Are youready for Vegas?

Transcrição

Are youready for Vegas?
The Portuguese Language Division of the American Translators Association presents
volume xv |
Are
you
inside
2
4
5
5
6
7
8
10
11
16
PLData
From the PLD board
Ligeiro e lépido
A deliciosa tradução
de gastronomia
Dicas para Trados
Translators as editors
Canto legal
Nautical imagery
on everyday Portuguese
Viva Las Vegas
Manual de sobrevivência
na selva de néon
Vírus papyrus
ready for
| issue 1 | february 2006
Vegas?
April 28 and 29th, 2006
XI Spring Meeting of the
Portuguese Language Division
Together with the Spanish Language Division of the ATA
Las Vegas, Nevada
Hotel New York, New York
PLData | 1
| expediente |
administrator’s corner
PLData | PLData | PLData
Volume XV | Issue 1 | February 2006
Editor and Proofreader
Clarissa Surek-Clark
Assistant Editor
Nelson Laterman
DTP
Cassiano Surek ([email protected])
PLDATA IS A QUARTERLY PUBLICATION OF THE
PORTUGUESE LANGUAGE DIVISION (PLD) OF THE AMERICAN
TRANSLATORS ASSOCIATION.
Administrator
Clarissa Surek-Clark
Telephone | 541-278-8648
Email | [email protected]
Web | www.portugueselinguist.com
Assistant Administrator
Nelson Laterman
Telephone | 604-448-9140
Email | [email protected]
Web | www.necco.ca
Secretary
Scott Anderson
Telephone | 353-376-0799
Email | [email protected]
Treasurer
Lilian Jiménez-Ramsey
Telephone | 260-625-4741
Email | [email protected]
Webmaster
Nelson Laterman
Email | [email protected]
The statements made and the opinions expressed in the PLData are
strictly those of the authors and do not necessarily reflect the opinion
or judgement of the PLD, PLData, its editors or officers.
We welcome submission of articles or materials for publication via email,
fax or snail mail.
O tempo voa e Seattle já se transformou numa
saudosa lembrança. Dou-me conta que virei
veterana no ramo quando o ponto alto do ano é
passar uns dias com o mínimo de sono possível
ao redor dos colegas que sentem na pele a nossa
opção de vida como tradutor. Troca de idéias,
aprendizado nas palestras e seminários de préconferência ministrados pelos nossos exímios
colegas, gente nova, networking com clientes, uma
guaribada nas novidades tecnológicas ao nosso
dispor, a camaradagem robusta que só se cria com
os anos de convivência profissional com alguns
colegas. E claro, a “tocha” (e o escudo) da PLD a
mim entregues com a confiança de todos vocês.
Não faltou mais nada.
O velho tempo, ele brinca conosco. As coisas
mudam e nós em constante aprendizado, tratando
dos desafios. Ao analisar a situação atual do
mercado de tradução nos nossos idiomas dentro
dos Estados Unidos, sinto-me como o Rip van
Winkle ao acordar de um sono que perdurou cinco
anos. A globalização é um fato irreversível, e cabe
a cada um de nós reinventar a maneira pela qual
continuaremos tradutores.
Conforme comentamos na reunião da PLD em
Seattle e como muitos de vocês devam ter notado
na renovação de sua adesão à ATA, tornaram-se
verdade as mudanças realizadas pela ATA com
relação a divisões. Por um preço módico, podemos
participar de uma ou de todas as 13 divisões dentro
de nossa associação profissional. Pela ótica
institucional, a principal novidade é a divisão
enfrentar a falta de um orçamento anual
autônomo. Estamos nos acostumando a essa nova
maneira de planejar nosso mandato. Em
decorrência da flexibilidade na escolha de divisões,
há a adesão por parte de colegas que talvez
considerem a PLD um valor agregado à sua
associação à ATA, e não necessariamente a sua
opção primordial. Com o auxílio constante dos
colegas da nossa diretoria, nosso papel é
proporcionar o nível de serviços aos quais nossos
membros já estão acostumados e, ao mesmo
tempo, tentar manter o interesse dos novatos na
divisão, mesmo os que não participem ativamente.
(Na linguagem popular, fazer das tripas coração e
não deixar a peteca cair).
Conseguimos colocar em funcionamento o
listserv PLD-Online, onde esperamos encontrá-los
virtualmente. O futuro promete, com a conferência
da PLD em Las Vegas em abril, em conjunto com
a Divisão de Espanhol, onde temos a expectativa
de contar com a presença de muitos de vocês.
Esta edição do PLData inclui informações sobre a
conferência, que serão atualizadas através do site
da PLD e da lista PLD-Online.
A PLD é de todos nós, portanto desfrutemos
do que podemos construir juntos.
Sala kahle*,
* Em zulu, uma das 11 línguas oficiais da África do Sul, é o
cumprimento utilizado para se despedir, significando “fiquem bem,
passem bem”.
Members of the Portuguese Language Division of the ATA receive this
newsletter free of charge as part of their affiliation to the Division.
Non-members may subscribe to the newsletter for US$10.00/year.
The Portuguese Language Division is a non-profit organization
and a division of the American Translators Association
225 Reinekers Lane, Suite 590
Alexandria, VA 22314
Telephone 703-683-6100
Fax 703-683-6122
http://www.atanet.org
www.ata-divisions.org/PLD
Rates for Advertisement
Full page (7.5 x 9.75 inches) = US$100
Half page (7.5 x 4.87 inches) = US$75
¼ page (4.75 x 4.87 inches) = US$50
Business Card (9 x 6 inches) = US$12
From the ATA Director Boris Silversteyn
At the meeting on January 28 the ATA Board
approved the following motions, proposed by
Dorothee Racette, Nicholas Hartmann and
myself, regarding continuing education
requirements: to instruct the Continuing
Education Requirements Committee to conduct
a general review of CE requirements and submit
its first findings report in time for the Board to
take action, if applicable, at its meeting in April,
2006; to instruct the Continuing Education
Requirements Committee to review the
maximum CE points that can be earned in each
category, and propose changes as applicable
with the first proposals by the April Board
meeting; and to approve a one-time extension
of the present deadline (January 1, 2007) for
accumulating sufficient CE points to July 1,
2007.
PLData | 2
Notes from the Assistant Administrator
Update on webinars
As we had discussed in Seattle, we are looking
for a way to present web seminars to our
members. Unfortunately, NYU is not able to allow
us to use their system for our webinars. So, we
are searching for other ways to handle them. It
seems that webinars for less than 10 people are
inexpensive and easy to handle, while for more
than 10 people they are more expensive and
focused on big corporations. Technically, I believe
we need a commercial provider, as it would be
too much traffic for peer-to-peer connections.
Below are some of the alternatives we have found
so far:
I do not believe it will be a high-volume list;
nevertheless it will work as a point of contact for
members. There are other Portuguese language
lists, but they are not focused on our membership.
Members should receive an invitation to join
our group shortly. The name of the group is PLDataOnline. Its home page can be found at:
http://groups.yahoo.com/group/PLData-Online/
Yahoo has a feature that allows you to receive
only “Special Notices.” That is, if you want to avoid
the discussions and clutter your inbox, just sign
to receive “Special Notices” (events calendar,
notification of a new PLData, etc.).
In your Yahoogroups page, go to My Groups,
then Edit My Groups and select Special Notices
under Message Delivery.
http://www.onconference.com/
https://www.gotomeeting.com/
http://www.conferencecall.com/
Keeping in touch
At the ATA meeting, it occurred to me
that you might be interested in sharing the
"how to" and where of ways we use to keep
in touch and-up-to-date with events and
language in our counterpart countries.
What are the different ways of connecting
among the Lusophone countries and with
the US? This might include: talking over the
Internet or by phone; web sites with current
news from newspapers and magazines;
websites and other ways to receive radio and
TV programs; where and how to get cheap
plane fares; and more ...
What topics are of most interest to you?
We can select one to cover in the next issue
of PLData and then ask you to send the PLD
editors your dicas on the topic to be covered.
We hope to hear from you.
If you want to comment on them or know of
any other alternative, please let us know.
Trados, Déjà Vu, and Word
There will be plenty of “technological” sessions
in Las Vegas. The SLD/PLD meeting is able to offer
more than what would be possible for us alone. At
this point, there are some interesting hands-on
sessions planned: Trados Basic, Trados Advanced,
Déjà Vu Basic, and Word. And more to come—
stay tuned.
Yahoo Group
We are creating a Yahoo Group for our
members.
