Presidenta Dilma exalta a importância da Marinha na
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Presidenta Dilma exalta a importância da Marinha na
nossa força é a notíCia www.folhamilitar.com.br R i o d e J a n e i r o , J u n h o d e 2 0 11 - A n o I - E d i ç ã o 1 0 Vice-Presidente da República visita exposição da Marinha Foto: Tereza Sobreira A Presidenta da República Dilma Rouseff, o Vice-Presidente Michel Temer, o Presidente da Câmara Federal Marco Maia, o Presidente do Senado José Sarney, o Ministro da Defesa Nelson Jobim, o Ministro das Relações Exteriores Antônio Patriota, o Cmt. da Marinha Alt. de Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, o Cmt. do Exército Gen. Exército Enzo Martins Peri e o Cmt. da Aeronáutica Ten. Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito e o Chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas Gen. de Exército José Carlos De Nardi ● Em prestigiada cerimônia realizada em homenagem ao 146° aniversário da Batalha Naval do Riachuelo, Data Magna da Marinha do Brasil, a Presidenta da República, Dilma Rousseff, destacou o papel fundamental da Marinha brasileira na defesa da soberania nacional. Página 9 Comandante do Exército recebe Condecoração do Exército Colombiano ● No dia 10 de junho, as Organizações Militares de Artilharia do Planalto Central comemoraram o Dia da Arma na guarnição de Brasília. Página 11 Chefes das Forças Aéreas das Américas se reúnem na cidade de Natal ● O aperfeiçoamento de ações operacionais com fins de ajuda humanitária foi o tema central discutido durante a 51ª Conferência dos Chefes das Forças Aéreas Americanas no período de 12 a 17 de junho, em Natal (RN). Foto: Agência Força Aérea Exército comemora o Dia da Artilharia Ministério da Defesa comemora 12 anos ● Fortalecido por planos e programas que lhe deram uma nova configuração institucional, o MD iniciou seu 13º ano de atuação, consolidando-se com um dos símbolos de um país democrático. Página 4 Foto: CECOMSEX ● No dia 9 de junho, a Embaixadora da Colômbia no Brasil, Maria Elvira Pombo, condecorou o Comandante do Exército, General-deExército Enzo Martins Peri, com a Medalha da Ordem do Mérito Militar Antonio Nariño, no grau Grã-Cruz. A solenidade transcorreu na Embaixada Colombiana e contou com as presenças do Ministro da Defesa, Nelson Jobim, do Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General-de-Exército José Elito Siqueira, do Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, General-de-Exército José Carlos De Nardi, além de Adidos Militares e da Polícia da Colômbia. Durante a cerimônia, houve a leitura de um texto alusivo à ocasião emitido pelo Comandante do Exército Nacional da República da Colômbia, General Alejandro Navas Ramos. (CECOMSEX/ FM) ● O Vice-Presidente da República, Michel Temer, acompanhado do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, percorreu, no dia 8 de junho, a exposição organizada pela Marinha do Brasil, no Palácio do Planalto, em Brasília. A mostra faz parte das comemorações alusivas ao 146º Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha. Na ocasião, o VicePresidente aprofundou o seu conhecimento sobre a “Amazônia Azul” e o Poder Naval, com destaque para algumas ações desenvolvidas pela Marinha, como a Assistência Hospitalar na Amazônia, o Programa Antártico Brasileiro e o Programa Nuclear. A exposição, organizada pela Secretaria de Acompanhamento e Estudos Institucionais do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. (CCSM/ FM) Foto: CCSM Presidenta Dilma exalta a importância da Marinha na defesa nacional O Ministro da Defesa do Brasil, Nelson Jobim fala na abertura da Conferência ao lado do Cmt. da Aeronáutica, Ten. Brigadeiro-do-Ar Junito Saito Página 13 FAB lança selo comemorativo aos 80 anos do CAN ● A Aeronáutica lançou, no dia 7 de junho, o selo personalizado dos 70 Anos da FAB e 80 Anos do CAN, a revista Aerovisão 80 Anos do CAN e o Filme Institucional de 80 Anos do CAN. O evento ocorreu na sede da Quinta Força Aérea. Página 13 2 Editorial Ministério da Defesa, Marinha, Artilharia do Exército e Correio Aéreo Nacional são os homenageados do mês Na capa desta edição destacamos a Presidenta Dilma exaltando a importância da Marinha na Defesa Nacional e a visita do VicePresidente Michel Temer a uma exposição alusiva a Data-Magna da nossa Força Naval. Registramos também a comemoração do 12º ano da criação do Ministério da Defesa e do Dia da Artilharia, a condecoração recebida pelo General Enzo do Comando do Exército Colombiano, a reunião dos Chefes das Forças Aéreas das Américas na cidade de Natal e os 80 anos do Correio Aéreo Nacional. Na página 3 enfocamos o lançamento do plano para prevenir e enfrentar crimes nas fronteiras e na 5 o relançamento da Frente Parlamentar de Defesa Nacional e o apoio do Ministério da Defesa ao Programa Brasil sem Miséria. A visita do Ministro da Defesa à Manaus e sua participação na operação "Amazônia 2011" é notícia na página 6, como também o "Diálogo Político-Militar Brasil-EUA". Na página 7 registramos a assinatura do contrato de construção de quatro Avisos Hidroceanográficos Fluviais, a cerimônia do Curso de Formação de Marinheiros para República da Namíbia e o encontro sobre Segurança do Transporte Aquaviário, na cidade de Rio Grande. A 8ª Reunião do Comitê dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Singulares e a Reunião de Coordenação do Preparo da Força Terrestre foram devidamente destacadas na página 10, onde também noticiamos que El Salvador sediou a Força Comandos 2011. Na página 11 registramos a participação do Comandante do Exército na 11ª Conferência Anual sobre Conflitos Terrestres e na 14ª página uma iniciativa do MD levando o debate sobre defesa aos universitários do Nordeste. Finalmente nas páginas 15 e 16, uma entrevista com o presidente da SOAMAR- RIO, Marcio Prado Maia e o almoço 5 estrelas promovido pela ADESG em homenagem a Marinha. www.folhamilitar.com.br editor Luiz Carlos Pereira Coelho [email protected] chefe de reportagem Pedro Rezende design gráfico Mariana Cabral relações públicas Edson Schettine de Aguiar inscrição nº 368 no CONRERP/ 1ª região Folha Militar é um veículo de comunicação da Editora Itta Ltda. Editado na rua da Lapa, nº 120 - salas 902 e 903 - Centro, Rio de Janeiro Cep.: 20021-180 - Tel.: (21) 2222-9470 Impresso na Folha Dirigida rua Riachuelo, nº 114 - Centro, Rio de Janeiro Cep.: 20230-014 - Tel.: (21) 3233-6340 Junho/ 2011 Panorama Militar Estagiários da Escola Superior de Guerra visitam o Navio-Aeródromo “São Paulo” Foto: CCSM No dia 7 de junho, a Escola Superior de Guerra (ESG) começou uma série de eventos em comemoração ao 146° Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo – Data Magna da Marinha. Foi realizada uma visita da Turma Segurança e Desenvolvimento, do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE) – 2011, à Ilha Fiscal e ao Espaço Cultural da Marinha. Em 9 de junho, o Comandante da ESG, General-de-Exército Túlio Cherém, presidiu uma cerimônia cívico-militar, onde militares, civis e alunos da Escola Municipal Estácio de Sá puderam assistir ao cerimonial à Bandeira Nacional, conforme as tradições navais. Os estagiários do CAEPE assistiram também a uma palestra sobre a Batalha Naval do Riachuelo e visitaram uma exposição organizada na ESG, com a participação de diversas Organizações Militares da Marinha. Eles conheceram, ainda, o Navio-Aeródromo “São Paulo”, capitânia da Esquadra, poucas horas após o seu regresso de operações no mar. Ao final do evento, houve uma apresentação do conjunto Fuzibossa, ao som da canção Cisne Branco. (CCSM/ FM) Cerimônia de abertura do Curso de Especialização em Política e Estratégia da ADESG-BA Foto: CCSM No dia 25 de maio, no auditório do Colégio Militar de Salvador, o Comandante do 2º Distrito Naval, Vice-Almirante Carlos Autran de Oliveira Amaral, presidiu a cerimônia de abertura do Curso de Especialização em Política e Estratégia promovido pela Associação dos Diplomados da Escola de Guerra da Bahia. Na abertura do evento, a Banda dos Fuzileiros Navais executou o Hino Nacional. O Comandante do 2° Distrito Naval e o Capitão dos Portos da Bahia, Capitão-de-Mar-e-Guerra Paulo Fernandes Baltoré, compuseram a mesa a convite do Delegado da ADESG-BA, Capitão-de-Mar-e-Guerra (RM1) Sergio Luiz Belmont Loncan, e falaram aos participantes do curso, que será ministrado em sete meses, voltado para as discussões sobre Política, Estratégia, Planejamento Estratégico, Ética e Liderança com a parceria da Universidade do Estado da Bahia (UNEB). (CCSM/FM) Coelho/ ESG 95 3 FOLHA MILITAR Junho/ 2011 Governo Federal lança plano para prevenir e enfrentar crimes nas fronteiras A presidenta da República, Dilma Rousseff, lançou oficialmente no dia 8 de junho, em cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o Plano Estratégico de Fronteiras. A iniciativa, instituída por decreto presidencial, prevê uma série de operações integradas entre as Forças Armadas e os órgãos de segurança pública federais para prevenir e reprimir ilícitos transnacionais. “O que queremos é fortalecer as regiões de fronteira, tornálas locais que não dêem guarida ao crime organizado”, afirmou Dilma Rousseff, perante uma plateia que reuniu aproximadamente 300 autoridades civis e militares, incluindo ministros, secretários, parlamentares, diplomatas e cinco governadores de estados fronteiriços – Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Mato Grosso. “O sucesso nessa empreitada vai ampliar nossa soberania e a relação fraterna com nossos vizinhos", enfatizou a presidenta, fazendo menção especial à presença de embaixadores estrangeiros no evento, entre os quais representantes da Bolívia, Colômbia, Suriname, Uruguai e Venezuela, além de encarregados de negócios da Argentina e do Paraguai, afirmou a Presidenta Dilma. Durante a solenidade, os Ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, assinaram o acordo de cooperação que viabiliza a execução do Plano Estratégico de Fronteiras pelos dois ministérios. “Saímos das operações combinadas e passamos a uma operação conjunta com forças federais”, afirmou Nelson Jobim durante a formalização do acordo, que permitirá, do ponto de vista jurídico e administrativo, a execução de ações integradas entre as duas pastas para intensificar o enfrentamento a crimes nas regiões de fronteiras. Pelo plano, militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica se articularão às forças federais de segurança pú- blica para estabelecer, pela primeira vez, uma coordenação conjunta para atuar em pontos estratégicos dos mais de 16 mil quilômetros de fronteiras brasileiras. Além das Forças Armadas – que, no âmbito do Ministério da Defesa, terão sua participação coordenada pelo Estado Maior Conjunto das Forças Armadas –, as operações envolvem os departamentos de Polícia Federal e de Polícia Rodoviária Federal, bem como a Secretaria Nacional de Segurança Pública e a Força Nacional de Segurança Pública. Os objetivos centrais do Plano Estratégico de Fronteiras são a redução dos índices de criminalidade e o enfrentamento ao crime organizado. Entre os crimes fronteiriços mais comuns estão o tráfico de drogas, de armas e de pessoas, além dos ilícitos ambientais e fiscais, como o contrabando e o descaminho. Além da atuação integrada entre