves e portáteis (armas anticarro, morteiros
leves e médios, fuzis e pistolas) e
suas respectivas munições, apoio
à pesquisa e desenvolvimento de
armas leves e a compatibilização
de requisitos operacionais conjuntos.
Os participantes propuseram, também, que reuniões periódicas entre as Forças Singulares
sejam realizadas para troca de informações e experiências sobre o
tema, incluindo os seus empregos
doutrinários. Levantou-se, por
fim, a possibilidade de concentrar
a avaliação técnica e operacional
do armamento portátil e leve em
um único órgão, buscando a otimização dos trabalhos nessa área.
(CECOMSEX/ FM)
Reunião de Coordenação do Preparo da Força Terrestre
Abertura da Reunião feita pelo Gen Nardi,
1º SCh COTER
El Salvador sedia a
Força Comandos 2011
Foto: CECOMSEX
Solenidade de Abertura – foto Sgt Alex Licea (Special Operations Command South)
Este ano, dezenove países
do continente americano participam das competições militares
“Fuerzas Comando 2011”, que
tiveram início no dia 15 de junho.
Uma equipe de militares da Brigada de Operações Especiais, representa o Exército Brasileiro no
evento.
Cerca de 138 militares chegaram ao solo salvadorenho com
o objetivo de vencer essa competição de tropas de operações
especiais, que inclui provas físicas, tiro de fuzil e pistola, pista
de obstáculos, marcha forçada de
17 quilômetros com 14 quilos de
peso, salto de paraquedas, entre
outras atividades.
Participam da disputa
os seguintes países: Bahamas,
Belize, Brasil, Chile, Colômbia,
Costa Rica, Equador, El Salvador,
Estados Unidos, Guatemala,
Honduras, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, Uruguai, Jamaica,
República Dominicana e Trinidad
e Tobago, além de observadores
de Antígua, Haiti, Guiana, Canadá
e México.
O primeiro evento foi realizado em 2004 e no ano de 2009 a
equipe do Exército Brasileiro sagrou-se campeã. (CECOMSEX/ FM)
Exército recebe novo lote do Leopard 1A5BR
No dia 24 de junho, o Exército recebeu um novo lote de viaturas blindadas
modelo Leopard 1A5BR, que desembarcou no Porto Novo do Rio Grande. Foram
recebidas 38 Viaturas Blindadas de Combate – Carro de Combate (VBC-CC),
que foram transportadas para o Parque Regional de Manutenção / 3, em Santa
Maria (RS).
Esses blindados pertencem ao quinto lote, estando previstos mais dois.
Os carros de combate fazem parte do Projeto Leopard, cujo contrato de compra
e apoio foi estabelecido pelo Governo Brasileiro, por intermédio do Ministério da
Defesa, com o Governo da República Federal da Alemanha, destinado ao reaparelhamento e modernização das Unidades Blindadas do Exército. O próximo lote
está previsto para outubro e o último para janeiro de 2012.
No total, foram adquiridas 220 VBC-CC Leopard 1A5, sete Viaturas Blindadas Especializadas Socorro
(VBE Soc), quatro Viaturas
Blindadas Especializadas Lança-Pontes (VBE L Pnt), quatro
Viaturas Blindadas de Combate de Engenharia (VBC Eng) e
quatro Viaturas Blindadas Escola de Motorista.
Atualmente, o Exército
possui 106 unidades do Blindado Leopard 1A5 operando
nas Organizações Militares
brasileiras. (CECOMSEX/ FM)
Foto: CECOMSEX
Foto: CECOMSEX
No período de 13 a 16 de
junho, o Comando de Operações
Terrestres (COTER) realizou a
Reunião de Coordenação do Preparo da Força Terrestre – 2011, que
reuniu os Oficiais de Operações de
todos os Comandos Militares de
Área, Divisões de Exército, Regiões Militares e Brigadas.
A finalidade da Reunião foi
coordenar as atividades de Instrução Militar e Simulação de Combate relacionadas ao preparo da
Força Terrestre para o corrente ano.
10
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
11
FOLHA MILITAR
Exército comemora o Dia da Artilharia
Junho/ 2011
Foto: CECOMSEX
Comandante do Exército participou
da 11ª Conferência Anual Sobre
Conflitos Terrestres
Foto: CECOMSEX
No período de 1º a
3 de junho, o
Comandante
do
Exército, Generalde-Exército
Enzo Martins
Peri, participou da 11ª
RUSI Land
Warfare Conference, evento organizado pelo
No dia 10 de junho, as
Na sequência, o desfile mo- Royal United Services Institute
Organizações
Militares
de torizado foi composto por viatu- (RUSI), respeitado centro de esArtilharia do Planalto Central ras de Artilharia, como o Obusei- tudos estratégicos, em parceria
comemoraram o Dia da Arma ro L118 Light Gun, do 32º GAC, com o Exército Britânico. A Conna guarnição de Brasília, em so- unidades de tiro do Míssil Antia- ferência é o único evento, dessa
lenidade militar realizada no 32º éreo Portátil IGLA 9K38, do 11º natureza, realizado em associação
Grupo de Artilharia de Campanha Grupo de Artilharia Antiaérea com o Exército daquele País.
(32º GAC).
