LEIA AQUI - Universo IPA

Transcrição

LEIA AQUI - Universo IPA
Aterro sanitário
Ano 2 | Edição 7 | Dezembro de 2007 | Versão STANDARD
Jornal do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA | www.metodistadosul.edu.br/sites/universoipa
Arquivo / SIL
Página 3
Barragens prejudicam
O tumulto gerado pelas torcidas organizadas da
dupla Grenal estão cada vez mais graves e preocupantes. Porém, os torcedores se defendem dizendo
que é tudo obra da mídia.
Geral
Tomas Edson Silveira
Patrícia Prezotto
Violência nos estádios
Apoio na Vila Conceição
Página 5
Moda mata a fome
As barragens, principais fontes de energia elétrica, causam
a erosão do rio aprofundando e alargando as margens. Elas
são as causas dos danos sociais e econômicos à população
ribeirinha e colocam em risco diversas espécies de peixes,
plantas nativas e da vida selvagem em geral.
meio ambiente
Página 3
Brechó Sanmartin vende as suas roupas em troca
de alimentos não perecíveis. Ao todo, são 46 entidades beneficiadas com o sistema de troca. Até agora,
estima-se que 105 toneladas de alimentos foram doa­
das em apenas quatro anos.
cidadania
Página 6
Participação política
As constantes manchetes levam a população a rever
seu conceito de participação política. O cientista político
Osvaldo Biz traça um panorama do cenário atual.
Saúde na terceira idade
Página 6
Inovando na literatura
cidadania
Página 6
CCMQ faz história
Eveline Bastos
Sara Kirchhof
cidadania
Cinqüenta e um anos de dedicação: a Pequena Casa da
Criança auxilia moradores da vila, em seu dia-a-dia, com projetos educacionais, saúde e entretenimento para todos os moradores. Coordenada por Irmã Pierina Lorenzoni, a entidade
atua há mais de meio século.
A publicitária Claudia Tajes é uma das mais jovens
escritoras da literatura gaúcha. Ela fala sobre suas
obras, seus projetos na TV e o lançamento do mais
recente livro na 53ª Feira do Livro.
cultura
Página 7
Rádio comunitária
Idosos gaúchos estão mais preocupados com a saúde e
bem-estar. Prova disso está nos grupos de atividades e nas
academias especializadas na terceira idade. Saiba tudo sobre
esse novo panorama, os cuidados que se deve tomar e as
soluções para problemas comuns.
geral
Página 4
A Rádio Itapuã FM foi criada há sete anos como
uma rádio-poste. Hoje, ela leva informação, música e
entretenimento à Zona Sul de Porto Alegre, região metropolitana e localidades do interior do Estado.
cultura
Página 7
Nos primeiros anos da década de 1920, foi construído o
Hotel Majestic, considerado ousado para a época. Hoje, transformou-se em um marco histórico para o desenvolvimento de
Porto Alegre, abrigando a Casa de Cultura Mario Quintana, um
espaço de convivência plural.
cultura
Página 7
Opinião
dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA
Juliana Job
editorial
A Comunicação não é tema do ano, da década, mas sim é assunto
do século. Todos precisam da comunicação e estão percebendo o valor
do profissional da área.
Aos jovens que estão entrando na faculdade de Jornalismo muita
esperança se apresenta. Eles têm sonhos de mudar o mundo, mas esses
dias um amigo enviou um pensamento que dizia: “Cada um pensa em
mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo”. Para
podermos ver mudanças grandes, precisamos começar com pequenas
ações. E, isso deve começar na família, continuar na escola, na faculdade,
no mercado de trabalho. Temos que fazer a diferença. Acreditar que trabalhar com ética deve fazer parte da rotina do jornalista. Temos o exemplo
de um jornal que publicou uma manchete mentirosa e no dia seguinte,
no mesmo espaço de capa, assumiu o erro. Isso lhe rendeu prêmios. Ser
honesto parece algo tão raro que merece condecoração?
O que estamos propondo é educar um profissional que reflita sobre
as suas ações e não apenas execute o trabalho de forma prática, automática. O Ser Jornalista é muito mais que uma profissão, é uma vocação.
Tenham todos uma ótima leitura.
O próximo
governador gaúcho
que dê um
jeito nessa
Ana Paula Megiolaro
Jornalista - DRT 11419
Educação
é a base
Rogério Barbosa
A atual constituição brasileira promulgada em 1988, tem
em um dos seus artigos a seguinte frase: “Todo poder emana
do povo e, em seu nome, será exercido”. Nossos representantes políticos costumam afirmar que “a democracia é o governo
de todos”. Será mesmo?
Se vivêssemos realmente em uma democracia, não seríamos obrigados a votar nem justificar por que não votamos. Na
democracia teríamos acesso livre e amplo às decisões políticas, o que não acontece na prática.
E o mais importante: se vivêssemos realmente em uma
democracia, o governo se preocuparia com a educação de seu
povo. Até porque se o poder público se preocupasse com isso,
não veicularia programações educacionais na TV às cinco da
manhã. Em resumo, um povo que tem educação e conseqüentemente conhece seus direitos vota melhor, exige mais de seu
governo, de suas instituições e até de si mesmo.
O coador
Noemi Cabeleira
Quando brincava de boneca e casinha, achava que podia
coar tudo. Coava leite, sopa, chá, café, suco, fermento, farinha,
gema, doce, calda, água da chuva, mel, geléia, sangue do
molho pardo, cola de pandorga, gororoba de açúcar com limão
e bicarbonato e molho inglês, feito com terra, água e sal.
Achava que a função exata - desse pequeno objeto - era
clarear, aguçar o paladar, melhorar o entendimento, destino,
pensamento, desejo e emoção. Enfim, filtrar tudo que por ali
passasse.
Pensava nele sempre útil, necessário e insubstituível - como
noutros tempos - quando freqüentava a mesa de papas, reis,
rainhas, ricos, pobres, negros e brancos. A sua vestimenta
podia ser de ouro, prata, lata, pano, até de plástico.
Hoje, quando brinco com meus netos, vejo que sua função
foi substituída por novas descobertas e tecnologias. Os chás
são de saquinho, os cafés: expressos ou solúveis, as frutas
viram sucos em centrífugas.
Algumas vezes é utilizado para coar leite. Só que este líquido, não é mais o mesmo de antigamente, com nata, gordura
e algumas impurezas.
Limpar soda cáustica, água oxigenada e acetona é complicado. Não há coador que agüente!
Pelo jeito, este objeto arcaico, está fadado a desaparecer
do mercado. Não resistirá por muito tempo. Como eu. Pensando bem, acho que fui coada ou tomei leite demais. Minha
memória está apagando!
IPA - Instituto Porto Alegre da Igreja Metodista
conselho diretor: Presidente, Edson Santa Rita Rubim; Vice-Presidente,
Ricardo Hidetoshi Watanabe • secretária: Márcia Flori Maciel de Oliveira
Canan • conselheiros: Vilmar Pontes da Fonseca, Maria Flávia Kovalski e
Marcelo Montanha Haygertt.
reitora:
Adriana Menelli de Oliveira
Jornal elaborado por estudantes do
1º semestre do curso de Jornalismo IPA
... A TVE é dos gaúchos, a governadora é paulista!
Brasil paga a
quinta maior
taxa de energia
Patrícia Prezotto
A água e a energia não podem ser tratadas como mercadorias, devem estar a serviço e sobre o controle do povo
brasileiro.
O Brasil paga a quinta maior tarifa de energia do mundo.
Os custos de produção de energia elétrica ficam em torno de
seis centavos por KW. E a população está pagando de 30 a
63 centavos por KW, consumido.
As grandes empresas, que consomem mais de 32% da
energia do Brasil pagam o valor aproximado dos custos de
produção. Essas multinacionais, além de trazerem diversos
prejuízos a natureza e a vida, são as que mais consomem
energia, e estão pagando quase o preço de custo, enquanto
os trabalhadores, que trazem desenvolvimento ao país, pagam
três vezes mais que o custo de produção.
O preço da luz se tornou um “roubo” para o bolso dos brasileiros. Por isso, devemos lutar por nossos direitos (água,
energia...) que devem ser igualitários.
Despediram
o gerúndio
Bruno Luce
Eu estarei escrevendo esta matéria depois que eu fizer um
monte de coisas. Essa idéia geral da frase quando é empregado o gerundismo, parece que você vai fazer alguma coisa, mas
não agora. Tão amado por telefonista e tão odiado pelo resto
da nação. O gerúndio, cada vez mais, ganha espaço na boca
do povo.
O gerúndio é uma forma verbal muito discriminada pela
sociedade, muitos utilizam desse meio para se comunicar, mas
quando são indagados nunca admitem. É como a música sertaneja. Todo mundo fala que não gosta, mas quando toca a
maioria sabe o refrão.
Não sei o motivo da expansão desta forma verbal pelo Brasil. A culpa maior é dos operadores de telemarketing, disso
tenho certeza.
Uma das minhas teorias vem do ano de 1879, após Dom
Pedro II decretar a abertura da primeira empresa de telefonia
no Brasil. Desde este dia todos os telefonistas juraram que
só usariam o gerundismo e isso é passado de geração em
geração.
O pior de tudo isso é que o gerundismo não está só nos
telefones, mas já saiu para as ruas. O governador do Distrito Federal baixou um decreto demitindo o pobre gerúndio,
acho que quem devia ser demitido são as pessoas que o
empregam erroneamente.
Mas depois que o presidente Lula demitiu o plural do seu
vocabulário, demitir outra coisa da gramática não é de se
espantar.
Bebida é tabu?
Betina Lopes de Mello
Aquele tabu de que a bebida alcoólica é sinônimo de “grandiosidade”, não existe mais. Não tenho nada contra as pes­soas
que saem para beber a famosa “cervejinha dos justos”, aquela
do final de tarde ou depois de cumprir suas atividades rotineiras.
O que eu acho é que tudo em excesso faz mais mal.
