Diário revisto para, preservando os direitos do autor, ser usado

Transcrição

Diário revisto para, preservando os direitos do autor, ser usado
Diário revisto para, preservando os direitos do autor, ser usado ao bem das aves de rapina, da
falcoaria, e incentivar um maior entrosamento entre os falcoeiros e entre os falcoeiros e suas
aves.
Lendo, estudando e conversando com diversos falcoeiros ao redor do mundo, percebo que
existe uma grande irmandade em torno das aves de rapina e que infelizmente isto não
acontece no Brasil. Este diário é a prova viva de que unidos, os cetreros podem ir longe e
desunidos, assemelham-se a crianças bobas, discutindo o sexo do anjos.
Esta obra é dedicada à Maria Francesca, minha filha, que dentro de poucos dias virá ao mundo
e será, se achar que deve, uma grande falcoeira. Rapinas irão à ela e elas decidirão.
É dedicado também à minha amada, Amanda, que ilumina minha alma e me faz voar como as
rapinas.
Sem dúvida também dedicado a todos os que aqui constam em suas intervenções e os quais
não nominarei para não esquecer um ou outro. No entanto, especialmente dedicado ao Sr.
Jorge Salles Lisboa que foi meu mentor e inspiração. Se eu tivesse seguido o exemplo do
grande falcoeiro Gengis Khan, de não fazer nada precipitadamente, certamente evitara o
grande erro que foi me destemperar com o Sr. Jorge que tanto me ensinou e eu tão infantil e
estupidamente detratei.
Espero que este diário sirva para todos de inspiração e que esta leitura faça você voar comigo
e com toda minha família falcoeira.
Abraços.
Eliran
Este diário não visa substituir o insubstituível. Começa aqui um capítulo que espero termine
daqui a décadas.
Ontem chegou às 22h do criadouro Fukui o parabuteo unicinctus que chamarei de Padmé
Amidala - Padmé para nós do fórum.
Escreverei pouco, porque escrevo (ainda bem), com apenas uma mão, pois outra segura
Padmé. Pesada com 793 gramas, um tanque comparado com o Sparverius, Hórus, minha
primeira ave.
Eu e João Gottardi, fomos à TAM Cargo pegar a ave, que chegou com bastante atraso por
conta do dia chuvoso.
Quando o funcionário da TAM colocou a caixa (de acabamento e preparação impecáveis por
parte de Leo Fukui) na mesa, achei que logo depois disso o rapaz tinha batido na caixa
bruscamente, pois a caixa, pela parte da frente deu um salto de uns cinco cm. Não foi o rapaz
que bateu na caixa, mas sim, Padmé que dera um "soco" no teto da caixa, por estar nervosa.
Eu e João nos entreolhamos, com aquela sensação de estar trazendo o demônio da Tasmânia
(quem assistiu aos desenhos do Perna Longa sabe bem o que estou falando).
Indo pra casa, vou dirigindo, o João vai no banco de trás, segurando a caixa. No caminho ele
diz que ela anda na caixa pisando firme tipo, TUM, TUM (vamos agora guardar as proporções e
lembrar de Jurassic Park I, quando só se escuta o T-Rex chegando e o copo d´água fazendo
ondas com a vibração do solo).
Chegamos em casa, eu já tinha tudo preparado, toalha, sala, luvas, etc. . . Nós na sala com
aquelas combinações tipo Os 3 patetas, onde tudo que se combina se muda na hora. . .
Abrimos a portinhola, eu distraindo com toquinhos na caixa, atrás e João esperando ela sair,
na frente. João tenta uma vez e não consegue, tenta a segunda e eu peço a ele que coloque ela
de novo, pois do jeito que estava tirando poderia machucar as penas. Eu mesmo tirei Padmé,
numa sala semiescura. Ela é BEM mais forte do que eu imaginei e se debatendo atinge meu
rosto, me corta o rosto entre os olhos com uma facilidade cirúrgica.
Coloco-a na luva e seguro os jesses colocados pelo João. Ela com a respiração acelerada como
é de se esperar para uma situação traumática destas, nos olha atônita, diria, indignada.
Na luva mais fina que eu peguei, sinto as garras tensas no meu antebraço, furando em dois
pontos até quase sangrar (mesmo com a luva), o bicho é MUITO FORTE! É simplesmente um
dos animais mais belos do mundo. Acreditem, quando vemos em fotos nos impressiona, mas
ela no punho é 10X mais bonita!
Matei uma codorna e ofereci carne fresca, suculenta, mas Padmé se fosse um homem, cuspiria
na carne, indignada.
Fico até às 2h da manhã com ela e vou dormir.
Hoje pela manhã, fiquei com ela no punho direto, algumas vezes ela simplesmente se jogava
da luva e eu gentilmente, pelas costas dela a colocava de volta. Uma vez ela "se revoltou" e
nem quis apoiar as pernas. "Pousou" na luva. Isso durou uns 10 segundos. Comecei a andar e
ela aprumou-se galantemente, como em todo momento percebo ser o seu porte. Galante.
Fui trabalhar de tarde e (claro) já tinha confeccionado um belo poleiro para ela. Ela que um dia
antes eu havia achado arisca demais, estava bem tranquila (reputo muito disso à linhagem
excelente e ao EXCEPCIONAL manejo de Léo Fukui, pessoa que tive a honra e sorte de adquirir
esta ave), vindo ao punho (por minha imposição) de maneira cada vez menos traumática.
Algumas vezes até afaguei o peitoral dela.
Às 20h mais ou menos depois de meia hora já em casa de volta, coloco-a no poleiro e ofereço
uns 20g de carne (pois ofereci umas três vezes a tarde e NADA). Ela olha, vira a cabeça, analisa
(como se já não soubesse o que era), estica o pescoço e come.
Amigos, por ontem e hoje é só, estou pregado de sono e na metade do texto retirei Padmé da
luva e a coloquei no poleiro para escrever a vocês com as duas mãos.
Espero que tenham visualizado.
Agora vou postar algumas fotos e ir pro berço. Padmé está "pescando", com um olho fechado
e o outro "farol baixo", assim como eu.
Abraços.
Parabéns Eliran pela ave!!!
Que todos possam aprender muito com ela!
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Erick Brito
Ótima descrição e uma ave extremamente bela, com uma imponência incrível, não há a
menor duvidada que os Parabuteos do Lêo são incríveis. De qualquer forma bom treino
e que essa ave te proporcione bons vôos e um aprendizado que muito provavelmente vai
ser incrível.
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"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
AMF [Diretor de Informatica] - Site
ABFPAR [Tesoureiro] - Site
Bem "escrivinhado" gostei muito e ficou bem detalhado, ganhou ate uma tatoo
rsrsrsrsrsr
segura o pitbull .....................
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Att Fernando Abilake - RJ
Certifique-se se a corda esta segura antes de subir na palmeira, se voce não sabe nadar,
não pule no rio!
MSN / E-MAIL - [email protected]
Eliran;
Parabéns pela aquisição,é um sonho meu ma ave como esta.
Show as fotos e cuidados com os golpes dela viu,estas aves tem muita força.
Vou acompanhar o tópico,de longe mas acompanhando.
Abçs!
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Odé Arawo Laná Lóni Lailai
Tiago Abreu
Irmãooo, acho que ja lhe parabenizei pela aquisição no mínimo umas 5x, mas ai vai a
sexta! PARABENS pela ave. Muito LINDA, MUITO!
Sobre a descrição, mesmo com sono e como uma "tatoO" rsrs segundo o Fernando, foi
muito bem detalhada, como de costume.
Aguardo pelas novas linhas.
Grande abraço.
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Pedro Wendt Farias
Msn: [email protected]
É extremamente gratificante ver e ouvir isto. Lembro que em 1994 quando eu comecei a
fazer reuniões com os únicos outros 2 falcoeiros que conhecia no Brasil, Leo Fukui, e
Guilherme Queiroz, almejavamos fundar uma associação brasileira de falcoaria, o que
ocorreu em 1997 com a ABFPAR, sonhavamos , e até invejávamos o que os gringos
faziam , reprodução, controle de fauna e uma série de outras atividades. Fico muito feliz
que hoje em dia no Brasil tenhamos várias aves de rapina para falcoaria sendo
reproduzida em cativeiro. Agora só nos resta torcer para que o IBAMA reconheça a
falcoaria e permita a continuidade da existência dos criadouros comerciais. Cuidado
com o manejo , e com a visão, acho que foi um acidente, certamente ela não quis atacar
o rosto, deve ter se debatido e atingiu.
Meus parabéns, sucesso com a ave.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Obrigado Erick, aprenderemos.
Israel, obrigado pelos votos e pelas consultorias "extra forum".
Fernando, não bastasse uma tattoo de rapinante, agora tenho duas valeu.
Tiago, obrigado e aproveitando, parabéns pelos dogs.
Valeu Pedro, recebo as 5X com o mesmo entusiasmo! Continuarei
Jorge, pode ter certeza que este humilde aprendiz reconhece a bravura que deve ter sido
na época o pioneirismo de vocês. A comunicação "in loco" é fácil, ali com vocês 3, mas
e a internet? Só de lembrar daquele modem discado dá até um "enjôo". Reconheço
MESMO que você e o Leo, que tenho mais contato e o Guilherme (que pouco falei)
deveriam até ter suas histórias na falcoaria mais conhecidas, mas enfim, vamos fazendo
justiça um pouco a cada dia. Coisas do Brasilzão.
Coitada da Padmé, não teve a menor culpa mesmo no incidente. Da próxima vez, além
das luvas e da toalha coloco óculos protetores.
Amigo, muito obrigado pelos seus feitos na falcoaria, antes e depois desta ave ter
nascido.
Abraços
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran
É apenas um comentário como tudo muda em 15 anos. Antes nem internet tinhamos.
Hoje temos tudo. Pessoal, valorizem e aproveitem o que temos.
Atte
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Eliran
Qual o motivo do nome Padmé????
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Irmão Eliran,
Já expressei minha felicidade por vc ter conseguido essa bela ave, feliz por vc, feliz pela
Padmé q está em ótimas mãos e feliz pelo novo diário q com certeza a exemplo do
"diario de Hórus" vai ajudar mta gente q está começando e que pretendem adquirir uma
ave desse porte e elegancia, desejo do fundo do coração que te traga mtas alegrias e
momentos inesquecíveis, não esqueça de relatar td à nós, torço sempre por vc.....
Grande abraço irmão, boa sorte e mto sucesso
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JUNIOR TOCZEK
www.elitebulls.com
"Por que o guerreiro de fé nunca gela, não agrada o injusto e nem amarela... o Rei dos reis foi
traido e sangrou nessa terra....mas morrer como homem é o premio da guerra..."
Sim sim, mas eu aproveitei o gancho pra dizer o que penso e dizer o que espero (e eu
sou responsável só pela minha opinião) que cada pessoa que se diga falcoeiro, ou que
empunhe um rapinante saiba do "minimum minimorum" do pioneirismo da falcoaria no
Brasil.
Tem gente que acha que quem inventou o avião foram os irmãos Wright; que quem
inventou a guitarra elétrica foi o Leo Fender; que quem inventou o rádio foi o Marconi.
Que nada, foi tudo brasileiro. E isso acontece muito com os pioneiros também. E olha,
nem to falando isso porque eu gosto de você, poderia até nem simpatizar e tal, mas acho
que sua história lhe perpassa, então escrevo. E como gosto e simpatizo, reconheço com
ênfase (e a recíproca não precisa ser verdadeira). Simples assim.
Abraço.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran meus parabens pela ave que ela lhe traga muitas felicidades e por muitos
anos,muito bem detalhado o seu relato mais uma vez parabens!
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Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
Jorge a origem do nome : Padmé Amidala é uma das personagens principais da nova
trilogia Star Wars (A Ameaça Fantasma, O Ataque dos Clones e A Vingança dos Sith).
Foi interpretada por Natalie Portman.
Um breve resumo da historia:
Padmé Amidala Naberrie, de apenas catorze anos, é a rainha do planeta Naboo. E é
obrigada a passar por sofrimentos quando seu planeta é primeiro bloqueado depois
invadido pela Federação do Comércio. Só escapa pela intervenção dos Jedi: Qui-Gon
Jinn e Obi-Wan Kenobi. Eles sugerem que ela fuja do planeta. O vice-rei da Federação,
Nute Gunray, a mando de Darth Sidious, manda os dróides-soldados capturarem
Amidala para fazê-la assinar um tratado que legalizaria sua invasão ao planeta, não
trazendo complicações para a Federação.
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Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
Eliran, me desculpe tomar a frente em uma pergunta que foi direcionada a você.
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Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
Hehehehehe, nem eu sabia de tantos detalhes
Tá mais que respondido.
Abraços!!!
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Parabens Eliran...bela ave ...tenho certeza que vc ira se sair muito bem com ela assim
com se saiu com horus....
por favor nos mantenha informado de sua evoluçao e da Padmé.
Parabens.!!!
abraço!
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Luciano Helmer
Mackneykers
Tyto Alba:Jahow
Ok, pode deixar Luciano. Valeu!
Abração!
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Simplismente maravilhosa a padme hehe
aguardamos mais do diario!
abração a todos
João Gottardi
Junior, meu irmão querido.
Não tenho a menor dúvida dos teus votos sinceros. Começamos juntos e espero que
quando você tiver sua ave, que nos ensine muito. Pra quem nã sabe o Jr. teve grande
prejuízo no incêndio de uma loja a qual fazia muito comércio. Com o prejú talvez
pudesse comprar alguns rapinantes, mas "ces´t la vie". Tenho certeza que vc vai se
recuperar rápido e logo logo, se candidata a pegar um dos Parabuteos que logo estarão à
venda. Sucesso meu irmão!
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Confesso a minha boa inveja !!!!
Pra mim todo rapinante é espetacular, mas é claro que o "meu" vai sempre ser mais
especial.
Parabéns e muito sucesso com a ave.
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Paciência, para alguns uma virtude, para um falcoeiro pré-requisito.
Hehehe, também tenho muito destas invejas
Obrigado meu amigo.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran, meu Grande Irmão!
Ler este tópico (pela quinta vez), para mim é motivo de muita alegria!
Da mesma forma que te dar os parabéns por mais este capítulo que na sua vida se inicia,
mesmo já tendo expressado a minha alegria em outras oportunidades.
Passei alguns dias ausentes, é verdade, mas sempre estive lembrando e imaginado como
você estava se saindo com essa nova e fabulosa experiência. Ao ver a nossa Padmé pela
web, sacudindo a cabeça e ao mesmo tempo atenta a tudo ao seu redor, fiquei imaginado
seu deslumbrante vôo...
Às vezes me imagino com um bloco de notas na mão, sempre atento e observando cada
etapa do treinamento, registrando cada passo e aprendendo a cada dia mais, uma grande
e feliz experiência, que com certeza, desejaria poder realizar, se não fosse a distância, e
o fato de morarmos em pontos extremos do nosso país. Mas aqui fico, aguardando seus
post’s, e as novas paginas deste emocionante diário, que nos arrebata no tempo e nos
transporta para o momento exato, onde tudo aconteceu.
Como um irmão que mora longe, espero que minhas palavras expressem o desejo de
estar presente, e que ao menos no momento em que seus olhos percorram estas linhas,
sinta-se próximo, assim como todos nós nos sentimos presentes, quando lemos seus
relatos.
Aqui, mais uma vez, registro minha satisfação e minha fraterna alegria, ao mesmo
tempo em que lhe desejo o melhor, que esta nova fase, lhe proporcione novos
ensinamentos, multipliquem seus conhecimentos e a tua sabedoria. E que a nossa
querida Padmé permaneça durante décadas em teu ombro, onde Hórus hoje descansa
suas asas, fazendo parte de tudo que você é.
Um Grande Abraço Fraterno! Meu Grande Irmão Eliran!
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Khéfren Aguiar"
Vida Longa e Saudável"
Khéfren, você é um poeta. quem dera a Padmé entender o que você deseja a nós. Muito
obrigado por suas palavras que antes eram incomumente lisongeiras e hoje são
corriqueiramente honrantes.
Forte e fraterno abraço.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Simplismente de chorar essa ave, que nem diria minha filhinha e afilhada do Eliran, a
"mãe do óius", que como o próprio Eliran disse não substitui aquilo que é insubstituível,
mas com certeza nos deu um outro animo na Nobre Arte.
Outro comentário que tenho que deixar aqui é a "latente" inteligência desta ave, a qual
não é preciso "ensinar" denovo.
Bom dia a Todos!
João Gottardi
João
Acho que é totalmente válido os comentários e demonstrações de alegria com esta ave,
vocês estão diante da ave, da espécie de rapinante, que revolucionou a falcoaria
mundial, de 1960 até os dias atuais a arte da falcoaria, a milenar arte da falcoaria sofreu
uma mudança drástica com o uso deste rapinante.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Com certeza Jorge, e temos que agradecer esta oportunidade absorvendo todo o
conhecimento que ela tem para nos dar, obrigado pelo apoio!
Abraço a todos
João Gottardi
Sabia que tinha que reduzir o peso dela e então sábado optei por roedeiros de asas de
frango. Pega-se as asas de frango e tira-se o máximo possível de carne (justamente para
ele "roer" e não se "alimentar" propriamente dito). Coloquei a asa na luva e segurei com
firmeza. Ela no poleiro a uns 30cm de distância. Olhou, olhou e eu passei o roedeiro na
pata dela e no peito, aí ela saltou na luva, apenas subindo nela, como se subisse uma
escada, pois eu agora estava com a luva colada em seu corpo. De novo observou aquele
"corpo estranho" na luva e bicou (acho que só pra ver a textura). Enquanto isso eu
segurava firme. Ela então investiu na asa, achei que agora ia roer. Que nada tomou a asa
inteira da luva, ajeitou no bico e mandou TUDO pra dentro!!!!! Pensei: F****!!! Vai se
engasgar, pois até eu me engasgaria. A "bicha" olhou pra mim e deve ter pensado: "E
daí velhinho, tem mais um petisquinho destes"?
No domingo, eu já estava escolado, dessa vez ela ia roer, porque quem era ela pra me
tomar um roedeiro da luva??? Fiz tudo de novo, mas agora segurei tipo machão
canhoto!!!
Desta vez ela (além de comer tudo), deixou eu retomar a asa pre ela dar umas bicadas
antes. Nas terceira, engoliu tudo! Sem comentários . . .
Ontem (segunda-feira) comecei as tentativas de saltos ao punho. Ela estava com 740
gramas.
Separei alguns (5) pedaços de dois ou três gramas cada e sentei-me à frente dela. Tinha
me pré-programado a esperar uns 5 minutos e se ela não quisesse, ia parar o treino.
Sentei-me com a luva a uns 10-15cm. Ela olhou, olhou, analisou todo o cenário e 1 ou 2
minutos assim: SALTOU. E saltou leve. Amigos, eu pensava (e estava preparado) pra
um soco na luva. Que nada ela parace mais leve que o Sparv (literalmente) no toque.
Daí aumentei para 30 e depois 50cm. Apitei desta vez, depois, de ela pegar a carne, pois
queria que ela associasse desta forma, para depois eu apitar e ela comer. . .
A sensação de conquista nesta hora é IMPRESSIONANTE. É muito mais
recompensador treinar uma ave que nunca foi treinada do que uma que por mais
brilhante que fosse, já tinha sido treinada.
Depois do terceiro pulo ela não quis mais. Hoje ela acordou com 744 gramas, acho que
não metabolizou muito. E veio apenas uma vez na luva. Mas já iniciando de 50cm.
Esperei 5 minutos e ela não veio. Parei o treino. Comida só amanhã, senão ela começa a
me treinar, e os Asas de telha são prodígios nisso.
Abraços.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Amigo Eliran, meus parabens pelos avanços no treinamento...
Realmente treinar uma ave desde o inicio é uma sensação incomparável quanto a uma já
"treinada"! Quando treinamos uma ave desde o inicio, sentimos os avanços desde o
começo, sabemos que o posterior resultado é consequencia dos nosso atos, do NOSSO
treinamento. É uma experiência incalculável.
Desejo-lhe sorte, paciência e determinação. Você está no caminho certo!
GRande abraço e agora deixa eu responder você aqui no msn. rsrsrs. "Outros detalhes"
_________________
Pedro Wendt Farias
Msn: [email protected]
Hehehehe, valeu, nos falamos em alguns segundos
Abraço
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran, nunca tente retomar o alimento da ave. Ela pensará que está roubando o alimento
para sí e você terá problemas no futuro como agressividade e o ato de carregar. Lembrese que você tem uma ave jovem.
Este negócio de segurar asa na luva não dá. Se você conseguir daí a uns 5 minutos seu
braço já está doendo e você não aguenta. Eu faço da seguinte maneira: pego um pedaço
de uns 40cm de corda de fiador, faço um laço de um lado e amarro na argola da luva. A
outra ponta, passo num furo entre os dois osso da ponta da asa (rádio e ulna) e amarro.
Seguro a corda entre os dedos e pronto, a ave vai ter de roer.
_________________
Eduardo Campolina
Diretor Tesoureiro AMF
Sócio ABFPAR
http://www.falcoariamg.com.br
“O maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada.”
George Bernard Shaw
Anotado Campolina. Farei.
Obrigado
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran
Parabéns pela ave e também por disponibilizar as informações e experiências do treino.
Dúvida. Qual o objetivo do roedor ? Sugerir comida possibilitando assim o ínicio do
treino, sem necessáriamente ofertar a comida para não aumentar o peso ?
Mario Neto
Mario
A denominação dada a este alimento para que a ave de rapina coma é "roedero"
(espanhol) e acho que "tiring" (inglês).
São considerados bons roederos o rabo de boi ou asa de pombo ou frango. O objetivo
principal do roedero é prolongar , expor por um maior a permanência da ave de rapina
diante de situações que causam estress para a ave de rapina fazendo associação com um
estimulo positivo (alimento). Inicialmente você alimenta sua ave oferecendo uma
comida rápida , carne bovina, e rapidamente a ave fica saciada, querendo afastar-se de
você, logo depois você oferece um alimento que demora um pouco mais, uma meia
codorna, e expõe a ave a situações para que ela amanse e se habitue, transito, veículos,
pessoas estranhas, cães, isto tudo. Logo após isto vc entra com o roedero , a ave com
fome você coloca no punho com um roedero e passeia em locais movimentados,
rapidamente a rapinante associa o alimento com situações que anteriormente eram
estressantes, mas agora são prazerozas porque associam com alimento.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Campolina Escreveu:
Eliran, nunca tente retomar o alimento da ave. Ela pensará que está roubando o alimento
para sí e você terá problemas no futuro como agressividade e o ato de carregar. Lembrese que você tem uma ave jovem.
Este negócio de segurar asa na luva não dá. Se você conseguir daí a uns 5 minutos seu
braço já está doendo e você não aguenta. Eu faço da seguinte maneira: pego um pedaço
de uns 40cm de corda de fiador, faço um laço de um lado e amarro na argola da luva. A
outra ponta, passo num furo entre os dois osso da ponta da asa (rádio e ulna) e amarro.
Seguro a corda entre os dedos e pronto, a ave vai ter de roer.
Campolina
Eu nunca tive que amarrar o roedero. Mesmo com aves grandes como uma águia
cinzenta, 2kg800 gramas, quando alimentei no punho, colocando uma asa de frango,
deixando parte da asa entre o polegar e o indicador com a mão fechada e a outra metade
atravessada no meio dos dedos médios e indicador, dá uma firmeza que impede que
arranquem, agora é necessário força constante.
_________________
Jorge Sales Lisboa
É Jorge eu tô meio fraquinho mesmo. O Buteo me tomou uma vez e engoliu aquilo
tudo, com o úmero inclusive. Se eu não amarro vira uma tortura segurar.
_________________
Eduardo Campolina
Diretor Tesoureiro AMF
Sócio ABFPAR
http://www.falcoariamg.com.br
“O maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada.”
George Bernard Shaw
Campolina Escreveu:
É Jorge eu tô meio fraquinho mesmo. O Buteo me tomou uma vez e engoliu aquilo
tudo, com o úmero inclusive. Se eu não amarro vira uma tortura segurar.
É eu sei como é acontecia comigo tb, mas com o tempo vc habitua, trava ele entre os
dedos quando ele ameaçar bicar vc trava os dedos da mão, quando ele não estiver
comendo relaxa e fica nesta. Reconheço que não é fácil ainda mais para o bicho que tem
uma grande boca como um Buteo.
Além do Buteo fazemos isto com o Spizaetus ornatus que é uma ave fortíssima, e serve
muito bem.
_________________
Jorge Sales Lisboa
Eliran tá respondido.
Jorge, obrigado pela resposta.
E desculpe pelo uso do termo errado. É que ontem quando estava lendo eu devo ter
escrito a pergunta com o termo certo e hoje vi que minha mensagem não foi registrada.
Então com pressa e descuido juntos me veio roedor na cabeça.
Um abraço e muito obrigado mesmo.
Mario Neto
Pessoal o nome certo do roedero em inglês é Tyring.
Eu adicionei no tópico livros, artigos, etc, uma parte do boletim número 1 da ABFPAR
que está disponível para os sócios da abfpar no fórum abfpar. Esta parte fala de
vocabulários mais usados em falcoaria em espanhol e inglês, e mesmo passados muitos
anos 1998, esta ainda é a dúvida de muitos que iniciam.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Bom, eu não sou o Schawrzenneger, mas também não sou tão fraquinho . O que
acontece é que acho que minha luva tá muito grossa e o roedero que eu to fazendo tá
com mais carne do que devia, logo, está muito escorregadio. Aí, ou eu tiro ainda mais
carne do roedero ou tenho que amarrar mesmo. Mas é incrível como ela está mais
mansa, muito dócil eu diria.
Abraços
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eu tinha parado o diário com saltos de até 50cm se não me engano. Fui aumentando a
distância estes dias, todos os dias. E hoje consegui fazer todo o trajeto livre do meu
escritório em casa (10 metros) com facilidade e com uma particularidade que vou relatar
com o relatei ao Israel e ao Renato por MSN:
"Cara, na distancia mais longa, ela tinha várias cadeiras como obstáculo, daí ela veio,
tudo, pulando de cadeira em cadeira e no último obstáculo ela veio na luva. Deixei ela
onde eu estava com a luva e ela na volta fez os mais de 10 metros voando, sem medo".
Então: veio do ponto A (onde ela estava), saltando de cadeira em cadeira até o ponto B
(onde eu estava com a luva). Neste mesmo ponto onde eu estava, tinha mais um poleiro,
deixei ela lá e voltei ao ponto A onde ela estava, que é o ponto extremo da sala, ou seja,
o caminho de volta. Tinha certeza que ela ia fazer este caminho voando e que o caminho
"picado" de ida era só pra "reconhecer o terreno". Não deu outra. Chamei e ela veio
voando lindamente.
Com uma semanda e dois dias de convívio eu não poderia estar mais feliz. Amanhã vou
bolar alguma coisa ao ar livre (se a chuva der trégua).
Abraços.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran
Você pode treinar sua ave de duas formas , ou treina através de condicionamento
operante, com chamadas claras , bem definidas, e recompensa ou castiga sua ave
quando ocorre uma situação positiva ou negativa respectivamente, ou treina como já é
feito há muitos anos, sempre com resultados positivos com recompensas. Algumas
espécies e o Parabuteo está entre elas aceita bem as duas formas de treinamento, outras
espécies mais complicadas como Accipiter , Spizaetus, e outros não responde bem para
o condicionamento operante, um castigo = resposta agressiva.
Bem, seu gavião agora está na fase de saltos/vôos ao punho. Pergunta: Você mora em
casa? Em apartamento? Bem de qualquer forma escolha um local tranquilo onde tenha
uma alcandara, longe de distrações, e um poleiro para realizar os exercícios. Pegue o
gavião no local onde está já com o roedero , ou um pequeno pedaço de carne na luva,
ele salta do poleiro a luva, vc trava as jesses nos dedos, prende na luva, faz a pesagem e
só a partir daí desamarra a leash do poleiro, e leva a ave para o quarto onde irá realizar
os saltos/vôos ao punho. Amarra o fiador (creance) no destorcedor, coloca no poleiro, e
LATERALMENTE expõe a luva com o roedero e apita , apito curto, se a ave responde
bem, e isto em poucos segundos, vc pode repetir a lição algumas vezes. Atenção: Não
use o poleiro onde a ave fica atrelada, sua bowperch diária como poleiro para
treinamnento para ela voar na luva, muitas vezes o gavião não vem na luva do falcoeiro,
ele não entende o porquê, e ele aproxima do poleiro e ele vem, ele está fazendo com que
vc condicione sempre aproximar para só a partir daí ele voar ao punho e mais, quando a
ave está no poleiro ele debate, e a leash retém o gavião, onde ele recebe um "tranco",
um estimulo negativo dizendo que ele não deve pular daquele poleiro, e depois você vai
chamá-lo deste mesmo poleiro? Isto cria uma confusão na mente da ave.
