Fornecedores - Signus Editora

Transcrição

Fornecedores - Signus Editora
FORNECEDORES
Embalagens metálicas da Prada: a estratégia é estar próximo ao cliente
EMBALAGENS
Prada prepara
investimento de
US$ 10 milhões
A Companhia Metalúrgica Prada preparase para investir US$ 10 milhões, que deverão reduzir em 15% o custo operacional entre 2003 e 2005. Os recursos serão aplicados
para renovar parte das máquinas e equipamentos e ampliar a eficiência e lucratividade
da companhia. O investimento será feito pelo
novo proprietário da metalúrgica, Jaime
Schreier, que adquiriu 100% do negócio da
família Prada em setembro. Já de início, o
empresário aplicou US$ 200 mil em
melhorias no maquinário da empresa, que
tem sede na capital paulista.
A Prada conta ainda com unidades na
Parmalat, em Araçatuba (SP), e na Cargill,
em Mairinque (SP). O negócio do empresário inclui também três fábricas: uma
em Bebedouro (SP), Marília (SP) e
Uberlândia (MG). Das três unidades, a
única em funcionamento é a do estado
mineiro, que também deverá ser a única
das três a ser mantida.
A estratégia de estar próxima ao cliente deverá ser ampliada. A meta é manter
uma central de produção próxima ao fornecedor de matéria-prima e operações dentro ou próximo do parque industrial dos
clientes. Desta forma, a empresa reduz os
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custos de transporte, já que as latas prontas fazem grandes volumes.
A aquisição exclui a compra de cerca
de 77 mil metros quadrados que a Prada
tem em São Paulo. A área será alugada
pela família Prada pelo prazo de quatro
anos, prazo este que poderá ser renovado
por igual período.
Com uma receita de R$ 330 milhões, a
metalúrgica fabrica 1 bilhão de latas por ano,
que são produzidas a partir das 100 mil toneladas de folhas de flanders adquiridas da
única fornecedora do país, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Da produção total, 55% são de embalagens para o setor alimentício e 45% para a área química.
ra, a empresa começa a atender o mercado
internacional com compressores de CO2, um
equipamento para refrigeração industrial que
passa a ter fabricação nacional.
O próximo passo da companhia será a
área de logística. A empresa prepara-se para
investir no segmento, visando aperfeiçoar
e melhor explorar a malha de distribuição e
a sistemática de estoques em todas as unidade da York na América Latina, mercado
que tem um faturamento de US$ 100 milhões. Para isso, a companhia está adotando um sistema, que possibilita a interligação das informações dos estoques de todas
as filiais da região, em tempo real.
Outro resultado do processo de reestruturação é a fabricação, no país, dos compressores que utilizam CO2 como refrigerante, uma
alternativa à amônia e aos gases tipo CFC/
HFC. Segundo a empresa, o CO2, tem como
vantagens a possibilidade de resfriamento de
produtos até 50% mais rápido e por ocupar
espaços menores nas instalações frigoríficas.
Com a conclusão do projeto, a York também passa a testar produtos para seus clientes. A empresa tem disponível um protótipo de um túnel de congelamento helicoidal - TCH, utilizado para congelamento
e resfriamento de produtos como nuggets
e pré-fritos, hamburgers, cortes de frango,
lasanha/pizza, entre outros. Os testes, por
parte dos clientes, podem ser usados, por
exemplo, para mensurar o tempo de congelamento de um novo produto.
SUPRIMENTOS
Quest contrata
Panalpina para
gerenciar setor
REFRIGERAÇÃO
York expande
operações
no Brasil
A York International concluiu o processo
de reestruturação organizacional, iniciado em
agosto. O programa traçava diversas metas
para a empresa, que tem como objetivos o
aumento das exportações, adequação de
organograma funcional, a produção de equipamentos no Brasil para a unidade industrial
européia da companhia e um melhor aproveitamento da estrutura de distribuição na
América Latina. Além disso, a partir de ago-
A agente de cargas Panalpina é a nova
controladora do supply chain management da
Quest International. A assinatura do contrato, anunciada em novembro, faz parte da estratégia da empresa de aromas e ingredientes
em agilizar o processo de transporte e, por
conseqüência, o atendimento aos clientes.
