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Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA) um Guia para a sociedade civil Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA) um Guia para a sociedade civil Texto Alex Wijeratna Equipe Editorial Hillol Sobhan, Alberta Guerra e Shahidur Rahman Editor Hillol Sobhan Tradução para o português João Negrelli Edição de texto em português Flavio Lenz Design / Impressão INTENT Design, www.intentdesign.net Março 2012 Termo de Responsabilidade da CE Esta publicação é cofinanciada pela Comissão Europeia (CE). O conteúdo deste Guia é de exclusiva responsabilidade de seus autores e não reflete, de maneira alguma, a visão da CE. Aviso As opiniões expressas nesta publicação são as da SCO, no âmbito do Mecanismo da Sociedade Civil (MSC), e não refletem necessariamente as do Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA), seus órgãos subsidiários ou quaisquer outras organizações que dele participem. As fotos da FAO foram cedidas por cortesia. Este Guia foi produzido com a contribuição da IFSN-Rede Internacional de Segurança Alimentar. ISBN: 978-984-33-5178-4 Agradecimentos Gostaríamos de agradecer às seguintes pessoas pela contribuição dada a esta publicação, através de comentários e sugestões: Ashley von Anrep, Chris Leather, Flavio Valente, Jessica Duncan, Josh Brem-Wilson, Luca Chinotti, Magdalena Kropiwnicka, Nora McKeon, Ruchi Tripathi, and Youjin B. Chung. "O que vemos no CSA é o surgimento de um novo modelo de governança mundial, no qual [a sociedade civil] são coautores do direito internacional, juntamente com os governos e agências internacionais.” Olivier De Schutter Relator Especial da ONU para o Direito à Alimentação 05 06 01 Photo: Giulio Napolitano / FAO Introdução Esse é um guia para as organizações da sociedade civil (OSCs) sobre o Comitê Mundial de Segurança Alimentar – conhecido como CSA. Ele explica o que é o CSA, o porquê de sua importância e como as organizações da sociedade civil de todo o mundo podem monitorar, influenciar ou se envolver no trabalho do CSA, tanto em âmbito global como regional e, em situações criticas, nacional. Esse guia é escrito em linguagem clara, para movimentos sociais, organizações comunitárias (OCs), grupos da sociedade civil (OSCs) e organizações não governamentais locais ou internacionais (ONGs) atuando em questões de segurança alimentar e nutrição (ver BOX 1), incluindo a soberania alimentar, e o direito à alimentação, que têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o CSA. Ele é elaborado para aqueles que queiram saber mais sobre o CSA, assim como participar ou se engajar em seu trabalho, debates ou deliberações. Esse guia para iniciantes visa simplificar e desmistificar o CSA, assim como explicar como sua organização pode tomar parte. 07 'Principal Plataforma’ A expansão de sua participação e envolvimento são cada vez mais prováveis, já que o CSA surge em âmbito internacional como a principal plataforma ou fórum político atuante em questões de segurança alimentar e nutricional. Isso significa que o CSA tem aprovação explícita para trabalhar e se consultar de forma ampla com OSCs em âmbito global, regional e nacional e, em particular, trabalhar com as comunidades mais afetadas pela insegurança alimentar e pela desnutrição. Atualmente estabelecido apenas como um fórum multiparticipativo, o CSA está sendo designado por Governos para se tornar “a plataforma política central das Nações Unidas para lidar com a segurança alimentar e nutricional,” e a 'principal plataforma internacional inclusiva e intergovernamental' para uma ampla gama de partes interessadas empenhadas em apoiar processos direcionados aos países, no intuito de eliminar a fome. Essa é uma abordagem que terá um profundo apelo para o Diretor Geral eleito da FAO, José Graziano da Silva, que foi um dos mentores da campanha Fome Zero que, em seis anos, reduziu em 73% a fome infantil através de uma abordagem multissetorial, altamente participativa e baseada no direito à alimentação. O processo de modernização e reforma do CSA (que começou em 2009) tem três princípios orientadores: Inclusão – assegurar que as vozes de todos os atores relevantes sejam ouvidas nos debates de políticas sobre alimentação, agricultura e nutrição Fortes conexões com a realidade – assegurar que a obra do CSA seja baseada na realidade de campo e; Flexibilidade – face às mudanças dos ambientes externos e às necessidades dos países. 08 Photo: Giulio Napolitano / FAO 09 "Precisamos começar a trabalhar de forma mais participativa e transparente." José Graziano da Silva Diretor Geral Eleito da FAO, 21 de Julho de 2011 10 Photo: Alessandra Benedetti / FAO Peso Importante O CSA está começando a adquirir influência e força reais. A análise, orientação, regras, diretrizes e estratégias globais que surgem do reformado CSA terão, de forma crescente, um peso substancial e influenciarão de forma significativa políticas e estratégias de segurança alimentar – em todos os níveis chave. Por exemplo, o CSA está negociando novas diretrizes voluntárias de políticas de ocupação de terras, a fim de evitar a grilagem em países pobres e, esse ano, está desenvolvendo um Quadro Estratégico Global para a erradicação da fome que guiará tanto esforços nacionais nesse sentido, como todas as agências da ONU que trabalham nessas questões, além de Governos, organismos e organizaões. Mas somente com uma forte e consistente colaboração e envolvimento por parte da sociedade civil, o CSA poderá atingir seu pleno potencial e emergir como o principal fórum global de inclusão. Somente estados têm direito a voto no CSA, mas essa é a peculiaridade singular deste fórum multiparticipativo: pela primeira vez na história da ONU, OSCs obtiveram reconhecimento para participar nesse fórum chave da ONU como participantes plenos. 