CianMagentaAmareloPreto
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CianMagentaAmareloPreto
Informativo do PROJETO BICHO DE RUA - Ano II - N ° 6 - Distribuição gratuita www.bichoderua.org.br PATROCÍNIO Mais um ano chega ao seu final... Para o Projeto Bicho de Rua, 2005 foi um ciclo de muito trabalho e realizações. Nesta capa especial de final de ano, tivemos espaço para mostrar apenas 19 animais com seus novos amigos em seus novos lares. Mas com isso queremos homenagear os quase 2.000 animais que nesse ano foram anunciados para adoção em nosso site e, destes, cerca de 1.350 adotados. Àqueles que ainda não foram adotados, fica o nosso compromisso de buscar incessantemente esse lar tão esperado. Aproximadamente 800 animais foram esterilizados, muitos tratados, alimentados e amparados. Nosso maior presente ganhamos no dia-a-dia, a cada vez que sabemos que um animal ganhou um lar, está saudável, saiu das ruas, está feliz! Que o ano de 2006 seja próspero e generoso com as pessoas e os animais, e que as boas energias inundem os corações e almas de todos aqueles que se preocupam com o bem-estar de seus semelhantes, sejam eles homens ou animais! Fone (51) 3061.0364 Clínica Veterinária Fone (51) 3268.6882 Medicamentos Manipulados F: (51) 3061-1909 CianMagentaAmareloPreto Clínica de Aves, Cães e Gatos Estética e Pet Shop Fone 3334.9909 Fone: (51) 3019-7740 Fone (51) 3311.8811 Fone: (51) 3388.7700 2 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Gato Beto É o bicho! Especial Quando o amor faz Está terminando mais um ano. Mais um ano de conquistas, alegrias, tristezas e frustrações, mas acima de tudo um ano de muito trabalho em favor da melhoria de vida de pessoas e de animais. Aproveitando o clima de fim de ano, nessa edição resolvemos roubar quase toda a página 2 para falar de exemplos de sucesso e de muito amor. Roubamos o espaço das cartas que nos são enviadas, roubamos o espaço do Não é o Bicho, coluna já tradicional que mostra pessoas e ações que não prezaram pelo bem-estar animal. Sabemos dos comunicadores ou formadores de opinião que, por falta de conhecimento, emitem opiniões parciais e muitas vezes mal intencionadas, sabemos dos legisladores que criam leis no clamor de uma tragédia com intuito meramente eleitoreiro e populista, sabemos das entidades que por dever de honra e de direito deveriam proteger e amparar os animais e não o fazem. Nada disso é novidade, mas nesta edição nosso espaço é aberto para pessoas comuns que deixaram de esperar pelo feito do outro e ousaram fazer. Fizeram, ajudaram animais, e hoje, aqui, retratamos suas histórias de amor e respeito aos animais. Barão e Plebeu Barão era um cavalo de corridas, explorado até à exaustão. Seus antigos donos queriam resultados, vitórias a qualquer preço em competições e pouco se preocuparam com o bem-estar do animal. As articulações foram sendo destruídas e, quando não pôde mais correr, Barão foi descartado sem respeito. Eloísa, Luciano e os conselheiros do PBR, João e Nazareth, se associaram ao drama do animal e deram-lhe guarida em seu sítio, proporcionando enfim sua merecida aposentadoria entre amigos. Aliás, seu mais novo amigo é Plebeu, que não era cavalo de corrida, mas de tração, e foi esgotado transportando cargas que ultrapassavam sua força. Com alimentação e descanso insuficientes, a magreza e a doença tomaram conta de seu corpo. Até que foi arrematado em 16 de dezembro, no leilão realizado pela EPTC, que apreende e trata cavalos vítimas de maus-tratos. Os valores obtidos com a venda desses animais se destinam à estadia e ao tratamento de outros tantos que vão sendo recolhidos pelos mesmos motivos. Muitas pessoas comparecem a esses leilões e arrematam os animais justamente para garantir que não voltem para mãos inescrupulosas. Foi o caso de Gilson Esteves que comprou quatro éguas, de Aline Tempel Costa que levou um cavalinho e de Zuleica Lorenzoni que ficou com o casal de jumentos. Se voltassem para quem os levou àquelas condições, retornariam à condição de