O Golf contra o câncer

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O Golf contra o câncer
Editorial
Dez motivos para falar de golfe
Ano 2 - nº 10
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Belas paisagens, higiene mental, companheirismo, desenvolvimento
de raciocínio, competitividade, exercício do poder de decisão, ambientes
agradáveis, cavalheirismo, reuniões entre velhos amigos e surgimento
de novos amigos. Sem pensar muito, em uma rápida lembrança, essas
foram as dez características do golfe que me vieram à mente. Mas claro
que essa lista não pára por aqui. As razões que nos levaram a falar desse
esporte tão apaixonante e que acabaram alavancando o lançamento da
Revista New Golf também são incontáveis. Chegamos à nossa 10ª edição
com a sensação que estamos nos consolidando, mas ao mesmo tempo
em que ainda temos muito por fazer pelo mercado editorial do golfe brasileiro. Motivos para seguirmos em frente não faltam e argumentos que
nos inspiram brotam a cada instante.
Nesta edição especial apresentamos ao nosso leitor 88 páginas de
muita informação, com entrevistas especiais, eventos marcantes, opiniões, humor e dicas do esporte. A reportagem de capa é sobre a 4ª edição
do Aberto do Damha Golf Club, eleito recentemente como o melhor torneio amador do Brasil. Quem esteve no evento entendeu o porquê. A Febragolfe também é assunto da New Golf 10. Pelo terceiro ano consecutivo,
a feira organizada pela Barrichello Sports movimentou o mercado do golfe, neste ano com inúmeras novidades aos visitantes. Destaque também
para a entrevista com Adilson da Silva, que mora e joga na África do Sul
há quase 20 anos. Ele conta a sua história desde quando era caddie em
Santa Cruz do Sul (RS), até chegar à condição de principal golfista profissional do Brasil na atualidade.
Claro que os diversos torneios pelo País e pelo mundo também ganharam espaço em nossas páginas, como o Mundial Amador da Argentina, a FedEx Cup, muitos eventos beneficentes, o Brasileiro de Duplas,
o Aberto do Guarapiranga, entre outros. De nossa co-irmã de Portugal,
vem uma matéria especial sobre a sueca Annika Sörenstam, uma das
melhores golfistas de todos os tempos. Nossas colunas de preparação
física, fisioterapia, Tacada Cidadã, Golfe Nota 10, além da opinião e do
humor de Marco Antonio Rodrigues também ajudam a abrilhantar mais
essa Revista New Golf.
Ótima leitura e muitas razões para falar de golfe!
Zeca Rodriguez
3
S
umário
10 | Entrevista
18 | Febragolfe 2010
24 | Aberto do Damha
30 | Brasileiro de Duplas
38 | Invitational Golf Cup
42 | Torneio Casa da Paz
Mundial Amador
Franceses conquistam grande
vitória e fazem a festa na
Argentina. Entre as mulheres o
domínio foi da Coreia do Sul
pág 14
Torneios nacionais
Aberto do Guarapiranga,
Brasileiro de Duplas, Aberto
do VistaVerde, Casa da Paz,
Invitational Golf Cup, entre
muitos outros
pág 24
Lendas do golfe
50 | Por trás dos campos
New Golf de Portugal traz
reportagem sobre a sueca
Annika Sörenstam, um dos
maiores expoentes da história
do golfe feminino
56 | TV New Golf
58 | FedEx Cup
62 | I Copa Embrase
66 | Preparação física
70 | Fisioterapia
72 | Técnica
76 | Equipamentos
82 | Buraco 19
4
pág 52
Apoio
coluna do amador
Facilitando encontros
empresariais
por Humberto Monte Neto *
A cada mês surgem novas oportunidades para
conhecer este esporte fantástico. Neste ano tenho participado de vários fóruns empresariais,
reunindo funcionários e executivos de grandes
empresas brasileiras. São reuniões com uma média de 500 empresas participantes, basicamente
tendo como objetivo criar mecanismos de relacionamentos, proporcionando contatos duradouros na busca da efetiva realização de negócios.
Os encontros, normalmente realizados em
locais altamente descontraídos, em resorts com
campo de golfe, praias, passeios, são formatados
para que, durante alguns dias, todos possam interagir ao máximo em atividades de trabalho e
esportivas. O golfe entra definitivamente no programa após as atividades de trabalho. Os modernos simuladores são montados para entretenimento dentro das estruturas dos resorts no final
do dia. Inicia-se neste momento a oportunidade
para que os participantes conheçam o esporte.
Alguns executivos, curiosamente terão o primeiro contato com o golfe. Após algumas tacadas no
simulador, surgem depoimentos diversos como:
“pensei que fosse mais fácil”, “acho que é um bom
exercício” ou “já estou suando”. Também têm
aqueles que acertam na primeira e dizem: “vou
começar a jogar”.
A introdução do golfe nestes encontros é mais
do que um entretenimento, pois na prática deste
esporte, você joga contra você e contra os desafios do campo. Entra em jogo também a estratégia, o equilíbrio, a honestidade, a ética, a perseverança, o poder de tomada de decisão e muitas
outras atitudes.
Os fóruns são montados com palestras, reuniões, finalizando com uma clínica de golfe para
iniciantes. Instrutores profissionais preparam aulas práticas no drive range e torneios no putting
green. Após essas atividades, são formados grupos de jogadores que entram pela primeira vez
em um campo de golfe. Meus amigos, a paixão
destes iniciantes é contagiante! O formato do jogo
é bem simples e tem como objetivo mostrar como
é fácil se iniciar no golfe. Os grupos são formados
por um jogador com handicap, denominado “capitão”, e mais quatro ou cinco iniciantes.
E como funciona este tipo de competição com
iniciantes? Tive o privilégio de comandar uma
das equipes. Todos davam as suas tacadas, aproveitávamos a melhor bola e quando entrávamos
no green, somente os iniciantes que jogavam. Durante o percurso, passávamos informações sobre
regras, etiqueta e curiosidades de uma partida.
Quando terminávamos um buraco e conseguíamos nosso objetivo, a alegria se estampava no
rosto de cada um.
Tenho a plena convicção que a maioria dos
executivos destas empresas continuará investindo neste esporte, pois enxergam soluções para
a melhora na gestão da saúde, relacionamento,
qualidade de vida, produtividade e satisfação no
desempenho de seu trabalho.
Parabéns a todas as instituições que realizam
fóruns empresariais, pois é assim que estimularemos o desenvolvimento e o crescimento deste
esporte em nosso País.
Até breve! Espero vocês nos próximos eventos
pelo Brasil.
* Humberto Monte Neto
Executivo de Marketing
Golfista - Hcap Index 16,7
e-mail: [email protected]
8
entrevista
Adilson: um gaúcho
de Durban
Ele chega aos 39 anos de idade tendo vivido metade
sonhando em Santa Cruz do Sul, no Brasil, e a outra
metade correndo atrás do sonho na África. O instrumento
responsável por dividir esses dois períodos foi o golfe e os
contornos que moldaram essa história de resiliência são
caprichosos, mas muito inspiradores
Por Zeca Rodriguez
Fotos: Luke Walker / Divulgação
10
L
á para meados da década de 80, um jovem
gaúcho chamado Adilson descobriu um meio
de juntar um dinheirinho carregando bolsa de tacos
para os jogadores de golfe. Aquele esporte, até então bem distante de sua realidade, começou a
atraí-lo de forma diferente. Ele
decidiu até arriscar os primeiros swings, ainda desajeitados,
até porque uns eram feitos com
galhos de árvores, outros com
pedaços de madeira imitando
tacos, mas a verdade é que aos
poucos o golfe estava tomando
conta de sua vida. Passou a bater
sua bolinha e seguia trabalhando como caddie para vários jogadores, entre eles, eis que aparece
um senhor africano, empresário
do ramo do tabaco, que vinha
com frequência comprar mercadoria em Santa Cruz do Sul, um
dos maiores pólos da indústria
do fumo do Brasil. Criou-se uma
relação de amizade entre os dois
até que um belo dia surge a proposta para Adilson largar tudo,
viajar para o Zimbábue e começar a jogar golfe. Mesmo com
extremas dificuldades com a língua e levando uma habilidade no
esporte cultivada praticamente
apenas por ser autodidata, a resposta foi sim. E é por lá que ele
está até hoje, atualmente como
golfista brasileiro de melhor
ranking no mundo, ocupando a
487ª posição. Nesta entrevista
concedida diretamente de Durban à New Golf, Adilson da Silva conta sua história, que deixa
como grande mensagem a coragem de arriscar sendo compensada com o sucesso.
Conte como e onde você
começou a se envolver com o
golfe?
Meu irmão tinha descoberto
um lugar em que se praticava
esse estranho jogo que não era
o futebol. Ele costumava ir para
lá depois da escola para carregar
umas bolsas com alguns tacos
dentro. Com isso ele fazia um
dinheirinho bom, então quando
eu tinha 14 anos comecei a ir lá
também. Quando vi o pessoal
jogando, achei o esporte muito
interessante. Depois de algum
tempo, comecei a tentar alguns
swings e adorei. Naqueles tempos, infelizmente não tinha
como conseguir nem mesmo
um taco para jogar no campo.
Costumávamos cortar um galho
de árvore ou tentar fazer o taco
com algum pedaço de madeira.
Cheguei até a ter algumas aulas
no próprio clube, o Santa Cruz
Country Club.
E como surgiu a oportunidade de você sair do Brasil?
Alguns anos depois, passei a
trabalhar como caddie com frequência para um senhor do Zimbábue, Andy Edmondson, empresário do ramo do tabaco, que
sempre ia para Santa Cruz do
Sul para comprar fumo e jogava
golfe por lá. Depois de algumas
temporadas, o Andy me deu um
emprego como office boy na sua
empresa. Ficamos muito amigos
e no ano seguinte ele me perguntou se eu gostaria de largar tudo
no Brasil e tentar só jogar golfe no Zimbábue. Topei na hora.
Era uma chance incrível. Meus
pais me perguntaram se era
isso mesmo que eu queria, mas
sempre me apoiaram em tudo.
No ano seguinte, em 1990, parti
para a África.
E como foram os primeiros
anos por lá?
Meu inglês não era bom e o
Andy viajava muito, então os
dois primeiros anos foram muito
difíceis, mas eu estudava todos
os dias em casa e ia decorando
11
Me tornei profissional em
1994 e jogo no Sunshine Tour
desde 1995. Nos últimos anos joguei na categoria 14 no European
Tour. Eles subdividem o circuito
em diversos níveis para determinar os torneios que cada golfista
poderá jogar. Mas é difícil viajar para as competições, muito
também porque eles não avisam
com uma boa antecedência, o
que dificulta a programação.
Quais foram seus grandes
momentos atuando no circuito sul-africano e nos torneios
pelo mundo?
nomes de objetos para começar
a criar as primeiras frases. Foi
um pesadelo. Depois passei a ter
aulas de golfe com o Tim Price,
irmão de Nick Price, em Harare.
Foi muito difícil no começo, principalmente por causa da língua.
Não conseguia entender muito
bem o que ele me explicava e isso
foi piorando o meu jogo. Antes de
chegar lá, já estava jogando handicap 2, mas depois caí muito de
produção. O pior é que não podia
nem explicar o meu problema
para ninguém porque não sabia
inglês. Com o passar do tempo,
fui me adaptando aos poucos e as
coisas foram melhorando.
Quais foram seus primeiros
torneios?
Foram alguns ainda na categoria junior em Harare. Fui bem,
mas o melhor foi que tive a oportunidade de conhecer muitos
outros jogadores mais ou menos
da minha faixa etária. Comecei a
jogar com mais frequência e isso
foi bom também para melhorar a
minha comunicação e a familiarização com a língua.
Desde quando joga no
Sunshine Tour? Já jogou em
outros circuitos?
12
Nos últimos quatro anos
consegui vitórias importantes,
entre elas o Zambia Open, SAA
Invitational Prince’s Grant Golf
Estate, Origins of Golf, Suncoast
Classic, Nashua Wild Coast e
Leopard Rock Classic. Também
tive alguns segundos lugares,
tendo perdido alguns títulos em
playoffs. Na última oportunidade, foi contra Louis Oosthuizen,
atual campeão do The Open
Championship. Consegui ainda
diversas colocações entre os dez
primeiros e o recorde de passagens de corte no Sunshine Tour,
com 42 torneios consecutivos. Joguei duas vezes no British Open,
participei do Torneio do Nelson
Mandela e do Gary Player e também do Invitational do Ernie Els,
todos só por convite, então esses
foram momentos muitos especiais para mim.
Como é hoje a sua vida por
aí?
Felizmente tive muita sorte.
Tenho uma vida ótima aqui na
África do Sul. Atualmente moramos dentro de um campo de
golfe, no Umhlali Golf Estate &
Country Club. Sou casado com
Althea. Ela é da Inglaterra e tem
um restaurante aqui, mas me
ajuda bastante com organização
e outros planos que tenho que fazer para viajar para torneios, entre outras programações. Ainda
não temos filhos. Talvez tenhamos um pouco mais para frente.
Fale um pouco de sua rotina. Como é seu dia-a-dia?
Treino aqui mesmo, no campo que moramos. Caminho pela
manhã para o local das práticas
e treino por quatro horas. Depois
do almoço volto para lá e treino
mais duas ou três horas. No final
da tarde faço musculação na minha casa por uma hora e meia.
Apesar de tanto tempo fora,
você ainda consegue guardar
uma identificação com seu
País? Como é sua relação com
o Brasil hoje?
Sempre que posso, falo por
telefone com meus pais. Gosto
muito de saber tudo o que está
se passando por aí. Gostaria de
poder visitar minha família mais
vezes, mas infelizmente não é tão
simples. Amo o Brasil, sinto muita falta daí e de todas as pessoas que deixei. Os brasileiros são
muito mais carinhosos e alegres.
Você sente que mais golfistas fazendo sucesso fora
do País seja o caminho para
o golfe brasileiro crescer e ser
mais reconhecido?
Sem dúvida. Gostaria de ver
cada vez mais golfistas brasileiros no exterior. Definitivamente
isso iria ajudar muito o desenvolvimento do esporte. Também
faço um pedido para que a PGA
do Brasil me comunique mais
sobre as coisas do golfe por aí
porque acabo ficando por fora do
que se passa. Preciso saber dos
torneios que acontecem. Talvez
eu pudesse jogar alguns. Gostaria muito de representar o Brasil
a qualquer momento. Acho que
já acumulei muita experiência
no esporte por aqui e poderia colocar isso a serviço do golfe brasileiro, mas queria que eu fosse
mais inteirado a respeito.
O que você achou do retorno do golfe aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, em 2016?
Foi uma notícia incrível e
me sinto muito orgulhoso. Ótimo para o Brasil, além da Copa
do Mundo em 2014 também.
Sempre digo a todos por aqui o
quanto o Brasil é lindo, festivo e
receptivo. A maioria dessas pessoas já está fazendo planos para
ver esses eventos de perto. Para
o golfe brasileiro vai significar
uma grande chance de evolução.
Perfil
Nome: Adilson José da Silva
Data de nascimento: 24 / 01 / 1972
Onde nasceu: Santa Cruz do Sul - RS / Brasil
Onde vive: Durban / África do Sul
Signo: Aquário
Ídolos: Minha mãe
Filme: Coração Valente
Livro: Mind Power - A força da mente
Comida: Churrasco
Ator: Mel Gibson
Atriz: Cameron Diaz
Hoje você seria um dos candidatos a representar o Brasil
no Rio. Você pensa nisso? É
um de seus objetivos?
Teria um orgulho enorme em
poder representar o Brasil na
Olimpíada. Creio que seja uma
das coisas mais emocionantes e
marcantes na carreira de qualquer atleta poder defender as
cores de seu País. Espero muito
poder estar no time até lá. Com
certeza seria uma das melhores
lembranças da minha vida.
