informe - Sociedade Rural

Transcrição

informe - Sociedade Rural
01 A 10 DE JULHO DE 2016
informe
O
C A M P O
É
A
N O S S A
42ª
A exposição chega à sua
EDIÇÃO
Realização:
PARQUE DE EXPOSIÇÕES JOÃO ALENCAR ATHAYDE
MONTES CLAROS - MG
R A I Z
Diretoria Biênio 2015 / 2016
Presidente
1º Vice-Presidente
2º Vice-Presidente
3º Vice-Presidente
1º Secretário
2º Secretário
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
Osmani Barbosa Neto
José Luiz Veloso Maia
Antônio Soares dias
José Henrique de Carvalho Veloso
Sérgio Ricardo Peres Dias de Figueiredo
Durval Nunes Pereira Júnior
José Moacyr Guimarães Basso
Rodolpho Velloso Rebello
Diretoria de Serviços Gerais
Diretor de Relações Públicas
Diretor de Comunicação Social
Diretor de Informações
Diretor de Patrimônio
Diretor de Social
Diretor de Eventos
Diretor de Desportos
Diretor de Assuntos Creditícios
Diretor de Orientação Jurídica
Diretor Técnico de Assistência Veterinária
Diretor de Pecuária de Corte
Diretor de Agricultura
Diretor de Pecuária de Leite
Diretor de Feiras e Leilões
Diretor de Recursos Hídricos e Irrigação
Diretor de Difusão de Tecnologia
Diretor de Equídeos
Diretor de Agroindústria
Diretor de Meio Ambiente e Recursos Florestais
Diretor de Fruticultura
Leonardo Lima de Vasconcelos
Alexandre Antônio de Miranda Vianna
Leonardo Gentil Rocha Dias
Norberto Antônio de Assis
Maria Idalina Almeida Souza
Arnaldo Gonçalves da Fonseca Oliveira
Fernando César dos Santos Moura
Rômulo Augusto L’Abbate Marques
Renato Alencar Dias
Marcos Miguel Mendes
Cristina Athayde Rebello
Sérgio Rebello Athayde
Otaviano de Souza Pires Júnior
Avelino Ramalho Murta
Geraldo Bernardino Madureira
Roberto Murilo Peres Corrêa Machado
Rossini de Miranda Viana
Crisantino Almeida Borém Filho
João Gustavo Rebello de Paula
Dirceu Colares de Araújo Moreira
Conselho de Sindicância
Membro Efetivo
Membro Efetivo
Membro Efetivo
Suplente
Suplente
Suplente
Ricardo Quadros Laughton
Silene Maria Prates Barreto
Jair de Sá Miranda
Bernardo de Pimenta Pinheiro
Celmo Bernardino
Carlos Alberto Maia
Conselho Fiscal
Membro Efetivo
Membro Efetivo
Membro Efetivo
Suplente
Suplente
Suplente
Dario Colares de Araújo Moreira
Heli de Oliveira Penido
Paulo Roberto de Macedo
Lúcio Tolentino Amaral Júnior
Felipe Drumond de Souza pires
Danillo Velloso Ferreira Murta
Praça Lindolfo Laughton, nº 1373, Bairro Alto São João 39400-292, Montes Claros - MG
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Expediente
Editoria e assessoria de marketing
Junia Rebello
Editoria e jornalista responsável
Andréa Fróes - JP-MG 08153
Repórteres
Henrique Corrêa
Vanessa Araújo
Ana Maria Barbosa
Raissa Ramos
Yure Dickson
Fotos
Solon Queiroz
Junia Rebello
Andréa Fróes
Projeto gráfico e diagramação
Jésus Ricardo de Faria Almeida
Revisão ortográfica
Ana Teresa Rodrigues
Impressão
Rona Editora e Gráfica
Tiragem de 2.000 exemplares
Sociedade Rural
Av. Geral Athayde, 13.103, Alto São
João, Montes Claros, MG.
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Twitter: @socruralmoc
Instagram: @socruralmoc
Fotografia: Júnia Rebello
Índice
AGRONEGÓCIO:
SALVAÇÃO
DA ECONOMIA
BRASILEIRA
69
O agronegócio se
tornou o setor mais
relevante para a
economia brasileira,
Entrevista
6
9
12
18
19
20
09
Ele sabe o que faz:
Entrevista com Osmani
Barbosa Neto
Crônica
59
O Campo e a Aroeira
Matéria
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4
Ovinocaprinocultura
leiteira como
alternativa para o
agronegócio.
Informe Expomontes 2016
21
22
24
26
27
ELE SABE O QUE FAZ:
ENTREVISTA OSMANI
BARBOSA NETO
RURAL EM AÇÃO
TIJOLO POR TIJOLO
TERMÔMETRO DO MERCADO
PATROCÍNIO: UM BOM
NEGÓCIO NA EXPOMONTES
JOÃO DE QUIRINO*
PODER DE REPRESENTATIVIDADE
SICOOB CREDINOR QUER
PREMIAR VOCÊ.
COMBATE AO CAIXA 2
MONTES CLAROS SE PROJETA
NA GERAÇÃO DE EMPREGO E
RENDA
30
CÂMARA CONSTRÓI O
31
CAIXA DE RESSONÂNCIA DA
33
34
INFORMAÇÕES E SERVIÇOS ÀS
EDITORIAL
DESENVOLVIMENTO
POPULAÇÃO
ALIADA DO HOMEM DO CAMPO
PROJETO DA FIEMG LEVA
INDÚSTRIAS DA REGIÃO
35
36
PESQUISA E INOVAÇÃO
SUSTENTÁVEL
SINDICATO RURAL: GARRA
E ÂNIMO PARA O HOMEM DO
CAMPO
36
37
37
38
EFEITOS DA SECA NO NORTE
MINAS GERAIS
DE
DEZINHO DIAS: 86 ANOS
DE VIDA
DEZINHO DIAS
O EMPRESÁRIO RURAL E O
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
39
PARQUE DE EXPOSIÇÕES
JOÃO ALENCAR ATHAYDE:
VIVO E EM MOVIMENTO
40
LANÇAMENTO DA 42ª
EXPOMONTES
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47
A FORÇA FEMININA
48
50
BELEZA E JUVENTUDE DAS
RAINHAS
R AINHAS: APRESENTAÇÃO
O DOMADOR DE BURROS
CHUCROS
51
CREDENCIAMENTO NA
EXPOMONTES
53
52
SAMU NA EXPOMONTES
PARCERIAS VIABILIZAM SERVIÇOS
EXPOMONTES
DE SAÚDE NA
55
DELEGACIA MÓVEL DA POLÍCIA
CIVIL DE MINAS GERAIS.
56
AÇÕES DE SEGURANÇA PARA A
42ª EXPOMONTES
57
58
DICAS DE SEGURANÇA
59
60
CORPO DE BOMBEIROS GARANTE
EXPOMONTES
2016
SEGURANÇA NA
VISÃO ATUAL E FUTURA DO
CONTROLE DE CARRAPATOS
CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA
GRATUITA E MELHORIA DO
DESEMPENHO NO TRABALHO NO
CAMPO
64
65
66
67
68
LICENCIAMENTO AMBIENTAL:
MUITAS EXIGÊNCIAS, POUCA
PRATICIDADE.
PARABÉNS MONTES CLAROS
159 ANOS!
PELOS SEUS
CRESCIMENTO COM QUALIDADE,
SEM RETROCESSO
TORNEIO LEITEIRO SE DESTACA NA
EXPOMONTES
NOSSOS ATLETAS
ÁGUA: ESCASSEZ NO CAMPO E
NA CIDADE
PRODUTORES DO FUTURO
THEODOMIRO PAULINO:
TRADIÇÃO NA “EXPOMONTES”
98
EFEITOS DA SECA NO NORTE DE
MINAS GERAIS
CAVALEIROS DO NORTE
ESTILO NO CAMPO E NA CIDADE
OVINOCAPRINOCULTURA LEITEIRA
COMO ALTERNATIVA PARA O
AGRONEGÓCIO
82
84
86
92
JUNTOS SOMOS FORTES
Estilo no campo
e na cidade
FESTA DA NOSSA GENTE
OS MELHORES SHOWS NUMA DAS
MAIORES FESTAS AGROPECUÁRIAS
DO PAÍS
88
CRIANÇAS DA PEDIATRIA DO
HUCF VISITAM A MINI FAZENDA
89
EDUCAÇÃO AMBIENTAL - FONTE
90
91
RECEPÇÃO AO PRESIDENTE
DE DESCOBERTAS
42ª EXPOMONTES: FUTUROS
PROFISSIONAIS DA EXPOMONTES
80
RAINHAS
48
NELORE: A HEGEMONIA DE UMA
RAÇA
69
AGRONEGÓCIO: SALVAÇÃO DA
ECONOMIA BRASILEIRA
70
71
SALVE O BEZERRO LEITEIRO
72
75
76
80
81
O CAMPO E A AROEIRA
BOVINOS
62
73
74
MAIS CRÉDITO, MAIS
POSSIBILIDADES
AVALIAÇÃO ESPERMÁTICA DE
SINDI
TOUROS DA RAÇA
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5
Editorial
A
O chamado do campo
brindo mais uma Expomontes, a Sociedade Rural coloca em evidência toda a força realizadora do agronegócio norte mineiro.
O evento consagra, mesmo em tempos adversos, o trabalho
do produtor rural, persistente e corajoso, que constrói resultados surpreendentes pelo esforço, pela transformação e pela movimentação econômica.
O chamado do campo, nestes tempos de crises incontáveis, ainda se faz vigoroso, mesmo quando o clima é árido, a economia aponta para uma drástica recessão e o cenário politico é desalentador.
Parceiro da natureza em seus ciclos de renovar a terra, o produtor rural
prepara-se para dias melhores com revigorada esperança, atraindo para
o Parque de Exposições João Alencar Athayde a atenção de autoridades e
empresas de fomento. Busca elevar a voz do campo, num chamado para a
valorização do trabalho e da classe produtiva, mas principalmente da sociedade norte mineira, identificada com os mesmos desafios e almejando
as mesmas conquistas.
Quando a Sociedade Rural de Montes Claros convida para a grande festa, que
é a Expomontes, convoca também para a valorização do trabalho do produtor rural, para análise das politicas públicas, para novas oportunidades de
negócio, para a união de toda uma região na construção do desenvolvimento. Palco do agronegócio, não foge ao seu papel reivindicador, apontando os
gargalos na burocratização e morosidade dos licenciamentos ambientais,
abrindo caminho para mais crédito e mais possibilidades.
Com espaço para divulgar novas tecnologias, comercialização de produtos
e serviços, feira de agricultura familiar e projetos socioeducativos, a Expomontes traz os avanços da cidade, vitrine que é para empresários de diversos setores da economia. Energia solar, telefonia, internet, arte e educação
ladeiam máquinas agrícolas, bancos de fomento e sementes.
Na Expomontes 2016, a Sociedade Rural convoca para edificar um Brasil
novo, motivado pelas recentes mudanças, inspirado na ética e na politica
participativa e consciente. Convoca para traçarmos novos planos, ampliar
nossa visão empresarial e cidadã, erguendo os braços na construção de
um país mais justo e mais próspero. Raiz de tantas conquistas, é aqui que
lançamos nossas sementes. Este é o chamado do campo.
Júnia Velloso Rebello
Assessoria de Marketing
Sociedade Rural de Montes Claros
A Sociedade Rural de Montes Claros é uma escola de líderes. Entidade de classe em atividade
há mais de 70 anos, tem em seu quadro de associados grandes nomes que contribuíram para
o desenvolvimento regional. Muitos deles, acompanhando a tradição familiar de trabalhar no
campo, cresceram dentro da entidade, sob os exemplos da ética, associativismo e dedicação
altruísta. Outros, vindos de tantas terras se identificaram com a entidade e uniram-se a ela.
Sob a bandeira do agronegócio e do desenvolvimento regional, deixam aqui o seu melhor e
seguem semeando os valores que fundamentam essa entidade.
A Expomontes, evento realizado pela Sociedade Rural há mais de 60 anos, é fruto da união da
classe, da cooperação e da dedicação de muitos que colocam aqui o desejo de fazer essa terra
grande e próspera. E abraçam Montes Claros a cada ano, com a realização desta grande festa.
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7
Entrevista
8
Informe Expomontes 2016
“A Expomontes
é a resposta do
nosso trabalho.”
Osmani Barbosa Neto
ELE SABE O
QUE FAZ
O
menino que passou boa parte da infância e que brincava entre os pavilhões do Parque de Exposições João
Alencar Athayde vai viver pra sempre
na cabeça de Osmani Barbosa Neto. E toda vez
que abre uma das janelas da Sociedade Rural de
Montes Claros é como se um filme passasse na
cabeça do produtor rural. Hoje, como Presidente
da entidade, ele tem nas mãos uma das maiores
responsabilidades de nossa região: defender os
assuntos do homem do campo e manter viva a
tradição da Expomontes, uma das maiores festas
da agropecuária brasileira. E... ele sabe o que faz!
Em seu terceiro mandato consecutivo, Osmani
é o 25º Presidente da entidade. Ele já se tornou
referência e não mede esforços para defender os
assuntos que envolvem a agricultura e a pecuária, sobretudo, quando nesse espectro, o produtor está envolvido.
ral, Osmani acompanhou, de perto, e discutiu com
a classe rural as mudanças. Não só a modernização
da atividade no campo, o êxodo rural e a busca por
posturas sustentáveis. Mas também os desafios do
setor, os gargalos da crise econômica e a busca por
soluções. Caminhos esses que são construídos na
coletividade e na busca por parcerias.
Dar passos é importante. Mas olhar para a história é um referencial. Nos últimos anos, a Sociedade Rural passou a buscar na memória da instituição os caminhos para dar passos corretos e se
firmar ainda mais no Norte de Minas. A prova disso é a valorização dos muitos homens e mulheres
que ajudaram a construir a entidade nesses mais
de 70 anos. Pedaço de história que pode ser conferido no Memorial, inaugurado há dois anos.
Um exemplo disso é aprovação da MP 733, discutida, votada e já sancionada pleo Presidente
em exercício, Michel Temer. A Medida Provisória
amplia os prazos dos pagamentos das dívidas dos
ruralistas. Osmani saiu de Montes Claros e foi até
Brasília, para discursar e defender a proposta em
plenário da Câmara Federal. Por várias vezes retornou a Brasília-DF e contactou Deputados, líderes políticos e senadores.
Como carro-chefe dos inúmeros eventos promovidos pela Sociedade Rural, a missão da 42ª edição da Expomontes é ainda mais ousada. Manter
o sucesso de uma festa tradicional - movimentando negócios e dialogando com Montes Claros
- num ano de estagnação econômica. E é aí, que
o homem de visão, acostumado a tomar decisões
corretas dá lugar ao menino, que conhece cada
detalhe da lida do homem do campo. E é nesse
encontro de lembranças e saudações, que Osmani tem construído o presente dos ruralistas pensando no futuro.
Nesses quase seis anos a frente da Sociedade Ru-
Por que? Porque ele sim sabe o que faz.
b Entrevista
Texto: Henrique Correa (Jornalista)
Fotos: Junia Rebello
Julho, 2016
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Entrevista
Em entrevista ao Informe Expomontes, o
Presidente da Sociedade Rural de Montes
Claros fala de suas expectativas para mais
uma Exposição e os caminhos para o setor.
INFORME EXPOMONTES: Qual o atual desafio
da entidade?
Osmani Barbosa: Queremos buscar um projeto
maior, que é consolidar as lutas dos produtores
rurais. Nós temos o respeito do povo de Montes
Claros e precisamos estar próximos. Estreitamos
a nossa relação com a indústria e o comércio da
região. O que temos aqui durante a Expomontes
é um serviço que fizemos a todos. Dentro da própria Exposição, temos empresas que têm como
foco exclusivamente o homem do campo, mas
temos uma vitrine para outros segmentos como
educação, indústria e comércio. Temos a função
de difundir conhecimento para as crianças como
na mini fazenda, abrimos nosso espaço para
eventos, dias de campo, mas também fazemos
o nosso papel como o workshop de energia fotovoltaica e dívida rural que fizemos no ano passado. Nós temos um grupo de entidade que se
reúne para discutir Montes Claros e a Sociedade
Rural faz parte deste grupo. Somos um dos núcleos de discussão. Estreitamos a relação com a
indústria e o comércio da região. Temos que buscar tecnologia e trazer técnicas para as propriedades na atual realidade. Além de lutar por uma
valorização do trabalho do campo.
I.E.: Quais as expectativas para mais uma edição
da Expomontes?
O.B.N.: Com criatividade, daremos resposta à
crise. A Expomontes é a resposta do nosso trabalho. Não tenho dúvidas de que essa edição será
coroada com muito sucesso. Aperfeiçoamos a cada ano. De um ano para o
outro, avaliamos, analisamos os erros e acertos. Com isso, mudamos, refazemos. Não temos preguiça. Somos aguerridos, corajosos e, com muita serenidade e esperança, teremos um evento grandioso, repleto de excelentes
(mas excelentes mesmo) negócios. O homem do campo precisa de impulso
para prosseguir. Dias melhores virão!
I.E.: Sabemos que esse ano é um ano de estagnação. As empresas têm investido pouco. A força para superar a crise pode vir do campo?
O.B.N.: Com toda certeza. Somos o único setor que apresentou um PIB
positivo em 2015. Somos sementes que geram o futuro. É da terra que tiramos a nossa força para prosseguir. È da terra que alimentamos a nação.
Somos fortes e valentes e imbuídos dessa bravura sairemos mais fortes e
unidos. Pode ter certeza!
I.E.: Uma vitória recente e importante para os produtores rurais foi a aprovação da Medida provisória 733. Qual a participação da Sociedade Rural nesta
decisão?
O.B.N.: O texto da medida trata das dívidas rurais que envolvem produtores
rurais de regiões atendidas pela Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste). O Norte de Minas tem características semelhantes a
esses locais e, por isso, foi beneficiado. O nosso trabalho, não foi fácil. Nós
garantimos o direito ao produtor rural de um prazo maior para o pagamento
desses créditos contraídos. Passamos, nos últimos anos, por períodos difíceis de estiagem e precisamos deste apoio para reerguer e crescer. Nós procuramos nossos representantes para colocar as necessidades do Norte de
Minas para a pauta. Gastamos sola de sapato, batemos de porta em porta.
Inúmeras vezes fizemos seminários, fomos a Capital Mineira e Federal. Vencemos uma batalha, mas a luta continua. A aprovação da MP é uma parte da
solução. Além do endividamento rural, precisamos fazer uma renovação da
estrutura rural da cidade. Nós já tivemos 3 milhões de cabeças de gado na
região, agora existem 1,5 milhão. Depois de renegociar as dívidas precisamos de dinheiro novo para crescer. Essa nova verba viria para recuperação
de pastos. Para avançarmos, precisamos ainda de que sejam renegociadas
as dívidas dos produtores rurais da região da Sudene, independentemente
da fonte de recursos. Precisamos também, no âmbito do Banco do Brasil,
que sejam possíveis de renegociação valores superiores a R$ 200.000,00
(duzentos mil reais) na origem do débito, com possibilidade de quitação ou
renegociação com carência. Ainda carece de atenção, no âmbito do Banco
do Nordeste, possíveis quitações de operações com outras fontes de recursos, inclusive FAT. As discussões não se esgotam por aqui. Precisamos ainda
de recursos para investir no campo. Com dívidas, precisamos de incentivos
para voltar a produzir.
I.E.: O governo provisório do País já indicou alguma abertura para essas discussões?
O.B.N.: O que nós temos observado é uma visão progressista. Existia uma
dificuldade com a falta de respeito que o produtor rural recebia. Eu penso
que devemos fazer uma reforma agrária, se for realizada de forma organizada. Defender quem tem relação com o campo, que podem tirar proveito da
terra. E, claro, as terras precisam ser compradas e não invadidas. O desejo
de reforma por meio de invasões é um sistema falido e que dificulta o crescimento da agricultura e pecuária brasileira.
I.E.: Osmani, um dos problemas enfrentados no campo é a falta de mão
de obra. Na década passada, houve um grande movimento de saída do
campo para a cidade, que foi o êxodo rural. Esse processo ainda preocu-
10
Informe Expomontes 2016
pa os produtores?
O.B.N.: Nós já tivemos 90% da população do
país na zona rural durante a década de 1970.
Com a falta de apoio do governo para as pessoas se manterem no campo, essas pessoas
vieram para cidade. O que precisa ser feito é dar
estrutura ao homem do campo, precisamos ter
incentivo para que ele possa ficar. É necessário
dar segurança, educação aos filhos. Falta condição para manter o jovem no campo e por isso
ele vem pra área urbana. Países como Estados
Unidos entenderam essa necessidade e faz
com que as pessoas se firmem no campo. Nossa preocupação é que o êxodo rural gera um
crescimento desordenado nas cidades, dentre
inúmeras possibilidades de falência.
I.E.: O produtor rural enfrenta muitos desafios.
No norte de Minas, o período de seca é o principal deles. Sem falar dos problemas de conjuntura
econômica e também de saída de mão de obra,
como você mesmo disse anteriormente. Mesmo
com tantas pedras nos caminhos, a força ainda
está no campo?
O.B.N.: O produtor rural só sabe fazer isso. O
êxodo rural continua ocorrendo aqui dentro do
norte de Minas. Se pensarmos na nossa região, a
maior parte da renda dos municípios é da terra.
Mas com o enfraquecimento do campo, as cidades ficam com a economia prejudicada. É necessário encontrar uma solução para não esvaziar o
campo e inflar a população das cidades. Outra
coisa que precisamos é investir no ensino especializado. Temos um Brasil do campo, mas faltam
pesquisas, estar próximo do produtor pra passar
conhecimento. Faltam profissionais na terra junto do produtor.
I.E.: A Sociedade Rural fez 70 anos em 2014. Você
foi criado dentro da entidade e viu muitas discussões acontecerem por aqui. A missão da entidade
ainda é a mesma?
O.B.N.: A Sociedade Rural é uma entidade classista para defesa do produtor rural. Ela na época era
o único órgão representativo dos trabalhadores
rurais. Com o governo militar foi necessário criar
o Sindicato Rural, mas trabalhamos lado a lado.
Hoje, nossa instituição faz a Expomontes, colabora com a difusão de conhecimento e briga pelos
interesses do homem do campo. Todo o dinheiro arrecadado é para os trabalhos em benefício.
Aqui, estamos prontos para as várias frentes de
defesa do nosso mundo. Mas, também estamos
abertos à cidade de Montes Claros. Esse é o nosso
papel social. Aqui dentro na nossa casa que é o
Parque de Exposições João Alencar Athayde temos além do Sindicato dos Produtores rurais, o
IMA e o Sicoob Credinor. Tudo isso pronto para os
11
Informe Expomontes 2016
“
Somos o único setor que apresentou um PIB positivo em
2015. Somos sementes que geram o futuro.”
anseios desta importante feira. Durante a Expomontes, temos um programa
de estágio que ajuda os futuros profissionais que vão estar no mercado para
ajudar o produtor rural.
I.E.: E o futuro? Já que o Parque de Exposições é a casa da Expomontes,
como você gostaria de vê-lo?
O.B.N.: Assim como as cidades precisam planejar seu desenvolvimento,
queremos isso para o Parque de Exposições. Vamos fazer um plano diretor
para aproveitar melhor este que é o maior complexo de eventos de Montes
Claros. A Sociedade Rural não sobrevive com a ajuda de organismos públicos e por isso precisamos pensar em como aproveitar melhor. Queremos
trazer junto da gente parceiros para o homem do campo. Quero fazer como
meu legado para os futuros presidentes um espaço ainda mais vivo para o
homem do campo e para a cidade em que vivemos.
I.E.: Sua gestão à frente da Sociedade Rural já indicou um respeito ao passado, uma preocupação com o presente e um olhar para o futuro. Quais as
bases da sua gestão?
O.B.N.: Trabalhar com a representação da entidade. Há três anos começamos a lançar a exposição com uma cavalgada na cidade para mostrar o valor
da classe rural. O segundo é continuar lutando pela independência financeira da nossa Sociedade Rural e isso beneficia o produtor. O terceiro é Lembrar a memória do homem do campo, como na nossa obra do Memorial,
que inauguramos como parte das comemorações dos 70 anos da instituição
durante a Expomontes de 2014.
I.E.: O trabalho realizado na Sociedade Rural acaba refletindo em toda cidade e na região, já que a Expomontes é hoje a principal feira de agronegócio e
pecuária do Norte de Minas. Qual a sua relação com Montes Claros?
O.B.N.: Esta é a minha cidade é a minha terra. Quem não quer ajudar seu
mundo? Podemos construir um projeto para a cidade. Sou um representante classista e defendo meus parceiros. Montes Claros precisa de paz e não de
enfrentamento, isso em todos os setores.
RURAL
RURAL
EM AÇÃO
Seminário
Endividamento Rural
A Sociedade Rural, o Sindicato dos
Produtores de Montes Claros e a Secretaria Municipal de Agricultura realizaram,
em setembro do ano passado, no Auditório
Osmani Barbosa, no Parque de Exposições
João Alencar Athayde, o evento ENDIVIDAMENTO RURAL E SOLUÇÕES.
Comandando os debates estavam João
Henrique Hummel – Diretor Executivo da
Frente Parlamentar da Agropecuária e Edvaldo Brito, especialista em crédito rural e
Assessor Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA.
Centenas de produtores rurais, contadores e estudantes participaram do evento,
que teve como objetivo apresentar prejuízos,
problemas e soluções acerca do tema. Foi
possível também esclarecer aos presentes
sobre a atual situação pela qual o produtor
rural passa. Para ele, há um grande gargalo
ainda referente ao assunto, sobretudo quando o assunto é informação.
O evento teve o importante apoio da Deputada Federal, Raquel Muniz.
Fenics 2015
A estrutura do Parque de Exposições João Alencar Athayde foi novamente o palco para realização da
FENICS – Feira Nacional da Indústria
Comércio e Serviços de Montes Claros. O evento, promovido pela ACI,
ocorreu no período de 10 a 13 de setembro de 2015 e contou com inúmeras atrações, como: exposições,
distribuição de panfletos,
shows, desfiles de moda,
lançamento de produtos,
dentre outras atividades
dessa natureza.
Complexo de eventos
Foram realizados no Parque de Exposições João Alencar
Athayde 245 eventos em todas as áreas físicas (Centro Social, Centro Eventos, Auditório, Tattersall, Parque, Praça de Eventos Fernando Rebello Athayde, Quadra Poliesportiva Toninho Rebello, Casa do Criador, Churrasqueira, Pista Vaquejada), dentre os
quais destacamos:
• Lançamento do Livro sobre Toninho Rebello
• Exposição Especializada do Mangalarga Marchador – 05 a 08/03
• Eleição do Conselho de Administração do SICOOB CREDINOR
• Feirão da Caixa Econômica Federal
• Feira Frutinorte e Simpósio Sibanana (Epamig) – 08 a 11/06
• Exposição do Cavalo Pampa
• Assembleias Gerais
• Shows musicais, como Luan Santana, Wesley Safadão, Skank, Jota Quest
• Colação de Grau
• Casamentos
12
Informe Expomontes 2016
Combate a incêndio
O Parque de Exposições João Alencar Athayde da Sociedade Rural sediou o primeiro comando unificado de combate a incêndio do Norte de
Minas. A carreta-comando do Corpo de
Bombeiros e as barracas da Polícia Militar de Meio Ambiente, Copasa, da Organização Vida Verde (Ovive), do Exército,
da Guarda Municipal e da Defesa Social
da Prefeitura de Montes Claros permaneceram no local por 11 dias depois do
aumento no índice de focos de incêndios em toda região.
O Tenente Dilson Veloso, dos
Bombeiros, descreveu na ocasião a importância de um
local com viaturas, equipamentos, insumos e vans
- uma central de logística
e comunicação, naquele
período critico de seca, sol
forte e baixa umidade relativa do ar.
Leilões
Foram realizados 15 leilões durante o ano de 2015, além dos 11 da
EXPOMONTES, totalizando 26.
Eles ocorreram no Tattersall Daul
Dias e no Centro de Eventos. Para
ajudar na reforma das instalações
do Sindicato Rural, a entidade lhe
cedeu um leilão, cujo rendimento
foi de R$ 18.212,08.
Locação Do
Restaurante Do
Clube Social
Foi firmada parceria com
a Casa Amaral para instalação de um restaurante nas dependências do Clube Social. O
prazo de locação é de 60 meses, cujo
início se deu em 1º/06/2015 e o término se
dará no dia 1º/06/2020. Essa iniciativa representou mais uma opção para os nossos associados e mais uma receita para a entidade.
Articulação
institucional
Foram realizadas gestões junto
a diversas autoridades estaduais e
federais, objetivando a prorrogação
das dívidas vencidas e vincendas em
2015, 2016, 2017 e 2018, por no mínimo 10 anos, equalizando as taxas
de juros para 3,5% a.a. Como resultado do trabalho foi editada pelo
Governo Federal a Medida Provisória 707, divulgada em 31/12/2015.
Foi enviado ao Escritório Regional Norte do Instituto Estadual
de Florestas – IEF documento de
solicitação de implantação dos Corredores Ecológicos no Norte de Minas.
A Sociedade Rural de Montes
Claros, juntamente com a ADENOR, SICOOB CREDINOSSO,
CDL, FIEMG Regional Norte, SICOOB CREDINOR, ACI, FUNDETEC, Inter TV Grande Minas e
Sindicato Rural de Montes Claros,
promoveu diversos fóruns de discussões regulares, com o propósito
de identificar e tratar os projetos
prioritários para o desenvolvimento
regional. Estes encontros culminaram na elaboração do documento
intitulado: 12 mandamentos estruturantes para o norte de Minas
Gerais. O referido documento foi
remetido a diversas autoridades
brasileiras.
Foi entregue ao Governador
Fernando Pimentel documento
com diversas reivindicações dos
produtores rurais do Norte de Minas, quando da sua visita a nossa
cidade para empossar o Secretário
de Estado de Desenvolvimento e
Integração do Norte e Nordeste de
Minas Gerais (SEDINOR), Deputado Estadual Paulo Guedes.
Na capital Mineira, foi promovida audiência com o Secretário de
Estado de Agricultura, Pecuária e
Abastecimento de Minas Gerais, Sr.
João Cruz dos Reis Filho, levando
várias reivindicações dos produtores rurais do Norte de Minas.
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I Feirão Rural Da
Safra
Para auxiliar o produtor rural
na preparação e planejamento da
sua colheita, a Sociedade Rural de
Montes Claros realizou o 1º Feirão Rural da Safra, no período de
25 a 27 de setembro. Este evento
contou com a parceria da empresa
Gad Yah (Mariah Carvalho). Diversas empresas do setor agropecuário participaram com a montagem de estandes. Houve leilão,
palestras, team penning, rodeio,
copa de marcha, show musical,
Feira de Touro do Pró-Genética e
rodeio, este obteve sucesso absoluto. 30 mil pessoas passaram pelo
Parque nos dias do evento.
“Ofertamos o espaço aos
nossos parceiros da Expomontes
para que eles pudessem realizar
vendas, fortalecer a marca e viabilizar novos negócios. Além disso,
criamos condições ao homem do
campo de enfrentar o mercado,
sobretudo em períodos de adversidades climáticas como o atual na
região. Por isso, idealizamos esse
evento com informação através de
palestras, exposição de novidades
tecnológicas, espaço de trocas e
ações sem atravessadores, como
leiloes e feiras de animais. Um
mix de atividades que culminava
todos os dias, à noite, em festa”,
encerrou Osmani Barbosa Neto,
presidente da Sociedade Rural.
O foco principal do evento
foi à comercialização de insumos
e produtos, dado o momento de
início de safra, que bate à porta do
homem do campo.
“Lançamos a ideia, que foi totalmente aceita por todos envolvidos no processo. O nosso objetivo
foi aceito e aprovado. Esperamos
que nas próximas edições haja um
crescimento mais significativo”,
descreveu Moacyr Basso, diretor
financeiro da Rural.
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Informe Expomontes 2016
Sucesso atestado
Mariah Carvalho, marketing de negócios da Rural afirma
que por causa da atual situação econômica brasileira, não
era esperado resultado tão significativo.
“Em se tratando de um primeiro evento
abrimos todas as portas para que se formatem e
consolide mais uma vitrine do agronegócio regional. Sequência da Expomontes, o evento parte
dos expositores de 2015. Criamos projeções futuras que trarão todas as possibilidades para o
segmento em nossa região”, conclui.
Leonardo Rodrigues, gerente regional da
Caixa Econômica Federal afirmou que o Feirão
contribui para reforçar a marca, firmar o
relacionamento com o cliente e prospectar novos parceiros.
“Trouxemos uma unidade móvel
e certamente em 2016 será muito melhor e teremos crescimento em todos
os sentidos”, garantiu.
Gilberto Gualter dos Santos, diretor da Triama Norte, que trouxe um
grupo chinês à Feira acredita que o ponto
de partida para um novo espaço de comercialização foi dado.
“Tirar a ideia do papel já é um grande
avanço. 2016 será muito melhor. Agora, já
deu certo o Feirão. Para a nossa empresa foi
bastante positivo o saldo”, diz.
Rubens Junior da Tratorvel, mal descarregou os equipamentos na semana passada
e vendeu duas máquinas estimadas em R$
500 mil.
“Ficamos animados com essa primeira
mostra. Prova disso que já estamos pensando em como ampliar nossa participação em
2016”, finalizou.
Ricardo Lopes, da Parceria Agrícola, contabiliza excelentes negócios no Feirão.
“Para a nossa empresa foi muito bom, bastante positivo. Concretizamos negócios e recebemos produtores de
várias cidades da região. Nós também já estávamos fazendo um
trabalho de captação e prospecção de clientes, pois criamos um pacote especial com condições diferenciadas para o evento”, afirmou.
Durante o 1º Feirão, uma Comitiva de Chineses esteve na Rural
para conhecer o potencial do agronegócio do Norte de Minas.
Objetivando trazer informações aos produtores rurais sobre a
origem do prolongado período de estiagem vivenciado no Norte de
Minas realizamos, no dia 25 de setembro de 2015, uma palestra sobre
A Influência do El Nino na Estação Chuvosa do Norte de Minas, com
o Meteorologista Dr. Ruibran dos Reis.
RURAL
RURAL
Energia Solar
A Sociedade Rural de Montes Claros
objetivando buscar novas alternativas que
viabilizem ao produtor rural o acesso a soluções de convivência com as dificuldades
enfrentadas diante do aumento das contas
de energia elétrica, promoveu no dia 24 de
novembro de 2015, reunião para discussão sobre a implantação energia
fotovoltaica. Evento que posteriormente foi desdobrado no I Workshop de
Energia Solar no Campo,
no Norte de Minas.
EM AÇÃO
I Workshop de Energia Solar no
Campo
O Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes
Claros, foi palco do I Workshop de Energia Solar no Campo. Uma
realização da Gad Yah Marketing de Negócios, apoiada pela Sociedade Rural conta também com a parceria do Sebrae, Adenor, Prefeitura Municipal de Montes Claros, Emater-MG, UFMG, Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Sicoob Credinor e
Cemig. O evento foi promovido em fevereiro.
