Versão PDF - NEEMAAC - Universidade de Coimbra

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Versão PDF - NEEMAAC - Universidade de Coimbra
JORNAIS HÁ MUITOS, REVISTA HÁ SÓ UMA
MAI 2015
VISITA À LIDERGRAF
FEIRA DE EMPREGO
WOMEN IN ENGINEERING
PEDRO CARVALHO NO
FUTSAL AAC
À CONVERSA COM...
PROF. CRISTÓVÃO SILVA
OS 10 JOGOS MAIS
ESPERADOS DO ANO
E MUITO MAIS NO TEU PISTON!
MAIO’15
6 ESTIEM
Numa colaboração entre o ESTIEM e a AEGI-UC vários
estudantes visitaram a Lidergraf em Vila do Conde, fica
a saber mais!
9 FEIRA DE EMPREGO
Decorreu nos dias 29 e 30 de Abril, a Feira de Emprego da UC no Departamento de Engenharia Civil e o
NEEMAAC esteve lá!
13 À CONVERSA COM...
Prof. Cristóvão Silva
Estivemos à conversa com o Diretor do DEM, uma entrevista
que não podes perder!
16 MUNDO AUTOMÓVEL
Aficionado ou não por automóveis quase de certeza
que já ouviste falar do “Inferno Verde”, descobre mais
sobre uma das melhores pistas automóveis do mundo!
20 WHAT’S HOT?
Os 10 jogos mais esperados do ano estão aqui, será que
vai viver para as expectativas?
22 ENGINE GIRL
Fica a saber mais sobre o IEEE e a WIE, duas associações
focadas no desenvolvimento tecnológico!
29 SECÇÕES E TU
Futsal
Um dos desportos em maior crescimento no nosso
país e presente com força na AAC!
2http://www2.dem.uc.pt/neemaac/piston-online.html
5Editorial
6
Intelligentia Ex Machina
10 Visita à Lidergraf
12 Queima das Fitas ‘15
12 Liga Polo II
13 Carros Alegóricos do DEM no Cortejo
13 Mesa de Matraquilhos
15 Feira de Emprego
16 À Conversa Com... Prof. Cristóvão Silva
24 Crónica De Um Título Anunciado
26 Planeta Académica: No Fio da Navalha
27Nürburgring
31 Almanaque Cultural
33 Os 10 Jogos Mais Esperados
38 Women In Engineering
39Futsal
40Aparvafusando
40Sudoku
RÚBRICAS
6
ENGENHARIA DE TOPO
28
MUNDO AUTOMÓVEL
6
ENGENHARIA DE TOPO
27
MUNDO AUTOMÓVEL
6
ENGENHARIA DE TOPO
31
ALMANAQUE CULTURAL
10ESTIEM
33
WHAT’S HOT?
12NOTÍCIAS
38
ENGINE GIRL
16
À CONVERSA COM
39
SECÇÕES E TU
24
CÍRCULO CENTRAL
40APARVAFUSANDO
Piston NEEMAAC
MAIO’15
MIGUEL CLEMENTE
DIRETOR, EDITOR, PRODUÇÃO GRÁFICA
ANTÓNIO ALMEIDA
VICE-DIRETOR
FOTOGRAFIA
Queres colaborar connosco?
Encontraste algum erro ou informação errada?
Queres agradecer ou elogiar o nosso trabalho?
Escreve-nos para
[email protected]
INÊS SILVA
REDACÇÃO
RITA SOUSA
MIGUEL CLEMENTE
CRONISTAS
André Portugal
BERNARDO FRANCA
Francisco Vieira e Brito
INÊS SILVA
Joana Marques Ferreira
RICARDO BAILA
Sérgio Almeida
Válter Ferreira
PROPRIEDADE
NEEMAAC
IMPRESSÃO
AAC
DISTRIBUIÇÃO
PISTON ONLINE
NEEMAAC
MIGUEL CLEMENTE
JOÃO MACHADO
TIRAGEM
XX EXEMPLARES
AGRADECIMENTOS
PROF. CRISTÓVÃO SILVA
PEDRO CARVALHO
TIAGO NUNES
EGI’NDEMAIS
HOND’A MAMAS?
MIEM AQUI DE GATAS
4http://www2.dem.uc.pt/neemaac/piston-online.html
Hoje, 365 dias mais tarde, é hora de dizer um adeus e formular as devidas reflexões e despedidas. É com um misto de orgulho e saudade que viajo um ano no tempo, e me recordo da vontade
forte e aguerrida, com que esta equipa, esta família NEEMAAC 14/15, se propunha a intervir no seu
Departamento pelos seus colegas. De volta ao presente, sinto-me feliz por dizer que conseguimos.
Dado o estereótipo actual que se coloca sobre os dirigentes associativos, devido a exemplos
que na sua maioria nem partem dos Núcleos, sentimos que a única forma que teríamos de desmistifica-lo seria através de todo o nosso trabalho e dedicação por ti. Desde o primeiro dia que procurámos
chegar mais perto de ti, pois esse foi e deve continuar a ser sempre o objectivo de quem está deste
lado, já que sem ti, tudo o que fazemos é ineficiente.
Nesta nossa “segunda casa” desejo que se caminhe no sentido de um sistema de meritocracia.
Devemos não ligar a aparências, eleitoralismos ou ilusões de potencial e reconhecer a dedicação e
compromisso de quem participa, sugere a inovação e todos os dias marca presença no que executamos
e planeamos.
Reconhecer mais um grande ano da Comunicação e Imagem, com várias conquistas, e um
Piston a continuar em excelente regularidade. Um ano de Cultura com um recorde absoluto de actividades, em que às mesmas se juntou extrema qualidade e rigor na organização. E reconhecer um ano
em que, o pelouro mais recente do NEEMAAC, Acção e Formação, se apresentou num excelente nível,
representando uma real mais-valia para todos os nossos estudantes. Destaco ainda uma Semana de
Receção ao Caloiro, Ciclos de Conferência, as já habituais Jornadas Pedagógicas, com uns inquéritos
reformulados onde se procurou aumentar a especificação das respostas do nosso público-alvo, e uma
Latada Histórica. E por muito mais me poderia alongar.
Bem sei, e também eu agora o reconheço, que mais poderíamos ter feito. Um Núcleo deve ser
feito de superação anual, em que a cada ano a ambição se eleva, o saber se acumula e novos recordes
são estabelecidos com a certeza de que mais tarde ou mais cedo serão batidos. A nossa superação foi
feita, e ainda assim há sempre uma nostalgia apaixonada de desejar sempre mais para aquilo que
aprendemos a priorizar. O futuro passa por continuar a apostar num desenvolvimento nos métodos de
trabalho, estabelecendo padrões de organização e formas de actuar que facilitem o trabalho de todos.
Automatizando o trabalho, aproveitando as já existentes bases sustentáveis, os passos na afirmação
e no desenvolvimento pessoal de cada um vão continuar a ser dados.
Fica, no baixar do pano, a minha garantia que continuarei a estar por perto, para tudo o que for
preciso. Espero continuar a ver o NEEMAAC a crescer contigo e por ti. Sei que o vou ver.
Viva o NEEMAAC, VIVA O DEM
FILIPE AMARO, PRESIDENTE DO NEEMAAC
E com esta me despeço…
Antes de mais um grande obrigado a quem me deu a oportunidade de entrar numa equipa
fabulosa e meu deu a liberdade de reinventar uma marca do passado. Depois o meu profundo agradecimento, pela confiança, pela amizade, pela troca de opiniões, conselhos e mútuo respeito à família
deste ano do núcleo.
Este meu projeto do Piston, que só existe porque há pessoas que se entregarem a ele como eu
me entreguei, é meu porque é deles. É nosso, e só é nosso porque há pessoas que se interessam por
ele e que fazem com que seja delas também, portanto é nosso porque é vosso. Obrigado a todos os
que participaram nestes dois anos, quer escrevendo, quer lendo, quer tendo gosto e vontade de fazer
parte de uma ou outra edição. Tenho confiança e certeza da qualidade de quem seguir estas pisadas,
por isso continuem atentos e interessados que o Piston seguirá em força.
Foram dois anos de NEEMAAC, dois anos de Comunicação e Imagem, dois anos de Piston.
Dois anos de descobrimento e desenvolvimento pessoal, dois anos que fazem toda a diferença numa
vida académica. E como a de Coimbra não há igual. E em Coimbra como a do DEM não há igual. E com
esta me despeço…
MIGUEL CLEMENTE, DIRETOR DO PISTON
Piston NEEMAAC
Intelligentia Ex Machina
O que é que DNA, proteínas, óptica e física quântica têm a ver com o elemento químico silício?
Os processadores em voga são, regra geral, feitos em silício. E desde o início da computação que o
poder de processamento dos computadores duplica a cada 18 meses (Lei de Moore). Isto é conseguido
através da redução progressiva do tamanho dos transístores usados nos processadores, de silício.
Haverá um ponto, já não muito distante, em que não se poderá reduzir mais o tamanho dos transístores, sendo este ponto “crítico” ditado pelas características físicas do silício. Assim,
dentro em pouco tempo, o tipo de processadores terá de ser alterado.
E os candidatos já em estudo são esses mesmos: processadores baseados em
DNA, proteínas, óptica e física quântica.
O primeiro funciona tentando plagiar o DNA, uma cadeia altamente complexa de
informação armazenada através da sequenciação de uma data de monómeros ligados em
pares, sendo cada monómero de um tipo de entre quatro, e cuja estrutura, única para
cada ser vivo, retém toda a informação que constitui esse mesmo ser vivo. E foi já longe,
em 1994, que Leonard Adleman demonstrou pela primeira vez o uso de DNA como
forma de computação para resolver um problema de grafos de sete pontos. Desde então houve um desenvolvimento gradual na área, e em 2013 conseguiu-se armazenar um
JPEG, alguns sonetos de Shakespeare e um ficheiro áudio com um discurso de Martin
Luther King Jr. num aparelho de armazenamento digital por DNA (Janeiro) e produzir
um “transcriptor” (nome para um transístor biológico por DNA) (Março).
O segundo, processadores baseados em proteínas, tem uma pretensão
semelhante ao primeiro, mas usando outro tipo de moléculas orgânicas.
Estrutura de DNA
por Michael Ströck
Os processadores baseados em óptica serão talvez o elemento desta lista com menos resultados demonstrados a nível de computação propriamente dita. Há no entanto investigação considerável
a ser feita na área (repare-se, ainda que não se trate do mesmo, na
massificação do uso de fibra óptica, por exemplo).
E finalmente os processadores baseados na mecânica quântica.
Que serão, talvez, aqueles que mais diferem da lógica dos computadores actuais na maneira como conseguem operações lógicas.
Ciclo NOT óptico
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MAIO 2015
Ainda dentro do assunto, é de referir que esta semana, 25
de Maio, foi publicado um artigo na Nature Nanotechnology que
relata ter sido conseguido algo teorizado há 40 anos atrás: a criação de um díodo molecular de célula única, por uma equipa interdisciplinar de investigadores dos EUA.
Quererá isto dizer que o chip de silício está perto de morto?
