Levantamento das espécies arbóreas da Universidade Federal da
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Levantamento das espécies arbóreas da Universidade Federal da
SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS 7 (4): 377-387 [VOL. 7 LEVANTAMENTO DAS ESPÉCIES ARBÓREAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, SALVADOR, BAHIA GABRIEL MARTINS DE CARVALHO1,2, NÁDIA ROQUE1 & MARIA LENISE SILVA GUEDES 1 1 Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia, Departamento de Botânica, Rua Barão de Geremoabo, s/n, campus Universitário de Ondina, 40171-970, Salvador, Bahia, Brasil 2 Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/FAPESB ([email protected]) (Levantamento das espécies arbóreas da Universidade Federal da Bahia, Salvador, Bahia) – As áreas verdes urbanas são fundamentais para a manutenção do microclima, redução da poluição sonora, melhoria da qualidade de vida da população e como refúgio aos animais. O conhecimento das espécies que compõem esse sistema mostra-se de grande importância para o manejo e conservação dessa vegetação. A Universidade Federal da Bahia, inserida num grande centro urbano, é composta por áreas arborizadas, incluindo fragmentos de mata nativa. Os principais objetivos deste estudo são realizar o levantamento das espécies arbóreas dos espaços livres da UFBA e contribuir para o conhecimento da flora das áreas verdes localizadas em centros urbanos. Foram coletados espécimes arbóreos com DAP e” 10 cm, durante o período de agosto de 2005 a junho de 2006, presentes nas praças, jardins de edifícios e vias (ruas e avenidas). Os espécimes foram identificados e inseridos no Herbário ALCB. Foram encontradas 131 espécies, pertencentes a 100 gêneros, distribuídas em 31 famílias de angiospermas e duas famílias de gimnospermas. As famílias mais representativas em número de espécies foram as Leguminosae (30%), Arecaceae (14%), Moraceae (7%), Bignoniaceae (5%) e Malvaceae (5%). Entre as espécies, 65 (49,6%) são exóticas, indicando que a arborização da UFBA seguiu o padrão observado na maioria das áreas verdes públicas das cidades brasileiras. Intervenções na arborização devem priorizar o uso da flora nativa e atentar para a densidade e distribuição das espécies, evitando assim possíveis comprometimentos dos atributos paisagísticos e da dinâmica ecológica da vegetação e das comunidades associadas. Palavras-chave: Levantamento florístico, espaços livres, UFBA. (Survey of the arboreal species of the Federal University of Bahia, Salvador, Bahia) – The urban green areas are important for the maintenance of the microclimate, reduction of the sonorous pollution, for the improvement of human life quality and as shelter to several animals. The Federal University of the Bahia, inserted in a major urban center, is composed by green areas and small forest fragments. The main objectives of this study are to register the arboreal species found on the UFBA and to collaborate with the knowledge of the flora of green areas located in urban centers. We collected arboreal specimens with DBH e” 10 cm, between August 2005 and June 2006, present in squares, buildings and street gardens. Species were identified and included at ALCB Herbarium. A total of 131 species distributed within 100 genera and 31 families of angiosperms and two families of gymnosperm were collected. The most diverse families were Leguminosae (30%), Arecaceae (14%), Moraceae (7%), Bignoniaceae (5%) and Malvaceae (5%). Amongst the species sampled, 65 species (49,6%) were exotic indicating that the landscape managements of the UFBA followed the standards observed in the majority of the public green areas of the Brazilian cities. Landscape interventions should prioritize the use of the native flora and take into account the natural density and distribution of the species, therefore avoiding to compromise landscape