Casal larga tudo e parte para volta ao mundo Projeto afunda

Transcrição

Casal larga tudo e parte para volta ao mundo Projeto afunda
ALMANÁUTICA
PRA QUEM TEM O MAR NA ALMA E QUER MAIS CONTEÚDO!
Informativo Brasileiro de Náutica e Esportes do Mar – Ano V – nº 26 – setembro/outubro 2016
www.almanautica.com.br
ISSN: 23577800 26
Leia nesta edição:
!
Casal larga tudo e parte para volta ao mundo
E mais
Projeto afunda corveta para mergulho
Resgate da memória:
Nossos colunistas e as Olimpíadas
Seção “Túnel do Tempo”
Cozinha a Bordo
Regatas pelo Brasil
Lançamento de novo livro
Murillo
NOVAES
EDITORIAL
Muito Obrigado!
R
Olímpico
Movimento
io 2016. Uma lição de esportes. Desde os que a gente
nem sabia que existiam (alguns bem esquisitos...) até a
vela, claro, nosso principal foco de amor,
não há como não se inspirar, torcer, emocionar mesmo com todas as falhas na preparação, nos tais legados. Na decepção
que sobreveio a cada eliminação de um
brazuca.
Quem pratica algum esporte com afinco e
treina, sabe que ser classificado para uma
Olimpíada é uma vitória e tanto. Ralar a
vida toda, sacrificar-se com dores, lesões,
alimentação controlada, treinos exaustivos,
vontade de desistir, de “não ir hoje”, durante anos a fio. Não sejamos ingênuos:
ninguém se prepara para uma Olimpíada
em apenas quatro anos. E a grande maioria
nem chega lá mesmo depois de tudo isso.
Por isso quando pensarmos em quantas
medalhas nossos velejadores olímpicos ganharam ou deixaram de ganhar, temos que
pensar em todos como heróis que venceram por estarem lá – alguns pela última vez
– apesar da falta de incentivo, da falta de
dinheiro para treinar fora do Brasil, comprar
equipamentos de última geração, dedicar-se exclusivamente ao esporte e pagar
suas contas e da família. Seria lógico pensar que, se o atleta leva o nome do Brasil
para o mundo, o Brasil deveria pagar essa
conta. E pagaria apenas com uma pequena
parte dos desvios e falcatruas mais recentes. Criaria escolas de esporte em todas
as cidades - de vela no litoral! - investiria
em equipamentos para essas escolas, faria
do esporte uma lição de vida para todos os
brasileirinhos que se deixam seduzir pelo
crime. Colecionaria medalhas e sorrisos
sem cáries. Vai sonhando...
Enfim, obrigado a mais essa geração de
atletas abnegados que apesar dos pesares vão segurando essa barra. Ou caçando
essa escota... Leva nos dentes Brasil! No
final, vale à pena se a alma não é pequena. E a deles é gigante.
Olá medalhado leitor de lavada alma
náutica. Foi com emoção. Muita!! Foi com
angústia. Bastante! E foi no ultimíssimo momento... Na última perna, da última regata, do último dia!! Mas, sobretudo, foi com
muita alegria! A imensa alegria de um povo
que lotava a praia do Flamengo, transmutada em verdadeira arena carioca (e fluminense e brasileira) e gritava em comovida
exultação. Foi, e é, ouro Brasil! Martine e
Kahena nos deram este derradeiro presente
olímpico. A massa penhorada agradece às
novas iaras e iemanjás, as rainhas do mar!
As jovens lobas do mar, filhas de velhos
e grandes lobos, que,
desde cedo aprenderam
a gostar uma da outra
e do esporte que praticavam, já no longínquo
ano de 2009 (quando
se tem vinte e poucos
anos, uma quase década pode parecer uma
eternidade) estiveram
juntas no inédito título
mundial da juventude
da federação internacional de vela, a ISAF
(hoje rebatizada World Sailing), em Búzios,
na classe 420. Já em 2015, velejando no
novo esquife olímpico feminino, o 49erFX,
levaram para casa os bonitos Rolex dourados e o título de velejadoras do ano da
também, naquela altura ainda, ISAF. Agora em 2016, nas águas da sua local Guanabara, veio o ouro mais precioso. Aquele
que as coloca no Olimpo! E nos deixou
em êxtase!
É claro que o talento e conhecimento de
Martine e Kahena, a tradição e maritimidade de seus sobrenomes, Grael e Kunze, e
o aperfeiçoamento árduo e contínuo, com
foco e dedicação, fizeram a dupla ser o
que é. E novamente podem vir as vozes
dissonantes de sempre repetir o clichê de
Ricardo Amatucci - Editor
que nossa vela se mantém no alto apenas
pelos “pontos fora da curva”, pelos talentos excepcionais de alguns poucos, apesar
da falta de apoio e estrutura. Bem, no nível olímpico duvido que qualquer britânico,
francês, argentino, croata ou neozelandês,
só para citar algumas nações douradas na
vela olímpica deste ano 16 do terceiro milênio, não ache que os seus medalhistas
sejam realmente talentos excepcionais e
pontos fora da curva. Todos são!
No entanto, o que vimos nas, por sorte
sazonal e divina, limpas águas das raias
cariocas foi uma equipe de vela brasileira
digna do nome. Foi o fruto de um trabalho silencioso e profissional conduzido pela
CBVela. E por isso mesmo a medalha no
49erFX foi tão desejada e comemorada por
todos. Sair da olímpiada em nossos mares
sem um triunfo sequer para o Time Brasil
de Vela seria injusto por demais.
Robert e Jorginho (Scheidt e Zarif) baFoto: Sailing Energy/World Sailing
ALMANÁUTICA
2
teram na trave com seus quartos lugares.
Robert ainda venceu brilhantemente a regata da medalha mostrando porque é um
mito para todos que estavam na Marina da
Glória, jovens ou não, brasileiros ou não.
Fernandinha e Ana, no 470 feminino, tiveram uma desclassificação por uma largada
queimada numa regata em que chegaram
em terceiro e que lhes custou preciosíssimos pontos e as tirou da briga pelo pódio.
Poderiam ter medalhado também. Ficaram
em um honroso 8º lugar! Fernanda, pioneira no bronze feminino em 2008, na sua
quinta olimpíada!
De fato, das dez classes presentes, nosso time só não esteve nas finais, as famosas regatas da medalha, em três classes:
470 masculino (23º com Haddad/Bethlem),
Crônicas Flutuantes
Laser Radial (24º com Fernanda Decnop) e
49er. E, assim mesmo, Marquinho e Coveiro (Grael e Borges) terminaram em 11º
no 49er, a apenas 0,7 ponto dos décimos,
o que lhes garantiria uma posição na final. Samuca e Bel (Albrecht e Swan), no
estreante Nacra 17, terminaram em décimo geral e fizeram a regata final. Na série
classificatória tiveram os altos e baixos que
a campanha tardia e a falta de experiência
no “cavalo xucro” aquático podem produzir.
No entanto, venceram uma regata olímpica
e chegaram em segundo em outra. Uma
estreia incrível! Nas pranchas RS:X, Bimba
em 7º e Pat (Freitas) em 8º, com direito
a vitória em regata e tudo mais, também
brilharam nos Top10 olímpicos.
Entre 66 nações que disputaram a vela
no Rio2016 trinta colocaram ao menos um
velejador numa final olímpica. A Grã Bretanha colocou seus dez velejadores, a França oito. Com sete finais empataram Brasil,
Nova Zelândia e Holanda. Em seguida,
com seis, vieram Austrália e EUA. Estar
em terceiro lugar (poderia ser em segundo, por 0,7 ponto) como time só pode nos
encher de orgulho. E de esperança de que
o nível do trabalho para o próximo ciclo
olímpico se mantenha e aperfeiçoe.
Nunca a vela nacional teve tanto apoio
dentro e fora d’água. Nunca a união de
COB, confederação, federações, Marinha
do Brasil, clubes e patrocinadores foi tão
sinérgica. A melhora da gestão na “cartolagem”, com o CEO Daniel Santiago à
frente, e o presidente Marco Aurélio, Ricardo Lobato, John Bennett, Torben Grael
e outros grandes nomes no suporte, deu
à CBVela uma respeitabilidade importante.
E, como todos sabem, é preciso melhorar
sempre. E ter o respeito e confiança dos
atletas, parceiros, colaboradores, juízes,
oficiais de regata e demais interessados só
ajuda para que as críticas sejam absorvidas
e corrigidas. Para os que acharam que um
ouro foi pouco, fica a lembrança de que
no Rio, mais do que apenas uma medalha
(o objetivo final, claro!) ganhamos um time
de vela. E isso vale demais!! Parabéns a
todos os envolvidos! E que venha Tóquio
e os metais preciosos das águas orientais!
Murillo Novaes é jornalista especializado em
náutica. Mantém o blog www.murillonovaes.com
Umas e
Outras
Histórias de um navegante im pre ciso
a
lio Vian
Por Hé
O pau do burro
Baixou o espírito olímpico aqui em casa e
botei no pescoço a medalha de bronze que
conquistei na última Semana de Vela de Ilhabela. Fui como tripulante do clássico Aventura,
um iole modelo Finisterre, de 38 pés, desenho
1198 do escritório Sparkman & Stephens. Não
foi fácil chegar atrás do campeão Aries III e do
bronze Cangrejo. As catracas do Aventura não
são self-tailing e só têm uma velocidade, as
adriças são de cabo torcido, a grande é caçada na unha e o jogo de velas ainda é original,
feito em Nova York em 1957. Isso mesmo, tão
clássico quanto eu.