escravos, obrigados a trabalhar além de suas forças, atrelados a carroças. Desta vez, os cavalos e jumentos leiloados foram comprados por pessoas amigas dos animais, garantindolhes assim uma velhice tranqüila quando puxarão apenas carroças de vento. Aposentadoria como a de Barão e Plebeu, que convivem hoje em harmonia com o ambiente e com os humanos que agora eles podem chamar de amigos! Harmonia, aliás, levada muito a sério como podemos ver na foto. . Recebemos o pedido de ajuda a dois gatos abandonados em uma casa desocupada na Av. Assis Brasil. A responsável pelo animais morreu e os dois ficaram sozinhos na casa. Chegando ao local, verificamos que um dos gatos (que chamamos de Arthur) estava muito assustado em cima de uma árvore. Já o outro (Gato Beto), estava no terreno, muito machucado, provavelmente por cacos de garrafas jogadas nele e brigas com outros gatos. Apanhar o Arthur foi muito fácil pois é um gato dócil e estava faminto. Já o Beto exigiu toda uma mobilização pois, além de assustado, era brabo e arisco (provavelmente pelos maus tratos sofridos até então). Tivemos que chamar uma pessoa com experiência em resgates deste tipo, sendo necessária utilização de rede para apanhá-lo. Foi levado imediatamente para uma clínica veterinária. Houve necessidade de sedá-lo ainda na caixa de transporte. Tomou banho também sedado, foi castrado e recebeu os primeiros atendimentos para tratar dos ferimentos. Durante pelo menos dois meses de internação na clínica, o Beto não aceitava carinhos e atacava qualquer pessoa que tentasse se aproximar. Até mesmo para limpeza do local onde estava, era preciso isolá-lo em um dos lados da gaiola. Para o tratamento, a cada aplicação de medicamento e limpeza, tinha de ser sedado. Estávamos perdendo as esperanças de conseguir domesticá-lo e encaminhá-lo para um novo lar, quando as coisas começaram a mudar. Por informação da veterinária responsável pela clínica, ficamos Lobinha Juliana Moreschi, protetora de Porto Alegre, encontrou a Lobinha perto de sua casa de praia em Tramandaí. Ela chorava muito e uivava também. Seu estado era crítico. A princípio, os vizinhos disseram que não adiantava fazer mais nada, apenas deixar a cadelinha ali para esperar sua morte chegar. Afinal, ninguém acreditava que ela pudesse se recuperar daquele estado e ninguém queria chegar muito perto dela. Tadinha!, conta Juliana, ela estava muito triste, deprimida, magricelinha e com muita sarna. Eu não me perdoaria se, ao menos, não tentasse salvar aquela vida. Foi então que eu e meu namorado fomos até a agropecuária e compramos remédios: vermífugo, matacura e sabonete sarnicida. Nos três dias seguintes, Juliana deu banhos com os medicamentos e, claro, boa alimentação e carinho. Uma semana depois, Lobinha já apresentava sinais de melhora e seu pêlo começou a crescer e, finalmente, ela parou de chorar: virou outra cadela, estava feliz, faceira, pulava de alegria... E hoje ela está cada vez mais linda!, comenta Juliana. Fico muito feliz de poder ajudar os animais dessa forma, é uma atitude simples, que me fortalece ainda mais como pessoa, sem falar a alegria de ver a Lobinha super bem e recuperada. Pobre Lobinha, como estaria se não fosse ajudada? Esperamos que você também faça a sua parte. O bicho da vez Homenageie seu animal de estimação! Envie uma foto digitalizada de seu mascote no formato mínimo de 640 X 480 pixels para o e-mail [email protected] ou uma foto convencional para a Caixa Postal 15547 - Agência Vila Jardim - Porto Alegre/RS CEP: 91.311-970, no período de 01/02/06 a 28/02/06. As dez melhores fotos, selecionadas por nossa comissão julgadora, serão divulgadas no site www.bichoderua.org.br no link Bicho da Vez (página inicial). Você poderá votar no seu favorito no período de 05/03/06 a 20/03/06. Conheça agora o Bicho da Vez desta edição: Markov, esse lindo gatão tem 11 meses, foi encontrado e adotado por Suzana Coccaro na Praia do Rosa/SC. Foi alimentado com mamadeira pois, ao ser resgatado, tinha aproximadamente um mês de vida. Hoje