(11º GAAAe), e uma viatura LanNo corrente ano, os princiNo dia 10 de junho, as çadora Múltipla – ASTROS II, do pais temas discutidos foram:
Organizações
Militares
de 6º Grupo de Lançadores Múlti- - O processo de transformação
Artilharia do Planalto Central plos de Foguetes (6º GLMF).
das forças terrestres para os concomemoraram o Dia da Arma
O desfile hipomóvel foi flitos do futuro, num quadro de
na guarnição de Brasília, em so- realizado pela Bateria de Ceri- restrições orçamentárias;
lenidade militar realizada no 32º monial Caiena, com seu histó- - As novas formas de trabalho em
Grupo de Artilharia de Campanha rico uniforme da Artilharia do conjunto e o modo como os Exér(32º GAC).
Exército Imperial. Criada em citos deverão administrar o seu
A cerimônia foi presidi- 1986, atualmente é empregada no pessoal e equipamentos;
da pelo Ministro do Superior cerimonial militar da Presidência - As novas oportunidades para as
Tribunal Militar, General-de- da República, realizando salvas relações interinstitucionais e com
Exército Francisco José da Silva de gala para Chefes de Estado e a indústria; e
Fernandes, acompanhado pelo autoridades em visita oficial à - Os desafios tecnológicos e a caComandante Logístico, Gene- Capital Federal, além de partici- pacitação militar.
ral-de-Exército Renato Joaquim par de solenidades no âmbito do No dia 1º de junho, por ocasião
Ferrarezi, pelo Secretário de Comando Militar do Planalto.
da abertura da Conferência, o
Economia e Finanças, GeneralPara a formatura, a Ba- Comandante do Exército realide-Exército
Gilberto Arantes teria apresentou-se com quatro zou sua apresentação avaliando a
Barbosa e pelo Comandante Mili- viaturas-peça de canhão Krupp
tar do Planalto, General-de-Divi- de 75mm a duas parelhas, traciosão Araken de Albuquerque.
nadas por cavalos da raça Bretão
Durante a solenidade, o pa- Postier e Percheron. Ao final da
trono da Arma, Marechal Mallet, cerimônia, a Bateria Caiena realifoi homenageado e a mensagem zou uma demonstração de Entraalusiva destacou seu legado e as da em Posição. (CECOMSEX/ FM)
tradições herdadas dos artilheiros
do passado.
A tropa foi formada por
integrantes do 32º GAC e da 1ª
Bateria de Artilharia Antiaérea
(1ª Bia AAAe). Abriu o desfile
um grupamento composto por
artilheiros da ativa e da reserva
convidados para a cerimônia.
Foto: CECOMSEX
conjuntura estratégica e a natureza do conflito do futuro. O evento possibilitou, ainda, estreitar os
laços e trocar experiências com
os comandantes dos exércitos de
várias nações amigas, dentro do
contexto da diplomacia militar.
Participaram da Conferência,
dentre outras personalidades, as
seguintes autoridades:
- General Peter Wall, Chefe do
Estado-Maior do Exército do
Reino Unido;
- General Martin Dempsey, Chefe
do Estado-Maior do Exército dos
Estados Unidos da América;
- General Zhang Qinsheng, 1º
Staff, do Exército da China;
- General Elrick James Martial
Irastorza, Chefe do Estado-Maior
do Exército da França; e
- Senhor Gerald Howarth, Ministro para a Estratégia de Segurança
Internacional do Reino Unido.
(CECOMSEX/ FM)
Foto: CECOMSEX
CAN 80 ANOS: A saga dos bandeirantes
que criaram as rotas aéreas pelo interior
ros, tomaram um táxi até o centro
da cidade e entregaram o malote
na estação central dos Correios.
A partir daí, o país nunca
mais foi o mesmo. As linhas para
outras regiões do Brasil abriram
o interior para a aviação civil e
militar – até então, as aeronaves
voavam pelo litoral, aumentando as distâncias para escapar dos
perigos que habitavam o sertão,
o cerrado e a floresta amazônica
brasileira.
As atividades do Correio
Aéreo Francês e de aviadores das
Linhas Aéreas Latécoère, depois
Aéropostale, foram a inspiração para o Correio Aéreo Militar
brasileiro. Aviadores como Jean
Mermoz, Henri Guillaumet e
Antoine de Saint-Exupéry provaram que atravessar o Mediterrâneo e o Atlântico em um serviço
postal não era impossível.
A ideia era criar diversas
rotas com destino a lugares isolados do Brasil. Os militares estavam convencidos de que o avião
de correspondência que chegava
à determinada cidade obrigava a
respectiva prefeitura a fazer um
campo de aviação. Logo, outras
localidades procurariam, por certo, fazer a mesma coisa a fim de
receber as mesmas vantagens.
Assim, as cidades também se modernizariam com a chegada do
Correio Aéreo Militar.
(CECOMSAER/ FM)
Foto: CECOMSAER
● Expansão - Em novembro de
1931, o Correio Aéreo iniciou a rota RioMinas Gerais. No ano seguinte, mesmo com a Revolução Constitucionalista, as linhas chegaram ao
Mato Grosso e Paraná. Dois anos
mais tarde, o Nordeste, com voos
para Fortaleza, percorrendo e apoiando a população ribeirinha do São
Francisco. Aviões Waco deram novo
impulso ao CAM.
A malha de rotas chegou ao
Sul do país em 1934, colocando Porto
Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na lista de cidades atendidas pelo Correio Aéreo. No Mato
Grosso, uma linha especial interligou as guarnições do Exército. Ainda no mesmo ano, a Marinha criou o
Correio Aéreo Naval, atendendo o litoral sul do Brasil, no trecho entre Rio de Janeiro e Rio Grande. Para
concluir o projeto de integração nacional, em 1935, o Correio Aéreo Militar
chegou, finalmente, à Amazônia. No
ano seguinte, os pilotos começaram
a voar o primeiro roteiro internacional,
para Assunção, no Paraguai.