attributes and the ecological dynamics of the vegetation and related communities. Key words: Floristic, green areas, UFBA. INTRODUÇÃO a manutenção da biodiversidade. Perturbações antrópicas, como a remoção de sub-bosque, manutenção de gramados extensivos e o plantio de árvores padronizadas, podem constituir um fator limitante para a diversidade de espécies em áreas urbanas (DAVIS, 1982). A Universidade Federal da Bahia, na cidade de Salvador, Bahia, foi implantada em uma região fitoecológica de Mata Ombrófila Densa (Mata Atlântica), que a partir da década de 1970 teve o processo de antropização acelerado. Atualmente, restam pequenos fragmentos de mata em regeneração que, juntamente com a área do Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, formam um bolsão verde dentro do bairro de Ondina, por onde em alguns trechos ainda correm córregos e nascentes de água (DIRETÓRIO ACADÊMICO DE GEOGRAFIA/UFBA, 2000). Além dos remanescentes de mata, os campi da UFBA também incluem espaços livres, de vegetação Atualmente, é indiscutível a associação existente entre a arborização das metrópoles e a qualidade de vida dos seus habitantes. Árvores e florestas modificam o microclima urbano (manutenção da temperatura e umidade do ar) e são importantes, dentre outros fatores, na redução da poluição (atmosférica e sonora), no refúgio dos animais e na atuação sobre a saúde física e mental do homem, além dos benefícios sociais, econômicos e políticos nas cidades (MILLER, 1997; MILANO & DALCIN, 2000). A arborização das cidades é estratégica, quer como resposta às condições ambientais adversas, quer como elemento estético da paisagem urbana (MILANO & DALCIN, 2000). A arborização de espaços urbanos constitui uma ferramenta de fundamental importância para o planejamento urbanístico e pode, segundo MILLER (1997), contribuir para 377 378 SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS heterogênea, que ocupam áreas do entorno das construções, tais como, jardins com plantas ornamentais, geralmente compondo o paisagismo de prédios e vias de acesso de pedestres e veículos. A compreensão da diversidade florística dos campi da UFBA será de fundamental importância para o manejo e manutenção dessa vegetação, para a elaboração de planos diretores que considerem, além de aspectos paisagísticos, os aspectos ecológicos e, por sua vez, os atributos que exercem influência na dinâmica das comunidades associadas. Além disso, o conhecimento das espécies que compõem os espaços livres da UFBA tem importante efeito no que diz respeito ao caráter de identidade da instituição e constitui um aspecto relevante na caracterização do espaço físico da mesma. O presente trabalho tem como objetivos principais o levantamento florístico das espécies arbóreas dos espaços livres dos campi da UFBA (Salvador, Bahia), a elaboração de uma listagem de espécies coletadas e a ampliação do conhecimento acerca dos espaços livres localizados em centros urbanos. MATERIAL E MÉTODOS A Universidade Federal da Bahia inclui setores dos bairros de Ondina, São Lázaro, Federação (560.726,29 m2) e Canela (177.364,54 m2), na cidade de Salvador, Bahia, entre as coordenadas 12º58’16"S e 38º30’39"W (Figs. 1 e 2). Foram realizadas coletas mensais, no período de agosto de 2005 a junho de 2006, dos espécimes férteis e, ocasionalmente, de material estéril, ocorrentes nos espaços livres dos campi da UFBA. Espaço livre é um termo abrangente que inclui os termos área verde, parque urbano, praça, sistema de lazer, jardim, área de preservação permanente e áreas particulares existentes dentro dos limites urbanos e que a maioria da população teria acesso (ALVAREZ, 2004). Os remanescentes de mata e os terrenos abandonados, onde a sucessão encontra-se em estágio relativamente avançado, foram desconsiderados por não constituírem espaços livres. O esforço de coleta concentrouse nos jardins dos