Suas melhores qualidades: Paciência, honestidade
Estilo musical: Todos dos anos 80 e 90
Banda / cantor (a): Elton John
Hobby: Pescar
Perfume: Alfred Dunhill
Viagem inesquecível: Lua de mel em Florianópolis
Lugar que gostaria de conhecer: Estados Unidos
Sonho: Continuar sendo feliz
13
torneios internacionais
Johann Lopez-Lazaro, Alexander Levy e Romain Wattel (FRA)
Festa de franceses e
Mundial Amador
coreanas na Argentina
Jong-IL Kim, Hyun-Soo Kim, Jung-Eun Han e Ji-Hee Kim
14
Vitória expressiva da França em competição
masculina reduzida por causa do mau tempo marca o
Campeonato Mundial Amador, que teve ainda o show
da Coreia do Sul na disputa feminina. Dois clubes nos
arredores de Buenos Aires foram os palcos do evento
Por Zeca Rodriguez
Fotos: USGA - John Mummert / Divulgação
D
urante as duas últimas semanas de
outubro, os melhores golfistas amadores do mundo
desfilaram no Buenos Aires Golf
Club e Olivos Golf Club, clubes
localizados nas imediações da
capital argentina. O Campeonato
Mundial Amador 2010 consagrou
franceses e coreanas, que conquistaram os títulos com propriedade, liderando as disputas
do começo ao fim.
Chamada de Eisenhower
Trophy, a competição masculina
foi realizada no segundo final de
semana, de 28 a 31 de outubro,
mas teve sua disputa reduzida
para 54 buracos em função do
mau tempo que atingiu a re-
❙❙
O dinamarquês Joachim Hansen
gião de Buenos Aires durante os
quatro dias. Com os atrasos de
sexta-feira, a segunda rodada só
pôde ser concluída no sábado.
Com isso, os 17 primeiros países
na classificação parcial só começaram a terceira e última rodada
no domingo.
Com o time formado por
Johann Lopez-Lazaro, Alexander
Levy e Romain Wattel, a França conquistou o título colocando quatro tacadas à frente da
vice-campeã Dinamarca, representada por Joachim Hansen,
primeiro colocado no individual
com 209 tacadas, além de Lucas
Justra Bjerregaard e Morten
Oerum Madsen. Apesar das tacadas de vantagem na classificação
final e da liderança de ponta a
ponta, os franceses tiveram bastante trabalho com a equipe da
Dinamarca, que vendeu o título
muito caro. Ao final da segunda
rodada, a diferença era só de uma
tacada e a disputa esteve acirrada
até o buraco 17 do último dia.
Os franceses fecharam as três
rodadas com 423 tacadas, contra
427 dos dinamarqueses e 428 dos
norte-americanos, que chegaram
como favoritos, mas ficaram com
o terceiro lugar na classificação
final. Radiante após a conquista, o campeão amador francês
de 2009, Alexander Levy, comemorou muito. “É inacreditável,
fantástico, um momento único”,
vibrou o golfista, que jogou 68,
❙❙
Alexander Levy foi o destaque da França
72 e 72 e foi o único da equipe a
ter seu resultado contabilizado
nos três dias de disputa, fechando como melhor da equipe, com
212 tacadas, em segundo lugar
individual, uma posição à frente
de Romain Wattel, que ficou com
213 tacadas e ajudou sua equipe
a chegar ao título. “É sensacional
para nosso país, para nossa Federação e para todos os golfistas
franceses. Foi uma grande semana”, comentou Wattel.
15
❙❙
Jung-Eun Han: campeã por equipes e primeira no individual
A força asiática
Foi uma vitória incontestável. O time coreano formado
por Jung-Eun Han, Ji-Hee Kim e
Hyun-Soo Kim não só conquistou o título do Espirito Santo
Trophy, como também bateu o
recorde de tacadas abaixo do par
do Campeonato Mundial Amador. Para não deixar dúvida, elas
também ocuparam as três primeiras colocações na classificação individual. A competição
❙❙
Jessica Korda, dos Estados Unidos
16
feminina abriu a programação
na primeira semana do evento,
de 20 a 23 de outubro, no Buenos
Aires Golf Club e no Olivos Golf
Club, na Argentina.
A Coreia do Sul terminou os
quatro dias com 546 tacadas,
superando com sobras a marca de 558 anotada pelos Estados
Unidos em 1998, que era a mais
baixa até 2010. Com o resultado,
as asiáticas fecharam com simplesmente 30 tacadas abaixo do
par, ficando 17 à frente das vicecampeãs norte-americanas, que
somaram 563. Foi o segundo título da Coreia do Sul na história
da competição. Antes, o país só
havia vencido em 1996, nas Filipinas. “Tentava não olhar para
o placar. Só me dei conta da vitória no último buraco”, comentou Hyun-Soo Kim. Jogando 72,
65, 68 e 70, Jung-Eun Han teve o
melhor desempenho no individual fechando com 275 tacadas.
“Os coreanos que vivem aqui nos
apoiaram bastante. Senti pressão porque queria muito ganhar
esse título com a minha equipe”,
disse Han, de apenas 17 anos.
Jessica
Korda,
Cydney
Clanton e Danielle Kang formaram o time dos Estados Unidos
que terminou na segunda posição, conquistando a 19ª medalha
do País em Mundiais. Empatadas
em terceiro lugar com 572 tacadas ficaram França, África do
Sul e Suécia. A disputa feminina
teve o recorde de equipes participantes, com 53 países, batendo
a marca de 48 times dos Mundiais de Porto Rico, em 2004, e da
Austrália, em 2008.
Organizado pela Federação
Internacional de Golfe, o Mundial Amador é uma competição
que acontece de dois em dois
anos, com sedes intercaladas em
países de três regiões do mundo, divididas em Ásia-Pacífico,
Américas e Europa-África. As
próximas edições estão marcadas para a Turquia (2012) e Japão
(2014).
O Brasil em campo
O time composto pelos paulistas Rafael Becker e Guilherme
Oda e pelo paranaense Daniel
Stapff encerrou a disputa masculina do Mundial Amador em-
❙❙
Rafael Becker
mais participações na história
da competição. A capitã do time
foi Vicky Whyte, vice-presidente
técnica da Confederação Brasileira de Golfe. A convite do R&A,
ela também atuou como árbitra
ao lado de John Byers e Nigel
Wynn Jones, diretor de regras e
técnico da CBG, respectivamente. O chefe da delegação brasileira foi Rachid Orra, presidente da
Confederação.
❙❙
Patrícia Carvalho
❙❙
Patrícia Carvalho, Mariana de Biase, Vicky Whyte e Isadora Stapff
patado com Chile e Bermuda na
37ª posição, com 455 tacadas no
total, parciais de 155, 150 e 150
tacadas (soma dos dois melhores
resultados da equipe em cada rodada). O melhor desempenho foi
de Rafael Becker, que mostrou
muita regularidade na última rodada, quando jogou uma acima
do par, fechando o Campeonato
com 14 acima, na 71ª posição individual. O capitão do time foi o
paranaense Ivo Leão.
Já no feminino, as jovens golfistas brasileiras encerraram
suas participações deixando o
País na 42ª colocação empatado
com a Islândia. As paranaenses
Isadora Stapff e Patrícia Carvalho e a carioca Mariana de Biase fecharam com 609 tacadas no
total, parciais de 153, 154, 152 e
150. Com boas atuações nos dois
últimos dias, o destaque do time
foi Patrícia Carvalho, que somou
302 tacadas para ficar empata-
da na 86ª colocação no geral individual. Com cinco Mundiais
disputados, Patrícia e Mariana
eram as golfistas em campo com
❙❙
Guilherme Oda, Rafael Becker, Daniel Stapff e Ivo Leão
17
eventos nacionais
Golfe, negócios
e entretenimento
Febragolfe
Unindo a presença das melhores
marcas do golfe mundial
a uma grande plataforma de
entretenimento, a Febragolfe 2010
conseguiu atrair um público seleto
ao Transamérica Expo Center e se
firmou como um dos principais
eventos do gênero na América
Latina
Por Zeca Rodriguez
Fotos: Carolina Ribeiro / Fernando Bueno
18
O
rganizada pela Barrichello
Sports, do piloto e golfista Rubens Barrichello, a
terceira edição da Feira
Brasileira de Golfe foi muito além de um evento apenas para comércio de produtos e serviços voltados
ao mercado do golfe. Claro que marcas
consagradas do setor estavam por lá,
expondo suas novidades para os muitos
visitantes que compareceram ao Transamérica Expo Center, em São Paulo, de
17 a 19 de setembro, mas a Febragolfe
2010 apresentou inúmeras inovações
em relação aos anos anteriores, como
a parceria com o PokerStars, shows ao
vivo, mudança no posicionamento do
lounge e disposição dos estandes, entre outras. “Temos sempre tentado nos
adaptar ao que o mercado pede. Colocamos o lounge no meio da feira e preparamos alguns estandes já prontos,
para que empresas menores também
❙❙
Os vencedores do prêmio “Os melhores do golfe no Brasil”
pudessem participar. Nosso objetivo é chamar mais expositores
e que eles tenham uma experiência cada vez melhor conosco”,
explicou Christian Bartz, que
organiza o evento ao lado de
Andreas Wilcken Júnior e Renata Barrichello. “Estamos muito
felizes com o crescimento significativo da feira e com o volume impressionante que tivemos
nesses dias. A visita de artistas,
personalidades importantes e de
grandes empresários também
engrandeceu muito a festa, pois
são amigos que adoram o esporte. Saímos bem contentes por
termos atingido o objetivo de divulgar e apresentar o mundo do
golfe”, completou Bartz.
Outra novidade da feira foi o
prêmio “Os melhores do golfe no
Brasil”, uma pesquisa baseada na
opinião de golfistas que tiveram
a oportunidade de votar através
do site do evento. Os eleitos foram
premiados pelos organizadores
no primeiro dia da Febragolfe.
A São Bento Golfe ganhou como
melhor loja, a Tour Edge como
melhor marca de equipamentos,
o Damha Golf Cub foi escolhido
o melhor campo e organizador
do melhor torneio amador, o FPG
Golfcenter ganhou como melhor
driving range, o Iberostar foi eleito o melhor resort, o São Fernando
Golf Club foi escolhido o melhor
green, enquanto Eliecer Antolinez, o Papito, foi o melhor professor.
Com apresentações ao vivo
ao final dos dois primeiros dias,
a música também foi atração no
evento. O destaque ficou para a
programação de sábado, dia 18.
Quem visitou a Febragolfe e decidiu esperar até a noite, pôde
conferir um show especial do
cantor John Kip, que tem a música Ajustable fazendo sucesso na
novela Passione, da Rede Globo.
O anfitrião Rubens Barrichello,
que disputava o Campeonato
Brasileiro de Duplas no mesmo
final de semana, também marcou presença no dia para conferir a atração.
Quem visitava o Transamérica Expo Center e nunca havia
praticado golfe também pôde ter
os primeiros contatos com a modalidade nos estandes da Federação Paulista, que disponibilizou instrutores que davam suas
dicas para quem queria se iniciar
no esporte. As crianças também
tinham seu espaço garantido no
Golfe Nota 10, projeto da própria
FPG, coordenado por David Oka,
um dos palestrantes da Febragolfe 2010. As palestras, aliás, foram outra atração da feira. Além
de Oka, também falaram ao público presente no evento Africa
Alarcón, Claudio Zezza, André
❙❙
O cantor John Kip foi a atração na noite de sábado (18)
19
Akkari, Mark Diedrich, entre outros.
A Febragolfe 2010 teve o patrocínio da G5 Blindagens, Chevrolet, Titleist, PokerStars, Banco
Itaú, DeLonghi e Arnold Palmer
Design, e contou com grandes expositores, como Broa Golf Resort,
Hotel Transamérica, E-Smart,
Equipesca, Itaipava, Sucrégolf,
Valentina Jóias, Bikeboard, Nutty
Bavarian, PhysioPilates, São Bento Golf, D&D Pilates, Brasil Golf,
Golfer, Nicklaus Design, Damha
Golf Club, Golfe Nota 10, Tacada
Cidadã, Instituto Barrichello Kanaan, Golf 19, New Golf, Pro Tee,
Saint Philippe, Editora Globo, entre outros.
O charme do
pôquer
Em meio aos estandes, simuladores, marcas mundialmente famosas, tacos, bolinhas
❙❙
e palestras, quem esteve na
Febragolfe 2010 também se deparou com uma mesa oficial da
PokerStars, o maior site gratuito
de pôquer do mundo, com mais
de 40 milhões de usuários. Através dessa parceria, os visitantes
da feira tiveram a oportunidade
de participar de torneios em um
ambiente caracterizado, com todos os benefícios que o site oferece para quem joga online. “Fiz
uma primeira visita à Febragolfe no ano passado e o evento me
impressionou bastante. Começamos a identificar similaridades que existiam entre o pôquer
e o golfe. Ambos são esportes
que mexem muito com a mente.
Acho que a iniciativa foi um sucesso”, comentou Celso Forster,
diretor da empresa. Todos os
prêmios dos torneios de pôquer
organizados pela PokerStars tiveram 40% dos lucros revertidos
para o Instituto Barrichello Kanaan, o IBK, e o projeto Tacada
Cidadã.
Os torneios da Pokerstars movimentaram a feira
20
❙❙❙❙
André Akkari: integrante do time
Pró da Pokerstars
❙❙
Marcos Pasquim, Elaine Barreto e Rodrigo Lombardi
Visitas ilustres
Fãs de golfe declarados, os
atores Rodrigo Lombardi e Marcos Pasquim visitaram a Febragolfe 2010 no sábado, dia 18. Os
dois passaram um bom tempo
no Transamérica Expo Center
conferindo os estandes, jogando pôquer, assistindo aos shows
e brincando nos simuladores,
como no ProTee Golf Simulator.
Por uma jogada quase perfeita,
Marcos Pasquim foi premiado
pela equipe da New Golf com
um taco. Ele também foi o destaque na super rodada de pôquer,
quando venceu um dos torneios
da PokerStars, que também contou com as presenças de André
Akkari, integrante do time pró
da PokerStars, Otávio Mesquita e Rubão Barrichello, pai de
22
Rubinho e de Renata. “Para nós
é uma satisfação muito grande
observar o sucesso da feira ao
longo desses três anos, com um
❙❙
Rubão Barrichello e Otávio Mesquita
número cada vez maior de expositores e com várias novidades e
atrações para o público”, comentou Rubão.
Bate-papo com Rubinho
porte no Brasil. Saiba um pouco mais de sua história com o mundo do golfe.
Como surgiu seu envolvimento com o golfe?
Quando ele está no Brasil, é presença certa
em algum torneio de golfe. Estando fora, também
arranja um jeito de jogar. Contaminado pelo vírus do golfe há cerca de 10 anos, o piloto Rubens
Barrichello é hoje um fã inveterado do esporte.
Além de participar frequentemente de competições beneficentes, Rubinho tem na realização da
Febragolfe, evento organizado pela Barrichello
Sports desde 2008, a consolidação do sonho de
contribuir de forma efetiva para o fomento do es-
Acabei sendo incentivado pelo meu sogro, que
já jogava. Desde a primeira vez que entrei no campo, gostei tanto que não parei mais. Me apaixonei
por ser um esporte competitivo e porque nos proporciona o prazer de jogar entre amigos.
Há semelhanças entre o mundo da velocidade e o do golfe?
Os mínimos detalhes fazem a diferença no automobilismo e é assim também no golfe. A concentração tem de ser total.
Durante o ano, você consegue achar tempo
entre uma corrida e outra para jogar?
Sim, jogo sempre pela manhã com meus amigos. Jogo fora também, principalmente quando
estou nos Estados Unidos ou viajando para uma
corrida longa, como em Cingapura.
Comente sobre o aspecto solidário do golfe
no Brasil e o trabalho do Instituto Barrichello
Kanaan.
Sempre procuro ajudar o máximo pelo lado social, pois o Brasil realmente precisa dessa causa. O
IBK se fortalece nesse sentido de, através do esporte, proporcionar respeito, cidadania e valorização
da família.
Fale um pouco sobre o Rubinho golfista,
suas principais qualidades e o que no seu jogo
poderia melhorar?
Acho que é uma modalidade que você se encaixa e então começa a aprimorar com a prática. Quero cada vez mais baixar o meu handicap, mas faço
por prazer, por curtir o esporte, não é nenhuma
pressão ou algo com o que me preocupe.
Foto: Zeca Resendes
O golfe tem crescido no Brasil, mas ainda
está engatinhando. O que poderia ser feito para
alavancar a modalidade por aqui?
O golfe tem ganhado espaço e crescido bastante. Temos grandes e vários eventos de primeira linha. Fico muito feliz com toda essa evolução. Acho
que a Olimpíada de 2016 aqui no Brasil fará o esporte crescer ainda mais. Preciso também dar os
parabéns para a minha irmã, que organiza a Febragolfe, dando sua parcela de contribuição para o
desenvolvimento do golfe no Brasil.