Meu comandante Chicão convidou um tripulante que, apesar de morar a bordo de um
catamarã há quase três anos, só agora está
começando a regatear. É sempre bom ter sangue novo a bordo, mas... Nos procedimentos
de largada da primeira regata na Ponta das
Canas, nosso tripulante solta, com seu vozeirão caraterístico: que porra este barco de pesca, todo embandeirado, está fazendo ancorado
no meio da regata?!? Desconcentrou geral, o
tal pesqueiro era a traineira Coral, a Comissão
de Regatas do Yacht Club Ilhabela.
Na perna de contravento nosso tripulante neófito não entendeu como alguns barcos
pegaram rumos diferentes se todos tinham
que montar a mesma bóia, ficou abismado de
como “sabíamos” a hora de cambar para bóia
de barla e não acreditou quando o Atrevida
chegou à nossa frente, mas perdeu. Ele nunca
tinha ouvido falar em layline e rating, muito menos em cunningham e menos ainda em
barber-hauler.
Mas o melhor estava por vir. Num dos jaibes
de balão, nosso tripulante, agora já familiarizado com a manobra, gritou para a trimer do
balão: pode ficar tranquilha, já estou com o
pau do burro na mão! Oi? Renata Liu, que
fala pelos cotovelos quando o balão está em
cima, calou-se por cinco segundos antes da
gargalhada geral.
Olimpíada, Legado e o futuro...
Diante de tantas matérias desfavoráveis
sobre as águas de Guanabara e tantos problemas estampados em jornais do mundo
inteiro, terminamos a nossa olimpíada com
muito entusiasmo e sentimento de papel
cumprido. Digo isto por que tive a oportunidade de trabalhar na força tarefa que
esteve presente todos os dias na Marina
da Gloria (sob o grande comando de Walter
Boddener) e que foram cruciais para este
feito, pois todos vestiram a camisa da vela
Brasileira.
As regatas foram realizadas com excelência, pudemos ver o envolvimento da
comunidade da vela trabalhando com nobreza, voluntários e contratados se dedicando para conseguir este objetivo. São
Pedro ajudou, tivemos dias lindos e a água
da Baía de Guanabara com uma claridade
e limpeza que há muito tempo não se via,
tanto que o Presidente da USSailing, Bruce
Burton, me disse não entender o porquê de
tanta má notícia nos Estado Unidos sobre
as águas e a organização das Olimpíadas
no Brasil, que as águas de Guanabara estavam ótimas e que tudo estava muito bonito e organizado.
Quanto as medalhas, torcemos muito e
tivemos algumas batendo na Trave, o caso
do Robert na Laser, o Samuel e a Isabel
no Nacra 17, a Fernanda e a Ana Luiza
no 470, o Jovem Jorginho no Finn, todos
terminando em quarto lugar. Tivemos nossa
medalha de ouro com a Martine e a Kahena
no 49er FX que marcou a renovação, pois
para ambas estas olimpíadas foram suas
primeiras, provando que se for investido em
novas parcerias com trabalho e eficiência
os resultados aparecerão, não desmerecendo nossos campeões, nossos atletas
veteranos que muito fizeram e fazem pela
vela no Brasil. O que estou falando é que
precisamos olhar para frente e nos preparar
para o futuro, pois o tempo não para.
Infelizmente muito pouco foi feito em
matéria de renovação e investimento em
tripulações jovens e novas nestes últimos
anos, exceção como já falado foi Martine e
Kahena, e os resultados estão aí estampados nos jornais do mundo inteiro.
graneleiro? A fumaça que sai do chaminé
aos poucos fica absolutamente na vertical.
O mar para. Um espelho... O ócio se impõe. A preguiça dará as ordens. Dará? Obdúlio – meu fiel piloto de vento – agradece
o descanso... o bater das velas para lá ...
para cá... pra lá... O peixe ficou um pouquinho salgado, falha importante a ser colocada na lista de prioridades... com este
sol! Meu barco é pequeno; não leva muita
água potável. Mas estava bom; tenho que
comer todo o peixe. Não posso matar um
peixe e deixar sobras, não seria correto.
Tudo está muito quieto. Decido pela quebra
do silêncio: Another brick on the wall – preservo certos hábitos. Tenho tempo, tanto
tempo para escutar minha música. O tempo
haverá por conta de memórias? Como será
a percepção do tempo para o pássaro sem
nome? Onde está ele? Se foi!... tomara que
tenha descasado o suficiente. Uma grande
tartaruga midas segue o barco há já não sei
quantas horas. É enormíssima! Cirripédios,
esponjas, acídias, pequenos caranguejos
AMOR
O MAR
MORA
EM
MIM
Acho até que ficou simpático. Todavia preciso me exercitar mais... a poesia
importa.
Adormeço sem sonhos guardados
na memória... é a ausência total do tempo.
Apesar de tudo isso a terra completa com
relativa calma mais uma de suas voltas finitas.
E a vida continua. De alguma forma a vida continua. A vermelhidão muda
seu ponto cardeal. Desjejum de ovos e um
voador morto involuntariamente pelo barco. Subo. Uma única fragata com seu
imenso papo vermelho plana muito alta no
céu. Tudo está ainda mais calmo que ontem. Ferro as velas e volto para a cabine
para amarrar coisas soltas... há uma nuvem suspeita algures, para lá um pouquinho do horizonte... sua visita não deve
tardar.
José Paulo é biólogo, artista plástico, capitão amador, violeiro, cervejeiro artesanal e autor dos livros
“É proibido morar em barco” e “Divã Náutico” que
podem ser encomendados em [email protected]
Se entender uma regata é difícil para um velejador, mesmo estando a bordo, imagina para
um leigo assistindo de longe. Nas olimpíadas,
algumas das regatas em duas das raias da
Baía de Guanabara passaram nos canais por
assinatura. Show de imagens aéreas, câmeras
na água e gráficos com as linhas imaginárias, o que foi ótimo. Mas o locutor (é este o
nome?) não entendia do riscado (aprendi que
um nó por hora equivale a 1 km). O que salvou
a pátria foram os comentaristas convidados:
o multimedalhista Marcelo Playboy Ferreira, o
campeão brasileiro João Siemsen Bulhões, o
superintendente da CBVM Ricardo Kadu Baggio e o coleguinha aqui do lado, o manza
Murillo Novaes na Marina da Glória, “a voz”
nas cerimônias de medalhas. Foi ouro, mas
parece que vocês ainda têm muito que ensinar
em termos de cobertura de vela.
Hélio Viana é cruzeirista de carteirinha, mora
a bordo do MaraCatu, leva a vida ao sabor dos
ventos e mantém o maracatublog.com
nejamento futuro, pensando em 10, 15 anos
de trabalho e não em resultados imediatistas seja para os próximos Pan Americanos
no Peru ou Jogos Olímpicos do Japão em
2020. Precisamos de treinadores capacitados e não de velejadores experientes. Este
é um trabalho que leva tempo e dedicação,
porém, mas do que isso é preciso força de
vontade e entendimento dos gestores do
esporte para que possamos profissionalizar
nossos professores e técnicos. Temos que
promover clinicas de diferentes níveis em
todo o Brasil, promover o crescimento da
vela jovem, recapacitar nossos treinadores
e técnicos, sair da mesmice dos últimos
anos, seguir exemplos de países que estão
crescendo na vela de maneira incrível, que
estão renovando, e não estou falando apenas em países de potência olímpica da vela
como Nova Zelândia, Inglaterra, Austrália,
Holanda e França que investem nada menos que 225 milhões de reais em cada ciclo olímpico, estou falando de países com
programas eficazes com baixo custo, com
Federações que dobraram o número de velejadores e triplicaram o número de técnicos
e treinadores de vela nestes últimos anos
e logo estarão com medalhas significativas,
pois estão presentes em todos os grandes
eventos, e fazem uma gestão com planejamento de longo prazo, como é o caso
da pequena Singapura, da África do Sul e
da nossa rival vizinha Argentina. Todas estas estão investindo na preparação de seus
treinadores e em programas para atrair novos velejadores, e o Brasil? Precisamos é
sair de nossas rodas fechadas, quebrar os
de suas escolas de vela conseguir novos paradigmas existentes e inovar. Só desta
adeptos para o nosso esporte, é o caso forma teremos um legado, um futuro proFoto: Sailing Energy/World Sailing
do YCSA, em São Paulo, ICRJ no Rio de missor.
Janeiro, Jangadeiros no Rio Grande do Sul,
ICB em Brasília e outros poucos espalha- Eduardo Sylvestre é Diretor do Programa
dos pelo Brasil. O que precisamos é definir de Desenvolvimento da CBVela, Expert
o que queremos, como administrar o pouco da ISAF, técnico nível 3 da USSailing e
dinheiro que temos com metas claras e pla- ISAF World Youth Sailing Lead Coach.
para que os custos sejam pagos. A partir desse preço mínimo, você
avalia quanto acha que o nosso trabalho vale.
A partir deste valor, você avalia quanto o Almanáutica merece receber a mais pelo conteúdo e trabalho. Se você acha que esse conteúdo e nossa proposta valem um pouco mais do que simplesmente
cobrir os custos e se isso cabe no seu orçamento ANUAL. Aí basta
solicitar um boleto ou fazer um depósito no valor que decidiu pagar.
Eis os custos para a assinatura:
Coluna do escritor José Paulo de Paula
e algas de todos os tipos vão de carona
em sua carapaça... troca justa e proveitosa para todos. Como será a percepção do
tempo para esses organismos? Não creio
que esta questão os incomode. São fronteiras imprecisas. Fico olhando muito, muito
tempo aquele séquito cheio de vida. Estaríamos entrando numa espécie de mutualismo temporário. Não importa... Nada importa. A vermelhidão vem. Noite. À míngua
intervêm a lua. Ardentia... golfinhos são
torpedos fluorescentes, noctilucas... algas.
