Projeto Webradio do CTR/ECA - grupo

Transcrição

Projeto Webradio do CTR/ECA - grupo
1
MARIA SOCORRO OLIVEIRA DE ALMEIDA
WEBRADIO
Estudo de Caso: Projeto Webradio do CTR/ECA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES
Departamento de Relações Públicas, Propaganda e Turismo
Curso de Pós Graduação ―Lato Sensu‖ de Especialização em
Gestão Integrada de Comunicação Digital para Ambientes Corporativos
SÃO PAULO
2011
2
MARIA SOCORRO OLIVEIRA DE ALMEIDA
WEBRADIO
Estudo de Caso: Projeto Webradio do CTR/ECA
Monografia apresentada ao Departamento de
Relações Públicas, Propagada e Turismo da
Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo, em cumprimento
parcial as exigências do Curso de PósGraduação ―Lato Sensu‖, para obtenção do título
de Especialista em Gestão Integrada da
Comunicação
Digital
para
Ambientes
Corporativos
Orientadores: Prof. Dr. Mauro Wilton de Sousa e
Prof. Dr. Eduardo Vicente.
Universidade de São Paulo
Escola de Comunicações e Artes
São Paulo
2011
3
MARIA SOCORRO OLIVEIRA DE ALMEIDA
WEBRADIO
Estudo de Caso: Projeto Webradio do CTR/ECA
Aprovado em: 30/07/2011
Banca Examinadora:
____________________________________/___/___
Prof. Dr. Mauro Wilton de Sousa
Orientador
____________________________________/___/___
Prof. Dr. Eduardo Vicente
Co-orientador
____________________________________/___/___
Prof. Guilherme Ranoya
Avaliador
4
Dedico este trabalho a minha mãe Alexandrina
Aos meus filhos Renata e Rodrigo
Ao meu neto Rafael Rodriguez
As minhas sobrinhas Sarah Cristina e
Maria Eduarda.
5
AGRADECIMENTOS
Agradecimento especial aos meus orientadores profs. Drs. Mauro Wilton de Sousa
e Eduardo Vicente pela paciência, colaboração e oportunidade.
À profa. Dra. Elizabeth Saad pela oportunidade de participar do Curso.
Renata, a companheira de todos os momentos, sempre colaborando e
compreendendo a situação.
Rodrigo, Silvia e Rafael pelo apoio e compreensão.
A minha família, mesmo aqueles que estão distantes, que deram forças para
finalizar o curso.
À Teodora, Rose, Cesar e Antonio Carlos, pelo apoio, dedicação e confiança que
sempre depositaram.
Ao Departamento de Cinema, Rádio e TV pela oportunidade de realizar esta
pesquisa.
Prof. Luis Angerami pela compreensão e colaboração.
Aos professores do CTR que de certa maneira me apoiaram.
Aos colegas:
Guido, Sandro e Benesi pela participação na pesquisa e colaboração;
Marcelo Leite pelo apoio, sempre dando forças naqueles momentos de cansaço;
Paulo Ferreira pela sua colaboração em vários momentos, sempre disposto a
ajudar.
Ivone sempre colaborando e dando apoio para que esta pesquisa fosse concluída.
Marisa Bento pela sua dedicação e colaboração, sempre disposta a ajudar.
Douglas, Chico, Joel, Paulo, Edson, João, Mané, Daniel e Marcuti pelo apoio.
À secretaria do Digicorp – Rosangela, Renato e Eduardo pelo apoio.
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RESUMO
A pesquisa apresenta o projeto da Radioteca, uma webradio criada pelo
Departamento de Cinema, Rádio e Televisão (CTR), da Escola de
Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São Paulo (USP), como
espaço de difusão da produção radiofônica desenvolvida na Escola. Relata a
base tecnológica utilizada para a criação da emissora e o modo como sua
produção tem sido organizada. Além disso, é feita uma breve descrição de
alguns dos programas, que serão transmitidos já que um dos objetivos deste
trabalho é o de mostrar como o projeto da webradio se diferencia por meio do
conteúdo que veicula.
Palavras -chave: webradio, produção radiofônica e ECA/USP.
7
ABSTRACT
The research presents the Radioteca Project, a web radio developed by
Department of Film, Radio and TV (CTR) of School of Communication and Arts
of University of São Paulo as a space of radio production developed in ECA
(School of Communication and Arts). Describes the technology base used for
the creation of the station and how its production has been organized and the
radio formats conveyed by the station. In addition, there is a brief description of
some of the programs that will be transmitted as one of the goals of this work is
to show how the design differs webradio through the content it conveys.
Keywords: webradio; radio production; ECA/USP.
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RESUMEN
Esta investigación presenta el proyecto de la Radioteca, una webradio
creada por el Departamento de Cine, Radio y Televisión (CTR) de la Escuela
de Comunicaciones y Artes (ECA), de la Universidad de São Paulo (USP)
como espacio de difusión de la producción radiofónica desarrollada en la
Escuela. Relata la base tecnológica utilizada para la creacción de la emisora, y
cómo su producción se ha organizado. Además se hace una sucinta
descripción de algunos de los programas que se transmitirán, ya que uno de
los objetivos de este trabajo es el de enseñar como el proyecto de la webradio
se diferencia de los demás por medio del contenido que transmite.
Palabras Claves: webradio, producción radiofonica y ECA/USP
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 12
2 CAPÍTULO I – O RÁDIO NO BRASIL:HISTÓRIA E CONTEXO ATUAL ......... 17
2.1 Os Novos Rumos ........................................................................................... 23
2.2 Rádio & Internet ............................................................................................. 24
2.3 Podcast ........................................................................................................... 27
2.4 Rádio Digital (HDR) ...................................................................................... 29
2.5 Rádio por Satélite .......................................................................................... 30
3
CAPÍTULO
II
–
A
IMPLANTAÇÃO
DE
UMA
WEBRADIO:
BASE TECNOLOGICA, CONCEITOS E GESTÃO ............................................. 32
3.1 A História da ECA........................................................................................... 35
3.2 A Criação da Webradio Radioteca ................................................................. 38
3.3 UNIFOA ......................................................................................................... 40
3.4 UNESP ........................................................................................................... 40
3.5 Rádio KULA .................................................................................................. 41
3.6 Rádio UFPR .................................................................................................. 42
10
4 CAPÍTULO III – A WEBRADIO E SUAS POSSIBILIDADES PARA A
RENOVAÇÃO DA LINGUAGEM RADIOFÔNICA ............................................. 44
4.1 Os Gêneros Radiofônicos .............................................................................. 48
4.1.1 Gênero Publicitário ou Comercial ............................................................... 48
4.1.2 Gênero Jornalístico ou Informativo ............................................................. 49
4.1.3 Gênero Musical .......................................................................................... 51
4.1.4 Gênero Dramático ou Ficcional .................................................................. 51
4.1.5 Gênero Experimental .................................................................................. 52
4.2 A Programação da Emissora ......................................................................... 53
4.2.1 Sonoracidade, a Paisagem Acústica de São Paulo ................................... 53
4.2.2 Vozes de Sampa ......................................................................................... 54
4.2.3 História do Brasil Futebol Clube ................................................................. 54
4.2.4 Trilhas & Rolos ............................................................................................ 54
4.2.5 Pão com Linguiça ....................................................................................... 55
4.2.6 Meu Pai é Tarcísio Meira ............................................................................ 55
4.2.7 O Sequestro ................................................................................................ 55
4.2.8 Leituras Drámaticas TUSP ......................................................................... 56
11
4.2.9 Memórias Ecanas ....................................................................................... 56
4.2.10 Audioexperiências ..................................................................................... 56
4.2.11 Spots Comerciais ...................................................................................... 57
4.2.12 Programação Musical ............................................................................... 57
5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 58
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 60
ANEXOS................................................................................................................ 64
12
1 INTRODUÇÃO
A partir da década de 1960, com a consolidação da televisão, o rádio
vive uma grande crise no país. Junto com as verbas publicitárias, fundamentais
para a sua sobrevivência, boa parte dos artistas e técnicos da rádio migra para
a TV. Com isso, o veículo acaba perdendo sua energia criativa justamente no
momento de intensa reflexão acerca da produção cultural nacional, explicitada
por meio de movimentos como, por exemplo, o Teatro Novo, o Cinema Novo, a
Música Nova e a Bossa Nova. Assim, o rádio perdeu uma importante
oportunidade de reflexão crítica acerca de seus propósitos sociais e artísticos,
bem como de atualização da sua linguagem. Uma oportunidade nunca mais
retomada.
Isso ocorreu porque o veículo superou sua crise, a partir dos anos 80,
com a consolidação das grandes redes de rádio (favorecida a partir do ano de
1990, pelo início da transmissão via satélite no país) e a ocupação dos
espaços que conserva até hoje: a veiculação de música (principalmente
através das emissoras de FM, surgidas nos anos 70), de notícias, as iniciativas
de utilidade pública (como as condições de trânsito das grandes cidades), a
interação com o ouvinte – baseada, principalmente, em características do
veículo como o imediatismo e a autonomia (ORTRIWANO, 1985, p. 80-81) – e
a atuação de grandes comunicadores (como Eli Correa, Gil Gomes e Zé Bettio,
entre outros).
Um elemento comum aos formatos de produção acima citados a não
utilização de grandes estúdios ou de um extenso corpo técnico e artístico. A
grande infraestrutura era a condição necessária à produção dos programas de
auditório e dos formatos ficcionais (especialmente seriados e novelas) que
brilharam durante o período áureo do rádio, nas décadas de 1940 e 1950, mas,
se é cabível a afirmação de que o rádio encontrou sua vocação na veiculação
de música, notícias e na prestação de serviços, também podemos, por outro
lado, afirmar que limitações técnicas e financeiras demarcaram fortemente as
condições nas quais ele atua.
13
O cenário dos últimos anos, no entanto, abriu interessantes
possibilidades
de
utilização
da
produção
radiofônica,
inclusive
ou
principalmente, fora do dial tradicional, e a internet assume uma importância
fundamental
nesse
processo,
oferecendo
alternativas
de
veiculação
radiofônica, tanto através de webradios 1 – a partir das quais os programas
podem ser disponibilizados em tempo real ou on demand – quanto de
audioblogs e Podcasts que, surgidos a partir de uma prática dos proprietários
de I-Pods de disponibilizar suas playlists de programação musical através da
internet, tornaram-se importante espaço de distribuição de programas
radiofônicos para download e posterior audição.
Não foram apenas os espaços para a veiculação radiofônica que se
diversificaram, as mudanças no âmbito da produção propostas pelo
desenvolvimento das tecnologias digitais são igualmente dramáticas. Ao
contrário do que ocorria na época da Rádio Nacional, quando dezenas, ou
mesmo centenas, de profissionais precisavam se envolver na produção de um
único radiodrama seriado, a pulverização dos meios de produção permite que
peças sonoras sejam hoje gravadas e editadas a partir de computadores
domésticos e outros equipamentos digitais portáteis.
Foi em função dessas novas possibilidades de produção e veiculação
radiofônica que Vicente (2011) 2 do Departamento de Cinema, Rádio e TV
(CTR) da Escola de Comunicações e Artes (ECA), da Universidade de São
Paulo (USP) propôs, em 2010, a criação de uma webradio que atendesse não
só ao Departamento como toda a Escola. É o processo de implantação e
gerenciamento dessa rádio – batizada de Radioteca – que será discutido no
presente projeto. A Radioteca já conta com um streaming, para a transmissão
de
1
seu
sinal
pela
internet
e
com
um
domínio
próprio
(Também conhecido como Rádio via Internet ou Rádio Online) é o serviço de transmissão de áudio via
Internet com a tecnologia streaming gerando áudio em tempo real, havendo possibilidade de emitir
programação ao vivo ou gravada.
2
Informações prestadas por Eduardo Vicente, professor do CTR/ECA/USP, conforme entrevista
concedida a autora em 20/02/2011.
14
(http://www.usp.br/radioteca/). No entanto, só deverá entrar oficialmente em
operação em julho ou agosto de 2011.
A escolha da Radioteca se justifica principalmente por serem raros, no
Brasil, os projetos de webradio não ligados a emissoras convencionais, por
isso, é interessante estudar as possibilidades de gestão, interação e produção
desenvolvidas no projeto da Radioteca, verificando o que ela pode oferecer
como indicação para a criação de projetos semelhantes vinculados a diferentes
grupos de interesse. Além disso, segundo Vicente (2011), a linguagem
radiofônica, nas emissoras de FM convencionais, está muito ligada ao gênero
informativo (especialmente noticiários e cobertura esportiva) e à programação
musical, sendo os programas humorísticos (normalmente produzidos ao vivo)
os únicos que fogem dessa estrutura mais convencional, sendo assim, um
projeto como o de uma webradio acadêmica talvez nos permita uma melhor
compreensão das reais possibilidades expressivas do rádio e do que ele ainda
pode oferecer para o cenário atual.
Segundo Vicente (2011), outra razão para se criar uma webradio
acadêmica é a de que no Brasil não existe muitas alternativas para a
sociedade, de um modo geral, conhecer o que poderia ser uma rádio
experimental ou alternativa. Por essa razão as emissoras comunitárias ou
projetos sociais envolvendo a radiodifusão acabam adotando o modelo de
programação das emissoras comerciais, veiculando os mesmos tipos de
programações musicais e jornalísticas; por consequente, uma das intenções da
webradio Radioteca é a de desempenhar essa função social, de oferecer um
modelo alternativo ao rádio, com formatos de programas que sejam originais,
explorando o potencial oferecido ao rádio pelas tecnologias digitais, tanto para
a produção quanto para a veiculação de programas, e também em alguma
medida retomando o debate sobre a função social e a estética do veículo.
A intenção deste trabalho é demonstrar que, se em determinado
momento de sua história, o rádio parecia estar condenado a se ligar
basicamente à veiculação musical, ao noticiário e à prestação de serviços junto
aos ouvintes, temos hoje um leque muito mais amplo de possibilidades, que vai
15
desde a recuperação de gêneros e formatos que pareciam superados ou
esquecidos ao longo da historia do veículo até o desenvolvimento de novas
abordagens envolvendo o radiodrama, os programas de entretenimento e um
nível de experimentação com linguagem sonora nunca utilizada no país. Essa
maior segmentação e personalização do rádio através do potencial para o
surgimento de milhares de emissoras virtuais aberto pela internet são
exploradas dentro do projeto da Radioteca. Parece interessante acompanhar
um projeto assim, que embora tenha um caráter bastante experimental e muito
distante do formato tradicional do rádio, que estrutura-se normalmente em
núcleos voltados para o jornalismo, música, etc. apontando para novos
potenciais de uso e talvez para o surgimento de um rádio muito diferente
daquele que podemos sintonizar no dial tradicional.
Considerando esses objetivos, a monografia se divide em três partes:

O RÁDIO NO BRASIL: HISTÓRIA E CONTEXTO ATUAL – que traz
uma discussão sobre a radiodifusão desde seu início, passando pela
adoção do modelo comercial, a passagem que foi conhecida como a
―época de ouro‖ do rádio, a crise do veículo, a partir do surgimento da
TV, sua reestruturação e as diferentes possibilidades de veiculação
radiofônica por meio do uso das tecnologias digitais;