A Panalpina administrará o fluxo de
embarque e desembarque de mercadorias
em toda a cadeia de suprimentos, desde a
coleta no fornecedor internacional até a
entrega na unidade da Quest, em Vinhedo,
BRASIL ALIMENTOS - nº 17 - Novembro/Dezembro de 2002
FORNECEDORES
Com a contratação da Panalpina a Quest quer agilizar o processo de transporte
interior de São Paulo. “Esta é uma estratégia local que está alinhada cm as demais
ações já implementadas na área logística
e também com as diretrizes globais para o
supply chain da empr esa”, destaca
Anderson Dornelas, diretor de operações
da Quest para a América Latina.
De acordo com a Quest, além de permitir
um rápido fluxo das informações e um acompanhamento mais próximo de todo o processo logístico, o acordo contribui para o aumento da precisão no atendimento dos pedidos e traz uma redução de 10% nos custos
da companhia. “A terceirização permitirá à
companhia concentrar tempo e recursos para
aprimorar e buscar inovações para atender
os clientes, no tempo hábil que estes requerem”, explica o diretor de operações.
EVENTOS
Feira alemã
de tecnologia
de alimentos
A tecnologia alimentar orientada ao processo será o centro das atenções da terceira edição do maior evento internacional do segmento, a Anuga FoodTec. A feira, que acontecerá de 8 a 11 de abril de
2003 em Colônia (Alemanha), deverá contar com mais de 1 mil expositores de cerca
de 40 países, entre os quais o Brasil. Ape-
BRASIL ALIMENTOS - nº 17 - Novembro/Dezembro de 2002
sar do mercado latino-americano comprar
cerca de US$ 1,3 bilhão em máquinas de
processamento de gêneros alimentícios, o
desenvolvimento de tecnologias e equipamentos para este setor não é o forte da
região. Um dos maiores mercados regionais para máquinas de industrialização de
alimentos é o da Europa Ocidental, com US$
3,7 bilhões. Além dos maiores fabricantes
de equipamentos para área alimentar da Alemanha, estarão presentes grupos da Finlândia, Estados Unidos, Holanda e, pela primeira vez, da Dinamarca e Taiwan.
Mesmo assim, o Brasil será representado
durante a Anuga FoodTec pela Embramaq,
empresa que desenvolve linhas completas
para a área de cereais, entre os quais
extrusoras, secadoras e empacotadoras.
Se por um lado o Brasil oferece poucas
tecnologias nacionais para a indústria alimentícia, por outro, ele é um dos principais produtores mundiais em itens para
agricultura, como laranja, açúcar, café e
soja. Este é um dos motivos que tem levado empresários brasileiros a visitar Colônia durante a Anuga FoodTec. Somente
como comparativo para a região, na última edição da feira, em 2000, estiveram
presentes 170 brasileiros no evento, contra
113 da Argentina, 136 do México e 96 do
Chile. “O intervalo de três anos de um evento
para outro refere-se ao ritmo de inovação
médio da indústria de máquinas e sistemas
para a indústria alimentícia”, explica
Wolfgang Kranz, diretor da KölnMesse, uma
das organizadoras da feira alemã.
A outra responsável pelo evento é a
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FORNECEDORES
Sociedade Alemã de Agricultura, que aposta
na Anuga FoodTec 2003 como fornecedora
de soluções técnicas que permitam mais
economia de energia e melhor preservação
do meio ambiente. De acordo com Andreas
Bertran, diretor da associação alemã, também fazem parte da lista de tendências
tecnológicas as áreas de refrigeração, com
os mais recentes desenvolvimento de congelamento criogênico; reciclagem de embalagem; automação; embalagens flexíveis;
segurança alimentar; e técnicas ambientais.
Promovendo um panorama abrangente de
matérias-primas e perspectiva orientada por
processos, a Anuga FoodTec abrangerá todas
as áreas da indústria de alimentos, entre as
quais a produção de laticínios; a indústria de
carnes, aves, peixes, iguarias, sopas, molhos,
conservas, óleo, gordura e margarina, sorvetes, doces, chocolate em pó, café, chá, farináceos, massas; a industrialização de frutas e legumes, a fabricação de sucos, bebidas alcoólicas e sem álcool, comida pronta
e para bebês, bem como alimentos congelados, cereais e condimentos.
Haverá ainda, nos três dias de exposição, fóruns e eventos paralelos, que visam
divulgar temas que envolvam alimentos,
entre os quais segurança, automatização e
produção eficiente. Os fóruns da DLG-FoodTec serão realizados pela Sociedade Agrícola Alemã, em parceria com renomadas instituições científicas, organizações, empresas e revistas especializadas. Ao mesmo tempo acontecerá a 43a Semana Internacional
do Suco de Fruta, as conferências do Instituto de Produtos Alimentícios, um Simpósio
sobre Confeitaria e uma reunião de cooperação Al-Invest da Sociedade IHK para empresas latino-americanas e européias.
