EDPCOOLJAZZ_António Zambujo_BIO 3
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EDPCOOLJAZZ_António Zambujo_BIO 3
ANTÓNIO ZAMBUJO António Zambujo nasceu em Beja, Alentejo, a 19 de Setembro de 1975. Por inerência familiar e geográfica, cresceu a ouvir o cante alentejano. Desde pequeno que se deslumbrou com as grandes vozes fadistas, Amália Rodrigues à cabeça, mas trazendo à ilharga Maria Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro ou Max. Começou a estudar clarinete com apenas oito anos e ganha um concurso destinado a jovens fadistas, quando tinha 16 anos, até que aportou a Lisboa, numa decisão de risco. Em 2002, publica O Mesmo Fado, já com composições por si desenhadas, fados de reportórios clássicos, contactos firmados com autores de primeira linha. Um disco equivale a um prémio: a Rádio Nova FM escolhe-o como Melhor Nova Voz do Fado, uma distinção que antes fora entregue a nomes como Mariza ou Camané. Em 2004, vira-se a Sul, debruçando-se sobre o Cancioneiro de Beja e dando novas cores à sementeira alentejana, já em comunhão aberta com o Fado. O segundo álbum chama-se Por Meu Cante, e os dois títulos sublinham o cruzamento que atrás se referiu. É nesta fase que os seus concertos no estrangeiro assumem uma impressionante regularidade (só nesse ano, deixa a sua impressão digital em Paris, Toronto, Santander, Sarajevo ou Zagreb, para referir alguns exemplos). O segundo álbum contribuirá ainda, de forma decisiva, para novo prémio, o de Melhor Intérprete Masculino de Fado, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues. Torna-se “embaixador” da Música Portuguesa, representando-a em festivais internacionais (caso do Atlantic Waves, em Londres). Com o álbum Outro Sentido e com as suas constantes viagens, Zambujo conquista novas praças-fortes de divulgação, nomeadamente a francesa e brasileira, mercado onde desenvolve valiosas colaborações (Ivan Lins, Roberta Sá, Zé Renato) e onde recebe aplausos entusiásticos (com destaque para a declaração de Caetano Veloso: “Quero ouvir mais, mais vezes, mais fundo (…) É de arrepiar e fazer chorar”. A tendência para a travessia do Atlântico, mantida até hoje, aprofunda-se em Guia, álbum lançado em 2010, com a inclusão de temas assinados por novos valores brasileiros como Rodrigo Maranhão, Márcio Faraco ou Pierre Aderne, mas de igual forma com a solidificação de um núcleo admirável de contribuintes nacionais. Quando chega Quinto, em 2012, já o artista faz convergir em pleno o carinho, o aplauso e o entusiasmo do público. Canções como “Lambreta” ou “Flagrante” partem para o “domínio público”, ao mesmo tempo que o seu intérprete é desafiado para duetos, colaborações, composições e autorias cedidas a terceiros. Em 2014, uma outra jornada que vai parar à “Rua da Emenda”, um disco já galardoado com a marca de Ouro, que ora é viela estreita para amores arraçados de fadista, ora se transforma em avenida larga para escalas que trazem todo o mundo (Brasil, França, Uruguai, África) para a dimensão maior de um artista português. Aos lugares reservados para os colaboradores habituais, somam-se espaços novos e amplos para quem chega e é recebido em festa, casos de Samuel Úria e José Fialho Gouveia. As geografias ajustam-se à dimensão desta rua onde, num ápice, cabem os talentos imortais de Noel Rosa ou de Serge Gainsbourg, lado a lado com os nossos contemporâneos Jorge Drexler, Rodrigo Maranhão ou Pedro Luís.
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