11 “A única ação em nível global que poderia fazer a diferença em um prazo imediato seria se o CSA adotasse uma moratória na grilagem de terras e designasse uma missão para verificar a situação.” Ibrahima Coulibaly Presidente da Plataforma Camponesa Nacional do Mali, sobre grilagem de terra. In: 'Agora é o momento de fazer acontecer', www.foodmovementsunite.org/authors/nora_McKeon.hmtl 12 Photo: Hillol Sobhan / IFSN 13 Participantes Plenos Depois de uma longa campanha de movimentos sociais como La Via Campesina e o Comitê de Planejamento Internacional da Soberania Alimentar (CPI), OSCs, ONGs e em particular daqueles mais afetados pela insegurança alimentar e na linha de frente de achar soluções – como grupos de pequenos produtores, mulheres, pastoralistas, povos indígenas, juventude urbana e pescadores – um espaço único foi conquistado em 2009 para participar na elaboração da agenda e em debates e discussões no CSA. Trabalhando em Equipes de Tarefas e Grupos de Trabalho Abertos e lado a lado com Governos membros e representantes de organizações multilaterais, OCs e OSCs podem formalmente participar e alimentar o CSA através de várias reuniões e mecanismos a nível regional e global – como a Sessão Plenária anual do CSA na Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Roma, na Itália. O CSA começou a criar conexões com mecanismos de segurança alimentar multiparticipativos regionais e nacionais e também exercícios de mapeamento de redução da fome – e intenciona, com o tempo, fortalecer seus compromissos em nível nacional. 14 Photo: FAO Nós acreditamos que aproveitar essa oportunidade histórica proporcionada pela abertura do CSA para a participação da sociedade civil e, de forma construtiva, ocupar esse espaço político, é essencial para atingir a soberania alimentar e concretizar o direito à alimentação para todos. Box 1 O que é o Direito à Alimentação? O direito à alimentação é um direito humano e uma obr igação vinculante bem es t abelecida pela lei internacional. O direito à alimentação é diretamente relacionado ao acesso do indivíduo à comida e também ao direito fundamental à ausência de fome. É um direito de responsabilidade coletiva mas também dos Estados, que têm a obrigação de tomar medidas para respeitá-lo, protegê-lo e realizá-lo. O direito à alimentação adequada foi reconhecido como um direito humano pela primeira vez em 1948, na Declaração Universal dos Direitos Humanos e, mais tarde, desenvolvido no Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC). O comentário geral 12 do PIDESC estabelece: “…o direito à alimentação adequada é atingido quando todo homem, mulher e criança, individualmente ou em comunidade, têm, a todo instante, acesso físico e econômico à comida ou os meios para sua obtenção.” Promover o direito à alimentação adequada para todos é uma obrigação dos 157 Estados que ratificaram o PIDESC. O Relator Especial da ONU para o Direito à Alimentação, Olivier de Schutter, diz que: “O direito à alimentação não é primordialmente o direito de ser alimentado após uma emergência. É o direito de todos de contar com estruturas e estratégias legais estabelecidas que promovam a realização do direito à alimentação adequada.” No entanto, a maior parte dos Estados estão falhando em manter o direito à alimentação. Em 2011, somente 23 países incluíram o direito à alimentação em suas Constituições, enquanto apenas 13 países reconhecem o direito à alimentação como um princípio diretivo da política de estado. 15 O que é o CSA? O CSA significa Comitê de Segurança Alimentar. Trata-se de um comitê recentemente reformado que surge como a plataforma política e fórum decisório global da ONU relacionado a questões de segurança alimentar, agricultura e nutrição (ver Box 2 sobre a história do CSA). O CSA é uma plataforma política intergovernamental e internacional, atualmente acolhido pela FAO, em Roma, e funciona através de um secretariado que consiste de todas as agências da ONU baseadas em Roma (ver Box 3). O conjunto de membros é consideravelmente mais inclusivo do que outros grupos intergovernamentais ad hoc que trabalham com questões de alimentação e agricultura, como o G8 ou o G20. Assim, o CSA é aberto a todos os Estados membros de: 16 + Organização para a Agricultura e Alimentação (FAO) + Programa Alimentar Mundial (PAM) + Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) + Estados não membros da FAO que são membros das Nações Unidas (ONU) + Organizações internacionais e regionais com agendas para a segurança alimentar, e: + Organizações financeiras internacionais e regionais + Organizações da Sociedade Civil (OSCs) + Organizações/fundações filantrópicas privadas + Associações do setor Privado Uma aspiração do CSA multiparticipativo é fornecer coordenação política e convergência para outros fóruns como o G20 e seu movimento em direção a esse objetivo. Por exemplo, o CSA recentemente obteve um significativo reconhecimento político, em Junho de 2011, quando os Ministros da Agricultura do G20 declararam que eles trabalhariam próximos ao CSA para promover uma maior convergência política e fortalecer conexões políticas em nível mundial. “A erradicação da fome é um desafio grande demais para um único país ou instituição vencer sozinho. A consolidação do CSA e as participaçãoa ativa da sociedade civil e do setor privado são essenciais para a segurança alimentar e nutricional.” José Graziano da Silva Diretor-Geral da FAO 17 Box 2 Box 3 História do CSA FAO... PAM.. FIDA... O CSA foi criado logo após a Conferência Mundial sobre a