Não posso também ser medíocre a ponto de dizer que nunca estive de porre, mas posso afirmar que são “águas passadas”. Exageros estão fora de meus afazeres. Posso estar enganado, mas acredito que os jovens de certa forma estão se conscientizando de que a bebida e direção, por exemplo, não combinam. E que não é mais necessário estar “alterado” ou “mais
alegre” (famosa sensação momentânea), para perder a vergonha
ou sentir-se mais à vontade. Eu, hoje, felizmente ou infelizmente
para alguns, não bebo mais por uma influência que neste caso
julgo positiva, e que aos poucos me mostraram o quanto pode
ser divertido estar de “cara limpa” e ciente de tudo o que está
ocorrendo diante das baladas nasa noites de Porto Alegre. Tendo a certeza de que no dia de amanhã, todos os acontecimentos ainda estarão muito claros em nossa memória.
Acredito que é muito mais “macho ou mais mulher”, aquele que não bebe e tem orgulho de dizer que não fará pela responsabilidade de estar guiando um automóvel e conseqüentemente sua vida.
A contradição
do Brasil na
TV digital
Amanda Fernandes
Como sempre o Brasil chega atrasado na disputa pela tecnologia. Finalmente a TV Digital aterrissou na América Latina e
fez a felicidade de poucos, uma vez que apenas uma pequena
parte da população possui televisores adaptados ou condições de comprar um conversor.
O presidente Luis Inácio Lula da Silva prometeu destinar
R$ 1 bilhão para financiar a nova tecnologia. Agora a questão:
será que o Brasil teria todo este dinheiro em caixa para investir em educação? Saúde? Ou segurança? Não é absurdo destinar tanta grana para um benefício para poucos?
O governo junto com o BNDES pretende apoiar o varejo
para compra dos novos aparelhos. O dinheiro será dado aos
varejistas para que possam vender os conversores mais baratos para a população. Mais uma promessa de um governo que
tanto desiludiu os brasileiros. Enquanto isso, a sociedade marginalizada torce para que os conversores comecem a ser vendido nas bancas de camelôs.
Se nem os americanos têm condições de transmitir toda a
programação em HD por que as emissoras tupiniquins conseguirão modernizar todo equipamento? Mais uma vez o Brasil
se atolaria em dívidas para financiar uma bobice.
É difícil acreditar que num país onde ainda se morre de fome, todos estarem orgulhosos com o início das transmissões
da TV Digital.
coordenação do curso de jornalismo
Mariceia Benetti
professores(as)
Ana Paula Megiolaro, Laura Glüer, Maria Cristina Vinas,
Mariceia Benetti e Rogério Soares
projeto experimental i e produção e planejamento editorial e gráfico i
editores-chefes: Ana Paula Megiolaro e José Antônio Meira da Rocha
ajor - agência experimental de jornalismo
arte-final:
Carlos Tiburski • distribuição: Diego Andrade e Thays Leães
revisão: Ana Paula Megiolaro • endereço ajor: Rua Dr. Lauro de Oliveira, 71 Rio Branco - Porto Alegre/RS - CEP: 90420-210 • contato: 51 3316.1269 e
[email protected] • impressão: Zero Hora (2.000 exemplares)
Jovens projetam o
futuro no exterior
Thales Konarzewski
A violência no Brasil vem crescendo dia após dia, isso não é mais
novidade. Porém, o que vem chamado atenção é a grande quantidade
de jovens que estão deixando o país.
Cada vez mais, o jovem tem como ambição deixar o país. Talvez
seja pela violência dos dias de hoje e que só tende a crescer. Talvez
não. Mas é cada vez maior o número de adolescentes que buscam
projetar seu futuro em países estrangeiros.
Eu concordo plenamente, não posso negar. As oportunidades que
aparecem ao morar em outro país são inúmeras: aprender uma língua
estrangeira, conhecer pessoas do mundo inteiro e, talvez, o principal
para todos, fugir de um país sem nenhuma expectativa de vida.
Meio Ambiente
Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA dezembro de 2007
Além de receber resíduos urbanos a Central de Resíduos Recreio poderá gerar energia elétrica no futuro
Aterro sanitário no interior recebe
34% do lixo produzido pelos gaúchos
Joel Maraschin
a
Autorizada para funcionamento desde 2001, a empresa
SIL Soluções Ambientais, localizada em Minas do Leão, a
80 km de Porto Alegre, recebe
os resíduos produzidos por
mais de 140 municípios do Rio
Grande do Sul, na Central de
Resíduos Recreio. Com toda
uma estruturação especial na
cava em que são depositados
os resíduos, a empresa está
prestes a começar a captação
e queima controlada dos gases produzidos no aterro, sendo pioneira na venda de créditos de carbono no mundo.
Pertencente ao Grupo Copelmi de Mineração, que atua
há mais de cem anos no mercado de exploração de Carvão, a SIL surgiu da visão de
integração entre a atividade de
mineração e a destinação final
de resíduos, ou seja, a utilização complementar entre os
processos aproveitando a cava resultante do final da extração do carvão, à disponibilidade de solos para cobertura e a
configuração hidro-geológica
da área que é perfeita e segura
para a implantação e operação
de um aterro sanitário.
A Central de Resíduos fica
situada em uma área de 45
hectares e tem capacidade
para receber 13 milhões de
metros cúbicos de resíduos,
tendo a estimativa de vida útil
de 17 anos. Levando em consideração a preocupação ambiental, antes dos resíduos
serem colocados na cava é
feito um projeto de engenharia
que após aprovação da Fundação Estadual de Proteção
Ambiental (Fepam) recebe
uma impermeabilização com
manta geomembrana, implantação de drenos para captação do chorume e queima dos
gases, ambos produzidos no
processo de decomposição
dos resíduos.
Entre os mais de 140 municípios gaúchos que depositam
os seus resíduos em Minas do
Leão, estão as prefeituras de
Porto Alegre, Novo Hamburgo,
Bento Gonçalves e Santa Cruz
do Sul. No ano passado, a
Central de Resíduos Recreio
contabilizou o recebimento de
aproximadamente 600 mil toneladas de resíduos, sempre
operando 24 horas.
novo mercado
Após concluir as negociações no primeiro semestre
deste ano com o fundo japonês Japan Carbon Finance
(JCF), a SIL iniciou a venda de
créditos de carbono que serão
gerados a partir da captura de
gás metano em seu aterro sanitário. Esse será o primeiro
Arquivo / SIL
Após ser minerada, cava foi transformada em aterro sanitário e recebe resíduos de mais de 140 municípios
projeto no Brasil e um dos primeiros no mundo.
No total, serão investidos
cerca de R$ 6 milhões na implantação de processo de captação e queima de gás metano
através de um equipamento de
controle de poluição aérea
chamado de faire (tocha). Com
o novo sistema de coleta, a
empresa vai controlar 85% do
gás gerado por seu aterro sanitário, praticamente zerando
essas emissões. O projeto prevê, no prazo de cinco anos,
uma redução de cerca de 600
mil toneladas equivalentes de
CO 2 - gases que causam o
aquecimento global.
Em janeiro deste ano, a SIL
recebeu aprovação da Organização das Nações Unidas
(ONU) para a implementação
de seu projeto de queima do
gás, o que a autorizou a operar
no âmbito do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo (MDL)
do Protocolo de Kyoto. Pelo
MDL, ao evitar-se a emissão
de gases em um lugar, podese liberá-la em outro completamente diferente, o que atrai
o interesse de países com
emissões de gases causadores do efeito estufa.
A obra terá a duração de
cerca de cinco meses e deverá
gerar 25 novos empregos e
mais dez na operação. Entre
os efeitos da queima do gás
metano prevê-se a redução
significativa dos odores que
ocorrem hoje no aterro sanitário. A próxima etapa poderá
envolver o aproveitamento do
gás para a geração de energia
elétrica numa potência estimada de cinco a oito megawatts
que daria para abastecer uma
cidade de aproximadamente 8
mil habitante.
polêmica
A instalação da empresa no
município gerou polêmica entre alguns moradores. Muitos
reclamam do mal estar por
morarem perto ao aterro e os
seus terrenos e imóveis estarem desvalorizados. Os que
moram na cidade e próximo do
aterro reclamam do mau cheiro que chega até a cidade em
certas horas do dia.
Com a futura instalação do
sistema de captura e queima
de gases, esse problema poderá ser solucionado. Na opinião da estudante Thaís Costa, moradora de Minas do
Leão, “no aspecto físico da cidade, o aterro é um ponto
ruim por causa do mau cheiro,
pois se chega algum visitante
na cidade ele se surpreende
com isso”.
O prefeito de Minas do
Leão, Miguel Almeida, afirma
que a empresa gera em torno
de R$ 50 mil mensais de impostos para os cofres do município, além de oferecer à
cidade através de uma cooperativa, um cardiologista e
ajudar freqüentemente em
projetos sociais. Quanto à
questão ambiental Almeida
afirma, “o passivo ambiental
nos preocupa, pois o município não recebe compensação
das outras cidades de que
depositam lixo aqui e para
tanto seria necessário uma lei
estadual”.
Estudantes levam pilhas Barragens causam
para descarte adequado prejuízos grave
indios.blogspot.com
Apenas 1% da pilha consumida tem destino ambientalmente correto
Daniela Wietholter Lopes
Os brasileiros consomem
mais de 1,2 bilhão de pilhas
por ano, segundo estimativa
da Associação Brasileira da
Indústria Elétrica e Eletrônica
(Abinee). Mas quando chega
a hora de jogar fora todo esse
material, ainda há dúvidas de
como descartá-las sem prejudicar o meio ambiente.
Segundo o professor de
engenharia química da Pontifícia Universidade Católica do
Rio Grande do Sul (PUC/RS),
Cláudio Frankenberg, pilhas e
baterias usadas podem trazer
riscos à saúde, caso não sejam descartadas adequadamente. A Resolução n°
257/99 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) estabelece o limite da
quantidade de mercúrio,
chumbo e cádmio que as pilhas comuns podem possuir
e permite que se joguem apenas as que atenderem aos limites previstos junto ao lixo
doméstico, em aterros sanitários licenciados. A Abinee,
estima que o mercado brasileiro consome 400 milhões de
pilhas ilegais, que estão fora
do padrão exigido pelo Conama. O engenheiro alerta que
“apenas 20% dos municípios
brasileiros possuem aterros
licenciados”.