Gabriel Pimenta e Mariah Carvalho, da Comissão organizadora, avaliaram positivamente as discussões.
“Durante toda a organização diversos segmentos foram contatados. Montes Claros abraçou a proposta que ofereceu novos
serviços para o empreendedores do campo. Tivemos a certeza de
nossa proposta foi aceita foi um sucesso, tanto de critica quanto de
público. Um assunto dessa importância tratado por especialistas na
área não poderia ter resultado diferente”, afirma Mariah Carvalho.
Para Osmani Barbosa Neto, Presidente da Sociedade Rural, o
Brasil é um dos poucos países no mundo que recebe uma insolação
superior a 3000 horas por ano.
“Esse é um importante quesito para darmos andamento aos
projetos na região. É muita luz, podemos dizer abundante e há muito a se desvendar nessa ramo. Decidimos reunir em um só lugar
produtos e serviços para facilitar a vida do produtor rural. Esperamos que todos saiam daqui com informações necessárias para
viabilizar projetos nas propriedades”, descreve Osmani.
Como foi o evento
Na área externa do Parque foi construída uma usina fotovoltaica para estudo e análise. O evento contou com um publico diversificado: Autoridades políticas, empresarias, estudantes, produtores
rurais e pesquisadores.
O Engenheiro Marcelo Medeiros da Ideia Solar será responsável pela Mini Usina.
“Apresentamos detalhadamente ao público do evento como
funciona uma usina de produção de Energia Solar Fotovoltaica
e como acontece todo o processo, desde o projeto personalizado
que fazemos, instalação, nossa intermediação junto à Cemig, bem
como as diversas possibilidades de financiamento. Muito conhecimento num só lugar”, garante.
Clesio Robert, da Facilita Energias Renováveis afirmou que a
empresa que ele representa apostou no evento. “Firmamos novas
parcerias, captamos clientes e conseguimos apoiadores focados na
mesma causa que é auxiliar o produtor rural quanto às soluções
que a empresa tem a oferecer”.
A Facilita apresentou soluções de geração de energia através de
kit solar fotovoltaico disponível para produtores rurais com equipamentos de qualidade existentes no mercado e condições especiais de pagamento.
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15
RURAL
RURAL
EM AÇÃO
Entretenimento
Em três dias, foram promovidos leilão, palestras, visitas técnicas, feiras de touros e fêmeas e shows de Sérgio & Rodrigo,
Baião Tropical e Clayton & Romário. Muita adrenalina na arena erguida no Parque de Exposições, 34 peões montaram em 30
animais.
Os Locutores Barra Mansa e Junyo Estrada animaram o rodeio. O grande campeão da disputa foi Antônio Carlos de Bocaiúva. Em segundo lugar, ficou o Nilton Pereira, de São João das
Missões; em terceiro lugar, Junior Borges, de Montes Claros.
“O rodeio entrou para o calendário da Sociedade Rural, automaticamente para Montes Claros”, garantiu Osmani Barbosa
Neto, que animado comemorou os resultados de todo o Feirão.
No domingo pela manhã ele visitou todos os expositores juntamente com os Diretores Moacyr Basso e Sérgio Peres.
Norte de Minas
Para o Doutor Guilherme Guimarães, Coordenador do Curso de
Engenharia Civil da Universidade Estadual de Montes Claros, o tema
discutido é um dos principais produtos do mundo atual. Quem produz
Energia Solar já sai à frente tanto na comercialização quanto no incentivo à instalação de empreendimentos produtivos, como indústrias, por
exemplo.
“O Norte de Minas apresenta sérias dificuldades para o seu desenvolvimento, devido à escassez de recursos hídricos, a falta de mão de obra
qualificada e a distância dos principais centros consumidores do País.
Mas por outro lado, tem um enorme potencial de luminosidade, que é a
matéria prima para a produção de energia fotovoltaica. Entretanto, não
existe uma cultura para o desenvolvimento desta atividade, além das alternativas existentes no mercado ainda não caras. Desta forma, uma discussão da energia fotovoltaica na região é muito importante para se criar
um ambiente para o desenvolvimento desta atividade, aproximando os
fornecedores de equipamentos, projetistas, universidades e consumidores, o que poderá possibilitar a adaptação de tecnologias mais apropriadas para nossa região”, acrescentou.
Questionado sobre a viabilidade da Energia Solar no Campo, Guilherme pondera.
“A grande questão é adaptar as técnicas existentes para tentar viabilizar pequenos geradores, o que viabilizaria a implantação no Campo.
As atuais propostas sugerem grandes usinas, para viabilizar a sua implantação. A associação com as Instituições de Ensino regionais poderá
proporcionar o desenvolvimento de arranjos mais adequados ao perfil do
consumidor do campo”.
16
Informe Expomontes 2016
Time de campeões
Cooperação é uma palavra que sempre vem
junto das pessoas que estão em busca de incentivar
equipes de trabalho. Mas quando no lugar da equipe existe um time?
Só de trocar a definição para o conjunto desses colaboradores à cooperação muda de incentivo para realidade. Todos envolvidos em um único
propósito, cada um com sua contribuição, com
suas qualidades pessoais, multiplicando vitórias.
As pessoas são transformadas e também transformadoras com seus sorrisos, olhares e boas palavras.
São estes 22 rostos que recebem os produtores
rurais e a comunidade montes-clarense na Sociedade Rural e na nossa casa que é o Parque de Exposições João Alencar Athayde.
A dedicação e o esforço de cada um deles é
uma parte fundamental para a realização da nossa
maior festa: a Expomontes.
TIJOLO POR
TIJOLO
A
Expomontes é uma feira consolidada, que possibilita aos produtores rurais e empresários realizarem bons negócios, pois congrega em um só
espaço, as maiores demandas do homem do campo. O Parque de Exposições João Alencar Athayde, em mais
de 100 mil metros quadrados, detém estrutura que não deixa a desejar para região nenhuma do Brasil.
vezes, ele se sente impotente e distante para reivindicar, como foi
com a Medida Provisória 733, que trata da prorrogação das dívidas
rurais”, explica.
“São montados estandes que oferecem uma gama enorme
de produtos e serviços; provemos leilões de gado de leite,
gado de corte, exposição de gado bovino, equinos, caprinos
e ovinos; shows , parque de diversões, entretenimento; feira
da agricultura familiar; praça de alimentação; barzinhos; palestras; instituições bancárias; torneio leiteiro e etc”, afirma
o diretor financeiro Moacyr Basso.
EXPOMONTES FOMENTA ECONOMIA
A 42ª Expomontes funciona como um antídoto, possibilitando
que o produtor rural realize bons negócios, é o que afirma otimista Moacyr, que garante que a Feira congrega, em um só lugar, as
maiores demandas do homem do campo. Instalada no Parque de
Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros.
Para o economista Aroldo Rodrigues, eventos como a Expomontes são um novo gás durante períodos de turbulência financeira. “As feiras agropecuárias espalhadas são verdadeiras vitrines dessas novas tecnologias. Expositores utilizam
o espaço para divulgar as inovações em pesquisa e transferência de tecnologias ao setor produtivo além de espaços de
facilitação e acesso ao crédito”, explica.
“Oportunizamos a realização de contatos entre vendedor e comprador porque concentramos as ações no mesmo ambiente. Imagine uma empresa, como a Triama Norte, visitar digamos que 100
mil clientes. Um a um ia ser demorado e oneroso. Gastaria um recurso alto e demandaria tempo. A Expomontes é a vitrine do agronegócio. Um evento segmentado”, afirma.
Segundo Moacyr, a Sociedade Rural tem um grande prestígio e estrutura construída tijolo a tijolo.
“Estamos encerrando nosso terceiro mandato e nesse período
fomos responsáveis pelo pagamento de quase 60% da construção do Centro de Eventos, em ambiente único de Montes Claros. Além de quitarmos também o restante da área adquirida
para a expansão do perímetro do Parque, assim como sua pavimentação, o que proporcionou aumento da área e possibilitou
mais espaço para a Expomontes”.
De acordo com ele, nesse processo de construção e ampliação da
Sociedade Rural, a entidade permanece sólida, sem apoio governamental. Um dos reflexos disso é o aumento do seu patrimônio.
“Isso nos dá condições para que possamos, cada vez mais, defender os interesses do nosso produtor junto dos órgãos onde, muitas
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Informe Expomontes 2016
Ele afirma que é preciso os produtores rurais continuarem unidos
e cada qual pondo seu tijolo na construção da Sociedade Rural
“grande e forte, feita com a soma de esforços”.
Em meio à crise, onde o cenário busca cortar gastos, a Sociedade
Rural tem criado oportunidades, consolidando ideias e projetos
para a Expomontes. O fato é que, mesmo com retração, a Expomontes é a grande chancela da economia regional, que, neste momento, é essencial para o Norte de Minas.
Ele afirma ainda que em regiões com dificuldades climáticas, como o Norte de Minas, mostrar opções tecnológicas e
novidades pode transformar resultados. “Um campo forte é
aliado dos indicadores econômicos, ajuda nos crescimento
do PIB, melhora os resultados da balança comercial, e por
conta da produtividade maior, também aumenta a oferta
dos produtos agrícolas o que ajuda a equilibrar os preços,
com menos pressão na inflação de alimentos”.
É com otimismo e atenção para novidades que o diretor financeiro da Sociedade Rural espera receber a exposição. “Celebramos
mais uma Mostra. É emocionante ver que com o cenário atual a
Expomontes mostra sua força. Os patrocinadores e expositores de
produtos, serviços e animais não deixaram de investir. A empresa
de shows apresenta uma grade incomparável. Satisfação muito
grande para quem participa ativamente nesse movimento classista que é bem maior que todos envolvidos. Nossa pretensão é promover um ambiente estimulante ao intercâmbio de informações
e relacionamentos entre os diversos elos da cadeia do agronegócio”, conclui Moacyr.
TERMÔMETRO
DO MERCADO
D
urante os dez dias de exposição, os estandes
são portas para o primeiro contato e o começo
de bons negócios. Apesar de a crise desestimular muitos setores da economia, empresas não
perdem a oportunidade de estarem próximas ao consumidor.
Segundo a responsável pelo marketing de negócios da Sociedade Rural, Mariah Carvalho, a venda de estandes para esta
exposição está dentro do previsto.
“O ano de 2015 também foi um ano difícil e mesmo assim
as empresas tiveram ótimos resultados, muitas empresas
depositam a sua confiança na Expomontes para ter bons
negócios e recuperar-se da má fase da economia e 2015 mostrou que isso é possível”, afirma Mariah. Uma novidade para a
42ª edição da exposição é o setor de energias renováveis, que
faz parte do projeto iniciado com o Workshop Energia Solar no
Campo, promovido pela entidade classista no ano passado. Os
Bancos do Brasil, Sicoob Credinor e Banco do Nordeste estão
trazendo para a Expomontes linhas especiais para o setor.
Uma das empresas que retorna para a Exposição é a Andrade Móveis e Adornos. “Trazemos opções para os clientes com muito ânimo, nesses últimos meses sentimos uma
recuperação do otimismo do consumidor e isso reflete um
bom resultado durante a Expomontes”, explica o gerente
de vendas Diogo Andrade. Ele explica ainda que, para uma
empresa que está há 25 anos no mercado, ter um estande é
uma forma de aproximar e mostrar as novidades em produtos. “Levamos opções para imóveis da cidade ou que cabem
no campo e estamos prontos para recepcionar os visitantes
e mostrar o que temos de melhor”, completa.
Segundo Mariah, os empresários não querem perder a oportunidade de se aproximar de novos clientes e oferecer novidades para os já conhecidos. “Os estandes são o demonstrativo da força comercial da Expomontes, a feira tem se
consolidado como um importante oásis comercial que tem
trazido resultados espetaculares para o expositor”.
EXPOSITORES ESTANDES 2016
• AGUACENTER POÇOS ARTESANAIS LTDA
• V&M PRODUTOS AGROPECUÁRIOS – CIA RURAL
• BRA INDUSTRIA E COMÉRCIO DE BALANÇAS EIRELI
• ASSOCIAÇÃO NORTE MINEIRA DE MÉDICOS VETERINÁRIOS E
ZOOTECNISTAS
• BANCO DO NORDESTE
• CAIXA ECONOMICA FEDERAL
• CASA DO ADUBO LTDA
• CASA GENÉSIO TOLENTINO
• EPAMIG – EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS
• FACULDADES SANTO AGOSTINHO
• FUNORTE / SOEBRAS ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASIL
• INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DA UFMG – ICA
• MINI FAZENDINHA
• MDS INSUMOS AGROPECUÁRIOS LTDA CONFBOI
• MOBILIADORA ANDRADE
• ORTHOMONTES
• PARCERIA PRODUTOS AGRÍCOLAS LTDA
• POÇOS ARTESIANOS
• PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS
• TECNUTRI – TECNOLOGIA EM NUTRIÇÃO ANIMAL LTDA
• LEGAL CAP
• EMPRESA JÚNIOR DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - ECONOMONTES
• VALFRAN INDUSTRIA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
• INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DO NORTE E NORDESTES DE MINAS
GERAIS - IDENE
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Patrocínio:
Um bom negócio na Expomontes
Júnia Velloso Rebello
Assessoria de Marketing
Sociedade Rural de Montes Claros
É
grande o número de empresas que associam suas marcas a eventos. O patrocínio tem sido uma ferramenta eficiente
do marketing, possibilitando uma aproximação entre as marcas envolvidas e criando,
desta maneira uma identidade entre patrocinador
e patrocinado. Eventos musicais, esportivos, culturais e socioambientais trazem uma experiência
positiva aos consumidores, gerando empatia e
uma relação próxima com o público.
Em sua 42ª realização, a Expomontes é muito
bem avaliada por seus patrocinadores, que veem
no evento oportunidades para se ligar a públicos
diferenciados. É uma data importante regionalmente, ícone no segmento, bem divulgada e gera
muita mídia espontânea. Trata-se de uma marca
conceituada e consolidada, que carrega anos
de sucesso de público e congrega múltiplos públicos. A duração do evento também favorece o
contato com clientes.
Grandes empresas nacionais movimentam o cenário
de patrocínios no Brasil através de feiras negociais,
eventos culturais e esportivos, e usam de pesquisas
e análises financeiras para mensurar o retorno do
investimento. No entanto reconhecem que, além de
aumento em vendas, a mídia espontânea e a visibilidade são termômetros eficientes para perceber o
resultado da ação.
Temos relatos importantes sobre essa parceria.
Clientes que escolheram a Expomontes como porta de entrada no agronegócio regional atestam os
avanços conseguidos em pouquíssimo tempo, uma
vez que a visibilidade dentro do evento permite
muitos negócios, mesmo que aconteçam posteriormente.
Os investimentos neste segmento vêm crescendo
no mercado nacional, porque já está entendido
que patrocínios não são ações assistencialistas,
mas um módulo do mix de marketing. Uma ação direta e eficiente para atingir com sucesso o público
almejado.
Alguns dos benefícios são amplamente percebidos.
Divulgação institucional, marketing direcionado,
fidelização de clientes, fazendo com que a promoção dos produtos e serviços da organização seja
sempre exitosa. Destaque também para as oportunidades de contactar profissionais formadores de
opinião do seu segmento; ser reconhecido como
um promotor de ideias e gerar novos mailings.
Patrocinadores de Feiras de Negócios conseguem
facilmente promover uma comparação vantajosa da sua marca sobre seus concorrentes. Além
disso, ser reconhecido como co-realizador de um
projeto, gera uma ampliação do share of mind
(lembrança da marca) impactando positivamente
nas cadeias de negócios.
Partindo do princípio de que patrocinar é mexer com
aspectos intangíveis, qualquer marca tem grandes
oportunidades em eventos dessa magnitude. Patrocinadores que buscam agregar valor à reputação de
sua marca, encontram neste evento ações que incentivam a cultura regional, que provocam reflexões
sobre o meio ambiente, além de promover a inclusão
social e financeira a todo o tipo de empreendedores.
A marca Expomontes trabalha esses valores há
mais de 50 anos, uma vez que o evento existe para
esse fim, educando para a valorização do trabalho,
para avanços tecnológicos e promoção cultural.
Têm em sua programação eventos de educação
infantil, seminários, feiras de agricultura familiar e artesanato regional, promovendo também
a educação ambiental. Em seu planejamento os
patrocinadores têm vantagens significativas e são
tratados como parceiros importantes do evento. O
Parque de Exposições é disponibilizado para a inclusão de marcas e promoções, possibilitando que
público e patrocinador tenham grande interação.
Se o objetivo é assegurar visibilidade, interação e
bons negócios, o lugar de sua marca é aqui.
JOÃO DE QUIRINO*
J
oão Rodrigues dos Santos conhecido como João de Quirino
era uma pessoa admirável. Alegre, divertido, trabalhador e
amigo do mundo todo. O Sr. João tinha uma tirada espirituosa para qualquer proseado. Não tinha prosa “mais boa”!
O Sr. João era inteligente e muito bem relacionado no meio rural. Mascate de gado dos mió! Sabia de tudo, conversava sobre tudo e não se
avexava. Os touros que vendia e mascateava tinham a “griffe” João de
Quirino! Mascateava cavalos, éguas, asininos e muares. Os jumentos
Pêga, procedência de Pedra Azul, eram descritos pelo Sr. João como
sem paralelo e deixava a sua prole a mais marchadeira de seu arredor.
Como todos que o conheceram sabem, o seu relacionamento era dos
mais valorizados. Muito amigo de Neném Barbosa, de quem era vizinho, alí na esquina da Av. Afonso Pena e início da Rua Dom Pedro II.
Amigo de Osmane Barbosa, Dr. Fábio Ribeiro, demais lideranças rurais
e a fazendeirada toda. Eu tive o prazer de ser seu amigo, visitar a sua
chácara, alí na saída de Juramento, perto do Coronel Georgino. Ele
também me visitava na fazenda, em Juramento. Eu comprava cavalos,
jumentos e sempre fazíamos catira de semoventes. Nas exposições
agropecuárias, a banca de João de Quirino era a mais animada e era
o mascate que mais negócios realizava. Ele estendia uma faixa grande,
onde se lia: “Ministério de João de Quirino”. Tratava os fregueses com
fidalguia e sabia usar da bicaria marota dos mascates de reprodutores
e matrizes, como ninguém. Pessoa de fino trato e sabido como ele só!
*Lucas Elmo Pinheiro (Agrônomo, produtor rural, ex-presidente da Sociedade Rural de Montes Claros)
Pois bem, nos seus seletos relacionamentos, falava muito, mas sabia
também escutar. E guardava o palavreado que achava bonito. E de vez
em quando ou de quando em vez, empregava alguma, para mostrar
que não era bobo nem nada. Então, num desses proseados, ele achou
bonito a palavra “corrupto”. Achou bonito e guardou em sua prodigiosa memória. Num belo dia, tarde ensolarada, proseado dos bão, rodeado da seleta casta da fazendeirama, o proseado se convergiu em
elogiar Toninho Rebello, que iniciava a sua primeira gestão à frente da
Prefeitura de Montes Claros. Era tanto elogio a Toninho, que o Sr. João,
interrompendo a prosa, deu um estalo: “Corrupto, esse Toninho é um
grande corrupto!” Os presentes assustaram-se: - Que isso, João? Toninho é um homem íntegro sem quantia, e você dizendo ser corrupto? “É
uai, ele é muito corrupto. Eu gosto dele porque ele é um grande corrupto!” Com certa dificuldade os convivas, em uma breve troca de esclarecimentos e pareceres, conseguiram explicar ao Sr. João o significado
do termo “corrupto”.
Aí o Sr. João olhou para os companheiros e retrucou: “Pois é, eu vejo
todo mundo falar que os grandes políticos é tudo corrupto. Todo mundo fala que o Juscelino é corrupto, que o Israel Pinheiro é corrupto, que
o Bias Fortes é corrupto, que o José Maria Alkmim é corrupto! Então,
Toninho é muito importante, então, ele é corrupto que nem esses que
eu falei! Quer dizer que eu tô errado? Eu sou uma besta mesmo!” E todo
mundo caiu na gargalhada...
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21
Poder de representatividade
A
Medida provisória 733, que trata liquidação e
repactuação da dívida com descontos para as
operações de crédito rural financiadas na região
da Sudene (Superintendência do Desenvolvimento da Nordeste), tem em seu DNA a marca da Sociedade
Rural de Montes Claros. Todo processo de concepção teve
orientação técnica da entidade, que luta por melhorias para
o homem do campo. Foram diversas ações, reuniões, seminários, debates e audiência com lideranças políticas e empresariais, além de classistas. Foi da Rural, que nasceram as
proposições encaminhadas aos deputados e senadores.
“A Rural sempre esteve presente nas principais discussões,
projetos e medidas que beneficiem o Norte de Minas. São diversas tratativas que resultaram em ações concretas. Toda
a articulação da classe valeu à pena. Ainda temos uma longa caminhada, mas seremos vitoriosos no nosso propósito”,
afirma Osmani Barbosa Neto, Presidente da entidade.
MP 733
A MP 733 contempla os contratos formalizados até 2011,
independente do tamanho da dívida, financiados com recursos exclusivos e mistos do FNE (Fundo Constitucional do
Nordeste). Já para os financiamentos com recursos de outras fontes, a lei garante descontos apenas para empréstimos até R$ 200 mil.
A MP substitui trechos da 707, editada em 31/12/2015. O documento final foi aprovado e prevê, por exemplo, desconto
de 95% para a quitação de dívidas de até R$ 15 mil em uma
ou mais operações do mesmo mutuário quando contrata-
das até 31 de dezembro de 2006 para empreendimentos localizados nas regiões do Semi-árido e do norte do Estado do
Espírito Santo, nos municípios do norte do Estado de Minas
Gerais, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, e desconto de 85% para os demais municípios.
De acordo com a MP, os produtores têm até o dia 29 de dezembro de 2017 para liquidar ou negociar a dívida e ganham
garantias de que não haverá novas execuções até essa data.
Os descontos previstos nas novas condições chegam até
95% do saldo devedor. Apesar dos benefícios contemplarem
os contratos inadimplentes da região da Sudene, as novas
medidas incluíram os inscritos na Dívida Ativa da União de
todo o país, até o dia 31 de dezembro de 2014, com descontos de até 95%.
A MP 733 acatou grande parte dos pleitos vetados da MP 707.
Desta, o único ponto contemplado foi a prorrogação do prazo
de inscrição do CAR (Cadastro Ambiental Rural) para o dia 31
de dezembro de 2017, com prorrogação por mais um ano.
Para Osmani, a MP significa grande alivio para classe. Representa um novo caminho a ser trilhado, pois sem auxílio seria
impossível prosseguir.
“É a resposta do trabalho da Sociedade Rural que cumpre
seu papel de entidade classista que luta por melhorias
para todos os produtores rurais, sem distinção”, afirma o
presidente da Sociedade Rural. Mas a luta não acabou. Já
estamos articulando com diversas autoridades, classes e
22
Informe Expomontes 2016
políticos. “Necessitamos de crédito diferenciado para
recuperação dos produtores rurais, paralisação imediata das cobranças judiciais e adequadação da MP
733”, afirma.
O assessor técnico da Rural, Luiz Guilherme Câmara,
afirma que ainda há muito para se fazer. “Espera-se que
sejam renegociadas as dívidas dos produtores rurais da
região da Sudene, independentemente da fonte de recursos, cuja contratação tenha ocorrido entre 30 de dezembro de 2011 e 30 de dezembro de 2015, com prazo
de carência de 3 anos, com parcelas vincendas até 2032,
com juros de 3,5% a.a.”, descreve.
Além disso, no âmbito do Banco do Brasil, que sejam possíveis de renegociação valores superiores a R$ 200.000,00
(duzentos mil reais) na origem do débito, com possibilidade de quitação ou renegociação com carência.
Por fim, no âmbito do Banco do Nordeste que sejam possíveis de quitação as operações com outras fontes de recursos, inclusive FAT.
Osmani convoca todas as lideranças para se juntar à
Classe, ao grupo de fomento do desenvolvimento regional e também colaborar com a atração de medidas que
aliviem a vida do produto rural.
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23
Sicoob Credinor
quer premiar você.
O
Sicoob Credinor está participando da Promoção Indicação
de Ouro, promovida pelo sistema Sicoob. A campanha tem
como objetivo fortalecer seu quadro de associados a partir
de indicações de seus cooperados.
Para participar da promoção, os associados Credinor deverão indicar
pessoas físicas ou jurídicas para se associarem à Cooperativa. Ao associado responsável pela indicação, será concedido um número da sorte
para cada indicação efetivada, no período de 3 de março a 23 de setembro de 2016.
Os sorteios, que acontecerão de abril a setembro, contemplarão os seguintes prêmios: 6 (seis) automóveis Honda Fit, 48 (quarenta e oito) cartões presente com R$ 1.000,00 cada e 6 (seis) pacotes de viagem com
acompanhante e duração de 7 (sete) dias, para Orlando (USA), incluindo
passagens aéreas, hospedagem, traslado, acompanhamento de guia, entradas em parques e auxílio alimentação.
A campanha vem de encontro aos interesses do Sicoob Credinor, que deseja aumentar sua base de associados em toda a sua área de atuação.
Um maior número de cooperados eleva o capital integralizado da instituição e o número de negócios, possibilitando um aumento nas carteiras
de crédito e serviços.
Um dos aspectos interessantes desta promoção é que o associado participa da ação de sua cooperativa, convidando novos membros. E não há
ninguém para saber mais dos benefícios de uma cooperativa de crédito
que o próprio associado, que tem uma vivência prática e fala com propriedade sobre o assunto.
Grande adesão
A promoção encontrou um bom momento para motivar os associados a
buscarem essa adesão ao cooperativismo. Com um cenário financeiro
desfavorável, os valores das taxas de serviços e juros praticados nas instituições tradicionais são superiores aos praticados nas cooperativas de
crédito. Mas esse é apenas o convite inicial. Uma vez percebidos os outros benefícios, novos associados têm se juntado ao sistema, e esperam
levar boa sorte aos participantes da promoção Indicação de Ouro.
VANTAGENS DE SE ASSOCIAR
AO SICOOB CREDINOR:
ATENDIMENTO
PERSONALIZADO
RÁPIDO E SEM FILAS;
MELHORES TAXAS
EM APLICAÇÕES E
FINANCIAMENTOS;
MENORES TARIFAS
DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS;
CHEQUE ESPECIAL
COM MENORES TAXAS;
POSSUI TODOS OS
PRODUTOS E SERVIÇOS
OFERECIDOS
POR OUTRAS
INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS;
APLICAÇÕES FINANCEIRAS
DE ACORDO COM O
PERFIL DO INVESTIDOR;
LINHAS DE CRÉDITO
ESPECIAIS
(PESSOA FÍSICA E JURÍDICA)
PARA VIABILIZAR SEUS
INVESTIMENTOS:
CONSTRUÇÃO
E AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS,
VEÍCULOS NOVOS E USADOS,
EQUIPAMENTOS,
REFORMA DE RESIDÊNCIAS ETC;
PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS
(RETORNO PROPORCIONAL DAS SOBRAS);
MAIS DE 5 MIL PONTOS
DE ATENDIMENTO AUTOMATIZADOS.
24
Informe Expomontes 2016
LOGGIA
Certificado de Autorização SEAE/MF nº 04/0049/2016. Imagens meramente ilustrativas.
sicoob.com.br
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Credinor
25
Combate ao
Caixa 2
Hélio Machado
Jornalista, bacharel em Direito,
Pós-graduado em Direito Eleitoral
M
ontes Claros pode dar importante
contribuição para que se tenha um
processo eleitoral municipal mais
transparente, sem a prevalência do
poder econômico, com oportunidades mais ou menos
iguais aos candidatos a cargos eletivos. Isto porque a
11ª Subseção da OAB, através de seu vice-presidente,
Herbert Alcântara Ferreira, lançou o aplicativo de celular para o combate ao Caixa 2, e que recebe o apoio do
Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Belo Horizonte.
Com isso, a tendência é de que seja uma das novidades
nas eleições deste ano no Estado e no País.
A cidade sai na frente e pode virar referência nacional,
neste caso específico, agora do ponto de vista positivo. Lança uma ferramenta que deve funcionar com
resultados positivos para impedir que o poder econômico mais uma vez prevaleça nas eleições. Este tem
sido um dos maiores problemas para a Justiça Eleitoral, ao longo do tempo. Apesar do esforço, ela não
dispõe de estrutura para fiscalizar e punir aqueles
que se acostumaram a usar deste expediente, vedado
pela legislação, para conquistar mandatos eletivos ou
para renová-los.
Aliás, o abuso do poder econômico, que se tornou mais
acentuado com o passar do tempo, não é novidade
nos processos eleitorais. A história nos conta que num
passado não tão distante, os famosos currais eleitorais
eram recorrentes em nossa região. Operacionalizado
pelos coronéis, que funcionavam como verdadeiros cabos eleitorais e davam um pé de botina ao eleitor antes
da votação e o segundo pé somente após a apuração,
ao se constatar que o candidato havia conseguido o
número de votos previsto em determinada sessão eleitoral. Com o passar do tempo mudou-se a estratégia,
dando cesta básica, material de construção ou mesmo
dinheiro em espécie.
26
Informe Expomontes 2016
Com o quadro se agravando a cada processo eleitoral,
sentiu-se a necessidade de se combater o abuso do poder econômico de forma mais consistente. Agora, surge
mais uma alternativa, cuja eficácia poderá ser comprovada daqui a alguns dias, na campanha eleitoral deste ano. O aplicativo é mais uma ferramenta que a OAB
disponibiliza para o cidadão com o objetivo de facilitar
a fiscalização do processo eleitoral contra o abuso do
poder econômico. A inovação, disponível na Google
Play e na Apple Store, permite o envio simultâneo de
texto, vídeo e foto como provas documentais das denúncias. Com o mecanismo, a OAB estará atenta e vigilante para agir de imediato em se confirmando o delito.
A mesma vigilância deve ser exercida pelos candidatos, que devem fiscalizar uns aos outros. E a população também precisa dar sua parcela de colaboração.
A finalidade da campanha é ter um processo eleitoral
mais transparente, sem que os endinheirados comprem a consciência do eleitor. Aliás, o eleitor também
tem que se policiar e rechaçar qualquer investida na
tentativa de compra de seu voto. Este não pode ser
considerado mercadoria exposta numa banca à venda por um preço qualquer.
O voto é a ferramenta eficaz que temos para promover
as mudanças de que necessitamos. Por isso, é preciso
que o valorizemos e votemos conscientes. E votar com
consciência significa avaliar os candidatos a cargos eletivos em todos os aspectos, especialmente no tocante
à sua honestidade e aos serviços prestados. Se agirmos
assim, estaremos contribuindo para melhorar o nível
dos nossos representantes políticos e para o combate
à corrupção, que parece institucionalizada neste País.
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Montes Claros se projeta na
geração de emprego e renda
Tendo como principal foco de suas atividades a atração de novos empreendimentos para Montes Claros, assim
como a melhoria da infraestrutura das empresas já instaladas na cidade, principalmente no Distrito Industrial, a
Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Econômico e Turismo tem se destacado como âncora para o incentivo à
geração de emprego e renda no município que, ao contrário da maioria dos centros urbanos do País que enfrenta
crise financeira, apresenta números favoráveis à economia local.
NOVOS INVESTIMENTOS
Das empresas aprovadas pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento
Econômico e Social, destacam-se a Orthomontes, unidade industrial montesclarense fabricante de colchões e que
recebeu do município a doação de terreno de 50 mil metros quadrados para
construção da mais moderna fábrica de
colchões do Brasil. Com esta nova planta, a Orthomontes irá distribuir seus
produtos para todo o País, gerando 250
empregos diretos. Outra empresa destaque é a 3 Caffi (Café Três Corações),
que irá produzir em Montes Claros café
encapsulado da linha “Três”. Atualmente, esse produto é fabricado na Itália e
importado para o Brasil. A partir de
2017, todo o café encapsulado consumido na América Latina será produzido
em Montes Claros pela Três Corações e
pela Nestlé, que iniciou suas atividades
em escala comercial do produto “Dolce
Gusto”, em Dezembro de 2015.
GERAÇÃO DE EMPREGOS
Como resultado dos esforços de atração dos novos negócios, as empresas que
tiveram o requerimento apreciado pelo
Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social e que desejam se
instalar em Montes Claros ou ampliar
suas atividades, devem gerar um saldo
aproximado de 6.510 empregos diretos e indiretos, além de investimentos
que montam R$ 131 milhões, resultado
muito relevante, principalmente quando
analisado o momento de crise e economia nacional fragilizada.
Call Center
Fábrica de Cápsulas de Café
Distrito Industrial
Matéria de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, MG
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AGRICULTURA
Município ajuda produtores rurais da região a aumentar suas rendas
O município de Montes Claros tem se preocupado
em proporcionar aos produtores rurais caminhos para
que eles possam aumentar suas rendas. Isso é possível
através do PAA - Programa de Aquisição de Alimentos,
que abastece o Restaurante Popular e a rede socioassistencial do município. Essa iniciativa tem como objetivo
a aquisição de alimentos feita diretamente com os agricultores da região.
Outro programa usado pelo município que ajuda diretamente os promotores rurais é o PNAE - Programa
Nacional de Alimentação Escolar. Ele tem como objetivo
fornecer merenda para as escolas municipais.
Ceanorte passa por diversas reformas
estruturais para melhorar sua logística
Recebendo uma média de mais de mil pessoas
diariamente a Central de
Abastecimento do Norte de
Minas (Ceanorte) se firma
como o interposto de suma
importância para a população de Montes Claros e
região.
Ano passado, o local passou por uma reforma geral
que contou com a instalação
de lâmpadas para a iluminação total do galpão novo e
parcial do galpão antigo, colocação de meio fio em volta
das Pedras (galpão novo e
antigo) para evitar fluxo de
veículos na área destinada
aos produtores e a construção
de um local adequado para
colocação das caçambas estacionárias para a coleta de lixo.
Foi elaborado também
um projeto de combate de incêndio com acompanhamento do Corpo de Bombeiros.
Para este ano, outras benfeitorias estão sendo programadas: a construção de um
muro ao redor do interposto,
a troca de reatores e lâmpadas para a iluminação total
do galpão antigo, a instalação de portões de entrada e
saída em substituição às correntes.
A Ceanorte funciona através de suas feiras que acontecem às segundas e às quartasfeiras das 15:00 às 18:00 e nas
quintas-feiras das 7:00 às 11:00.
Ceanorte
A Expomontes é a maior feira agropecuária do Norte de Minas Gerais. Realizada todos os anos, a Expomontes é uma grande oportunidade de negócios
para os empresários da área agropecuária da região.
Matéria de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, MG
A 42ª edição da Exposição Agropecuária de Montes Claros – EXPOMONTES
provoca alterações no trânsito nas vias próximas ao Parque de Exposições João Alencar Athayde entre os dias 1 a 10 de Julho.
A Empresa Municipal de Planejamento,
Gestão e Educação em Trânsito e Transpor-
tes de Montes Claros – MCTrans, informa
que o sentido de algumas ruas sofrerá mudanças, o estacionamento e parada serão
proibidos em alguns locais e haverá bloqueios parciais e totais em vias da região.