Após a ave saltar perfeitamente, acho interessante no meio do treino e com ela com
fome ainda, ficar com o roedero na luva comendo e passear pelo jardim no quintal de
casa, nada de expor ainda na rua. Neste momento vc pode apresentar os outros membros
da casa, filhos, cães, etc.
Boa sorte.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Eliran, parabéns pelos avanços no treinamento da PADMÉ !
Estou vendo que logo logo já teremos algumas imagens dela voando livre
Se possível, continue a relatar os avanços.
Grande abraço!
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Pedro Wendt Farias
Caro Jorge,
moro em casa e meu escritório, onde ela fica, é amplo mesmo sendo fechado. Deixo
todas as portas trancadas e começo o treino.
Fico muito feliz de ter feito quase tudo o que você e o resto do pessoal meis experiente
já tinha me alertado para que eu fizesse. O resultado disso é o treino excelente que fiz.
Disse anteriormente "quase" porque eu cometi um erro em todos os passos que você
descreveu no seu último post: eu USEI erradamente o mesmo poleiro como ponto de
partida em todos estes dias (menos hoje). Não cometo mais este erro. Amigo, estou
espantado com a inteligência desta ave, pois a uma semana ela era muito arisca e agora
está dócil e principalmente, sem medo. Parece que me respeita mesmo.
Quero te adiantar que também me policio muito para que ela não me treine. Este
policiamento é um feeling que os livros não ensinam.
Por favor, continue me advertindo sempre que necessário.
Abraço.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
A Padmé evolui de uma forma tão espantosa que hoje comentei com o Eliran "nossa ela
ta está tão mais dócil nem parece que faz pouco mais de 15 dias que está aqui" nesta
hora ele falou, "pouco mais de uma semana você quer dizer" haha
Abraço a todos
Bom final de semana
Eliran, meus parabens pela evolução que tem conseguido com sua ave, e sim João e
uma ave estremamente inteligente. Se precisarem de algo podem contar comigo forte
abraço e um otimo fim de semana
_________________
Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
Pedro, Renato e João. 9 dias hoje
Eu disse em outro fórum que um dos grandes responsáveis por esta mansidão é a boa
linhagem desta ave proveniente do criadouro Fukui. Digo isto porque li esta conclusão
de três pessoas que acho que entendem muito de linhagem e manejo de Asas-de-telha. A
Jenifer Coulson, o Toby Bradshaw e o Martin Hollinshead. Realmente um criadouro de
confiança é fundamental para este resultado. Aliás, mais um ponto pra quem compra
aves legalizadas.
Renato valeu as ajudas. Apito sempre ANTES dela vir à luva seu p***!!!
Abraços.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran, vc apitar depois que ela ja tinha ido ao punho qual seria a utilidade?
ela deveria pensar: pra que que esse P*** tah fazendo esse barulho todo? idiota
so vc pra apitar depois
_________________
Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
Renato Escreveu:
Eliran, vc apitar depois que ela ja tinha ido ao punho qual seria a utilidade?
ela deveria pensar: pra que que esse P*** tah fazendo esse barulho todo? idiota
so vc pra apitar depois
Condicionamento Operante: apito curto, espera-se uma resposta imediata de poucos
segundos, se não vem não se insiste para não desgastar o estímulo.
Falcoaria Tradicional: Sempre reforços positivos, chama-se a ave continuamente, não
vem adia-se para tentar treinar mais tarde. Os chineses inclusive quando um Açor vem
ao punho, eles apitam diferente e continuamente que seria um estimulo para que a ave
coma.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Realmente Jorge, li em alguns textos e também conselhos de alguns falcoeiros que
utilizam o estímulo após a resposta...ou continuamente com ela. Principalmente no
início dos treinos.
_________________
Pedro Wendt Farias
Jorge, me lembro realmente de um chinês (ou mongol) fazendo este estímulo enquanto
seu Berkut comia na mão.
Se entendi bem, existe 2 tipos; o condicionamento operante e o da falcoaria tradicional,
cada um com seu método? Se sim, eles podem ser concomitantes ou faz-se sempre o
treino com um OU outro?
Att.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran
Alguns estímulos do condicionamento operante você vê nos primeiros tratados de
falcoaria como do Frederico II, não é novidade, embora hoje em dia seja comentado
com mais ênfase devido a alguns espetaculos exibicionistas com aves de rapina. Ele não
é usado só com aves de rapina, mas uma série de outros animais, mas isto é possível
quando se voa aves digamos "mais tranquilas, mais inteligentes" como Parabuteo,
Buteo, e outras, mas quando se utiliza este treinamento com ave mais "primitivas",
instinto puro, como Accipiters, isto pode resultar numa série de agressividades.
Bom vamos comentar uma forma de treinamento que entendo que pode te ajudar.
Amansamento: Uma ave amansada é aquela que reconhece o falcoeiro como uma
figura positiva, e reaje positivamente a sua presença, e não demonstra nenhuma situação
de estress nem ao falcoeiro nem ao entorno de onde vive. Isto se consegue com o tempo
de permanência que ficamos com nossa ave, mas isto não é só com a ave no punho, com
a ave no punho é fácil fazer com que fique tranquila, colocamos alimento, mas nesta
fase inicial é tudo muito rápido, ela come rápido, e você observa que logo após ela
comer ela fica saciada e começa a debater querer ir para outro local, e isto é negativo,
ela entende que você a retém pelas correias e isto é um estímulo negativo que você deve
evitar. Alguns falcoeiros não entendem o porquê da sua ave debater quando ele vai
pegá-la no punho no poleiro, e isto pode ser um dos motivos , porque a ave entende que
aquele objeto de couro que aproxima vai retê-la de cabeça para baixo, numa situação de
stress. Então sugiro que nesta fase inicial, quando ela come rápido, vc consiga uma
associação positiva, quando a ave estiver acabando o alimento no punho, já comece a se
deslocar para um poleiro no jardim, com um "bom sol" e uma banheira dágua. E assim
que acabar o alimento a coloque no poleiro. O amansamento da ave não é só permancer
com a ave no punho, nesta fase inicial que não usamos o roedero que prolonga uma
aceitação da ave no punho com o falcoeiro e entorno , sugiro, que , coma no punho e a
deixe num poleiro exposta a todo movimento, pessoas, crianças, etc, MAS, respeitandose uma faixa limite, digamos tem o poleiro da ave , e tudo mais , não deixe que ninguém
a não ser você se aproxime da ave até 2 metros de distância, crie esta área de segurança
imaginária isto facilita todo o amansamento. Você pode colocá-la numa alcândara ou
num poleiro em poste, e o amansamento continua neste poleiro, pois são poleiros altos
que dão mais segurança e continua o grau de tolerância a todos, sempre respeitando os
limites de aproximação.
Vamos responder a algumas perguntas básicas.
Você vai ter que controlar o peso de sua ave , e isto você faz conseguindo uma precisão.
Controle de peso não é só redução, é antes de tudo precisão.
A primeira pergunta é : Qual o máximo de alimento que sua ave consegue comer?
Como você vai fazer isto? Antes de tudo pese sua ave, eu entendo por peso da ave, o
peso do corpo da ave com braceletes. SOMENTE ISTO. Você pode colocar capuz,
jesses, destorcedor, e tudo mais sobre a balança, MAS desconte isto tudo, assim você
consegue o peso quase real de sua ave. Preferencialmente pese depois que ela
regurgitar.
Digamos que sua ave pesa 500 gramas, provavelmente o peso não será "redondo" assim
500 gramas, mas pensemos que sim. 500 gramas. Compre um pedaço grande de carne
bovina (coração de boi é uma boa opção porque é fácil rasgar), uns 110 gramas,
certifique-se que a carne não está congelada e com a ave no punho deixe que segure e
coma esta carne, digamos que ela coma 100 gramas, e não queira mais , está saciada.
Quando a ave começa a comer, tudo começa rápido e acaba rápido , mas seu objetivo é
saber o quanto ela come. Após comer e está saciada , muito rapidamente coloque a ave
no poleiro no jardim , com banheira de lado. Isto é importante , porque uma ave no
início do treinamento e já saciada, começa a debater no punho, e as jesses a retém e isto
é prejudicial porque ganha um estímulo negativo, que talvez explique o porquê de
algumas aves assustarem-se com o falcoeiro quando ele vai pegar no punho.
(Posteriormente isto pode ser sanado com o uso do roedero, e recompensas, quando
formos pegar no poleiro). Antes de coloca-la no poleiro no jardim, o ideal é que pese de
novo a ave, que deve acusar na balança 600 gramas.
Então você percebeu que sua ave come no máximo 100 gramas, no dia seguinte, no
mesmo horário, digamos que após metabolizar o alimento venha a pesar 550 gramas,
então você sabe que o máximo que ela come é 100 gramas, e que o peso final de ontem
foi 600 gramas, então para chegar neste peso de novo hoje você teria que oferecer 50
gramas, certo? SIM, MAS agora não ofereça 50 gramas, ofereça 45 gramas, você
começa uma redução de peso buscando chegar ao peso preciso da ave, de aceitação e de
resposta. Novamente utilizando de coração de boi, a ave come também tudo
rapidamente , mas se feito tudo corretamente a ave começa a fazer uma associação
contigo muito positiva. No final antes de acabar coloque a ave no poleiro que você
escolheu. ATENÇÃO: Se você reside numa zona rural, ou urbana mesmo, cuidado,
animais como gatos, gambás , etc, podem ser perigosos para sua ave, inclusive outras
aves de rapina podem atacá-la. Se há este risco, faça um recinto telado, um viveiro e
deixe sua ave dentro.
Importante , quando sua ave comer no punho emita um som com a lingua, como o que
usamos para chamar cães, tsss, tsss, algo assim, mas pode ser um apito baixinho, um
assobio, um som distinto, os japoneses, batem numa caixinha de madeira, você pode
inclusive falar a sílaba "come", "come" . Isto toda vez que a ave baixar o bico para
comer, isto faz com que vc esteja condicionando sua ave, a toda vez que você produzir
este som ela baixar a cabeça e comer. Eu tinha várias aves em processo de reabilitação,
que ficavam numa alcandara e quando eu chegava e me viam, olhavam para mim, eu
emitia o som, e elas baixavam a cabeça procurando o alimento em suas garras, isto é
antigo, não é invenção nem meu , nem de ninguém, consta em tratados de falcoaria de
1.100 AC. Na verdade hoje na falcoaria não se inventa nada, ou melhor , inventa-se sim
, equipamentos eletrônicos, telemetria, etc.
Estes passos em ordem cronológica seria
1) Amansamento;
2) Comer no punho;
3) Saltos ao punho;
4) Passeio com o roedero;
4) Vôos ao punho;
5) Vôos a isca;
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
Espero que não tenha ficado complicado.
Nas próximas mensagens vou abordando as fases.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
3) Saltos ao punho;
4) Passeio com o roedero;
4) Vôos ao punho;
5) Vôos a isca;
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
Nos saltos ao punho escolha um local isolado, tranquilo , para que a ave se concentre,
em você, se tiver um quarto fechado, sem objetos, é muito melhor, objetos como
cadeira, armários, etc, são poleiros, que a ave pode condicionar ter que voar para eles
antes de ir para sua mão para comer, e isto não é bom. Quando for pegá-la no local onde
está, é válido colocar um pedaço pequeno de carne de coração de boi, de uma, ou duas
gramas , na luva. Agache a um metro e meio ou dois metros do gavião e se aproxime no
mesmo nível , na mesma altura que o gavião está no poleiro, não empurre a luva na face
do gavião vá aproximando na altura das patas e garras, e pode ocorrer 2 coisas, ou ele
vai se assustar, que pode ser por está com o peso alto, e sem fome, ou vai comer o
pedaço. Mostrando interesse em comer , encoste a luva nas patas dele que ele vai subir
para comer ou vai comer rápido e vc com uma leve pressão nas patas ele sobe. Com a
mão direita segure as jesses e trave as jesses entre os dedos, se a ave começa a se
debater levante rápido, suspenda, nunca deixe batendo asas próximo ao chão ou poleiro,
isto só quebra penas ou mesmo articulações. Ave dependurada, coloque a mão direita no
dorso, ajude a subir de novo no punho, prenda com um grampo, mosquetão, ou algo
assim, SÓ ENTÃO desamarre a leash do poleiro e AMARRE no punho. Pese a ave,
veja quanto está , e ofereça o alimento com aquela redução que já foi mencionada
anteriormente. Coloque a ave num poleiro, QUE SEJA DISTINTO do poleiro onde ele
fica no jardim. Neste quarto fechado, amarre a extremidade da leash na luva que deve
ter uns 60 cm talvez. Mostre a luva com o pedaço de coração de boi, sempre de perfil,
sempre de lateral para a ave. Muitas pessoas não dão importância a isto, porque aves
adquiridas em cativeiro são mais tranquilas, mas aves selvagens, quando o falcoeiro se
mostra de frente com o punho na frente dele a ave se sente ameaçada pela presença
humana por trás, e não vem , ou tentam fugir. De perfil vc caracteriza um poleiro para a
ave, sem intimidar a ave. Algumas aves mais complicadas e selvagens, eu não olho
diretamente para a ave, olho em sentido contrário, ou para o solo, para não intimidá-las,
e talvez alguns pensem que é exagero, mas até a respiração controlo. Quando sinto que
a ave veio no punho, faço o som que mencionei anterioremente e com a língua, ou outro
som qualquer e ela começa a comer. Bom, mostre a ave o punho com alimento se ela
mostra interesse deixe a uns 50 cm , isto para um Parabuteo é um salto, ele salta você
apita, silvo curto, uma única vez, ele pula no punho, e come a ração no punho, uma
única vez, não tente repetir , embora a tentação seja grande, mas por enquanto não.
Quando está terminando transporta a ave até o jardim e deixa no poleiro. Lembro, neste
momento , você está fazendo sempre uma redução diária de 5 gramas , BUSCANDO A
PRECISÃO.
_________________
Jorge Sales Lisboa
Primeiramente muito obrigado pelo tempo que dispendeu escrevendo este tratado. Abri
duas janelas para lê-lo e respondê-lo em cada detalhe que você escreveu. Vamos lá.
Ela me reconhece de uma maneira que posso te dizer que é um "porto seguro", vejo
claramente que ela fica calma não só no meu punho, como perto mim fora do punho
(quando eu sento perto poleiro dela por exemplo). Ela nunca mais se debateu a ponto de
dependurar-se na luva. Fazem 10 dias que estou com ela e ela nunca mais fez isso (não
faz mais há mais de 5 dias).
Com relação à retenção na luva, uma coisa importante de mencionar é que, depois de
comer um pedaço de carne, eu a conduzo ao poleiro (ela ainda não volta sozinha), só
que a primeira pata ela vai direto ao arco, mas a outra fica fortemente presa à luva, ela
nunca solta espontaneamente. É porque ela faz a associação da luva com comida e acha
que quando sair dela vai deixar de comer?
Estes 10 primeiros dias tenho trazido ela para o trabalho junto comigo, tenho uma
locadora em um lugar bastante movimentado, então ela está bem ambientada com o
passar de carros e passoas. Interessante citar que, quando estamos sozinhos, ela tende a
querer saltar de vez enquando para os móveis ao lado.
Gostei deste termo "área de segurança imaginária", é o mesmo termo que usamos no
AIKIDÔ e se chama em japonês, "maai".
Ainda estou readaptando os poleiros, mas ela está bem segura em um que é muito feio
mas segue os padrões que discutimos na ABFPAR. Em poucos dias estará com um mais
bonito.
O máximo que dei a ela e ela mantendo o interesse foi 25 gramas. No entanto, ela está a
cada dia voando mais longe nos treinos e comendo cada vez mais. Pesei ela três vezes
ao dia pelo menos (hábito egresso do Sparverius, mas que dá uma acurácia maior na
visualização do comportamento da ave). Ela progressivamente tem metabolizado mais a
cada dia.
Com relação ao peso dela quase real, duas coisas: sempre peso com as jesses (vou tirar
da próxima vez) e só vi ela regurgitar no dia seguinte que chegou em minha casa. Até
agora que eu tenha notado, não regurgitou mais. Mesmo comendo carne com penas.
Ela está com média de 740 gramas de peso. Neste caso compro um coração de boi e dou
a ela 100g, 200g ou corto 4 pedaços de 50gramas?
Com relação à perda de peso, ela veio com 793 gramas do Leo e nos dois primeiro dias
não comeu. Fui dando 10, 15, 20 gramas sucessivamente por dia. Hoje ela começou o
treino com 723 e terminou com 748 gramas.
Bom, o texto foi escrito genéricamente, mas reitero que moro em zona urbana com
muitos parques por perto. Não abro mão do Sol dela, mas aqui em Curitiba nos últimos
10 dias que ela está comigo, fez no máximo 3 dias de Sol tímido.
Sensacional o parágrafo "Importante", pois eu fazia de maneira instintiva, inata o tal
som com a língua, realmente não deve haver isto nos livros porque é mais uma coisa
que passa quase que despercebido e algumas pessoas fazem quase que com um sentido
maternal (paternal no meu caso ). É como o embalar instintivo quando pegamos um
bebê no colo. Muito bom.
Não ficou nada complicado. Ficou muito didático. Aproveitei amigo, pra te dizer sem
medo todo o meu processo de acertos e principalmente de erros, para que você possa dar
uma lapidada nos processos. Sei que vou errar de novo mas essa lapidação vem com o
tempo. Como diria (sei lá quem), "o diabo é esperto, não porque ele é o diabo, mas
porque ele é velho".
Continuando do seu último box:
na minha sala onde faço todos os treinos até agora, existem muitos destes objetos e
como disse alguns boxes acima, na primeira vez que ela fez o maior percurso, ela foi de
poleiro em poleiro (de cadeira em cadeira) até minha luva e voltou voando. Tive a
sensação que a volta pelo mesmo percurso seria aérea e foi e nunca mais foi de "poleiro
em poleiro", só voando mesmo por maior que seja a distância (aliás, nunca diminuí a
distância desde o primeiro treino).
Com relação aos silvos, preciso aí de uma atenção especial. Ela vem ao punho, agora,
além de em 100% das vezes, em todas elas em menos de 10 segundos. O que acontece é
que ela vem quando eu estico o braço e não quando eu apito. Tenho visto muito
inclusive nos videos do Nick Fox o quão pouco eles usam apito e apenas esticam os
braços para que o falco pouse em suas luvas. Devo MESMO estimular o apito? Esta é a
hora de optar e de fazer isto corretamente. Quando ela vem sem eu apitar, recolho os
braços e ela voa por mim ou até o poleiro. No treino de hoje, de todas as 15 vezes que
veio ao punho, procurei em 5 vezes apitar antes de me posicionar parado para ela vir à
luva como condicionante do apito e nestas vezes nunca recolhi o braço.
É isto. Sinto Jorge que para 10 dias ela está muito tranqüila em tudo e que ainteligência
dela é sensacional, pois pega todos os estímulos com muita facilidade. Sei no entanto
que esta inteligência fixa o bom e o ruim.
Abraço e obrigado mais uma vez.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Jorge
Ficou muito facil de entender. Uma pequena dúvida de como descobrir o peso ideal da
ave sem prejudica-la. No caso do Eliran a ave chegou com um peso e depois de comer
aumentou seu peso. Esse peso inicial de treinamento é que não entendi.
Mario Neto
[quote="Eliran"]Primeiramente muito obrigado pelo tempo que dispendeu escrevendo
este tratado. Abri duas janelas para lê-lo e respondê-lo em cada detalhe que você
escreveu. Vamos lá.
JORGE: É uma chance de "ouro" que temos aqui, uma ave excelente, oriunda de um
criadouro excelente, onde podemos trocar informações e quem sabe esta troca de
conhecimento possibilitar que outros que comecem a treinar uma ave possam sanar
suas dúvidas. Eu explicitei de forma mais complicada e talvez mais exagerada mas
para que sirva para outros que tenham aves diversas Parabuteo, femoralis, etc.[b]
[/b]
Ela me reconhece de uma maneira que posso te dizer que é um "porto seguro", vejo
claramente que ela fica calma não só no meu punho, como perto mim fora do punho
(quando eu sento perto poleiro dela por exemplo). Ela nunca mais se debateu a ponto de
dependurar-se na luva. Fazem 10 dias que estou com ela e ela nunca mais fez isso (não
faz mais há mais de 5 dias).
Com relação à retenção na luva, uma coisa importante de mencionar é que, depois de
comer um pedaço de carne, eu a conduzo ao poleiro (ela ainda não volta sozinha), só
que a primeira pata ela vai direto ao arco, mas a outra fica fortemente presa à luva, ela
nunca solta espontaneamente. É porque ela faz a associação da luva com comida e acha
que quando sair dela vai deixar de comer?
JORGE: Neste ponto é interessante que você deixe para colocá-la no poleiro quando
ela estiver comendo e chegando ao final, ficando saciada desta forma ela sai "mais
naturalmente", se você a coloca no poleiro, mas ela não está saciada, a ave pode
interpretar isto como um incômodo ou mesmo agressão e não é bom.
Estes 10 primeiros dias tenho trazido ela para o trabalho junto comigo, tenho uma
locadora em um lugar bastante movimentado, então ela está bem ambientada com o
passar de carros e passoas. Interessante citar que, quando estamos sozinhos, ela tende a
querer saltar de vez enquando para os móveis ao lado.
JORGE: Isto é muito importante, é um amansamento que continua, este contato com
todos e tudo é muito interessante. É natural querer subir em "poleiros = móveis, etc"
mais altos, deixe o poleiro num local afastado destes poleiros. Algo muito importante
é que quando colocar a ave no poleiro neste local preferencialmente deixe este poleiro
junto a uma parede uns 50 /70 cm de distância desta parede e que NUNCA
NINGUÉM SE APROXIME DA AVE POR TRÁS, futuramente enquanto come no
punho, vc fará com que pessoas circunde a ave e chegue por trás, mas agora não isto
gera strees e debatidas.
Gostei deste termo "área de segurança imaginária", é o mesmo termo que usamos no
AIKIDÔ e se chama em japonês, "maai".
JORGE: Fiz AIKIDÔ, mas não conheço este termo, fiz pouco também. No Kombato
(http://www.kombato.org), chama-se área de contato, a área de quando o inimigo
invade esta área você tem que eliminá-lo o mais rápido possível.
Ainda estou readaptando os poleiros, mas ela está bem segura em um que é muito feio
mas segue os padrões que discutimos na ABFPAR. Em poucos dias estará com um mais
bonito.
O máximo que dei a ela e ela mantendo o interesse foi 25 gramas. No entanto, ela está a
cada dia voando mais longe nos treinos e comendo cada vez mais. Pesei ela três vezes
ao dia pelo menos (hábito egresso do Sparverius, mas que dá uma acurácia maior na
visualização do comportamento da ave). Ela progressivamente tem metabolizado mais a
cada dia.
Com relação ao peso dela quase real, duas coisas: sempre peso com as jesses (vou tirar
da próxima vez) e só vi ela regurgitar no dia seguinte que chegou em minha casa. Até
agora que eu tenha notado, não regurgitou mais. Mesmo comendo carne com penas.
JORGE: Interessante pesar as jesses para saber o quanto pesa, deve ser uns 5 gramas
as duas, depois disso pode pesar a ave descontando jesses + destorcedor. SEMPRE
NUM QUARTO FECHADO. Quanto ao peso, se vc já sabe quanto a ave pode ingerir
para fazer uma redução correta de peso tudo certo, pode começar a fazer o
racionamento, mas se não sabe , fica difícil fazer isto no começo com alimentos com
plumas porque o peso envolve não só peso da ave, mas das pelotas, etc.
Ela está com média de 740 gramas de peso. Neste caso compro um coração de boi e dou
a ela 100g, 200g ou corto 4 pedaços de 50gramas?
JORGE: Esta ave mesmo pesando 793 gramas não creio que coma 100 gramas. O
problema de você oferecer 10, 15 , 20 gramas por dia você vai aumentando o peso da
ave, ela vai metabolizando mais ou menos e vc não sabe exatamente qual o máximo
que ela come. Então , acho que antes de tudo você tem que saber o quanto ela come, o
máximo . E isto com alimento animal, é difícil porque ingere penas que ela regurgita
e tudo mais. Acho interessante, que você deixe sua ave em jejum um dia, no dia
seguinte ofereça um pedaço grande de coração de boi, uns 100 gramas (tire aquela
pele com gordura), ofereça para a ave e deixe que coma a vontade, formando o maior
papo que você viu, pegue a carne que a a ave deixou e pese, diminuindo, vc vai saber
o quanto ela comeu, desta forma você vai saber o quanto consegue comer sua ave, e a
partir daí comece uma redução de 5 gramas diárias buscando atingir o peso máximo
menos 5 gramas.
Com relação à perda de peso, ela veio com 793 gramas do Leo e nos dois primeiro dias
não comeu. Fui dando 10, 15, 20 gramas sucessivamente por dia. Hoje ela começou o
treino com 723 e terminou com 748 gramas.
Bom, o texto foi escrito genéricamente, mas reitero que moro em zona urbana com
muitos parques por perto. Não abro mão do Sol dela, mas aqui em Curitiba nos últimos
10 dias que ela está comigo, fez no máximo 3 dias de Sol tímido.
JORGE: Mesmo este tímido sol é fundamental para o desenvolvimento de algumas
vitaminas que só desenvolvem com a exposição ao sol.
Sensacional o parágrafo "Importante", pois eu fazia de maneira instintiva, inata o tal
som com a língua, realmente não deve haver isto nos livros porque é mais uma coisa
que passa quase que despercebido e algumas pessoas fazem quase que com um sentido
maternal (paternal no meu caso ). É como o embalar instintivo quando pegamos um
bebê no colo. Muito bom.
JORGE: Alguns tratados medievais falam sobre este som, os espanhóis chamam de
"chasqueo". É importante. Impressionante como isto fica gravado na mente da ave,
mesmo passados muitos meses.
Não ficou nada complicado. Ficou muito didático. Aproveitei amigo, pra te dizer sem
medo todo o meu processo de acertos e principalmente de erros, para que você possa dar
uma lapidada nos processos. Sei que vou errar de novo mas essa lapidação vem com o
tempo. Como diria (sei lá quem), "o diabo é esperto, não porque ele é o diabo, mas
porque ele é velho".
JORGE: Estou apenas fazendo alguns comentários baseados em minhas experiências
anteriores com aves, ou o que li e vi. Acredito que neste processo um mês, um mês e
meio sua ave voará livre. Talvez antes disto. A paciência é uma das maiores virtudes
do falcoeiro e não adianta querer atropelar as fases .
Continuando do seu último box:
na minha sala onde faço todos os treinos até agora, existem muitos destes objetos e
como disse alguns boxes acima, na primeira vez que ela fez o maior percurso, ela foi de
poleiro em poleiro (de cadeira em cadeira) até minha luva e voltou voando. Tive a
sensação que a volta pelo mesmo percurso seria aérea e foi e nunca mais foi de "poleiro
em poleiro", só voando mesmo por maior que seja a distância (aliás, nunca diminuí a
distância desde o primeiro treino).
JORGE: A presença destes poleiro não é bom, mas se inevitável, tente pelo menos
"limpar a área" tirando objetos que se encontrem no caminho, fazendo com que a
ave faça um vôo direto. Um vôo direto, com ela tendo que bater as asas e chegar até
você denota segurança e confiança em você.
Com relação aos silvos, preciso aí de uma atenção especial. Ela vem ao punho, agora,
além de em 100% das vezes, em todas elas em menos de 10 segundos. O que acontece é
que ela vem quando eu estico o braço e não quando eu apito. Tenho visto muito
inclusive nos videos do Nick Fox o quão pouco eles usam apito e apenas esticam os
braços para que o falco pouse em suas luvas. Devo MESMO estimular o apito? Esta é a
hora de optar e de fazer isto corretamente. Quando ela vem sem eu apitar, recolho os
braços e ela voa por mim ou até o poleiro. No treino de hoje, de todas as 15 vezes que
veio ao punho, procurei em 5 vezes apitar antes de me posicionar parado para ela vir à
luva como condicionante do apito e nestas vezes nunca recolhi o braço.