Ainda não, ainda tem espaço para evoluir, e a ciência está permanentemente a surpreender com novas soluções. Exemplo disto
mesmo é um artigo publicado na Nature Photonics na passada
semana, a 18 de Maio, a demonstrar a criação do até agora mais
pequeno polarizador divisor de feixes, feito com uns impressionantes 2.4 micrómetros quadrados, componente essencial Esfera de Bloch, uma representação de um qubit,
em chips fotónicos de silício. Seja este um exemplo da
o equivalente quântico a um bit
passagem do silício a outros métodos ( já que a velocidade
a que a informação se propaga por via de electrões ou de
fotões - leia-se electricidade e luz - é incomparável, o que poderá levar à tentativa de substituição de
tudo o que é transmissão de informação através dos primeiros pelos segundos) ou mais uma carta da
tecnologia do silício, facto é que muita investigação e desenvolvimento foram feitos com o silício, e
para já, ele impera.
http://www.nature.com/nphoton/journal/vaop/ncurrent/full/nphoton.2015.80.html
Mas é também um facto inegável que as alternativas à sua utilização são muito promissoras,
e que qualquer sistema que aumente o número de estados possíveis para lá do binário, é um sistema
muitíssimo apetecível no que a capacidade computacional diz respeito.
E sabendo isto tudo, podemos prever que a Lei de Moore se poderá manter actual, com a ressalva do salto que se poderá dar quando algum dos tipos de sistemas aqui referidos se tornar comum,
e que a computação e tecnologia cada vez mais integrem materiais orgânicos. Onde é que isso nos
deixa e o que é que isso implica?
Para já, um dos preconceitos a quebrar é o de que toda a evolução é positiva. Isto não é necessariamente verdade.
Como facto que ajude a esclarecer este ponto, é oportuno referir que o QI médio a nível mundial tem vindo a descer de forma mais ou menos linear desde a década de 1950, depois de ter tido
Piston NEEMAAC
um aumento assinalável conhecido
por Efeito de Flynn, que justifica esse
aumento como consequência da melhoria genérica das condições de vida,
nomeadamente do acesso mais geral
a um alimentação saudável e completa
e o impacto desse acesso no desenvolvimento infantil e juvenil.
No entanto, após a década de
50, o QI e o tempo de reacção médio
vêem uma inversão de rumo, sendo o acesso fácil à tecSerá? Ilustração de Casey VanDehy
nologia uma das causas apontadas em primeiro lugar. O
tema é controverso, até pela legitimidade posta em causa ao conceito e avaliação do QI em si, mas
penso que toda a gente concorda que, bom ou mau, é um indicador. Tal como é um pouco inegável
a carga de processamento que o cérebro vê negada ou alterada devido ao uso intenso da tecnologia,
desde a memória ao raciocínio, passando por quase todas as outras capacidades, incluindo as sociais.
Dito isto, há que ver que as tecnologias criadas
pelo Homem sempre tiveram como objectivo facilitarlhe a vida. Tornar a vida mais prazerosa. Uma extensão
do seu intelecto e mente. Para o bom e para o mau.
Se até agora falamos de gadgets e aparelhos
físicos, daqui para a frente a tecnologia deixará de ser
tipicamente de metal para passar a ser parte integrante do nosso corpo.
E do outro lado da linha temos a inteligência da
própria tecnologia. A inteligência artificial.
Recentemente houve algumas vozes conhecidas na comunidade académica e científica, entre as quais a de Stephen Hawking,
que discorreram num discurso alarmista em relação a este tema, alguns mesmo chegando a apontar 2025 como o ano em que a inteligência artificial ultrapassará a humana.
Simultaneamente saiu nos cinemas o filme Ex Machina, um
filme razoavelmente bom, que directa ou indirectamente fala sobre alguns dos tópicos aqui mencionados. Para quem não viu, fica o
conselho para que parem por aqui a vossa leitura, vão ver o filme e
voltem depois de pensarem em tudo o que lá está implícito.
O cenário é de robôs dotados de uma inteligência artificial
suficientemente avançada que lhes permite ter consciência (o Inglês
tem pelo menos duas palavras que se traduzem em Português como
consciência - conscience e consciounsness, referindo-se a primeira à
capacidade de distinção entre o “bem e o mal” e a segunda à percepção da existência, nossa e dos outros - aqui usei consciência com
o segundo significado). E esses robôs, confinados a um espaço limitado, e cujos componentes lhes permitem afigurar-se a humanos,
fazem um plano para conseguir fugir.
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MAIO 2015
ENGENHARIA DE TOPO
Os pontos que destaco são fundamentalmente dois:
- Acima foi vagamente descrito o porquê de daqui para a frente a tecnologia vir a deixar de existir apenas sob a forma de acessórios e extras que podemos usar, para passar a fazer parte do nosso
corpo, tanto para substituir partes dele como também para melhorar capacidades, mas há que ver que,
exactamente por isso, as próprias máquinas serão muito mais “humanas” ou, pelo menos, biológicas.
É curioso que o filme retrate isso de uma forma ligeira, como com o tecido que serve de pele aos robôs
por exemplo;
- Muito ao estilo da HAL 9000, também aqui os robôs não tinham qualquer tipo de empatia pelos seres humanos. Não apenas isso, mas para o plano robótico funcionar era necessário induzir e
manipular emoções em humanos. O que levanta algumas questões, como por exemplo, será que se
conseguirmos evoluir a inteligência artificial ao nível da existência de uma consciência, será que não
surgirão emoções? Ou seja, não serão as emoções uma consequência de um nível de inteligência?
Poderemos impregnar-lhe como raiz imutável alguma coisa do tipo das Leis de Asimov para
nos protegermos e salvaguardarmos? E qual o significado da existência de um organismo, ainda que
“computacional”, que seja mais inteligente e capaz que nós?
Mais ainda: se desenvolvermos uma geração de “computadores” cujo armazenamento e processamento se faça em moléculas do tipo DNA, ou “apenas” meramente biológicas, a partir de que
ponto poderemos considerar que estamos a criar Vida?
Este é o último artigo do Piston este ano. Para mim, e para outros tantos, será definitivamente
o último. Foi um genuíno prazer poder participar durante dois anos neste projecto e no NEEMAAC.
Houve ambição, houve determinação que nos permitiu fazer as coisas. Houve ambição para em muito
aumentar aquilo em que pegámos. E houve ambição para ainda mais do que conseguimos. Mas aquilo
que conseguimos, pelo menos as partes em que participei, do site e do Piston, não teriam sido possíveis sem a orientação e amizade do Miguel Clemente. E por isso lhe deixo aqui um forte abraço.
Mas um capítulo que acaba é o prelúdio para outro que começa, e seguindo a lógico que tentei
seguir nestas crónicos, convido-vos a todos a passar por um projecto do qual faço parte, o 3PO, que
tenciona ser um ponto em Português no que possa juntar Engenharia e Medicina, fazendo revisões e
interpretações de artigos científicos da área, e ocasionalmente uma ou outra opinião ou notícia que se
enquadrem no tema. Assim, fica a dica: www.3po.pt
RICARDO BAILA
Piston NEEMAAC
Visita à Lidergraf
No passado dia 29 de Abril de 2015, a Associação de Engenharia e Gestão Industrial da
Universidade de Coimbra/LG COIMBRA ESTIEM
organizou, no âmbito das relações empresarias,
uma visita de estudo à empresa Lidergraf em Vila
do Conde. A Lidergraf é uma empresa bastante
conceituada e cem por cento portuguesa que opera industrialmente como gráfica. Ao nível de
produto final desta empresa, temos como exemplo livros escolares e revistas, algumas delas extremamente conhecidas como a revista Magazine
do Continente e a revista Cristina.
Contámos com a presença de alunos
de todos os anos do curso de Engenharia e
Gestão Industrial, tanto de licenciatura como
de mestrado, que positivamente não só puderam assistir ao decorrer dos processos fabris no seu normal quotidiano, como também participaram
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MAIO 2015
numa palestra sobre o funcionamento da empresa
na qual se mencionou e discutiu temas sobre as
técnicas estratégicas de melhoria contínua, tais
como, por exemplo, os 5S, Kaizen e SMED.
Para ainda tornar esta actividade mais
enriquecedora a nível educacional e profissional, fomos muito bem recebidos durante a visita
pela Senhora Directora Técnica, Andrea Carneiro,
Engenheira com pós graduação em Engenharia e
Gestão Industrial.
Mais uma meta positivamente cumprida para
esta associação de estudantes de EGI desta
cidade universitária, porque nunca é demais
cultivar a aprendizagem para aqueles que querem aprender.
Joana marques ferreira
Piston NEEMAAC
Queima das Fitas ‘15
Este ano a Queima das Fitas realizou-se entre os dias 8 e 15 de Maio e contou, como é habitual,
com um grande variedade de atividades desportivas, culturais e também noturnas. É sempre uma semana muito especial para todos os estudantes mas, particularmente, para os novos Fitados e para os
Cartolados.
Às 23.59h do dia 7 de Maio começou a Monumental Serenata que celebra o início oficial da
Queima. Padrinhos traçam a capa aos seus afilhados e os finalistas choram, sentados nas escadas da
Sé Velha, ao som da Balada da Despedida. Na sexta-feira começaram as noites do parque com a estreia
de James Arthur em Portugal. Sábado pudemos contar com uma noite mais portuguesa, ao som dos
The Gift e Miguel Araújo. Chegado Domingo, chegou o dia mais esperado por muitos estudantes, o dia
do Cortejo. Fazem-se os últimos preparativos nos carros e a festa dos novos Fitados. Durante a noite
cantou-se ao som do eterno Quim Barreiros, que ainda não falhou nenhum ano. Ao longo do resto da
semana contou-se ainda com Tara Perdida, DAMA, DJ BL3ND, Sam The Kid e Mundo Segundo e The
Kooks.
Esta pequena semana de férias e loucuras representa o culminar de um ano de muito trabalho
sendo a semana mais esperada do ano por todos os estudantes da Universidade de Coimbra e, talvez,
Portugal, aquele merecido descanso imediatamente antes da época de exames do 2º semestre.
RITA SOUSA
Liga Polo II
Os núcleos que representam os estudantes do Pólo II da Universidade de Coimbra uniram esforços e concretizaram pela primeira vez a Liga Pólo II. Nos passados dias 12 e 19 de Março, 16 de Abril
e 21 de Maio, no campo de Sta. Cruz, estiveram em competição as 3 melhores equipas apuradas por
cada Departamento lutando pelo tão ambicionado troféu somado a uma elevada quantia monetária
para os grandes vencedores.
Felicitamos os “#sogostamosdefalacios” pelo seu primeiro lugar, bem como o Melhor Marcador: José Francisco (5J - 10G) (Equipa - Não Tem) e o Melhor Guarda-Redes: Ricardo Luiz (3J - 1GS)
(Equipa - Greenpiça). Parabenizamos de igual modo as equipas que honrosamente representaram o
nosso Departamento.
Que seja uma actividade para continuar pela próxima família do Pólo II.
FILIPE AMARO
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MAIO 2015
Escrevo em nome de 34 elementos que no início sabiam poucos mais do que os nomes uns dos outros. Da mesma cidade ou não.
Sotaques diferentes, rotinas diferentes, amigos diferentes, ideais
diferentes, mas com um objetivo em comum: fazer do cortejo da
Queima das Fitas um dos melhores dias das nossas vidas.