É importante destacar que essas alterações
serão realizadas de acordo com fluxo de veí-
MUDANÇAS NO TRÂNSITO DURANTE A EXPOMONTES
culos e pessoas presentes no local.
A fiscalização continua normal, principalmente nas placas de proibição presentes
no entorno do Parque de Exposições. Com a
intenção de reduzir o número de ocorrências
com acidentes de trânsito neste período, estimulando uma atitude proativa dos condutores, a MCTrans relembra aos condutores acerca das dicas para uma direção segura durante
a Exposição Agropecuária de Montes Claros.
DICAS DA MCTRANS
1- Chegar mais cedo no local do evento;
2- Prestar atenção à sinalização de trânsito presente no local;
3- Diminuir a velocidade devido ao grande fluxo de veículos e pedestres;
4- Ficar atento com a passagem de nível
(linha férrea) presente no local;
5- Obtar por um transporte alternativo
(táxi, carona ou ônibus) caso queira ingerir bebidas alcoólicas durante o evento;
6- Ter prudência e paciência nas vias, uma
vez que no momento dos shows o fluxo de
veículos e pedestres é intensificado;
7- Usar sempre o cinto de segurança;
8- Reduzir a velocidade e redobrar a atenção nos cruzamentos próximos ao evento;
9- O pedestre deve sempre andar pela
calçada e atravessar sempre em um local
seguro;
10-Manter distância de segurança do
veículo à frente, para evitar colisões.
Matéria de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, MG
Câmara constrói o
desenvolvimento
Projetos aprovados
refletem na melhoria
da qualidade de vida
C
om ações concretas e permanentes no dia a dia, a
Câmara Municipal participa ativamente da construção do desenvolvimento de Montes Claros.
Além da aprovação de projetos que refletem na
qualidade de vida da população, ela põe em prática o dispositivo constitucional de fiscalizar a correta aplicação dos
recursos públicos. Ao longo do mandato foram aprovados
mais de 500 projetos, alguns de mais destaque, como o Orçamento do Município, este ano de R$ 1,4 bilhão, indispensável para o funcionamento da máquina pública. O Legislativo aprovou, ainda, projetos do Executivo, permitindo-o
contrair financiamentos junto a instituições financeiras
para a execução de obras em Montes Claros, reclamadas
pela população.
O trabalho é desenvolvido com a participação direta da
Mesa Diretora, presidida pelo vereador Marcos Nem, do
PSD. Cumprindo o quinto mandato consecutivo, ele afirma
que o propósito da Câmara, desde o início desta legislatura,
é defender com legitimidade os elevados interesses da população. “Os interesses do povo de Montes Claros têm que
prevalecer sempre. Têm se que sobrepor a quaisquer outros
interesses”, diz, ao frisar que até o último dia do mandato,
em 31 de dezembro, os vereadores estarão atuando firmes e
cumprindo o compromisso de representar bem a população.
A aprovação dos projetos, de acordo com o presidente, mostra o compromisso do Legislativo com o desenvolvimento
de Montes Claros. Segundo ele, isso tem sido feito de forma
consciente pelos vereadores, que trabalham para representar bem e corresponder às expectativas do povo. Lembra
que o papel da Câmara é ainda mais relevante por tratar-se
de uma das cidades que mais cresce em Minas e tudo que ela
faz tem repercussão regional. “Montes Claros é a capital do
Norte de Minas e o que fazemos aqui, naturalmente, repercute nos demais municípios da região. Assim, nossa responsabilidade é ainda maior, de corresponder às expectativas
da população”, sustenta.
TRABALHO – Apesar de o ano ser de eleições, em que as
atenções também se voltam para o processo eleitoral, a
Câmara segue com as reuniões ordinárias, além de extras
30
Informe Expomontes 2016
A sede própria será concluída para melhorar o atendimento à
população de Montes Claros.
Os vereadores defendem os elevados interesses dos
montes-clarenses
em caso de necessidade. Para Marcos Nem, a tendência é
de manter as ações, mesmo com os vereadores em busca da
renovação do mandato, para atender sempre aos interesses
da população da zona urbana e rural. A previsão é de que até
o final do ano, dezenas de novos projetos importantes, do
Executivo e dos vereadores, sejam aprovados, executados e
que seus efeitos práticos se façam sentir de imediato, junto
à população.
SEDE – Para criar perspectivas de melhorar cada vez mais o
atendimento à população, a expectativa é de que as obras
de conclusão da sede própria sejam concluídas e inauguradas no final deste ano. Estão sendo construídos o segundo
e o terceiro pavimentos, para abrigar os gabinetes dos vereadores. A primeira parte, que consiste no Plenário e setor
administrativo foi inaugurada.
Caixa de ressonância
da população
Vereadores cobram do governo atenção a setores fundamentais
Fotos: Nascimento Silva
A
Câmara Municipal é a caixa de ressonância da
população. É no Legislativo, nas reuniões ordinárias ou mesmo nas tribunas livres, que se
debatem temas específicos e relevantes, de interesse geral e que se buscam alternativas para resolver os
problemas de quaisquer ordens, que se lhe apresentam no
cotidiano. As audiências públicas têm se transformado em
instrumento eficaz de aproximação do Executivo com o povo.
É através delas que a população pode se manifestar na tribuna, em busca de soluções para questões que a incomoda.
O Legislativo tem se posicionado com firmeza, sempre, e
cobrado do governo estadual e federal, respostas aos questionamentos da população, em diferentes setores. Com o
aumento do índice de violência e criminalidade, reivindica
mais apoio às Polícias Militar e Civil, que permita oferecer
segurança com mais qualidade. E isso passa pela melhoria
da estrutura delas, com funções distintas, mas fundamentais para elevar a sensação de segurança dos montes-clarenses. Além disso, cobra a construção do Anel Rodoviário
Norte, para retirar do centro da cidade, o crescente trânsito
de veículos leves e pesados da BR-251, que tem causado acidentes com feridos e até mortos.
A saúde é outro setor que recebe atenção especial da Câmara. Em todas as reuniões ordinárias os vereadores tratam do tema, que preocupa a todos. Com os hospitais superlotados e a falta de vagas para internamentos, cobram
A Mesa Diretora trabalha para melhorar a estrutura do Legislativo
do governo do Estado construção imediata do Hospital
Regional do Trauma, em terreno doado pelo Município, no
bairro Planalto e cujo projeto foi aprovado pelo Legislativo.
Em visita à cidade, na campanha eleitoral, o hoje governador Fernando Pimentel, do PT, se comprometeu em tirar o
projeto do papel. Contudo, até agora não o fez.
O hospital não vai resolver o problema crônico da falta de
vagas para internamentos, que se agrava, pelo fato de Montes Claros ser referência no setor para toda a área mineira da
Sudene e parte da Bahia. Contudo, vai amenizá-lo ao disponibilizar mais de 200 novos leitos. A previsão é de que para
executar o projeto sejam suficientes recursos da ordem de
R$ 120 milhões dos cofres estaduais. O projeto começou a
ser defendido pela Maçonaria, no governo do hoje senador
da República, Antônio Anastasia, do PSDB.
Como um dos maiores problemas da cidade e de todo o Norte de Minas é a falta de água, em função da seca, provocada
pela escassez de chuvas, a Câmara Municipal também não
para de cobrar do governo federal a construção da barragem
de Congonhas. Com recursos da ordem de R$ 200 milhões garantidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a
barragem, nos municípios de Cristália e Itacambira, será fundamental para perenizar o Verde Grande, um dos principais
rios do Norte de Minas, contribuindo para aumentar a produção agrícola no entorno dele.
A população participa das reuniões ordinárias e das audiências públicas
Além disso, a barragem de Congonhas vai permitir a transposição de água para a barragem da Copasa, em Juramento,
garantindo o abastecimento a Montes Claros, com produto
de mais qualidade, nos próximos anos. Se tudo correr como
programado, as obras da barragem se iniciam ainda este ano.
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31
Em nota o Ministério da Fazenda explicou a
importância da MP diante uma das maiores estiagens da história do Norte de Minas: “O objetivo
é permitir que os agricultores tenham tempo
adicional para melhorar sua condição financeira,
sem, contudo, terem suas dívidas enviadas para
cobrança judicial ou inscritas na Dívida Ativa da
União, o que dificultaria ainda mais a sua permanência na atividade”
O presidente da Sociedade Rural, Osmani
Barbosa, e o técnico
da Rural, Luiz Câmara,
estiveram em Brasília e
com o apoio da deputada Raquel Muniz, eles
se encontraram com a
ministra da Agricultura,
Kátia Abreu. Com a
união de todos, foi possível aprovar a Medida
Provisória que ampliou o
prazo para o pagamento
das dívidas rurais
Crédito: Ascom/Câmara Federal
“A MP 707 é uma importante conquista para os nossos agricultores tão
castigados por secas históricas que assolaram o Norte de Minas nos
últimos anos. Mas sabemos que ainda não é a solução ideal, por isso, vou
continuar trabalhando, juntamente com a Bancada do Nordeste na Câmara dos Deputados, para que possamos garantir uma legislação mais
Crédito: Ana Karienina
justa para estes que, na atual conjuntura, tem impulsionado a economia
brasileira”, afirma a deputada federal Raquel Muniz
“A MP é recebida por todos nós, norte-mineiros, com grande satisfação. Sem medir esforços, buscamos com todos os agentes envolvidos uma solução para um dos mais graves problemas da atualidade: a dívida rural. Um alívio imediato, mas precisamos continuar
lutando por soluções definitivas”, comemora o presidente da Sociedade Rural Osmani Barbosa.
Crédito: Ana Karienina
MP 733/2016
Mais uma conquista para o homem do campo foi publicada no último dia 15 de junho de 2016 no Diário Oficial da
União. A Medida Provisória 733/2016 também trata das dívidas, garantindo que a renegociação seja uma realidade
e permitindo que os agricultores continuem produzindo. A MP também trata de outros aspectos relacionados ao
homem do campo.
Para a Deputada Federal Raquel Muniz essas pequenas conquistas farão muita diferença na vida de quem lida no
campo. “As MPs vão permitir aos agricultores um novo fôlego. Por anos eles lutaram por questões que agora estão
contempladas nestas MPs. Conheço a luta dessa gente, sei da garra deles, por isso luto com eles para que o trabalho
no campo continue sendo um prazer e não um fardo”.
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Informe Expomontes 2016
Agronegócio
Aliada do homem
do campo
O
s produtores rurais do Norte de Minas comemoram! A edição da Medida Provisória 707 suspende até o fim do ano a inclusão de agricultores e
pecuaristas na dívida ativa, evitando, assim, a
incômoda cobrança judicial. A prorrogação do prazo para o
pagamento da dívida rural é resultado da luta da deputada
federal Raquel Muniz no Congresso e, diretamente, com a
ministra da Agricultura, Kátia Abreu.
DA ASSESSORIA
Os produtores rurais do Norte de Minas começam 2016 animados com a edição da Medida Provisória 707, que altera
os artigos 8º e 9º da Lei nº 12.844, de 19 de julho de 2013. A
MP suspende até o dia 31 de dezembro deste ano o encaminhamento das operações de crédito rural para inscrição em
dívida ativa e para cobrança judicial, garantindo, assim, um
novo ânimo ao homem do campo. Trata-se de uma bandeira
de agricultores e pecuaristas da região articulada pela deputada federal Raquel Muniz. A iniciativa vai garantir a permanência no campo de milhares de agropecuaristas.
“A MP é recebida por todos nós, norte-mineiros, como grande satisfação. Sem medir esforços, buscamos com todos os
agentes envolvidos uma solução para um dos mais graves
problemas da atualidade: a dívida rural. Um alívio imediato,
mas precisamos continuar lutando por soluções definitivas”,
comemora Osmani Barbosa Neto, presidente da Sociedade
Rural. O presidente do Sindicato Rural de Janaúba e da Associação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Norte de Minas
e Jequitinhonha, José Aparecido Mendes, também agradeceu
o empenho da deputada: “Com a pior estiagem dos últimos 80
anos, houve uma perda de 70% nas pastagens e de 100% na
produção agrícola de alguns produtos, como o milho, sorgo e
feijão. A MP ajudou a minimizar o impacto do prejuízo”.
Para o assessor técnico da Sociedade Rural, Luiz Guilherme
Câmara, a suspensão dos prazos para cumprimento de obrigação não significa perdão de dívidas, mas sim um tempo
a mais para renegociar. Só no Norte de Minas, aproximadamente 30 mil produtores rurais vão ser beneficiados. “Esses
números podem ser bem maiores por causa do agravamento da seca. Mas com a MP novas oportunidades surgirão e
esse quadro pode ser revertido”, calcula o assessor. Já o diretor financeiro da Sociedade Rural, Moacyr Basso, acredita
que agora é o momento de procurar a fonte devedora para
analisar caso a caso: “Esta vitória é de extrema relevância
para o produtor. A intenção é que todos estejam aptos a
participar das negociações no Banco do Brasil ou do Nordeste.Teremos um ano de muito trabalho pela frente”.
Como se não bastasse, a iniciativa da deputada Raquel
Muniz vai beneficiar a Cooperativa Regional de Montes
Claros. A Coopagro, com 3.320 associados - patrimônio
avaliado em R$ 80 milhões e um saldo de dívidas na casa
dos R$ 50 milhões - passa por graves problemas junto ao
Banco do Nordeste. Com a MP poderá correr atrás de alternativas para quitar o débito.
A nota do Ministério da Fazenda descreve que “a persistente
seca que atinge muitos municípios da área de abrangência
da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) desde 2011 tem dificultado a obtenção de renda da
atividade agropecuária na região”. Ainda conforme o comunicado, o “objetivo é permitir que os agricultores tenham
tempo adicional para melhorar sua condição financeira,
sem, contudo, terem suas dívidas enviadas para cobrança
judicial ou inscritas na Dívida Ativa da União, o que dificultaria ainda mais a sua permanência na atividade”.
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33
Projeto da FIEMG
leva informações
e serviços às
indústrias da
região
Com o objetivo prestar um melhor serviço
às indústrias do Norte de Minas e descentralizar suas ações, indo onde a “indústria está”, a Regional Norte da Federação
das Indústrias do Estado de Minas Gerais
(FIEMG), criou o projeto FIEMG REGIONAL
NORTE ITINERANTE. A primeira cidade a
receber o projeto foi Pirapora, seguida de
Taiobeiras e Salinas.
O projeto foi criado com o objetivo de promover uma interação entre empresários
da indústria sediados nas cidades polo
microrregionais do Norte de Minas e a presidência da Regional Norte, dos Sindicatos
Patronais filiados a Regional, seu corpo técnico e também das unidades SESI, SENAI e
IEL que atuam na região, para incentivar o
FIEMG CRIA O PROGRAMA DE
COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL
REGIONAL PARA O NORTE DE
MINAS GERAIS
A FIEMG está implantando em Minas Gerais
o PCIR - Programa de Competitividade Industrial Regional. A região da Zona da Mata
e o Norte de Minas são as primeiras regiões
a receberem as ações do programa que visa
potencializar o desenvolvimento das indústrias, priorizando inicialmente alguns setores que foram identificados como dinamizadores pelas suas características de geração
de empregos, importância socioeconômica
regional, posicionamento mercadológico,
agregação de valor e competitividade. Os
segmentos escolhidos para as primeiras
ações são o têxtil e vestuário, químico e farmacêutico, laticínios e cerâmica vermelha.
Distrito Industrial de
Montes Claros será
revitalizado pela
FIEMG e CODEMIG
A Federação das Indústrias do Estado de
Minas Gerais, através do IEL, e a CODEMIG,
com o apoio do FIEMG Regional Norte, do
SEBRAE e da ASSEDI-Associação das Empresas do Distrito Industrial de Montes
Claros, estão realizando o PROJETO DE
REVITALIZAÇÃO E MODERNIZAÇAO DO DISTRITO INDUSTRIAL DE MONTES CLAROS. O
objetivo é implementar melhorias que vi34
Informe Expomontes 2016
Equipe técnica formada pela Gerência
de Projetos Coletivos para a Indústria da
FIEMG, SEBRAE Regional Norte, FIEMG Regional Norte e Sindicatos Patronais está
promovendo reuniões de trabalho com
empresários dos citados setores visando
a construção de projetos com agenda de
ações que envolvem capacitação e treinamento, consultorias, missões empresariais, assessorias técnicas e tecnológicas e
suporte gerencial e operacional, para promoção do desenvolvimento e a melhoria da
competitividade das indústrias.
O Programa de Competitividade Industrial
Regional também mapeou as potencialidades e oportunidades e elencou os principais
gargalos e as carências para o desenvolvimento do Norte de Minas, descrevendo as
necessidades de realização de múltiplos
investimentos em infraestrutura para mesem contribuir para a competitividade das
indústrias.
O projeto, que em Montes Claros tem total apoio da Prefeitura Municipal, está na
etapa do levantamento de informações,
realização de diagnóstico situacional para
mapeamento de todos os problemas e demandas das industriais envolvendo itens
como infraestrutura (viária, energia, transito, telecomunicações, água e esgoto, etc.)
logística, segurança, governança, etc.
A FIEMG Regional Norte, a Prefeitura Municipal, ASSEDI e a Polícia Militar de Minas
Gerais, constituíram um Comitê Gestor do
Distrito Industrial, com o propósito de institucionalizar um sistema de governança que
associativismo sindical e filiação das indústrias aos Sindicatos Patronais da Indústria
e contribuir no atendimento às demandas
das indústrias naquilo que for competência
do Sistema FIEMG nas áreas de Meio Ambiente, Crédito e Financiamentos, Direito
Tributário e Trabalhista, Consultorias e Treinamentos, Saúde e Segurança no Trabalho,
Educação, Saúde, Esportes, Lazer e Educação Profissional, dentre outros.
O presidente da FIEMG Regional Norte explica que o atendimento é gratuito e visa
mostrar ao empresário que ele tem uma
entidade totalmente voltada para contribuir com o desenvolvimento da indústria
mineira com ações e serviços para atender
às demandas do setor.
lhoria e organização da logística de transportes, água e esgoto, educação, saúde e
segurança dentre outros.
O presidente da Regional Norte, Adauto
Marques, elogiou a iniciativa da presidência
do Sistema FIEMG, com a criação do Programa e se diz bastante satisfeito pelo Norte
de Minas estar entre as duas primeiras regiões a recebê-lo.
visa gerenciar as demandas recebidas das
indústrias, empregados e demais stakeholders do Distrito Industrial, e buscar soluções. Com isso, visa propiciar um ambiente
favorável ao desenvolvimento da indústria,
facilitando a vida do empreendedor e dos
trabalhadores.
O projeto está sendo desenvolvido pela
FIEMG e CODEMIG inicialmente em 13 Distritos Industriais de Minas Gerais, dentre
eles o de Montes Claros, e se estenderá,
posteriormente, aos 53 Distritos de responsabilidade da CODEMIG com o propósito de
tornar esses espaços atrativos aos atuais e
novos empreendedores que queiram investir em Minas Gerais.
FUNDETEC
Pesquisa e inovação sustentável
H
á muitos anos empreender, criar novas tecnologias e mudanças de táticas não eram alinhadas a questões como gastos, manutenção de
recursos e pensar no futuro. Hoje, é uma necessidade do mundo moderno pensar em novas maneiras de se
trazer o progresso sem prejudicar a natureza.
Está é uma função da Fundação de Desenvolvimento Cientifico Tecnológico Agrícola do Norte de Minas (Fundetec),
entidade criada, em 1994, em Montes Claros, que busca
por meio de pesquisas incentivar avanços técnicos e científicos em todo território norte-mineiro. Integram o conselho curador 17 instituições.
O conceito de sustentabilidade explica a exploração de recursos de forma controlada, garantindo a preservação de
áreas e a manutenção de espécies e evitar grandes danos ao
ambiente. Desta forma produção e consumo ficam alinhados a questões como controle, planejamento e uso racional.
“A intenção desse grupo é promover pesquisas objetivas a
trazer respostas aos problemas da agropecuária da nossa
região. São alternativas viáveis e comprovadas que podem
incentivar novas opções para os produtores rurais”, explica
Otaviano Pires, presidente da Fundetec.
Ele é produtor rural e há um ano ocupa o cargo. A transferência de tecnologia ocorre com a participação de universidades e centros de pesquisa da região com apoio de bancos
e entidades classistas.
Segundo Otaviano, isso é um meio de sair de hipóteses para
oferecer soluções que são viáveis e podem oferecer uma opção sustentável. Um dos objetivos é orientar as instituições
de ensino direcionadas a agroindústrias e agropecuária do
Norte de Minas.
“A Fundetec é uma fundação que almeja catalizar e fomentar projetos de pesquisas da agropecuária. Pesquisas em
assuntos de forma aplicada. Os projetos são direcionados
aos problemas que surgem neste meio”, explica Otaviano.
A Fundetec gerenciou vários projetos de pesquisa na região.
A avaliação das necessidades neste 22 anos da entidade
foi realizada em dois seminários temáticos promovidos em
2001 e 2011.
“Esses dois grandes seminários determinaram metas para
novas pesquisas e apontou maneiras de trabalho”, conta
Otaviano.
CONSELHO CURADOR DA FUNDETEC
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Sociedade Rural
Sindicato Rural de Montes Claros
Sindicato Rural de Janaúba
Credinor
Banco do Nordeste
Banco do Brasil
Associação Comercial e Industrial de Montes Claros
Unimontes
Universidade Federal de Viçosa
Universidade Federal de Lavras
Universidade Federal de Minas Gerais
Faculdades Privadas de Montes Claros
Epamig
Embrapa
Codevasf
w w w.sociedaderural.com.br
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EFEITOS DA SECA NO
Sindicato Rural
NORTE DE MINAS GERAIS
Garra e ânimo para o homem do campo
Montes Claros, junho de 2016.
F
M
Reinaldo Nunes de Oliveira
Engenheiro Agrônomo
oi em 1968 que foi fundado, em Montes Claros, o SinCoordenador Técnico
dicato dos Produtores Rurais de Montes Claros. Para
representar a classe, legalmente, e para unir forças
uito seentidades
tem faladoligadas
sobre a com
seca no
Norte de Micom outras
a atividade
rural.não é nenhuma novidade, só que estamos em pleno século
nas e suas
consequências
nas dimensões EcoProporcionar melhores
condições
de desenvolvimento
para oXXI e temos que pensar e agir conforme nossa época, sanômica
e Social.
Na primeira,
prega-se que bendo que, chove pouco na região, e o pouco que chove,
ruralista é o objetivo
principal
do nosso
Sindicato.
os prejuízos ao longo dos últimos cinco anos 70% vai para o Oceano Atlântico, isto significa que por inatinge
a casa
dos dois
bilhões de de
reais,
computando
a frusta- crível que pareça, somos um dos maiores fornecedores de
Há quase
50 anos
participamos
discussões
e reivindicações
ção
de cinco
de grãos,
redução
da comunidade.
produção água para um oceano que não precisa desse bem visto que,
em busca
da safras
defesaseguidas
dos interesses
da classe
e da
leiteira
em mais de
60% somando
ainda a saída
para outras
re- enão se tem proposta para barramento e aproveitamento
Encaminhamos
propostas
aos governos
municipal,
estadual
giões
de promovemos
aproximadamente
45% do
rebanho bovino
existente
federal,
eventos,
treinamentos,
visitas
técnicas,das águas de chuvas.
em
2010evendido
a qualquer
preço,melhorias
para não serem
do do
cursos
atividades
que trazem
para vitimas
o homem
flagelo
campo.da seca.
Assim, é importante que a população tenha consciência que
a convivência com a seca é responsabilidade de todos. Não é
Quanto
à dimensão
socialLontra,
registra-se
umaPatis,
população
de rotular culpado, e sim, assumir e dividir as responsabilidades.
Glaucilândia,
Juramento,
Mirabela,
Varzelândia,
1.800.000
pessoasedistribuídas
em também
uma área
geográfica
Claro dos Poções
Capitão Enéas
são
atendidosdepeloÉ eleger representantes políticos comprometidos com os pro128.000
km²,
a mercê
da adversidade
climática que
o blemas regionais; é cobrar dos eleitos e ocupantes de cargos,
Sindicato
Rural
de Montes
Claros. Atualmente,
são castiga
quase 2.000
Norte
de Minas
das quais,
900 mil encontram-se
no meio
rural,
associados.
Temos
uma estrutura
moderna e pronta
para
aten-politicas públicas voltadas para a correção das distorções clidesprovidas
ou mal servidas
dos amparos
das politicas
der os produtores,
que dispõe
de inúmeros
serviçossociais
na sede,máticas, relembrando dentro dessa ótica, um fato interessante
voltadas
para de
a saúde,
educação
moradia. de Aptidão ao Pro-de responsabilidade, em que um produtor rural no Estado do
como cursos
inclusão
digital,eDeclaração
naf (DAP); Imposto Territorial Rural (ITR); contratos rurais; emis-Paraná, foi penalizado pela Promotoria Ambiental, por morte
Diante
atual situação,
o que
fazer
para amenizar
atual cesão de da
documentos
fiscais;
Guia
de Trânsito
Animalo (GTA);
Certi-de parte do rebanho bovino sob sua tutela , devido a falta de
nário?
culpa
dos governantes?
È culpa
da população
dos pro- alimentos e agua.
ficadoÈde
Cadastro
de Imóvel Rural
(CCIR);
entre outros.
dutores dos diversos seguimentos que não entendem ou não
querem
entender
é produzir
de forma
sustentável?
O Sindicato
Ruraloé que
filiado
à Federação
da Agricultura
e PecuáriaPor consequência, a malha de responsabilidade de convivênde Minas Gerais – FAEMG, e Confederação Nacional de Agricultu-cia com a seca abrange os diversos segmentos da sociedade,
Bem,
é bom relembrar
que o fenômeno
seca no Brasil
data decomeçando pelo elo mais simples da cadeia de produção que
ra e Pecuária
– CNA, constituindo
estasda
entidades
em pilares
da
época
império,rural
vistomineiro
que no ano
de 1877 quando
ocor-dosé o produtor rural, o qual tem a responsabilidade de preserdefesa
dodo
produtor
e brasileiro.
O Sindicato
reu
uma dasRurais
piores seca
no Brasil,
o Imperador
Domoficialmente
Pedro II var seus recursos naturais, produzindo de forma sustentável;
Produtores
de Montes
Claros
representa
proclamou
uma associados,
frase célebre:mas
“Não
restara
uma única joia
na dedas comunidades rurais responsáveis pela manutenção das
não só os seus
todos
os produtores
rurais
coroa,
mas
nenhum nordestino morrerá de fome por causa sub-bacias hidrográficas; dos municípios criando programas
sua base
territorial.
da seca”. Então na época, foi criada uma comissão imperial regionais; dos estados apoiando as demandas dos municípios,
para
que pudessem
as pelos
futuras
Nossadesenvolver
visão é sermedidas
uma organização
forte,atenuar
que luta
inte-e da União em uma visão macro de sistemas estruturante de
secas,
importação
de camelos, construção
de ferrovias
resses como:
da classe
e busca desenvolvimento.
E temos
conseguidoabastecimento.
ecumprir
açudes;com
a abertura
de umNos
canalúltimos
para levar
águativemos
do Rio São
a proposta.
meses
imporFrancisco
para o Rio Jaguaribe
Ceará (transposição
do S. eDiante deste contexto, é importante analisar quais as obras ou
tantes participações
na luta pornomelhorias
pela nossa região,
Francisco)
e entreao
outras
medidas
das quais,importantes
poucas saíram
fomos destaque
apresentar
demandas
para oprogramas de barramentos de águas realizadas nos últimos
do
papel.do
A seca
de 1877
passouque
e pouco
se fez,
e outras
secas
homem
campo.
Demandas
há anos
lutamos
para
que osgovernos na região. E é interessante também, avaliar alguocorreram.
governantesEntretanto
atendam. tempos depois, no nordeste, através mas obras realizadas, e seus efeitos econômicos e sociais, por
de politicas públicas voltadas para a convivência com a seca, exemplo, o que seria de Janaúba sem a barragem de Bico da
conseguiu
uma estrutura
de atendimento
aproveitamento,
e pro- Pedra, de Salinas sem a barragem do Bananal, de Águas VerDefender amontar
classe rural,
oferecer um
de qualidade,
dução
de água
na época
SUDENE,
infraestrutransmitir
confiança,
agirda
com
ética e construindo
transparência,
são valoresmelhas sem a barragem de Machado Mineiro. Dessa forma,
tura
de retenção
água o que
tem segurado a população no torna-se relevante avaliar o que será de Montes Claros nos prófundamentais
dode
Sindicato
Rural.
semiárido brasileiro.
ximos 20 anos com seus 600 mil habitantes, caso a barragem
de Congonhas, e até mesmo de Jequitaí não sejam construídas
Desta forma, o que estamos vivenciando no Norte de Minas para matar a sede da sua população.
36
Informe Expomontes 2016
Dezinho Dias
a
d
i
v
e
d
s
o
n
86 a
70 deles dedicados
exclusivamente ao campo!
Dezinho Dias recebe Mérito Rural
Comemorando o Dia do Produtor Rural Mineiro,
o SISTEMA FAEMG homenageia 19 pessoas e
instituições que prestaram relevantes trabalhos
ao meio rural. Além da Grande Medalha, a Medalha
do Mérito premia as categorias de Produtor Rural,
Sindicato Rural, Técnico-Científica, Comunicação
e Política. Assim, a Federação pretende
dignificar todo o meio de produtores rurais e de
representação classista, mostrando que o campo
também tem os seus heróis.
Dezinho Dias, aos 13 anos, pouco antes
de dedicar-se integralmente às atividades
do campo.
Dezinho
Dias entre
João Atha
na reuniã
yde e Lin
o da Sude
dolfo Laug
ne defend
produtor
thon,
endo os in
es rurais.
teresses
dos
José C. Soares Dias, Dezinho Dias, é agraciado
com a Medalha do Mérito Rural. Ele foi presidente
do Sindicato Rural e da Sociedade Rural. Nas
suas gestões ele conseguiu a padronização da
pesagem do boi gordo na região que passou a ter
o desconto apenas de 50% do peso vivo e não mais
dez quilos excedentes. Atuou ainda na fundação
de empresas ligadas à atividade pecuária em
Montes Claros e Janaúba, além de se tornar uma
empreendedor na pecuária aos 19 anos, quando
passou a administrar os empreendimentos da
família com a morte do pai.
Com o en
tão Minist
ro
Paulinelle
, reivindica da Agricultura, Alys
son
ndo melho
rias para
o campo.
Em 1965
, atuand
o em BH
, pela clas
se rural.
A Sociedade Rural de Montes Claros parabeniza
José C. Soares Dias, Dezinho Dias, pela justa e
nobre homenagem.
o
entã
om o o do
64 c
e 19 o, ao lad
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ade
Rura
l.
Fazenda
Cannã.
O Empresário Rural e o
Planejamento Tributário
João Lucas Saldanha é sócio-diretor do Saldanha
& Gualtieri – Advogados Assossiados, escritório
especializado no atendimento de médias e pequenas
empresas com sede em Belo Horizonte e filial recém-inaugurada em Montes Claros. É pós-graduando em
Processo Civil e Direito Material Civil, além de autor
de diversos artigos relacionados aos temas.
O
agronegócio sempre foi tido como um
dos principais fomentadores da economia nacional, gerando renda e empregos, mesmo nos períodos de crise.
Tragicamente, com exceção do grande empresário rural e das cooperativas de processamento,
não é comum que o homem do campo busque
aconselhamento empresarial para o seu agronegócio, muitas vezes por subestimar o impacto que
as questões contábeis e tributárias podem ter no
seu lucro final.
Trata-se, infelizmente, de um terrível engano.
A carga tributaria incidente no setor é estimada
em, aproximadamente, 25% sobre o valor bruto
da produção, ou seja, representa, via de regra, o
sacríficio de quase um terço do faturamento do
empresário rural. Além de pesada, a legislação
acerca do tema é confusa e traiçoeira, principalmente por se tratar de um setor da economia que
é constantemente objeto de incentivos fiscais.
Por esta razão, sem um devido conhecimento da
tributação incidente em seu negócio, o empresário do campo pode estar deixando de gerar todo
o seu lucro potencial. É fundamental o entendimento de que o pagamento dos tributos é obrigatório, mas, sem a devida assessoria, é quase
certo que o recolhimento dos impostos se dará a
maior, tornando-se mais um obstáculo no caminho do seu sucesso.
38
Informe Expomontes 2016
Num setor econômico tão importante como o do
agronegócio, torna-se fundamental que o empresário busque profissionais com experiência
no planejamento tributário, de modo a gerar,
de maneira lícita, uma economia significativa de
tributos para sua empresa, desonerando seu faturamento e, via de consequência, aumentando
seu lucro final.
Por meio do planejamento tributário o empresário adotará o regime de tributação mais vantajoso ao seu negócio, observará a possibilidade de
aproveitamento de créditos tributários, postergação lícita de recolhimento dos tributos, apresentação de despesas dedutíveis e etc, tudo resultando em uma perceptível redução de gastos.
Com a crise econômica sem final à vista, o empresário do campo deve se preparar de maneira estratégica para os anos que virão. Mesmo nos períodos de
baixa demanda, é preciso que haja uma atuação inteligente, até mesmo para que saia na frente quando a economia se estabilizar.
Em resumo, levando em consideração todas as variáveis que giram em torno da tributação do setor
primário, a condução inteligente e técnica do agronegócio, em especial por ser um setor desacostumado com a consultoria empresarial, sem sombra
de dúvidas, representa decisivo diferencial no mercado, e colocará, sempre, o empresário à frente da
concorrência.
Parque de Exposições
João Alencar Athayde
U
Vivo e em
movimento
m espaço enorme, com diferentes recursos e utilidades, precisa estar preparado para diferentes
necessidades. Montes Claros possui um complexo, importante palco de difusão de conhecimento, debates e entretenimento. Fundado em 1957, no dia do
aniversário de 100 anos da cidade, o Parque de Exposições João Alencar Athayde atende a diferentes eventos e
está em movimento para atender às expectativas de todos os envolvidos.
“O Parque acomoda oito espaços para usos dos mais variados. Desde o show a uma palestra, além das necessidades
do homem do campo com currais e baias”, afirma o diretor
de Eventos da Sociedade Rural, Arnaldo Oliveira.
De acordo com ele, o porte do local é único na região e estar
sempre bem conservado é uma necessidade. Funcionários
cuidam diariamente da limpeza e manutenção interna preservando o local, patrimônio de Montes Claros.
“O Parque funciona 24 horas os 365 dias do ano para atender
o produtor rural. Muitas vezes recebemos o rebanho que fica
na cidade no meio de uma viagem, sempre respeitando as
normas do IMA e exigindo a documentação”, explica o diretor.
Além dos currais, existem outros locais que atendem necessidades dos produtores rurais como o Tatterssal para os leilões.
deixar tudo no melhor estado.
“Como maior evento, temos o cuidado de fazer a desinfecção de todas as instalações de baias a galpões. Aqui estão
equídeos, bovinos, ovinos e caprinos que merecem cuidados que evitam assim a transmissão de doenças infecto
contagiosas,” explica o diretor.
Outra necessidade atendida é a manutenção de espaços
para órgãos, como Bombeiros e polícia, para garantir a seguranças de todos os envolvidos.