JORGE: Os Falcos voados pelo Nick Fox são grandes Falcos a maioria e eles vêm ao
punho dele como um poleiro favorável, porque aprenderam que a partir dali as presas
sairão. No video do Nick Fox chamado Basic Training (disponível para os sócios
ABFPAR ), ele mostra como é feito o treinamento de um asa de telha. A relação
braço e resposta imediata é interessante, mas a associação com o silvo é muito
importante, a resposta tem que ser imediata, a associação silvo + braço e resposta
imediata também é correta, mas faça assim, silvo curto. Se a ave não responde
demora muito, suspenda e tente posteriormente, ela vai sentir que o momento e
oportunidade é aquele e não pode perder a chance e a resposta é imediata.
Futuramente na natureza, quando o gavião voa livre, vc vai levantar a mão e ele virá
na sua mão não só porque será recompensado com alimento , porque ali ele tem uma
posição vantajosa para as presas, são muitos estimulos e reflexos condicionados que
serão inseridos gradualmente na sua ave.
É isto. Sinto Jorge que para 10 dias ela está muito tranqüila em tudo e que ainteligência
dela é sensacional, pois pega todos os estímulos com muita facilidade. Sei no entanto
que esta inteligência fixa o bom e o ruim.
JORGE: Isto é reflexo do grande falcoeiro e criador que é o Leo Fukui.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Mário Neto Escreveu:
Jorge
Ficou muito facil de entender. Uma pequena dúvida de como descobrir o peso ideal da
ave sem prejudica-la. No caso do Eliran a ave chegou com um peso e depois de comer
aumentou seu peso. Esse peso inicial de treinamento é que não entendi.
Mário
Você para fazer uma redução de peso buscando precisão você vai ter que saber antes de
tudo o quanto come sua ave.
Com um pedaço grande de carne de coração de boi (100g) , ofereça tudo a ave, e deixe
que coma a vontade, o que ela não quiser mais é porque está saciada e comeu o seu
máximo. Depois pegue este restante e diminua dos 100 gramas ,e vc vai saber o máximo
que ela come. Se sua ave pesava 500 gramas e comeu só 50 gramas, ficou com 550
gramas, certo? Então no dia seguinte vamos dizer que metabolizou o alimento e ficou
com 520 gramas. Quanto falta para chegar aos 550 gramas que é o máximo que ele
consegue, 30 gramas , certo? então você não oferece 30 gramas e sim 25 gramas,
começando assim a fazer uma redução diária de 5 gramas e obtendo muito
provavelmente respostas mais favoráveis ao que vc quer. Esta redução de 5 gramas é
para aves médias/grandes Parabuteo, como é aqui o exemplo. Aves menores de
metabolismo mais rápido como femoralis a redução em gramas deve ser menor, 2 ou
mesmo 1 grama.
Interessante a confeção de uma tabela, onde conste seguintes variáveis:
Data;
Hora;
PAC (Peso da ave antes de comer);
PA (Peso do Alimento);
TA: Tipo do Alimento;
PDC: (Peso da Ave depois de comer);
OBSERVAÇÕES: (Respostas, reações, da ave, excelente, ótima, boa, regular, ruim,
muito ruim)
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Conversando com o Eliran atentei para uma observação sobre o que falei anteriormente.
Eu procuro alimentar minhas aves com um único alimento: Codorna. Porém se você
começa o treinamento alimentando com codornas com plumas e tudo, há partes
regurgitáveis (penas) que influenciam no peso, por isto uso nestes dias iniciais carne
bovina, mas são alguns dias apenas, só para saber o quanto come totalmente a ave, e
logo faço a troca por alimentar com codornas. Analisando a perda de peso de algumas
aves em condições parecidas , o nível calórico parece ser similar.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
4) Passeio com o roedero;
4) Vôos ao punho;
5) Vôos a isca;
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
Passeio com o Roedero
O "roedero" é um alimento , onde a ave demora a rasgar e comer, e permite que ao
prolongar esta alimentação ela se habitue cada vez mais com situações consideradas de
stress.
O roedero pode ser um pescoço de frango, peru, pato, onde você tira o máximo de carne
e gordura, pode ser um rabo de boi, uma asa de pombo, frango ou pato. O tamanho e
tipo do roedero vai depender da ave que você tem. Um ornatus pode ter como roedero
uma coxa de frango sem carne, o mesmo roedero para um Parabuteo não serve , porque
vai alimentá-lo, por mais carne que vc tire.
Você sabendo já o quanto come sua ave, e começando a fazer a redução, chama a ave ao
punho ela salta, mas desta vez você substitui a codorna por este roedero, a ave vai ficar
bicando, rasgando , mas vai demorar e nesta demora, vc fica com ela em várias
situações antes estressantes, vê TV, fica com uma roda de amigos, um churrasco, uma
série de outras situações. Inicialmente você faz isto dentro de casa , se ave está muito
tranquila, vc sai dá uma caminhada na parte externa de sua casa, vc pode deixar sua ave
no punho e ela vê pessoas diferentes, cães, ônibus, carros, etc. Cada vez que você
prolongue este passeio mais mansa estará sua ave. Atente que por mais duro que seja o
roedero, a ave vai consumir parte dele ou mesmo totalmente, e atente , para não ocorrer
de você caminhar ou sair numa distância cada vez maior e voltar com sua ave saciada e
debatendo-se, isto é um estímulo muito negativo.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Jorge Sales Lisboa Escreveu:
4) Passeio com o roedero;
4) Vôos ao punho;
5) Vôos a isca;
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
Passeio com o Roedero
O "roedero" é um alimento , onde a ave demora a rasgar e comer, e permite que ao
prolongar esta alimentação ela se habitue cada vez mais com situações consideradas de
stress.
O roedero pode ser um pescoço de frango, peru, pato, onde você tira o máximo de carne
e gordura, pode ser um rabo de boi, uma asa de pombo, frango ou pato. O tamanho e
tipo do roedero vai depender da ave que você tem. Um ornatus pode ter como roedero
uma coxa de frango sem carne, o mesmo roedero para um Parabuteo não serve , porque
vai alimentá-lo, por mais carne que vc tire.
Você sabendo já o quanto come sua ave, e começando a fazer a redução, chama a ave ao
punho ela salta, mas desta vez você substitui a codorna por este roedero, a ave vai ficar
bicando, rasgando , mas vai demorar e nesta demora, vc fica com ela em várias
situações antes estressantes, vê TV, fica com uma roda de amigos, um churrasco, uma
série de outras situações. Inicialmente você faz isto dentro de casa , se ave está muito
tranquila, vc sai dá uma caminhada na parte externa de sua casa, vc pode deixar sua ave
no punho e ela vê pessoas diferentes, cães, ônibus, carros, etc. Cada vez que você
prolongue este passeio mais mansa estará sua ave. Atente que por mais duro que seja o
roedero, a ave vai consumir parte dele ou mesmo totalmente, e atente , para não ocorrer
de você caminhar ou sair numa distância cada vez maior e voltar com sua ave saciada e
debatendo-se, isto é um estímulo muito negativo.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Transcrição das MPs entre mim e o Jorge de dois dias para cá:
Caro Jorge.
A Padmé está totalmente amansada, respondendo 100% das vezes que chamo e vem
instantaneamente. Estava pensando em fazer fiador com ela, mas antes tem a operação
de descobrir o peso dela através do processo com o coração de boi.
Você acha que mesmo ela estando 100% respondendo do jeito que venho fazendo é
fundamental fazer ela não comer amanhã o dia todo e dar coração de boi a ela na terça
feira?
Abraço.
Ttulo: Re: Padmé Amidala - diáro
Pasta: Caixa de Entrada
Eliran Escreveu:
Caro Jorge.
A Padmé está totalmente amansada, respondendo 100% das vezes que chamo e vem
instantaneamente. Estava pensando em fazer fiador com ela, mas antes tem a operação
de descobrir o peso dela através do processo com o coração de boi.
Você acha que mesmo ela estando 100% respondendo do jeito que venho fazendo é
fundamental fazer ela não comer amanhã o dia todo e dar coração de boi a ela na terça
feira?
Abraço.
Eliran
Isto é normal no Parabuteo evolui muito rápido, eu comecei a postar as mensagens
quando seu gavião já estava evoluindo e fazendo as coisas. Minha idéia de postar aquele
sequêncial usando sua ave como exemplo é que fica uma orientação permanente no
fórum e quando algum outro sócio estiver querendo iniciar com alguma ave já terá esta
orientação.
Quanto você está oferecendo de codorna para ela?
Jorge
Sim, vi que o post ficou mais genérico e realmente fica muito bom para referência geral
e para revisitas nossas para esye e outras aves.
Ontem ela começou o dia com 700 gramas, o peso bruto da codorna cortada foi de 68
gramas (dei entre as partes, todo o dorso de 28 gramas na última oferta do dia, onde ela
comeu no quintal de minha casa, ja minha luva como roedero, naquele ambiente de Sol
e bacia d´água que você mencionou) e ao final do treino estava com 766 gramas.
Que tal? Até as 9:30 posso fazer fiador, roedero ou deixar ela hoje sem comer e amanhã
dar coração de boi. Detalhe. Está 3 graus agora.
Abraço
Eliran
Antes de controlar o peso, vc tem que saber o quanto come sua ave, e vc só consegue
saber isto, vendo ela comer o máximo, se a codorna que você ofereceu não tinha nada
que ela venha a regurgitar, era só carne , osso, vísceras e ela não comeu tudo, já vale
como alimento para pesagem e redução, mas se ontem você alimentou com codorna e
com penas, hoje ela formou uma pelota que está envolvida no peso mencionado. Por
isto eu gosto de usar carne como coração de boi, mas são muitos detalhes, exemplo, eu
começo a alimentar com coração de boi, e depois transfiro para codorna , e sempre ,
sempre alimento com codorna, mas há uma outra variável influindo, o nível calórico dos
dois alimentos. Ela comeu 68 gramas de codorna , ótimo, mas amanhã você deveria
reduzir, mas reduzir quanto? Quanto ela precisa para ficar "alimentada, saciada", creio
que você não sabe porque ainda não averiguou o máximo que ela come.
Repito, exemplifico com coração de boi e codorna, porque pelo menos nos meus
treinamentos a caloria, a perda era muito similar, mas nunca testei cientificamente para
saber.
Manda estas mensagens no forum para que todos leiam, ai economizamos tempo.
Jorge
Ok, vou transcrever lá. Hoje vou fazer ela treinar com codorna, pois os 3 graus de
temperatura podem judiar muito dela sem comer.
Obrigado.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Bom, o que tenho a dizer sobre este tópico é que está MUITO BOM, com essa sequência de
etapas descritas por Jorge irá ajudar MUITO outros iniciantes que venham a adquirir uma ave.
Parabéns pelo tópico!
Minha dúvida quanto as etapas é a seguinte: Concordo que temos que saber o máximo de
comida ingerida pela ave, para que assim se faça a redução...Mas QUANDO fazer isto? Qual o
momento ideal para se saber o máximo de alimento que a ave ingere e posteriormente a
pesagem, quanto metaboliza para que assim iniciarmos a redução de peso? Pergunto isso pois
inicialmente a ave nem comer na luva vai...então gostaria de saber, qual o momento ideal para
isto e o que fazer nos momentos anteriores a este?(Em relação a alimentação).
ABraços a todos.
Pedro Wendt Farias
Pedro Wendt Escreveu:
Bom, o que tenho a dizer sobre este tópico é que está MUITO BOM, com essa
sequência de etapas descritas por Jorge irá ajudar MUITO outros iniciantes que venham
a adquirir uma ave. Parabéns pelo tópico!
Minha dúvida quanto as etapas é a seguinte: Concordo que temos que saber o máximo
de comida ingerida pela ave, para que assim se faça a redução...Mas QUANDO fazer
isto? Qual o momento ideal para se saber o máximo de alimento que a ave ingere e
posteriormente a pesagem, quanto metaboliza para que assim iniciarmos a redução de
peso? Pergunto isso pois inicialmente a ave nem comer na luva vai...então gostaria de
saber, qual o momento ideal para isto e o que fazer nos momentos anteriores a este?(Em
relação a alimentação).
ABraços a todos.
Pedro
Boa pergunta.
Se é uma ave que vem de um criadouro, provavelmente ela está sendo muito bem
alimentada e todos os dias tendo reservas de gordura o que pode dificultar, mas para a
ave comer não necessita ser realmente no seu punho , a deixe num poleiro num quarto ,
isolada e fechado e coloque um pedaço bom de carne sobre o poleiro, horas depois volte
e verá que comeu parte do pedaço ou o pedaço todo. Acho interessante não alimentar
por um dia porque como disse vindo de um criadouro a ave esta´ sendo muito bem
alimentada e tem reservas, e no dia seguinte estará com fome, e comerá. Alguns livros
falam em 10% do peso da ave, mas acho vago isto.
Jorge
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Então, falando nisso, ela veio com 793g
do Fukui.
Concordo com a "vagueza" deste cálculo, pois como por exemplo aqui em Curitiba tem
feito nestes dias menos de 5 graus sempre de madrugada e os dias nunca amanhecem
com mais de 10 graus, acredito que ela reserve mais gordura, etc, assim como nós
mesmo fazemos.
Jorge, farei amanhã o processo do coração de boi. Ja comprei o dito cujo. Posso fazer
umas iniciações de capuz ao mesmo tempo?
Att
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Jorge,
Realmente os tais 10% é bastante vago, mas serve como uma medida prévia. Realmente
o método que vc colocou se mostra muito mais preciso. Agradeço pelos esclarecimento.
Podemos mesmo fazer esse controle sem necessariamente a ave se alimentar na luva,
dificultando um pouco,mas sim, é possivel.
Abraços.
_________________
Pedro Wendt Farias
Pedro
Realmente os 10% é muito vago. Existem muitas variáveis que afetam o peso da ave,
atividade diária, temperatura e muito mais.
Um gavião que fica exposto no jardim certamente não terá o mesmo peso de um que
fica num quarto fechado, o que fica exposto com a queda de temperatura poderá perder
mais peso, ou mesmo um gato pode passear no muro, e ele se assustar continuamente e
gastar muita energia, ou ficar no poleiro, ver uma pequena ave pousar no jardim, ou
mesmo cair do ninho de uma árvore e querer capturá-lo seguidamente gastando muita
energia e quando você chegar fica louco com a variação de peso. Eliran já mencionou o
frio que está fazendo em Curitiba, e isto é uma variável para ser considerada,
principalmente para aves de metabolismo mais rápido, se você bobear perde a ave
mesmo. NA DÚVIDA ALIMENTE EXCESSIVAMENTE SUA AVE. O Mestre (La
Fuente), já dizia "erre por excesso, mas não erre por defeito".
Atenciosamente
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Jorge, posso concomitantemente fazer o processo amanhã do coração de boi com uma
apresentação e ambientação dela com o capuz?
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran
793 gramas . Acho que no primeiro ano vai voar com uns 700g, mas no segundo com
saltos verticais, e musculando a ave, e já condicionada, pode elevar para uns 730/740
gramas. Vai ser uma máquina.
Jorge
Eliran Escreveu:
Jorge, posso concomitantemente fazer o processo amanhã do coração de boi com uma
apresentação e ambientação dela com o capuz?
Eliran
Muitos falcoeiros desejam colocar o capuz em sua ave, acham bonito, tradicional,
ornamental, e muitos outros adjetivos, e realmente é, mas a primeira pergunta que eu
faço para estes falcoeiros quando encontro é: Como o gavião dele se comporta para as
presas? para o falcoeiro?
O treinamento para o capuz, pode durar 1, 2, 10 meses, 1,2 , 10 anos , a vida toda,
depende muito da ave. Exemplo: Aves imprints, ou humanizadas, você tem
obrigatoriamente que ensinar o uso do capuz desde muito cedo, colocando quando
filhote, continuamente, para não temer o objeto, eu costumo usar o capuz do tamanho
do adulto para o filhote, e a medida que vai crescendo vai se adaptando cada vez mais.
Se vc faz vários capuzes e vai colocando desde pequeno e mudando o tamanho, quando
a ave está formada e vc tenta usar o último tamanho ele recusa. Aves imprints que são
forçadas a usar o capuz interpretam o uso como uma agressão e adquirem maus hábitos,
e reagem negativamente. Aves criadas em cativeiro pelos pais, aves selvagens de
primeiro ano ou adulta não são difíceis de encapuzar. Seu gavião foi criado pelo Leo, se
foi criado pelos gaviões pais, deve ser uma ave que aceita bem o capuz. Se foi criado
pelo Leo, eu creio que ele tenha feito algum treinamento com o capuz, mas vale
perguntar a ele. No fórum abfpar você viu que tem alguns gaviões dele com capuz. Há
métodos associando com recompensas com o uso do capuz, há treinamentos
interessantes no site do Jim Nelson, posto abaixo o link.
http://www.americanbirdabatementservice ... domyth.htm
Atenciosamente
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Vou mandar uma MP pra ele.
Acho que esta questão do capuz é muito séria e tem de ser respondida desta maneira mesmo,
pois não se pode generalizar. Fico muito feliz de ter tido mais esta sorte de a Padmé ter essas
características de que (provavelmente) vai aceitar o capuz, pois numa situação de estresse ele
se faz necessário.
Dia destes li bastante um debate acalorado sobre as vantagens do uso de capuzes sobre o que
se chama lá fora de sealing - os paquistaneses e muitos árabes "selam" os olhos dos falcões
com uma linha na pálpebra de baixoe as unem na abeça no começo do treinamento para
diminuir o estresse. Muitos e muitos ocidentais acharam um absurdo e os árabes defendem a
técnica milenar por acharem muito superior aos capuzes.
Várias pessoas defendem também o não uso do capuz sob qualquer circunstância. No livro do
Harry Mc Elroy inclusive ele fala que o Harris é um dos poucos rapinantes que quando é tirado
da armadilha NÃO se acalma com um capuz.
Se o Leo der este sinal verde, já que a Padmé tem estas características, vou tentar.
Att.
Eliran
Comentário do ficheiro: O da esquerda se chama Stevie Wonder, o da direita, Ray Charles
rsrsrsrs
Certamente.
Hoje em dia o que mais existe são pessoas contrárias as mais inúmeras atividades, e a
falcoaria não é difererente. Os Anti-Falcoeiros são muitos no exterior e inclusive no
Brasil, embora aqui a atividade ainda esteja começando, mas já existem anti-falcoeiros.
Agora imagina este tipo de ato. Realmente tem sua eficácia, não muito diferente do uso
do capuz, mas se para haver esta eficácia tem que causar um dano físico a ave, de que
adianta? e a imagem da falcoaria, onde fica? Sou totalmente contra. Hoje em dia a
falcoaria tem que ser cada vez mais aliada a atos , atividades que sejam benéficas para o
homem e para a natureza. Não isto.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Jorge, fiz o processo.
Ela estava com 703 gramas, dei 105 gramas de coração de boi. Ela comeu . . . . . . . . . . .
. . . . 105 e ficou com 805 gramas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que tal?
At.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Putz, 805gr
rsrsrsrs
Então agora é ver o que ela metaboliza até amanhã e então "dosar" a ração para a
redução do peso.
Jorge, no vídeo do Nick Fox, quando ele separa em 10 porções a ração e vai dano ao
falco, e mostrando o papo, é isso que ele quer mostrar? Não entendi muito bem esta
parte do vídeo.
E ai Eliran, falou c o Leo? O que decidiu sobre o capuz?
Grande Abraço.
_________________
Pedro Wendt Farias
Depois destes 105 gramas de comida, nunca vi uma ave fazer tanto cocô (bom, pior se
ela cagasse)
Falei com o Leo, ele me disse pra tentar se eu quisesse e que é bom ter disponível, pois
em muitas vezes pode ser bastante útil.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Também acho proveitoso tentar a utilização do capuz...traz diversos benefícios...
_________________
Pedro Wendt Farias
rapaz pelo poste esse, muita informação para quem estar iniciando.
Nivaldo Falcão.
Bom além de ela estar ULTRA defecante
o cheiro é horroroso, parece de cachorro.
Jorge, como eu disse ela foi depois do processo do coração de boi para 805 gramas,
agora a noite, está com 750, amanhã existe algum peso específico que ela deva chegar
ou não chegar?
Eliran
Eliran Escreveu:
Jorge, fiz o processo.
Ela estava com 703 gramas, dei 105 gramas de coração de boi. Ela comeu . . . . . . . . . . .
. . . . 105 e ficou com 805 gramas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Que tal?
At.
Eliran
Realmente comeu bem. Você observa um detalhe, 703 + 105 soma 808 gramas. Você
mencionou 805 gramas e não está errado. A ave de rapina o ato de rasgar , comer, etc,
gera um trabalho e gasto de energia, por isto deve ter dado a diferença de 3 gramas , e
ficou com 805 gramas.
Agora você observa quanto ela vai metabolizar, digamos que ficou no dia seguinte com
755 gramas. Então você sabe o quanto ela come e vai completar esta ração menos 5
gramas. Desta forma seria o total que ela pode comer 805 gramas menos o quanto ela
está 755 gramas que totaliza 50 gramas, MAS, você agora começa a fazer a redução, ao
contrário de oferecer 50 gramas, oferece 45 gramas. Começa desta forma a fazer a
redução de forma controlada sem oferecer maiores riscos para a ave, o que ocorre
quando pessoas começam a fazer o controle de peso e faz mais ou menos na sorte. Cada
dia você vai repetir este processo, reduzindo 5 gramas, e treinando a ave, como foi
mencionado. Outra coisa uma série de atividades diárias tem que ser controlada, como
atividade diária, fonte de stress, etc. Algo muito importante, é que não precisa mais
oferecer coração de boi, isto foi breve e para saber o quanto consegue ingerir, pode
oferecer agora "codorna pelada" Esta codorna é uma codorna onde você tira a cabeça ,
arranca todas as plumas, pés, intestinos, o gavião agora vai comer um alimento mais
saudável e adequado, com vitaminas, e vc trabalha a redução neste alimento, pesando
este alimento como se fosse a carne que vc vai reduzir. Futuramente quando você já
tiver mais experiência pode oferecer o alimento com plumas e administrar, pesar , o
excesso que a ave expele como pelotas.
Jorge
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Pedro
É isto ai, eu vi esta parte do Video, parece que o Fox tem um Gyr nas mãos e analisa a
quantidade que a ave come oferecendo o máximo de alimento, para depois começar a
redução buscando a precisão. Consegui trocar umas informações com umas pessoas que
estagiaram com o Fox, e falei com alguns falcoeiros que trabalhavam a fundo o controle
de peso e mencionaram que o controle deveria ser feito desta forma, e faço assim.
_________________
Jorge Sales Lisboa
Eliran Escreveu:
Depois destes 105 gramas de comida, nunca vi uma ave fazer tanto cocô (bom, pior se
ela cagasse)
Falei com o Leo, ele me disse pra tentar se eu quisesse e que é bom ter disponível, pois
em muitas vezes pode ser bastante útil.
Eliran
Se você não souber fazer um capuz, acho que valeria falar com o Leo, perguntar se teria
um capuz do tamanho adequado para este Parabuteo, embora se tiver sido feito o
treinamento quando ele era filhote, ou se ele foi criado pelos pais, irá aceitar o capuz
posteriormente. Vi que o Janízaro integra o fórum, para mim, é um de nossos melhores
artesãos, e que talvez possa fazer um capuz para Harris e te vender. O cheiro das fezes é
normal. Agora pode começar a trocar o alimento para codorna, sem pena, sem
intestinos, sem pés, e continuar com a pesagem e redução, buscando precisão.
jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Vocês vão observar no decorrer destes treinamentos que o peso não é único. O peso
para uma ave vir ao punho, pode ser diferente do peso para vir na isca, ou para ela
perseguir as presas. Inclusive o peso que estamos trabalhando é diferente inclusive se a
ave é criada em cativeiro ou não, se está sendo treinada num ambiente fechado como
um quarto, ou na área externa.
O que objetivamos com esta redução é conseguir um peso que consideramos "ideal"
com resposta ao punho, isca, etc de forma adequada. Então temos como peso inicial e
base o peso máximo que a ave come , mas este não é o peso ideal, por isto nós
iniciamos a redução, retirando algumas gramas diárias , mas a partir de agora vamos
iniciar os vôos ao punho, a medida que diminuímos, observem os pesos, fundamental o
uso diário da tabela, vocês vão observar um peso, onde a ave terá uma resposta
imediata, 2, 3 segundos ao punho, imediata para a isca, para tudo, e a partir daí
"GRAVEM", este peso, NA TABELA e comecem a trabalhar a quantidade de alimento
para chegar neste peso, e deixem de lado o peso que tinhamos nos baseado
anteriormente, ou seja , o peso total que a ave consegue ingerir.
Espero que não tenha ficado muito confuso.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Intestino e tarsos, é sabido que não é interessante ofertar pelo risco de contagio de
doenças, mas qual o motivo para separar a cabeça tambem Jorge ?
Até aonde eu sei é uma fonte interessante de alimento e principalmente de cálcio,
auxiliando ainda na metabolização do alimento por oferecer mais resistência para ser
ingerido (dependendo do tamanho da ave, claro... Derepente um Parabuteo faça apenas
GLUPT com uma cabeça de codorna). Estou errado ou existe alguma técnica que eu
estou deixando passar desapercebido ?
_________________
Paciência, para alguns uma virtude, para um falcoeiro pré-requisito.
Marcio DF
Eliran Escreveu:
Bom além de ela estar ULTRA defecante
o cheiro é horroroso, parece de cachorro.
Haaaaaaaaaaaaaaaaaa para de exagero vai !
Todo mundo sabe que os Gaviões são os Lord´s da higiene.
Igualzinho a um Sparveirus, sem tirar nem por !
Eliran, seja visionário e aproveite esta nova situação para ser pioneiro na técnica de
diaper falcon a Padmé vai fica liiiiiiiindia !
_________________
Paciência, para alguns uma virtude, para um falcoeiro pré-requisito.
Intestino e tarsos, é sabido que não é interessante ofertar pelo risco de contagio de
doenças, mas qual o motivo para separar a cabeça tambem Jorge ?
Até aonde eu sei é uma fonte interessante de alimento e principalmente de cálcio,
auxiliando ainda na metabolização do alimento por oferecer mais resistência para ser
ingerido (dependendo do tamanho da ave, claro... Derepente um Parabuteo faça apenas
GLUPT com uma cabeça de codorna). Estou errado ou existe alguma técnica que eu
estou deixando passar desapercebido ?[/quote]
Marcio
Na verdade o intestino onde as fezes ficam localizadas (acho que é intestino delgado),
normalmente são descartadas pelas aves de rapina, porém há o intestino grosso, que é
mencionado por alguns veterinários como sendo interessante ser consumido pelas aves
de rapina, eles inclusive defendem que há uma relação direta entre o surgimentos do
bumblefoot ou clavos com a ingestão de visceras , especialmente instestinos.
Os tarsos são fontes de cálcio como toda a estrutura óssea do animal que servirá de
alimento. Minha orientação quanto a descartar o crânio é unicamente para conseguir
controlar melhor o peso da ave de rapina. Quanto pesa un crânio de uma codorna? Acho
que uns 5 gramas, o Parabuteo pode ser, e muito provavelmente vai engolir o bico,
crânio , tudo, mas como disse no começo destas mensagens, estou postando de forma
sequêncial, abrangendo o máximo de situações possíveis para futuramente quando
alguém quiser treinar uma ave tenha uma orientação. Poderíamos perguntar o que
ocorre com um femoralis quando come o crânio de uma codorna? Algumas vezes ele
quebra o crânio, mas despreza partes do crânio por não poder engolir, despreza bico por
algumas vezes está perigoso e poder engasgar, e isto são gramas que estão sendo
jogadas fora, gramas estas que você pesou anteriormente como alimento do gavião, daí ,
minha orientação de pesar a "carcassa" sem o crânio, visando uma maior precisão no
controle de peso.
Somente isto.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Huuum, entendi, então neste momento de aferição de peso só é interessante ofertar
aquilo que temos certeza que a ave poderá comer, para assim não ocorrer perda e nem
inconsistência na tabela de peso.