Em 1932, as linhas tinham
3.630 quilômetros de extensão. Os
pilotos voaram nesse ano 127.100
quilômetros, transportaram 17 passageiros e 130 quilos de correspondências. Sete anos depois, em 1939,
o Correio Aéreo percorreu 1,8 milhão
de quilômetros, transportou 542 passageiros e 65 mil quilos de carga nas
rotas criadas pelo país.
● União – Com a criação do
Ministério da Aeronáutica, em 20 de
janeiro de 1941, os serviços de correio aéreo foram reunidos em um só,
resultando no Correio Aéreo Nacional
(CAN). Ao final desse ano, com apenas uma década de existência, o CAN
operava 14 linhas e transportava mais
de 70 toneladas de correspondência
para diversos pontos do país.
Graças à visão de futuro do
Diretor de Rotas Aéreas da época,
Brigadeiro Eduardo Gomes, o
Correio Aéreo adquiriu dinamismo necessário para superar as dificuldades
geográficas, econômicas e estruturais. Em 1943, a linha do Tocantins,
uma das mais importantes da primeira década do CAN, foi ampliada até
a Guiana Francesa. Depois, surgiu a
rota Rio-Bolívia.
Em 1944, com a aquisição
de 82 aviões C-47 Douglas, a Força
Aérea Brasileira expandiu ainda mais as linhas do CAN, chegando
ao então território do Acre, Peru, Uruguai, Equador, Estados Unidos e Chile. Por muitos anos, esta aeronave foi
o principal instrumento de trabalho do
Correio Aéreo.
Nos Anos 50, o CAN recebeu
o importante reforço dos aviões-anfíbios Catalina para as linhas da Amazônia. Os aviões receberam a designação de CA-10.
Em 1971, o Ministério da Aeronáutica criou o Centro do Correio Aéreo
Nacional (CECAN), para coordenar as atividades.
FAB comemora
os 80 anos do CAN
e o Dia da Aviação
de Transporte
Foto: Sgt. Johnson/ FAB
Rio de Janeiro, 12 de junho
de 1931. Os Tenentes Casimiro
Montenegro Filho e Nelson Freire
Lavenère-Wanderley, da Aviação
Militar, decolam do Campo dos
Afonsos para uma viagem histórica. A bordo de um avião Curtiss
“Fledgling”, matrícula K-263,
levam a primeira mala postal do
Correio Aéreo Militar (CAM) –
duas cartas precisam chegar a São
Paulo. Era a concretização do sonho de um grupo de pilotos, liderados pelo então Major Eduardo
Gomes.
Para entender o que isso
significou à época, é necessário
voltar no tempo para saber o que
era voar nesse período. Os pilotos
não tinham os modernos equipamentos de navegação de hoje, voavam com as referências do solo e
enfrentavam as variações meteorológicas, a falta de comunicação
e as limitações de autonomia de
combustível, entre outros problemas. Também viajavam bem perto dos obstáculos naturais contra
os quais poderiam colidir.
O que era para durar pouco
mais de três horas, na verdade,
terminou com mais de cinco horas de voo. Quando chegaram a
São Paulo, já com as luzes da cidade acesas, os pilotos da primeira missão do Correio Aéreo não
conseguiram localizar o Campo
de Marte. A saída foi improvisar o pouso no Jockey Club do
bairro da Mooca. Pularam os mu-
12
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
Emoção. Esse foi o tom da
solenidade alusiva aos 80 anos do
Correio Aéreo Nacional (CAN), realizada na tarde do dia 10 de junho,
na Base Aérea dos Afonsos. A cerimônia marcou também o encerramento da Reunião da Aviação de
Transporte 2011 e o Dia da Aviação
de Transporte.
A solenidade foi presidida
pelo Comandante da Aeronáutica,
Tenente-Brigadeiro-do-Ar J u n i t i
Saito, e contou com a presença de
comandantes de diversas unidades
aéreas da Força Aérea Brasileira
(FAB).
Durante a cerimônia, foi realizada uma homenagem a oficiais
e graduados mais antigos que participaram da história do CAN, sendo
entregue uma placa e um certificado. Também foi concedida a Medalha Mérito Operacional Brigadeiro
Nero Moura, entregue aos atuais
e ex-comandantes de unidades
aéreas da FAB.
Todos os veteranos do
CAN presentes foram convidados
a compor a tropa que desfilou em
continência ao Comandante da
Aeronáutica. Ao final do desfile, antes do fora de forma, o Brigadeiro
Clóvis de Athayde Bohrer, comandante da tropa de veteranos, emocionou a todos com seu discurso,
lembrando o pioneirismo dos heróis
que desbravaram os céus de todo
o país.
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar
Juniti Saito, em suas palavras,
parabenizou a todos aqueles que
fizeram a história da aviação de
transporte da FAB. Ao fim da cerimônia, foi feita uma demonstração
operacional das aeronaves KC-137
Boeing, C-130 Hércules, C-105
Amazonas e C-95 Bandeirante, com
simulação de reabastecimento em
voo, lançamento de paraquedistas
do Exército Brasileiro, lançamento
de cargas de médio e pequeno porte, demonstração de uso do MAFFS
(sistema de combate a incêndios) e
lançamento de flare (dispositivo de
segurança para despistar mísseis).