“Minas Gerais tem poucas estruturas tão vivas como o Parque de Exposições João Alencar Athayde. Este é um espaço
multiuso vivo e pronto para receber toda a população de
forma segura e agradável”, afirma Arnaldo.
Repaginado
“Organizamos o parque para receber o público da Expomontes,
evento tão grandioso e importante para o Norte de Minas. Reformamos as vias de acesso e o cercado do gramado, estamos
também pintando os muros nas partes interna e externa, reformamos os pavilhões, áreas de restaurantes, tattersal e fizemos
os reparos de todas as instalações elétricas e hidráulicas”, conclui Norberto Assis, diretor de Patrimônio da entidade.
“Recebemos eventos ao longo de todo o ano como cavalgadas, exposições, copas de marcha, provas de team penning e feiras.
Mas o Parque por estar bem localizado também atende à
necessidades urbanas. “Temos ambientes que servem para
festas, encontros, divulgações de pesquisas, debates, formaturas, entre outros. Aqui são realizados os dois maiores
eventos que mostram a economia da região. O primeiro e a
Expomontes e o segundo a Fenics”,afirma.
Para a Exposição Agropecuária, que recebe 380 mil pessoas
em 10 dias, reparos são feitos todos os anos para sempre
w w w.sociedaderural.com.br
39
l
a
i
c
o
S
A Diretoria Social da Rural é a pasta responsável por estreitar as relações do associado com
a instituição, bem como criar oportunidades
de congraçamento. A responsável pela função
na entidade é Idalina Almeida, comandando o
Clube Social e organizando os eventos, desde a
sua concepção até sua realização. Ela também é
a anfitriã das Rainhas da Expomontes, cuidando
de todo o calendário social da feira. A seguir confira alguns clicks dos principais eventos sociais
da Sociedade Rural.
i
Lançamento da 42ª Expomontes
R
eforçando as tradições rurais e trazendo o
campo para as principais ruas de Montes
Claros, foi celebrado o lançamento oficial
da Exposição Agropecuária de Montes Claros. Logo no começo da manhã, o Parque de Exposições João Alencar Athayde recebeu pessoas ligadas ao
campo para uma confraternização regada a feijoada,
que foi servida para animar mais uma manhã fria de
outono na maior cidade do Norte de Minas. Depois, em
carros de boi, tratores e cavalos, centenas de pessoas
desfilaram pelas ruas da cidade. No trajeto, muitas
pessoas pararam para ver a exuberância do passeio.
Cavaleiros, vaqueiros e a diretoria seguiram da Praça
da Estação até o Parque de Exposições.
“Sob o sol forte e com suor percorremos a nossa cidade. Mostramos a história e a persistência do homem
do campo, que constrói seu destino, mesmo diante de
inúmeras dificuldades”, afirmou o presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa Neto.
Para celebrar e agradecer as vitórias da classe rural
uma missa em ação de graças foi realizada, no Centro
de Eventos. Com sentimento de agradecimento, todos
participaram homenageando a mãe Terra, fonte de
conquistas e de trabalho para todos. A celebração foi
40
Informe Expomontes 2016
presidida pelo Padre Antonio Alvimar, que destacou o
valor dos produtores rurais que acordam cedo todos
os dias e que com esforço leva alimento para milhões
de pessoas no país e até fora dele, com as exportações.
Além do lançamento da 42ª edição da Expomontes, as
festividades comemoraram o aniversário de 72 anos
da Sociedade Rural de Montes Claros que foi fundada
em 21 de junho de 1944. E para embelezar e reinar durante os dez dias de festa que começam no dia 1º de
julho as Rainhas da Expomontes foram coroadas.
“Três belas moças, filhas de produtores rurais, indicadas pela Sociedade Rural e parceiros da Expomontes,
como Sindicato Rural e Sicoob Credinor, representam
a sociedade montesclarense”, explica a diretora social
da Sociedade Rural, Maria Idalina Almeida.
Sociedade Rural de Montes Claros
Maria Cecilia Freitas Vilas Boas
Sicoob Credinor
Júlia Rebello Souto
Sindicato Rural
Isabela Lopes Cardoso
A Dupla revelação de Montes Claros, Lucas e Eduardo foram responsáveis por animar a festa de lançamento da 42ª Expomontes e apresentação das rainhas.
LANÇAMENTO OFICIAL
42
Informe Expomontes 2016
Abertura oficial
A abertura oficial da 42ª Expomontes foi bastante prestigiada e contou a participação de
diversas autoridades políticas e empresariais, além da Imprensa. Na solenidade, teve a
apresentação da Banda de Música da Polícia Militar que executou o Hino Nacional durante o
hasteamento das bandeiras de Montes Claros, Minas Gerais e do Brasil.
43
Informe Expomontes 2016
Abertura oficial
w w w.sociedaderural.com.br
44
Forró da Rural
w w w.sociedaderural.com.br
45
A força feminina
na Sociedade Rural
A
tuantes, persistentes, decididas e
companheiras são os predicados
das mulheres modernas e que não
deixam de lado as lutas, mas não
perdem o espírito de doar seu tempo e colaborar com a sociedade. Essa situação não é diferente dentro da Sociedade Rural e nos preparativos da Expomontes.
“Em toda a história da humanidade, as mulheres se mostraram como um suporte. Isso não
significa ser inferior, pois sem esse pilar uma
construção de vida desmorona. As mulheres
têm uma visão diferente e isso é uma adição.
Todas as pessoas têm algo a acrescentar”, afirma Gisele Petroni, esposa de Osmani Barbosa
Neto, Presidente da entidade.
Com o passar dos anos, algumas ações promovidas pelas mulheres participantes da entidade
foram sendo deixadas de lado. Essa situação
está próxima de ser revertida ainda em 2016.
Gisele explica que um evento será promovido
para integrar ainda mais as mulheres e mães da
organização.
rais sempre tiveram um espaço de
trabalho e mostraram a sua dedicação dentro do Parque de Exposições João Alencar Athayde e nesses 72 anos de Sociedade Rural.
“Durante a exposição, acompanhei a produção dos shows, desde
a contratação, e o atendimento à
organização. Mesmo com a rotina
agitada, todas nós ajudamos a fazer a Expomontes”, conta Gisele
Petroni.
“Nossa intenção é resgatar os compromissos sociais e assistências que a Sociedade Rural promovia. Vamos trazer para o nosso cotidiano momentos vividos aqui na entidade”, explica. O primeiro
encontro está previsto para agosto deste ano.
E são muitas as mulheres para se
lembrar na Sociedade Rural. A entidade está cheia de bons exemplos
como Dona Carmélia Barbosa, na
assistência social, Dona Zezé Colares, nos desfiles das rainhas nas
ruas, Dona Terezinha Tupinambá,
nas ações religiosas, que hoje são
desenvolvidas por Ester
As esposas, mães e filhas dos produtores ru-
Hoje, dentro do quadro da dire-
46
Informe Expomontes 2016
toria da entidade, três mulheres
estão desempenhando papeis de
organização para o desenvolvimento do campo na nossa região.
Maria Idalina Almeida Souza, na direção social, Cristina Athayde Rebello, é a diretora de pecuária de
corte, Silene Maria Prates, como
efetiva do Conselho Sindical.
Representando o quadro de diretoras, Idalina Almeida comenta o
quão é feliz no desenvolvimento
de suas ações.
“Tento representar todas as mulheres organizando os eventos
da entidade. É gratificante ver o
resultado do nosso esforço e desempenho. Tudo é feito com muito
carinho e dedicação. O reconhecimento dos nobres diretores é estimulo para fazer mais e melhor a
cada atividade”, confirma.
Beleza e juventude das rainhas
T
rês moças chamam a atenção na Expomontes de
2016. Elas formam a monarquia da Festa Agropecuária mais importante da região. Com seu estilo
country com botas e chapéus, além da faixa que
destaca o posto e a entidade que representam. Mas, antes
do glamour da exposição, as moças já estavam se dedicando
a este momento.
Foi em uma tarde que elas tiveram o seu momento de preparação para a sessão de fotos. Para esta produção especial
a dedicação dos profissionais envolvidos foi importante. Um
dos momentos que acompanhamos foi à fase da maquiagem, que precisa de cuidados para sair como planejado e
chamar a atenção.
“Para se fazer uma maquiagem impecável é importante estar com uma pele limpa e bem cuidada! É impossível conseguir um acabamento ideal sem ter o cuidado de limpar,
esfoliar, tonificar e hidratar a pele antes de iniciar a maquiagem! A escolha dos produtos também faz toda a diferença,
por isso, é importante optar pelo produto certo de acordo
com cada tipo de pele”, explica Neila Ester, diretora de vendas independente.
Quem teve a missão de ressaltar as representantes da Sociedade Rural, Sindicato Rural e Sicoob Credinor foi a maquiadora Fabíola Aguiar. Profissão que começou como hobby.
“Sou apaixonada pelo mundo da maquiagem. Sou fascinada
pela arte de realçar a beleza natural”, afirma.
Outro ponto importante para as fotos é atender as exigências
da estação em que a exposição é realizada. “Apesar desse outono inverno 2016 vir com muita cor, a maquiagem natural vai
continuar sendo uma das tendências, uma maquiagem leve,
sem grandes correções e iluminada é valorizada, a boca será
o grande foco da make, com tons mais fortes, como roxo, vermelho e marrom, podendo ser cremoso, matte, com brilho ou
o metalizado que está em alta”, ressalta Neila.
A missão de fazer os melhores cliques das rainhas é do fotógrafo Solon Queiroz. São dele as fotos oficiais da Exposição e
do ensaio das moças que representa as entidades envolvidas
na exposição agropecuária. “O intuito do ensaio fotográfico
é destacar a beleza das jovens Rainhas que mesmo morando
nos centros urbanos ainda preservam e valorizam a identidade e as tradições das mulheres do campo. O ensaio nada mais
é do que um resgate da identidade Ruralista do nosso povo
que é passado de pai para filho ao longo do tempo”.
E se engana quem pensa que terminou a participação delas.
“As rainhas da Expomontes vem ao Parque de Exposições
João Alencar Athayde durante os 10 dias de festa para dar
o colorido e ar de jovialidade que a festa merece”, é o que
garante a diretora social da Rural, Idalina Almeida. É dela a
missão de organizar todo trabalho com as rainhas.
A seguir, conheça Maria Cecília, Júlia e Izabela.
w w w.sociedaderural.com.br
47
Rainhas
s
Aprese ntaç ão
Rainha
Sociedade
Rural
Maria Cecília Vilasboas
Pais: Erico Lima Vilasboas; Luciene Azevedo Freitas
Data de nascimento: 12/10/1996
Hobby: Andar a cavalo
Qual seu maior sonho?
Ser bem sucedida na minha área.
Qual a sua relação com a entidade que você
representa?
A minha família tem ligação com a entidade, meu
pai além de ser do setor jurídico é produtor rural.
O campo está no sangue na minha família.
O que você espera do seu reinado?
Espero ser uma boa representante para a Sociedade Rural estando à altura do evento.
Qual a sua história com o campo?
Proativa
Desde quando tinha 4 anos, tenho envolvimento
com a zona rural, vou à fazenda do meu pai praticamente todo final de semana, para mim, é uma
zona de refúgio de todos os problemas rotineiros.
Comida Preferida: pizza
Que série você cursa: 3º período de Medicina
Veterinária
Por que ser Rainha?
Primeiramente, porque é um prazer ser representante da Sociedade Rural, também sempre gostei
de estar no parque, no meio rural e tudo isso engloba a área que irei atuar.
Qual a importância em representar a instituição?
Por se tratar de uma entidade conceituada, muito
respeitada em nossa região, me orgulho de poder representa -la.
Informe Expomontes 2016
Disney
Você pode se definir em uma palavra?
Música preferida: Flor e o Beija Flor- Henrique e
Juliano
48
Qual a viagem que mais te marcou?
Eu sou Maria Cecília
Nasci na cidade de Montes Claros, sou filha de
Erico Lima Vilasboas e Luciene Azevedo Freitas,
tenho 19 anos, curso o 3º período de Medicina
Veterinária. Desde pequena tive contato com os
animais na fazenda do meu pai e foi daí que comecei a ter facilidade de interação com eles, com
o tempo fui percebendo que além de gostar muito, eu tinha vontade de cuidar, de zelar pela vida
deles, daí então a escolha do meu curso! Hoje
posso dizer que um sonho vai concretizando ao
passar dos anos e cada vez mais eu tenho certeza
do meu amor pelos animais !
Rainha Sicoob
Credinor
Júlia Rebello
Pais: Fernanda Veloso Rebello Souto e Fábio Fagundes
souto
Data de nascimento: 29/05/2000
Qual seu maior sonho?
Poder conhecer cada canto do mundo, adquirindo novas
experiências de vida.
Qual a sua relação com a entidade que você representa?
Em 1985, foi convocada uma assembléia geral de fundação da Credinor. Fazia parte desta fundação, o meu avô,
João Athayde Rebello. Produtor rural, com uma visão positiva do futuro acreditando que um banco voltado para o
campo pudesse ser referência em todo o país.
Você pode se definir em uma palavra? Atualizada
O que você espera do seu reinado? Honrar a instituição
que represento em todos os eventos e fazer com que esse
ano fique marcado na minha história.
Música preferida: Tempo perdido – Legião Urbana.
Qual a sua história com o campo?
Comida Preferida: japonesa
Tradicionalmente, minhas raízes estão no campo .Venho de uma família de Produtores Rurais ,que por gerações acreditam na força do campo. Criando a minha
relação e admiração com esse meio que pretendo levar
por toda a minha vida.
Hobby: conhecer lugares diferentes
Que série você cursa: 2°ano do ensino médio
Qual faculdade você vai fazer? Jornalismo ou direito.
Por que ser Rainha? Por que acredito na importância em
representar uma entidade. Principalmente uma ligada ao
campo, onde estão as minhas raízes.
Qual a importância em representar a instituição?
É uma honra poder representar uma instituição tão grande e renomada como o Sicoob Credinor, além de poder
homenagear, com essa faixa, o meu avô, que ajudou na
criação deste banco.
Qual a viagem que mais te marcou?
Punta Del Este- Uruguai
Eu Sou Júlia Rebello
Meu nome é Júlia Rebello Souto, nasci em Montes Claros-MG dia 29/05/2000, tenho 16 anos,faço o 2º ano do
ensino médio. Sou filha de Fernanda Rebello e Fábio
Souto, tenho um irmão, Igor Rebello. Meus avós paternos são Judith Fagundes e Antônio Caldeira e os maternos Margareth Veloso e João Athayde Rebello. Gosto
de moda, ouvir música, esportes, tecnologia. Pretendo
fazer jornalismo e ser diretora de redação de moda.
Rainha Sindicato
Rural de Montes
Claros
Viagem de formatura do 9 ano, para o Rio das Pedras, RJ.
Isabela Lopes
Pais: Marcos Silvano Cardoso e Sônia Marilene Lopes
Meu avô sempre apoiou a entidade, hoje meus pais, tios
e eu também seguimos apoiando com força no ramo que
nos move.
Data de nascimento: 18 e julho de 2000
O que você espera do seu reinado?
Hobby: Conhecer lugares novos
Você pode se definir em uma palavra? Determinada
Música preferida: Quase sem querer- legião urbana
Qual seu maior sonho?
Construir o meu espaço no mundo, ser reconhecida e ser
feliz.
Qual a sua relação com a entidade que você representa?
Espero que eu possa aproveitar todos os momentos,
conhecer pessoas, adquirir conhecimento e me divertir
muito.
Comida Preferida: Comida japonesa
Qual a sua história com o campo?
Que série você cursa: 1º ano do ensino médio
Minha história começa desde nova, fui batizada na fazenda dos meus avós, no município de Capitão Eneas, desde
então não larguei mais a roça. Minha família trabalha com
a venda de produtos agropecuários e veterinários, o que
contribuiu ainda mais para o meu apego ao setor. Gosto
muito de passar meu tempo livre cuidando dos animais,
andando a cavalo ou pescando, sempre consigo um tempo para relaxar longe do tumulto da cidade e isso me faz
muito bem
Qual faculdade você vai fazer?
Ainda não me decidi
Por que ser Rainha?
Sempre admirei a forma com que as rainhas transmitem
a beleza e a alegria da Expomontes e acredito que além
de transmitir essa alegria, a experiência contribuirá muito para o melhoramento do meu relacionamento com a
classe em que fui criada, além de me estimular a ser uma
pessoa melhor.
Qual a importância em representar a instituição?
Minha família sempre me ensinou que devo honrar e me
orgulhar das minhas origens, desde pequena acompanho
o movimento do Parque de Exposições e os motivos pelos
quais o Sindicato Rural luta. Meu avô, João Evangelista Lopes, foi um dos homens que participou e se doou pela crença da esperança de um futuro melhor para os produtores
rurais, e assim, sinto que é importante representar minha
origem, o campo.
Qual a viagem que mais te marcou?
Eu sou Isabela Lopes
Nascida em Montes Claros, sempre estudei no Colégio Marista São José, onde tenho minhas melhores amigas, sou
uma menina muito tranquila, caseira e familiar, mas
gosto muito de ir ao cinema ou a uma festa para dançar
e me divertir, sou bem eclética! Gosto de todo tipo de
música e filme, não dispenso um sorvetinho e um passeio aos sábados de manhã, adoro dias ensolarados.
Não quero ser alguém importante nem famosa, quero
ser alguém que as pessoas lembrem pelo carisma e
amizade, acima de tudo quero ser feliz
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49
O DOMADOR DE BURROS CHUCROS
Por: João Carlos de oliveira
pé esquerdo ao estribo da sela para montar ao animal, foi quando,sem nem
mesmo concluir a passagemda sua perna direita sobre a sela, percebeu algo
Sentados no grande banco de Pau preto lá pelo meio do terreiro da casa da
de errado com animal, que assoprava suas narinas estranhamente. Em se-
fazenda da nossa avó, a meninada ansiosamente, aguardavam pela presen-
guida, ainda mal agasalhado sobre a sela, foi surpreendido por uma série de
ça do nosso velho e bom amigo Zé de tiririca, que ao início da noitinha, che-
saltos do animal. Sim meninos! aquele burro velho, magro e feio, agora sal-
gava dos seus afazeres diários.Como sempre, ele nos surpreendia. Não sei
tava, como nenhum outro animal o fizera antes. Os saltos eram tão altos, que
como, mas, nosso velho amigo contador de causos, sempre tirava da manga
mesmo acostumado a doma de mais de 40 burros chucros, Noraldino, agora,
uma nova historia para nos contar, e, naquela noite, não foi diferente. Tão
tinha dificuldades para se manter sobre a sela, e, foi ao final de uma série de
logo tomou o seu banho, apanhou um bule de café quentinho e alguns bis-
muitos pulos altos, que o velho burro fez aquilo que os burros mais sabem
coitos, que a Dona Zefa tinha acabado de assar, e foi assentar-se no meio
fazer : fez que prosseguia pulando para a frente, mas de repente, negou-se
da meninada. Ele, já sabia de cor e salteado, o que a meninada esperava
de lado, ou seja, furtou o seu pulo, e o pobre do Noraldino, que não contava
dele. Tão logo tomou o seu assento, escolheu ficar lá pelo meio do banco,
por esta atitude do animal, se desequilibrou nos arreios da montaria e saiu
de forma, que ficasse cercado pela meninada. Entre um gole de café e outro,
em voo livre pela cabeça da sela e pelo pescoço do animal, se espatifando
disse para os meninos: Pois bem meninos! Hoje, eu vou contar para vocês,
no chão em seguida, com todo o peso do seu corpo. A mãe de Noraldino,
a história de um homem que se dedicava a uma tarefa ingrata: a doma de
que assistia a tudo lá da varanda da casa sede, correu em seu socorro, mas
burros bravos. Pois bem. Meus avós já nos contávamos, quando eu ainda
Noraldino, que era taco duro, levantou-se rapidamente, e meio atordoado
era um menino, fatos acontecidos, que sempre foram tido como verdadei-
pela queda, contorcia o seu corpo, como se estivesse machucado. Em ato
ros, pois era relativo a acontecimentos ocorridos lá pela região de origem
seguinte, sacudiu a poeira, enfurecido pela queda, encaminhou-se para um
deles. Nos diziam eles, que numa certa região, conhecida como passagem
canto do curral, onde existia um pé de goiabeira, e com o seu facão, ceifou-
de cima, lá pelas bandas da serra da Capivara, aqui mesmo no Estado de
-lhe uma galha, ou seja, muniu-se de um pedaço de madeira roliço. Mesmo
Minas, morava um certo sujeito conhecido pela alcunha de Noraldino. Filho
contrariando a vontade da sua mãe, disse-lhe, que ia montar ao burro nova-
de pequeno fazendeiro daquela região, residia com a sua mãe, que era viúva.
mente. Tornou a repetir para a sua mãe, uma frase célere, a que ele já havia
Noraldino, tomava conta das lides da fazenda, pois era um homem muito
falado: - estava para surgir o animal que ele não domasse - mesmo que este
trabalhador, embora fosse relativamente jovem. Mantinha fama de deste-
animal, tivesse que surgir dos infernos. Foi assim, que ele agora munido do
mido, era homem arrojado e de palavras ásperas, que não tinha medo de
pedaço de madeira, se acercou do animal, e depois de muito custo, nova-
nada. Foi até então, o maior amansador e acertador de burros bravos que
mente conseguiu montá-lo. O que se viu em seguida, foi a mesma cena ante-
já se tinha ouvido falar em toda aquela região, e já tinha amansado para lá
rior, ou seja, mal ele havia passado a sua perna direita sobre a sela, o burro
de 40 burros chucros. Foi assim, montando a um burro e outro, que a fama
velho iniciou novamente a uma nova série de saltos, tão altos, que Noraldino
dele mais se estendia em toda a região. Ocorria entretanto, que os métodos
novamente, se viu em desvantagem, e percebeu, que o animal novamente
dele para doma dos animais, impunha muitos sofrimentos aos animais, e ele
iria derrubá-lo. A esta altura dos acontecimentos, o pobre do animal estava
comentava abertamente, sem muitos muitosarrodeios, que até aquela data,
sendo duramente mal tratado. Num grito de fúria, quando novamente quase
nunca tinha encontrado um burro chucro que ele não domasse, e que jamais,
era levado ao chão, Noraldino, gritou bem alto: Vou matar este burro velho
burro algum o tinha retirado da sela e o derrubado. Estaria ele, pois, ainda
Mãe! Assim, ele não mais vai derrubar a homem algum! Logo em seguida,
por conhecer, àquele animal, que o desafiasse e o derrubasse do seu lombo,
num gesto rápido, levantou com toda veemência o pedaço de madeira que
mesmo que tivesse este animal, que surgir dos infernos. Pois bem meninos!
mantinha na sua mão direita, empunhando-o, com toda a sua força, para
veja uma blasfêmia dessas! A vida dá muitas voltas né? Passado algum tem-
desferi-lo diretamente no centro da cabeça do animal – a intenção era
po, Noraldino teve que fazer uma breve viagem, regressando a fazenda da
mesmo a de matar o velho animal -, foi quando, talvez, movido por forças
sua Mãe, somente a noite. Ao amanhecer do dia seguinte, ainda de manhã-
superiores, forças estas, para as quais, não existem uma explicação lógica,
zinha, deu pela presença de velho burro no quintal da casa sede da fazenda,
que ao desferir impiedosamente, o golpe fatal sobre a cabeça do animal, ao
e se dirigiu para a sua Mãe indagando: Mãe! Que animal é aquele Mãe? Eu
atingi-lo, viu-se, de repente, no meio de uma grande nuvem de poeira, e não
nunca o vi por aqui! Será de quem é este pangaré velho? Até me parece doen-
se podia enxergar nada. Em ato seguinte, despencou-se do alto do animal
te! A mãe de Noraldino, respondeu-lhe lá da cozinha mesmo, dizendo-lhe,
para chão, percebendo entretanto, que o velho animal, ao qual montava,
que não sabia de nada, e que envolvida com os seus afazeres de casa, não
não havia caído ao chão junto com ele. O velho burro havia desaparecido. O
tinha prestado atenção, e que não havia observado a presença de ninguém
pátio da fazenda naquele momento, estava sereno e limpo, como se nada de
de fora,que montando à Cavalo, tivesse chegado na fazenda. Noraldino, que
importante houvesse ali acontecido naqueles poucos instantes, podiam-se
havia chegado de viagem na noite anterior, havia amanhecido a pé, e lem-
ver, que alguns passarinhos saltitavam sobre as cercas serenamente. Estar-
brou-se, que aquele burro velho estava ali em boa hora, pois pelos menos
recido, observou a tudo com muito susto, ao perceber, que ele havia caído
lhe serviria, para que montando nele, pudesse dar um pulo até as pastagens,
ao chão descanchado somente sobre sela de montaria. Decorridos alguns
para trazer os outros animais de montaria para o curral. E, assim foi feito.
dias dos acontecimentos, a Mãe de Noraldino, que era muito católica e havia
Apanhou a um cabresto, se dirigindo ao quintal da casa, onde num recanto
presenciado à toda aquela cena deprimente, ficou bastante chocada, convi-
de cerca qualquer,laçou o velho animal, conduzindo-o até o seu curral, onde
dando a um Padre da Paróquia mais próxima, para que rezasse uma missa
foi arreado. Até aí, tudo bem. Veja bem, o velho animal parecia até então,
de benção na fazenda, pois todos ali estavam certos de uma verdade, por
não se importar com nada, afinal, estava muito magro e fraco. Uma vez se-
mais difícil fosse acreditar: Noraldino, com a sua ira, blasfêmia e destempero
lado o velho animal, Noraldino, num movimento brusco e rápido levou o seu
verbal, havia montado a um capeta – espírito do mal.
50
Informe Expomontes 2016
Credenciamento
na Expomontes
A
cada ano são emitidas
cerca de 4,5 mil credenciadas para produtores rurais,
associados da Sociedade e
Sindicato Rural, Autoridades Civis e Militares, Expositores de animais, prestadores de serviços, tratadores, colaboradores, funcionários, parceiros e a imprensa.
Setor complexo e delicado, que é coordenado pelo Diretor-Secretário Sérgio
Peres, que afirma que o acesso por meio
do documento expedido pela Sociedade Rural é liberado para quem vai trabalhar durante a Expomontes. Em alguns
casos, são emitidos para convidados.
Na estrutura já foram investidos R$ 15
mil na aquisição de equipamentos, móveis, software, ar condicionado e reforma do espaço, que era destinado a estandes. Sérgio Peres chama a atenção
para o alto custo do setor que coordena.
“Neste ano, elencamos regras de credenciamento. Para a Imprensa, por
exemplo, onde temos uma gama muito
grande de comunicadores no Estado que
vêm à Festa, tivemos que reduzir o número por veiculo de comunicação. Precisamos sempre nos organizar para liberar
para quem realmente trabalha”, afirma.
Além disso, é necessário se atentar
para os custos do documento.
“Para se ter uma ideia, cada selo fixado
na credencial custa R$ 150,00. È necessário o uso racional. Além disso, emitimos
credenciamento para os veículos. Temos
400 vagas dentro do Parque de Exposições João Alencar e quatro lotes alugados para o período. Só o aluguel custa R$
42 mil. Ainda temos os funcionários que
contratamos para atender à demanda
da área. Fora material de expediente,
alimentação e mão de obra. Os custos
são altos e, por isso, precisamos atender
quem vai trabalhar”, afirma.
Parcerias viabilizam serviços
de saúde na Expomontes
A
lém de negócios e entretenimento, durante a
Expomontes 2016 são promovidas ações sociais
e de saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, a (PROMAMA), Faculdades Santo Agostinho (ENFERMAGEM), Rotary Montes Claros Leste
e AVON e o Grupo de Apoio aos Portadores de Hepatite de
Montes Claros (GAPH – MOC), que visam informar e sensibilizar os visitantes sobre cuidados com a saúde. Parceria que
existe há cinco anos e deve atender cerca de 10 mil pessoas.
De acordo com o supervisor do PROMAMA, Thiago Simões,
durante a Feira haverá distribuição de panfletos e diversos
exames gratuitos para a comunidade.
“A importância desse serviço é a prevenção e cuidado com
a saúde. Acaba sendo um check-up que a população ganha
tudo em um só lugar”, afirma Thiago.
tes 2016.
Ações realizadas na Expomontes
Hepatite C – Doença
Silenciosa
• Aferição da pressão arterial;
• Teste de Glicemia capilar;
• Teste para Hepatite C;
• Avaliação do estado nutricional e orientações (Índice
Pela terceira vez na Exposição Agropecuária o Grupo de
Apoio aos Portadores de Hepatite de Montes Claros (GAPH
– MOC) estará presente alertando a todos sobre a doença,
suas formas de transmissão e cuidados básicos. Mil testes
devem ser feitos nos dez dias de evento.
• Atividades recreativas com crianças (Peteca, vôlei,
“Os testes gratuitos são realizados em dois minutos. Caso
o resultado seja positivo, a pessoa é encaminhada ao Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Município para
confirmação precisa”, afirma o fundador e presidente do
GAPH - MOC, Luiz Carlos Amaral, portador do HCV (Hepatite
C), só descobriu a doença em 2006, após sua segunda hemorragia.
Por se tratar de uma doença com poucos sintomas, há necessidade de ações sociais que promovam resultados rápidos para a população é extremamente importante. Ciente
disso o GAPH – MOC promove e apoia campanhas de conscientização e informação sobre as Hepatites Virais.
A Hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada
por vírus, álcool, outras drogas, doenças autoimunes e genéticas. É uma doença silenciosa. Segundo o Departamento de
DST, Aids e Hepatites virais do ministério da Saúde, são 3 milhões de infectados e cerca de 90% ainda não sabem.
52
Testes de Hepatites serão realizados para os visitantes da Expomon-
Informe Expomontes 2016
de Massa Corporal);
pinturas, etc) feito por um profissional de educação
física;
• Agendamento do Exame de mamografia para mulheres com faixa etária entre 50 a 69 anos;
• Capacitação prática sobre Suporte Básico de Vida
(Primeiros Socorros) aos participantes;
• Orientações gerais sobre o estado de saúde;
• Orientações sobre planejamento familiar e saúde
reprodutiva (através da demonstração dos métodos
contraceptivos) (Disponibilização de camisinhas);
• Sorteio de brindes;
• Limpeza de pele;
• Treinamento sobre maquiagem;
• Atendimentos de fisioterapia
Serviço
GAPH – MOC
Rua Januária, 49 no centro de Montes Claros
(38) 99202- 8308
(38) 99812 – 1036
Samu na Expomontes
Participar como expositor da maior Festa Agropecuária do
Norte do Estado de Minas Gerais é, sem dúvida, um marco
para o SAMU Macro Norte, que neste ano completa 10 anos
de atuação em Montes Claros.
“Participar desta edição que reúne saúde, beleza, moda,
cultura, tecnologia, gastronomia e agronegócios nos possibilita uma ampla divulgação do nosso trabalho ao longo
dessa década de serviços prestados. Essa parceria se resume em alinhamento de forças para o bem comum. Parabéns
à Sociedade Rural pela tradicional feira agropecuária! Parabéns Montes Claros, por sediar tão grande evento”, afirma
Luiz Rocha Neto, Presidente do CISRUN – Consórcio Intermunicipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas
– SAMU Macro Norte.
Você encontra no estande do Samu
• Orientações de como funciona o SAMU
• Quando chamar? Como chamar? Dicas de primeiros socorros e exposição de bonecos para mostrar os procedimentos corretos em casos de engasgo, parada cardíaca etc...
• Equipe no local
• Ambulância no local para prestar os primeiros socorros/
atendimentos
• Material do SAMU – orientações básicas.
• Teremos uma equipe também em QAP – Prontidão para
atendimento imediato através do 192.
Santa Casa
A Santa Casa de Misericórdia também participa da Feira. Para
o médico e diretor da Rural, Celmo Bernardino, a parceria de
anos viabiliza um serviço a mais de saúde para a população
que visita o parque de Exposições João Alencar Athayde.
“Disponibilizamos todos os anos, ambulância, medicamento,condutor socorrista, maca, suporte de soro. A Rural fica
a cargo de contratação de médicos e enfermeiros. Montamos toda uma estrutura, mas graças a Deus, os registros de
atendimentos são simples. Os casos mais comuns são de
alcoolismo ou traumas em decorrência de trabalhos com os
animais ou desmaios. O atendimento é 24 horas por dia e
contamos também com suporte de ambulâncias do Corpo
de Bombeiros e do Município”, afirma Bernardino.
w w w.sociedaderural.com.br
53
SAC CAIXA – 0800 726 0101
(Informações, reclamações, sugestões e elogios)
Para pessoas com deficiência auditiva ou de fala – 0800 726 2492
Ouvidoria – 0800 725 7474
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equipamentos, preparação para o plantio, ampliação de lavouras
e pastagens, colheita e comercialização. Acesse caixa.gov.br e saiba mais.
Informe Expomontes 2016
54
CAIXA. A vida no campo pede mais que um banco.
Delegacia Móvel
Delegacia Móvel da Polícia
Civil de Minas Gerais.
A
Delegacia Móvel da Polícia Civil será um dos atrativos da Expomontes, festa Agropecuária de Montes Claros, a festividade ocorrerá entre
os dias 01 a 10 de julho, no Parque de Exposições João Alencar Ataíde, o evento, que já está na 42ª edição, conta com exposição de animais,
gastronomia, oportunidade de negócios, além shows com atrações de nível nacional.
A Delegacia Móvel estará no evento entre os dias 1° a 07 de julho. A mesma possui uma
estrutura para o primeiro atendimento ao cidadão. O ônibus conta com acesso à rede
de internet, telefonia, de radiocomunicação, de comunicação direta com banco de
dados da Polícia Civil e, ainda, conta com gerador próprio de energia. Também possui
sala de monitoramento de vídeo interno e externo e uma cela transitória.
A Delegacia Móvel conta com estrutura para uma equipe completa de policiais,
composta por Delegado, escrivão e investigadores. O objetivo da Delegacia Móvel
é reforçar a segurança, melhorar a qualidade do serviço oferecido ao cidadão, e
contribuir de forma significativa com o sucesso e segurança da exposição.
Dr. Raimundo Nonato GonçalvesChefe do 11° Departamento de
Polícia Civil
A Polícia Civil está empenhada em garantir o sucesso do evento e a segurança dos
frequentadores da festividade.
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55
Ações de
segurança
para a 42ª
Expomontes
POLÍCIA
MILITAR
DE MINAS GERAIS
DÉCIMA PRIMEIRA REGIÃO DA POLÍCIA MILITAR
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL
Exposição agropecuária atrai grandes investimentos;
organizadores e público contam com o apoio da PM.
N
este ano, a Sociedade
Rural de Montes Claros
realiza a sua 42ª Exposição Agropecuária e a Polícia Militar de Minas Gerais, como em
todas as outras edições, trabalha em
conjunto com os demais envolvidos
para o sucesso do maior evento agropecuário do Norte de Minas Gerais.