_________________
Paciência, para alguns uma virtude, para um falcoeiro pré-requisito.
Sim, ela rasgou e segurou a carne na luva com bastante energia, deve ter gastou algumas
calorias mesmo.
De noite estava com 750 gramas e hoje de manhã com 725. Sendo assim, ela deu uma
queda brusca de peso, então não entendi o metabolismo dela. Entendi que depois de eu
racionalizar o peso devido, 5 gramas a menos todos os dias. Mas qual é o peso base?
Pois ela estava com 55g a menos no mesmo dia de noite. E hoje acordou com 725. As
fezes não estão sem cheiro de novo e evacua normalmente.
Quero te dizer que entendi todo o processo, só achei a queda de peso muito brusca. Será
que ela teve algo como uma desinteria?
Ela está muito dócil, como sempre. Ainda bem que não precisa mais dar coração de boi.
. . ok, vou oferecer codorna pelada e depois com penas. Ok.
Já falei com o Leo e tudo bem. Vou providenciar o capuz. Estou lendo também umas
dicas do Harry, no livro.
Acho fundamental esta segmentação de diferentes pesos para difernetes
comportamentos e ambientações da ave. O peso mínimo do histórico dela comigo foi
698 gramas, hoje com 725, ela veio à luva de imadiato. Mas amigo, estou realmente
confuso porque ela estava com 805 e à noite estava com 750 e hoje 725, achei que hoje
ela estaria com 750. Tudo anotado na tabela.
Então fiquei confuso só neste detalhe da queda brusca. Todo o o resto você explicou
muito bem, obrigado Jorge.
Marcio, eu abati umas 8 codornas pra congelar este fim de semana que passou e tirei os
tarsos, intestinos, bicos e asas, mas a cabeça até coloquei num saquinho separado, pois
desde os tempos do Hórus eu sinto que eles adoram. Aliás, o Hórus começava a comer
escapes pela cabeça. Estamos errados Jorge?
Marcio (2), vou fazer uma fralda pra ela
Abraços.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Jorge Sales Lisboa Escreveu:
É isto ai, eu vi esta parte do Video, parece que o Fox tem um Gyr nas mãos e analisa a
quantidade que a ave come oferecendo o máximo de alimento, para depois começar a
redução buscando a precisão. Consegui trocar umas informações com umas pessoas que
estagiaram com o Fox, e falei com alguns falcoeiros que trabalhavam a fundo o controle
de peso e mencionaram que o controle deveria ser feito desta forma, e faço assim.
Sim Jorge, é nesta parte mesmo do filme, Fox separa 10 porções de carne e vai
alimentando o Gyr, até ele se saciar por completo...mas vendo o filme não entendi
muito bem...agora com seus esclarecimentos nenhuma dúvida até agora. Obrigado.
Eliran Escreveu:
Então fiquei confuso só neste detalhe da queda brusca. Todo o o resto você explicou
muito bem, obrigado Jorge.
Eliran, talvez o frio a noite pode ter interferido no metabolismo...Ou alguma situação de
stress não percebida por você...sei lá...são apenas hipóteses...
Este tópico esta sendo muito útil. Parabéns a todos que estão contribuindo.
Grande abraço.
_________________
Pedro Wendt Farias
4) Vôos ao punho;
5) Vôos a isca;
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
4) Vôos ao punho;
Então, agora sua ave que está sendo treinada num ambiente fechado, e para vir ao seu
punho ela não mais salta, tem que bater as asas e voa. Voa de tal forma que supera os
limites da curta "leash" ou "lonja". Agora você irá iniciar com os vôos ao punho.
Agora, vc sabe, inicialmente sempre ao pegar sua ave no poleiro onde se encontra, vá
com um pequeno pedaço de carne, ela come este pequeno pedaço, uns 2 gramas e sobe
no punho, de acordo com um tempo mais ou menos variável, a ave vai subir no punho
sem você mostrar nenhum alimento, você retém a ave no punho , colocando as jesses
através dos dedos, prende com um "grampo" na luva, e LEVA PARA UM LOCAL
FECHADO, onde pesa a ave, desconta os acessórios, etc, amarra um "fiador" ou
"creance" no destorcedor, e vai iniciar os vôos ao punho. Agora dentro deste quarto
fechado a ave num poleiro , que pode ser uma alcândara, estique o braço, e apite, e a ave
responde rapidamente, 2,3 segundos. Nesta situação você tem duas opções, ou usa o
roedero, uma única chamada, um apito curto, e após a ave vir na luva e roedero, sai com
ela para passear e socializar e vai aumentando as distâncias dia após dia, ou utiliza a
ração que a ave vai receber, dividida em vários pedaços. ACHO MAIS
INTERESSANTE QUE FAÇA COMO NA PRIMEIRA OPÇÃO, uma única vez ao
punho, com passeio posterior. ATENÇÃO que você está aproximando de obter um
peso ótimo de resposta ao punho, que pode ser aproximado do peso ideal de resposta da
ave, e onde você vai trabalhar futuramente para atingir este peso e não o peso total que
ela comia. Dia após dia você tem uma resposta imediata , faz o exercício uma única vez,
a vontade de repetir é grande porém não faça, o ato de ter que retirar nesta fase o
roedero por baixo da luva é grande mas tem que ser bem feito, senão gera no
"entendimento" da ave que você está roubando o alimento, e isto pode gerar muitos
problemas futuros desde agressividade até levar uma presa embora quando capturar e
fugir. Logo o quarto onde você está treinando fica pequeno, interessante não haver
outros objetos entre o poleiro de onde ela voa (que tem que ser distinto do poleiro onde
ela fica no jardim) até seu punho. Este ato de voar do poleiro até o punho é algo
particular a ave jogar-se no ar mesmo que curta distância para vir a seu punho é algo
que denota confiança e torna forte sua relação com a ave. Bem, não havendo mais
espaço no quarto o treinamento continua no jardim, ou quintal, a ave não deve estranhar
este local porque nos treinos anteriores, a ave saltou ao punho, e você passeou neste
local, e ela deve conhecer este local com segurança, apesar disto, as fontes de distração
são maiores e muito provavelmente as respostas não vão ser as mesmas imediatas como
ocorriam no quarto fechado, mas , não se preocupe, caso as respostas não sejam
imediatas naquele dia , será num outro, porque continuamos com a nossa redução
mencionada nos textos anteriores. No decorrer dos dias certamente ela vai responder do
poleiro ao punho, nunca reduza a distância para que ela venha, comece de perto um
metro do poleiro e vá aumentando um metro cada dia. Assim que responda totalmente e
prontamente, chega a fase de levarmos a ave ao campo, onde este processo de vôos ao
punho será repetido, sempre com a ave presa ao fiador até que voe do poleiro que você a
deixa no punho até seu punho uns 50/60 metros. ATENÇÃO TOTAL com o material do
fiador , ele não pode partir , tem que ser resistente, o local de treinamento mais
adequado são campos com grama baixa, ou de areia um campo de futebol com areia
plana é o melhor porque o fiador não prende em nada pequenos galhos, e inclusive na
grama seca dando um tranco na ave e isto é uma lição péssima um ensinamento
péssimo. Quando você fizer estes vôos no jardim e no campo uma forma de reforçar o
treinamento evitando trancos e condicionamentos negativos é prender um longo fio,
pode ser um cabo de aço fino, entre dois poleiros, desta forma a ave desliza mais
facilmente de um local ao outro sem prender em nada. Embora a foto que eu posto
abaixo seja entre dois poleiros, sempre REPITO, não faça isto com modelos de poleiros
ou nos poleiros onde as aves ficam atreladas.
Terminou o treino, nova pesagem vendo o peso final da ave, banho, e descanso no
poleiro favorito.
_________________
Jorge Sales Lisboa
4) Vôos ao punho;
5) Vôos a isca;
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
4) Vôos ao punho;
Então, agora sua ave que está sendo treinada num ambiente fechado, e para vir ao seu
punho ela não mais salta, tem que bater as asas e voa. Voa de tal forma que supera os
limites da curta "leash" ou "lonja". Agora você irá iniciar com os vôos ao punho.
Agora, você sabe, sempre que ao pegar sua ave no poleiro onde se encontra, oferece um
pequeno pedaço de carne, ela sobe no punho e come este pequeno pedaço, uns 2
gramas, de acordo com um tempo mais ou menos variável, a ave vai subir no punho
sem você mostrar nenhum alimento, já fez uma associação positiva do punho com o
alimento. Você retém a ave no punho , colocando as jesses através dos dedos, prende
com um "grampo" na luva, e LEVA PARA UM LOCAL FECHADO, onde pesa a ave,
desconta os acessórios, etc. Caso a ave se encontre já num local fechado, faça todo o
procedimento de segurança, prendendo a ave na luva, fechando a porta e tudo mais, isto
é importante , diria fundamental. É a velho hábito , quando dirigimos sempre piscamos
a lanterna para entrar a esquerda ou direita, ou sempre colocamos um cinto mesmo que
desejemos dirigir 100 metros, isto nos condiciona a sempre fazer isto, e quando não
fazemos isto no trânsito , as consequências podem ser muito ruins como um acidente.
Transferindo para a falcoaria, este "relaxamento" de não seguir estes procedimentos
pode resultar numa ave fugindo, quando você tropeçar ou algo assim. Acredito que não
seja nada bom para o bolso ver "3000,00 reais" voando embora, pior se levar a leash,
onde irá prender num poste e morrer pendurada, prejudicando demais a imagem da
falcoaria. Bom, agora você amarra um "fiador" ou "creance" no destorcedor, e vai
iniciar os vôos ao punho. Dentro deste quarto fechado a ave num poleiro , que pode ser
uma alcândara, estique o braço, e apite, e a ave responde rapidamente, 2,3 segundos.
Nesta situação você tem duas opções, ou usa o roedero, uma única chamada, um apito
curto, e após a ave vir na luva e roedero, sai com ela para passear e socializar e vai
aumentando as distâncias dia após dia, ou utiliza a ração que a ave vai receber, dividida
em vários pedaços. ACHO MAIS INTERESSANTE QUE FAÇA COMO NA
PRIMEIRA OPÇÃO, uma única vez ao punho, com passeio posterior. ATENÇÃO
que você está aproximando de obter um peso ótimo de resposta ao punho, que pode ser
aproximado do peso ideal de resposta da ave, e onde você vai trabalhar futuramente
para atingir este peso e não o peso total que ela comia. Dia após dia você tem uma
resposta imediata , faz o exercício uma única vez, a vontade de repetir é grande porém
não faça, o ato de ter que retirar nesta fase o roedero por baixo da luva é grande mas tem
que ser bem feito, senão gera no "entendimento" da ave que você está roubando o
alimento, e isto pode gerar muitos problemas futuros desde agressividade até carregar
uma presa quando capturar e fugir. Logo o quarto onde você está treinando fica
pequeno, interessante não haver outros objetos entre o poleiro de onde ela voa (que tem
que ser distinto do poleiro onde ela fica no jardim) até seu punho. Este ato de voar do
poleiro até o punho é algo particular a ave joga-se no ar e mesmo que a curta distância
para vir a seu punho é algo que denota confiança e torna forte sua relação com a ave.
Bem, não havendo mais espaço no quarto o treinamento continua no jardim, ou quintal,
a ave não deve estranhar este local porque nos treinos anteriores, a ave saltou ao punho,
e você passeou neste local, e ela deve conhecer este local com segurança, apesar disto,
as fontes de distração são maiores e muito provavelmente as respostas não vão ser as
mesmas, imediatas como ocorriam no quarto fechado, mas , não se preocupe, caso as
respostas não sejam imediatas naquele dia , será num outro, porque continuamos com a
nossa redução mencionada nos textos anteriores (5 gramas). No decorrer dos dias
certamente ela vai responder do poleiro ao punho, nunca reduza a distância para que ela
venha, comece de perto um metro do poleiro e vá aumentando um metro cada dia.
Assim que responda a distância máxima, totalmente e prontamente, chega a fase de
levarmos a ave ao campo, onde este processo de vôos ao punho será repetido, sempre
com a ave presa ao fiador até que voe do poleiro que você a deixa no punho até seu
punho uns 50/60 metros. Lógico que os elementos de distração serão maiores, mas
certamente naquela fase de "passeios" você já conseguiu socializar a ave de tal forma e
com vários ambientes que sua resposta será satisfatória. ATENÇÃO TOTAL com o
material do fiador , ele não pode partir , tem que ser resistente, o local de treinamento
mais adequado são campos com grama baixa, ou de areia um campo de futebol com
areia plana é o melhor porque o fiador não prende em nada, nem em pequenos galhos, e
inclusive não prende na grama seca dando um tranco na ave e isto é uma lição péssima,
um ensinamento péssimo. Quando você fizer estes vôos no jardim e no campo uma
forma de reforçar o treinamento evitando trancos e condicionamentos negativos é
prender um longo fio, pode ser um cabo de aço fino, entre dois poleiros, desta forma a
ave desliza mais facilmente de um local ao outro sem prender em nada. Embora a foto
que eu posto abaixo seja entre dois poleiros, sempre REPITO, não faça isto com
modelos de poleiros ou nos poleiros onde as aves ficam atreladas no seu dia a dia.
Terminou o treino, volte com a ave comendo onde ela vai socializando cada vez mais
com tudo. Chegando em sua casa e no QUARTO FECHADO, nova pesagem vendo o
peso final da ave, anotando na tabela, e a coloque no jardim para tomar banho, e
descansar.
Anexos:
Comentário do ficheiro: Fonte: Livro Falconry Equipmente. Certamente o melhor
livro de materiais, mesmo após anos, continua sendo referência.
foto vôos ao punho.jpg [ 54.75 KiB | Visualizado 74 vezes ]
_________________
Jorge Sales Lisboa
AOS MODERADORES DO GRUPO
Favor excluir a minha primeira mensagem, eu a repeti, porque tentei editar, inserir e
excluir informações e fotos, mas não pude. Sendo assim excluam por favor a mensagem
menor sem anexo.
Obrigado
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Marcio_DF Escreveu:
Huuum, entendi, então neste momento de aferição de peso só é interessante ofertar
aquilo que temos certeza que a ave poderá comer, para assim não ocorrer perda e nem
inconsistência na tabela de peso.
Marcio
É isto. Correto.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Eliran Escreveu:
Sim, ela rasgou e segurou a carne na luva com bastante energia, deve ter gastou algumas
calorias mesmo.
JORGE: Sim muitas pessoas não percebem isto, os detalhes, mas certamente há
um desgaste no ato de comer e com perdas de calorias.
De noite estava com 750 gramas e hoje de manhã com 725. Sendo assim, ela deu uma
queda brusca de peso, então não entendi o metabolismo dela. Entendi que depois de eu
racionalizar o peso devido, 5 gramas a menos todos os dias. Mas qual é o peso base?
Pois ela estava com 55g a menos no mesmo dia de noite. E hoje acordou com 725. As
fezes não estão sem cheiro de novo e evacua normalmente.
JORGE: Você fez uma pergunta chave , que é o objetivo de todo este processo.
QUAL É O PESO BASE? Isto é muito difícil, como disse antes muitos livros
dizem, peguem sua ave quando sai da muda ou do recinto de cria e diminua 10% e
tenha em mente este peso que provavelmente será o peso de vôo, mas na prática,
pelo menos na minha, não é bem , assim , as experiências que tive mostraram outra
coisa. Quando você voa um Parabuteo, 5 gramas não afeta em muita coisa, mas
para um Accipiter, uma variação para uma ave que está voando pode resultar na
morte. Sendo assim o peso base que eu convencionei, afinal eu teria que ter um
peso base, e certamente os amigos que estão no fórum tem idéia de "seu peso base"
para treinar as aves, mas eu convencionei em colocar meu peso base como sendo o
máximo que ela pode comer. E vamos reduzindo, onde as respostas dela , quando
forem excelentes, e isto quando estiver fazendo no campo voando ao punho, vão
exibir um outro peso , que você começará a utilizá-lo como sendo "seu provável
peso de vôo.
Quero te dizer que entendi todo o processo, só achei a queda de peso muito brusca. Será
que ela teve algo como uma desinteria?
Ela está muito dócil, como sempre. Ainda bem que não precisa mais dar coração de boi.
. . ok, vou oferecer codorna pelada e depois com penas. Ok.
JORGE: A queda de peso pode ter sido devido a diversos fatores, como:
1) A ave nunca comeu coração de boi, e o organismo não assimilou bem este
alimento e expeliu o máximo, inclusive, pelo que você relata, talvez ela não tenha só
defecado, talvez tenha inclusive regurgitado a carne, talvez por excesso de
alimento, ou como disse antes por uma dificuldade de assimilar o alimento;
2) Pode ter sido que gastou energia devido ter entrado um pequeno animal no local
, como um rato e ficou tentando capturá-lo continuamente;
3) Pode ter ocorrido uma queda muito grande de temperatura fazendo com que
perdesse mais peso que o normal.
MAS, por tudo o que ocorreu e você mencionou acho que ocorreu a primeira
opção.
Já falei com o Leo e tudo bem. Vou providenciar o capuz. Estou lendo também umas
dicas do Harry, no livro. Acho fundamental esta segmentação de diferentes pesos para
difernetes comportamentos e ambientações da ave. O peso mínimo do histórico dela
comigo foi 698 gramas, hoje com 725, ela veio à luva de imadiato. Mas amigo, estou
realmente confuso porque ela estava com 805 e à noite estava com 750 e hoje 725, achei
que hoje ela estaria com 750. Tudo anotado na tabela. Então fiquei confuso só neste
detalhe da queda brusca. Todo o o resto você explicou muito bem, obrigado Jorge.
JORGE: Não se preocupe, qualquer um ficaria preocupado, mas isto não irá
ocorrer dela defecar desta forma , ou haver esta perda pois você vai alimentá-la
com codornas, lembre neste começo, codornas sem penas, sem cabeça, sem pés
(este último devido a possibilidade de enfermidades). Neste seu exemplo, como já
falei anteriormente eu não considero o peso no qual ela chegou pois este peso, pode
ter sofrido variações, inclusive na própria viagem devido ao strees. Estou me
baseando por este peso máximo que você obteve , que irá trocar para o provável
peso de vôo de sua ave no decorrer dos treinamentos. Interessante repetir os
mesmos horários de treinamento. Muito em breve você terá dois , pesos, ou
melhor, um você já tem, o peso máximo que sua ave consegue comer, e muito em
breve você terá um peso de ótima resposta de sua ave aos treinamentos. Em torno
deste peso de resposta até o peso máximo que sua ave consegue comer muito
provavelmente estará o "famoso" e comentado peso de vôo, mas isto envolve saber
quanto ela perde de calorias diárias, quanto de alimento você deve alimentar num
determinado horário para saber se sua ave tem condições de vôo e isto vamos falar
mais a frente.
Marcio, eu abati umas 8 codornas pra congelar este fim de semana que passou e tirei os
tarsos, intestinos, bicos e asas, mas a cabeça até coloquei num saquinho separado, pois
desde os tempos do Hórus eu sinto que eles adoram. Aliás, o Hórus começava a comer
escapes pela cabeça. Estamos errados Jorge?
Marcio (2), vou fazer uma fralda pra ela
Abraços.
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Jorge Sales Lisboa
Caro Jorge, eu realmente não me importo de fazer os processos mais detalhistas
como este de ver as diferentes nuances que os pequenos gramas influem no
comportamento da ave. Sei que ela não é tão delicada quanto um Sparverius neste
quesito, mas vou ser um falcoeiro com traços de relojoeiro. Não abro mão disso
para o bem de todas as aves que passarem por mim, então, me corrija tantas
quantas forem as vezes necessárias.
Quero dizer também que tenho investido muito na qualidade do tempo que passo
junto com ela, para sentir as necessidades dela, inclusive as necessidades de querer
me treinar. Então este processo é trabalhoso, mas não é chato.
Percebi então neste empirismo, que como ela estava com 725g (primeiro peso
aferido hoje) e respondia de imediato, que seu peso de resposta à luva é de 740g
para baixo. Seu peso de vôo então seria 720g (ou 760g, já que é a média do peso
máximo e o peso excelente de resposta à luva)? E posso concluir que o peso de lure
seria 710g a 700g e o peso de caça em torno de 690g ou ainda é cedo para saber?
JORGE: A queda de peso pode ter sido devido a diversos fatores, como:
1) A ave nunca comeu coração de boi, e o organismo não assimilou bem este alimento e
expeliu o máximo, inclusive, pelo que você relata, talvez ela não tenha só defecado,
talvez tenha inclusive regurgitado a carne, talvez por excesso de alimento, ou como
disse antes por uma dificuldade de assimilar o alimento;
2) Pode ter sido que gastou energia devido ter entrado um pequeno animal no local ,
como um rato e ficou tentando capturá-lo continuamente;
3) Pode ter ocorrido uma queda muito grande de temperatura fazendo com que perdesse
mais peso que o normal.
Acho que as alternativas 1; 2 e 3 estão pertinentes e concludentes e que a 2 "pode"
não ter acontecido.
Então quer dizer que com relação às fezes, é tudo a "lesma lerda", dependendo
que ela vai comer
E não dou a cabeça mesmo? Ela já comeu uma como se fosse caviar
Ok, vamos fazendo os ajustes finos.
Obrigado.
Abraço.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Percebi então neste empirismo, que como ela estava com 725g (primeiro peso aferido
hoje) e respondia de imediato, que seu peso de resposta à luva é de 740g para baixo. Seu
peso de vôo então seria 720g (ou 760g, já que é a média do peso máximo e o peso
excelente de resposta à luva)? E posso concluir que o peso de lure seria 710g a 700g e o
peso de caça em torno de 690g ou ainda é cedo para saber?
Grande amigo Eliran, acredito que esses pesos de isca e caça você verá na prática...e
não desta forma...portanto acho cedo para saber. É como você querer saber o peso ideal
dela em resposta à luva sem ter visto as respostas
Estou ADORANDO este tópico...estou aprendendo muito com essas discussões.
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Pedro Wendt Farias
Pois é, eu provoquei o achismo mesmo. Sair das fórmulas gerais acho que é uma
das bases da falcoaria.
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somos feitos.
[quote="Eliran"]Caro Jorge, eu realmente não me importo de fazer os processos
mais detalhistas como este de ver as diferentes nuances que os pequenos gramas
influem no comportamento da ave. Sei que ela não é tão delicada quanto um
Sparverius neste quesito, mas vou ser um falcoeiro com traços de relojoeiro. Não
abro mão disso para o bem de todas as aves que passarem por mim, então, me
corrija tantas quantas forem as vezes necessárias.
Quero dizer também que tenho investido muito na qualidade do tempo que passo
junto com ela, para sentir as necessidades dela, inclusive as necessidades de querer
me treinar. Então este processo é trabalhoso, mas não é chato.
Percebi então neste empirismo, que como ela estava com 725g (primeiro peso
aferido hoje) e respondia de imediato, que seu peso de resposta à luva é de 740g
para baixo. Seu peso de vôo então seria 720g (ou 760g, já que é a média do peso
máximo e o peso excelente de resposta à luva)? E posso concluir que o peso de lure
seria 710g a 700g e o peso de caça em torno de 690g ou ainda é cedo para saber?
Eliran
Não, de uma forma geral os pesos serão mais baixo para a luva e podem ser mais altos
para a isca e para a presa. No decorrer dos treinos e quando sua ave já estiver voando
livre, você verá que algumas vezes a resposta ao punho , não será tão imediata quanto
é para a isca, e quanto é para presa. Embora muito achem, mas em minha opinião, pois
mais relação que tenham com o falcoeiro , aves de rapina não são cães, a ponto de
ganhar afinidade, amizade, isto se compararmo com um cão, são aves que estão
associadas a você buscando recompensas em forma de alimento e dentro deste
princípio, sendo predadores, suas respostas são mais imediatas para presas e para a
isca (que parece uma presa), do que para o punho que é algo anti-natural. As relações
podem ser mais próximas com aves nascidas em cativeiro , especialmente os imprints,
mas no fundo as relações basixamente são estas. Acho cedo para analisarmos ainda os
pesos de vôo para a isca e para as presas.
_________________
Jorge Sales Lisboa
Outra coisa: ela aqui na locadora que é toda envidraçada, vÊ tudo o que se passa lá fora,
inclusive pombos e sabiás. Às vezes ela salta para querer caçar e logicamente é detida
pelo poleiro. Isto não frustra a ave em querer caçar?
At
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Outra coisa: ela aqui na locadora que é toda envidraçada, vÊ tudo o que se passa lá fora,
inclusive pombos e sabiás. Às vezes ela salta para querer caçar e logicamente é detida
pelo poleiro. Isto não frustra a ave em querer caçar?
At
Eliran
Lembra das variáveis que já mencionei, nível de atividade diária, estímulos que
provocam debatidas, isto tudo que sua ave está vendo, e estimulando ela a perseguir, vai
provocar um desgaste de energia que pode resultar em variações de peso. Toma cuidado
também, uma exposição excessiva da ave é muito bom para amansar, mas passa lá fora
muitas pessoas, e pode ser um destes "loucos radicais", e vai dizer que sua ave está
sofrendo maus tratos por estar debatendo num poleiro. Quanto ao estímulo para a
captura, a princípio frusta sim, mas no decorrer dos treinamentos ela vai entender que a
saída do punho , ou de uma árvore é uma situação real para a captura de presas.
Atenção: Cuidado com o que é dito aqui, e já vi isto ocorrer em outros tópicos,
infelizmente na situação atual que se encontra a falcoaria brasileira, com os antifalcoeiros por aí, e um forum aberto, vocês podem se prejudicar. Como dizia um
religioso: "Satanás está em todos os lugares na maioria das vezes oculto, e seus
demônios também"
_________________
Jorge Sales Lisboa
Ok Jorge entendi, as linhas e as entrelinhas. Ainda bem que todos este processo que
abordamos aqui é EXAUSTIVAMENTE comprovado científicamente. Fico muito
tranquilo d o embasamento deste treino ser debatido em um fórum com expoente não só
da biologia, como da veterinária e por vários companheiros diretores e mmbros de
organizações ambientalistas.
Hoje fiz fiador com ela e ela responde 100% das vezes com 725 gramas de peso e ainda
comecei a fazer gratificação de comida não em 100% das vezes. Para que ela fique com
o sentimento do "será que da próxima dev eu ganho?"
Ela está "na ponta dos cascos".
At.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
UP UP UP
Tópico muito bom! ! !
Eliran, parabéns pelos avanços...Já está pensando em sair com ela?
Grande abraço.
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Pedro Wendt Farias
Ficamos falando do rupornis e nem te contei e daí já aproveito e falo pro diário:
Saímos hoje, fiz 50 metros de fiador com ela. 15 lances, 15 retornos, todos com até 5
segundos de resposta
Até fiz uma coisa que o Nick Fox fala pra fazer: algumas vezes ela veio ao punho e eu
não dei recompensa, para instigá-la a querer no próximo.
Estou muito feliz mesmo
Abraços
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran,
Por que coração bovino ao em vez de codornas?
Abraços,
_________________
Milton Mello
Eu usei o coração de boi pra ver o máximo que ela podia comer de uma vez só. Usei
para descobrir o peso máximo. Deu 805 gramas e o mínimo até agora 698.
Abração.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran.
Nesta fase de saltos e vôos ao punho, você pode já começar a oferecer as codornas com
a plumagem, para que haja a formação da pelota, mas sempre cortando os pés, buscando
a redução. Procure buscar diariamente abaixo do poleiro as pelotas e tente treinar
sempre sua ave depois de ter regurgitado.
Vi que você está bem adiantado o treinamento (é assim mesmo com Parabuteo,
principalmente se for oriundo do Criadouro Fukui) e fez o treinamento repetindo os
vôos ao punho, cuidado para não desgastar o estímulo, ou seja, você inicia apitando, e
como você relata a ave está vindo rapidamente, mas no decorrer do treinamento ela vai
comendo e perdendo o apetite e se vc continua apitando pode desgatar o estímulo,
procure ter sensibilidade e perceber assim que a ave demonstrar falta de interesse ,
encerre. Interessante você pegar a ração total de codorna que ela vai comer e dividir em
vários pedaços de 2, 3 cm. Assim você terá uma "pasta", que será o corpo da codorna
dividido em vários pedaços. No decorrer dos treinos a ave vem , come este pequeno
pedaço , volta para o poleiro onde vc treina e repete. Algumas vezes não mostre o
alimento na luva, esconda na palma da luva , apita, ela vem ,chega , procura, vc abre a
mão e ela come. Este vai e vém irá repetir posteriormente quando voar nas árvores.