é um feliz cidadão felino gaúcho! O Markov, dentre os dez candidatos, num total de 940 votos, obteve 334 votos (35,53%). Continue participando e eleja o Bicho da Vez para a sétima edição do jornal Bicho de Rua. CianMagentaAmareloPreto sabendo que o Beto estava cedendo a pequenos afagos na cabeça. Na mesma época surgiu uma pessoa interessada em adotá-lo. Seguiu-se pelo menos um mês de negociações e estratégias para viabilizar a adoção. Quando tudo estava acertado, deparamo-nos com mais um problema: como levar o Beto para sua nova casa, sem que todo o estresse da mudança fizesse com que ele voltasse a ser o gato mal humorado e agressivo que era? Decidimos pelo seguinte (que é o que dá um ar sobrenatural a história deste gatinho): ele seria levado sedado para a casa da Gerusa (sua fada madrinha e nova guardiã). Quando acordasse, pensaria que morreu e estaria no Céu... então viraria um anjo! Acreditem que foi exatamente isso que aconteceu!! Apenas em dois dias depois da transferência da clínica para casa, o Beto já demonstrava sinais de felicidade em estar no local. Aos poucos foi se chegando e hoje a foto demonstra bem o que aconteceu. Estão todos felizes com a convivência. O Beto é o dono da casa e deita de barriguinha para cima para receber carinhos (além de dormir na cama da Gerusa). Estamos só esperando que as asinhas de anjo apareçam... www.bichoderua.org.br O Jornal Bicho de Rua é um informativo da Ong Projeto Bicho de Rua, publicado bimestralmente pela Tomo Editorial, CNPJ: 00713226/0001-30. Jornalista Responsável: Celso Schröder (RP MTB 5207) Coordenação: Marcia Scarparo Simch Projeto gráfico e arte: Ricardo Martins [email protected] Colaboraram nesta edição: Cláudia Batistella Scaf, João Carneiro, Josette Prunes, Luciane Bossle, Mara Costantin, Marcelo Baraldi Spera, Maria de Nazareth Agra Hassen, Martin Steppe, Patrícia Hackmann, Renato Flores, Hanellore Fucks, Luis Remy Schmidt, Mario Ávila de Oliveira, Daniela da Rosa Moreira, Fernanda Müller, Marcia Cordeiro, Rogério Britto, Thaís Regina Silva Sangiovanni, Valério Gonzáles Ouriques. Atendimento comercial: [email protected] Tiragem: 5.000 exemplares Distribuição Gratuita Impressão: Empresa Jornalística Pioneiro S/A E-mail: [email protected] www.bichoderua.org.br Caixa Postal: Caixa Postal 15547 Ag. Vila Jardim - CEP 91311-970 Porto Alegre/RS - Brasil O Jornal Bicho de Rua não veicula anúncios de comercialização de animais ou que violem de alguma forma os seus direitos. Patrocínio: Unificado (www.unificado.com.br), Tomo Editorial (www.tomoeditorial.com.br) e wwwriters Sistemas (www.wwwriters.com.br ) 3 Quatro ações que mudam destinos. Quatro direções que levam ao mesmo objetivo. Quatro oportunidades de ajudar. Quatro chances de sair da indiferença. Ao longo do ano, o Projeto Bicho de Rua criou diversas campanhas em favor do bem estar animal. - Estímulo à adoção - Chamamento às causas de responsabilidade social - Campanha de Padrinhos Virtuais - Loja da Marca Projeto Bicho de Rua Todas diferentes, mas entrelaçadas. Se você tem amor pelos animais, adote. Se não pode adotar, seja um padrinho virtual. Se você é empresário, torne sua empresa nossa parceira. Se nenhuma dessas opções o alcançou, então você ainda pode adquirir uma camiseta e divulgar a causa. Existem diversas maneiras de ajudar e diferentes graus de envolvimento com a luta pelo bem-estar animal. Lembre-se: nenhuma ação ou iniciativa do bem terá sucesso sem a adesão da comunidade. É tempo de o Projeto Bicho de Rua alçar vôos maiores. Você, com o seu amor é o nosso combustível! CianMagentaAmareloPreto Vamos conversar? Acesse o site www.bichoderua.org.br ou mande uma mensagem para [email protected] . Quer nos escrever? Caixa Postal 15547 - Agência Vila Jardim - Porto Alegre/RS CEP: 91.311-970. Para ajudar financeiramente? Nosso CNPJ é 07.143.437/0001-97 e temos uma conta no Banco do Brasil, agência: 3876-8, conta corrente: 7982-0. Não tem erro, fale conosco! 