órgãos dos ministérios da Defesa e da Justiça, o novo plano prevê ações de cooperação com os países que fazem fronteira com o Brasil, no sentido de intensificar a fiscalização nessas regiões. Numa segunda etapa, está prevista também a participação de órgãos estaduais e municipais de segurança nas operações. São dois os eixos principais do plano. O primeiro é o fortalecimento da Operação Sentinela. Realizada com êxito pelo Ministério da Justiça desde 2010, a Sentinela é de caráter permanente e tem foco em ações de inteligência. Essa operação será intensificada e passa a contar com o apoio das Forças Armadas. Foto: Tereza Sobreira Centro de Operações Conjuntas O efetivo de policiais dedicados exclusivamente à operação será dobrado. O segundo eixo é a Operação Ágata. Diferentemente da Sentinela, essa operação é de natureza pontual e temporária. Baseia-se no aumento da presença e do impacto das forças envolvidas em pontos focais da faixa de fronteira. A Ágata envolverá, sozinha, a participação de aproximadamente cinco mil homens das Forças Armadas e o uso de meios como embarcações, aviões e outros veículos militares. No anúncio feito hoje, os ministros informaram que foram detectados 34 pontos de fronteira onde há maior incidência de atividades criminosas. A partir desses locais, foram escolhidas cinco áreas, num primeiro momento, para realizar as ações da Operação Ágata, que terá um efetivo de cerca de 33 mil militares. “É preciso ter claro que não estamos falando de ações de fronteiras para criar dificuldades para nossos vizinhos, mas sim de ações para promover mais coesão e integração do Brasil com esses países”, ressaltou o ministro Nelson Jobim. Para ele, o plano anunciado nesta quarta-feira está em perfeita sintonia com a necessidade de adoção, pelos países sul-americanos, de uma estratégia comum de dissuasão, como forma de manter a soberania e proteger as riquezas da região. (ASCOM/ FM) O Plano Estratégico de Fronteiras abrangerá uma área de 2.357 milhões de quilômetros quadrados, o que equivale a 27% do território nacional. As ações cobrirão os principais pontos da linha de fronteira, cuja extensão é de 16.886 quilômetros. A faixa de fronteira se projeta por 150 quilômetros para dentro do território nacional a partir da linha divisória com os dez países vizinhos. Compreende 11 estados, 710 municípios, abrangendo uma população de 10,9 milhões de pessoas. A integração entre as Forças Armadas e órgãos de segurança pública terá um comando único, algo inédito nesse tipo de operação. O acompanhamento e a coordenação das ações do plano serão realizados a partir do Centro de Operações Conjuntas, sediado no Ministério da Defesa, em Brasília. No COC, atuarão de forma integrada representantes das três forças e de todos os órgãos de segurança. “Será dessa sala que será possível acompanhar online todas as operações no país”, afirmou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Cabe ao Centro estabelecer as diretrizes das operações e acionar os meios necessários à sua execução. Algumas operações serão coordenadas pela Polícia Federal, por exemplo, com o apoio da Marinha, Exército e Aeronáutica. Em outras, a coordenação partirá das Forças Armadas, com suporte dos órgãos de segurança. As operações também contarão com dados produzidos pelos órgãos do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), que estarão interligados às ações. Para além das operações Sentinela e Ágata, o Plano Estratégico de Fronteiras prevê ações de caráter estruturantes para melhorar as condições de segurança da população e a proteção das áreas que integram a faixa de fronteira. Entre as iniciativas de longo prazo estão a construção de residências funcionais para policiais, a instalação dos Gabinetes de Gestão Integrada de Fronteiras, a implementação de sistema de comunicação integrado e o investimento em modernização tecnológica. “Não podemos supor ou ter a visão antiga de que faremos isso colocando em fileira homens para proteger 16 mil quilômetros de fronteiras. Isso não é possível”, afirmou a Presidenta Dilma. “O que nós vamos fazer é utilizar nossa capacidade de ação combinada com inteligência, conhecimento e com uso da tecnologia”, concluiu. (ASCOM/ FM) 4 FOLHA MILITAR Junho/ 2011 Ministério da Defesa faz 12 anos e consolida-se como um dos símbolos do Brasil democrático Doze anos depois de criado, o Ministério da Defesa (MD) tem muito o que comemorar. Fortalecido por planos e programas que lhe deram uma nova configuração institucional, o MD iniciou seu 13º ano de atuação consolidando-se com um dos símbolos de um país democrático. Se, no início, sua criação esteve mais ligada à afirmação da ideia de que as instituições militares devem se subordinar a um governo civil constitucionalmente eleito, sua atuação hoje está centrada em dar seguimento às ações que garantam ao país a condição de ter instituições militares modernas, capazes de fazer frente aos inúmeros desafios do Brasil nos cenários interno e externo. No entender de especialistas, começou-se a formar o consenso, dentro e fora do âmbito governamental, de que a construção de um modelo de desenvolvimento que fortaleça a democracia e reduza as desigualdades sociais deve compatibilizar as prioridades nos campos político, social e econômico com as necessidades de defesa. De acordo com o professor João Roberto Martins, da Universidade Federal de São Carlos, a tendência histórica de relegar ao segundo plano a condução dos assuntos de defesa, tidos até pouco tempo como algo de competência exclusiva dos militares, acabou cedendo a um fato importante: o gradativo aumento de interesse da sociedade brasileira sobre assuntos dessa natureza. Para direcionar a atuação do Governo nessa questão, foi aprovada, em dezembro de 2008, a Estratégia Nacional de Defesa (END). Pautada em ações estratégicas de médio e longo prazos, a END tem como objetivo a modernização da estrutura nacional de defesa, por meio de três eixos estruturantes: a reorganização das Forças Armadas, a reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e a implementação de uma política de composição dos efetivos das Forças Armadas. Em 2010, foi sancionada a Lei Complementar nº 136, apelidada de Lei da Nova Defesa. A norma trouxe importantes mudanças institucionais, entre as quais a criação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, e representou passo relevante rumo à reformulação da estrutura militar do país. Além disso, foram editados decretos dispondo sobre a Nova Estrutura Militar de Defesa e, mais recentemente, sobre a reorganização da estrutura do Ministério da Defesa. Deu-se início, também, à efetiva implantação das ações decorrentes da END, a partir da apresentação de diversas propostas de mudanças legislativas no âmbito da defesa nacional. Entre elas, a do projeto de lei que define a articulação e o equipamento das Forças; a de atualização da Política Nacional da Indústria de Defesa e da Política de Ciência e Tecnologia e Inovação para a Defesa Nacional. Em cumprimento às diretrizes da Política de Defesa Nacional e da END, foi elaborado, em 2009, o Plano de Articulação e Equipamento da Defesa. Esse plano tem o objetivo de harmonizar a capacidade de defesa do País com o seu crescente nível de desenvolvimento e com o papel de protagonista desempenhado pelo Brasil no cenário internacional. “Essas medidas colocaram o Brasil em pé de igualdade com os principais países do mundo e tiveram o mérito de propiciar o surgimento de um ambiente de pesquisa para o desenvolvimento de uma moderna indústria de defesa, sempre que possível com a colaboração de países sul-americanos”, analisa o ex-Deputado Federal Raul Jungmann, que integrou, até o ano passado, a Comissão Mista de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Congresso. Jungmann ressaltou que o maior exemplo de colaboração com outros países foi a criação do Conselho Sul-Americano de Defesa, a partir de proposta do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo ele, além de facilitar o diálogo e cooperação entre as nações do subcontinente, o Conselho reforça a independência de seus participantes e a defesa de objetivos comuns contra a ingerência de países situados fora da região. (ASCOM/ FM) Histórico Antes da criação do Ministério da Defesa, a institucionalização do comando das Forças Armadas num único interlocutor já havia sido acalentada. A Constituição de 1946 citava a criação de um Ministério que fizesse essa integração. Daí surgiu o Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), chamado à época de Estado-Maior Geral. Em 1994, durante a campanha eleitoral de seu primeiro mandato, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, incluiu em seu plano de governo o estudo e a criação do Ministério da Defesa. A ideia era fazer com que Marinha, Exército e Aeronáutica atuassem sob uma mesma coordenação, com objetivos estratégicos baseados em diretrizes comuns. No ano seguinte, já por determinação presidencial, o EMFA iniciou estudos preliminares para a criação do Ministério da Defesa. Em 1997, após diretriz presidencial que contemplava a criação, a implantação do MD e a extinção dos ministérios militares então existentes, foi criado o Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), responsável pela implementação da diretriz. No entanto, o Ministério da Defesa só foi definitivamente implementado com o advento de três atos legais: a Lei Complementar 97, de 9 de junho de 1999, a Medida Provisória 1799-6 e o Decreto 3080, os dois últimos de 10 de junho de 1999. Esses atos legais, no entender do professor João Roberto Martins, da Universidade de São Carlos (SP), foram um marco na his- tória da democracia no Brasil. A partir deles, criaram-se condições para institucionalizar, pela primeira vez, o comando político das Forças Armadas em uma situação democrática. “As medidas permitiram também articular a política militar do Brasil com a política externa, duas faces da mesma moeda”, afirmou. Antes mesmo da criação do MD, uma questão que permeava qualquer discussão sobre o assunto era a subordinação dos militares ao poder civil. Autor do livro “Democracia e Defesa Nacional” (Editora Manole), o historiador Eliézer Rizzo de Oliveira lembra que há duas décadas a corrente de pessoas que se voltava contra a criação do MD argumentava que a proposta era irrealista, já que não se aplicava à cultura e à tradição brasileira, sendo alimentada a partir do exterior. Já os que defendiam a ideia afirmavam que os Ministérios então existentes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica praticavam “não apenas uma política, mas três políticas de defesa, o que resultava em conflitos de interesse e falta de lógica”. Hoje, com a consolidação do Ministério da Defesa, a situação é completamente diferente, opina Eliézer Rizzo. “Vejo sinais de que a geração atual de generais vê a subordinação dos militares ao poder civil com naturalidade“, afirmou o historiador. A necessidade de que as ações militares sejam precedidas da decisão política do poder civil constitui uma questão que traz em seu bojo um paradoxo histórico: os políticos se afastaram nas últimas décadas por decisão própria de assuntos referentes às Forças Armadas, deixando os temas militares para serem resolvidas por oficiais de alta patente. Para o professor Roberto Martins, o governo e os políticos estão cada vez preocupados em propiciar o preparo das Forças Armadas brasileiras para situações internas e externas desafiadoras. Ele citou a presença do Brasil no Haiti e no Líbano, participando das Forças de Paz da ONU, como parte integrante do papel das Forças Armadas nesse contexto. O professor observou ainda que “não é possível pensar em um projeto de Forças Armadas condizente com os desafios enfrentados no momento pela sociedade brasileira sem que sejam adotadas estratégias paralelas que assegurem a continuidade desse projeto”. Essa continuidade, a seu ver, só se dará com o apoio, que nunca faltou, da Presidência da República e do parlamento. 