Foram dias e dias de trabalho: desde burocracias a desentendimentos, desde marcar e desmarcar reuniões, desde discussões que acabavam sempre em “malta, malta… Vamos ter
calma, assim não vamos a lado nenhum.”, desde noites e dias a fazer
flores ou “florélias”, como diz o nosso presidente; desde de descobrir o caminho para o armazém onde estava o nosso “tão desejado” carro, desde tudo isto e muito mais, conseguimos construir um
carro que vamos levar para sempre no nosso coração como o “Carro do povo”,
o Famoso
32. Mas acima de tudo, conseguimos reunir um grupo de pessoas que não se
co n h e cia m
e transformá-las num grupo de amigos unidos, uns mais que outros, como em todo lado, mas que
trabalharam sempre para o mesmo.
Fomos totalmente apanhados de surpresa quando nos deparámos no sítio onde estava o nosso
carro: “Vamos construir um carro encostado a uma parede, onde quase nem dá para uma pessoa passar?”, pois… sim, construímos. E o mais surpreendente foi que acabou por ser isso o que deu mais
piada à nossa semana. Isso e todas as piadas, e berros, e pessoas que conhecemos, e gritos de curso
para curso, e manobras para colocar uma simples flor no ponto mais alto ou mais baixo do carro.
Foram estas pequenas coisas e estas “poucas” pessoas que fizeram com que não nos arrependêssemos de nos ter envolvido neste projeto, e que fizeram com que todo o trabalho valesse a pena.
Falo por mim quando digo que fiz amigos que vou levar para sempre, e um dia que vou recordar
como marcante que foi.
Entre lágrimas e sorrisos: Obrigada, amigos. Obrigada, 32. Obrigada, Coimbra.
Saudações académicas,
O carro “MIEM aqui de gatas”, fitados De Engenharia Mecânica 2014/2015
MARIANA CAMPOS FERREIRA
Mais um ano, mais uma queima, mais um cortejo. No passado
Domingo dia 10 de Maio do corrente ano, realizou-se na nossa emblemática cidade mais um ilustre cortejo da nossa festa académica.
Porém, este ano com a nuance de sermos nós, finalistas de engenharia mecânica a ter a honra de construir o nosso carro alegórico.
Mas, até que o nosso carro alegórico conseguisse estar feito teve
que se lutar muito, com o intuito de se angariar os fundos necessários e suficientes para o verdadeiro dia, para aquisição do material
distribuído no dia. Esta é uma festa de cariz internacional e única,
como é possível constatar para quem a vive. Dos momentos que me
recordo do passado Domingo destaco o convívio e a alegria vivida
durante todo o percurso, desde a porta férrea até à portagem. É sem
dúvida um dia marcante para todos nós, para mais tarde recordar e
contar aos nossos descendentes.
Estes últimos dois anos de preparativos para o cortejo ficarão na nossa memória. Foram cimentadas amizades e feitas muitas novas. Foram tempos de muito trabalho, desde as primeiras reuniões,
organização de jantares de curso, convívios, já para não falar no investimento de tempo, de dinheiro,
de trabalho de cada um de nós para ser possível construir o Hond’a Mamas.
Termino assim, saudando os colegas que foram comigo no carro, e desejando o melhor aos
próximos que vão embarcar nesta aventura. Aproveitem bem, uma vez que este é um dia memorável!
Jóni Gaspar
Piston NEEMAAC
Levou dois anos a preparar... Dois anos de expectativa, dois anos de planeamento, dois anos de trabalho.
Pensávamos nós que seria fácil fazer ouvir 26 pessoas
tão diferentes, até chegar à altura de tomar decisões... E a
aventura começou aí.
Eram tantas as coisas por fazer: nome por escolher,
prazos por cumprir, brindes por vender, convívios por
organizar...
Uns mais que outros, cada um de nós deu o seu contributo, fez aquilo que pode para tornar aquele carro, o
NOSSO carro; fazer daquele dia, o NOSSO dia.
Naquela tarde Coimbra foi nossa, de mais ninguém.
Não há como explicar, invadiu-nos uma adrenalina e
uma felicidade, que nos preencheu a alma e nos fez entender a tradição.
E agora o que fica?
Fica a saudade. Saudade de momentos bem passados, sentimentos incríveis e memórias inesquecíveis.
É tempo para dizer: “Uma vez Coimbra, para sempre saudade”.
RITA RODRIGUES
Mesa de Matraquilhos
O NEEMAAC disponibiliza a partir de agora uma mesa de matraquilhos para recreação dos
alunos do DEM. Colocada junto ao bar, cada jogo terá 7 bolas com um custo de 20 cêntimos. Pede-se
aos utilizadores que respeitem o equipamento e que evitem causar danos no mesmo, afinal serve para
o divertimento de todos. Boas matracadas!
MIGUEL CLEMENTE
14
MAIO 2015
O final do mês passado foi tempo de reflexão sobre o futuro profissional dos estudantes da
nossa academia, com especial enfoque para os finalistas. Nos dias 29 e 30 de Abril, realizou-se a Feira
de Emprego da UC, uma iniciativa a cargo do Gabinete de Saídas Profissionais que alocou o evento
na FCTUC, especificamente no departamento de engenharia civil. Durante estes dois dias, estudantes
das mais variadas áreas puderam contar com palestras sobre diversas particularidades da inserção no
mercado de trabalho e a prosperidade do mesmo, workshops de dinâmica de grupo e dicas sobre o
CV e entrevistas e, ainda, a apresentação de mais de 3 dezenas de empresas, algumas, inclusivamente,
em fase de recrutamento e prontas para dar oportunidades à nossa comunidade.
Como não podia deixar de ser, o NEEMAAC esteve lá! Apesar do elevado número de consultoras ou de empresas de IT, foram-nos disponibilizadas oportunidades para engenharia mecânica e
gestão industrial, com a representação da Activespace Technologies, a Galp e a Bosch, por exemplo.
Uma das partes mais pró-ativas foi a participação no pitch durante a sessão de recrutamento da Bosch,
isto porque constituiu numa experiência diferente de recrutamento e que tem vindo a ganhar cada vez
mais adeptos nos recursos humanos de várias empresas. Por isso estejam abertos a este tipo de ações
na hora de desbravarem na procura de trabalho! As palestras permitiram a obtenção de um insight atualizado do emprego, através de estatísticas nacionais, de exemplos de motivação e dicas de iniciação
e perpetuação da carreira profissional, não descurando a referência ao valor da educação e formação,
nomeadamente ao nível do ensino superior. No final, ainda houve tempo para uma experiência de
palestra mais dinâmica com recurso a exercícios simples com a interação do público, tudo para que, a
terminar o evento, nos sentíssemos mais confiantes e audazes na altura de arregaçar as mangas!
Ao fim e ao cabo, uma das conclusões mais importantes desta Feira de Emprego foi a de que,
ainda que com alguma cautela, podemos vislumbrar um período de crescentes oportunidades na área
da mecânica e da gestão industrial, o que certamente nos induz um maior grau de motivação e satisfação enquanto pensamos no quão compensatório queremos que seja o nosso esforço. Sim, porque esta
fase do semestre não é para brincadeiras! Por isso, bom estudo e boa sorte para os exames!
DANIEL SILVA
Piston NEEMAAC
Cristóvão Silva doutorado em Engenharia Mecânica, com especialidade em Controlo e
Gestão, é atualmente Professor Auxiliar no Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC. Realiza investigação no Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra
(CEMUC), essencialmente na área de Gestão da Produção e Logística. E é desde 2010, Diretor do DEM.
Se o professor poder falar um bocadinho de si, do seu trajeto aqui no departamento.
Entrei em 87 como aluno no curso de engenharia mecânica, na altura o curso era de 5 anos,
portanto terminei em 92, no último ano fiz Erasmus em França. Depois iniciei o mestrado na área da
gestão industrial, passados 3 ou 4 meses convidaram-me para dar aulas como assistente e portanto
comecei a dar aulas aqui em 92 e basicamente estive sempre envolvido na área da gestão industrial,
produção, logística e qualidade por aí. Há cerca de 6 anos o Bruno Trindade pediu-me para fazer parte
da equipa dele na direção do departamento, fiz parte da equipa dele, na altura não havia subdiretor,
mas fiz parte da equipa dele para a área financeira e há 4 anos assumi o cargo de diretor do departamento e renovei esse cargo há 2 anos, portanto o mandato acaba em outubro. Entretanto, ainda no
âmbito do departamento estive envolvido no ano 2007/2008 na criação da licenciatura e mestrado em
engenharia e gestão industrial com o Norberto Pires que na altura conduziu o processo. E tenho sido
coordenador quer de um curso quer do outro com alguma frequência. Basicamente o meu percurso
por aqui tem sido esse.
Desde que cá está como é que tem visto a evolução dos cursos e do departamento?
O departamento de engenharia mecânica e os cursos de engenharia mecânica, antes de ir à
engenharia e gestão industrial, sofreu altos e baixos como qualquer engenharia clássica, digamos assim, a única engenharia que ainda não sofreu baixos foi engenharia informática porque também não é
clássica mas vai sofrer com certeza. Portanto quando eu comecei no departamento, no inicio dos anos
90, nós tínhamos o curso de engenharia mecânica e o curso de engenharia dos materiais, ambos licenciaturas de 5 anos, ambos com procura consideravelmente elevadas, engenharia mecânica na altura
devia estar a colocar cerca de 70 alunos, engenharia dos materiais não me recordo se 30, 40, 20 por aí,
durante os anos 90 a procura manteve-se estável com entrada de alunos com médias elevadas, no final
dos anos 90, eu diria talvez a partir de 98, houve uma crise de engenharia mecânica a nível nacional
e de repente o departamento de engenharia mecânica da universidade de Coimbra sentiu essa crise
e devemos ter passado a entradas na ordem das 30 pessoas por ano, sofremos uma quebra superior
a 60%, mais ou menos o que está a acontecer agora com engenharia civil, na altura engenharia civil
estava em alta portanto como digo as engenharias têm tendência a sofrer uma procura mais ou menos
cíclica. Esta crise da engenharia mecânica terá durado até 2004, 2005, sempre com entradas na ordem
das três dezenas, nessa altura o departamento passou um mau bocado, mesmo em termos financei16
MAIO 2015
ros, não há alunos há menos dinheiro obviamente. Foi nessa altura que decidimos criar formações
alternativas como EGI que arrancou em 2007/2008, energia para a sustentabilidade como mestrado
e doutoramento e ao mesmo tempo que criámos essas ofertas alternativas para voltar a recuperar
alunos, o ciclo de engenharia mecânica inverte-se e volta a crescer portanto passamos rapidamente
de 30 entradas para 70 isso aconteceu em dois anos entretanto a procura começou a aumentar de tal
maneira que começamos a ter médias de entrada de 14 e 15 valores o que levou a faculdade a pedir
nos para ir aumentado o número de vagas, aumentámos até 94 vagas, o ano passado ainda passámos
a 100 vagas para engenharia mecânica, temos mantido EGI na ordem das 40 vagas, agora a sensação
que eu tenho é que este ciclo de crescimento está fechado, este ano já não enchemos à primeira engenharia mecânica, engenharia e gestão industrial já é o segundo ano consecutivo que não enche à
primeira, portanto estou convencido que estamos numa curva descendente, não tão abrupta como da
outra vez, estou convencido que iremos conseguir manter os cursos cheios mas com maior dificuldade
nesta altura do campeonato para conseguir alunos claramente e portanto vamos ter que trabalhar para
por a coisa a caminhar num sentido de crescimento, vamos também este anos abrir pela primeira vez
vagas para estudantes internacionais, que é uma aposta da universidade de Coimbra, essencialmente
estudantes brasileiros nesse sentido nós vamos ter 10 vagas para engenharia mecânica para alunos
brasileiros portanto com o 12º ano e vêm fazer o nosso curso todo e vamos ter 5 vagas para engenharia e gestão industrial e é interessante notar que engenharia e gestão industrial, que é conhecido no
brasil como engenharia de produção, foi o segundo curso da faculdade com maior procura por parte
de brasileiros, o curso com maior procura foi engenharia civil, portanto nos já colocamos os 5 alunos
que tínhamos para colocar, a engenharia mecânica se eu não estou enganado é o terceiro curso com
maior procura por parte de alunos brasileiros portanto a eventual redução de procura a nível nacional
poderá vir a ser compensada captando alunos brasileiros.