4 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Presença é cura. Conexão amorosa com seres vivos, também. Por aí se começa a entender os misteriosos laços que unem gente e animais. Fundamentos A idéia de animal curador está mergulhada na humanidade há muito tempo. Mitologicamente, o centauro Quíron foi o primeiro curador, metade cavalo, metade homem, ensinou o que sabia a Esculápio... e neste tempo já se falava em cães, cobras, etc. como animais sagrados e curadores. Arqueologicamente, pinturas rupestres, figuras de animais muito primitivas, datadas de 12 mil anos, evidenciam seres humanos abraçados a cães. Da mesma época, foi encontrado um instigante fóssil de um menino abraçado a um cachorro. Vida moderna Por que o ser humano precisa de bicho? Atualmente, a humanidade está mais carente do que antes, homens e mulheres trabalham fora, e mesmo para as crianças a mãe está ausente... aí o animal de estimação completa o vácuo. Ele parece dizer: eu estou disponível para você 24 horas por dia. O ser humano não pode estar sempre disponível. O pet é tido por todos os psicólogos como membro da família, isto foi provado através de questionários que vêm sendo feitos desde os anos 70, com exceção da população residente em zona rural, onde os animais fazem parte do meio econômico e são vistos de modo utilitarista. As pessoas têm mais facilidade em ter um animal como um interlocutor quase que perfeito nas relações familiares pois ele não responde ao ser humano e dá a sensação de que concorda com tudo. É preciso observar essa tendência de transformar animais em muleta para nossas necessidades de afeto. Nas relações domésticas, muitas vezes as pessoas mandam recados subliminares aos familiares através dos animais de estimação. Por exemplo, na conversa casual a mãe diz para o filho: o seu cachorro sujou, olha, vai arrumar seu quarto que também está sujo. A mesma frase pode subir de tom, embutindo agressividade, nesses casos o animal funciona como pára-raio dentro do sistema familiar. Animais nos hospitais Por que gente precisa de bicho? Por que a humanidade domesticou alguns animais, já há tantos séculos? Por que na vida moderna as cidades têm superpopulação de pets? Em uma longa conversa com o PBR, a Dra. Hanellore Fucks dá muitas respostas. Simpática, tranqüila, do alto de seus 78 anos de idade e muitos de experiência com animais, Dra. Hanellore vai nos contando: se graduou em medicina veterinária em 1954, e fez doutorado em 1987 no Instituto de Psicologia da USP, em São Paulo, porque é apaixonada por psicologia animal e não havia essa cadeira na graduação. Eu precisava entender o laço que une os animais e os seres humanos, esse afeto, esse amor que muita gente fala, conta com paixão mas pausadamente. Eu resolvi que era isso que ia pegar como assunto para tese de doutoramento. Comecei em 1985, quando o cenário já estava montado na Alemanha e nos EUA, fiz um levantamento bibliográfico e defendi a tese sobre os tipos de relação de amor, afeto, ódio, morte... Essa busca redundou num belo trabalho de terapia mediada com animais em ambientes hospitalares, onde hoje atua com o apoio de 18 voluntários. Esta modalidade terapêutica existe há cerca de 40 anos nos EUA, sendo que o trabalho da Dra. Hanellore, envolvendo mais de 8 mil pacientes em 8 anos, tem mostrado resultados impressionantes, sobretudo com crianças. Veja a seguir alguns dos trechos mais importantes de nossa conversa a respeito de bichoterapia hospitalar e sobre relações domésticas entre animais e humanos. Confira também, na página ao lado, artigo dos professores Renato Flores e Patrícia Hackmann sobre os cuidados que se deve ter na hora de presentear alguém com um bicho de estimação. CianMagentaAmareloPreto Considerando a humanização do serviço hospitalar, hoje em dia se reconhece que o indivíduo internado perde liberdade e quase que também sua identidade. Quando a criança, por exemplo, é desligada de seus habituais amigos, precisa brincar mesmo estando no hospital, precisa sair da doença e voltar a ser criança. Aí entram os bichos como eficientes terapeutas: ativam