Considerada de grande tradição e importância para o norte de Minas, a Expomontes é uma das principais do setor no país,
sempre atraindo um grande número de
expositores, animais premiados, shows de
artistas renomados e visitantes. Por isso,
a Polícia Militar monta uma estrutura especial para garantir a segurança de todos
que visitam o Parque de Exposições João
Alencar Athayde e o seu entorno. Será empregado o policiamento adequado para
um público estimado em 400 mil pessoas
com viaturas e efetivo policial. Além disso,
estaremos atentos a tudo o que ocorrer nas
imediações e, caso o cidadão precise, também pode acionar o serviço de emergência
policial pelo 190.
Desde o último mês de abril, vêm sendo
feitas reuniões para definição das estratégias de ação e segurança para a festa, que
será realizada de 1º a 10 de julho deste ano.
Todos os órgãos e representantes envolvidos reafirmaram o compromisso para um
evento seguro e tranquilo para a população
montes-clarense, demais norte mineiros e
visitantes.
56
Informe Expomontes 2016
Todo esse empenho destinado ao grandioso
evento reflete o trabalho realizado pela 11ª
Região da Polícia Militar nos 77 municípios
sob sua jurisdição durante o ano inteiro.
Ações preventivas e ostensivas, pautadas
sempre pelo diálogo com a comunidade,
fazem com que os índices de criminalidade
caiam ao longo do tempo. Como exemplo
dessa união de esforços das Unidades que
compõem a 11ª RPM (10º BPM, 50º BPM, 30º
BPM, 51º BPM, 2ª CIA IND, 11ª CIA M ESP, 11ª
CIA IND MAT e CAA 11), houve a redução de
crimes de homicídios nos últimos três anos.
Essas ações também são um reflexo do trabalho conjunto com os demais órgãos do Sistema de Defesa Social, do Ministério Público
e do Judiciário Estaduais. O planejamento
de ações conjuntas, de forma positiva, tem
proporcionado mais tranquilidade e segurança para a população norte mineira.
Neste sentido, a participação da população
na promoção da paz é algo que faz parte
dos esforços da PMMG, pois nossas ações
são realizadas para o bem-estar social, a
prevenção e o combate à criminalidade. A
preparação da tropa é um processo constante. Nossos policiais são sempre capacitados para atenderem a qualquer demanda
da sociedade de bem.
Desde que assumiu o Comando Regional,
em 04 de fevereiro de 2013, o Coronel César
Ricardo de Oliveira Guimarães estruturou a
11ª RPM para que a Polícia Militar estivesse
cada vez mais próxima dos cidadãos.
Projetos sociais capitaneados pela PM em
diversos municípios contribuem significativamente para isso, e também para melhorar os índices de segurança na região. Entre
eles, moradores dos arredores da Praça
da Matriz de Montes Claros passaram a ter
a Rede Protegida da Polícia Militar; a Mostra de Oportunidades; Programa Jovens
Construindo a Cidadania – JCC; Crianças de
Atitude; Patrulhas de Violência Doméstica;
o Programa Educacional de Resistência às
Drogas – PROERD, presente em várias escolas; e o Projeto Patrulha Rural, que tem
como objetivo identificar e solucionar os
problemas de segurança pública registrados nas diversas localidades no âmbito da
11ª RPM.
Além das reformas e inaugurações das
instalações de alguns destacamentos, pelotões e companhias, e da inauguração da
13ª Cia PM Independente em São Francisco
(a mais nova unidade da PMMG na região),
o Comandante Regional dedicou-se para
que haja ações proativas de toda a tropa
no combate e prevenção à criminalidade na
área atendida pela 11ª RPM. Segundo ele,
“é preciso estar atento às necessidades da
sociedade, equipando a estrutura policial
com eficiência para que a Corporação esteja cada vez mais perto do cidadão, protegendo-o e gerando bem-estar social”.
“O nosso trabalho é feito em conjunto. Quando agimos assim, os resultados são mais consistentes e o reconhecimento da sociedade
também”, afirma.
DICAS DE SEGURANÇA
Para que a 42ª Expomontes seja um sucesso, como nas edições anteriores, cada um
de nós deve fazer a sua parte.
Orientamos o público que evite estacionar
em locais ermos e atente-se para o correto
fechamento das portas e janelas do veículo; certifique-se de que não deixou objetos
à mostra dentro do carro; tenha cuidado
com seus celulares e câmeras fotográficas,
pois podem chamar a atenção de criminosos; se você estiver levando crianças,
é muito importante identificá-las como o
nome, o endereço e o telefone, de maneira
bem visível; oriente o seu filho a procurar
a Polícia Militar caso ele venha a se perder
de você ou de acompanhantes; os idosos
também devem ser tratados com atenção
especial, pois podem ser alvo da ação de
pessoas mal-intencionadas; procure levar
bolsas e sacolas sempre à frente e junto
ao corpo, e evite deixá-las sobre balcões;
ajude a preservar o transporte coletivo,
pois ele é útil para você ir se divertir, mas
para ir ao trabalho ou à escola também; se
estiver dirigindo, não faça uso de bebidas
alcoólicas; utilize os banheiros que serão
colocados em pontos estratégicos durante
o evento; não ande sozinho em locais escuros; evite estimular e se envolver em confusões ou brigas; após o evento, saia do local
de maneira tranquila e prossiga assim até
a sua residência, respeitando as leis e não
promovendo algazarras; e sempre que perceber algo que possa comprometer a sua
segurança, ligue para o 190. A Polícia Militar estará pronta para atendê-lo. Também
é importante lembrar aos comerciantes
que a venda de bebidas alcoólicas é proibida a menores de 18 anos de idade.
tados positivos para a sociedade montes-clarense. O trabalho conjunto e sinérgico
é o segredo desta parceria de sucesso, e a
Polícia Militar está pronta para que todos
participem da 42ª Expomontes com alegria
e segurança.
11ª Região da Polícia Militar
Polícia Militar, há 241 anos, somos movidos pelo
orgulho de servir e proteger Minas Gerais.
Comando Regional em Montes Claros, 16 de junho
de 2016.
Assessoria de Comunicação Organizacional – 11ª
RPM
Desejamos que esta Exposição traga resul-
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57
Corpo de Bombeiros
garante segurança na
Expomontes 2016
O
Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais
(CBMMG) está preparado para a atuação Expomontes 2016. Todas as atividades são desenvolvidas pela corporação dentro de sua área
de competência. São realizadas ações de prevenção contra incêndio, pânico e acidentes, atendimentos de urgência ou
emergência e fiscalizações para recepção segura do público.
O Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar de Montes Claros
iniciou desde o início de 2016 o planejamento de atuação
na Expomontes para garantir a segurança dos freqüentadores do evento.
A primeira ação das equipes do Corpo de Bombeiros foi a
análise dos projetos do evento, de acordo com o que prevê
a legislação estadual. Os Bombeiros também verificam todas as instalações do Parque de Exposições João Alencar
Athayde.
Além do serviço de segurança antes do espetáculo, Bombeiros Militares permanecem durante a festa garantindo uma
efetiva segurança a todos os freqüentadores em casos de
urgência ou emergência.
Carreta Comando
Pelo segundo ano consecutivo a atuação do Corpo de
Bombeiros e dos outros órgãos de segurança é apoiada
pelo Centro Integrado de Comando e Controle Móvel, montado dentro de uma carreta. O Centro auxiliará os Bombeiros na organização dos trabalhos de prevenção durante o
evento.
A plataforma integrada de inteligência é usada para a gestão de grandes eventos e ocorrências.
Diga não ao trote
O avanço das telecomunicações no último século redefiniu a forma de transmitir informações entre as
pessoas. O telefone atualmente é o veículo de comunicação mais popular, mas infelizmente uma prática
cruel também se destacou com esse avanço, os trotes ao serviço de emergência. Nos últimos tempos os
trotes têm afetado diretamente a população, através
da perturbação do serviço de emergência, principalmente o 193 do Corpo de Bombeiros Militar.
Diariamente, a central telefônica dos Bombeiros
recebe centenas de trotes. A maioria é passada por
crianças nos horários de 12h30 e 18h.
Também há o desconhecimento dos serviços prestados por cada um dos números de emergência. Muitas
pessoas desconhecem o número das instituições que
deveriam ligar em caso de emergência, por exemplo:
Incêndio – 193;
Assaltos – 190;
Vistoria sobre risco de desmoronamento – 199.
58
Informe Expomontes 2016
O Campo e a Aroeira
Benedito Said
H
ouve um tempo em que o campo existia
apenas no campo. A cidade era chamada
de rua.
A rua foi crescendo e deixou-se tomar pela
cidade. Bem urbana. Campesino era o ar da terra que
se aquietava cada vez mais distante.
No entanto, mesmo nessa lonjura de hoje, o campo
é tão importante quanto a comida que produz para
aplacar a fome do apressado transeunte que disputa
espaço com carros e concreto.
De um jeito ou de outro, o campo é necessário. Não
se vive na cidade sem campo, sem a fazenda, sem o
produtor rural, sem o agricultor, mão e suor, terra e
adubo, boi berrando, galinha ciscando, local em que
a semente se desfaz em planta e de planta vira novamente semente, alimento, como contou Cora Coralina.
Nos tempos de crise, quando a seca endurece o chão ou
os desgovernos se esquecem da invernada, o país grande dos brasileiros se segura no produto interno bruto
nascido nas terras, sejam elas do cerrado, beira-mar,
pampas ou nos alagados, sejam de projetos benfazejos
como o do Velho Chico ou do minguado rio Gorutuba.
Padre Vieira, no Sermão da Sexagésima, faz menção
ao semeador. Refere-se muito bem ao pregador. Mas
aponta para qual é o chão, metáfora do coração,
ideal para receber a semeadura profícua. “Ecce exiit
qui seminat, seminare.” O agricultor, através dos tempos, encontrou pela frente as mesmas dificuldades
do pregador que sai a semear a Palavra de Deus. Nem
por isso desiste. Insiste. Persiste aos sons Graciliano Ramos, com suas vidas secas, Rachel de Queiroz,
contando o trágico ano árido de 1915, ou Euclides da
Cunha, impondo o relato da guerra que é sobreposto
pela resistência sertaneja, resiliência (capacidade de
se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou
às mudanças) de couro duro. Mas vem lá Guimarães
Rosa, vestido de grande sertão, com suas veredas,
para dizer que cairá a chuva. “Daí, deu um sutil trovão. Trovejou-se, outro. As tanajuras revoavam. Bateu o primeiro toró de chuva. (...) Os dias de chover
cheio foram se emendando.”
O relato de Vieira fala do coração-terra em que a semente deverá ser lançada, que não dê espinhos, pedras ou no caminho. Deve ser terra boa para frutificar.
O texto sintetiza que o coração-terra inadequado é
o que conspira contra a produção, da mesma forma
como o agricultor para produzir precisa de apoio, sustento, porque da parte dele, que é o persistir, ah isso
não faltará.
O poema Pesadelo de Maurício Tapajós e Paulo César
Pinheiro é enigma e símbolo da resistência. “Quando o
muro separa uma ponte une./ Se a vingança encara o
remorso pune./Você vem me agarra, alguém vem me
solta./Você vai na marra, ela um dia volta./E se a força
é tua ela um dia é nossa./Olha o muro, olha a ponte,
olhe o dia de ontem chegando./Que medo você tem de
nós, olha aí. (...) O muro caiu, olha a ponte/ Da liberdade guardiã./ O braço do Cristo, horizonte/ Abraço do
dia de amanhã, olha aí”.
O campo é a aroeira de beira de rio. Milenar. Centenária. Mourão para deixar a casa eternamente firme.
Olha a ponte!
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59
Visão atual e futura
do controle de
carrapatos bovinos
Viabilidade econômica do uso
de vacinas contra carrapatos em
sistema de produção de leite
A
produção animal apresenta alguns obstáculos,
sendo os parasitas responsáveis por injúrias aos
rebanhos e perdas da produtividade, além da
transmissão de patógenos causadores de diversas enfermidades para os animais e também para o homem.
As perdas econômicas causadas pelos parasitos dos bovinos, no Brasil, foram estimadas em uma base anual, considerando-se o número total de animais em risco e os efeitos
negativos do parasitismo sobre a produtividade do rebanho.
As perdas produtivas causadas por parasitas em bovinos no
Brasil geram impacto econômico em dólares, tais como, nematódeos gastrintestinais - $7,11 bilhões; carrapato bovino
(Rhipicephalus (Boophilus) microplus) - $3,24 bilhões; mosca-dos-chifres (Haematobia irritans) - $2,56 bilhões; berne
(Dermatobia hominis) - $0,38 bilhões; mosca-da-bicheira
(Cochliomyia hominivorax) - $0,34 bilhões; e a mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) - $0,34 bilhões. A perda
econômica anual combinada, devido aos parasitos internos
e externos dos bovinos aqui listados, foi estimada em pelo
menos $13,96 bilhões do parasitismo sobre a rentabilidade
dos pecuaristas brasileiros.
O carrapato bovino, conhecido como Riphicephalus (Boophilus) microplus, é o parasita responsável pelo maior impacto econômico na produção bovina. O controle de carrapatos está centrado, atualmente, no uso de pesticidas das
mais variadas bases químicas, no entanto, a grande maioria
dos produtos químicos utilizados para o controle de carrapatos apresentam restrições relacionadas à resistência
devido a um efeito da seleção genética principalmente pelo
uso indevido destes agentes químicos.
O crescimento da população bovina e de sua produtividade
é associado ao melhoramento das pastagens, à seleção das
raças bovinas, exclusivamente para uma maior produtivi-
60
Informe Expomontes 2016
Danillo Murta
Doutor em Medicina Veterinária UFV
Proprietário CIA RURAL – Soluções para o
Agronegócio
dade, omitindo-se a questão da resistência aos parasitos.
Todos esses fatores, aliados ao uso inadequado de drogas
carrapaticidas têm favorecido os carrapatos, que causam
prejuízos cada vez maiores à pecuária nacional.
Buscando uma forma alternativa para o controle do parasito, foi desenvolvida a vacina contra carrapatos (rSBm7462® PATSOS BIOTECNOLOGIA), pela equipe de pesquisadores da
Universidade Federal de Viçosa (BIOAGRO/UFV). Esta vacina
contém porções de uma proteína intestinal do carrapatos,
responsáveis pela produção de anticorpos e desenvolvimento de imunidade contra as infestações dos carrapatos.
Aplicada em bovinos infestados, de várias raças, esta vacina
alcançou uma eficácia de 81%, tendo como parâmetros redução no número e do peso de fêmeas adultas, redução do
peso médio dos ovos e diminuição da fertilidade, segundo
o pesquisador coordenador do programa Joaquin Hernan
Patarroyo Salcedo.
A vacinação representa uma medida preventiva que oferece vantagens sobre os convencionais métodos de controle
químico, pois representam uma ação sustentável; NÃO CONTAMINAM O LEITE E DERIVADOS; são mais específicas e NÃO
APRESENTAM problemas de resistência quando comparadas
aos fármacos; pelo conseguinte são mais seguras. A utilização de vacinas representa maior custo-benefício do que as
terapias comumente utilizadas e apresenta efeitos COMO A
redução da população de carrapatos, diminuição da ovoposição, do peso das teleóginas e da fertilidade dos ovos, o
que permite REDUÇÃO DA POPULAÇÃO DE CARRAPATOS AO
LONGO DO TEMPO, GERANDO ASSIM, DIMINUIÇÃO NO USO
DE ACARICIDAS, CASO SEJA NECESSÁRIO O USO PONTUAL
DESTES. Em estudos realizados na região Norte de Minas Gerais, os tratamentos químicos que variavam entre oito e dez
por ano, em rebanhos Girolando e Holandês, após estarem
incluídos no programa da rede de controle de carrapatos,
foram reduzidos para dois e três tratamentos anuais. O controle de carrapatos com uso de vacinas possibilitou redução
de 70 a 75% no uso de tratamento químico, em animais desafiados a campo, enquanto animais estabulados de 53%,
a 82%, sendo esta variação relacionada às condições climáticas estabelecidas pelos diferentes sistemas de produção,
tais como aumento de umidade em rotacionado, rotação de
pastagem e grau de sangue do rebanho.
Rebanhos leiteiros compostos de maior grau de sangue de
origem europeia apresentam maiores infestações por parasitas e consequentemente maiores prejuízos e necessidade
de um programa de controle eficaz. Estes animais caracterizam-se por aumento da população de carrapatos, principalmente período de maior índice pluviométrico, temperaturas
elevadas e o acesso dos animais às pastagens em sistema
de pastejo rotacionado irrigado. Os animais mestiços ½
holandês zebu, apresentaram menor infestação durante o
período. Portanto, estes animais de origem europeia, tais
como da raça Holandesa, Pardo Suíça e Jersey puros apresentam maior sensibilidade às infestações por carrapatos,
sendo que a substituição por rebanhos com variado grau de
sangue zebuíno garante menores níveis de infestção e consequentemente menores os gastos com acaricidas.
$7,11
bilhões
Os rebanhos imunizados apresentam redução do custo de
produção, gastos com acaricidas e mão de obra, devido à redução do número de tratamentos e a quantidade de animais
a ser realizada tais aplicações, em função do estabelecimento de um programa de vacinação.
Não existe no país um programa oficial de controle do carrapato atualmente em vigor e, por esta razão, os critérios
para a gestão de infestações são definidos exclusivamente
pelos produtores. Neste cenário, é motivo de preocupação
permanente entre produtores, indústrias, agências governamentais e técnicos. Devido ao comprometimento do futuro
do controle químico são estimuladas pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias alternativas.
O desenvolvimento de vacinas contra carrapatos representa uma promissora alternativa de controle. A associação de
medidas representa maior garantia de bons resultados no
controle do carrapato, assim a associação da vacina com o
uso de banhos estratégicos de acaricidas é um bom exemplo
desse controle integrado que garante controle eficaz e bons
índices para o produtor rural.
As perdas econômicas causadas pelos
parasitos dos bovinos, no Brasil.
$13,96
$3,24
bilhões
bilhões
$2,56
bilhões
de perda econômica anual combinada,
devido aos parasitos internos e externos
dos bovinos listados no artigo.
$0,38
bilhões
Nematódeos
gastrintestinais
Carrapato
bovino
Moscados-chifres
Berne
$0,34
$0,34
Moscada-bicheira
Moscados-estábulos
bilhões
bilhões
Capacitação de mão de
obra gratuita e melhoria
do desempenho no
trabalho no campo
Cecília Oliveira de Montes Claros
C
om uma economia em crescimento, ao contrário de outras
regiões do estado, o Norte de Minas vem enfrentando problemas com a escassez de mão de obra qualificada, segundo presidentes e coordenadores de entidades de classes. Na zona
rural também não é diferente. Empresários, que operam nos setores
agrícola e pecuário, procuram por trabalhadores mais qualificados.
Semanalmente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar Minas,
em parceria com sindicatos, cooperativas e associações rurais, realiza em
média 30 eventos na região. Sendo que, em algumas semanas, chega a
realizar até 45 eventos, com a capacitação e treinamento de cerca de 500
trabalhadores, nas áreas de qualificação profissional e promoção social.
Para qualificar a mão de obra, o Senar Minas vem trabalhando com a
oferta de treinamentos e capacitações em várias atividades. Segundo o
gerente regional, Dirceu Martins, um dos principais fatores de crescimento da economia é a mão de obra qualificada, recurso valioso cuja oferta
insuficiente pode resultar em riscos significativos para a trajetória do
crescimento regional.
Para o empresário, Edwaldo Lopo Alkimim, do município de Manga, proprietário de um laticínio e uma panificadora, criador de gado de leite,
peixes e suínos, os cursos do Senar Minas fizeram e fazem a diferença
para o seguimento da agropecuária da região. Segundo ele, pode-se afirmar que grande parte da mão de obra especializada rural da região, foi
treinada ou capacidade pelos cursos do Senar Minas.
Para ele, a falta de mão de obra qualificada leva a uma grande rotatividade de empregados nas propriedades, o que resulta num ritmo mais lento
de trabalho e, consequentemente, em menor crescimento da economia.
“Graças ao Senar Minas esta realidade está mudando no Norte de Minas”.
62
Informe Expomontes 2016
Centenas de cursos
oferecidos
Os interessados em se capacitar, treinar ou reciclar seus conhecimentos, a fim de melhorar o desempenho da sua mão
de obra e concorrer a uma vaga no mercado de trabalho
na agricultura e pecuária local, devem procurar a entidade
cooperada do seu município, Sindicato dos Produtores e
Trabalhadores Rurais, Cooperativas e Associações Rurais.
São oferecidas cerca de 300 modalidades de cursos de Formação Profissional e Promoção Social para produtores,
trabalhadores e suas famílias. Em 2015, a Gerência Regional de Montes Claros realizou em parceria com as entidades
cooperadas em 72 municípios, 1.373 cursos, sendo 911 de
Formação Profissional e 462 de Promoção Social. A previsão para 2016 é a realização de 1.278 cursos, beneficiando
milhares de trabalhadores.
Programas de qualidade
Além de treinamentos e capacitações, o Senar Minas também realiza programas, são eles: Jovem no Campo, Gestão
de Qualidade no Campo, Gestão de Qualidade no Sindicato,
Formação por Competência, Aprendizagem Rural, Cidadão
Rural, Negócio Certo Rural, Programa Esporte na Escola, Encontro das Famílias Rurais, Família na Praça, Recuperação e
Proteção de Nascentes, que ajuda a preservar os recursos
hídricos naturais de extrema importância para a região e
ABC Cerrado.
Projeto ABC Cerrado.
O Projeto ABC Cerrado é uma ação conjunta do SENAR, Ministério da Agricultura e da Embrapa, difunde e incentiva a
adoção de práticas sustentáveis para a redução das emissões de gases de efeito estufa e sensibiliza o produtor para
que ele invista na sua propriedade para impulsionar produtividade e renda, mantendo o meio ambiente preservado. O SENAR é responsável pela formação profissional dos
produtores nas tecnologias e pela assistência técnica e gerencial de propriedades rurais, com recursos do Programa
de Investimentos em Florestas (FIP) – administrados pelo
Banco Mundial.
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63
LICENCIAMENTO AMBIENTAL:
Muitas exigências, pouca
praticidade.
C
onseguir concluir operações de crédito, em Minas
Gerais, ganhou um novo processo para empréstimos de produtores rurais. Desde fevereiro deste
ano uma legislação inseriu a necessidade de se
apresentar o licenciamento ambiental para conseguir a liberação. A necessidade trouxe também um novo prazo para
recebê-la, o dinheiro é uma preocupação para a classe.
O serviço é prestado pelas Superintendências Regionais de
Meio Ambiente. O Governo do Estado explica que a regularização ambiental de empreendimentos em Minas Gerais é
regida pela Deliberação Normativa (DN) nº 74, do Conselho
Estadual de Política Ambiental (Copam), publicada em 09 de
setembro de 2004. A norma classifica, detalhadamente, as
diversas atividades produtivas conforme o seu porte e potencial poluidor.
“O licenciamento ambiental é algo necessário para conseguir
crédito, mas a demora que existe não ajuda o produtor rural,
ainda mais nesta época de falta de crédito. Precisamos de um
modelo ágil e eficiente que não dure mais de um mês para
sair”, afirma do diretor da Sociedade Rural Rômulo L’abate
O licenciamento tem como objetivo planejar, orientar e executar as atividades relativas. Para obtenção dele é necessário o preenchimento do Formulário de Caracterização do
Empreendimento (FCE), no qual é avaliada em que classe o
empreendimento se enquadra. A partir disso, o produtor recebe as orientações sobre os documentos que deverão ser
apresentados, assim como todos os procedimentos. Esse
serviço é realizado nas Suprams. No caso do Norte de Minas,
o escritório fica em Montes Claros.
Em alguns casos, esse licenciamento é necessário para obter crédito nos bancos. Mas, para alguns casos existe a dispensa até junho de 2017 como: Aquisição de itens isolados
ligados a projetos agropecuários, a exemplo de maquinas,
equipamentos, tratores e colheitadeiras; correção de solo e
64
Informe Expomontes 2016
recuperação de áreas degradadas; aquisição de animais de
corte e de leite em feiras ou exposição agroindustriais
Segundo Rômulo, os questionamentos dos produtores rurais estão na demora e burocracia para conceder os licenciamentos. “Hoje, tudo é informatizado para facilitar a vida das
pessoas, mas esses processos na Supram demoram mais a
cada dia. Quem depende do campo não pode demorar pra
receber o licenciamento para depois esperar outros resultados para conseguir crédito ou outras documentações. São
muitas exigências e poucas praticidades”, enfatiza.
Discussões nacionais
Em junho, O assessor técnico da Comissão Nacional de Meio
Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), João Carlos de Petribú Dé Carli Filho, defendeu
mudanças das normas de licenciamento ambiental para setor agropecuário. Ele afirmou que a legislação sobre o tema
deve levar em conta as peculiaridades de cada estado e dos
biomas brasileiros. No entanto, hoje, além da complexidade
das leis, que trazem insegurança jurídica para o produtor, há
regras gerais para o país inteiro.
Em maio deste ano, servidores da Supram, em Montes Claros
paralisaram as atividades e com isso a liberação de licenças
foi reduzida. Um dos motivos da greve foi a baixa quantidade de pessoal para o atendimento.Um dos elementos criticados por João Carlos é a pouca quantidade de profissionais
para analisar o licenciamento.
“Na maioria dos estados, o mesmo técnico que analisa o
licenciamento de uma atividade agropecuária é o mesmo
para analisar o CAR (Cadastro Ambiental Rural), o Programa
de Regularização Ambiental (PRA), ou o licenciamento de
um posto de gasolina, de uma hidrovia ou ferrovia. Ou seja,
a quantidade de pessoas para nos ajudar é mínima”.
Parabéns Montes Claros pelos seus 159 anos!
M
orávamos na Rua Gabriel Passos, duas ruas
abaixo da Rua Irmã Beata. Era uma rua de terra
e sem saída, mas, ali passei toda a minha infância e adolescência quando Montes Claros ainda
era uma cidade pacata e tranquila. A nossa modesta casa era um
barracão de uma água encostado no muro gigantesco que cercava o vasto terreno de propriedade do colégio das Freiras e que se
estendia desde a Ave. Cel. Prates até a Rua Gabriel Passos. Minha
história começou ali, juntamente com o meu irmão consanguineo e
muitos outros amigos da mesma idade, onde tudo ainda era matagal. Nosso playground era o campinho cercado por paineiras enormes, cujos espinhos pontiagudos volta e meia atravessavam o nosso pé desprotegido. Existia, naquele lugar um capinzal formado por
anapiê que se estendia até o rio Vieira, ainda despoluído, onde além
da natação praticávamos também a pesca (é claro, que escondido
da mãe). Naquele local que hoje transformou-se em Ave. Sanitária,
caçávamos passarinhos, brincávamos no cipó de Tarzan que pendurado em uma grossa gameleira ia de um barranco ao outro, do rio. Lá
tínhamos também, sobre o rio, a ponte que balança construída de
tábuas sobre dois cabos de aço, ligando a rua (que ainda nem era rua)
Reginaldo Ribeiro ao Bairro Todos os Santos.
Seguindo margeando o rio Vieira atravessávamos o bairro Melo,
ainda pouquíssimo habitado e bem adiante, por entre os pastos do
gado, tínhamos acesso ao seminário, que tempos depois se tornou
Universidade Estadual. Para irmos ao Parque Municipal fazíamos ma
verdadeira viagem e lá chegando nos deliciávamos nadando em um
pequeno riacho que descia do bairro Morada do Parque (ainda inexistente) e atravessava em linha reta por dentro do parque até desaguar
na lagoa. Pelo lado do bairro Todos os Santos, na Praça da pista de
skate existia uma manilha enorme que despejava uma água cristalina oriunda do Rio Pai João e ali formava um poço que era a nossa
alegria durante as tardes quentes de verão e dali esta água seguia,
também, em direção ao rio Vieira.
Atravessando o rio Pai João, por sobre uma ponte de madeira (onde
hoje é o bairro Barcelona), já explorávamos as terras do Sr. Flávio
Maurício, lugar muito bem cuidado e com muitas frutas. Dali, seguíamos estrada afora pelo corredor do Pequi e em pouco tempo estávamos explorando a Lapa Grande, na Fazenda Quebradas, lugar em que
tomávamos banho no rio Pequi (hoje parque ecológico), também de
águas cristalinas. Lembro-me como se fosse hoje da máquina enorme, parecida com um dinossauro, que nós chamávamos de draga
e que fora usada para expandir e aprofundar o canal do rio Vieira,
cujas águas saíam do seu leito a cada chuva forte. Na minha memória
ainda permanece o som dos mugidos das boiadas que eram tangidas margeando o rio até o abatedouro que existia em frente da atual
prefeitura. Lembro-me, também, do som da carrocinha do leite,
cujo ponto final era na rua Irmã Beata. Puxada por um animal, tendo
sobre ela um condutor e um pequeno tanque com o leite bem geladinho seguia rua afora com a sua buzina corneta, de cor vermelha,
sendo usada para avisar a todos da sua chegada.
Meu pai era proprietário de um pequeno comércio na Rua Presiden-
te Vargas, bem na esquina com a Ave. Afonso Pena, onde se vendia
caldo de cana. Naquele lugar, muitas vezes, girando aquela moenda
do engenho, na minha tenra infância vi a nossa cidade crescer lentamente. De onde observei de perto os catopés e marujadas, a boneca
de Leonel, a estrada de ferro e o asfalto chegando trazendo com ele
as primeiras marcas do progresso.
Da porta daquela modesta vendinha, via, também, o movimento
do povo rumo ao Parque de Exposições João Alencar Athayde. Via
a correria desenfreada em busca da condução que os levava para o
parque. Via pessoas que se deslocavam a pé, vestidas com trajes da
ocasião. O parque, tal qual um formigueiro, fervilhava de pessoas,
que se amontoavam para ver os rodeios de cavalos e burros bravos.
Cavalos de raça, gado imponente, comidas variadas, povo contente.
Ouvia-se o som do berrante, o mugido dos bois, o alarido do povo. Via
os balões coloridos misturando-se com os paraquedas no céu, a esquadrilha da fumaça executando malabarismos perigosos. Era uma
mistura de sons, cheiros e cores!
Montes Claros do meu coração, como você cresceu! Alargaram-se
as suas tendas. O progresso chegou com toda a sua comitiva e foi
tomando conta de tudo. Abruptamente sem pedir licença alterou a
paisagem trocando o verde pelo concreto e transformou o singelo
no sofisticado. A candura do passado fora substituída pela pressa do
futuro. Hoje transformada em metrópole regional sofre com as consequências do desenvolvimento acelerado. Tornou-se cidade universitária, industrial e comercial. Cresceram suas avenidas, povoaram
suas encostas, surgiram construções e mais construções perfiladas
e em profusão. Invadiram a sua serra do Mel e você, dias destes, até
tremeu por isso, poluíram o seu rio, trocaram o seu ar puro por um ar
de capital. Montes Claros, como você cresceu!
A explosão demográfica com a força de um vulcão lançou pessoas
vindas de todas as partes nos seus mais longínquos limites. As ruas
outrora cascalhadas e com luzes tênues transformaram-se em largas
avenidas com luzes resplandecentes. Adeus boiadas... Montes Claros
como você cresceu! Ano após ano torna-se cada vez mais conhecida.
Você traz no seu seio o sangue sertanejo, a força do pequi, do panã,
da mangaba, do buriti, do gado leiteiro, do gado de corte e até coisas
que ainda não vi. Na força de seu povo supera os obstáculos, vencendo a vaidade daqueles que querem te explorar. Montes Claros, como
você cresceu!
A princesa do Norte tornou-se rainha. Com poder e graça ainda resistem os seus montes mais belos fincados neste sertão das gerais. És tu
linda e formosa cidade dos pequizeiros e seresteiros. Hoje ninguém
segura o seu desenvolvimento que como um polvo gigantesco lança
seus tentáculos por todos os lados. A cada ano torna-se mais graciosa e hospitaleira, ainda que, este progresso tão robusto tenha trazido
com ele seu lado obscuro. Montes Claros, como você cresceu!
Parabéns Montes Claros pelos seus 159 anos de existência e parabéns a todos os seus moradores que te querem bem.
Marcone Nobre de Andrade
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65
Crescimento
com qualidade,
sem retrocesso.
U
m grande momento de negócio da 42ª Expomontes é os leilões. Animais de qualidade são
apreciados e comercializados
no evento, espaço prestigiado por vendedores e compradores. Num ambiente
consolidado com objetivo de alcançar um
saldo positivo e sempre crescente a cada
edição da Exposição. Com isso, não fica só
na meta, mas na realidade. Na dinâmica
rápida, o locutor anunciando novos valores, pronto para bater o martelo e garotas
afiadas em busca de novos lances, as vendas acontecem e batem recordes.
O ato de leiloar produtos é algo comum desde a antiguidade. Com o passar dos anos, os leilões se modificaram e modalidades surgiram, porém a fórmula é a mesma: a procura define os preços num
jogo em que ninguém quer sair sem o bom produto. Do outro lado, um bom
preço alcançado pelo vendedor.
“Quem trabalha e vê resultados não quer que o ano seguinte fique menor que
o anterior. O meu ponto de partida é sempre de onde parei”, afirma Avelino
Murta, diretor de leilões da Sociedade Rural.
Na programação da 42ª Expomontes, 10 leiloes estão programados entre os
10 dias de festa. A expectativa deste ano é superar 9 mil animais comercializados. No ano passado, a meta foi pouco menos que esse número, bem significativo diante da crise hídrica que afeta a nossa região, que segundo o diretor
de leilões, a estiagem continua dificultando o trabalho do produtor rural com
a redução de alimento necessário para manter o escore corporal dos animais,
essencial para a reprodução, produção de carne e de leite, objetivo econômico da atividade.
Os leilões são uma amostra do desenvolvimento da região na criação de animais.
“Apesar de todas as dificuldades encontradas, novas técnicas são adotadas no
manejo e produção de forragens, possibilitando apresentar animais capazes
de fazer desses leiloes um grande sucesso da Expomontes. A cada ano a qualidade do rebanho apresentando fica melhor. Esperamos um valor que corresponda à qualidade do melhoramento genético do rebanho”, destaca Avelino.
No passado, uma das consequências de um período de estiagem longo era a
perda [morte] acentuada do rebanho por falta de uma estrutura de transporte. Hoje podemos dispor de mecanismos que possibilitam o deslocamento do
rebanho para outras regiões do País, viabilizando capital para o produtor rural, diminuindo o prejuízo financeiro.
O empresário Ailton Santos, da Confboi, acredita que a qualidade do rebanho
que vem para exposição faz a diferença nos resultados.
66
Informe Expomontes 2016
“Quem traz seus animais para a Expomontes se
prepara para isso. Todos os anos a qualidade
genética mostra avanços e isso reflete no trabalho do leilão”.
Ele conta que produtores o procuram depois de se
preparar bem.
“Tem casos de produtores que já tinham visitado o
leilão e viram a exigência do mercado em Montes
Claros e se preparou pra voltar com um produto à
altura no ano seguinte. Quem oferece seu rebanho
aqui precisa estar ciente da responsabilidade que
a Expomontes tem na divulgação do trabalho deles”, afirma Ailton.