O caderno com o lápis – mantenho certos
hábitos estranhos –, onde estarão caderno
e lápis? Escrevo um poema. É um poema
mínimo, tem apenas seis letras, A, E, I, O,
eme e erre.
Poeminha de seis letras
Muito se houve falar no legado das
olimpíadas, e qual o legado na Vela?
Será que temos? Na minha simples
opinião, creio que não. A reforma da
Marina da Gloria foi positiva, mas não
um legado para vela, os milhões gastos na
preparação da equipe olímpica será que foi
um legado para vela de modo geral? Não
creio, pois, um legado é algo que se deixa como herança, neste caso, creio que
não temos muito a festejar. A CBVela ainda
não tem um CT (centro de treinamento) ou
um CDVela (Centro de desenvolvimento da
vela) lugar em que atletas com potencial
possam se aperfeiçoar, encontrar técnicos
capacitados, educadores com técnica, didática e com preparo para poder desenvolver nossos futuros campeões, como é
o caso do vôlei em Saquarema ou centro
Olímpico em São Paulo.
O que temos são clubes isolados tentando fazer o possível para manter seus velejadores atualizados e buscando através
Assine o Almanáutica e Pague Quanto Quiser!
Vidinha mais ou menos
Horizontes visíveis... Leve ondulação, brisa suficiente. Pouco ou quase nada
a fazer. Tudo parece em seus lugares. Um
pássaro sem nome, mansinho de tudo,
pousa na beirada da retranca. De onde terá
vindo? Não é uma ave do mar. Está cansado. Não há nuvens à vista. Sargaços... um
pequeno cardume de arraias brinca acolá.
Hora da passagem da meridiana – preservo
certos hábitos estranhos. Tudo parece dar
certo. Latitudes e longitudes amigas. Que
farei para o almoço? Há tantas opções! O
peixe que anteontem mordeu. Era um peixe
diferente, lindo!, quase todo azul. Lamentei
bastante tê-lo morto... Aqueles olhos enormes já sem vida olhando-me fixamente.
Puxa!, senti-me realmente muito mal em
tê-lo matado... precisamos muito cuidar da
vida no planeta! Passa uma grande mancha de lixo; bonecas, sandálias de dedo,
pedaços de computadores, garrafas plásticas, sacolas... a sujidade humana! De um
navio? Não sei, não tenho certeza. Há sim
um navio quase perto do horizonte. Um
3
Eduardo Sylvestre
Valor do porte Correios R$ 2,20 - Registro mínimo Correios R$ 1,95
Mão de obra, transporte R$ 0,87 - Envelope R$ 0,20
Jornal custo unitário R$ 1,35 - Custo Total por número R$ 6,57
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proposta do Almanáutica – existe um valor mínimo praticado
Almanáutica:
Jornalista Responsável: Paulo Gorab
Editor: Jornalista Ricardo Amatucci
MTB 79742/SP
ISSN: 23577800/25
Jornal bimestral, com distribuição nacional
Ano 05, número 26 set./out. de 2016
Depto. Jurídico: Dra. Diana Melchheier
Contato: [email protected]
Almanáutica é uma marca registrada.
Proibida a reprodução total ou parcial.
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Foto da capa:
Sailing Energy/World Sailing
Martine Grael e Kahena Kunze
nas Olimpíadas do Rio 2016
ALMANÁUTICA
4 A Bordo
regata
Guarapiranga - SP
Andrey Godoy no Top 5
Circuito Marreco chega à 4ª etapa
47ª Aratu Maragojipe
Após a realização da 47ª Regata Aratu-Maragojipe, não poderíamos
deixar de tecer nossos elogios sobre a forma profissional, com que foram conduzidos nossos entendimentos, norteados por
um saudável relacionamento interpessoal.
Estamos certos, que embora limitados pela crise que o país atravessa,
conseguimos, graças aos esforços do Aratu Iate Clube e o significativo apoio da
Secretaria de Turismo do Estado da Bahia,
dar ao evento um significado muito especial, com incontestável contribuição para o
segmento do Esporte e Turismo Náuticos
na Bahia e no Brasil.
A quarta etapa do Circuito Marreco de vela foi realizada
em agosto com sede no Sailing Center. A competição que
é patrocinada pelo Jornal Almanáutica contou com a presença de 11 veleiros na raia. Com largada sob forte vento
com rajadas de até 15 nós, pouco antes da primeira perna
– como é de praxe na Guarapiranga – o vento foi embora.
O juiz José Luiz Bonini encurtou a última boia e sob forte
garoa, os veleiros foram passando pela linha de chegada.
Com pequenas rajadas e com a última boia mais perto da
chegada, o marasmo das últimas milhas foi substituído por
uma disputa acirrada no final. Após mais de duas horas e
meia de competição, ficou assim o resultado da etapa: 1)
Banzeiro 2) PS 3) Adesso seguidos por Argonauta, Baie
Lekker, Marlin, Gulliver, Intruso, Forgada, Esconderijo.
Com isso o novo líder do campeonato é o PS. A Classe
Marreco conta com o apoio da Loja Náutica Velamar e tem
o patrocínio do Jornal Almanáutica, que também sorteou
brindes aos presentes.
Copa YCP
Foto Tatiana Conesa
A Festividade de Abertura é digna de todos os elogios, que contou com
significativas presenças de velejadores,
patrocinadores, autoridades governamentais e convidados, com especial destaque
para o Dr. José Alves, Secretário de Turismo do Estado.
A competição foi pautada pela
boa esportividade, num ambiente de agradável convívio, que contou com a participação de diversas entidades náuticas da
Bahia e do Brasil, incluindo o jantar de
confraternização e a solenidade de premiação, com o apoio logístico da Prefeitura de Maragojipe.
Diante dos testemunhos que tivemos, podemos afirmar que o evento
teve pleno êxito o que nos motiva a buscar
novos empreendimentos de sucesso.
Cordialmente,
Aratu Iate Clube
Wilder Gouveia
Comodoro
Everton Fróes
Vice-Presidente do Conselho
Deliberativo
A Bordo vai ao ar todos os domingos das 10h
às 11h pela Metrópole FM de Salvador:
metro1.com.br
Baixe o app e ouça em qualquer lugar!
Souza Ramos, Bochecha e Yacht Club Paulista:
Trinca de ouro na Guarapiranga
Florianópolis - SC
Itaipu - PR
O velejador Andrey Godoy, do Projeto Velejar é Preciso, foi TOP 5 no Mundial classe
Laser 4.7 de 2016. É uma conquista inédita para um atleta do projeto social do Iate Clube
Lago de Itaipu (ICLI) em parceria com a Itaipu Binacional. Foram seis dias de prova no
Mundial da Juventude de Laser 4.7, de 2 a 7 de agosto, em Kiel-Schilksee, considerado
o lugar olímpico da vela desde os Jogos Olímpicos de 1972 na Alemanha. Participaram
da prova masculina 256 velejadores menores de 16 anos, de 38 países. A competição
contou também com a participação de 127 meninas de 32 países.
Após 11 regatas, Andrey Godoy ficou entre os 5 primeiros: “O campeonato foi de ventos
médios e fortes, com ondas grandes, com muitos velejadores bons, velejadores que já
ficaram entre os 10 do mundo de Optimist, campeão europeu e muito mais”, disse Andrey.
Projeto Velejar é Preciso
A disputa teve de tudo: Ventos de 15 nós,
zero vento, e uma chegada emocionante
Aconteceu no final de agosto a sexta
etapa da Copa Yacht Club Paulista de
Vela 2016 na Represa de Guarapiranga (SP). A etapa reuniu 72 veleiros e
trouxe como novidade uma palestra com
o velejador André Bochecha, um dos
velejadores mais destacados do Brasil.
Também houve a premiação da etapa
anterior (como é o costume), além de um
delicioso brunch franqueado aos inscritos. Na HPE 25, a liderança ficou com
o YCP Sailing Team Pajero, comandado por Eduardo Souza Ramos e com o
tático André Fonseca, o Bochecha. Na
cola segue Luiz Felipe Furquim com o
Suzuki. Alessandro Pascolato e Henry
Boening lideram a Star. As classes mais
numerosas têm como líderes: Manfred
Kaufmann (Laser), Renê Hormazabal e
Anderson Brandão (Snipe) e Martin Lowy
(Laser Radial). Foto: Luhan Grolla
Desde 2001, o Iate Clube Lago de Itaipu (ICLI) desenvolve o projeto social Velejar é Preciso. Devido à relevância deste projeto, o clube é reconhecido como entidade de utilidade
pública municipal. O projeto é para jovens de 8 e 17 anos, de ambos os sexos, todos moradores do bairro de Três Lagoas e estudantes da rede pública de ensino. Em dezembro
de 2012, o projeto ganhou reforço com o apoio da Itaipu Binacional, através de convênio
por meio do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente (PPCA). Em fevereiro de
2016 este convênio foi renovado por mais dois anos com a Itaipu Binacional. Em junho de
2016, a Marinha assinou convênio com o ICLI para apoiar o Projeto Velejar é Preciso em
itens não contemplados pelo patrocínio da Itaipu. O clube já sediou vários campeonatos
regionais, estaduais e até mesmo eventos nacionais e internacionais. O projeto também
revelou alguns atletas que representam a cidade no mundo a fora.
Brasília - DF
Sul-Americano de Star
Veleiros da Ilha
No final e agosto foi realizada a quinta etapa da Copa
está inscrito nas Lei
Veleiros de Monotipos no Iate Clube de Santa Catrarina –
de incentivo ao
Veleiros da Ilha, que contou com regatas apenas no primeiro
Esporte
dia de competições. O retorno das competições após mais
um mês de pausa foi marcado pelo Campeonato Catarinense
de Dingue, sendo uma prévia do Campeonato Brasileiro que acontece no começo de
setembro, também em Jurerê. Na principal disputa do final de semana, a dupla carioca
Luiz Junior e Anísio Correia, do Clube Naval Charitas, venceu duas das três regatas e
confirmou o título da competição. Fabio Ramos e David Ventura, do ICSC, terminaram
em segundo lugar seguidos por Amanda Arcari e Vicenzo Canali, também do ICSC.