diretamente o lúdico e, ainda, apelam para a parte sensitiva, de tocar o animal, de sentir prazer em interagir. Alguns animais puxam cadeira de rodas de pacientes com paralisia cerebral e as crianças sentem prazer com o passeio. Os pacientes sentem-se bem com qualquer bicho e, geralmente, são usados animais dóceis como mini-coelhos, chinchilas, etc. Os terapeutas perguntam aos pacientes, adultos, idosos ou crianças que tenham condições de se comunicar, com que tipo de animais gostariam de trabalhar, respeitando sua livre vontade. Os animais terapeutas devem ter boas condições de saúde e comportamento. Devem ser obedientes e saber lidar com estranhos, ruídos, cheiros, toques, precisam ser centrados e gostar daquilo que fazem. Nos treinamentos, os animais são testados por duas ou três pessoas que simulam situações, e o condutor vai primeiro sem o animal para se ambientar. Ele tem que aprender a lidar, o que fazer, e depois observa os outros voluntários que estão trabalhando com animais. Resultados na prática Dra. Hanellore Fucks não trabalha com indivíduos, mas em hospitais comuns, públicos e privados, em asilos ligados às religiões judaicas, católicas e evangélicas, na pediatria da Santa Casa de Misericórdia, Instituto de Tratamento de Câncer Infantil (ITACI), e seus pacientes são crianças (algumas com paralisia cerebral), adultos e idosos. O trabalho apresenta resultados qualitativos e quantitativos, com mais de 8 mil pacientes atendidos em 8 anos. Em termos quantitativos, através de pequenos questionários, pode-se avaliar a aceitação de 100% das crianças visitadas pelos animais terapeutas. Crianças com câncer apresentam melhora na disposição, diminui a depressão e melhora o tônus muscular (a criança se endireita, fica alerta). A terapia também tem ação educativa, a criança aprende através do animal sobre alimentação, locomoção, lugar de origem, sexo, reprodução, cores (cão preto, cão branco) fonação, jogo com idade quem é o animal mais velho?, etc. Há também trabalhos de psicomotricidade de ocupação com os idosos. www.bichoderua.org.br Jornal Bicho de Rua BICHO-PRESENTE Uma questão delicadíssima Considerar a possibilidade de dar você me aceita nela e cuida de mim. animais, cães e gatos, como presente, Esta é a diferença entre um brinquedo e não é tão simples como ofertar algo uma planta. Você não trai a confiança não vivo, ou até uma planta. Não há de um brinquedo se o deixar quebrar, conseqüências maiores, exceto mas você, ao abandonar um animal financeiras, se uma criança estragar seu que levou para sua casa, vai contra carrinho de bombeiros novinho, no dia tudo o que ele imagina sobre o mundo. 25 de dezembro, por enfiar uma chave de fenda nele. Não ocorrerão críticas se Bons efeitos à saúde e educação você, ao sair de férias, esquecer a Feitas estas ponderações e apelos ao begônia que sua tia lhe presenteou e bom senso, a presença de animais na deixá-la morrer de falta de água e luz. sua casa e na sua vida tem Por outro lado, se seu filho cientista mirim conseqüências que não podem ser resolver operar o cão, para ver como desprezadas. As revistas científicas funciona, ou se você esquecer o gato especializadas, por exemplo, estão trancado em casa e só voltar um mês depois, não será a mesma coisa. Mas, como assim? Imagine alguém que procure a autoridade judiciária para adotar uma criança. Ela leva a criança feliz e sorridente para casa e, alguns meses depois, procura o juiz e a devolve com a alegação de que vai tirar férias e não pode levá-la, ou que deseja devolvê-la, porque dá mais trabalho do que o esperado. Algo assim seria considerado cruel, desumano e totalmente reprovável, pois a criança tinha uma repletas de estudos e pesquisas sobre os expectativa ao ir para esta casa, benefícios à saúde humana. Conviver esperava uma família e uma relação com animais de estimação, além do recíproca de afeição. É isso que a seu prazer intrínseco, melhora a saúde diferencia de um boneco: pensar e física e mental. Quem adquire um bicho fazer planos, conhecer