Purposes of the group:
• To send reminders to PLD members about
events and activities of the division
• To discuss/clarify ATA and PLD policies that
affect members
• Answer questions from members about
anything related to the PLD
• Translation/Software help to members, from
members
From the Treasurer
Confissões de uma novata em Seattle
Já se passaram onze anos desde que me
associei à ATA e Seattle foi a minha primeira
reunião anual. Inaceitável! Penso o quanto perdi
nesses anos todos, oportunidades de poder fazer
ótimas amizades, estabelecer contatos
profissionais e passar momentos inesquecíveis.
Timidez, insegurança e temor a enfrentar o
desconhecido no meio de mais de mil pessoas
me fizeram permanecer num comodismo do qual
muito me arrependo.
Devo admitir que ter comparecido às reuniões
da PLD foi essencial para deixar de lado os temores
e tomar a decisão de ir a Seattle. A experiência
em si foi muito positiva. Revi velhos amigos, fiz
novas amizades, estabeleci contatos profissionais
e conheci pessoas incríveis. Conclusão: não quero
perder mais nenhuma reunião anual da Associação.
Com estas declarações pretendo incentivar os
indecisos a comparecer às reuniões da PLD ou da
ATA. Somente com a ativa participação dos sócios
é que conseguiremos crescer e multiplicar os
benefícios destinados a cada um de nós e
fortalecer a nossa profissão neste país.
Gostaria de finalizar manifestando meu
agradecimento pela confiança demonstrada com
os votos que recebi para representar a nossa
Divisão como Tesoureira. Agora o negócio é por
mãos à obra. Esperamos vê-los em Las Vegas, na
reunião conjunta da PSD e da PLD nos dias 28 e
29 de abril deste ano.
PLData | 3
Ligeiro e lépido
J Henry Phillips
“Metade das malas e o dobro do dinheiro” é o
lema de quem viaja bem. O discernimento do
intérprete também se aplica à escolha do
ferramental. Dicionários pesados devem ficar em
casa juntinho da mala sem alça. O ideal é a maleta
mágica do Gato Félix, cheio de coisas que ao
menos poderão ser de alguma ajuda Quem forma
o hábito de preparar glossários especializados
chega bem preparado na hora da conferência. Mais
vale um glossário específico da matéria em pauta
— mesmo impresso em poucas folhas — que
qualquer livro que existe. Na leitura préconferência, aproveito e atualizo os glossários
relevantes, fixando na mente as soluções.
Os PDAs de bolso permitem carregar vários
glossários. Se na saída para o aeroporto chegou
por e-mail alguma apresentação em Word, ou
formato PDF, este pode ser lido durante o vôo ou
mesmo à mesa mais escura do restaurante. Existem
até carregadores portáteis que funcionam com o
isqueiro do carro para recarregar a bateria do PDA.
Para enfrentar aeroportos, navegar pelo hotel
e chegar sem demora ao local de trabalho, o estojo
do intérprete deve ser pequeno e leve. Para ajudar
na sua função principal, que é de entender, nada
mais indicado do que um auscultor (headset em
português) e uma coleção de plugues adaptadores.
Nunca se sabe que tipo de equipamento os
técnicos vão arrumar, e às vezes arrumam
equipamento que nem funciona. Vale a pena
carregar um conjunto de transmissor e receptor
portáteis. O transmissor você pendura no
conferencista e o receptor colocará sua voz no
seu ouvido. Um receptor extra serve também para
captar a tradução feita pelos colegas de outro
idioma, como espanhol, o que muitas vezes é uma
grande ajuda. Os radinhos da Williams Sound são
úteis e accessíveis, mas a Sony também fabrica
um sistema de microfone ultraleve e barato, o WCS
999, que cabe no bolso do paletó. O volume
desses sistemas de pilhas nunca é muito bom,
mas isso também dá para ajeitar.
Um gravador de fita-cassette serve como
amplificador para o rádio receptor. Um cabo
conector macho/macho liga o receptor à entrada
(Line ou Mic) do gravador, e o headset do intérprete
recebe o sinal amplificado diretamente do plugue
de saída (“ear” em japonês) do mesmo gravador.
Esses gravadores até funcionam sem a fita se abrir
um pouco a tampa e apertar com lápis uma
pequena chave que a fita cassete normalmente
aciona — isso ao apertar o botão vermelho de
gravar (“rec” em japonês). É claro que o gravador
traz a vantagem adicional de servir como gravador
em fóruns menos
paranóicos. Para quem
traduz o mesmo grupo de
tempo em tempo, é
vantajoso ouvir a
gravação de uma
apresentação anterior
para refrescar a memória.
Toda essa versatilidade
pesa menos que 200 g
com bateria e tudo.
Conseguir enxergar
também ajuda bastante
na compreensão, fato que
raramente ocorre às
pessoas que colocam a
cabine do intérprete longe
do pódio. As apresentações em PowerPoint estão
sempre sofrendo mudanças de última hora, e os
apresentadores raramente seguem a ordem das
páginas numeradas. Usam letrinhas miúdas, que
mesmo ampliadas na tela são difíceis de enxergar
de longe. Nem sempre sabem usar o microfone ou
falar com clareza. Nesta hora o melhor amigo do
intérprete é um pequeno telescópio que cabe no
punho da mão e custa menos que US$20. Com
isso você não só acompanha em tempo real o texto
da apresentação na tela, como também faz a leitura
da expressão e dos lábios do palestrante. O
intérprete que consegue ouvir a voz e enxergar
direito o conferencista e seus dados de
apresentação ao menos terá condições de cumprir
seu papel.
O peso total desses quatro itens — PDA,
sistema de rádio, gravador e monóculo — é menos
que um quilo. O custo total nem é tanto assim.
Pelo sistema de rádio você pagará 100 dólares
(da Sony) ou 200 a 300 dólares (usado da Williams
Sound). Os PDAs custam em torno de US$300, o
monóculo entre 10 e 20 dólares, um headset você
arruma entre 10 e 50 dólares e um gravador portátil
da Sony custa menos de 20 dólares. O
investimento médio é de US$400. Antes ter e
não precisar do que precisar e não ter.
Existe sempre a possibilidade de o intérprete
ter que dividir o trabalho com aquela famosa figura
da nossa profissão, o famigerado Mike Hog. A cura
para quem não se manca na hora de largar o
microfone é o reloginho da Ikea, que custa uns 4
dólares. Mostra temperatura, mede ciclos, tem
despertador, faz contagem regressiva e é menor
que um maço de cigarros. O mostrador é fácil de
enxergar, e se o Mike Hog fizer vista grossa, toca
um despertadorzinho. A Casio fabrica um relógio
receptor com cabo, gravador e headset
de pulso que também funciona como timer de
contagem regressiva, mas custa uns US$40 e é
mais complicado.
É bom carregar um lápis e caderno de
taquigrafia para anotar os chavões e vocabulário
novo. Vale a pena ter uma lanterninha, óculos e
canetas extras, calculadora ou régua de cálculo e
uma folha de conversões de temperaturas e
unidades de medida. Ter crachá de intérprete e
cartão de visita com o número do celular já gravado
ajuda a evitar aquele problema do intérprete que
ninguém consegue achar. Um colega me ensinou
a usar colete de fotógrafo para juntar essas
tranqueiras todas nas viagens; custa sete dólares
e tem bolsos para malocar tudo. Para completar
o kit, uma mochila a tiracolo junta as peças
maiores e deixa as mãos livres para puxar a mala
de viagem e lidar com botões de elevador.
O intérprete prevenido vale por dois. Se o
conferencista é famoso, é fácil encontrar na internet
alguma coisa da sua autoria. Assim você se
familiariza com o ponto de vista da pessoa e sua
maneira de tecer os pensamentos em frases —
mesmo se o figurão não lhe fornecer o material da
palestra. Adianta reclamar? O intérprete profissional
é aquele que acompanha o ritmo do apresentador,
custe o que custar. Observe também que mesmo
que o palestrante reduza o ritmo durante alguns
minutos, rapidinho esquecerá do intérprete,
retomando seu compasso natural. Nesse momento
o que ajuda o intérprete são as informações que
traz na cabeça e não debaixo do braço. É com esse
pensamento que escolho o conteúdo da maleta
mágica, para que não se transforme em mala sem
alça. Quem quer ser contratado uma segunda vez
como intérprete simultâneo de conferência faz o
necessário para se tornar ligeiro e lépido.
PLData | 4
A deliciosa tradução da gastronomia
Carla Ball
Quando comento com colegas que não fazem
parte do nosso círculo de tradutores, e mesmo
com colegas da profissão, que faço tradução de
cardápios para companhias aéreas e marítimas, a
resposta é sempre a mesma, ou seja, uma reação
surpresa.
Nos últimos 12 anos, tive a oportunidade de
também me especializar na tradução da gastronomia.