A IMPLANTAÇÃO DE UMA WEBRADIO: BASE TECNOLÓGICA,
CONCEITOS E GESTÃO – nessa parte é apresentada a tecnologia
utilizada para a criação de uma webradio, os conceitos em que se
baseia o projeto da webradio Radioteca, um pouco sobre a história da
ECA/USP e da produção radiofônica desenvolvida na Escola e um
comparativo entre a Radioteca e outras webradios universitárias
conhecidas.
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
A WEBRADIO E SUAS POSSIBILIDADES PARA A RENOVAÇÃO DA
LINGUAGEM RADIOFÔNICA – onde é apresentada uma discussão
sobre a linguagem radiofônica, gêneros e formatos radiofônicos e uma
descrição de alguns dos programas que estarão sendo veiculados pela
webradio Radioteca.
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2 CAPÍTULO I - O RÁDIO NO BRASIL: HISTÓRIA E CONTEXTO ATUAL
Vamos iniciar esse capítulo com uma breve discussão sobre a história
do rádio no país. Embora não se deva esquecer do pioneirismo dos
experimentos do Padre Landell de Moura, oficialmente a primeira experiência
em transmissão radiofônica no país ocorreu em 07/9/1922, no Rio de Janeiro,
como parte das comemorações do Centenário da Independência. Alguns dias
após a inauguração foram transmitidas óperas diretamente do Teatro Municipal
do RJ, porém as transmissões não tiveram continuidade por falta de um
projeto, então foram encerradas mesmo tendo causado impacto ao público. No
entanto em 20/4/1923 temos a inauguração da primeira emissora do país, a
Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. Seus fundadores, Roquette Pinto e
Henrique Morize, impõem à emissora um cunho nitidamente educativo e, ao
mesmo tempo, elitista. Isso porque, em seu surgimento no país, o rádio se
dirigia a quem tivesse maior poder aquisitivo. O Rádio nasceu como um
empreendimento de intelectuais e cientistas e suas finalidades eram
basicamente culturais, educativas e altruísticas. A razão disso se dava por
causa dos aparelhos receptores que eram trazidos do exterior para o Brasil, e
eram muito caros, e de sua programação que era voltada para atingir os
objetivos de seus fundadores; ―Levar a cada canto um pouco de educação, de
ensino e de alegria‖ (ORTRIWANO, 1985, p. 14).
Roquette Pinto sempre esteve convencido de que o rádio se
transformaria em um meio de comunicação de massa, apesar de a
programação inicial ter sido muito seleta (ex: óperas, concertos, recitais de
poesias, etc.) Em virtude de sua certeza e vontade foram tomadas iniciativas
para a implantação efetiva da radiodifusão no Brasil, com a finalidade de
divulgar a ciência pelas camadas populares.
Ainda nos anos 20, o rádio já começava a se espalhar pelo território
brasileiro. As primeiras emissoras tinham sempre em sua
denominação os termos ―clubes‖ ou ―sociedade‖, pois na verdade
nasciam como clubes ou associações formadas pelos idealistas que
acreditavam na potencialidade do novo meio (ORTRIWANO, 1985, p.
14).
18
Como o rádio não tinha uma estrutura econômico-financeira que
pudesse favorecer o seu desenvolvimento, a forma dele se manter era através
dos pagamentos das mensalidades de quem possuía os aparelhos receptores,
por meio de doações de entidades privadas ou públicas que ocorriam
eventualmente, por inserção de anúncios pagos que apenas ocorria raramente,
pois pela legislação da época eram proibidos, ou através dos interessados que
eram convidados para ser sócios com a finalidade de ajudar a manter a rádio.
André Casquel Madrid salienta que:
durante o decênio de 20, ―a cultura popular não tinha acesso ao
rádio, que não se caracterizava como entretenimento de massa‖,
sendo ―veículo de formas de diversão individualista, familiar ou
particular, muito pouco extensivas‖. E esse quadro se evidencia ―pelo
pequeno número de emissoras instaladas, o pouco interesse da
própria sociedade global, relativamente ao rádio‖ (Madrid 1972 apud
ORTRIWANO, 1985, p. 14).
Mas a partir dos anos 30 esse cenário se modifica. Com a ascensão de
Getúlio Vargas, o governo passou a se preocupar com o rádio, que passava a
ser visto como o grande veículo para a propaganda oficial. E assim, o rádio
começou a sofrer transformações radicais. A publicidade é regulamentada por
meio do Decreto nº 21.111, de 1º de março de 1932. Este Decreto autorizava a
veiculação de propaganda pelo rádio, tendo limitado sua manifestação,
inicialmente, a 10% da programação, que posteriormente foi elevada para 20%
e que atualmente é de 25%. As primeiras emissoras a entrar em operação,
antes desse Decreto, obtiveram suas licenças com base na regulamentação da
radiotelegrafia,
o
Regulamento
para
Serviços
de
Radiotelegrafia
e
Radiotelefonia, Decreto nº 16.657, de 5 de novembro de 1924.
Com a introdução de mensagens, a programação do rádio passa do
erudito, educativo e cultural para o popular, voltando-se ao lazer e à diversão.
A parte educativa aos poucos foi sendo esquecida e em seu lugar vieram os
interesses mercantis, consequentemente, com aparecimento da publicidade, as
emissoras ganharam força para se transformar em uma empresa e conseguir
seu espaço no mercado. A competição teve três facetas: desenvolvimento
técnico, status da emissora e sua popularidade.
19
A forte centralização do poder executivo causado por Getúlio Vargas, a
partir da Revolução de 1930, favoreceu a expansão da radiodifusão, mostrando
que o rádio era um meio de extrema eficácia para o incentivo ao consumo, pois
o número de analfabetos ainda era grande e os meios de publicação impressos
não eram tão eficientes quanto o rádio. Desta forma então, para o rádio surgem
novas funções, diretamente ligadas ao desenvolvimento político e econômico
do país.
Os ―programistas‖ foram os primeiros profissionais do rádio. Sua função
abrange desde o contato e redação até a produção e apresentação. Com isso,
adquiriram espaços nas estações, produziam os programas e revendiam os
intervalos para os anunciantes. No entanto, quando o rádio passa pelo
processo de reformulação estrutural, para ampliar seus recursos e poder
atender às novas atribuições no processo de industrialização, urbanização,
especialização e tecnológico, ele deixa de lado a improvisação e começa a
estruturar-se como uma empresa, preparando suas programações com
antecedência, preocupando-se em conseguir cada vez mais audiência,
investindo e contratando produtores e artistas. A linguagem aos poucos vai
mudando para que o entendimento seja facilitado, ou seja, uma linguagem
mais direta e coloquial é implantada. O objetivo principal passa a ser o de
alcançar grandes audiências e mercado para os produtos anunciados.
A Rádio Record foi pioneira em múltiplos aspectos, sendo naquele
momento líder de audiência (ORTRIWANO, 1985, p. 17). Ela introduziu a
programação política, ao trazer os políticos para participar de entrevistas em
suas
programações,
introduziu
o
cast
profissional
e
exclusivo
com
remuneração mensal. A partir daí, começa a corrida e as emissoras contratam
a ―peso de ouro‖ astros populares e orquestras filarmônicas. Com esta
mudança, foi desencadeada a concorrência entre as emissoras.
Dois fatos marcaram o desenvolvimento da programação nas emissoras
brasileiras em 1935. O primeiro foi a ―vulgarização das transmissões, com a
participação do público‖ (inclusive nos programas de auditório), pela Rádio
Kosmos, e depois pela Rádio América, ambas de São Paulo. O segundo foi ―o
20
estabelecimento da sistemática de programas fundamentada na informação‖,
com inauguração da Rádio Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro (ORTRIWANO,
1985, p. 17).
Em 1936 é inaugurada a Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, a emissora
que se tornaria a maior lenda do rádio brasileiro. Foi a partir desta rádio que o
rádio começou a desenvolver-se burocraticamente. Após ser incorporada ao
patrimônio nacional, em 1940, ela se tornaria a maior emissora do país. O
conselho de administração da rádio era formado por oito
divisões
especializadas, sob as ordens de um diretor-geral, e o seu quadro de
profissionais da emissora dava uma ideia das grandes dimensões que o rádio
passava a assumir:
eram 10 maestros, 124 músicos, 33 locutores, 55 radiatores, 39
radiatrizes, 52 cantores, 44 cantoras, 18 produtores, 13 repórteres, 24
redatores, 4 secretários de redação e cerca de 240 funcionários
administrativos, contando com 6 estúdios, 1 auditório de 500 lugares
e operava com 2 transmissores para ondas médias e 2 para ondas
curtas. Com eles, ela conseguia cobrir todo o território e chegar a
atingir a América do Norte, Europa e África (Costella 1978, apud
ORTRIWANO, 1985, p. 18)
É preciso observar, no entanto, que todo o desenvolvimento descrito
ocorre dentro de um modelo comercial de rádio, baseado no padrão norteamericano. O mesmo não se deu em todos os países. O modelo estatal e
público também fora bastante utilizado. Vale considerar, nesse campo, os
exemplos do Japão e do Reino Unido. No Japão, o broadcasting se realiza, a
partir de 1921, sob forte controle estatal que determina o interesse público do
veículo. Assim, na Tokyo Broadcasting Station, inaugurada em 1925, a
programação era dividida em 20% para noticiosos, 40% para programas
educacionais e culturais e outros 40% para programas de entretenimento.
Diante da necessidade de ampliar a rede e sua cobertura, já que existiam
emissoras apenas em Tóquio, Osaka e Nagoya, o governo decide unificá-las
em uma rede sob controle estatal, criando a Nippon Hoso Kyokai (NHK).
No Reino Unido, no início da década de 1920, os representantes de
rádio sociedades (especialmente da Wireless Society, de Londres, surgida em
21
1913) pressionavam pela criação de emissoras de maior alcance. Preocupado
em evitar uma ocupação desordenada do dial, como a que ocorria nos EUA e,
principalmente, em garantir um mercado para os fabricantes nacionais de
aparelhos, o governo financia a criação de rádios experimentais e, ainda em
outubro de 1922, a criação da British Broadcasting Company (BBC), que se
tornaria mais tarde a British Broadcasting Corporation. Embora sua missão
inicial fosse ampliar o mercado consumidor de aparelhos, a BBC tornou-se
muito mais do que isso. Em 1925 era ouvida em quase todo o Reino Unido e,
em 1932, inaugurava seu World Service, iniciando transmissões mundiais em
ondas curtas. A BBC é sustentada por contribuições de particulares e verbas
estatais3.
O rádio comercial, no caso brasileiro, permite que, nos anos 40, o
veículo entre na sua chamada ―época de ouro‖. São Paulo participará desse
ciclo através da atuação de emissoras como Panamericana, São Paulo,
Record e Tupy. Mas será a Nacional, a grande emissora a marcar esse ciclo.
Vários aspectos podem ser destacados acerca da importância da Rádio
Nacional dentro do cenário da cultura brasileira. Ela não só criou um padrão
nacional de rádio, mas também ajudou a firmar toda uma tradição dentro da
música brasileira. Os sofisticados arranjos orquestrais, que Radamés Gnatalli
elaborou com a orquestra da rádio (que chegou a ter mais de 100 músicos)
deram uma outra face ao samba, inaugurando sua fase de sucesso
internacional (principalmente com Aquarela do Brasil, de Ary Barroso 1940 e
outras músicas dessa fase do chamado samba-exaltação).
A Rádio Nacional foi ainda de vital importância dentro do projeto de
integração nacional levado a efeito pelo Estado Novo. Reunindo num "grande
abraço, o Brasil de norte a sul", ela não apenas desempenhou o papel de
irradiar a produção musical da metrópole a todos os pontos do Brasil, como
3
A BBC é paga por seus ouvintes através de licenças domésticas que custam £10.96 por mês. Isso lhe
permite oferecer uma ampla variedade de serviços, livres de anúncios e independentes de patrocinadores
e interesses políticos 94.3% da população do Reino Unido utilizavam a BBC todo mês em 2005/2006.
http://www.bbc.co.uk/info/licencefee/#provides (tradução livre da autora)
22
também absorveu e irradiou a música produzida nos diferentes centros
regionais. No primeiro caso, vale destacar a observação do critico Sérgio
Augusto:
é preciso que se diga que, desde a Revolução de 30, (...) a Rádio
Nacional foi o canal exclusivo de informação e formação cultural do
povo brasileiro, fazendo deste vasto paraíso tropical, a primeira
grande aldeia global dos tempos modernos (SAROLDI; MOREIRA,
1984, p. 91)
Foi muito importante dentro da história da Rádio Nacional a presença
do jornalismo – que teve no programa Repórter Esso, criado em 1938, seu
principal representante. A Nacional também foi a primeira emissora a veicular
rádio-novelas no Brasil, sendo ―Em Busca da Felicidade‖, de 1941, a primeira
delas. Essa novela foi escrita pelo cubano Leandro Blanco e adaptada para o
rádio brasileiro por Gilberto Martins. Além das novelas, a Nacional produzia e
veiculava seriados policiais, de mistério e de aventura. A Nacional foi também
pioneira nos programas humorísticos, produzindo, entre outros, "Trem da
Alegria", com Héber de Boscoli, Iara Sales e Lamartine Babo; "Balança mas
Não Cai", de Max Nunes, e "PRK.30", a "rádio clandestina", de Lauro Borges e
Castro Barbosa.
Segundo Gilberto de Andrade, diretor da emissora durante os anos 40,
a programação semanal da Rádio Nacional, em 1945, era assim dividida:
Música Variada
-
26,9%
Rádio-Teatro
-
14,3%
Variedades
-
14,1%
MPB
-
11,0%
Informativos
-
11,0%
Educação Física
-
9,9%
Programas Educativos
-
4,4%
Música Clássica
-
4,4%
Programas de Auditório
-
4,0%
23
2.1 Os Novos Rumos
No Brasil, com o surgimento da televisão, em 1950, termina a ―época de
ouro‖ do rádio. O novo veículo, para obter audiência, começa a buscar no rádio
seus primeiros profissionais, imitando suas programações (como a telenovela),
transportando a publicidade. Com isso o rádio procurou uma nova linguagem,
mais econômica, para poder enfrentar a nova concorrente. Segundo Ortriwano
(1985), diante dessa fuga de seus anunciantes, o rádio foi diversificando suas
programações: tocando mais músicas, reduzindo o número de programas
produzidos (época do vitrolão), ou seja, trocando os astros e estrelas por
discos e fitas gravadas, as novelas pelas notícias e as brincadeiras de auditório
pelos serviços de utilidade pública. Assim, o rádio
caminha no sentido de
atender as necessidades regionais, principalmente a nível de informação. E
desta forma a especialização se acentua crescentemente, principalmente nas
grandes cidades uma vez que nas cidades de menos porte as emissoras não
conseguiram acompanhar a tendência e continuaram com sua programação
variada. A Rádio Bandeirantes de São Paulo, em 1954, lançou uma nova
programação no ramo das notícias, sendo a pioneira no sistema intensivo de
noticiário, dando ao radiojornalismo um grande impulso.
Em 1959, com o intuito de acelerar sua corrida para o radiojornalismo, o
rádio passou a transmitir reportagens do lado externo da emissora (na rua) e a
realizar entrevistas fora de seus estúdios. Neste mesmo ano o rádio cria um
programa: os serviços de utilidade pública a fim de não perder o público para a
televisão. Seu objetivo era restabelecer o diálogo com os ouvintes. Com o
passar do tempo os serviços foram se ampliando e criaram setores exclusivos
dentro das emissoras.
As primeiras emissoras em Frequência Modulada (FM) começaram a
atuar ainda na década de 1960. No início suas programações eram compostas
por música ambiente. A primeira rádio a explorar esse serviço foi a Rádio
Imprensa, do Rio de Janeiro. Mais tarde, na década de 1970, surgiu um
número grande de emissoras operando em FM e todas voltadas para a
24
programação musical. Na década de 1980, temos o início da transmissão por
satélite e a organização de grandes redes em torno de grandes emissoras.
Para Vicente (2011), esse empobrecimento da linguagem do rádio
ocorreu em todo o mundo a partir dos anos 50, porém em países, como o
Brasil, que adotaram um modelo comercial de rádio, ele foi muito mais intenso.
Na Alemanha e no Reino Unido, por exemplo, as coisas não se processaram
do mesmo modo, já que a presença estatal (no caso da Alemanha) e o modelo
público de radiodifusão (no caso do Reino Unido) garantiram a manutenção no
dial de produções ficcionais, documentários e de toda uma gama de programas
de interesse artístico e cultural. No Brasil, muitos desses formatos de
programas
praticamente
desapareceram
da
programação,
mesmo
de
emissoras educativas e públicas. As novas formas de veiculação pelo uso da
internet e das tecnologias digitais possibilitam a retomada desses formatos
com atualização na sua linguagem.
A ideia que queremos reter desse relato é de que em função do
surgimento da TV o rádio se desenvolveu sob um modelo comercial e se
adaptou à redução de sua importância no mercado de comunicações. Embora
se deva reconhecer que o rádio soube muito bem ocupar o espaço que restou
para a sua atuação, é importante entender as limitações que passou a ter,
especialmente em termos de recursos humanos e variedade da programação.
A seguir abordamos o surgimento das webradios e de seu
desenvolvimento no país até os dias de hoje.
2.2 Rádio & Internet
Segundo Souza (2001), as primeiras webradios surgiram no Brasil em
1996, em meio às várias experiências promovidas por universidades públicas,
portais de conteúdo e notícias que surgiam na época. No entanto, a primeira
rádio brasileira 100% virtual, 24 horas por dia no ar, somente entrou no ar em
25
1998. A Rádio Totem surgiu com a proposta de ser um portal de rádio,
oferecendo várias emissoras musicais, segmentadas em ritmos. Algumas das
razões para que fortes investimentos se voltassem para o mercado de
―streaming
media‖
na
Web
foram:
a)
crescimento
na
indústria
de
entretenimento na Internet; b) conexões banda larga; e c) computadores com
processadores mais rápidos.
Em 2001, a emissora chegou a operar com 11 canais diferentes, além
de oferecer videoclipes, entrevistas e promoções aos internautas, mas o
projeto não sobreviveu e o portal saiu do ar.
Na verdade, nenhum projeto mais abrangente, operando exclusivamente
como webradio, sobreviveu no país, a não ser aqueles que veiculam
programação 100% musical. Nesse caso, o lucro era obtido a partir da venda
de espaço publicitário no site 4 , da venda das músicas para download e da
venda da programação para empresas que queriam colocar um player de
música em seu portal ou para sonorizar seus escritórios e lojas. Já com o
lançamento do site Usina do Som, em 2003, comprovou-se que as rádios
nascidas em rede podem se tornar uma grande parte no mercado da Internet,
pois o sucesso da rádio foi muito maior do que o esperado. Em 15 dias de
funcionamento obteve-se 17,8 milhões de page-views. O motivo de todo esse
sucesso é a novidade de onde cada internauta ter a opção de criar uma rádio
personalizada, e os próprios usuários seriam os DJs, ganhando uma estação
virtual com suas músicas preferidas.
Mas o uso mais frequente da transmissão via web é, efetivamente,
aquele feito por rádios convencionais que retransmitem seu sinal na rede e
podem, por isso, ter sua programação ouvida em qualquer parte do planeta.
Em 1996, as primeiras emissoras com existência no dial começaram a migrar
para a rede. A Rádio Itatiaia (Minas Gerais) reivindica a precedência de ter sido
a primeira a veicular seu sinal também pela Internet. A Jovem Pan AM e a
Bandeirantes AM também começaram a operar na rede. A CBN AM e a
4
Algumas são ligadas a importantes portais de Internet, como a Rádio UOL, por exemplo.
26
Eldorado AM só disponibilizaram seu sinal em 1997. Segundo o jornal a Folha
de S. Paulo, em 2000 havia 3.500 rádios on-line espalhadas pelo mundo e no
Brasil havia mais de 150, das quais a grande maioria era versão Web de
estações regulares de AM e FM e apenas 12% transmitiam exclusivamente
pela rede (Negromonte, 2000, Apud TRIGO-DE-SOUZA, 2001, p. 291).
Atualmente, quase todas as emissoras de alguma importância oferecem
essa possibilidade de escuta. Algumas delas oferecem em seus portais
também algum conteúdo on demand. A Rádio USP, por exemplo, disponibiliza
no endereço www.radio.usp.br/especiais.php muitos dos programas e séries
especiais que produziu e já veiculou em sua programação normal. Já
emissoras noticiosas como BandNews, CBN e Jovem Pan oferecem
reportagens e programas especiais.
Projetos mais alternativos e exclusivos da web são difíceis de apontar,
em virtude da vida breve ou do horário limitado de transmissão de alguns
deles. Trata-se, normalmente, de rádios vinculadas a universidades. Algumas
dessas rádios são temas deste trabalho.
Em
relação
às
emissoras
livres
e
comunitárias,
o
endereço
www.radiolivre.org oferece links para sites de várias delas, em que algumas
emissoras possuem serviços de difusão via web. A mais importante rádio
comunitária de São Paulo, a Rádio Heliópolis, transmite através da web pelo
endereço http://www.heliopolisfm.com.br/
Contudo, a webradio não é a única forma de transmissão de conteúdos
sonoros que usa recursos digitais. Temos ainda o recurso do podcast na
internet e, para o uso de receptores de rádio, os sistemas de transmissão
digital e por satélite. A seguir, abordamos essas três modalidades de
transmissão sonora e radiofônica.
27
2.3 Podcast
O
diferencial
do
podcast,
em
relação
a
outras
práticas
de
disponibilização de arquivos de áudio on demand, é a possibilidade de ―ambos‖
o programa, de modo que, a cada nova edição, o arquivo de áudio é listado
automaticamente por programas como o iTunes ou o Real Player, sem que
seja necessário acessar o site onde o arquivo foi disponibilizado.
A tecnologia usada pelo podcast é um protocolo de distribuição de
conteúdo chamado de Feed RSS. Para fugirmos dos termos técnicos e
simplificarmos a explicação: todas as edições do programa de rádio devem ser
armazenadas em um servidor na internet. O feed é um arquivo de texto com
extensão *.XML, que funciona como um índice,
uma lista de edições e
programas de rádio. Esse índice contém informações do programa e o
endereço na internet onde as edições do programa estão armazenadas.
Programas como o iTunes são chamados de agregadores, porque conseguem
―ler‖ esse arquivo *.XML e, cada vez que há uma nova versão do programa,
baixar automaticamente para o computador do ―assinante‖.
Essa tecnologia era usada já no final da década de 1990 para agregar
conteúdo de websites de notícias. A utilização para arquivos de áudio surgiu
quando um ex-VJ da MTV norte-americana, Adam Curry, desenvolveu um
software agregador que, além de fazer o download do arquivo MP3, também o
reproduz e o adiciona ao seu aparelho tocador de MP3.
A possibilidade ao usuário de baixar e ouvir apenas os programas que
quiser pode ser uma das origens do nome podcast, em que POD seria
Personal On Demand e CAST o sufixo de broadcast, em tradução livre seria
algo como ―difusão sob escolha pessoal‖. E é justamente essa ideia de
publicação e audição individual e descentralizada que torna o podcast atraente.
Oferecer programas para download pelo ouvinte nesse formato pode ser um
complemento aos serviços da rádio comunitária e uma forma de ampliar a sua
penetração e audiência.
28
Hoje o serviço oferecido não está limitado ao áudio: o vídeo foi
incorporado no que é popularmente conhecido como videocast. Embora esse
serviço já tenha se popularizado em outros países, ele ainda não é comum no
Brasil. Ainda assim, esse tipo de difusão tende a ganhar espaço com o
surgimento de sites que reúnem diversas publicações. O www.podomatic.com,
por exemplo, um site internacional, oferece muitos exemplos de produções do
Brasil e de outros países, além de hospedagem gratuita aos interessados em
disponibilizar seus trabalhos. O podcast pode ser hospedado em um servidor e
o endereço Feed RSS para acessá-lo pode ser colocado no site da rádio, por
exemplo, evitando-se assim que o ouvinte tenha de acessar o site internacional
para assinar ou ouvir o programa.
O www.podcast.com e o www.podcastalley.com são outros exemplos de
sites internacionais que reúnem informações sobre podcasts e servem como
diretórios de busca. O interesse pelo podcast no Brasil parece estar crescendo,
e a tendência é que as pessoas comecem a baixar esses arquivos também em
seus telefones celulares, que estão se tornando cada vez mais importantes
para o consumo de música e para a audição de rádio. Sites nacionais, como o
www.podcast1.com.br e o http://www.podbr.com/, reúnem vários exemplos de
podcasts particulares e de empresas.
Utilizam uma tecnologia chamada streaming, que permite a reprodução
em computadores de arquivos de áudio e imagem sem que seja necessário o
download dos mesmos, ou seja, quase em tempo real. Ela pode operar ao vivo,
com os computadores dos usuários conectados à rádio recebendo o sinal na
hora em que é transmitido, ou a partir de arquivos disponibilizados em um
servidor (sistema on demand).
Além
de
empreendimentos
como
a
webradio
Usina
do
Som
www.usinadosom.com.br, que permite ao usuário escolher a programação e
compartilhar suas preferências com os demais5, ou a Rádio Totem, primeira do
5
A Totem recebe uma média de 5 mil ciber-ouvintes por dia.
29
ranking nacional, em março de 2001, que contabiliza ―50% dos seus usuários
entre os brasileiros que residem fora do país", também nossas principais rádios
convencionais já desenvolveram suas extensões na rede. No Brasil
apresentaram um crescimento de 58% em pouco mais de um ano, indo de
2.394 rádios em dezembro de 1999 para 4.637 em janeiro de 20016.
2.4 Rádio Digital (HDR)
O sistema de transmissão digital de rádio deverá um dia substituir a
transmissão convencional de AM e FM. Além de eliminar os chiados e melhorar
a qualidade do som, esse sistema também vai permitir o envio de mensagens
de texto (como nome da música que está sendo tocada, cotações, notícias
etc.). A implantação definitiva do sistema no Brasil esta prevista para ocorrer
em 2012. Atualmente, no entanto, ainda há grandes incertezas sobre o tema.
Dois sistemas disputam o mercado mundial do setor: o IBOC (In Band On
Channel), da empresa norte-americana iBiquity, e o DRM (Digital Radio
Mondiale), de um consórcio europeu. Discute-se, ainda, a possibilidade de
criação de um sistema brasileiro de transmissão baseado em um desses dois
projetos, algo parecido ao que ocorreu com a televisão digital no Brasil. As
principais características desses dois sistemas internacionais são:

Simulcasting: possibilidade de transmissão simultânea dos sinais
analógico e digital;

Significativa melhora na qualidade do áudio: as afirmações são de que o
FM terá a qualidade de CD e o AM a qualidade de FM;

Maior robustez do sinal em relação às interferências: o sinal irá se tornar
menos sensível às interferências de barreiras e cabos elétricos;

Possibilidade de transmissão de mensagens de texto;

Possibilidade de oferta de outros serviços adicionais: como venda de
música etc.
6
A primeira locução ao vivo na Internet foi realizada em 4 de abril de 1995 pela Progressiva Internet –
empresa hoje conhecida como Real Networks
30
Os problemas apontados são:

Incertezas sobre a cobrança de royalties e o custo de implantação que
podem representar uma nova instância de concentração econômica do
meio;

A falta de transparência na escolha do padrão;

O delay da transmissão: já foram relatados atrasos de 6 a 8 segundos, o
que pode prejudicar transmissões esportivas e a comunicação com os
ouvintes, por exemplo.
2.5 Rádio por Satélite
O rádio por satélite, que constitui um serviço pago, surgiu nos EUA em
2001. Notícias de 2005 informavam que ela havia sido
―a mídia que mais cresceu nos Estados Unidos nos últimos três anos,
deixando para trás até o celular. Mais de cinco milhões de
consumidores estão pagando US$ 155 por ano de assinatura,
comprando equipamentos, antenas e acrescentando fios novos pela
casa, para ter acesso à programação do rádio por satélite, em vez de
continuarem ouvindo de graça as rádios AM/FM transmitidas por via
terrestre. Existiam então duas empresas no mercado: XM Satellite, a
maior e a primeira a se lançar em 2001, e a Sirius, uma competidora
aguerrida desde julho 2002. Só nos primeiros três meses de 2005, a
XM ganhou 540 mil novos assinantes e a estimativa dos especialistas
é de que até o fim do ano as duas cheguem a ter mais de 8 milhões
de consumidores pagando US$ 12,95 por mês pra ouvir os seus
programas(...). A segmentação e diversidade de canais é um dos
segredos do sucesso, e há de tudo para todos os gostos. Coisas
impensáveis para as rádios tradicionais são naturalíssimas nas
emissões via satélite como, por exemplo, um canal dedicado só a
canções religiosas ou outro de músicas mexicanas. Cerca de 60
outros canais estão voltados para os esportes, tempo, notícias, talk
shows — um deles é exclusivo para temas relacionados aos negros e
outro só de sexo. Foi uma surpresa para os programadores descobrir
que um canal de piadas e programas cômicos é um grande sucesso
7
entre os ouvintes‖
7
Rádio por assinatura é a nova paixão nos EUA. Informação: Associação de Emissoras de Rádio e
Televisão do Estado de São Paulo (AESP) 15/05/2005
31
Esse sucesso da rádio por satélite cabe também a associação das
empresas à indústria automobilística, devido a que os carros já saiam de
fábrica com os receptores e um ano de assinatura grátis. Em 2008, no entanto,
as empresas atingidas pela crise econômica norte-americana, fundiram-se
criando a SiriusXM. Atualmente, a rádio por satélite oferece mais de 200 canais
de
programação
variada,
que
http://www.siriusxm.com/channellineup.
podem
ser
conferidos
no
site
32
3 CAPÍTULO II - A IMPLANTAÇÃO DE UMA WEBRADIO: BASE
TECNOLÓGICA, CONCEITOS E GESTÃO
Neste
capítulo,
discutiremos as tecnologias
envolvidas
para a
implantação de uma webradio, como o streaming, e questões associadas ao
seu uso. As informações a seguir estão baseadas na entrevista cedida por
Vicente (2011), professor do CTR/ECA/USP. Segundo o Professor, a internet
serve ao rádio de diversas maneiras: como fonte de conteúdo, espaço de
veiculação, de contato com os ouvintes e mesmo fórum de discussão com
outras rádios comunitárias. As produções desenvolvidas no curso Superior do
Audiovisual da ECA, e que formam boa parte da programação da Radioteca
utilizam os recursos da internet de diferentes modos.
Como meio de veiculação da programação na Internet, os arquivos de
áudio podem ser ouvidos de diferentes maneiras. A mais comum é a idéia on
demand, opção em que o arquivo somente será executado caso o usuário
escolha reproduzi-lo. Dentro da lógica do on demand, os arquivos podem ser
oferecidos de duas maneiras: para serem baixados no computador e ouvidos a
qualquer momento ou para serem acessados diretamente de um servidor, caso
em que o arquivo só pode ser executado (e não salvo no computador). Nesse
segundo caso, a tecnologia mais utilizada é a conhecida como streaming. O
rádio convencional não funciona no modo on demand, ou seja, não permite a
audição do programa na hora em que desejamos. Ele trabalha dentro da ideia
do fluxo contínuo, onde a programação fica tocando direto e independente da
nossa escuta quer seja ao vivo ou pré-gravada. Podemos dizer que os
podcasts e outros sites que disponibilizam arquivos de áudio para download
baseiam-se somente na idéia do on demand, enquanto a webradio deve
necessariamente oferecer seu conteúdo em fluxo contínuo (embora possa
disponibilizar também arquivos on demand).
Para colocar a programação na web são necessários alguns requisitos
técnicos, como um computador que funcionará como servidor, um design de
33
página na internet que permita streaming 8 , etc. Para oferecer somente
programas on demand, é necessária apenas a conversão dos programas da
emissora para um formato de arquivo que permita o streaming (como *.asf, do
Windows Media, ou *.m3u, para arquivos MP3). A emissora deve decidir
também, se o arquivo será oferecido apenas como streaming (o arquivo não é
baixado para o computador) ou se será permitido o download e cópia. O
computador reproduz a programação que será veiculada na webradio por meio
de um player como o Windows Media Player ou de um software específico para
programação de rádio como o Zararadio9. Esse computador é ligado a outro
que possui um programa conhecido como Encoder10. Esse programa converte
o som reproduzido pelo outro computador no formato streaming, para enviá-lo
pela internet. O computador deve estar ligado a um servidor, de modo que a
programação chegue aos ouvintes.
Além de ser usada para veicular a programação, a internet pode
funcionar também como fonte de conteúdo para os programas, basicamente
música e efeitos sonoros. Embora exista uma discussão sobre baixar ou não
música não autorizada pelas gravadoras da internet, não existe problema legal
em veicular música obtida numa webradio. A Radioteca, porém, não pretende
veicular música como as rádios tradicionais o fazem apenas em programas
onde essas músicas sejam contextualizadas a um autor, um filme, um gênero
musical, etc. Na programação inicial da webradio existe, por exemplo, uma
série de programa chamada Trilhas e Rolos que veicula músicas ligadas ao
cinema ou à TV. Essa série será descrita detalhadamente mais adiante.
Além de músicas para a programação, a rádio precisa também das
chamadas músicas de produção, que são trilhas utilizadas para criar ―climas‖
em filmes ou servir de fundo para vinhetas de rádio e TV. Por serem
normalmente instrumentais, essas músicas também são chamadas de ―trilhas
8
Streaming é a transmissão de áudio em fluxo contínuo, ou seja, a transmissão de uma programação
como em uma rádio convencional. Já o on demand refere-se aos programas de rádio que são
disponibilizados para que o ouvinte selecione o que pretende ouvir.
9
O Zararadio é um software livre para programação de rádio utilizado pela Radioteca. Ele é espanhol e é
disponibilizado em http://www.zarastudio.es/es/
10
São exemplos de Encoders os softwares Windows Media Encoder e o Shoutcast.
34
brancas‖. Essas trilhas podem ser bem curtas, tendo apenas uma frase musical
ou um acorde, pois elas são feitas justamente para serem usadas como fundo
musical em vinhetas da rádio e de seus programas, em locuções e noticiários,
etc.
Esse tipo de música pode ser encontrado em vários endereços da
internet, como os sites Free Play Music (http://www.freeplaymusic.com) e
http://incompetech.com/m/c/royalty-free/. Outra possibilidade, usada por alunos
do curso Superior do Audiovisual, é produzir a trilha usando softwares como
Fruit Loops. Esse programa trabalha com loops, isto é, pequenos arquivos
sonoros que são usados para compor uma música. Além disso, os alunos
também contam com uma coleção de CDs de trilhas de música de produção
chamada Chameleon Music (http://www.chameleonmusic.com/).
Além de música, os programas produzidos podem utilizar os chamados
efeitos sonoros, que são sons reais ou simulados que podem entrar na
produção de peças ficcionais como novelas, programas humorísticos,
dramatizações. São muitos os sons que podem ser encontrados na internet,
sons da natureza, portas batendo, tiros, carros, ruído de fundo de restaurantes,
hospitais etc. Esses arquivos podem ser encontrados em muitos endereços,
como por exemplo, http://www.freesound.org/, http://www.soundsnap.com/ ou
http://ljudo.com/). Além disso, o curso conta também com uma coleção de CDs
de
efeitos
sonoros
chamada
Sound
Ideas
(http://www.sound-
ideas.com/sfxmenu.html).
Em relação às vozes, os próprios alunos gravam a maioria dos
programas, já que, a ideia é de se ter vozes naturais, fugindo de vozes
treinadas dos programas de rádio convencionais. Em séries de programas
especiais, como Sonoracidade, a paisagem acústica paulistana, que será
comentado mais adiante, são utilizadas vozes de atores e dubladores.
No Curso Superior do Audiovisual do CTR da ECA/USP, as gravações
das vozes, montagens e edição dos programas são produzidos em um estúdio
de gravação com os softwares Pro Tools da Avid/Digidesign. Através desses
35
programas os alunos gravam as vozes e outros recursos que vão utilizar para
os programas, e em seguida fazem a montagem, editam e, às vezes,
incorporam músicas e efeitos. Além dos programas produzidos pelo CTR,
também vão ser incorporados à grade da rádio programas especialmente
produzidos para rádio e programas produzidos ao longo da história da
produção radiofônica.
Existe um acervo na ECA composto por fitas de gravador de rolo e fitas
cassete, com programas produzidos desde o ano de 1976. Esse acervo foi
digitalizado, utilizando-se esse mesmo sistema (Pro Tools) do Departamento e
a classificação dos programas está a cargo de um aluno, que faz este projeto
como bolsista da Universidade. Este acervo fará parte da produção para
montagem da programação da rádio. A outra parte do acervo é formada por
produções realizadas desde 1998, já gravadas em CDs, que já está
catalogada.
Todos os programas da rádio utilizam também a licença conhecida
como Creative Commons, que permite ao autor ceder gratuitamente sua obra
para uso, mas sem abrir mão de direitos, como o de ver seu nome citado como
autor ou de restringir o uso gratuito a atividades não remuneradas. Mais
informações estão disponíveis em http://www.creativecommons.org.br/
3.1 A História da ECA
Conforme divulgado em seu site (Escola de comunicações e Artes,
2011), a Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São
Paulo (USP) é uma instituição pública de ensino superior localizada na cidade
de São Paulo. A ECA é uma unidade de ensino, pesquisa e extensão. Ela foi
fundada em 15 de junho de 1966 com o nome de Escola de Comunicações
Culturais. Hoje é composta de 8 Departamentos e uma escola de ensino
médio, a Escola de Arte Dramática (EAD). Oferece 21 cursos de graduação,
sendo 13 deles na área de artes e 8 voltados às comunicações.
36
A ECA é uma instituição pública de ensino superior voltada à formação
de profissionais e pesquisadores nas áreas de comunicações e artes e para a
produção de conhecimento científico, por meio de seus laboratórios e centros
de estudos. Desde a sua fundação, mantém amplo e diversificado universo de
atividades de ensino, pesquisa e de extensão de serviços à comunidade,
respaldado por moderna infraestrutura didática. Oferece 22 habilitações
profissionais em cursos regulares na área de graduação, 15 delas voltadas às
Artes.
Pela diversidade de áreas oferecidas, a ECA caracteriza-se por ser uma
Escola que vive sua contemporaneidade, sempre atenta às inovações e à
qualidade do ensino superior. Seus cursos estão entre os mais concorridos e a
relação candidato/vaga para o vestibular é uma das mais altas da USP. Nessas
quatro décadas de investimento em ensino e pesquisa científica, a ECA já
formou inúmeros profissionais e cientistas de alto nível. A primeira turma se
formou em 1970. De lá para cá, a Escola tem se destacado não apenas em
número e diversidade de cursos, mas também pela qualidade do seu corpo
docente.
Hoje, a Escola de Comunicações e Artes é referência para toda a
América Latina. No cenário internacional consolidou o seu prestígio como uma
instituição que mantém o nível de excelência nas áreas de Comunicações e
das Artes. São muitos alunos estrangeiros vindos da África, Europa e América
que aqui estudam. A rigor, a ECA tornou-se uma Escola internacional.
Dentre os 8 Departamentos da ECA, temos o Departamento de Cinema,
Rádio e Televisão (CTR), hoje hospeda a Radioteca, oferece aos estudantes a
oportunidade de desenvolver trabalhos práticos ao longo de sua formação
acadêmica, que começam com simples exercícios e vão se tornando cada vez
mais complexos e desafiadores. Como exemplo temos os recentes trabalhos
fílmicos realizados pela ECA no cenário nacional e internacional.
Com o intuito de se obter mais informações sobre as produções mais
antigas do CTR, que serão incorporadas à programação da rádio, e sobre sua
tradição radiofônica, foram realizadas entrevistas com três funcionários.
37
Agovino (2011)
11
desenvolve suas atividades junto a
alunos e
professores na produção de: radionovelas, adaptação de textos de teatro para
rádio, spots e jingles, programas de debates (políticos, esportivos), programas
jornalísticos, trilhas sonoras para teatro e para televisão.
Esses trabalhos
foram realizados nas décadas de 1980 e 1990 com a participação dos
professores: Mario Fanucchi, Eduardo Peñuela, André Barbosa, Ricardo de
Luca, Miroel Silveira e Angelo Piovesan.
Benesi (2011)12 trabalhou junto a alunos nas disciplinas, ―Técnicas de
produção para Rádio I e II, com o prof. Ricardo de Luca, ―Organização de
Produção‖, com o prof. Angelo Piovesan, ―Roteiro para Rádio‖, com o Prof.
Mario Fanucchi e outras disciplinas dadas pelos profs. Julio Medaglia e Luiz
Fernando Maglioca. Na época a maioria das vezes os trabalhos produzidos
eram roteiros criados para serem sonorizados ao vivo, ou seja, os alunos
também ajudavam a criar os efeitos dentro do estúdio, aprendendo a fazer a
sonoplastia dos trabalhos. Segundo Benesi, alguns alunos que se destacaram
durante o período em que ele esteve na Escola e hoje são personalidades,
Marcelo Rubens Paiva, Willian Bonner, Rodrigo Faro, Marcio de Castro, Dan