Alimentação de 1974, em Roma. Ela foi definida como um corpo intergovernamental dentro do sistema da ONU para supervisionar a execução de políticas para erradicar a fome e a desnutrição em um prazo de dez anos. A Organização para a Agricultura e Alimentação da ONU (FAO), o Programa Alimentar Mundial (PAM), e o Fundo Internacional para a Agricultura e Desenvolvimento Rural (FIDA) são as três organizações chave da ONU baseadas em Roma – às vezes chamadas de “ as agência baseadas em Roma.” No entanto, com a fome claramente invicta, o CSA foi m a i s t a r d e re d i r e c i o n a d o p a r a m o n i t o r a r a implementação do “Plano de Ação” da Cúpula Mundial da Alimentação de 1996 para eliminar a fome até 2015. As agências têm funções diferentes mas complementares e são encorajadas a colaborar continuamente em todos os níveis. A FAO desenvolve normas globais, compartilha conhecimento e fornece suporte político e assistência técnica a governos de países em desenvolvimento; o PAM é o braço do sistema da ONU para ajuda alimentar humanitária e emergencial; e o papel do FIDA é de mobilizar recursos para investir em pequenos produtores e comunidades rurais. Abaixo, mais sobre cada uma dessas agências. Apesar de outras cúpulas e compromissos sobre a fome e em razão de comprometimentos políticos minguantes, o CSA lentamente foi se tornando irrelevante e alguns estados membros consideraram sua desaceleração ou sua dissolução. 18 Photo: Hillol Sobhan / IFSN 19 O que é a FAO? www.fao.org Criada em 1945, a Organização para a Agricultura e Alimentação da ONU (FAO) é uma agência especializada das Nações Unidas que lidera esforços internacionais para erradicar a fome. A FAO atua como um fórum neutro e fonte de conhecimento e informação e ajuda todas as nações a se reunir como iguais para negociar e debater acordos e políticas sobre alimentação e agricultura. A FAO apoia países em desenvolvimento e outros a melhorar suas políticas e práticas agrícolas, florestais e de pesca, assegurando boa nutrição e segurança alimentar para todos. Seu mote latino, fiat Panis, se traduz em português como “Que haja pão”. A FAO conta com 191 nações-membro, dois membros associados e uma organização membro, a União Europeia. Sediada em Roma, a FAO está presente em mais de 130 países, com uma estrutura de cinco escritórios regionais e 74 escritórios nacionais totalmente operacionais. Ela emprega 3.691 funcionários e contou com um orçamento global regular de 1 bilhão de dólares em 2010-2011. Seu Diretor Geral eleito, José Graziano Da Silva, inicia seu mandato em janeiro de 2012 e foi um dos arquitetos da bem sucedida campanha participativa brasileira baseada no direito à alimentação, o Fome Zero. 20 O que é o Programa Alimentar Mundial? www.wfp.org O Programa Alimentar Mundial (PAM) é o braço da ONU para ajuda alimentar e a maior organização humanitária do mundo dirigida à fome mundial. Em 2010, o PAM forneceu 4,6 milhões de toneladas de comida a 109 milhões de pessoas em 75 países – dentre as quais 89 milhões eram mulheres e crianças. Ele leva comida a vítimas de guerra, conflitos civis e desastres naturais e fornece comida após desastres humanitários e emergências, a fim de reconstruir vidas destruídas. O PAM tem presença de campo extensiva e global e conta com uma imensa capacidade logística e de suprimentos para entregar e distribuir assistência emergencial alimentar. Ele também conduz avaliações sobre insegurança alimentar e análises de vulnerabilidade para ajudar a antecipar e reagir com rapidez a crises alimentares. Os cinco maiores beneficiários da ajuda alimentar do PAM em 2010 foram o Paquistão (16 milhões de pessoas receberam comida), Etiópia (10 milhões), Sudão (9 milhões), Afeganistão (6 milhões) e Nigéria (6 milhões). Paralelamente à distribuição de rações alimentares a vítimas de desastres naturais – como no Chifre da África, Haiti ou Paquistão – ele fornece vales alimentação, comida por trabalho ou transferências em dinheiro para crises econômicas urbanas (Afeganistão, Burkina Faso) e fornece comida para programas alimentares escolares para combater a desnutrição infantil rural crônica (Uganda), para a insegurança alimentar temporária (Bangladesh, Malauí), e apoio para grupos especiais – como os refugiados na Síria. Fundado em 1963, o PAM é sediado em Roma e conta com 10.200 funcionários no mundo todo e recebe contribuições de 60 Governos. O que é o FIDA? www.ifad.org rural e agrícola e projetos focados em mulheres e homens, pequenos produtores, trabalhadores sem terra, pescadores artesanais, pastoralistas, comunidades florestais e povos indígenas. Desde sua criação, em 1978, o FIDA, baseado em Roma, subsidiou ou emprestou aproximadamente 13 bilhões de dólares (aproximadamente 5 bilhões para a Áfr ica subsaariana) e mobilizou perto de 20 bilhões de dólares no cofinanciamento de 870 programas ou projetos em 117 países. Atualmente ele subsidia 240 projetos. A agência conta com 167 Estados membro e aproximadamente 35 escritórios no mundo todo, e está comprometido com empréstimos e subsídios de 3 bilhões de dólares entre 2010 e 2012 que, combinados com cofinanciamentos, chega a um total de 7,5 bilhões de dólares. O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) é a agência especializada das Nações Unidas e pr incipal investidor multilateral em meios de subsistência de comunidades rurais carentes de países em desenvolvimento. Atuando com os governos, parceiros e comunidades locais, o FIDA utiliza uma mescla de empréstimos a juros reduzidos e subsidia financiamentos para programas de desenvolvimento 21 22 Photo: IFSN Photo Archive Photo: Hillol Sobhan / IFSN 23 Principais funções Com a diretiva explícita