Para encerrar, foram acionados os
motores das aeronaves precursoras
do CAN: K-263 Curtiss Fledgling e
C-47 Douglas. (CECOMSAER/ FM)
13
FAB lança selo
pelos 80 anos do CAN
A Aeronáutica lançou, no dia
7 de junho, o selo personalizado dos
70 Anos da FAB e 80 Anos do CAN,
a revista Aerovisão 80 Anos do CAN
e o Filme Institucional de 80 Anos do
CAN. O evento ocorreu na sede da
Quinta Força Aérea. A cerimônia fez
parte de uma agenda de comemorações alusivas ao 80º aniversário de
criação do Correio Aéreo Nacional,
que acontece, esta semana, na cidade
do Rio de Janeiro. O evento reuniu autoridades e representantes de vários
esquadrões e grupos de aviação de
transporte. O selo personalizado foi
idealizado e desenvolvido pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.
Criação - O símbolo, criado
pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), e aprovado pela
Portaria Nº 830-T/GC3, de 25 de novembro de 2010, foi elaborado com o
objetivo de divulgar o 70º aniversário
de criação da FAB e o 80º aniversário de criação do CAN em todo o país,
além de difundir a história e a missão
da FAB.
Significado - O símbolo comemorativo do 70° aniversário de criação
da FAB e 80° aniversário de criação do
CAN foi elaborado em forma de selo,
com dois desenhos, em forma de nuvens, em branco, simbolizando todo o
conteúdo do espaço aéreo brasileiro.
Entre as nuvens, aparecem os numerais ordinais “70 e 80”, em branco.
No lado esquerdo superior, há
o gládio alado em amarelo, símbolo
da Força Aérea Brasileira. No lado direito, encontra-se o contorno do mapa
do Brasil em branco, com seu interior
em verde, sobreposto por um arco e
flecha em amarelo, direcionado da
região Sudeste para a região Norte.
Está espetado na flecha um envelope
em branco.
Todo o conjunto procura evidenciar o transporte aéreo, em especial, o Correio Aéreo Nacional, em
seu voo precursor em 12 de junho
de 1931, partindo da antiga Escola
de Aviação Militar, outrora situada no
legendário Campo dos Afonsos, em
direção ao Estado de São Paulo, em
uma aeronave K-263. Na parte inferior
do símbolo, aparece uma placa, em
perspectiva, em azul ultramar, com as
inscrições “70 anos da FAB” e, abaixo
desta, “80 anos do CAN”.
Aplicação - Durante todo o
ano de 2011, as organizações militares utilizarão em seus
documentos
oficiais
este
símbolo comemorativo
do
“70º aniversário de criação
da FAB e 80º
aniversário
de criação do
CAN”.
(Agência Força Aérea/FM)
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
Chefes das Forças Aéreas das Américas
se reúnem na cidade de Natal
O aperfeiçoamento
de ações operacionais com
fins de ajuda
humanitária
foi o tema central discutido
durante a 51ª
Conferência
dos Chefes das
Forças Aéreas
Americanas
( C O N J E FA MER) no período de 12 a 17
de junho, em Natal.
O evento tem por objetivo estreitar laços com as Forças
Aéreas do Continente Americano,
bem como fortalecer a cooperação militar entre os países participantes, buscar o desenvolvimento
das Américas e promover a troca
de experiências, principalmente
para planejamento de ações de
ajuda humanitária a serem tomadas em situações reais de desastre
natural.
Durante a cerimônia de
abertura da Conferência, o
Ministro da Defesa, Nelson
Jobim, falou da característica do
Brasil como um país pacífico e
da cooperação existente com os
países vizinhos. “Esta Conferência é a demonstração do compromisso e determinação dos Chefes
das Forças Aéreas Americanas de
manter viva esta chama de cooperação, entendimento e amizade”,
disse.
O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar
Juniti Saito, ressaltou a importância do evento e da nova fase
vivenciada pelo Sistema, considerada decisiva para o Sistema
de Cooperação entre as Forças
Aéreas Americanas (SICOFAA).
“Devemos promover e fortalecer
a cooperação militar por meio
do intercâmbio de experiências,
o treinamento de pessoal e a discussão de questões de interesses
mútuos”, disse.
Foto: Agência Força Aérea
Na 46ª CONJEFAMER,
também realizada no Brasil, os
Comandantes das Forças Aéreas
decidiram promover um exercício
com planejamento a longo prazo
denominado Exercício Cooperación I. “Quando em 2006, presidi a quadragésima sexta versão
desta Conferência, pude constatar
a magnitude da obra da qual somos os responsáveis pelo alicerce. O Exercício Cooperación I,
concluído em outubro de 2010,
comprovou mais uma vez que estamos no rumo certo”, afirmou o
Comandante da Aeronáutica.
Pela quarta vez, o Brasil é
sede da CONJEFAMER. A Conferência faz parte do SICOFAA
e terá sessões plenárias e executivas e reuniões bilaterais, nas
quais as principais pautas são
assuntos de interesse das Forças
Aéreas das Américas, como: operações aéreas, recursos humanos,
educação e treinamento, busca e
salvamento e assistência em caso
de desastre, controle de voos não
identificados, informática e telecomunicações, logística, medicina aeroespacial, prevenção de
acidentes aeronáuticos, ciência e
tecnologia, direito aeronáutico e a
doutrina do SICOFAA.