Sister, Marco Bianchi e Alexandre Klemperer.
Costa (2011)13 atende os alunos e docentes nas disciplinas de rádio e
atua também nas produções de cinema e TV do Departamento. Teve contato
na área de rádio com três professores: Angelo Piovesan, Andre Barbosa e
Eduardo Vicente. Segundo Sandro, o prof. Angelo priorizava muito as
produções. Nas suas disciplinas de ―Direção de Rádio I e II‖, eram produzidos
comerciais de produtos inventados, comercias de produtos existentes,
radiodocumentários, adaptações de autores diversos, spots e, especialmente
em ―Direção II‖, faziam-se simulações de programas ao vivo de duas horas de
duração com reportagens, músicas, entrevistas ao vivo, etc. Enquanto o prof.
11
Técnico Sonoplasta - trabalha na ECA na área de áudio desde fevereiro de 1981 e começou atuando na
área de rádio, como técnico de apoio ao ensino e pesquisa.
12
Técnico Sonoplasta - trabalhou na ECA de 27 de maio de 1986 a 26 de maio de 2001, no estúdio de
rádio como técnico de apoio ao ensino e pesquisa.
13
Técnico de Laboratório trabalha na ECA desde 2001 na área de áudio do Curso Superior do
Audiovisual. Mestrando em Meios e Processos Audiovisuais da ECA/USP.
38
André Barbosa priorizava a parte teórica, sendo os trabalhos práticos pouco
realizados, geralmente trabalhos curtos de spots e vinhetas. Já o prof. Eduardo
Vicente mantém um equilíbrio entre o teórico e a prática, valorizando a parte
teórica, mas também com uma ênfase em trabalhos práticos, como musicais,
spots, comerciais, onde a carga de trabalhos práticos por aluno é grande.
Das declarações desses funcionários podemos concluir que os formatos
que já não faziam mais parte da programação das rádios como radionovelas e
textos de teatro, ainda eram produzidos nos cursos da ECA, demonstrando que
a Escola tradicionalmente não se direcionou pelas exigências do mercado em
suas atividades didáticas.
3.2 A Criação da Webradio Radioteca
O projeto de criação da webradio Radioteca é de Eduardo Vicente,
professor de rádio do CTR/ECA/USP. Em entrevista à revista Novos Olhares,
Vicente (2007) já apontava que, no campo do rádio comercial, a fragilidade
econômica do setor prejudicava a autonomia do veículo, sendo fato conhecido
o de que políticos e organizações religiosas controlavam boa parte das
emissoras existentes no país.
Além disso, a divulgação musical paga por
gravadoras tornara-se a principal fonte de recursos para muitas emissoras, o
que acabava por orientar fortemente a programação das mesmas.
Isso levava também a uma excessiva padronização da produção
radiofônica, limitada a uns poucos formatos e à veiculação ao vivo, o que
oferecia um espaço bastante restrito para a experimentação. Assim, a
produção de rádio acabava por se constituir, no país, muito mais como uma
atividade técnica do que propriamente artística.
Ao mesmo tempo, Eduardo Vicente acrescenta que o rádio foi de várias
maneiras, privilegiado no processo de digitalização:
39
a internet oferece a possibilidade da criação de novas emissoras ou
do acesso mundial a uma infinidade de emissoras convencionais.
Outra prática em expansão na rede, a do podcasting, surge como
uma nova e interessante alternativa para o consumo de áudio. Além
disso, telefones celulares e players de MP4 estão incorporando
receptores de rádio e possibilitando novas práticas de consumo.
Enfim, entendo que esse é um espaço bastante promissor para o
futuro da produção e do consumo radiofônico (VICENTE, 2007, p. 29)
Já em entrevista realizada durante este trabalho, Vicente (2011)
explicou um pouco de como foi o surgimento da Rádioteca.
Eu tinha o projeto de criar uma webradio no departamento,
praticamente desde o meu ingresso na USP, em 2006. Aguardei até
2009, não só para reunir mais materiais para o início da
programação, como também para verificar qual era o real interesse
dos alunos e dos outros departamentos em um projeto assim. A idéia
sempre foi de iniciar a webradio apenas com as produções do
Departamento
e
depois
transformá-la
em
um
projeto
interdepartamental, um projeto de extensão que pudesse incorporar
contribuições de alunos de todos os cursos da ECA e que se
transformasse realmente em uma ―Voz da ECA‖, uma rádio que
expressaria a diversidade de pensamentos e da produção radiofônica
desenvolvida dentro da Escola. Uma rádio que unisse o presente à
tradição da Escola. A idéia é a de uma programação aberta, que
fosse se construindo a partir das diferentes contribuições, não um
projeto central ao qual os interessados tivessem que se adequar.
Para isso, foi muito interessante a possibilidade de incorporar
também essa produção desenvolvida na Escola desde pelo menos os
anos 70, que está sendo digitalizada. Foi em 2010, na segunda
metade do ano, que eu reuni todo esse material e pude me dedicar
um pouco mais diretamente ao projeto, aproveitando inclusive o início
do curso de Educomunicação em 2011, para ter um grupo de alunos
mais envolvidos com a gestão, já que no Departamento de Cinema,
Rádio e TV, a maior vocação dos alunos é para a produção em si, do
que para sustentar e gerir a programação do rádio. Achei que ia ser
uma divisão de tarefas interessante.
Para discutir como esse ―modelo aberto‖ de rádio se diferencia de outros
projetos de webradio existentes, analisamos, entre os meses de janeiro a maio
de 2011, quatro outras webradios acadêmicas brasileiras. São elas as Rádios
UNIFOA, UNESP, KULA e UFPR, as principais emissoras do gênero
encontradas na internet ao longo desta pesquisa.
40
3.3 UNIFOA
A rádio web UNIFOA (http://www.radiounifoa.com) é a primeira rádio
universitária on-line 24h da região sul-fluminense. Sua primeira transmissão
experimental foi no dia 9 de outubro de 2008, no evento ―Portas Abertas‖,
porém sua inauguração oficial ocorreu no dia 18 de outubro, no Campos
Olezzio Galloti, em Três Poços, Volta Redonda, Rio de Janeiro. A rádio é o
laboratório dos cursos de jornalismo e publicidade da universidade; as
disciplinas de radiojornalismo e produção publicitária são ministradas em suas
instalações.
Em 2010 a emissora realizou algumas mudanças na produção do
conteúdo, as produções passaram a ser produzidas de acordo com assuntos
das comunidades do Orkut, temas do Twitter e com o interesse dos usuários,
interagindo-se com as redes sociais, como o Orkut, Twitter, e-mail e MSN.
A rádio UNIFOA possui equipamentos de última geração. Apesar de ser
uma rádio criada dentro de uma universidade, ela se compara às rádios
convencionais, com sua programação musical, jornalística e publicidade.
3.4 UNESP
A Rádio UNESP VIRTUAL-RUV (http://www.radiovirtual.unesp.br) é um
projeto de extensão, ensino e pesquisa do Departamento de Comunicação
Social da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da UNESP de
Bauru. A RUV é uma ―emissora de internet‖, que está integrada ao Portal
Multimídia Mundo Digital. Em 2004 foi criada para despertar, desde o início do
curso, o interesse dos alunos pela pesquisa e produção artística e jornalística
para o rádio e para inseri-los no ambiente profissional e na cultura radiofônica.
41
A ―emissora‖ difunde conteúdos via streaming, tecnologia que permite o
envio de informações multimídia (texto, áudio e vídeo) por meio de pacotes,
arquivos
de
fluxo
contínuo
enviados
por
redes
de
computadores,
principalmente pela internet. As equipes participantes da RUV desenvolvem
atividades
extracurriculares
de
extensão
cultural
e
de
aprendizagem
profissional e conceitual em várias especialidades do Ensino e Extensão na
Comunicação. Também realizam experimentação e pesquisa de linguagens,
gêneros e formatos para produção de conteúdos noticiosos, de entretenimento
e educativos. Outro objetivo da RUV é o desenvolvimento de métodos, teorias
e tecnologias para a criação de produtos adequados para os diversos meios e
suportes digitais.
A rádio é sustentada com recursos departamentais da (PROEX) PróReitoria de Extensão Universitária e do Programa permanente de divulgação
da Ciência na Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖,
Programa Ciência na UNESP.
3.5 Rádio KULA
A
Kula
Webradio
Universitária
(http://www.unioeste.br/webradio/)
fundada em 2000, é uma emissora com transmissão exclusiva pela internet, foi
lacrada pela Anatel em 2002. Em 2005 a comunidade acadêmica da Unioeste
– Campos de Toledo, envolvida em debates sobre a democratização dos meios
de comunicação e atenta a outras modalidades radiofônicas, propôs uma
alternativa para a emissora que até então era em frequência modulada (FM).
A Associação de Rádio Comunitária de Toledo, em parceria com os
membros da comunidade acadêmica da universidade, ofereceu a possibilidade
concreta da instalação de uma webradio baseada nos princípios da
comunicação participativa, comunitária e popular.
42
As programações são interativas e o ouvinte pode participar ativamente
da programação por meio de chats, e-mail e webcam. Atualmente o desafio é
aperfeiçoar o sistema de transmissão on-line, possibilitando a comunicação e
interação entre as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Unioeste e a
comunidade em geral.
A emissora tem as mesmas características das rádios convencionais,
com sua programação musical, jornalística e publicitária.
3.6 Rádio UFPR
Assumindo-se como a primeira emissora de rádio exclusiva para a
internet,
UFPR
é
mantida
pela
Universidade
Federal
do
Paraná
(http://www.radio.ufpr.br/). Define-se como uma emissora educativa, com
música popular brasileira e notícias da comunidade universitária. Em breve a
emissora também vai estar com a programação no ar em frequência modulada,
chegando a Região Metropolitana de Curitiba na frequência 94.5 FM, em um
projeto que tem a coordenação da Proplan: Pró-Reitoria de Planejamento da
Universidade. A programação na internet começou no dia 8 de julho de 2003.
A programação 24 horas da Rádio UFPR, no ar há quase dois anos, é
direcionada aos clássicos da Música Popular Brasileira, programas de
Chorinho, Música Instrumental Brasileira e os clássicos da Bossa-Nova e do
passado da MPB. Quando a instalação do transmissor da FM estiver concluída,
a Rádio UFPR também vai reservar espaços para apresentar a produção dos
estudantes de Comunicação Social da UFPR.
A proposta da emissora é oferecer a opção de uma emissora de rádio
cultural e informativa. Divulgar a contribuição da UFPR para a sociedade.
Entendo que a rádio UFPR não é uma emissora acadêmica, mesmo
pertencendo a uma instituição de ensino. Sua programação é voltada ao
publico em geral, possui programas musicais, jornalísticos e publicitários.
43
Todas as emissoras analisadas têm uma programação bastante
convencional, voltada especialmente para o jornalismo e a divulgação musical.
Embora o projeto da rádio UNESP seja mais ambicioso e, muito
provavelmente, o mais bem-estruturado em todo o país, ele também funciona
nessas bases, reservando grande espaço a programas sobre esportes e
divulgação musical. Essa emissora traz também programas sobre memória
televisiva e radiofônica, cinema, etc. Enfim, é uma emissora que tem grandes
méritos, mas um projeto bem distinto ao da Radioteca. A UNESP trabalha,
inclusive, com boa parte de sua programação ao vivo, algo que o projeto da
Radioteca não prevê num primeiro momento.
Consultado sobre a questão, o prof. Eduardo Vicente 14 alegou que a
produção de programas ao vivo apresentaria problemas técnicos para a
estrutura atual da rádio, que não conta com estúdio para a transmissão
(apenas para a produção). Além disso, o professor considera que programas
pré-gravados exigem dos alunos um maior nível de elaboração e preocupação
com o acabamento dos programas.
14
Informação verbal do prof. Eduardo Vicente em consulta realizada em 7/4/2011.
44
4 CAPÍTULO III – A WEBRADIO E SUAS POSSIBILIDADES PARA A
RENOVAÇÃO DA LINGUAGEM RADIOFÔNICA
Para tentar compreender as possibilidades de renovação da linguagem
radiofônica oferecidas pela webradio, seria importante retomar a discussão
sobre as características do rádio tradicional e tentar discutir as mudanças que
o rádio pode permitir na internet.
O rádio, entre os meios de comunicação de massa, é considerado por
alguns autores como o mais popular, aquele que consegue atingir toda a
população mundial, inclusive nas regiões mais vastas, onde é a única forma de
se obter informações.
Esse status foi alcançado por dois fatores congregados: o primeiro,
de natureza fisiopsicológica – o fato de ter o homem a capacidade de
captar e reter a mensagem falada e sonora simultaneamente com a
execução de outra atividade que não a especificamente receptiva; o
outro, de natureza tecnológica – a descoberta do transistor.
(BELTRÃO, 1968, p. 112-113/ grifo do autor)
Entre suas características, segundo Ortriwano (1985), podemos
destacar:
a) linguagem oral: é a linguagem falada, aquilo que se diz, se pronúncia. O
rádio fala e para receber a mensagem é necessário apenas ouvir. Com isso
o rádio ganhou grande vantagem sobre os veículos impressos, atingindo o
público que não sabe ler, ou seja, os analfabetos.
Com a webradio, a mudança é que o rádio também pode incorporar
imagens. Mas este ponto não entra em consideração no projeto da Radioteca,
porque os programas são exclusivamente para o áudio. Nem todos os
programas se valem da linguagem oral. A série Sonoracidade, por exemplo,
que será descrita mais adiante, trabalha com paisagens sonoras. O termo
paisagem sonora (soundscape) vem da obra de Schafer (2001), um
pesquisador canadense que trabalha com a ideia de ecologia sonora e
45
desenvolve projetos que resgatam e preservam sons do passado, além de criar
composições musicais e programas de rádio utilizando esses sons. Embora
reconhecendo a importância fundamental da linguagem oral, Vicente (2011)
salienta que é necessário também apontar a importância dos elementos não
verbais da linguagem sonora, como os ruídos, a música e o silêncio, além das
múltiplas possibilidades de combinação desses elementos.
Penetração: em termos geográficos, o rádio é o mais abrangente dos
meios, podendo chegar aos pontos mais remotos e ser considerado
de alcance nacional. Ao mesmo tempo, pode estar nele presente o
regionalismo, pois, tendo menos complexidade tecnológica, permite a
existência de emissoras locais, que poderão emitir mensagens mais
próximas ao campo de experiência do ouvinte (ORTRIWANO, 1985,
p. 79).
O rádio trabalha melhor essas duas condições através da internet e,
mais importantes, ele pode combiná-las. Uma rádio como a Nacional, que
alcançava o país todo, não tinha características regionais15, ao mesmo tempo,
rádios regionais não tinham essa abrangência nacional. Já uma webradio pode
ser regional ou ligada a grupos muito específicos, como é o caso da Radioteca,
e mesmo assim ser mundial.
b) mobilidade: sob este aspecto, Ortriwano (1985) destaca dois
pontos:

Emissor: representa quem pensa, codifica e envia a mensagem, ou
seja, quem inicia o processo de comunicação. Assim o rádio se torna
mais presente, ganhando maior vantagem, pois possui maior
facilidade de transmissão das informações do que os outros meios
de comunicação. Como, por exemplo, a utilização das unidades
móveis de transmissão, as emissoras se deslocam e transmitem
suas informações ou programações de onde desejarem, desde que
esteja dentro do seu raio de ação.
15
As rádios de ondas curtas são as que têm alcance nacional. Atualmente as rádios de ondas curtas mais
importantes do país são públicas, estatais ou religiosas. As grandes redes de emissoras de alcance
nacional, como a Globo AM, evidentemente não tem caráter regional.
46

Receptor: representa quem recebe e descodifica a mensagem. O
ouvinte pode ouvir o rádio em qualquer lugar que desejar, em casa,
no carro, no trabalho ou na rua, tornando-se facilmente transportável
e permitindo sua recepção individualizada nos lugares públicos.
As características evidentemente se mantêm no rádio atual, seja nas
webradios ou nas rádios convencionais, especialmente a mobilidade do
emissor, mas com uma webradio como a Radioteca, essa relação muda um
pouco, já que a transmissão não é feita ao vivo. A captação de áudio com
qualidade digital, para a produção dos programas, pode ser feita em qualquer
lugar com gravadores portáteis, o que facilita a produção de programas que
tenham paisagens sonoras (como o Sonoracidade). Claro que, no caso das
webradios, a recepção é um pouco mais complicada, pois envolve o acesso à
internet, porém isso é possível através de smartphones.
c) baixo custo: a produção radiofônica é mais barata que a televisiva
por ser menos complexa em relação ao número de pessoas que
recebe a mensagem radiofônica. O custo de produção se dilui,
tornando assim o rádio o meio de mais baixo custo de produção em
relação ao público atingido.
Com os meios de produção digital, o baixo custo se acentua ainda mais,
viabilizando a produção de programas que anteriormente deixaram a grade das
emissoras justamente pela falta de patrocinadores, como as radionovelas.
Como já foi apontado, emissoras, como a Rádio Nacional, necessitavam de
centenas de profissionais para produzir esse tipo de programa. No caso da
Radioteca, o ficcional ocupa grande parte de sua programação, uma vez que a
maioria das produções foi feita por alunos de audiovisual e não de jornalismo.
Isso acaba demonstrando que o rádio tem condições de reassumir toda a
variedade de programação que já teve no passado, sem necessitar de grandes
investimentos.
d) imediatismo: o rádio permite trazer aos seus ouvintes os
acontecimentos em tempo real, ou seja, no momento que eles estão
47
ocorrendo. Essa é uma característica que, evidentemente, não se
modifica no cenário atual. Salientando que, apesar disso, as
webradios não têm a função de estar transmitindo notícias ou
fazendo a cobertura de eventos.
e) instantaneidade: a mensagem precisa ser recebida no momento
que é emitida, pois se o ouvinte não estiver exposto ao meio naquele
instante, a mensagem não o atingirá (ORTRIWANO, 1985, p.80).
Segundo Vicente (2011), essa condição muda muito com a webradio,
uma vez que os programas podem ser mantidos em arquivo para audição on
demand. Eles não têm a necessidade de ser acessíveis a uma primeira
audição. Isso permite a produção de programas mais complexos, que exijam
maior atenção e envolvimento do ouvinte.
Sensorialidade: o rádio envolve o ouvinte, fazendo-o participar por
meio da criação de um ―diálogo mental‖ com o emissor. Ao mesmo
tempo, desperta a imaginação através da emocionalidade das
palavras e dos recursos de sonoplastia, permitindo que as
mensagens tenham nuances individuais, de acordo com as
expectativas de cada um (ORTRIWANO, 1985, p.80).
Ainda segundo Vicente (2011), o rádio no Brasil pouco tem explorado
essa característica em seu modelo atual de programação. O uso mais
sofisticado de recursos de sonoplastia, como música, ruídos, de paisagens
sonoras e da linguagem ficcional, seria um caminho para a recuperação dessa
potencialidade do veículo.
Autonomia: com a chegada do transistor, o rádio tornou-se um meio
de recepção individualizada, deixando de ser coletiva, ou seja, as
pessoas podem receber suas mensagens sozinhas, em qualquer
lugar que estejam (ORTRIWANO, 1985, p.81).
Essa autonomia se acentua com a recepção do rádio em telefones
celulares e players digitais, onde a utilização de fones de ouvido é obrigatória.
Essa individualização até possibilita, como deverá ocorrer dentro da
programação da Radioteca, o uso de recursos de espacialização de som como
a binauralidade. Esse recurso, que permite ao ouvinte perceber o som em 3D
48
(identificando fontes sonoras ao lado ou atrás de si), é usado, por exemplo, na
radionovela O Sequestro, que será descrita mais à frente.
4.1 Os Gêneros Radiofônicos
Não existe um consenso na questão de gêneros e formatos e as
classificações variam de autor para autor. A classificação observada neste
trabalho é a adotada pela Radioteca, a partir de uma proposta do prof. Eduardo
Vicente que considera os trabalhos de diferentes autores.
Inicialmente, faz-se necessário diferenciar gênero e formato radiofônico.
Consideramos como de gênero radiofônico uma classificação mais geral da
mensagem, que considera o tipo específico de expectativa do ouvinte que ela
visa atender. Formatos radiofônicos são os modelos que podem assumir os
programas realizados dentro de cada um dos diferentes gêneros. Os gêneros
radiofônicos que serão apresentados aqui são o publicitário ou comercial, o
jornalístico ou informativo, o opinativo, o musical, o dramático ou ficcional e o
educativo-cultural. Serão descritos apenas os formatos de peças que serão
incluídas na programação da radioteca.
4.1.1 Gênero Publicitário ou Comercial
É aquele que tenta seduzir, convencer, vender uma ideia ou produto. O
acervo que será utilizado para a programação inicial da Radioteca possui uma
grande quantidade de peças publicitárias. Essas peças costumam ser os
primeiros trabalhos de produção de áudio dos alunos pela curta duração. Em
sua maior parte, elas têm a duração de 30‖ ou de 1’. Embora também sejam
produzidos comerciais de produtos conhecidos, estes não serão utilizados na
programação da rádio, apenas os comerciais de produtos inventados.
49
Os formatos comerciais mais conhecidos são:
a) jingle: é um anúncio cantado, normalmente de melodia simples ou
conhecida, que tenta fixar a marca ou produto na memória do
ouvinte. Poucos jingles são utilizados na programação da Radioteca.
A produção de peças comerciais concentra-se especialmente em
spots;
b) vinheta: Trata-se normalmente de uma produção sonora que
costuma caracterizar um programa radiofônico ou fazer parte da
abertura de um programa televisivo. É normal que um tema musical
curto
seja
utilizado
nessa
função.
Programas
seriados
da
programação da Radioteca, como o Trilhas & Rolos, possuem
vinheta de abertura. No caso desse programa, essa vinheta é feita
com uma locução e trechos de músicas de filmes famosos.
c) spot: é definido por Barbosa Filho (2004, p. 27) como um comercial
com locução que pode ser apoiada por trilha musical, efeitos e
ruídos. É o tipo mais criativo de peça publicitária, podendo usar
elementos ficcionais e humorísticos (contar uma estória, ter
diferentes personagens, etc.). Grande parte da produção de peças
comerciais da Radioteca é composta por spots, como poderá ser
verificado no CD que acompanha esse trabalho.
4.1.2 Gênero Jornalístico ou Informativo
É aquele em que o rádio busca levar ao ouvinte a informação. Por ainda
não contar com produções do curso de jornalismo, essa talvez seja a área mais
carente da Radioteca. Formatos radiofônicos tradicionais, como a reportagem e
o boletim, não foram encontradas na programação (embora existam algumas
50
reportagens nos programas anteriores a 1997 que estão sendo classificados.
Mas não está claro, segundo Vicente (2011), se eles serão utilizados na rádio).
Os formatos do gênero jornalístico podem ser:
a) entrevista: é um depoimento dado ao repórter tanto em estúdio
quanto em externas. Existem algumas entrevistas no acervo da
Radioteca que foram feitas com professores e funcionários da ECA
e fazem parte de um projeto de recuperação da memória da Escola.
Essas entrevistas ainda são ―material bruto‖, ou seja, ainda precisam
ser editadas e contextualizadas num programa para que possam ser
incluídas na programação;
b) debate
ou
mesa-redonda:
reúne
diferentes
personalidades
(preferencialmente especialistas sobre um determinado assunto)
para, mediados por um apresentador, expressarem seus diferentes
pontos de vista sobre um ou mais temas. Pode incluir, também, a
participação do ouvinte. No caso da Radioteca, o único programa
que tem esse formato é o Pão com Linguiça, que reúne alunos de
diferentes anos do curso e discute a programação da televisão
(especialmente da aberta). O programa é de veiculação semanal;
c) documentário
radiofônico:
formato
híbrido,
o
documentário
radiofônico pode incorporar elementos de todos os gêneros aqui
apresentados, já que pode incluir entrevistas, depoimentos pessoais,
opiniões e dramatização de textos e acontecimentos. Para tanto,
necessariamente exige o uso de música e efeitos. A programação da
rádio conta com poucos documentários. Mas se trata de um formato
que, segundo Vicente (2011), deverá ser valorizado nas futuras
produções dos alunos;
d) programas esportivos: a Radioteca não terá, em princípio,
programas esportivos. Porém, uma das peças mais interessantes da
programação é um documentário radiofônico chamado ―História do
51
Brasil Futebol Clube‖, que assume o formato de uma cobertura
radiofônica de uma partida de futebol.
4.1.3 Gênero Musical
É o tipo de programa que ocupa o maior espaço da programação de
grande parte das rádios comerciais do país. Esses programas se baseiam na
alternância entre música e locução. As variações possíveis vão desde os
programas em que o locutor pouco interfere numa programação musical quase
ininterrupta (caso da maioria das FMs) até aqueles em que cada música é
precedida de um longo comentário explicativo (às vezes do próprio autor) ou
mesmo executada ao vivo.
No caso da Radioteca, não está prevista a veiculação de uma
programação musical tradicional. Por enquanto, a grade conta com a já citada
série de programas ―Trilhas & Rolos‖, que traz música de cinema e TV, mas
sempre contextualizada dentro de uma discussão sobre a obra audiovisual.
Mas existe a previsão de que sejam apresentadas músicas produzidas na
própria ECA, interpretadas por alunos do Departamento de Música (CMU) e até
mesmo do CTR16.
4.1.4 Gênero Dramático ou Ficcional
As produções desse gênero buscam utilizar todos os recursos da
linguagem sonora e radiofônica (música, efeitos, silêncio e vozes), para
construir ambientes e personagens e, através deles, apresentar histórias reais
16
Os alunos iniciaram recentemente um projeto de estudo da produção fonográfica que inclui a gravação
e edição de suas próprias composições e/ou interpretações de músicas conhecidas, conforme depoimento
prestado por Vicente (2011).
52
ou fictícias. A maior parte dos trabalhos que serão veiculados na Radioteca são
desse gênero. Entre seus formatos, podemos destacar:
a) rádionovelas: dramas radiofônicos de longa duração e divididos em
capítulos que, no Brasil, fizeram imenso sucesso no país entre as
décadas de 1930 e 1950. Nos EUA esses dramas ganharam o apelido
de ―soap operas‖ por serem patrocinados por fabricantes de produtos de
limpeza e endereçados a um público exclusivamente feminino. Há uma
ampla quantidade de radionovelas na programação da Radioteca. No
CD, anexo a esse trabalho, incluímos uma delas como exemplo (Meu
Pai é Tarcísio Meira). Dentro das disciplinas de produção de rádio do
CTR, as radionovelas são produzidas por grupos de alunos e têm de 3 a
4 episódios. Uma exceção é a novela binaural o sequestro, que está
sendo finalizada em 2011 como Trabalho de Conclusão (TCC) do Curso
de Audiovisual e será melhor descrita mais abaixo.
b) peça radiofônica: Formato ainda bastante usado na Europa, a peça
radiofônica é uma produção unitária que pode ser tanto a dramatização
de uma situação social pertinente à realidade da comunidade que o
produz (sociodrama), como uma produção original ou a adaptação de
um texto (livro, conto, crônica, história em quadrinhos etc.). Várias peças
desse formato fazem parte da programação da Radioteca. Dentre elas
podem ser destacados os trabalhos “Euclides‖, um texto original de
alunos do curso Superior do Audiovisual, contemplado com o prêmio
―Nossa Onda‖ de produção radiofônica, e a série de cinco adaptações
de contos de Clarice Lispector, realizada como trabalho de Iniciação
Científica por uma aluna da turma de 2008.
4.1.5 Gênero Experimental
Engloba produções que não se encaixam nos formatos e gêneros
tradicionais e que exploram de maneira mais radical os recursos da linguagem
53
radiofônica. A programação da webradio traz diversas produções desse tipo,
especialmente trabalhos narrativos sem palavras, e produções que utilizam
paisagens sonoras (soundscapes). Sendo o curso oferecido pelo CTR/ECA um
Curso de Audiovisual, que integra cinema e RTV, Vicente (2011) entende que a
captação e edição de sons ambientes, atividade comum na produção
cinematográfica, é uma possibilidade interessante a ser explorada na produção
de programas de rádio, já que auxilia a integração da área de som. O próprio
prof. Eduardo Vicente coordenou a produção de uma série que utiliza,
basicamente, esse recurso, a do programa Sonoracidade, vencedor do prêmio
―Roquette Pinto‖ de produção radiofônica.
4.2 A Programação da Emissora
Após o relato sobre gêneros e formatos, apresentamos alguns
programas de destaque dentro da grade da emissora, muitos dos quais já
foram citados ao longo deste trabalho. Trechos desses programas estarão no
CD que acompanha este trabalho.
4.2.1 Sonoracidade, a Paisagem Acústica de São Paulo
Série radiofônica de 72 episódios construída a partir da captação de
áudio de diferentes aspectos do cotidiano da cidade de São Paulo e de seus
habitantes (transporte, lazer, estudo, comércio, etc.). Além de apresentar a
enorme diversidade ética e cultural da cidade, a série busca sensibilizar o
ouvinte para a importância e riqueza do dado auditivo, frequentemente
subestimado em nossa sociedade tão eminentemente visual. Baseia-se, no
conceito de paisagem sonora (soundscape) criado por Murray Schafer. A
produção foi contemplada com o prêmio ―Roquette Pinto‖ de produção
radiofônica e está disponível para audição no site da Associação das Rádios
54
Públicas do Brasil (ARPUB), no endereço:
http://www.arpub.org.br/index.php?option=com_wrapper&Itemid=290
17
4.2.2 Vozes de Sampa
O programa Vozes de Sampa também foi criado a partir do conceito de
Paisagem Sonora. Trata-se de um programa de 15 minutos, que foi
contemplado com o prêmio ―Nossa Onda‖ de produção radiofônica 18 . O
programa foi roteirizado e é dirigido pelo prof. Eduardo Vicente.
4.2.3 História do Brasil Futebol Clube
Produção realizada em 2001 por alunos do CTR/ECA/USP, o
documentário, de aproximadamente 50 minutos de duração, conta 500 anos da
história do Brasil na forma da cobertura radiofônica do primeiro tempo de uma
partida de futebol.
4.2.4 Trilhas & Rolos
A série de Programas Trilhas & Rolos é uma produção experimental de
rádio desenvolvida por alunos de diferentes turmas do Curso Superior do
Audiovisual da ECA/USP. A ideia é que cada aluno, a partir do tema geral da
música no cinema e na TV, produza seu próprio programa, escolhendo
livremente o foco de sua seleção musical. Atualmente, a série conta com mais
17
O projeto do prêmio foi uma iniciativa da ARPUB que contou com o apoio do Ministério da Cultura e
teve patrocínio da Petrobras. O projeto foi realizado em nome da ECA/USP e teve como seu coordenador
o prof. Eduardo Vicente.
18
O Concurso de Apoio à Produção de Obras Radiofônicas Inéditas “Nossa Onda” foi realizado pelo
Ministério da Cultura, conforme o site http://culturadigital.br/nossaonda/.
55
de 20 programas de uma hora de duração que são veiculados pela Rádio USP
e disponibilizados em seu site para audição on demand no endereço
http://www.radio.usp.br/programa.php?id=101.
4.2.5 Pão com Linguiça
O Pão com Linguiça é um podcast feito pelos alunos do Curso Superior
do Audiovisual da ECA-USP para a Radioteca. O programa é uma mesaredonda descontraída em que os alunos conversam livremente sobre televisão
brasileira. O Pão com Linguiça já teve diversas edições em 2010 (veiculadas