os sentimentos e tem menores gastos com despesas as emoções. médicas, e pessoas infartadas têm uma É claro, animais não são crianças mas sobrevida maior após o ataque se também não são bonecos... convivem com algum animal de Se formos examinar o funcionamento estimação. As simples caminhadas com mental dos animais, seu cão podem afastar os vamos descobrir que, à riscos de uma vida o benefício trazido medida em que eles se sedentária e ampliar suas pelos animais não é tornam mais complexos, relações sociais. mágico e não ocorre ficam também mais Mas não é só na saúde pela simples presença que os bichos emprestam inteligentes (e, por de um animal. O extensão, com emoções seu potencial benéfico a efeito está na e sentimentos mais favor das pessoas: na dependência de uma educação, o contato elaborados). Vertebrados relação entre o bicho com animais também são mais inteligentes do e a pessoa. É a pode melhorar o que invertebrados. convivência que desempenho escolar das Répteis são mais permite a troca de crianças, especialmente inteligentes do que experiências, o peixes. aprendizado mútuo e daquelas que têm dificuldades de Os cientistas ainda não o suporte afetivo. aprendizagem ou algum testaram todas as transtorno de espécies mas parece ser desenvolvimento. possível afirmar que todas as aves e Crianças com estas dificuldades muitas todos os mamíferos têm algum tipo de vezes enfrentam problemas de baixa consciência. Sem dúvida, cães e gatos auto-estima, distração e frustração, por apresentam um tipo de consciência já não conseguirem realizar as tarefas bem desenvolvido, que difere da nossa escolares, desisitindo de aprender. pela dificuldade deles em prever o Frente a esses comportamentos, as passar do tempo e em usar símbolos. pesquisas sugerem que o contato com E o animal como presente o que tem a bichos aumenta o interesse e motivação ver com isso? A questão é que o animal, das crianças com baixo desempenho ao ir para sua casa, tem uma escolar, fazendo com que realizem as expectativa do que vai ocorrer lá. Ele atividades com mais empenho e fará o melhor de suas possibilidades entusiasmo, e se igualem ao resto das para que você o aceite na matilha ou outras crianças em termos de bando. Às vezes, pode fazer coisas participação. erradas como roer o retrato de sua mãe A preocupação com a cidadania e ou fazer xixi no tapete, mas estas coisas com uma educação que contemple o são símbolos e ele não entende a respeito pelos animais fez com que, em importância que pode ter para nós. Se Florianópolis, a UFSC e a Secretaria os animais entendessem isso, Municipal de Educação criassem um certamente não o fariam, pois violariam projeto educativo, chamado Amigo o acordo que pensam que fizeram Animal, da 1ª à 4ª série, nas 37 escolas conosco. O acordo é esse: eu farei o da rede municipal de ensino, voltado à melhor de mim para ser da sua família e CianMagentaAmareloPreto relação seres humanos-animais. Da mesma forma, o projeto Animais Nossos Parceiros, da Secretaria Estadual de Educação do Rio Grande do Sul, confirma a idéia de que algumas autoridades educacionais já estão mais bem informadas sobre as vantagens de trazer para as salas de aula o tema da valorização e do respeito aos animais. Enfim, seja nas escolas ou nas clínicas, o benefício trazido pelos animais não é mágico e não ocorre pela simples presença de um animal. O efeito está na dependência de uma relação entre o bicho e a pessoa. É a convivência que permite a troca de experiências, o aprendizado mútuo e o suporte afetivo. O futuro dos estudos científicos sobre as relações humanosanimais é bastante promissor e permite prever um melhor entendimento mútuo com benefícios para ambos. Atualmente, há dois modelos teóricos em disputa sobre a origem dos vínculos com os animais. Um deles, batizado de biofilia, diz que gostamos dos animais pois evoluímos no ambiente no qual eles estavam presentes e gostamos deles porque a natureza é a nossa casa original. Do mesmo modo que jardins e florestas são mais