Outro envolvido nestes leilões é o empresário Osvaldo Miranda Júnior. Ele afirma que não se pode
deixar de fazer bons negócios e perder a oportunidade que a Feira traz. A expectativa dele é positiva “nos sentimos honrados de participar da
Expomontes 2016, somos promotores do Leilão
de Touros Nelore dos Criadores do Norte de Minas,
que está em sua 10ª edição. Aguardamos realizar
bons negócios”.
Miranda oferece 40 reprodutores e 10 fêmeas Nelore PO de elite mais quatro lotes de bezerros e
bezerras de corte e entrega os animais em até 200
quilômetros. Animais com genética superior podem ser adquiridos em 24 vezes. Para ele, é um orgulho estar envolvido com os leilões da exposição.
“Parabenizamos a diretoria da Sociedade Rural e
todos colaboradores desta, que com brilhantismo
não medem esforços para levarem adiante todo o
trabalho árduo do homem do campo.
Torneio Leiteiro se
destaca na Expomontes
M
inas Gerais é um estado referência na
produção leiteira. Um terço do produto
nacional está aqui. O valor total da produção nacional é de 32 milhões de litros de
leite. O Norte de Minas é responsável por 500 mil litros todos
os dias, o que significa empenho para melhorar qualidade
e quantidade do produto. “O leite é um dos principais alimentos que temos no cardápio, além de ser um ingrediente
exigido em diferentes pratos”, afirma o diretor de pecuária
leiteira Otaviano Pires.
Desde 2012, ocorre durante a Expomontes o Torneio Leiteiro, que chega a sua quarta edição. “O Torneio avalia o grau
de desenvolvimento da pecuária leiteira norte-mineira.
Nosso objetivo é incentivar e promover a pecuária leiteira,
difundindo e incrementando o consumo de leite e seus derivados e promover a reunião de técnicos e criadores, tendo
em vista maior difusão de conhecimento e aperfeiçoamento
de métodos destinados ao aumento da produção e da produtividade do rebanho leiteiro norte mineiro”, afirma Otaviano Pires, diretor de pecuária leiteira da Sociedade Rural
e presidente da Associação de Criadores de Gado de Leite
(ACGL), entidades realizadoras da disputa.
A competição é realizada no recinto do Parque de Exposições João Alencar Athayde, de Montes Claros em pavilhão
próprio, durante a Exposição Agropecuária de Montes Claros. O resultado da competição sai após três ordenhas diárias. No quarto dia, o resultado é divulgado.
A Exigência para participar do torneio é de que os produtores rurais que são aptos a participar devem se dedicar à bovinocultura leiteira com apenas uma inscrição por categoria. Não são aceitos no Torneio animais ainda em produção
de colostro. Os criadores assinaram no ato da inscrição um
termo de compromisso atestando ciência e concordando
com todas as cláusulas do regulamento oficial.
“Com os animais concorrentes podemos ter uma avaliação
do desenvolvimento da pecuária leiteira da nossa região”,
explica Otaviano.
Vencedores
Na edição de 2015, a Vaca Batuta foi à grande campeã. A média de produção foi de 46,7 quilos de produção.
Em 2014 foi a vaca Pipoca a campeã. Ela produziu 44,93kg.
A reservada grande campeã, da Fazenda Curral Novo, foi a
América que produziu nos três dias uma média de 43,30Kg.
Em 2013, O produtor rural, Joseph Ernest Thiemann, foi o
dono da grande campeã – Janaúba de 84 meses, que tem
gasto com a alimentação R$ 300,00 por mês. Na primeira
edição, em 2012, o grande campeão foi o produtor Fábio Lafetá Rebello Filho, que concorreu com uma vaca girolânda.
O animal produziu 41 kg de leite/dia
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67
Nelore: a hegemonia de uma raça
A
história da raça Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil
anos antes da era Cristã. Nelore é o nome de um distrito da antiga Província
de Mandras, Estado de Andra, situada na costa oriental da Índia, de onde
vieram os primeiros animais para o Brasil na primeira metade do século
XIX.A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em
1868, quando um navio que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um
casal de animais da raça a bordo. Os animais teriam sido comercializados permanecendo no país.
Dez anos depois, o senhor Manoel UbelhartLembgruber, descendente de suíços e que
pertencia à primeira geração nascida no Brasil, era proprietário da Fazenda Santo Antônio, município de Sapucaia no estado do Rio de Janeiro.Teve contato com a raça Nelore
do tipo Ongole durante uma visita ao zoológico TieparkHagenbeck, em Stelling, próximo a Hamburgo, na Alemanha, e de lá promoveu a importação do primeiro lote da raça,
em outubro de 1878, neste lote destaque para o touro “Hanomet”, cujo nome sofreu a
corruptela para “Maomé”, onde constavam também as vacas “Vitória” e “Gouconda”. Os
resultados revelaram-se promissores. Tanto que dois anos após, em 1880, ordenou a vinda
de um segundo lote, que tinha como reprodutor o touro “Nero” e mais tarde, em 1883, um
terceiro lote, com o famoso “Castor”. O plantel de Lemgruber cresceu e o efeito da aclimatação do zebu a suas terras foi notório, pois vários fazendeiros tiveram como sustentáculos
de seus criatórios de zebu, o rebanho de Lemgruber. A raça Nelore foi então se expandindo
aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938,
com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características raciais do Nelore.
As duas últimas e significativas importações de reprodutores Nelores aconteceram entre
os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de Noronha, onde foram submetidos à quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias,
Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das principais linhagens de Nelore.
Hoje, estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 200 milhões de bovinos de
corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou anelorado, o que
equivale a mais de 100 milhões de cabeças.
O Nelore brasileiro, além de ser considerado hoje como um patrimônio legitimamente
nacional, produz carne saudável e natural, exportada para mais de 146 países e cada vez
mais demandada por consumidores esclarecidos do mundo todo.
Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Nelore do Brasil (ABCN), entidade sem
fins lucrativos fundada em 7 de abril de 1954, atualmente com 2.500 criadores da raça
associados e mais de 4 milhões de Nelores registrados de 2005 a 2012 e mais de 443 mil
Nelores Mochos registrados.
As principais características zootécnicas da raça segundo a maioria do autores são: resistente ao calor, seus pelos facilitam o processo de troca de calor com o ambiente, trato digestivo menor que raças europeias, elevada longevidade reprodutiva, possui capacidade
de aproveitar alimentos grosseiros e transformando fibras de baixa qualidade em carne e
leite. Pele escura, fina e resistente, dificulta a ação de insetos sugadores. De porte médio,
sua ossatura é leve, robusta, com musculatura compacta e bem distribuída.
Há uma infinidade grande de cruzamento e possibilidades que podem ser realizados com
base nesta raça. O cruzamento trás consigo grandes ganhos através da heterose e da
complementariedade, porém nada disso seria possível se não fosse a fêmea Nelore. A
título de exemplos o Guzonel (½ Guzerá e ½ Nelore), cruzamento industrial (½ Angus e
½ Nelore).
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a bovinocultura
é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil
possui o segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabeças. Além disso, desde 2004, assumiu a liderança nas exportações, com um quinto da
carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países. Até 2020, a
expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá 44,5% do mercado mundial.
Essa estimativa indica que o Brasil pode manter posição de primeiro exportador mundial
de carne bovina e acredita-se que é um grande incentivo para quem quer criar Nelore.
68
Informe Expomontes 2016
JOÃO SOARES NETO
Zootecnista, professor das Ciências Agrárias e mestre
em Produção Animal pela Universidade Federal Rural
do Rio de Janeiro – UFRRJ. Começou seus estudos no
Colégio Agrícola Antônio Versiani Athayde / NCA-UFMG
em Montes Claros (MG), onde obteve o título de Técnico
em Agropecuária. Natural de Brasília de Minas (MG),
filho de Produtor Rural,o senhor João Soares Fonseca, conhecido na região como João Dionilhada comunidade de Riacho das Pedras. Atualmente é professor
do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG)
/ Campus Arinos na área de Zootecnia. Possui publicações de artigos e comunicados em revistas científicas
nas áreas das ciências agrárias, educação e tecnológica. Escreveu livro, capítulos de livros e matérias para
jornais e revistas. Prelecionista de cursos, minicursos
e oficinas técnicas, palestrante em congressos e outros
eventos. Foi professor em vários Colégios Agrícolas do
Estado do Rio de Janeiro, trabalho por mais de 13 anos
como Fiscal Agropecuário na Defesa Agropecuária da
Secretária de Estado de Agricultura e Pecuária do Estado do Rio de Janeiro (SEAPEC). Presta consultorias pela
empresa JD Agronegócios e Consultorias. CONTATOS:
[email protected] / (038) 9.9958-2176 / 9.91311351.
Referências bibliografias
Associação Brasileira dos Criadores de Nelore
do Brasil. Disponível em: <http://www.nelore.
org.br/>. Acesso: 11/06/2016.
DOMINGUES, Octávio. Introdução à Zootecnia,
3a ed. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura SIA, 1968. 392p.
LEMGRUBER, Manoel Ubelhart: um importante
importador fluminense. Disponível em: <http://
www.crpbz.org.br/Home/Conteudo/14115-Manoel-Ubelhart-Lengruber--um-importante-importador-fluminense >. Acesso: 11/06/2016.
LUCHIARI FILHO, Albino. Pecuária da carne bovina, 1a ed. São Paulo: R Vieira, 2000. 134p.
Nelore: conheça mais sobre a raça que
representa 80% do gado de corte brasileiro.
Disponível em: <http://www.beefpoint.com.
br/cadeia-produtiva/racas-e-genetica/nelore-conheca-mais-sobre-a-raca-que-representa-80-do-gado-de-corte-brasileiro-projeto-racas/>. Acesso: 11/06/2016.
NOGUEIRA, Odilon Ribeiro. Ezoognósia: Exterior
dos grandes animais domésticos. Atualizada por
Manoel Xavier de Carmargo e Armando Chieffi.
São Paulo: Instituto de Zootecnia de São Paulo,
1971. 320 p.
PEIXOTO, Aristeu Mendes; LIMA, Fausto Pereira;
TOSI, Hugo; SAMPAIO, Noel de Souza. Exterior
e Julgamento de Bovinos. Piracicaba: FEALQ,
1989. 169p.
SANTOS, R. dos A. A Geometria do Zebu: uma
contribuição à Ezoognósia e à Zoognomonia. 2
ed. São Paulo: Nobel, 1985. 254 p.
AGRONEGÓCIO: SALVAÇÃO DA
ECONOMIA BRASILEIRA
O
agronegócio se tornou o setor mais relevante para a economia brasileira, é o maior
exportador do País e possui
um importante peso no Produto Interno Bruto (PIB). Os segmentos integrantes
do agronegócio como bancos, indústrias
de insumos agrícolas, lojas de tratores e
peças e laboratórios são os responsáveis
pelo saldo positivo desta categoria.
Apesar dos problemas políticos vividos
pelo Brasil atualmente, o agronegócio
esteve em alta, principalmente no setor
agrícola. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), em Minas Gerais, no mês de
março, ele obteve uma alta de 0,89% em
relação aos demais ramos.
Para professor de planejamento agrícola
da UFMG, Elder dos Anhos, na conjuntura
atual em que o país se encontra, o setor
agropecuário é o que consegue manter a
produção que irá dar o crescimento econômico razoável.
“Os produtores ficam atados em relação
à conjuntura econômica que o país está
passando. Os agricultores buscam financiamentos ou subsídios que o governo deveria proporcionar, e ficam atados a essa
turbulência política que o país vive”, afima.
O professor explica ainda que esta situação também afeta o Norte de Minas.
“A posição do Norte de Minas acaba ficando comprometida, pois se pensarmos no Projeto Jaíba, que é uma produção em escala, a situação tende a ser
pior, pois se há uma retração no consumo, isso terá uma repercussão no aspecto produtivo”, diz.
“... você deve usar a
tecnologia de forma
intensiva para Conseguir
obter resultados”.
Sérgio Rabello Athayde
Dentre um conjunto de vertentes necessárias para o agronegócio, a tecnologia se tornou indispensável para os
produtores. Usada de forma intensiva,
os agricultores buscam mais qualidade,
segurança e aumento na produtividade,
tanto para a agropecuária quanto para
agricultura. O produtor rural, Sérgio Rabello Athayde, explica que a tecnologia
é de extrema importância no contexto
atual da região. Para ele através dela
pode-se conseguir um retorno maior
para o seu empreendimento.
“Nos dias de hoje como temos um custo elevado de produção devido principalmente aos aumentos de insumos,
você deve usar a tecnologia de forma
intensiva para que se consiga obter
resultados. Essa tecnologia necessita
do conhecimento de profissionais da
área. Você deve acompanhar as novidades das centrais experimentais,
observar o que está sendo usado na
região, sempre em busca do melhor
para se adequar aos grandes desafios”,
explica Sérgio.
Produtor rural há mais de 30 anos,
Sérgio também descreve as principais
dificuldades enfrentadas pelos agricultores nas regiões do Norte de Minas.
“Um dos maiores fatores para você ter
gastos mais elevados e mais dificuldade de produção são as mudanças
climáticas, no nosso caso é a falta de
chuva. E para superar isso devemos
usar tecnologias novas e mais adequadas para ter melhor resultado no seu
empreendimento”, diz ele.
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69
Salve o Bezerro Leiteiro
N
a atividade leiteira, inúmeras são as ações na
tentativa de diminuir os custos e melhorar o
fluxo de caixa da atividade. Uma destas ações
por muito tempo foi o descarte dos bezerros
machos ao nascimento, sendo em forma de doações ou até
mesmo a venda para frigoríficos que produzem embutidos.
Pesquisas científicas foram conduzidas objetivando melhor
aproveitamento desses animais, proporcionando vantagens
econômicas ao produtor. A pecuária brasileira tem alcançado cada vez mais espaço mundialmente em relação a produção de proteína animal, os produtores estão profissionalizando a atividade em busca de resultados, eficácia, dentro
dos sistemas de produção. Isso resulta do uso de tecnologias importantes na produção animal, sempre objetivando
altas produtividades.
O aumento nas safras de grãos, principalmente no Brasil
central, maior disponibilidade de co-produtos agroindustriais a melhoria do potencial genético dos animais, o uso
de herbicidas em pastagens, a integração lavoura pecuária,
a utilização em confinamentos de rações de alto teor de
grãos, as técnicas de manejo de pastagens, entre outros fatores, contribuem para o desenvolvimento da produtividade
brasileira. Mais importante que as tecnologias isoladas, são
todas elas serem utilizadas em prol de um sistema de produção cada vez mais eficiente, e que separadamente, muitas
vezes podem ser insignificantes.
Vamos focar na utilização das dietas de alto grão e puro
grão no intuito de maximizar o desempenho destes animais
leiteiros até então julgados ineficientes e antieconômicos.
Fazendo uso de tecnologias e manejos direcionados, são
animais altamente rentáveis. Existe a possibilidade de em
período curto, aproximadamente um ano, produzir maiores
quantidades de proteína animal, que em relação aos métodos tradicionais (pastejo), desde que a nutrição aplicada
seja adequada.
O uso de aditivos proporciona vários benefícios ao sistema
de produção, como ganho de peso, melhor conversão alimentar, menores riscos de acidose, melhor resposta imunológica, resumindo em ganhos expressivos ao sistema de
produção.
70
Informe Expomontes 2016
São conhecidos mais de 120 aditivos ionóforos, que são resultantes da fermentação de vários tipos de actinomicetos,
produzidos principalmente por bactérias do gênero Streptomyces, mas no Brasil somente a monensina sódica, lasalocida, salinomicina e laidlomicinapropionato são aprovados
para uso em dietas de ruminantes (ionóforo) e também a
virginiamicina (antibiótico não ionóforo).
A monensina sódica é o aditivo mais estudado e utilizado
em dietas de ruminantes, tem como característica ser moduladora da fermentação ruminal, melhorando a conversão
alimentar (kg de alimento/kg de ganho de peso).
A virginiamicina é classificada como antibiótico não ionóforo, produzido pela bactéria Streptomicesvirginae. Tem seu
uso comprovado como seguro e eficaz na nutrição animal.
Alguns estudos demonstram que este composto adicionado
a dieta controla o metabolismo, aumentando a eficiência de
utilização dos alimentos.
Estes aditivos são capazes de selecionar as bactérias ruminais, diminuindo as bactérias gran positivas produtoras de
ácido lático e favorecendo o aumento das bactérias gran
negativas produtoras de ácido propiônico, selecionando então as bactérias ruminais capazes de produzir os ácidos que
proporcionam um melhor ganho de peso e diminuído drasticamente as bactérias que poderiam causar acidose nos animais, por meio desta seleção bacteriana no rúmen, a dieta
consumida pelo animal será melhor aproveitada, fazendo
com que o animal ingira menos alimento e ganhe mais peso.
Os ruminantes, animais herbívoros que deveriam consumir
apenas fibra, passaram a ser capazes de consumirem apenas concentrados e terem altas eficiências nutricionais, com
conversões alimentar próximas ao dos suínos, e não entrarem em colapso digestivo.
Baseado nesta técnica alimentar, podemos tornar os nossos
bezerros leiteiros problema, em lucro a curto prazo, transformando um bezerro leiteiro recém nascido de 40 Kg de
peso vivo em um boi de 15 arrobas.
AVEIA - CONSULTORIA VETERINÁRIA
FELIPE DRUMOND DE SOUZA PIRES
MEDICO VETERINÁRIO
CRMV-MG 7632
MAIS CRÉDITO, MAIS
POSSIBILIDADES
U
m meio de incentivo ao produtor rural é saber
que ele expira confiança. E para os bancos é na
confiança do valor do agronegócio que linhas de
crédito são oferecidas. As instituições financeiras são um importante suporte para superar metas e defender novas possibilidades. A questão do crédito para o produtor rural é um debate constante e importante.
Durante a Expomontes, os produtores rurais encontram
instituições financeiras dentro do Parque de Exposições
João Alencar Athayde e podem desta forma negociar novas
oportunidades. As opções de crédito são oportunidades
para ampliar a atividade e ganhar participação no mercado.
Pessoas físicas e jurídicas podem ter acesso a financiamento para investir na produção e comercialização de produtos
pecuários e agrícolas.
Uma das unidades financeiras presentes é a Caixa. De acordo com o superintendente regional da Caixa no Norte de Minas, Gustavo Sampaio, a liberação de crédito rural na safra
passada foi de R$ 44 milhões liberados pelo banco estatal no
Norte de Minas Gerais. A expectativa dele é de ver números
positivos para a próxima safra.
“Nosso objetivo é atrair mais clientes da área rural, oferecendo o crédito rural, principalmente no palco da 42ª Expomontes. O agronegócio é muito forte em Montes Claros e o
sucesso da exposição é reflexo da força e da liderança do
agronegócio nesta região”, afirma.
Segundo Sampaio, a Expomontes é um meio de se aproximar do produtor rural e assim firmar novas parcerias. A previsão para esta safra são números ainda maiores e espera
ampliar sua participação no mercado do agronegócio com a
presença na exposição agropecuária.
Outro credor presente é o Banco do Nordeste que oferece
condições com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). E sabendo das dificuldades
do campo, prazos estendidos são oferecidos. “No caso de
operações de investimento, pode chegar a 12 anos, inclusive com a carência necessária, observadas as peculiaridades
do projeto e a capacidade de pagamento. Há projetos especiais, em que é possível o prazo de 20 anos, com oito anos
de carência.”, aifrma o superintendente estadual do Banco
do Nordeste para Minas Gerais e Espírito Santo, João Nilton
Castro Martins.
Ele explica como funciona o sistema para se adquirir o financiamento. “No processo do crédito, após as entrevistas,
informações e esclarecimentos iniciais, providencia-se a
elaboração do cadastro do proponente. Além da documentação pessoal de praxe, se houver a necessidade da elaboração de projeto, será exigida a documentação do imóvel
objeto dos investimentos. Em se tratando de aquisições
isoladas ou no atendimento a micro e pequenas empresas,
dispensa-se o projeto, sendo suficiente a apresentação de
orçamentos e cartas-propostas do fornecedor”.
Uma das maiores instituições financeiras do país, o Banco
do Brasil também oferece linhas de crédito para os produtores rurais que desejam ampliar ou renovar o trabalho
realizado. “Estamos à disposição com programas de financiamento como Pronaf, Pronamp e outros. Podem ser
financiados equipamentos, ferramentas, caminhonetes,
troncos, currais, balanças, reprodutores e matrizes bovinas”, afirma o gerente geral em Montes Claros Cledson
José Amorim.
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Avaliação espermática de touros da raça Sindi
Danillo Velloso Ferreira Murta Bárbara Tatiane Oliveira Crisóstomo, Leone de Brito Silva, Roberta
Veloso Rebello, Silene Maria Barreto, Daniele Carolina Rodrigues Xavier, Amanda Aparecida Lima
A
raça Sindi é originária do Paquistão, na região
de Kohistan, parte da província Sindh onde é
conhecida como Red Sindhi. Os primeiros exemplares da raça chegaram ao Brasil por volta de
1952 e, atualmente, a maior parte do rebanho está presente
no nordeste brasileiro. Caracterizados pela pelagem vermelha, variando de tonalidades de acordo com o sexo do animal e o pequeno porte, o Sindi se destaca pela sua rusticidade e tolerância ao calor. São zebuínos de dupla aptidão,
sendo utilizados tanto para produção de carne como de leite, com fêmeas de alta precocidade sexual e boa produção
leiteira. Os bezerros nascidos são criados ao pé, totalmente
a pasto, e alcançam bom peso a desmama. As matrizes são
de alta fertilidade, alcançando taxas de prenhez de até 90%,
mesmo com seca antecipada, falta de pasto e temperatura
alta, confirmando a rusticidade destes animais.
O exame andrológico é uma ferramenta importante na avaliação das funções reprodutivas normais dos machos. Na seleção dos reprodutores, objetiva-se identificar problemas de
subfertilidade ou infertilidade que consequentemente irão
comprometer os índices reprodutivos do rebanho tornando
assim o exame andrológico imprescindível na detecção de
tais alterações. O exame andrológico completo baseia-se na
avaliação de todos os fatores envolvidos na função reprodutiva do animal, abrangendo a saúde geral, genital, hereditária, capacidade de copular e de fecundar os oócitos. Tal
exame possui indicação na seleção e comercialização de reprodutores, avaliação do potencial reprodutivo, diagnóstico
de sub ou infertilidade, diagnóstico de ocorrência da puberdade, preservação do sêmen in vitro dentre outros, segundo
o Colégio Brasileiro de Reprodução Animal.
O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil espermático
de touros da raça Sindi no norte de Minas Gerais, comparando-os com outras raças citadas na literatura.
O estudo foi realizado na fazenda Barra da Vereda, localizada no município de São Joao da Ponte, no norte de Minas
Gerais, região de clima
semiárido. O rebanho da fazenda é criado a pasto. Avaliou-se 11 animais da raça Sindi, adultos, utilizados para a reprodução na propriedade foram submetidos ao exame andrológico. Os animais utilizados foram separados em dois grupos
etários, sendo G1 < 36 meses (n=6) com idade média de 30
meses e G2 > 36 meses (n=5) com idade média de 72 meses.
Os indivíduos foram identificados, pesados individualmente em balança mecânica e encaminhados para o tronco de
contenção.
A circunferência escrotal possui alta correlação com a precocidade sexual e idade ao primeiro parto das fêmeas. A
72
Informe Expomontes 2016
mensuração da CE de touros aos 12 meses de idade é uma
importante ferramenta para selecionar os touros que transmitem aos seus produtos, maior fertilidade e ganho de peso.
Segundo Danillo Murta (2015) a relação entre peso e CE de
touros Sindi mostrou-se variável conforme a faixa etária dos
animais, e o perímetro escrotal mensurado de touros Sindi
na região norte de MG, foi semelhante ao encontrado em raças taurinas, que no quesito precocidade, se destacam dos
zebuínos.
A CE média obtida no estudo foi maior do que a descrita para
zebuínos da raça Gir, relatada de 28,1 cm entre de 18 a 24
meses, 32,4 cm entre animais de 25 a 31 meses e de 32,7 cm
para animais de 32 a 38 meses de idade. Em comparação
com a raça Nelore, os valores para os animais abaixo dos 36
meses aproximaram aos descritos neste estudo, atingindo
os 34,0 cm de média nos animais de 25 a 30 meses e 33,9 cm
de CE nos animais de 31 a 36 meses. A circunferência escrotal de touros Guzerá, criados a pasto com idades de 32 a 36
meses, também se demonstraram inferiores aos encontrados neste estudo, obtendo-se 31,4 cm. Touros nelores aos 24
meses apresentavam CE de 29,2 cm e touros cruzado Nelore
x Europeu, alcançaram médias de CE de 30,9 cm, ainda assim inferiores aos encontrados neste trabalho.
Segundo a tabela de classificação andrológica de touros B.
taurus indicus baseada no perímetro escrotal e criada por
Fonseca et al. (1997) o G1 composto de animais abaixo dos 36
meses se enquadra na classificação MUITO BOM (32 a 35 cm)
para animais de 24 a 36 meses e o G2 se enquadra na classificação EXCELENTE (>38 cm) para animais acima de 60 meses
demonstrando a qualidade destes exemplares da raça Sindi.
As médias obtidas das características físicas do ejaculado,
foram confrontadas com os padrões seminais desejáveis, no
qual a motilidade mínima aceitável é de 50%, vigor 3 e turbilhonamento 3. No presente estudo, obteve-se motilidade
média de 78,4% no G1 e 65,0% no G2.
Valores inferiores de motilidade espermática, sendo 56,7%
para touros nelore criados no pantanal e 62,2% para touros
nelore do planalto mato-grossense com idades entre 25 e
48 meses em regime a pasto. No mesmo trabalho obteve-se
vigor espermático de escore 3 para touros do pantanal e 4
para touros Nelores do planalto, valores bem próximos do
encontrado no ejaculado dos animais deste estudo.
Os dados obtidos neste estudo mostram que os parâmetros
espermáticos de touros da raça Sindi no norte de Minas Gerais estão dentro dos padrões desejáveis para um bom índice reprodutivo no rebanho. Em comparação outras raças o
Sindi se mostrou bastante eficiente, com muitos indicativos
de sua fertilidade e precocidade sexual.
Nossos Atletas
Rosa Beatriz Ribeiro Aquino - Médica Veterinária
O
termo atleta foi usado com
maior frequência no inicio
da década de 2000, com os
avanços da medicina esportiva, da fisiologia e da nutrição. Partindo do princípio que, com vinte e cinco
minutos de vida o cavalo já está de pé,
andando, saltando e com vinte e quatro horas já galopa atrás da mãe. Além
de andar, xotar ou marchar e galopar,
ele vai usar músculos, ligamentos, ossatura, para tornar este termo uma
verdade absoluta.
A seleção de um cavalo para ser atleta
se inicia desde a escolha do garanhão
e da matriz, através de linhagens adequadas para imprimir um cavalo conforme as qualidades escolhidas. Os onzes meses de gestação merecem todo
o cuidado com a vacinação contra herpesvírus no quinto, sétimo e nono mês,
além de todas as medidas sanitárias
adequadas para a boa saúde da mãe e
consequentemente do feto.
No terço final da gestação, após o oitavo mês, a mãe deve receber uma alimentação equilibrada para se iniciar a
produção de leite. Uma boa égua deve
produzir acima de oito litros de leite/dia.
O cuidado deve ser redobrado no uso de
medicamentos e alimentos que possam
ter fatores abortivos ou teratogênicos.
Quando estiver entre os dez e onze meses, a égua deve ser colocada em ambiente próprio como piquete maternidade ou uma baia ampla e confortável.
Nos primeiros sinais de úbere derramando leite, edema de vulva, chegou
a hora, o potro atleta vai nascer! Ao
nascer deve-se observar se ele vai mamar, defecar e ficar esperto. Logo nos
primeiro dias ele nos demonstra para
que veio, com aprumos regulares, boa
altura, comprimento do corpo e índole.
Tudo isso avaliado, vamos criar!
Quando oferecer comida ao potro?
Essa pergunta me fazem todo dia. O
potro deve ser alimentado precocemente se a mãe apresentar deficiência
na produção de leite. Caso contrário,
devemos iniciar com a ração concentrada equilibrada para potros após o
terceiro mês, pois é quando o Ceco co-
meça a mostrar-se maduro e preparado
para receber esse tipo de alimento. O
atleta agora inicia sua capacidade metabólica de transformar o alimento em
músculo, ossatura e desenvolvimento
ponderal. Chega a hora do desmame!
Entre quatro e seis meses, dependendo da condição corporal e independência social, é feito a primeira doma
do chão no encabrestamento do potro.
A importância desse fato pode ajudar
ou prejudicar o futuro de um cavalo
atleta, para o resto da sua trajetória.
Ele pode se transformar em um cavalo
maldoso, afrontado e defensivo, só por
encabrestamento inadequado ou violento. Durante esse período, devemos
manter contato quase que diário com
o potro para facilitar a sua doma, mostrando que estamos ali para ajudá-lo e
não como uma forma de flagelo. Uma
maneira de facilitar o manejo é agruparpotros de mesma faixa etária em piquetes ou baias, para que a hierarquia
seja criada entre eles.
Até os 24 meses os cuidados devem
estar voltados para o crescimento do
animal, pois é por volta desse tempo
que ocorrerá a fusão das placas de
crescimentos dos ossos longos. Determinando assim, uma parada na taxa de
crescimento. Observamos hoje em dia
uma seleção voltada para precocidade, o que pode causar inúmeros distúrbios esqueléticos. Portanto, durante
este período devemos nos preocupar
com uma alimentação adequada e balanceada que supra as necessidades
protéicas, energéticas, vitamínicas e
minerais. Excesso de energia e proteína resulta em distúrbios da cartilagem
metafisária e excesso de peso resulta
em diminuição da taxa de crescimento.
Uma dica é fracionar a ração em maior
número de vezes possíveis, visando o
melhor aproveitamento do alimento.
Já que, as proteínas e minerais, que
são suprimentos básicos para o desenvolvimento ósseo, sejam absorvidos
de forma efetiva pelo intestino delgado. A partir dos 24 meses e com o completo desenvolvimento esquelético é
hora de exercitar o animal e assim dar
início à consolidação da sua estrutura
muscular. Uma suplementação rica
em macronutrientes é importante,
uma vez que estes estão envolvidos
com a estrutura do animal e são perdidos diariamente durante as atividades físicas, principalmente pelo suor e
por contrações das fibras musculares.
Os exercícios devem começar de forma gradual juntamente com a doma
racional, proporcionando um desenvolvimento muscular, uma vez que a
doma promove um bom funcionamento dos músculos dos equinos. Domas e
exercícios inadequados ou agressivos
podem prejudicar o animal não só
quanto à índole, mas também causando traumas físicos, como lesões tendíneas. Nesta fase, chegamos ao dilema
de castrar ou não castrar o animal. A
escolha feita pelo proprietário deverá
levar em conta se o animal tem características ou não de garanhão. Se a
linhagem deve ser preservada e se o
manejo será adequado. Temos o pensamento de que qualquer cavalo poderá ser um garanhão e esta não é uma
verdade, um garanhão já nasce garanhão. Ás vezes é necessário uma visão
critica de um profissional da área para
ajudar o proprietário a observar quais
os animais que se destacam, e assim
preservar a qualidade do seu plantel.
Após todas estas etapas e decisões, é
hora de nosso atleta se esforçar, participar de competições e evoluir. A
cada nova prova, um aprendizado e
uma conquista! O bem-estar deve ser
zelado por todos os que convivem no
mundo do cavalo. As limitações e os
erros ocorrem em qualquer momento,
cabendo ao homem aceitá-las e corrigi-las. Com tanta convivência, ficamos
com o dever de aprendermos o legado
da nobreza e doçura dos cavalos! Ainda temos muito pela frente!
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73
ÁGUA
D
Escassez no campo e na cidade
ebater a situação dos recursos hídricos e o bom
uso da água é um dos assuntos que vem crescendo nos últimos anos. O Norte de Minas já conhecia a situação de limitação do uso da água e
com isso o campo sofre bastante e é preciso buscar alternativas para manter viva a geração de renda a partir da terra.
A mudança mais recente foi a situação em que a cidade de
Montes Claros acabou sofrendo em novembro de 2015. Um
sistema de rodízio foi instalado na sexta maior cidade do Estado. A estiagem que atingiu a região foi a maior dos últimos
70 anos.
Segundo a Associação Mineira dos Municípios de Área Mineira da Sudene (Amams), todos os Municípios da região decretaram estado de emergência. Para se ter ideia da queda na
quantidade de chuva na região, no ano passado inteiro choveu 469 milímetros em todo o Norte de Minas. Nos últimos 23
anos, a média era de 899 milímetros, os dados são da Emater-MG.
Em junho deste ano, o poder executivo municipal decretou
situação de emergência nas áreas afetadas por estiagem em
Montes Claros. As consequências da falta de chuva em todo o
País, além de outras adversidades climáticas ainda aparecem.
Segundo uma projeção divulgada, pela Companhia Nacional
de Abastecimento (Conab), a estimativa da safra brasileira de
grãos 2015/2016 é de 196,5 milhões de toneladas. Esse número é 5,4% menor que no período 2014/2015 que ficou em 207,7
milhões. A perda da agricultura no Norte de Minas foi de 73%.
Na zona rural, os problemas já são conhecidos. Segundo o secretário adjunto de Agropecuária e Abastecimento de Montes
Claros, Henrique Sapori, “O abastecimento de água na zona
rural está comprometido em decorrência ao baixo índice pluviométrico registrado, havendo necessidade de intervenção
pública de forma contínua, com o atendimento às comunidades rurais, através de caminhões pipa”. Ele afirma que existe
uma necessidade de melhoria nas instalações dos sistemas
de água nas comunidades.
A falta de chuvas tem comprometido a esperança e as condições no campo. “As pastagens estão prejudicadas, com consequente diminuição na produção de leite e carne, reduzindo
drasticamente o rebanho bovino na região, o que se traduz
em um enorme prejuízo para os agricultores. Como opção,
o norte de minas está optando por trabalhar com pequenos
animais, como na avicultura e caprinocultura, onde há menor
consumo de água”, afirma Sapori.
Para o produtor rural a situação é acompanhada de perto.
Haroldo Alves Silva é da comunidade de Mocambo Firme e
espera uma mudança no cenário. “Nunca vi nada parecido”.
74
Informe Expomontes 2016
Sapori explica que “A Prefeitura vem abordando, juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente, medidas preventivas,
como os projetos de recuperação das microbacias hidrográficas, com o propósito de construção de minibarramentos,
barraginhas, para favorecer a infiltração de água no solo, a
elevação do nível do lençol freático, aumentando a capacidade hídrica das microbacias”.
“Há uma necessidade urgente de melhoria nas instalações
dos sistemas de abastecimento de água nessas comunidades, sendo totalmente gerido pelas associações locais, sendo
o município parceiro no que tange o pagamento do fornecimento da energia elétrica aos poços que abastecem essas comunidades, trabalhos esses, que são extremamente deficientes no tocante à qualidade dos serviços prestados”, afirma
Osmani Barbosa Neto, presidente da Sociedade Rural.
Problemas na cidade
No começo de 2015, a Companhia de Abastecimento e Saneamento de Minas Gerais começou uma campanha pedindo
para que os mineiros reduzirem o consumo de água em 30%.