Entre os Lasers, Nalton Coelho, do Lagoa Iate Clube, venceu na Radial, com Marcílio
Costa (ICSC) em 2º. Já na Standard, o título ficou com Edmundo Grisard, do ICSC. Na
classe Snipe, Alex Juk e Piero Furlan foram os campeões com Michel Durieux e Guilherme Durieux na segunda colocação, ambos representando o ICSC.
Na classe Optimist, José Irineu conquistou mais um bom resultado na temporada ao
vencer duas das três regatas na disputa. Lucas Romanovski ficou em segundo e Isabela
de Faria terminou na terceira posição na classificação geral.
A Copa Veleiros de Monotipos é realizada pelo Iate Clube de Santa Catarina com apoio
da Lei de Incentivo ao Esporte, através do Ministério dos Esportes. O projeto chega a sua
quarta fase e para este ano 16 eventos farão parte do Calendário Esportivo Náutico da
Cidade de Florianópolis. O presente projeto, além de manter uma estrutura técnica para
as classes de vela Optimist, Laser e Snipe e Dingue e também continua estruturando o
clube com equipamentos/estrutura adequada, além das competições do clube.
Santos - SP
Itaupu 82 anos
Em 13 de agosto o Yacht Club Itaupu comemorou seus 82 anos de fundação. A
data foi marcada com a realização da regata Ziro Emílio Ramenzoni, evento oficial do
calendário da FEVESP como a abertura do
segundo semestre. A programação contou
com café da manhã, exposição de quadros
da artista plástica Jaqueline Fanizzi Galuzzi
e a tradicional macarronada. Com a participação de 55 barcos, a recompensa veio
com a entrega dos troféus especialmente
confeccionados para o evento por um dos
patrocinadores, que atuam no ramo de papel reciclado e sustentabilidade, características levadas em conta na concepção e
confecção dos troféus.
O vencedor foi o barco Wind, um Ranger
22 do sócio do Itaupu Brasílio de Mello.
Monotipos da ilha
5
Oceano
Nos dias 25 a 31 de julho aconteceu
no Iate Clube de Brasília o Campeonato
Sul Americano da Classe Star 2016. Com
ventos superando a marca dos 20 nós e
um total de 25 barcos inscritos, entre eles
velejadores do Brasil, Argentina, Holanda e
Itália, as regatas proporcionaram disputas
acirradas e fortes emoções aos velejadores.
Itaupu: 82 anos com regata e 55 barcos na água
O Clube Internacional de Regatas de Santos realizou a 5ª Etapa do XI Circuito Santista de Vela de Oceano – Regata Volta
A dupla Lars Grael Lars e Samuca: da Ilha das Cabras por BB. A regata foi
Título por uma homenagem ao velejador Dr. Rue Samuca Gonçalves
antecipação
(ICB/ICRJ)
faturou
bens Miranda de Carvalho. Participaram as
o título por antecipação nem precisando Classes ORC, IRC, HPE-30, RGS e RGS
disputar a última regata de domingo. O Silver e Veleiros de oceano sem medição.
segundo lugar ficou com a dupla Marcelo Ficaram assim os resultados da etapa:
Fuchs e Ronald Seifert (YCSA-SP) e o IRC: 1) H3+, 2º, Asbar IV 3º Inti. RGS A:
terceiro com a dupla Alexandre Paradeda 1º Pi Clube Café, 2º Offline e 3º Crispin.
e Arthur Lopes (Jangadeiros RS).
Na RGS Silver, em primeiro Namastê, e
Asbar na Semana de Vela de Ilhabela
em 2º o Pelikan. Na RGS B o Aloha ficou
em 1º, o Galileu V em 2º e o ICTI em 3º. E
finalmente na Classe Fast 23 deu Galileu V
em 1º, Candão 2º e Viva em 3º.
ALMANÁUTICA
6 Bahia
Festa na largada,
festa na chegada
e no percurso, mais festa
Campeãs Mundiais de Snipe
Ilhabela - SP
Superação e ouro na Rio 2016
47ª Regata do Camarão
Mais uma festa maravilhosa realizada em Ilhabela por ocasião da 16ª Regata do Camarão. Aumentando a cada ano a participação na mais apetitosa regata da ilha, desta
vez foram nada menos que 62 barcos (34 oceano e 28 monotipos) e 3 canoas havaianas. Arbitrada pelo Juiz Antônio Mellone Neto (Oficial de Regatas Nacional) e organizada pela Prefeitura de Ilhabela, por meio da Secretaria de Esportes Lazer e Recreação
(Secretário Sergio Roberto Jorge do Valle) a Regata do Camarão faz parte do tradicional
Festival do Camarão de Ilhabela e reúne diversas classes de vela oceânica, como Bico
de Proa, RGS A, RGS B, RGS C, RGS Cruiser, Clássicos e Classe Família. Após a
regata, é realizada uma confraternização com premiação dos velejadores na Vila, no
espaço onde acontece o Boteco do Camarão com camarão frito e cerveja à vontade para
os participantes inscritos. Pense numa festa...
Juliana Duque e Amanda Sento Sé (Yacht Clube da Bahia) sagraram-se campeãs mundiais da Classe Snipe. O Campeonato aconteceu na Itália, em Lago di Bracciano, no
centro da Itália na região do Lácio no norte da província de Roma. “Gostaria de agradecer
ao @yachtclubedabahia pelo apoio dado em toda nossa preparação para este campeonato, nosso Personal @alcantarafilipe que abraçou a campanha como se fosse dele, meus
A regata nasceu em 1969 com a denominação de “Regata de São Bartolomeu”, em ho- pais que me apoiam desde que comecei a velejar e continuarão apoiando até onde for
menagem ao Santo padroeiro da cidade de Maragojipe. Nas primeiras edições do evento e @rafaelmartins que me mostrou há 2 meses atrás que tudo isso iria valer a pena no
a grande maioria das embarcações participantes era composta pelos tradicionais saveiros, final, e valeu! Agora é hora de aproveitar!”, postou Juliana em seu perfil no Facebook.
muito comuns e numerosos na época. Hoje os veleiros de oceano são os protagonistas,
distribuídos em mais de vinte classes. Os tradicionais “Saveiros de Vela de Içar”, hoje em
de OC1 e OC6, masculino e feminiCanoa Havaiana Atletas
extinção, também participam emprestando grande beleza ao evento.
no, incluindo subdivisões de categorias por
Este ano – como nos anteriores - a festa começou com uma grande cerimônia de
idade, já começaram a se mobilizar para
abertura que reuniu autoridades governamentais, velejadores, imprensa, patrocinadores e
os 60KM que separam o Yacht Clube da
convidados, na sede do Aratu Iate Clube, que estava lotado.
Bahia (Salvador) de Morro de São Paulo
Com três largadas para as diversas classes inscritas, a Regata Aratu-Maragojipe tem
para o I Desafio Nacional de Canoa Hauma particularidade: É uma competição de mar e rio. Metade do percurso nas águas da
vaiana Yacht – Morro de São Paulo. A probela Baía de Todos os Santos, a outra dentro das águas do histórico Rio Paraguaçu, de
va será realizada em janeiro de 2017. A
muitas lendas e fatos históricos, como as batalhas pela Independência da Bahia.
logística das canoas para Bahia será faciliA chegada dos velejadores em Maragojipe (resultados em www.aratumaragojipe.com.
tada pelo Yacht Clube, possibilitando a vinda
de uma maior quantidade de embarcações
br) marcou a continuação da festa. A cidade celebra o seu santo padroeiro, São Bartodo Sudeste – onde está concentrada grande
lomeu, e durante todo o mês de agosto o clima de festa e euforia toma conta da cidade.
parte dos clubes de canoagem do país. As
Após o jantar oferecido aos participantes iniciou-se a Cerimônia de Premiação. Ao final,
inscrições ainda não estão abertas, mas esos velejadores seguiram para a praça central da cidade para juntar-se ao grande público
tarão disponíveis com bastante antecedêne prestigiar as apresentações de grandes nomes da música baiana e brasileira em um
cia. Informações: (71) 2105 9112 ou bianca.
grande palco montado ao lado da Igreja Matriz. Para quem conhece o espírito baiano,
[email protected]
toda essa festança não foi surpresa...
Foto: Mauricio Cunha
A Regata do Camarão
comemorou 16 anos e
reuniu mais de 60
embarcações, entre
oceanos, monotipos
e até canoas
havaianas.
47ª Regata Aratu-Maragojipe
E depois para
não contradizer o
nome, a galera
foi se esbaldar com
os camarões fritos
e a cerveja gelada
Bravo, 2º Bl3, e 3º Fly. Na RGS C em
1º o Mystic, seguido de Aquarela e Live
Free. Na RGS B Hellios, e na RGS Geral Fantasma, com Alforria em 2º e Jazz
em 3º. Fitas Azul: Até 30 pés Mystic
e acima de 30 pés o Barracuda. Optimist: Guilherme H. Moreira, 2º Rodrigo
M. Oliveira e 3º Bruno C. dos Santos.
Snipe: Lucas de Moraes. Laser: Micael Oliveira e 2º para Marcos C Viana.
Henrriete do nosso escritor Zé Paulo de Pau- Holder: Leonardo Vinicius e 2º Derishan
la em segundo. Na RGS Cruiser 1º Charlie Jesus e na Byte, Guilherme Marciani.