Há alguns anos comecei a trabalhar com a
Isabella Laterman, que, com a esmerada atenção
que dá aos pequenos detalhes das traduções, fui
percebendo a complexidade que envolve este tipo
de tradução. É bom lembrar que traduzir cardápios
é um projeto contínuo, tanto para o cliente quanto
para o tradutor, pois a troca de pratos/cardápios
é uma constante neste setor.
A princípio, traduzir um cardápio parece ser
muito simples. No entanto, os desafios começam
na ordem das palavras, regionalismos, termos
importados do francês que não devem ser
traduzidos, além do estilo de cada cliente.
O desafio maior, sem dúvidas, é traduzir
peixes. Quando for necessário traduzir um nome
de peixe, não se deve esquecer do local onde o
peixe é pescado e a língua-alvo, pois isso terá
uma influência muito grande. A denominação em
latim nos ajuda muito na decisão final da tradução.
Como referência, utilizamos os sites:
http://www.hafro.is/ordabok;
h t t p : / / w w w . b a a d e r . c o m / with egg yolk and coconut) e ao pastel de natas,
fish_dictionary.121.0.html;
tradicional sobremesa portuguesa.
h t t p : / / w w w. f i s h b a s e . o r g /
Alguns termos franceses já são tão conhecidos
search.php?lang=English;
mesmo no mundo dos leigos na gastronomia que,
http://home.clara.net/rabarker/PEIXE-RE.htm. se fossem traduzidos, não seriam compreendidos,
A ordem das palavras traduzidas é muito como é o caso de meunière (um tipo de preparo à
importante para o cliente não pensar que está comendo base de farinha de trigo), gratiné (gratinado), filet
“gato por lebre”. No exemplo fillet of fish seasoned with mignon e soufflé.
bacon and thyme and [offered] with seven grains, white
Apesar de tentarmos sempre traduzir todos os
asparagus and mushroom, sabemos que o peixe é termos culinários possíveis para não deixar o cardápio
temperado com bacon e tomilho e acompanhado de multilingüístico, nem sempre isso é possível. Por isso,
sete tipos de cereais, aspargos brancos e cogumelos, precisamos ter um cuidado especial com a grafia
apesar de o verbo “offered” ter sido omitido. As correta dos termos estrangeiros deixados sem
omissões dos verbos “acompanhado de, servido com, tradução. Os chefs são muito bons cozinheiros, mas
oferecido com” geralmente ocorrem por falta de espaço nem sempre sabem a grafia correta dos termos. Como
na linha. Porém, não devem ser omitidos na tradução referência para ortografia, recorremos ao Food Lover’s
para evitar passar uma idéia errônea do prato que será Companion, um excelente dicionário inglês-inglês de
termos culinários.
servido.
Os regionalismos são bastante interessantes,
O outro lado bom de traduzir cardápios é que
principalmente quando se trata das frutas
tropicais, doces típicos brasileiros e até mesmo nunca engordamos!!!
portugueses. Por exemplo, quando
o doce de cupuaçu é mencionado
Outros sites de referência são:
em um cardápio, geralmente
traduzimos regional dessert
www.geocities.com/vertaalguy/Lexicofoodcuisine.htm
prepared with cupuaçu fruit, ou
www.ethnicgrocer.com/
simplesmente regional dessert. O
www.mhr-viandes.com/en/docu/docu/d9000003.htm
mesmo caso se aplica ao delicioso
quindim (Brazilian dessert prepared
Dicas para o Trados
Thelma L. Sabim
Se quiser que o Trados “pule” partes do texto num arquivo, primeiro defina no Word um estilo
para esta parte do texto. Por exemplo, mudar a fonte para itálico, ou negrito.
Abra o documento no Word, clique em Format, Style, depois em New Style. Dê um nome para
este estilo, como Tradospular, depois clique no rodapé da caixa, em Fromat e Font. Selecione itálico.
Após criar o estilo, selecione o texto e aplique este estilo.
PLD no Orkut
Agora a PLD já marca presença no Orkut,
na comunidade "Portuguese Lang Division ATA".
Confiram!
http://www.orkut.com/
Community.aspx?cmm=7462198
A seguir, vá para o Trados e clique em Settings. Lá tem uma opção para Non-translatable
paragraph. Na caixa da direita, abra o documento. Ali vai aparecer todos os estilos do documento.
Selecione Tradospular para que esta opção passe para a caixa da esquerda onde diz “Do not
Translate”.
Ao fazer a tradução, o Trados deixa de lado a parte definida com o estilo Tradospular.
PLData | 5
Translators as Editors
Jantar da Divisão
Thelma L. Sabim
Painel apresentado na reunião da ATA em Seattle; organizado pela Ralph McElroy, que convidou também
Miki Sato Allen – tradutora/editora do inglês>japonês e Gerhard Preisser – tradutor/editor do inglês<>alemão.
There are different definitions for editor,
reviser, copyeditor in the translation industry. For
the sake of this presentation we will use editor
as the professional translation who main task
is...”to ensure accuracy”.
Why is editing necessary? Because the
translator may misunderstand the source text;
omit words, sentences, paragraphs; use an
improper language register and... because it is
easier to spot mistakes in somebody else’s work.
To work as an editor it helps to understand
the roles in alternative editing scenarios: translator
will get back editor’s remarks; editor will have
the final ‘word’ or a team of translators/editors
working with pre-approved terminology.
Then, decide whether you want to be an
architect — read the target text, research
terminology then start the editing – or a brick
layer – start comparing source x target and solve
the problems as you go... or both. Whatever your
decision, run the speller BEFORE editing the text
(you will not get distracted correcting misspellings)
and BEFORE sending out the file.
Besides the main tasks – to check accuracy,
completeness, smoothness, customizing or
localization and layout – the editor will have to
define the priority of revision and changes. For
example, if you know that the client will work
with the layout, formatting should not be the
priority. One important aspect is recognize and
respect personal style of writing. Keep in mind
that the translation is already done. Even if your
version will be ‘better’, if the translator’s version
is accurate, do not spend time changing it¹
It is hard to overcome our own habits and
preferences. Change ‘what is necessary’... but
when are changes necessary?
QUEM SE
HABILITA?
When you...
- cannot understand the translation without
the source text;
- need to read the sentence twice to
understand it correctly
The question is not... ‘HOW do I improve it, but
do I NEED to improve it?
Try to avoid too many changes (over-editing),
unnecessary changes, wasting time and
complicating relationships. Some translators are
unable to accept correction. If the translator has a
good counter-argument and you are wrong, admit
it and move on.
Your goal as an editor is accuracy rather than
perfection. The document needs to be accurate
from the first page to the last one. What’s the use
of a perfect revised translation if you run out of
time to check the last three pages?
Keep in mind that the translator may have
access to reference material like previous job or
client’s glossary. Or he/she may know more the
industry jargon.
Now, if the reference material contains errors
– what to do? Ask the client.
Also, when you cannot solve problems
regarding the text, are not sure about the
translation or have two different interpretations –
ask the client or the translator, if you know who
this person is.
And finally, remember to make time to check
your own changes!
When in doubt....don’t change it¹ Correct (when
necessary) and improve (where you can).
Recommended sites to visit:
www.editors.ca/web/resource.htm
www.plainlanguage.com
www.stjerome.co.uk
New Orleans à vista, de 1o a 4 de novembro próximo. Gostaríamos de poder contar
com cerca de 20 apresentações inscritas pela PLD, e para isso, precisamos da sua
participação! O prazo para resenhas (“abstracts”) das palestras é 10 de março. Dúvidas?
Entrem em contato com a Clarissa.
PLData | 6
| canto legal |
Enéas Theodoro Jr. e Felipe Bocardo Cerdeira
Chinese Court rules Lacoste shirt-maker must pay US$1 million in damages to a Singaporean-based company for copyright infringement.
Afterall, their logo is a crocodile, and yours is an alligator… (Now, legally speaking, is that a crock??)
Propriedade Intelectual - Parte II
Com a globalização cada vez mais uma
realidade inarredável, uma questão muito em voga
diz respeito aos direitos autorais e sua proteção
em âmbito mundial, mormente com o advento da
Internet. Para quem trabalha com Legal Translation,
então, assistimos a um verdadeiro desenho
animado, cheio de piratas, suas vítimas e pseudovítimas, tendo o crocodilo da Propriedade
Intelectual circundando seus buques, com o tictac que perdura até que o objeto do direito caia
no domínio público.
Ademais, a imprensa em geral contribui para
aumentar a confusão, como no caso da introdução
acima sobre as camisas Lacoste. Misturam-se
alhos com bugalhos, e o tempero resultante
apimenta a ignorância geral sobre o tema.