Participantes
Participam da 51ª CONJEFAMER comandantes das
Forças Aéreas da Argentina, Bo-
lívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia,
Equador, El Salvador, Estados Unidos,
Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e
Uruguai. Outros dois
países têm representantes observadores:
Guyana e México. O
Brasil sediou a CONJEFAMER nos anos
de: 1964, 1987, 2006
e este ano.
A Força Aérea Brasileira
participou com dois oficiais aviadores como Subsecretários Gerais
da Secretária Permanente do SICOFAA: Coronel-Aviador Julio
Sadao Takamura em 1995, 1996 e
2011 e o Coronel-Aviador Marco
Antônio Guasti em 2009 e 2010.
Manual de Operações
Aéreas Combinadas
O Manual de Operações Aéreas Combinadas do
SICOFAA visa padronizar as
ações a serem tomadas pelos países que integram o Sistema ante
situações de desastres naturais,
de modo que o apoio humanitário
aconteça de forma eficaz quando
um determinado país se vê afetado. O manual será submetido à
analise dos comandantes dos países participantes do SICOFAA
durante a CONJEFAMER. Para o
Coronel Takamura, Secretário da
CONJEFAMER, o manual tem
grande importância para garantir a qualidade da ação conjunta
das Forças e para estabelecer as
diretrizes gerais a serem tomadas
em um caso real. Outro meio de
aperfeiçoamento das ações são os
exercícios virtuais feitos por meio
da utilização de softwares para
comando e controle de aeronaves,
que serão objeto de estudo a partir
desta Conferência.
(Agência Força Aérea/ FM)
Junho/ 2011
Centro de Lançamento
de Alcântara lança
foguete com sucesso
O primeiro foguete de treinamento (FTB) da Operação Falcão I foi
lançado com sucesso na tarde do 16
de junho no Centro de Lançamento
de Alcântara (CLA). No dia seguinte ocorreu o lançamentodo segundo
foguete de treinamento. O objetivo
principal da operação, que terminou
no dia 22 de junho, é permitir o treinamento das equipes técnicas nos procedimentos operacionais que envolvem o envio ao espaço de um veículo
lançador de satélites (VLS).
Segundo o CoordenadorGeral da Operação, Tenente Coronel
Aviador Paulo Junzo Hirasawa, o pri
meiro foguete atingiu seu apogeu a
pouco mais de 34,426Km, e impacto
a 22,4 quilômetros da costa, em altomar.
A Operação Falcão I faz parte de um projeto de quatro anos da
Agência Espacial Brasileira para a
produção de foguetes com tecnologia
nacional.
Várias etapas precedem o
lançamento de um foguete de treinamento. O pré-lançamento envolve
a elaboração de um Exame de Situação Técnica e Logística, e um teste
dos meios operacionais do CLA para
a realização da operação. A etapa seguinte é composta do Ensaio Geral
- que define os tempos de cada atividade - e os testes das cronologias simuladas e reais para evitar prováveis
erros no lançamento real. A elaboração do Relatório Final da Operação
encerra as atividades.
Os FTB tem comprimento total
de 3,05 m, tempo de queima de 4s e
um peso total de 68,3 Kgf. Na Operação Falcão I não serão levados experimentos a bordo em nenhum dos
dois foguetes, embora haja disponibilidade de 5 kg de carga útil em cada
lançamento, com possibilidade de
transmissão dos dados via telemetria
para as estações de solo. A duração
do vôo, que compreende da decolagem até o impacto, está estimada em
2,5 minutos, com apogeu aproximado
de 30 Km.
Etapas do lançamento
● Fase de pré-lançamento - engloba
a elaboração de um Exame de Situação Técnica e Logística, e teste dos
meios operacionais do Centro para a
realização da Operação.
● Fase de lançamento - contempla o
Ensaio Geral, as Cronologias Simuladas e Reais, incluindo o Lançamento
do veículo FTB.
● Fase de pós-lançamento - engloba a manutenção e preparação dos
meios utilizados, para as próximas
operações e, eventualmente, a desmontagem do foguete em caso de
cancelamento da operação.
(Agência Força Aérea/ FM)
14
FOLHA MILITAR
Curso de extensão leva debate sobre
Defesa a universitários do Nordeste
Uma iniciativa recente deu
mais
robustez
ao esforço, empreendido pelo
Ministério
da
Defesa, de discutir o tema Defesa
Nacional fora do
âmbito militar.
Na primeira semana de junho,
o Laboratório de
Estudos de Conflitos do curso
de Relações Internacionais da
Universidade Federal de Sergipe
(UFS) concluiu, em parceria com
o Ministério, o 1° Curso de Extensão em Defesa Nacional no
Nordeste.
O curso faz parte do Programa Defesa Nacional em Debate,
coordenado pela Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do
Ministério da Defesa. O objetivo
é proporcionar um ambiente de
reflexão acerca de questões que
envolvem a Defesa Nacional, de
acordo com as orientações da Estratégia Nacional de Defesa. Foi a
primeira iniciativa dessa natureza
no Nordeste.
Presente ao evento, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim,
ressaltou a importância de aproximar a sociedade brasileira dessa temática. Jobim destacou, em
especial, o aspecto inovador de
reunir autoridades e especialistas
num mesmo fórum com “alunos
civis” discutindo temas de Defesa
Nacional.
Ao todo, o curso reuniu
cerca de 200 participantes, entre
autoridades, especialistas, alunos
de graduação e de pós-graduação
e profissionais de diversas áreas.
