Pilares 1 - Editora DUNAS
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Volume 3 PILARES Prof. José Milton de Araújo - FURG 1 1- INTRODUÇÃO Fd M1d Fd M1d = momento fletor de primeira ordem M 2d = Fd e2 = momento fletor de segunda ordem l e2 = e2 e1=M1d/Fd M d = M 1d + M 2d = momento total Dimensionar para M d e N d = Fd (Problema de flexo-compressão) M1d Fd Fd Prof. José Milton de Araújo - FURG 2 Simplificações das normas de projeto • Nos pilares curtos (λ ≤ λ1 ) : pode-se desprezar M 2 d • Nos pilares moderadamente esbeltos (λ1 < λ ≤ 90) : pode-se calcular M 2 d por algum processo simplificado • Nos pilares esbeltos (λ > 90) : exige-se o cálculo rigoroso de M 2d (através de métodos numéricos iterativos e incrementais; exemplo: software JM PILAR 2009). • Nos pilares intermediários e pilares de dimensionamento à flexo-compressão normal. extremidade: • Nos pilares de canto: dimensionamento à flexo-compressão oblíqua. 3 Prof. José Milton de Araújo - FURG Para os pilares curtos e moderadamente esbeltos: calculamos M 2 d por processo aproximado e dimensionamentos a seção à flexo-compressão. 2- DIMENSIONAMENTO À FLEXO-COMPRESSÃO NORMAL O problema h/2 h Nd e Md x c h/2 Nd c LN Prof. José Milton de Araújo - FURG 4 Domínios de dimensionamento da flexo-compressão κ = 1− εo εu f ck ≤ 50 MPa f ck > 50 MPa ε o (o oo ) = 2,0 ε o (o oo ) = 2,0 + 0,085( f ck − 50)0,53 ε u (o oo ) = 3,5 ⎛ 90 − f ck ⎞ ε u o oo = 2,6 + 35⎜ ⎟ ⎝ 100 ⎠ ( ) 4 Prof. José Milton de Araújo - FURG 5 Seções típicas dos pilares dos edifícios h b • O processo de solução é iterativo: para encontrar a profundidade da linha neutra. • Podemos usar um programa de computador (ex. PACON), tabelas de dimensionamento, diagramas de interação ou fórmulas aproximadas. Prof. José Milton de Araújo - FURG 6 Tabelas para dimensionamento de seções retangulares (Apêndice 1) Com δ = d ′ h e a disposição das barras ⇒ identificar a tabela f yk f ck ; f yd = σ cd = 0,85 f cd ; f cd = ; 1,4 1,15 ν = Nd ; bhσ cd μ= Md bh 2σ cd Ler a taxa mecânica de armadura ω . Calcular a área total da armadura As = ω bh σ cd f yd As tabelas são restritas aos concretos do Grupo I (concretos com f ck ≤ 50 MPa). Prof. José Milton de Araújo - FURG 7 Exemplo: Nk 4 40 Aço CA-50: f yk = 500 MPa. e N k = 410 kN; e = 25 cm; c f ck = 20 MPa; 4 20cm (Seção com duas camadas de armadura) f ck 20 = ≅ 14 MPa ⇒ f cd = 1, 4 kN/cm2 1, 4 1, 4 = 0,85 f cd = 12 MPa ⇒ σ cd = 1, 2 kN/cm2 f yk 50 = = = 43, 48 kN/cm2 1,15 1,15 f cd = σ cd f yd Prof. José Milton de Araújo - FURG 8 N d = 1, 4 N k = 1, 4 x 410 ⇒ N d = 574 kN M d = N d e = 574 x 25 ⇒ M d = 14350 kNcm ν= μ= 574 Nd = ⇒ν ≅ 0, 60 bhσ cd 20 x40x1, 2 Md = 14350 ⇒ μ = 0,37 bh σ cd 20 x 40 x1, 2 d′ 4 δ = = ⇒ δ = 0,10 ⇒ h 40 Tabela A1.2: Interpolando ω = 0,71. 2 As = ωbh σ cd f yd 2 = 0,71x 20 x 40 x 1, 2 43, 48 ⇒ As = 15,7 cm2 9 Prof. José Milton de Araújo - FURG Interpolação linear Se μ = 0,37: ω = anterior + diferença x 0,70 Regra prática Prof. José Milton de Araújo - FURG 10 Tabela A3.2 (Apêndice 3 do Volume 2): 8 barras de 16 mm (Ase = 16,08 cm2). 4φ16 40 4φ16 20cm Solução Prof. José Milton de Araújo - FURG 11 Exemplo com três interpolações (caso geral): ν = 0,63 e μ = 0,37 Tabela A1.2 para ν = 0,60: ω = 0,53+(0,79-0,53)x0,70=0,71 Tabela A1.2 para ν = 0,70: ω = 0,59+(0,86-0,59)x0,70=0,78 Interpolando para ν = 0,63 (multiplicador igual a 0,30): ω = 0,71+(0,78-0,71)x0,30 = 0,73 Prof. José Milton de Araújo - FURG 12 3- DIAGRAMAS DE INTERAÇÃO NA FLEXOCOMPRESSÃO NORMAL • Em vez de tabelas de dimensionamento, podem-se empregar gráficos denominados diagramas de interação. • Para elaborar um diagrama, utiliza-se o mesmo processo iterativo. 