Copyright refere-se a direitos autorais (ou a pelo
menos uma pequena porção deles, como veremos
abaixo). Não há que se misturar uma logomarca
com copyright. As logomarcas são criações
industriais que identificam produtos e são
protegidas pelo Direito da Propriedade Industrial,
mais especificamente o registro de marcas. Muitas
vezes a confusão envolve também as patentes.
Por isso, hoje falamos dos direitos autorais e
alguns de seus aspectos que nos envolvem
diretamente na hora da tradução. Começando com
"direito autoral", que, conforme muitos já, sabem,
não é copyright.
O que é copyright? Bom, é fácil, direito sobre
cópias. Partindo desse ponto, tudo parece muito
simples, assim como o é do ponto de vista do
Direito Anglo-Saxão, o copyright, o direito autoral
na sua mais simples concepção: o direito de cópia.
Mas, todavia, porém, contudo, entretanto, fugindo
da corrente, que não é a predominante, a anglosaxã, temos que pensar na corrente européia/
brasileira (a predominante), onde o direito autoral
é grana (pecuniário) e moral.
Tecnicamente, o direito autoral está dividido
entre o direito patrimonial e o direito moral. No
direito patrimonial podemos incluir o tal do
copyright, enquanto no direito moral incluímos
valores, valores de verdade no sentido moral.
Quanto vale a integridade de uma obra? Quanto
vale o nome do autor estar sempre associado à
sua obra? Nesses mesmos direitos morais estão
incluídos os direitos sobre uma tradução.
Além disso, se os direitos patrimoniais são
válidos por 70 anos após a morte de seu autor
(eram 50, mas foram feitas mudanças de acordo
com as conveniências de certos grupos
econômicos), os direitos morais são eternos.
Ninguém, dizemos, ninguém, sem prévia
autorização, pode sequer alterar uma vírgula de
um texto, seja ele de J. D. Salinger, Machado de
Assis, ou nosso. Esse é nosso bem, o nosso
patrimônio. Um filho, uma árvore e um livro.
Garantido por direito, no nosso livro ninguém pode
mexer sem nossa prévia autorização.
Terminologia
Copyright - Corresponde a direitos
patrimoniais de autor ou direitos de reprodução.
Infringement - Corresponde à contrafação,
porém, um copyright infringement seria mais
propriamente traduzido como infração de direito
autoral.
Performing artist - Intérprete. O exato termo
da Lei de Direitos Autorais do Brasil é artista
intérprete ou artista executante. A inclusão do
termo "artista" afasta qualquer confusão com os
nossos colegas intérpretes não artistas (que na
verdade o são e muito, pela dificuldade e nível
intelectual que a profissão exige).
Related rights - Direitos correlatos ou direitos
conexos. A definição é da própria Lei de Direitos
Autorais. São direitos que se assemelham, por lei,
aos direitos autorais, incluindo os direitos dos
artistas intérpretes ou executantes, dos produtores
fonográficos e das empresas de radiodifusão.
National Copyright Office - Órgão responsável
pelo registro de direitos autorais em determinado
país. No Brasil, existem dois: a Fundação Biblioteca
Nacional (responsável pelo registro de livros, letras
de músicas, etc.) e a Escola Nacional de Belas
Artes (pinturas, gravuras, esculturas, etc.). Nos EUA,
o órgão responsável é o Library of Congress
Copyright Office.
Copyright Trivia
A character could be protected under
copyright if it is an original expression of an author's
spirit. It must be a creation of his spirit that is put
into a media that allows duplication. That is exactly
how and when a "Copyright" (we should say
Author's Rights here) is born.
•
• Computer programs (software) could be
protected by copyrights, whereas apparatus
(hardware) using software or software-related
inventions should be protected by patents.
• The Birthday Song was written by two
sisters from Kentucky as a cheering song for school
children ("Good Morning to All"), appeared
unauthorized in a Broadway musical in 1931 with
"birthday lyrics" and, later, when Irving Berlin used
it in another musical, a third sister sued and won
the right to a copyright. It is now presumably
owned by a large corporation and brings in about
$2 million in royalties each year.
Enéas Theodoro Jr. é tradutor na área do Direito e
intérprete judiciário, presidente da TransSEND
Translation Services, Inc., em Tucson, Arizona.
E-mail: [email protected]
Felipe Bocardo Cerdeira é advogado militante na área
da Propriedade Intelectual e sócio do escritório Tragante e
Cerdeira Advogados Associados em São Paulo, SP, Brasil.
E-mail: [email protected]
PLData | 7
Nautical imagery in everyday Portuguese
Tom Moore
Every culture and every language lives not
only through its concrete vocabulary, but most
vividly through its stock of poetic imagery and
metaphor (the most compelling imagining of
this may have been that episode of Star Trek:
The Next Generation, where Captain Picard
was literally unable to communicate with an
alien until he began to inhabit the other’s
references to literature and myth). And, of
course, the imagery and metaphors vary
depending on the physical (and metaphysical)
circumstances of the culture involved.
Portugal, like England, was a great-seafaring
nation - a small strip of land on the Atlantic
taking for its own the seven seas, bequeathed
a language full of maritime expressions to its
most important colony, Brazil, and the Brazilian
popular vernacular still smacks of the sea.
Every Brazilian knows that
“Navegar é preciso” (Navigating is
necessary), and usually identifies
this with Camões, the great
Baroque poet of the Portuguese
sea voyages of the early modern
age, when Brazil was discovered
(the full expression actually goes
back to the Roman general,
Pompey, who said Navigare
necesse est, vivere non est
necesse!” (Navigating is
necessary, life is not necessary!).
The formulation is echoed
elsewhere in everyday language,
for example in the motto “Resistir
é preciso!” (“Resistance is
necessary”) of the MV-Brasil (the
Movimento Pela Valorização da
Cultura, do Idioma e das Riquezas do Brasil Movement for the Preservation of the Culture,
Language and Riches of Brazil). And the trials
and tribulations of the storm-tossed caravel
on the open ocean (or near the treacherous
reefs and rocks of the coast) still serve to
describe daily life on land in Brazil. When
something is going well, you can say that “vai
de vento em popa” - literally, the wind is
directly astern (behind the poop, the elevated
area at the stern with the captain’s quarters),
filling the square sails of the caravel, which
sailed most effectively downwind. Of course
a Brazilian proverb, still widely used, tells us
that “De nada adianta o vento estar a favor
se não se sabe pra onde virar o leme” (“It’s
no use to have a favorable wind if you don’t
know which way to turn the steering oar
(leme)”), or in everyday terms, “it’s no use
being lucky if you don’t know what to do with
it”. The Brazilian household is like a ship and
its crew, with the man at the helm, of course.
As the proverb has it “Mulher à vela, marido
ao leme” - “Wife at the sail, husband at the
tiller” - a team, working together, but with
the husband giving the direction.” And a
woman without a husband is directionless “Mulher sem marido, barco sem leme”, and
not only that in grave danger, since another
proverb tells the Carioca that “Navio sem leme,
naufrágio certo” (“Ship without a tiller is a
shipwreck for sure). This is not to say that the
role of tillerman (for the husband ) is all cakes
and ale, since it is his responsibility to keep
the ship safely on course, without letting it
founder in open waters, or run aground - and
one who doesn’t want to suffer at the tiller,
has to suffer on the rocks (Quem não quer
sofrer o leme, tem de sofrer o escolho).
A nautical metaphor which has gone so
deep into Brazilian language that most
Brazilians have forgotten its watery origins is
the expression “à toa” or “à-toa”, which has
come to have a broad spectrum of meanings.
The literal meaning is “under tow”, that is a
ship with no sails raised, no motion of its own,
not setting its own course, only moving
through the water because there is a tow rope
pulling it along. Figuratively it has come to
mean things like “at random”, “whatever”,
“worthless”, “careless”, “thoughtless”,
“useless”, “unemployed”. Originally these
meanings were overwhelmingly negative and
pejorative, but the stigma has weakened over
time, due to the malandragem of the carioca
and the relaxed attitude of the
Brazilian hippie of thirty years
ago. Uma coisa à-toa is
something insignificant, not
worth worrying about (“Não se
irrite por uma coisa à-toa”, “don’t
get irritated for no reason”), but
signficiantly “coisa à-toa “ is also
synonymous for “woman” (who
as we saw above, is adrift
without a man giving direction).
And even worse, a “mulher à-toa”
is one of the many ways to say
“prostitute”.