Na Canoa Havaiana: 1º Kailua Kona, 2º
Ohana Baepi e 3º Keala Maembipe. A
festa teve apoio da Mar & Vela loja náutica (Edmar Alves).
Com ventos de 15 nós após a largada, e
um percurso que agradou aos visitantes pois
passou em frente ao píer do centro, ficaram
assim os resultados: Bico de Proa C: Borel,
Bico de Proa B deu Gaudério em primeiro,
2º H2oia, 3º Suro, 4º Ilha Sailing e 5º Andança. Na Bico de Proa A Ventania, seguido
do Cambada e Maestro. Na Classe Família,
Fandango, depois Travessura e Mistral. Nos
Clássicos quem levou foi o Turuna, com o
Recife - PE
Recorde de Dingues em Pernambuco
Um aniversário comemorado em grande
estilo. Assim pode ser classificado a Copa de
Aniversário Dingue Pernambuco 2016, realizada pelo Cabanga Iate Clube de Pernambuco. A competição reuniu um número recorde
de inscritos em Maria Farinha, Litoral Norte
de Pernambuco. Foram 20 embarcações, a
primeira vez na história da classe no estado
que um evento local congregou tantos veleiros em uma única prova.
A Copa de Aniversário Dingue Pernambuco
também serviu para que os velejadores realizassem os últimos ajustes antes da disputa
do XXXI Campeonato Brasileiro da Classe
Dingue, que será realizado Clube Veleiros da
Ilha, em Jurerê/SC. Cinco embarcações locais disputarão a competição.
7
Lange e
Cecília:
Emoção
e
lágrimas
no
pódio
A medalha de ouro da Classe Nacra 17 foi vencida pela dupla da Argentina, Santiago
Lange e Cecília Carranza. O velejador mais velho da Olimpíada, Santiago Lange tem 54
anos e outras cinco participações em Olimpíadas, das quais trouxe duas medalhas de
bronze, em Atenas 2004 e Pequim 2008, na classe Tornado. Antes ele participou em
1988, 1996, 2000. No Rio, ele viu seus dois filhos, Yago e Klaus, estrearem nos Jogos.
Eles forma a dupla argentina na classe 49er.
Muitos questionaram a participação de Lange nas Olimpíadas do Rio 2016 quando em
2015 ele perdeu um dos pulmões para o câncer, no dia de seu aniversário, em 22 de
setembro. No entanto, muito antes do imaginado, ele voltou para seu mundo de barcos,
velas, vento e partiu para o projeto Nacra 17.
No Rio ele competiu com os filhos de seus antigos adversários. “Me separei da esposa e
vivi em um barco. Não tinha um centavo e um amigo me emprestou um barco. Terminei
vivendo quatro anos nele”, contou certa vez esse homem do mar. “Eu ainda tenho um
sonho. Se eu sentir que tenho um bom projeto e com chances de velejar bem, eu quero ir a Tóquio. Vou tentar. Enquanto eu puder fazer isso e meu corpo permitir, eu vou
continuar velejando”, concluiu.
Novo livro para ter a bordo
Moderno e cheio de
dicas, o livro é obrigatório
no seu barco
Há muitos anos não se fazia uma obra de referência
para quem quer aprender a navegar, ou simplesmente rever - vez por outra - conceitos básicos da navegação à vela. Desde o “Navegar É Fácil”, de Geraldo
Luiz Miranda De Barros, escrito há 17 anos, nada, ou
quase nada de novo surgiu. Até agora.
Com uma abordagem moderna e conceitos fundamentais presentes, o livro Teoria Básica de Vela
Oceânica de Juca Andrade chegou para preencher
essa lacuna. Fartamente ilustrado com belas fotos
(de Leguth Edson), o livro aborda desde o básico
- como as partes de um barco - como ancoragens,
ajuste de velas e situações práticas que só quem
tem mais de 15 anos de prática consegue passar de
maneira didática.
Os interessados podem contatar o autor diretamente
pelo email [email protected] ou no telefone
(13) 9-9790.8175
ALMANÁUTICA
8 Meteorologia
&
Oceanografia
Por: Luciano Guerra
Legado olímpico...
Abro a matéria deste Alma com um
caloroso: “É OUROOOO!!!!” Deixei para
entregar o texto ao nosso editor no último momento na esperança de que incluiria
algumas linhas para parabenizar Martine
Grael e Kahena Kunze. E merecidamente
elas alcançaram o objetivo.
Diretamente da cidade olímpica, é hora
de aproveitar a rouquidão provocada pelos gritos, para parabenizar textualmente as
nossas meninas de ouro, pelo maravilhoso feito. Parabéns, parabéns, parabéns! O
ouro foi conquistado por elas, e é legado
para todo o Brasil. E o mar? Conquistamos o ouro no tratamento das águas? Vejamos...
Com uma área de 380Km2, 15 cidades
em seu entorno e 44 praias, a Baía da
Guanabara e todo o estuário em torno dela,
sofre com o descaso dos órgãos responsáveis e o insucesso de diversas tentativas de
despoluição de uma das mais belas raias
de vela do mundo. O plano de despoluição
da Baía da Guanabara (PDGB) teve início na década de 90 com uma cooperação
do Japão e do BID (Banco Interamericano
de Desenvolvimento). O aporte financeiro
inicial foi de US$1,7 bilhão, no entanto os
objetivos não foram alcançados. Após o
fracasso reconhecido do PDGB, o Rio de Janeiro tem uma segunda oportunidade com a
vinda dos jogos olímpicos. E o que foi feito até em então?
Foram realizadas obras em 7 estações de tratamento de esgoto e somente uma delas
trata 100% dos resíduos despejados em sua área de tratamento (veja a tabela acima).
Foram construídas 17 eco barreiras nos rios que mais poluem a Baía da Guanabara e algumas se romperam com o excesso de lixo acumulado, despejando toneladas de dejetos
sólidos nas águas do mar. Os 10 eco barcos que realizam a retirada de toneladas de lixo
sólido flutuante da baía não foram suficientes para impedir que a dupla Isabel Swan e
Samuel Albrecht, da classe Nacra 17 tivessem seu desempenho prejudicado por uma série
de objetos que foram parar na bolina do barco.
De acordo com o preparador Físico Miguel Almeida, que ministra aulas diariamente na
Praia do Flamengo, “...Não há dúvidas que a qualidade da água melhorou, mas o lixo
sólido, apesar de ter reduzido um pouco, ainda é um problema recorrente. Não vejo uma
iniciativa realmente eficaz para o problema. Ainda há muito o que fazer...”.
Uma outra parte da cidade que recebeu um grande volume de recursos financeiros foi a
Marina da Glória. Com um valor aproximado de R$70 milhões de investimentos da iniciativa privada, o espaço público da prefeitura concedido para a BR Marinas ganhou uma nova
cara, com a ampliação do espaço gourmet, 170 novas vagas secas e 275 novas vagas
molhadas. Não se pode negar que o espaço ficou mais convidativo ao público que não faz
parte do mundo náutico. Para aqueles que sempre foram clientes da marina, os valores
são absurdos, e o esgoto continua sendo jogado abaixo da linha d’água das embarcações.
Um pouco mais longe da Baía da Guanabara mas não distante do epicentro deste “cismo antiecológico” estão as lagoas de Jacarepaguá. Estas continuam sofrendo ainda mais
com as promessas não cumpridas de construção das chamadas unidades de tratamentos
de rios (UTR).
Durante a campanha de candidatura da Cidade do Rio de Janeiro à sede dos jogos
olímpicos, umas das promessas para despoluição da Baía da Guanabara e das próprias
lagoas que ficam no entorno do parque olímpico da Barra da Tijuca (que na verdade fica
no bairro da Curicica), era a construção de unidades de tratamento das águas dos rios que
desembocam naquela região. Neste caso,
sequer uma única unidade foi construída
ou teve obras iniciadas, dando vaga para
as, muito menos eficientes, eco barreiras.
Com a chegada do inverno no Rio de
Janeiro, normalmente as lagoas tem seu
fundo revolvido com as ressacas que batem na costa carioca, fazendo com que os
gases, sulfídrico e metano sejam liberados
deixando ali um odor insuportável. Esses
gases geralmente são gerados a partir
da decomposição do lixo proveniente dos
afluentes, que hoje são verdadeiros valões
de esgoto. Com a atual crise financeira
que assola o Estado do Rio, provavelmente esta é mais uma competição que não
receberá qualquer medalha.
Até o final de 2015 os números do
PDBG eram de espantar qualquer navegador das águas cariocas. Em 20 anos o
programa já consumiu R$ 10 bilhões em
empréstimos.
O governo diz que precisa de mais
20 anos e pelo menos mais R$ 20 bilhões que seriam utilizados na recuperação de áreas degradas no entorno da Baía
da Guanabara, seus afluentes e lagoas
da cidade do Rio. Afirma que não possui
condições de assumir o desafio sozinho.
E agora que as festas acabaram? E
agora que não somos mais o foco do
mundo? Fica aqui a dúvida a respeito de
qual será o legado para nós...
9
cruzeiro
Os carros
alugados
sempre
quebravam...
Mas quem
liga? “Tudo
é diversão
estando entre
amigos como
os queridos
Luiz e
Mauriane”
Notícias do Caribe
Rita e Rubens. Veleiro: Dóris. Localização: Trinidad, no Caribe... Rubens
foi diretor de Recursos Humanos de empresas multinacionais e até piloto de
kart por 10 anos. Rita é dentista. Mas a vida do mar cativou esse casal e em
junho de 2013 se mandou para... bem, destino incerto... Caribe...
O casal conta alguns trechos dessa aventura de uma vida... duas vidas...