através do blog: http://paocomlinguica.wordpress.com). Em agosto de 2011,
com o início das atividades da rádio, esse programa deverá voltar a ser
produzido em periodicidade semanal.
4.2.6 Meu Pai é Tarcísio Meira:
Radionovela produzida e interpretada por alunos do curso de
audiovisual. Conta a história de uma humilde empregada doméstica que
descobre, com a ajuda de seu irmão superdotado, que seu pai é o Tarcísio
Meira. Para encontrá-lo, terá de enfrentar as maldades de sua ex-patroa e
presidente do fã clube de Tarcísio.
4.2.7 O Sequestro
Trabalho de Conclusão de Curso baseado no recurso técnico da
binauralidade, que permite a simulação do 3D para o áudio com fones de
ouvido. A novela, em seis capítulos, deverá ser concluída em julho de 2011.
Além de veiculada pela rádio, também será distribuída através de um podcast.
56
Para melhor compreensão do recurso do binaural, cuja gravação exige a
utilização de um microfone especial, é recomendada a audição da peça Virtual
Barbershop, disponível em http://www.youtube.com/watch?v=IUDTlvagjJA
19
4.2.8 Leituras Dramáticas TUSP
Uma série de leituras dramáticas de peças produzidas especialmente
para o rádio foi realizada no TUSP no ano de 2009. Obras de autores como
Bertold Brecht, Julio Cortázar e Samuel Beckett, entre outros, foram lidas por
membros do público presente. Essas gravações estão sendo editadas para o
projeto da rádio e contarão com entrevistas com professores da Escola de Arte
Dramática (EAD) e do Departamento de Artes Cênicas (CAC) da ECA/USP que
irão contextualizar as obras e os seus autores.
4.2.9 Memórias Ecanas
Série de depoimentos de professores, funcionários e ex-alunos da
ECA/USP que busca recuperação da memória da Escola. Já foram gravadas
algumas horas de depoimentos. A edição do material, tomada de novos
depoimentos e estreia do programa deverá ocorrer no segundo semestre de
2011.
4.2.10 Audioexperiências
Série criada pelo prof. Eduardo Vicente onde são apresentadas
produções experimentais de áudio de diferentes procedências. São trabalhos
19
A audição é recomendada para uma melhor compreensão do recurso. A peça não foi produzida no
Brasil e não tem nenhuma ligação com o projeto da Radioteca.
57
realizados por alunos e professores da ECA e também de outras instituições
acadêmicas brasileiras, bem como de produções de rádios nacionais e
internacionais.
4.2.11 Spots Comerciais
Como já foi mencionado, são os spots comerciais de produtos
inventados, produzidos por alunos do CTR/ECA/USP. O CD que acompanha
este trabalho traz 3 desses spots.
4.2.12 Programação Musical
São músicas compostas, executadas e gravadas pelos alunos da ECA.
Os primeiros trabalhos do gênero deverão ser finalizados em julho de 2011.
58
5 CONCLUSÃO
O objetivo do trabalho sobre o projeto de criação de webradio da
Radioteca foi mostrar que existem novas possibilidades de uso para a
linguagem radiofônica, novas formas de apropriação do rádio e novos espaços
que permitem o uso mais radical de sua linguagem, de seus gêneros e
formatos.
Como afirma Gisela Ortriwano, em 1985, o rádio encontrou sua vocação
na música, na prestação de serviços e na notícia a partir da crise gerada com o
surgimento da TV ainda nos anos 60. Hoje temos um cenário um tanto
diferente. Embora essa afirmação de Ortriwamo ainda possa continuar válida
para o rádio convencional, que não deixará de existir em sua forma tradicional,
ela não é válida no nosso entendimento para outras formas de veiculação
radiofônica, para outras possibilidades de uso do rádio criadas especialmente
na internet, uma webradio e o podcast.
No caso da webradio, o projeto da Radioteca mostra que uma emissora
pode ser construída sem um projeto central convencional a partir de
colaborações individuais e pode aceitar uma ampla gama de conteúdos que
representa uma exploração muito mais artística e radical de sua linguagem,
retomando e atualizando os gêneros que foram muitos comuns de uso nos
anos 1940 e 1950 misturados com novos formatos.
Assim entendemos que o cenário atual permite uma mistura de todos os
períodos do rádio a recuperação de toda a tradição do veículo e a criação de
um rádio novo e radicalmente diversificado, permitindo a expressão
individualizada e coletiva, a mistura entre o artístico e o informativo, o
experimental e a veiculação musical tradicional.
Além disso, com as tecnologias digitais é possível a digitalização e
recuperação de um repertório antes condenado ao esquecimento, hoje pode
59
auxiliar justamente nessa formação mais ampla de novos realizadores,
capazes de dialogar com os diferentes aspectos da linguagem do veículo.
Finalmente entendemos que a radicalidade de um projeto como a da
webradio da Radioteca, construída sem um projeto central e a partir de
colaborações individuais e mesmo da memória de produções acumuladas na
Escola de Comunicações e Artes (ECA-USP) desde a década de 1970,
também mostra que uma função da academia, no que se refere ao uso do
rádio entre outras questões, é justamente a de oferecer espaço de
experimentação, um aspecto muito distinto daquele tradicionalmente ocupado
pelos rádios tradicionais.
A academia não deve servir meramente como um espaço de reprodução
dos modos tradicionais de produção do rádio, mas, também, um espaço que
permita a crítica a esses modos tradicionais e que ofereça uma experiência
distinta a seus alunos. Neste sentido, a radicalidade do projeto também se
justifica pelo seu interesse em termo de pesquisa e como espaço de criação e
de experimentação para os futuros realizadores, capazes de enxergar o rádio
com outros olhos e de expandir suas fronteiras e potenciais, de acordo com as
ampliações de uso possibilitadas pelas novas tecnologias.
60
REFERÊNCIAS
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1980.
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Paz e Terra, 1980.
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desafios na radiodifusão. Rio de Janeiro: e-papers, 2007.
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e da comunicação entre inovação técnica e enraizamento social. São
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determinação de conteúdos. São Paulo, Summus editorial, 1985.
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RÁDIOS ON LINE proliferam na Internet. Folha de S. Paulo, 17 jan. 2011
RÁDIOS ON LINE DEIXAM de ser novidade e buscam novos mercados na
rede, Jornal do Brasil on line, 14 mar. 2011. Disponível em <http://
ASSOCIAÇÃO DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO do ESTADO DE
SÃO PAULO (AESP). Rádio por assinatura é a nova paixão nos EUA. São
Paulo, 15 maio 2005.
ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES. Institucional. História. Disponível
em: <http://www3.eca.usp.br/institucional/historia>
AGOVINO, Guido Antonio Arturo. Guido Antonio Arturo Agovino; depoimento
em 14 mar. 2011. São Paulo. Trabalho de Conclusão do Curso Comunicação
Digital, 2011. Mensagem recebida por [email protected], em 14 mar. 2011.
BENESI, Alexandre. Alexandre Benesi; depoimento em 6 jun. 2011. São
Paulo. Trabalho de Conclusão do Curso Comunicação Digital, 2011.
Mensagem recebida por [email protected] em 6 jun. 2011.
COSTA, Sandro Dalla. Sandro Dalla Costa; depoimento em 14 mar. 2011. São
Paulo, Trabalho de Conclusão do Curso Comunicação Digital, 2011.
Mensagem recebida por [email protected] em 14 mar. 2011.
ARPUB.
Disponível
http://www.arpub.org.br/index.php?option=com_wrapper&Itemid=290
em 26 fev. 2011
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2011.
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http://www.soundsnap.com/ ou http://ljudo.com/) Acesso em 20 mar. 2011
Disponível em http://www.sound-ideas.com/sfxmenu.html). Acesso em 26 fev.
2011
Creative C ommons. Disponível em http://www.creativecommons.org.br/
Acesso em 26 fev. 2011
Rádio UNIFOA. Disponível em http://www.radiounifoa.com/. Acesso em 8 fev.
2011.
Rádio UNESP. Disponível em http://www.radiovirtual.unesp.br. Acesso em 15
fev. 2011.
Rádio KULA. Disponível em http://www.unioeste.br/webradio/ Acesso em 13
fev. 2011.
Rádio UFPR. Disponível em http://www.radio.ufpr.br/ Acesso em 26 fev. 2011.
Rádio USP. Disponível em
Acesso em 2 mar. 2011.
http://www.radio.usp.br/programa.php?id=101.
63
Nossa Onda. Disponível em http://culturadigital.br/nossaonda/. Acesso em 2
fev. 2011.
Usina do Som. Disponível em www.usinadosom.com.br. Acesso em 15 mai.
2011.
64
ANEXOS
65
Eduardo Vicente
Possui graduação em Música Popular pela Universidade Estadual de Campinas
(1996), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e
doutorado em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (2002). É
Professor Efetivo em RDIDP (doutor) no Depto de Cinema, Rádio e TV (CTR) da
Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, atuando na
graduação (Curso Superior do Audiovisual) e no Programa de Pós-Graduação (Meios
e Processos Audiovisuais) do Depto. Tem experiência nas áreas de Sociologia,
Educação para os Meios e Produção Radiofônica e Musical, atuando principalmente
com os temas da música popular, indústria fonográfica e radiodifusão.
(Texto informado pelo autor)
Dados pessoais
Nome Eduardo Vicente
Nome em citações VICENTE, E.
bibliográficas
Sexo Masculino
Endereço Universidade de São Paulo, Escola de Comunicações e Artes, Departamento de
profissional Cinema Rádio e Televisão.
Av. Prof. Lúcio Martins Rodrigues, 443 - bloco 4
Cidade Universitária
05508-900 - Sao Paulo, SP - Brasil
Telefone: (11) 30914343
URL da Homepage: www.usp.br
Formação acadêmica/Titulação
1998 - 2002 Doutorado em Ciências da Comunicação (Conceito CAPES 4) .
Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
Título: Música e Disco no Brasil: a trajetória da indústria nas décadas de 80 e 90,
Ano de Obtenção: 2002.
Orientador:
Waldenyr Caldas.
Bolsista do(a): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
,FAPESP ,Brasil .
Palavras-chave: Cultura de Massa; Indústria Cultura; música popular; indústria
fonográfica; Música Brasileira; Disco.
Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Comunicação / Subárea: Indústria
Fonográfica / Especialidade: Música Popular.
Setores de atividade: Outros Setores.
1994 - 1996 Mestrado em Sociologia (Conceito CAPES 6) .
Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil.
Título: A Música Popular e as Novas Tecnologias de Produção Musical, Ano de
Obtenção: 1996.
Orientador: Renato Ortiz.
Bolsista do(a): Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
,CNPq ,Brasil .
Palavras-chave: música popular; Cultura de Massa; novas tecnologias; Indústria
Cultura.
Grande área: Ciências Humanas / Área: Sociologia / Subárea: Sociologia da
Cultura / Especialidade: Música Popular.
1990 - 1996 Graduação em Música Popular .
Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, Brasil.
1981 - 1985 Graduação em Administração de Empresas .
Faculdade de Ciências Econômicas Contábeis e Adm de Empresas Padre
Anchieta.
66
Atuação profissional
Universidade de São Paulo, USP, Brasil.
Vínculo institucional
2006 - Atual Vínculo: Servidor Público, Enquadramento Funcional: professor efetivo em RDIDP
(doutor), Carga horária: 40, Regime: Dedicação exclusiva.
Outras informações
Aprovado em concurso para provimento efetivo de cargo de Professor Doutor na área
de Rádio no curso de Audiovisual da Escola de Comunicações e Artes da
Universidade de São Paulo (Edital 01/2005/ECA, publicado no DOE de 05.01.2005).
Vínculo institucional
2001 - 2006 Vínculo: Colaborador, Enquadramento Funcional: membro do Conselho Gestor,
Carga horária: 0
Outras informações
Esse item se refere à minha atuação junto ao NCE - Núcleo de Comunicação e
Educação da ECA/USP. Atuo no Núcelo desde 2001 e, conforme descrito em outros
itens desse currículo, colaborei em diferentes projetos do Núcelo e na produção de
material técnico e didático. Coordenei a área de equipamentos e capacitação técnica
do Núcleo durante os projetos Educom.Radio e Educom.Centroeste; ministrei o curso
de capacitação em produção radiofônica dentro do Projeto de Educomunicação
desenvolvido junto ao Colégio São Luís (São Paulo) e pertenço ao Conselho Gestor
do Núcleo. Apresento o vínculo como encerrado em 06/2006 porque o Lattes não
aceita sua manutenção em paralelo ao meu cargo de docente. A continuidade do
vínculo, a partir de 07/2006, é apresentada no item Conselhos, Comissões e
Consultorias (que, por sua vez, não aceita o item com data anterior à de minha
contratação.
Atividades
09/2009 - Atual Conselhos, Comissões e Consultoria, Escola de Comunicações e Artes,
Departamento de Cinema Rádio e Televisão.
Cargo ou função
Vice-Coordenador do Programa de Pós Graduação em Meios e Processos
Audiovisuais oferecido pelo CTR/ECA/USP.
03/2009 - Atual Conselhos, Comissões e Consultoria, Escola de Comunicações e Artes, .
Cargo ou função
Representante dos Doutores na Congregação da Escola de Comunicações e
Artes.
2009 - Atual Atividades de Participação em Projeto, Escola de Comunicações e Artes, .
Projetos de pesquisa
A RÁDIO POSSÍVEL: os espaços alternativos de produção e veiculação sonora na
sociedade atual
10/2008 - Atual Conselhos, Comissões e Consultoria, Escola de Comunicações e Artes,
Departamento de Cinema Rádio e Televisão.
Cargo ou função
Membro Efetivo na Categoria Doutor do Conselho Departamental.
10/2008 - Atual Conselhos, Comissões e Consultoria, Escola de Comunicações e Artes,
Departamento de Cinema Rádio e Televisão.
Cargo ou função
Representante Titular do Depto na Comissão de Pesquisa da ECA.
06/2007 - Atual Conselhos, Comissões e Consultoria, Escola de Comunicações e Artes,
67
Departamento de Cinema Rádio e Televisão.
Cargo ou função
Representante suplente do depto na Comissão de Cultura e Extensão da Unidade.
01/2007 - Atual Atividades de Participação em Projeto, Escola de Comunicações e Artes,
Departamento de Cinema Rádio e Televisão.
Projetos de pesquisa
O OUTRO LADO DO DISCO: A Memória Oral da Indústria Fonográfica Brasileira
7/2006 - Atual
Pesquisa e desenvolvimento , Escola de Comunicações e Artes, Departamento de
Cinema Rádio e Televisão.
Linhas de pesquisa
A RÁDIO POSSÍVEL: Mapeamento e exploração dos espaços alternativos para a
produção e veiculação radiofônica
7/2006 - Atual
Ensino, Audiovisual, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
Direção de Rádio I
Direção de Rádio II
Seminários Temáticos
03/2007 - 12/2009 Ensino, Ciências da Comunicação, Nível: Pós-Graduação.
Disciplinas ministradas
A RÁDIO POSSÍVEL: a produção radiofônica diante dos novos espaços de
produção e distribuição de áudio
INDÚSTRIA FONOGRÁFICA NO BRASIL; uma perspectiva histórica
05/2008 - 09/2008 Conselhos, Comissões e Consultoria, Escola de Comunicações e Artes,
Departamento de Cinema Rádio e Televisão.
Cargo ou função
Membro suplente do Conselho Departamental.
Universidades Anhembi Morumbi, UAM, Brasil.
Vínculo institucional
2006 - 2006 Vínculo: Celetista, Enquadramento Funcional: Professor titular, Carga horária: 40,
Regime: Dedicação exclusiva.
Outras informações
Carga horária é composta por 20 horas aula mais atividades de orientação, pesquisa
e coordenação de projeto experimental
Vínculo institucional
2002 - 2006 Vínculo: Celetista, Enquadramento Funcional: Professor titular, Carga horária: 20
Atividades
2/2006 - 7/2006 Outras atividades técnico-científicas , Comunicação Social, Centro.
Atividade realizada
assessoria acadêmcia.
4/2005 - 7/2006 Pesquisa e desenvolvimento , Comunicação Social, Centro.
Linhas de pesquisa
indústria fonográfica
2/2003 - 7/2006 Outras atividades técnico-científicas , Comunicação Social, Centro.
68
Atividade realizada
coordenação de projeto experimental (TCC).
2/2002 - 7/2006 Ensino, Rádio e TV, Nível: Graduação.
Disciplinas ministradas
comunicação e expressão sonora
estética e cultura de massas
som e interfaces
elementos de linguagem sonora e musical
técnicas de adaptação sonora
técnicas de captação sonora
projeto experimental I
produção sonora
Técnicas de Sonorização
Introdução ao Rádio e TV
Introdução ao Rádio
Marketing e Administração em Rádio e TV
Projeto Experimental II
Oficina de Produção Sonora
Projetos de Pesquisa
2008 - Atual A RÁDIO POSSÍVEL: os espaços alternativos de produção e veiculação sonora na
sociedade atual
Descrição: O projeto visa explorar os espaços alternativos de produção
radiofônica e sonora possibilitados pelas tecnologias digitais, bem como oferecer
subsídios (técnicos, estéticos e teóricos) para uma discussão da função social do
rádio, de seu papel histórico e de suas potencialidades no contexto da sociedade
atual. Nesse sentido, o projeto se vincula tanto à pesquisa teórica como à
produção audiovisual..