More recent song lyrics show
the positive side of being “à toa”
- that is being open to change,
to moving in new directions, to
being Zen. Caetano sings “
Rapte-me camaleoa / Adapte-me a uma cama
boa / Capte-me uma mensagem à toa / De
uma quasar pulsando loa / Interestelar
canoa.... and Chiclete com Banana (axe music
from Bahia) sings, in what would be a literally
impossible verse “Navego à toa numa boa,
navego no seu doce sorriso” (literally: “I
navigate while being towed”, but figuratively
“I am sailing along as happy as can be, I am
sailing along on your sweet smile”). On the
other hand, Alceu Valença, though he lives in
Rio, maintains the older, negative sense, in
his song Longe Demais
“Longe demais você está indo
Com um apetite voraz
Caminha sem nenhum sentido”
(“You are going too far, with your voracious
appetite, going without direction”)
PLData | 8
Nautical imagery in everyday Portuguese
(continued)
“Você está indo bem mais que à toa” (You are
much more than adrift,
i.e., you are going completely in the wrong
direction).
Once your ship has run aground, hit a reef,
it is encalhado (literally, on a rock), it is stuck,
not going anywhere. Both men and women
can be encalhado, but it is more frequently
said of women. A mulher encalhada is single,
and procurando uma aliança para ganhar de
prêmio um macho para desencalhar (looking
for a wedding ring so that she can win a man
to get her off the rocks), from the usual macho
point of view, a view only reinforced by the
site of Singles by Choice
(www.solteirosporopcao.com.br), which opines
that “mulher encalhada é aquela que encalhou
em algum marido porque não
tem coragem de ficar sozinha”
(an encalhada is someone who
has run aground on some
husband, because she doesn’t
have the courage to stay single.)
Encalhado is also used when you
are talking about goods that are
past their sell-by date (another
metaphor used about women,
not very nice....), about beached
whales.
A ship that has run aground
may possibly get back off again,
but if it hit during a storm it may
get pounded to pieces. Any sort
of undertaking can get
shipwrecked (naufragar), and the
unlucky who are shipwrecked
may swim, swim, swim, and die
on the beach (nadar, nadar, nadar e morrer
na praia). This is said of someone who worked
their fingers to the bone, almost succeeded,
and as we say “snatched defeat out of the
jaws of victory”, and frequently used of soccer
teams (the archetypical example for
Americans would be the Boston Red Sox).
Sea life, whether mammalian, piscine, or
arthropod, is another rich source of metaphor.
“Boca de siri “ (crab mouth) means “keep your
mouth shut, don’t say anything about it (since
the notion is that the crab’s mouth is its claw,
which doesn’t even let go after the crab is
dead. Or, as we would say in English, “clam
up”. And it doesn’t matter which party is in
power - it is always the little people who pay
the price (Quando o mar briga com a praia,
quem apanha é caranguejo – when the ocean
fights with the beach, it’s the crab that gets
screwed.)
A recent ad campaign for a gym
(Academia Runner, SP) asked women “Você
quer ser baleia ou sereia, neste verão?”(would
you rather be a whale or a mermaid), causing
a stir, but only because they were asking out
in the open a question that Brazilian women
were already asking themselves. Men, on the
other hand, might not be whales, but one that
is boring, uninteresting, too skinny, without a
manly chest is “seco igual a um bacalhau”
(all dried up like a salt cod). Once he has finally
produced progeny, we can be certain the child
will have a family resemblance, since “filho
de peixe, peixinho é” (the son of a fish is a
little fish - like father, like son).
Even the ferry from Niterói to Rio has
produced its metaphors (Origenes Lessa
wrote memorably of the boy who dreamed
of growing up to be a sailor with a woman
in every port, and had to content himself, as
a seaman on the Niterói ferry, with one
woman on one side of Guanabara bay, and
on one the other). The ferry, which used to
be known as the Barca da Cantareira, is a
metaphor for the bisexual (someone who
walks both sides of the street), and the
rocking of the floats where the ferry takes
on passengers recalls for some the weaving
and wobbling of the Carioca who has had a
few too many chopps.
Some of the most familiar expressions
in Rio slang come from the beach, as you
might expect. Every Carioca has their favorite
beach, and their favorite spot on their favorite
beach (my woman and I hang out on Ipanema
near Posto 9). And so if we are invited to do
something/go somewhere that doesn’t
appeal, we will usually say (without being
pejorative) “não é minha praia” - “that’s not
my beach”. Someone who is “boiando”
(floating) is just there, out of it, clueless. A
real loser is like “merda n’agua” (shit floating
on the water) - he doesn’t sink, but just goes
where the current takes him. The winner,
on the other hand, is someone who likes to
show off his talents with a surfboard tirando
onda (literally stealing a wave), but used for
anyone who is being conceited and trying
to show off. And one of the favorite activities
of idle Carioca youth - lighting a baseado
(joint) on the beach was immortalized by
Gabriel o Pensador with the
refrain “sente a maresia” (smell
the salt air....but the “salt air”
that one smells is one with the
perfume of burning cannabis
leaves.
And finally a toponymical
note: two Carioca neighborhoods
have nautical names: Leme (the
word for the steering oar
mentioned above) - perhaps
named thus because the small
hill by the water reminded the
sailors of the poop from which
they steered; and Gávea, in
English, “crow’s nest”, the small
aerie on the mast where the
lookout sits when spying for land
or other vessels, certainly meant
to name the Pedra da Gávea, a lookout point
if there ever was one.
PLData | 9
Las
Viva
Vegas!
11th Portuguese Language
Division Conference, in
conjunction with the
Spanish Language
Division
April 28-30, 2006
Hotel New York, New York,
in the Strip region of Las Vegas
www.nynyhotelcasino.com
Programação Preliminar
Paulo Lopes
Nelson Laterman
MATH, STATISTICS AND OTHER NERDY
STUFF FOR PEOPLE WHO HATE THEM
DejàVu for Beginners
How often have we struggled with “mean,”
“median,” “average,” “standard deviation,” “rates,”
“ratios,” and many other obnoxious entities, not
necessarily understanding the difference between
them, if any? This could be an opportunity to
demystify (or keep hating) it all. There is also a
quick recap of some SI (International Measurement
System) points of importance for technical
translators. You will be surprised how some of our
most ingrained habits are a no-no in scientific terms.
Melany Laterman
The Role of the Translator in Website
and Software Localization
Arlene Kelly
Brazilian Police Reports: Practice Sight
Translation from Portuguese to English
LIFE BEFORE AND INSIDE THE BOOTH
April 27, 2006: Arrival and registration
April 28 and 29, 2006: Conference
April 30, 2006: Sunday morning activities
Come join us in the mid-year conference for
the Portuguese Language Division, together with
the Spanish Language Division. This is also a great
opportunity to learn about translation memory
tools such as Trados and DejàVu. Presentations
and workshops on a wide variety of topics and
double the networking possibilities! A sitting of
the ATA Certification Exam will be offered on site,
and ATA certified translators gain 10 points towards
their certification requirements.
This edition of the PLData offers Márcio
Badra’s expertise on Vegas, and a Conference
registration form.
This presentation is intended to be like a refresher/
reminder for interpreters, beginners and wannabes,
covering many aspects of the profession in terms
of conduct, preparation, behavior and rapport with
colleagues, rather than a comprehensive road map;
however, it will be filled with many personal,
practical examples of do’s (J) and don’ts (L).
WORKSHOP ON WORD:
DON'T FIGHT WITH YOUR TOOLS
We will address ways of reducing our "downtime"
(i.e. fighting with the tool and not making any
money...) by becoming more knowledgeable about
such things as shortcuts, macros, styles, tables,
bookmarks, numbering, cross-references and what
not. One (just one) minute saved a day is $250 at
the end of the year. See, it is not that hard to go to
Hawaii...
Enéas Theodoro Jr
Check out the PLD website for updated
information about the Conference. Information
about the Spanish Language Division offerings,
visit http://www.ata-spd.org/CongresosSPD/
LasVegas2006/LasVegas.htm.
SEE YOU THERE!
THE UNSTEADY FOOTHOLD OF LEGAL
TRANSLATION ON A WOBBLY
CORPORATE LADDER
An overview of some solutions, dilemmas and
quandaries encountered by translators in Brazilian
and American corporate documents
Ana Lucila Bastos
“There’s Gotta be Chemistry,” an
Overview of Chemical Terminology for
Translators
Ruth Weinfeld (formerly Ruth Ferzt)
Medical Interpreting
Aida Ferreira
Website Development for Freelancers
Tereza Braga
“Gimme the Money: Estilo de vida ou
Meio de Vida?”
Melany Laterman and
Clarissa Surek-Clark
Informational Session about ATA
Portuguese Certification
PLData | 10
PLData | 11
Manual de sobrevivência na selva de néon
Márcio Badra
1. Hospedagem
Os hotéis em Las Vegas costumam ser
incrivelmente baratos, já que eles esperam que
você perca no cassino dinheiro mais do que
suficiente para compensar a diária subsidiada.