edifícios, praças e na arborização de vias, considerados áreas de principal interesse por permitirem acesso livre para toda população. O material coletado foi processado segundo as técnicas usuais de herborização (MORI et al., 1989). A amostragem restringiu-se aos espécimes de porte arbóreo, detentores de uma copa definida, diâmetro à altura do peito a 1,30 m do solo (DAP) > 10 cm, presença de crescimento secundário e da primeira ramificação acima da base. As Arecaceae e Musaceae foram incluídas no presente trabalho por apresentarem hábito arborescente e pela importância das mesmas na arborização da área de estudo. A inserção destas famílias de monocotiledôneas seguiu a metodologia de trabalhos similares de levantamentos florísticos de plantas arbóreas (PRANCE & SILVA, 1975; LORENZI, 1992; MENDONÇA, 2004). [Vol. 7 Para a identificação dos materiais foi utilizada literatura específica, comparação com material de herbário e consultas a especialistas (Lúcia G. Lohmann, Alessandro Rapini, Marco Sobral, Marcos José da Silva e Luciano Paganucci de Queiroz). As exsicatas estão depositadas no Herbário Alexandre Leal da Costa (ALCB), com duplicatas distribuídas para outros herbários da Bahia e do Brasil. Os autores das espécies foram os citados no sítio “www.ipni.org” (“The International Plant Names Index”) e abreviados segundo BRUMMITT & POWELL (1992). Foi realizado um censo (número de indivíduos) das espécies encontradas nos campi, do qual resultou uma listagem das espécies, discriminadas em famílias, seguindo a classificação utilizada por SOUZA & LORENZI (2005), contendo a origem nativa (nativa do Brasil) ou exótica (introduzida de outros países) das espécies. Foram realizadas entrevistas com funcionários responsáveis pela manutenção de jardins e com profissionais responsáveis pelo gerenciamento da ocupação física dos campi e registro da história da UFBA, além de consultar estudantes e professores engajados no plantio de árvores em suas respectivas unidades. RESULTADOS E DISCUSSÃO No levantamento das espécies arbóreas dos espaços livres dos campi da UFBA foram identificadas 131 espécies, pertencentes a 100 gêneros, distribuídos em 31 famílias de angiospermas e duas famílias de gimnospermas, totalizando 2.288 indivíduos (Tabela 1). As famílias mais representativas em número de espécies são Leguminosae (30%), Arecaceae (14%), Moraceae (7%), Bignoniaceae (5%), Malvaceae (5%), Anacardiaceae (4%), Meliaceae (4%) e Myrtaceae (4%). A maioria das espécies está concentrada em oito famílias, restando 25 famílias com 28% das espécies coletadas, possuindo de 1-4 espécies cada (Fig. 3). Vale ressaltar que distribuição semelhante ocorre também em ecossistemas naturais (GUEDES, 1992). Dentre todas as espécies amostradas, 66 espécies (50,4%) são representantes de espécies nativas do Brasil e 65 espécies (49,6%) são exóticas (Tabela 1; Fig. 4). Segundo estes resultados, a arborização da UFBA segue o padrão observado na maioria das áreas verdes públicas das cidades brasileiras, com grande número de espécies exóticas em relação às nativas do Brasil (LORENZI, 1993). Embora a cidade do Recife tenha sido influenciada pelo paisagista Burle Marx para a ruptura dos modelos europeus e a utilização de espécies da flora autóctone em projetos paisagísticos/urbanísticos, consta que 61% das espécies encontradas nos parques e ruas da cidade sejam exóticas à flora brasileira (MESQUITA, 1996). Diferentemente, MENDONÇA (2004) encontrou para a Cidade Universitária “Armando de Salles de Oliveira”, USP, um maior número de espécies nativas (59%) em relação às espécies exóticas. Segundo a autora, uma contribuição importante para esse resultado pode ser a influência dos fragmentos florestais próximos à área ou inseridos nela, que se comportam como fonte de propágulos de espécies nativas para colonização dos campos e jardins das proximidades. OUTUBRO - DEZEMBRO 2007] CARVALHO ET AL. - ESPÉCIES ARBÓREAS DA UFBA Fig. 1. Mapa do Campus da Federação/UFBA (Salvador, Bahia) contendo as principais unidades e a indicação das principais áreas de coleta. 