5 Foto: Tereza Sobreira FOLHA MILITAR Nelson Jobim participa do relançamento da Frente Parlamentar de Defesa Nacional O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, participou, no dia 15 de junho, do relançamento da Frente Parlamentar de Defesa Nacional, no Clube do Exército, em Brasília. O ato marcou a reinstalação da associação suprapartidária – criada originalmente em novembro de 2008 – na nova legislatura. Formada por 208 Deputados Federais, a Frente busca promover um relacionamento aberto e dinâmico entre o Congresso Nacional e outras instâncias do setor de defesa, a partir da proposição de temas centrais e a ampliação dos debates sobre o assunto. Segundo o Ministro da Defesa, a iniciativa representa um fórum que ajuda a sociedade a compreender que o desenvolvimento de ações nessa área está acima das diferenças partidárias e do interesse político de um governo específico, conjugando-se ao interesse maior da nação. “Não podemos confundir o tempo histórico na nossa atividade política com o tempo histórico do país”, afirmou o ministro. Jobim sustentou que a Frente Parlamentar pode dar uma importante contribuição ao Brasil, levando ao Congresso a discussão de temas estratégicos no campo da defesa nacional. “A formação da Frente ajudará a discussão da temática da defesa e significará a inclusão do parlamento na formulação de uma política nacional para o setor”, disse. “Essa política não pode ser formulada apenas pelo Ministério. Tem que haver uma co-participação ampla de toda a sociedade. E o parlamento representa a sociedade”, completou. Discursando para um auditório concorrido, formado por parlamentares de partidos diversos, representantes da indústria de defesa e oficiais militares, Jobim voltou a defender a adoção de um orçamento específico para o setor, em que os projetos definidos como prioritários pelo Executivo e aprovados pelo Legislativo, não sejam passíveis de contingenciamento de recursos. “Precisamos ter instrumentos legislativos que impeçam que a indústria de defesa seja surpreendida com mutações de perspectivas de governos e de processos econômicos”, defendeu. O Ministro ressaltou o caráter específico da indústria de defesa, segmento que atua quase sempre no limite do conhecimento, no chamado “teto tecnológico”. Para Jobim, por ter essa peculiaridade, esse segmento necessita de previsibilidade no fluxo de investimentos e de auxílio do Estado para a realização de pesquisa e para o desenvolvimento de projetos, sobretudo na fase inicial dessas ações. (ASCOM/ FM) A Frente Parlamentar de Defesa Nacional será presidida pelo Deputado Carlos Zarattini (PTSP), que enxerga, como tema prioritário, a articulação no Congresso para a aprovação de um orçamento de defesa não passível de cortes orçamentários. De acordo com o parlamentar, a associação também atuará com empenho para aprovar projetos que garantam o aprimoramento da capacidade dissuasória das Forças Armadas brasileiras, e que assegurem a absorção de alta tecnologia pela indústria nacional. Dentre os projetos que merecerão atenção especial, segundo Zarattini, figuram o PróSub (construção de cinco submarinos pela Marinha, sendo um a propulsão nuclear com tecnologia nacional), o FX -2 (aquisição de caças pela FAB, com transferência tecnológica) e o Sisfron (programa do Exército que prevê a aquisição de modernos equipamentos para monitoramento das fronteiras do país). O Presidente da Frente destacou ainda necessidade de o Congresso conceituar, por meio da legislação, a chamada “empresa estratégica de defesa”. Por sua especificidade, esse tipo de empresa deverá ter, por exemplo, um regime diferenciado de tributação. Para Zarattini, empresas de defesa classificadas como estratégicas devem ter base de produção no país e ser controladas por brasileiros, além de ter a tarefa de recuperar o ciclo completo do conhecimento, ou seja, deverão desenvolver projetos inovadores para aplicação dual: civil e militar. Participarão também das atividades de coordenação da Frente Parlamentar os deputados Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Aldo Rebelo (PCdoB-SP) – secretáriogeral e primeiro vice-presidente da associação, respectivamente. No último mandato legislativo, coube ao Deputado Raul Jungmann (PPS-PE) presidir o movimento. Além de parlamentares e autoridades políticas civis e militares, a Frente Parlamentar de Defesa Nacional conta com o apoio de entidades e organizações que atuam no setor, entre as quais a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança – Abinde. (ASCOM/ FM) Ministério da Defesa vai apoiar o Brasil Sem Miséria Foto: Élio Sales Temas prioritários Junho/ 2011 O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia – Censipam irá fornecer tecnologia de banda larga e apoio técnico a prefeituras de cerca de 130 municípios isolados da Amazônia, com o objetivo de facilitar o cadastramento de famílias ainda não atendidas pelos programas sociais do governo federal. Com a medida, o Ministério da Defesa, órgão que coordena o Censipam, passa a integrar a rede do governo responsável pelas ações do Brasil Sem Miséria, programa que visa erradicar a miséria absoluta no país. A participação da Defesa nas ações sociais do governo foi acertada em reunião realizada durante a manhã do dia 14 de junho, entre o Diretor-Geral do Censipam, Rogério Guedes, e a Coordenadora-Geral de Gestão de Processos de Cadastramento do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Jeniffer Carla de Paula. Para permitir que essa parceria seja concretizada, os dois órgãos deverão assinar, em breve, acordo de cooperação técnica. O objetivo principal é fazer com que todos os municípios da Amazônia possam ter, em suas prefeituras, acesso a internet para uso do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal – instrumento essencial para que as famílias possam ser beneficiadas com os programas Brasil Sem Miséria, Bolsa Família, Tarifa Social de Energia Elétrica, Minha Casa Minha Vida e Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). O acesso ao cadastro tornouse ainda mais importante depois que, em 2010, passou a ser disponibilizado em nova versão online. Segundo Rogério Guedes, a dificuldade de acesso à internet é um problema crônico na Amazônia, principalmente, em regiões mais isoladas. Para superar esse problema, o Censipam conta com a tecnologia de antenas via satélite, o que permite às prefeituras o acesso à internet sem custo pelo sinal. Recentemente, o Censipam adquiriu mais de mil antenas destinadas a facilitar as conexões via satélite na região. (ASCOM/ José Romildo/ FM) Ministro da Defesa na Operação “Amazônia 2011” No dia 29 de maio, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, esteve em Manaus (AM), participando da Operação “Amazônia 2011”, que ocorreu de 23 de maio a 03 de junho. O exercício conjunto envolveu a Marinha, o Exército e a Aeronáutica e foi destinado a aprimorar o preparo e o emprego das Forças Armadas para o desempenho das missões constitucionais que lhes são atribuídas. O Ministro da Defesa enfatizou a importância da Operação “Amazônia”: “É necessário que as três Forças estejam integradas testando e planejando, de forma conjunta, os seus meios operacionais e os sistemas de comando, de controle e de logística conjunta”. Acompanharam o Ministro Nelson Jobim, o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito; o Comandante de Operações Navais, Almirantede-Esquadra João Afonso Prado Maia de Faria; o Comandante do 9º Distrito Naval e Comandante da Força Naval Componente (FNC), Vi c e - A l m irante Antonio Carlos Frade Carneiro; e o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças 6 FOLHA MILITAR Junho/ 2011 Foto: CCSM Armadas, General-de-Exército José Carlos De Nardi. No Comando da 12ª Região Militar, em Manaus, eles participaram de uma videoconferência, visitaram o Centro de Coordenação e Direção de Exercício e Instalações do Comando Logístico do Teatro de Operações (TO), acompanharam as atividades da Comunicação Social no site institucional, que foi simulado para a Operação. No dia seguinte, a comitiva dirigiu-se à Força Aérea Componente (FAC) do Teatro de Operação (TO), localizado na Base Aérea de Manaus, com destino ao Navio-Auxiliar “Pará” (U15), meio naval subordinado a FNC, atracado no município de Fonte Boa (AM). Na ocasião, o Vice-Almirante Frade apresentou a Ação Cívico-Social (ACISO) realizada pelo Navio de Assistência Hospitalar “Oswaldo Cruz”, às comunidades ribeirinhas, durante a Operação. (CSSM/ FM) Foto: CCSM Brasil e Estados Unidos iniciam novo diálogo sobre Defesa Militares e diplomatas do Brasil e dos Estados Unidos iniciaram no dia 3 de junho, em Brasília, um novo intercâmbio de ideias e impressões sobre os rumos de ambos os países no campo da política e da estratégia relacionadas à área de Defesa. As conversações, chamadas de “PolMilTalks”, fazem parte do Diálogo Político-Militar Brasil-EUA, um canal de discussão bilateral que promete, a partir de agora, ganhar novo impulso. A pauta do encontro, que reuniu aproximadamente 30 autoridades e especialistas brasileiros e norte-americanos, abrangeu desde o posicionamento dos países em questões de segurança regional, como a participação brasileira em operações de paz, particularmente no Haiti, até as possibilidades de parceria em acordos comerciais que envolvam transferência de tecnologia. Segundo a Chefia de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa, a retomada do diálogo militar entre o Brasil e os Estados Unidos foi útil para identificar áreas onde é necessário – ou oportuno – o aprofundamento das conversações, bem como para reafirmar as respectivas posições nacionais sobre os temas debatidos. “Tivemos a oportunidade de colocar, num fórum adequado e em um plano equivalente, as expressões política e militar de poder nacional dos dois países”, afirmou o Tenente-Brigadeiro-do-Ar Marco Aurélio Foto: ASCOM Gonçalves Mendes, chefe de Assuntos Estratégicos do Ministério. Para ele, o diálogo representou também uma chance para o Ministério da Defesa se apresentar dentro de uma nova realidade institucional, substancialmente alterada em relação ao último encontro, realizado em 2006, em Washington. Para direcionar a atuação do Governo na questão da soberania nacional, foi promulgada, no final de 2008, a Estratégia Nacional de Defesa (END). Em 2010, foi sancionada a Lei Complementar nº 136, que cria o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, e foram editados decretos dispondo sobre a Nova Estrutura Militar de Defesa e sobre a reorganização da estrutura do Ministério da Defesa. “Estamos passando por uma fase de profundas