23
torneios nacionais
A festa do golfe
Aberto do Damha
amador brasileiro
Comemorando quatro anos de história com
muita música, boa gastronomia e diversas
atrações, mais uma vez o Aberto do Damha
não decepcionou quem esperava um evento
diferenciado e fez escola na arte de transformar
um torneio em uma grande festa, movimentando
o golfe nacional durante três dias em São Carlos
Por Zeca Rodriguez
Fotos: Zeca Resendes
24
Q
uando já se espera
um grande evento, a
responsabilidade dos
organizadores sempre
aumenta. Com o sucesso das três primeiras edições
e o prêmio de Melhor Torneio
Amador do Brasil, conquistado
durante a Febragolfe, criou-se
uma enorme expectativa para a
edição 2010, prova disso foi que
as inscrições se esgotaram em
menos de 24 horas. Foi nesse clima que aconteceu o IV Aberto
do Damha Golf Club - Taça São
Carlos de Golfe, de 28 a 30 de outubro, em São Carlos, no interior
de São Paulo.
Em campo, o paulista Ivan
Tsukazan sagrou-se campeão da
categoria scratch masculina. O
mau tempo e a ameaça de raios
interromperam o jogo por duas
vezes, o que acabou causando
o cancelamento da rodada final
no sábado. Tsukazan somou 74
tacadas. Em segundo lugar ficou
Marcos Negrini, do Damha, com
77. “Venho de bons resultados
neste ano e novamente consegui
jogar bem. Acredito que estava
me sentindo bem para manter
a liderança. Queria jogar esse
segundo dia, mas também não
posso reclamar”, brincou o jovem golfista, que só neste ano
já venceu sua categoria em um
torneio no Chile, tem um título
no Clube de Campo, também foi
campeão no Aberto no Santos
São Vicente e soma outra conquista em Porto Alegre.
Entre as mulheres, o destaque
foi Ruriko Nakamura, que ven-
ceu com 78 tacadas. Uma tacada
atrás ficou a vice-campeã Lucia
Guilger, com 79, seguida por Nice
Terni, com 80 tacadas. A campeã ainda fez um hole in one no
buraco 13, que lhe rendeu como
prêmio uma passagem da Azul
Linhas Aéreas para qualquer lugar do Brasil. Ninguém fez hole
in one no buraco 6, o que daria
um Space Fox 0 km, oferecimento da New Golf e da Volkswagen.
Nas outras disputas, Heitor
Andrade Porto venceu a categoria de handicap 0 a 8,5, enquanto
entre os jogadores de 8,6 a 14, o
campeão foi Abelardo Ruiz Filho. Fernando Penazzo venceu
a categoria de handicap 14,1 a
19,4. Única categoria que conseguiu completar 36 buracos, a de
handicap de 19,5 a 25,7, teve a vi-
❙❙
Ivan Tsukazan venceu a categoria scratch masculina
25
em 8º lugar na categoria de 8,6 a
14. “Estou muito feliz com o meu
resultado, pois fazia cerca de um
mês que eu não jogava”, comentou Rubinho.
Muito além do jogo
❙❙
Ruriko Nakamura fez um hole in one no buraco 13
tória de Ubirajara Amorin Filho.
Nice Terni sagrou-se campeã da
categoria feminina de handicap
até 16 e Yasmin Damha venceu a
de 16,1 a 25,7.
Outra atração foi a participação do piloto Rubens Barrichello,
que jogou na primeira rodada
na companhia de Álvaro Almeida, ex-presidente da Confederação Brasileira de Golfe, e de
Carlos Gonzalez, presidente do
Damha Golf Club. “Jogar golfe
com os amigos é uma ótima maneira de relaxar e estar preparado para as corridas”, disse o piloto, que disputou o GP do Brasil de
26
F-1 no final de semana seguinte.
Barrichello somou 74 net e ficou
❙❙
Rubinho e Álvaro Almeida
No Aberto do Damha Golf
Club, o jogo é só mais uma das
atividades. Além de três dias de
golfe de alto nível, com diversas
categorias e cerca de 150 jogadores de todo o País, todos também aguardavam uma recepção
de excelência, com uma grande
festa, muita música, boa comida,
boa bebida e outras tantas novidades. A missão não era fácil,
mas novamente ninguém se decepcionou.
Na parte musical, atrações
como Bee Gees Cover, Serial
Funkers, apresentação de samba e da banda Los Cornetas agitaram as noites. Os convidados
também puderam degustar cafés preparados em máquinas
da Saeco, bebidas da Itaipava,
drinques com o energético TNT
e charutos da Monte Pascoal,
além de conhecer os equipamentos da D&D Pilates e fazer
massagens na Drika Saad Spa.
Os golfistas também puderam
testar tacos da São Bento Golfe
e da Bridgestone.
cardo Rossi, um dos maiores golfistas que o Brasil já teve, e possui nível internacional. Em seus
70 hectares, abriga 18 buracos
com quatro tees de saída e 7.100
jardas de extensão, além de um
driving range de 350 jardas e um
putting green de 2.000 metros
quadrados, além do Damha Executive Course, um campo de par
3 de 9 buracos excelente para o
treino de tacadas curtas.
O IV Aberto Damha Golf Club
- Taça São Carlos de Golfe teve o
patrocínio do Banco Alfa, Prefeitura Municipal de São Carlos e
do Grupo Encalso - Damha, copatrocínio da Claro, Proexport
Colômbia e Azul Linhas Aéreas,
❙❙
Professor de Camilo Villegas, Rogelio González ministrou clínicas no evento
Outra novidade foi a presença
do colombiano Rogelio González,
que ministrou clínicas de golfe
durante os três dias de evento.
González é professor do jogador
do PGA Tour Camilo Villegas,
ganhador de US$ 13 milhões na
carreira. Neste ano, o Aberto
Damha Golf Club também participou do movimento Outubro
Rosa, que luta pela prevenção
do câncer de mama. O laço rosa,
que é símbolo do evento, estava
estampado nas camisas e bonés
do evento.
pesquisa realizada durante a
Febragolfe 2010. “Quem vem ao
evento tem a certeza de que será
bem recebido e que vai se divertir muito, tendo jogado bem ou
mal. Gosto de dizer que quem
convida, tem que dar banquete.
Oferecer sempre o melhor faz
parte da filosofia do Grupo Encalso Damha, fundado pelo Dr.
Anwar Damha”, lembra Carlão
Gonzalez, presidente do clube.
O campo foi projetado por Ri-
❙❙
Grupo Well Brasil
❙❙
Bee Gees Cover foi a primeira atração musical do evento
O segredo do
sucesso
Idealizado pelo empreendedor Anwar Damha, o Damha
Golf Club é considerado um dos
quatro melhores campos de golfe do País, sendo o único campo
paulista aberto a visitantes a figurar nessa lista. Seguindo essa
linha de excelência, o Aberto do
Damha chega à sua quarta edição em 2010 como melhor torneio amador do Brasil, segundo
27
além de parceria com a Latina,
Saeco e D&D Pilates. O evento
possui apoio oficial da Confederação Brasileira de Golfe e da Federação Paulista de Golfe, além
da participação de Itaipava, Club
Med, Nascimento Turismo, Tapetes São Carlos, Toalhas São
Carlos, Shopping Iguatemi São
Carlos, charutos Monte Pascoal,
Spa Drika Saad, São Bento Golfe, New Golf, St. Patrick’s Pub,
Klub Relógios Especiais, 2Golf /
Bridgestone Golf, Tulha Restaurante e TNT. O evento foi
organizado pela Federação de
Conventions & Visitors Bureaux
do Estado de São Paulo e Equipe
Damha Golf Club, com apoio da
Eurogolf e 4Dot. “Para se ter uma
ideia, já temos o projeto do Aberto de 2011. Então acho que todo
28
esse planejamento e profissionalismo com que levamos esse
evento são os segredos para seu
❙❙
sucesso”, comenta Marcio Marques, o Juruna, diretor de marketing e eventos.
Quem fizesse hole in one no buraco 6 ganharia um Space Fox 0km
Felipe Almeida e Rodrigo Ribeiro
Clybas Ferraz, Antonio Carlos Cruz Lima,
André Egoroff e Antonio Padula
Claudio e Beth Buny
Rogelio González e Carlão Gonzalez
Valdemir Dantas, Álvaro Almeida e Paulo Coli
Mario Mucio Damha, Osvaldo Barba e Guilherme Camargo
Maria Olimpia e Eduardo Maistro
Fernando Penazzo e Jair Junqueira
Cecília e Fernando Moura
João Pedro, Luiza e Larissa Altmann
torneios nacionais
Campeões a
3º Campeonato Brasileiro de Duplas
quatro mãos
Após cinco anos, CBG reedita
o torneio nacional de duplas.
Paulistas e paranaenses ficaram
com os títulos no campo do Terras
de São José Golfe Clube, em Itu (SP)
Por Zeca Rodriguez
Fotos: Zeca Resendes
30
O
Campeonato Brasileiro de
Duplas foi disputado pela
primeira vez em 2004. O
evento aconteceu novamente no ano seguinte,
mas desde então não figurava no calendário da Confederação Brasileira de
Golfe. Neste ano, a entidade resolveu
reeditar a competição que aponta as
melhores duplas do País e a iniciativa
foi um sucesso, com recorde de inscri-
tos e muita movimentação no
Terras de São José Golfe Clube,
em Itu, no interior de São Paulo,
de 17 a 19 de setembro.
O torneio foi disputado em 36
buracos na modalidade Best Ball,
valendo sempre a melhor tacada
de cada integrante da dupla. No
masculino, os paulistas Felipe
Almeida e Marcelo Muritiba garantiram o título na categoria
scratch. Juntos, eles somaram
139 tacadas, sete de vantagem
em relação a Julio Cruz Lima e
Renato Araujo e Silva, os vicecampeões.
“Jogamos direitinho e mostramos bastante regularidade”,
conta Almeida. “Este é o nosso
primeiro título brasileiro. Esperamos defendê-lo no ano que
vem”, projeta o jogador. “A dupla
deu certo. Estávamos bem entrosados. Sempre que um errava
o outro estava ali para ajudar”,
lembra Muritiba, golfista do próprio clube anfitrião e que sempre
se destaca atuando em casa. “Jo-
❙❙
Rubinho Barrichello
❙❙
Adriana de Oliveira e Luciana de Oliveira Fuchs, campeãs scratch femininas
gar um torneio desses é muito
gostoso e com um amigo como o
Felipe é melhor ainda”, completa
o campeão.
Entre mulheres, a vitória ficou com dupla das irmãs paranaenses Adriana de Oliveira e
Luciana de Oliveira Fuchs, que
deram um total de 149 tacadas.
Em segundo lugar ficaram Lucia
Guilger e Rosa Fernandes, com
152. “Apesar do vento forte nos
dois dias, conseguimos um bom
resultado na primeira rodada e
mantivemos no final”, destaca
Adriana de Oliveira.
Outra atração do final de semana foi a presença do piloto
Rubens Barrichello, que jogou
ao lado do empresário Álvaro
Almeida, ex-presidente da CBG.
Apesar de não levar o título, Rubinho protagonizou jogadas de
alto nível, como sua tacada final, quando ele embocou de uma
distância de mais de 10 metros.
“Pilotar um carro de Fórmula 1
faz parte da minha rotina e jogar golfe com os amigos é um
prazer”, afirma Barrichello. “Não
tivemos um bom dia ontem, recuperamos bem hoje, mas infe-
31
❙❙
Renato Araújo
lizmente não levamos”. A dupla
marcou 169 tacadas para ficar
com a 17ª posição.
Mais destaques
Nas demais categorias, as
duplas vencedoras foram Paulo
Cabernite e Wagner de Angelis
na categoria de handicap até 30,
Wagner Ângelo Fagnani e Oswaldo Santi, handicap de 30,1 a 57,5,
e Dalila Costa e Luciana Dias na
disputa feminina para golfistas
de handicap até 57,5. Lembrando
que o valor do handicap é resultado da somatória dos dois integrantes do time. Após a cerimônia de premiação, houve ainda
um sorteio de diversos prêmios
oferecidos pelos patrocinadores.
Com mais de 60 duplas inscritas, além do patrocínio da Bombril, a terceira edição da competição contou também com o apoio
da Grau Gestão, Embrase Segurança e Serviços, Callaway, Con-
32
crebase, Espaço A Spa, Golf Company, TAM Viagens, Terras de
São José Golfe Clube e Federação
Paulista de Golfe. A realização foi
da CBG e o torneio contou com recursos da Lei de Incentivo ao Esporte, do Ministério dos Esportes.
“Com essa iniciativa, a Bombril vai gerar mais exposição
❙❙
Julio Cruz Lima Neto
e visibilidade, além de rejuvenescer a marca. Estaremos em
contato direto com um público
seleto gerando experimentação e mostrando a preocupação
e o engajamento em questões
de
sustentabilidade”,
destaca Marcos Scaldelai, diretor de
marketing da Bombril.
torneios nacionais
Título de
34º Aberto do Arujá Golf Club
ponta a ponta
Líder desde o primeiro dia, o profissional
Ronaldo Francisco foi soberano em Arujá e
conquistou mais um título para a sua galeria
34
Foto: Renato Rebizzi / arquivo
V
encedor do LG Vivo
Championship no
início do ano e atual líder do ranking
profissional
brasileiro, Ronaldo Francisco não
deu chance aos seus adversários no Aberto do Arujá Golf
Club, 34ª edição do tradicional
torneio paulista, que aconteceu
de 16 a 19 de setembro e que
distribuiu 50 mil reais aos primeiros colocados. Pela vitória,
o campeão levou 10 mil reais.
Jogador do Quinta do Golfe,
de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, Ronaldo liderou desde o primeiro dia, quando jogou 69. Ele foi mantendo a
ponta durante os quatro dias e
confirmou o título no domingo,
sem sustos, somando 281 tacadas, com cinco de vantagem
para o vice-campeão, o gaúcho
Rafael Barcellos, seu parceiro
no Mundial de Duplas de 2009,
na China. O terceiro lugar em
Arujá ficou com Tiago Silva,
do Japeri Golf Links, do Rio de
❙❙
Ronaldo Francisco
Janeiro, com 289, oito atrás do
campeão.
Cerca de 130 amadores disputaram o Aberto do Arujá. Os
campeões por categoria foram
Everton Luiz da Silva, (scratch);
Giovanni Trude, (handicap índex até 8,5); Silvio de Souza,
(handicap 8,6 a 14,0); Luiz Sawasaki, (handicap 14,1 a 19,1)
e Francisco Fujii no torneio de
convidados.
torneios nacionais
O esporte socialmente
8º Festival Primavera de Golfe
Fotos: Agência Rebizzi / Divulgação
responsável
Com participação de diversas empresas, a
oitava edição do Festival Primavera de Golfe
comemora 30 anos da ONG, que atende cerca
de 500 meninas de Campinas (SP)
❙❙
O integrante da equipe campeã Luís Alberto Dias
Formada por Luís Alberto
Dias, Luiz Carlos Gantus, Márcio Oliva e Alexandre Martins, a
equipe da empresa Adere fez a
festa ao conquistar a Taça Responsabilidade Social, disputada
durante o 8º Festival Primavera,
no Clube de Golfe de Campinas,
interior de São Paulo. O evento,
que aconteceu no dia 18 de setembro, reuniu 20 equipes de
15 grandes empresas da região,
além de 11 times do clube anfitrião, tudo em prol da continuidade das atividades do Grupo
Primavera. Em segundo e terceiro lugares ficaram as equipes
da Têxtil Tapecol e 3M do Brasil,
respectivamente
Foi também o início das comemorações dos 30 anos da
36
ONG, que atende por volta de 500
crianças e jovens do Jardim São
Marcos, em Campinas. Cerca de
400 pessoas estiveram presentes
no encontro, que uniu esporte e
lazer em prol da ONG. Além do
torneio, atividades como sorteio
de rifas, tenda de maquiagem,
shiatsu express, teatro de fantoches, recreação infantil, aulas de
golfe para iniciantes, venda de
artesanatos, almoço especial e
apresentação de 26 meninas Primavera também descontraíram
os participantes do evento.