Considera que aumentarmos a oferta e a procura começar a diminuir, o que leva a que a
média diminua, não influencia a que a procura também diminua?
É, nós basicamente temos um problema em Coimbra como é o problema dos nossos cursos os
nossos cursos são tão bons, para não dizer melhor do que outras grandes universidades nacionais não
tenho problemas nenhuns em dizer que a nossa formação é tão boa como a das outras escolas e comparada com algumas escolas atrevo-me a dizer que é melhor, o grande problema é que nós estamos
numa região com uma demografia muito fraca e basicamente, quando houve agora a primeira quebra
há dois anos de procura, quando nós sentimos pela primeira vez uma quebra da procura eu fiz uma
análise das entradas portanto analisei os dados de todos os alunos que tinham entrado quer para engenharia mecânica quer para engenharia e gestão industrial na Universidade de Coimbra e nas outras
universidades nacionais e o que se verifica é que em todas as escolas analisadas e isto não é diferente
é em todas as escolas analisadas 50% dos alunos que são colocados provém do distrito em que a universidade está inserida o que é natural porque à partida o pai poupa 500, 600 euros se o tiver o filho
a estudar em casa. Isto é nosso, o porto chega a 60%, o Minho chega a 60%, Aveiro 49% portanto
de grosso modo 50% dos nossos alunos são alunos captados no distrito
em que a universidade se encontra inserida e se tu fizeres uma análise abc
isto é ver de onde é que vêm 80% dos
nossos alunos, e isso é comum às outras escolas, vêm do distrito de origem
e de dois ou três distritos limítrofes,
portanto 80% dos nossos alunos aqui
no departamento são do distrito de
Coimbra 50% e depois o resto os outros 30 ou 30 e tal % vêm de Viseu,
Aveiro, Leiria e depois 10 a 15% vêm
de outro lado, o que é que acontece tu
Piston NEEMAAC
tens em Coimbra uma população jovem, e quando digo população jovem estou a falar de população até
aos 25 anos que são tipicamente aqueles que vão entrar para o ensino superior, população jovem de 70
mil pessoas no distrito de Coimbra, o distrito de Aveiro tem 140 mil, o distrito do porto tem 500 mil,
6 vezes mais, lisboa tem 500 mil, braga tem 300 mil, 250 mil e portanto quando tu vês que 50% são
captados no teu distrito e tu vês que o teu distrito tem duas, três, quatro, cinco vezes menos pessoas
jovens do que os distritos onde tens concorrentes percebes facilmente que tu vais ser a primeira universidade a sentir dificuldade em captar os alunos, que é aquilo que nos está a acontecer, é evidente
que depois isto funciona, do meu ponto de vista, como uma pescadinha de rabo na boca, como temos
mais dificuldade em captar porque temos menos gente próxima, como as médias são mais baixas o
curso é pior ao olho do aluno do 12º ano e portanto entramos num ciclo vicioso e portanto estrategicamente poderia ser interessante para o departamento de engenharia mecânica neste momento baixar o
número de vagas, eu diria e costumo dizer aos meus colegas, não sei se todos concordam comigo esta
é a minha opinião pessoal, mas costumo dizer aos meus colegas que neste momento seria prudente
nós termos 75 vagas para engenharia mecânica, baixar 25 vagas, e seria prudente chegarmos às 30
vagas para EGI, seria suficiente para mantermos um orçamento positivo no departamento e passaríamos outra imagem para o exterior nomeadamente uma imagem de curso que enche à primeira e com
médias mais elevadas, estrategicamente para o departamento seria muito bom infelizmente estrategicamente para a faculdade não seria bom porquê, porque sendo verdade que não estamos a passar
por um mau bocado, sendo verdade que estamos a sentir uma ligeira diminuição da procura, há outros
departamentos que estão a sofrer uma diminuição acentuada da procura, nomeadamente engenharia
civil, a própria engenharia eletrotécnica já teve muita dificuldade este ano, não encheu nem à segunda
fase, engenharia química enche mas também só tem 45 alunos e apenas 60% são alunos de 1ª opção
se aumentar as vagas também não vai encher e portanto para a faculdade se eu disser à faculdade
nós vamos reduzir 30 vagas no departamento de engenharia mecânica, essas 30 vagas não podem ser
distribuídas por outros departamentos porque não têm capacidade de absorver essas vagas, são perdidas pela faculdade e sendo perdidas dificilmente poderão ser recuperadas no futuro e a faculdade
não tem interesse em perder vagas porque obviamente, infelizmente, ainda o financiamento do ensino
superior é muito à cabeça, quanto mais cabeças mais financiamento e portanto basicamente sendo
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MAIO 2015
À CONVERSA COM
estrategicamente interessante para o departamento diminuir as vagas estrategicamente é negativo
para a faculdade e portanto pesando essas duas coisas nós vamos ter que viver ainda com esta situação durante uns tempos mas de facto estrategicamente poderia ser interessante nós baixarmos um
bocadinho o numero de vagas.
Recentemente esteve envolvido nos processos de creditação dos cursos, como é que o departamento está posicionado a nível internacional?
A nível internacional é difícil de dizer, a avaliação é nacional, o que eu posso dizer é que os
processos de avaliação dos nossos cursos correram muito bem, correram ao nível do melhor que aconteceu ao nível da faculdade e correram ao nível daquilo que aconteceu com os cursos em todos os
países. O curso de engenharia mecânica foi acreditado por um período de 6 anos, que é o máximo,
quer o mestrado integrado quer o doutoramento. Tivemos, eu agora não me recordo do relatório da
comissão de avaliação, mas foi muito favorável, quer sobre as condições físicas onde o curso funciona,
quer sobre a qualidade do corpo docente, quer sobre o entusiasmo dos alunos com o curso, empregabilidade, houve obviamente, há sempre, uma ou outra recomendação, isto podia ser melhor etc., mas
de um modo genérico a comissão de avaliação achou o curso muito bom, muito bem estruturado, ótimas condições físicas, ótimo corpo docente, ótimo corpo discente, interesse dos alunos, portanto foi
100%. Vou só falar dos principais cursos, mecânica e EGI, obviamente que os outros também foram
avaliados e passaram sem qualquer problema. Na EGI a situação é um bocado diferente, conseguimos
acreditação por um período de apenas 1 ano e temos um ano para corrigir duas coisas, um o corpo
docente porque basicamente o que a comissão de avaliação diz é que o corpo docente é bom mas, o
corpo docente na área especifica da gestão industrial é deficitário e portanto vocês têm que reforçar
o corpo docente na área do curso, e depois a segunda coisa que eles disseram era que o curso de EGI
não tem uma identidade suficientemente forte, ou seja está demasiado colado à engenharia mecânica e
portanto deram-nos um ano para fazer uma reestruturação curricular, aliás em que estamos a trabalhar
neste momento. Apesar de ser só por um ano os comentários de um modo genérico foram muito bons,
mais uma vez instalações físicas excelente, mais uma vez um corpo docente de qualidade com exceção
na área especifica que deve ser reforçado, um corpo discente muito entusiasmado também, portanto
eles ficaram muito satisfeitos com a conversa que tiveram com os alunos, e empregadores também
muito satisfeitos com os alunos que nos colocamos na industria e portanto houve comentários muito
simpáticos um entusiasmo por parte da coordenação do curso e portanto basicamente o que eu sinto é
que um ano não foi um castigo porque o curso é mau, um ano foi dizer que nós vamos vos dar este ano
para vos obrigar a melhorar o que já é bom e basicamente conseguiram porque nós temos neste momento um concurso em andamento para contratar um professor auxiliar com especialidade em gestão
industrial portanto o concurso fecha em junho portanto no próximo ano letivo ele já estará a trabalhar
connosco, já conseguimos contratar um docente convidado que estamos a formar na área da gestão
industrial portanto o corpo docente esta a ser reforçado conforme eles tinham dito e felizmente isso
pressiona a universidade e a faculdade a avançar rapidamente com estes processos e levou-nos a pensar no curso que está a ser reestruturado, que eu penso que esta a ser reestruturado no caminho de
ficar um bocadinho melhor do que estava, portanto os processos de creditação correram bem, de um
modo genérico, eu diria que correu otimamente para a mecânica, correu bem para EGI e vai-nos levar a
melhorar. Relativamente à creditação ainda dizer que nós subtemos, há cerca de 15 dias, três semanas
que eu enviei um dossier para a faculdade, um processo. O processo que nós sofremos é um processo
obrigatório, se a comissão de avaliação disser que o nosso curso não tem condições para funcionar o
curso fecha portanto é obrigatório, nenhum curso pode funcionar sem esse processo. Há três semanas
enviei um processo de creditação diferente, paralelo, chamado EUR-ACE que é um processo de creditação por parte da ordem dos engenheiros e esse é um processo, é uma acreditação de nível europeu e
o EUR-ACE, se passarmos, é a avaliação dos nossos cursos pela ordem dos engenheiros e o resultado
final pode ser a atribuição de um selo de qualidade chamado selo de qualidade EUR-ACE, selo esse
que é reconhecido a nível europeu, não é reconhecido só a nível nacional. Nós fechámos o processo
EUR-ACE da engenharia mecânica há três semanas atrás, é natural que durante o próximo ano letivo
nós já tenhamos engenharia mecânica com selo de qualidade EUR-ACE, que é um selo de qualidade inPiston NEEMAAC
ternacional, não avançamos ainda com EGI porque estamos as reestruturar o curso, assim que o curso
estiver reestruturado o dossier EUR-ACE para EGI será montado, eu gostaria que dentro de três anos
nós tivéssemos os nossos dois principais cursos acreditados pela ordem dos engenheiros, com todas
as vantagens que isso traz, uma vantagem de imagem, podemos dizer que somos cursos com selo de
qualidade, aumentando a atratividade dos alunos, e com vantagens para os nossos alunos na fase de
integração na ordem dos engenheiros e eventualmente na fase de procurar trabalho no estrangeiro.