“Foi um sucesso. Chegamos a administrar lista de espera”, afirmou
a Coordenadora-geral do evento,
Professora Tereza Cristina, doutora e decana do curso de Relações Internacionais da UFS.
Foto: ASCOM
Presente também aos debates, o Vice-Governador de Sergipe, Jackson Barreto, afirmou
que a reflexão acerca da Defesa
Nacional demonstra o amadurecimento da sociedade brasileira.
“Isso só é possível porque conquistamos a democracia e esse
curso demonstra, de forma muito clara, a consolidação do nosso
processo democrático”.
As atividades foram organizadas de modo que os participantes pudessem se aprofundar em um tema geral por
dia, a partir de palestras e debates. Abrangente, o curso discutiu desde as perspectivas
geopolíticas na política externa
brasileira à realização de operações conjuntas, complementares
e de paz, além do emprego das
Forças Armadas na segurança pública.
“Procuramos abarcar o maior
número
de
temas possível, dada a
carência de
debates dessa natureza
no Nordeste”, afirmou
a professora
Tereza Cris-
tina. “Diferentemente do que
ocorre no centrosul do país, discussões sobre a
temática de Defesa não são habituais por aqui”,
completou.
Natália Oliveira Costa, aluna
do 5º semestre do
curso de Relações
Internacionais da
UFS, definiu sua
participação no
curso de extensão
como uma “experiência engrandecedora”. Na avaliação da aluna,
o curso serviu para abrir as portas para debates sobre Defesa no
Nordeste. “As discussões foram
intensas e os alunos estiveram
muito comprometidos, especialmente aqueles que, como eu, têm
interesse em realizar estudos nessa área”, afirmou.
O próximo Curso de Extensão em Defesa Nacional deverá ser realizado em outubro, em
Brasília. Mas já há previsão para
que a iniciativa retorne ao Nordeste. Segundo informações da
Secretaria de Pessoal, Ensino,
Saúde e Desporto do Ministério
da Defesa, uma parceria com a
Universidade Estadual da Paraíba irá viabilizar a realização do
evento em João Pessoa, no primeiro semestre do ano que vem.
(ASCOM/ FM)
Foto: ASCOM
15
FOLHA MILITAR
Junho/ 2011
Entrevista com o Presidente da SOAMAR-Rio Marcio Prado Maia
Foto: Arquivo pessoal
Luiz Carlos Pereira Coelho
Seguindo uma linha filosófica baseada no cunho social, o
empresário Márcio Prado Maia
falou a Folha Militar sobre as razões que o motivaram a fazer parte de uma sociedade criada para
apoiar a Marinha do Brasil, denominada SOAMAR.
● Folha Militar: Como e por
quê o senhor entrou para a
SOAMAR-RIO?
Marcio Prado Maia: Na verdade a minha família é tradicional na Marinha. O meu avô o
Vice-Almirante João Prado Maia
foi protagonista de uma trilha
centenária até hoje seguida por
minha família. Então desde pequeno o meu sonho era ser oficial
da Marinha. Por contingência da
vida eu acabei não entrando, mas
sempre gostei desta instituição
militar. Acabei me tornando um
entusiasta. Embora civil eu sempre mantive contatos com membros da Marinha. Este forte elo fez
com que eu fosse agraciado pelo
Almirante Saraiva Ribeiro e pelo
Almirante (FN) Carlos com a Medalha Amigo da Marinha. Aconselhado pela antiga presidente
da SOAMAR-RIO, Professora
Teresa Velho, fui fazer parte da
Sociedade de Amigos da Marinha, me interando efetivamente
dos acontecimentos soamarinos.
Então fui convidado a me candidatar à presidência. Aceitei o convite sob uma condição: que houvesse uma chapa única. Foi o que
aconteceu. Tomei posse em 2007
e depois fui reeleito por mais um
mandato.
bando, o senhor está apoiando
algum candidato? E o quê espera
dele?
MPM: Meu apoio é ao Dr.
Silvio Vasco Campos Jorge, que
por sinal é o meu vice-presidente.
É um empresário com experiência, e será um elemento fortalecedor para estreitar ainda mais
os laços de amizade entre os nossos Associados e a Marinha do
Brasil. Além disso o Dr. Silvio
também faz parte da Diretoria da
● FM: E depois?
MPM: O passo seguinte foi a SOAMAR-RIO há mais de 13
criação de um site, simples mais anos, um atributo que confirma
atual, que foi obtido com a aju- sua capacidade administrativa e
da de membros da própria insti- que o qualifica para continuar e
tuição. Após isso surgiu a ideia ampliar projetos de interesse da
de um documento que contasse a sociedade. Mais do que apoiar
história da SOAMAR. Foi quan- um candidato, o importante nessa eleição é que a SOAMAR saia
do publicamos um livro.
vencedora.
● FM: O senhor disse que enfatiza o lado social. Explique isso.
Almirante Prado Maia,
um
orgulho da Marinha
MPM: Era preciso unir nossas
ideias em prol de seguir o estatuto ● O Almirante João do Prado Maia
da SOAMAR-RIO que é de ser- nasceu no dia 24 de maio de 1897, em
do Pará e logo aos 8 anos teve
vir como apoio para a Marinha. Belém
seu primeiro revés com a morte de
Seguindo a linha busquei identifi- seus pais. Apenas com o curso primácar os pontos mais carentes. Con- rio, o menino João entrou para a ForNaval, aos 14 anos. A vontade de
seguimos doações significativas o ça
vencer sempre foi marca registrada de
que viabilizou o projeto Qualifi- Prado Maia. Tanto que em 1914 concluiu o ensino secundário, já no Rio de
cação Profissional.