Em novembro, um rodízio começou na cidade. Montes Claros,
durante os seis primeiros meses reduziu o consumo em 5 mil
m³ por dia.
Para a Copasa, “A continuidade do rodízio no abastecimento de água em Montes Claros é necessária para preservar o
atual volume de armazenamento dos mananciais de água
que abastecem a cidade, evitando assim problemas generalizados de abastecimento durante o atual período de escassez
hídrica que atinge todo a região norte mineira”.
A disponibilidade de recursos hídricos tem reduzido consideravelmente, segundo a companhia de abastecimento, inclusive com a redução do volume de água corrente dos rios
Juramento e Saracura, contribuintes e responsáveis pela vazão da barragem de Juramento. O terceiro contribuinte, o rio
Canoas, está seco.
A assessoria de comunicação da companhia afirma ainda
que “A Copasa irá retomar as obras de ampliação do Sistema
de Abastecimento de Água, cujos recursos estão em fase de
renegociação com a Caixa Econômica Federal. Além disso,
para reforçar o abastecimento da cidade, a empresa perfurou oito poços profundos que se encontram em processo
de montagem de equipamentos para serem colocados em
operação.
Produtores
do futuro
A
sucessão familiar anda de mãos dadas com o campo, seja
no agronegócio ou na agricultura familiar. A prova disso está
no último censo, que aponta que quase 1/3 das propriedades
rurais brasileiras foram obtidas através de herança.
A paixão pela agricultura está no sangue, corre nas veias!
Conheça alguns dos nossos produtores do futuro!
Eu amo o Parque de Exposição e a Expomontes. Gosto de ficar lá é divertido e gosto muito de ver os animais. Eu também gosto muito da
fazenda porque quando eu vou para lá ando a cavalo, o nome dele
é Garçom, mas é muito alto. Quando eu crescer vou ser Arqueóloga
e procurar os ossos dos animais. Eu vou poder achar um fóssil de alguma ave, mamífero, dinossauro ou bicho preguiça. Não tenho mais
medo de minhocas, vai aparecer muitas!!. Mas vou continuar indo
para a fazenda resolver um tanto de negócio chato que minha mãe
resolve hoje, mas vou continuar andando a cavalo.
Julia Barreto Godoi – 10 anos
Lembra vovô, que quando eu tinha apenas três anos de idade, estava
na beira do curral e uma vaca de nome Africana, “paridinha de novo,
correu para o meu lado querendo me pegar. Meu avô assustou e gritou
a vaca; ela parou!! Essa é minha história inicial de vida nesse meio ,
que veio a completar aqui na Expomontes quando fui Rainha em 2012.
É uma satisfação grande quando estou no parque vivendo a vida do
meio rural junto com a minha família e todos que estão em volta.
Ana Luiza Drumond Pereira Pires. Neta de Otaviano de Souza Pires Junior e filha de Felipe Drumond De Souza Pires.
Desde pequeno vou ao parque de exposições ver a Expomontes, sendo que a primeira vez eu tinha dois meses de vida.Eu gosto de vir na
exposição porque os meus dois avôs têm fazenda e eu gosto muito
de cavalos. Gosto ainda do team pening, dos animais expostos e dos
julgamentos. Lá no parque fiquei conhecendo a Sociedade Rural, que
faz a Exposição. A Sociedade Rural é um lugar onde fiz amigos, como
Osmani Barbosa e Vila Murta. Meu bisavô, João F. Pimenta foi um dos
fundadores. Meu avô, Lucas Elmo Pinheiro, já foi presidente da Rural.
Meu pai, Bernardo de Pimenta Pinheiro, é diretor. E eu pretendo continuar seguindo a tradição da minha família.
Eu gosto da Expomontes por que
sempre tem shows muito bons,
por que têm muitos animais
como cavalos que tem nos leilões e no team penning. Também
têm os bois que estão presentes
nos concursos e exposições, assim como os touros. Também gosto na Expomontes das baias onde
ficam os cavalos, bois e touros. Mas
o que eu mais gosto na Expomontes é tirar fotos com esses animais
e com os cantores. Também gosto
da festa no curral, da cavalgada
de abertura da Expomontes. Esse
ano foi ótimo por que o meu cavalo
veio e eu apareci na televisão pela
segunda vez.
Esse sou eu, Pedro Petroni Barbosa, filho do Presidente do Parque João Alencar Athayde, Osmani Barbosa Neto.
Pedro Aziz Lopes Pinheiro - tenho 10 anos e estou no 5° ano
Quando eu crescer quero ser veterinário. Eu gosto
dos animais, quando você está olhando para eles
você se diverte. Eu tenho paixão por fazenda e o que
eu mais gosto são os cavalos. Gosto da Expomontes
por que tem brinquedos e os cavalos que eu amo.
Tem também as pistas com os animais. Quando eu
crescer quero ser igual o meu avô Durval Júnior.
Luiz Gustavo Dias Nunes - tenho 8 anos e estou no 3ª ano
Essa é Sophia Murta,
filha do Medico
Veterinário, produtor
rural Danillo Murta e
diretor da Sociedade
Rural.
Sophia tem 1 ano e 9
meses
Meu nome é Esther Penido Lafetá Rebello. O que mais gosto de fazer é ir para a fazenda com meus pais.
Enquanto ele trabalha(o pai), cuido do meu cavalo e fico esperando a hora de andar pela fazenda com
o meu irmão Davi. Eu gosto muito de animais. Tenho peixe, cachorro e cavalo. Eu tenho um cavalo na
fazenda do meu avô Fabio, que é Estradeiro. Toda Expomontes eu vou ao leilão e peço meu pai para comprar um cavalo. Nem sempre eu ganho, mas na ultima vez meu pai me deu uma égua, como eu queria,
chamada Jangada do Japoré. Agora eu sou criadora de mangalarga e quero ter muitos cavalos. Quando
eu crescer, quero ser médica como minha mãe, mas médica de animais.
Cavaleiros do Norte
S
eja ele da cidade ou do campo o que brasileiro
gosta mesmo é de descansar para acabar com o
estresse do dia a dia. Uma das alternativas que
muitos norte-mineiros encontraram para se divertir é a cavalgada. Atividade equestre que pode ser praticada
por pessoas de todas as idades. Esses eventos proporcionam um contato mais próximo com o cavalo e a natureza e
estão enraizados na cultura sertaneja e, o que era apenas
uma distração, virou esporte, e esse costume passa de pai
para filhos.
As cavalgadas têm diferentes objetivos, algumas são religiosas outras ecológicas, podem ser cívicas e também esportivas. Há quem cavalgue por competição ou simplesmente
por prazer.
Há 20 anos o produtor rural Afrânio Eleutério Mineiro pratica a cavalgada, são muitas as histórias para contar, mas
ele sabe que esse é um esporte diferente dos outros, só pelo
fato da simplicidade.
“O que mais admiro nas cavalgadas é a proximidade que
podemos ter com as pessoas. Hoje em dia o ser humano
está mais preocupado com as tecnologias dos novos carros
do que o contato pessoal, e a cavalgada proporciona essa
proximidade, de poder conversar deixar o tempo passar”,
enfatizou.
Se você pode praticar cavalgada em cima de um cavalo, por
76
Informe Expomontes 2016
que não fazer em cima de um burro? É isso mesmo, para
Afrânio, cavalgar em cima de burro tornou-se uma tradição.
“Uma das primeiras cavalgadas que fizemos em Montes Claros, foi de Nova Esperança a Buriti Campo Santo. Fazemos
cavalgada por amor à Zona Rural e pelos animais. Já fui cinco vezes a Bom Jesus da Lapa, na Bahia, sempre em cima de
um burro ou mula, são cerca de 2.500 quilômetros já percorridos somente para lá”, revelou o produtor rural.
Mangalarga Marchador
Minas Gerais, berço da raça Cavalo Mangalarga Marchador,
concentra o maior número de cavalos registrados, 210 mil,
sendo o rebanho nacional de 480 mil. O número de associados
à Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga
Marchador soma 11,5 mil, com 5,97 mil localizados em Minas
Gerais. Também se destacam na criação do Mangalarga os
estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Espírito Santo.
A raça já é a maior da América Latina.
Escassez de mão de obra é desafio para
o setor
O cavalo Mangalarga Machador é considerado o mais indicado para a prática dessa modalidade esportiva em decorrência do andamento típico.
que percorrem as trilhas de Minas. Em dez anos, foram diversos percursos, muitas histórias e bagagens recheadas de
aventura, contemplação da natureza e conhecimento. As
viagens são sempre planejadas com antecedência para que
o trajeto escolhido tenha eventos mínimos adversos.
Agora, em 2016, os cavaleiros receberam uma placa com os
nomes cidades percorridas. Um símbolo para fortalecer o
grupo, que aproxima famílias e eterniza amizades e descobertas.
O 1º vice-presidente da Sociedade Rural e engenheiro agrônomo, José Luiz Maia, explica que as cavalgadas proporcionam muito mais que uma simples diversão.
“O cavaleiro percorre grandes distâncias, com ritmo forte
e constante, além do desgaste, tanto para o cavalo quanto
para o cavaleiro”-, ressalta Rossini Miranda, diretor de equinos da Sociedade Rural de Montes Claros.
O Mangalarga é ainda um animal dócil e rústico, bastante
acostumado à lida no campo. “Essa raça se adapta às mais
difíceis condições. São equinos para vários tipos de esporte
como cavalgada, team penning, baliza, tambor e até mesmo
atividades como equoterapia”, lembra Miranda.
“As cavalgadas nos permitem conhecer novas realidades, já
percorremos mais de mil quilômetros, uma história que me
chamou bastante atenção foi passar por uma comunidade
no Norte de Minas e ver uma situação de extrema pobreza
daquele povo. Nós paramos e tentamos entender a situação
e o que poderíamos fazer para ajudar. É gratificante saber
que de alguma forma podemos contribuir para a vida de alguém. Se fosse uma viagem comum, de carro, não teríamos
tempo para ver essas realidades”, diz.
Geralmente a partida é de Diamantina. De lá, os percursos
ganham formas.
“Percorremos essas estradas que fazem parte do circuito do
Outras raças
Mas para o diretor da Rural e criador de cavalos, Durval Junior, para as cavalgadas outras raças também atendem aos
cavaleiros.
“Eu crio Quarto de Milha e Appalosa, mas defendo que
qualquer raça de cavalo é boa para se praticar o esporte.
Todos os cavalos vão ter qualidades, assim como defeitos.
A cavalgada virou febre no Norte de Minas por que as pessoas querem melhorar a qualidade de vida. É comprovado
que 15 a 20 minutos montado a cavalo equivale a mais de
100 horas de terapia. É o momento que temos para sair de
toda agitação da cidade e ficar na paz do campo. Uma dica
para quem quer começar, além de ter um cavalo saudável
,é preciso ter um arreio bom para garantir a segurança do
cavaleiro”, afirma.
Trilhas de Minas
José Luiz Maia é um apaixonado pelas cavalgadas. Ele e um
grupo de amigos comemoram, no mês de maio, dez anos
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Ouro – Estrada Real – um percurso muito comum é sair de
Diamantina ir para Ouro Preto, daí a gente passa em cidades
como São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Conceição do Mato Dentro, Mariana e por fim chegamos à antiga
Vila Rica. Outra trilha que gostamos de fazer é seguindo de
Diamantina para Barão de Guaicuí. É uma trilha muito boa,
bonita e fácil. É na antiga estrada de ferro de Diamantina
para Corinto, eles tiraram os trilhos e hoje ela se chama ‘Trilha verde da Maria Fumaça’ é usada para pedestres, bicicletas e cavaleiros, motos são proibidas”, afirma José Luiz.
“O cavalo é
animal mágico”,
José Luiz Maia
A trilha mais difícil já realizada sai de Biribiri e vai até Curimataí. É uma trilha pesadíssima, muito difícil para se fazer,
só cavaleiros e cavalos experientes conseguem passar por
ela, nem motoqueiros tem coragem de enfrentar.
Em 2012 o grupo de cavalgada recebeu uma
condecoração da Estrada Real. Cada cavaleiro recebeu uma medalha diretamente das
mãos dos gestores da estrada.
Leilões virtuais ganham
mercado no Norte de Minas
Outro roteiro é para os parques Nacionais das Sempre Vivas
e parque Biribiri. Paisagens encantadoras.
O diretor de equinos da Sociedade Rural, Rossini Miranda
está otimista com a nova modalidade de comercialização
dos animais. A região conta uma plantel de 100 mil cavalos
em média, representando cerca de 20% do rebanho estadual. Com a seca, o mercado registrou uma retração, até
porque a maioria dos animais é para lazer.
“Quando estamos nesses locais à gente dorme, na maioria
das vezes, acampados. Eu digo que o cavalo é um animal
mágico, o andar a cavalo proporciona você ter uma interação muito grande entre cavalo e cavaleiro, por que o animal
se acostuma a você, ele sabe tudo que você quer fazer só
pela forma de tocar. Cavalgada é um esporte que eu recomendo, vou fazer até quando eu puder fazer. Nós temos
uma estrutura mais ou menos preparada, nós levamos carro
de apoio, levamos uma carreta para alimentar os animais,
por que dependemos totalmente deles”, afirma.
“Por isso, têm ocorrido diversas vendas. Os Haras Catuni,
Barra Zero e Cannã são precursores nessa modalidade. Eles
contratam as empresas realizadoras dos leiloes. É um trabalho novo na região. A empresa vai até as fazendas, registrar por meio de vídeos os animais, edita e divulga no dia
do evento. Já foram vendidas nessa modalidade promissora
mais de 90 animais. Não há diferença de preço,pelo contrário, o leque de compradores é muito maior. Para o animal
é excelente que ele não fica em transito de um lugar para
outro. Ele já sai vendido”, afirma o diretor.
José Luiz Maia é acompanhado por cavaleiros
montes-clarenses que também são apaixonados pelo animal e pelo esporte. Com ele, sempre
estão Arnaldo Oliveira e os filhos Arthur, André
e Alexandre; Célio Bernardino; Fernando Moura;
Leonardo Vasconcelos e o filho Bernardo Vasconcelos; Luiz Cláudio; Norberto Assis e o filho
Vítor; Roberto Machado; Paulo Oliveira; e Rogério Souza. Tradição passada de pai para filho!
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Informe Expomontes 2016
O criador é responsável por apresentar os exames sanitários
necessários. Ao serem entregues, todos os animais devem
estar em perfeito estado de apresentação.
Para Alexandre Viana, diretor da Rural, dono do Haras
Cannã, essa modalidade não substitui o presencial,tem o
propósito de alcançar outros mercados. “Queremos atingir
o mercado nacional e espera-se um preço um pouco maior.
Com isso, nosso objetivo é conquistar um mercado mais
amplo (todo o país) e, consequentemente, melhorar preços”, afirma.
O diretor da Rural, José Henrique Veloso e dono do Haras
Barra Zero, realizou o primeiro leilão em março deste ano.
Leilão Norte da Marcha
José Henrique comenta que não há preferência por uma
modalidade ou outra. Ele diz que o Haras, além do virtual,
faz uma feira anual na fazenda, onde participa como promotor do Norte da Marcha on line, versão do virtual na internet
e do Norte da Marcha presencial , realizado na Expomontes,
que este ano está na sua 11ª edição.
Para ele, a escolha desta modalidade não foi pelo custo,
mas sim por atingir outras regiões no Brasil.
“Achamos que a criação no Norte de Minas carece de mais
visibilidade nacional. O custo do leilão virtual está em torno
de R$ 2.000 reais por animal. Normalmente fazemos o leilão
com 40 animais o que dá um custo de aproximadamente R$
80 mil”, descreve.
“O mercado de cavalos no Norte de Minas vem de cinco anos
de aquecimento , porém vem passando por acomodação de
preços, mas continua com boa liquidez. O ponto alto dos
negócios de cavalo no Norte de Minas acontece durante a
Expomontes, sendo este período escolhido por muitos criadores e usuários para comprar o seu cavalo.
O leilão norte da Marcha é sábado, dia 09. São 35 animais
com idade média de 15 meses. O valor mínimo para cada
animal é R$ 10 mil.
Team penning
A Exposição Agropecuária de Montes Claros recebe a 7ª etapa do Campeonato montes-clarense de Team Penning. De
acordo com Crisantino Borém, diretor da Rural, 100 pessoas
e 120 animais vão participar da disputa em três dias do esporte que envolve toda a família.
“São pais e filhos e a premiação é de R$ 30 mil. A equipe vencedora de Montes Claros vai para BH disputar a nacional.
Hoje é o esporte que caiu no gosto do norte-mineiro. Cresce
bastante. Toda semana tem prova em alguma localidade. O
melhor é que é um esporte da família”, garante.
O comerciante Carlos Soares Figueiredo, que também é
competidor, prestigiou o filho, Paulo Eduardo Leite Figueiredo de 21 anos, que disputa este ano na categoria iniciante.
“Eu participo todos os anos, não profissionalmente, mas por
prazer. Hoje estou aqui na expectativa torcendo pelo meu filho ir para a próxima etapa em Pedro Vales de Minas”, contou.
O Team Penning é diferente da Vaquejada, pois não pode ter
contato com o bovino.
“Eu prefiro o Team Penning a Vaquejada pela diferença que
se tem em não poder encostar-se ao animal e não provocar
nenhum tipo de dor nele, se tocá-lo você é automaticamente eliminado”, ressaltou.
Paulo Eduardo compete há dois anos profissionalmente no
Team Penning. “Comecei por influência dos meus familiares, meu pai, meus tios e até os vizinhos das fazendas próximas competem bastante”, disse.
A expectativa dos competidores é grande, todos os já classificados estão confiantes que vão para a etapa final.
“Hoje eu fiquei com um tempo bom, 16 segundos, sendo que
essa é a média que precisa ter para alguém da categoria iniciante ser classificado. Estou achando excelente a etapa deste ano, a animação do público é contagiante. A Expomontes
está de parabéns por abrir esse espaço para este esporte que
precisa ser mais valorizado”, afirma o competidor.
O competidor Markim Tinquim também diz que o público
dá muita força para os competidores através da energia que
eles passam. “Aqui é o melhor lugar que podemos competir,
o público comparece em peso, e isso traz apoio para o pessoal que vem de fora”, diz o competidor.
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Estilo no campo
e na cidade
Com a época de temperaturas mais baixas,
elementos do figurino country tomam conta
da cidade durante esta época do ano
B
otas limpas, camisas alinhadas e com o chapéu na cabeça que não pode faltar. É com
muito estilo que milhares de pessoas visitam
a Expomontes. E nesta época é aproveitando
o clima mais ameno da cidade que algumas peças ganham
as ruas e o Parque de Exposições João Alencar Athayde. E
saber como aproveitar o estilo country é fácil, além de chamar a atenção.
“O outono/inverno 2016 veio especialmente recheado de tendências do estilo country. a começar pelo suede, tecido que
é a febre da estação, presente em calças, blusas, vestidos,
bolsas, quase sempre acompanhado das franjas, tão características do estilo. O xadrez, embora tenha perdido espaço
para as listras nesta temporada, é sempre um clássico. Botas
e chapéus completam o estilo e têm tudo a ver com o ambiente e os eventos que ele carrega”, afirma Hérica.
Esta maneira de se vestir é conhecida no mundo inteiro por
meio dos famosos filmes de Hollywood que tem cowboys do
Velho Oeste nas suas tramas. Para os homens, os chapéus e
cintos são marcas registradas nas composições.
E para quem ainda não montou o look para a Expomontes,
no Parque de Exposições João Alencar Athayde, a Hérica
dá uma dica: “Como em qualquer estilo, o que importa é o
equilíbrio. Ao menos que a intenção seja criar um traje típico, o ideal é mesclar peças country com roupas casuais,
ou mesmo peças clássicas, e assim conseguir produções antenadas às tendências, mas que também expressem nosso
estilo pessoal”.
“O estilo country teve sua origem nos cowboys norte-americanos, com peças que remetem ao conforto, funcionalidade
e durabilidade exigidos pela vida no campo. A cada temporada, vemos uma nova releitura do estilo, mas, essencialmente, é caracterizado pelo jeans, estampa xadrez e presença
marcante do couro, tanto em peças do vestuário quanto nos
acessórios”, explica a designer de moda, Hérica Matoso.
Uma das adeptas das roupas é a estudante Karolina Campos. “Minha relação com a Expomontes é devido o envolvimento de minha família no mundo agropecuário”, conta.
Ela foi uma das rainhas da edição de 2015 da Feira e, claro,
não deixou faltar dois acessórios ímpares para uma cowgirl:
bota e chapéu.
E para a coleção deste ano as franjas vêm como um diferencial.
E o mercado de roupas e acessórios country é forte assim
como a produção rural brasileira. O mercado country no
Brasil é forte com uma movimentação anual de R$ 6 bilhões.
Em Montes Claros, a Tecnutri se prepara e reforça seu estoque para essa época do ano. Com um estande montado no
Parque de Exposições, durante a Expomontes, a variedade
de produtos vai de soluções para o homem do campo, assim
como para o estilo. “Temos artigos para uso pessoal. São
botas, chapéus, bonés, cintos, e fivelas, entre outras utilidades”, afirma o gerente Samuel Ribeiro.
De acordo com ele, não existem limites que definem quem
escolhe roupas e assessórios country. “Sabemos que não
há limites para a moda. O público para moda country não
tem idade, nem local adaptando-se a todos. Além de produtores rurais, pecuaristas e empresários, os estudantes, por
exemplo, vem surpreendendo-nos com a procura por artigos para o estilo”.
E a desinger de moda, deixa uma dica para quem vai apostar
no estilo country nas produções para a Expomontes “Estar
por dentro das tendências jamais deve significar abrir mão
do conforto, dos gostos pessoais, então sim, é possível unir
conforto e estilo. Para isso, é muito importante respeitar os
gostos pessoais, buscar peças que valorizem o seu biótipo
e que se adequem às suas necessidades. Na verdade, esta
é a chave para o que chamamos de estilo pessoal”, afirma.
80
Informe Expomontes 2016
Ovinocaprinocultura
leiteira como alternativa
para o agronegócio
A
criação de pequenos ruminantes
leiteiros tem apresentado potencial de desenvolvimento no contexto da pecuária brasileira. A atividade apresenta inúmeras vantagens como:
facilidade no manejo dos animais; excelente
capacidade de adaptação a diferentes cenários; possibilidade de produção em áreas menores; curto ciclo reprodutivo; alto retorno
financeiro; baixo custo de implantação do sistema. Por isso, a ovinocaprinocultura leiteira
chama atenção como alternativa sustentável,
compatível com pequenos, médios e grandes
produtores, podendo ser uma atividade socioeconômica promissora para o agronegócio.
Gabriela Almeida Bastos
Zootecnista
Doutoranda em Nutrição Animal - Escola de Veterinária/UFMG
[email protected]
Felipe Santiago Santos
Médico Veterinário CRMV - 16558
Mestre em Zootecnia - Escola de Veterinária/UFMG
[email protected]
Tabela 1: Composição média dos principais ingredientes do leite de
cabra, ovelha, vaca e da mulher.
Composição
Cabra
Ovelha
Vaca
Mulher
Sólidos totais (%)
12,7
19,9
12,6
12,9
Gordura (%)
3,8
7,9
3,6
4,0
Lactose (%)
4,1
4,9
4,7
6,9
Proteina (%)
3,4
6,2
3,2
1,2
Caseina (%)
2,4
4,2
2,6
0,4
Albumina, globulina (%)
0,6
1,0
0,6
0,7
Cálcio (mg/l)
134
193
122
33
Calorias/100ml
70
105
69
68
Adaptado de Park et al. 2007
Caprinocultura leiteira, possui expressiva importância para cenário agropecuário brasileiro. Programas de incentivo do governo, o crescimento do consumo do leite e a utilização de
seus derivados vêm promovendo a expansão
da criação de cabras leiteiras especializadas no
território brasileiro. Estes animais apresentam
alta capacidade seletiva dos alimentos, o que
proporciona melhor aproveitamento da dieta
e excelente eficiência em produção de leite. O
leite caprino é comercializado como leite fluido
e também é matéria prima para fabricação de
queijos finos, iogurte, cosméticos e é recomendado como substituto ao consumo de leite de
vaca para pessoas intolerantes a lactose e a caseína desta espécie.
O leite ovino é mais rico nutritivamente, podendo
apresentar o dobro de gordura e proteína que o
leite de vaca e cabra, o que reflete no alto teor de
sólidos totais. Em síntese, sua constituição é característica importante na fabricação de produtos lácteos, como iogurtes e queijos de texturas
e sabores específicos, conferindo-lhes altos valores de mercado. O seu rendimento médio para
produção de queijos é aproximadamente 5 kg de
leite para 1 kg de queijo produzido. O retorno financeiro com a produção de cordeiros também
deve ser considerado. A ovelha leiteira também
tem sido responsável por produção de animais
de boa composição de carcaça dos cordeiros, devido ao melhoramento genético em busca de melhor produção de leite e composição de carcaça.
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Agricultura Familiar
Juntos somos
fortes
O
título desta reportagem é uma referência à força
que se constrói no campo com a união de todos.
Juntos independentemente do que se faz os
produtores rurais ficam mais fortes nas suas lutas. Esta é a proposta da Sociedade Rural ao trazer pelo sexto ano a Feira de Agricultura Familiar para a Expomontes.
Desde 2011, a Feira é um ponto importante e muito visitado
da exposição nos dez dias de festa. E isso é uma confirmação da importância destes pequenos produtores.
Colaboradores da Emater acompanham os produtores ao
longo do ano ajudando a desenvolver os produtos com qualidade e destaca o valor da participação na Exposição.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário,
70% dos alimentos consumidos em todo o País vem da agricultura familiar. Os pontos fortes deste grupo são: mandioca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne
de aves (50%) e milho (46%).
“É muito importante a participação do agricultor familiar na
Mostra, pois é uma oportunidade que eles têm de comercializar e divulgar os produtos da agroindústria para um
grande público externo.”, afirma a técnica extensionista do
escritório local, Cleide Neves.
Para participar desta edição da feira, 100 famílias vão estar
na quadra do Clube dos Fazendeiros que recebe os agricultores com seus produtos. A maior parte do grupo é composto por mulheres, que correspondem a 60% dos participantes. Nas bancas para comercialização tem há diversidades
de sabores como broas, geleias, mel, biscoitos, derivados
do leite, doces, farinha de mandioca, derivados do milho,
sucos, entre outros. Ha também produtos que chamam a
atenção pela beleza: artesanatos diversos e plantas ornamentais. Tudo distribuído em 35 barracas.
Luiz Carlos Rodrigues já esteve em cinco edições da feira de
agricultura familiar e sempre buscou trazer qualidade para
o publico. “Não existe propaganda melhor para quem está
aqui. Conseguimos conhecer novas pessoas e garantir novas vendas”. Ele oferece em sua barraca doces cristalizados
feitos com frutos da região.
O presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa Neto,
considera a Expomontes um incentivador da participação
de todas as áreas da economia rural na Exposição. “O campo tem diferentes frentes somadas em uma grande potência. Juntando o pequeno com o grande todos saem fortes”,
afirma.
O espaço fica aberto durante todo o dia e se transforma em
uma divulgação dos agricultores. “As vendas que acontecem na Expomontes são expressivas, mas o mais gratificante é o contato que eles fazem pós feira, quando conquistam
novos clientes”, explica Cleide.
Comemoração antecipada
A Expomontes é realizada antes do Dia Nacional da Agricultura Familiar. A data comemorativa é o próximo dia 25 de
julho, e todos os anos, depois da exposição agropecuária da
cidade é o sorriso que toma conta dos pequenos produtores
que passam pela exposição.
“Os agricultores familiares trazem produtos da mais alta
qualidade do Norte de Minas. Eles conquistam um grande
público que reconhece o trabalho exposto, e conseguem
uma boa renda através dos artesanatos, produtos agrícolas
e da agroindústria”, conta o gerente regional da Emater Ricardo Demichele.
O presidente da Sociedade Rural comemora o resultado do
82
Informe Expomontes 2016
crescimento da feira assim como a Expomontes. “Temos aqui
diferentes fontes de renda destes agricultores junto de outros
setores do campo que fazem parte da exposição. Este é o caminho para o crescimento de todos”, destaca Osmani.
Fomento e sucesso atestado
A agricultura familiar tem feito a diferença na vida de famílias do campo. Janila Dias Gonçalves, por exemplo, tem seis
filhos e conta que a vida não era fácil antes de começar a
produzir para vender.
“Começamos com a agricultura familiar por causa de um
projeto que a Emater levou para nossa comunidade em
Glaucilândia, Norte de Minas. Eu e outras cinco mulheres
nos juntamos e começamos a fazer biscoitos, bolos e doces.
O negócio deu tão certo que já abrimos uma padaria lá na
cidade”, conta.
Há dois anos Janila começou a expor na Feira da Agricultura
Familiar da Expomontes e notou que o espaço foi um divisor
de águas para dar impulso aos negócios
“Quando começamos a expor aqui, o negócio ainda era
incerto, pois havia menos de um ano que tínhamos começado, mas durante a Feira tivemos resultados tão bons que
percebemos a força do negócio”, revela.
Feijão, milho, mandioca, tomate, são muitos os alimentos
que os produtores rurais podem plantar para comercializar.
Eliene Gomes, 39, é de Lapinha, comunidade Rural de Coração de Jesus, e trabalha há mais de 15 anos com agricultura
familiar seguindo a tradição dos pais e avós.
guém a sair, pois é da terra que vem tudo que temos para
comer, devemos valorizar”, disse.
Dona Maria Madalena Leite, é produtora rural, tem cinco
filhos e mora no povoado de Abóboras, em Montes Claros.
Segundo ela, faltam incentivos e valorização de outras organizações do trabalho no campo como este espaço que a
Expomontes abre todos os anos para eles.
“A agricultura familiar é o meu foco e da comunidade inteira.
Estamos muito felizes com a oportunidade que a Expomontes dá pra gente, para valorizar o nosso trabalho. Incentivamos nossos filhos e netos a permanecerem no campo e
produzir alimentos sem agrotóxicos, que são mais saudáveis. Tentamos mostrar pra eles que podemos sobreviver,
sobretudo, sobreviver bem mesmo na Zona Rural”, conta.
Um projeto de Glaucilândia, promovido pelo Senar, juntou
um grupo de dez mulheres para fabricarem remédios caseiros à base de plantas medicinais. Têm remédios para dor de
garganta, diabetes e até estimulante sexual. A produtora
rural ,Vilma Lopes, conta que depois da associação a vida
delas mudou completamente.
“O projeto já tem cinco anos, mas eu entrei há apenas um.
O melhor é que juntamos tudo, dividimos as despesas e o
lucro dividimos em partes iguais. É o nosso segundo ano de
exposição na Expomontes, é uma vitrine. Estamos muito felizes com a oportunidade”, finalizou.
“Nunca fiz com outra coisa. A agricultura familiar me dá uma
renda cerca de 50% a mais que um emprego numa indústria,
por exemplo”, esclareceu a produtora rural.
Os alimentos que são produzidos por Eliene, são distribuídos para todo o Norte de Minas. “Nós vendemos na Ceanorte (Central de Abastecimento do Norte de Minas). Gosto
muito do que faço, na agricultura familiar o que você produz
você vende. Eu não saio da Zona Rural e nem aconselho ninw w w.sociedaderural.com.br
83
Festa da
nossa Gente
F
esta popular que agrega pessoas e personagens
de vários locais do Brasil oferece durante todo o
dia – das 8h às 22h – eventos técnicos como, por
exemplo, leilões; Seminários; Visitas técnicas; Dia
de campo; Inclusão social; Qualidade genética; Diversão;
Exposição e comercialização de produtos e implementos
agrícolas; Feira da agricultura familiar; Fomento e financiamento; Mini-fazenda; Geração de trabalho; Julgamento de
animais; Expressivo número de animais inscritos.
Na programação da 42ª Expomontes, 10 leilões estão programados. A expectativa deste ano é superar 10 mil animais
comercializados, no ano passado foram 9 mil.
São 4 mil empregos diretos e indiretos gerados; R$ 380 milhões movimentados; 80 estandes para expositores; 1 mil
animais inscritos para julgamento; 80 barracas de produtos
da agricultura familiar; 20 brinquedos no Ita Parque.
Entretenimento
A Cia Promoções é a empresa contratada pela Sociedade
Rural para realizar os shows durante a Mostra. São mais de
30 horas de muita música e animação.
Segundo Tiago Rezende, diretor da empresa, os shows foram escolhidos por meio de pesquisa entre o público de Montes Claros.
84
Informe Expomontes 2016
“As bandas mais solicitadas estão na grade da Expomontes.
A previsão de lotação máxima do Parque é para os espetáculos de Wesley Safadão e As Coleguinhas, visto que em
pesquisa foram os nomes mais cotados. Devemos receber
30 mil pessoas por dia”, descreve.
Para o evento são cinco toneladas de equipamentos entre
som e iluminação. 80 bares estão sendo montados. Terão
40 fiscais no Parque coibindo a venda de bebidas a menores, profissionais contratados pela Cia Promoções. Todo
o parque terá câmeras de monitoramento para contribuir
com segurança. A Policia Militar terá, por dia, 150 policiais
dentro do evento. 1.200 seguranças privados e sem contar
os Bombeiros, Guarda Municipal e a Brigada de Segurança
estão presentes no evento.
Renato Alencar, Diretor Jurídico da Sociedade Rural, integrante da Cúpula de Segurança Pública que trata e debate
sobre o assunto com planejamento prévio, afirma que “é
grande a preocupação da Rural, que é necessária, diante
dos inúmeros casos de violência registrados atualmente.
Temos que definir as ações com antecedência para evitarmos eventos adversos durante a Mostra. Definirmos sobre
aspectos para que possamos, com clareza, deliberar sobre
esse evento que muda a cara do Norte de Minas e atrai novas
perspectivas e fomenta toda a cadeia turística, além de ser
um importante propagador de desenvolvimento”, afirmou.
Meia-entrada, um direito assegurado na Expomontes
Como determina o decreto nº 8.537, de 5 de outubro de
2015, que regulamenta a lei federal da meia-entrada (Lei
12.933/2013), a concessão do direito ao benefício da meia-entrada está assegurada na venda de ingressos para os
shows da Expomontes. Na nova lei, a concessão da meia-entrada fica assegurada para 40% do total de ingressos
para o evento.
De acordo com a Legislação, têm direito ao benefício da
meia-entrada: os estudantes do ensino fundamental, médio e superior (público e particular); professores da rede
de ensino público e particular; idosos com idade igual
ou superior a 60 anos) e portadores de necessidades especiais – cadeirantes, cegos, portadores de Síndrome de
Down e seus acompanhantes.
“Alertamos os estudantes para a importância da apresentação de documento estudantil idôneo. Quem adquire
documento falso está se sujeitando à constrangimentos
no momento da utilização do documento. Haverá rigor
na conferência dos documentos e em sua autenticidade”,
destaca Thiago.
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85
U
Os melhores shows numa das maiores
festas agropecuárias do país
ma grade de shows com os artistas mais populares do
país na atualidade incrementa a 42ª edição da Expomontes, que acontece de 1º a 10 de julho, no Parque de Exposições João Alencar Athayde.