379 380 SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS [Vol. 7 Fig. 2. Mapa do Campus do Canela/UFBA (Salvador, Bahia) contendo as unidades componentes e a indicação das principais áreas de coleta. 45 Malvaceae 5% Outras Fam ílias (25) 28% Bignoniaceae 5% 40 35 30 Número de Espécies Anacardiaceae 4% Myrtaceae Meliaceae 4% 4% 25 20 15 10 5 0 Nativas do Brasil 19 18 17 22 15 3 5 4 3 4 1 5 2 3 1 4 2 3 Fa m ília s( 25 Le ) gu m ino sa e Ar ec ac ea e M or ac Bi ea gn e on iac ea e M alv ac ea e M eli ac An ea ac e ar di ac ea e M yr tac ea e Moraceae 7% Exóticas Ou tra s Arecaceae 14% Legum inosae 30% Fig. 3. Riqueza percentual das famílias encontradas nos espaços livres dos campi da UFBA, Salvador, Bahia. Fig. 4. Famílias mais representativas e seus valores numéricos de espécies nativas do Brasil e espécies exóticas nos espaços livres dos campi da UFBA, Salvador, Bahia. A barra “outras famílias” corresponde àquelas cuja riqueza foi inferior a cinco espécies. OUTUBRO - DEZEMBRO 2007] Ptychosperma elegans 3% Dypsis lutescens 3% Leucaena leucocephala 4% Cecropia pachystachya 4% OUTRAS ESPÉCIES (121) 53% 381 90 Veitchia merrillii 3% Terminalia catappa 4% Spondias mombin 7% 80 70 Número de Espécies Tabebuia pentaphylla 3% CARVALHO ET AL. - ESPÉCIES ARBÓREAS DA UFBA 60 50 40 30 20 10 Mangifera indica 8% 201 a 210 191 a 200 181 a 190 171 a 180 161 a 170 151 a 160 141 a 150 131 a 140 121 a 130 110 a 120 101 a 110 81 a 90 91 a 100 71 a 80 61 a 70 51 a 60 41 a 50 31 a 40 21 a 30 1 a 10 11 a 20 0 Clitoria fairchildiana 8% Número de Indivíduos Fig. 5. Freqüências relativas das dez espécies mais representativas em número de indivíduos dos campi da UFBA, Salvador, Bahia. Fig. 6. Histograma de abundância das espécies distribuídas em classes de número de indivíduos dos campi da UFBA, Salvador, Bahia. Algumas famílias encontradas nos campi da UFBA são representadas principalmente por espécies nativas do Brasil, como Malvaceae (83,3%), Anacardiaceae (80%), Meliaceae (60%), Myrtaceae (60%) e Leguminosae (54%). Por outro lado, as famílias com mais de duas espécies e com predominância de espécies exóticas são Arecaceae (83%) e Apocynaceae (75%) (Tabela 1, Fig. 4). Na Cidade Universitária da USP, Mendonça (2004) também destacou a família Arecaceae pelo grande número de espécies exóticas. Segundo LORENZI et al. (1996), o número de espécies nativas de palmeiras utilizadas no paisagismo é muito reduzido, seja porque um grande número delas não é conhecido ou utilizado ou porque as espécies nativas estão desaparecendo aceleradamente. Pelos resultados, observa-se que a UFBA apresenta um grande número de espécies arbóreas amplamente distribuídas e com um grande número de indivíduos, como, por exemplo, Mangifera indica, Clitoria fairchildiana, Spondias mombin, Terminalia catappa e Cecropia pachystachya (203, 175, 104, 101 e 99 indivíduos, respectivamente) (Figs. 5, 6 e 7). A maioria destas espécies também faz parte da arborização de outras áreas no Brasil, porém com freqüências distintas (COSTA et al., 1996). Por outro lado, outras espécies estão representadas por apenas um único indivíduo, entre elas: Commiphora leptophloeos, Dillenia indica, Couroupita guianensis, Eschweilera ovata, Cedrela fissilis, Erythrina velutina, Theobroma grandiflorum, Protium heptaphyllum, Ceiba pentandra, Triplaris brasiliana, Sapindus saponaria, entre outras (Tabela 1, Fig. 7). O elevado número de espécies encontrado faz da UFBA um ambiente floristicamente diverso. Porém, segundo COSTA et al. (1996), que inventariaram 73 espécies (2.856 indivíduos de árvores e palmeiras) para Copacabana (RJ), esta diversidade não contribui para a identidade, definição espacial