● FM: Como é este projeto?
MPM: É uma iniciativa conjunta entre SOAMAR-RIO e convênio com o Departamento de
Serviços Sociais do Abrigo do
Marinheiro, e tem como objetivo
oferecer bolsas integrais em cursos de qualificação profissional
para os dependentes de militares
e servidores civis ativos e inativos, buscando facilitar o ingresso
dos futuros formados no mercado
de trabalho e gerar melhores con● FM: Qual foi a sua primeidições de vida. Conseguimos ainra atitude como presidente da
da o apoio de empresas privadas
SOAMAR-RIO?
que viabilizaram a confecção do
MPM: Eu busquei sempre o lado
tão esperado livro "A História da
social como principal meta da
SOAMAR-RIO 1979-2006", de
instituição, mas antes tínhamos
autoria da Professora Teresa Vede mudar de sede. Foi quando o
lho, que está sendo oferecido gra1° Distrito Naval nos cedeu o lotuitamente a todos os Soamarinos
cal no qual estamos hoje, que fica
que tenham interesse em possuí-lo.
na Av. Rio Branco, 43, 10° andar.
● FM: O seu mandato esta aca-
Janeiro, e nesse mesmo ano tornouse Marinheiro de Primeira Classe.
Em 1938, João do Prado Maia ingressou- através de concurso – no recém
criado Quadro de Oficiais Auxiliares
e em 1946 foi nomeado, também por
concurso, Professor Catedrático de
Português da Escola Naval. Em 1956,
aos 59 anos, o Almirante Prado Maia
foi para a Reserva. Saía de cena um
brilhante oficial de Marinha e entrava o
nobre Professor dos cursos Clássico e
Científico do Colégio Pedro II e Mosteiro de São Bento, o poeta e o jornalista.
Este novo palco da vida de João do
Prado Maia foi onde ele pôde mostrar
as mesmas qualidades que o tornara
um exemplo da Marinha do Brasil. Ele
sempre teve a Força Naval como inspiração para dar continuidade a vida.
Este sentimento tornou-se algo comum
na família, já que até nos dias de hoje
há sempre um membro na ativa da Marinha. É o caso do atual Cmt. de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra
João Afonso Prado Maia de Faria. Este
ano comemora-se 100 anos de ligação
direta entre a Família Prado Maia e a
Marinha do Brasil. O nosso entrevistado, Márcio Prado Maia tem o privilégio
de pertencer a uma família tão ilustre
da nossa história. (Pedro Rezende)
SOAMAR
Segundo a professora
Teresa Velho em seu livro "A história da SOAMAR-RIO 1979-2006", "A
Sociedade Amigos da Marinha tem
sua origem na Liga Naval Brasileira,
criada em 1893 pela Lei 173 de 10
setembro do mesmo ano.
Ao criar essa Lei, a Marinha
esperava que a entidade a exemplo
da associação similar existente nos
Estados Unidos, viesse oferecer-lhe
uma colaboração efetiva na tarefa
de formentar, no âmbito da sociedade brasileira, uma consciência sobre
a importância do mar e de nossas
bacias hidrográficas, evidenciando
a relevância do papel político, estratégico e econômico desempenhado
pela Marinha no desenvolvimento
nacional.
Contrariando a expectativa
que motivou a sua criação, a Liga
Naval não prosperou no Brasil devido a vários fatores e, com o passar
do tempo o interesse e o entusiasmo
iniciais por aquela entidade foram arrefecendo até que desapareceram.
Todavia, em 1966, quase um
século após a assinatura da Lei 173,
a Marinha achou por bem criar o Título e a Medalha Amigo da Marinha,
com o propósito de manifestar seu
reconhecimento a algumas personalidades integrantes de segmentos
expressivos da sociedade pelo invulgar apreço e interesse que demonstravam pelas coisas do mar, os quais
voluntariamente se prontificavam a
defender.
A primeiras personalidades
distinguidas com o Diploma e a
Medalha "Amigo da Marinha" receberam essa distinção no dia 31 de
agosto de 1966, e a partir dessa data
outras foram agraciadas em várias
cidades, sobretudo em Santos e no
Rio de Janeiro.
Com frequência, essas pessoas se encontravam durante eventos sociais promovidos pela Marinha,
e, aos poucos, foram se integrando e
formando grupos. Na prática, a fundação da entidade em Santos resultou de alguns desses encontros."
A Primeira delas foi a
Associação Santista de Amigos
(ASAM), em 13 de dezembro de
1972, o que seria Célula Mater para
o surgimento de outras associações
de simpatizantes e entusiastas da
Marinha.