Ao longo de oito anos de história, o torneio adquiriu visibilidade também entre os sócios do
clube, comprovando que o golfe
é também uma fonte de lazer capaz de agregar empresas em prol
de uma causa. “Nossa entidade
sobrevive por meio de doações
de pessoas físicas e jurídicas. E
o festival mostrou-se uma excelente maneira de as empresas
participarem da causa do Grupo
Primavera, sendo solidárias e colocando seus jogadores em campo em prol da formação das meninas da comunidade”, diz John
Sieh, diretor da ONG.
Fundado no início da década
de 80, o Grupo Primavera vem
crescendo a cada ano. Hoje a entidade atende jovens entre 8 e 18
anos com o foco de formar “as
mulheres do amanhã”, por meio
de programas e projetos nas áreas de educação, cultura, bem-estar e profissionalismo. O empreendedorismo inovador é marca
já reconhecida em toda a região.
A entidade é a única a atuar com
uma loja em um centro de compras - a Oficina Primavera, localizada no Galleria Shopping. Com
uma gestão visionária, o Grupo
mantém uma rede de relacionamentos com outras instituições,
empresas, escolas e demais parceiros com o intuito de compartilhar recursos.
❙❙❙❙
Equipe Adere - Alexandre Martins,
Luís Alberto Dias e Marcio Oliva
torneios nacionais
O golfe
VII Invitational Golf Cup
contra o câncer
❙❙
Tupanangyr Gomes e Chico Neves com Ronald McDonald
Com mais de 100 jogadores em
campo e 150 mil reais arrecadados,
o VII Invitational Golf Cup - Instituto
Ronald McDonald confirma sua
condição de um dos maiores
eventos do gênero na América
Latina
Por Zeca Rodriguez
Fotos: João Pires / Cinara Piccolo
38
C
otas de patrocinadores,
doações, leilões, venda de
mulligans e diversas outras
ações geraram uma arrecadação de mais de 150 mil
reais em prol do combate ao câncer infanto-juvenil no Invitational Golf Cup
- Instituto Ronald McDonald, sétima
edição do evento, que se firma a cada
ano como um dos principais torneios
de golfe beneficentes da América Latina. Neste ano, um dia de sol após uma
semana chuvosa em São Paulo colaborou com a festa no Terras de São José
Golfe Clube, em Itu, no interior do Estado, que recebeu mais de 100 jogadores,
divididos em 27 equipes de até quatro
participantes. James Cleary, Ian Pacey,
John Pacey e Richard Pacey formaram
o time campeão, com uma pontuação
❙❙
Equipe campeã: James Cleary, John Pacey, Richard Pacey e Ian Pacey
de 50 tacadas, cinco a menos
do que os segundos colocados
na disputa, Roberto Dhellome,
Tarcísio de Angelis, Wagner de
Angelis e Luiz Andrade. Os jornalistas Paulo Grecca e Renata
Maranhão foram os mestres de
cerimônia da premiação.
Idealizado
pela
MartinBrower, do presidente Tupanangyr Gomes, em parceria com
o Instituto Ronald McDonald,
e organizado por Fu Shibuya,
da Score Golf Events, o torneio
teve como objetivo promover o
encontro de amigos que se interessam pelo golfe e incentivar a
prática do esporte, além de captar recursos em prol do Instituto
Ronald McDonald, que atua para
aumentar os índices de cura do
câncer infanto-juvenil em todo o
País. Quem foi ao Terras de São
José acompanhou um dos eventos mais movimentados do ano.
Os golfistas puderam desfrutar
do Buffet Cucina, do chefe Carlos Bertolazzi, receberam brindes, participaram de clínicas e
de sorteios de diversos prêmios,
acompanharam um show da
cantora Paulah Gauss e viven-
ciaram um dia de muito golfe e
solidariedade. O torneio contou
com os patrocínios de empresas socialmente responsáveis.
Martin-Brower, McDonald’s, Seara/Marfrig, BMW e Oakley patrocinaram o evento, que contou ainda com o apoio da AON,
Chubb do Brasil, Lockton Corretora de Seguros, Coca-Cola,
Ferreira Rodrigues Advogados,
Tegon/Elancers, Ticket, Truck
Plus, Icatu, e Niju.
Destaque solidário
Um dos destaques do dia
acabou sendo um membro da
equipe vice-campeã, Tarcísio de
Angelis, sócio da rede de restaurantes Andiamo e presença certa
nos principais eventos de golfe
do Brasil. Tatá, como é conhecido no meio, arrematou a camisa
do Santos, seu clube de coração,
por 6 mil reais no leilão benefi-
❙❙
André Conolly, Mauro Rosemberg, Fu Shibuya, Mario Golombek e Carlos Bertolazzi
39
cente. Em seguida começaram
os sorteios. E foi aí que ele teve
sua boa ação recompensada,
primeiro ganhando um pacote de viagem para a Argentina,
com passagens aéreas e hospedagem no Llao Llao Resort e no
Alvear Palace, com green fee incluso; depois sendo premiado
com um pacote de hospedagem
no Iberostar Praia do Forte, eleito recentemente o melhor resort
de golfe do Brasil, também com
green fee incluso. Claro que esses prêmios não foram só tacadas de sorte. Tatá tinha mais
chances porque já tinha dado
provas de seu grande coração ao
ser um dos jogadores que mais
compraram rifas em outra ação
promovida pela organização do
evento para arrecadar fundos.
Justiça seja feita. Ele merecia. A
camisa do Corinthians foi arrematada por Robert Wang.
As obras em sete
anos de história
O Invitational Golf Cup - Instituto Ronald McDonald já des-
❙❙
❙❙
Renata Maranhão, Tarcísio de Angelis e Paulo Grecca
tinou, desde 2004, mais de R$ 1
milhão para a causa do combate
ao câncer infanto-juvenil no País.
Em 2009, a arrecadação do torneio foi destinada à construção
da Casa de Apoio da Associação
Colorindo a Vida, em Belém do
Pará. Os recursos obtidos na edição de 2008 foram destinados à
construção da Unidade de Internação Onco-Hematológica Pediátrica do Hospital das Clínicas da
Universidade Federal de Minas
Gerais. A arrecadação de 2007
Os voluntários mirins Rafael Gomes, Guilherme e Henrique Bandeira
viabilizou a construção do Centro de Diagnóstico Precoce Instituto Ronald McDonald do Centro
Infantil Boldrini, em Campinas.
A ampliação da Casa de Apoio
Criança Feliz, da Fundação Antonio Jorge Dino, que dá suporte
aos pacientes do Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora
Bello foi possível graças à arrecadação de 2006. No torneio de
2005, a verba foi dirigida à compra de veículos para a Casa de
Apoio do Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GACC) de Rio Claro, à reforma do setor de transplantes, à aquisição de materiais
industriais para a Associação de
Amigos da Criança com Câncer
(AACC) de São José do Rio Preto
e à reforma da área de transplantados da casa de apoio do Centro
de Apoio à Criança com Câncer
(CACC) de Santa Maria (RS). Em
2004, na primeira edição do torneio, os recursos foram destinados a diversos projetos em benefício de crianças e adolescentes
com câncer realizados por instituições de todo o País.
Mais informações:
www.instituto-ronald.org.br
40
torneios nacionais
Foto: Zeca Resendes
Renato e Ruriko
Aberto do VistaVerde
vencem no interior
U
ma disputa apertada marcou a principal categoria masculina do Aberto
do VistaVerde Golf
Club, quarta edição do evento,
que aconteceu no final de semana de 16 e 17 de outubro, em
Araçariguama, no interior de
São Paulo, e que valeu para o
ranking paulista. Golfista de Itu,
Renato Araújo brilhou vencendo
o duelo contra o presidente da
Federação Paulista de Golfe, Manuel Gama. Araújo somou 156
tacadas no total, ficando apenas
uma à frente de seu adversário,
que somou 157.
Já entre as mulheres, Ruriko Nakamura teve uma vitória
bem mais tranquila na categoria scratch. Líder do ranking
nacional, ela garantiu a vitória
com 149 tacadas, colocando 22
de vantagem sobre a vice-campeã, Stela Miyagi, que fechou
com 171.
Os jogadores que doaram 5
kg de arroz ou feijão ou um livro em bom estado de conservação no dia da final, tiveram
direito a cupons adicionais
para o sorteio de brindes, entre
eles dois televisores LCD de 32
polegadas da AOC, que foi realizado durante a cerimônia de
premiação. As doações foram
destinadas ao Fundo Social de
Araçariguama.
Projetado pelo designer norte-americano Dan Blankenship,
o VistaVerde Golf Club (VVGC)
foi inaugurado em 2007 e é apontado como um dos melhores do
País. O 4º Aberto do VistaVerde contou com o patrocínio da
AOC, Furukawa, Duarte, Garcia,
Caselli Guimarães e Terra Advo-
gados e Sheraton São Paulo WTC
Hotel. A organização do torneio
foi da Golfe & Cia.
Mais campeões
Na categoria handicap até
8,5, o campeão foi Vincent Roland Maurice Bouvet, enquanto
Ademir Mazon dominou a série
entre os jogadores de 8,6 a 14,0.
João Cesar Tomazeli terminou
na frente entre os jogadores
handicap de 14,1 a 19,4. Já entre
os golfistas de handicap de 19,5
a 25,7, a primeira posição ficou
com Leandro Augusto Metzner. No feminino, Marise Sawada levou o título na categoria
handicap até 16,0 e Maria Helena Hashida venceu na divisão
de 16,1 a 25,7.
41
torneios nacionais
❙❙
Cássio Motta, João Paulo Diniz, Antonio Esteves e Raul Fretes
Integração em prol
10º Torneio Casa da Paz
da solidariedade
No 10º Torneio Casa da Paz, profissionais e amadores se
uniram e fizeram um dos mais movimentados eventos
do ano. Ao final, grande premiação para os jogadores e
arrecadação recorde para a entidade
Por Zeca Rodriguez
Fotos: Rebizzi / Divulgação
42
O
espírito de solidariedade e o palco da
festa talvez tenham
sido as duas únicas
coisas que não se
modificaram na edição que comemorou o décimo aniversário
do Torneio Casa da Paz, que tem
como principal objetivo arrecadar fundos para a instituição.
Realizado nos dias 9 e 10 de setembro, o evento teve novamente
o São Fernando Golf Club como
sede, localizado em Cotia, na
Grande São Paulo. De cara, a primeira grande novidade para este
ano foi o jogo de profissionais,
que distribuiu R$ 80 mil em prêmios, quantia que já se tornou a
segunda maior do Brasil na temporada, só ficando atrás do LG
Vivo Championship, disputado
em janeiro. Ao todo, 40 jogadores
profissionais participaram do torneio. Além dos melhores do Brasil, diversos destaques sul-americanos estiveram presentes, como
os paraguaios Carlos Franco e
Raul Fretes, o colombiano Eduardo Herrera, entre outros. “Sem
dúvida todos esses profissionais
também atraíram a participação
de mais empresas e de mais jogadores amadores. Essa iniciativa
foi um sucesso. Batemos todos os
recordes neste ano”, comenta Antonio Esteves, presidente da Casa
da Paz e organizador do evento ao
❙❙
Rafael Barcellos venceu o torneio entre os profissionais
lado de Rodrigo Somlo, golfista e
diretor da entidade.
Aproveitando a presença dos
profissionais e integração com os
amadores, a organização não perdeu tempo e inovou na forma de
se arrecadar mais recursos para
a entidade beneficiada; foi o leilão
dos profissionais, que aconteceu
na noite de quinta-feira, dia 9, no
Jockey Club de São Paulo. Os amadores que formavam as equipes
❙❙
São Fernando Golf Club
43
❙❙
Leilão dos profissionais foi uma das novidades do evento
que jogariam na sexta-feira “arrematavam” os melhores jogadores profissionais para fortalecer o
time visando o torneio Pro-Am.
“Para esse décimo ano queríamos
fazer algo diferente, então pensamos em todas essas novidades.
Só no leilão, arrecadamos o dobro
do que imaginávamos que conseguiríamos”, completa Esteves.
Outra atração do torneio foi o
prêmio que a Volkswagen ofereceu para o autor de um possível
hole in one no buraco 8. A jogada
acabou não acontecendo, mas o
jogador que a fizesse levaria para
casa um Space Fox 0 Km.
Em campo, Rafael Barcellos
sagrou-se campeão da disputa
entre os profissionais, que terminou na sexta-feira, dia 10. O
gaúcho somou 135 tacadas no total e foi seguido pelo colombiano
Eduardo Herrera, vice-campeão
com 139. O terceiro colocado foi o
paulista Fabiano dos Santos, com
140 tacadas. “É muito importante
para ganharmos ritmo de jogo,
já que no Brasil quase não há
competições para profissionais.
Também foi muito legal a integração com os amadores. Todos
adoraram o formato do torneio”,
44
comentou o campeão. O título
do torneio Pro-Am ficou com o
time do paraguaio Raul Fretes
e os amadores João Paulo Diniz,
Cassio Motta e Luís Felipe Gontier, que somou 129 tacadas. Os
vice-campeões foram Antonio
Pereira, Leo Nakata, Jun Kinugawa e Maurício Akimira, com 130.
Os profissionais dos grupos primeiros colocados do Pro-Am dividiram um prêmio de R$ 20 mil.
O evento foi patrocinado pela
BM&F Bovespa, Columbia Trading
e apoiado por outras 40 empre-
❙❙
sas. No total, foram arrecadados
mais de R$ 350 mil, valor que foi
destinado à Casa da Paz. Criada
em 1994, a entidade desenvolve
um trabalho preventivo e de educação com mais de 160 crianças
em situação de risco social. Sediada em Embu-Guaçu, a instituição atende jovens de 5 a 18 anos,
oferecendo atividades de arte, esporte, informática, jardinagem,
gastronomia, teatro, música, beleza, reciclagem, entre outras.
Para mais informações, acesse: http://www.casadapaz.org.br
Ninguém levou o Space Fox, prêmio para quem fizesse o hole in one
tacada cidadã
Pelo futuro do golfe
e do planeta
Por Rafael Jun Mabe*
N
o último mês de
agosto o Programa
Tacada Cidadã, proposto pelo Instituto
Vem Ser Sustentável, completou dois anos de atividades. Tudo começou com uma
pesquisa realizada com jovens
que prestavam serviço como
caddies no Clube de Campo de
São Paulo. A pesquisa fez parte
do trabalho intitulado “O Golfe e
a Educação Ambiental de Jovens
Caddies”, que foi apresentado por
Lucí Mabe, em 2007, no curso de
pós-graduação de Administração
para Organizações do Terceiro
Setor, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo Fundação Getúlio Vargas.
O Programa Tacada Cidadã,
que tem o objetivo de preparar
adolescentes e jovens interessados na prática do golfe para o
exercício da cidadania social e
ambiental, iniciou suas atividades em agosto de 2008. O primeiro projeto, denominado Caddie
Cidadão, foi desenvolvido na sede
da Associação Beneficente Vida
Nova – ABEVIN. Atendendo a
uma demanda dos pais e demais
membros da comunidade, iniciamos o projeto Golfe e Cidadania.
O público alvo do projeto Golfe
e Cidadania são jovens com idades entre 14 e 21 anos, em situação de vulnerabilidade social,
moradores do entorno da Represa de Guarapiranga, zona sul da
cidade de São Paulo. O objetivo do
projeto é contribuir de maneira
efetiva para que os jovens desenvolvam competências e habilidades a fim de que possam executar
ações que visem à preservação e
recuperação do meio ambiente,
especialmente em áreas de mananciais. Os jovens participam
de dois tipos de atividades: as referentes ao golfe e as atividades
de educação ambiental, que são
desenvolvidas no Clube ADC Eletropaulo e FPG Golfcenter, através
de parcerias estabelecidas com a
Associação Peixe Vivo, Federação
Paulista de Golfe e Associação
Paulista de Golfe.
Além deste, são desenvolvidos outros dois importantes
projetos envolvendo membros
da comunidade, associações do
entorno e interessados pelo esporte; o Projeto Conheça o Golfe
com o Tacada Cidadã, que tem
o objetivo de proporcionar aos
participantes o primeiro contato
com o esporte, e o Projeto Golfe e
Cultura, que almeja possibilitar
aos jovens, seus familiares e demais membros da comunidade o
acesso a atividades culturais.