Para se dar o destino correto ao lixo são necessários
investimentos em campanhas
de conscientização, criação
de aterros sanitários licenciados e de uma legislação compatível com as necessidades
do país. O Conama não estipula de quem é a responsabilidade de recolher estes materiais. Algumas iniciativas
estão surgindo como o Programa Real de Reciclagem de
Pilhas e Baterias. Os Papa-Pilhas são totens de recolhimento de pilhas e baterias
dispostos em agências e
pontos estratégicos. O consultor socioambiental do Programa, Victor Hugo Kamphorst, explica que a idéia do
projeto é conscientizar as
pessoas sobre a necessidade
de dar uma destinação correta a esses materiais, reduzindo a quantidade de pilhas e
baterias lançadas no meio
ambiente. “A reciclagem é feita por uma empresa especializada e licenciada para realizar esse trabalho. A empresa
é responsável pelos custos
de coleta, transporte e reciclagem dos materiais”.
O Papa-Pilhas foi lançado
em dezembro de 2006. Inicialmente, foi implantado em três
cidades: Campinas (SP), João
Pessoa (PB) e Porto Alegre
(RS), mas este ano o programa começou a ser expandido
para todas as capitais brasileiras. Segundo Kamphosrt,
“até 2010, a expectativa é disponibilizar a coleta para 1 milhão de pessoas nos 479 municípios do país onde a empresa mantém agências”.
No campus do IPA, o Banco Real disponibiliza um posto de coleta do Papa-Pilhas
desde abril de 2007. Segundo o caixa da agência do
campus, Diego Keren, centenas de pilhas e baterias são
depositadas semanalmente
por alunos, professores e visitantes. O consultor do Papa
Pilhas comemora o sucesso
do programa, “aproximadamente 150 kg de pilhas e baterias foram coletados até o
momento na agência do IPA
e Porto Alegre obteve o melhor resultado, coletando 12,5
toneladas do material em menos de um ano de funcionamento do programa”.
Toda e qualquer pilha usada
não deve ser guardada.
No caso de ocorrer
vazamento, lave as mãos
com água abundante.
Havendo reação grave,
procure o médico.
Patrícia Prezotto
Energia elétrica pode ser substituída por outras fontes que não causam danos sociais e ambientais
Patrícia Prezotto
Hoje uma das principais
fontes de energia elétrica do
mundo são as barragens,que
causam sérios danos sociais e
ambientais, inundam terras
extremamente férteis que
abrigam ecossistemas diversos. A fauna e a flora que vivem nessa área não conseguem sobreviver em outas regiões. Em conseqüência disso, acabam ameaçando as
rotas migratórias de muitos
animais e de diversas espécies de matas ciliares.
Junto com a água, os rios
transportam sedimentos, tirados do solo e das rochas.
Quando ocorre o fechamento
da represa esse processo é interrompido. Como a água corre lentamente no reservatório,
os mesmos se depositam no
fundo e não seguem rio abaixo, com isso a qualidade da
água se altera por causa da
maior concentração de sais. A
erosão do rio causa aprofun-
damento e alargamento que
ficam fora de nível das margens, causando danos sociais
e econômicos à população ribeirinha e colocando em risco
diversas espécies de peixes,
plantas nativas e da vida selvagem em geral.
Segundo o geólogo, Atamis Fonchiera, a decomposição da vegetação submersa
pelo lago, nos primeiros anos
de enchimento da represa, reduz a quantidade de oxigênio
da água e, normalmente, a
água é mais fria no verão e
mais quente no inverno. Em
virtude disso, mudam os ciclos
da vida dos seres aquáticos,
principalmente no período de
procriação.
A pedagoga, Alexandra
Borba, atingida pela barragem
de Campos Novos em Santa
Catarina, declara que: “antes
do fechamento da reservatório, minha vida era um sossego. Vivia junto de meus amigos, passeava nos vizinhos , ia
à escola, à igreja. Após o ala-
gamento, grande parte da região atingida teve que migrar
para outros municípios. Acabou desconstruindo nossa comunidade. Além dos danos
sociais, tivemos perda de diversas espécies de matas nativas”.
A coordenadora do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Teresinha Magaieski, explica que o movimento visa mobilizar a população contra as barragens e pôr
novas alternativas de energia,
que não causem prejuízos às
pessoas e à natureza. É preciso alertar sobre os prejuízo que
recaem sobre a população e
sobre o meio ambiente. Quem
ganha com isso são os grupos
econômicos responsáveis pelas obras.
Segundo a coordenadora
há pesquisas que apontam
outras fontes para a geração
de energia elétrica, que não
causam danos, por exemplo a
térmica, nuclear, eólica, das
marés e outras.
Geral
dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA
Divulgação
Taxistas enfrentam
dificuldades no trânsito
Rafael Paz
Rafael Paz
Há quase cem anos atrás a rua da Praia abrigava a maioria dos sebos de Porto Alegre
Sebos da Capital
fazem história
q
Stefano Pfitscher
Quem hoje procura por revistas e livros usados nos chamados sebos do centro de
Porto Alegre sequer suspeita
que esse tipo de atividade
acontece há mais de cem
anos. O proprietário do Beco
do Livros, Peter Dullius, maior
sebo da Capital, diz ser possível que o primeiro tenha sido
fundado no centro de Porto
Alegre na década de 1910, na
rua da Praia. Lá localizavamse a maioria dos sebos até os
anos 1950, quando a atividade começou a se popularizar.
“A Casa Liceu deve ser um
dos primeiros sebos da cidade, eu ouvi falar que ela existiu
há 60 ou 70 anos atrás”, arriscou Dullius.
Foi durante essa época, da
grande popularização dos sebos, que os centros de troca,
venda e compra de livros e revistas usados passaram da rua
da Praia para a General Vitorino, Andradas e principalmente
para a Riachuelo, que foi considerada “rua do livro” devido a
quantidade e qualidade dos
sebos que lá se encontram.
Dullius lembra que muita desta
fama se deve ao Beco dos Livros, que ele administra há 15
anos.
Ao contrário do que se pen­
sa, a maior parcela dos clientes são estudantes, em maioria universitários, procurando
livros didáticos. “Não existem
os ‘ratos de sebo’, se existem
são poucos”, esclarece o proprietário do Beco dos Livros.
Para ele, de cada cem clientes que entram em um sebo,
70 são estudantes, 20 procuram por livros esotéricos, de
autores como Paulo Coelho,
ou de artesanato e somente
dez estão atrás de romances
e gibis.
Ainda de acordo com Dul­
lius, o número de clientes que
freqüentam seus sebos varia
diariamente de 500 a 600 pessoas, a não ser em meses como março e setembro, quando
a procura por livros didáticos é
maior por ocasião da temporada de início das aulas.
O sebo Beco dos Livros se
encontra na rua Riachuelo,
1496, Centro. Telefone: 3224
2977. E-mail: [email protected]. Site: www.becodoslivros.com.
Imagine você tendo que
trabalhar no meio do trânsito
de uma grande cidade, com
muito engarrafamento, principalmente por volta das 18 as
20 horas, stress, assaltos, o
que é comum para os taxistas
em Porto Alegre.
O taxista Gilberto Konzen,
43 anos, 23 de profissão, foi
assaltado três vezes. Lembra
que uma vez o assaltante levava uma criança no colo e relata
quais os lugares mais perigosos da capital: “os bairros com
maior freqüência de assalto
são Bom Jesus, Leopoldina,
Mario Quintana e Restinga”.
Ele reclama também do
número de viaturas na rua:
“olha, é difícil você ver alguma
viatura na rua e quando a
gente liga para o 190, a polícia demora muito tempo para
chegar no local”. Ele relata o
jeito para tentar relaxar diante
dessas situações, principalmente do stress: “É ler um
jornal, ouvir música”.
Segundo o Sr. Reynaldo
Arthur Konzen, 70 anos, 30
A rotina é dura para quem trabalha no trânsito da Capital
de profissão, os dias de maior
movimento são na sexta-feira
e claro que nos feriados também há grandes fluxo de passageiros na rodoviária. No
resto dos dias, os melhores
lugares para trabalhar são
nos bairros Moinhos de Vento, onde encontram-se inúmeros hotéis, Menino Deus,
nos shoppings e na Cidade
Baixa onde há muitos bares.
Existem também muitos passageiros estrangeiros, princi-
palmente da Argentina, povo
muito falante, Uruguai, que
aparentem serem bastante
amigos, do Paraguai e dos
Estados Unidos.
O motorista lembra que já
achou vários objetos no carro, como uma câmera digital
e até um revólver 38. “Essa é
a rotina de um taxista em Porto Alegre, mesmo com os perigos, eu continua na atividade que ele gosta de exercer”
afirma ele.
Violência cresce no país
Site: sxc.hu
Idosos gaúchos cuidam
da saúde diariamente
Sara Kirchhof
Sara Kirchhof
Terceira idade não é mais
sinônimo de sedentarismo. Na
Capital gaúcha, os idosos, em
sua grande maioria, têm se
preocupado mais com a saúde, o que é muito importante,
pois é nesta fase da vida que
o corpo sofre bruscas mudanças, como: redução de força,
de volume muscular, que resulta em suscetibilidade a quedas
e fratura, redução das fibras e
redução no número de atividades motoras.
Em Porto Alegre, existem
academias de ginástica especializadas na terceira idade e
grupos de orientação com atividades físicas oferecidas pela
prefeitura municipal. Um deles
é o grupo de atividades da Ramiro Souto, localizado no Parque Farroupilha. Essa comunidade recreativa oferece atividades de esporte e lazer em
grupos abertos, onde não é
exigida presença constante
nem inscrição prévia. E, há
também, grupos fechados onde a inscrição é feita em um
determinado período conforme o número de vagas, sendo
essas disponibilizadas através
de um sorteio.