Portanto é um processo que está em andamento, como digo foi enviado há três semanas, portanto
agora tem que decorrer o tempo que tiver de demorar, não estará pronto provavelmente em setembro
mas durante o próximo ano letivo engenharia mecânica já terá o selo de qualidade EUR-ACE, e reparem que eu estou a dizer já terá portanto eu nem sequer ponho a hipótese de não conseguirmos. Ponto
importante, nós seremos o primeiro curso na faculdade a ter selo EUR-ACE, ainda nenhum outro
curso conseguiu chegar ao fim do processo, seremos o primeiro curso da faculdade e a nível nacional,
tanto quanto sei, haverá eventualmente dois cursos de engenharia mecânica com selo EUR-ACE, nós
seremos o terceiro. De EGI só um curso tem selo EUR-ACE, que é o do Porto, espero conseguir ser o
segundo, assim que acabar a reestruturação curricular, assim que a agência de acreditação dos cursos
disser tudo bem a gente aceita esta estrutura, avanço imediatamente com o EUR-ACE.
Qual é a importância para o departamento de ter bons centros de investigação como o CEMUC e a ADAI?
A importância é fundamental, neste momento eu diria que há dois aspetos, o primeiro mais uma
vez é uma questão de imagem, teres investigação de excelência como temos no departamento, apesar
de um dos centros também ter tido problemas na ultima avaliação que houve, mas enfim a avaliação
dos centros, esta última, está a ser muito discutida a nível nacional, como vocês sabem, mas temos investigação de excelência e isso é fundamental para a imagem do departamento, é fundamental para os
nossos alunos que querem ter alguma atividade de investigação saber que há qualidade de investigação,
depois é preciso perceber que a atividade pedagógica no ensino superior não pode estar desligada da
atividade de investigação, não pode haver um bom professor de ensino superior que não seja um bom
investigador. O ensino e um ensino superior, sem redundância, não é só pedagogia é também, e vocês
sabem que têm docentes melhores pedagogicamente e docentes piores pedagogicamente, agora não é
possível fazer bom ensino de ensino superior sem ter uma boa base de ciência, vocês têm que além de
aprender tudo o que é a engenharia mecânica clássica, vocês têm de aprender o que está na crista da
onda e isso tem de ser com docentes que são bons investigadores com laboratórios bem equipados essas
coisas todas. Depois é preciso perceber que há 20 anos atrás, quando eu comecei a trabalhar, o orçamento do departamento cobria salários, água, luz, portanto cobria o funcionamento do departamento
e sobrava dinheiro para a ciência, eu recordo de o departamento pagar-nos deslocações a congressos,
comprar equipamento
cientifico, isso existia,
hoje já não existe, hoje
o orçamento de um departamento é orçamento para funcionamento,
portanto o orçamento
do departamento paga
salários, água, luz, gás,
limpeza, para funcionar
mas não há digamos um
cêntimo, um exagero,
normalmente conseguese alguma coisa mas é
pouquíssimo para apoiar a investigação, portanto a única forma de
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MAIO 2015
À CONVERSA COM
apoiar a investigação é ter centros que consigam captar financiamento competitivo com projetos,
projetos europeus, projetos nacionais ou projetos com a industria e essa verba que é captada com os
centros de investigação faz com que nos departamentos possas ter laboratórios equipados, fazer manutenção dos equipamentos, comprar os consumíveis que são necessários, pagar aos técnicos, pagar
aos investigadores. Se não houver centros de investigação com capacidade de atrair financiamento não
há laboratórios e repara que isso leva-nos para a importância dos centros de investigação inclusivamente para a parte pedagógica porque se não houver laboratórios não há aulas laboratoriais portanto
eu diria que neste momento os centros de investigação não só fazem investigação como suportam as
atividades pedagógicas, repara que muitas vezes vocês até se queixam que temos poucas aulas laboratoriais e tudo mais, mas verdadeiramente a grande maioria de vocês está pelo menos na tese de
mestrado a trabalhar em laboratórios e está a utilizar equipamentos, a gastar consumíveis, seja o que
for, e isso é pago pelos centros de investigação. Sem centros de investigação, sem financiamento para
a investigação não há teses de mestrado, há teses de mestrado pode-se fazer uma tese de mestrado a
ler livros, teóricas e tudo mais, mas com a mão na massa não há, portanto os centros de investigação
são fundamentais e é fundamental que sejam bons para teres justamente essa capacidade de atribuir
financiamento que é necessário para manter um conjunto de atividades no departamento.
O professor agora acaba o seu segundo mandato como diretor do departamento, alguma
previsão de quem poderá seguir a pisada?
Neste momento não, a única previsão que tenho é que eu não me voltarei a candidatar até
porque costuma-se dizer que o poder corrompe, não é o caso aqui porque para ser corrupto tens que
ter dinheiro que não é o caso, mas verdadeiramente eu acho que um mandato é curto para teres tempo
para fazer, tens de te ambientar, tens que entrar nos processos, portanto um mandato é curto, dois
mandatos é bom, três mandatos é demais porque é preciso por isto nas mãos de quem tenha ideias
diferentes, de quem vai lidar com pessoas de outra maneira, às tantas começa a ser sempre a minha
ideia, evidente que há a comissão cientifica, reuniões com este e com aquele, mas convém, é a altura,
digamos assim, de passar para outro, com outras ideias, com outra forma de ver a engenharia, com
outra forma de ver o departamento, está na hora de passar a outro, não faço a mínima ideia de quem
poderá ser, não temos falado no assunto faltam seis meses ainda é muito tempo. Terá que se ver o
perfil, para já é preciso alguém que esteja interessado, há pessoas que não estão interessadas ou que
não têm perfil, eu diria que teria de ser eventualmente conveniente que fosse alguém não um professor auxiliar, eu viria com bons olhos que fosse alguém já com uma categoria um bocadinho superior
porque há alguma maior capacidade para impor algumas ideias, ser alguém que está disponível para
lidar com pessoas, para lidar com problemas de orçamento, eu diria que mais do que quem vai ser o
próximo diretor eu diria que o essencial é que o próximo diretor seja capaz de ter uma boa equipa isso
é que é fundamental, mas para já ninguém se perfila.
O professor é um dos professores mais acarinhados pelos alunos no departamento e é muito
elogiado pelo seu estilo de leccionamento, tem algum truque?
Não (risos). Não tenho truque nenhum, absolutamente não. Para já é preciso dizer que sou
capaz de ter a sorte numa área científica que principalmente para os alunos de engenharia mecânica
é um bocado fora da caixa, para já é mais fácil, portanto eu diria que será eventualmente mais difícil
ser dinâmico e seres “acarinhado” pelos teus alunos quando dás cadeiras do arco-da-velha e temos
algumas não é? e aí por muito bom que seja o docente, por muito simpático que seja, há sempre por
trás a carga negativa da matéria, eu acho que não arrasto uma carga negativa com os assuntos que ensino que são relativamente, não direi fáceis eventualmente fora da caixa para os alunos de mecânica e
para os alunos de EGI é aquilo que eles vieram à procura portanto é relativamente fácil entusiasmá-los.
De resto eu acho que é mais uma questão de feitio, quer dizer vocês têm outros exemplos de pessoas
que têm uma facilidade de trato com os alunos, uma facilidade de dizer uma piada, uma facilidade de
gozar consigo próprio, uma facilidade de dizer “epah isto é uma seca mas vamos ter que aturar isto”,
portanto é feitio, não há truque, é evidente que há hipótese de ir melhorando e vai-se melhorando
Piston NEEMAAC
a qualidade, o trato, a forma como se fala, a maneira como se apresentam os assuntos, isso vai-se
desenvolvendo ao longo dos anos. De resto acho que é mesmo uma questão de feitio e uma questão
de compreender que estamos perante um conjunto de alunos que já não são miúdos, já são adultos,
alunos que dentro de três, quatro anos serão nossos colegas, serão engenheiros como nós, alunos que
dentro de meia dúzia ou dentro de dez anos serão pessoas com quem a gente irá contactar para nos
arranjar um estágio na empresa onde estão a trabalhar ou para nos fazer uma palestra sobre um assunto qualquer, aí é tentar evitar um bocadinho também a ideia de que no meu tempo é que era bom
e no meu tempo é que os alunos trabalhavam muito e perceber que no meu tempo era exatamente
como agora, nem todos os meus colegas concordam com isso mas no meu tempo era exatamente a
mesma coisa, havia bons alunos, havia maus alunos, havia alunos que gostavam disto, havia alunos
que não gostavam, havia alunos que nunca deveriam ter entrado no curso, tal como há hoje e a partir
do momento em que percebes que é natural que o aluno, enfim, lhe custa ir à aula das 9 e é natural
que na semana da Queima não se possa contar muito com ele, no momento em que tu aceitas isso a
relação com o aluno torna-se relativamente mais simples portanto não há truque é feitio. (risos)
Quer deixar alguma mensagem aos alunos?
Para os alunos a mensagem é a mensagem do costume, que eu costumo transmitir nalgumas
aulas, por exemplo quando falo de empreendedorismo, e que eu digo muitas vezes quando há a receção
dos alunos no primeiro ano, vocês estão numa universidade que vos oferece uma formação tão boa
como qualquer outra universidade do país e eu atrevo-me a dizer como a grande maioria das universidades no estrangeiro, portanto vocês não estão a ser pior formados do que os outros, estão numa universidade com capacidade para vos dar formação mas além disso vocês estão numa universidade onde
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À CONVERSA COM
vão passar aqui 5 ou 6 anos e devem aproveitar duas coisas, em primeiro lugar para serem bons alunos,
depende dos docentes obviamente mas depende muito de vós, sejam curiosos não se contentem com
o 10, o 10 é uma negativa, as aulas são importantes que é ouvir o que o docente tem para dizer mesmo
que a gente pense que chego a casa e vou ler o livro ou os apontamentos não vale a pena ir ouvir, as
aulas são fundamentais, portanto vocês estão aqui 5 ou 6 anos apostem numa boa formação e vocês
podem tê-la, têm todas as condições físicas e têm todas as condições humanas para terem uma boa
formação, depende de vós mais do que nós, é para apostar, o 10 não serve, o 12 está bem, o ideal é
ter um 14 ou um 15 isso tem que estar na vossa cabeça desde o primeiro ano, aproveitem 5 anos, 6
anos para se formarem e aproveitem também tudo o que a universidade de Coimbra e a cidade de
Coimbra têm para vos oferecer para além do curso, isto é, eu quando digo aproveitem para se formar
bem não vos estou a dizer fechem-se em casa durante 5 anos agarrados ao livros e a estudar como
malucos e esqueçam o resto. Não! Coimbra tem uma coisa que poucas cidades têm que é suficientemente grande para vos poder oferecer tudo e suficientemente pequena para nós conhecermos tudo e
sermos todos conhecidos e portanto aproveitem para além da formação que estão a ter, aproveitem
tudo o que a universidade e a cidade têm para vos dar, aproveitem a vida cultural da universidade de
Coimbra, se tiverem jeito para a musica vão para uma tuna, se tiverem jeito para o teatro vão para o
teatro, se tiverem jeito para a rádio vão para a RUC, aproveitem isso, aproveitem para criar uma ótima
rede de contactos, isto é, não se fechem na engenharia mecânica os vossos colegas não podem ser só
os colegas da engenharia mecânica, vocês tem que ir arranjar colegas da psicologia, tem que ir arranjar
colegas em direito, tem que ir arranjar colegas em medicina porque são esses que depois quando vocês
começarem a trabalhar, essas redes de contactos que vocês conseguirem fazer aqui quanto maior
mais oportunidades vos vão ser proporcionadas quando acabarem o curso, vocês vão ver que quando
acabarem o curso vocês vão precisar de gente de psicologia, gente de direito, gente de economia e
essa rede de contactos é fundamental, eu por exemplo tenho um jantar de queima todos os anos e
não lhe chamamos jantar de curso porque somos uns 15, 20 dos mais variados cursos da UC porque
somos simplesmente o grupo dos copos na altura e portanto aproveitem, não se distraiam, se quiserem uma frase é esta, não se distraiam, o vosso objetivo principal é tirar uma formação em engenharia, mecânica ou gestão industrial o que vocês quiserem, isso é fundamental e fundamental é vocês
trabalharem para serem bem formados, para serem bons profissionais, para darem boa imagem do
vosso curso, da vossa universidade, uma boa imagem de vocês próprios e para terem oportunidade de
progredir muito mais rapidamente na carreira, a carreira começa-se em baixo quanto melhor formos
mais depressa progredimos, isso tem de ser o vosso foco mas isso deixa-vos ainda muito tempo para
atividades transversais, paralelas, que vocês devem aproveitar para criarem uma boa rede de contactos
que vos vai também ajudar a progredir, aí a grande mensagem é os nossos alunos e principalmente os
nossos ex-alunos são os nossos primeiros embaixadores, portanto os primeiros a dizer bem do curso
têm de ser os nossos alunos e os nossos ex-alunos e se nós quisermos atrair alunos é sabendo que os
nosso aluno quando vai ao fim de semana para casa e encontra o puto que está no décimo segundo
ano e não sabe bem o que quer fazer que lhe diga “epah vai para Coimbra que aquilo é impecável” e
portanto nós precisamos de facto de alunos motivados e de alunos que acreditem que estão num sitio
que vale a pena, que é para trazerem mais alunos para este sitio que vale a pena e vale mesmo a pena.