modificações, que estão sendo implementadas num contexto de redefinição do papel do Ministério da Defesa e de sua reestruturação”, disse o brigadeiro Mendes. O encontro, que contou, do lado norte-americano, com a presença do secretário-assistente de Estado para Assuntos PolíticoMilitares, Andrew J. Shapiro, será seguido por reuniões técnicas do Grupo de Trabalho Bilateral de Defesa (GTBD) nos próximos dias 7 e 8. Não há previsão de assinatura de acordos imediatos, mas sim de uma ampliação da cooperação existente. (ASCOM/ FM) 7 FOLHA MILITAR Foto: CCSM material hidroceanográfico. Os quatro Avisos Hidroceanográficos Fluviais serão entregues até novembro de 2012 e suas construções estão inseriC Alte (EN) Deiana e o Diretor-Presidente da INACE, Antonio Gil, assidas no Projeto nam o Contrato de Construção de quatro Avisos Hidroceanográficos Fluviais Cartografia da O Diretor de Engenharia Amazônia, realizado em parceria Naval, Contra-Almirante (EN) com o Exército, a Aeronáutica e Francisco Roberto Portella Deia- o Serviço Geológico do Brasil, e na, e o Diretor-Presidente da In- coordenado pelo Centro Gestor e dústria Naval do Ceará (INACE), Operacional do Sistema de ProteAntonio Gil Fernandes Bezerra, ção da Amazônia, subordinado ao assinaram, no dia 26 de maio, Ministério da Defesa. o contrato para a construção de Os AvHoFlu destinam-se à quatro Avisos Hidroceanográfi- execução dos Levantamentos Hicos Fluviais (AvHoFlu), em For- droceanográficos em águas intetaleza (CE). riores na Bacia Amazônica, sob a Os AvHoFlu serão constru- responsabilidade da Diretoria de ídos a partir de especificações de Hidrografia e Navegação. Tem a aquisição, de acordo com os re- finalidade de atualizar, de forma quisitos técnicos de projeto e de contínua, a cartografia náutica das desempenho elaborados pela Di- principais hidrovias na região, retoria de Engenharia Naval. Eles sendo de fundamental imporpossuirão comprimento total de tância o conhecimento preciso e 25 metros, boca moldada máxima atualizado do canal de navegação de 8,0 metros e calado máximo de dos rios amazônicos, o que possi1,40 metros, comportando 12 tri- bilitará melhoria na segurança da pulantes e devendo ser dotado de navegação. um laboratório seco e um paiol de (CSSM/ FM) Marinha participa do recebimento do maior navio mineraleiro do mundo em operação Foto: CCSM A Marinha do Brasil, por intermédio da Capitania dos Portos do Maranhão, acompanhou diversas simulações físicas e matemáticas visando a atracação do Navio “Vale Brasil”, em São Luís (MA). A Força também coordenou as reuniões Navio "Vale Brasil" de planejamento para o recebimento da embarcação, com o apoio do serviço de praticagem maranhense. No dia 24 de maio, foi realizada uma solenidade para marcar o início do carregamento do navio em águas maranhenses. Diversas autoridades civis e militares compareceram ao evento, dentre elas o Vice-Governador do Estado do Maranhão, Washington Oliveira; o Diretor- Executivo de Operações Combinadas da Vale, Eduardo Bartolomeo; o Capitão dos Portos do Espírito Santo, Capitão-de-Mar-e-Guerra Paulo Cesar Gomes Bessa; e o Ajudante da Capitania dos Portos do Maranhão, Capitão-de-Corveta Marcos Floresta Dias Filho. O Navio “Vale Brasil” é, atualmente, o maior navio mineraleiro do mundo em operação. Mede 362 metros e tem capacidade para transportar 390 mil toneladas de carga. (CSSM/ FM) Cerimônia do Curso de Formação de Marinheiros para a República da Namíbia Foto: CCSM Assinatura do Contrato de Construção de quatro Avisos Hidroceanográficos Fluviais Junho/ 2011 A cerimônia do Curso de Formação de Marinheiros para a República da Namíbia aconteceu no dia 27 de maio, no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA). O Comandante da Marinha da Namíbia, ContraAlmirante Peter Hafeni Vilho, e o Embaixador da Namíbia no Brasil, Linekela Josephat Mboti, prestigiaram o evento e foram recebidos pelo Diretor de Ensino da Marinha, Vice-Almirante Ademir Sobrinho, e pelo Comandante do CIAA, Contra-Almirante José Carlos Mathias. O curso teve duração de 18 meses e formou 30 marinheiros namibianos. Durante o período, Foto: CCSM foi ministrado o conhecimento básico da língua portuguesa, o nivelamento em disciplinas do Ensino Fundamental, a Instrução Militar Naval necessária à formação militar, bem como a introdução aos assuntos técnico-profissionais diversificados, bagagem para as providências iniciais rumo à futura especialização na carreira naval. Após a formatura, os namibianos seguirão para a etapa do Estágio Inicial com duração de cinco meses no Brasil. O Acordo de Cooperação Naval entre o Brasil e a Namíbia foi firmado em março de 1994. (CSSM/ FM) Segurança do transporte aquaviário é tema de encontro no Rio Grande O Comandante do 5º Distrito Naval, Vice-Almirante Sergio Roberto Fernandes dos Santos, recebeu, no dia 23 de maio, a visita da Deputada Estadual Miriam Marroni. O assunto tratado foi a travessia de passageiros entre os Deputada Estadual Miriam Marroni, V Alte Fernandes municípios do Rio Grane CMG Correia de e de São José do Norte e também o transporte de veículos leves e pesados pelo canal Miguel da Cunha. A Deputada mostrou preocupação com o transporte aquaviário da região e comprometeu-se a buscar, junto aos órgãos estaduais, uma solução para minimizar o problema dos usuários e priorizar a qualidade e segurança nas travessias. “Já articulo com o Secretário Estadual de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano, Luis Carlos Busato, a forma legal para acelerarmos a publicação de um novo processo licitatório e, também, alguma alternativa para que a solução não corra o risco de se prolongar por mais de seis meses, caso a nova licitação seja impugnada”, afirmou a Deputada Estadual e líder do Governo na Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul. (CCSM/ FM) Junho/ 2011 Distritos Navais celebram o Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo Batalha Naval do Riachuelo Esquadra brasileira No início da Guerra da Tríplice Aliança, a Esquadra brasileira dispunha de 45 navios armados. Diversos dos navios do início da guerra foram projetados e construídos no País. Mais tarde, Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro construiu navios encouraçados para o teatro de operação no Rio Paraguai. Os navios brasileiros disponíveis antes dessa guerra eram adequados para operar no mar e não nas condições de águas restritas e pouco profundas que os Rios Paraná e Paraguai ofereciam. Além disso, esses navios, possuíam casco de madeira, o que os tornava muito vulneráveis à artilharia de terra, posicionada nas margens. Foto: CCSM Militar recebe a Medalha Mérito Militar do Comandante do 3º Distrito Naval, Vice-Almirante Airton Teixeira Pinho Filho, durante a cerimônia Foto: CCSM Militares agraciados com a Medalha Mérito Militar, entre os quais dois com a de ouro, correspondente a 30 anos de serviço e três com a de prata, referente a 20 anos, no 3º DN Foto: CCSM Desfile em continência ao Comandante do 3º Distrito Naval, Vice-Almirante Airton Teixeira Pinho Foto: CCSM A solenidade contou com a presença de militares e civis, representando os Estados do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Alagoas Foto: CCSM No 4º Distrito Naval, ViceAlmirante Rodrigo Otávio Fernandes de Hônkis recebeu autoridades militares e civis do Pará e Amapá Foto: CCSM Banda de música do Grupamento de Fuzileiros Navais de Belém à frente do desfile de lanchas e viaturas 8 FOLHA MILITAR Antecedentes da Batalha Coube ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, o futuro Marquês de Tamandaré, o Comando das Forças Navais brasileiras na guerra do Paraguai. A Marinha do Brasil representava praticamente a totalidade do Poder Naval presente no teatro de operações. A estratégia naval adotada pelos aliados foi o bloqueio. Os Rios Paraná e Paraguai eram as artérias de comunicação com o Paraguai. As Forças Navais do Brasil foram organizadas em três divisões - uma permaneceu no Rio da Prata e as outras duas subiram o Rio Paraná para efetivar o bloqueio. Com o avanço das tropas paraguaias ao longo da margem esquerda do Paraná, Tamandaré resolveu designar seu Chefe do Estado-Maior o Chefe-de-Divisão (posto que correspondia a Comodoro, em outras Marinhas) Francisco Manoel Barroso da Silva, para comandar a Força Naval que estava rio acima. A primeira missão de Barroso foi um ataque à Cidade de Corrientes, que estava ocupada pelos paraguaios. Não era possível manter a posse dessa cidade na retaguarda das tropas invasoras e foi preciso, logo depois, evacuá-la. Ficou evidente, porém, que a presença da Força Naval brasileira deixaria o flanco dos invasores sempre muito vulnerável. Era necessário destruí-la, e isso motivou Solano López a planejar a ação que levou à Batalha Naval do Riachuelo. A Batalha A Força Naval Brasileira comandada por Barroso, estava fundeada no Rio Paraná próximo à Cidade de Corrientes. O plano paraguaio era surpreender os navios brasileiros, abordá-los e, após a vitória, rebocá-los para a cidade Paraguaia de Humaitá. Adicionalmente, a Ponta de Santa Catalina, próxima à foz do Riachuelo, foi artilhada pelos paraguaios. Havia, também, tropas de infantaria posicionadas para atirar sobre os navios brasileiros que escapassem. Na manhã do dia 11 de junho, a Força Naval brasileira avistou os navios inimigos. Mezza se atrasara e desistiu de iniciar a batalha com a abordagem. A Força Naval paraguaia passou pela brasileira, ainda imobilizada, e foi se abrigar junto à foz do Riachuelo, onde ficou aguardando. Após suspender, a Força Naval brasileira desceu o rio, em perseguição, e avistou os navios inimigos parados nas proximidades da foz do Riachuelo. Graças a uma manobra inesperada, que tinha o intuito de cortar uma possível fuga dos paraguaios, Barroso acabou encalhando o “Jequitinhonha”. O primeiro navio da linha, o “Belmonte”, passou por Riachuelo separado dos outros, sofrendo o fogo concentrado do inimigo e, logo após, encalhou propositadamente, para não afundar. Corrigindo sua manobra, Barroso, com a “Amazonas”, assumiu a vanguarda e efetuou a passagem, combatendo a artilharia da margem, os navios e as chatas, sob a fuzilaria das tropas que atiravam das barrancas. Completou-se assim, aproximadamente às 12 horas, a primeira fase da Batalha. Até então, o resultado era altamente insatisfatório para o Brasil: o “Belmonte” fora de ação, o “Jequitinhonha” encalhado para sempre e o “Parnaíba”, com avaria no leme, sendo abordado e dominado pelo inimigo. Então, Barroso decidiu regressar. Desceu o rio, fez a volta com os seis navios restantes e, logo depois, estava novamente em Riachuelo. Tirando vantagem do porte da “Amazonas”, ele usou seu navio para abalroar e inutilizar navios paraguaios e vencer a Batalha. Quatro navios inimigos fugiram perseguidos pelos brasileiros. Antes do pôr-do-sol de 11 de junho, a vitória era brasileira. A Esquadra paraguaia fora praticamente aniquilada e não teria mais participação relevante no conflito. Estava, também, garantido o bloqueio que impediria que o Paraguai recebesse armamentos do exterior, inclusive os encouraçados que encomendara na Europa. Foi a primeira grande vitória da Tríplice Aliança na guerra e, por isto, muito comemorada. Com a vitória em Riachuelo, a retirada dos paraguaios da margem esquerda