13 Prof. José Milton de Araújo - FURG Fórmulas aproximadas para flexo-compressão normal Fórmulas apresentadas por Montoya: válidas para seções retangulares com duas camadas de armadura. f ck ≤ 50 MPa ν ≤ 1 ⇒ μ = ( 0, 5 − δ )βω + 0,468ν (1 − ν ) ν > 1 ⇒ μ = (0,5 − δ )β (ω + 1 −ν ) ν β 0 1,00 0,5 1,00 Valores de β 0,6 0,7 0,93 0,88 0,8 0,88 (1) (2) 0.9 0,90 ≥ 1,0 0,93 Resolvendo o exemplo anterior com a fórmula: ν = 0, 60 ⇒ β = 0,93 ; μ = 0,37 ; δ = 0,10 De (1): ω = μ − 0, 468ν (1 −ν ) σ = 0,693 ⇒ As = ωbh cd = 15,3 cm2 ( 0,5 − δ )β f yd Prof. José Milton de Araújo - FURG 14 4- A FLEXO-COMPRESSÃO OBLÍQUA O problema fica mais complicado, pois a inclinação da linha neutra passa a ser incógnita. y xo Nd α x LN Empregando o diagrama retangular, devemos trabalhar com σ cd = 0,80 f cd . σ cd = α c f cd , se a largura não diminuir Temos os dois casos Adotar ⇓ σ cd = 0,95α c f cd σ cd = 0,9α c f cd , se a largura diminuir Se f ck ≤ 50 MPa, obtém-se σ cd = 0,80 f cd . Prof. José Milton de Araújo - FURG 15 Esforço normal: N d y ex Nd Momentos fletores: M xd = N d e x e M yd = N d e y ey xsi ysi x Acc = área comprimida com a tensão σ cd σ sdi = tensão de cálculo na barra i Asi = área da barra i Prof. José Milton de Araújo - FURG 16 Equações de equilíbrio: n N d = ∫ σ cd dA + ∑ Asiσ sdi i =1 n Acc M xd = ∫ σ cd xdA + ∑ Asiσ sdi x si i =1 Acc n M yd = ∫ σ cd y dA + ∑ Asiσ sdi y si i =1 Acc Dimensionamento: dadas as coordenadas dos vértices da seção e das barras de aço; dados os três esforços solicitantes de cálculo: obter a área total de aço na seção. Verificação: dada a seção já dimensionada e dado o esforço normal: determinar os momentos fletores de cálculo que levam a seção à ruína. Os dois problemas são resolvidos com o software PACON. 17 Prof. José Milton de Araújo - FURG Tabelas para dimensionamento de seções retangulares (Apêndice 2) Entrada: Nd ; ν = Ac σ cd M xd ; μx = Ac hx σ cd μy = M yd Ac hy σ cd onde Ac = hx h y é a área da seção transversal e σ cd = 0,80 f cd . Ler: ω e calcular As = ω Ac σ cd f yd As tabelas são restritas aos concretos do Grupo I (concretos com f ck ≤ 50 MPa). Prof. José Milton de Araújo - FURG 18 Exemplo: y 4 4 40 x Concreto: f ck = 20 MPa Aço CA-50 ( f yk = 50 kN/cm2) Dados: N k = 800 kN ; M xk = 2000 kNcm M yk = 4000 kNcm 20cm f ck ≅ 14 MPa; 1,4 = 0,80 f cd = 11,2 MPa; f yk = = 43,48 kN/cm2; 1,15 f cd = σ cd f yd σ cd = 1,12 kN/cm 2. h x = 20 cm; h y = 40 cm. Prof. José Milton de Araújo - FURG 19 Ac = h x h y = 20x 40 ⇒ Ac = 800 cm2 N d = 1, 4 N k = 1, 4 x800 ⇒ N d = 1120 kN M xd = 1, 4M xk = 1, 4 x2000 ⇒ M xd = 2800 kNcm M yd = 1,4 M yk = 1, 4 x4000 ⇒ M yd = 5600 kNcm Nd 1120 = ⇒ν = 1, 25 Ac σ cd 800 x1,12 2800 M xd μx = = ⇒ μ x ≅ 015 Ac hxσ cd 800 x 20x1,12 M yd 5600 μy = = ⇒ μ y ≅ 0,15 Ac h yσ cd 800x 40 x1,12 ν= Prof. José Milton de Araújo - FURG 20 Tabela A2.2: Interpolando ⇓ Para ν = 1, 2 : ω = 0,85 Para ν = 1, 4 : ω = 1, 02 Interpolando novamente para ν = 1,25 : As = ωAcσ cd f yd = ω = 0,89 . 0, 89 x800 x1,12 ⇒ As = 18,34 cm2 . 43, 48 Prof. José Milton de Araújo - FURG 21 5- ESTRUTURAS INDESLOCÁVEIS • Subestrutura de contraventamento - Função principal: resistir às ações horizontais (vento). - Também recebe cargas verticais. - Deve garantir a indeslocabilidade horizontal do edifício. - Os seus pilares são denominados de pilares de contraventamento. • Subestrutura contraventada - Função principal: resistir às cargas verticais. - Os seus pilares são denominados de pilares contraventados. - Esses pilares podem ser calculados como se fossem apoiados no nível das lajes de piso. Prof. José Milton de Araújo - FURG 22 FV = soma de todas as cargas verticais de serviço n = número de andares htot = altura total da edificação E cs I c = rigidez à flexão dos elementos verticais (Deslocável) (Indeslocável) na direção considerada α = parâmetro de instabilidade A estrutura