ENTREVISTA CONDUZIDA POR MIGUEL CLEMENTE
FOTOGRAFIAS POR INÊS SILVA
ESPAÇO: GABINETE PROF. CRISTÓVÃO SILVA
Piston NEEMAAC
Crónica de um título anunciado
E vão 34…primeiro BiCampeonato 3 décadas depois
“O campeão voltou!” é a missiva mais proclamada mês de Maio. Apesar do nulo em Guimarães, o Benfica pôde carimbar o seu 34º título de campeão nacional. Da penumbra à glória, a turma
de Jorge Jesus reergueu-se e conquistou o primeiro bicampeonato da sua história nas últimas três décadas. Num campeonato em que as primeiras indicações dadas pela equipa de Jesus no antro da prétemporada indicavam sinais preocupantes de fraca renovação do plantel, eis que com as pedras certas
e ao seu jeito, o carismático técnico de 60 anos levou o Benfica de regresso aos trilhos das vitórias,
alcançando o terceiro campeonato em seis anos no ninho da águia, tornando-se também o primeiro
treinador luso a alcançar o bicampeonato pelos ‘encarnados’.
Naquela que foi uma conquista sobejamente diferente da anterior, Benfica e Porto discutiram
taco-a-taco um título que poderia muito bem ter sido decidido no último dia não tivesse o FC Porto
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consentido o empate no Estádio do Restelo mesmo no final da partida, deixando os ‘Dragões’ de mãos
a abanar, sem títulos, pela primeira vez desde 2001/2002 o que, apesar da boa campanha europeia,
deixa Julen Lopetegui com o futuro incerto. O anúncio do técnico espanhol foi, ainda no final da temporada passada, no mínimo imprevisível uma vez que, excetuando as conquistas ao leme das seleções
jovens do país vizinho, Lopetegui não tinha créditos firmados enquanto treinador de clubes sendo
que, apanhando no seu caminho um FC Porto ‘moribundo’ depois de uma época saldada única e exclusivamente pela vitória na Supertaça, o seu primeiro grande desafio na tentativa de inverter um ciclo
recentemente gerado na estirpe do Dragão passaria por evitar o bicampeonato do seu eterno rival,
algo em que falhou rotundamente apesar de todo o investimento feito. Contudo, não se pode associar
o demérito do FC Porto ao mérito do SL Benfica, pois ambos são facilmente dissociáveis. Se por um
lado, em condições ditais ‘usuais’ e ‘normais’, a tradição invoca que dificilmente o clube da invicta não
consegue aproveitar os deslizes do seu rival quando está em jogo a liderança, a verdade ‘nua e crua’
assenta no facto de o clube da Luz ter sido o grande dominador da época. Pautado por um futebol
mais objetivo e arrogante da turma de Jesus, o Benfica soube potenciar as suas individualidades da
melhor forma e acaba por ter o mérito de aguentar a liderança da Liga desde a 5ª jornada, algo que
nem sempre se afigura fácil, mais ainda se se atender ao facto de o principal campeonato nacional ter
sido alargado de 16 a 18 emblemas.
Para o FC Porto fica a certeza de uma recuperação cabal depois de um ano menos conseguido
em 2013/2014. No entanto, a excelente campanha europeia não pode servir como bode expiatório para
camuflar o insucesso interno, motivo pelo qual o projecto de Julen Lopetegui se encontra questionado
neste momento. Certa e sabida é a vontade de Pinto da Costa continuar com Lopetegui nas suas fileiras embora não se espere um investimento comparável ao vivido na presente temporada.
ESTE É APENAS UM EXCERTO DO CÍRCULO CENTRAL
PODES LER O RESTO NUMA PEQUENA EDIÇÃO DISPONIVEL
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CÍRCULO CENTRAL
NÃO PERCAS ESTA NOVIDADE!
Piston NEEMAAC
Planeta académica
No fio da navalha
Depois de uma época tranquila que viu a Académica alcançar um lugar na primeira metade da
tabela, 2014/2015 devolveu a penumbra a Coimbra. À cidade dos ‘estudantes’ chegou em pompa e circunstância Paulo Sérgio mas a passagem do treinador de 47 anos por terras do Mondego cingir-se-ia
a apenas isso pompa e circunstância ao ser forçado a deixar a Académica em Fevereiro fora de todas
as competições e a segurar a lanterna vermelha na Liga. Desde então, foi encontrada uma solução
interna no nome de José Viterbo. Motivador e alienador, Viterbo desde cedo trouxe consigo a mística necessária para ultrapassar o mau momento e, num ápice, colocou a Académica no trilho certo
alcançando os pontos necessários para garantir a manutenção numa época em que o futebol vivido
em Coimbra foi tudo menos deslumbrante e cativador.
Agora que se fecha a porta a uma temporada no mínimo sofrível, abre-se desde já a janela para o
futuro próximo naquela que vai ser a primeira temporada planeada inteiramente por José Viterbo, o
que deixa alguma preocupação em alguns puristas. Para já parece certo que a Coimbra chegará a habitual tranche de jogadores de qualidade e reputação duvidosa provenientes das divisões regionais do
Brasil, embora não seja de descorar uma incursão no mercado interno, nomeadamente na Liga 2 e no
Campeonato Nacional de Séniores onde vão despoletando jogadores com capacidade suficiente para
actuar na primeira liga, alguns deles com um passado ligado à Académica como são os casos de João
Traquina (Sp.Covilhã) e de Tozé Marreco (Tondela) que passaram a dado momento da sua formação
pela Briosa. Aconteça o que acontecer, chegue quem chegue, saia quem saia, parece que impossível é
fazer pior pelo que resta olhar com confiança para a época que se avizinha.
O objectivo mínimo foi cumprido. A Académica mantém-se por mais um ano no principal escalão do
futebol nacional.
VÁLTER FERREIRA
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Nürburgring
Difícil. Perigosa. Desafiante. Incrível. Única.
Um verdadeira “montanha russa” de mais
de 20 km.
Apenas alguns dos muitos adjetivos que têm
sido usados ao longo do tempo para apelidar
aquela que é, para muitos, a mais exigente
pista do Mundo!
Aparecimento
Começou a ser construído em Setembro de
1925 com o objetivo de ser a base de desenvolvimento para a engenharia automóvel alemã, bem como,
para o aparecimento de novos talentos no desporto
automóvel. O seu traçado foi inspirado no que era na altura uma das provas mais importantes do
Mundo, o Targa Florio. A prova italiana que atraía todos os anos as marcas e pilotos mais importantes
do planeta serviu de base para construir, o que viria a ser, uma pista permanente na Alemanha.
Na configuração de base (inicialmente usando toda a extensão do traçado) surgiram os primeiros
heróis do traçado, ou como eram apelidados, “Ringmeister’s”: Rudolf Caracciola, Tazio Nuvolari e
Bernd Rosemeyer.
Piston NEEMAAC
O “Inferno Verde”
Seguidamente ao término da 2ª Guerra Mundial o Nordschleife (a parte norte do Nurburgring)
voltou a ser o palco principal do desporto automóvel do seu país, acolhendo quase a totalidade dos
Grandes Prémios de Fórmula 1 aí realizados. O regresso das corridas após a Grande Guerra trouxe
consigo um novo grupo de “Ringmeister’s” do traçado, bem como, o quebrar de algumas barreiras
importantes. Em ’61 o norte-americano Phil Hill tornou-se no primeiro piloto a realizar uma volta ao
traçado em menos de 9 minutos no seu Ferrari 156 de F1.
Com o desenvolvimento dos carros de competição a não ser acompanhado por um aumento
das condições de segurança das pistas, durante a década de 60, o perigo e os acidentes aumentaram
e, com eles, as mortes de pilotos. O Nurburgring em especial era um traçado bastante perigoso e
traiçoeiro. No final do GP de ’68, numa corrida realizada sob forte chuva e nevoeiro, e após ter ganho
a corrida (com um pulso partido!) Sir Jackie Stewart apelidou o traçado alemão com o nome que perdura até aos dias de hoje (e que traduz bem os perigos que a pista reserva): “The Green Hell”, ou o
“Inferno Verde”.
Apesar da introdução de uma nova “chicane” no Nurburgring com o intuito de retardar o andamento dos bólides, as condições de segurança não foram verdadeiramente melhoradas. Em 1970, com
a morte de Piers Courage na pista de Zandvoort, os pilotos insurgiram-se e exigiram uma significativa
melhoria das condições de segurança dos traçados que compunham o campeonato do Mundo de F1.
Com pouco tempo para fazer alterações estruturais na pista, Nurburgring perdeu o GP da Alemanha
de 1970 para a pista de Hockenheimring que tinha já sofrido diversos melhoramentos. Com este “balde
de água fria” os responsáveis pelo Nurburgring puseram mãos à obra e fizeram um grande conjunto de
obras que permitiram que a pista fosse novamente palco do GP da Alemanha agora com condições de
segurança que até aí não existiam. Contudo, tal como os próprios responsáveis se aperceberam, tornar
o Nordschleife seguro é uma tarefa... Impossível. A impossibilidade de colocar viaturas, comissários
pessoal médico suficiente para cobrir toda a pista era um grande “handicap” (para que a pista fosse
devidamente assistida seria preciso cerca de cinco vezes mais pessoas que num GP normal, algo que
não era economicamente viável para os organizadores...). Por esta manifesta falta de segurança foi
decidido que 1976 seria o último ano em que o GP alemão aí seria realizado.