de concretizar o direito à alimentação para todos (ver Box 1), o CSA tem as seguintes funções: + + + + 24 Aumentar a coordenação em nível global proporcionando uma plataforma de discussões e coordenação para fortalecer a ação entre governos, organizações/agências regionais, OSCs, organizações filantrópicas e outras partes interessadas Promover convergênc ia e coordenação polít ica – desenvolvendo estratégias internacionais e diretr izes voluntárias para políticas de segurança alimentar e nutrição, baseadas em lições aprendidas em experiências locais e informações nos níveis nacional e regional. Fornecer Apoio e Orientação em planos nacionais para eliminar a fome, baseados na aplicação de conceitos do direito à alimentação, fundados nos princípios de participação, transparência e confiabilidade. Coordenar em nível nacional e regional, através da construção e reforço de mecanismos nacionais e regionais existentes e redes atuando em questões de segurança alimentar e nutrição. + Promover a confiabilidade e compartilhar as melhores práticas, desenvolvendo mecanismos inovadores e indicadores comuns para ajudar os países a apresentar de forma quantitativa seu progresso no combate à fome. + Desenvolver um Quadro Global Estratégico para a segurança alimentar, a fim de melhorar a coordenação e conduzir ações sincronizadas de uma ampla variedade de partes interessadas. Isso poderia ampliar estruturas existentes como: ? Diretrizes Voluntárias de Apoio à Realização Progressiva do Direito à Alimentação Adequada no Contexto de Segurança Alimentar Nacional ? Quadro Amplo de Ação, da ONU (QAA) ? Programa de Desenvolvimento Amplo da Agricultura Africana (PDAAA). Box 4 Novas características do CSA + O documento chave da reforma de 2009 da CSA contém várias novas funções e aspectos importantes + A centralidade política do CSA dentro do sistema da ONU + Sua abrangência – o CSA está sendo reformado especialmente para “assegurar que as vozes de todas as partes interessadas relevantes – especialmente aquelas mais afetados pela insegurança alimentar – sejam ouvidas.” + + Maior ênfase do CSA como um processo contínuo do que como um evento anual, significando que o trabalho resultaria em decisões políticas mais eficientes, rápidas e efetivas. Suas conexões em âmbitos diferentes (do global ao regional e ao local) e, em especial, sua aspiração a estar conectado ao campo e “à realidade in loco.” + Realizar o direito à alimentação está explicitamente incluído na missão do CSA. + OSCs são reconhecidas como participantes plenos e podem se organizar de maneira autônoma no CSA através de um Mecanismo Global da Sociedade Civil. + O CSA tem o poder de negociar e adotar um Quadro Estratégico Global para estratégias alimentares fornecendo orientação a planos de ação nacionais de segurança alimentar. + O trabalho da CSA tem o apoio de um novo Painel de Especialistas de Alto Nível (PEAN), no qual a expertise de fazendeiros, povos indígenas e práticos é reconhecida paralelamente à de acadêmicos e pesquisadores. + O princípio de subsidiariedade (decisões tomadas apropr iadamente em níveis mais baixos) é reconhecido; e conexões a serem construídas entre procedimentos legais, regionais e nacionais. 25 26 Photo: Alessia Pierdomenico / FAO Reformas Recentes do CSA Houve mudanças após o fracasso da governança global e a coordenação política global foi exposta durante a crise alimentar mundial, em 2007-2008, quando a fome saltou de 150 milhões de pessoas para um recorde de 1,02 bilhões, devido à baixa nos estoques mundiais, falta de visão e coordenação global, pânico no mercado e aumento exponencial do preço dos alimentos. Apesar da proposta do G8 estabelecendo uma vagamente articulada Parceria Global para a Agricultura, Segurança Alimentar e Nutrição, atores políticos e da sociedade civil determinados urgiram fortemente em 2008 para transformar o CSA no organismo chave para discussão e tomada de decisões dentro do sistema da ONU para questões de segurança alimentar. A reforma do CSA começou naquele ano com o objetivo de focar sua atividade na coordenação dos esforços para garantir a segurança alimentar universal. As reformas procuraram tornar o CSA mais efetivo ao incluir uma gama mais extensa de participantes, reforçando sua expertise técnica e entendendo e dedicando uma especial atenção àqueles mais afetados pela insegurança alimentar Porque o novo CSA é necessário? Primeiro, o sistema alimentar necessitava desesperadamente de um espaço inclusivo para a elaboração de políticas sobre questões de segurança alimentar na esfera internacional. Até então, e por omissão, esse vácuo permitiu que decisões fossem tomadas por fóruns poderosos não inclusivos, como o G8, ou por outros não especificamente objetivados em alcançar a segurança alimentar, como o Banco Mundial ou a Organização Mundial do Comércio. Em segundo lugar, o número de corporações e organizações internacionais trabalhando sobre questões da segurança a l i m e n t a r, a g r i c u l t u r a e f o m e s e m u l t i p l i c o u consideravelmente nos últimos 30 anos, mas o espaço político na esfera global para se obter coerência e coordenação entre todas elas não acompanhou essa evolução. Quando o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, convocou uma Força-tarefa de Alto Nível para reagir à crise alimentar de 2007-2008, por exemplo, mais de 20 corporações diferentes constavam entre seus participantes – indo da FAO e PAM ao FIDA e a OMC. 27 Fragmentação Esse número crescente de corporações e organizações levou à fragmentação e a um complexo – e frequentemente contraditório – mosaico de estratégias, orientações, estruturas, diretrizes, regras e políticas sobrepostas e desalinhadas. Ausência de Voz Pequenos fazendeiros, movimentos sociais rurais e OSCs também criticaram iniciativas globais e plataformas de segurança alimentar recentes – tal qual a “Parceria Global para a Agricultura, Segurança Alimentar e Nutrição”, proposta pelo presidente Francês Nicolas Sarkozi por ocasião do G8 de 2008 – por falta de transparência e por ser excludente e relutante em incorporar pessoas marginalizadas e do campo. Um país, um voto Assim, situado no interior de um fórum baseado no princípio da ONU de “um país, um voto,” um CSA fortalecido, reformado e inclusivo foi promovido por OSCs, pela FAO e por alguns governos como o local apropriado para abordar algumas das lacunas de governança identificadas acima. 