pode ser considerada indeslocável quando: FV α = htot ≤ 0, 2 + 0,1n , se n ≤ 3 E cs I c elemento rígido CEB/78 α ≤ α lim , se n ≥ 4 Prof. José Milton de Araújo - FURG 23 Segundo a NBR-6118: contraventamento por pilares-parede: α lim = 0,7 contraventamento por pórticos: α lim = 0, 5 associação de pórticos e pilares-parede: α lim = 0,6 Pilar-parede de seção constante Pilar-parede de seção variável ou pórtico de contraventamento 13 Aplicamos uma força ⎛ f ck + 8 ⎞ E cs = 0,85x 21500⎜ ⎟ MPa horizontal F no topo e ⎝ 10 ⎠ calculamos o deslocamento horizontal U no topo da Ic = momento de inércia da seção estrutura. transversal de concreto sem a inclusão das armaduras. Rigidez equivalente: 3 F H htot EIeq = 3U Prof. José Milton de Araújo - FURG 24 A rigidez equivalente também pode ser determinada considerando uma carga horizontal p , uniformemente distribuída. EI eq 4 phtot = 8U (modelo de carga uniforme) PROCEDIMENTO RECOMENDADO A) Parâmetros de instabilidade para contraventamento feito por paredes estruturais e/ou pilares-parede α = htot FV E cs I c ≤ α lim (estrutura indeslocável) (6.2.6) E cs = módulo secante do concreto, I c = momento de inércia da seção de concreto simples. 25 Prof. José Milton de Araújo - FURG O coeficiente α lim é função do número de andares n do edifício e do estado de fissuração do elemento de contraventamento. • para elementos não fissurados: α lim = 0, 67 1 − 0,60 n (6.2.7) • para elementos fissurados: α lim = 0, 47 1 − 0,60 n (6.2.8) • Determinam-se as tensões de tração no concreto, para as cargas horizontais e as cargas verticais de cálculo que atuam no elemento estrutural (problema de flexão composta da Resistência dos Materiais). Prof. José Milton de Araújo - FURG 26 • Comparam-se as tensões de tração máximas em cada andar com a resistência à tração característica inferior do concreto, f ctk ,inf , para saber o estado de fissuração do elemento de contraventamento. • Pode-se fazer uma interpolação linear entre os valores dados nas equações (6.2.7) e (6.2.8), com base no tamanho do trecho do pilarparede que se encontra fissurado. B) Parâmetros de instabilidade para contraventamento feito por pórticos • Determina-se a rigidez equivalente EI eq dos pórticos com o modelo de carga uniforme. • Na análise dos pórticos para cálculo do deslocamento horizontal U , considera-se a rigidez EI = 0,70 E cs I c , para os pilares, e EI = 0,35E cs I c , para as vigas. 27 Prof. José Milton de Araújo - FURG α = htot FV ≤ α lim EI eq (estrutura indeslocável) α lim = 0, 66 1 − 0,39 ≤ 0, 62 n (6.2.9) (6.2.10) C) Parâmetros de instabilidade para contraventamento feito pela associação de pórticos com paredes e/ou pilares-parede • A rigidez equivalente da associação é obtida como para os pórticos. • A princípio, considera-se EI = 0,70 E cs I c para uma parede ou pilar-parede. Porém, se ficar comprovado que esse elemento está fissurado para as cargas de cálculo, deve-se repetir a análise do conjunto considerando EI = 0,35E cs I c para o mesmo. Prof. José Milton de Araújo - FURG 28 α = htot FV ≤ α lim EI eq (estrutura indeslocável) (6.2.9) 0,53 ≤ 0,72 n (6.2.11) α lim = 0, 74 1 − 29 Prof. José Milton de Araújo - FURG Tabela 6.2.1 – Valores limites para o parâmetro de instabilidade ( α lim ) Parede e pilar-parede * Pórtico e Pórtico parede não fissurada ** ** fissurada n 1 2 3 4 5 10 20 α max * α = htot 0,42 0,56 0,60 0,62 0,63 0,65 0,66 0,67 0,30 0,39 0,42 0,43 0,44 0,46 0,46 0,47 0,52 0,59 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,62 0,51 0,63 0,67 0,69 0,70 0,72 0,72 0,72 FV FV ≤ α lim ; ** α = htot ≤ α lim E cs Ic EIeq Prof. José Milton de Araújo - FURG 30 Exemplo 1: Verificar se o pilar-parede da fig. 6.2.2 é suficiente para garantir a indeslocabilidade de um edifício de 