28
MAIO 2015
MUNDO AUTOMÓVEL
A Fénix
No ano de 1976, com o Nurburgring condenado a perder o GP da Alemanha, o mundo automóvel viria a assistir a um dos mais marcantes acidentes de sempre. Niki Lauda, nessa altura Campeão
do Mundo e detentor do único recorde abaixo de sete minutos no “Ring” era contra a realização da
prova nesse ano. As más condições climáticas ditavam um perigo acrescido para o GP, com a particularidade de que, nos 20 km que distava o circuito havia desde secções completamente encharcadas a
algumas totalmente secas, o que tornava a escolha de pneus e afinações impraticável. Infelizmente
os restantes pilotos insistiram que o GP se devesse realizar... Lauda bateu forte com o seu monolugar
numa esquerda rápida antes de Bergwerk e o Ferrari que pilotava (com o depósito cheio de gasolina
já que se tratava apenas da segunda volta do GP) incendiou-se quase instantaneamente. Como que
milagrosamente o piloto austríaco sobreviveu ao acidente apesar do seu corpo e rosto terem ficado
severamente queimados. Lauda foi então apelidado de “Fénix” pela forma como escapou ao que parecia ser a sua morte certa.
Este foi um dos acontecimentos que mudou o rumo dos acontecimentos para o traçado alemão.
A sobrevivência de Lauda tinha sido assegurada pela pronta intervenção de pilotos seus colegas, já
que grande parte dos comissários demoraram demasiado tempo a prestar-lhe socorro. Mais uma vez
era apontado ao Nurburgring o facto de não conseguir providenciar segurança suficiente para albergar
uma prova do Campeonato do Mundo de F1.
Locais Míticos
Na extensão dos seus mais de 20 km, o Nordschleife está repleto de curvas e contra curvas
fabulosas. Ficam aqui algumas das suas passagens mais conhecidas:
Flugplatz (ou “local de voo”)
A inspiração para o seu nome surgiu de uma
antiga pista de aviação que existia perto do traçado, bem como das imagens que podem ver a
seguir...
Piston NEEMAAC
Mesmo com as medidas que a pista foi sofrendo ao longo dos anos ainda é possível ver atualmente bólides a “voarem” (literalmente!) durante
uns metros neste local. O “Flugplatz” é imediatamente sucedido por duas direitas rapidíssimas que
fazem deste troço um dos mais complicados de toda
a pista.
Caracciola “Karussel”/ (ou Carrossel)
Talvez a mais conhecida e icónica curva de
todo o traçado. O famoso “Karussel” de Nurburgring! Uma de apenas duas curvas inclinadas que podem ser encontradas nos 20 km traçado alemão. Trata-se de uma curva com relevê em forma de gancho
com cerca de 210º de amplitude.
O nome Caracciola foi adicionado ao nome “Karussell” depois do piloto Rudolf Caracciola ter
atacado esta curva de uma forma peculiar. Ele colocava a roda esquerda na berma do traçado o que
impedia o carro de fugir para fora da curva e o ajudava a ganhar tempo precioso! Obviamente esta
manobra foi sendo copiada até que a berma deixou de existir...
O relevê da curva não é como o de uma pista oval tradicional. Em vez de continuar uniformemente até ao raile, o relevê (feito em cimento) acaba e dá lugar a uma secção plana de asfalto, o que
torna a curva ainda mais difícil pela necessidade de manter o carro “dentro” da secção de cimento. A
entrada na curva (completamente cega) é outra das suas muitas dificuldades. Conta-se que o grande
Juan Manuel Fangio disse uma vez que ao se entrar no “Karussell” se deve “apontar o carro à árvore
mais alta”! Uma dica interessante que curiosamente foi incluída em alguns jogos de consola e computador como “Gran Turismo” ou “Grand Prix Legends”.
FRANCISCO VIEIRA E BRITO
30
MAIO 2015
Película
Sunshine (1999)
Realização: István Szabó
Com: Ralph Fiennes, Rachel Weisz, Jennifer Ehle e
Rosemary Harris
Canadá
Com cerca de três horas de duração, Sunshine
compila a história de uma família judia na Hungria.
A primeira parte acompanha o período do Império Austro-húngaro (extenso reino da Europa Central que existiu entre 1867 – 1918 desde a actual
Eslovénia até à actual Ucrânia), onde a família tem
uma taberna que faz destilação de um licor popular
a nível nacional. Um dos filhos dos donos, interpretado por Ralph Fiennes, segue a carreira de juiz que
é abalada por um período de instabilidade política
e com o rebentar da Primeira Guerra Mundial e o
declínio do Império.
Depois chega a história do filho do Juiz que
se torna num mestre exímio da esgrima e que terá
que adicar de muita coisa para seguir uma carreira
profissional. Apesar das adversidades da vida consegue dar continuidade à árvore genealógica e tem
um filho Ivan, que será preso nos campos de concentração devido à ocupação Nazi.
Vemos a ascensão do denominado Bloco de
Leste, no pós-guerra. Ivan tem um papel fundamental na instituição de um novo governo. Contudo as
decepções com a política fazem com que se tome
uma posição contrária ao governo e apoiando a dissolução do Bloco.
Sendo um filme longo não deve o espectador
se desencorajar para o ver. O filme transmite-nos
uma história dramática do destino da Família Sonnenschein e do Povo Húngaro, sendo que Ralph Fiennes interpreta o protagonista nas 3 histórias.
Piston NEEMAAC
Disco
They Might Be Giants
Flood
1990
Electrka
O Duo de Brooklyn de tendências ecléticas,
tem o seu primeiro álbum a ser editado por uma editora importante, o que é o marco da consolidação
de uma carreira até então curta mas que se estende
até a atualidade, com todo o tipo de registos desde
música de carácter didático para crianças até álbuns
para gente crescida. Ambos multi-instrumentistas no sentido literal abrangem um largo número de instrumentos musicais desde as guitarras, teclados e mandolim até instrumentos não convencionais como
utensílios de cozinha. Com um tónica muito característica Flood, compreende líricas não-convencionais que esgrimem uma crítica social de uma lucidez invulgar e com um sentido de humor bem afiado.
Livro
A Insustentável Leveza do Ser
Milan Kundera (1984)
Tomas é um médico na Checoslováquia que tem bastantes
peripécias amorosas, mesmo assim nutre por Sabina bons sentimentos, para ele é como uma espécie de porto de abrigo, uma
mulher que ocupa um lugar mais importante, se bem que se
alinhe também em não estabelecer vínculos muito profundos. A
sua postura face as relações é virada do avesso quando conhece
Teresa, pela primeira vez sente que deve passar a encarar o amor
com uma postura mais séria.
Dotado de uma narrativa pouco vulgar, Milan Kundera,
abandona a linha narrativa das personagens, para fazer pequenos ensaios filosóficos dentro do livro no contexto da acção
que decorria. Um relato de um período conturbado e ao mesmo
tempo extremamente empolgante. Mostra também que a Checoslováquia nos anos 60 era um país onde a sexualidade é vista
com uma naturalidade rara.
ANDRÉ PORTUGAL
32
MAIO 2015
OS 10 JOGOS MAIS ESPERADOS DO ANO
The Witcher 3 Wild Hunt
Plataformas: PlayStation 4, Xbox
One, PC
O RPG mais esperado do ano, apesar de alguns
atrasos, finalmente chegou. É a última aventura de
Geralt como protagonista da série, mas também é a
maior de sempre. The Witcher 3 Wild Hunt para além
de ser um deleite de ser ver graficamente, tem um vasto e maravilhoso mundo aberto, cheio de aventuras e
criaturas trazidas do folclore Europeu. O jogador tem
todo um leque de opções que pode tomar, e cada desisão tomada influência a história do jogo, sendo que
podemos acabar o jogo de 36 maneiras diferentes. Durante as aventuras neste enorme mundo podemos encontrar Botchling, Dragons, Earth Elemental, Griffin
entre muitas outras criaturas, além disso, aprendemos
ainda como as matar. Nunca se sabe quando podemos
precisar.
Grand Theft Auto V
Plataforma: PC
Adiado três vezes. Muitos esperaram e desesperaram para jogar GTA V. Mas será que valeu
a pena a espera? Sem dúvida. Los Santos nunca esteve tão deslumbrante. A Rockstar North fez um
trabalho meticuloso para nos trazer uma versão maravilhosa para o PC. Para além de estar melhorado
gráficamente e bem otimizado, a adição mais notável é o modo Editor, em que cada jogador se pode
tornar num verdadeiro cineasta e personalizar Los Santos. Uma das novidades da versão PC é a adição
Piston NEEMAAC
do First Person que permite uma maior imersão em certas situações.
No mundo online temos muitas opções como viajar pelo mundo livremente, missões cooperativas, corridas e muito mais. Além disso os jogadores podem crias as suas próprias atividades e partilhalas com a comunidade. De resto o jogo não precisa de mais apresentações, todos nós sabemos o que
fazer. Vestindo a pele de Michael, Trevor ou Franklin é sem dúvida a melhor maneira de viajar por Los
Santos.
Dying Light
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, PC
Parkour? Zombies? Porque não juntar os
dois? É isso que encontramos em Dying Light.
Os criadores de Dead Island abandonaram a
série e criaram Dying Light, um mundo cheio
de zombies, alguns lentos e melâncolicos dos
quais podemos facilmente fugir correndo pelos
telhados. Dying Light tem ainda um ciclo dia/
noite, onde sobreviver durante a noite no meio
das ruas roça o impossivel, já que o caçador se
torna na presa. Os monstros tornam-se muitos mais agressivos, e ainda mais assustador
que isso, são os predadores que aparecem só
ao anoitecer. O jogador tem de usar todo que
esteja ao seu alcance para sobreviver durante a
noite. Durante o dia, é preciso procurar novos sobreviventes, realizar missões, procurar novos items
para melhorar as nossas armas e conseguir sobreviver à noite. Além disso, a história de Dying Light
é muito boa e deixa-nos sempre com vontade de saber o que irá acontecer a seguir. Dying Light é um
jogo de zombies em mundo aberto que, para quem gosta do género, não pode perder.
Batman Arkham Knight
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, PC
A aventura deste novo capitulo da série Arkham tem inicio um
ano depois dos eventos que levaram a morte do Joker durante os acontecimentos de Arkham City. Batman sente a falta do seu inimigo,
percebendo que o par tinha uma ligação maior do que aquela que ambos podiam admitir. Sem Joker, a criminalidade em Gotham diminui
consideravelmente, mas alguns criminosos sobram. Pinguin, Two
faces, Harley Quinn unem-se para eliminar de vez o Cavaleiro das
Trevas. Scarecrow anuncia que ira fazer explodir bombas com um
novo vírus do medo. Ao que Gotham é evacuada deixando apenas
os criminosos para traz, o que deixa muito trabalho para o Batman
e o comissário Gordon. A cidade de Gotham é cerca de cinco vezes maior do que o
mapa de Arkham City. Batman tem toda uma nova tecnologia para
continuar a combater todos os novos desafios e a colocar todos os
criminosos no sítio onde eles pertencem. Arkham Knight promete
ser mais um grande capítulo da série, com muita aventurae
acção na pele de um dos super heróis mais carismáticos de
todos os tempos.