Para o professor e orientador do grupo, Jarbas Araújo,
44 anos, as atividades são
muito importantes por três razões: para que o idoso não se
sinta isolado da sociedade,
para manter a saúde em dia e
também por uma questão estética. As atividades desenvolvidas no grupo são: alongamento, ginástica normal, rítmica e chinesa, yôga, brinca dan-
Os governos estaduais precisam diminuir a corrupção policial e melhorar o treinamento da polícia
Carina Soares
Jardim, 62 anos, faz alongamento: uma de suas atividades diárias
“A maioria das
pessoas acha que
a idade é um
empecilho para
continuar com
a prática de
exercícios, sendo
que é justamente
na velhice que
ela tem maior
importância”
ça e voleibol adaptado.
O aposentado Rogério Jardim, 62, acredita que se exer-
citar é fundamental. Ele faz caminhadas e alongamento diariamente e participa de jogos
sempre que possível, cuidando também da alimentação. “A
maioria das pessoas acha que
a idade é um empecilho para
continuar com a prática de
exercícios, sendo que é justamente na velhice que ela tem
maior importância. Enquanto
puder, vou me exercitar, isto é
sinônimo de saúde!”, afirma
Jardim. Para ele, a terceira idade não é diferente das outras.
Porém, sabe-se que a
maioria dos asilos não proporciona esse tipo de atividades
nem o acompanhamento de
um profissional na área da
Educação Física.
Entre 1993 e 2003, aproximadamente 325 mil pes­
soas morreram vítimas de armas de fogo no Brasil. Com
os 48 mil homicídios registrados em 2004, o país ocupa a
quarta posição mundial nessa
estatística. São 27 homicídios
em cada 100 mil habitantes,
o que constata a sociedade
violenta em que se vive.
Segundo a líder comunitária do bairro Formoza em Alvorada, Adriana Cardoso Leandro, o Brasil é considerado
um dos países mais violentos
do mundo. E cada vez mais
aumenta este índice. As causas são sempre as mesmas:
miséria, pobreza, má distribuição de renda, desemprego e desejo de vingança. Em
muitos casos a polícia utiliza a
repressão para combater a
violência, mas isso gera mais
conflitos e insegurança para
população. Os governantes
por sua vez deixam de lado as
instituições que representam
o povo. Um importante passo
seria punições mais severas
aos que infringirem as regras
e diminuir a exploração econômica. Ao mesmo tempo, os
governos estaduais precisam
diminuir a corrupção policial,
melhorar o treinamento da
polícia, usar melhor as ferramentas de planejamento que
existem em vários estados
brasileiros para poder melhorar a atuação da polícia.
“Fui vítima de assalto e isso é revoltante. Eu me senti
um nada, pois a pessoa que
cometeu este ato, não pas­
sava de um menino, mas armado e sem nada a perder”,
afirma Patricia Leal, 26 anos.
Segundo Leal a única solução
para este problema seria diminuir a maioridade penal de
18 para 16 anos, pois se nesta idade já se pode escolher
seus representantes políticos,
também pode responder por
seus atos. “Não acredito que
seja uma solução radical, mas
outra solução seria criar mais
projetos sociais e que os governantes dessem mais atenção para a população carente
inclusive crianças e jovens
que são o futuro e o espelho
do país”, confirma.
“As condições são precárias, para se ter uma idéia
os carros estão em péssimo
estado. As armas, a maioria
estão quebradas. Como vamos enfrentar bandidos munidos com as mais modernas armas e com carros blindados?”, indaga o policial
Darci Cardoso, que há mais
de 20 anos exerce a profissão. Cardoso explica que há
toda uma questão psicológica, os policiais não tem o
apoio de que precisam. Muitas vezes, quando um policial está com problemas e
precisa de um acompanhamento especial ou até mesmo um afastamento temporário é necessário esperar
muito tempo. Em muitos casos a família do policial é que
tem que recorrer e pedir ajuda. “Tudo isso é absurdo
pois em uma profissão em
que lidamos com violência e
morte, é muito importante
que se tenha um bom acompanhamento psicológico”,
protesta o policial.
Geral
Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA dezembro de 2007
Violência assusta
torcida organizada
A estrutura prevê 150 boxes para até quatro carros
Thales Konarzewski
O RS entra na pista
Divulgação
Flávio Bandeira
O
Brigada Militar age com vigor na confusão do jogo do Grêmio
Thales Konarzewski
Os atos de violência, às
vezes, praticados pela torcida
de Grêmio e Internacional,
talvez não sejam novidade
para todos, mas os que os
geram sim. As torcidas de
Grêmio e Inter, Geral do Grêmio e Popular do Inter, além
das torcidas organizadas,
são os alvos da imprensa em
geral.
De alguns anos para cá,
esse novo modo de torcer,
apoiando o time durante os
90 minutos, começou a chamar a atenção. Foi, então,
que surgiu a Geral do Grêmio,
a pioneira no Brasil e, em seguida, a Popular do Inter. O
“movimento” aparece em torcidas pelo Brasil inteiro.
Mas o que talvez diferencie um pouco as torcidas do
Grêmio e Inter para as outras
seja os atos de vandalismo.
Num clássico Grenal, com
pouco mais de 30 mil pessoas, houve muito mais tumultos do que num outro clássico carioca no Maracanã, com
mais de 60 mil pessoas.
“Não queremos a violência, ela apenas acontece”,
afirma um torcedor colorado
que não quis se identificar.
Foi, então, que surgiu a
idéia de realizar o clássico
Grenal com apenas uma torcida. O mesmo havia acontecido na Argentina, pelo superclássico Boca Juniors X
River Plate. A idéia parecia
um pouco quanto radical,
mas poderia ser a solução.
Um dos integrantes da
Geral do Grêmio, que não
quis se identificar, não concorda com essa idéia de Gre-
nal com apenas uma torcida.
“Grenal com uma única torcida perderia toda a graça”. E
realmente parece que sim,
tanto que a idéia não seguiu
adiante.
Mas o que fazer para acabar com a violência nos estádios, então?
“Não é todo o torcedor
que vai para a cancha em dia
de jogo para brigar. Há também aqueles que vão para
assistir ao jogo e apoiar o seu
time do coração. A imprensa
é quem colocou esse rótulo
nas torcidas organizadas e
principalmente na Geral do
Grêmio. Porém, penso que
esses pequenos atos de vandalismos, como a imprensa
se refere, nunca acabarão.
Mas também, quem se importa?”
O sonho dos amantes da
velocidade, por vários cantos
do Brasil, em poder acelerar
fundo dentro dos padrões internacionais, poderá estar se
tornando realidade em breve
no Rio Grande do Sul.
Através da iniciativa de dois
empreendedores gaúchos,
Jhonny Bonilla e Felipe Johannpeter, ambos sócios no
Kartódromo de Tarumã, o projeto Velopark eleva estas provas
para os limites internacionais homologados pela NHRA - (National Hot Rod Association) - a
maior associação profissional de
pilotos de arrancadas dos EUA.
Assim, a partir do primeiro
semestre de 2008, o Brasil entra no calendário internacional
imprimindo profissionalismo,
qualificação, conforto, infraestrutura e segurança total para os amantes da velocidade
de todo o mundo sem deixar,
em nenhum momento, a emoção de fora da pista.
O parque que conta com
uma área de 680.000m 2 , o
equivalente 68 campos de futebol, vamos encontrar uma estrutura de dar inveja a qualquer
outro complexo pelo mundo a
fora. As obras estão bem adiantadas e a previsão de inauguração é para o fevereiro de 2008.
A reta de arrancada terá
900 metros, distribuídos em
402m de concreto, 480m em
asfalto, e nos últimos 60m em
brita com aclive de 20%, haverá um muro nas laterais e há a
Projeto Velopark, ocupa área de 68 campos de futebol
possibilidade de se colocar redes de contenção para garantir a frenagem com segurança.
Para ter idéia da dimensão do
projeto e garantir a qualidade
do parque e, principalmente,
da pista, a empresa responsável pela concretagem da mesma esteve em Las Vegas para
conhecer a textura do concreto utilizado nos maiores autódromos dos EUA.
A estrutura inicial prevê 150
boxes com capacidade para
até quatro carros cada, torres
com painéis eletrônicos com
os tempos dos carros para o
público acompanhar o tempo
dos pilotos e ao final da reta
está prevista a também a instalação de painéis com os
tempos, para que o piloto possa avaliar seu desempenho ao
término da arrancada.
As arquibancadas estão
preparadas para acomodar 30
mil pessoas e há a possibilidade de acoplar arquibancada
móvel com capacidade para
mais 20 mil pessoas, dependendo da dimensão do evento, aumentando a sua capacidade para 50 mil pessoas.
Mas o projeto não poderia
deixar de lado o que é considerado entre a maioria dos pilotos profissionais o berço da
velocidade, também pensando nisso o prevê-se duas pistas de kart em nível profissional
para os amantes desse esporte, já visando ser sede de grandes competições. O projeto se
torna tão complexo, que pensando nisso kartódromo também vai dispor de uma pista de
para crianças. Afinal os grandes campeões começam desde cedo, a dar os seus primeiros passos rumo as competições internacionais, uma prova disso são os grandes pilotos
brasileiros que começaram suas carreiras desde pequeno.
Foi o caso de Emerson Fittitapaldi, Nélson Piquet, Ayrton
Senna, Rubens Barrichello e
Felipe Massa.
Briga
de
gigantes
não
Por trás dos três poderes
incomoda os pequenos
Divulgação
Palácio Piratini, sede do governo e símbolo do poder executivo
Betina Lopes
Você sabia que os três poderes são: o legislativo, o executivo e o judiciário? Sorte
sua se a resposta foi sim, pois
nem todos têm este conhecimento nem tampouco sabem
para o que servem. Visando
esclarecer de forma rápida e
procurando desvendar os
três poderes, o Universo IPA
entrou em contato com os
profissionais da MMS Advogados Associados, que gentilmente colaboraram com
esta matéria.