EMBALAGENS
Sinimplast amplia
linha de frascos
para o Toddy
A Sinimplast, fabricante de embalagens
plásticas sopradas, investiu R$ 1,5 milhão
em novos equipamentos para atender à nova
demanda de frascos do achocolatado Toddy,
da Quacker. O investimento inclui a aquisição de novos moldes e de duas novas máqui32
Os investimentos da Sinimplast, em
2002, não referem-se somente à Quacker.
A empresa aplicou mais R$ 8 milhões em
duas novas filiais, uma no Rio de Janeiro
(RJ) e outra em Abreu de Lima (PE). Para
2003, a empresa, que conta com cerca de
1 mil funcionários, deverá investir internacionalmente. Os planos incluem uma filial no México e outra em Buenos Aires
(Argentina). De acordo com a empresa, a
expectativa é crescer de 15% a 20% em
2003, com a abertura de novos mercados.
LOGÍSTICA
Investimento foi de R$ 1,5 milhão
nas Bekum modelo BM 602, as quais estão
em operação desde setembro. Os moldes têm
os três tamanhos de frascos do achocolatado,
nas versões de 200 g, 400 g e 800 g.
A parceria entre Sinimplast e Quacker cresce a cada ano. Em 1999, a empresa de alimentos contava com quatro fornecedores dos
frascos de Toddy. No início do ano seguinte
eram apenas dois, passando para a exclusividade da Sinimplast em setembro de 2000.
No ano passado, a companhia de embalagens ampliou em 83% o fornecimento para a
Quacker. Neste ano, a empresa apresentou
um aumento da ordem de 20% na produção.
A exclusividade no fornecimento de frascos para a marca Toddy se iniciou com um
trabalho conjunto entre ambas as empresas,
que estudavam a possibilidade de reduzir o
custo do produto, que era relativamente mais
alto em relação ao concorrente direto. Com
uma nova solução tecnológica, os frascos
passaram por duas fases de alterações de
processo e peso. A embalagem do Toddy 200
gramas sofreu uma redução de 17% no peso;
a de 400 g, de 21% e a maior versão uma
redução de 29% no peso. O processo de produção também foi alterado, resultando numa
redução de 10% no ciclo completo. O resultado do trabalho em conjunto rendeu à
Quacker um ganho de 25% no peso das embalagens em todos os tamanhos e à
Sinimplast o fornecimento exclusivo. Novas
alterações técnicas, este ano, nos potes de
400 g e 800 g permitiram novas reduções,
de 9% e 10%, respectivamente.
McLane renova
contrato com
Kraft Foods
A empresa de logística McLane do Brasil renovou, por mais dois anos, o contrato
que mantém com a Kraft Foods do Brasil.
O novo contrato passa incluir uma nova
quota de produtos atendidos pelos serviços logísticos. Até 2004, a McLane, que
conta com quatro centros de distribuição
— Barueri e Perus (SP), Curitiba (PR) e
Canoas (RS) — continuará prestando serviços de armazenagem em multi-temperatura para distribuição dos chocolates e ovos
de páscoa Lacta, dos refrescos em pó Tang,
Fresh e Clight, e estendendo o atendimento para as linhas de biscoitos Nabisco, sobremesas Royal, para a marca Iracema e
para os sucos Maguary. O contrato com a
Kraft está em vigor desde 1998.
A McLane, que encerrará 2002 com receita de R$ 74 milhões, é um provedor e
integrador de soluções logísticas. Além da
Kraft, a companhia atende a diversas empresas, entre as quais Unilever Bestfoods,
Master Foods, Bauducco e Gillete.
No ano que vem, a empresa, que fatura
US$ 20 bilhões por ano em todo o mundo,
aposta num crescimento de 15%. A meta
traçada envolve a inclusão de outros segmentos de produtos. Com a inclusão do braço
de transporte, a previsão da McLane é ter,
em 2003, uma receita em torno de R$ 100
milhões. A companhia tem no Brasil uma
empresa de transporte rodoviário de carga,
com frota de 29 carretas, que fechará o ano
com receita de R$ 15 milhões.