ou coerência usual necessários para fins paisagísticos. Os resultados obtidos demonstram que a arborização da UFBA seguiu a tendência do cultivo de espécies exóticas, provavelmente por questões históricas (MILANO & DALCIN, 2000), e pela falta de nformação existente acerca da produção de mudas, potencial econômico, ornamental e paisagístico, e ainda pela dificuldade de encontrar mudas e sementes de espécies nativas no mercado (MENDONÇA, 2004). Além disso, percebe-se pelos resultados botânicos e etnográficos (entrevistas e levantamento do histórico da ocupação física da universidade) que não existiu um plano de arborização da UFBA, mas sim iniciativas isoladas das unidades, mutirões organizados pelos alunos e ações individuais de membros, de diferentes setores, da comunidade acadêmica. A análise dos dados coletados aponta, portanto, para a necessidade de se elaborar um plano de manejo desses espaços livres, e indica que intervenções na arborização da UFBA devem priorizar o uso da flora nativa e atentar para a densidade e distribuição das espécies, evitando assim possíveis comprometimentos dos atributos paisagísticos e da dinâmica ecológica da vegetação e das comunidades associadas. O conhecimento da flora brasileira, seus atributos econômicos, sua fisiologia, importância ecológica, podem vir a popularizar o uso das espécies nativas na arborização, contribuindo para a preservação das mesmas e com a formação de um caráter de identidade nacional, regional e até local, que se expressaria no contexto paisagístico das cidades e/ou de espaços urbanos. 382 SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS [Vol. 7 Tabela 1. Lista das famílias e espécies arbóreas coletadas nos espaços livres da UFBA (N= nativa do Brasil; E= exótica; A.D. = amplamente distribuída). Localização nos campi: Faculdades de Administração (ADM), Nutrição (NUT), Odontologia (ODONTO), Medicina (MED), Música (MUS), Arquitetura (ARQ), Dança (DAN), Direito (DIR), Veterinária (VET), Enfermagem (ENF), Engenharia (ENG), Educação (FACED), Comunicação (FACOM), Farmácia (FAR), Filosofia e Ciências Humanas (FFCH); Biblioteca Central (BIC); Institutos de Biologia (BIO), Química (QUI), Ciências da Saúde (ICS), Letras (LET), Matemática (MAT), Física (FIS), Geociências (GEO); Biotério (BIOT); Centro de Esportes (CE); Centro de Processamento de Dados (CPD); Escola de Medicina e Veterinária (EMV); Gráfica Universitária (Gráfica); Hospital Universitário (HUPES); Portaria 1 do Campus da Federação (P1); Portaria 2 do Campus da Federação (P2); Pavilhão de Aulas da Federação I e II (PAF); Prefeitura do Campus Universitário (PCU); Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG); Residência Universitária (RU); REITORIA; Secretaria Geral de Curso (SGC); Teatro (TEA). Espécie Nome popular Origem No indivíduos Localização nos campi N 9 QUI; FIS; Gráfica E (Índia e Ásia) 203 A.D. ANACARDIACEAE Anacardium occidentale L. Cajueiro Mangifera indica L. Mangueira Schinus terebinthifolius Raddi Aroeira N 55 A.D. Spondias mombin L. Cajá N 104 A.D. Tapirira guianensis Aubl. Pau-pombo N 8 QUI; FIS; BIO; GEO E (Antilhas) 1 BIO E (Am. Cental e Caribe) 3 Reitoria; PCU; ARQ E (Índia,Síria,África) 3 RU; VET; ENG N 3 PCU; FAR E (Am. Central e Am. Sul) E (México) 9 FACED; BIC; FIS 29 PAF; P1; BIO; ENG; FAR ANNONACEAE Annona muricata L. Graviola Annona squamosa L. Pinha APOCYNACEAE Calotropis procera (Aiton) R.Br. Saco-de-velho Himatanthus bracteatus (A.DC.) Woodson Janaúba Plumeria rubra L. Jasmim-manga Thevetia thevetioides (Kunth) K. Schum Chapéu-denapoleão ARALIACEAE Schefflera actinophylla (Endl.) Harms Cheflera E (Austrália) 1 LET Schefflera morototonii (Aubl.) Dcne. Et. Planch. ARAUCARIACEAE Mataúba N 3 GEO; QUI Araucaria columnaris (Forst.) Hook. Pinheiro-denatal E (Oceania) 1 ODONTO N 1 ENF ARECACEAE Acrocomia intumescens Drude Macaúba Bismarckia nobilis