Em nível Federal, o Poder
Legislativo é exercido pelo
Congresso Nacional, que é
composto pela Câmara dos
Deputados e do Senado Federal. Nos Estados, o Poder
Legislativo é composto pela
Câmara de Deputados Estaduais e nos Municípios pela
Câmara de Vereadores.
O Legislativo, como o próprio nome diz, é o responsável
pela criação das Leis. As leis
são individualizadas, sendo
criadas a partir da Câmara
dos Deputados Federais e
Senado Federal, valendo para
todo território nacional. Por isso, as leis estaduais valem somente no seu Estado de origem, bem como as Leis Municipais, também conhecidas
como Leis Orgânicas, valem
individualmente para o Município que as criou e editou.
O Poder Executivo da
União é exercido pelo presidente da República, auxiliado
pelos ministros de Estado. No
Estado, este poder é exercido
pelo governador e seus secretários. O mesmo ocorre
nos Municípios, no caso, o
prefeito e seus secretários.
Segundo a advogada Simone Côrrea dos Santos, de
forma geral e guardando-se
as devidas proporções, as
atribuições se alteram na
União, nos Estados e nos Municípios. No caso do presi-
dente da República, por
exemplo, as atribuições estão
estabelecidas nos 27 incisos
do artigo 84 da Constituição
Federal de 1988. Entre eles
está a nomeação e exoneração dos ministros de Estado,
cuja competência é privativa
do presidente da República.
“Entretanto os poderes
anteriormente abordados se
completam com o do Poder
Judiciário. Este órgão é o responsável por fazer com que
as Leis sejam cumpridas ou
aplicadas com o rigorismo
que lhe é peculiar. No que
tange o Poder Executivo, o
Judiciário tem o poder/dever
de ‘policiar’, ‘vigiar’, os atos
de quem detém o Poder Público”, complementou o advo­
gado Luiz Adriano.
Para fins de conhecimento, cabe destacar que o Poder Judiciário é composto pelos seguintes órgãos: Supremo Tribunal Federal, Conselho Nacional de Justiça, Superior Tribunal de Justiça,
Tribunais Regionais Federais
e Juízes Federais, Tribunais e
Juízes do Trabalho, Tribunais
e Juízes Eleitorais, Tribunais e
Juízes Militares, Tribunais e
Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios (art.
92 da CF/1988).
Os poderes Legislativo,
Executivo e Judiciário estão
diretamente relacionados,
entretanto, são independentes e harmônicos entre si (art.
2º da CF/1988), servindo como um sistema de freios e
contrapesos, pois, ao mesmo
tempo em que exercem o poder de vigilância recíproca,
não devem interferir nas atribuições um do outro.
Noemi Cabeleira
Fruteira Goethe: enfrentando os grandes de igual para igual
Noemi Cabeleira
Na briga pelo faturamento e
disputa do consumidor “Os
Anões”, bolichos e mercadinhos,
espalhados na Capital, resistem
bravamente às ofertas e tecnologias dos supermercados.
Em tempos de tecnologia
avançada, aparelhos de última
geração, televisão digital e
a­viões com suítes, os gigantes
dos carrinhos ainda sofrem a
concorrência de anões. Essas
casas que se multiplicam na
resistência aos grandes do
mercado, possibilitam ao seu
público, fiel consumidor,
a­dquirir as mesmas mercadorias acrescidas de um detalhe
importante, a identificação do
cliente consumidor.
Enquanto Carrefour, Big e
Nacional travam embate para
atingir o topo do ranking em
faturamento no Estado, uma
única companhia genuinamente gaúcha, a Rede Zaffari/
Bourbon enfrenta os poderosos de igual para igual, com
diversas lojas na Capital e con-
quistando o mercado paulista.
Estão espalhados por toda a
cidade supermercados de pequeno e médio porte que se
consolidam nessa prestação
de serviço. No interior, grupos
com filiais em cidades vizinhas,
como a Rede Vivo, de Santa
Maria, Baklizi, de Uruguiana,
Peruzzo, de Bagé, Asun, de
Gravataí, Imec, de Lajeado, e
Comercial Zaffari, de Passo
Fundo, disputam clientes.
Em posição contrária aos
grandes, a resistência dos
“anões” é apreciada. Estão ali
para afrontar os seus concorrentes maiores. Identificam os
seus clientes, chamando-os
pelos nomes ou apelidos, recebem desde vale-refeição, valetransporte, cheque pré-datado
e até mesmo as compras de
caderno. São eles, também,
que solucionam os problemas
de seus clientes preferenciais,
trocando cheques, sem qualquer juros acrescidos.
“Aqui na nossa fruteira, o
cliente é quem manda, entregamos compras a domicílio,
aceitamos cartão Visa, cheque
pré e muitas vezes trocamos
cheques. Conhecemos nossos clientes pelos nomes, alguns compram pelo caderno.
Não fechamos nunca e permanecemos abertos até às 22 horas”, comentou o sócio da Fruteira Goethe, Leandro Rosseti,
que atende o público das ruas
Goethe, Dona Laura, Mostardeiro, Schiller e Casemiro de
Abreu, nos bairros Moinhos de
Vento e Rio Branco.
A proprietária do Mercado
Dalmac, antigo mini-mercado
Machado, da esquina das ruas
Dr. Timóteo e Tobias da Silva,
Ivanete Dalmor, falou que o seu
mercadinho atende das 7h30
às 21 horas, de segunda a sábado. “Esse negócio é tão bom
que existe há mais de 50 anos
no mesmo local”, declarou.
Disse que o forte de suas
vendas são as mercadorias
necessárias para o dia-a-dia.
Tem como clientes senhoras
aposentadas que compram
com caderno, “Só tivemos um
pequeno incidente com um
assalto a mão armada. Felizmente, o caixa dispunha de
pouco valor e eles se contentaram com mais duas garrafas
de Natu”, relatou.
Muitos clientes, mesmo
sabendo que pagam um pouco mais caro nesses estabelecimentos, preferem comprar
ali mesmo, pois só assim evitam as promoções dos gigantes, em muitos casos armadilhas para o consumo desenfreado de mercadorias desnecessárias.
Cidadania
dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA
Projeto educacional na Vila Maria da Conceição
Pequena Casa promove
bem-estar social
Amanda Fernandes
Tomas Edson Silveira
Tomas Edson Silveira
A
A Pequena Casa da Criança presta trabalhos de promoção social para moradores da
Vila Maria da Conceição, onde
está situada sua sede funcional. Fundada em 1956 pela Irmã Nely de Souza Capuzzo, da
Congregação Missionárias de
Jesus Cristo Crucificado.
Capuzzo iniciou seu trabalho em um “Carro Capela”, onde entrava na comunidade para catequizar os moradores e
celebrar missas. O automóvel
servia também como sala de
aula, onde eram oferecidas inúmeras oficinas como bordado
e costura. A alfabetização era
oferecida sob as árvores da vila. Este carro impulsionou o trabalho da irmã, que com ajuda
da comunidade e auxílio financeiro de contribuintes, inauguraram em 15 de agosto de
1956, um casebre que deu origem ao nome da instituição.
Com 51 anos de serviços
gratuitos prestados à comunidade, a casa financia seus programas com recursos próprios
ou com contribuições provenientes de pessoas físicas ou
jurídicas. A casa oferece hoje
uma escola de educação infantil e fundamental com 315
alunos, um convênio com o
Serviço de Apoio Sócio-educativo (SASE), que atende 110
crianças no turno inverso ao da
escola, um trabalho educativo
para 48 adolescentes, um grupo de 70 idosos que se encontram semanalmente e realizam
ONG oferece assistência
a moradores de rua
Sede funcional da Pequena Casa da Criança, na Vila Conceição
atividades de convivência e
outras de seu interesse, além
de um posto de saúde que funciona nas dependências da
entidade que presta serviços
médicos e odontológicos.
A entidade mantém há 30
anos um convênio com a Caixa Econômica Federal. O Programa Primeiro Emprego (hoje
Adolescente Aprendiz), já ajudou mais de seis mil adolescentes a ingressarem no mercado de trabalho. A Técnica de
Enfermagem, Daiana Cristina
Rodrigues, 25 anos, participou
em 1998 do programa e enfatiza a relevância da entidade e
de suas atividades. “Eu acho
muito importante, o trabalho
que a Pequena Casa realiza
com a comunidade, oferecendo inúmeras oportunidades,
para o desenvolvimento pessoal e profissional, me sinto
privilegiada em ter participado
do programa. O primeiro emprego, abriu várias portas profissionalmente”, comenta.
A entidade serve mensalmente cerca de 12 mil refeições para crianças, adolescentes e colaboradores da instituição. Também recebe todo
o tipo de doação. “A pequena
casa é como uma mãe que
atende a todos os seus filhos,
é diferente de outras entidades
que atendem apenas crianças,
adolescentes ou idosos. Se
estende a toda a família”, explica a diretora da entidade,
irmã Pierina Lorenzoni.
doações
Doações podem ser destinadas na sede funcional, que
fica na rua Mário de Artagão, 13,
Partenon. Telefone 3336 5090.
Mais informações na sede
­administrativa, situada na rua
Ferreira Viana, 197, Petrópolis.
Telefone: 3388 8550 ou pelo site: www.pequenacasa.org.br.
Associação Cultural e Beneficente Ilê Mulher realiza trabalho de assistência aos moradores de rua
Amanda Fernandes
A Associação Cultural e
Beneficente Ilê Mulher realiza
desde 1º de outubro de 2004,
em sua sede, na rua Gaspar
Martins, 216, bairro Floresta
um trabalho de assistência
aos moradores de rua da Capital.
Em entrevista, o coordenador e um dos fundadores,
Glaudinei Veber, declara que
a casa foi construída com a
intenção inicial de auxiliar esses moradores de rua nos fins
de semana e feriados quando
os demais albergues e abrigos estão fechados, oferecendo além de alimentação,
higiene pessoal, atendimento
jurídico, cursos de informática, serviços de saúde e assistência social. O objetivo da
casa é proporcionar condições para que o morador de
rua busque por si melhores
condições de vida.