BRASIL ALIMENTOS - nº 17 - Novembro/Dezembro de 2002
FORNECEDORES
SERVIÇOS
IBM implanta
plataforma CRM
no Pão de Açúcar
A área de Business Innovation Services
(BIS), da divisão de serviços da IBM Brasil, concluiu, recentemente, a implementação da plataforma de Customer
Relationship Management (CRM) no grupo
Pão de Açúcar. A plataforma unirá todo o
serviço de call center e contact center do
grupo de supermercados.
O projeto, desenvolvido em plataforma
Peoplesoft 8, envolveu 500 posições da
central de atendimento (PAs) da companhia. Numa primeira fase, foram instaladas 105 PAs e outras 395 posteriormente,
passando a atender, além de clientes, a
diversas áreas da organização e cerca de 6
mil fornecedores.
A integração do relacionamento com o
consumidor, realizada via telefone e
internet, por meio de uma única ferramenta, visou padronizar os processos, independente do canal de entrada da solicitação
pelo cliente/fornecedor. Além da instalação do CRM, o grupo Pão de Açúcar, que já
busca uma padronização na sua plataforma UNIX, adquiriu o recém-lançado servidor pSeries 690 - Regatta, levando a empresa a realizar migração e estabilização
da solução CRM nesta plataforma. Segundo a IBM, este é o primeiro Regatta instalado no varejo na América Latina.
COMPRESSORES
Embraco lança
linha com baixo
nível de ruído
A fabricante de compressores herméticos Embraco iniciará, a partir de 2003, a
fabricação de novos compressores da linha
NJ, com baixo nível de ruído. De acordo
com a empresa, o conceito desta catego-
Compressor VCC da série Racional fabricado pela Embraco
ria de produto — monocilindro, alta taxa
de fluxo (até 400 W em aplicação MBP) e
alto torque de partida — exigiu um grande empenho do departamento de pesquisa
e desenvolvimento da empresa para a
implementação de uma solução mais silenciosa. O resultado inclui desde uma nova
carcaça, destinada a otimizar a rigidez e
reduzir a emissão de ruído, até a implementação de um novo sistema de sucção e
descarga, para reduzir ruído e pulsação.
Há ainda uma nova suspensão, que diminui a transmissão de vibração.
Outra novidade da Embraco é para a linha NEK de alta eficiência. Segundo a
empresa o modelo tem uma eficiência 20%
maior em relação ao anterior, sendo aplicada em refrigerantes R134A e R404A.
Os lançamentos aconteceram durante a
IKK 2002 - Feira Internacional de Refrigeração, Ar Condicionado e Ventilação, ocorrida em outubro, em Nuremberg, Alemanha. Além deste produtos, a empresa apresentou uma nova caixa de acessórios elétricos para aplicação comercial, a CSR Box.
Trata-se de um conjunto de componentes
elétricos (capacitores e relés) destinados
à instalação de compressores. A caixa foi
redesenhada para garantir maior facilidade e segurança no processo de instalação.
Com capacidade produtiva superior a 23
milhões de compressores por ano, a empresa comercializa 12 diferentes “famílias” de
produtos e centenas de modelos adaptados
a diferentes mercados, em 80 países. Em
2001, as vendas líquidas consolidadas da
Embraco somaram US$ 646 milhões, 16,1%
superior ao desempenho de 2000.
BRASIL ALIMENTOS - nº 17 - Novembro/Dezembro de 2002
EMBALAGENS
Dixie Toga e Sadia
se associam
na Insit
Insit é o nome da nova empresa formada pela Dixie Toga e pela Sadia, para a
fabricação de 500 toneladas de embalagens para margarina por mês. A unidade,
que demandou investimento de R$ 35 milhões, está instalada dentro da fábrica da
empresa de alimentos em Paranaguá (PR).
No local, a Sadia produz 10 mil toneladas
de diversos produtos por mês.
Na nova empresa, a Sadia ficou responsável por ceder o terreno e pela construção do
edifício, num total de 6,8 mil metros quadrados. Já a Dixie Toga fez os investimentos
necessários para a implantação da fábrica.
As embalagens são feitas a partir de tecnologia de injeção de potes de parede fina. O
sistema, usado em outros países, permite embalagens de medidas e espessuras de paredes mais resistentes. O uso da tecnologia não
será exclusivo dos produtos Sadia. Apesar de
ser uma unidade “in house”, a Insit também
produzirá para outras empresas.
Com 160 funcionários, a Insit está enquadrada no programa de incentivos fiscais do
governo do Paraná, o Prodepar. O programa
permite adiar o início de recolhimento de ICMS
por 48 meses. A empresa deve reaplicar os
recursos do ICMS na própria atividade.
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