Cuidado para não prender o fiador nem dar tranco na ave nesta fase. E vamos entrar no
treinamento da isca.
Boa sorte
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Caro Jorge
vou oferecer deste modo então.Te digo que realmente é incrível o raciocínio dela, por
isso que tomo muito cuidado pra ela não me treinar. É um prisma diferente com esta
ave, pois o desafio é também não ser treinado. Quando sinto que ela vai perder o
interesse ou que não responde imediatamente, páro. Quando apito uma vez e ela não
vem, dou um passo pra trás e tento de novo. Se não responder, acabo o treino. Isso só
aconteceu uma vez. Viva o Fukui!
O resto todo venho fazendo, hoje estava MUITO frio e chuvoso aqui. Então fiz
verticais. Ela está com um asaúde impressionante! Fiz exatamente com o o Nick Fox e o
Nick Kester faziam nos videos. Inclusive não dando recompensa em 100% das vezes
que ela vinha ao punho. Sensacional.
Abraço.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Opaaa, já no fiador, MUITO BOM ! ! !
Continuemos com o tópico então
Realmente é necessária essa sensibildade para saber quando encerrar o treino,
interessante deixar sempre a ave com aquela vontade de "mais"... Essa sensibilidade vai
evitar que o falcoeiro seja treinado
Grande abraço a todos.
_________________
Pedro Wendt Farias
Eliran Escreveu:
Caro Jorge
vou oferecer deste modo então.Te digo que realmente é incrível o raciocínio dela, por
isso que tomo muito cuidado pra ela não me treinar. É um prisma diferente com esta
ave, pois o desafio é também não ser treinado. Quando sinto que ela vai perder o
interesse ou que não responde imediatamente, páro. Quando apito uma vez e ela não
vem, dou um passo pra trás e tento de novo. Se não responder, acabo o treino. Isso só
aconteceu uma vez. Viva o Fukui!
O resto todo venho fazendo, hoje estava MUITO frio e chuvoso aqui. Então fiz
verticais. Ela está com um asaúde impressionante! Fiz exatamente com o o Nick Fox e o
Nick Kester faziam nos videos. Inclusive não dando recompensa em 100% das vezes
que ela vinha ao punho. Sensacional.
Abraço.
Eliran
Realmente o livro e os videos do Nick Fox são hoje materiais indispensáveis para
qualquer falcoeiro.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Impressionante as respostas da Padmé mesmo, observei o treino dos verticais e ela está
respondendo muito bem!
E realmente como o Eliran relatou ela entendeu direitinho o "jogo" de ter a recompensa
as vezes, demais!
Abraço a todos nobres colegas!
Eliran Escreveu:
Eu usei o coração de boi pra ver o máximo que ela podia comer de uma vez só. Usei
para descobrir o peso máximo. Deu 805 gramas e o mínimo até agora 698.
Abração.
Entendi sua teoria, mas me arrisco a diser que você ainda vai ver sua ave com mais de
805g quando estiver caçando e o peso minimo talvez chegue a uns 680g. O interessante
é vc voar sua ave sempre com o peso o mais alto possivel, desde que as respostas sejam
boas.
Quanto a codorna faz o que o Jorge disse, mas nesses pedacinho pode incluir "perna"
(sem os pés), asas, cabeça, tudo o que contenha ossos. E o segredo é vc repetir o
movimento de vai e vem varias vezes, aumentando a distancia gradativamente!
Qual quer coisa conte comigo.
Abraços
_________________
Milton Mello
Dir. técnico ABFPAR
Tenho seguido as recomendaçãoes do Jorge à risca e as adapto em todo o manejo com a
Padmé. Percebi que entre 720-725 gramas ela vem à luva imediatamente.
Estou fazendo fiador com até 100 metros e ela vem imediatamente.
Acho que por causa do frio ela está metabolizando de 40 a 50 gramas por dia. Hoje ela
teve o peso mínimo de 695 gramas, no treino ela está sempre fazendo 100% de vindas
em todos os apitos. Ela destas 100% de vezes, em 30% vem sem eu chamar, só
estendendo o braço, e estes 30% ocorrem quase que sempre quando começo o treino.
Quando ela faz isto eu abaixo o braço e dou as costas para ela. Ela no fundo sabe que
não vai ganhar recompensa quando eu não apito, aí eu abaixo o braço e ela já nem vem
insistir para a luva, já desvia o trajeto e para eu outro lugar.
O que vocês acham que representa estes 720-725 gramas de resposta imediata à luva?
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Amigo Eliran, muito bom ver os avanços da Padme e os seus
Interessante você não recompensar quando ela vem por conta própria...e recompensar
apenas após o apito(se é isso que quer né, vale a ressalva ai).
Sobre o peso, acho que se ela responde imediatamente com 700-725gr eu optaria por
deixa-la com o maior peso, vale os comentários dos mais experientes nesta parte. Mas
lembrando que terá que baixar um pouco quando passar para a isca e caça.
Grande abraço.
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Pedro Wendt Farias
Eu tô percebendo que pra eu fazer ela começar o dia com 720 gramas eu tenho que dar
uns 60 gramas no treino. Confere?
Abraço.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Olha a dinâmica das asas . . .
Anexos:
Vôo 1.jpg [ 111.58 KiB | Visualizado 35 vezes ]
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Boa noite Eliran! Parabéns pelos avanços!
A foto está ótima, quando puder posta um vídeo pra gente!
Abraços!
Felipe
Grande Eliran, eu também estou ávido para ver um video da Padme ! ! !
Estamos no aguardo.
Grande abraço.
_________________
Pedro Wendt Farias
Postarei o quanto antes.
Jorge ou Milton (ou alguém que tenha certeza), acho que ela está perdendo muito peso,
metabolizando demais. Agora a noite está com exatos 700 gramas. Não sei se ela anda
metabolizando muito por causa do frio, aliado aos treinos de fiador em campo de areia
encharcada, vejo que ela gasta muito energia, mas que não desiste, pois nunca deixo o
fio repuxar.
Não sei se é dos tempos do Sparverius, mas estou com medo de tanta perda de massa.
Dou todos os dias entre 40 e 52 gramas, amanhã quero aumentar para 62 gramas e fazer
o último treino com fiador. Para depois começar o lure.
O que vocês acham?
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Sei que você perguntou ao Jorge e ao Milton, mas vou responder. O gasto é devido ao
desgaste do treino e o frio ajuda bastante. Se o treino for mais puxado ela vai
metabolizar mais e assim por diante.
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
AMF [Diretor de Informatica] - Site
ABFPAR [Tesoureiro] - Site
Por favor Israel, falei Jorge e Milton porque eles é que responderam por último estas
questões de peso da Padmé, mas eu coloquei entre parênteses (ou alguém que tenha
certeza) hehehe. Me ajude sempre, ok?
Então, o que você acha de eu aumentar um pouco a ração diária pra 60g?
Abraço.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Tenho meu diário, onde sei quanto a minha ave perde por cada tipo de treino, 30 saltos
ao punho(Fico em cima de uma escada acima de 2 metros) isso faz com que a minha
ave metabolize 5 gramas a mais do que se estivesse parada, ou seja alimento ela mais 5
gramas na ração do treino, outras situações como 20 vôos ao punho a distancia de 100
metros a ave come entre 5-10 gramas a mais e assim por diante. Na duvida pese a ave
mais vezes ao dia ou alimente com um pouco mais de "ração".
Obs: Só treino e peso a minha ave após regurgitar a pelota, assim tenho certeza do seu
peso.
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
AMF [Diretor de Informatica] - Site
ABFPAR [Tesoureiro] - Site
Eliran Escreveu:
Postarei o quanto antes.
Jorge ou Milton (ou alguém que tenha certeza), acho que ela está perdendo muito peso,
metabolizando demais. Agora a noite está com exatos 700 gramas. Não sei se ela anda
metabolizando muito por causa do frio, aliado aos treinos de fiador em campo de areia
encharcada, vejo que ela gasta muito energia, mas que não desiste, pois nunca deixo o
fio repuxar.
Não sei se é dos tempos do Sparverius, mas estou com medo de tanta perda de massa.
Dou todos os dias entre 40 e 52 gramas, amanhã quero aumentar para 62 gramas e fazer
o último treino com fiador. Para depois começar o lure.
O que vocês acham?
Eliran
Você acelerou o treinamento, e pergunto qual o peso ideal de resposta da tua ave?
Nos textos que você postou há uma série de fatores , além dos já citados pelo Israel, que
pode fazer com que esteja influenciando no peso de sua ave, como o fato dela ficar
debatendo querendo capturar as aves que vê e uma série de outros.
O que não queria é, a ave perdeu um peso a mais, ou está muito frio, vou adicionar 10
gramas, e porque não 20, como vamos poder controlar esta variável???
Sabendo o quanto ela está metabolizando, e para sabermos disto algumas ações são
necessárias, como:
1) Alimentar a ave sempre com o mesmo tipo de alimento;
2) Evitar perda de peso por condições externa como stress, debatidas, nível de atividade
diária;
3) Treinar e alimentar a ave sempre no mesmo horário.
4) Calcular a perda diária da ave.
Falamos mais sobre isto depois
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Ótimo, ótimo, está tudo sob controle então.
Adiantei o treinamento?
O peso dela ontem antes de dormir foi de 700g e hoje o menor peso de todos: 686
gramas.
O peso de resposta imediata dela é 720 gramas. Um outro fator que percebi hoje é que a
maioria dos saquinhos plásticos que uso tem pequenos furos que quase sempre molham
a carne, pois vejo que há mais água do que o normal depois do banho maria, logo, ela
pode estar comendo mais massa do que nutrientes, daí mais um fator para perda de
peso. De agora em diante vou proteger os saquinhos com duas camadas de plásticofilme no banho maria.
Hoje pela primeira vez fiz lure com ela, no total foram 62 gramas, ela foi para 750, e
está saudável como um touro!!! No entanto, apalpando o peito dela (faço com os dedos
médio e indicador), sinto facilmente a "quilha" (não sei como se chama), keel, acho.
Não era para eu sentir? Ela está mais pronunciada que o peito em si acho que 1 ou 2mm.
O que vocês acham?
Att.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Video do fiador, de 30 a 35 metros
http://www.youtube.com/watch?v=A8bX3DzlpKw
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Amigo Eliran, estou muito feliz de ver os avanços de Padme. Adorei assistir ao video e
ver a resposta desta ave. Parabens.
Quanto ao metabolismo/peso, vou fazer uma consideração que acredito que caiba na
discussão: Dou o exemplo dos ateltas que param de treinar/competir e engordam
rapidamente, isso devido a uma queda no metabolismo, fazendo com que aquela mesma
quantidade de alimento antes ingerido não seja metabolizado na mesma velocidade. O
que acho que pode estar ocorrendo com a Padme é o contrário. Antes ela não estava
voando, estava fazendo alguns poucos saltos, apresentando um metabolismo mais lento.
Hoje, com os voos a maiores distancias, maior esforço tambem devido ao vento que
antes nao existia e outros fatores, ela metaboliza mais rapido aquela mesma quantidade
de comida.
SObre o vídeo, estamos conversando no msn sobre a postura, uma questao importante
que pode passar despercebida. No vídeo voce chama a ave com seu braço/punho do lado
esquerdo do seu corpo, com a palma da mão visivel para a ave, quando o mais correto
seria ao contrário, onde vc se porta lateralmente à ave. Acho um pouco complicado
explicar por palavras, rsrsrs.
Grande abraço...vou procurar alguma foto que explique melhor essa questão de postura.
Se alguem tiver ou souber explicar melhor que eu, sinta-se a vontade. Se quiser
questionar também sobre essa questão de postura, seria interessante uma discussão
sobre isso, pois alguns dizem uma coisa e outros outra rsrsr.
_________________
Pedro Wendt Farias
Amigão, como conversamos no fórum ,acho fundamental realmente esta postura de
poder esconder os pedaços maiores de carne. Você podia colocar umas fotos de posturas
ideais aqui heim? Que tal?
Abração!
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Amigão, como conversamos no fórum ,acho fundamental realmente esta postura de
poder esconder os pedaços maiores de carne. Você podia colocar umas fotos de posturas
ideais aqui heim? Que tal?
Abração!
Eliran
A postura correta acho que pode ser visto na foto que postei aqui.
viewtopic.php?f=16&t=247&start=80
A postura correta é as costas da mão com a luva para a ave. O objetivo desta postura
não é esconder o alimento. Esta postura é a postura que dá uma maior confiança para a
ave vir ao seu punho. Quando você destaca desta forma a mão,seu braço , proporciona
um poleiro confortável para a ave longe de você e de seu corpo. Quando você coloca o
braço semi flexionado a frente do seu corpo, ou como você fez , a ave vem voando ao
punho vendo você por trás e isto gera incômodo para a ave achando você como um
possível competidor por alimento e isto para uma ave que não é nascida em cativeiro, ou
selvagem pode fazer com que ela fique amendrontada e tente fugir. Algumas espécies
mais arredias você, nem olha, vira o rosto em sentido contrário, você só apita , e quando
ela pousa você olha lentamente, fazendo o barulho com a lingua que já foi mencionado
anteriormente para que coma. Inclusive algumas espécies mansas como no seu caso,
quando já comeram uma parte do alimento de que necessitam , se você chama de forma
incorreta, podem recusar ou assustar e não vir ao punho ou tentar fugir.
Observei outros detalhes nos videos que é assim que sua ave chegar quando comer ou
for comer vc lentamente com a mão direita deve segurar as correias e "travar" entre os
dedos. Outra coisa estas correias (jesses), são "jesses de campo"? Se não for está errado.
Nestes vôos você deve trocar as correias (jesses) com corte e furo pela correia (jess) de
campo, sem furo algum. Voar a ave com jesses vazadas é um perigo enorme como já foi
amplamente divulgado aqui no fórum.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Pronto, esta ai uma foto da postura ideal
Foi o que tentei explicar. rsrsrs.
Abraços.
_________________
Pedro Wendt Farias
Entendi Jorge, inclusive a questão do olhar como você tinha mencionado do Açor.
Quanto aos jesses, estes eu coloco para fazer treinos externos. Não entendi a questão do
furo.
Att.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Entendi Jorge, inclusive a questão do olhar como você tinha mencionado do Açor.
Quanto aos jesses, estes eu coloco para fazer treinos externos. Não entendi a questão do
furo.
Att.
Eliran
As jesses possuem vários modelos, dois dos mais conhecidos são as jesses tradicionais,
que é uma única peça de couro que envolve o tarso das aves de rapina, e que hoje está
em franco desuso por seu perigo , quando uma ave foge, leva todo esta peça junto, que é
difícil da ave tirar, porque é uma peça inteira, o o furo na extremidade é um perigo
enorme para a ave para a imagem da falcoaria para tudo ,quando foge, normalmente
pousam em árvores, antenas , postes, etc, e nestes locais este furo e corte da
extremidade prende numa antena , num poste , num galho e morrem pendurada sem
forças, quando ocorrem estes casos, os falcoeiros , e as pessoas em geral chamam os
bombeiros, e quando tiram o gavião que já está morto lá em cima logo identificam que é
uma ave de falcoaria pelo material, e isto, é muito ruim em qualquer país, imagina no
Brasil, onde dá m..... no exterior, imagina num país como o nosso onde o
sentimentalismo sempre fala mais , e os anti-falcoeiros estão aí , esperando uma
oportunidade como esta. ATENÇÃO com isto. O outro modelo de jesse é a aylmeri
jesses, onde tem um ilhós e uma correia (jesse) que passa pelo furo da ilhose, neste
modelo você tem esta jesses com um boton na extremidade e na outra o furo com corte
para entrar a ilhose, neste caso , vc simplesmente retira segurando pelo boton esta jess e
coloca outra jess parecida, também com boton mais longa mas sem nenhum furo, neste
caso impede que a ave fique presa em galhos, antenas ou postes. É o correto. Quando
termina o vôo você troca esta jess de campo, pela que vai prender a ave no poleiro.
Outro detalhe, quanto a carne, vc disse que sua carne tinha água, uma das formas de se
baixar rapidamente o peso das aves de rapina é pegar um pedaço de carne vermelha e
deixar em banho maria por horas, ali sai todo o sangue e vc tem uma carne pobre em
caloria, que é usada para encher o papo das aves mais que baixa o peso por não ter
caloria, etc. É a chamada "carne lavada" nos livros medievais.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Isso mesmo Jorge, os meus são Aylmeri, mas deixei com furo pro fiador. Quanto a
carne, cmo disse, eu vi a "lavada" agora envolvo com plástico filme.
Valeu.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Postarei o quanto antes.
Jorge ou Milton (ou alguém que tenha certeza), acho que ela está perdendo muito peso,
metabolizando demais. Agora a noite está com exatos 700 gramas. Não sei se ela anda
metabolizando muito por causa do frio, aliado aos treinos de fiador em campo de areia
encharcada, vejo que ela gasta muito energia, mas que não desiste, pois nunca deixo o
fio repuxar.
Não sei se é dos tempos do Sparverius, mas estou com medo de tanta perda de massa.
Dou todos os dias entre 40 e 52 gramas, amanhã quero aumentar para 62 gramas e fazer
o último treino com fiador. Para depois começar o lure.
O que vocês acham?
opa Eliran blz?
este peso de 725gr e uma media bem razoável as femeas que vi voam com 670 700
gramas se sua ave responde imediatamente com 725 e bem provavel que com 700 possa
voar livre, lure e abater algo.
lembrando que existem 3 pesos 1 pra punho outro pra lure e mais outro pra caça a media
dos 3 e um bom começo e com o tempo vc acha o ideal
primeiro faça todos os testes nno fiador inclusive o lure para ter certeza . pelo que
acompanho, sua ave esta muito bem nos treinos. Agora o metabolismo e assim mesmo o
clima e os treinos queimam muita gordura pois e uma ave grande e cada voo e um
exforço danado. já o meu aqui, agora que esta dando sinal de melhora, porem queima
somente de 14 a 15gg por dia
o peso:
procure saber que peso a ave responde melhor e imediatamente nas 100% de vezes que
chamar. digamos 715gr
pronto vc decidiu e percebeu que este peso e o melhor para punho, lure, e distancias
longas 60 a 80 mt
supondo que vc alimenta sua ave com 50 gr diarias e ela metaboliza 50, 70, 80
dependendo do treino etc e so complementar no final
assim: voei minha ave e ela comeu 50 no treino teria que chegar em casa com 765gr
como a ave exercitou bem, ela ja chega em casa com 750 coloque a ave no poleiro e
complemente na luva os 15 ou mais que falta para ela queimar a noite alem de regular o
peso estreita mais a intimidade
_________________
Att Fernando Abilake - RJ
Certifique-se se a corda esta segura antes de subir na palmeira, se voce não sabe nadar,
não pule no rio!
Eliran Escreveu:
Postarei o quanto antes.
Jorge ou Milton (ou alguém que tenha certeza), acho que ela está perdendo muito peso,
metabolizando demais. Agora a noite está com exatos 700 gramas. Não sei se ela anda
metabolizando muito por causa do frio, aliado aos treinos de fiador em campo de areia
encharcada, vejo que ela gasta muito energia, mas que não desiste, pois nunca deixo o
fio repuxar.
Não sei se é dos tempos do Sparverius, mas estou com medo de tanta perda de massa.
Dou todos os dias entre 40 e 52 gramas, amanhã quero aumentar para 62 gramas e fazer
o último treino com fiador. Para depois começar o lure.
O que vocês acham?
opa Eliran blz?
este peso de 725gr e uma media bem razoável as femeas que vi voam com 670 700
gramas se sua ave responde imediatamente com 725 e bem provavel que com 700 possa
voar livre, lure e abater algo.
lembrando que existem 3 pesos 1 pra punho outro pra lure e mais outro pra caça a media
dos 3 e um bom começo e com o tempo vc acha o ideal
primeiro faça todos os testes nno fiador inclusive o lure para ter certeza . pelo que
acompanho, sua ave esta muito bem nos treinos. Agora o metabolismo e assim mesmo o
clima e os treinos queimam muita gordura pois e uma ave grande e cada voo e um
exforço danado. já o meu aqui, agora que esta dando sinal de melhora, porem queima
somente de 14 a 15gg por dia
o peso:
procure saber que peso a ave responde melhor e imediatamente nas 100% de vezes que
chamar. digamos 715gr
pronto vc decidiu e percebeu que este peso e o melhor para punho, lure, e distancias
longas 60 a 80 mt
supondo que vc alimenta sua ave com 50 gr diarias e ela metaboliza 50, 70, 80
dependendo do treino etc e so complementar no final
assim: voei minha ave e ela comeu 50 no treino teria que chegar em casa com 765gr
como a ave exercitou bem, ela ja chega em casa com 750 coloque a ave no poleiro e
complemente na luva os 15 ou mais que falta para ela queimar a noite alem de regular o
peso estreita mais a intimidade
_________________
Att Fernando Abilake - RJ
Certifique-se se a corda esta segura antes de subir na palmeira, se voce não sabe nadar,
não pule no rio!
Certo entendi a média.
Tenho visto que ela metaboliza mais também por ser uma ave maior. No caso maior que
o Eragorn, é a mesma coisa os obesos que perdem peso muito mais rápido que um
indivíduo mais magro.
Cara, ela tá respondendo imediatamente de 686g até 730g!!!!!!
Hummm entendi este complemento. Bacana, gostei. Mas dou de graça ou faço ela fazer
pelos menos uns verticais pra ganhar estes extras? Que carne vc tá dando pra ele?
Att.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
50% off topic.
Olha o que eu achei na internet:
Anexos:
Harris RX.jpg [ 25.88 KiB | Visualizado 39 vezes ]
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Isso mesmo Jorge, os meus são Aylmeri, mas deixei com furo pro fiador. Quanto a
carne, cmo disse, eu vi a "lavada" agora envolvo com plástico filme.
Valeu.
Eliran
Nos vôos livres, vc troca a correia (jess) com furo por uma sem furo. Chama-se jesse de
campo.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Beleza, legal Jorge, mas só tô na dúvida do sem furo nestes últimos dias de fiador, como
coloco o fiador nos jesses?
Att
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Erilan;
Acho que o Jorge disse é vc usar o jesse sem furo ou corte nos voos livres.
Nesse caso como sua ave ainda está no fiador, continua com os jesses com furos ou
cortes.
Enquanto ela estiver no fiador, continue com os jesses que vc está usando e apartir do
momento em que ela começar a voar livre troque os jesses com cortes por jesses sem
cortes.
A única diferença quando vc estiver confeccionando é que vc não faraç furos ou cortes
nos jesses e com isso evita-se os riscos da aves ficar presa em algum galho e outra
superfície que por ventura pudesse ficar presa nos jesses usado pra atar a ave no poleiro.
_________________
Odé Arawo Laná Lóni Lailai
O Jorge está achando que a sua ave está voando livre. Dependendo da tela do monitor o
seu fiador nessa areia clara mal aparece no vídeo.
_________________
Eduardo Campolina
Diretor Tesoureiro AMF
Sócio ABFPAR
http://www.falcoariamg.com.br
“O maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada.”
George Bernard Shaw
Eliran Escreveu:
50% off topic.
Olha o que eu achei na internet:
nao entendi essa radiografia....
explica ae pros leigos
_________________
André Lacerda Bragagnoli
Voando:
Athos, Falco femoralis com 1 muda.
Tiago, Campolina, é verdade mesmo. Muito embora o video esteja com boa qualidade,
está filmado de um ângulo onde pouco pode ser ver o fiador.
Tem um detalhe, em 100% dos treinos fora de casa, dentro de casa, onde for, ela nunca
se debateu pra fugir.
Assim que ela comece a voar "wireless" eu mudo os jesses. Eu poderia voar sem
fiador sem os jesses também.
O que vocês acham?
A radiografia coloquei só pra ilustrar o Asa de Telha "por dentro", com odisse, era um
"off topic".
Att
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
ah, pensei que fosse pra ostrar alguma coisa dentro dela, tipo ela ingerido algum objeto
estranho, etc..
_________________
André Lacerda Bragagnoli
Voando:
Athos, Falco femoralis com 1 muda.
Eliran Escreveu:
Assim que ela comece a voar "wireless" eu mudo os jesses. Eu poderia voar sem fiador
sem os jesses também.
O que vocês acham?
Poderia sim Eliran, ja vi em diversos videos o pessoal voando as aves sem as jesses,
mas se tratando de falcoaria urbana eu nao arriscaria
Grande abraço.
_________________
Pedro Wendt Farias
Já voei sem jesses mas apenas antes de iniciar com os escapes. No momento em que a
ave está sobre uma presa é bom ter umas jesses longas para melhor controle.
Mas usava um grampo francês para prender rapidamente no ilhós.
Anexos:
cp11.jpg [ 120.39 KiB | Visualizado 54 vezes ]
cp01.jpg [ 48.62 KiB | Visualizado 50 vezes ]
_________________
Eduardo Campolina
Diretor Tesoureiro AMF
Sócio ABFPAR
http://www.falcoariamg.com.br
“O maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada.”
George Bernard Shaw
Eliran Escreveu:
Certo entendi a média.
Tenho visto que ela metaboliza mais também por ser uma ave maior. No caso maior que
o Eragorn, é a mesma coisa os obesos que perdem peso muito mais rápido que um
indivíduo mais magro.
Cara, ela tá respondendo imediatamente de 686g até 730g!!!!!!
Hummm entendi este complemento. Bacana, gostei. Mas dou de graça ou faço ela fazer
pelos menos uns verticais pra ganhar estes extras? Que carne vc tá dando pra ele?
Att.
Este complemento se pode fazer um vertical leve entre 3 a 5 ou apenas chamar ao punho
no tamanho da lonja e ofertar todo este complemento.
carne: obtive melhor resultado com camundongos o interesse e bem maior. Esta meio
assustado ainda, mais ja vem ao punho 10 15 metros porem tenho que baixar mais o
peso. Ta voando com 516gr.
Esta ave esta me parecendo um aplomado macho que treinei muito arisco e valente que
me deu um trabalho por ser temperamental mais saiu uma ave que daria orgulho a muito
falcoeiro se tornando excelente caçador. Pelo visto este gadt vai sair algo bem parecido.
_________________
Att Fernando Abilake - RJ
Certifique-se se a corda esta segura antes de subir na palmeira, se voce não sabe nadar,
não pule no rio!
Eliran Escreveu:
Beleza, legal Jorge, mas só tô na dúvida do sem furo nestes últimos dias de fiador, como
coloco o fiador nos jesses?
Att
Eliran
Eu pensei que você está voando sua ave livre. Esqueça, ainda está no fiador, ok, eu dei
uma viajada. Continua amarrando o fiador como está nas jesses com furo e corte. Agora
já fabrica uma jesses idêntica a que você usa, mas sem corte na extremidade das jesses.
Quando a ave voar livre futuramente, você retira a jesses furada pela jesse sem furo.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Campolina, estes grampos franceses acho que encontro em lojas de montanhismo né?
Pq os que tem em armarinhos aqui acho que são pouco consfiáveis.
Fernando, tenho feito desta maneira mesmo, só que uso a mesma técnica de vertical que
sempre faço, ou seja, recompensas em média em 1/3 das vezes que vem ao punho, daí
eu musculo a ave, treino sua agilidade (até com ângulos negativos agora, pois ela está
quase "latindo" de tão obediente) e instigo nela a sensação que vai ganhar a recompensa
sempre "na próxima".
Jorge, gostaria que estes sem furo fossem menores que os atuais pelo menos, mesmo
mais curto, ele deve ser longo o bastante para dar quantas voltas entre os dedos?
Abraços
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran
Pelo contrário as jesses sem furo, jesses de campo devem ser maiores, e mais finas para
facilitar colocar e remover.
Segue uma foto com aylmeri jesse , as de cima são jesses que você usa no dia a dia com
a ave , e as de baixo são jesses de campo.
Jorge
Anexos:
jess 006.jpg [ 58.58 KiB | Visualizado 46 vezes ]
_________________
Jorge Sales Lisboa
Erilan;
Um exemplo é a foto a seguir.
Anexos:
aplomado com jesses furados..jpg [ 31.06 KiB | Visualizado 46 vezes ]
_________________
Odé Arawo Laná Lóni Lailai
Imagine esta ave posando em uma cerca de arame farpado, árvore e qualquer outro
lugar onde os furos dos jesses possam se prender a ave morreria dependurada.