O Programa Tacada Cidadã
vem sendo desenvolvido graças
ao apoio, confiança e incentivo
de nossos amigos, parceiros e do
esforço da equipe de voluntários
composta por: Adailton Rodrigues de Souza; Adriane Coelho
Cobra; Alfredo Nascimento Coelho; Leonardo Dan Mabe e Lucí
M. Perez Mabe.
No momento estamos em
conversação com a Prefeitura do
Município de São Paulo a fim de
viabilizarmos a criação do Centro de Treinamento de Golfe e
Educação Ambiental na Avenida
Robert Kennedy, local onde está
sendo implantado o Parque Praia
São Paulo.
* Rafael Jun Mabe, diretor do Instituto Vem Ser Sustentável
e responsável pelo Programa Tacada Cidadã (www.tacadacidada.org),
é arquiteto pós-graduado em gestão ambiental
45
golfe nota 10
Uma introdução
ao golfe
por David Oka*
A
metodologia do Golfe Nota 10 foi desenvolvida para crianças brasileiras de
6 a 12 anos, dentro
da realidade das nossas escolas,
com o auxílio de uma pedagoga,
professores de Educação Física e
profissionais de golfe. Ela visa divulgar os benefícios do golfe na
formação do aluno, demonstrando os fundamentos do esporte
como etiqueta, cortesia, integridade, respeito, honestidade e espírito esportivo. Outras características do golfe são o auxílio ao
desenvolvimento da perseverança, do discernimento, da coordenação motora, da capacidade de
julgamento e da confiança.
São realizadas 10 aulas, sendo cinco dentro da escola, durante as aulas de Educação Física, uma vez por semana. Nestas
oportunidades os alunos têm o
primeiro contato com a história
do golfe no Brasil e no mundo,
seus equipamentos, como bolas,
luvas, sapatos e tacos, como se
joga o esporte, comportamento
no golfe e noções de algumas
regras. Eles também aprendem
o movimento para dar as primeiras tacadas.
As outras cinco aulas são realizadas em um campo de golfe
ou em um centro de treinamento, o que for mais próximo da
escola. Nesta parte, os jovens
46
❙❙
Aula no Liceu Albert Sabin, em Ribeirão Preto (SP)
golfistas conhecem as rotinas
e o funcionamento de um clube e de um campo de golfe. Os
alunos ainda treinam no drive
range para ter noção de profundidade nas tacadas. Já na 10ª
aula, acontece um jogo de alguns buracos no campo com o
educador.
Em todas as aulas são feitos
aquecimento e alongamento para
preparar o corpo para o esporte
e evitar lesões, bem como revisão
da aula anterior.
O trabalho está baseado no
Natural Swing, que é o movimento mais simples e fácil de
executar. Obedece aos movimentos naturais do corpo sem
provocar tensão para realizálos. Com uma metodologia simples e prática, plantamos a semente deste esporte que tanto
amamos.
*David Oka é árbitro de golfe e coordenador
do projeto Golfe Nota 10, da Federação Paulista
por trás dos campos
Experiências
além do jogo
por Mark Diedrich *
O
golfe no Brasil vive
um momento especial. Tudo conspira
para que o jogo cresça por aqui. O mundo todo assiste com ansiedade
aos preparativos do País para
sediar os Jogos Olímpicos em
2016. Ao mesmo tempo, a economia sólida e a crescente classe
média brasileira significam uma
oportunidade para que mais e
mais pessoas dediquem-se a
atividades de lazer, incluindo o
golfe. Novos empreendimentos
residenciais e resorts com golfe
estão sendo projetados e construídos por todo o Brasil por
empresários do mercado imobiliário que se capitalizam com a
popularidade do golfe.
Milhões de pessoas pelo
mundo atestam que viver numa
comunidade com um campo de
golfe é realmente uma experiência de vida especial. Para os
brasileiros, é importante aprender as lições tanto de sucesso
como de fracasso dos empreendimentos nos demais mercados de golfe pelo mundo que
precederam o crescimento do
Brasil. Com aproximadamente
30 milhões de golfistas, os Estados Unidos é o maior mercado
do mundo no setor e o primeiro
a lucrar com empreendimentos imobiliários usando o golfe como estímulo de venda de
50
imóveis residenciais. Talvez o
número que mais se destaca
nas estatísticas é que nos Estados Unidos somente 20 a 30%
dos moradores dos residenciais
de golfe praticam o esporte. O
restante mora na comunidade pelos espaços livres, outras
amenidades, maior valor imobiliário da residência e melhor
qualidade de vida. É essa porcentagem, sobretudo, que ilustra a necessidade dos clubes de
golfe e empreendedores a pensar além do golfe quando planejarem os itens de lazer que
vão atrair os novos sócios e os
compradores das casas.
Em décadas passadas, o
country club privado de golfe era
acessível somente às camadas
mais privilegiadas da sociedade.
No entanto, com o crescimento
da economia brasileira, a próxima geração de sócios parece ter
um perfil de valores diferente,
tornando obsoletos alguns aspectos dessas instalações e desafiando os clubes a tornarem-se
mais competitivos no mercado
pelo lazer das famílias e consequente venda de títulos.
A geração mais nova das famílias de classe média superior
(entre A e B) é a esperança da
indústria do golfe no Brasil. O
desejo de uma vida equilibrada,
incluindo o foco na família, revela uma oportunidade de con-
quistar essa geração quando ela
atinge um nível de rendimento
que a permite comprar um título
de clube. Apontamos aqui o que
os atrairá de uma forma geral:
Tornar o golfe acessível: Ao
mesmo tempo em que o campo
de golfe é um ótimo local para os
negócios durante a semana, as
noites e os finais de semana deveriam ser preenchidos por oportunidades planejadas para toda
a família, tanto para golfistas e
não golfistas. Isso inclui atividades entre pais e filhos e campos
de golfe para iniciantes e crianças. Um modo de conseguir um
campo de golfe amigável para
toda a família em alguns mercados tem sido a inclusão de tees
de saída para crianças em campos de par-3 dentro do campo de
golfe, mas alguns clubes têm ido
além, criando horários especiais
para crianças tornando o golfe uma brincadeira num campo
menor ou num campo de putting
sem as vestimentas tradicionais,
até com pés descalços ou de sandálias. Alguns conservadores
podem achar isso problemático,
mas ficaríamos surpresos em
ver como isso pode atrair a nova
geração de golfistas.
Instalações para outros esportes populares: Enquanto
clubes no mundo todo incluem
quadras de tênis e piscinas como
parte das amenidades dos sócios, esta é uma oportunidade
para customizar o clube ao país
onde ele está. No Brasil, essas
oportunidades poderiam também incluir campos de futebol,
quadras poliesportivas, entre
outras opções.
Piscinas: Graças à TV, internet e uma indústria hoteleira
crescente, os jovens sabem a diferença entre uma piscina de um
resort e uma piscina infantil tradicional obsoleta. Considerem
itens destinados à família como
tobogãs, spray pads (setor infantil com sprays de água), etc.,
assim como playgrounds, casa
na árvore, pavilhão para festas
infantis na área da piscina e outras áreas flexíveis tanto internas quanto externas.
Programas direcionados à
família: Sem um serviço de recreação infantil no clube, uma
família jovem terá pouca chance de aproveitar os outros programas oferecidos para fidelizá-la. Também é importante
organizar atividades para as
crianças e a família como noites de filmes, acampamentos e
festas infantis.
Atividades
na
natureza:
Tire proveito de sua propriedade para outras atividades além
do golfe, tênis e natação. O seu
clube está localizado nas montanhas, próximo a lagos, rios,
próximo de um parque nacional
ou estadual? Aproveite a oportunidade de trazer a natureza para
sua programação considerando
serviços e atividades como um
jardim comunitário.
Saúde e bem-estar: No mundo todo, os atuais sócios procu-
ram no clube por instalações que
tragam bem-estar. Isso inclui
não apenas fitness, mas serviços
de spa como cabeleireiro, manicure e massagem.
Experiência de jantares especiais: Nas comunidades de
hoje, seus membros geralmente
têm inúmeras alternativas de
onde comer, seja ela uma noite
calma a dois ou um jantar com
toda a família. Se um clube quer
ser competitivo, ele deve proporcionar uma experiência de
jantar especial, que se renova no
tempo. Algumas inovações recentes incluem tornar o Buraco
19 num bar de esportes equipado com TVs grandes, jogos de tabuleiro, uma cozinha aberta no
setor de grelhados, ou criando
um restaurante temático como
o restaurante “The Big Easy” no
The Els Club em Dubai.
Ao mesmo tempo em que
mais e mais famílias têm acesso
a comunidades, clubes e resorts
de golfe no Brasil, o jogo de golfe
também crescerá nesse processo.
Criando uma experiência no clube voltado para a família, o jogo
do golfe fará contato com os que
assegurarão a sua continuidade:
as crianças. Os clubes que entenderem isso e pensarem além do
golfe são os que encontrarão sucesso em criar um clube e uma
comunidade de golfe sustentável.
* Mark Diedrich, diretor da
Kuo Diedrich, é arquiteto de
clubhouses de golfe há mais de
16 anos. Escreve sobre o tema e
ministra palestras pelo mundo
todo, incluindo Febragolfe e
Brasil Golf Show, no Brasil,
Harvard Graduate School of
Design e a Emory University,
em Atlanta (EUA).
[email protected]
http://www.kuodiedrich.com
51
New Golf de Portugal
A genialidade de
Lendas do golfe
Annika Sörenstam
Considerada por muitos como a melhor jogadora de
golfe de todos os tempos, Annika Sörenstam deixou
um incomparável rastro de sucessos. Sua importância
na exposição do golfe feminino no mundo e na própria
projeção da Escandinávia, a transformaram em um nome
respeitado e que será sempre lembrado no esporte
Por Tiago Matos
Fotos: DR
52
A
nnika Sörenstam,
uma recatada sueca nascida nos arredores de Estocolmo, cresceu com o
sonho de ser jogadora de tênis.
Tendo o conterrâneo Björn Borg
como ídolo, iniciou a sua prática desportiva nesta modalidade
e, juntamente com a sua irmã
mais nova, Charlotta, chegou a
estar entre as 20 melhores tenistas juniores de seu país. Acabou,
no entanto, por desistir, aos 16
anos, quando percebeu que, em
função de algumas insuficiências técnicas, não conseguia ultrapassar o nível a que chegara.
Annika nunca desejou, porém,
afastar-se por completo da prática desportiva. Para substituir
o tênis, centrou atenções em um
esporte que havia conhecido na
Inglaterra durante os três anos
em que a sua família lá vivera: o
golfe. Naquela altura, mal sabia
ela que seria essa modalidade
que lhe iria permitir a conquista
de um status semelhante ao alcançado por Borg no tênis.
Annika revelou-se, de fato,
um talento natural no golfe, ainda que só o tenha começado a
levar realmente a sério em 1988,
ano em que Liselotte Neumann
venceu o U.S. Women’s Open,
demonstrando que era possível uma sueca fazer a diferença
neste esporte. Annika tomou o
exemplo em conta, mas era tão
tímida que inicialmente chegava ao ponto de se deixar cair
para segundo lugar nos torneios,
apenas para não ter de fazer os
habituais discursos de vitória no
final. Atentos a isso, os seus treinadores começaram a obrigar
os dois primeiros classificados a
discursar. Sendo assim, Annika
achou que não valia à pena continuar a fingir e começou a revelar as suas reais capacidades.
Em 1990, como nenhuma
das universidades suecas tinha
equipes de golfe, foi estudar na
Universidade do Arizona, em
Tucson, nos Estados Unidos. Viu-se
então acompanhada por alguns dos
melhores técnicos do mundo e colecionou prêmios e congratulações,
incluindo uma dupla eleição como
All-American (1991 e 1992). Era
chegada a hora de se tornar profissional.
Onda de sucessos
Após alguma inconsistência
inicial nos primeiros anos como
profissional, que ainda assim lhe
valeram ser considerada Jogadora Amadora do Ano, tanto no Ladies European Tour de 1993 como
na LPGA em 1994, chegaria por
fim a sua primeira grande vitória.
E que vitória! No U.S. Women’s
53
Open de 1995, disputado em Colorado Springs, no Colorado, Annika surpreendeu tudo e todos
ao ultrapassar a americana Meg
Mallon na volta final, tornando-se
uma das mais jovens vencedoras
de todos os tempos do badalado
torneio feminino. Habitualmente fria e acanhada ao falar com
a imprensa, Annika revelou-se
pela primeira vez emotiva no festejo da conquista, mas a verdade
é que este seria apenas o primeiro passo de uma enorme onda de
sucessos da sueca.
Em um esporte predominantemente masculino, Annika
conseguiu se impor e combater
a desconfiança daqueles que duvidavam de sua qualidade. Chegou a um ponto de ser tão dominante entre as mulheres, que
começou a se envolver também
nos eventos dos homens. Em
2003, por exemplo, foi convidada
para participar de um encontro
do PGA Tour. O fato causou controvérsia e o fijiano Vijay Singh
chegou a se opor à participação
dela, mas até ele se viu forçado
a reconhecer, no fim, o mérito
da sueca. Ainda entre homens,
Annika estabeleceu uma grande
amizade com Tiger Woods, que
a ajudou a melhorar a técnica do
seu jogo e a ensinou a aumentar
a distância de suas tacadas sem
abrir mão da precisão.
Entre 1995 e 2006, Annika
venceu um impressionante número de competições, incluindo
10 Majors – U. S. Women’s Open
(1995, 1996 e 2006), Kraft Nabisco Championship (2001, 2002
e 2005), LPGA Championship
(2003, 2004 e 2005) e Women’s
British Open (2003) – além de
dezenas de condecorações que a
proclamaram atleta do ano. Com
os troféus, chegou também a
notoriedade e, mais importante
ainda, ganhou reconhecimento e
54
interesse do público para o golfe
feminino.
Despedida
Em 2007, Annika sofreu a sua
primeira grande lesão na carreira, uma fratura no pescoço que
a afastou da grande maioria dos
eventos daquele ano, o que acabou gerando, no final, a sua primeira temporada sem vitórias
desde a época de sua estreia no
LPGA Tour. Circulava a ideia que
Annika teria já ultrapassado os
seus melhores tempos e estava
agora em fase de decadência. No
entanto, em 2008, a sueca provou
o contrário, retornando da lesão
forte como sempre e acumulando, ainda no mês de maio, mais
três vitórias na LPGA (SBS Open
at Turtle Bay, Stanford International Pro-Am e Michelob Ultra
Open at Kingsmill), além de mais
de um milhão de dólares. Com a
reputação consolidada e um papel cada vez mais preponderante
na defesa do golfe feminino, Annika decidiu então dar por terminada a sua carreira competitiva
e iniciou-se na vida empresarial.
Atualmente ela conduz negócios
nas mais diversas áreas, sob a
sua marca: ANNIKA.
Perfil
Nascida em: 9 de outubro de 1970, em Bro (Suécia)
Altura: 1,68m
Casada com: Mike McGee (2009)
Filhos: Ava Madelyn McGee (2009)
Tornou-se profissional em: 1992
Aposentou-se em: 2008
Vitórias profissionais: 89 (72 no LPGA Tour)
Majors conquistados: 10
Prêmios: Rolex Player of the Year (1995, 1997, 1998, 2001,
2002, 2003, 2004 e 2005), Vare Trophy (1995, 1996, 1998,
2001, 2002 e 2005) e World Golf Hall of Fame (2003)
55
interatividade
O golfe ao vivo
TV New Golf
pela internet
❙❙
Fotos: funfsports.com / divulgação
Zeca Rodriguez entrevista Ronaldo Francisco no Guarapiranga Golf & Country Club
Em parceria com a Fünf Sports, TV New Golf
completa 70 programas semanais e inova
com transmissões de eventos ao vivo
56
E
m maio de 2009, um
mês após o lançamento da Revista New Golf,
foi criado o primeiro
programa semanal de
golfe apresentado ao vivo pela
internet. Com as principais notícias do esporte no Brasil e no
mundo, entrevistas de especialistas, reportagens e comentários, o TV New Golf surgiu em
parceria com o portal esportivo Fünf Sports, para preencher
este espaço e, depois de um ano
e meio no ar, já completou 70
edições. O programa tem duração de cerca de 20 minutos e é
apresentado pelo jornalista Zeca
Rodriguez. “Estamos preparando
novidades para o próximo ano.