Os 150 usuários diários
são cadastrados e encaminhados para o interior da casa, que oferece estrutura e
material para banho e lavagem de roupas. Os internos
só podem participar do convívio da casa, das oficinas e
atividades oferecidas, como
papel artesanal, acesso à internet, dança e música que
ensina canto e instrumentos
como flauta, saxofone, violão
e cavaquinho depois de deixarem suas coisas no guarda-volumes.
A oficina de música, junto
com a coordenação do centro, promove durante a festa
de final de ano um Festival de
Talentos com os internos.
Neste ano será no dia 20 de
dezembro, às 14 horas.
Dentre os novos projetos
da Associação está uma rádio com programação direcionada aos usuários. Uma
biblioteca que está sendo
montada pelos funcionários e
doações. E uma casa que
atenderá exclusivamente mulheres e crianças em situação
de risco. Hoje, a ONG atende
algumas mulheres em sua sede, mas só até encaminhá-las
a casas preparadas para este
tipo de atendimento, “A Ilê foi
idealizada para atender pessoas maiores de idade”, afirma Veber. Atualmente, não
tem estrutura para receber
crianças. A Ilê funciona todos
os dias, de segunda a sextafeira das 7h30 às 18h30, nos
sábados, domingos e feriados, das 7h30 às 16 horas.
Participação
A solidariedade faz a moda
política ressurge
Danielle Mendes
Danielle Mendes
Daniele Pitta
Arquivo
Assunto reca da mesma
corrente em jormaneira. O cinais e televisão,
dadão deve
a política é fato.
perceber que
Direta ou indiremesmo fatos
tamente faz
corriqueiros do
parte do coticotidiano estão
diano. A particiligados à polítipação política é
ca. Deve-se reuma realidade Prof. Osvaldo Biz
verter o procesque desperta difeso de acusação,
rentes reações, enquanto al- pois os governantes foram
guns levantam a bandeira e eleitos pelo povo. Biz cita alpartem para a ação, outros gumas razões que considera
rejeitam a idéia de tocar no desmotivadoras, entre elas,
assunto.
o partido girar ao redor de
Há quem descorde de tal pessoas carismáticas, os
pensamento. Por interesses “caciques” e o troca-troca de
políticos ou econômicos, di- partidos.
fundem idéias que pregam o
“No Brasil, os partidos
comodismo, seguem uma são frágeis. É preciso fideliideologia contrária aos que dade partidária para dar mais
repelem a estagnação.
seriedade à política”, declara
O professor e cientista o cientista político. Anular o
político, Osvaldo Biz, 69 voto é um desserviço à naanos, 33 deles dedicados à ção. Ele cita que é preciso
vida docente, fala sobre o as- lembrar das lutas pelo direito
sunto. Ele defende a partici- do voto e que a conscientizapação política e a considera ção dos movimentos sociais
essencial a todo cidadão, in- é fundamental. Finaliza didependente de idade ou zendo que pela revindicação
classe social.
e conscientização é possível
No livro “Participação Po- alcançar o que antes era inilítica” de sua autoria com a maginável, a exemplo do voprofessora Elizabeth Pedro- to feminino.
so, Biz relata que abordar um
Biz justifica a sua esperanassunto denso como esse, ça citando uma matéria publiem um texto leve e claro foi cada recentemente no jornal
possível graças à militância. O Globo, onde a participação
Aliou teoria e prática às de- popular na política ainda é tíclarações de quem sequer mida, mas levou à cassação
conhecia, mas rejeitava o as- de 600 políticos. Ainda há ousunto. O professor afirma tros exemplos da mobilização
que é preciso abandonar a do povo, valendo-se de meidéia de generalização, julgar didas legais resultaram que
todos envolvidos com políti- em projetos de lei.
O Instituto Sanmartin é um
brecho que comercializa roupas de um modo diferente. A
invés de cobrar em dinheiro é
cobrado em quilos de alimentos como arroz, feijão, massa,
óleo e leite. Estes alimentos
são doados para entidades
carentes. No momento, são 46
instituições beneficiadas no
Estado. Estima-se que já foram doados mais de 105 toneladas de alimentos em quatro
anos de trabalho.
Muitos jovens morrem em
acidentes de trânsito a cada
ano. Familiares dessas vítimas
tentam amenizar a dor da perda criando ONGs para conscientizar e ajudar a quem precisa. A bibliotecária Iara Zinn,
que após ter perdido seu filho
Colaboradores do Instituto em um San Day
em um acidente de trânsito,
criou em 5 de dezembro de
2002, o instituto Sanmartin,
que tem como slogan: “Quem
tem doa, quem precisa adqui-
re, quem não tem recebe”. O
instituto não visa fins lucrativos, “Existem vária formas de
expressar a dor de uma perda,
a nossa a foi a solidariedade”,
recorda Zinn. As doações são
feitas não apenas por conhecidos, mas também por lojas.
Após passarem por uma triagem as roupas vão para as lojas do brechó.
Mensalmente acontece o
San Day que é o brechó solidário itinerante, que passa por vários locais diferentes da cidade.
O brechó solidário funciona no
bairro Restinga na rua Tenente
Arizoly Fagundes, 100,­­­ de quinta a sexta, das 9 às 12 horas e
das 14 às 18 horas. Aos sábados, das 9 às 13 horas. No
bairro Tristeza na rua Wenceslau Escobar, 1286, estacionamento coberto do supermercado Nacional de segunda a
quarta, das 9 às 12 horas e das
13 às 18 horas. De quinta a
sexta, das 13 às 18 horas e aos
sábados, das 9 às 13 horas.
Cultura
Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA dezembro de 2007
CCMQ faz parte da
história de Porto Alegre
Com as suas obras irreverentes, Claudia Tajes
está entre a nova safra de escritores gaúchos
A nova cara da
literatura gaúcha
Arquivo
Bruno Luce
e
Escritora e redatora publicitária, Claudia Tajes está ganhando espaço no meio literário nacional. Depois de largar a
faculdade de Geologia e ter
tentado o Jornalismo, a autora
encontrou a sua verdadeira vocação na redação publicitária
onde continua até hoje. Publicou o seu primeiro livro em
2000 e, em apenas sete anos,
lançou seis livros, escreveu roteiros para séries de TV e fez
várias campanhas publicitárias. “Antes de ser publicitária
e escritora, tentei ser jornalista,
mas não tive paciência necessária para suportar as pautas
que me davam”, completa.
Tajes tornou-se então redatora publicitária, com muito
sucesso e daí para literatura
foi um pulo. Hoje, há desde
A escritora Claudia Tajes
“Dez Quase Amores” a sua
primeira obra de sucesso até
alguns episódios para TV, como Antônia e Mandrake duas
séries consagradas do público brasileiro. Com “As Pernas
de Ursula” e “A vida sexual da
Mulher Feia” a escritora segue
uma linha que a tornou conhecida e conquistou leitores
das mais diversas idades.
Com o lançamento de sua
última obra, na 53ª Feira do Livro, “Louca por Homem”, a escritora mantêm uma seqüência de obras que tem marcado
o seu estilo e seus livros num
êxito de público. Embora tenha escrito seis obras consagradas, com toda sua humildade, ainda se sente nervosa
e confessa estar muito agradecida por todos aqueles que foram à feira em busca de um
autógrafo numa tarde intensa
de calor.
Localizado na rua da Praia,
no centro de Porto Alegre, o
Hotel Majestic muito famoso
nos anos de 1930 e 1940,
passou por um processo de
resgate e preservação de sua
arquitetura e acabou sendo
denominado Casa de Cultura
Mario Quintana (CCMQ), começando a fazer parte da
Subsecretaria de Cultura do
Estado. De 1990 até hoje a
Casa de Cultura recebe pessoas de todas as idades, exposições e eventos culturais
de todos os Estados do país.
Nos primeiros anos da década de1920, foi construído
o Hotel Majestic, considerado
ousado para a época. Transformou-se num marco histórico para o desenvolvimento
de Porto Alegre, recebendo
pessoas da classe A, políticos e artistas importantes naquele período no Brasil. Antes
de ser tombado pelo patrimônio público, foi realizado um
leilão de imóveis e o Banrisul
adquiriu o prédio em 1980,
com o propósito de o transformar em mais uma agência
bancária.
Adquirido pelo governo,
em 29 de dezembro de 1982,
o Majestic se transformou em
patrimônio histórico, hoje conhecido como Casa de Cultura Mario Quintana.
Fundada em 25 de setembro de 1990, a Casa de
Cultura é um dos lugares
mais visitados em Porto Ale-
Entrada da Casa de Cultura pela Rua dos Andradas
gre. De acordo com a administradora da CCMQ, Maria
do Carmo Vargas de Abreu,
a finalidade era de transformar o prédio em um centro
cultural aberto a população.
O local abriga cinemas, teatros, galerias, um centro comercial e bibliotecas.
No centro comercial há o
Café Cataventos que abre
diariamente ao público, inclusive nos feriados. É um lugar
descontraído para happy
hour nos fins de tarde. Há
também o Café Concerto
Mario Quintana, que passou
por transformações em sua
estrutura e programação.
Nesse Café são servidos almoços acompanhados de
música ao vivo. As livrarias
Casa de Cultura, Quintanares
e a bomboniere Delícias do
Poeta juntamente com os Cafés são locados pela Associa-
ção de Amigos da CCMQ.
Os cinemas funcionam a
partir das 14 horas, onde todos os tipos de filmes podem
ser assistidos e os teatros iniciam por volta das 20 horas.
Nas galerias são organizadas
exposições de todos os tipos.
Lançamentos de livros, aniversários, formaturas, casamentos e confraternizações,
também fazem parte de sua
programação. Atualmente, a
CCMQ abriga parte do acervo da Biblioteca Pública.
“A Biblioteca Pública recebeu uma verba do governo
para reformas na estrutura de
seu prédio, por isso foi transferida para a CCMQ provisóriamente”, segundo Abreu. A
Casa de Cultura é aberta ao
público de terça a sexta-feira,
das 9 às 21 horas, sábados,
domingos e feriados, das 12
às 21 horas.