34
MAIO 2015
What’s hot?
Tom Clancy’S The Division
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, PC
The Division foi anunciado na E3 mas além disso, a única notícia que
houve do jogo foi a sua versão para Pc. Em The Division temos um shooter
em mundo aberto, com uma equipa de jogadores em que podemos lutar contra AI e contra outros grupos de jogadores. Pelo que já se pode ver o jogo
tem um visual impressionante. O jogo decorre numa Nova Iorque, alguma
semanas depois de um ataque biológico. Sem dúvida um jogo a ter em atenção.
Metal Gear Solid V: The Phantom Pain
Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 3, Xbox
One, Xbox 360, PC
Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é uma sequela de Metal Gear
Solid: Ground Zero e uma prequela
do Metal Gear 1. No fim de Ground
Zero, Snake entra em coma, 9 anos depois sai do coma e começa a história
de Phantom Pain. Snake cria um novo
grupo de mercenário chamado de Diamond Dogs e adquire um novo nome
Venom Snake. The Phantom Pain tem
um conjunto de missões stealth ao
longo de um vasto mundo aberto. É
possível capturar guardas, atualizar
edifícios e até ficar amigo de um lobo
que tem um só olho.
Football Manager 2016
Plataforma: PC
Apresentações para quê certo? Não há ninguem que não ouça falar ou já não tenha jogado este
famoso simulador. Então vamos as novidades, a mais marcante delas é a nova captura de movimentos
para os técnicos à beira do campo. Ou seja, neste próximo capítulo do FM iremos poder observar o
treinador com um comportamento tão realista como o dos jogadores. “Our game is called Football
Manager, so we thought that it was only right that our managers behaved as realistically as the players. We didn’t know how well this was going to turn out, but as you can see the results are close to
unbelievable.” disse o chefe do Football Manager, Miles Jacobson. Para além deste pormenor, pouco
mais se sabe acerca do novo Football Manager já que a equipa gosta de manter tudo em segredo o
maior tempo possível. Apenas nos resta esperar até termos em mão esta novo capítulo da saga.
Piston NEEMAAC
Star Wars Battlefront
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, PC
É o primeiro grande shooter da EA para 2015. Depois de quase
10 anos de espera o novo Star Wars Battlefront, o terceiro jogo
da série Battlefront, está quase ai. Em Star Wars Battlefront as
batalhas são feitas em locais do universo de Star Wars incluindo Endor, Hoth, Tatooine e Sullust, impossibilitando assim
os jogadores de fazerem exploração espacial. O jogador pode
encarnar um soldado da Rebel Alliance ou um Stormtrooper.
O jogo não tem um modo campanha, mas possui algumas missões cooperativas que podem ser jogadas offline. Além disso,
Star Wars Battlefront já tem DLC’s anunciados, que sairão após
o lançamento do jogo. A EA está a tirar conteudo ao jogo que irá
vender posteriormente como DLC. Tirando a exploração espacial, o
modo campanha e alguns veiculos que ainda não estão confirmados
como jogáveis a EA está a tirar aos fãs da série tudo aquilo pelo qual os
fãs estavam apaixonados. Esperemos que a EA não destrua uma grande
franchise.
Project Cars
Plataformas: PlayStation 4, Xbox One, Wii U, PC
Project Cars é o mais recente simulador de corridas. Desenvolvido pela impresa britânica
Slightly Mad Studios e distribuido pela Bandai Namco Games. O jogo foi totalmente financiado pela
comunidade e pelos próprios desenvolvedores, sem o apoio tradicional de uma editora. Como resultado a impresa queria produzir um jogo que fosse uma experiência de condução realista, em que o
comportamento do carro em pista e influênciado diretamente pelo estado dos pneus, a presença de
chuva faz-se sentir em todas as curvas, e uma simples saída de pista provoca problemas de aderência.
Quando começamos o jogo temos logo acesso a todos os carros e a todas as pistas disponíveis no
jogo, tendo no total 74 carros e pelo menos 110 pistas diferentes, das quais 23 são reais. No modo
online as corridas são criadas pelos jogadores sem uma competição previamente elaborada, existem
ainda eventos durante tempo limitado que dão prémios aos jogadores. Project Cars é um excelente
jogo que todos os amantes do desporto automóvel devem experimentar.
36
MAIO 2015
What’s hot?
Assassin’s Creed Syndicate
Plataforma: PlayStation 4, Xbox One, PC
Uma das sagas de maior sucesso nos últimos anos regressa naquele que pode ser o capítulo
que relance a saga a níveis de popularidades anteriores. Com a ação baseada numa Londres Vitoriana,
Syndicate ronda a história de dois gémeos, Jacob e Evie Frye, e traz uma série de novidades à série. Os
jogadores podem trocar livremente entre protagonistas (no género de GTA V), sendo que o estilo de
jogo e as missões variam entre os irmãos. E, na primeira edição desde Assassin’s Creed 2, não haverá
modo de multijogador. O jogo vai-se focar em guerras de gangs e conquista de territórios, fazendo
lembrar a saga inFamous, na tentativa de controlar o crime organizado londrino.
Com estas alterações a Ubisoft parece tentar não só regressar às origens da série, ao eliminar o
modo multijogador, mas também abrir as perspetivas e o público-alvo, ao introduzir um protagonista
feminino, uma mudança que já vinha sendo pedida pelos fãs. Será que vai responder positivamente
às expectativas?
Outros jogos que devem ter em atenção:
Prison Architect
The Forest
Rust
7 Days to Die
Killing Floor 2
Carmageddon: Reincarnation
SÉRGIO ALMEIDA
Piston NEEMAAC
Women In Engineering
Nesta edição irei falar sobre algo inerente aos engenheiros que muito possivelmente vos irá
interessar: IEEE (“Institute of Electrical and Electronics Engineers”), mais concretamente da WIE
(“Women in Engineering”).
A IEEE é uma associação para o desenvolvimento de tecnologia que tem como missão promover a evolução dessa mesma tecnologia e excelência para o benefício da Humanidade. A sua ideia
inicial tornar-se universalmente conhecida pelas contribuições de tecnologia e profissionais na melhoria das condições globais, algo em que se tornou bem sucedida. É conhecida mundialmente, e apesar
do significado da sua sigla, o seu reconhecimento fez com que evoluísse para uma associação de todos
os engenheiros e cientistas.
Foi desta associação que surgiu a WIE. “Women in Engineering” é uma parte da IEEE criada
para promover as mulheres nas áreas de desenvolvimento tecnológico, e está ativa em vários locais do
mundo, incluindo na nossa cidade de Coimbra (em Portugal existe também em Aveiro, Porto, Lisboa
e Minho). Começou com um grupo de estudantes do departamento de Eletrotecnia e neste momento
está a estender-se a qualquer estudante de Coimbra. E não, não se cinge só a meninas! Qualquer se
pode juntar a este grupo, e participar nas imensas atividades que realizam: visitas a empresas (de
modo a mostrar o ambiente empresarial), palestras com engenheiros (para ouvirem o seu testemunho), estabelecer uma ligação com o mercado, entre outras. Futuramente, irão tentar recrutar alunos
das escolas secundárias para que enveredem pelas áreas da tecnologia. Para além das atividades, um
membro da WIE tem também acesso a
documentos importantes para elaborar as
suas teses e tem a possibilidade de criar
uma extensa rede contactos.
A WIE de Coimbra está aberta para receber novos membros e para isso, basta
que, no Facebook, entrem na página “IEEE
– UC Women in Engineering” e enviem
mensagem a fim de se informarem, ou então, no departamento de Eletrotecnia.
INÊS SILVA
38
MAIO 2015
Chamo-me Pedro Carvalho, estudante do 4ºano de MIEM.
Tenho 22 anos. Nasci e vivi, até hoje, em Coimbra. Já fui
nadador e, atualmente, jogo futsal!
Qual foi a idade e como foi
o primeiro contacto com a modalidade?
Aos 14 anos, deixei a natação,
uma das decisões mais difíceis que
tive de tomar até hoje, e apostei no
futsal. Ingressei na Associação Académica de Coimbra, no escalão Juvenil. Antes, já tinha feito alguns treinos
no mesmo clube, mas até então não
tinha conseguido deixar de ser nadador.
Quais os clubes que representaste e como foi a chegada a Secção?
Fiz o resto da minha formação,
enquanto jogador, na AAC. Quando
passei ao escalão Sénior, a fim de
ter mais minutos de competição, e,
porque a AAC, na altura, tinha objetivos claros em apurar-se para o playoff da 1ªDivisão, apostei numa equipa
que disputava a 3º Divisão Nacional,
a Casa do Povo de Miranda do Corvo. No mesmo ano, recebi o convite
do treinador da Secção de Futsal da
AAC, para integrar o projeto. No ano
seguinte, recebi o convite do Centro
Social São João, equipa que militava
na 2ªDivisão, o qual aceitei. Este ano,
voltei outra vez a jogar em Miranda
do Corvo, para disputar na mesma a
2ªDivisão. Até hoje, fiz sempre parte
do projeto da Secção.
Piston NEEMAAC
Como funciona esse recrutamento
por parte da Secção?
Geralmente, há um treino no início da
época onde é aceite qualquer estudante.
No entanto, a equipa da secção é formada, quase na sua totalidade, por jogadores federados que disputam campeonatos oficiais de futsal. Ainda assim, a
nenhum estudante é negado o direito a
treinar com a secção.
Como vês a importância da secção no
seio da AAC e quais os maiores feitos a
nível coletivo?
Penso que a secção de futsal desempenha um papel bastante importante, porque prestigia,
quer a nível nacional quer internacional, a AAC. No ano que entrei, fomos vice-campeões nacionais.
No ano passado, conseguimos ser campeões e já este ano, perdemos na final contra os nossos rivais,
Braga/AAUM. Todavia, o balanço é positivo porque, salvo erro, há 7 anos consecutivos, vamos sempre à final nacional. Quanto a nível internacional, nos EUSA2015, em Roterdão, ficámos num honroso
7ºlugar, perdendo nos quartos-de-final contra a poderosa Rússia. Nos outros europeus, a secção não
deixou de ter classificações dignas, como um 4º e um 8º lugar.
Como são os apoios e quais as lacunas da secção?
A Secção de Desporto faz-se sempre representar por um ou dois representantes nos torneios
de apuramento, sendo que, para a fase final do Campeonato Nacional, a comitiva é mais alargada.
São pessoas disponíveis e com vontade de trabalhar. A principal lacuna da secção prende-se com a
dificuldade de arranjar pavilhão sempre que a secção de futsal quer treinar.
Além de tudo o que referi, quero acrescentar que desde sempre foi, é e será um prazer representar a AAC e esforçamo-nos sempre, com o máximo empenho e esforço, dignificar a AAC nacional
e internacionalmente.
ENTREVISTA CONDUZIDA POR BERNARDO DA FRANCA
40
MAIO 2015
aparvafusando
redacção:
Tiago Nunes
ilustração: António Almeida
s
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Piston NEEMAAC
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