28 No CSA, os Estados continuam sendo os atores principais Os Estados membro acertadamente continuam sendo os principais atores no CSA e na eliminação da insegurança alimentar e da fome. O documento de reforma do CSA de 2009 confirma a afirmação acima de várias maneiras. Por exemplo: + O voto e o poder de tomar decisões são atribuídos somente aos Estados membros + O document o de ref or ma conf ir ma a importância de planos elaborados pelos próprios países para combater a insegurança + E ele torna os estados responsáveis por lidar com a insegurança alimentar e monitora seu progresso nessa direção. Photo: Hillol Sobhan / IFSN 29 30 Photo: Alessandra Benedett / FAO Como funciona o CSA? Reunião Plenária Global Uma vez por ano, membros, participantes e observadores (ver abaixo) do CSA se reúnem como um todo na Sessão Plenária anual. A 37a Sessão na FAO, em Roma, em outubro de 2011, foi a segunda plenária desde que o CSA se tornou um fórum multiparticipativo. O Plenário é o principal evento no calendário do CFS e é o: "... corpo central para tomada de decisões, debate, coordenação, aprendizado e de convergência de todos as partes interessadas em nível mundial sobre questões relativas à segurança alimentar e nutricional e sobre a implementação das Diretrizes Voluntárias em Apoio à Realização Progressiva do Direito à Alimentação Adequada no Contexto da Segurança Alimentar Nacional.” As sessões plenárias são abertas a todas as três categorias de participantes do CSA - membros, participantes e observadores - e eles se concentram em temas específicos e questões relacionadas à segurança alimentar e nutricional, a fim de fornecer orientações e recomendações para prestar assistência a todas as partes interessadas na erradicação da fome. Na 37a Sessão Plenária, em 2011, por exemplo, houve três principais mesas-redondas para debater políticas sobre: + Como aumentar a segurança alimentar e os frágeis investimentos de pequenos produtores + Gênero, segurança alimentar e nutrição + A volatilidade dos preços dos alimentos. Representantes da sociedade civil podem participar destas mesasredondas através do Mecanismo de Sociedade Civil (veja abaixo), e todos os documentos de apoio e relatórios finais estão disponíveis online em 31 Trabalho entre as Sessões As reformas também deram um papel maior aos trabalhos em curso do CSA ao longo do ano, durante o período entre as Sessões anuais. Essas atividades são mantidas através de reuniões regulares da Mesa do CSA - o braço executivo do CSA que representa a maior parte dos membros do CSA entre as Sessões Plenárias e do Grupo Consultivo, que dá apoio à Mesa e mantém conexões entre os participantes e outras partes interessadas a fim de garantir a troca de informações em duas vias. O CSA é também informado e orientado pelo trabalho do Painel de Especialistas de Alto Nível, que fornece uma análise rigorosa por meio de relatórios e estudos sobre diversas questões relacionadas, como: 32 + Grilagem de Terras + Volatilidade dos preços dos alimentos + Proteção social + Mudança climática e segurança alimentar. "Países, OSCs e ONGs podem igualmente se fazer ouvir nas Sessões Plenárias do CSA. É isso que torna o CSA único.” Noel de Luna Ex-Presidente do CSA Photo: IFSN Photo Archive 33 Atores chave O CSA atualmente é composto por três tipos de atores: Membros, Participantes e Observadores (ver Tabela 1). TABELA 1. ATORES CHAVE DO CSA Qual Membros Participantes 34 Quem Direitos + O voto e a tomada de decisões é prerrogativa exclusiva dos Membros (incluindo a elaboração de relatórios finais das Sessões Plenárias do CSA) + Membros podem intervir no Plenário e iniciar debates + Aprovar atas de reuniões e a agenda + Submeter e apresentar documentos e propostas formais Representantes das agências da ONU (tais como FAO, FIDA, PAM, UNICEF, PNUD, OMS, Comitê Permanente de Nutrição e etc) + Podem participar do trabalho do CSA e contribuir regularmente com as atividades entre sessões em todos os níveis Sociedade civil e organizações não governamentais e suas redes, especialmente as representantes de: + Podem intervir na Plenária e abrir discussões + Contribuir na preparação de documentos de reunião e agendas + Submeter documentos e propostas formais 127 governos membros da FAO, do PAM, do FIDA, ou da ONU + Agricultores familiares + pescadores + pastoralistas + pobres urbanos Quem Qual + sem-terra + trabalhadores agrícolas e de alimentos + mulheres + jovens + consumidores + Povos indígenas e + ONGs cujos mandatos e atividades estão concentrados em áreas de interesse do CSA. Direitos Organismos internacionais de pesquisa agrícola (como GCIAI, Biodiversity International) Instituições financeiras internacionais e regionais (Banco Mundial, FMI, bancos regionais de desenvolvimento e OMC) Representantes de associações do setor privado e fundações filantrópicas privadas Observadores As organizações interessadas podem ser observadoras mediante convite do CSA ou da