A Sociedade de Amigos da
Marinha do Rio de Janeiro teve o
seu nascedouro no mês de abril de
1979, em uma cerimônia presidida pelo então Ministro da Marinha,
Almirante-de-Esquadra Maximiliano
Eduardo da Silva Fonseca, realizando um sonho de vários agraciados da Marinha que, se espelharam
na ASAM, para ter uma associação
no Rio de Janeiro. (Pedro Rezende)
Junho/ 2011
16
FOLHA MILITAR
ADESG homenageia a Marinha do Brasil
Foto: Jocimar Pequeno
ao Brasil mais independência
científica e tecnológica. Ao final,
o Almirante Moura Neto entregou
uma placa ao Brigadeiro Hélio
Gonçalves, como lembrança do
aniversário da Batalha Naval do
Riachuelo. (Pedro Rezende/
Paloma Mesquita)
● Um almoço 5 estrelas ●
O Presidente da ADESG, entrega
estatueta, Guerreiro Adesguiano, ao
Comandante da Marinha,
Almirante-de-Esquadra Moura Neto
Foto: Jocimar Pequeno
Antes do almoço o Hino Nacional
Foto: Jocimar Pequeno
O Almirante-de-Esquadra Moura Neto
entrega uma placa de agradecimento da
Marinha ao Presidente da ADESG
Foto: Jocimar Pequeno
O Brigadeiro Hélio Gonçalves,
Presidente da ADESG
com seus convidados
Foto: Jocimar Pequeno
Foto: Jocimar Pequeno
O Presidente do Clube Naval, Almirante
Veiga Cabral, presente no almoço
Foto: Jocimar Pequeno
Foto: Jocimar Pequeno
General Glênio Pinheiro e membros
do Corpo Permanente da ESG
Foto: Jocimar Pequeno
lou sobre a importância da ajuda
que a Marinha está propiciando a
sua administração, principalmente em eventos culturais, quando
recentemente alguns membros da
Força Naval tiveram uma importante participação no seminário
sobre “ A Segurança e a Defesa
no Atlântico Sul”, realizado no
Instituto Cultural da Aeronáutica,
em maio último. Hélio Gonçalves
disse também que a ADESG tem
uma programação sobre as atividades alusivas aos 60 anos da instituição, e gostaria que uma apresentação da Banda Sinfônica dos
Fuzileiros Navais fizesse parte
das comemorações. Por fim, entregou ao Almirante Moura Neto,
a estatueta do Guerreiro Adesguiano, como um forma de agradecimento à consideração que a
Força Naval tem pela ADESG,
que foi fundada pelo Almirante
Benjamim Sodré, em 7 de dezembro de 1951.
O Almirante Moura Neto
agradeceu a homenagem , e parabenizou a Instituição pela demonstração de luta intensa na
obtenção de uma sede própria, e
que também se empenhará nesta
luta auxiliando os adesguianos
no que estiver ao seu alcance .O
Comandante da Marinha deixou
clara a sua boa impressão sobre a
ADESG, atestando que é um lugar onde se estuda a Nação e seus
problemas. Em seguida, Moura
Neto falou sobre sua preocupação com a Marinha do futuro e
que os projetos e investimentos
em em andamento pela Força Naval não podem parar. Citou ainda entusiasmado o Programa de
Desenvolvimentos de Submarinos, o PROSUB, que consiste na
produção de um submarino movido à energia nuclear e mais 4 de
propulsão convencional. A embarcação propulsionada por força
nuclear vai se chamar “Almirante
Álvaro Alberto”, uma justa homenagem ao homem que implementou o Programa Nuclear Brasileiro. Na opinião dele o sucesso
deste programa vai proporcionar
Foto: Jocimar Pequeno
O dia 30 de junho de 2011
certamente entrará para a história
da Associação dos Diplomados
da Escola Superior de Guerra.
Aproveitando o tradicional almoço da última quinta-feira de cada
mês, no Clube da Aeronáutica, no
Rio de Janeiro, a ADESG realizou uma homenagem à Marinha
do Brasil, pela passagem do 146º
aniversário da Batalha Naval do
Riachuelo. Como representantes da Força Naval estiveram
presentes o Comandante da Marinha,
Almirante-de-Esquadra
Julio Soares de Moura Neto; o
Comandante de Operações Navais,
Almirante-de-Esquadra
João Afonso Prado Maia de Farias; Diretor Geral de Material da
Marinha, Almirante-de-Esquadra
Arthur Pires Ramos; Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros
Navais, Almirante-de-Esquadra
(FN) Marco Antonio Corrêa Guimarães; Comandante do 1º Distrito Naval, Vice-Almirante Carlos
Augusto de Souza; Comandanteem-Chefe-da-Esquadra, Vice-Almirante Wilson Barbosa Guerra;
Presidente do Clube da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar
Carlos de Almeida Baptista; Coordenador Geral do Programa do
Submarino Nuclear Brasileiro,
Almirante-de-Esquadra José Alberto Accioly Fragelli; Presidente
do Clube Naval, Vice-Almirante
Ricardo Antonio da Veiga Cabral;
Diretor de Patrimônio Histórico e
Documentação da Marinha, ViceAlmirante Armando Senna Bitencourt ; Deputado Estadual Flavio
Bolsonaro; Diretor da Transpetro
Rubens Teixeira e demais adesguianos e convidados.
Após a execução do Hino
Nacional Brasileiro, o almoço
foi servido, tendo como pano de
fundo a inspiradora Baía de Guanabara. No decorrer do evento, o
radialista Gerdal dos Santos fez
um breve relato sobre a epopéia
da Marinha na Batalha Naval do
Riachuelo e também das suas
atividades atuais. No texto do
Brigadeiro Hélio Gonçalves fa-
Deputado Estadual Flavio Bolsonaro e
o Diretor da Transpetro Rubens Teixeira
O Presidente da ADESG, agradece
a presença dos Almirantes:
João Afonso Prado Maia de Farias,
Arthur Pires Ramos e
Marco Antônio Corrêa Guimarães

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