Cinema independente
Daniele Correa
Divulgação
Rogério de Oliveira
Repórter da Rádio Itapuã FM em ação
tentar comprar um automóvel
para o posto local da Brigada
Militar. “Conseguimos arrecadar apenas 5 mil reais. Tivemos de interromper a arrecadação porque acabamos recebendo uma ameaça de assalto. Pensaram que a gente tinha
dinheiro. No fim acabamos
consertando a viatura antiga”,
relembra Lexa. Ao invés de patrocinadores, a rádio recebe
recursos através de apoios
culturais, que geralmente são
de empresas de Itapuã e de
bairros próximos que apóiam
financeiramente a emissora.
“Estamos sempre abrindo espaço para quem deseja anunciar. Não temos fins lucrativos.
Utilizamos os recursos apenas
para manter o espaço físico da
rádio”, comenta a presidente.
A ambição dos colaboradores
é tamanha que houve, no ano
passado, uma tentativa de expansão com o lançamento de
um jornal chamado “Portal da
Eveline Bastos
Eveline Bastos
Itapuã tem rádio
comunitária
Um canal a serviço do cidadão. É o que se pode dizer da
Rádio Itapuã FM 89,7 MHz,
vinculada à Associação Comunitária e Solidária de Comunicação Social Itapuã, no ar há
quase sete anos. A emissora
entrou em atividade em 23 de
dezembro de 2000, após uma
idéia que deu certo. “Por brincadeira fizemos uma dessas
‘radioposte’ (quando se acopla
uma caixa de som ou um altofalante a um poste de luz) próximo à praia da Varzinha. Um
dia convocamos a comunidade para participar de uma limpeza ecológica no local e, para
nossa surpresa, todo mundo
se mobilizou. Nesse dia experimentamos o poder que tem
um microfone”, explica a presidente da emissora, Laureci
Ferreira Ilha (Lexa), 52 anos.
Algumas conquistas de Itapuã foram vencidas graças à
rádio. “A agência do Banrisul,
único banco de Itapuã, também foi conquistada através
da Itapuã FM e de um vereador
da Capital”, observa Lexa. O
alcance da emissora, cujas ondas atingem a zona sul de Porto Alegre, região metropolitana
e localidades do interior do Estado, costuma mobilizar a comunidade para participar das
mais diversas atividades. Uma
delas foi a limpeza das praias
do Parque Estadual de Itapuã,
que precisavam ser reabertas
para visitação. Lexa constata
que muitas pessoas participaram e foram retiradas toneladas de lixo das praias. Foi assim quando se reuniram para
Lagoa”. “Não conseguimos levar o projeto adiante. Lançamos apenas duas edições e
ficou por isso mesmo”, lamenta Lexa. A emissora foi uma
das 15 rádios comunitárias da
Grande Porto Alegre selecionada pelo Ministério da Saúde
para integrar um curso sobre
prevenção e cuidados, ficando
encarregada de repassar esse
conhecimento para outras
emissoras, funcionando como
multiplicadora.
Pelo endereço eletrônico
www.itapuafm.webhits.com.br,
é possível acompanhar a programação de diversos cantos
do Brasil e do mundo. “Tem
gente que nos escreve até da
Europa para dizer que escutou
a rádio”, comenta Lexa. A Rádio Itapuã FM 89,7 MHz tem o
seu estúdio localizado na avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 665, na área central
do distrito, próximo ao portal
da Lagoa dos Patos.
O cinema gaúcho ganha
um grande espaço nas telas
de cinema. Hollywood que se
cuide. A cena se destaca
através de curtas e longas
produzidos por gaúchos, alguns até com forte sotaque
porto-alegrense. A Casa de
Cinema de Porto Alegre, criada no ano de 1981 por cineas­
tas gaúchos, produz a maior
parte dos filmes exibidos pela
Rede Globo.
Desde 1991 a Casa de Cinema tornou-se uma produtora audiovisual independente com seis sócios, Ana Luíza
Azevedo, Carlos Gerbase, Giba Assis Brasil, Jorge Furtado, Luciana Tomasi e Nora
Goulart.
A Casa produziu dezenas
de filmes e vídeos, programas
de televisão (especiais e séries), cursos de roteiros e de
introdução à realização cinematográfica, fórum de debates e programas eleitorais para televisão. Segundo o ci­
neas­ta, Carlos Gerbase, a
cena nunca foi tão importante
por dois motivos: há possibilidade de fazer filmes com orçamentos menores, utilizando as tecnologias digitais e a
outra, há uma demanda constante de produtos independentes (ou semi-independen-
tes) por parte da TV regional
(RBS-TV, principalmente).
O aluno de cinema, Rodrigo Rodriges ressalta que a
produção nacional vem melhorando nos últimos anos.
“Houve aquela queda inevitável e avassaladora da produção de filmes no governo
Collor com o fim de investimentos na área, mas aos
poucos está retornando ao
seu lugar. Carandiru, depois
de 90 foi o primeiro filme a ter
público de três milhões de
pessoas que viram o filme no
cinema. Isso indica um progresso. Hoje em dia, é claro
que dos milhares de projetos
que existem por aí, apenas
poucos conseguem ser levados até o fim”, afirma.
Em contra-ponto o cineas­
ta, Maurício Bisol, relata que
“a maioria da produção atual
não me agrada, especialmente os filmes da Globo Filmes.
Mas sou apaixonado por cinema nacional de qualidade”.
Grande parte dos estudantes
hoje tem a oportunidade de
divulgar os seus curtas através de festivais e da internet,
como o caso do estudante de
cinema, Marcus Duprat, “tenho curtas que fazia quando
era mais novo, totalmente
ama­dores, que só servem para dar risadas no Youtube e
ultimamente fiz alguns para
mandar aos festivais”, aponta
Duprat.
Para conseguir captação
de recursos para produção de
curtas e longas, no Brasil existe a Lei de Incentivo ao Audiovisual que permite que empresas direcionem 3% do Imposto de Renda para a rea­
lização de obras cinematográficas e artísticas. Desta
forma, se realiza com o dinheiro que é do Estado, mas
se busca diretamente nas
empresas. A outra forma é
concurso. Você tem uma história, um roteiro ou uma idéia
e vai nesses concursos apresentá-la. Se o projeto for escolhido, você recebe uma verba para produzir o projeto.
O Centro Cultural Santander exibe alguns curtas realizados por estudantes em final
de curso dando a oportunidade de divulgação do primeiro
trabalho. O Cine Santander
em conjunto com a Casa de
Cinema, por exemplo, inclui
as suas produções na programação do Cine San­tander
na sala alternativa que possui
cerca de cem lugares com
uma programação diferenciada dos filmes que são exibidos nas salas comerciais, como: Meu Tio Matou um Cara,
Tolerância, Houve uma vez
Dois Verões, Saneamento
Básico, entre outros.
Site: sxc.hu
Santander Cultural
Rua Sete de Setembro, 1028
Fone
3287 5500
Horário
Segunda a sexta, das 10 às
19 horas. Sábado e domingo,
das 11 às 19 horas.
Saúde
dezembro de 2007 Jornal do curso de Jornalismo do Centro Universitário Metodista IPA
Coma bem e tenha
qualidade de vida
Benefícios da dança
Amanda Faccioni
Amanda Faccioni
Educação alimentar é sinôCarnes, aves, peixes,
nimo de qualidade de vida
Leite, iogurte e queijo
feijões, ovos e nozes
apenas com uma boa alimen2 - 3 PORÇÕES
2 - 3 porções
tação o corpo humano é capaz de funcionar muito melhor
e ainda produzir serotonina
Vegetais
Frutas
(hormônio da felicidade). É 3 - 5 PORÇÕES
2
4
PORÇÕES
preciso estabelecer normas
de boa alimentação no cotidiano, o corpo necessita de
uma certa quantidade de calorias e nutrientes para funcionar bem. Pular refeições durante o dia é errado, pois tende-se a compensar em outras
Pão, arroz, cereais e massas
refeições, o mais saudável é
6 - 11 PORÇÕES
comer pequenas quantidades
para disciplinarem uma alimen- verem medicamentos. “Acrecinco vezes ao dia.
Dicas simples como as for- tação saudável, mas segundo dito na reeducação alimentar,
necidas pelo livro “Vigilantes a nutricionista e professora do as dietas são por pequenos
da Saúde”, de Luiz Santos da Centro Universitário Metodista períodos e servem apenas paSilva, são uma boa opção para IPA, Viviane Ferrari, é possível ra dar um susto no organismo
começar uma reeducação ali- conciliar. Uma ótima dica é le- que está estagnado, ou seja,
mentar: fazer sempre uma boa var o seu lanche saudável de não consegue mais perder pemastigação, pois comendo rá- casa. Quando for indispensável so”, afirma Ferrari.
“A alimentação não é apepido o cérebro não registra o comer em restaurantes, o mesinal de saciedade. Tomar no lhor é escolher os pratos que nas para nutrir o corpo. Ela demínimo oito copos de água por contenham menos frituras, co- ve ser prazerosa”, lembra a
dia, que além de diminuir a re- mer sempre antes da refeição massoterapeuta Evanir Scheltenção de líquidos ajuda na lu- um prato de salada (quanto ske, que reeducou a sua alibrificação do intestino, praticar mais colorida melhor) e trocar a mentação com ajuda de um
exercícios físicos, que comple- sobremesa por uma fruta, são nutricionista. Segundo os especialistas, o importante é
mentam o bom funcionamento algumas das alternativas.
Sempre que for necessário aproveitar cada momento dudo corpo e da mente, diminuindo a ansiedade e conse- emagrecer é importante o rante a refeição, saber escoqüentemente ajudam a dimi- acompanhamento de um pro- lher o que estará disponível em
fissional e tomar muito cuidado casa, além, é claro, de conter
nuir a fome.