do Paraná e a rendição dos invasores em Uruguaiana, a opinião dos aliados era de que a guerra terminaria logo. Isso, porém, não ocorreu. O Paraguai era um país mobilizado e Humaitá ainda era uma fortaleza inexpugnável para aqueles navios de madeira que venceram a Batalha. A guerra foi longa, difícil e causou muitas mortes e sacrifícios. Foi nela, que brasileiros de todas as regiões do País foram mobilizados, conheceram-se melhor e trabalharam juntos para a defesa da Pátria. Consolidou-se, assim, a nacionalidade brasileira. (CCSM/ FM) 9 FOLHA MILITAR Junho/ 2011 Presidenta Dilma exalta a importância da Marinha na defesa nacional “A Marinha garante a segurança do país e constitui motivo de particular orgulho para os brasileiros”, afirmou Dilma Rousseff, em mensagem lida durante a solenidade, re alizada no Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília. Além da Presidenta, estiveram presentes ao evento o Vice-Presidente da República, Michel Temer, o Presidente do Senado, José Sarney, e o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, entre outras autoridades. Na ocasião, Dilma fez referências à importância da presença da Marinha nas águas jurisdicionais, na “Amazônia Azul” e nos rios da Bacia Amazônica e do Pantanal. Segundo ela, a defesa dos interesses nacionais, principalmente após a descoberta de riquezas minerais na plataforma continental brasileira, é desempenhada com zelo pela Força. “Reverenciar, neste dia, a Data Magna da Marinha é enaltecer as qualidades mais nobres do povo brasileiro”, afirmou. A Presidenta Dilma, destacou também, em sua mensagem, as ações desenvolvidas pela Marinha na assistência médicohospitalar prestada por meio dos chamados “Navios da Esperança”. As embarcações levam apoio de saúde às populações carentes, situadas nas regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, locais onde Foto: CCSM Foto: CCSM lenidades pelo país. A Data Magna da Marinha também foi tema de uma sessão solene conjunta realizada na manhã de 9 de junho, no Plenário Ulysses Guimarães, no Congresso Nacional. O evento foi proposto pelo Senador João Pedro (PT-AM) e pela Deputada Jô Moraes (PCdoB-MG). Os Deputados Duarte Nogueira, Jair Bolsonaro, Liliam Sá e Chico Lopes, e os Senadores Wilson Santiago, Marcelo Crivella e Rodrigo Rollemberg discursaram parabenizando a Força. Comemorada anualmente no dia 11 de junho, a Batalha Naval do Riachuelo foi um evento decisiDiretor-geral de Material da Marinha Almirante Pires Ramos é condecorado pela Presidenta Dilma Rousseff vo para os rumos da Guerra do somente as Forças Armadas con- lidades agraciadas com a meda- Paraguai (1864-1870), o maior seguem chegar. lha estavam o Vice-Presidente conflito militar na América do Por fim, Dilma lembrou a Michel Temer, o Presidente da Sul. Com a vitória da esquadestacada participação de mari- Câmara dos Deputados, Marco dra brasileira, a Tríplice Aliança nheiros e fuzileiros navais bra- Maia, e vários ministros de Esta- (formada por Brasil, Argentina e Uruguai) assumiu o controle da sileiros em missões de paz e hu- do. manitárias da Organização das O Almirante Moura Neto Bacia Platina. Nações Unidas, classificando-as destacou, na Ordem do Dia, o ( ASCOM/ FM) de “valiosa contribuição” para papel exercido pela Marinha nos tornar o mundo cada vez mais pa- dias de hoje. “A Marinha conti● O Vice-Presidente Michel Temer, cífico. nua empenhada em se aproximar o Ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, a Ministra do Acompanhada pelo Mi- da sociedade e mostrar a necesPlanejamento, Orçamento e Gesnistro Nelson Jobim e pelo sidade de dispor de uma Força tão Miriam Belchior, a Ministra Comandante da Marinha, Almi- Naval atualizada e equilibrada”. das Relações Institucionais Ideli Salvatti, o Presidente do Banco rante Julio Soares de Moura Neto, O Comandante ressaltou Central Alexandre Tombini, a Minisa Presidenta Dilma realizou a im- também o sucesso do Programa tra-Chefe da Secretaria de Direitos posição da Medalha da Ordem do de Desenvolvimento de SubmariHumanos Maria do Rosário, o Senador Garibaldi Alves, dentre outros, Mérito Naval a 170 personalida- nos, que teve a construção do prireceberam a Comenda da Ordem des e instituições. meiro submarino em 2010 e está do Mérito Naval (OMN). PersonaliA comenda foi criada pelo com o cronograma honrado. “Em dades civis e militares também foram agraciadas por prestarem releDecreto n° 24.659, de 11 de ju- alguns poucos anos faremos parte vantes serviços à Marinha do Brasil. nho de 1934 e do seleto grupo das cinco nações (CCSM/ FM) se destina a capazes de construir e operar subFoto: CCSM premiar per- marinos com sonalidades propulsão nucivis e mi- clear”. litares, braA l é m sileiras ou da cerimônia estrangeiras, no Grupamenque tenham to de Fuziprestado, no leiros Navais exercício de de Brasília, sua profis- o aniversário são, relevan- da Batalha do tes serviços Riachuelo foi à Marinha do tema de homeBrasil. Entre nagens em A Presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o Contra-Almirante Paulo A Presidenta Dilma Rousseff condecora o Pavilhão do as persona- diversas soMaurício Farias Alves, diretor do Centro de Comunicação Social da Centro de Comunicação Social da Marinha, conduzido pela Capitã-de-Corveta Carla Pointis Marinha, condecorado na ocasião 8ª Reunião do Comitê dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Singulares Foto: CECOMSEX Com o objetivo de discutir a integração das três Forças Singulares na pesquisa, desenvolvimento e possibilidade de compra de armas leves, priorizando a aquisição em empresas nacionais, os integrantes do Comitê dos Chefes dos Estados-Maiores das Forças Singulares reuniram-se no dia 8 de junho, no Ministério da Defesa. As discussões foram coordenadas pelo Chefe do EstadoMaior Conjunto das Forças Armadas, General-de-Exército José Carlos de Nardi, e contaram com a presença do Chefe de EstadoMaior de cada Força: Almirantede-Esquadra Luiz Umberto de Mendonça, General-de-Exército Joaquim Silva e Luna, TenenteBrigadeiro-do-Ar Jorge Godinho Barreto Nery. Estiveram presentes, também, como representantes do Ministério da Defesa, o Chefe de Assuntos Estratégicos, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Marco Aurélio Gonçalves Mendes; o Chefe de Logística, Almirantede-Esquadra Gilberto Max Hoffé Hirschfeld; e o Secretário de Produtos de Defesa, Murilo Marques Barboza. Durante o debate, os participantes deram realce à aquisição dessas armas em empresas nacionais com reconhecida experiência na produção de pistolas, fuzis e outros armamentos portáteis que atendam às especificidades de cada Força. Dentre os assuntos tratados, destacam-se a formulação de um programa de obtenção conjunta de armas leves e portáteis (armas anticarro, morteiros leves e médios, fuzis e pistolas) e suas respectivas munições, apoio à pesquisa e desenvolvimento de armas leves e a compatibilização de requisitos operacionais conjuntos. Os participantes propuseram, também, que reuniões periódicas entre as Forças Singulares sejam realizadas para troca de informações e experiências sobre o tema, incluindo os seus empregos doutrinários. Levantou-se, por fim, a possibilidade de concentrar a avaliação técnica e operacional do armamento portátil e leve em um único órgão, buscando a otimização dos trabalhos nessa área. (CECOMSEX/ FM) Reunião de Coordenação do Preparo da Força Terrestre Abertura da Reunião feita pelo Gen Nardi, 1º SCh COTER El Salvador sedia a Força Comandos 2011 Foto: CECOMSEX Solenidade de Abertura – foto Sgt Alex Licea (Special Operations Command South) Este ano, dezenove países do continente americano participam das competições militares “Fuerzas Comando 2011”, que tiveram início no dia 15 de junho. Uma equipe de militares da Brigada de Operações Especiais, representa o Exército Brasileiro no evento. Cerca de 138 militares chegaram ao solo salvadorenho com o objetivo de vencer essa competição de tropas de operações especiais, que inclui provas físicas, tiro de fuzil e pistola, pista de obstáculos, marcha forçada de 17 quilômetros com 14 quilos de peso, salto de paraquedas, entre outras atividades. Participam da disputa os seguintes países: Bahamas, Belize, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai, Jamaica, República Dominicana e Trinidad e Tobago, além de observadores de Antígua, Haiti, Guiana, Canadá e México. O primeiro evento foi realizado em 2004 e no ano de 2009 a equipe do Exército Brasileiro sagrou-se campeã. (CECOMSEX/ FM) Exército recebe novo lote do Leopard 1A5BR No dia 24 de junho, o Exército recebeu um novo lote de viaturas blindadas modelo Leopard 1A5BR, que desembarcou no Porto Novo do Rio Grande. Foram recebidas 38 Viaturas Blindadas de Combate – Carro de Combate (VBC-CC), que foram transportadas para o Parque Regional de Manutenção / 3, em Santa Maria (RS). Esses blindados pertencem ao quinto lote, estando previstos mais dois. Os carros de combate fazem parte do Projeto Leopard, cujo contrato de compra e apoio foi estabelecido pelo Governo Brasileiro, por intermédio do Ministério da Defesa, com o Governo da República Federal da Alemanha, destinado ao reaparelhamento e modernização das Unidades Blindadas do Exército. O próximo lote está previsto para outubro e o último para janeiro de 2012. No total, foram adquiridas 220 VBC-CC Leopard 1A5, sete Viaturas Blindadas Especializadas Socorro (VBE Soc), quatro Viaturas Blindadas Especializadas Lança-Pontes (VBE L Pnt), quatro Viaturas Blindadas de Combate de Engenharia (VBC Eng) e quatro Viaturas Blindadas Escola de Motorista. Atualmente, o Exército possui 106 unidades do Blindado Leopard 1A5 operando nas Organizações Militares brasileiras. (CECOMSEX/ FM) Foto: CECOMSEX Foto: CECOMSEX No período de 13 a 16 de junho, o Comando de Operações Terrestres (COTER) realizou a Reunião de Coordenação do Preparo da Força Terrestre – 2011, que reuniu os Oficiais de Operações de todos os Comandos Militares de Área, Divisões de Exército, Regiões Militares e Brigadas. A finalidade da Reunião foi coordenar as atividades de Instrução Militar e Simulação de Combate relacionadas ao preparo da Força Terrestre para o corrente ano. 10 FOLHA MILITAR Junho/ 2011 11 FOLHA MILITAR Exército comemora o Dia da Artilharia Junho/ 2011 Foto: CECOMSEX Comandante do Exército participou da 11ª Conferência Anual Sobre Conflitos Terrestres Foto: CECOMSEX No período de 1º a 3 de junho, o Comandante do Exército, Generalde-Exército Enzo Martins Peri, participou da 11ª RUSI Land Warfare Conference, evento organizado pelo No dia 10 de junho, as Na sequência, o desfile mo- Royal United Services Institute Organizações Militares de torizado foi composto por viatu- (RUSI), respeitado centro de esArtilharia do Planalto Central ras de Artilharia, como o Obusei- tudos estratégicos, em parceria comemoraram o Dia da Arma ro L118 Light Gun, do 32º GAC, com o Exército Britânico. A Conna guarnição de Brasília, em so- unidades de tiro do Míssil Antia- ferência é o único evento, dessa lenidade militar realizada no 32º éreo Portátil IGLA 9K38, do 11º natureza, realizado em associação Grupo de Artilharia de Campanha Grupo de Artilharia Antiaérea com o Exército daquele País. (32º GAC). (11º GAAAe), e uma viatura LanNo corrente ano, os princiNo dia 10 de junho, as çadora Múltipla – ASTROS II, do