Infelizmente, isso não é tão verdadeiro nos dias
de maior movimento: finais de semana, eventos
esportivos, congressos, etc., mas geralmente
sempre é possível encontrar em um hotel-cassino
um quarto melhor e mais barato do que no DaysInn, Travel Lodge, Howard Johnson, Super 8, Motel
6 ou assemelhados.
Os hotéis de Las Vegas costumam ser
divididos em 3 áreas geográficas: a Strip (o Las
Vegas Boulevard), onde estão localizados os hotéis
mais luxuosos (e caros), Downtown, onde os hotéis
são antigos e baratos e off-Strip, que abrange todos
os hotéis localizados nas demais regiões da cidade
– normalmente cassinos voltados para os
moradores locais com alguns “poucos” quartos de
hotel (200 a 400, minúsculos em comparação com
os mega-resorts da Strip).
lado, possibilitando verificar quem oferece o
melhor preço. Antes de fazer a reserva ligue
diretamente para o hotel e veja se eles podem
cobrir ou acompanhar a oferta: as agências de
viagem virtuais debitam seu cartão de crédito
imediatamente e não é possível cancelar a reserva
caso você desista da viagem ou encontre uma
oferta melhor.
Fotos dos quartos dos principais hotéis de Las
Vegas podem ser encontradas em http://
community.webshots.com/user/jenaphir e em
http://www.lvcasinoinfo.com/, que também traz
diversas informações sobre a cidade.
Se você é sócio do clube de caça-níqueis do
Harrah’s, verifique os preços no site do hotel
usando o número do seu cartão mesmo que não
tenha recebido nenhuma oferta específica: é
possível que eles lhe ofereçam uma diária
ARMADILHAS A EVITAR:
Um hotel que pode atrair tradutores
desavisados é o Golden Palm que, pelo menos
no mapa, parece bastante próximo do NY, NY e
oferece preços convidativos. Esse hotel foi
camarada (a chamada “casino rate”) ou até mesmo
uma ou duas noites gratuitas.
descredenciado por não atender aos padrões
mínimos de qualidade da rede Howard Johnson e
o “cassino” se resume a 16 caça-níqueis enfiados
num vão de escada. Outro local relativamente
próximo a ser evitado a qualquer custo é o WILD,
WILD WEST. Para transformar esse motel de
quinta categoria em um parque temático bastaria
mudar o nome para “Bates Motel”.
Resort, Bufallo Bill e Whiskey Pete) ou Jean
(Nevada Landing e Gold Strike).
Como a Spring Meeting vai ocorrer num final
de semana espremido entre 2 grandes convenções
(na casa dos 120 mil participantes cada), não
espere encontrar nenhuma grande pechincha, mas
fazendo a lição de casa talvez seja possível poupar
um ou dois retratos do Benjamin Franklin - que
podem ser “investidos” nos caça-níqueis.
O New York, New York, onde vai ser realizada
a Spring Meeting, fica na parte sul da Strip e é um
excelente hotel. Obviamente ele não pode ser
comparado aos luxuosíssimos Bellagio, Caesar’s
Palace, Wynn, Venetian, Mandalay Bay e Mirage,
mas não fica devendo nada ao Luxor, MGM Grand,
Treasury Island, Harrah’s e Flamingo e é
infinitamente melhor que hotéis como o Tropicana,
Imperial Palace, Sahara, Circus-Circus e New
Frontier.
Para encontrar um hotel mais em conta, eu
sugiro o Travelaxe (http://www.travelaxe.com/),
programinha gratuito que pesquisa as principais
agências de viagem (expedia, orbitz, hotel
kingdom, etc.) e apresenta os resultados lado a
Ao escolher seu hotel, não se esqueça de levar
em consideração a distância e os custos e opções
de transporte: os táxis de Las Vegas estão entre
os mais caros do universo conhecido e o
deslocamento pode acabar ficando mais caro do
que a eventual economia na diária.
Se você estiver de carro, não se importar de
dirigir 30 ou 40 milhas em cada sentido e precisar
de acomodações realmente baratas, considere a
possibilidade de se hospedar em Primm (Primm
A menos que você goste de viver
perigosamente e se sinta à vontade no meio da
ralé, não passe nem na porta do Gold Spike. Agora,
se a ralé não se sente confortável em sua
companhia, provavelmente o Western, com suas
PLData | 12
Manual de sobrevivência na selva de néon (continued)
paredes de bloco de cimento e diárias de 18
dólares, é o hotel certo para você.
Os “Vintage Rooms” do El Cortez são quartos
minúsculos, sem elevador, construídos na década
de 1940. Entretanto, os “Tower Rooms” foram
reformados recentemente e são comparáveis à
maioria das acomodações do centro. Falando em
quartos minúsculos, o Golden Gate é limpo e
charmoso, mas foi construído há mais de 100 anos
e seus quartos, com cerca de 9 metros quadrados,
são adequados apenas a hóspedes magros e com
pouca bagagem.
a passagem: não é de todo impossível que seu
hotel seja o último programado e uma viagem de
5 minutos pode demorar quase uma hora. Quanto
mais longe for o seu hotel mais atraente o custo
do shuttle. Alguns hotéis fora da Strip (como o
Palace Station e o Terrible’s) oferecem transporte
gratuito de/para o aeroporto.
Se você pretende se movimentar um pouco
pela cidade, considere a possibilidade de alugar
um carro. As tarifas são muito baratas e podem
custar menos que uma corrida de táxi por dia
(diárias inferiores a $15 são comuns). As locadoras
que costumam oferecer os preços mais baixos
O Circus-Circus é infestado de crianças (ou
“crionças”) e tem quartos decorados em cores
“vibrantes” com gravuras de palhaços, elefantes e
malabaristas.
Avaliações honestas, completas e
(excessivamente) bem humoradas de todos os
hotéis-cassino da cidade podem ser encontradas
em www.cheapovegas.com.
Todos os hotéis e cassinos oferecem
estacionamento gratuito. O serviço de manobrista
também é gratuito, mas é praxe dar uma gorjeta
de no mínimo $2 ao retirar o carro (não é
necessária gorjeta na entrada).
Recentemente foi inaugurado um serviço de
monorail, que custa a bagatela de 5 dólares em
cada sentido e vai do Sahara ao MGM (em frente
ao NY, NY), com estações no Las Vegas Hilton,
Las Vegas Convention Center, Harrah’s/Imperial
Palace, Flamingo/Caesars Palace e Bally’s/Paris.
2. Transporte
A tarifa de táxi em Las Vegas está entre as
mais caras dos EUA: $3,20 de bandeirada, $2 por
milha e $22 por hora lenta.
Uma alternativa para chegar ao seu hotel são
os shuttles, que custam entre $6 e $10 por pessoa.
É conveniente confirmar o roteiro antes de comprar
Em Nevada você é o responsável primário pelo
veículo alugado: isso significa que,
independentemente de culpa, em caso de
acidente você terá de pagar pelo conserto e pelo
aluguel enquanto o carro estiver sendo consertado.
Muitos cartões de crédito oferecem seguro gratuito
para o aluguel de automóveis. Se você vive nos
EUA é possível também que seu seguro dê
cobertura ao veículo alugado. Verifique
cuidadosamente se você está coberto: o seguro
oferecido pela locadora pode custar mais do que
o próprio aluguel.
Os ônibus urbanos custam $2 (Strip) ou $1,25
(áreas residenciais) e é preciso ter a quantia exata,
porque os motoristas não carregam troco. A linha
301 sai da rodoviária no centro e percorre toda a
Strip. A 302 também, mas essa é uma linha
expressa com apenas uma meia dúzia de paradas.
Por $5 é possível adquirir um passe de 24 horas.
Existem também alguns ônibus de 2 andares
($2,50) que servem apenas a Strip.
Não conheço, nunca visitei e nem pretendo
visitar o Blue Moon Resort, mas antes de fazer
sua reserva talvez seja conveniente saber que esse
é um hotel “só para homens” que, entre outras
amenidades, oferece uma “piscina romana” onde
o uso de roupas é opcional.
Uma corrida do aeroporto até o NY, NY sai na
faixa de $10 a $15 dependendo do trânsito, desde
que você não deixe o motorista ir pelo túnel: essa
rota pode aumentar o custo da corrida em até $8.
Antes de sair de casa pesquise no mapquest
(www.mapquest.com) o itinerário entre o aeroporto
e o seu hotel e o informe ao motorista. Por exemplo
para o NY, NY, diga “take Swenson to Tropicana”:
além de indicar o caminho mais curto e direto, o
motorista vai pensar que você já conhece a cidade
e não vai ficar dando (muitas) voltas.
Kia Rio é sempre um bom negócio.
são a Dollar (www.dollar.com) e a Thrifty
(www.thrifty.com). No site da Dollar, clique em
specials > promotions e informe o código FF05,
que pode lhe conseguir um desconto de até 10%.