Hildebr. & H. Wendl. Palmeira-azul E (Madagascar) 1 FAR Borassus aethiopium Mart. E (Índia e Malásia) 1 Centro de Esportes Caryota mitis Lour. Palmeiraafricana Rabo-de-peixe E (Índia e Malásia) 10 FAR; TEA; QUI; MED Caryota urens L. Rabo-de peixe E (Índia e Malásia) 2 TEA Coccothrinax barbadensis (Lodd. ex Mart.) Becc. Cocos nucifera L. Palmeira-leque E (Antilhas, Porto Rico, Venez.) N 1 RU 39 FFCH; ENG; DIR; EMV Dypsis lutescens (H. Wendl.) Beentje & J.Dransf. Dypsis decaryi (Jum.) Beentje & J.Dransf. Areca-bambu E (Madagascar) 69 A.D. E (Madagascar) 1 ODONTO Elaeis guineensis Jacq. Palmeiratriângulo Dendê E (África) 39 A.D. Euterpe oleracea Mart. Açaí N 2 BIO Livistona chinensis R. Br. Palmeira-lequeda-china Palmeira-lequede-fiji Palmeirasolitária E (China) 1 MED E (Ilhas Fiji) 11 LET; BIC E (Austrália) 68 A.D. Pritchardia pacifica Seem. & H. Wendl. Ptychosperma elegans (R. Br.) Blume Coqueiro OUTUBRO - DEZEMBRO 2007] CARVALHO ET AL. - ESPÉCIES ARBÓREAS DA UFBA 383 Espécie Nome popular Origem No indivíduos Localização nos campi Roystonea borinquena O.F. Cook Palmeiraimperial Palmeiraimperial Sabal-de-cuba E (Porto Rico) 60 A.D. E (Antilhas e Venez.) 42 A.D. E (Cuba e Jamaica) 1 CPD E (Filipinas) 71 A.D. E (África) 1 P1 Roystonea oleracea (Jacq.) O.F. Cook Sabal maritima (H.B.K.) Burret Veitchia merrillii (Becc.) H.E. Moore Palmeira-demanila BIGNONIACEAE Spathodea nilotica Seem. Espatódea Tabebuia aurea Benth. & Hook.f. ex S.Moore Tabebuia avellanedae Lorentz ex Griseb Ipê-amarelo N 2 BIO Ipê-rosa N 4 ADM Tabebuia chrysotricha (Mart. ex Dc) Standl. Tabebuia pentaphylla Hemsl. Ipê-amarelo N 9 LET; BIOT E (El Salvador) 65 A.D. Tabebuia roseo-alba (Ridl.) Sandwith. Ipê-branco N 12 ICI (canela) Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth Ipêzinho-dejardim E (Américas e Antilhas) 12 REITORIA; CPD; BIC; ENG Umburana-decambão Amescla N 1 BIO N 1 BIO Pau-pólvora N 9 BIO; GEO Mamão E (América tropical) 22 PAF; MAT; Casuarina equisetifolia J. R. Forst. & G. Forst. CHRYSOBALANACEAE Casuarina E (Austrália, Borneo, Sumatra) 7 GEO; ENG; FIS Licania tomentosa (Benth.) Fritsch Oiti N 16 GEO; BIO; FFCH; ICI (Canela); Mangue-debotão Amendoeira N 1 BIO E (Ásia e Madagascar) 101 A.D. Cipreste E(Méx.,Guatemala,El Salvador) 1 MUS Dilênia E (Ásia) 1 LET Pau-de-leite N 1 ICI (canela) Abacateiro E (América Central) 14 PCU; FAR; BIO; ICI (Canela); RU; CPD Abricó-demacaco Biriba N 1 BIO N 1 GEO Ipê-roxo BURSERACEAE Commiphora leptophloeos (Mart.) J.B. Gillett Protium heptaphyllum (Aubl.) March. CANNABACEAE (ULMACEAE) Trema micrantha (L.) Blume CARICACEAE Carica papaya L. CASUARINACEAE COMBRETACEAE Conocarpus erecta L. Terminalia catappa L. CUPRESSACEAE Cupressus lusitanica Mill. DILLENIACEAE Dillenia indica Blanco EUPHORBIACEAE Sapium glandulatum (Vell.) Pax LAURACEAE Persea americana Mill. LECYTHIDACEAE Couroupita guianensis Aubl. Eschweilera ovata Mart. ex Miers 384 SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS [Vol. 7 Espécie Nome popular Origem No indivíduos Localização nos campi LEGUMINOSAE CAESALPINIOIDEAE Bauhinia monandra kurz Pata-de-vaca E (Ásia) 12 GEO; TEA; SGC; MAT E Índia) 3 TEA Caesalpinia echinata Lam. Pata-de-vacarosa Pau-brasil N 9 Caesalpinia ferrea Mart. ex. Tul. Pau-ferro N 16 Reitoria; BIO; PAFII; GEO; DAN ICI (canela); P2; QUI Caesalpinia pluviosa DC. Sibipiruna N 14 P2; BIC; RU; DIR; PRPPG Caesalpinia pulcheirima (L.) Sw. Flamboianzinho E (Antilhas) 13 MAT; PAF; GEO Cassia fistula L. Chuva-de-ouro E (Índia) 17 SGC;CPD; BIO; GEO Cassia grandis L.f. Cássia-grande N 13 BIO; HUPES; VET; P1 Cassia javanica L. Cássia-javânica E (Malaia) 1 ICS Delonix regia (Bojer) Raf. Flamboyant E (Madagascar) 36 Peltophorum dubium (Spreng. ) Taub. Canafístula N 38 Senna siamea (Lam.) H.S. Irwin & Barneby Tamarindus indica L. Cássia-do-sião E (Tailândia) 19 ISC; ENF; Reitoria; ARQ; GEO; BIO; EMV; ENG; SGV; HUPES