pais temas discutidos foram: Organizações Militares de 6º Grupo de Lançadores Múlti- - O processo de transformação Artilharia do Planalto Central plos de Foguetes (6º GLMF). das forças terrestres para os concomemoraram o Dia da Arma O desfile hipomóvel foi flitos do futuro, num quadro de na guarnição de Brasília, em so- realizado pela Bateria de Ceri- restrições orçamentárias; lenidade militar realizada no 32º monial Caiena, com seu histó- - As novas formas de trabalho em Grupo de Artilharia de Campanha rico uniforme da Artilharia do conjunto e o modo como os Exér(32º GAC). Exército Imperial. Criada em citos deverão administrar o seu A cerimônia foi presidi- 1986, atualmente é empregada no pessoal e equipamentos; da pelo Ministro do Superior cerimonial militar da Presidência - As novas oportunidades para as Tribunal Militar, General-de- da República, realizando salvas relações interinstitucionais e com Exército Francisco José da Silva de gala para Chefes de Estado e a indústria; e Fernandes, acompanhado pelo autoridades em visita oficial à - Os desafios tecnológicos e a caComandante Logístico, Gene- Capital Federal, além de partici- pacitação militar. ral-de-Exército Renato Joaquim par de solenidades no âmbito do No dia 1º de junho, por ocasião Ferrarezi, pelo Secretário de Comando Militar do Planalto. da abertura da Conferência, o Economia e Finanças, GeneralPara a formatura, a Ba- Comandante do Exército realide-Exército Gilberto Arantes teria apresentou-se com quatro zou sua apresentação avaliando a Barbosa e pelo Comandante Mili- viaturas-peça de canhão Krupp tar do Planalto, General-de-Divi- de 75mm a duas parelhas, traciosão Araken de Albuquerque. nadas por cavalos da raça Bretão Durante a solenidade, o pa- Postier e Percheron. Ao final da trono da Arma, Marechal Mallet, cerimônia, a Bateria Caiena realifoi homenageado e a mensagem zou uma demonstração de Entraalusiva destacou seu legado e as da em Posição. (CECOMSEX/ FM) tradições herdadas dos artilheiros do passado. A tropa foi formada por integrantes do 32º GAC e da 1ª Bateria de Artilharia Antiaérea (1ª Bia AAAe). Abriu o desfile um grupamento composto por artilheiros da ativa e da reserva convidados para a cerimônia. Foto: CECOMSEX conjuntura estratégica e a natureza do conflito do futuro. O evento possibilitou, ainda, estreitar os laços e trocar experiências com os comandantes dos exércitos de várias nações amigas, dentro do contexto da diplomacia militar. Participaram da Conferência, dentre outras personalidades, as seguintes autoridades: - General Peter Wall, Chefe do Estado-Maior do Exército do Reino Unido; - General Martin Dempsey, Chefe do Estado-Maior do Exército dos Estados Unidos da América; - General Zhang Qinsheng, 1º Staff, do Exército da China; - General Elrick James Martial Irastorza, Chefe do Estado-Maior do Exército da França; e - Senhor Gerald Howarth, Ministro para a Estratégia de Segurança Internacional do Reino Unido. (CECOMSEX/ FM) Foto: CECOMSEX CAN 80 ANOS: A saga dos bandeirantes que criaram as rotas aéreas pelo interior ros, tomaram um táxi até o centro da cidade e entregaram o malote na estação central dos Correios. A partir daí, o país nunca mais foi o mesmo. As linhas para outras regiões do Brasil abriram o interior para a aviação civil e militar – até então, as aeronaves voavam pelo litoral, aumentando as distâncias para escapar dos perigos que habitavam o sertão, o cerrado e a floresta amazônica brasileira. As atividades do Correio Aéreo Francês e de aviadores das Linhas Aéreas Latécoère, depois Aéropostale, foram a inspiração para o Correio Aéreo Militar brasileiro. Aviadores como Jean Mermoz, Henri Guillaumet e Antoine de Saint-Exupéry provaram que atravessar o Mediterrâneo e o Atlântico em um serviço postal não era impossível. A ideia era criar diversas rotas com destino a lugares isolados do Brasil. Os militares estavam convencidos de que o avião de correspondência que chegava à determinada cidade obrigava a respectiva prefeitura a fazer um campo de aviação. Logo, outras localidades procurariam, por certo, fazer a mesma coisa a fim de receber as mesmas vantagens. Assim, as cidades também se modernizariam com a chegada do Correio Aéreo Militar. (CECOMSAER/ FM) Foto: CECOMSAER ● Expansão - Em novembro de 1931, o Correio Aéreo iniciou a rota RioMinas Gerais. No ano seguinte, mesmo com a Revolução Constitucionalista, as linhas chegaram ao Mato Grosso e Paraná. Dois anos mais tarde, o Nordeste, com voos para Fortaleza, percorrendo e apoiando a população ribeirinha do São Francisco. Aviões Waco deram novo impulso ao CAM. A malha de rotas chegou ao Sul do país em 1934, colocando Porto Alegre e Santa Maria, no Rio Grande do Sul, na lista de cidades atendidas pelo Correio Aéreo. No Mato Grosso, uma linha especial interligou as guarnições do Exército. Ainda no mesmo ano, a Marinha criou o Correio Aéreo Naval, atendendo o litoral sul do Brasil, no trecho entre Rio de Janeiro e Rio Grande. Para concluir o projeto de integração nacional, em 1935, o Correio Aéreo Militar chegou, finalmente, à Amazônia. No ano seguinte, os pilotos começaram a voar o primeiro roteiro internacional, para Assunção, no Paraguai. Em 1932, as linhas tinham 3.630 quilômetros de extensão. Os pilotos voaram nesse ano 127.100 quilômetros, transportaram 17 passageiros e 130 quilos de correspondências. Sete anos depois, em 1939, o Correio Aéreo percorreu 1,8 milhão de quilômetros, transportou 542 passageiros e 65 mil quilos de carga nas rotas criadas pelo país. ● União – Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, os serviços de correio aéreo foram reunidos em um só, resultando no Correio Aéreo Nacional (CAN). Ao final desse ano, com apenas uma década de existência, o CAN operava 14 linhas e transportava mais de 70 toneladas de correspondência para diversos pontos do país. Graças à visão de futuro do Diretor de Rotas Aéreas da época, Brigadeiro Eduardo Gomes, o Correio Aéreo adquiriu dinamismo necessário para superar as dificuldades geográficas, econômicas e estruturais. Em 1943, a linha do Tocantins, uma das mais importantes da primeira década do CAN, foi ampliada até a Guiana Francesa. Depois, surgiu a rota Rio-Bolívia. Em 1944, com a aquisição de 82 aviões C-47 Douglas, a Força Aérea Brasileira expandiu ainda mais as linhas do CAN, chegando ao então território do Acre, Peru, Uruguai, Equador, Estados Unidos e Chile. Por muitos anos, esta aeronave foi o principal instrumento de trabalho do Correio Aéreo. Nos Anos 50, o CAN recebeu o importante reforço dos aviões-anfíbios Catalina para as linhas da Amazônia. Os aviões receberam a designação de CA-10. Em 1971, o Ministério da Aeronáutica criou o Centro do Correio Aéreo Nacional (CECAN), para coordenar as atividades. FAB comemora os 80 anos do CAN e o Dia da Aviação de Transporte Foto: Sgt. Johnson/ FAB Rio de Janeiro, 12 de junho de 1931. Os Tenentes Casimiro Montenegro Filho e Nelson Freire Lavenère-Wanderley, da Aviação Militar, decolam do Campo dos Afonsos para uma viagem histórica. A bordo de um avião Curtiss “Fledgling”, matrícula K-263, levam a primeira mala postal do Correio Aéreo Militar (CAM) – duas cartas precisam chegar a São Paulo. Era a concretização do sonho de um grupo de pilotos, liderados pelo então Major Eduardo Gomes. Para entender o que isso significou à época, é necessário voltar no tempo para saber o que era voar nesse período. Os pilotos não tinham os modernos equipamentos de navegação de hoje, voavam com as referências do solo e enfrentavam as variações meteorológicas, a falta de comunicação e as limitações de autonomia de combustível, entre outros problemas. Também viajavam bem perto dos obstáculos naturais contra os quais poderiam colidir. O que era para durar pouco mais de três horas, na verdade, terminou com mais de cinco horas de voo. Quando chegaram a São Paulo, já com as luzes da cidade acesas, os pilotos da primeira missão do Correio Aéreo não conseguiram localizar o Campo de Marte. A saída foi improvisar o pouso no Jockey Club do bairro da Mooca. Pularam os mu- 12 FOLHA MILITAR Junho/ 2011 Emoção. Esse foi o tom da solenidade alusiva aos 80 anos do Correio Aéreo Nacional (CAN), realizada na tarde do dia 10 de junho, na Base Aérea dos Afonsos. A cerimônia marcou também o encerramento da Reunião da Aviação de Transporte 2011 e o Dia da Aviação de Transporte. A solenidade foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar J u n i t i Saito, e contou com a presença de comandantes de diversas unidades aéreas da Força Aérea Brasileira (FAB). Durante a cerimônia, foi realizada uma homenagem a oficiais e graduados mais antigos que participaram da história do CAN, sendo entregue uma placa e um certificado. Também foi concedida a Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura, entregue aos atuais e ex-comandantes de unidades aéreas da FAB. Todos os veteranos do CAN presentes foram convidados a compor a tropa que desfilou em continência ao Comandante da Aeronáutica. Ao final do desfile, antes do fora de forma, o Brigadeiro Clóvis de Athayde Bohrer, comandante da tropa de veteranos, emocionou a todos com seu discurso, lembrando o pioneirismo dos heróis que desbravaram os céus de todo o país. O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, em suas palavras, parabenizou a todos aqueles que fizeram a história da aviação de transporte da FAB. Ao fim da cerimônia, foi feita uma demonstração operacional das aeronaves KC-137 Boeing, C-130 Hércules, C-105 Amazonas e C-95 Bandeirante, com simulação de reabastecimento em voo, lançamento de paraquedistas do Exército Brasileiro, lançamento de cargas de médio e pequeno porte, demonstração de uso do MAFFS (sistema de combate a incêndios) e lançamento de flare (dispositivo de segurança para despistar mísseis). Para encerrar, foram acionados os motores das aeronaves precursoras do CAN: K-263 Curtiss Fledgling e C-47 Douglas. (CECOMSAER/ FM) 13 FAB lança selo pelos 80 anos do CAN A Aeronáutica lançou, no dia 7 de junho, o selo personalizado dos 70 Anos da FAB e 80 Anos do CAN, a revista Aerovisão 80 Anos do CAN e o Filme Institucional de 80 Anos do CAN. O evento ocorreu na sede da Quinta Força Aérea. A cerimônia fez parte de uma agenda de comemorações alusivas ao 80º aniversário de criação do Correio Aéreo Nacional, que acontece, esta semana, na cidade do Rio de Janeiro. O evento reuniu autoridades e representantes de vários esquadrões e grupos de aviação de transporte. O selo personalizado foi idealizado e desenvolvido pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. Criação - O símbolo, criado pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), e aprovado pela Portaria Nº 830-T/GC3, de 25 de novembro de 2010, foi elaborado com o objetivo de divulgar o 70º aniversário de criação da FAB e o 80º aniversário de criação do CAN em todo o país, além de difundir a história e a missão da FAB. Significado - O símbolo comemorativo do 70° aniversário de criação da FAB e 80° aniversário de criação do CAN foi elaborado em forma de selo, com dois desenhos, em forma de nuvens, em branco, simbolizando todo o conteúdo do espaço aéreo brasileiro. Entre as nuvens, aparecem os numerais ordinais “70 e 80”, em branco. No lado esquerdo superior, há o gládio alado em amarelo, símbolo da Força Aérea Brasileira. No