Após fazer sua reserva, verifique os preços pelo
menos uma vez por semana: se eles caírem, altere
sua reserva para aproveitar o preço mais baixo.
Você está em Las Vegas, então faça uma
aposta e reserve um carro econômico ou
compacto: como são os mais procurados, é comum
que eles acabem e a locadora tenha que lhe alugar
um veículo intermediário ou grande pelo mesmo
preço. Um Buick ou Ford Taurus pelo preço de um
3. Alimentação
Bufês: Las Vegas é o paraíso dos bufês. Por
algo entre $5 (café da manhã) e $15 (jantar com
frutos do mar ou filé mignon) você vai poder
se fartar de comida com qualidade razoável.
Qualquer cassino que tenha “Station” ou
“Coast” no nome serve um bufê acima da
média. Orleans e Palms também são boas
alternativas.
O Hotel Rio tem um famoso (e caro) bufê de
frutos do mar. Pela metade do preço você encontra
qualidade comparável no Fremont (domingos,
terças e sextas) ou no Main Street Station (sextas),
ambos no centro velho.
PLData | 13
Manual de sobrevivência na selva de néon (continued)
A maioria dos bufês serve um “champagne
brunch” aos sábados e/ou domingos. O do Bally’s
custa “apenas” $62. O Alladin é considerado como
de qualidade comparável e é servido em dois de
seus restaurantes (Commander’s, $36 e Spice
Market, $21).
Informações completas sobre todos os bufês
de Las Vegas podem ser encontradas em
www.lasvegasadvisor.com/referenceguidebuffets.cfm.
Por anos o Hotel Boardwalk teve a duvidosa
honra de oferecer o pior bufê de Las Vegas. Agora
que ele fechou, há um empate técnico entre o
Circus-Circus e o Imperial Palace.
Todos os hotéis têm coffee shops que
funcionam 24 horas por dia e oferecem comida
honesta, farta e barata (em relação à qualidade
do hotel onde estão localizadas). Muitas delas
têm especiais baratíssimos, servidos nos
horários mais absurdos. Mas se você ainda
estiver no horário da Costa Leste ou do Brasil,
seu organismo não vai estranhar um breakfast
às 4 horas da manhã ou um jantar às 3 horas
da tarde.
Refeições baratas são uma das maneiras
usadas pelos cassinos para atrair patos... quero
dizer, jogadores. Entre as ofertas imperdíveis se
destacam:
Coquetel de Camarão por $0,99 – no Golden
Gate, no centro velho. Servido na Deli nos fundos
do cassino.
Contra-filé no Ellis Island. Um dos melhores
steaks da cidade, servido com salada, batatas e
legumes por apenas $4,95. Não consta do
cardápio, mas basta pedir o Steak Special.
Localizado na Koval Lane, atrás do Bally’s, o Ellis
Island é um pequeno cassino voltado para o
público de baixa renda. Não se deixe iludir pela
aparência do local nem pela clientela
excessivamente pitoresca: o contrafilé é
realmente muito bom. Eles têm uma microcervejaria própria e se você gosta de root beer
(ou de tubaína) a deles é considerada excelente.
Comporte-se como se estivesse no metrô de
Nova York e você não deverá ter problemas com
os outros clientes.
Prime rib no Califórnia, também no centro
velho. Por $6,99 você pode se servir à vontade no
salad bar e recebe um belo pedaço de prime rib,
batatas, legumes e cerejas jubilee de sobremesa.
Servido das 17 às 22 horas.
Presunto com ovos no Arizona Charlie’s
Decatur, servido 24 horas por dia por $2,49.
4. Cupons
Las Vegas é o paraíso dos cupons. Infelizmente,
a esmagadora maioria deles só é válida de
domingo a quinta e geralmente é oferecida pelos
hotéis fora da Strip; portanto é possível que você
não consiga utilizá-los. Se você planeja ficar mais
alguns dias e tiver um carro para visitar os cassinos
“locais” vale a pena comprar o American Casino
Guide (por volta de $12 na Amazon ou cerca de
$14 no site do editor: www.americancasinoguide.
com). Outro excelente livro de cupons é o que
você recebe quando faz uma assinatura anual do
Las Vegas Advisor ($37 na versão on-line,
w w w. l a s ve g a s a d v i s o r. c o m / why j o i n pocketbookofvalueslist.cfm), mas eu só
recomendaria para visitantes habituais. Ambos
estão repletos de cupons “2 por 1” para bufês,
restaurantes, shows e quartos de hotel, além de
vários cupons que aumentam o prêmio pago nas
apostas vencedoras ou dão pontos adicionais nos
clubes de caça-níqueis.
5.Passeios
Las Vegas oferece diversas atividades gratuitas.
A fonte luminosa do Bellagio, o vulcão do Mirage
e a batalha de piratas e sereias do Treasure Island
estão entre as mais populares. Indo ao Bellagio,
dê um passeio pelo seu jardim de inverno (o
“Conservatory”).
A Fremont Street, rua principal do centro
velho, foi transformada em um imenso calçadão,
cheio de barraquinhas de souvenirs e shows no
meio da rua. À noite é apresentado um show de
luzes na imensa marquise que cobre toda a sua
extensão. Aproveite que está no centro, coma um
coquetel de camarão no Golden Gate e, em
seguida, visite a recepção do Main Street Station,
coalhada de antiguidades e de muito bom gosto.
Peça um folheto com a relação das antiguidades
em exibição. No banheiro masculino do cassino
há um pedaço do muro de Berlim, onde os
hóspedes podem demonstrar, da forma mais
tipicamente americana, seu desprezo pelo
comunismo. Em horários de menor movimento,
os seguranças geralmente se dispõem a verificar
se a “costa está livre” para que as senhoras
possam conhecer esse que, sem dúvida, é o urinol
mais original do planeta.
Os fãs de Jornada nas Estrelas vão querer
visitar o Las Vegas Hilton, que tem um brinquedo
tipo Disneylândia inspirado no Capitão Kirk e sua
tripulação, e tomar uma cerveja no bar do Quark.
O Circus-Circus apresenta shows circenses de
hora em hora e tem um parque de diversões nos
fundos.
O Venetian tem uma filial do Guggenheim
Museum e outra do Museu de Cera da Madame
Tussaud, além de um (ridículo, IMHO) passeio de
gôndola em um canal artificial. O recéminaugurado Wynn tem uma galeria de arte e uma
revendedora Ferrari, tão concorrida que chegaram
a cobrar ingresso na época da inauguração. Se
você quiser ver Las Vegas do alto pode optar pela
réplica da Torre Eiffel no Hotel Paris ou por uma
visita à Stratosphere Tower, mais alta que a Space
Needle de Seattle e com alguns brinquedos
radicais no topo, além de um restaurante giratório,
tão caro quanto medíocre. O VooDoo Lounge do
Hotel Rio e o Ghost Bar do Palms também têm
vistas de tirar o fôlego.
O cassino com maior concentração de gente
jovem e bonita por metro quadrado é o Hard Rock,
seguido de perto pelo Palms, preferido pelas
celebridades. A propósito, o Palms tem os caçaníqueis mais generosos (ou menos gulosos) da
cidade.
Se você acabou de encontrar petróleo no
fundo de sua mina de diamantes, é possível que
queira fazer algumas compras nas Forum Shops
do Caesar’s Palace; mesmo que seu orçamento
seja limitado você vai querer assistir ao show
(gratuito) das estátuas falantes. Se seu estilo for
mais frugal, há um imenso Beltz Outlet Center
no prolongamento do Las Vegas Boulervard, umas
2 milhas após o aeroporto. Se você precisa de
artigos eletrônicos, visite a Fry’s, cerca de uma
milha antes.
Embora não conste de nenhum dos guias
turísticos mais populares, eu considero essencial
uma visita ao Luxor. Suba até o mezanino para
ver aquela imensa pirâmide pelo lado de dentro.
PLData | 14
Manual de sobrevivência na selva de néon (continued)
Informações sobre os shows em cartaz podem
http://
ser
encontradas
em
www.lasvegasadvisor.com/vacationplannereventlist.cfm. Os ingressos podem ser reservados por
telefone na maioria dos hotéis ou na Ticket Master
(www.ticketmaster.com). Ingressos para o mesmo
dia, com 50% de desconto, podem ser encontrados
na Tix4Tonight, com 4 quiosques em Las Vegas (veja
as localizações em http://www.tix4tonight.com/
location.htm) e na Tickets2Nite (ao lado do MGM
Grand, na garrafa gigante de coca-cola).
6. Jogo
É possível ganhar em um cassino? Claro que
sim – se não fosse possível, quem voltaria? É
verdade que todos os jogos foram estruturados
matematicamente para dar vantagem à casa.