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação ( 1) / Mestrado acadêmico ( 1) .
Integrantes: Eduardo Vicente - Coordenador.
Número de produções C, T & A: 5 / Número de orientações: 2.
2007 - Atual O OUTRO LADO DO DISCO: A Memória Oral da Indústria Fonográfica Brasileira
Descrição: O presente trabalho busca constituir-se como um primeiro passo
dentro de um projeto mais amplo, de preservação da história oral da indústria
cultural no país. Para tanto, propõe o registro em áudio e vídeo dos depoimentos
de profissionais da área de produção fonográfica, ilustrando e complementando a
pesquisa que desenvolvi durante o meu doutorado. Ele assume essa tarefa a
partir de temas específicos, como o fenômeno dos artistas pseudo-internacionais,
ocorrido durante a década de 1970; a evolução tecnológica da indústria do país e
o modo pelo qual seu patamar de desenvolvimento marcou a produção musical de
diferentes períodos; a atuação das primeiras empresas nacionais de orientação
única, que praticamente desapareceram do cenário no início da década de 1990,
e a atuação de alguns de seus principais executivos e produtores que em,
determinados momentos de sua trajetória, parecem ter exercido uma significativa
influência sobre os rumos da indústria. Esse projeto contou com financiamento da
FAPESP entre os anos de 2007 e 2008. A partir da estrutura estabelecida com
esse apoio ele continua sendo desenvolvido até o presente. .
Situação: Em andamento; Natureza: Pesquisa.
Alunos envolvidos: Graduação ( 1) / Mestrado acadêmico ( 2) .
Integrantes: Eduardo Vicente - Coordenador.
Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo Auxílio financeiro.
Número de produções C, T & A: 32 / Número de orientações: 3.
Descrição: O Educom.Rádio é desenvolvido numa parceria entre o NCE (Núcleo
de Comunicação e Educação) da ECA/USP e a Prefeitura Municipal de São
Paulo, atendendo todas as escolas da rede municipal de ensino. Seu objetivo é
oferecer novas estratégias de ensino e comunicação (baseadas no conceito de
educomunicação) que permitam um melhor aproveitamento do enxino e uma
melhoria das relações entre alunos, professores e membros da comunidade
escolar. Também faz parte do projeto a entrega a cada escola de um equipamento
69
de rádio (frequencia restrita) para a operacionalização das suas atividades. A
previsão é de que todas as escolas da rede sejam atendidas até o final de 2004..
Situação: Em andamento; Natureza: Outra.
Alunos envolvidos: Graduação ( 0) / Especialização ( 0) / Mestrado acadêmico ( 0)
/ Mestrado profissionalizante ( 0) / Doutorado ( 0) .
Integrantes: Ismar Soares de Oliveira - Coordenador / Patrícia Horta - Integrante /
Cláudia Lago - Integrante / Márcia Coutinho - Integrante / Eduardo Vicente Integrante.
Financiador(es): Secretaria Municipal de Educação da Pref de São Paulo Remuneração..
Áreas de atuação
1.
Grande área: Ciências Humanas / Área: Sociologia / Subárea: Sociologia da
Cultura / Especialidade: Música Popular.
2.
Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Comunicação / Subárea: Música
Popular / Especialidade: Indústria Fonográfica.
3.
Grande área: Ciências Sociais Aplicadas / Área: Comunicação / Subárea: Rádio e
Televisão / Especialidade: Radiodifusão.
4.
Grande área: Ciências Humanas / Área: Educação / Subárea: Tópicos Específicos
de Educação / Especialidade: Educomunicação.
Produção em C,T & A
Produção bibliográfica
Artigos completos publicados em periódicos
1. VICENTE, E. . Música e Disco no Brasil: a trajetória do Grupo Eldorado. Comunicacao e Educacao
(USP) , v. n.1, p. 57-65, 2011.
2.
VICENTE, E. . Chantecler: uma gravadora popular paulista. Revista USP, v. 87, p. 74-85, 2010.
3. VICENTE, E. . MÚSICA E DISCO NO BRASIL: A Trajetória de André Midani. Significação: Revista de
Cultura Audiovisual , v. 29, p. 115-142, 2009.
4. VICENTE, E. . SAMBA E NAÇÃO: Música Popular e Debate Intelectual na Década de 1940.
Comunicarte , v. 25, p. 39-56, 2009.
5. VICENTE, E. . SEGMENTAÇÃO E CONSUMO: A Produção Fonográfica Brasileira 1965/1999. ArtCultura
(UFU) , v. 10, p. 99-117, 2008.
6.
VICENTE, E. . Música e Fé: a cena religiosa no mercado fonográfico brasileiro. Latin American Music
Review , v. 29, p. 29-42, 2008.
7. VICENTE, E. . O Rádio e suas Linguagens. Novos Olhares (USP), v. 19, p. 27-30, 2008.
8. VICENTE, E. . Organização, crescimento e crise: a indústria fonográfica brasileira nas décadas de 60 e
70.. Eptic On-Line (UFS), v. VIII, p. 114-128, 2006.
9. VICENTE, E. . A vez dos independentes(?): um olhar sobre a produção musical independente do país. ECompós (Brasília) , v. 7, p. 1/19-19/19, 2006.
Livros publicados/organizados ou edições
1.
VICENTE, E. (Org.) ; GUERRINI Jr, I: (Org.) . NA TRILHA DO DISCO: relatos sobre a indústria
fonográfica no Brasil. 1. ed. Rio de Janeiro: E-Papers, 2010. v. 300. 184 p.
70
Capítulos de livros publicados
1. VICENTE, E. ; Sergl, M. J. . MERCADO FONOGRA&#769;FICO NACIONAL E A
PRODUC&#807;A&#771;O DE MU&#769;SICA ERUDITA. In: VICENTE, Eduardo; GUERRINI Jr., Irineu.
(Org.). NA TRILHA DO DISCO: relatos sobre a indústria fonográfica no Brasil. 1 ed. Rio de Janeiro: EPapers, 2010, v. 1, p. 111-126.
2. VICENTE, E. . A questa&#771;o dos suportes na Indu&#769;stria Musical: concentrac&#807;a&#771;o,
substituic&#807;a&#771;o, desmaterializac&#807;a&#771;o. In: Ferraretto, Luiz Artur; Klo&#776;ckner,
Luciano. (Org.). E O RA&#769;DIO? NOVOS HORIZONTES MIDIA&#769;TICOS. 1 ed. Porto Alegre:
Edipucrs,, 2010, v. 1, p. 632-646.
3.
VICENTE, E. . Por Onde Anda a Canção? Os Impasses da Indústria na Era do MP3. In: Roberto
Elísio dos Santos; Herom Vargas; João Batista Cardoso;. (Org.). Mutações da Cultura Midiática. 1 ed.
São Paulo: Paulinas, 2009, v. 1, p. 143-168.
4. VICENTE, E. . O rádio e o disco em São Paulo: a trajetória do Grupo Eldorado. In: Luciano Klöckner;
Nair Prata. (Org.). HISTÓRIA DA MÍDIA SONORA EXPERIÊNCIAS, MEMÓRIAS E AFETOS DE NORTE
A SUL DO BRASIL. 01 ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2009, v. 01, p. 332-346.
Textos em jornais de notícias/revistas
1. VICENTE, E. . Como Montar Uma Rádio Em Sua Escola. Carta Capital na Escola, São Paulo, p. 47 - 47,
12 set. 2006.
2. VICENTE, E. . O Tamanho da Crise. Revista do Nopem, Rio de Janeiro, p. 8 - 8, 10 jun. 2002.
3. VICENTE, E. . Conhecer os Equipamentos para Melhor Usá-los. O Educomunicador n. 5 - Boletim
Informativo do NCE (Núcleo de Comunicação e Educação da ECA/USP) e da Editora Salesiana, São
Paulo, p. 6 - 6, 10 jun. 2002.
4. VICENTE, E. . Terra de Gigantes. Revista do Nopem, Rio de Janeiro, p. 8 - 8, 10 abr. 2002.
5. VICENTE, E. . Indies S/A. Revista do Nopem, Rio de Janeiro, p. 8 - 8, 10 fev. 2002.
Trabalhos completos publicados em anais de congressos
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da Comunicação, 2010, Caxias do Sul, RS. Anais do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da
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2. VICENTE, E. . A Questão dos Suportes na Indústria Musical: concentração, substituição,
desmaterialização. In: XXXII Congresso Brasileiro de Ciencias da Comunicação, 2009, Curitiba - PR.
anais do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 2009. p. 01-15.
3. VICENTE, E. . Música e Disco no Brasil: a trajetória da indústria entre as décadas de 60 e 80. In: 33º
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4. VICENTE, E. . MÚSICA E DISCO NO BRASIL: A Trajetória de André Midani. In: VI Congresso Nacional
de História da Mídia, 2008. Anais do VI Congresso Nacional de Historia da Midia, 2008.
5. VICENTE, E. . Viva a Morte da Indústria Fonográfica? Impasses e Perspectivas em um Cenário de Crise.
In: XVII Encontro Anual da Compós, 2008, São Paulo. Anais do XVII Encontro Anual da Compos, 2008.
6. VICENTE, E. ; Sergl, M. J. . A Música Católica no País: A Atuação da Gravadora Paulus. In: XXXI
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de la Rama Latinoamericana del IASPM, 2007, Habana, Cuba. ACTAS DEL VII CONGRESO
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71
Apresentações de Trabalho
1. VICENTE, E. . Chantecler: uma gravadora popular paulista. 2010. (Apresentação de
Trabalho/Comunicação).
2. VICENTE, E. . Notas sobre a nova cena independente. 2010. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou
palestra).
3. VICENTE, E. . Radiodrama: História e Linguagem. 2009. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou
palestra).
4. VICENTE, E. . A LINGUAGEM DO RADIODRAMA. 2009. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou
palestra).
5. VICENTE, E. . Rádio Digital: o que muda?. 2008. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
6. VICENTE, E. . As gravadoras no contexto dos festivais independentes. 2008. (Apresentação de
Trabalho/Conferência ou palestra).
7. VICENTE, E. . Radiodrama em São Paulo: o social e o local na ficção radiofônica paulista. 2008.
(Apresentação de Trabalho/Seminário).
8. VICENTE, E. . Rádio Digital. 2007. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
9. VICENTE, E. . A Rádio Possível: os novos espaços para a produção e veiculação de áudio. 2007.
(Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
10. VICENTE, E. . Perspectivas para a Democratização da Radiodifusão e Teledifusão com as Mídias
Digitais. 2006. (Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra).
11. VICENTE, E. . Linguagem Sonora e Produção Radiofônica. 2006. (Apresentação de
Trabalho/Conferência ou palestra).
12. VICENTE, E. . Linguagem Sonora e Produção Radiofônica. 2006. (Apresentação de
Trabalho/Conferência ou palestra).
13. VICENTE, E. . Os dados do nopem e o cenário da música brasileira de 1965 a 1999. 2006.
(Apresentação de Trabalho/Comunicação).
Produção técnica
Trabalhos técnicos
1. VICENTE, E. . Parecerista do I Congresso Mundial de Comunicação Iberoamericano - Confibercom.
2011.
2. VICENTE, E. . Parecerista do VII ENCONTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES EM CULTURA ENECULT. 2011.
3. VICENTE, E. . Parecerista da Revista Ciberlegenda. 2011.
4. VICENTE, E. . parecerista do NP 10 do XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da
Intercom. 2010.
5. VICENTE, E. . parecer de artigo submetido à Revista Matrizes. 2009.
6. VICENTE, E. . parecerista do NP 10 do XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da
Intercom. 2009.
7. VICENTE, E. . Parecerista ad hoc Revista Observatório (OBS*). 2009.
8. VICENTE, E. . parecerista do NP 10 do XXXI Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação da
Intercom. 2008.
9. VICENTE, E. . Parecerista do XVIII Congresso da ANPPOM. 2008.
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10. VICENTE, E. . Parecer de artigo submetido à Revista Comunicação & Educação. 2007.
Demais tipos de produção técnica
1. VICENTE, E. ; MALULY, L. . Rádio, Uma Ferramenta para a Saúde Pública. 2011. (Curso de curta
duração ministrado/Extensão).
2. VICENTE, E. ; ZAN, José Roberto ; SANTOS, A. R. C. . Quem te viu, quem te vê: o sambão-jóia da
década de 1970. 2010. (banca de qualificação de mestrado de Adelcio Camilo Machado).
3. VICENTE, E. . Elementos de Linguagem Musical. 2009. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
4. VICENTE, E. . Sonoplastia. 2009. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
5. SILVEIRA, S. A. ; VICENTE, E. ; BARROS, L. M. . INTERNET LIVRE COMO MEIO DO MÚSICO
INDEPENDENTE (Qualif Mestrado). 2009. (banca de qualificação de mestrado de Fabrício Ofugi).
6. VICENTE, E. . PROJETO INDIVIDUAL DE PESQUISA: Relatório Final de Atividades. 2009. (Relatório de
pesquisa).
7. VICENTE, E. . Teoria da Comunicação. 2008. (Curso de curta duração ministrado/Extensão).
8. VICENTE, E. . RELATÓRIO DE ATIVIDADES DOCENTES EM RDIDP jul/06 a jun/08. 2008. (Relatório
de pesquisa).
9. VICENTE, E. . PROJETO INDIVIDUAL DE PESQUISA: Relatório Parcial de Atividades. 2008. (Relatório
de pesquisa).
10. VICENTE, E. ; ZAN, José Roberto ; ANDRADE, E. D. . Programa Palavras Cruzadas. 2006. (Programa
de rádio ou TV/Mesa redonda).
11. VICENTE, E. ; PIOVESAN, Angelo . Especial Dia do Rádio. 2006. (Programa de rádio ou TV/Mesa
redonda).
Produção artística/cultural
1
VICENTE, E. ; DALLA COSTA, S. ; STEFANONI, R. I. ; ROIM, M. A. . SONORACIDADE: A
Paisagem Acústica Paulistana. 2010. (Sonoplastia/Rádio).
Bancas
Participação em bancas examinadoras
Dissertações
1. BARROS, L. M.; LIMA JR, W. T.; VICENTE, E.. Participação em banca de Fabrício Ofugi. A Internet Livre
Como Meio do Músico Independente. 2010. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Comunicação) Faculdade Cásper Líbero.
2. ADAMI, A.; NASCIMENTO, G. C.; VICENTE, E.. Participação em banca de Sílvia Aparecida Gomes
Zampar. O Uso do Grotesco no Humor das Rádios FM de Público Jovem de São Paulo. 2010.
Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Paulista.
3. MENDES, E. S. S.; MANZANO, L. A. F.; VICENTE, E.. Participação em banca de Ana Luiza Pereira
Barbosa. A relação som imagem nos filmes de animação norte-americanos no final da década de 1920.
2009. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
4. FRANCO, Marília da Silva; D´ALMEIDA, A. D.; VICENTE, E.. Participação em banca de Maria isabel
Blanco. Um Documentário de Afeto: espanhóis na cidade de São Paulo. 2009. Dissertação (Mestrado em
Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
5. CARRASCO, Claudiney Rodrigues; MENDES, E. S. S.; VICENTE, E.. Participação em banca de Mariano
Gabriel Alvarez. A Estereofonia Digital: uma abordagem sobre a técnica, o padrão e a linguagem sonora
73
cinematográfica norte-americana no período de 1991 a 2001. 2007. Dissertação (Mestrado em Ciências
da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
6. PIOVESAN, Angelo; PERUZZO, C. M. K.; VICENTE, E.. Participação em banca de Rosana Beneton.
Processos de Comunicação e Cultura Local: um etudo sobre a Rádio Paraitinga. 2006. Dissertação
(Mestrado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
Teses de doutorado
1. MOURÃO, M. D. G.; MENDES, E. S. S.; MIRANDA, Suzana Reck; CARRASCO, Claudiney Rodrigues;
VICENTE, E.. Participação em banca de João Baptista Godoy de Souza. Procedimentos de Trabalho na
Captação de Som Direto nos Longa-Metragens Brasileiros Contra Todos e Antonia: a técnica e o espaço
criativo. 2011. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
2. FRANCO, Marília da Silva; CINTRA, F. C. M.; RUIZ, A. J.; FARIA, J. L.; VICENTE, E.. Participação em
banca de Guilerme Bryan. A Autoria no Videoclipe Brasileiro: um estudo da obra de Robert Berliner,
Oscar Rodrigues Alves e Maurício Eça. 2011. Tese (Doutorado em Meios e Processos Audiovisuais) Universidade de São Paulo.
3. PIOVESAN, Angelo; ADAMI, A.; BARRETO Fo., E. T.; BERTOMEU, J. V. C.; VICENTE, E.. Participação
em banca de Valdenir Máximo de Morais. Propaganda Radiofônica: estudo do processo de realização.
2011. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
4. SIMIS, A.; DIAS, M. T.; PELLEGRINI, T.; KERBAUY, M. T. M.; VICENTE, E.. Participação em banca de
Heloísa Maria dos Santos Toledo. Som Livre: as trilhas sonoras das telenovelas e o processo de difusão
da música. 2010. Tese (Doutorado em Programa de Pós-Graduação em Sociologia) - Universidade
Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.
5. ZAN, José Roberto; CARRASCO, Claudiney Rodrigues; SCHROEDER, J. L.; SILVA, H. V.; VICENTE,
E.. Participação em banca de Eduardo de Lima Visconti. A Guitarra Elétrica na Música Popular Brasileira:
os estilhos dos músicos José Menezes e Olmir Stocker. 2010. Tese (Doutorado em Doutorado em
Música) - Universidade Estadual de Campinas.
6. MORELLI, R. C. L.; ZAN, José Roberto; VICENTE, E.. Participação em banca de Ayeska Oassé Luis
Paula Freitas de Lacerda. O Cacique do Candeal - estudo da trajetória artística de Carlinhos Brown e de
suas relações com o mercado da música. 2010. Tese (Doutorado em doutorado em ciências sociais) Universidade Estadual de Campinas.
7. CATANI, A. M.; FRANCO, Marília da Silva; PRIOLLI NETO, G.; PAHIN, R. L.; VICENTE, E.. Participação
em banca de Flavio de Souza Brito. A TV Cultura de São Paulo e a Produção de Documentários 19692005. 2009. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
8. PIOVESAN, Angelo; TATIT, L. A. M.; GIACOMINI FILHO, G.; ADAMI, A.; VICENTE, E.. Participação em
banca de Graziela Valadares Gomes de Mello Vianna. Imagens sonoras no ar: a sugestão de sentido na
publicidade radiofônica. 2009. Tese (Doutorado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São
Paulo.
9. ORTIZ, R.; DIAS, M. T.; MIRA, M. C.; ZAN, José Roberto; VICENTE, E.. Participação em banca de
Mariana Mont´Alverne Barreto Lima. As Majors da Música e o Mercado Fonográfico Nacional. 2009.
Tese (Doutorado em Sociologia) - Universidade Estadual de Campinas.