Queremos dar cada vez mais
uma cara de noticiário com variedades do esporte, com divisões de blocos, vinhetas, além
manter as entrevistas e reportagens que já temos hoje”, comenta Zeca, que também é redator e
editor assistente da Revista New
Golf.
Para marcar a continuidade
das atividades e inovações, o canal lançou outra iniciativa inédita durante os meses de setembro
e outubro, que marcaram as pri-
meiras transmissões ao vivo de
eventos de golfe no Brasil, primeiro durante a Febragolfe 2010,
com um programa de uma hora
e meia, direto do Transamérica
Expo Center, no dia 17 de setembro. Um estúdio foi montado na
feira e diversos convidados foram entrevistados, entre eles o
organizador do evento Christian
Bartz, o diretor da Pokerstars
Celso Forster, Rubão Barrichello,
entre muito outros expositores e
palestrantes. Entre um convidado e outro, eram mostradas imagens da feira e o apresentador
Zeca Rodriguez passava mais informações sobre o evento.
Cerca de um mês depois, a TV
New Golf fez a primeira transmissão ao vivo de um torneio
de golfe pela internet. Foi no 39º
Aberto do Guarapiranga Golf &
Country Club - I Copa Embrase
de Profissionais, competição disputada de 21 a 24 de outubro. A
equipe da Fünf Sports montou
toda a sua estrutura e o programa, que foi ao ar no final da tarde de domingo, 24, dia da final,
começou com imagens gravadas
dando um resumo do jogo até
aquele momento, com resultados, informações e entrevistas
❙❙
Christian Bartz durante a Febragolfe 2010
gravadas. Quando o grupo dos líderes do torneio de profissionais
chegou ao buraco 18, o final da
disputa foi transmitido ao vivo
com duas câmeras; uma do tee,
pegando a batida dos jogadores,
e outra no fairway e no green,
que possibilitou aos internautas
o acompanhamento do final do
jogo e da comemoração do campeão Ronaldo Francisco. A programação continuou com várias
entrevistas com patrocinadores,
golfistas e organizadores. Foram
quase três horas no ar.
“Foi um sucesso. Sentimos
que isso é apenas o início de um
grande trabalho. O próprio programa semanal também passará
por muitas reformulações, apresentando mais interatividade.
Então a tendência é que cresçamos muito a partir do próximo
ano, agora com essa novidade
das transmissões ao vivo”, comenta Evandro Queiroz, diretor
da Fünf Sports.
Para saber mais, acesse
www.newgolf.com.br e clique
em “TV New Golf”
57
torneios internacionais
O ano
The Tour / FedEx Cup
é de Jim Furyk
Com o título do Tour Championship, o norte-americano
sagrou-se campeão também da FedEx Cup e arrematou
a maior premiação da temporada; uma bolada de mais
de 11 milhões de dólares
Sempre contido em suas comemorações, Jim Furyk abriu
uma exceção no East Lake Golf
Club, em Atlanta, no dia 26 de
setembro, mas foi por um bom
motivo. Quando viu que havia
embocado a tacada que lhe dava
o título do Tour Championship,
o americano de 40 anos vibrou
como um menino, muito provavelmente porque tenha se dado
conta que a vitória lhe daria também o troféu da FedEx Cup. Com
duas grandes primeiras rodadas,
quando fez 67 e 65, o jogador assegurou o primeiro posto no torneio com 272 tacadas, fechando
com oito abaixo do par, apenas
uma à frente do vice-campeão,
o britânico Luke Donald. “Foi um
momento muito especial. Que
ano incrível!”, vibrou Furyk, que
teve seu grande momento no buraco 18 do domingo, quando precisava do par, estava na banca e
só tinha mais duas tacadas. Na
saída da areia, ele deixou a bola
quase dada, concluiu com êxito
e só comemorou. “Estou muito
feliz. Me preocupei em ganhar o
torneio, independentemente da
oportunidade de levar a tempo-
58
rada”, lembrou o campeão. O terceiro posto coube ao sul-africano
Retief Goosen, que fechou o torneio em 274 tacadas, ficando seis
abaixo do par e somente duas
atrás do campeão.
Contando os
dólares
Ao melhor estilo Tio Patinhas, Jim Furyk terá trabalho
para contar o “dinheirinho” que
conquistou no final de semana
de 23 a 26 de setembro. Pela vitória no Tour Championship, último torneio dos playoffs da FedEx
Cup, Jim Furyk arrematou o prêmio de 1 milhão 350 mil dólares,
que já não seria nada mal. Então
some-se a isso a bagatela de 10
milhões de dólares que o jogador
levou para casa por ter sido também o campeão da temporada.
São 11 milhões 350 mil dólares,
sem dúvida, a grande premiação
de 2010. O segundo colocado na
FedEx Cup foi o americano Matt
Kuchar, que levou 3 milhões de
dólares pelo resultado, sendo o
segundo maior premiado do dia.
O inglês Luke Donald também
recheou os bolsos com os 2 milhões de dólares pelo terceiro lugar na temporada somados aos
810 mil dólares pelo vice-campeonato no Tour Championship.
Classificação
The Tour Championship
1º Jim Furyk (EUA)
67+65+70+70 / 272 tacadas (-8)
US$ 1.350.000,00
2º Luke Donald (GBR)
66+66+71+70 / 273 tacadas (-7)
US$ 810.000,00
3º Retief Goosen (AFS)
71+66+66+71 / 274 tacadas (-6)
US$ 517.500,00
4º Nick Watney (EUA)
71+74+63+67 / 275 tacadas (-5)
US$ 330.000,00
4º Paul Casey (GBR)
66+71+69+69 / 275 tacadas (-5)
US$ 330.000,00
6º Charley Hoffman (EUA)
71+67+69+70 / 277 tacadas (-3)
US$ 270.000,00
Ilustração: Marco Antonio Rodrigues
Classificação final
da FedEx Cup 2010
1º Jim Furyk (EUA)
2.980 pontos
US$ 10.000.000,00
2º Matt Kuchar (EUA)
2.728 pontos
US$ 3.000.000,00
3º Luke Donald (GBR)
2.700 pontos
US$ 2.000.000,00
4º Charley Hoffman (EUA)
2.500 pontos
US$ 1.500.000,00
5º Dustin Johnson (EUA)
2.493 pontos
US$ 1.000.000,00
6º Paul Casey (GBR)
2.250 pontos
US$ 800.000,00
59
opinião
Um bom ano
por Marco Antonio Rodrigues*
P
arece até que vamos
escrever sobre enologia, mas a verdade
é que se o golfe fosse
comparado aos vinhos,
poderíamos dizer que este ano
de 2010 foi de boas safras, e em
vários aspectos.
Financeiramente, para o PGA
Tour, ao contrário do que se
andou comentando por aí, foi
ótimo. Muitos contratos foram
cancelados, porém substituídos
por outros nos mesmos termos.
Mais da metade dos patrocinadores dos últimos anos renovou
seus contratos e nunca se ganhou tanto dinheiro no esporte,
a ponto de os dois atletas que
mais faturaram no mundo serem golfistas.
O “incidente” Tiger Woods foi
uma lição para todos os esportes,
de que é muito arriscado quando
se tem um grande ídolo e tudo se
concentra em cima deste mesmo
expoente. Aconteceu nos anos 90,
na NBA, quando Michael Jordan
foi jogar baseball. Mas a volta de
Tiger, mais “mortal” do que nunca, provou que o golfe está acima
de tudo. Para compensar algumas
perdas de audiência em torneios
em que ele esteve ausente ou jogou mal, tivemos todos os recordes batidos quando ele retornou
em abril, no Masters de Augusta,
e durante a emocionante competição da Ryder Cup deste ano. O
americano justificou sua fama e
jogou muito bem.
60
Tiger Woods
Graeme McDowell
Phil Mickelson e Angel Cabrera
Mandela e Louis Oosthuizen
Tivemos a grata surpresa de
ver jovens como Rory McIlroy,
Bubba Watson, Dustin Johnson,
Graeme McDowell, Louis Oosthuizen, Martin Kaymer, enfim,
muitos novos valores que estão
provando que, depois de 1997,
com a chegada de Tiger Woods,
tudo mudou. Hoje o golfe está
mais potente, mais atlético, mais
preparado e mais talentoso.
Os veteranos como Stricker,
Kutchar, Els, Mickelson e Furyk
se reinventaram e tiveram um
ano brilhante. A vitória de Jim
Furyk no The Tour e na Fedex
Cup mostrou ao mundo que a
estratégia e a precisão no golfe
podem significar tanto quanto a
força e distância.
Só nos resta torcer para que
2011 seja igual ou melhor que
2010. Não faltarão patrocínios,
nem telespectadores, tampouco
grandes talentos ou momentos
emocionantes para deixar-nos
colados na TV.
*Marco Antonio Rodrigues é
comentarista e narrador de golfe
na ESPN.
61
torneios nacionais
Show de
39º Aberto do Guarapiranga / Copa Embrase
Ronaldo Francisco
Confirmando sua excelente fase, o jogador
do interior de São Paulo foi impecável e
sobrou na I Copa Embrase de Profissionais
Por Zeca Rodriguez
Fotos: Zeca Rodriguez / funfsports.com
62
R
eforçado pelo paraguaio Carlos Franco,
o time dos melhores
profissionais do Brasil esteve presente
no Guarapiranga Golf & Country
Club, em São Paulo, de 21 a 24 de
outubro. Simultaneamente com
a 39ª edição do tradicional Aberto do Guarapiranga, foi realizada
a I Copa Embrase de Profissionais, torneio que ficou marcado
por um verdadeiro show de Ronaldo Francisco. Para conquistar seu quarto título válido pelo
ranking nacional na temporada,
o jogador do Quinta do Golfe, de
São José do Rio Preto (SP), liderou a disputa desde o primeiro
dia e confirmou a vitória com
sobras, fechando os quatro dias
com 272 tacadas, 12 abaixo do
par, um dos melhores desempenhos da história do campo. “Em
todos os torneios que participo,
minha estratégia é tentar me
preocupar somente com o meu
jogo e com o campo. Procuro
não ficar olhando para o placar.
Só fui perguntar para o meu
caddie qual era o meu resultado
no green do buraco 18 deste último dia”, conta Ronaldo Francisco, que levou 10 mil reais pela vitória. “Está sendo um ano muito
bom para mim. Conquistei todos
os torneios que disputei válidos
pelo ranking, além de duas etapas do Mini-Tour. Isso é fruto do
meu treino e do apoio de meus
patrocinadores. Sem isso eu não
❙❙
❙❙
João Corteiz
Rogério Bernardo
teria condições de seguir em
frente”, lembra o campeão, que é
apoiado pela YKP e pelo seu clube, o Quinta do Golfe, e que nesta temporada já havia vencido o
LG Vivo Championship, no Clube
de Campo, o Chevrolet Open, no
PL Golf Clube, além do Aberto do
Arujá Golf Clube.
Empatados em segundo lugar
na I Copa Embrase de Profissionais ficaram Rogério Bernardo e
João Corteiz, ambos com 284 tacadas, fechando no par do campo. Na sequência da classificação
final aparece Marcos Silva, que
garantiu o quarto lugar da competição com 285 tacadas, ficando
empatado com uma das estrelas do evento, o paraguaio Carlos Franco, dono de quatro títulos do PGA Tour e com quase 10
milhões de dólares em prêmios
conquistados na carreira. “Gosto
muito de jogar no Brasil. Sempre
que posso venho para cá. Tenho
diversos amigos por aqui”, dis-
se Franco, que já havia vindo ao
Brasil neste ano para as disputas
do LG Vivo Championship e do
Torneio Casa da Paz. “Realmente
o Ronaldo Francisco está jogan-
❙❙
Carlos Franco
63
❙❙
Caco, da Embrase
❙❙
Ruriko Nakamura e Antonio Nascimento
do muito bem. Parabéns a ele”,
reconheceu o paraguaio.
Além do patrocínio da Embrase, o torneio, que distribuiu
50 mil reais aos primeiros colocados entre os profissionais,
contou com apoio da rede de restaurantes Andiamo, Konar ArCondicionado, Samsung e Sunson, YKP e MHM - Sociedade de
Advogados.
Amadores
Claro que os golfistas amadores também fizeram a festa no
39º Aberto do Guarapiranga Golf
& Country Club. Destaques para
Moacir Avancini e Ruriko Nakamura, que ficaram com os títulos da categoria scratch após 36
buracos jogados. Jogador do clube anfitrião, Avancini garantiu
o primeiro posto com 151 tacadas, seguido por Pedro Luca, de
Bauru, que somou 155. Já Ruriko
Nakamura, sócia do Lago Azul,
de Araçoiaba da Serra, venceu
64
com extrema facilidade. Ela fechou a competição com 159 tacadas, 19 a menos que a vicecampeã, Eun Mee Kim, sócia do
Guarapiranga, que jogou 178.
Nas outras categorias, Adão
da Silva foi o melhor na disputa
de handicap índex até 8,5 e Jorge Chan, sócio do Clube de Golfe
de Campinas, venceu a categoria handicap de 8,6 a 14. Já na
competição para jogadores de
handicap de 14,1 a 19,4, a vitória
ficou com Leonardo Bustamante, de Poços de Caldas, enquanto Francisco Becker, do Guarujá
❙❙
Pedro Luca e Moacir Avancini
Golfe Clube, dominou o torneio
de 19,5 a 25,5. Entre as mulheres,
a jogadora da casa Josefina Youn,
venceu a categoria de handicap
índex até 16 e Sae Lossano ficou
com a vitória na disputa de 16,1
até 25,7.
A equipe comandada pelo
profissional Odair Lima sagrouse campeã do torneio Pro-Am,
competição que abriu a programação do 39º Aberto do Guarapiranga Golf & Country Club - Copa
Embrase de Profissionais. O grupo fechou com 117 tacadas. Lima
jogou em companhia de Odecio
Lenci, Francisco Matarazzo, Patrício Mendizabal e Ivan Jorge Ribeiro. O time de Claudio Pedroso
também somou 117 tacadas, mas
ficou com o vice no desempate. O
profissional foi a campo com Gilberto Kassai, Hyung Cha, Jaime
Chen e Mario Shimabukuro.
eventos nacionais
Entre tacadas
Fotos: Alexandre Kid
Oakley Golf Day
e lançamentos
❙❙
Fernando (Luxottica) e Ricardo De Conto
Pelo terceiro ano, golfe é tema do evento que apresentou
novidades da Oakley. Clientes e jogadores profissionais
estiveram presentes
N
ovamente o golfe
esteve em pauta no
evento que marcou
a apresentação de
algumas das novidades da Oakley para o próximo
trimestre. Realizado nos dias 20
e 21 de outubro na nova sede
da empresa californiana, em
São Paulo, a terceira edição do
❙❙
Jonas, Ricardo e Célia
Oakley Golf Day reuniu cerca de
70 convidados que representaram 20 dos principais clientes da
marca em todo o País. Entre os
novos modelos já disponíveis no
mercado, destacam-se os masculinos Whisker e FatCat, que
possui forte influência retrô dos
skatistas dos anos 80. Na linha
solar, a peça BatWolf foi lançada
no Brasil antes do que em qualquer outro local.
Identificada com o esporte, a
Oakley escolheu o tema “golfe”
por ser uma modalidade com
características que coincidem
com a personalidade da empresa. Contando com as presenças
dos jogadores profissionais Felipe Lessa e Pedro Gatti, o evento
teve um ambiente para que os
convidados pudessem praticar o
esporte entre um lançamento e
outro. O local contou com o mais
moderno simulador de golfe do
mundo, o ProTee, que é utilizado
no treinamento de atletas profissionais e sempre é a sensação
dos principais eventos do esporte pelo Brasil. Também foram
organizados campeonatos internos entre os participantes para
maior interação.
❙❙
Pedro Gatti
65
preparação física
Peitoral: melhore
sua amplitude
no backswing
por Africa Alarcón*
T
rabalhar os músculos
dos membros superiores que atuam no
swing é uma ótima
maneira de melhorar
a potência da tacada e de prevenir lesões, que em muitos casos
são ocasionadas por fatores limitantes de flexibilidade. Um dos
fatores que mais restringem a
amplitude do swing é a falta de
flexibilidade de peitoral somada
à fraqueza dos músculos da coluna torácica. Quando isso acontece prejudica, não somente a
trajetória do taco no downswing,
mas também a postura no
stance. Os ombros ficam caídos
e a coluna perde sua postura
neutra. A pessoa apresenta uma
postura arredondada na parte
superior da coluna, como se fosse uma leve corcunda. Esta postura vai provocar dores na parte
superior das costas e um desvio
à frente da cabeça, afetando assim o alinhamento da coluna
desde a cervical até a lombar e
prejudicando a torção.