Com o dia-a-dia corrido das com remédios que se dizem os impulsos na hora das comgrandes cidades muitas pesso- milagrosos, nutricionistas não pras, evitando ir ao supermeras reclamam da falta de tempo são habilitados para prescre- cado com fome.
A dança é uma forma de
expressão artística coordenada, onde você expressa todos os seus sentimentos,
emoções, alegrias e outros,
através dos movimentos. É
uma arte onde existem regras
para que saia tudo com perfeição e também exige habilidades, compromisso e muita
dedicação para todos aqueles que fazem parte de alguma forma da dança.
De acordo com o personal
trainer e professor de ginástica em grupo Miguel Viero, 28
anos, a dança pode ser considerada um exercício que
traz benefícios para o sistema
cardio-respiratório, ou seja,
uma atividade aeróbia ou
anaeróbia. Tudo vai depender
da intensidade e duração do
exercício. Além de ser uma
atividade física que proporciona descontração e convívio com pessoas. Permite à
mulher o desbloqueio de sentimentos reprimidos e a torna
mais audaciosa e provocante. Ativa a circulação, favorece os pulmões com mais oxigenação, concede flexibilidade e alongamento do corpo.
Como a dança trabalha o
sistema cardio-respiratório,
os benefícios serão os mesmo de qualquer outra atividade similar. Miguel Viero diz: “a
dança pode prevenir ou ajudar no tratamento em casos
de hipertensão ou diabetes,
por exemplo”. Mas ele diz
também que a dança é um
exercício que causa impacto,
principalmente nas articula-
Câncer de pele é
preocupante no Estado
180 mil doadores de
medula óssea no RS
Gorduras, óleos e doces
use moderadamente
Juliana Job
e
Site: www.saude.gov.br
Vanessa Schneider
Pele bronzeada, esse é o
ritmo do verão e principalmente da pele queimada do sol.
Sinônimo de saúde e beleza
entre os brasileiros, porém a
cultura de ter a pele marcada
pelo biquíni pode ser prejudicial. No país o câncer de pele
é o tumor com mais incidência
em ambos os sexos. O último
dado coletado da campanha
nacional contra o câncer de
pele de 2006 pela Sociedade
Brasileira de dermatologia
(SBD) indica que o Rio Grande
do Sul é o segundo Estado
com maior número de casos
com câncer de pele, atingindo
11% da população gaúcha.
Outro dado preocupante constatado é que 59,3% da população continuam expondo-se
ao sol sem protetor solar. O
câncer de pele está ligado diretamente a quantidade de exposição solar, ou seja, quanto
mais sol pegar ao longo da vida, há maiores riscos de desenvolver um câncer. A dermatologista e especialista em dermatoscopia, Dra. Rosaura
Hartmann lembra que a irradiação solar é cumulativa ao
longo dos anos e quanto mais
sol pegar até os 20 anos de
idade, maior o risco no futuro.
Os raios UVA e UVB são os
responsáveis pelo desenvolvimento do câncer e do envelhecimento precoce da pele.
“A incidência do raio UVA é ao
longo de todo o dia e a maior
incidência do raio UVB é das
10 até às 16 horas, portanto
não há um horário bom para
pegar sol e que não tenha risco
Pele queimada pelo sol indica pele irradiada por raios cancerígenos
de câncer de pele”, afirma Dra.
Hartmann. O filtro solar é essencial para proteger-se e a
eficácia se dará aplicando-o
várias vezes ao longo do dia.
Não adianta passar protetor
solar fator 60 e achar que está
protegido 60 vezes mais do
que não usando o filtro, ficando o dia todo com uma única
aplicação, ressalta Hartmann.
Os tipos mais freqüentes de
câncer de pele são: o carcinoma basocelular, que reapresenta 70% dos casos e é muito comum em pessoas de pele
clara. O carcinoma espinocelular, está ligado como causa
principal a exposição solar e o
melanoma que é o mais perigoso, podendo levar à morte
se não diagnosticado e tratado
rapidamente. Casos na família
com câncer de pele é um dos
requisitos a desenvolver a doen­
ça, como foi o caso do assessor parlamentar, Eduardo Eugênio Fiorin, 41 anos, que há
oito anos constatou um caso
de melanoma na região facial.
“Meu pai era ferreiro e ficava
muito exposto ao calor, passou
por várias cirurgias no rosto de-
vido ao câncer, mas todas benignas, como foi a minha”, relata. No caso de Fiorin, houve
um processo cirúrgico de retirada do câncer. “Hoje não saio
de casa sem colocar protetor
solar fator 60”, afirma Fiorin.
“A pior coisa para a pele é
aquela pessoa que pega sol de
vez em quando, por exemplo
no final do ano, porque tem que
chegar bronzeada na praia. Isso é uma agressão tremenda,
pois a pele não tem condições
de receber essa irradiação
toda”,saliente a Dra. Hartmann.
Ela recomenda que, no mínimo, uma vez ao ano se vá ao
dermatologista e faça uma
avaliação para saber se há uma
pinta de risco na pele.
PREVINA-SE
Evite o horário entre 10 e
16 horas. Use chapéu e óculos
contra raios UVA e UVB. Use filtro
solar com fatores de proteção
15 ou maior. Reaplique a cada
2 horas. Evite bronzeamento artificial. Mantenha crianças fora
do sol. Aplique filtro solar a partir dos seis meses
Aula de Street Dance na academia de dança Cadica
ções dos membros inferiores,
pode gerar algumas lesões
articulares como tendinites,
luxações e entorses.
O alongamento é importante, pois dá maior flexibilidade para as articulações,
isso ajuda nosso corpo a trabalhar melhor de modo geral.
Tornando o alongamento um
hábito, os alunos têm melhoras na circulação sanguínea,
maior consciência corporal e
diminuição no risco de lesões
articulares e musculares.
Além disso, o alongamento
relaxa corpo e mente o que
ajuda a encarar as tarefas do
dia-a-dia com mais disposição. É bom alongar sempre
depois dos exercícios, principalmente a dança.
Daniela Batistella
Daniela Batistella
Os gaúchos representam
36% dos candidatos a doador de medula óssea no Brasil. No país a marca de meio
milhão de pessoas, aptas a
doar, foi atingida no mês de
outubro. O que aumenta a esperança para um mil pacientes que aguardam por transplante. Apesar de crescente,
esse número ainda é insuficiente para atender à demanda, principalmente, porque a
chance de encontrar um doa­
dor compatível é de uma em
100 mil.
A chefe da Clínica de Hematologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA),
Lúcia Mariano da Rocha Silla,
ressalta que dependendo da
doença, geralmente as benignas, a chance de cura com o
transplante é de 70 a 80% e
para as doenças malignas de
50 a 60%. “O transplante tem
uma morbidade e mortalidade
ainda relativamente elevada e
é necessário que as pessoas
saibam que, embora represente a única alternativa terapêutica, há riscos”, afirma Silla.
Medula Óssea
A medula óssea é constituída por um tecido esponjoso
mole localizado no interior dos
ossos longos. É nela que o organismo produz praticamente
todas as células do sangue. O
transplante é necessário para
pacientes com produção anormal de células sangüíneas, geralmente devido a algum tipo
de câncer.
“Não há uma determinação de idade ideal para começarmos a praticar um
exercício físico. Considerando a idade da pessoa, usamos o bom senso para escolher o tipo de exercício físico
que mais se adapta a seus
objetivos e aptidões”. Segundo Miguel Viero.
O ritmo mais procurado é
a dança de salão, conforme o
professor de ginástica e de
dança Diego Santiago, 25
anos. O ritmo que mais trabalha o corpo é o axé e o funk.
Existe vário tipo de ritmos
para aprender, como por
exemplo: samba, bolero, forró, salsa, tango, valsa, merengue, rock, zouk, axé, funk,
dança do ventre.
Amostra de 5 ml de sangue
Cerca de 70% dos pacientes que necessitam de
transplante não têm familiares
compatíveis. A solução é buscar pessoas que se dispõem
a doar, através do Registro de
Doadores de Medula Óssea
(Redome), instalado no Instituto Nacional do Câncer (Inca). Quando os pacientes não
têm doador identificado no
Brasil é preciso apelar para
uma busca internacional.
A chefe do Serviço de Hemoterapia do HCPA, Almeri
Marlene Balsan, fala sobre a
importância em aumentar o
número de doadores. “A população precisa se mobilizar
permanentemente para participar do banco de medula. É
importante a conscientização
de todos e não esperar ter algum parente ou conhecido
que esteja necessitando, mas
sim fazer o cadastro para aumentar a chance de poder ajudar alguém”, ressalta Balsan.
Qualquer pessoa entre 18
e 55 anos com boa saúde pode ser voluntário para doação
de medula. Para se cadastrar,
o candidato a doador deve
procurar um local de coleta,
onde será agendada uma en-
trevista para esclarecer as
dúvidas. Preencher um cadastro com nome e endereço
e após será feita a coleta de
uma amostra de 5 ml de sangue. Os dados do doador são
inseridos no cadastro do Redome e, sempre que surgir
um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Uma
vez confirmada, a pessoa será consultada para decidir
quanto à doação.
A doação é feito em centro cirúrgico, sob anestesia
peridural ou geral, e requer
internação por 24 horas. Normalmente, os doadores retornam à rotina depois da primeira semana. Em um mês a
medula será naturalmente regenerada.
Onde doar
HCPA - Banco de Sangue
Rua São Manoel, 543
Fone: 2101 8504
Hemocentro do Estado
Av. Bento Gonçalves, 3722
Fone: 3336 6755
Complexo Hosp. Santa Casa
Av. Independência, 75
Fone: 3214 8025

Documentos relacionados

LEIA AQUI - Universo IPA

LEIA AQUI - Universo IPA Norberto da Cunha Garin

Leia mais

LEIA AQUI - Universo IPA

LEIA AQUI - Universo IPA trazem benefícios psicológicos, auto-estima e aprimora o relacionamento social”. As atividades físicas na terceira idade começam, normalmente, por indicações médicas por causa de problemas de saúde...

Leia mais