Por isso quando vc começar a voar sua ave livre use os jesses de voo, o Jorge postou
uma foto com exemplos de jesses acima.
OBS:No deserto a utilização de jesses furados como os da foto acima pouco ou nada
influenciaria,mas em lugares como o Brasil onde ha muita vegetação,cercas etc é um
risco.
Abçs!
_________________
Odé Arawo Laná Lóni Lailai
Muito ruim isto.
Ainda mais para um falcão que vive em local arbustivo, probabilidade de acidente muito
grande.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Verdade, sem dúvida. Eu jamais colocaria estes jesses pra vôo livre. Só não sabia o
nome. Valeu, Jorge, Tiago.
Senhores, está cada vez mais frio aqui em Curitiba e as temperaturas vão oscilar em 2 e
3 graus e sensação quase sempre abaixo de zero.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Tudo caminhando muito bem.
Parabéns Eliran!
Abraços
_________________
Milton Mello
Dir. técnico ABFPAR
Muito obrigado meu amigo. Alegria renovada!
Abração!
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
5) Vôos a isca;
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
5) Vôos a isca;
TREINAMENTO PARA A ISCA
O QUE É A ISCA?
Isca é a denominação dada para um objeto de couro ou penas, onde você prende o
alimento, e que tem a finalidade de atrair sua ave de rapina de volta, quando a mesma
realizou uma perseguição sem sucesso a uma presa, ou se afastou demasiadamente e
você a perdeu de vista. A isca é conhecida nos países de idioma inglês como lure, em
países latinos como señuelo e em português de Portugal como rol. No nosso idioma o
Brasilês chamamos de isca. O Brasilês é coisa minha, já que tínhamos que chamar
assim nosso idioma. Brasil – Brasilês. Portugal – Português. Só para descontrair, porque
o texto que vem é longo. Existem iscas nos formatos mais variados possíveis, algumas
que parecem animais verdadeiros, mas as rapinantes fazem a nítida distinção do que é
uma presa e o que é uma isca de verdade, e é o treinamento correto que vão possibilitar
o retorno da rapinante, não o formato da isca.
QUANDO PODEMOS COMEÇAR A FAZER O TREINAMENTO PARA ISCA
Dois fatores são fundamentais para você iniciar o treinamento para a isca, que seu
pássaro esteja amansado e com o peso controlado. Vamos analisar estes dois fatores.
Pássaro amasado, é aquele que tolera a presença do falcoeiro, auxiliares, e o entorno,
prolongar de forma desnecessária a ave no treinamento da isca, vicia o pássaro neste
objeto, e impede que evolua satisfatoriamente no momento de se realizar a captura das
presas. “O amansamento tem que ser curto e intenso, tem que se chegar até o limite da
tolerância, mas não é necessário que se prolongue até que se apeguem ao falcoeiro” –
Felix R. La Fuente.
Pássaro com peso controlado é aquele pássaro que está saudável, recebendo uma dieta
rica em nutrientes, mantendo suas condições atléticas, e respondendo prontamente os
comandos do falcoeiro.
COMO TREINAR
O treinamento para a isca eu faço em dias alternados e somente com uma chamada.
Desta forma você fixa na mente da ave o som com a isca. Nestes dias alternados a ave
vai comer muito sobre a isca, e no dia seguinte o alimento é racionado. Sendo assim, no
dia em que ela não está sendo treinada para a isca, come no punho um roedero, uma asa
de frango, onde você tira com uma tesoura de carne ou faca quase toda a carne deixando
só o osso com tendões , uma asa de frango para um Parabuteo, porque para um
femoralis é muito menor o roedero, uma asa de codorna. Para o Parabuteo o ideal é uma
asa de pomba, em alguns estados onde a temperatura é alta, eu deixava inclusive a ave
sem comer nada. Cabe cada um analisar o metabolismo de sua ave nos locais
respectivos e dar uma maior ou menor quantidade de alimento. Posteriormente podemos
falar sobre metabolismo e a quantidade de alimento necessária para cada ave. Treinando
desta forma em 6, 7 lições sua ave voa livre com segurança. Antes de começar a fazer o
treinamento para a isca consiga 20 codornas e as mantenham vivas, você irá utilizar
estas codornas no treinamento da isca. O uso de codornas recentemente abatidas vincula
ainda mais a rapinante na isca, devido ao sabor do alimento fresco.
PRIMEIRO TREINAMENTO DA ISCA
Você fará os treinamentos como disse anteriormente em dias alternados, sendo assim,
um dia você fará o treinamento da isca, no dia seguinte, não treinará a ave. Desta forma
a ave de rapina fixa melhor os estímulos que receberá no treinamento. Neste primeiro
treinamento, você horas antes abate duas codornas, divide estas codornas ao meio,
sendo assim, você ficou com quatro partes, duas metades com asas, pescoço e peitoral e
outras duas metades com duas pernas, parte do abdômen e vísceras, retire as vísceras,
como moela, intestinos, e descarte, jogue fora, outras partes como coração e fígado
guarde num pequeno saco plástico. Uma das metades das codornas, retire todas as
vísceras e corte em pequenos pedaços juntando estes pequenos pedaços com o fígado e
coração que você já separou anteriormente. Chegando ao local de treino, analise as
condições, se chove, venta, neva, muito calor, que são estímulos naturais que
podem prejudicar a evolução da ave no treinamento. Observe se não há muitas
pessoas, animais estranhos, ou outros que .possam assustar sua ave, inicie o
treinamento. Junto com uma pessoa que o auxilia, na ausência da pessoa, pode
deixar a ave num poleiro existente. Observe se não há necessidade de um longo fio,
com uma argola, como foi mencionado no treinamento ao punho, onde você
prenderá a ave evitando que voe para árvores próximas, postes, etc. Você fica a três
metros da ave, coloca a isca na sua mão como se fosse chamar a ave ao punho , o gavião
acostumado a voar a longas distâncias para ir ao punho vendo o alimento na sua mão
tão perto, não hesitará e voará os três metros para comer, ao chegar no punho deixe que
comece a comer, logo ela irá está muito vinculada a este alimento pois é um alimento
fresco e saboroso, diferente do alimento que você descongela. Quando estiver comendo,
você com a mão direita começa a puxar a isca por baixo lentamente, muito cuidado com
isto, e escondendo o máximo sua mão direita. Algumas vezes o gavião , olha ao redor ,
e você puxa mais, com a mão esquerda enluvada você, vai limitando a exposição que a
ave tem para comer o alimento, até que quando olhar em volta, algum momento de
distração você puxa rapidamente a isca e esconde nas suas costas. O gavião ficará
excitado procurando o alimento que desapareceu, você com a mão direita nas costas
joga a isca ao solo a três metros a sua direita. O normal é que o gavião vendo a isca
que comia surgir rapidamente voe diretamente para ela , e capture. Neste momento
permaneça imóvel, e espere que inicie a comer, quando ela começar a fazer isto, você
dar voltas ao redor da ave mantendo uma distância de um metro, uma distância de
segurança, a ave vê você a sua volta, mas sente-se segura e come, vez ou outra, e
enquanto o gavião come, você agacha, e oferece com a mão enluvada os pedaços
pequenos que você separou e guardou, assim a ave percebe que toda vez que você
baixar na direção dela , vai oferecer um petisco, faça isto , duas , três vezes, só. Quando
observar que a ave de rapina já comeu a metade do alimento, você pega a outra metade
da codorna que tem o peitoral e asas, você coloca as asas entre o dedo médio e menor,
enquanto que o peitoral da codorna fica sendo seguro entre o indicador e polegar, e o
pescoço da codorna fica dentro da palma da sua mão, quando você fecha todo este
conjunto, você segura de tal forma que impede que arranque a codorna de sua mão.
Você irá aproximar com este alimento e mostrar para o gavião ao nível do solo,
estenderá seu braço e o gavião poderá ter três reações:
a) Ficará interessado pelo alimento irá bicar o alimento que está na sua mão, soltará o
alimento anterior que está junto com a isca, e que estava comendo, bicará o alimento
colocará uma pata na luva, depois outra, e subirá na sua luva, ou;
b) Ficará interessado pelo alimento irá bicar o alimento que está na sua mão, e subirá na
sua luva trazendo o alimento junto com a isca, que estava comendo anteriormente.
Neste caso, quando que fizer isto, assim que o gavião não olhe para o alimento que você
oferece, guarde temporariamente o alimento na bolsa, ou colete de falcoaria, e deixe que
coma o alimento que ele trouxe restante no seu punho, junto com a isca, mas no
decorrer que estiver comendo e ficar mais tranqüila traga aquele pedaço que você
guardou com a mão direita e coloque entre os dedos da luva e junto com a codorna que
está presa na isca, quando o gavião pegar este pedaço que você colocou , ele irá puxar
com o bico e irá arrancar, porque desta vez você não vai prender como foi orientado
anteriormente, mas logo que ele puxar, ele irá fixar de novo sobre a luva para comer, e
irá se concentrar neste pedaço, assim com a mão direita você puxa a isca por baixo da
luva, cuidado, puxe aos poucos, sempre disfarçadamente, quando o gavião estiver
concentrado na comida ou olhando para os lados, você puxa rapidamente a isca e
esconde. Muito cuidado com este ato para o gavião não vincular este comportamento
como você está roubando o alimento dele com sua mão direita.
c) o gavião olhará para o alimento na luva , mas abrirá mais ainda as asas e cauda,
cobrindo o alimento, ou mesmo dando as costas para você. Neste momento, controle o
nervosismo e afobação, isto é muito positivo. “A ave que cobre não é a ave que
carrega” – Imprint Accipiter – Mc Dermott. Aproxime da ave com a luva observando
onde está a isca e o alimento e rapidamente de forma decisiva, avance sua mão enluvada
sobre a isca apertando o alimento com a isca para o solo, Aperte forte. Atenção é para
colocar luva com alimento sobre a isca e alimento não é sobre os dedos do gavião que
pode causar algum dano. A princípio o gavião poderá vocalizar irritado, ficar de lado,
mas não tire a mão, se conseguiu cobrir a isca permaneça com a mão sobre fazendo
pressão, que ele vai começar a procurar a isca, e não vai achar o alimento, toda vez que
procurar você lentamente mostra a parte da luva que está exibindo alimento, o normal é
que o gavião comece a bicar o alimento na luva tente arrancar de suas mãos, não vai
conseguir porque você vai está segurando corretamente, vai bicar, colocar uma das
patas, coloca a segunda pata subindo ao punho, começa a comer e só neste momento
você levanta, verticalmente, nada de se afastar lateralmente, quando você faz isto,
uma subida vertical, o gavião não vê a isca que ficou no solo, quando ficar de pé dê um
passo a frente sobre a isca desta forma a isca fica a suas costas, um metro atrás, e com
seu corpo, você cria uma barreira que impede que o gavião veja a isca. Deixe-o comer a
vontade, todo o alimento, quando estiver já comendo com segurança, você pode
agachar, e com a mão direita pega a isca no solo disfarçadamente e coloca na bolsa.
Comer no punho no alto ele já faz, porque você já fazia anteriormente quando ele comia
no punho nos treinamentos de vôo. Sendo codorna o alimento que você ofereceu ele vai
comer muito rapidamente, então você pode colocar inclusive um roedero, asa de frango,
e ficar mais tempo com ele no campo, no local, socializando, passeando. Ressalto que o
que faço aqui pode parecer exagerado para a ave em questão , nascida em cativeiro, mas
é um método que vale para todos.
UM DETALHE: Acho que esqueci de mencionar, quando seu gavião comer no
punho, toque os dedos e garras dele com a mão direita desta forma ele aceita o
toque nos dedos e garras permitindo um melhor manuseio quando estiver na isca,
ou mesmo sobre uma presa.
NO DIA SEGUINTE
Não faça nada, como a ave comeu tudo provavelmente estará com o peso alto, deixe que
descanse , água, sombra, banho de sol, banheira, deixe que memorize e pense sobre o
treinamento do dia anterior.
Para não ficar muito chato e longo , dividi, depois posto os treinos seguintes.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Jorge, MUITO BOM o tutorial. Agradeço pelo tempo gasto na escrita dele. Será muito
util para mim e com certeza para outros falcoeiros.
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Pedro Wendt Farias
Pedro Wendt Escreveu:
Jorge, MUITO BOM o tutorial. Agradeço pelo tempo gasto na escrita dele. Será muito
util para mim e com certeza para outros falcoeiros.
Não por isto Pedro, sempre bom poder ajudar.
Atte
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Jorge, muito obrigado pelo detalhamento da isca e do procedimento com as codornas.
Vou fazer amanhã exatamente o que você sugere.
Com relação ao que venho observando na ave, ela em 80% das vezes faz o segundo
caso, ou seja, vem ao punho para pegar a carne suculenta na luva, junto com o lure.
Depois, aos poucos ela vai largando o lure e o escondo na bolsa e ela continua comendo
na luva.
Ela em algumas situações ainda demora um pouco para largar uma das patas da luva.
Como acabo com este problema?
Devido ao clima impedoso aqui de Curitiba estes dias, tenho treinado muito ela dentro
de casa com verticais e luva. Ela tem que IMPRETERIVELMENTE voltar sozinha ao
poleiro a cada lance na luva? Eu sempre a coloco a uma distância de menos de 2 metros.
Ela teria que ir sozinha?
Att.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
[quote="Eliran"]Jorge, muito obrigado pelo detalhamento da isca e do procedimento
com as codornas. Vou fazer amanhã exatamente o que você sugere.
Com relação ao que venho observando na ave, ela em 80% das vezes faz o segundo
caso, ou seja, vem ao punho para pegar a carne suculenta na luva, junto com o lure.
Depois, aos poucos ela vai largando o lure e o escondo na bolsa e ela continua comendo
na luva.
JORGE: Ela não tem que vir no seu punho você mostrando o lure, isto é só na primeira
lição, o lure ela sempre vai pegar no solo. Punho é para receber um pequeno pedaço de
alimento e um som, isca será para pegar no solo ou mesmo no ar, com outro som.
Ela em algumas situações ainda demora um pouco para largar uma das patas da luva.
Como acabo com este problema?
JORGE: Não entendi.
Devido ao clima impedoso aqui de Curitiba estes dias, tenho treinado muito ela dentro
de casa com verticais e luva. Ela tem que IMPRETERIVELMENTE voltar sozinha ao
poleiro a cada lance na luva? Eu sempre a coloco a uma distância de menos de 2 metros.
Ela teria que ir sozinha?
JORGE: Se você está treinando ela no mesmo poleiro em que ela fica atrelada, está
errado, tem que ser em poleiro distinto. Agora ela vir ao seu punho quando você apita
em treinamentos internos e voltar quando ela quer também não é problema ela exercita
mais. Você pode inclusive condicionar certos movimentos como com seu braço direito
para o poleiro , ela vai , quando volta tem uma recompensa, e ela vai entender
futuramente que o vai e vém é uma recompensa.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Uma visualização de um modelo de isca. Este modelo não é o mais adequado, as cordas
feitas de couro não são boas. A isca ideal terá alimento dos dois lados, e as cordas serão
feitas com material sintético mais resistente.
Anexos:
visual isca 3.JPG [ 19.91 KiB | Visualizado 337 vezes ]
visual isca 1.JPG [ 25.45 KiB | Visualizado 334 vezes ]
visual isca 2.JPG [ 20.76 KiB | Visualizado 334 vezes ]
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Jorge Sales Lisboa
Detalhe do sistema de amarrar.
Jorge
Anexos:
sistema de amarração.JPG [ 31.3 KiB | Visualizado 336 vezes ]
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Jorge Sales Lisboa
Codornas necessárias para o treinamento para a isca. Duas codornas que você divide em
4 partes.
Jorge
Anexos:
2 codornas.JPG [ 41.44 KiB | Visualizado 334 vezes ]
4 pedaços de codorna.JPG [ 28.32 KiB | Visualizado 334 vezes ]
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Jorge Sales Lisboa
O que quero dizer com relação à ela não largar a luva é o seguinte, imagine a situação:
Eu dou um pedaço de comida à ela (seja em que circnstância for) e a entrego ao poleiro
de descanso, ela algumas vezes sobe com uma pata no poleiro e a outra pata, reluta para
largar a luva.
Com relação ao poleiro, nunca faço o treino no mesmo poleiro de descanso.
Por gentileza, como eu faria pra fazer ela iniciar nesta mecânica de ir e voltar (entendi a
parte dos acenos, a parte do reflexo condicionado), mas como fazer com que ela vá as
primeiras vezes de volta para o poleiro?
Att.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
O que quero dizer com relação à ela não largar a luva é o seguinte, imagine a situação:
Eu dou um pedaço de comida à ela (seja em que circnstância for) e a entrego ao poleiro
de descanso, ela algumas vezes sobe com uma pata no poleiro e a outra pata, reluta para
largar a luva.
Com relação ao poleiro, nunca faço o treino no mesmo poleiro de descanso.
Por gentileza, como eu faria pra fazer ela iniciar nesta mecânica de ir e voltar (entendi a
parte dos acenos, a parte do reflexo condicionado), mas como fazer com que ela vá as
primeiras vezes de volta para o poleiro?
Att.
Este comportamento de segurar a luva é normal, mas não é bom. Aves de Rapina, são
animais que evoluíram na natureza para desempenhar um papel específico na natureza ,
e alguns são grandes predadores. Este vínculo que está tendo com a luva é normal em
muitos gaviões, ele tá segurando, e não tem mais comida na luva é que ele está ficando
muito vinculado na luva, e pode está acreditando que a luva toda é um grande pedaço de
alimento. Quando a ave ficar segurando muito tempo na sua luva com uma pata e com a
outra no poleiro com a mão direita você tira as garras dela uma por uma até ela soltar.
Você tem que evoluir com o processo de adestramento, se fica muito tempo na fase de
luva, ou na fase de isca, quando chegar no momento das presas. As presas vão sair
voando na frente dela e ela vai ficar presa na luva olhando. Você pode treinar sua ave
para ela fazer um movimento e ser recompensada, exemplo quando você está treinando
uma ave, você pode mover o braço para a direita ou para o solo e jogar um pedaço de
carne, ela verá o pedaço, desce ao solo e come, depois você move o braço em direção ao
poleiro e coloca um pequeno pedaço de carne ela sobe e é recompensada, com o tempo
você pode direcionar o braço para chão e ela vai, mas não tem alimento, e você acena
para o poleiro e ela vai ao poleiro quando chega lá tem um pequeno pedaço de alimento,
desta forma ela entende que o movimento de ir ao solo e subir ao poleiro representa uma
recompensa, e no decorrer dos treinamentos fará isto, mas para mim isto não é falcoaria,
já é CIRCO e não gosto. Só estou mencionando o que pode ser feito porque você
perguntou, e isto é muito fácil em aves gregárias, como Carcará , Parabuteo e outras. É
válido como método para exercitar as aves no caso dos saltos verticais, mas para
falcoaria evito totalmente isto. Infelizmente hoje em dia há muito disso na "educação
ambiental" de rapinantes no Brasil.
Atte
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Eliran, para que ela volte ao poleiro, faça como o Jorge falou, ofereça um pedaço de
alimento no poleiro, assim quando ela voltar, vai ter uma recompença, que no futuro
não existirá! No dvd de Nick Fox, sobre treino básico, ele utiliza esta técnica nos saltos
verticais. Onde oferece um pedaço de carne na luva e depois no poleiro.
Grande abraço.
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Pedro Wendt Farias
Eliran
Você entrou na fila no fórum ABFPAR para pegar os DVDS do Nick Fox?
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Falamos muito em órgãos internos, intestinos, sistema digestivo das aves, e resolvi
postar um desenho que mostram os órgãos internos.
Espero que seja útil
Jorge
Anexos:
sistema-digestivo-da-ave-2.jpg [ 16.6 KiB | Visualizado 39 vezes ]
_________________
Jorge Sales Lisboa
Jorge, entendi a questão circense, sei que o lado não é muito bom, mas vou utilizar um
pouco da técnica só para haver o desvínculo.
Entendam que há 8 dias está chovendo e fazendo frio em Curitiba e quando eu falo
chovendo, não é uma pancada de chuva e depois pára. É chuva o dia todo, aquela chuva
chata incessante. . . sei que o período de treino é muito estressante para a ave e que a
imunidade dela diminui, então não quero expô-la muito às chuvas.
Pedro, vi os videos, mas em processo acelerado, pois tinha data para devolver. Tenho os
do "dreamule" com qualidade baixa.
Quero lhes dizer que vi os videos mas o aprendizado de vocês (principalmente do
Jorge), são mais confiáveis que minha memória, pois os casos são peculiares e o amigo
direciona para a minha realidade de clima e da ave em si.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Jorge, entendi a questão circense, sei que o lado não é muito bom, mas vou utilizar um
pouco da técnica só para haver o desvínculo.
Entendam que há 8 dias está chovendo e fazendo frio em Curitiba e quando eu falo
chovendo, não é uma pancada de chuva e depois pára. É chuva o dia todo, aquela chuva
chata incessante. . . sei que o período de treino é muito estressante para a ave e que a
imunidade dela diminui, então não quero expô-la muito às chuvas.
Pedro, vi os videos, mas em processo acelerado, pois tinha data para devolver. Tenho os
do "dreamule" com qualidade baixa.
Quero lhes dizer que vi os videos mas o aprendizado de vocês (principalmente do
Jorge), são mais confiáveis que minha memória, pois os casos são peculiares e o amigo
direciona para a minha realidade de clima e da ave em si.
Eliran
Na minha opinião este vinculo só se justifica se for para condicionar, muscular a ave
através de saltos verticais, isto não vai desvincular ela com você , talvez desvincule um
pouco com a luva. Não é bom, na fase que se encontra, acho que você tem que
intensificar seu treinamento para a isca, escape e voar livre. O que fará com que ela
desvincule bastante de você é a captura de presas.
JOrge
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Jorge Sales Lisboa
Sim Jorge, o que pretendo é desvincular da luva. E os verticais são para muscular a ave
o máximo possível.
Só para constar amigo, hoje está chovendo AINDA MAIS!!! A chuva chata que falei
ontem, agora é intensa e o dia todo. A meteorologia prevê que amanhã e depois a chuva
vai dar uma trégua e as temperaturas vão baixar ainda mais e depois de baixarem . . . . . .
. . . . . . . . . . . . mais chuva!
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Nesta hora os saltos verticais, passeios com o roedero, etc, mantém o amansamento da
ave e o treinamento conseguido até aquele ponto.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Uma sequência da forma que considero correta de segurar o alimento.
Jorge
Anexos:
mao 1.JPG [ 33.98 KiB | Visualizado 30 vezes ]
mao 2.JPG [ 31.45 KiB | Visualizado 30 vezes ]
mao 3.JPG [ 31.9 KiB | Visualizado 30 vezes ]
mao 4 PHOT 0007.JPG [ 45.01 KiB | Visualizado 30 vezes ]
mao5.JPG [ 34.56 KiB | Visualizado 30 vezes ]
mao 5 outro angulo.JPG [ 42.49 KiB | Visualizado 30 vezes ]
mao 6 outro angulo.JPG [ 35.46 KiB | Visualizado 30 vezes ]
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Jorge Sales Lisboa
Agora já na luva.
Jorge
Anexos:
colocando codorna na luva.JPG [ 51.12 KiB | Visualizado 24 vezes ]
colocandop codorna na luva 2 PHOT0003.JPG [ 48.15 KiB | Visualizado 24 vezes ]
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Jorge Sales Lisboa
Uma sequência de como colocar alimento na isca.
Jorge
Anexos:
colocando na isca 1.JPG [ 35.95 KiB | Visualizado 24 vezes ]
amarrando na isca 2.JPG [ 36.74 KiB | Visualizado 24 vezes ]
amarrando na isca 3.JPG [ 38.63 KiB | Visualizado 24 vezes ]
amarrando na isca 4.JPG [ 46.86 KiB | Visualizado 24 vezes ]
amarrando na isca 5.JPG [ 46.49 KiB | Visualizado 24 vezes ]
amarrando na isca 6.JPG [ 40.65 KiB | Visualizado 24 vezes ]
já amarrada 7.JPG [ 42.32 KiB | Visualizado 24 vezes ]
já amarrada 8.JPG [ 35.08 KiB | Visualizado 24 vezes ]
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Jorge Sales Lisboa
Agora você colocou a cereja no bolo. Sensacional.
Muito obrigado.
Abraço.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Jorge, quero agradecer pela ajuda...Esta sendo muito util seus comentários.
Abraços.
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Pedro Wendt Farias
Pô, sem comentários. Olha as fotos dele. Depois me enchem o saco que eu elogio o
cara.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Pô, sem comentários. Olha as fotos dele. Depois me enchem o saco que eu elogio o
cara.
Minhas fotos
Nada tá de brincadeira foi feita com uma maquininha digital vagabunda de 3 megapixel
que as vezes nem funciona.
Esta isca não acho uma boa, mas usei para exemplificar, as outras estavam sujas de
sangue do uso diário com as aves.
Atte
_________________
Jorge Sales Lisboa
jorge, aproveitando as fotos da isca, mas nao kerendo mudar o rumo da prosa...
uq eh mais indicado para os femoralis, a isca toda feita de couro e com a carne presa ou
a isca tipo asas de pombo com a carne presa?
so duvida mesmo, e saber as diferenças entre elas
_________________
André Lacerda Bragagnoli
Voando:
Athos, Falco femoralis com 1 muda.
Bragagnoli Escreveu:
jorge, aproveitando as fotos da isca, mas nao kerendo mudar o rumo da prosa...
uq eh mais indicado para os femoralis, a isca toda feita de couro e com a carne presa ou
a isca tipo asas de pombo com a carne presa?
so duvida mesmo, e saber as diferenças entre elas
Um par de asas de pombo é o mais ideal tanto para o macho como para a fêmea.
jorge
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Jorge Sales Lisboa
Olá, aproveitando o tópico gostaria de tirar uma duvida:
Qual a melhor técnica para amansamento de P. unicinctus, as de alto ou as de baixo
contato?
Até.
_________________
Dhonatan O. Santos - Biólogo
Ave: Parabuteo unicinctus - Pandora
O homem não é o unico animal que pensa, é o unico que pensa que não é animal.
santos_dho Escreveu:
Olá, aproveitando o tópico gostaria de tirar uma duvida:
Qual a melhor técnica para amansamento de P. unicinctus, as de alto ou as de baixo
contato?
Até.
Santos
O que vem a ser as técnicas de alto e baixo contato? Não conheço.
Atte
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
santos_dho Escreveu:
Olá, aproveitando o tópico gostaria de tirar uma duvida:
Qual a melhor técnica para amansamento de P. unicinctus, as de alto ou as de baixo
contato?
Até.
Também não conheço essas duas técnicas "alto e baixo contato".
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
AMF [Diretor de Informatica] - Site
ABFPAR [Tesoureiro] - Site
Baixo contato seria aquelas em que a ave é colocada sobre baixo contato com o ser
humano, como a velada onde a ave é encaperuzada e manuseada em uma sala escura e
aos poucos vai almentando-se a luminosidade.
Já as de alto contato seria aquelas onde a ave é submetida ao maximo de contato
possivel com o ser humano, coloca-se o animal na luva ou no poleiro em um local com
bastante movimentação humana.
Eu li que essa ultima é mais rapida que a primeira, mas gostaria de saber qual é mais
indicada para um P. unicinctus, penso em adquirir um exemplar do criodouro Fukui,
entrei em contato com o Leo e ele disse que mes que vem terão exemplares a venda, vi
nesse topico que os exemplares do Leo já vem bem mansos por conta do lugar onde são
criados.
Até.
_________________
Dhonatan O. Santos - Biólogo
Ave: Parabuteo unicinctus - Pandora
O homem não é o unico animal que pensa, é o unico que pensa que não é animal.
Quanto mais contato melhor, assim você evita diversos problemas futuros com desgaste
em situações de falcoaria urbana e outros.
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
AMF [Diretor de Informatica] - Site
ABFPAR [Tesoureiro] - Site
santos_dho Escreveu:
Baixo contato seria aquelas em que a ave é colocada sobre baixo contato com o ser
humano, como a velada onde a ave é encaperuzada e manuseada em uma sala escura e
aos poucos vai almentando-se a luminosidade.