10. FRANCO, Marília da Silva; CATANI, A. M.; RAMOS, L. F. A.; ANDRADE, J. B. M.; VICENTE, E..
Participação em banca de Antonio Ferreira de Souza Filho. Vivendo de Cinema. 2006. Tese (Doutorado
em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
Qualificações de doutorado
1. PRADO, E. F. da S.; PAULANI, L. M.; VICENTE, E.. Participação em banca de José Paulo Guedes
Pinto. Pós-Grande Indústria e a Economia da Música. 2011. Exame de qualificação (Doutorando em
Economia) - Universidade de São Paulo.
2. SIMIS, A.; KERBAUY, M. T. M.; VICENTE, E.. Participação em banca de Heloisa Maria dos Santos
Toledo. Trilha Sonora das Telenovelas: uma análise do processo de difusão da música. 2009. Exame de
qualificação (Doutorando em Doutorado em Sociologia) - Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho.
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3. FRANCO, Marília da Silva; CINTRA, F. C. M.; VICENTE, E.. Participação em banca de Guilherme Bryan.
A Autoria no Videoclipe Brasileiro: o estudo da obra de Roberto Berliner, Oscar Rodrigues Alves e
Maurício Eça. 2009. Exame de qualificação (Doutorando em Ciências da Comunicação) - Universidade
de São Paulo.
4. PIOVESAN, Angelo; BARRETO Fo., E. T.; VICENTE, E.. Participação em banca de Valdenir Máximo de
Morais. Publicidade Radiofônica: a construção do significado da mensagem sonoro-musical. 2009.
Exame de qualificação (Doutorando em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
5. FRANCO, Marília da Silva; CATANI, A. M.; VICENTE, E.. Participação em banca de Flavio de Souza
Brito. A TV Cultura de São Paulo e a Produção de Documentários (1969-2004). 2007. Exame de
qualificação (Doutorando em Ciências da Comunicação) - Universidade de São Paulo.
6. PIOVESAN, Angelo; TATIT, L. A. M.; VICENTE, E.. Participação em banca de Graziela Valadares
Gomes de Mello Viana. Publicidade Radiofônica: uma análise do sentido potencial de seus elementos
constituintes. 2006. Exame de qualificação (Doutorando em Ciências da Comunicação) - Universidade
de São Paulo.
Trabalhos de Conclusão de Curso de graduação
1. MENDES, E. S. S.; PEREIRA, A. L.; VICENTE, E.. Participação em banca de RENATA GONÇALVES
CORRÊA. O desenho de som de A História de Ângelo . 2010. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
2. MORAN, P.; YAMAJI, J.; VICENTE, E.. Participação em banca de Rúbia Rebeca Neri. A comédia no
cinema brasileiro da retomada. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Curso Superior
do Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
3. REWALD, R.; ESTEVES, R.; VICENTE, E.. Participação em banca de Lucas Barão Freire Vieira. Pedra,
Papel e Tesoura: a direção de um programa de TV infantil. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso
(Graduação em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
4. MENDES, E. S. S.; BECHARA, A.; VICENTE, E.. Participação em banca de André Suzuki Brunetti. As
Portas do Imaginário. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Curso Superior do
Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
5. Souza, J. B. G.; GUIMARAES, C. B.; VICENTE, E.. Participação em banca de Gustavo Nascimento dos
Santos. A Prática do Som Direto: O Caso do Curta-Metragem Rosa e Benjamin. 2009. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
6. CARRASCO, Claudiney Rodrigues; MENDES, E. S. S.; VICENTE, E.. Participação em banca de Daniel
Rodisanski. Diretores e Trilhistas: A Criação do Conceito da Trilha Musical no Cinema Brasileiro Pósretomada. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Curso Superior do Audiovisual) Universidade de São Paulo.
7. REWALD, R.; ARAÚJO, M. A.; VICENTE, E.. Participação em banca de Rosana Stefanoni Iwamizu.
Tiago, o Pirata e o Caso da Fada dos Dentes: Script Doctor e entrevista com Cláudia Dalla Verde. 2009.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São
Paulo.
8. SILVA, J. L. O. A.; FISHER, E.; VICENTE, E.. Participação em banca de Bruna SIsti e Tamiris Nogueira.
Acerola: Podcasts Literários. 2009 - Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.
9. Sousa, M. W.; Souza, J. B. G.; VICENTE, E.. Participação em banca de Angelo Augusto Ravazi. Velhas
Virgens: atrás de cerveja e mulher. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Audiovisual)
- Universidade de São Paulo.
10. Sousa, M. W.; Senefonte, A. C.; VICENTE, E.. Participação em banca de Fabio Battista Cardelli. O
Independente Conectado: produção e divulgação musical em rede. 2008. Trabalho de Conclusão de
Curso (Graduação em Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
11. LACRETA, I.; MOURÃO, M. D. G.; VICENTE, E.. Participação em banca de Victor de Azevedo Biagioni.
Eletrotorpe: a montagem de um roteiro fragmentado em tempo e espaço. 2008. Trabalho de Conclusão
de Curso (Graduação em Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
12. DUGO JR, R.; VAZ, P.; VICENTE, E.. Participação em banca de Gláucia Pires Oliveira. Bem-Vindo: A
Comunicação Popular na Contemporaneidade. 2008. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Comunicação Social com enfase em Rádio e Televisão) - Faculdade Cásper Líbero.
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13. SAYEG, G.; LAGO, Claudia; VICENTE, E.. Participação em banca de Lívia Maria Pistori Maroni. Puro
Black. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Rádio e TV) - Universidade Anhembi
Morumbi.
14. MIRANDA, Suzana Reck; CASSETTARI, M.; VICENTE, E.. Participação em banca de Stephanni Aiello
et al.. Elas e o Cárcere Privado. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Rádio e TV) Universidade Anhembi Morumbi.
15. ADORYAN, Adriano; MATSUZAWA, Ricardo; VICENTE, E.. Participação em banca de Adriana Hendler
et al. SportAção. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Rádio e TV) - Universidade
Anhembi Morumbi.
16. ADORYAN, Adriano; YUTAKA, C.; VICENTE, E.. Participação em banca de Danilo Meira et al. Programa
All Mix. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Rádio e TV) - Universidade Anhembi
Morumbi.
17. MALULY, L.; VICENTE, E.. Participação em banca de Thais Macedo Gurgel. Sinestesia: Uma Proposta
de Documentário Sonoro. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Jornalismo) Universidade de São Paulo.
18. MIRANDA, Suzana Reck; MONTEIRO, Maurício; VICENTE, E.. Participação em banca de Daniel
Gambaro et al. Pindorama. 2005. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Rádio e TV) Universidades Anhembi Morumbi.
Participação em bancas de comissões julgadoras
Concurso público
1. DEUS, Sandra de Fátima Batista de; GUIMARÃES, César Geraldo; FRANCISCO, Dalmir; LEAL, Bruno
de Souza; VICENTE, E.. Concurso de Professor Adjunto do Depto de Comunicação Social da
FAFICH/UFMG. 2006. Universidade Federal de Minas Gerais.
Avaliação de cursos
1. VIANNA, M. L. R.; VICENTE, E.. Avaliação para reconhecimento de curso de Tecnologia em Fotografia.
2011. Faculdades Integradas de Lages.
2. FLORES, D. G.; VICENTE, E.. avaliação para reconhecimento de curso de Licenciatura em Música.
2011. Universidade Federal da Paraíba.
3. FLORES, D. G.; VICENTE, E.. avaliação para reconhecimento de curso de Licenciatura em Música.
2011. Universidade Federal de São João Del-Rei.
4. MATTOS, M. F. S. C. G.; VICENTE, E.. avaliação para reconhecimento de curso de Licenciatura em
Música. 2011. Universidade Federal de Mato Grosso.
5. OLIVEIRA, J. G. de; VICENTE, E.. Avaliação para Reconhecimento de curso de Bacharelado em
Administração. 2010. Faculdade Arthur Thomas.
6. ARARIPE, C.; VICENTE, E.. Avaliação para autorização de Curso Superior de Tecnologia em Gestão
Pública. 2009. Faculdade de Tecnologia Vale dos Carajás.
7. Agostini, J. P.; VICENTE, E.. avaliação para autorização de curso de Gestão em Recursos Humanos.
2009. Faculdade de Tecnologia Gestão & Marketing.
8. VICENTE, E.. Avaliação para autorização de Curso Superior Tecnológico de Gestão em Recursos
Humanos. 2009. Faculdade Sarandi - CIODONTO.
9. SABIA, C. P. P.; VICENTE, E.. Avaliação para Reconhecimento de Curso de Bacharelado em
Administração de Empresas. 2008. Instituto Superior Tupy.
10. VICENTE, E.. Avaliação para autorização de Curso de Bacharelado e Licenciatura em Música. 2008.
Faculdades Integradas Aparício Carvalho.
11. LAPINI, P. A.; VICENTE, E.. Avaliação para autorização de Curso Superior de Tecnologia em Marketing.
2008. Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - DF.
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12. VICENTE, E.. Avaliação para autorização de Curso Superior de Tecnologia em Marketing (2). 2008.
Faculdade Estácio de Sá de Juiz de Fora.
13. Dennis de Oliveira; VICENTE, E.. Avaliação de Autorização de Curso de Graduação Tecnológica em
Multimídia. 2007. Faculdade de Tecnologia Camões.
14. Dennis de Oliveira; VICENTE, E.. Avaliação para reconhecimento de curso de graduação em Estudos de
Mídia. 2007. Universidade Federal Fluminense.
15. MELO, A. M. A. O.; VICENTE, E.. Avaliação para autorização de curso de Bacharelado em Artes Cinema de Animação. 2007. Faculdades Integradas Barros Melo.
Eventos
Participação em eventos
1. XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.Chantecler: uma gravadora popular paulista.
2010. (Congresso).
2. Músicas e Saberes em Trânsito.Indústria da Música ou Indústria do Disco? A Questão dos Suportes e de
sua Desmaterialização no Meio Musical. 2010. (Congresso).
3. I Seminário de Pesquisa da ECA.Mesa I: Arte, Memória e Documentação. 2010. (Seminário).
4. 18 SIICUSP Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP.Aspectos da Educação. 2010.
(Simpósio).
5. II Musicom Encontro de Pesquisadores em Comunicação e Música Popular.Notas Sobre a Nova Cena
Independente. 2010. (Encontro).
6. I COMÚSICA - Encontro Nacional de Pesquisadores em Comunicação e Música.Música ou Disco? A
Questão dos Suportes e de sua Desmaterialização no Meio Musical. 2010. (Encontro).
7. 8a. Bienal Internacional de Radio.A IMPLANTAÇÃO DO RÁDIO DIGITAL NO BRASIL: impasses e
desafios. 2010. (Outra).
8. Reflexões Sobre o Campo Musical no Brasil.participação livre a partir dos temas sugeridos para
discussão. 2009. (Seminário).
9. 5 Encontro de Música e Mídia.indústria fonográfica no Brasil. 2009. (Encontro).
10. 33º Encontro Anual da ANPOCS.Mesa MR12: Música, Mídia e Sociedade> diversos lugares. 2009.
(Encontro).
11. 1a Semana de Pesquisa da ECA.Pesquisa sobre Arte Brasileira (Mesa3). 2009. (Encontro).
12. VI Congresso Nacional de História da Mídia.MÚSICA E DISCO NO BRASIL: A Trajetória de André
Midani. 2008. (Congresso).
13. XXXI Congresso Brasileiro de Ciencias da Comunicação.A Música Católica no País: A Atuação da
Gravadora Paulus. 2008. (Congresso).
14. XXXI Congresso Brasileiro de Ciencias da Comunicação.Música e Indústria Fonográfica. 2008.
(Congresso).
15. Seminários do Grupo de Pesquisa CNPq "HIstória e Audiovisual".RADIODRAMA EM SÃO PAULO: o
social e o local na ficção radiofônica paulista. 2008. (Seminário).
16. 16 Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP - SIICUSP.coordenação do Painel n. 31 Teatro e Censura I. 2008. (Simpósio).
17. XVII Encontro Anual da Compós.Viva a Morte da Indústria Fonográfica? Impasses e Perspectivas em
um Cenário de Crise. 2008. (Encontro).
18. 4º Encontro de Música e Mídia.Samba e Nação: Música Popular e Debate Intelectual na Década de
1940. 2008. (Encontro).
77
19. Festival CCJ Independente.A indústria fonográfica e a cultura independente. 2008. (Encontro).
20. XXX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.O Mercado Fonográfico Nacional e a Produção
de Música Erudita. 2007. (Congresso).
21. XXX Congresso Brasileiro de Ciencias da Comunicação.Música e Indústria Fonográfica. 2007.
(Congresso).
22. 15 Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP - SIICUSP.avaliação dos trabalhos
apresentados no painel 7: Música. 2007. (Simpósio).
23. 15 Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP - SIICUSP.avaliação dos trabalhos
apresentados no painel 5: Imagens. 2007. (Simpósio).
Orientações
Orientações em andamento
Dissertação de mestrado
1. Anselmo Mancini do Nascimento. A EXPERIÊNCIA PRÁTICA NO DIÁLOGO ENTRE A PRODUÇÃO
CINEMATOGRÁFICA E A MUSICAL. Início: 2011. Dissertação (Mestrado em MEIOS E PROCESSOS
AUDIOVISUAIS) - Universidade de São Paulo. (Orientador).
2. Sandro Dalla Costa. Restauracao Sonora: um estudo sobre o restauro de acervos sonoros. Início: 2010.
Dissertação (Mestrado em MEIOS E PROCESSOS AUDIOVISUAIS) - Universidade de São Paulo.
(Orientador).
3. Jose Eduardo G. Magossi. A Historia da Gravadora Marcus Pereira. Início: 2010. Dissertação (Mestrado
em MEIOS E PROCESSOS AUDIOVISUAIS) - Universidade de São Paulo. (Orientador).
4. Daniel Gambaro. RÁDIO E CONVERGÊNCIAS: OS NOVOS ESPAÇOS E OS CAMINHOS POSSÍVEIS
DO MEIO RADIOFÔNICO. Início: 2009. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) Universidade de São Paulo. (Orientador).
5. Sandra Maria de Oliveira. O local e o global na canção brasileira: um estudo das canções do compositor
Zeca Baleiro. Início: 2009. Dissertação (Mestrado em Ciências da Comunicação) - Universidade de São
Paulo. (Orientador).
Trabalho de conclusão de curso de graduação
1. Maria Augusta Roim. Radionovela BInaural. Início: 2009. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação
em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São Paulo. (Orientador).
Iniciação científica
1. Ana Paula Fiorotto. Clarice - dos olhos para os ouvidos. Um estudo sobre audioficção no Brasil. Início:
2010. Iniciação científica (Graduando em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São Paulo,
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. (Orientador).
Orientações de outra natureza
1. Glauber Wellington Mattos Brasil. DIGITALIZAC&#807;A&#771;O DE ACERVO SONORO DA ECA.
Início: 2011. Orientação de outra natureza. Universidade de São Paulo. (Orientador).
Supervisões e orientações concluídas
Trabalho de conclusão de curso de graduação
1. Lucas Barão Freire Vieira. Pedra, Papel e Tesoura: a direção de um programa de TV infantil. 2010.
Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São
Paulo. Orientador: Eduardo Vicente.
2. Rosana Stefanoni Iwamizu. Tiago, o Pirata e o Caso da Fada dos Dentes: Script Doctor e entrevista com
78
Cláudia Dalla Verde. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Audiovisual) Universidade de São Paulo. Orientador: Eduardo Vicente.
3. Daniel Rodisanski. Diretores e Trilhistas: A Criação do Conceito da Trilha Musical no Cinema Brasileiro
Pós-retomada. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Audiovisual) - Universidade de
São Paulo. Orientador: Eduardo Vicente.
4. Rúbia Rebeca Neri. A comédia no cinema brasileiro da retomada. 2009. Trabalho de Conclusão de
Curso. (Graduação em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São Paulo. Orientador:
Eduardo Vicente.
5. RENATA GONÇALVES CORRÊA. O desenho de som de A História de Ângelo . 2009. Trabalho de
Conclusão de Curso. (Graduação em Curso Superior do Audiovisual) - Universidade de São Paulo.
Orientador: Eduardo Vicente.
6. Fabio Battista Cardelli. O Independente Conectado: produção e divulgação musical em rede. 2008.
Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Audiovisual) - Universidade de São Paulo. Orientador:
Eduardo Vicente.
Iniciação Científica
1. Vinicius Soares Alves Pereira. GESTÃO DE UMA WEBRADIO ACADÊMICA: Reflexão e estudo sobre o
meio e uma experiência colaborativa de aplicação. 2009. Iniciação Científica. (Graduando em Curso
Superior do Audiovisual) - Universidade de São Paulo, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico. Orientador: Eduardo Vicente.
2. Eduardo de Aquino Giuliano. SONS DE SÃO PAULO: a indústria paulistana e a produção fonográfica
nacional. 2008. Iniciação Científica. (Graduando em Audiovisual) - Universidade de São Paulo, Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: Eduardo Vicente.
3. Luciana de Almeida Paulillo. RÁDIO ON LINE: Implantação e Gerenciamento de uma Webradio
acadêmica. 2007. Iniciação Científica. (Graduando em Audiovisual) - Universidade de São Paulo,
Universidade de São Paulo. Orientador: Eduardo Vicente.
4. Eric Honda. RÁDIO ON LINE: Implantação e Gerenciamento de uma Webradio acadêmica. 2007.
Iniciação Científica. (Graduando em Audiovisual) - Universidade de São Paulo, Universidade de São
Paulo. Orientador: Eduardo Vicente.
5. Pedro Carvalho de Barros. RÁDIO ON LINE: Implantação e Gerenciamento de uma Webradio
acadêmica. 2007. Iniciação Científica. (Graduando em Audiovisual) - Universidade de São Paulo,
Universidade de São Paulo. Orientador: Eduardo Vicente.

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