Na grade de shows, o sertanejo das duplas Zé Neto e Cristiano, Henrique & Juliano e César Menotti & Fabiano; o axé de Ivete Sangalo;
a sofrência das “coleguinhas” Simone&Simaria; o romantismo de
Lucas Lucco; a irreverência de Gabriel Diniz e o carisma e estilo inovador de Wesley Safadão.
Segundo o site Músicas mais Tocadas, em maio de 2016, dentre as
músicas mais tocadas nas rádios de todo o Brasil, três delas são
de artistas que estarão na Expomontes: “Seu Polícia”, da dupla Zé
Neto e Cristiano (em quinto lugar); “Batom Vermelho”, de Lucas
Lucco (em sexto lugar); “Coração Machucado”, de Wesley Safadão
(em nono lugar).
Os shows da Expomontes têm produção da Cia Promoções, em
parceria com o empresário João Wellington, Na Caixa Promoções
e Sociedade Rural de Montes Claros, apresentação das Faculdades
Santo Agostinho e Orthomontes e patrocínio da Tdeb! e da Albedo Workwear O evento conta com o apoio das rádios Itatiaia Transamérica 98 FM e 93,5 FM.
“A Cia Promoções tem orgulho em ser parceira desse grande evento
que é a Expomontes, maior vitrine da economia de Montes Claros
e de dividir este sucesso com a Sociedade Rural de Montes Claros.
Não medimos esforços para trazer as melhores atrações, as mais
pedidas pelo público, para abrilhantar ainda mais a Expomontes”,
opina Thiago Rezende, da Cia Promoções e coordenador dos shows.
Programação
•
Dia 1/7 – sexta-feira – Zé Neto e Cristiano + Lucas Lucco
•
Dia 2/7 – sábado – Simone e Simaria (As Coleguinhas)
•
Dia 3/7 – Domingo – Aniversário de Montes Claros - César
Menotti & Fabiano
•
Dia 5/7 – Terça-feira - Terçaneja Universitária - Sérgio & Rodrigo
e Lucas Eduardo
•
Dia 7/7 – quinta-feira – Fernandinho - Show gospel
•
Dia 8/7 – sexta-feira – Ivete Sangalo
•
Dia 9/7 – sábado – Wesley Safadão + Gabriel Diniz
•
Dia 10/7 – domingo – Henrique e Juliano, 17 horas: atração
infantil – Frozen e Show da Luna (peça teatral)
Camarote Expomontes
Um dos espaços mais prestigiados durante a Expomontes
será o Camarote Santo Agostinho, uma área diferenciada para quem quiser curtir os shows no palco principal e
pockets shows das atrações Isabela Camargo, João Victor
e Mateus, Dioliver e Ban’Jah, Lucas e Eduardo, Marcelo
e Matteo, além das presenças vip de Arícia Silva (Pânico
na Band), Iarinha Ramos (Legendários) e Camila Campos
(Gata do Mineiro 2015).
86
Informe Expomontes 2016
Presenças vip no Camarote
Expomontes
as rádios do Brasil.
Simone e Simaria também estão muito
presente nas redes sociais. Somente na
rede social Facebook, a página das cantoras possui 3, 4 milhões de seguidores.
No Instagram são mais de 1 milhão de seguidores e, possuem ainda, mais de 626
mil acompanhando o trabalho da dupla
no Youtube.
A infância compartilhada e a paixão
pela música não podia ser diferente.
Zé Neto & Cristiano foram criados na
zona rural e foi lá que a música começou a fazer história na vida dos artistas. Sob influência, Zé Neto, desde
criança, esteve envolvido com a música sertaneja, já Cristiano começou
carreira na música gospel.
José Toscano Martins Neto (Zé Neto)
sempre esteve envolvido com a música sertaneja raiz, influenciado pela família e tendo como referência duplas
como João Paulo & Daniel, Zezé di Camargo & Luciano e Leandro & Leonardo, Zé Neto enxergava em cada canção um estilo de vida a ser seguido.
Não há na cena musical brasileira artista mais multimídia que Lucas Lucco. Dos três anos de carreira na música, basta pegar este 2015 – ator de
Malhação e fenômeno incomparável
em redes sociais, com um dos singles
do trabalho que lança agora, a música
“Vai Vendo” beirando os 100 milhões
de visualizações no Youtube. Números
que crescem em progressão geométrica se vistos os anos anteriores, desde a estreia com “Princesinha” passando pelo megassucesso “Mozão”.
Donas do sucesso Meu violão e o nosso
cachorro, Simone e Simaria trazem o
show do DVD Bar das Coleguinhas à Montes Claros, durante a Expomontes, no dia
2 de julho.
Meu Violão e o Nosso Cachorro, Eu Te Esperarei, Quando o Mel É Bom, entre outros, são os hits mais tocados em todas
As irmãs baianas Simone e Simaria
(pronuncia-se Simária) são estrelas de
primeira grandeza na região Norte, com
cerca de 25 shows por mês e clipes cujas
visualizações no YouTube são sempre na
casa dos milhões. Ao todo, 20 milhões de
visualizações, para ser mais preciso.
A estrela do axé, Ivete Sangalo, vai
reencontrar os fãs de Montes Claros
para um grande show no dia 8 de julho, na Expomontes.
A cantora mais popular do Brasil traz
para Montes Claros o seu show com
antigos e novos sucessos. Vivendo um
bom momento na carreira, em 2016
Ivete deu início a vários projetos. Na
faceta de apresentadora, participou
da primeira edição do programa The
Voice Kids e já confirmou sua participação na segunda edição do reality
musical, além de comandar o Superbonita da GNT.
Tudo teve início em Minas Gerais, na
cidade de Ponte Nova. Irmãos, César
Menotti e Fabiano tinham no cerne da
família a música. A primeira dupla a
surgir foi entre Fabio e Fabiano. No entanto, Fabio decidiu investir na carreira
de produção musical. Foi quando César Menotti entrou em cena e formou a
dupla com Fabiano.
Os mais recentes trabalhos de Cesar
Menotti e Fabiano foram lançados
pela gravadora Som Livre. São eles Ao
Vivo no Morro da Urca, de 2013, e Memórias Anos 80 & 90, de 2014. Destes
trabalhos, os grandes momentos são
os singles Dois Corações (Part. Jorge &
Mateus), Não Era Eu e Mudar Pra Quê?.
Arrastando multidões, o irreverente
e ousado cantor paraibano Gabriel
Diniz está entre os queridinhos do público. Conhecido pelo “forró ostentação”, o cantor leva ainda vários ritmos
para as apresentações. A agenda do
artista, disputada durante todo o ano,
fica especialmente lotada durante o
mês de junho.
Em abril, Ivete gravou seu novo DVD
num teatro a céu aberto em Trancoso-BA com a participação de Luan Santana e as bandas Ponto de Equilíbrio e
Onze e Vinte. Ivete também será homenageada em 2017 no enredo da escola
de samba Grande Rio.
Sempre presente e atuante nas redes
sociais, a cantora soma mais de 36
milhões de seguidores e tornou-se a
personalidade feminina brasileira mais
poderosa do país, de acordo com lista
divulgada pela Forbes.
Sucesso em todo o país, a dupla sertaneja Henrique & Juliano se apresentam na Expomontes no dia 10 de julho.
O responsáveis pelo hit “Até você voltar” se apresentam no encerramento
do evento.
Atualmente a dupla Henrique e Juliano está entre as mais pedidas nas rádios de todo o país devido ao sucesso
da música “Até você voltar”. No show,
os músicos apresentam hits como “Na
hora da raiva”, “Como é que a gente
fica”, “Cuida bem dela” e “Mudando
de assunto”.
No mais, a dupla segue fazendo sucesso, cantando e encantando a todos os
fãs, sempre prezando pela qualidade
de seus discos e canções com humildade e carisma.
Um dos grandes nomes da música nacional, Wesley Safadão volta à Montes
Claros para animar a Expomontes, no
dia 9 de julho. Quem também se apresenta nessa noite é Gabriel Diniz.
Um dos maiores nomes da musica
gospel brasileira, Fernandinho foi
projetado nacionalmente depois de
sua participação no especial de fim de
ano, “Festival Promessas”, realizado
pela rede Globo. O cantor também
é conhecido em diversas partes do
mundo onde já realizou seus shows e
ministrações.
Reconhecido nacionalmente e na estrada há mais de 10 anos, Fernandinho é também compositor multi-instrumentista e arranjador.
Safadão é o cara do momento no cenário musical brasileiro. Carismático,
engraçado, dono dos hits Camarote,
A Dama e o Vagabundo e com participação de luxo em Aquele 1%, de
Marcos & Belutti, Wesley Safadão é
o representante do forró nordestino
modernizado com toque de arrocha e
com um cabelo que chama a atenção
da mulherada. Ele despontou para o
Brasil devido às suas letras bem-humoradas, dançantes e com uma pitada de malícia.
Com o sucesso, Safadão é um dos
maiores cachês do país, perdendo somente para Roberto Carlos.
Na Expomontes, as crianças também
se divertem. E nada melhor que uma
peça teatral com os personagens mais
amados pelos pequenos: Frozen e O
Show da Luna.
Na tarde do domingo, dia 10, eles vão
se divertir com as histórias de Anna
e Elsa e seu universo congelante e as
aventuras de Luna, uma menina de
seis anos que ama a ciência.
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87
42ª Expomontes
Crianças da Pediatria
do HUCF visitam a
Mini Fazenda
C
rianças internadas no Hospital Universitário Clemente
de Faria (HUCF) da Unimontes tiveram uma tarde muito
especial. Recheada de descobertas. 16
pacientes com seus acompanhantes
e um grupo multiprofissional da unidade hospitalar visitaram a 42ª Expomontes, realizada no Parque de Exposições João Alencar Athayde.
A primeira parada foi na Mini Fazenda,
que é o retrato do campo na cidade. No
local tem animais pequenos, de variadas
espécies, além de brinquedos e palestras.
À tarde desta terça-feira (05) teve emoção
para todos os lados. O presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Osmani
Babosa Neto, enalteceu o papel dos técnicos pela bravura em tirar as crianças do
ambiente hospitalar e mostrá-las a Exposição, que tem encantos, conhecimento,
negócios e entretenimento.
“Sem sombras de dúvidas, hoje foi um
dos dias mais emocionantes aqui no Parque. Ver cada rostinho dessas crianças
brincando, pulando – mesmo com a roupa do hospital – eles demonstraram alegria no olhar, sorrisos largos. A Expomontes hoje reforçou mais uma vez o quão é
importante ser realizada”, afirma.
Kelly Cardoso coordena a Fazendinha desde a sua criação em 2011. De lá prá cá já
foram atendidas mais de 35 mil crianças.
“Temos várias histórias na fazendinha,
como algumas crianças que se emocionaram quando viram uma vaca pela pri-
meira vez. Tem também um casal que
morava na roça, mudou para cidade e
todo ano visita a fazendinha para lembrar-se de quando moravam na roça. Mas
hoje foi uma experiência inesquecível. Eu
me emocionei, valeu à pena todo o projeto da Fazendinha. Eu recebo as crianças
das escolas, que estão bem de saúde. E
receber esses meninos hospitalizados
foi algo incrível, eles não queriam nem ir
embora, brincaram muito. Tive que sair
de perto deles de tão emocionada que
fiquei”, afirmou Kelly.
A dona de casa Jaqueline Soares Barbosa, trouxe seu filho pela primeira vez ao
Parque de Exposições e diz se sentir muito feliz ao vê-lo alegre.
“Tem um mês que meu filho está hospitalizado e sair de lá, ver a rua, as casas,
a cidade, foi algo maravilhoso, ele está
vendo todos esses brinquedos e está se
divertindo bastante”, explica.
A técnica da Escola Ciranda da Vida, do
HUCF, Joelma da Silva Freitas, disse que a
visita foi uma quebra de paradigmas.
“O processo de saúde e doença envolve o
psicológico. E tirá-los do hospital faz com
que eles ganhem força e ânimo para se
recuperar. Hoje eles ganharam um novo
remédio. Vanguarda! Voltaremos mais
vezes. ”, diz Joelma.
A saída do HUCF demandou planejamento, avaliação médica e disposição. Segundo Vilma Dias, coordenadora pedagógica
da Escolinha, para as crianças e acompanhantes tudo foi pensando. Eles trouxeram lanches, água, remédios, brinque-
88
Informe Expomontes 2016
dos, mas a melhor de todas as bagagens
foi à esperança.
“A ansiedade tomou conta de todo mundo. Teve pai que não dormiu imaginando
como seria o passeio, a novidade, o que
estaria por vi. É a nossa primeira saída do
hospital com crianças internadas. Como
elas estão em processo de adoecimento
à visita a Expomontes se torna um remédio. Nós entendemos que faz parte do
tratamento deles, afinal eles se sentem
criança, saem do ambiente hospitalar e
ficam felizes”, afirmou.
Jose Santos está com dois filhos com diabetes internados no Hospital há um mês.
Por causa da uma complicação na doença ele veio de Jequitinhonha para cuidar
das crianças.
“Eu estava ansioso por esse passeio e
veja meus filhos estão felizes. Eu amei
tudo isso. Nunca tinha entrado aqui no
Parque. Para nós é tudo novos! Gostei demais”, afirma.
O garoto Maicon Eduardo tem diabetes e
estava elétrico brincando na Fazendinha.
“Eu amei isso aqui. Pode voltar mais vezes. Eu gostei demais esse bicho [jacaré
inflável] . Quero brincar muito“, afirmou.
Para Adilson Cardoso, do Grupo de Humanização e Trabalho do HUCF, o passeio
foi sensacional.
“Muito legal essa iniciativa de tirar as
crianças do ambiente hospitalar. Eles
adoraram, nós também. Gratificante
O grupo também visitou os pavilhões
de animais.
Educação ambiental Fonte de descobertas
D
e onde vem o leite? Como os bichos da roça vivem? Você já ouviu essas perguntas de alguma
criança ou sabe de histórias de pais que precisam explicar essas e outras questões para meninos e meninas. Durante a 42ª Expomontes, a Mini Fazenda
Pequi Nino é uma fonte de descobertas para eles.
Realizada há cinco anos, mais de 35 mil crianças já visitaram
o espaço. “Temos várias histórias na fazendinha, como algumas crianças que se emocionaram quando viram uma vaca
pela primeira vez. Tem também um casal que morava na
roça, mudou para cidade e todo ano visita a fazendinha para
lembrar de quando moravam na roça. Recebemos e-mails
de visitantes elogiando e mostrando a emoção de ter nos
visitado”, lembra a coordenadora do projeto Kelly Cardoso.
Ela afirma que os pais que trazem os filhos também aprendem e saem satisfeitos com o sorriso das crianças. “A garotada gosta de animais, mas muitas vezes não sabe a função
deles para todo o sistema que é o planeta. O nosso foco é trazer para o mundo das crianças um pouco do universo rural”.
A intenção do projeto é resgatar as raízes rurais oferecendo
noções de preservação ambiental e o contato de pessoas da
zona urbana com o meio rural. “O que me incentiva a continuar com esse trabalho é o reconhecimento das crianças.
Elas ficam encantadas com o espaço e tudo que surge aqui”,
afirma Kelly.
Por ser uma educadora e mãe, Gisele Petroni confirma a importância de integrar as crianças ao campo e à natureza.
“Como o setor rural é o grande motor da economia da nossa
região é importante trabalhar a começar de criança desde
o cuidado com o solo até a revitalização de nascentes e da
vegetação. A vivência do campo não está próxima de todas
as crianças, infelizmente, e esta é uma oportunidade de unir
a criança, o campo e a cidade”, explica.
Durante os 10 dias de Expomontes o espaço permanece
aberto e recebe visitas de pais com crianças e de escolas da
cidade que trazem comitivas de estudantes.
“Alteramos o formato e visando ofertar mais conhecimento a quem passar pela Fazendinha. O projeto é importe por
abordar questões ambientais, de cuidados simples que faz
grande diferença no meio ambiente. Além de promover a
família urbana contato com um pedacinho do campo com
bichos tipicamente de fazenda”, conta Kelly.
Na edição deste ano, além de estar aberta ao público com
um pouco do campo na cidade, palestras sobre alimentação
saudável, consumo consciente e reciclagem vão ser ministradas por profissionais para os pequenos. Monitores também foram preparados para receber as crianças com novidades para a 42ª Expomontes.
Na área dedicada à mini fazenda, animais e personagens
estão lá prontos para receber, como bons anfitriões, os meninos e meninas, entre eles um símbolo regional. “O Pequi
gigante é um dos que recebem as crianças e, claro, os pais e
responsáveis que vêm juntos.
Para o presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa
Neto, a estrutura da Expomontes precisa trazer entretenimento e conhecimento para todas as idades. “O futuro do
campo está nas crianças de hoje e do amanhã. A educação
sobre o meio rural é necessária para falar da importância de
preservar o ambiente e a cultura raiz”.
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89
Memorial
Recepção ao presidente
O
Parque de Exposições João
Alencar Athayde é porta de
entrada para diversas autoridades estaduais e nacionais. Em diversos momentos parlamentares, governadores e presidentes
da República chegaram à cidade para
participar da Exposição Agropecuária
mais importante da região. Por este
Parque já esteve presente o mineiro
Juscelino Kubitschek de Oliveira.
E foi em um desses momentos que o
diretor Paulo Macedo começou a colaborar com a Sociedade Rural na sua
juventude, aos 22 anos. Ele conta que
a cidade não tinha tantos hotéis como
hoje e a qualidade era inferior. Para
resolver esse empecilho, os membros
da Sociedade Rural abriam suas casas
para receber os convidados de fora.
“Naquela época, todos se envolviam
nos detalhes na produção da exposição. As necessidades eram diferentes
das de hoje. E cada associado ajudava
90
Informe Expomontes 2016
como podia. A mostra durava por volta
de cinco dias”, afirmou.
Nas proximidades da Expomontes da
época, foi anunciado que o então presidente da República Humberto de
Alencar Castelo Branco viria participar
das festividades. Três dias antes da
data marcada para a chegada do chefe
do executivo, as equipes de segurança
e cerimonial desembarcaram na cidade em aviões da Força Aérea Brasileira.
“Existia uma grande preocupação com
a segurança. Ainda mais por ter começado no ano anterior a ditadura militar
no Brasil. Existia um medo na época de
algum atentado. Como estava recente
o começo da ditadura, o esquema de
proteção foi grande. Foi a primeira vez
que participei de uma comitiva de recepção para a Exposição”, afirma.
Após o desembarque, carros e caminhões levaram os militares e equipamentos até uma chácara do Município.
“Eles montaram um quartel em pouco
tempo. Foi rápido, pois eles não poderiam perder a comunicação com a capital Brasília. Antenas e rádios foram
instalados ali”, conta.
Dois dias depois, houve a chegada do
presidente Castello Branco.
“Ele pousou na cidade e foi direto prestigiar a abertura da Exposição Agropecuária. Acompanhei cada momento
deste e relembro sempre como algo importante. O parque sempre foi local de
discussões e a Expomontes tem o papel
de chamar para o debate”, afirma.
Após a abertura oficial daquele dia, o chefe
de Estado partiu para outros compromissos.
Seu Paulo Macedo continuou sua trajetória em Montes Claros. Desde então
não saiu da Sociedade Rural. “Já são 51
anos em que estou aqui ajudando no
que for preciso. E quero continuar enquanto tiver forças”, garante.
42ª Expomontes
Futuros Profissionais da Expomontes
A
42ª Expomontes, além do
entretenimento e dos negócios, também abre as
portas para futuros profissionais das áreas de Zootecnia, Veterinária e Engenharia Agrônoma. 22
alunos de 100 inscritos participam do
estágio supervisionado, coordenado
pela professora e Diretoria da entidade, Silene Barreto. Momento importante para estudantes que vão colocar em
pratica o conhecimento adquirido nas
salas de aula.
Para Silene, “o estágio na Expomontes
oferece uma oportunidade não só de
colocar em prática o que eles aprenderam, mas também de aumentar o contato. Os estagiários aqui lidam com a
realidade do campo. Uma ótima oportunidade para unir a teoria da faculdade e a prática. É importante porque
eles participam de todos os momentos
da exposição desde a chegada dos animais, os julgamentos dos animais, a
parte clínica - caso algum animal precise aqui dentro, eles estão prontos para
auxiliar os veterinários de plantão”, diz
Silene.
O estagiário do 7º período de agronomia, Thiago Souza, está realizando seu
primeiro contato com animais. Para
ele, é uma experiência inesquecível.
“É importante porque fazemos uma
rede de contados com os produtores
rurais. Os animais são de altíssima
qualidade. Aqui estou conseguindo
aprender bastante sobre o mundo do
campo”, diz o estagiário.
Para o estudante do 5º período de medicina veterinária, Getúlio Alves, o estágio é uma oportunidade de colocar em
prática o que aprendem na faculdade.
“Estamos aplicando na pratica o que
aprendemos na teoria, que é bem diferente. Essa é uma oportunidade única, que várias pessoas tentam, mas
somente nós fomos selecionados e eu
fico muito grato a todos por esta chance”, diz Getúlio.
LISTA DE ESTAGIÁRIOS
EXPOMONTES 2016
1.Antônio Sérvulo de Almeida Neto
2.Ariadne Freitas Silva
3.Alttiery Alves de Matos
4.Geralda Gabriele da Silva
5.Getúlio Araújo Alves
6.Ingridd Thayane Leite Soares
7.João Marcos Silva Santos
8.João Victor Nobre Santos
9.Julia Borém de Brito
10.Laura Gomes Lopes
11.Leonardo Victor Pacheco
12.Luciane Renata Araújo
13.Marlon Nogueira do Vale
14.Matheus Mota Costa
15.Nikolly Ferreira Santos Lopes
16.Paula Fonseca Ribeiro
17.Pablo de Almeida Santos
18.Rodrigo Santos Brito
19.Sarah Colen Santana
20.Sabrina Laís Fonseca
21.Sávio Fernandes Costa
22.Thiago Henrique Sanguinete Souza
Agenda de palestras
DATA: 05 DE JULHO DE 2016
HORÁRIO: 14:00
TEMA: O Planejamento Tributário no Agronegócio
PALESTRANTES: João Lucas Vieira Saldanha e Guilherme
Henrique Gualtieri de Oliveira.
DATA: 07 DE JULHO DE 2016 - DIA DE CAMPO DA
BOVINOCULTURA
TEMAS: Controle zootécnico, Confinamento, Manejo
reprodutivo e Manejo nutricional
HORÁRIO: 13:00 - 18:00
____________________________________________
__________________________________________
DATA: 06 DE JULHO DE 2016 - SEMINÁRIO SOBRE A
SUSTENTABILIDADE DA BOVINOCULTURA NO SEMIÁRIDO
DATA: 08 DE JULHO DE 2016 - ATUALIZAÇÃO ZOOTÉCNICA
TEMA: Manejo e nutrição de aves caipiras.
TEMA: Alternativas de forrageira para pastejo e
armazenamento.
HORARIO DA PALESTRA: 13:00 - 16 :00
HORÁRIO: 08:00 - 17:00
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91
THEODOMIRO
PAULINO
TRADIÇÃO NA
“EXPOMONTES”
A
brindo a página homenageando um dos maiores pecuaristas da
história de Montes Claros, ou seja, Osmani Barbosa com sua esposa Dona Maria, a filha Lenira e o neto Osmaninho. Osmani Barbosa ,
certamente no andar de cima está feliz em ver que o querido neto está
seguindo seus passos e sendo também presidente da Sociedade Rural, e sempre
lutando em prol do sofrido homem do campo desse sertão castigado pela estiagem e abandonado pelos governantes. Como sempre digo, o HOMEM DO CAMPO é
um eterno guerreiro, e não deixa mesmo ser vencido pelas dificuldades.
Julia Barbosa Amaral, Valquíria Aquino, Line Barbosa, Sérgio, Lenira Barbosa Muratori; Osmani Barbosa, Maria
Dias Barbosa, Osmária Barbosa, Osmane (Binha) Sant’Ana. Agachados: Fátima Barbosa Horta, José Alfredo Dias
Barbosa, Malaquias Dias Barbosa e Osmani Barbosa Neto.
92
Informe Expomontes 2016
HÁ várias décadas o “BARZINHO DO
THEO” se tornou uma referência durante a grandiosa festa agropecuária,
recebendo personalidades que chegam para a festa, amigos e visitantes.
Por isso mesmo, mais uma vez estou
destacando algumas presenças que
estiveram nos prestigiando na expo
do ano passado.
Carlos Alberto e jussara Lins Maia, Dirceu e Alice
Angélica Rocha Colares.
Carola e Paulinho Aquino com o filho Paulo Augusto
Ronaldo e Railda Mourão, Carlos Almeida e Luisa,
Rodrigo e Luiciana Paulino Mourão.
Recebendo o então ex-governador Alberto Pinto
Coelho.
Alexandre e Maristela Colares com a filha Nathália.
Ricardo e Bárbara Peixoto Marini.
André e Ayesca Muratori e Lenira
Barbosa.
Mayave e Moacyr Basso e a filha Nayara.
Raphael e Fernanda Figueira
Mourão , Hércules e Adriana
Costa
Nelson Rocha e Lunna Costa, Sterphanie Paulino e
Luana Tavares.
Osmani e Gisele Barbosa, Sérgio e Renata Peres
Figueiredo.
Cel. Orlando com o filho, Abel Sena, o Deputado
Tadeuzinho Leite , Pancho Silveira e Maçarico.
Cenário do Barzinho.
Antonio Silveira e Mardete.
Altair e Maria Thereza Braga Moura, Lucinea e Leo
Pereira.
Otacílio e Socorro Gonçalves Souza com os filhos João
Vitor, Isabela e Maria Vitória.
Claudinho e Jane Barbosa dos Anjos com o filho Yan.
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As irmãs Marina e Mary Queiroz, Alessandra e
Andrey Souza.
Bernardo e Gislyane Lopes Pinheiro.
Cydia e Paulinho Macedo.
Fernando e Suziane Pessoa , Geraldo e Vânia Costa
Silveira.
Genesio e Mariza Nobre Tolentinocom os filhos Ana
Ester, Luiz Gustavo e Vitor Hugo.
Francisco Marcondes, Silvia e Lintton Guedes.
Cibele Macedo e Selma Dias.
Com Sérgio e Carla Sampaio Athayde e Dona
Lourdinha Sampaio.
Claudinho e Jane Barbosa dos Anjos com os filhos
Yan, Hannah e Dara.
Emoldurado por Andrea Froes e Kelly Silva.
Antonio Soares Dias e Rosangela Peres.
Com Thelma Gusmão Pompeu, Jair e Inês Sá Miranda,
André Carvalho e Magnus Medeiros.
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Informe Expomontes 2016
Paulo Elmo e Juliene, Wilson e Eva Andrade Borges e
Mirna Avelino Pereira.
Com Selma Dias e Caico Siufi.
Paulinho Macedo, Vila Murta, Junior Durval e Rodrigo Murta.
Sergio Peres e Renata Malta.
OSMANI BARBOSA e Gisele, LENIRA Barbosa, Claudio e Jane Barbosa dos Anjos,
Eduardo e Ludmila Muratori Coelho, e Clélio Barbosa Muratori.
RENATA Frota, Lillian Fernandes Andrade e Lilian
Pinheiro Macedo.
EDUARDO PIMENTA de Carvalho com a esposa Mariah
e, os filhos João Vitor e Gabriel.
EDUARDO Guedes, Rejane Mota, Cristiane e Lucas
Pinto.
OUTRO cenário do Barzinho.
EMOLDURADO por Carolina Figueira Costa, Isabela e
Bárbara Leal Paulino e Samantha Paulino.
EMIR e Maria Helena Cadar.
Léo Mendes e Marcelo Torres com suas belas esposas
Cecília e Ana Amélia.
Encontro de amigos.
JÚNIOR e Sandra Tolentino Marcondes com o filho
Francisco com a namorada Ana Luisa, Sérgio e Renata
Peres, Fernanda e Mércio Pereira, Gisele e Osmani.
JOÃO LUCIO e Maura Kfuri com a filha Talita e
Magnus Medeiros.
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GUSTAVO XAVIER FERREIRA com a esposa Danusa,
Maçarico, Arnaldo e Tatiane Mendes.
JEAN KARLO e Renata Frota.
JOSÉ ANTONIO e Rosane Colares Rodrigues.
LETICIA Turano Oliveira e Leandro, Hamilton Trindade
e Claudio Aquino.
JAIME e Mariela Batista
IGOR e Fernanda Menezes Xavier.
GUSTAVO Cesar Oliveira, Rosangela Silveira, Leila
Paculdino e Dolores Alkmim.
Giseli Gisele Petroni Ramos Petroni e Osmani Barbosa
Neto e familiares no Barzinho do Theodomiro Paulino.
GRUPO de amigos
FABRICIO(Dezinho) Juliano e Tatiane Boavetura Silva.
GERALDO e Maria Lúcia Sarmento, Fátima Turano e
Eliziário resende.
COM Ruy e Raquel Muniz e Gil Pereira.
COM Bernardo Brant.
Alan Alencar Paulino e Mayra Nassau.
UM ASPECTO geral do Barzinho.
SILVANO e Sofia Tolentino
VIVALDO e Maria Helena Lopes Macedo.
WILSON e Ana Elisa Marcondes Parrela com os filhos,
Alexandre e Rodrigo.
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Informe Expomontes 2016
WILLY e Claudia Paulino Ramos comandano o Barzinho
com Lucas, Sterphanie, Handrey e Brennda.
MÉRCIO e Fernanda Lanza Vieira com as filhas Bárbara
e Jordana, Netinho e Angela Braga Pinho Pereira.
Sabrina com o esposo João, Rodrigo com a esposa
Janaina, e da França Marys Sarmento ai com a médica
Luisa Oliveira.
LUCIANA Couri e Maria Thereza Sã Guimarães.
LILIAN E MARCOS NARCISO com os filhos Fernanda,
Bel com o namorado Rogério Machado e Marquinhos
com a namorada Bel Machado.
OS IRMÃOS DALTON e Dario Colares.
FÁBIO Rebello com os filhos Júnia e Fabinho.
O juiz Isaias Caldeira com a esposa Hélia.
LUCAS e Jota Avelino, Danilo Ladeia, este jornalista,
Nádia Mota Thelma Fialho e Graziella Ferraz.
WALMIR e Eliney Santos com a filha Maria Clara e uma
amiga.
Com Sterphanie Paulino, Dawson e Karla Malveira.
COM Fernando Macedo, Paulo César Santiago e
Pancho Silveira.
MARLON e Silvana Simões Amaral, Leo e Maithê
Colares.
CECÍLIA e Anderson Paiva, Ana Lívia e Gante.
FÁBIO e Lillian, Ricardo e Angela Laughton.
CARLOS GENUINO e Marina Ataide de Quadros
Figueiredo.
EVANDRO e Ada Cordeiro Avelino Pereira.
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EFEITOS DA SECA NO
NORTE DE MINAS GERAIS
Montes Claros, junho de 2016.
Reinaldo Nunes de Oliveira
Engenheiro Agrônomo
Coordenador Técnico
M
uito se tem falado sobre a seca no Norte de
Minas e suas consequências nas dimensões
Econômica e Social. Na primeira, prega-se
que os prejuízos, ao longo dos últimos cinco, anos atinge a casa dos dois bilhões de reais, computando
a frustação de cinco safras seguidas de grãos, redução da produção leiteira em mais de 60%, somando ainda a saída para
outras regiões de aproximadamente 45% do rebanho bovino
existente em 2010, vendido a qualquer preço, para não serem
vitimas do flagelo da seca.
Quanto à dimensão social, registra-se uma população de
1.800.000 pessoas distribuídas em uma área geográfica de
128.000 km², a mercê da adversidade climática que castiga o
Norte de Minas das quais, 900 mil encontram-se no meio rural,
desprovidas ou mal servidas dos amparos das politicas sociais
voltadas para a saúde, educação e moradia.
Diante da atual situação, o que fazer para amenizar o atual cenário? È culpa dos governantes? È culpa da população dos produtores dos diversos seguimentos que não entendem ou não
querem entender o que é produzir de forma sustentável?
Bem, é bom relembrar que o fenômeno da seca no Brasil data
da época do império, visto que no ano de 1877 quando ocorreu uma das piores seca no Brasil, o Imperador Dom Pedro II
proclamou uma frase célebre: “Não restara uma única joia na
coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome por causa
da seca”. Então na época, foi criada uma comissão imperial
para desenvolver medidas que pudessem atenuar as futuras
secas, como: importação de camelos, construção de ferrovias
e açudes; a abertura de um canal para levar água do Rio São
Francisco para o Rio Jaguaribe no Ceará (transposição do S.
Francisco) e entre outras medidas das quais, poucas saíram
do papel. A seca de 1877 passou e pouco se fez, e outras secas
ocorreram. Entretanto tempos depois, no nordeste, através
de politicas públicas voltadas para a convivência com a seca,
conseguiu montar uma estrutura de aproveitamento, e produção de água na época da SUDENE, construindo infraestrutura de retenção de água o que tem segurado a população no
semiárido brasileiro.
Desta forma, o que estamos vivenciando no Norte de Minas
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Informe Expomontes 2016
não é nenhuma novidade, só que estamos em pleno século
XXI e temos que pensar e agir conforme nossa época, sabendo que, chove pouco na região, e o pouco que chove,
70% vai para o Oceano Atlântico, isto significa que por incrível que pareça, somos um dos maiores fornecedores de
água para um oceano que não precisa desse bem visto que,
não se tem proposta para barramento e aproveitamento
das águas de chuvas.
Assim, é importante que a população tenha consciência que
a convivência com a seca é responsabilidade de todos. Não é
rotular culpado, e sim, assumir e dividir as responsabilidades.
É eleger representantes políticos comprometidos com os problemas regionais; é cobrar dos eleitos e ocupantes de cargos,
politicas públicas voltadas para a correção das distorções climáticas, relembrando dentro dessa ótica, um fato interessante
de responsabilidade, em que um produtor rural no Estado do
Paraná, foi penalizado pela Promotoria Ambiental, por morte
de parte do rebanho bovino sob sua tutela , devido a falta de
alimentos e agua.
Por consequência, a malha de responsabilidade de convivência com a seca abrange os diversos segmentos da sociedade,
começando pelo elo mais simples da cadeia de produção que
é o produtor rural, o qual tem a responsabilidade de preservar seus recursos naturais, produzindo de forma sustentável;
das comunidades rurais responsáveis pela manutenção das
sub-bacias hidrográficas; dos municípios criando programas
regionais; dos estados apoiando as demandas dos municípios,
e da União em uma visão macro de sistemas estruturantes de
abastecimento.
Diante deste contexto, é importante analisar quais as obras ou
programas de barramentos de águas realizadas nos últimos
governos na região. E é interessante também, avaliar algumas obras realizadas, e seus efeitos econômicos e sociais, por
exemplo, o que seria de Janaúba sem a barragem de Bico da
Pedra, de Salinas sem a barragem do Bananal, de Águas Vermelhas sem a barragem de Machado Mineiro. Dessa forma,
torna-se relevante avaliar o que será de Montes Claros nos próximos 20 anos com seus 600 mil habitantes, caso a barragem
de Congonhas, e até mesmo de Jequitaí não sejam construídas
para matar a sede da sua população.