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Comunicado de Imprensa
Exposição PAISAGENS INTERIORES,
de Filipe Branquinho
Inaugura a 24 de novembro, terça-feira, no Centro Cultural Português, às 18 horas, a
exposição individual de fotografia “Paisagens Interiores”, de Filipe Branquinho.
Narrar a cidade onde nasceu, vive e trabalha, conhecer as suas histórias no cruzar dos
tempos, aqueles que a percorre(ra)m e a habita(ra)m, aqueles que a construíram e
constroem, está na génese do projeto fotográfico desenvolvido entre 2011 e 2015 pelo
fotógrafo moçambicano Filipe Branquinho.
Afastando-se de um registo documental convencional ou de uma busca em fixar
edifícios icónicos da cidade, Branquinho apresenta uma série de 24 fotografias ao
longo da qual nos propõe uma viagem por espaços públicos e semipúblicos da cidade,
geralmente interiores de edifícios, saturados de vestígios e passagens, de histórias e
indícios, de uma oscilação permanente entre presente e passado que prende o olhar.
Cinemas, rádio, associações, arquivos, escolas, piscinas são revisitados sem nostalgia
pelo olhar perscrutador, apaixonado e depurado do fotógrafo.
Com “Paisagens Interiores” Filipe Branquinho propõe um debate sobre Maputo
enquanto cidade africana pós-colonial. Uma cidade que se constrói diariamente, na
busca de respostas a aspirações a uma modernidade de contornos difusos. É um
registo intersticial da memória presente que abre o debate sobre o futuro.
Ao longo deste ano, “Paisagens Interiores” foi já objeto de reconhecimento
internacional quando, em abril deste ano, Filipe Branquinho venceu o Prémio
Internacional para Fotografia Contemporânea Africana Popcap’15. A série volta a ter
destaque internacional com a seleção de um conjunto de fotografias para a exposição
principal – “Telling Time” - da 10.ª Bienal Africana Encontros de Fotografia de Bamako,
que decorre até 31 de Dezembro na capital do Mali.
“Paisagens Interiores” de Filipe Branquinho estará patente em Maputo até ao dia 15
de janeiro de 2016. Depois seguirá para Lisboa e, numa coprodução com a Câmara
Municipal de Lisboa – EGEAC, estará patente na Galeria da Avenida das Índias, entre 24
março e 5 de junho de 2016.
Centro Cultural Português
Av. Julius Nyerere 720 – Maputo
Facebook: Centro Cultural Português - Maputo
Horário da Galeria: de Segunda a Sexta, das 10 às 18 horas
Filipe Branquinho nasceu em Maputo, Moçambique, em 1977, onde vive e trabalha.
Tendo crescido durante a guerra civil, num ambiente intimamente ligado ao mundo do
jornalismo e das artes, tornou-se particularmente envolvido no campo da fotografia
através do contacto com alguns dos maiores nomes da fotografia moçambicana, como
Ricardo Rangel, Kok Nam e José Cabral. Fotógrafo autodidata, estudou arquitetura na
Universidade Eduardo Mondlane em Maputo e na Universidade Estadual de Londrina,
no Brasil. Na sua prática aborda questões do foro social, debruçando-se sobre a
realidade moçambicana, especialmente os modos de vida da população, as mitologias e
as dinâmicas urbanas. Explora temas como a diferença de classe, cultura, política,
memória coletiva ou o trabalho. O estilo de Branquinho combina a sua filiação
arquitetónica e a familiaridade com a “escola” de fotografia moçambicana, fundindo
géneros como o retrato e a paisagem. Os retratos “ambientais”, cujos modelos,
normalmente tipificados em grupos, posam para o fotógrafo nos seus lares ou
ambientes laborais, são uma marca forte do seu trabalho: ao mesmo tempo que são
retratos individuais, as imagens documentam uma sociedade em mudança, fazem um
levantamento ou um inventário das cidades e da arquitetura, sugerem histórias
pessoais, documentam e traçam um mapa de uma África contemporânea, negando
qualquer demanda pelo exotismo.
É autor das seguintes séries fotográficas: Ocupações (2011-2014); Showtime (2012-2013);
Chapa 100 (2013); Vila Algarve (2013 – projeto em curso); Ungulani (2014); Gurué (2014 –
projeto em curso); Paisagens Interiores (2011-2015).
PAISAGENS INTERIORES é uma coprodução do Centro Cultural Português em Maputo / Embaixada de
Portugal e a Câmara Municipal de Lisboa – EGEAC. O projeto conta com o apoio do Mozabanco, Betar,
Faculdade de Arquitetura da Universidade Eduardo Mondlane, José Forjaz Arquitetos, Kioske Digital,
Promar, Soperfis, Parallelo e Anima.

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