8 andares, cuja altura total desde a fundação é igual a 25 m. A soma de t odas as cargas verticais de serviço é igual a 25.000 kN e o concreto possui f ck = 20 MPa. y xc 0,15 yc c 1,50 x 0,15 0,15 0,50 2,70m 0,50 0,15 Fig. 6.2.2 - Pilar-parede de contraventamento Prof. José Milton de Araújo - FURG 31 xc = 2 m ; y c = 0, 63 m. (coordenadas do centróide) I x = 3,02 m4 (em torno de y ) ; I y = 0,54 m4 (em torno de x ) 13 E cs ⎛ 20 + 8 ⎞ = 0,85 x 21500⎜ ⎟ ⎝ 10 ⎠ ≅ 25760 MPa Ecs = 25760 x10 3 kN/m2 • • Substituindo n = 8 nas equações (6.2.7) e (6.2.8), obtém-se: pilar-parede não fissurado: α lim = 0, 64 ; pilar-parede fissurado: α lim = 0,45 . Prof. José Milton de Araújo - FURG 32 25000 α x = 25 3 = 0, 45 25760 x10 x3,02 O pilar-parede sozinho é suficiente para garantir a indeslocabilidade nesta direção, independentemente do seu estado de fissuração. α y = 25 25000 3 = 1, 06 25760 x10 x 0, 54 O pilar-parede sozinho não é suficiente para garantir a indeslocabilidade na direção y , mesmo que ele se encontre não fissurado. 33 Prof. José Milton de Araújo - FURG Exemplo 2: Determinar a rigidez equivalent e do pórtico 15 f ck = 25 MPa 4m Vigas: 20cm x 60cm Pilares: 20cm x 50cm E cs = 27200 MPa htot = 60 m 2 1 4m 4m 5m 5m Pilares: EI = 0, 70 E cs I c ; Vigas: EI = 0, 35E cs I c Prof. José Milton de Araújo - FURG 34 Rodando PACON: Modelo de carga concentrada: EI eq = 27,34 x10 6 kNm2 EI eq = 21,90 x10 6 kNm2 Modelo de carga uniforme: Observações: • Ao usar o procedimento recomendado anteriormente, deve-se empregar o modelo de carga uniforme, pois os valores de α lim foram determinados com base nesse modelo. •A rigidez dos três pilares isoladamente é de apenas 3x 0, 70 E cs I c = 0,12 x10 6 kNm2, o que mostra a grande influência das vigas na rigidez do conjunto. Prof. José Milton de Araújo - FURG 35 6- ÍNDICE DE ESBELTEZ λ = le i le = comprimento de flambagem do pilar; Para as seções retangulares: i = I c Ac = raio de giração da l seção transversal; λ = e 12 h I c = momento de inércia; Ac = área. Normalmente, consideramos os pilares birrotulados: le é a distância entre os eixos das vigas de dois andares vizinhos. Deve-se limitar: λ ≤ 200 . Prof. José Milton de Araújo - FURG 36 7- PROCESSO SIMPLIFICADO PARA CONSIDERAÇÃO DOS EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM Fd M 1d=Fd e1 ec l Fd (Válido para λ ≤ 90 ) Excentricidade de segunda ordem: e2 l 0,005 e2 = 10 (ν o + 0,5 )h 2 e1 νo = Fd ≥ 0,5 Ac f cd M 1d Fd Fd Ac = área da seção de concreto; h = altura na direção considerada Prof. José Milton de Araújo - FURG 37 Excentricidade de fluência: ⎡ ϕ∞ Fk ⎤ P − F ec = e1 ⎢e e k − 1⎥ , se λ > 50 ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ e= base do logaritmo neperiano; ϕ ∞ = coeficiente final de fluência; Carga de Euler: Pe = π 2 Ecs I c le2 Pode desprezar a fluência se λ ≤ 50 Esforços para dimensionamento: N d = Fd e M d = Fd (e1 + e2 + ec ) . Prof. José Milton de Araújo - FURG 38 8- EXCENTRICIDADE ACIDENTAL E EXCENTRICIDADE MÍNIMA Excentricidade acidental l ea = e 400 Excentricidade mínima e1,min = 1,5 + 0,03h , cm (cobre os erros de avaliação do (leva em conta as imperfeições momento inicial) do eixo do pilar) M Excentricidade de primeira ordem: e1 = ei + ea ; ei = i F Prof. José Milton de Araújo - FURG 39 9- SITUAÇÕES DE PROJETO DOS PILARES canto extremidade intermediário Pilar intermediário: podemos desprezar os momentos iniciais transmitidos pelas vigas; situação de projeto: compressão centrada. Pilar de extremidade: considerar os momentos iniciais; situação de projeto: flexo-compressão normal. Pilar de canto: considerar os momentos iniciais nas duas direções; situação de projeto: flexo-compressão oblíqua. Prof. José Milton de Araújo - FURG 40 Cálculo aproximado dos momentos iniciais (NBR-6118) rvig=4I vig/l vig q 0,5lsup Msup Minf Isup rsup=6Isup/l su Ivig nó Meng 0,5l in f rinf=6I inf/l inf I inf l vig M inf = M eng rinf rinf + rsup + rvig M sup = M eng rsup rinf + rsup + rvig M eng = momento de engastamento perfeito; r = coeficiente de rigidez. 