Entretanto, eles foram estruturados também com
uma variância muito grande. Em língua de gente,
variância elevada significa que o resultado
esperado é que muitas pessoas percam
relativamente pouco e poucas pessoas ganhem
relativamente muito. De qualquer forma, basta
olhar em volta para perceber que Las Vegas não
foi construída com o dinheiro das porções de bacon
com ovos vendidas no café da manhã.
Orientação sobre os jogos que vão tirar sua
pele mais lentamente e a forma correta de jogálos podem ser encontradas em
www.wizardofodds.com, site mantido por um
professor de estatística da Universidade de
Nevada. O American Casino Guide, além de uma
montanha de cupons, traz também orientação
básica sobre os principais jogos.
PLD: Where are we?
O segredo para que suas perdas sejam menos
traumatizantes é tirar proveito das cortesias
oferecidas pelos cassinos, as onipresentes “comps”
(abreviatura de complimentary). A mais óbvia delas
são as bebidas, oferecidas gratuitamente aos
jogadores. As garçonetes, que ganham salário
mínimo, esperam uma gorjeta de no mínimo um
dólar por bebida servida, seja uma garrafinha de
água mineral ou uma dose do melhor uísque
escocês – dois dólares e um sorriso farão com
que elas apareçam com mais freqüência.
Todos os cassinos têm “clubes de caça-níqueis”.
Ao se associar você recebe um cartão semelhante a
um cartão de crédito que deve ser usado sempre
que você jogar: para cada dólar apostado você recebe
uma certa quantidade de pontos que podem ser
trocados por brindes, usados para pagar refeições ou
diárias de hotel ou até mesmo (em alguns hotéis)
convertidos em dinheiro.
Além disso, para atrair jogadores alguns cassinos
oferecem promoções: ao se registrar (gratuitamente)
no clube de caça-níqueis dos Station Casinos
(exceto o Main Street Station que, apesar do nome,
é de outro dono) você ganha uma quantia entre $5
e $500 dólares para jogar nos caça-níqueis. Jogando
nas máquinas de qualquer dos Stations, além dos
prêmios normais você concorre a um grande prêmio
progressivo (“Jackpot”) de até $150.000. Quando
alguém ganha esse prêmio, todos os sócios do clube
de caça-níqueis que estiverem jogando ganham $50.
Ao se registrar no clube de caça-níqueis do
Presently there are 550
members in the PLD.
Argentina ................................................ 3 members
Brazil ........................................................ 73 members
Canada .................................................... 10 members
Chile, China, Ecuador, France, Germany,
Israel, Italy, Mexico and Uruguay ....... 1 member each
Peru .......................................................... 6 members
Portugal ................................................... 9 members
Spain ........................................................ 2 members
UK ............................................................. 7 members
Westin Casuarina você recebe $40 com um
depósito de apenas $25. Ao acumular seus
primeiros 50 pontos (uns 15 minutos num caça
níqueis de $0,25 ou meia hora em uma máquina
de vídeo-pôquer) no Wynn você ganha dois bufês
($36 cada um no jantar).
Se você morar (ou tiver um endereço para
correspondência) nos EUA ou no Canadá, após se
inscrever num clube de caça-níqueis você
provavelmente passará a receber pelo correio
ofertas de hospedagem com desconto ou gratuita,
comida grátis e até uns trocados para apostar.
Se você estiver apostando $10 ou mais por mão
nos cassinos do centro ou em um dos cassinos
“locais” peça uma refeição grátis ao “pit boss” –
aquele sujeito de terno que fica vigiando os crupiês.
Simplesmente chame o camarada e pergunte “have
I played enough for a comped meal?” O pior que
pode acontecer é ele responder que você precisa
jogar mais uma ou duas horas. Nos hotéis da Strip,
eles nem vão responder se você estiver apostando
menos de $25 dólares por mão – alguns mais
luxuosos exigem aposta mínima de $100 dólares
para analisar a possibilidade de uma cortesia.
Se você jogar mais de 4 horas por dia no hotel
onde estiver hospedado, debite todas as suas
despesas ao seu apartamento e peça para
conversar com uma “Casino Host” (não é erro de
digitação, no estranho dialeto dos jogadores
“Casino Host” não tem flexão para o feminino)
antes de fazer o check-out. É possível que ela
possa te dar uma “comp” de parte ou da totalidade
da sua conta. Isso é mais provável nos hotéis do
centro ou “off-strip”.
Finalmente, terei o máximo prazer em
ajudar ou esclarecer qualquer dúvida:
[email protected].
In the United States
Northeast region (MA, ME, NH, VT, RI) .......................................................................... 35 members
Washington, DC region ....................................................................................................... 63 members
NY, CT and NJ ....................................................................................................................... 75 members
PA .............................................................................................................................................. 13 members
Southeastern region (SC, NC, GA) .................................................................................. 25 members
Florida ...................................................................................................................................... 63 members
Midwest (TN, MN, IL, OH, IN, MO, KS, IA, MI, WI, OK) ............................................... 43 members
Texas ........................................................................................................................................ 25 members
Rocky Mountain region (CO, UT, AZ, NV, NM) ............................................................. 24 members
California ................................................................................................................................. 45 members
Northwestern region (OR, WA) ........................................................................................ 17 members
Hawaii ...................................................................................................................................... 1 lucky member
PLData | 15
| vírus papyrus |
Essa coluna destina-se à divulgação de materiais impressos
(livros, revistas, dicionários, etc) do interesse da nossa comunidade.
Língua Portuguesa
Uma excelente revista publicada no Brasil desde 2005, que destaca aspectos interessantes do nosso idioma. Publicada pela Editora
Segmento, cujo site é www.revistalingua.com.br. Há a possibilidade de se fazer assinatura com envio ao exterior. Vale a pena conferir.
Glossary for Public Service Interpreters
De autoria da colega portuguesa Helena El Masri, professora de interpretação na Inglaterra, esse glossário abrange mais de dez mil
verbetes utilizados no sistema governamental britânico. A terminologia tratada inclui Habitação, Comércio, Tecnologia e Assuntos Gerais.
Pode-se adquiri-lo em www.helenaelmasri.com
Dicionário de Anglicismos e de Palavras Inglesas Correntes em Português
De autoria de Agenor Soares dos Santos, autor do Guia Prático de Tradução Inglesa, obra essencial na estante de qualquer tradutor de
português.
Na opinião de Helena Gonçalves Barbosa “O Dicionário de Anglicismos oferece, além da
lexicografia propriamente dita, uma relevante contribuição sob a forma de abalizada discussão
das noções teóricas em que o autor apóia sua análise, entre elas as de aportuguesamento,
empréstimo, estrangeirismo, decalque e transposição. Deve-se salientar, ainda, que o mérito
maior dessa discussão é não ser meramente teórica, mas calcar-se no vasto e pertinente
corpus reunido e na visão a um tempo sincrônica e diacrônica com que é feita a análise.
O autor organiza seu dicionário, usando suas conclusões como categorias de análise.
Elenca: a) empréstimos – semânticos, com sentidos adicionais ou inexistentes em inglês,
obsoletos, abandonados, desusados ou pouco usados, recentes, de uso culto ou semiculto,
de uso restrito, usados por modismo, afetação, esnobismo, com a desinência –ing, b) traduções
de empréstimos, c) decalques - de sintagmas e de siglas, d) palavras de origem inglesa
recebidas através do francês, e) criações brasileiras – unidades léxicas formadas sobre base
inglesa, ou sobre o equivalente inglês e f) falsos anglicismos. Consiga também: anglicismos
de possível criação paralela ou simultânea, palavras-valise ou blends, epônimos e marcas
registradas, assim como assinala a mudança de classe de palavras. Tudo isso agrupado em
facílimo mode de consulta por ordem alfabética, com copiosas abonações e remissões às
seções teóricas pertinentes, de forma a ancorar as informações prestadas ao leitor.
É assim que Agenor Soares dos Santos se desincumbe da tarefa a que se propôs: com lucidez, elegância e economia. O proveito é nosso,
que ganhamos mais um tomo que reúne tanta riqueza de informações de modo tão acessível e prazeroso para o leitor”. [Texto retirado da
contra-capa do dicionário]
Pode-se adquirir o dicionário através da editora www.campus.com.br, ou como alternativa, através do site Buscapé, que relaciona preços
de várias livrarias, inferiores em até 30% ao preço máximo recomendado pela editora:
http://compare.buscape.com.br/prod_unico?idu=1853521593&kw=dicion%E1rio+de+anglicismos&auto=0
Articles submitted for publication in the PLD may be in English or in Portuguese.
PLData | 16

Documentos relacionados