Mesa + Mediante convite do Presidente, podem intervir nas discussões Blocos regionais (ex.: SADC) e instituições intergovernamentais de desenvolvimento + Estes atores podem solicitar status de observador para momentos específicos, ou para sessões inteiras, mas para falar têm de ser convidados pelo Presidente. Outras redes e organizações (autoridades locais, fundações, instituições técnicas ou de pesquisa) 35 Como o CSA está organizado? O CSA é apoiado por vários organismos chave: A Mesa é composta pelo Presidente e 12 membros eleitos – dois de cada das seguintes regiões: África, Ásia, Europa, América Latina e Caribe, Oriente Próximo, e um da América do Norte e do Sudoeste do Pacífico. O papel da Mesa é: 36 + Garantir a coordenação de todos os atores em todos os níveis + Adiantar tarefas de preparação das Sessões Plenárias + Realizar tarefas delegadas pelo Plenário, inclusive preparar agendas, propostas e documentos + Dirigir os trabalhos do Painel Especialistas de Alto Nível (PEAN) + Remeter ao PEAN solicitação para que redija relatórios e análises cientificamente consistentes, claros e concisos para a Plenária ou para utilização entre sessões. + A presidência da Mesa, para o período 2011-2013, ficará a cargo de Yaya Olaniran, Embaixador e Representante Permanente da Nigéria junto à FAO, e seus 12 membros serão: Angola, Austrália, Brasil, China, Egito, França, Guatemala, Indonésia, Jordânia, Suíça, Estados Unidos, e Zimbábue. O Grupo Consultivo é composto por representantes de organismos chave da ONU (FAO, PAM, FIDA), além de outros participantes não-membros do CSA, como OSCs e ONGs, organismos internacionais de pesquisa, organizações f inanceiras e internacionais de comércio, o setor privado e entidades filantrópicas (ver Box 5). Box 5 Membros do Grupo Consultivo – 2011-2013 The World Forum of Fish Harvesters & Fish Workers (WFHFF), Margaret Nakato Lubyayi Membros Rotativos La Via Campesina, Ibrahima Coulibaly Organismos da ONU FAO (Organização para a Agricultura e Alimentação da ONU) La Via Campesina, Kalissa Regier FIDA (Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola) International Union of Food, Agricultural, Hotel, Restaurant, Catering, Tobacco and Allied Workers' Association (IUF), Svetlana Boincean Direito à Alimentação: Relator Especial da ONU sobre o Direito à Alimentação Movimiento Agroecológico de América Latina (MAELA), Maria Noel Salgado Escritório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos Organismos Internacionais de Pesquisa em Agricultura Força-Tarefa de Alto Nível da ONU para a Crise Mundial da Segurança Alimentar Biodiversity International Comitê Permanente de Nutrição da ONU (CPN) Banco Mundial Representantes da OSC Fundações filantrópicas / setor privado Mouvement International de la Jeunesse Agricole (MIJARC), George Dixon Fernandez Bill & Melinda Gates Foundation PAM (Programa Alimentar Mundial) World Alliance of Mobile Indigenous People (WAMIP), Lalji Desai Instituições Internacionais Financeiras e de Comércio International Agri-Food Network Indigenous Caucus (ICAZA), Jorge Stanley 37 A Secretaria dá suporte ao Plenário, à Mesa, ao Grupo Consultivo e ao Painel de Especialistas de Alto Nível, e atualmente está situada na FAO. MS Swaminathan, Presidente (Índia) Maryam Rahmanian, Vice-Presidente (Irã) Catherine Bertini (EUA) O Painel de Especialistas de Alto Nível (PEAN) Martin S Kumar (Austrália) tem um comitê independente diretor de 15 peritos que orientam tanto sobre políticas como sobre questões técnicas e científicas. Tewolde Berhan Gebre Egziabher (Etiópia)? O PEAN reúne equipes de projeto para trabalhar em relatórios e estudos específicos e pode lançar mão de uma relação de 120 importantes peritos internacionais para auxiliar em seu trabalho. Lawrence Haddad (UK)? Sheryl Lee Hendriks (África do Sul)? Alain de Janvry (França) Importante, o PEAN está autorizado a recorrer às melhores fontes de conhecimento acadêmico/científico do mundo, assim como às experiências de campo e conhecimento dos atores sociais e práticos de vários setores. Os seguintes 15 especialistas de renome mundial foram indicados pela Mesa Diretora do CSA ao Comitê de Diretor do PEAN para servir até a Sessão Plenária do CSA, em 2012. Renato Maluf (Brasil) Mona Mehrez Aly (Egito)? Carlos Perez del Castillo (Uruguai)? Roelof Rabbinge (Holanda)? Huajun Tang (China)? Igor Tikhonovich (Rússia)? Niracha Wongchinda (Tailândia) 38 39 Photo: Alessia Pierdomenico / FAO O Mecanismo da Sociedade Civil (MSC) é autônomo e autoorganizado. Grupo Consultivo Esse mecanismo facilita a participação de movimentos sociais e OSCs no trabalho do CSA, inclusive dando sugestões em negociações, discussões, deliberações e tomadas de decisão, e, ao mesmo tempo, propicia um espaço para o diálogo entre uma ampla variedade de atores da sociedade civil. O MSC é extensivo a todas as organizações envolvidas com a segurança alimentar, em todos os níveis e de todas as partes do mundo. Mecanismo da Sociedade Civil Comitê de Coordenação O CSA é dirigido por um Comitê Mundial de Coordenação cujos membros são selecionados pelo quadro de membros em geral. O Comitê de Coordenação é composto de 41 membros de 11 circunscrições (principais grupos de interessados) e 17 sub-regiões em todo o mundo (veja abaixo). Os membros do Comitê de Coordenação não representam suas organizações, mas prestam serviços no interesse de todos. Pequenos produtores formam o maior grupo do Comitê de Coordenação, já que representam a maioria das pessoas sem acesso à alimentação e produzem a maior parte dos alimentos do mundo. Um equilíbrio geográfico e de gênero é garantido: há o objetivo de assegurar que metade dos membros sejam