41 Prof. José Milton de Araújo - FURG 10- SITUAÇÕES DE CÁLCULO DOS PILARES A) Pilares intermediários y y y Primeira situação de cálculo: e x = e1x + e2 x + ecx Fd hy ey Fd Fd x ex lex ; eix = 0 400 e1x,min = 1,5 + 0, 03hx e ax = x x (c) hx (b) (a) Segunda situação de cálculo: e y = e1 y ⎧eix + eax e1 x ≥ ⎨ ⎩ e1 x,min + e2 y + ecy Realizar dois dimensionamentos à flexo-compressão normal e adotar a maior armadura. Prof. José Milton de Araújo - FURG 42 B) Pilares de extremidade y y y e ia a Fd + ey e ix Fd hy x Fd x x ex (c) Direção x Excentricidades iniciais eia > | e ib | - (b) hx b e ib (a) B.1) Dimensionamento segundo a direção x • Seção de extremidade: e x = eia + eax ≥ e1x,min (1) • Seção intermediária: e x = e1x + e 2 x + ecx (2) Prof. José Milton de Araújo - FURG ⎧0,6eia + 0, 4eib eix ≥ ⎨ 0, 4eia ⎩ 43 ⎧eix + ea x e1x ≥ ⎨ ⎩ e1x , min Dimensionar para o maior valor de e x resultante das equações (1) e (2). ⎤ ⎡ ϕ∞ Fk P − F ecx = (eix + e ax )⎢ e ex k − 1⎥ ⎥ ⎢ ⎦ ⎣ B.2) Dimensionamento segundo a direção y eiy = 0 ; ⎧eiy + eay e1 y ≥ ⎨ ⎩ e1 y , min e y = e1 y + e2 y + ecy Realizar dois dimensionamentos à flexo-compressão normal e adotar a maior armadura. Prof. José Milton de Araújo - FURG 44 C) Pilares de canto y + + eix hy topo eiy,t eix,t eiy x x hx y - - eix,b eiy,b base • Há momentos iniciais segundo as duas direções • Todas as seções do pilar estão sob flexo-compressão oblíqua • Devemos considerar 6 (seis) situações de cálculo: duas na seção do topo, duas na seção da base e duas na seção intermediária. 45 Prof. José Milton de Araújo - FURG Situações de cálculo na seção de topo do pilar • Situação de cálculo 1: y eix,t 2 Fd y y eix,t ex hy eiy,t Fd x eiy,t ey = eiy ,t x x (b) ; e1x = eix ,t + eax ≥ e1x ,min ey 1 Fd e x = e1x (c) hx • Situação de cálculo 2: e x = eix ,t ; ey = e1y (a) e1 y = eiy ,t + eay ≥ e1 y ,min Prof. José Milton de Araújo - FURG 46 Situações de cálculo na seção da base do pilar • Situação de cálculo 3: y eix,b 4 Fd y y eix,b ex ey 3 Fd hy e x = e1x e1x = eix ,b + eax ≥ e1x ,min Fd eiy,b eiy,b x ey = eiy ,b ; x x • Situação de cálculo 4: (b) (c) e x = eix ,b hx (a) ; e y = e1y e1 y = eiy ,b + eay ≥ e1 y ,min 47 Prof. José Milton de Araújo - FURG Situações de cálculo na seção intermediária do pilar y eix 6 Fd y y eix ex ey 5 Fd hy Fd eiy x eiy x x (b) (c) hx Admitindo que as maiores excentricidades, em valor absoluto, ocorrem na seção de topo. (a) Excentricidades iniciais na seção intermediária: ⎧0,6 e + 0,4 eix ,b eix ≥ ⎨ ix ,t 0,4eix ,t ⎩ ; ⎧0,6eiy ,t + 0,4eiy ,b eiy ≥ ⎨ 0,4eiy ,t ⎩ Prof. José Milton de Araújo - FURG 48 • Situação de cálculo 5: e x = e1x + e2 x + ecx ey = eiy ; e1x = eix + eax ≥ e1x ,min • Situação de cálculo 6: e x = eix ; e y = e1y + e2 y + ecy e1 y = eiy + eay ≥ e1 y ,min A princípio, devem ser feitos 6 dimensionamentos à flexo-compressão oblíqua (usando PACON, por exemplo). O trabalho é excessivo, quando o dimensionamento é feito por meio de tabelas. Nesses casos, deve-se analisar a ordem de grandeza das excentricidades, para eliminar as situações de cálculo irrelevantes. Prof. José Milton de Araújo - FURG 49 OBSERVAÇÕES: 1. Em todos os casos, deve-se ter λ ≤ 90 . Se λ > 90 , o pilar é esbelto, devendo-se empregar um processo rigoroso (Capítulo 9 do Volume 3 e software JM PILAR). 2. Nos edifícios consideramos le = l , admitindo que os pilares são birrotulados. 