Já as de alto contato seria aquelas onde a ave é submetida ao maximo de contato
possivel com o ser humano, coloca-se o animal na luva ou no poleiro em um local com
bastante movimentação humana.
Eu li que essa ultima é mais rapida que a primeira, mas gostaria de saber qual é mais
indicada para um P. unicinctus, penso em adquirir um exemplar do criodouro Fukui,
entrei em contato com o Leo e ele disse que mes que vem terão exemplares a venda, vi
nesse topico que os exemplares do Leo já vem bem mansos por conta do lugar onde são
criados.
Até.
Este método de treinamento onde você usa o capuz nos primeiros dias na ave que está
sendo amansada, é um método tradicional e que se aproxima da arte da falcoaria, neste
período em que a ave é amansada, você condiciona a ave a reagir mediante a sons, onde
com alguns sons você estimula a ave comer com o capuz, e no decorrer dos dias as aves
selvagens vão aceitando o ambiente humano, barulho, tv, sons diversos, cães, a ave
aceita porque não vê, você toca na ave, ao mesmo tempo que estimula que coma, e
assim vai abolindo reflexos negativos que a ave tem ao ser tocada. Quando você retira o
capuz a ave aceita já aquele ambiente que embora ela não tenha visto , foi aos poucos
fazendo com que aceitasse, esta é a essência da falcoaria, e algumas aves são tão
selvagens que se você usa outros métodos que não estes, elas passam dias, e recusam a
comer de todas as formas e perecem, ou então se debatem de tal forma que causam
sérias lesões ao corpo e morrer.
Agora o outro método de contato total, como disse antes, tem que se ter muito cuidado,
acho que no processo de amansamento do Parabuteo do Eliran eu já citei os dois
métodos.
O Parabuteo comprado do Fukui, é ave excelente para falcoaria , os recintos , as
câmaras de crias os pais e filhotes tem contato com tudo e com todos permitindo assim
já um prévio amansamento e aceitação ao ambiente humano, não é necessário a velada
somente o treinamento tradicional já conhecido.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
SEGUNDO TREINAMENTO DA ISCA
Neste segundo treino, se você puder contar com a ajuda de um auxiliar é mais
interessante para que ele segure o gavião no punho, isto é importante porque ensina para
o gavião que ave sairá sempre do punho para atacar ou a isca ou uma presa, e isto é
importante para que o gavião tenha respostas imediatas para as presas. Com o gavião
preso no fiador, peça que o auxiliar fique distante uns 7/8 metros, retire a isca da bolsa
ou colete, a isca deverá está presa a um fio, com uma madeira na extremidade que
servirá de âncora. Jogue a isca ao solo a uns 3 metros e a sua esquerda, normalmente o
gavião tendo comido pouco no dia anterior irá partir imediatamente para a isca
capturando. Irá provavelmente "cobrir" a isca abrindo asas e cauda, interessante o uso
do protetor de cauda, deixe que coma , quando estiver pela metade, agache com meia
codorna e coloque na mão com a luva e ofereça entre o gavião e a isca no solo
PRESSIONANDO para o chão, desta forma o normal é que o gavião comece a bicar,
coloque, uma, duas patas e suba ao punho. Problemas podem ocorrer como o gavião
afastar da isca e do punho, neste caso, fique tranquilo, continue agachado, e espere,
mova lentamente a comida na mão, continuando pressionar a isca que o gavião vendo
retorna e sobe no teu punho. Quando subir na mão deixe que comece a comer e levante
como foi orientado na primeira lição, levanta horizontalmente, um passo a frente para
cobrir a isca e impedir que veja, com a mão direita esconde a isca na bolsa. Deixa o
gavião comer a ração no punho, ao mesmo tempo toque nas garras, dedos dele , isto é
importante para futuramente facilitar o manejo sobre a presa.
NO DIA SEGUINTE
Não faça nada, como a ave comeu tudo provavelmente estará com o peso alto, deixe que
descanse , água, sombra, banho de sol, banheira, deixe que memorize e pense sobre o
treinamento do dia anterior.
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Jorge Sales Lisboa
NO TERCEIRO, QUARTO, QUINTO E SEXTO TREINAMENTO PARA A
ISCA
O objetivo agora é que assim que você jogue a isca o gavião responda imediatamente.
Esta resposta está condicionada a está com o peso adequado e amansada. Amansada a
ave está , mas o peso alto poderá irá variar e aumentar nos dias sucessivos, uma vez que
a ave está comendo muito bem nos dias de treinamento, e se você relaxar nos dias
alternados, e alimentar a ave demasiadamente também ela irá acumular gordura e irá
ficar com o peso alto também, sendo assim , rigor com o controle de peso, e balança, se
mesmo que você alternar, no dia de treinamento a ave estiver com o peso alto, não
treine, alimente-a pouco também e pule mais um dia e treine no dia seguinte, o fato de
está com o peso alto cria um grande estímulo para a isca, o que poderá ter um efeito
contrário se vc treinar o gavião com peso alto desgastando o estímulo (apito com a isca).
Atenção.
O objetivo destes treinamentos é aumentar as distâncias, até atingir uns 60 metros.
Quando atingir 50/60 metros com resposta imediata, você está chegando próximo ao
período de soltar a ave.
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Jorge Sales Lisboa
6) Vôos a escape;
7) Vôos livres.
No decorrer do treinamento com nossa ave conseguimos dois estímulos para conseguir
que retornasse , um foi a chamada ao punho, e outra o uso da isca, que tal introduzirmos
um terceiro estímulo para termos mais segurança na soltura. Este terceiro estímulo é o
uso dos escapes. Escapes são presas domésticas que você oferece ao gavião com o
objetivo que retorne mais facilmente para você , ou depois de uma situação de stress,
onde a ave voou ou fugiu para um local de difícil acesso, serão os estimulos
condicionados que farão que retorne. Numa escala, com níveis de interesse os estímulos
seriam:
- Escapes: Estímulo mais forte;
- Isca; e
- Vôo ao punho.
Este treinamento deve ser intenso, curto e contínuo, se você estaciona em uma das fases
de forma excessiva, por exemplo, só alimentando a ave no punho, quando uma presa
sair a frente da ave, ela não mostrará interesse pois já tem alimento no punho.
Futuramente a ave deve entender que a luva é um local confortável , "um poleiro" de
onde ela parte em condições de capturar as presas, e onde ela eventualmente pode
comer alguma presa no punho. A isca é um artefato que proporciona comida saborosa, e
fácil,e as presas são seu verdadeiro objetivo.
Assim adquira codornas ou pombos (cuidado com eles). Novamente a ave estará com o
auxiliar no punho, ou num poleiro conveniente, mesmo que ela já voe ao seu punho e
para a isca 60 metros, reduza a distância para 30 metros. Amarre uma codorna, e muito
bem de forma que não solte o fiador. Novamente haverá uma madeira como uma
"âncora", ao você afastar a ave de rapina poderá achar que é o treinamento da isca, você
irá retirar a codorna e jogará ao solo a sua esquerda e emitirá um som totalmente
distinto do som usado para o punho ou para a isca, pode ser um apito com som diferente
ou um grito. Talvez o gavião responda imediatamente, ou mesmo que demore um pouco
mas assim que ver a codorna seu instinto falará mais alto e atacará. Irá capturar e deixe
que coma a vontade, no meio do alimento , aproxime com meia codorna no punho como
fazia para a isca pressione a codorna morta ao solo e faça a troca, se conseguir ótimo, se
não conseguir, pegue a codorna morta pelas pernas , e suspenda junto com o gavião e
deixe comer até fartar-se.
No dia seguinte como já dissemos para a isca, alterne, ofereça roedero, pouco alimento.
Agora você já tem 3 estímulos, punho, isca e presa viva para recuperar sua ave.
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Jorge Sales Lisboa
7) Vôos livres.
Finalmente chegamos ao nosso objetivo, a ave voar livre, mas antes de fazê-la voar
livre, observe alguns detalhes, como:
1) Leve sempre em sua bolsa de falcoaria, uma duas codornas vivas;
2) O peso da ave tem que está bem controlado;
3) Construa jesses de campo para substituir pelas jesses com furo.
4) Uso dos sinos ou telemetria.
Temos a ave no peso ideal, num dia tranquilo sem elementos que possam estressar a ave
como pessoas estranhas, cães, etc, com boa condição climática. Caso sua ave não tenha
ainda usado sinos, guizos, até agora, coloque na ave, dois , três dias antes para que se
acostume com o objeto, assim você evita problemas. Chegando ao local observe o
entorno, por alguns minutos. Com a ave no punho, ofereça um pedaço pequeno de
alimento, uma coxa de codorna, ou uma asa pequena de codorna, deixe que depene e
coma esta asa de codorna vinculando este breve momento com o punho. Prenda com
grampos (French Style Snap), os ilhoses, retire as jesses, substituindo pelas jesses de
campo. Caminhe até o local onde faz normalmente os treinos, coloque a ave no poleiro
de sempre ou então com a ajuda do auxiliar peça que segure a ave. Ao começar a
distanciar, se a ave mostrar interesse procure se distanciar correndo, já vá retirando a
isca e jogue ao solo, a sua esquerda, o gavião parte para a isca, não percebe que voa
livre para ele é mais uma lição ao fiador para isca, escape ou punho, talvez mais fácil
por não ter a resistência do arrasto do fiador no solo. Assim ele vem, captura a isca,
normalmente neste momento o nevorsismo é grande , pela primeira vez sua ave voa
livre. Deixe que coma a vontade, faça a troca, suspenda a ave , trave com os grampos os
ilhoses, retire as jesses de campo e coloque as com furo, coloque destorcedor, etc, e
finalize. Continue nos dias seguinte fazendo os treinamentos sempre de forma alternada
, aumentando a distância, sempre uma única vez. Depois com a ave já muito vinculada
na isca, reduza a grande quantidade de alimento na isca, por pedaços pequenos de 3, 4
cm, e trabalhe número de repetições, desta forma você começará a voar a ave
diariamente, onde ela vem captura a isca, come o pedaço pequeno, procura mais, você
oferece o punho, ela sobe, come outro pedaço pequeno, guarda a isca, e tudo fica muito
divertido. Caso a ave comece a desvincular com a isca basta que faça uma ou duas
sessões de dias alternados com grande quantidade de alimento na isca, para que tudo
volte ao normal. Interessante também no decorrer destes treinamentos você arremessar a
ave para umas árvores (isto é no campo, vôos na área urbana assim, o risco de
eletrocução é grande), daí a importância das jesses de campo, e você caminha e o
Parabuteo te segue, uma duas , três árvores, e vc chama no punho, na isca. Outro detalhe
é que se você chama sua ave sempre ao punho e daí sempre do punho exibe as presas
ela irá condicionar que o punho é o melhor poleiro para partir para as presas . Se ela está
nas árvores, e das árvores saem as presas e ela persegue e captura, irá aprender que deve
sempre se posicionar nas árvores para dai ter sucesso na captura das presas, MAS ISTO
É UMA LONGA HISTÓRIA.
Isto foi um resumo e uma coletânea de métodos, para muitos o treino pode parecer
exagero, e dizerem que a ave já está mansa, que já faz isto, ou aquilo, etc, mas procurei
abranger os métodos que usei em aves que vão de femoralis a ornatus , passando por
bicolor, Parabuteo e outros. Creio que se seguirem o orientado aqui não vão ter
problemas de perda da ave. Espero ter ajudado.
Atenciosamente
Jorge Lisboa
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Jorge Sales Lisboa
Grande Jorge, acho que isso responde minha pergunta né rsrsrsrs.
Valeu Isrrael e Jorge pelas orientações, vou seguir a risca todas elas.
Até
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Dhonatan O. Santos - Biólogo
Ave: Parabuteo unicinctus - Pandora
O homem não é o unico animal que pensa, é o unico que pensa que não é animal.
Quero dizer que como criador deste diário, segui à risca TODAS as dicas do Sr. Jorge
Lisboa e enfim minha Padmé está voando livre, faz luva (só nos verticais para os dias de
rigorosos inverno e chuva), faz lure e escape. Muito brevemente estará em um estágio
mais avançado.
A Padmé começou como protagonista deste diário e virou coadjuvante, pois os métodos
que os amigos relataram, principalmente os do Jorge, modificaram o diário para um
guia prático de valor inestimável. Agora que posso falar por empirismo, nunca vi uma
pessoa tão dedica à falcoaria como este cara. Enfim, OBRIGADO.
Agora depois deste início de treino onde nos 37 dias que estou com ela e quase a metade
de dias ruins por causa do inverno impiedoso de Curitiba, percebo que só se consegue
este êxito seguindo uma tutela como esta deste diário, sem dúvida some-se a isto o fato
incontestável da procedência da ave. Uma ave criada no que reputo ser o melhor
criadouro do Brasil, ela tem uma índole impressionante. Calma, esperta, saudável, não
vocaliza quase nada, passa muitos e muitos dias sem vocalizar absolutamente nada. O
criadouro Fukui e estou certo que eu não poderia ter adquirido em melhor lugar.
Quero dizer também que tem coisas que só o trato diário faz com que a gente conheça a
ave de verdade, que façamos o Jin yo ittai que significa, homem e ave num só, conceito
ensinado a mim por Léo Fukui (mais este detalhe, criadores de primeira linha amam o
que fazem e nunca te deixam de dar suporte, a coisa toda é muito mais do que um "toma
lá dá cá" de GRANA), sendo o Jin yo ittai efetivo todos os dias, sente-se a ave. Aliás,
foi daí que tirei a idéia de fazer aquela enquete ( viewtopic.php?f=35&t=284 ), pois a
questão do "feeling" entre o homem e a ave é incontestável no meu ponto de vista.
De agora em diante vou procurar filmar sempre que puder todas as atividades e discutir
detalhes e ajustes finos.
Abraços a todos.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran
Fico feliz sabendo que o que escrevi tenha sido útil para você e espero que para outros.
Acho que nossa falcoaria, a falcoaria brasileira só ficará forte, quando existirem
falcoeiros com aves legais , de procedência legal e fazendo uma falcoaria correta, desta
forma, a criação de uma legislação será inevitável.
Atte
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Assim, é feito por mim e continuará sendo.
Mesmo com boa índole, que sem falsa modéstia é inata à minha criação, eu poderia ter
"caído" nas mãos de algum pilantra, do tipo que vende e não entrega ou qualquer antifalcoeiro por aí. Por sorte caí nas mãos de vocês e da ABFPAR.
Att.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Legal esse negocio de Jin yo ittai Eliran, concordo plenamente pois um falcoeiro não é
só um cara com uma ave no punho, ele tem que entender os dois devem ser um, como
se voasse nas asas de sua ave.
Fico feliz em só ouvir coisas boas sobre o criadouro Fukui, vejo que fiz uma ótima
escolha para adiquirir minha ave.
Até
_________________
Dhonatan O. Santos - Biólogo
Ave: Parabuteo unicinctus - Pandora
O homem não é o unico animal que pensa, é o unico que pensa que não é animal.
Recomendo fortemente o criadouro Fukui cara. E outra coisa, não tem "jeitinho",
"panelinha", etc. Quando tem as avesa disponíveis, quem chega entes, leva. Esqueci de
mencionar que a ave vem numa caixa muito bem acondicionada e com todos os
documentos pertinentes e bem clarificados. TOP.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Também sou um dos felizardos, estou recebendo também estarei recebendo uma fêmea
de GADT (Gavião Asa-de-Telha), como meu amigo Leo chama os Parabuteos
unicinctus.
Atte
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
mas veja só que uma vez jacú sempre jacú né? E eu achando
que Gadt era alguma denominação antiga de falcoaria para os Parabuteos ou quem sabe
até japonesa, haja vista a origem do criador.
De agora em diante só vou chamar de Gadt, em homenagem à minha jacuzice!!!!!
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
:lol:
mas veja só que uma vez jacú sempre jacú né? E eu
achando que Gadt era alguma denominação antiga de falcoaria para os Parabuteos ou
quem sabe até japonesa, haja vista a origem do criador.
De agora em diante só vou chamar de Gadt, em homenagem à minha jacuzice!!!!!
Isto foi uma idéia interessante de Leo Fukui em dar uma abreviação, uma nomeação
bem interessante ao Parabuteo unicinctus no Brasil, já que nos USA e países de lingua
inglesa chama-se Harris Hawk, e latinos, vários nomes , peuquito, aguila de harris, etc.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Não, brincadeiras a parte, acho um nome muito interessante e bonito. Esse tipo de
abreviatura, quando se forma um nome, como AIDS, SOS ou SETI, chamam-se de
acrônimos. Acabam virando uma palavra mesmo. Ficou bem bacana, além de ser uma
bela homenagem ao Leo Fukui.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Não, brincadeiras a parte, acho um nome muito interessante e bonito. Esse tipo de
abreviatura, quando se forma um nome, como AIDS, SOS ou SETI, chamam-se de
acrônimos. Acabam virando uma palavra mesmo. Ficou bem bacana, além de ser uma
bela homenagem ao Leo Fukui.
Hoje nos fóruns em inglês quando se fala de Parabuteo usa-se muitas vezes só "HH",
fazendo alusão aos Harris Hawk. Aqui com alguns amigos da ABFPAR especialistas
em Parabuteo como o Leo Fukui e Milton Mello, já usamos muito a abreviatura GADT,
quem sabe, a abreviatura não pega e fica usando de forma geral.
Atte
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Legal, não vejo a hora de pegar meu GADT
Até
_________________
Dhonatan O. Santos - Biólogo
Ave: Parabuteo unicinctus - Pandora
O homem não é o unico animal que pensa, é o unico que pensa que não é animal.
Jorge,
Estava sem internet essa semana, devido a estar me mudando. Hoje, dia em que
instalaram novamente a net, abri o forum e me deparo com essas linhas escritas por
você, que como brinquei com Eliran agora a pouco no msn, podemos chamar de a
Bíblia da falcoaria. rsrs. Brincadeiras a parte, gostaria de parabenizá-lo novamente pela
determinação e vontade de alavancar a falcoaria brasileira e agir desta forma. Fico
lisongeado de ter a ajuda de um kra com sua experiencia, principalmente se dando
através de um fórum aberto. Falo por mim e acredito que por muitos dos membros deste
forum. O "tutorial" ficou MUITO BOM, MUITO INTERESSANTE e tenho certeza que
ajudará MUITOS.
Lerei com mais calma e se tiver aguma dúvida postarei posteriormente.
Grande abraço.
_________________
Pedro Wendt Farias
Faço minhas as palavras do Pedro, pois além de não ganhar 1 centavo sequer, está
sempre disposto a ajudar particularmente. Nunca vi uma linha sequer daquele senhor
Ferreira e é por este não ter respondido a nenhuma das nossas admoestações, bem como
nunca ter ajudado ninguém que eu conheça, acho que já está dado um ponto final a
todas aquelas questões sobre o lado certo e o errado da falcoaria, bem como quem é o
anti-falcoeiro.
Para mim, o segundo não serve nem para engraxar os sapatos do primeiro.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Concordo plenamente com o Eliran e com o Pedro.
E tenho certeza que esse tutorial me ajudará muito.
Obrigado mais uma vez, amigo Jorge.
Abraço,
Silvio.
Pessoal
Minhas escritas ajudam mas com certeza não é completa e possui seus erros, digitando
na net, sempre deixamos passar um ou outro detalhe, exemplo, falamos de lure, mas não
abordamos o lure flying que muitos usam para os falcões e há muito mais, eu procurei
fazer uma coletânea para ajudar aqueles que começam, mas não abdiquem dos livros,
sempre procure ler cada vez mais. Ainda que não estejamos num momento bom, no que
se refere a legislação no país e uma série de outros detalhes, temos aves sendo
reproduzidas em cativeiros, fóruns de discussões nacionais e internacionais, e muito
mais. Aproveitem este momento que é muito importante neste processo de formação da
falcoaria brasileira.
Recebi hoje o Parabuteo no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, chegou com
meia hora de atraso, um pouco assustada, imobilizei a ave , coloquei jesses, e fiquei
um pouco com ela no aeroporto, já viu uns boeings 747, e o movimento no
aeroporto dos veículos na pista. Se portou muito bem como todos já mencionaram
anteriormente e que é padrão das aves reproduzidas pelo Leo Fukui, aceita o
toque, nada de agressividade, dormiu no punho, enquanto vi o jogo FLA x FLU, e
o pessoal da fiscalização ficou impressionado com a ave, já tem até cara querendo
comprar.
Abraço
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Jorge meus parabens pela compra de tao magnifica ave, que esta ave lhe traga muitas
felicidades assim como tenho tido com a minha .Vida longa a voce e sua ave!
_________________
Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
Opa opa! Que espetáculo! Detalhes, detalhes!
Macho, fêmea, idade, etc . . .
PARABÉNS!!!!!!!!
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
É uma fêmea, vou ver a idade e informo.
Vou informando mais a respeito.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Sensacional você ter pagado uma fêmea Jorge, acho que como expert e pegando uma
fêmea você dismistifica esta bobagem de que fêmea não é boa de caça.
Parabéns novamente.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Jorge Sales Lisboa Escreveu:
Pessoal
Minhas escritas ajudam mas com certeza não é completa e possui seus erros, digitando
na net, sempre deixamos passar um ou outro detalhe, exemplo, falamos de lure, mas não
abordamos o lure flying que muitos usam para os falcões e há muito mais, eu procurei
fazer uma coletânea para ajudar aqueles que começam, mas não abdiquem dos livros,
sempre procure ler cada vez mais. Ainda que não estejamos num momento bom, no que
se refere a legislação no país e uma série de outros detalhes, temos aves sendo
reproduzidas em cativeiros, fóruns de discussões nacionais e internacionais, e muito
mais. Aproveitem este momento que é muito importante neste processo de formação da
falcoaria brasileira.
Recebi hoje o Parabuteo no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, chegou com
meia hora de atraso, um pouco assustada, imobilizei a ave , coloquei jesses, e fiquei
um pouco com ela no aeroporto, já viu uns boeings 747, e o movimento no
aeroporto dos veículos na pista. Se portou muito bem como todos já mencionaram
anteriormente e que é padrão das aves reproduzidas pelo Leo Fukui, aceita o
toque, nada de agressividade, dormiu no punho, enquanto vi o jogo FLA x FLU, e
o pessoal da fiscalização ficou impressionado com a ave, já tem até cara querendo
comprar.
Abraço
Jorge
Jorge, concordo com o q diz, mas esse tutorial irá ajudar bastante os iniciantes.
Entretanto, sem dúvidas a leitura é a melhor amiga de um falcoeiro. rsrsrs
Parabens pela aquisição do GADT. Seria legal se colocasse informações sobre ela e pq
não um diário!?
Grande abraço.
_________________
Pedro Wendt Farias
Eliran Escreveu:
Sensacional você ter pagado uma fêmea Jorge, acho que como expert e pegando uma
fêmea você dismistifica esta bobagem de que fêmea não é boa de caça.
Parabéns novamente.
Eliran
O Parabuteo unicinctus seja macho ou fêmea, independente da subespécie, são
excelentes aves e com muito potencial, a única diferença é que a subespécie maior até
por condições musculares e corporais evidentes consegue predar animais de pelo com
mais facilidade como coelhos e lebres, enquanto que a nossa subespécie preda com mais
facilidade aves, por serem menores e mais ágeis, o que é mais interessante, tendo em
vista o grande interesse pelo uso destas aves em controle de fauna em aeroportos.
Hoje a ave comeu no punho.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Que beleza Jorge. Ela come no punho, mas ainda com as asas semi abertas?
Atte
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somos feitos.
Eliran
Ela come no punho, rapidamente, mas com asas fechadas, quando aproximo a mão ela
abre as asas, mas, quando paro o movimento da mão, ela logo fecha. O único
comportamento agressivo/medo, foi quando meu cão estava solto e ela viu abriu asas
querendo dobrar o tamanho, inflando as penas e começou a fazer uma vocalização
rouca.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Sensacional! Estas vocalizações roucas são máximo que a Padmé fez até hoje. Bem
discreta mesmo. E o abrir de asas é só com os cachorros também.
Tenho percebido que quando ela está com o que lhe resta de fezes, estas ficam com um
tom verde claro. Voltando a comer mais, as fezes voltam ao tom morrom escuro ou
preto. Seriam estas fezes verdes, sinal da bílis?
Abraço.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Sim, sinais verdes nas fezes é bílis, indicio de que a ave está com a barriga vazia a
algum tempo ja.
Se você deixar a ave de jejum, verá que no final do dia as fezes estarão quase que
completamente verdes.
_________________
O maior presente e maior maldição de um falcoeiro é o laço de confiança que cria com
sua ave, a felicidade é plena em vôo e a dor é profunda na morte.
Lucas Scoppio
É...pelo descrito parecem que as aves oriudas do Fukui ja vem consideravelmente
amanssadas...Isso é bastante interessante!
Jorge, continue a descrever a evolução da ave...e se possível o treino, métodos, etc...
Abraços.
_________________
Pedro Wendt Farias
É bem característico mesmo né Lucas? Ela tá muito saudável e esperta.
Valeu.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Fezes verdes, se for sinal de doença, pelo que eu ja li, seria contaminação por chumbo,
porém acho isso bastante dificil em uma ave de criadouro e que não se alimenta de
animais em áreas poluídas.
Minha coruja fica com as fezes verdes algumas horas depois de ter expelido o
pellet/cast, geralmente 6 ou 8 horas mais tarde... Ele é um desesperado de fome, come
quase 100g por dia!
_________________
O maior presente e maior maldição de um falcoeiro é o laço de confiança que cria com
sua ave, a felicidade é plena em vôo e a dor é profunda na morte.
Valeu Lucas, bem claras as dicas.
Abração!
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
E a Padme ... ???
_________________
Pedro Wendt Farias
Pedro a Padmé se cansou do Eliran e fugiu com o urubu que o Saulo "roubou", e por
isso que o Eliran parou de postar o diario dela aki, e não comentou nada com ninguem
por vergonha pois ele jurava a todos que a Padmé era uma parabuteo de familia e que
casaria virgem.
_________________
Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
HAHAHA dve ser influencia da Isis, =D... boatos que os dois estão morando em
Brasilia e ja tem cargo de confiança presente do Sarney... O.o
João Gottardi
Mas que bibas vocês são, a Padmé depois de muito lure agora está numa "outra
dimensão". Agora está uma "caçadora", já sabe até em mata voar. Vocês dois de tão
bixolas me fazem colocar essas rimas bobas no "ar".
Renato e João, não vôo arara vôo parabúteo vocês de tão bixolas fazem até um poleiro
"T" bem no meio do glúteo.
Não se irritem com minha rima, isso não é zombaria, em todo canto tem uns gays, no
nosso caso são vocês, no canto da falcoaria . . .
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran, essa historia de "na mata voar"e desculpa de quem escondido quer dar,
não precisa dissimular,embora falcoaria seja coisa pra macho ninguem aqui vai te
discriminar se pra um negão o seu amor vc confessar,e vamos essa discursão terminar
pra você não mais ter de se explicar.
_________________
Parabuteo unicinctus
Renato Gomes
AMF
" De tanto ver... prosperar a desonra,crescer a injustiça...o homem chega a rir-se da
honra.... e a ter vergonha de ser honesto."
Renato, de rima você é fraco. Assim como mais fraco fica o rapinante que não voa
galopante, quando está na muda, em (inglês se chama MOULT), você mesmo negão,
sendo gordão, sai correndo atrás do macho mais rápido que o Husseim Bolt.
Se um rapinante você fosse, você seria um urubú, na não albino, como existem com
falcão, mas negão, feio de dar dó, mesmo com a cara escondida por um caparrão, mais
comum que um carijó.
Quanta bobagem!!!
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que somos
feitos.
Creio que esse tópico deverá se mudar para Diário de um Repentista hahahaha...
bobagens a parte sentimos falta dos posts diários em Eliran!
Abraço a todos!
João Gottardi
Caramba, esses dois quando se encontrarem vai ser difícil separar, é paixão já. Mesmo
porque achar o Eliran no meio daquele Renato todo vai ser uma "missão impossível".
_________________
Eduardo Campolina
Diretor Tesoureiro AMF
Sócio ABFPAR
http://www.falcoariamg.com.br
Pensa a visão do inferno os falcoeiros separando o casal hahaha
João Gottardi
Deus que me livre dessa visão do inferno ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
Mas como eu ia dizendo, Padmé já fez umas visitas na mata. O que dizem da fêmea de
parabuteo ser lenta e só fazer lances de cima para baixo é uma bobagem.