Em 2009 completei 50 anos e a Rita 46. Começamos a navegar em 2007 e não
paramos mais. Tivemos uma lancha de 22 pés com a qual a Rita e eu fizemos várias
viagens. No dia das mães de 2008, após um mergulho com muito frio e chuva na ilha
de Búzios, a Rita comentou que o que ela mais queria é ter um barco com cabine e cozinha. Neste momento nasceu nosso projeto de comprar um veleiro e antes de aportar na
marina já estava tudo esquematizado: Compraríamos um veleiro e sairíamos pelo mundo.
Alguma procura depois nossa opção foi um Van de Stadt com 36 pés, de aço, o “Dóris”.
O veleiro foi magnificamente construído por Bob e Dóris. Ela nos disse que quando se
constrói um veleiro, para que tenham êxito e felicidade é preciso colocar uma moeda
de ouro no “pé” do mastro. Como eles não tinham a tal moeda colocaram as próprias
alianças. Nosso compromisso de sair viajando em meados de 2010 precisou ser adiado
por questões burocráticas, mas em junho de 2013 partimos.
(2016, por Rita) Chegamos do Brasil no sul do Caribe, próximo a Venezuela, e fizemos várias postagens ao longo de nosso trajeto pelas ilhas caribenhas até o ponto mais
“
Luciano Guerra, é especialista em meteorologia pela UFF/RJ e trabalha com modelos meteorológicos no Operador Nacional do Sistema
Elétrico ONS.
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“
Entre um
enjôo e uma
arrumação,
o casal
vai levando
a vida e
o veleiro
Doris
para onde o
vento e a
vontade
quiserem.
Caribe,
violão,
um drink,
amigos...
How Much?
Todo mundo sempre quer saber: Quanto se gasta?
Uma das maiores curiosidades sempre é a questão de custos. Mesmo sabendo
que isso varia muito, dependendo de escolhas, como locais, condições, qual o tamanho
do seu barco, sempre é bom perguntarmos...
Quanto se gasta por mês/semana estando pelo mundo (Caribe)?
Fora as despesas com o barco, depende do estilo de cada um. Nós por exemplo raramente paramos em Marinas ou poitas pagas, velejamos muito e economizamos Diesel,
raramente compramos água porque temos dessalinizador, adaptamos nosso cardápio
aos produtos locais, quase não vamos a restaurantes, a Rita é excelente cozinheira!
Este custo também depende de onde (qual ilha) você está, por isso pouca gente tem
esta conta pronta. Eu diria que com 1.500
dólares por mês dá para se virar.
Descobrimos que a felicidade
não está em nenhum lugar,
ela está dentro da gente...”
Qual o custo para deixar o veleiro
seguro na temporada de furacões?
Varia muito. O nosso está em Trinidad,
seguro, no seco por cerca de 600 dólares/mês. Se estivesse na poita sairia por
uns 150 dólares/mês.
Atualmente o casal Rubens Andrade de Souza e Rita de Cássia Cavalli Torres está em Ilhabela matando as saudades dos amigos, parentes e curtindo um churrasco ao som de Vítor e Susy. Essa dupla
de velejadores-músicos também mora e toca em Ilhabela, e tem cd’s autorais com músicas inspiradas
em temas de vela. Mas esse é assunto para outra edição...
1° Congresso on-line sobre a arte de velejar
Se pudéssemos levaríamos os
amigos e parentes conosco... E se
desse levaríamos a Ilhabela também!
alto aonde chegamos: Anguila. Começamos nossa descida para fugir da temporada de
furacões rumo ao sul novamente. Nosso destino final, Grenada, com algumas escalas.
Saindo de Anguila vi o mar engrossando e nada orgulhosamente bati um recorde: 30
horas seguidas vomitando!
Rubão coitado, queria mudar a rota, mas eu corajosamente, entre um balde e outro,
insisti em manter o planejamento, e com os queridos amigos do Cascalho, paramos em
Guadaloupe, onde virei humana de novo. Depois na linda ancoragem da Martinica, Saint
Pierre que ainda não conhecíamos... ... ...
Todos partindo, Jadir para o Brasil, Mauri e Luis para Trinidad onde deixarão o barco
no seco para visitarem os familiares no Brasil, e os “Namastês” em outra ancoragem. Os
queridos Luiz e Mauriane do catamarã Cascalho... Pretendíamos permanecer em Grenada por mais uns três meses e partir para Trinidad somente em outubro para a pintura
do fundo, um procedimento relativamente rápido. Mas… E o medão? Começaram avisos
sérios de furacão vindo na direção de Grenada, e aí foi “barco pra que te quero”... Chegamos rapidinho em Trinidad no final de julho, para completa tranquilidade, uma vez que
lá dificilmente chegam furacões.
Sentada no cockpit branquinho que acabei de esfregar exaustivamente, Rubão no
interior do barco tentando reduzir a “zona” de ferramentas espalhadas para que eu possa
faxinar. Ambos exaustos aguardando os últimos reparos serem feitos e com uma lista
gigante de tarefas até soltar as amarras. Espero, rezo, faço mandinga, qualquer negócio,
para que isso aconteça em no máximo uma semana... Para quem está lendo e não navega vou fazer um paralelo do que nos aconteceu nos últimos meses: Quem já passou
por aquele período em que você acorda, vai usar o liquidificador e ele trava?! Tudo bem,
sai sem a vitamina da manhã, dá partida no carro e a bateria arriou… Tudo bem, faz a
famosa “chupeta”, chega atrasado no trabalho, pega um café, e derrama na camisa...
Tudo bem porra nenhuma, você está no seu inferno astral, e embora eu não tenha a
menor idéia do que isso significa, entendo os efeitos.
Foram alguns meses onde vários pequenos problemas diários se acumularam, mas
finalmente acho que vemos a luz no final do túnel… ou das ondas (risos).
As inscrições são
Acreditando que “navegar é preciso”, o velejador Magratuitas
e haverá
teus Dantas criou e organizou o 1° Congresso online sopalestras
como
bre a arte de velejar, o Velejando pelo mundo. “ResolveHeloísa
Schürmann
mos reunir no “Velejando pelo mundo” pessoas especiais
que encontraram na vela uma maneira de viver e se
comunicar com o mundo e com as pessoas. Os participantes poderão conhecer a
história daqueles que se dedicaram a sonhar e navegar, tendo como cenário o mar
e o vento em seus rostos”, conta Mateus.
O Congresso é totalmente online e gratuito, e ocorre no final de setembro com
mais de 20 palestrantes. O “Velejando pelo mundo” também tem uma página no
Facebook: facebook.com/congressovelejandopelomundo
O evento acontece de 26/09 até o dia 02/10 e a inscrição pode ser feita gratuitamente pelo site www.velejandopelomundo.com.br
Aos 15 anos, Mateus Dantas criou um blog chamado “Sonhando com o Vento”,
onde entrevistava pessoas que velejavam pelo mundo. “Acabei tendo que desativar o
blog, mas recentemente tive a ideia de fazer algo inovador no meio náutico, focado
para as pessoas que sonham em um dia velejar pelo mundo. Então criei o Velejando
Pelo Mundo”, conta. Mateus espera mudar o olhar das pessoas, que elas percebam
que velejar pelo mundo não é impossível. “Quero que as pessoas, depois de assistiram às palestras, mudem suas vidas. Quero que elas percebam que é sim possível
viver uma vida diferente, ter um estilo de vida diferente”, completa.
A receptividade do público está sendo muito boa. Mateus recebe e-mails de
pessoas de vários lugares pelo mundo. “Elas apoiam o projeto, falam que estão
precisando disso, que sonham em velejar pelo mundo, e que as vezes é só de um
incentivo que elas precisam. E isso faz tudo valer a pena”, disse Mateus em entrevista ao Almanáutica.
ALMANÁUTICA
10
Projeto CORDECA
Afundamento da Corveta
Pereira D’Eça
A Marinha portuguesa preparou-se para
afundar uma Corveta ao largo de Porto
Santo, na Ilha da Madeira - PORTUGAL.
A ideia foi criar um recife para fins turísticos. Durante meses acompanhei a esse
trabalho e história recebendo notícias quase
que diárias do amigo Alberto Manuel Vitor
Braz que esteve à frente desse projeto
com alma e coração. Com sucesso, muito
empenho de diversas pessoas e empresas
que; no dia 13 de julho último culminou
com o afundamento tomado a cabo com
homens do grupamento de demolição naval da Marinha de Guerra Portuguesa. As
Caça Palavras
CURTAS
MERGULHO
tos Filho
Por Nelson Mat
f Faleceu dia 14 de agosto Antônio Au-
gusto Barcellos da Cunha, sócio-fundador
e detentor do título nº 1 do Iate Clube de
Brasília. Nossos sentimentos.
f A Escola Municipal de Vela de Ilhabela
Meu início na vela
“Lars Grael” realiza em dois finais de semana a 2ª etapa do Campeonato Paulista
da Classe Optimist em setembro.
O primeiro a aceitar meu convite para
contar sua história na vela foi o amigo
Marco Abreu, do Veleiro LALAT.
Conte a sua história também!
f A Marinha do Brasil estuda fechar parcerias com a Itaipu Binacional e a Fundação Parque Tecnológico Itaipu para
desenvolvimentos na área de ciência e
tecnologia, especificamente em mobilidade
elétrica e armazenamento de energia.
f Há 7 anos o Joinville Iate Clube leva
um optimist às escolas para despertar a
curiosidade das crianças, além de oferecer
vagas grátis para cursos de vela. Nota 10!