HUPES; P1; FAR; DAN; ENF P2; VET E (África Tropical e Índia) 6 NUT; ARQ; CPD N 36 GEO; FIS E (Índia e Malásia) 8 P2; P1; CPD E (Ásia Tropical) 32 P2; HUPES; FACED N 51 MAT; GEO; DIR Bauhinia variegata L. Tamarindo LEGUMINOSAE - MIMOSOIDEAE Acacia farnesiana (L.) Wild. Adenanthera pavonina L. Albizia lebbeck (L.) Benth. Vinhático-deespinho Falso-pau-brasil Calliandra selloi (Spreng.) Macbride Língua-desogra Esponjinha Chloroleucon tortum (Mart.) Pittier Jacaré N 2 BIC; ICI (Federação) Enterolobium contortisiliqum (Vell.) Morong Inga edulis Mart. Orelha-demacaco Ingá-de-metro N 6 PCU; DIR; ARQ N 2 BIO Inga flabelliformis Mart. Ingá N 1 FAR Inga laurina (Sw.) Wild. Ingá N 2 ICS; FAR Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit Leucena E (América Tropical) 74 A.D. Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Espinheiro N 1 BIO Mimosa caesalpiniifolia Benth. Sabiá N 27 BIO; GEO; DAN; BIC Pithecellobium dulce (Roxb.) Benth. Brinco-de-sagüi 33 A.D. Prosopis juliflora (Sw.) DC. Algaroba E (Méx., Am.Central e NAm. Sul) E (EUA e México) 10 VET; ICI (Federação); P2 Samanea saman (Jacq.) Merr. Samaneiro N 2 BIO Samanea tubulosa (Benth.) Barneby & Grimes LEGUMINOSAE - PAPILIONOIDEAE Sete-cascas N 2 BIO; DIR Bowdichia virgilioides Kunth. Sucupira N 21 HUPES; ENG; DIR Clitoria fairchildiana Howard Clitória N 175 A.D. Dalbergia miscolobium Benth. Jacarandá N 4 GEO Erythrina indica Lam. var. picta Hort. Brasileirinho 8 BIOT; FAR Erythrina poeppigiana (Walpers) O.F.Cook Erythrina variegata L. Suinã E (Filipinas, Índia,Malásia,Austrália) N 2 DIR E (Índia e Malásia) 15 BIO; LET; BIC Mulungu OUTUBRO - DEZEMBRO 2007] CARVALHO ET AL. - ESPÉCIES ARBÓREAS DA UFBA Espécie Nome popular Erythrina velutina Willd. 385 Origem No indivíduos Localização nos campi Mulungu N 4 FAR; BIO; BIC Gliricidia sepium (Jacq.) Steud. Gliricídia 2 BIO Lonchocarpus cultratus (Vell.)A.M.G.Azevedo & H.C.Lima Tipuana tipu (Benth.) Kuntze Embira-deporco Tipuana E (Méx.,Austrália, N. Am.Sul) N 6 BIC; QUI; FAR; FACED E (Bolívia e Argentina) 7 FACED; FIS; DIR Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Sumaúma N 1 QUI Guazuma ulmifolia Lam. Mutamba N 17 PAFII; FACOM; BIC Pachira aquatica Aubl. Munguba N 46 A.D. Sterculia foetida L. Chichá E (Índia e Malásia) 27 ICS; P2; BIO; VET; DAN Theobroma cacao L. Cacau N 5 DIR; FAR; FACED; ADM Theobroma grandiflorum (Willd. ex Spreng.) Schum. MELIACEAE Cupuaçu N 1 FAR Azadirachta indica A. Juss. Nim E (Ásia) 2 FAR; BIO Cedrela fissilis Vell. Cedro N 1 ARQ Guarea guidonia (L.) Sleumer Marinheiro N 29 A.D. Melia azedarach L. Cinamomo E (Índia e China) 1 ICI (Federação) Swietenia macrophylla King. Mogno N 4 FAR; BIO; PAF; BIC MALVACEAE MORACEAE Artocarpus altilis (Parkinson) Fosberg. Fruta-pão E (Ásia) 1 BIO Artocarpus heterophyllus Lam. Jaqueira E (Ásia Tropical) 20 Ficus benjamina L. Ficus E (Ásia, Índia e China) 14 BIO; ICS; PAF; FACED; DIR; ADM; MUS; GEO A.D. Ficus elastica Roxb. Ficus-italiano E (Ásia Tropical) 12 Ficus enormis Mart. ex Miq. N 10 Ficus guaranitica Chodat Figueira-domato Figueira N 4 ENG; ICS; FFCH; FAR; HUPES; GEO ICS; HUPES; FACED; ADM; GEO P2; ARQ Ficus obtusifolia H. B. & K. Mata-pau N 5 ARQ; ENG Maclura tictoria D.Don. ex Steud. Jataíba N 3 GEO; DAN; QUI Morus nigra L. Amora-preta E (China) 3 BIO Árvore-doparaíso E (Madagascar) 5 GEO; CPD Eugenia luschnathiana Klothzsch ex O. Berg Eugenia uniflora L. Pitomba-dabaía Pitanga N 1 TEA N 7 Reitoria; PAF Psidium guajava L. Goiaba N 36 A.D. Syzygium cumani (L.) Skeels Jamelão E (Índia, Sri Lanka) 11 LET; P1 Syzygium malaccense (L.) Merr. & L.M. Perry NYCTAGINACEAE Jambo E (Polinésia) 7 FFCH; BIO; CPD Bougainvillea glabra Choisy Bouganvílea N 12 PAF; GEO; ARQ E (SE Asiático) 2 BIO; PCU E (Indonésia, Malásia) 2 BIO; PCU MUSACEAE Ravenala madagascariensis J.F.Gmel. MYRTACEAE OXALIDACEAE Averrhoa bilimbi L. Biri-biri Averrhoa carambola L. Carambola 