O que vocês acham de nesta muda e na próxima ela fazer lances retos e de cima para
baixo e nas próximas eu ensinas investidas aéreas?
Abraços.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Ela pode sim fazer lances do punho a presa, dependendo da presa você tem que se
aproximar mais, só isso. Não podemos dizer que sua ave é lenta, porem não é essa
velocidade toda. Ex: um Accipiter Bicolor, teríamos de nos posicionar cerca de 35
metros para a captura de um "quero -quero" talvez menos por conta de seu sprint, já a
sua ave teria de ser perto de uns 20 metros ou menos, mas faria a captura sua ave não é
menos capaz simplesmente vai ter que haver o uso de estratégias de aproximação e etc.
Posso estar falando asneira vou deixar os maiores detalhes com o Jorge, nunca treinei
essa ave somente assisti a videos e lances do Parabuteo ao vivo, vou deixar para quem
entende.
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
AMF [Diretor de Informatica] - Site
ABFPAR [Tesoureiro] - Site
O parabúteo é talvez a ave de rapina usada em falcoaria mais versátil do mundo. Em
relação aos lances em ascensão, segue um trecho de um artigo do Jorge Lisboa
disponível no Boletim da ABFPAR de 1998. Trata-se de um relato de reabilitação de
um Parabuteo fêmea com peso de voo médio de 730g:
"Interessante também um ataque que o harris efetuou sobre um Nicticorax em torno de
50
metros de distância e partindo de uma árvore numa altura inferior a do Ardeídeo que
passava
voando, quando estava prestes a capturá-lo a presa numa guinada escapou no primeiro
lance,
observando que o gavião continuava em sua perseguição o único recurso do ardeídeo foi
vomitar o
conteúdo estomacal, conseguindo desta forma que o gavião perdesse o interesse e fosse
ao solo
capturar o que caía. Neste lance demonstrou um grande poder ascencional,
demonstrando muita
potência muscular (talvez devido aos exercícios de saltos verticais). Era como se
estivesse apoiado
na cauda e com batidas de asas ininterruptas conseguisse uma grande potência."
_________________
Eduardo Campolina
Diretor Tesoureiro AMF
Sócio ABFPAR
http://www.falcoariamg.com.br
“O maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada.”
George Bernard Shaw
Boa conclusão Campolina.
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
AMF [Diretor de Informatica] - Site
ABFPAR [Tesoureiro] - Site
Israel Pimentel Escreveu:
Ela pode sim fazer lances do punho a presa, dependendo da presa você tem que se
aproximar mais, só isso. Não podemos dizer que sua ave é lenta, porem não é essa
velocidade toda. Ex: um Accipiter Bicolor, teríamos de nos posicionar cerca de 35
metros para a captura de um "quero -quero" talvez menos por conta de seu sprint, já a
sua ave teria de ser perto de uns 20 metros ou menos, mas faria a captura sua ave não é
menos capaz simplesmente vai ter que haver o uso de estratégias de aproximação e etc.
Posso estar falando asneira vou deixar os maiores detalhes com o Jorge, nunca treinei
essa ave somente assisti a videos e lances do Parabuteo ao vivo, vou deixar para quem
entende.
Israel
Você está certo.
Há muitas variáveis quando se faz falcoaria (aqui entenda-se para controle de fauna),
como aproximar e arremessar a ave na distância exata, lançar a favor ou contra o vento,
com sol contra ou a favor. São muitas.
Jorge
_________________
Jorge Sales Lisboa
Realmente não acho que a parabuteo seja um gavião mais rápido como dizem ser um
Açor, nem que ela seja tão rápida quanto o macho; o que inclusive já debatemos aqui é
que talvez o "mote" dela seja o fato de ser veloz e não, rápida. A diferença a que me
refiro é como por exemplo entre um cavalo Quarto de milha (rápido) e um PSI (veloz),
o primeiro tem uma explosão maior, já o Puro sangue inglês tem uma chegada mais
rápida depois de 400 metros.
Outra coisa Israel que tenho percebido é que com os quero - queros, dependendo do
relevo e da aproximação, que ela realmente poderia investir neles. Acredito também que
a cada temporada a ave vai ficando melhor e mais experiente. Que tal? Então vou fazer
como te falei, deixar os lances mais "altaneiros" para as outras temporadas.
Campolina, este episódio descrito pelo Jorge poderia contar com o fato de a presa estar
com alguma debilidade ou elas fazem isto instintivamente? É normal um parabuteo que
tem uma vocação diferente de um carcará por exemplo, optar por uma refeição morta
(vomitada) do que a presa viva e mais nutritiva?
Abraços
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Outra coisa Israel que tenho percebido é que com os quero - queros, dependendo do
relevo e da aproximação, que ela realmente poderia investir neles. Acredito também que
a cada temporada a ave vai ficando melhor e mais experiente. Que tal? Então vou fazer
como te falei, deixar os lances mais "altaneiros" para as outras temporadas.
Claro, com toda certeza a cada lance a ave aprende algo, a cada saida ao campo um
aprendizado.
_________________
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que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
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Eliran Escreveu:
Campolina, este episódio descrito pelo Jorge poderia contar com o fato de a presa estar
com alguma debilidade ou elas fazem isto instintivamente? É normal um parabuteo que
tem uma vocação diferente de um carcará por exemplo, optar por uma refeição morta
(vomitada) do que a presa viva e mais nutritiva?
Abraços
É um mecanismo de defesa, e o parabúteo não fez opção, foi confundido por um objeto
caindo e instintivamente vai averiguar.
_________________
Eduardo Campolina
Diretor Tesoureiro AMF
Sócio ABFPAR
http://www.falcoariamg.com.br
“O maior problema com a comunicação é a ilusão de que ela foi alcançada.”
George Bernard Shaw
Muito bom muito bom.
Agora, com relação ao sol na frente é sempre pior pra ave, mas com relação ao vendo
acho que nem sempre né? Pois ele pode pegar um frental ascendente e chegar mais
rápido à presa né Jorge?
Abraços.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Na minha opinião, nem sempre o sol ao contrário é uma desvantagem, lembrando que
os falcos apresentam aquela "extenção" acima dos olhos, permitindo olharem para cima
pro sol e enxergarem bem. Talvez eu tenha falado besteira, mas seria legal uma
discussão sobre todas essas variáveis em um lace de caça.
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Pedro Wendt Farias
Boa noite Eliran, quando der um tempo posta um vídeo pra gente curtir um pouco a
Padmé!
Abraços!
Felipe
Galera não tenho palavras para explicar de como está ficando bom este tópico, assim
como os outros ele está me fazendo acrescentar conhecimentos novos e preenchendo as
falhas de dúvidas que eu tinha e tenho sobre falcoaria. Não sou de escrever muito, mas
quando o Zeus chegar(decidi por pegar um macho e colocar esse nome), vou tentar
fazer um diario bem detalhado, para que todos possam me ajudar. Mudando de assunto
não vejo a hora de ir busca-lo, está programado para o dia 26/09, e até lá cada minuto
vai ser um aprendizado com voceis. Parabens mesmo pelo tópico e muito obrigado pela
ajuda.
Atte
Vitor
Vitor, o Zeus será um Gadt?
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Pedro Wendt Farias
Pedro, apesar de eu visar um dia ter um GADT, Zeus é um Falco Femoralis, ainda não
estou com essa bola toda...
Rsrsrs...digo o mesmo!
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Pedro Wendt Farias
Pessoal
Os Parabuteos, Accipiters , são aves que tem uma capacidade de capturar suas presas
por sprinter. Saem do punho atingindo sua velocidade máxima quase imediatamente, e
numa distância que varia de 100/200 metros, até uns 2km (no caso do Accipiter
melanoleucus), perseguem a presa com muita habilidade , manobra, e muita velocidade.
Acho muito cedo para dizer que o uso de altanaria com Açores e GADT pode ser mais
eficaz do que os vôos partindo direto do punho. Conheço falcoeiros que com um Açor
ou com um GADT em um dia capturaram 19 e 21 coelhos respectivamente. Mc Dermott
no horário da manhã , de 8 a meio dia, capturou 21 estorninhos com um gavião de
cooper (Accipiter cooperi). Claro, isto envolve abundância de presas no local, e uma
série de outros fatores, mas acho que quem voa Açores e GADT por altanaria querem
descobrir uma nova possibilidade na falcoaria ou fazer algo inédito, na verdade a
falcoaria é sempre um desafio. O Amigo peruano José Gagliardi, que já voou
praticamente todas as aves, quer voar agora um Parabuteo por altanaria a 4500 metros
nos Andes, porém acho que devamos buscar as qualidades naturais destas aves para a
falcoaria. O privilégio da falcoaria é possibilitar que nós possamos apreciar um
momento que é difícil vermos na natureza que é capacidade de uma ave caçar uma
presa. No que se refere aos Buteos em minha opinião acho obrigatório voá-los por
altanaria é característica natural da ave, em vôos de sprinter são muito limitados.
No que se refere a posição do sol e do vento, são alguns dos fatores que possibilitam o
êxito e o fracasso, caso saibamos usar. No trabalho de controle de fauna no aeroporto
lançamos o Spizaetus ornatus (que parece muito com Accipiter na forma de voar) com o
sol incidindo para as presas, assim ele voa rápido, buscando voar baixo acelerando
sempre, escondendo suas partes brancas do peito, e tornando-se "invisível" para as
presas, quando elas percebem ele já está em cima. Eu tenho um video de Accipiter
bicolor que fiquei filmando um escape amarrado, enquanto que o gavião saia do punho
de um amigo a 50 metros de distância, é impressionante, quando você vê o gavião sair
do punho mas depois desaparece na filmagem, ele vem voando grande parte de todo o
trajeto, e você não vê a ave, quando ele surge para nós na imagem está uns 10/15 metros
da presa e a captura. Em termos de aceleração numa escala de 0 a 10 em vôos de
rapinantes partindo em vôos direto para a presa, eu diria que os Buteos ficariam em 4,
os GADT em 7 e os Accipiter em 10 pra mais. Em termos de explosão nem se fala em
controle de fauna em galpões no RJ, um pombo voava quando virava meu corpo para
ver , o Accipiter já tinha saído do meu punho e já estava capturando o pombo. Muitas
vôos dos Accipiters, você tem que parar , raciocinar e tentar entender o que se passou,
são muitos rápidos.
Quero ressaltar que isto envolve também um trabalho por parte do falcoeiro em preparar
a ave , muscular a ave , voá-la várias vezes por semana, etc.
E os aplomados. Não desvalorizem esta ave. Elas são excelentes vão proporcionar vôos
que mesclam Accipiter e Falco, quer algo melhor? O único obstáculo seria o tamanho
do falcão, mas a coragem e agressividade destes falcões é muito grande e compensa o
que lhes faltam em tamanho.
Uma foto de Mc Dermott, cooper macho, e 22 estorninhos capturados. Vale ressaltar
que o estorninho (Sturnus) é verdaderia praga nos USA.
Abraço
Jorge
Anexos:
vinte e dois estorninhos.JPG [ 65.64 KiB | Visualizado 39 vezes ]
_________________
Jorge Sales Lisboa
Jorge, interessante seus relatos. Essa questão da incidência solar é muito interessante e
merece um detalhamento por parte dos mais experientes. Se possível gostaria que
comentasse algo mais sobre essa variável na hora de um lance.
Forte abraço.
_________________
Pedro Wendt Farias
Como voltou a chover impiedosamente aqui (pelo menos está em torno de 13 graus a
temperatura e não os quase zero normais pra época) e muito úmido, a Padmé tem
tomado banho mais espaçadamente. Hoje ela tomou banho dentro de casa e lá fora
chovia muito. Ela ficou obviamente encharcada depois do banho. Peguei-a e com um
soprador térmico (destes de entelar aeromodelo - Campolina e Israel) e a uma distancia
que não esquentasse demais, sequei-a por inteiro. Acho que ela adorou, ficou paradinha,
curtindo o vento quentinho. O que vocês acham?
Como você faz aí Jorge? Lembro que não havia sol para a secagem natural.
Abraços.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Pedro Wendt Escreveu:
Jorge, interessante seus relatos. Essa questão da incidência solar é muito interessante e
merece um detalhamento por parte dos mais experientes. Se possível gostaria que
comentasse algo mais sobre essa variável na hora de um lance.
Forte abraço.
Pedro
É simples ao visualizar uma determinada presa, pombos por exemplo no aeroporto. Ao
observar estas presas que você deseja que o gavião a capture , você se desloca de forma
a posicionar-se e lançar a ave de rapina com o sol as suas costas, assim o sol está
incidindo sobre a presa, e isto oculta parcialmente a ave de rapina que chega com certa
surpresa. Além desta situação do sol, o vento também é fundamental, de acordo com a
ave problema você deve lançar a favor ou contra o vento.
_________________
Jorge Sales Lisboa
Eliran Escreveu:
Como voltou a chover impiedosamente aqui (pelo menos está em torno de 13 graus a
temperatura e não os quase zero normais pra época) e muito úmido, a Padmé tem
tomado banho mais espaçadamente. Hoje ela tomou banho dentro de casa e lá fora
chovia muito. Ela ficou obviamente encharcada depois do banho. Peguei-a e com um
soprador térmico (destes de entelar aeromodelo - Campolina e Israel) e a uma distancia
que não esquentasse demais, sequei-a por inteiro. Acho que ela adorou, ficou paradinha,
curtindo o vento quentinho. O que vocês acham?
Como você faz aí Jorge? Lembro que não havia sol para a secagem natural.
Abraços.
Eu não uso secador de forma alguma, se uma ave ficou molhada por algum motivo e é
noite eu coloco uma lâmpada potente no quarto, ou num abajour próximo a ave, que ela
logo seca. A variação de temperatura do secador, a ave está com uma temperatura baixa,
fria, e de repente você aquece não acho benéfico para a saúde.
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Jorge Sales Lisboa
Bom, entende-se que a lâmpada aquece gradativamente mais lento então?
Obrigado.
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Bom, entende-se que a lâmpada aquece gradativamente mais lento então?
Obrigado.
Sim, mas lento, mas de acordo com a proximidade pode ser mais rápido ou não,
exemplo, se vc coloca um abajour a 1 metro de uma ave molhada ele aquece e ela seca,
mas aquece todo o ambiente como um todo , e na minha opinião (nada comprovada pela
medicina), acho que não causa danos, como você molhar a ave e secá-la logo após com
um secador.
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Jorge Sales Lisboa
Sabe que nos dias mais rigorosos de inverno eu tenho colocado uma luz azul (pra não
ser muito agressiva na iluminação como a branca) e a ave caminha para mais perto ou
mais longe da fonte de calor conforme o frio. Deu muito certo.
Uma coisa que hoje é consenso na medicina humana é que variações bruscas de
temperatura não causam gripe ou outras patologias aéreas, assim como pisar no chão
frio, etc. Claro que são organismos diferentes, mas até agora estou agindo para secá-la
mais pelo desconforto do corpo molhado aliado ao frio.
Abraço
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A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Sabe que nos dias mais rigorosos de inverno eu tenho colocado uma luz azul (pra não
ser muito agressiva na iluminação como a branca) e a ave caminha para mais perto ou
mais longe da fonte de calor conforme o frio. Deu muito certo.
Uma coisa que hoje é consenso na medicina humana é que variações bruscas de
temperatura não causam gripe ou outras patologias aéreas, assim como pisar no chão
frio, etc. Claro que são organismos diferentes, mas até agora estou agindo para secá-la
mais pelo desconforto do corpo molhado aliado ao frio.
Abraço
Quando reproduzi falcões na caixa onde ficava eu colocava uma lampada e eles se
afastavam ou aproximavam de acordo com a necessidade.
Jorge
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Jorge Sales Lisboa
Jorge Sales Lisboa Escreveu:
Pedro Wendt Escreveu:
Jorge, interessante seus relatos. Essa questão da incidência solar é muito interessante e
merece um detalhamento por parte dos mais experientes. Se possível gostaria que
comentasse algo mais sobre essa variável na hora de um lance.
Forte abraço.
Pedro
É simples ao visualizar uma determinada presa, pombos por exemplo no aeroporto. Ao
observar estas presas que você deseja que o gavião a capture , você se desloca de forma
a posicionar-se e lançar a ave de rapina com o sol as suas costas, assim o sol está
incidindo sobre a presa, e isto oculta parcialmente a ave de rapina que chega com certa
surpresa. Além desta situação do sol, o vento também é fundamental, de acordo com a
ave problema você deve lançar a favor ou contra o vento.
Jorge, obrigado pela resposta. Foi bastante claro.
Abraços.
Em relação a esquentar a ave, a forma mais correta sem dúvida seria a utilização de
lâmpadas...pois permite que a ave se aproxime ou se afaste. Aqui no zoo utilizamos esse
método e temos bons resultados.
_________________
Pedro Wendt Farias
E aí Eliran?
como estás velhinho?!?!?
... rapaz realmente o uso de lâmpadas é o mais ideal e acredito que com o custo mais
baixo. Em algumas outras aplicações se faz uso de um termostato, instrumento que os
amigos devem ter conhecimento. É um dispositivo programável que trabalha como
sensor de temperatura, permitindo o controle de uma temperatura X, deixando o
ambiente nem quente demais nem frio demais, acredito que seria uma boa opção
também em casos extremos de controle de temperatura.
Abração e manda as novidades Eliran!!!
_________________
Alex Soares
Nao precisa esquentar nao, em paises que o inverno fica em temperaturas abaixo de
zero, as aves aguentam sem problema nenhum no viveiro sem aquecimento, entao
duvido que alguma ave possa ter frostbite por ai hehe.
Exercita ela todo dia e dependendo da ave (se conseguir trazer ao seu punho sem
problemas), deixa voando livre no viveiro para melhorar a circulacao sanguinea.
Lembro de ler algumas coisas interessantes de por que nao aquecer a ave e nao deixar
dentro de casa, preciso procurar denovo.
_________________
It is a great responsibility [falconry] which must not be taken lightly, though falconry is
not so difficult as some would have you believe. - Phillip Glasier
Olá Pedro,
vc por acaso teria fotos ou poderia especificar a distancia e a potencia dessa lampada
para podermos ter uma idéia melhor,abraços!
_________________
Thiago Victor
Kra, utilizamos esse método para filhotes...E deixamos o foco de luz apenas durante a
noite...
A depender do clima deixamos mais próximo ou mais afastado.
_________________
Pedro Wendt Farias
Para filhote sim
Diegovog
Olá para todos!Estou iniciando meus estudos sobre a falcoaria,para ne um futuro
adiquirir uma ave,estou lendo bastate e nesse tópico foi o que mais esclareci minhas
duvidas.
Então decidi postar essa mensagem,para agradecer a todos que participaram desse
tópico.E Parabenisar Jorge Lisboa pelo exelente tutorial que ele postou aqui.Acrecentou
muito em meus estudos.Obrigado!!!
Junio
O Jorge Lisboa é um expoente da falcoaria no Brasil e ainda ajuda bastante (quando o
tempo permite) os novatos como eu e você. Fora o Jorge todos gostam de ajudar, nem
todos conseguem, no entanto todos gostariam.
Se você, como disse está lendo bastante dentro e fora do forum antes de fazer perguntas,
ficamos mais inclinados ainda a ajudar.
Persista e consiga.
Abraço.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Pessoal
Os méritos aqui não são todos meus, Acredito que no fórum há pessoas muito hábeis em
falcoaria, e que a participação de todos no fórum de forma ativa é o que mais enriquece,
e permite que outras pessoas que iniciam na falcoaria aprendam de forma correta. Devo
ressaltar que cada ave nunca é igual a outra, mesmo que da mesma espécie, e que
estamos falando com pessoas que vivem em estados com caracteristicas diferentes,
clima, vegetação, altitude diferentes.
No que se refere ao manejo, repito que isto que escrevi é uma base, e sugiro que leiam
livros os mais diversos possíveis sobre falcoaria para ter conhecimento suficiente para
se sair bem com sua ave independente da condição em que esteja.
Boa Sorte a todos.
_________________
Jorge Sales Lisboa
Gostaria de aproveitar a oportunidade para também deixar meus sinceros
agradecimentos ao Eliran, à Padmé e especialmente ao Jorge Lisboa, além de todos que
contribuiram nesse tópico e no de Apolo, sem esquecer Israel e Fernando, sempre
presentes, todos de fundamental importância na educação básica de Apolo, meu GADT.
(Muitos me ajudaram e espero não estar sendo injusto em não citar todos).
Após ler autores consagrados como Pareja Obregon, Nick Fox, Jemima PJ,etc, pensei
estar apto para treinar meu GADT, visto tratar-se de uma ave "fácil", mas logo percebi
que os desafios são maiores do que pensamos, e dúvidas no "refinamento" do
treinamento aparecem o tempo todo, obrigando a nos aconselhar com pessoas mais
experientes.
O resultado está aí: uma ave extremamente dócil, mentalmente equilibrada, que porta-se
com naturalidade e sem debater-se ante a presença de adultos, crianças, carros, motos,
cavalos, cachorros (bom, ainda encrenca com alguns cachorros, mas ninguém é
perfeito..hehe), sendo muda tanto em casa quanto em campo.
Estou certo de que sem vocês não teria conseguido um êxito tão grande.
Logo publicarei meu livro: "Beach Hawking I: Captive Quail
Em tempo: como anda a Padmé? Gostaria de conhecê-la um dia...
_________________
Allan Filgueira - São Paulo-SP - Natal-RN
Sócio ABFPAR / AFARN
I'll always be hunting high and low, hungry for you...
Reativando o tópico.
Tenho muita curiosidade de saber como está a Padmé Amidala
esse foi um dos melhores tópicos que já li, muito metódico.
valeeu!
alexandre da silva
vou estudar bastante e obter os equipamentos todos nesessários para um dia ter minha
ave
_________________
"O SUCESSO DO FALCÃO DEPENDE DA EXPERIÊNCIA "
arthurfv Escreveu:
Reativando o tópico.
Tenho muita curiosidade de saber como está a Padmé Amidala
esse foi um dos melhores tópicos que já li, muito metódico.
valeeu!
O Eliran não faz mais parte do fórum. Rolou um atrito entre ele e Jorge Sales e os dois
saíram...
atrito sempre tem muitos e os caras ja se remdem assim de cara
e no começo quando entrei aqui tive os meus tambem.
mais estou aqui aprendendo
_________________
Paulo Henrique
Filiado a ABFPAR
Manotroll
Prezados,
Basta apenas saber ignorar ou não o que leem, por muitas vezes o pessoal puxa a orelha
mesmo, mas para o bem de todos. Algumas vezes exageram, porem sempre no intuito
de não tragar o mal para dentro da nossa arte.
Estou com um pouco mais de tempo e vou começar a ficar mais participativo no fórum
novamente.
Att,
Israel Pimentel.
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
Quero dizer que o Sr. Jorge Lisboa é pessoa de mais alto gabarito e que merece ser
referência em falcoaria.
Não me posiciono em questão de atrito com o Sr. Jorge e à época me destemperei de
maneira que acho hoje, não o faria, muito embora ainda ache que eu tinha razão.
Desejo a todos deste forum, inclusive e especialmente ao Sr. Jorge; Israel e Campolina
os meus mais sinceros votos de sucesso de tudo o que fizerem de bom em prol da
falcoaria.
Guardar rancor de alguém é como beber um veneno esperando que o outro morra.
Sendo assim, uma bobbagem inútil na vida de qualquer pessoa.
Abraço saudoso a todos.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Iiiiiiiiiiiii rapá, o cara reapareceu!
E ai Eliran, ainda voa a Padmé? Tem fotos atuais dela?
Abraço,
Dorinho
Eliran rapais !!!! deixa eu te diser uma coisa, esse tópico do padmé é o tópico dos
tópicos deveria virar livro!!!!!
parabéns pela atitude de voltar a postar aqui novamente.
é isso ai guardar rancor realmente nâo compensa.
vc poderia por favor nos falar como estar o padmé.
só falta agora o sr.Jorge voltar novamente!!!!.
tony jr Escreveu:
Eliran rapais !!!! deixa eu te diser uma coisa, esse tópico do padmé é o tópico dos
tópicos deveria virar livro!!!!!.
esse tópico foi muito bom mesmo, pode não ter virado livro oficial, porém pra mim
virou, compilei tudo e compartilharei se me permitem...
http://www.4shared.com/office/hZZ5HP9k/ ... mento.html
lendo aqui no fórum, sempre me perguntei o motivo de não ter uma literatura brasileira
sobre falcoaria, basta uma busca de 2 minutos aqui no fórum pra ver quanto
conhecimento há sobre esse assunto em terras tupiniquim
Oi Arthurfv não sei seu nome.. meu é Ronaldo.
Obrigado por disponibilizar o material.
Esclarecedor para um iniciante como eu.
Abraço
Santosronaldo
Peço por favor que dêem crédito ao autor.
Podem distribuir livremente com esta condição acima. Já ocorreu de trocarem nomes e
situções deste meu relato mesmo este deste forum.
O relato na íntegra está sendo editado e atualizado por mim.
Se o Sr. Israel permitir (como sempre o fez), republicarei aqui.
Mesmo o que existe aqui teve alguns nomes e situações que não condizem à realidade,
no entanto no que se refere ao manejo e parte técnica, está na íntegra.
Agradeço a todos pelas participações do forum.
Obrigado.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Então, Eliran... tirei do ar e vou repostar com créditos e esclarecimentos de como esse
artigo foi compilado, não fui muito minucioso pois faz pelo menos um ano que compilei
e até então não tinha surgido a ideia de por pra download, então assim que fizer as
devidas alterações estará disponível novamente.
E fico na espera por todo esse aprendizado editado e atualizado por você =D
Valeu.
Arthurfv
Obrigado arthur, muito gentil.
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
Eliran Escreveu:
Peço por favor que dêem crédito ao autor.
Podem distribuir livremente com esta condição acima. Já ocorreu de trocarem nomes e
situções deste meu relato mesmo este deste forum.
O relato na íntegra está sendo editado e atualizado por mim.
Se o Sr. Israel permitir (como sempre o fez), republicarei aqui.
Mesmo o que existe aqui teve alguns nomes e situações que não condizem à realidade,
no entanto no que se refere ao manejo e parte técnica, está na íntegra.
Agradeço a todos pelas participações do forum.
Obrigado.
Prezado Eliran,
Não tenho nada contra você, e nem nunca tive. Seja bem vindo novamente ao fórum e
faça bom uso como sempre fez. Estou ansioso para rever seus post's sobre Padmé.
Espero o inicio de seus post's com discussões.
Abraços,
Israel.
_________________
"O mundo é perigoso não por causa daqueles que fazem o mal, mas por causa daqueles
que vêem e deixam o mal ser feito." (Albert Einstein)
Não tenho dúvida disso Israel.
Como disse, lamento amargamente o ocorrido, não só por eu ter perdido colegas, mas
mestres (em especial Jorge Salles Lisboa), sem o qual aquele diário, bem como o pouco
que sei hoje de falcoaria, jamais seriam possíveis.
Vou apenas editar o post e deixar como domínio público (mas somente depois da minha
edição).
Não consegui um retorno sobre minha situação na ABFPAR, pois gostaria de continuar
contribuindo.
Israel, mande um cordial abraço ao Jorge e ao Campolina.
Um dia quem sabe voltamos a conversar. O tempo é o mestre de todas as coisas.
Estou numa mega correria, loja nova, muito trabalho e vou ser pai pela primeira vez
(uma felicidade só).
Tenho lido algumas coisas aqui no forum e vejo que você ainda tem que ser malabarista
para apartar brigas. É um fardo que você como bom diplomata tem que carregar.
Um abraço fraterno a você! Sucesso!
_________________
A vida é uma pedra de amolar. Ou nos desgasta ou nos afia. Depende do material que
somos feitos.
que coincidência tem bastante tempo que nao entro aqui, e logo encontro vc por aqui de
novo que bacana!
parabens pelo nenem que estar por vir...
tentei falar com vc mais nunca conseguia o seu retorno, abraçao meu amigo *-*
_________________
A COMPAIXÃO PELOS ANIMAIS ESTÁ INFINITAMENTE LIGADA A
BONDADE DE CARÁTER, E PODE SER SEGURAMENTE AFIRMADO QUE,
QUEM É CRUEL COM OS ANIMAIS NÃO PODE SER UM BOM HOMEM.
Fabiana Senna.

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