mulheres. SOCIEDADE CIVIL Conferências do FIDA Mecanismos Nacionais de Segurança Alimentar 40 Contribuições do CSA COMITÊ DE SEGURANÇA ALIMENTAR MUNDIAL (CSA) Assembleia UNGA –Geral da ONU PEAN Mesa Painel de Especialistas de Alto Nível Conselho Econômico ECOSOC –e Social da ONU Plenária Conferências da FAO Estados Membros Conferências do PAM Sociedade Civil e Outros Participantes Equipes Nacionais da ONU Mais afetados pela insegurança alimentar 41 Respostas do CSA “A importância do CSA é de, como um fórum para mulheres, incentivar os Estados a investir na subsistência das mulheres do campo.” Fatimatou Djibo Moumouni Plataforma Camponesa do Niger 42 Photo: Hillol Sobhan / IFSN 43 Como participar + Volatilidade dos preços + Investimento Agrícola O CSA é mandatária para ir a campo e conversar, especialmente com os grupos e comunidades mais afetados pela insegurança alimentar - como os pequenos agricultores, mulheres, jovens, pastores, povos indígenas e pescadores artesanais. Há várias maneiras que você ou sua organização pode se envolver com o CSA. + Gênero + Nutrição + Terra + Quadro Estratégico Global + Crises e conflitos de longa duração Global Contate o Mecanismo da Sociedade Civil (MSC) 44 Para todos os detalhes dos contatos dos facilitadores dos Grupos de Trabalho, programas de trabalho, detalhes dos grupos de trabalho e documentos relacionados ao MSC, por favor consultem a página web do MSC: http://cso4cfs.org/ Faça contato com o MSC se dirigindo ao seu escritório ou contatando o membro de seu Comitê de Coordenação (CC) subregional. O membro de seu CC sub-regional gostará de lhe escutar e poderá lhe informar ou submeter seus pontos ou informações em debates ou reuniões do CSA no qual ele ou membros do CC estejam envolvidos. Apresente evidências ao Painel de Especialistas de Alto Nível Participe de um grupo de trabalho do MSC O PEAN em 2011 está acabando ou finalizou relatórios sobre grilagem de terras, volatilidade dos preços dos alimentos, proteção social e mudanças climáticas. Estudos adicionais foram solicitados por ocasião da 37ª Sessão Plenária do CSA. Atualmente o MSC tem os seguintes grupos de trabalho (abaixo), que são vias amplas de participação. Esses grupos de trabalho alimentam o programa de trabalho em curso do FSC. Sua organização pode apresentar comentários escritos ou consultar projetos anteriores de relatórios e estudos importantes preparados pelo Painel de Especialistas de Alto Nível. Organizações e indivíduos podem fornecer informações em qualquer dessas línguas principais: árabe, chinês, inglês, francês, espanhol e russo. Para a lista de relatórios ou estudos em curso e futuros nos quais o PPAN está trabalhando ou enviar comentários, informações ou evidências online, acesse: http://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/en/ Consultas Atuais Consultas no CSA, em Roma, sobre o projeto “Diretrizes Voluntárias sobre a Administração Responsável da Ocupação de Terras e Outros Recursos Naturais.” Se você deseja enviar informações ou comentários, o membro do CC pode orientá-lo. Participe do Plenário do CSA Se você é auto-financiado, você pode nomear representantes e encaminhá-los, através de seu membro sub-regional do CC, para assistir à Sessão Plenária anual do CSA e ao Fórum da Sociedade Civil em Roma, na Itália. Aproximadamente 150 delegados de OSCs de todo o mundo estiveram presentes, junto com outros observadores de OSCs, à Consulta às OSCs no MSC em Roma, em 2011. Delegados representativos também participaram de processos da 37ª Sessão Plenária. Consultas sobre o Quadro Estratégico Global Consultas online sobre o Quadro Estratégico Global da CSA. Esse será um documento de grande influência e nós encorajamos sua organização a comentar. 1) Você pode enviar comentários acessando: http://km.fao.org/fsn/cfsf 2) Você pode contatar o moderador acessando: [email protected] 3) Ou você pode fornecer informações à consulta da sociedade civil. 45 46 Photo: Alessia Pierdomenico / FAO Regional O CSA está duplamente comprometido com a expansão de consultas à sociedade civil em bases regionais. Seu distrito ou membro subregional pode orientá-lo sobre futuras conferências regionais da FAO, do FIDA ou do PAM que tenham conexão com o CSA e que se passem próximas a você. Centenas de grupos da sociedade civil participam das Conferências Regionais da FAO – que ocorrem a cada dois anos em lugares tão variados como o Cairo ou a Cidade do Panamá – e essas podem ser grandes oportunidades de expor seu caso, evidências ou idéias diretamente ao CSA. Nacional Por favor entre em contato com seu Membro sub-regional ou diretamente com o presidente de seu network, plataforma, ou mecanismo de soberania alimentar ou segurança alimentar nacional do CSA. Eles podem estar envolvidos em exercícios de mapeamento da fome ou discussões do CSA em nível nacional, mesas-redondas ou consultas através de grupos nacionais da ONU, e você tem o direito de conhecer e participar. 