A implicação deste desvio
está na performance do swing.
Na falta de flexibilidade em algum ponto, nosso corpo tenta
compensar levando ao extremo
alguma outra parte. No caso
do peitoral, a falta de flexibilidade no braço direito (para os
destros) e esquerdo (para os canhotos) provoca limitação na
66
amplitude do backswing, já que
o braço não consegue a abertura ideal. Para compensar esta
falta de amplitude a tendência
é exagerar a torção da coluna
na região torácica e quando
isto não é possível sobrecarregamos a lombar e os joelhos
e acaba acontecendo um desvio muito comum: o chamado
sway. O jogador que apresenta
sway desvia seu centro de gravidade no sentido oposto do
alvo, ou seja, o destro vai deslocar seu quadril para a direita
durante o backswing e apoiar
seu peso totalmente no pé direito. Este desvio vai causar
instabilidade na tacada e atrapalhar o timing no downswing.
O sway não é causado somente pela falta de flexibilidade no
peitoral e sim por uma soma de
vários fatores. Nesta edição vamos discutir somente o peitoral
e a coluna torácica e apresentar
alguns exercícios para corrigir
este defeito.
O músculo encurtado por falta de exercícios de alongamento
tem menor capacidade de se contrair e em alguns casos mais graves apresenta menor número de
sarcômeros, que são as unidades
de contração do músculo, mas a
boa notícia é que esta condição é
reversível com exercícios de flexibilidade. Esta incapacidade de
se contrair vai provocar menor
geração de força principalmente
no caso do peitoral direito, que
está especialmente ativo durante a fase de aceleração. A menor
capacidade de se contrair vai
provocar menor geração de força
nesta fase e consequentemente
menor aceleração do taco antes
do impacto.
Mas como podemos saber se
apresentamos um caso de falta
de flexibilidade de peitoral? O
teste a ser realizado é fácil. Deitado sobre um rolo de espuma,
ou algumas toalhas dobradas e
colocadas no comprimento da
coluna, deixe seus braços abertos com as palmas das mãos
para cima e os cotovelos flexionados a 90 graus. No caso
de boa flexibilidade, seus antebraços e o dorso das mãos poderiam tocar o chão sem sentir
qualquer dor.
O ombro oposto ao alvo (direito no caso dos destros) precisa
apresentar uma rotação externa
e adução horizontal ideal para
conseguir uma boa amplitude
de movimento e não sobrecarregar as estruturas do ombro.
Um jogador habilidoso consegue
girar o ombro horizontalmente
melhor do que um jogador não
habilidoso, indicando maior amplitude no backswing. Isto foi
provado em um estudo realizado
nos Estados Unidos e publicado
em 2008 no International Journal
of Sports Medicine.
O trabalho de flexibilidade de
peitoral pode ser feito junto com
sua rotina normal de exercícios.
Para ganho de flexibilidade realize os movimentos sugeridos
a seguir duas vezes por semana e não se esqueça de aquecer
e alongar os ombros e peitoral.
Antes de jogar apenas faça os
exercícios em uma intensidade
mais leve.
O trabalho de fortalecimento
dos músculos na coluna dorsal
vai ajudar a melhorar a postura
no backswing e a estabilizar a
cintura escapular. Estes músculos fazem com que os ombros
fiquem em uma posição mais
reta, tanto no stance como na
postura ereta, e contribuem
para a saúde de sua coluna vertebral.
Fortalecimento de upper back:
1- Super-homem
no chão:
Deitado com os braços a 90
graus do lado do tronco, inspire,
contraia o abdômen e realize
uma extensão da coluna, levantando o peito do chão. Tente
manter as pernas imóveis. A seguir estenda os braços soltando
o ar e flexione inspirando. Repita cinco vezes. Tente evitar
olhar para frente para não estender demais o pescoço.
2- Quadrúpede:
Em quatro apoios com a coluna neutra, inspire, estenda o braço
direito e a perna esquerda. Segure a posição neutra da coluna por
três respirações e volte à posição inicial. Repita com o braço esquerdo e perna direita.
67
Flexibilidade e fortalecimento de peitoral:
3- Alongamento
passivo na bola:
Deite na bola com os braços e
palmas das mãos abertas e relaxe por 3 minutos.
4- Adução de
ombro com
elásticos:
Prenda um elástico de tensão média no alto de um espaldar. Fique de lado na posição de stance e segure o elástico com o cotovelo
semi flexionado. Realizando um movimento de adução, desça o braço até encostar as duas mãos. Repita 10 vezes e mude de posição
para trabalhar o outro braço.
Na próxima edição discutiremos o fortalecimento
dos músculos que seguram
o ombro. Até lá desejo a todos muitos birdies!
Agradecimento: Rodrigo Richter
68
*Africa Madueño Alarcón
Formada em Educação
Física (USP). Especializada
em treinamento físico para
golfe pela Hole in One
Pilates for Golf USA.
Certificada Personal Trainer
pelo American College of
Sports and Medicine.
[email protected]
Aruba Pro-Am Golf Tournament
Comandada pelo profissional Dino Pádua, a equipe
brasileira fez bonito e venceu no paradisíaco
cenário da ilha caribenha
V
itória brasileira na
16ª edição do Aruba
International Pro-Am
Golf
Tournament,
tradicional e charmoso torneio de golfe realizado
anualmente em Aruba, no Caribe. Formada pelo profissional
Fernando Pádua Soares, o Dino, e
pelos amadores Adriana Cinelly,
Mario Moreira, Ricardo Pinto e
Roberto Dhelomme, a equipe do
Brasil venceu a competição, que
se encerrou no dia 29 de agosto. Adriana Cinelly e Roberto
Dhelomme foram escolhidos
para disputar o torneio graças à
vitória no Circuito Chevrolet de
Golfe - Etapa Malibu, realizada
em julho no São Fernando Golf
Club, em Cotia (SP). Já Mario Mo-
reira e Ricardo Pinto venceram o
Festival de Golfe do Novo Frade,
disputado também em julho, em
Angra dos Reis (RJ).
O time brasileiro somou 182
tacadas nos dois dias de disputa,
contra 187 dos segundos colocados, os norte-americanos Scott
Nei (profissional), Andy Dorer,
Davis Moser, Larry Stohs e Ryan
Hamond (amadores). Ao todo
participaram do torneio 24 equipes de 10 países diferentes. O
evento foi realizado no Tierra del
Sol Spa & Country Club, resort
de alto padrão que conta com
campo profissional de 18 buracos projetado por Robert Trent
Jones Jr., arquiteto reconhecido
e renomado no mundo do golfe.
De localização privilegiada, o
campo está situado em meio à
paisagem desértica do interior
de Aruba, que se contrasta com
a vista para o mar azul do Caribe
mais ao fundo.
❙❙
Brasileiros comemoram em Aruba
69
torneios internacionais
Fotos: Divulgação
Em Aruba,
deu Brasil
fisioterapia
O quadril na
prática golfe
por Claudio Zezza*
M
ais uma vez orgulhoso de estar
presente nesta
importante revista, que tanto
sucesso fez nessa última Febragolfe, um maravilhoso e aconchegante evento. A New Golf
contou com a maioria esmagadora dos palestrantes da feira.
Parabenizo toda a equipe, que,
com muito empenho e dedicação, está cada vez mais presente
no mundo dos golfistas levando
sempre muita seriedade e profissionalismo.
Indo diretamente ao tema,
vamos falar do quadril. Assustei-me ao pesquisar e constatar
que não existem incidências de
lesões dessa articulação. Mas
isso não é privilégio do golfe,
não. Na maioria dos esportes o
quadril é, de certa forma, menosprezado, apresentando pouca ou quase nenhuma relevância científica, pelo menos por
enquanto.
O fato do quadril não ser
muito discutido nas áreas esportivas pode se explicar por
alguns motivos básicos. Em primeiro lugar é uma articulação
extremamente estável do ponto
de vista biomecânico e incrivelmente forte na grande maioria
70
da população, embora para alguns visualmente não pareça.
Do lado ortopédico foi uma das
últimas a contar com diagnósticos precisos e técnicas cirúrgicas modernas, levando sempre
à lembrança de que quem tem
lesão no quadril geralmente é
por artrose e a solução para isso
sempre é a prótese. Coisa de
vovó, não é? E mais... quantos
especialistas em quadril você
conhece? De joelho e ombro está
cheio, mas e quadril? Realmente
são poucos.
Com o advento da artroressonância, ou seja, ressonância nuclear magnética com
contraste, o quadril começou
a aparecer no meio ortopédico
esportivo com lesões características e tratamentos específicos, tanto da ortopedia como da
fisioterapia. A lesão de Lábrum
ou Lábio tornou-se notória em
nosso País, após as lesões de
nosso inigualável Guga, o Gustavo Kürten, do tênis, que viveu
um drama com cirurgias e reabilitação para tentar voltar ao
seu esporte, e que infelizmente
não teve grande sucesso.
Explicando um pouco essa
lesão, trata-se de uma “fissura”
do lábio acetabular, que nada
mais é que uma “continuação”
da cartilagem que recobre a
articulação do quadril com o
fêmur, característica em desportistas que utilizam de muita
rotação do quadril. Opa! Olha o
golfe aí...
A rotação interna do quadril
esquerdo no finish é algo impressionante (ver foto ao lado).
Mas será que todos nós fazemos isso? Se não fazemos, deveríamos, pois é essa rotação
que, de certa forma, tira a sobrecarga da coluna. Ao não conseguirmos realizar a adequada
rotação do quadril para o finish,
tendemos a dar a famosa “barrigada”, a fim de completarmos
o movimento. Isso geralmente
ocorre no drive, quando o movimento depende de maior amplitude e força.
Cabe aqui salientar que nessa edição, como não existem
lesões do quadril descritas na
literatura para o golfe, quis chamar a atenção para essa articulação que, como todas as outras,
é fundamental para o jogo.
Os glúteos máximo e médio,
principalmente, bem como todos os outros músculos do quadril, têm seu papel bem delimitado no swing do golfe. O glúteo
máximo é responsável por estabilizar meu tronco à frente sem
que eu caia ou exerça
força demasiada na coluna. O glúteo médio é
responsável por estabilizar lateralmente meu
tronco e rodar meu
quadril para lateral ou
externamente.
Esse último músculo
citado, o glúteo médio, é
motivo de estudo de alguns autores como responsável por um swing
inadequado. Seu encurtamento impediria a
melhor rotação interna
do fêmur limitando o
movimento do finish.
Pois se não conseguimos a rotação do fêmur
iremos compensar na
coluna. Fazendo alguns
testes e um rápido exame, um especialista
pode detectar esse possível encurtamento ou
ainda essa assimetria
nas rotações da perna
direita e esquerda.
Então, sem medo de
ser repetitivo, digo e insisto que uma boa preparação aliada a uma
minuciosa
avaliação
corporal podem, sem
dúvida alguma, melhorar ou ainda prevenir
movimentos compensatórios que muitas
vezes são lesivos. A
combinação de uma
razoável
flexibilidade
juntamente com um
equilíbrio muscular, tanto em
lateralidade como em especificidade do esporte, é o que faz a
diferença.
Mais uma vez agradeço a
atenção de todos e espero ter
contribuído de alguma forma
para um melhor entendimento
desta “máquina” perfeita que é
o corpo humano, combinada a
esse esporte que, com um objetivo tão simples, consegue ser
um dos mais complexos.
Despedindo-me, desejo a todos excelentes jogos com aprendizados e melhorias constantes
e fico no aguardo de nos encontramos na próxima edição.
* Ft. Cláudio A. M. Zezza
[email protected]
Mestre em fisioterapia esportiva
pela UNIFESP-EPM
Especialista no aparelho locomotor
no esporte UNIFESP-EPM
Especialista em Ortopedia e
Traumatologia UMC
71
técnica
O que os pés
querem dizer
No momento em que se opta por determinado
taco para se executar uma jogada já passa a
existir também um alinhamento mais indicado
para pés no stance em relação à posição da
bola. São detalhes que podem fazer toda a
diferença na hora da tacada
72
O
s tacos têm comprimentos e angulações diferentes e,
obviamente,
cada
um produz um determinado tipo de resultado. Alguns fazem com que a bola voe
mais alto, mas não tão longe,
outros resultam em tiros mais
potentes e rasantes. Tudo vai
depender da situação de jogo na
qual o golfista se encontra. Porém, uma vez escolhido o taco
para aquela dada jogada, o golfista tem que passar a ficar muito
atento com a posição da bola em
relação ao posicionamento dos
seus pés na hora do swing. Alguns profissionais preferem apenas variar a abertura do stance e
manter a posição da bola sempre
alinhada pelo calcanhar esquerdo (para o destro). Outros jogadores optam por mudar ligeiramente o local da bola na hora da
tacada. “Cada tipo de taco pede
um determinado posicionamento da bola em relação aos pés.
Isso faz com que o impacto aconteça no momento correto e a jogada seja mais eficiente”, explica
o professor Dino Pádua, que dividiu os tipos de tacadas em cinco
posicionamentos distintos.
1º nível - Bola no meio
Para as tacadas utilizando o pitching wedge, o sand wedge ou o
ferro 9, o mais indicado é que a bola esteja bem ao centro do espaço
que compreende a abertura entre um pé e outro no stance. São tacos
com a vara mais curta, portanto o melhor momento para o impacto
na bola normalmente se dará nesse ponto.
Ex: pitching wedge
2º nível - Um pouco à esquerda
Na sequência, vêm as tacadas com os ferros 8, 7 ou 6. Neste caso,
a bola deve ser colocada um nível à esquerda, mas ainda perto do
meio. A explicação é a mesma; proporcionar o encontro do taco com
a bola no instante em que será gerada uma tacada mais eficiente,
sempre levando em conta a angulação da cabeça e o comprimento
da vara.
Ex: ferro 7
73
3º nível - Mais à esquerda
Aqui a bola está chegando mais perto do alinhamento do pé esquerdo e a dica é utilizar esse
posicionamento quando os tacos escolhidos são
os ferros 5, 4 ou 3, que já possuem vara um pouco
mais longa e menor angulação. A tacada perde altura em relação às anteriores, Ex: ferro 4
mas alcançará uma distância maior.
4º nível - Quase no pé esquerdo
Este é o penúltimo estágio, quando a bola já
está posicionada bem próxima do alinhamento
do calcanhar esquerdo. Normalmente aqui são
usados os híbridos ou as madeiras. A tacada terá
ainda menos altura e mais
potência.
Ex: hídrido
5º nível - Alinhado no pé esquerdo
Para se bater utilizando o drive, o ideal é que
a bola esteja totalmente na linha do pé esquerdo. A vara bem mais longa do taco fará com que
o impacto aconteça de forma natural justamente
naquela região, o que irá produzir uma tacada muito mais
Driver
eficiente.
74
Da banca
Quando a bola cai em alguma banca de areia
que esteja cercando o green, a forma que o jogador
vai preferir sair de lá provavelmente irá depender
da localização da bandeira. Se ela estiver perto, a
ideia é fazer a bola subir mais e parar quando tocar
o solo. Neste caso, a bola deve estar mais alinhada com o pé esquerdo. Quanto mais longe o objetivo estiver, mais o golfista vai querer que a bola
role. Para isso a bola deve estar mais ao centro do
stance para que o movimento seja prolongado e
gere uma tacada com mais força.
1
2
3
Casos especiais
Em certas situações do jogo, o golfista pode
abrir mão do posicionamento mais indicado para
cada tacada. Em um dia de muito vento, para se
evitar a resistência do ar, pode-se optar por um
golpe mais rasante, mesmo que o taco tenha certa angulação que faria naturalmente a bola subir
um pouco mais. Para isso, a bola tem de estar mais
atrasada no stance, ou seja, um pouco mais próxima do pé direito. (foto 1) Assim como a intenção
pode ser fazer a bola subir mais do que o normal,
para se transpor um obstáculo como uma árvore.