Papo de Cozinha
Nossos heróis da vela brazuca na Rio 2016 merecem uma homenagem! Faça a
sua parte e ache o nome deles: SCHEIDT - KUNZE - MARCO - PATRICIA - BIMBA -
MARTINE - BORGES - ZARIF - HADDAD - BRUNO - BARBACHAN - OLIVEIRA
Papilote a bordo
fotos dão uma idéia da magnitude desse
fabuloso naufrágio artificial criado para, a
partir de agora, deleitar os mergulhadores
aptos a adentrarem em seus aposentos! E
para brindar o sucesso total, a posição de
navegação dessa belonave ao fundo. Não
será difícil você pesquisar na internet pelos
nomes do início.
Memórias do Avoante
A REFENO está chegando, e você não vai querer
pagar o mico de deixar sua tripula na mão na
hora de do rango, não é? Então, com a receita
desse mês você vai fazer bonito no almoço de
domingo, quando já tiverem decorridos 24 h de
regata.
Para quem já tem meu livro basta ir até a página
105., Para que não tem, irá precisar de:
1 pacote de macarrão Farfalle (Gravatinha)
Queijo temperado em cubinhos
Tomate seco
Folhas de hortelã
Papel alumínio
de papel alumínio em tamanho su- e leve ao forno médio para aquecer.
ficiente para acomodar uma porção Bom apetite e bons ventos até NoroCozinhe o macarrão com pouco sal, deixando al de macarrão para uma pessoa. Es- nha, Nos encontramos por lá!
dente. Escorra e passe azeite ou manteiga para palhe o tomate seco, os pedaços de
Maurício Rosa é velejador, amante de gastronomia
não grudarem entre si. Dobre retângulos duplos queijo, e as folhas de hortelã, feche e autor do livro “Gastronomia em veleiros”
Preparo:
Gostaria muito de com este tema e narração, deixar aqui um convite para quem
sabe pensarmos em começar um projeto
( ou mais ) para afundamento artificial de
naufrágio(s) em nosso mar no eixo RIOO Jornal do Brasil de 11 de janeiro de 1988
-SÃO PAULO; com certeza o mercado do
em seu caderno de esportes, trazia uma
mergulho recreacional agradece.
matéria sobre André Mirsky. Filho do também velejador Sérgio Mirsky, André (21 de
abril de 1977) teve o começo de sua historia
no mar escrita por seu pai. Ele foi um dos
maiores incentivadores da vela Oceânica
dos últimos cinquenta anos.
Sérgio Mirsky (São Paulo, 1929 — Rio de
Janeiro, 9 de Agosto de 2005), paulista de
nascimento e niteroiense de coração ostenVeja o que a amiga Joana Ricardo, do ta números expressivos: 28 fitas azuis na
Facebook, escreveu em sua página um dia Regata da Escola Naval e 35 participações
após o afundamento: “24 horas depois de na Regata Santos-Rio.
ser afundada, o nosso biólogo já contou 24 Já André foi o competidor mais jovem na
sapinhos (sim, são peixes!) e 6 raias. Nas segunda edição da então recém criada RE48h seguintes começam a aparecer estas FENO. Seu currículo inclui a participação
bolas de peixinhos, meia dúzia de pargui- como timoneiro do Volvo 60 “Tyco” na vitoria da regata Route du Rhum. Sagrou-se
nhos pequenos e até um sargo”.
vice-campeão mundial de vela Oceânica
em HANKO na Noruega em 2007; terceiro lugar no campeonato mundial de vela
em 2008 Athenas - Grécia; vice-campeão
Europeu em 2007, 2008, bicampeão do
Mediterrâneo da classe IMS; Campeão nacional Esloveno, Checo e Eslovaco por dois
anos consecutivos e vencedor do tradicioFotos: Alcides Correia, Miguel Aleixo e Alberto
nal Troféu de la Reina em Valencia. AtualManuel Vitor Braz
mente veleja com a esposa, Kyra Mirsky,
com quem participou da campanha olímpica
Flávio Júlio Gomes é 2º Ten IM RM2 da
Marinha do Brasil e Instrutor NAUI / PADI tentando uma vaga na Classe Nacra 17.
Túnel do Tempo
A história começa nos anos 80 em um lugar chamado Itacuruçá, ramal de Mangaratiba.
Estava no Rio, trabalhando numa multinacional,
quando recebi um técnico inglês para passar um
período no Brasil.
Num final de semana, fomos passear em
Itacuruçá e chegando lá David perguntou se não
teria um veleiro Laser para velejar por aquelas águas. Olhei para um lado, olhei para o
outro e visualizei um amigo lancheiro. Sim,
digo lancheiro porque nesta época eu também
era. Tinha uma lancha de 15 pés que usava
para caça submarina, em Coroa Grande. Levei
o inglês para Itacuruçá, porque havia mais opções de restaurantes e diversões, chamei meu
amigo e perguntei se haveria possibilidade de
alugarmos um Laser por ali. Ele nos convidou a
visitar uma pessoa, que estava construindo uma
pousada, numa ilha próximo, que teria um Laser
e poderia emprestar. Subimos na lancha e partimos pra tal ilha. Lá chegando, fomos apresentados ao dono da pousada. O David sabia tudo
de Laser, pois em Manchester, na Inglaterra,
de onde ele veio, praticava esta modalidade.
Aquela velejada foi fatal!
Apaixonei-me na primeira perna, não queria
mais sair do barco e o David muito colaborou
para este amor: Adernou, empopou, contraventou e o escambau. Adrenalina pura!
O tempo passou, fui trabalhar numa empresa de Dragagem e Derrocagem Submarina em
Salvador/BA. Chegando lá adquiri outra lancha
que deixava na casa de um amigo. Nossas saídas eram raras e a velejada de Itacuruça não
saía de minha cabeça.
Um dia eu estava no Rio quando disse a um
primo que ao me aposentar compraria um veleiro para viver dentro. O primo virou-se e disse:
- Vais esperar este tempo todo pra comprar um
veleiro? E se ao aposentar sua saúde não for
à mesma? O momento é hoje e agora! Bum!
Explode coração!
Ao retornar a Salvador disparei o processo
de iniciar minha vida na vela. Associei-me ao
clube Angra dos Veleiros, na Ribeira, e garanti uma vaga para o futuro veleiro. Acionei
um amigo no Rio de Janeiro, Gualdenir, vulgo
Nini, para procurar um Fast 23 pés, pois em
Salvador havia somente um, e de regata. Pedi-lhe que me informasse as condições do barco
e uma semana depois ele me apresentou três
barcos. Um deles era de um ex-professor universitário que estava deixando de velejar. Bingo! Por telefone comprei meu primeiro veleiro,
um Vega 23. Agora tinha barco, porém, faltava
trazê-lo para Salvador.
Sem nenhuma experiência em vela oceânica,
fui à loja Regatta falar com Jonas Penteado,
que me equipou com casaco de tempo, pois
pretendia trazer o barco por mar. Mais uma
vez veio a influencia inglesa: Um tal Mr. Thomas, da empresa que eu estava trabalhando,
me aconselhou a fazer a velejada em junho,
porque os ventos do Sul me ajudariam.
Atento a todos os comentários, marquei a
viagem para o dia 7 de junho. Convidei umas
oito pessoas para me acompanhar e todos
confirmaram. Ao se aproximar da data, as desculpas foram aparecendo e fiquei sozinho.
Neste intervalo encontrei Aleixo Belov, pois
sabia de sua experiência na 1ª volta ao mundo
solitário. Contei-lhe minha intenção, ele orientou a levar um GPS, se dispôs emprestar suas cartas
náuticas do trecho Rio–Salvador. A todos que comentava o que estava prestes a
fazer se assustavam. Minha
mulher quase teve um colapso. Pedi que ela fosse ao
bairro da Pituba e procurasse o pescador Paulinho, que
nos fornecia peixe, e perguntasse se ele aceitaria me
acompanhar nesta viagem.
Ele aceitou, todavia, disse
que iria de ônibus para o Rio, pois tinha medo
de avião. Cheguei ao Rio, fiz as compras do
farnel e fomos, eu e Nini, ver o barco que estava numa poita em Botafogo, e encontramos
com Haroldo Manta, o ex-proprietário. Não vou
me intitular de maluco, porque um veleiro, por
menor que seja, foi feito pra velejar e no Brasil
estamos isentos de furacões ou o que o valha.
Portanto... Velas ao vento e parti para a Bahia.
Mande sua colaboração para:
[email protected]
Marinha do Brasil
As 3ªs Sargentas Martine Grael e Kahena Kunze na 49er Rio 2016
O Brasil começou na Rio 2016 com alguns recordes: Foram 465 atletas, a maior
equipe da história do Brasil, dos quais 145 militares, e desses, 48 da Marinha do Brasil.
Um em cada três atletas brasileiros que participam dos Jogos Olímpicos na Rio 2016 é
militar: Outro recorde que nenhuma outra delegação conseguiu bater. 100% dos atletas
da equipe de judô é formada por militares, sendo sete mulheres da Marinha do Brasil e
sete homens do Exército.
Os atletas integram o Programa Atletas de Alto Rendimento, administrado pelo Ministério da Defesa. Os atletas do programa possuem infraestrutura invejável: Acesso a
médicos, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas. Eles podem receber a bolsa atleta
e mais o salário de militar (3º Sargento). O programa de incorporação de atletas de alto
rendimento pelas Forças Armadas, como militares temporários, surgiu em 2008 por iniciativa do Ministério da Defesa. A Marinha do Brasil foi quem deu início nesse programa
de incorporação dos atletas, sob coordenação do Corpo de Fuzileiros Navais.
Na vela, Marco Grael, Gabriel Borges, Martine Grael, Kahena Kunze, Fernanda Decnop,
Jorge Zarif, Henrique Haddad e Isabel Swan, todos terceiros sargentos, competiram pela
Marinha do Brasil.
O diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa é o Almirante Paulo Zuccaro comentou sobre prestar continência no pódio: “Nós não obrigamos.