47 Recursos Documentos chave sobre o CSA Online Documentos mais recentes do CSA: Você pode acompanhar toda a atuação oficial do CSA e achar documentos e relatórios finais aqui: www.fao.org/cfs/en Esse site essencial – Civil Society for the Committee on World Food Security – contém todos os detalhes que você possa precisar sobre o CSA sob a perspectiva da sociedade civil, e apresenta todos os atuais representantes do CSA e documentos chave. Acesse: http://cso4cfs.org/ Vários debates e discussões online relacionadas ao CSA e à segurança alimentar mundial acontecem aqui, no Diálogo Global sobre Segurança Alimentar e Nutr icional. Acesse: http://foodnutgov.ning.com/ ActionAid International publica mensalmente uma atualização sobre o CSA. Acesse: http://www.actionaid.org/what-we-do/foodrights/food-crisis-policy Relatório final da 37ª. Plenária do CSA, de 17-22 de outubro de 2011, acesse: http://www.fao.org/fileadmin/templates/cfs/Docs1011/CFS37/do cuments/CFS_37_Final_Report_FINAL.pdf Resumo dos resultados do Forum do CSA, de 15-16 de outubro de 2011, acesse o site do MSC: http://cms4cfs.org Dois documentos chave da ONU sobre o CSA: O documento f inal da reforma do CSA (2009), acesse: http://www.fao.org/fileadmin/templates/cfs/Docs0910/ReformDo c/CFS_2009_2_Rev_2_E_K7197.pdf O documento final sobre o Mecanismo da Sociedade Civil do CSA (2010), acesse: http://www.fao.org/docrep/meeting/019/k9215e.pdf 48 Guias e relatórios chave da sociedade civil sobre o CSA: Global governance for world food security: a scorecard four years after the eruption of the 'Food Crisis', por Nora McKeon (2011). Acesse: http://www.boell.de/downloads/Global-Governance-forWorld-Food-Security.pdf Now's the time to make it happen, em Food Movements Unite! por Nora McKeon (2011) Acesse:http://www.cooperazioneallosviluppo.esteri.it/pdgcs/docu mentazione/ArticoliInterventi/2011-01-01_McKeonFoodFirst.pdf O Comitê de Segurança Alimentar Mundial Reformado, Um boletim informativo para a sociedade civil, por Mundubat e IPC (2010) Acesse:http://www.derechoshumanosdelcampesinado.org/es/desc argas.html?func=select&id=16 Consultas à sociedade civil para a 36ª Sessão do Comitê de Segurança Alimentar Mundial, Relatório Final, (2010) Acesse: http://foodgovernance.files.wordpress.com/2011/02/csoconsultation-final.pdf Photo: Hillol Sobhan / IFSN 49 Mecanismo da Sociedade Civil (MSC) - Constituintes (Total de 24, x2 Membros cada, exceto pequenos produtores que possuem 4 Membros) Pequenos Produtores (4) Nome: Henry Saragih Organização: La Via Campesina País: Indonesia Email: [email protected] Nome: Ibrahima Coulibaly Organização: La Via Campesina País: Mali Email: [email protected] Nome: Elisabeth Atangana Organização: PAFO (Pan-African Farmers Organisation) País: Camarões Email: [email protected] +1 a confirmar 50 Pesca Artesanal Nome: Muhammad Ali Shah Organização: World Forum of Fisher Peoples'/Pakistan Fisher Folk Forum País: Paquistão Email: [email protected] Nome: Margaret Nakato Organização: The World Forum of Fish Harvesters & Fish Workers País: Uganda Email: [email protected] Pastoralistas Nome: Lalji Desai Organisation: WAMIP País: India Email: [email protected] Nome: Safouratou Moussa Kané Organização: Association pour la Redynamisation de l'Evage au Niger País: Niger Email: [email protected] Sem Terra a confirmar Pobres Urbanos Nome: Davinder Lamba Organização: Habitat International Coalition (HIC) País: Quênia Email: [email protected] +1 a confirmar Trabalhadores da Agricultura e da Alimentação Nome: Svetlana Boincean Organização: International Union of Food, Agricultural, Hotel, Restaurant, Catering, Tobacco and Allied Workers' Association (IUF) País: Moldávia Email: [email protected] Nome: Alessandra Lunas Organização: CONTAG Brasil País: Brasil Email: [email protected] Mulheres Nome: Sarojeni Rengam Organização: Asian Rural Women's Coalition (ARWC) País: Malásia Email: [email protected] Nome: Fatimatou Hima Organização: Plateforme Paysanne du Niger País: Niger Email: [email protected] Juventude Nome: George Dixon Fernandez Organização: MIJARC País: Bélgica/Índia Email: [email protected] Nome: Kalissa Regier Organização: La Via Campesina País: Canadá Email: [email protected] Povos Indígenas Nome: Jorge Stanley Organização: Indigenous Caucus País: Panamá Email: [email protected] Nome: Saoudata Aboubacrine Organização: Indigenous Caucus País: Mali Email: [email protected] Consumidores Nome: Henry Kimera Organização: Consumers International Uganda (CONSENT) País: Uganda Email: [email protected] Nome: Judith Hitchman Organização: URGENCI País: França Email: [email protected] NGOs Nome: Natalia Landivar Organisation: FIAN Ecuador País: Equador Email: [email protected] Nome: Luca Chinotti Organização: Oxfam International País: Itália Email: [email protected] 51 Sub-Regiões (Total de 17, x1 Membro cada) América do Norte Nome: Christina Schiavoni Organização: WHY Hunger País: EUA Email: [email protected] America Central e Caribe Nome: Francisco Guerrera Organização: ATC - Asociacion de Trabajadores del Campo País: Nicarágua Email: [email protected] Região Andina Nome: Erminsu Iván David Pabón Organização: Instituto Mayor Campesino - MAELA País: Colombia Email: [email protected] 52 Cone Sul Nome: Maria Noel Salgado Organização: Movimiento Agroecológico de América Latina - MAELA País: Uruguai Email: [email protected] Europa Ocidental Nome: Stineke Oenema Organização: Policy Advisory for Food and Nutrition Security for ICCO/Netherlands, Chair of the European Food Security Group of CONCORD (EFSG) País: Holanda Email: [email protected] Europa Oriental Nome: Willy Schuster Organização: EcoRuralis Romania País: Romênia Email: [email protected] Pacífico A confirmar Ásia Ocidental Nome: Razan Zuayter Organização: Arab Group for the Protection of Nature País: Jordânia Email: [email protected] Sul da Ásia Nome: Ujjaini Halim Organização: Institute for Motivating Self-Employment Localização: Índia Email: [email protected] África Oriental Nome: Gertrude Kenyangi Organização: Support of Women in Agriculture and Environment (SWAGEN) País: Uganda Email: [email protected] Sudeste Asiático A confirmar Norte da África A confirmar Ásia Central A confirmar África Austral A confirmar Oceania A confirmar África Ocidental Nome: Djibo Bagna Organização: ROPPA País: Niger Email: [email protected] África Central A confirmar 53
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