lado direito, encontra-se o contorno do mapa do Brasil em branco, com seu interior em verde, sobreposto por um arco e flecha em amarelo, direcionado da região Sudeste para a região Norte. Está espetado na flecha um envelope em branco. Todo o conjunto procura evidenciar o transporte aéreo, em especial, o Correio Aéreo Nacional, em seu voo precursor em 12 de junho de 1931, partindo da antiga Escola de Aviação Militar, outrora situada no legendário Campo dos Afonsos, em direção ao Estado de São Paulo, em uma aeronave K-263. Na parte inferior do símbolo, aparece uma placa, em perspectiva, em azul ultramar, com as inscrições “70 anos da FAB” e, abaixo desta, “80 anos do CAN”. Aplicação - Durante todo o ano de 2011, as organizações militares utilizarão em seus documentos oficiais este símbolo comemorativo do “70º aniversário de criação da FAB e 80º aniversário de criação do CAN”. (Agência Força Aérea/FM) FOLHA MILITAR Junho/ 2011 Chefes das Forças Aéreas das Américas se reúnem na cidade de Natal O aperfeiçoamento de ações operacionais com fins de ajuda humanitária foi o tema central discutido durante a 51ª Conferência dos Chefes das Forças Aéreas Americanas ( C O N J E FA MER) no período de 12 a 17 de junho, em Natal. O evento tem por objetivo estreitar laços com as Forças Aéreas do Continente Americano, bem como fortalecer a cooperação militar entre os países participantes, buscar o desenvolvimento das Américas e promover a troca de experiências, principalmente para planejamento de ações de ajuda humanitária a serem tomadas em situações reais de desastre natural. Durante a cerimônia de abertura da Conferência, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, falou da característica do Brasil como um país pacífico e da cooperação existente com os países vizinhos. “Esta Conferência é a demonstração do compromisso e determinação dos Chefes das Forças Aéreas Americanas de manter viva esta chama de cooperação, entendimento e amizade”, disse. O Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Juniti Saito, ressaltou a importância do evento e da nova fase vivenciada pelo Sistema, considerada decisiva para o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA). “Devemos promover e fortalecer a cooperação militar por meio do intercâmbio de experiências, o treinamento de pessoal e a discussão de questões de interesses mútuos”, disse. Foto: Agência Força Aérea Na 46ª CONJEFAMER, também realizada no Brasil, os Comandantes das Forças Aéreas decidiram promover um exercício com planejamento a longo prazo denominado Exercício Cooperación I. “Quando em 2006, presidi a quadragésima sexta versão desta Conferência, pude constatar a magnitude da obra da qual somos os responsáveis pelo alicerce. O Exercício Cooperación I, concluído em outubro de 2010, comprovou mais uma vez que estamos no rumo certo”, afirmou o Comandante da Aeronáutica. Pela quarta vez, o Brasil é sede da CONJEFAMER. A Conferência faz parte do SICOFAA e terá sessões plenárias e executivas e reuniões bilaterais, nas quais as principais pautas são assuntos de interesse das Forças Aéreas das Américas, como: operações aéreas, recursos humanos, educação e treinamento, busca e salvamento e assistência em caso de desastre, controle de voos não identificados, informática e telecomunicações, logística, medicina aeroespacial, prevenção de acidentes aeronáuticos, ciência e tecnologia, direito aeronáutico e a doutrina do SICOFAA. Participantes Participam da 51ª CONJEFAMER comandantes das Forças Aéreas da Argentina, Bo- lívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai. Outros dois países têm representantes observadores: Guyana e México. O Brasil sediou a CONJEFAMER nos anos de: 1964, 1987, 2006 e este ano. A Força Aérea Brasileira participou com dois oficiais aviadores como Subsecretários Gerais da Secretária Permanente do SICOFAA: Coronel-Aviador Julio Sadao Takamura em 1995, 1996 e 2011 e o Coronel-Aviador Marco Antônio Guasti em 2009 e 2010. Manual de Operações Aéreas Combinadas O Manual de Operações Aéreas Combinadas do SICOFAA visa padronizar as ações a serem tomadas pelos países que integram o Sistema ante situações de desastres naturais, de modo que o apoio humanitário aconteça de forma eficaz quando um determinado país se vê afetado. O manual será submetido à analise dos comandantes dos países participantes do SICOFAA durante a CONJEFAMER. Para o Coronel Takamura, Secretário da CONJEFAMER, o manual tem grande importância para garantir a qualidade da ação conjunta das Forças e para estabelecer as diretrizes gerais a serem tomadas em um caso real. Outro meio de aperfeiçoamento das ações são os exercícios virtuais feitos por meio da utilização de softwares para comando e controle de aeronaves, que serão objeto de estudo a partir desta Conferência. (Agência Força Aérea/ FM) Junho/ 2011 Centro de Lançamento de Alcântara lança foguete com sucesso O primeiro foguete de treinamento (FTB) da Operação Falcão I foi lançado com sucesso na tarde do 16 de junho no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA). No dia seguinte ocorreu o lançamentodo segundo foguete de treinamento. O objetivo principal da operação, que terminou no dia 22 de junho, é permitir o treinamento das equipes técnicas nos procedimentos operacionais que envolvem o envio ao espaço de um veículo lançador de satélites (VLS). Segundo o CoordenadorGeral da Operação, Tenente Coronel Aviador Paulo Junzo Hirasawa, o pri meiro foguete atingiu seu apogeu a pouco mais de 34,426Km, e impacto a 22,4 quilômetros da costa, em altomar. A Operação Falcão I faz parte de um projeto de quatro anos da Agência Espacial Brasileira para a produção de foguetes com tecnologia nacional. Várias etapas precedem o lançamento de um foguete de treinamento. O pré-lançamento envolve a elaboração de um Exame de Situação Técnica e Logística, e um teste dos meios operacionais do CLA para a realização da operação. A etapa seguinte é composta do Ensaio Geral - que define os tempos de cada atividade - e os testes das cronologias simuladas e reais para evitar prováveis erros no lançamento real. A elaboração do Relatório Final da Operação encerra as atividades. Os FTB tem comprimento total de 3,05 m, tempo de queima de 4s e um peso total de 68,3 Kgf. Na Operação Falcão I não serão levados experimentos a bordo em nenhum dos dois foguetes, embora haja disponibilidade de 5 kg de carga útil em cada lançamento, com possibilidade de transmissão dos dados via telemetria para as estações de solo. A duração do vôo, que compreende da decolagem até o impacto, está estimada em 2,5 minutos, com apogeu aproximado de 30 Km. Etapas do lançamento ● Fase de pré-lançamento - engloba a elaboração de um Exame de Situação Técnica e Logística, e teste dos meios operacionais do Centro para a realização da Operação. ● Fase de lançamento - contempla o Ensaio Geral, as Cronologias Simuladas e Reais, incluindo o Lançamento do veículo FTB. ● Fase de pós-lançamento - engloba a manutenção e preparação dos meios utilizados, para as próximas operações e, eventualmente, a desmontagem do foguete em caso de cancelamento da operação. (Agência Força Aérea/ FM) 14 FOLHA MILITAR Curso de extensão leva debate sobre Defesa a universitários do Nordeste Uma iniciativa recente deu mais robustez ao esforço, empreendido pelo Ministério da Defesa, de discutir o tema Defesa Nacional fora do âmbito militar. Na primeira semana de junho, o Laboratório de Estudos de Conflitos do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe (UFS) concluiu, em parceria com o Ministério, o 1° Curso de Extensão em Defesa Nacional no Nordeste. O curso faz parte do Programa Defesa Nacional em Debate, coordenado pela Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa. O objetivo é proporcionar um ambiente de reflexão acerca de questões que envolvem a Defesa Nacional, de acordo com as orientações da Estratégia Nacional de Defesa. Foi a primeira iniciativa dessa natureza no Nordeste. Presente ao evento, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, ressaltou a importância de aproximar a sociedade brasileira dessa temática. Jobim destacou, em especial, o aspecto inovador de reunir autoridades e especialistas num mesmo fórum com “alunos civis” discutindo temas de Defesa Nacional. Ao todo, o curso reuniu cerca de 200 participantes, entre autoridades, especialistas, alunos de graduação e de pós-graduação e profissionais de diversas áreas. “Foi um sucesso. Chegamos a administrar lista de espera”, afirmou a Coordenadora-geral do evento, Professora Tereza Cristina, doutora e decana do curso de Relações Internacionais da UFS. Foto: ASCOM Presente também aos debates, o Vice-Governador de Sergipe, Jackson Barreto, afirmou que a reflexão acerca da Defesa Nacional demonstra o amadurecimento da sociedade brasileira. “Isso só é possível porque conquistamos a democracia e esse curso demonstra, de forma muito clara, a consolidação do nosso processo democrático”. As atividades foram organizadas de modo que os participantes pudessem se aprofundar em um tema geral por dia, a partir de palestras e debates. Abrangente, o curso discutiu desde as perspectivas geopolíticas na política externa brasileira à realização de operações conjuntas, complementares e de paz, além do emprego das Forças Armadas na segurança pública. “Procuramos abarcar o maior número de temas possível, dada a carência de debates dessa natureza no Nordeste”, afirmou a professora Tereza Cris- tina. “Diferentemente do que ocorre no centrosul do país, discussões sobre a temática de Defesa não são habituais por aqui”, completou. Natália Oliveira Costa, aluna do 5º semestre do curso de Relações Internacionais da UFS, definiu sua participação no curso de extensão como uma “experiência engrandecedora”. Na avaliação da aluna, o curso serviu para abrir as portas para debates sobre Defesa no Nordeste. “As discussões foram intensas e os alunos estiveram muito comprometidos, especialmente aqueles que, como eu, têm interesse em realizar estudos nessa área”, afirmou. O próximo Curso de Extensão em Defesa Nacional deverá ser realizado em outubro, em Brasília. Mas já há previsão para que a iniciativa retorne ao Nordeste. Segundo informações da Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, uma parceria com a Universidade Estadual da Paraíba irá viabilizar a realização do evento em João Pessoa, no primeiro semestre do ano que vem. (ASCOM/ FM) Foto: ASCOM 15 FOLHA MILITAR Junho/ 2011 Entrevista com o Presidente da SOAMAR-Rio Marcio Prado Maia Foto: Arquivo pessoal Luiz Carlos Pereira Coelho Seguindo uma linha filosófica baseada no cunho social, o empresário Márcio Prado Maia falou a Folha Militar sobre as razões que o motivaram a fazer parte de uma sociedade criada para apoiar a Marinha do Brasil, denominada SOAMAR. ● Folha Militar: Como e por quê o senhor entrou para a SOAMAR-RIO? Marcio Prado Maia: Na verdade a minha família é tradicional na Marinha. O meu avô o Vice-Almirante João Prado Maia foi protagonista de uma trilha centenária até hoje seguida por minha família. Então desde pequeno o meu sonho era ser oficial da Marinha. Por contingência da vida eu acabei não entrando, mas sempre gostei desta instituição militar. Acabei me tornando um entusiasta. Embora civil eu sempre mantive contatos com membros da Marinha. Este