386 SITIENTIBUS SÉRIE CIÊNCIAS BIOLOGICAS Espécie Nome popular [Vol. 7 Origem No indivíduos Localização nos campi Pau-formiga N 1 SGC Joazeiro N 1 LET Genipapo N 5 GEO; LET; FFCH Espinhocheiroso N 2 CPD; GEO E (Índia e Sri Lanka) 8 LET N 1 CPD N 2 BIO POLYGONACEAE Triplaris brasiliana Cham. RHAMNACEAE Ziziphus joazeiro Mart. RUBIACEAE Genipa americana L. RUTACEAE Zanthoxylum caribaeum Lam. SAPINDACEAE Filicium decipiens Thwaites Sapindus saponaria L. Árvoresamambaia Sabão-desoldado SAPOTACEAE Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichl. ex Miq.) Engl. Labramia bojeri A. DC. Aguaí Abricó-da-praia E (Madagascar) 3 BIO; P2 Manilkara zapota ( L. ) P.Royen Sapoti E (Am. Central e México) 13 FFCH; FACED; TEA N 99 A.D. URTICACEAE (CECROPIACEAE) Cecropia pachystachya Trécul Embaúba AGRADECIMENTOS Os autores agradecem aos revisores pelas valiosas sugestões ao manuscrito. À Maria Aparecida Carneiro Lima, da Coordenação de Planejamento Físico da UFBA, pelas informações da história da Universidade e da implantação das unidades. Ao Engenheiro Ambiental Eduardo Freitas de Abreu Brasileiro, pela elaboração dos mapas. Ao PIBIC/FAPESB pela concessão da bolsa de Iniciação Científica ao primeiro autor. REFERÊNCIAS ALVAREZ IA. 2004. Qualidade do espaço verde urbano: uma proposta de índice de avaliação. Tese de Doutorado, ESALQ/USP. BRUMMITT RK & CE P OWELL. 1992. Author of plants names. Kew: Royal Botanic Gardens. C OSTA LMSA, LE M ELLO FILHO, IMC FARAH & C C AMISÃO . 1996. Arborização das ruas do bairro de Copacabana. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3. Resumos... Salvador, p. 79-96. DAVIS BNK. 1982. Habitat diversity and invertebrates in urban areas. In: R BORNKANN, JA LEE & MRD SEAWARD (eds.). Urban Ecology: The second European Ecological Symposium. Oxford: Blackwell Scientific Public. DIRETÓRIO ACADÊMICO DE GEOCIÊNCIAS/UFBA. 2000. Projeto Campus: mapeamento e levantamento de dados ambientais e de infra-estrutura do Campus de Ondina da UFBA com o uso de um Sistema de Informações Geográficas - SIG. Relatório (não publicado). Guedes MLS. 1992. Estudos florístico e fitossociológico de um trecho de reserva ecológica da Mata de Dois Irmãos, Recife, PE. Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, MSc. diss. LORENZI H. 1992. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Vol. 01. Nova Odessa: Instituto Plantarum. LORENZI H, HM SOUZA, JT MEDEIROS-COSTA, LSC CERQUEIRA & N VON BEHR. 1996. Palmeiras no Brasil: nativas e exóticas. Nova Odessa: Instituto Plantarum. MENDONÇA FB. 2004. Árvores do campus: levantamento florístico das angiospermas arbóreas da Cidade Universitária “Armando Salles de Oliveira”. Universidade de São Paulo, São Paulo, MSc. diss. M ESQUITA LB. 1966. Memória dos verdes urbanos do Recife. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ARBORIZAÇÃO URBANA, 3. Resumos... Salvador, p. 60-70. MILANO M & E DALCIN. 2000. Arborização de vias públicas. Rio de Janeiro: Light. MILLER R. 1997. Urban forrestry: planning and managing urban greenspaces. New Jersey: Pretice Hall. MORI SA, LAM SILVA, G LISBOA & L CORADIN . 1989. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. 2ª ed. Ilhéus: CEPLAC. PRANCE GT & MF SILVA. 1975. Árvores de Manaus. Manaus: INPA. SOUZA VC & H LORENZI. 2005. Botânica sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de angiospermas da flora brasileira baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum. OUTUBRO - DEZEMBRO 2007] CARVALHO ET AL. - ESPÉCIES ARBÓREAS DA UFBA A 387 B C D E F G H I J L M N O Fig. 7. (A) Peltophorum dubium; (B) Mangifera indica; (C) Spondias mombin; (D) Ceiba pentandra; (E) Commiphora leptophloeos; (F) Cassia grandis; (G) Teobroma cacao; (H) Anacardium occidentale; (I) Sterculia foetida; (J) Averrhoa carambola; (L) Caesalpinia echinata; (M) Triplaris brasiliana; (N) Eschweilera ovata; (O) Chloroleucon tortum.