Neste caso, a bola deve ser colocada mais alinhada
com o pé esquerdo. (foto 2)
1
1
2
3
Professor
Dino Pádua
2
Fernando Figueiredo Pádua Soares, do Clube de
Campo de São Paulo, tem 48
anos, é golfista desde 1966 e
profissional desde 1999. Classificado pela PGA Brasil (Associação dos Golfistas
Profissionais do Brasil) e pelo CREF (Conselho Regional de Educação Física) para ministrar aulas e
cursos de golfe. Já fez diversos cursos no exterior
com profissionais renomados como Jim McLean,
Mitchell Spearman, Kevin Perkins, entre outros.
Dino Pádua promove clínicas abordando todos os
fundamentos do esporte, é professor de golfe e palestrante em importantes eventos do País.
75
Equipamentos
São Bento Golfe
Rua Mateus Grou, 152
São Paulo – SP
www.saobentogolfe.com.br
Fone: (11) 3086-3117
Bolsas de mão Puma Weekender
- Preço promocional: R$ 130,00
(em 3x no cartão de crédito)
* Tamanho aproximado: 25x30x50cm
* 2 divisões internas protegidas por tela
* 1 bolso interno com fechamento por zíper
* Compartimento para sapatos com acesso externo
por zíper
* Alça removível
Bolas Zero Friction 312
- R$ 105,00 (em 3x no cartão de crédito)
* Superfície de 312 dimples, que traz baixa resistência do ar. A construção de duas peças a consolida como uma legítima bola de distância. Possui compressão 80 com uma
macia camada de surlyn. O jogo no green fica diferenciado, com um toque macio, que
permite uma rolagem suave e consistente, sem abrir mão da distância desejada.
* As bolas Zero Friction ZF Distance são produtos ecologicamente corretos. Do núcleo
à sua cobertura, elas são produzidas com materiais 100% renováveis e com uma mistura exclusiva de polímeros e materiais sintéticos não tóxicos, que a tornam uma
alternativa mais saudável para o meio ambiente.
* Cada trio de bolas é acompanhado por três tees Zero Friction biodegradáveis, líder
em performance nos campeonatos de Longest Driver nos EUA, sendo um tee tamanho 3 1/4 para Drivers, um tee tamanho 2 3/4 para madeiras e outro tamanho 1 3/4
para híbridos e ferros.
76
Lançamentos 2010
Wedge Tour Edge TGS Series
R$ 320,00 (em 3x no cartão de crédito)
Varas Pure Feel Steel
Set Tour Edge Bazooka QLS 5-PW Grafite
R$ 1.299,00 (em 3x no cartão de crédito)
Varas Ladies, Seniors e Regular
Set Tour Edge Geomax 2 5-PW Grafite
- R$ 1.820,00 (em 3x no cartão de crédito)
Varas Ladies, Seniors e Regular
Madeira Exotics XCG3
R$ 899,00 (em 3x no cartão de crédito)
Vara Fujikura Motore 65
Driver Tour Edge HT Max
R$ 699,00 (em 3x no cartão de crédito)
Vara UST MAMIYA 65 Series
77
Golfe e futebol americano
Para os fãs de golfe e futebol americano e aproveitando o início de temporada da
NFL, a São Bento Golfe traz com exclusividade coleções de bolsas e marcadores
personalizados com os principais times da mais importante e famosa liga da
modalidade no mundo. Os marcadores são feitos em metal e com os logos das
equipes dos dois lados. As bolsas possuem selo de autenticidade, licenciadas
pela NFL. Elas são do tipo Stand Bag, com 14 divisões para tacos, 5 divisões externas, cooler externo, porta toalha e porta guarda-chuva.
Preço de lançamento dos marcadores
R$ 12,90 cada
Preço de lançamento
das bolsas - R$ 775,00
(em até 3x no cartão de crédito)
Times disponíveis
New Orleans Saints, Pittsburg Steelers, New York
Giants, Buffalo Bills, San Francisco 49ers, New England
Patriots, Oakland Raiders, entre outros.
78
Brasil Golf ® (SPGC)
Golf Shop (CPG)
Rua Deputado João Bravo Caldeira, 273
São Paulo – SP
Fones: (11) 3884-6411 (11) 2619-6411
(11) 2307-6411 (11) 2495-6411
Titleist Staff Bag - Tamanho médio
- R$ 1.195,00
Aparência e espaço das bolsas usadas pelos profissionais
do Tour com menor peso e mais acessibilidade.
Del Mar
Linha Scotty Cameron Califórnia
- R$ 1.228,00
Coronado
Monterrey
Hollywood
Entre os modelos mais procurados estão o Monterrey,
Coronado, Del Mar e Hollywood.
79
Lançamentos
Nova linha de metais Titleist
Driver 910 D2 e D3, Fairway Wood 910 F
e Hibrido 910H - R$ 1.195,00
910 D3
Alta performance 445 cc: Cabeça pear-shaped clássica
que produz trajetória média com spin médio-baixo.
910 D2
Alta Performance 460 cc: Cabeça pearshaped total que produz trajetória média-alta com spin médio-baixo.
910 F Fairway Woods
(Disponível no Brasil em fevereiro de 2011)
-R$ 935,00
Acompanham o novo 910 Driver com a mesma tecnologia SureFit com dois planos de ajuste, permitindo otimização da trajetória mediante a combinação de lie e loft ideais
para cada jogador.
910 H Híbrido
- R$ 825,00
Complementa a nova linha de metais com superior tecnologia de ajuste
de trajetória com os tradicionais benefícios inerentes aos Fairway Woods da
Titleist. Maior precisão e menor spin do que as madeiras de loft equivalente e
trajetórias mais elevadas e com melhor controle que os ferros de mesmo loft.
80
Calendário CBG
de Golfe em 2011
Fruto de parceria entre CBG e Brasil 1,
o Pro Tour terá quatro etapas de R$ 100
mil e valerá vagas para o Brasil Open,
que distribuirá bolsa de R$ 250 mil e
reunirá melhores do continente
A
Confederação Brasileira de Golfe e
a Brasil 1 Esporte
divulgaram o calendário oficial de
eventos da entidade para o golfe
profissional brasileiro em 2011.
O anúncio foi feito durante um
evento realizado no dia 19 de outubro, no Club A, na zona sul da
capital paulista. A iniciativa faz
parte dos preparativos dos atletas brasileiros para a volta do
golfe às Olimpíadas, no Rio 2016.
A maior novidade é a criação do
Circuito Brasileiro de Golfe - CBG
Pro Tour, a ser disputado em quatro etapas no ano que vem. Cada
um dos torneios reunirá 60 jogadores e terá três dias de duração,
com premiação de R$ 100 mil.
O circuito se inicia em abril,
no Rio Grande do Sul. Em maio
a segunda etapa acontece no
Estado de São Paulo. Em agosto
é a vez do Rio de Janeiro. Em setembro, a quarta e última etapa
acontece no Paraná. As cidades
81
torneios nacionais
Foto: Zeca Resendes
Brasil terá Circuito
e campos que sediarão os torneios ainda serão anunciados.
Os melhores jogadores do CBG
Pro Tour se classificarão para o
Brasil Open, novo nome do tradicional Aberto do Brasil, o mais
prestigiado torneio profissional
do País. O Brasil Open acontecerá em dezembro de 2011 em quatro dias de competição em local a
ser definido. O evento distribuirá
R$ 250 mil em prêmios e reunirá
100 dos melhores profissionais
da América do Sul.
No lado feminino, o Rio de Janeiro receberá de 27 a 29 de maio
a terceira edição do HSBC LPGA
Brasil Cup. Etapa do LPGA Tour,
principal circuito de golfe da atualidade, o torneio reunirá algumas das principais golfistas do
mundo, que lutarão por uma premiação superior a US$ 700 mil, a
maior do golfe sul-americano.
Durante o evento, a Brasil 1
Esporte foi anunciada como a
agência de marketing da Confederação Brasileira de Golfe. “A
criação de um circuito profissional é vital para a preparação dos
atletas brasileiros para os Jogos
de 2016, que vão marcar o retorno do golfe às Olimpíadas”, diz
Rachid Orra, presidente da Confederação Brasileira de Golfe. “O
golfe vive um momento único em
sua história no País. Estamos certos que o CBG Pro Tour, o Brasil
Open e o HSBC LPGA Brasil Cup
contribuirão para o crescimento e consolidação do golfe brasileiro”, diz Alan Adler, diretor da
Brasil 1. “Ao nos unirmos, mais
uma vez provaremos ao mundo
que o Brasil, quando provocado,
se transforma numa força imbatível. Nada resiste ao trabalho.
Venceremos as dificuldades e
colocaremos golfistas brasileiros
nos Jogos Olímpicos de 2016”, disse Paulo Pacheco, vice-presidente
de marketing da CBG.
buraco 19
A volta
dos rosados
82
Produto da mistura dos vinhos branco e
tinto? Bebida para mulher? Na verdade ele
está mais leve e com mais personalidade.
Desvende os mitos e deixe-se levar pelos
aromas do vinho rose
Gianni Tartari*
N
os anos 70 era muito consumido. Na
década seguinte foi
considerado cafona
e se tornou motivo
de chacota. Após uma série de
melhorias no processo de vinificação, o vinho rose voltou mais
leve, cheio de personalidade e
frescor.
Na verdade, o caminho percorrido pelo vinho rosado ao longo dos últimos trinta anos também é marcado por mitos que,
em algumas regiões, insistem
em cercá-lo. Por exemplo: muitos
ainda acreditam, erroneamente,
que o rose é feito a partir da mistura de vinhos branco e tinto.
Pura crença. As uvas utilizadas
no processo de produção de vinhos roses são as tintas, que têm
mais aroma e força. A diferença
é que o suco fica pouco tempo
em contato com a casca, ao contrário do que acontece com a
produção do vinho tinto.
Outro equívoco bastante
comum é achar que, devido à
sua tonalidade rosada e paladar leve, o rose virou bebida de
mulher. Embora esse estigma
ainda exista nos dias de hoje, a
evolução dos processos de produção e qualidade é reconhecida por todos os apreciadores de
vinhos, sejam esses homens ou
mulheres.
E nós, brasileiros, temos ain-
da mais motivos para consumilo. Moramos em um País tropical,
que propicia ótimas condições
para o consumo de roses à beiramar, num final de tarde, happy
hour ou mesmo em casa, após
um longo dia de trabalho. Se me
permitem a dica, vale a pena
variar e substituir a tradicional cerveja por um rose gelado,
entre 14 e 16 graus. Aproveite e
harmonize com uma caprichada porção de frutos do mar “à la
brasileira”. Só lembre-se de que
o vinho rose não tem a obrigatoriedade de acompanhar pratos,
pois é versátil o suficiente para
valorizar um bate-papo casual e
momentos de lazer.
Para ajudar os menos íntimos dessa bebida relativamente nova, recomendo o francês
Clos Canos Rosé Corbières 2007.
Elaborado com um interessante
assemblage de uvas típicas de
Corbières, 25% Grenache Blanc,
25% Grenache Gris, 25% Grenache Noir e 25% Syrah, o vinho
apresenta uma linda cor rosada
pálida, aromas de flores brancas,
paladar refrescante e de médio
corpo.
E para os paladares mais
acostumados com a leveza dos
roses, sugiro dois rótulos produzidos por Rimauresq, da Provence, considerado o melhor lugar
do mundo para a produção desse
tipo de vinho. O Rosé Classique
Cru Classé 2008 mostra uma sutileza aromática surpreendente
e ainda garante um toque delicado, refrescante e com boa intensidade e persistência. O R Cru
Classé Rosé 2008, produzido com
o assemblage de vinhas velhas
de Cinsault 30%, Grenache 60% e
Syrah 10%, é de cor rosada clara. A colheita e seleção das frutas são feitas pela manhã para
preservar o frescor dos aromas.
A maceração é longa, feita a frio
em tanques de aço inox com
controle de temperatura.
Gianni Tartari é sommelier da
Enoteca Fasano.
83
pelo Brasil
Chuva de
“hole in one”
Alfredo de Larrea, Marcelo Varella, Henrique Lopez e Ruriko
Nakamura fizeram com que a precisão encontrasse a sorte
N
os últimos meses,
alguns ilustres golfistas amadores do
Brasil experimentaram a incrível
sensação de resolver o problema
de um buraco em uma só tacada.
O famoso hole in one é sempre
muito comemorado pelo jogador,
que sempre está acompanhando
de amigos e familiares.
Inspirado pelo suntuoso cenário do litoral baiano, Alfredo
de Larrea só precisou de uma
tacada com seu ferro 5 para embocar no buraco 17 do Comandatuba Ocean Course. O feito
aconteceu no dia 5 de setembro,
em um torneio organizado por
Fernando e Cecília Moura, e foi
testemunhado por Luiz Gonzaga
Dias Filho e seu filho, André Reis
e Rita de Larrea.
Está certo que não foi em nenhum torneio, mas Marcelo Va-
❙❙
Alfredo de Larrea
84
rella abusou ao fazer um hole in
one no dia 28 de julho e emendar outro quatro dias depois, no
dia 1º de agosto. As duas jogadas
aconteceram no Terras de São
José Golfe Clube, em Itu, no interior de São Paulo. O primeiro foi
no buraco 12, batendo com um
ferro 8. Depois a estrela de Varella brilhou no buraco 15, quando ele bateu com um ferro 6. Es-
❙❙
Henrique Lopez
❙❙
Ruriko Nakamura
❙❙
Marcelo Varella
tavam lá para comemorar junto
com o sortudo Rodolfo Menendez, Arnaldo Mohr e companhia.
Outro hole in one saiu no
Aberto do Guarapiranga. O sócio
do São Fernando Golf Club, de
Cotia, Henrique Lopez registrou
a façanha no dia 23 de outubro,
ao embocar de primeira no buraco 16, usando um ferro 8 e vendo
sua bola cair sem pingar, em um
só vôo. Ele estava em companhia
dos amigos Wagner de Angelis e
Arthur Ramondini.
Ruriko Nakamura também
deixou sua marca neste time ao
embocar de primeira no buraco 13
durante o Aberto do Damha Golf
Club, em São Carlos (SP), no dia 30
de outubro. Como prêmio, a golfista levou uma passagem aérea da
Azul Linhas Aéreas para qualquer
lugar do Brasil. Vale lembrar que se
fosse no buraco 6, ela teria levado
um Space Fox 0 km, oferecimento
da New Golf e da Volkswagen.
curtas
Projeto LAR
N
o dia 24 de setembro, o VistaVerde
Golf Club, em Araçariguama da Serra
(SP), sediou o 2º Torneio de Golfe Beneficente Projeto
LAR & Giovanni Draft FBC, que
fez parte de uma agenda de ações
e eventos realizadas durante o
ano em prol da instituição. Cerca
de 100 participantes estiveram
em campo e toda a renda das
inscrições for revertida para o
Projeto, que é um abrigo, em Sistema Casa Lar, que atende crianças e adolescentes em situação
de risco, propiciando condições
familiares ao desenvolvimento e
reintegração social e priorizando
a vida em família. Os troféus são
pratos pintados pelas próprias
❙❙
Os campeões do torneio
crianças da entidade. O evento,
que contou com as presenças de
Felipe Almeida, Aurélio Lopes,
João Batista, Marcos Rosset, Jorge
Adati, entre outros, teve o patrocínio da Giovanni Draft FBC e os
apoios de Rei do Mate e de Reinaldo Martins & Advogados
Presente para o campeão
D
urante a I Copa Embrase de Profissionais, realizada no
Guarapiranga Golf
& Country Club, o
narrador da ESPN Marco Antonio
Rodrigues, que também é colunista da New Golf e caricaturista, presenteou o golfista Ronaldo
Francisco com o desenho que foi
capa da Revista New Golf nº 6.
“Fiquei muito contente. Fiz até
um quadro com a revista e ficou
lindo. Parabéns ao Marco. Acho
que ele conseguiu pegar todos os
detalhes. Agora esse quadro vai
dar o que falar em São José do
Rio Preto”, brincou Ronaldo após
receber sua caricatura das mãos
de Marco Antonio.
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charge
charge de Marco Antonio Rodrigues
“Filha, eu adoraria lhe mostrar, mas seu pai
gravou uma aula de golfe na fita de vídeo
original do nosso casamento!”
Frase do mês
“Nos dias de hoje, os grandes empresários passam a manhã no escritório
conversando sobre golfe e a tarde no campo de golfe falando de negócios!”
Marco Antonio Rodrigues
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