forte elo fez com que eu fosse agraciado pelo Almirante Saraiva Ribeiro e pelo Almirante (FN) Carlos com a Medalha Amigo da Marinha. Aconselhado pela antiga presidente da SOAMAR-RIO, Professora Teresa Velho, fui fazer parte da Sociedade de Amigos da Marinha, me interando efetivamente dos acontecimentos soamarinos. Então fui convidado a me candidatar à presidência. Aceitei o convite sob uma condição: que houvesse uma chapa única. Foi o que aconteceu. Tomei posse em 2007 e depois fui reeleito por mais um mandato. bando, o senhor está apoiando algum candidato? E o quê espera dele? MPM: Meu apoio é ao Dr. Silvio Vasco Campos Jorge, que por sinal é o meu vice-presidente. É um empresário com experiência, e será um elemento fortalecedor para estreitar ainda mais os laços de amizade entre os nossos Associados e a Marinha do Brasil. Além disso o Dr. Silvio também faz parte da Diretoria da ● FM: E depois? MPM: O passo seguinte foi a SOAMAR-RIO há mais de 13 criação de um site, simples mais anos, um atributo que confirma atual, que foi obtido com a aju- sua capacidade administrativa e da de membros da própria insti- que o qualifica para continuar e tuição. Após isso surgiu a ideia ampliar projetos de interesse da de um documento que contasse a sociedade. Mais do que apoiar história da SOAMAR. Foi quan- um candidato, o importante nessa eleição é que a SOAMAR saia do publicamos um livro. vencedora. ● FM: O senhor disse que enfatiza o lado social. Explique isso. Almirante Prado Maia, um orgulho da Marinha MPM: Era preciso unir nossas ideias em prol de seguir o estatuto ● O Almirante João do Prado Maia da SOAMAR-RIO que é de ser- nasceu no dia 24 de maio de 1897, em do Pará e logo aos 8 anos teve vir como apoio para a Marinha. Belém seu primeiro revés com a morte de Seguindo a linha busquei identifi- seus pais. Apenas com o curso primácar os pontos mais carentes. Con- rio, o menino João entrou para a ForNaval, aos 14 anos. A vontade de seguimos doações significativas o ça vencer sempre foi marca registrada de que viabilizou o projeto Qualifi- Prado Maia. Tanto que em 1914 concluiu o ensino secundário, já no Rio de cação Profissional. ● FM: Como é este projeto? MPM: É uma iniciativa conjunta entre SOAMAR-RIO e convênio com o Departamento de Serviços Sociais do Abrigo do Marinheiro, e tem como objetivo oferecer bolsas integrais em cursos de qualificação profissional para os dependentes de militares e servidores civis ativos e inativos, buscando facilitar o ingresso dos futuros formados no mercado de trabalho e gerar melhores con● FM: Qual foi a sua primeidições de vida. Conseguimos ainra atitude como presidente da da o apoio de empresas privadas SOAMAR-RIO? que viabilizaram a confecção do MPM: Eu busquei sempre o lado tão esperado livro "A História da social como principal meta da SOAMAR-RIO 1979-2006", de instituição, mas antes tínhamos autoria da Professora Teresa Vede mudar de sede. Foi quando o lho, que está sendo oferecido gra1° Distrito Naval nos cedeu o lotuitamente a todos os Soamarinos cal no qual estamos hoje, que fica que tenham interesse em possuí-lo. na Av. Rio Branco, 43, 10° andar. ● FM: O seu mandato esta aca- Janeiro, e nesse mesmo ano tornouse Marinheiro de Primeira Classe. Em 1938, João do Prado Maia ingressou- através de concurso – no recém criado Quadro de Oficiais Auxiliares e em 1946 foi nomeado, também por concurso, Professor Catedrático de Português da Escola Naval. Em 1956, aos 59 anos, o Almirante Prado Maia foi para a Reserva. Saía de cena um brilhante oficial de Marinha e entrava o nobre Professor dos cursos Clássico e Científico do Colégio Pedro II e Mosteiro de São Bento, o poeta e o jornalista. Este novo palco da vida de João do Prado Maia foi onde ele pôde mostrar as mesmas qualidades que o tornara um exemplo da Marinha do Brasil. Ele sempre teve a Força Naval como inspiração para dar continuidade a vida. Este sentimento tornou-se algo comum na família, já que até nos dias de hoje há sempre um membro na ativa da Marinha. É o caso do atual Cmt. de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra João Afonso Prado Maia de Faria. Este ano comemora-se 100 anos de ligação direta entre a Família Prado Maia e a Marinha do Brasil. O nosso entrevistado, Márcio Prado Maia tem o privilégio de pertencer a uma família tão ilustre da nossa história. (Pedro Rezende) SOAMAR Segundo a professora Teresa Velho em seu livro "A história da SOAMAR-RIO 1979-2006", "A Sociedade Amigos da Marinha tem sua origem na Liga Naval Brasileira, criada em 1893 pela Lei 173 de 10 setembro do mesmo ano. Ao criar essa Lei, a Marinha esperava que a entidade a exemplo da associação similar existente nos Estados Unidos, viesse oferecer-lhe uma colaboração efetiva na tarefa de formentar, no âmbito da sociedade brasileira, uma consciência sobre a importância do mar e de nossas bacias hidrográficas, evidenciando a relevância do papel político, estratégico e econômico desempenhado pela Marinha no desenvolvimento nacional. Contrariando a expectativa que motivou a sua criação, a Liga Naval não prosperou no Brasil devido a vários fatores e, com o passar do tempo o interesse e o entusiasmo iniciais por aquela entidade foram arrefecendo até que desapareceram. Todavia, em 1966, quase um século após a assinatura da Lei 173, a Marinha achou por bem criar o Título e a Medalha Amigo da Marinha, com o propósito de manifestar seu reconhecimento a algumas personalidades integrantes de segmentos expressivos da sociedade pelo invulgar apreço e interesse que demonstravam pelas coisas do mar, os quais voluntariamente se prontificavam a defender. A primeiras personalidades distinguidas com o Diploma e a Medalha "Amigo da Marinha" receberam essa distinção no dia 31 de agosto de 1966, e a partir dessa data outras foram agraciadas em várias cidades, sobretudo em Santos e no Rio de Janeiro. Com frequência, essas pessoas se encontravam durante eventos sociais promovidos pela Marinha, e, aos poucos, foram se integrando e formando grupos. Na prática, a fundação da entidade em Santos resultou de alguns desses encontros." A Primeira delas foi a Associação Santista de Amigos (ASAM), em 13 de dezembro de 1972, o que seria Célula Mater para o surgimento de outras associações de simpatizantes e entusiastas da Marinha. A Sociedade de Amigos da Marinha do Rio de Janeiro teve o seu nascedouro no mês de abril de 1979, em uma cerimônia presidida pelo então Ministro da Marinha, Almirante-de-Esquadra Maximiliano Eduardo da Silva Fonseca, realizando um sonho de vários agraciados da Marinha que, se espelharam na ASAM, para ter uma associação no Rio de Janeiro. (Pedro Rezende) Junho/ 2011 16 FOLHA MILITAR ADESG homenageia a Marinha do Brasil Foto: Jocimar Pequeno ao Brasil mais independência científica e tecnológica. Ao final, o Almirante Moura Neto entregou uma placa ao Brigadeiro Hélio Gonçalves, como lembrança do aniversário da Batalha Naval do Riachuelo. (Pedro Rezende/ Paloma Mesquita) ● Um almoço 5 estrelas ● O Presidente da ADESG, entrega estatueta, Guerreiro Adesguiano, ao Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Moura Neto Foto: Jocimar Pequeno Antes do almoço o Hino Nacional Foto: Jocimar Pequeno O Almirante-de-Esquadra Moura Neto entrega uma placa de agradecimento da Marinha ao Presidente da ADESG Foto: Jocimar Pequeno O Brigadeiro Hélio Gonçalves, Presidente da ADESG com seus convidados Foto: Jocimar Pequeno Foto: Jocimar Pequeno O Presidente do Clube Naval, Almirante Veiga Cabral, presente no almoço Foto: Jocimar Pequeno Foto: Jocimar Pequeno General Glênio Pinheiro e membros do Corpo Permanente da ESG Foto: Jocimar Pequeno lou sobre a importância da ajuda que a Marinha está propiciando a sua administração, principalmente em eventos culturais, quando recentemente alguns membros da Força Naval tiveram uma importante participação no seminário sobre “ A Segurança e a Defesa no Atlântico Sul”, realizado no Instituto Cultural da Aeronáutica, em maio último. Hélio Gonçalves disse também que a ADESG tem uma programação sobre as atividades alusivas aos 60 anos da instituição, e gostaria que uma apresentação da Banda Sinfônica dos Fuzileiros Navais fizesse parte das comemorações. Por fim, entregou ao Almirante Moura Neto, a estatueta do Guerreiro Adesguiano, como um forma de agradecimento à consideração que a Força Naval tem pela ADESG, que foi fundada pelo Almirante Benjamim Sodré, em 7 de dezembro de 1951. O Almirante Moura Neto agradeceu a homenagem , e parabenizou a Instituição pela demonstração de luta intensa na obtenção de uma sede própria, e que também se empenhará nesta luta auxiliando os adesguianos no que estiver ao seu alcance .O Comandante da Marinha deixou clara a sua boa impressão sobre a ADESG, atestando que é um lugar onde se estuda a Nação e seus problemas. Em seguida, Moura Neto falou sobre sua preocupação com a Marinha do futuro e que os projetos e investimentos em em andamento pela Força Naval não podem parar. Citou ainda entusiasmado o Programa de Desenvolvimentos de Submarinos, o PROSUB, que consiste na produção de um submarino movido à energia nuclear e mais 4 de propulsão convencional. A embarcação propulsionada por força nuclear vai se chamar “Almirante Álvaro Alberto”, uma justa homenagem ao homem que implementou o Programa Nuclear Brasileiro. Na opinião dele o sucesso deste programa vai proporcionar Foto: Jocimar Pequeno O dia 30 de junho de 2011 certamente entrará para a história da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Aproveitando o tradicional almoço da última quinta-feira de cada mês, no Clube da Aeronáutica, no Rio de Janeiro, a ADESG realizou uma homenagem à Marinha do Brasil, pela passagem do 146º aniversário da Batalha Naval do Riachuelo. Como representantes da Força Naval estiveram presentes o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; o Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra João Afonso Prado Maia de Farias; Diretor Geral de Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos; Comandante Geral do Corpo de Fuzileiros Navais, Almirante-de-Esquadra (FN) Marco Antonio Corrêa Guimarães; Comandante do 1º Distrito Naval, Vice-Almirante Carlos Augusto de Souza; Comandanteem-Chefe-da-Esquadra, Vice-Almirante Wilson Barbosa Guerra; Presidente do Clube da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista; Coordenador Geral do Programa do Submarino Nuclear Brasileiro, Almirante-de-Esquadra José Alberto Accioly Fragelli; Presidente do Clube Naval, Vice-Almirante Ricardo Antonio da Veiga Cabral; Diretor de Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha, ViceAlmirante Armando Senna Bitencourt ; Deputado Estadual Flavio Bolsonaro; Diretor da Transpetro Rubens Teixeira e demais adesguianos e convidados. Após a execução do Hino Nacional Brasileiro, o almoço foi servido, tendo como pano de fundo a inspiradora Baía de Guanabara. No decorrer do evento, o radialista Gerdal dos Santos fez um breve relato sobre a epopéia da Marinha na Batalha Naval do Riachuelo e também das suas atividades atuais. No texto do Brigadeiro Hélio Gonçalves fa- Deputado Estadual Flavio Bolsonaro e o Diretor da Transpetro Rubens Teixeira O Presidente da ADESG, agradece a presença dos Almirantes: João Afonso Prado Maia de Farias, Arthur Pires Ramos e Marco Antônio Corrêa Guimarães