3. No cálculo da excentricidade de fluência, não respeitamos a excentricidade mínima. A excentricidade de fluência é calculada como ⎡ ϕ∞ Fk ⎤ P − F e cx = (eix + e ax ) ⎢e ex k − 1⎥ (exemplo para a direção x) ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ Nos pilares intermediários, eix = 0 . Prof. José Milton de Araújo - FURG 50 11- EXEMPLOS DE DIMENSIONAMENTO Nos exemplos a seguir: Cálculos preliminares: f ck = 20 MPa Aço CA-50 ( f yk = 50 kN/cm2 ) f cd = ϕ ∞ = 2, 5 f yd le = 4m (nas duas direções) γ f = 1,4 γ c = 1, 4 γ s = 1,15 Ecs 2 2 ≅ 1,4 kN/cm 1, 4 50 = = 43, 48 kN/cm2 1,15 ⎛ f +8 ⎞ = 0 ,85 x21500 ⎜ ck ⎟ 10 ⎝ ⎠ E cs = 2576 kN/cm 1 3 MPa 2 Excentricidades acidentais: l 400 = 1cm e ax = e ay = e = 400 400 Fk = 857 kN ⇒ Fd = 1, 4Fk = 1200 kN Prof. José Milton de Araújo - FURG 51 Exemplo 1: Pilar intermediário Solução: Iniciar pela direção de maior esbeltez y 50 1) Dimensionamento segundo a direção x x a) Índice de esbeltez: l ex l 12 400 12 λx = = ex = = 69 I cx Ac hx 20 b) Excentricidade de segunda ordem 20cm νo = Fd Ac f cd = 1200 = 0,86 20 x50 x1, 4 Como ν o > 0,5 , adota-se o valor calculado ν o = 0,86 . Prof. José Milton de Araújo - FURG 52 e 2x le2x 0, 005 = 10 (ν o + 0, 5)hx e 2x 400 2 0, 005 = ⇒ e 2 x = 2,94 cm 10 (0,86 + 0,5 )20 c) Excentricidade de fluência (λ x > 50 ) h y h3x 50 x 203 I cx = = = 33. 333 cm4 12 12 π 2 E cs I cx π 2 x 2576 x33. 333 Pex = = = 5297 kN 2 2 l ex 400 e cx ⎡ ϕ∞ Fk ⎤ ⎡ 2 ,5 x857 ⎤ ⎢ ⎥ Pex − Fk 5297 − 857 = eax e − 1 = 1⎢ e − 1⎥ ⇒ ecx = 0, 62 cm ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎦ ⎣⎢ ⎦⎥ ⎣ 53 Prof. José Milton de Araújo - FURG d) Excentricidade mínima y e1x , min = 1,5 + 0, 03h x ⇒ e1 x, min = 2,1cm d'=4 ex e) Situação de cálculo ⎧ eax = 1,0 e1x ≥ ⎨ ⇒ e1 x = 2,1cm e = 2 , 1 ⎩ 1 x , min b=50 Excentricidade total na direção x : e x = e1x + e2 x + ecx . e x = 2,1 + 2,94 + 0, 62 ⇒ e x = 5, 66 cm Prof. José Milton de Araújo - FURG Fd x h=20cm Primeira situação de cálculo 54 Dimensionamento para a primeira situação de cálculo: N d = Fd = 1200 kN; M d = N d e x = 1200x5,66 = 6792 kNcm. Tabela A1.4 do Apêndice 1: As = 25,67 cm2 Tabela A3.2 (Apêndice 3 do Volume 2): 8 barras de 20mm (área = 25,13cm2, praticamente igual à área calculada). 4 4φ20 4φ20 50 Solução obtida para a primeira situação de cálculo 4 20cm As=25,13 cm2 55 Prof. José Milton de Araújo - FURG y 2) Dimensionamento segundo a direção y Fd e ay = 1 cm; e1 y , min = 3 cm ⇒ e1 y = 3 cm; ey e 2 y = 1,18 cm; ecy = 0 (pois λ y = 28 < 50 ). h=50 x Logo, e y = 3 + 1,18 = 4,18 cm. d'=4 Dimensionamento: N d = 1200 kN; M d = 1200x4,18 = 5016 kNcm. Tabela A1.10 do Apêndice 1: As = 5,80 cm2 b=20cm Segunda situação de cálculo Como na seção já existe uma armadura com área de 25,13cm2, exigida pelo dimensionamento segundo a direção x , conclui-se que essa armadura satisfaz com bastante folga as exigências para a direção y . Portanto, a direção x é a crítica. Prof. José Milton de Araújo - FURG 56 Exemplo 2: Pilar de extremidade y 20kNm + direção x 50 x 15kNm 20cm Momentos iniciais de serviço segundo a direção x Iniciar pela direção x: direção de maior esbeltez Prof. José Milton de Araújo - FURG 57 1) Dimensionamento segundo a direção x a) Índice de esbeltez: λ x = 69 (ver exemplo 1). b) Excentricidades iniciais eia = 2000 1500 = 2,33 cm ; eib = − = −1, 75 cm. 857 857 c) Excentricidade mínima e1 x, min = 1,5 + 0,03 x 20 ⇒ e1x , min = 2,1cm Seção de extremidade: ⎧eia + e ax = 2, 33 + 1 = 3,33 ex ≥ ⎨ e1x, min = 2,1 ⎩ ⇒ e x = 3,33 cm Prof. José Milton de Araújo - FURG 58 d) Excentricidade inicial na seção intermediária ⎧0, 6eia + 0, 4eib = 0,6 x 2,33 + 0, 4(−1, 75) = 0, 70cm eix ≥ ⎨ 0, 4eia = 0, 4 x2,33 = 0,93cm ⎩ Logo, eix = 0,93 cm. e) Excentricidade de segunda ordem: e 2 x = 2, 94 cm (ver exemplo 1). f) Excentricidade de fluência: Pex = 5297 kN (ver exemplo 1). ecx ⎡ ϕ∞ Fk ⎤ P − F e cx = (eix + eax )⎢e ex k − 1⎥ ⎢ ⎥ ⎢⎣ ⎥⎦ ⎡ 2 ,5 x857 ⎤ = (0,93 + 1)⎢ e 5297 − 857 − 1⎥ = 1,20 cm. ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ Prof. José Milton de Araújo - FURG 59 Seção intermediária: ⎧eix + eax = 0,93 + 1 = 1,93 e1 x ≥ ⎨ e1 x, min = 2,1 ⎩ ⇒ e1 x = 2,1 cm e x = e1 x + e2 x + ec x = 2,1 + 2,94 + 1, 20 ⇒ e x = 6, 24 cm Logo, deve-se dimensionar a seção intermediária com uma excentricidade e x = 6,24 cm. Prof. José Milton de Araújo - FURG 60 y 4 d'=4 ex 5φ20 5φ20 b=50 50 Fd x 4 20cm h=20cm Primeira situação de cálculo As=31,42 cm2 Solução N d = 1200 kN; M d = 1200 x6,24 = 7488 kNcm. Tabela A1.4 do Apêndice 1: As ≅ 29,00 cm2. Adotando 10φ 20 , tem-se uma área de aço igual a 31,42cm2(tabela A3.2, Apêndice 3, Volume 2). Prof. José Milton de Araújo - FURG 61 2) Dimensionamento segundo a direção y eay = 1 cm; e1 y , min = 3 cm ⇒ e1 y = 3cm e 2 y = 1,18 cm ; e cy = 0 (pois λ y = 28 < 50 ). Excentricidade total: y Fd e y = 3 + 1,18 = 4,18 cm. N d = 1200 kN; M d = 1200x 4,18 = 5016 kNcm. ey h=50 x d'=4 Tabela A1.14 do Apêndice 1: As = 6,07 cm2. Como a seção já possui uma área de aço igual a 31,42cm2, exigida pelo dimensionamento segundo a direção x , conclui-se que a solução é aquela indicada anteriormente (10 φ 20). b=20cm Segunda situação de cálculo Prof. José Milton de Araújo - FURG 62 Exemplo 3: Pilar de canto y 20kNm 40kNm + + 50 x x 25cm 15kNm y 20kNm Seção transversal e momentos iniciais de serviço Prof. José Milton de Araújo - FURG 63 Solução: a) Excentricidades iniciais No topo: eix ,t = Na base: eix ,b = 2000 4000 = 2,33 cm; eiy ,t = = 4,66 cm 857 857 − 1500 − 2000 = −1,75 cm; eiy ,b = = −2,33 cm 857 857 Na seção intermediária: ⎧0,6 x 2,33 − 0,4 x1,75 = 0,70 ⇒ eix = 0,93 cm eix ≥ ⎨ x 0 , 4 2 , 33 = 0 , 93 ⎩ ⎧0,6 x 4,66 − 0,4 x 2,33 = 1,86 ⇒ eiy = 1,86 cm eiy ≥ ⎨ x 0 , 4 4 , 66 = 1 , 86 ⎩ Prof. José Milton de Araújo - FURG 64 b) Excentricidades mínimas e1 x,min = 1,5 + 0 ,03x25 = 2,25 cm ; e1y ,min = 1,5 + 0,03 x50 = 3,00 cm c) Situação de cálculo 1 (no topo) ⎧eix ,t + eax = 2,33 + 1,00 = 3,33 e1x ≥ ⎨ e1x,min = 2,25 ⎩ ⇒ e1x = 3,33 cm Dimensionamento à flexo-compressão com as excentricidades: ¾ e x = 3,33 cm ; e y = 4,66 cm Prof. José Milton de Araújo - FURG 65 d) Situação de cálculo 2 (no topo) ⎧eiy ,t + eay = 4,66 + 1,00 = 5,66 e1 y ≥ ⎨ e1 y ,min = 3,00 ⎩ ⇒ e1 y = 5,66 cm Dimensionamento à flexo-compressão com as excentricidades: ¾ e x = 2,33 cm ; e y = 5,66 cm Prof. José Milton de Araújo - FURG 66 e) Situação de cálculo 3 (na base) ⎧eix,b + eax = 1,75 + 1,00 = 2,75 e1x ≥ ⎨ e1x,min = 2,25 ⎩ ⇒ e1x = 2,75 cm Dimensionamento à flexo-compressão com as excentricidades: ¾ e x = 2,75 cm ; e y = 2,33 cm f) Situação de cálculo 4 (na base) e1 y ⎧eiy ,b + eay = 2,33 + 1,00 = 3,33 ≥⎨ e1 y ,min = 3,00 ⎩ ⇒ e1 y = 3,33 cm Dimensionamento à flexo-compressão com as excentricidades: ¾ e x = 1,75 cm ; e y = 3,33 cm Prof. José Milton de Araújo - FURG 67 g) Situação de cálculo 5 (na seção intermediária) e1x ⎧eix + eax = 0,93 + 1,00 = 1,93 ≥⎨ e1x,min = 2,25 ⎩ ⇒ e1x = 2,25 cm l 12 400 12 Índice de esbeltez: λ x = ex = = 55 hx 25 Excentricidade de segunda ordem: νo = Fd 1200 = = 0,69 Ac f cd 25 x50 x1,4 Como ν o > 0,5 , adota-se o valor calculado ν o = 0,69 . Prof. José Milton de Araújo - FURG 68 e2 x 2 2 lex 400 0,005 0,005 ; e = = ⇒ e2 x = 2,69 cm 2x 10 (ν o + 0,5)hx 10 (0,69 + 0,5)25 Excentricidade de fluência: Pex = π 2 Ecs I cx 2 lex = 10345 kN ⎤ ⎡ ϕ∞ Fk ecx = (eix + eax )⎢e Pex − Fk − 1⎥ ⎥ ⎢ ⎥⎦ ⎣⎢ ⎡ 2,5 x857 ⎤ ecx = (0,93 + 1)⎢e 10345−857 − 1⎥ = 0,49 cm ⎢ ⎥ ⎣ ⎦ e x = e1x + e2 x + ecx = 2,25 + 2,69 + 0,49 = 5,43 cm Prof. José Milton de Araújo - FURG 69 Dimensionamento à flexo-compressão com as excentricidades: ¾ e x = 5,43 cm ; e y = 1,86 cm h) Situação de cálculo 6 (na seção intermediária) ⎧eiy + eay = 1,86 + 1,00 = 2,86 e1 y ≥ ⎨ e1 y ,min = 3,00 ⎩ Índice de esbeltez: λ y = l ey 12 hy = ⇒ e1 y = 3,00 cm 400 12 = 27 < 50 50 Excentricidade de segunda ordem: e2 y 400 2 0,005 = ⇒ e2 y = 1,34 cm 10 (0,69 + 0,5)50 Excentricidade de fluência: ecy = 0 , pois λ y < 50 Prof. José Milton de Araújo - FURG 70 e y = e1 y + e2 y + ecy = 3,00 + 1,34 + 0,00 = 4,34 cm Dimensionamento à flexo-compressão com as excentricidades: ¾ e x = 0,93 cm ; e y = 4,34 cm Excentricidades para o dimensionamento Excentricidades (cm) Excentricidades relativas Situação de cálculo e e e h e h x 3,33 2,33 2,75 1,75 5,43 0,93 1 2 3 4 5 6 ⎛e Raio: R = ⎜ x ⎜ hx ⎝ x y 4,66 5,66 2,33 3,33 1,86 4,34 2 ⎛e ⎞ ⎞ ⎟ +⎜ y ⎟ ⎜⎜ h ⎟⎟ ⎟ ⎠ ⎝ y⎠ x 0,1332 0,0932 0,1100 0,070 0,2172 0,0372 y y 0,0932 0,1132 0,0466 0,0666 0,0372 0,0868 2 71 Prof. José Milton de Araújo - FURG 0.30 0.20 y y 0.25 Situação de cálculo crítica (o raio R é muito maior que os demais) 0.15 0.10 0.05 R 0.00 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 x 0.25 0.30 x Representação das situações de cálculo em um diagrama de interação adimensional hipotético Prof. José Milton de Araújo - FURG 72 Neste exemplo, basta dimensionar para a situação crítica (número 5). Havendo dúvidas, deve-se realizar o dimensionamento para outras situações de cálculo. Dimensionamento para a situação de cálculo 5: N d = 1200 kN; M xd = N d e x = 1200 x5,43 = 6516 kNcm; M yd = N d e y = 1200 x1,86 = 2232 kNcm. Empregando as tabelas de flexo-compressão oblíqua: σ cd = 0,80 f cd = 0,80 x1,4 ⇒σ cd = 1,12 kN/cm2 Ac = hx h y = 25 x50 ⇒ Ac = 1250 cm2 Prof. José Milton de Araújo - FURG 73 Nd 1200 = ⇒ν = 0,86 Acσ cd 1250 x1,12 M xd 6516 μx = = ⇒ μ x = 0,19 Ac hxσ cd 1250 x 25 x1,12 M yd 2232 μy = = ⇒ μ y = 0,03 Ac h yσ cd 1250 x50 x1,12 ν= Da Tabela A2.3 (Volume 3), obtém-se: As = ωAcσ cd f yd = ω = 0,44 0,44 x1250 x1,12 ⇒ As = 14,17 cm2 43,48 Tabela A3.2 (Apêndice 3, Volume 2): 8 barras de 16 mm: área de aço existente = 16,08 cm2. Prof. José Milton de Araújo - FURG 74 4 4φ16 4φ16 50 4 25cm As=16,08 cm2 Solução para o pilar de canto Prof. José Milton de Araújo - FURG 75 Simplificações para o projeto dos pilares contraventados dos edifícios • Em geral, λ < 50 para os pilares dos edifícios: pode-se desprezar a excentricidade de fluência. • Em geral, os momentos iniciais são pequenos, de modo que a excentricidade de primeira ordem é menor que a excentricidade mínima e1,min. • Nesses casos, basta considerar a excentricidade mínima e1,min e a excentricidade de segunda ordem e2. • Essas simplificações não se aplicam aos pilares de contraventamento. Para eles, devem ser consideradas as situações de cálculo corretas, como foi apresentado anteriormente. Prof. José Milton de Araújo - FURG 76 y ey=e1y,min+e2y Fd 2 hy Fd ex=e1x,min+e2x 1 x hx Situações de cálculo simplificadas para os pilares intermediários e para os pilares de extremidade contraventados. Além disso, se hy é significativamente maior que hx, a segunda situação de cálculo pode ser eliminada. 77 Prof. José Milton de Araújo - FURG y Fd 2a e2y 1 e1y,min e'y 2 Fd e1x,min e2x 1a x e'x Situações de cálculo simplificadas para os pilares de canto contraventados: situações 1 e 2 em flexo-compressão oblíqua Prof. José Milton de Araújo - FURG 78 Simplificação adicional para os pilares de canto contraventados: dimensionar em flexo-compressão normal para as situações de cálculo 1a e 2a. Haverá um maior consumo de aço, em relação às situações 1 e 2. Situação 1a: ⎛h e' x = (e1x,min + e2 x ) + e1 y ,min ⎜ x ⎜ hy ⎝ ⎞ ⎟ ⎟ ⎠ Situação 2a: ⎛ hy e' y = e1 y ,min + e2 y + e1x,min ⎜⎜ ⎝ hx ⎞ ⎟ ⎟ ⎠ ( ) As situações 1a e 2a são antieconômicas e devem ser evitadas. Prof. José Milton de Araújo - FURG 79
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