Preferimos que a coisa se dê de forma espontânea e isso depende de cada um deles.
Algumas pessoas levantam a polêmica de que esse ato poderia ser punido pelo Comitê
Olímpico, mas o Comitê jamais puniu qualquer atleta por ter feito continência no pódio.
O que o comitê proíbe são manifestações políticas, mas uma continência militar é uma
saudação militar à bandeira nacional, ao hino nacional e isso não é um ato político. Muito
ao contrário, esse gesto é uma manifestação por definição apolítica. A continência é uma
forma do militar cumprimentar o povo brasileiro”, explicou.
Países como França, Itália, Rússia e China – para citar as grandes potências do esporte - também tem a tradição da busca pelo talento nas Forças Armadas.
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20 ANOS
DE INOVAÇÃO
ABVC
INFORMATIVO
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE VELEJADORES DE CRUZEIRO
Palavra de
Cruzeiro Costa Verde 2016
PRESIDENTE
Prezado Associado da ABVC,
Uma grande festa do esporte,
uma grande confraternização. Este foi o
resultado da Rio 2016. E a vela novamente
traz uma medalha para o Brasil, mesmo
com todas as dificuldades, que vai desde
a distância dos grandes centros de competição até o alto custo de importação dos
equipamentos. Parabéns a todos os velejadores participantes, são todos vencedores!
Pena que a promessa de despoluição da
Baía da Guanabara, que seria um dos grandes legados para a região metropolitana do
Rio de Janeiro, não vai ocorrer. Quando
nossas autoridades vão se preocupar com
saneamento básico? Nesta eleição, mesmo
sendo de âmbito municipal, não se esqueça de cobrar dos seus candidatos ações na
área de saneamento básico.
E marque na agenda: de 19 a 26 de novembro será realizado o tradicional Cruzeiro Costa dos Tamoios, que percorre o trecho entre Ubatuba e Paraty, um dos mais
belos do litoral brasileiro, e inclui pernoite
na Ilha Anchieta, passagem pela Ponta da
Joatinga e pernoite no Saco do Mamanguá.
Este cruzeiro curto (somente uma semana)
é ideal para os velejadores cruzeiristas iniciantes.
Bons ventos,
Volnys Bernal
Presidente da ABVC
O Cruzeiro Costa Verde foi criado em 2010 para que velejadores menos experientes
pudessem ter uma experiência do que é um cruzeiro em flotilha. De lá para cá o sucesso foi tão grande que todos os anos é preciso limitar o número de participantes para que
a experiência seja feita em segurança e permita cumprir o principal objetivo: Diversão.
E esse ano não foi diferente: As inscrições foram encerradas pouco tempo depois de
serem abertas, tal a quantidade de interessados em curtir as lindas paisagens da Ilha
Grande e Baia da Sepetiba, os principais pontos de ancoragem da turma.
“Dentre os 21 inscritos, tivemos 9 veleiros novos, que pouca experiência tinham
em velejar em flotilha organizada. Acreditamos que será um incentivo grande para os
próximos cruzeiros da ABVC”, comentou Eduardo Schwery, criador e organizador do
Cruzeiro Costa Verde.
Este ano houve mudança na ancoragem inicial na Baia de Sepetiba, que antes era
feita na praia da ilha da Estopa, e passou a ser feita na praia Grande, na ilha de Itacuruçá. Lá se abrigam um número maior de veleiros, desde que não haja previsão de SW.
Segundo Schwery, a maior dificuldade na organização é a confecção do material a ser
distribuído aos participantes, pois depende de vários fornecedores. “Quanto ao cruzeiro,
a ancoragem segura é a principal preocupação da Comodoria”, explicou Eduardo.
Pra terminar esse cruzeiro festivo, nada como um jantar árabe de confraternização,
organizado no Bowteco, o point dos velejadores no Bracuhy.
Participaram este ano 20 veleiros: Regwell (30 pés Eduardo P. S. Schwery), Adventure II (39 pés Agostinho Tadeu Auricchio), Aramis (40 pés Ayrton Alves de Aguiar
Filho) , Despacito (36 pés Brasilio de Mello Neto), Acauã (32 pés Webber Rodrigues),
Our Dream (36 pés Rogério Vianna Salles Pereira), Lua Viva (36 pés Decio Maia), Tiare
II (catamarã 48 pés Mauricio Antonio Ferreira), Sweet II (36 pés Joao Octávio Calmon
Ribeiro), Velella (40 pés Henrique Prats), Napoleão (30 pés José Mauricio Freire Napoleão), Sereno (36 pés Sergio Senra Garcia), Talassa II (34 pés Remo Zauli Machado
Filho) , Grão (45 pés William Bueno), Enza (40 pés Paolo Mandala), Arribasaia (41 pés
Marcos Leme de Oliveira Borba), Fé (43 pés Fernando Ferreira Daltro), Moana ( 3 6
pés Paulo Gorab), Alice Wonderland (45 pés Daniel Caulliraux), Relax (30 pés Renato
Teixeira).
Vem aí: Cruzeiro Costa do Tamoios
Vem aí: Caribe
Em continuidade à sua programação de cruzeiros pela costa brasileira, a ABVC realizará no próximo dia 19 de novembro mais
uma edição do Cruzeiro Costa dos Tamoios. A flotilha sairá de Ubatuba (litoral de SP) com destino à Paraty, já no Rio de Janeiro,
passando pela Ponta da Joatinga. Conhecida por ser local de acidentes e temida por alguns navegadores, um dos objetivos do Costa
dos Tamoios é desmistificar essa passagem. O Costa dos Tamoios surgiu em 2011 para preencher uma lacuna nos cruzeiros de
médio percurso. Ele se situa “entre” o Costa Verde, que se restringe à baía da Ilha Grande e Sepetiba, e o Costa Sul, por exemplo,
que vai até Santa Catarina ou o Costa Leste, até a Bahia. Com o Costa dos Tamoios há uma distância e dificuldades intermediárias
permitindo aos novatos uma experiência prévia antes de lançarem-se a cruzeiros mais longos.
Sobre o nome escolhido, Claudio Renaud, organizador do evento explica: “O nome escolhido se refere a uma aliança de povos
indígenas do tronco lingüístico tupi que habitavam a costa dos atuais estados de São Paulo (litoral norte) e Rio de Janeiro (Vale do
Paraíba fluminense). Esta aliança, liderada pela nação Tupinambá, congregava também os Guaianazes e Aimorés. O termo “tamoio”
não se trata, portanto de uma tribo ou nação indígena específica como muitos pensam. O termo vem de “tamuya” que em tupi significa
“os anciãos”, indicando que eles eram as mais antigas tribos tupis, os que mais prezavam os costumes tradicionais.”.
A programação do Cruzeiro Costa dos Tamoios ainda não está fechada, mas deve ser semelhante às anteriores:
Reunião da flotilha em Ubatuba no local de largada (possivelmente Ubatuba Iate Clube) - Caçandoca/Fortaleza (30 milhas) pernoite
- Anchieta (5 milhas) Visita ao parque , antigo presídio, churrasco – Pernoite - Almada (15 milhas), Ubatumirim, Prumirim - cachoeiras e passeio ate aldeia indígena Pernoite - Picinguaba e Couves (8 milhas) passeio pela vila e mergulho – Pernoite - Cajaíba (30
milhas) passagem pela ponta Joatinga, cachoeiras - Pernoite na Cotia - Mamanguá (10 milhas) passeio por cachoeiras e almoço
Saco da velha - Pernoite na Cotia - Coquetel ou jantar encerramento. Participe!
O próximo Cruzeiro Internacional
promovido pela ABVC será realizado no Caribe, em St. Martin (foto abaixo), San Bartelemi, Anguila, entre 1 e 8 de julho de 2017.
O lançamento será feito no São
Paulo Boat Show. Mais informações no site
da ABVC.
ABVC – Associação Brasileira de Velejadores de Cruzeiro
CNPJ 05.809.419/0001-02
Foi nomeado como Diretor Adjunto para
Brasília, Elson Fernandez (Mucuripe).
Seja muito bem-vindo à Diretoria, Elson!
Assembléia Geral Ordinária - Convocação
Ficam convocados os senhores associados em dia com suas obrigações e de acordo com
o Estatuto em vigência, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, na sede social, à rua
Bela Cintra, nº 1970, São Paulo, SP, às 18:00h horas do dia 29 (vinte e nove) de novembro
de 2016 a fim de tratarem da seguinte ordem do dia:
a) Leitura, discussão e votação do relatório da Diretoria, balanço geral e demonstração das
contas e respectivo parecer do Conselho Fiscal relativos ao exercício em vigência;
b) Eleição dos membros da Diretoria para o biênio 2017-2018;
c) Outros assuntos de interesse dos associados.
Acham-se à disposição dos senhores associados, na sede social, todos os documentos
exigidos por lei para sua verificação.
São Paulo 01 de setembro de 2016
Brasília
Convênios
Iate Clubes
Aratu Iate Clube, Cabanga Iate Clube, Iate Clube
Guaíba, Iate Clube de Rio das Ostras, Iate Clube do Espírito Santo, Marina Porto Bracuhy, Iate
Clube Brasileiro, Jurujuba Iate Clube
Descontos
Brancante Seguros, Botes Remar, CSL Marinharia, Geladeiras Elber: Valor promocional; Azimuth: Desconto nos cursos; JetSail: (prestadora
de serviços do ICS): Desconto em vistoria/survei, serviços e manutenções, estadias em seco
e molhado e valores diferenciados para a lingada
das embarcações.
O Boletim Oficial da ABVC é uma publicação independente. As opiniões e notícias do jornal Almanáutica não representam necessariamente a opinião da entidade, e vice-versa.

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