agradáveis do que um mar de edifícios ou uma planície na Antártida, um ambiente com animais estaria mais de acordo com nossa natureza. O modelo concorrente é o dos vínculos sociais. Ele se baseia na hipótese de que animais são benéficos pelos vínculos sociais que propiciam. Como somos uma espécie gregária, que vive em grupos, temos uma tendência inata a vínculos. Cães e gatos, também. Com base nesta idéia, podemos explicar por que idosos acompanhados de animais viveriam mais. Seria pelos mesmos motivos que idosos casados vivem mais, devido a um vínculo afetivo e social. Por isso, incluímos animais de estimação como membros da família. Pois é, como se pode ver, adquirir um bicho não é como comprar um brinquedo ou um livro. Faça, agora, os nossos testes e verifique se você está apto para dar ou receber um animal na sua vida. Renato Z. Flores, professor do departamento de Genética da UFRGS e membro da Associação Bichoterapia Patrícia H. Hackmann, professora da rede municipal de ensino de Porto Alegre e conselheira do Projeto Bicho de Rua PARA PRESENTEAR COM UM ANIMAL Verifique se você pode pensar em dar um animal como presente. Você deve responder sim para todas as perguntas. Caso responda não em pelo menos uma delas, considere a possibilidade de dar uma camiseta do Bicho de Rua ou um livro. 1. A pessoa a ser presenteada quer um animal de estimação? 2. Ela tem conhecimento detalhado de todas implicações e responsabilidades de manter um animal sob sua guarda? 3. O indivíduo que receberá o animal tem recursos financeiros para mantê-lo, sem um impacto em suas finanças? 4. A casa do presenteado tem um local adequado para o animal de estimação? 5. A pessoa tem o tempo necessário para dedicar-se e para treinar o bichinho? PARA GANHAR UM ANIMAL Temos, também, um teste para você verificar se pode receber um animalzinho, preenchendo os critérios para uma guarda responsável. Nenhum dos itens é opcional! 1. Você está preparado para cuidar do animal por todo o tempo de sua existência? 2. O animal será ou foi castrado, para evitar que você seja responsável pela existência de mais uma ninhada para a qual não há casas suficientes que os recebam? 3. Você tem tempo para alimentá-lo, exercitá-lo (cães), penteálo, acariciá-lo e, especialmente, para conviver com ele? 4. Você tem dinheiro para sustentá-lo? 5. Sua família ou as pessoas que freqüentam sua casa foram informadas de seus planos e estão de acordo com a chegada do animal? ................................................................................................................ As imagens que ilustram estas páginas são de animais adotados em 2005 através do Projeto Bicho de Rua 5 Ciano Amarelo Magenta Preto 6 www.bichoderua.org.br 7 Jornal Bicho de Rua Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO O ato de adotar um animal exige amor e consciência. É o momento mágico, onde o coração e a mente, a sensibilidade e a compaixão se transformam em ação. E a nossa vida, juntamente com a desses seres, é definitivamente alterada... para melhor! Doação urgente Doa-se lindos gatinhos de diversas idades e pelagens. Serão entregues desverminados e com castração gratuita. Contatos pelo fone (51) 3384.4639 (noite) ou pelo e-mail [email protected] Para adoção Sofia é uma cadelinha de aproximadamente 2 anos que foi utilizada nas aulas de cirurgia da UFRGS. Com o término das aulas, precisa ser doada pois a universidade não manterá animais durante as férias. Contatos para adoção com Daniela, fone (51) 9148.3882 ou pelo e-mail [email protected] Para esses animais, a felicidade não custa nada. Não compre, adote! E seja muito feliz com eles... Bilú Alf e Fred Kusko Raposinho Oi, eu sou o Raposinho! Apareci na casa da minha dinda num domingo. Nesse dia decidi que não ficaria mais na rua e pedi para ela me ajudar. Ela prontamente me levou no veterinário, tomei banho, fui desverminado e castrado. Estou lindão, pareço um príncipe. Sou bem novinho, educado e mimoso. Acho que não tenho 1 ano de idade e meu porte é pequeno/ médio. Gostaria muito de festejar o meu primeiro aniversário com você e o meu melhor presente será o seu amor que eu aceitarei e retribuirei em dobro! Contatos para adoção pelo fone (51) 3332.1138 em horário comercial ou pelo e-mail [email protected] Lindo cãozinho, bem jovem, porte médio/pequeno, foi encontrado coberto de carrapatos e com mais de 40 bichos-de-pé. Estava tão debilitado que mal conseguia ficar de pé. Foi tratado e agora aguarda por adoção. Adora andar de carro e na guia. Já castrado, vacinado e vermifugado. Contatos com Tiane pelos fones (51) 3061.3459 e 9957.7720 ou pelo e-mail [email protected] Herói Este é o cão cujo resgate em uma estrada foi motivo de reportagem na Zero Hora. Hoje ele está hospedado no canil da Aprocan em Canoas. É um cão de porte grande, muito amistoso com pessoas e excelente para guarda. Contatos com Eliane pelo fone (51) 8422.3899 ou pelo e-mail [email protected] Fomos encontrados desnutridos, com sarna, pulgas e carrapatos. Mais um pouquinho e teríamos morrido. Nossa dinda nos resgatou e passamos por um longo tratamento: vacinas, ração especial, banhos medicinais, muitos remédios e fortificantes. Agora estamos assim, bem bonitos e faceiros. Teremos porte médio. Temos aproximadamente 6 meses e somos bem carinhosos e obedientes. A cirurgia de castração é garantida e gratuita. A nossa veterinária já nos liberou do tratamento, agora precisamos de um lar. Venha nos conhecer e se encantar conosco! Contatos para adoção pelo fone (51) 3231.1142 em horário comercial ou pelo e-mail [email protected] Rosinha Me chamo Rosinha pois quando fui recolhida das ruas eu estava rosa de tanta sarna. Hoje estou curada, mas fazem 10 meses que eu moro numa gaiola em uma clínica. Venha me visitar! Quem sabe vou com você embora para uma nova casa para poder correr e brincar. Já fui desverminada e vacinada e logo serei castrada. Contatos pelo fone (51) 3332.1138 (hor coml) ou pelo e-mail [email protected] Sou um jovem cãozinho, com aproximadamente 7 meses. Estava deitado em uma calçada quando alguém fez um carinho na minha cabeça. Levei um susto pois achei que iam me bater e me botar pra correr da graminha fofinha onde havia me aconchegado, mas era só um carinho. Gente! Era um carinho! Como foi bom aquilo! Tão bom que resolvi ir atrás daquele humano. Ele só percebeu que havia sido seguido quando abriu o portão da sua casa. Me deu água, comida e me fez mais um carinho. Tudo do lado de fora do portão. Ele disse que não podia me colocar pra dentro porque não tinha lugar, então fiz plantão na frente da casa até vencê-lo no cansaço! Ganhei um nome, um cantinho e ganho, todos os dias, água, comida e muuuuuuuito carinho! Agora preciso que alguém me adote porque esse humano já tem outros cãezinhos como eu, esperando por um lar. Contato pelos fones (51) 3061.3459 e 9957.7720 ou pelo e-mail [email protected] Albina Linda cadela de porte grande, já castrada, vacinada e vermifugada. Apesar do tamanho, Albina é uma doçura só. Será ótima companhia e, pelo porte, impõe respeito como guarda. Contatos para adoção pelo fone (51) 3232.1142 (hor.coml) ou pelo e-mail [email protected] Minie Princesa Me deram o nome de Princesa de Bourbon, pois passei um dia inteiro na frente do Bourbon da Ipiranga, e ninguém fazia nada por mim. Apenas tive forças para sair do sol forte, mas não queria comer nada... e ainda por cima eu estava no cio. Uma madrinha me resgatou, e me levaram de carrinho de supermercado pela Ipiranga, até uma clínica veterinária, para que minha saúde fosse avaliada. Eu estava bem, apesar de estar me coçando demais por causa da sarna. Essa minha madrinha já cuida de muitos animais de rua, tendo gastos enormes. Sou uma cachorrinha extremamente dócil, calma e quieta. Não incomodo, sou carinhosa. Minha idade foi estimada em 1 ano. Sou linda, malhada de branco com marrom tigrado, rabinho curtinho, pêlo curto. Tenho porte pequeno-médio. Como ração, e estou desverminada. Serei entregue castrada e vacinada. Contatos com Cláudia pelo fone (51) 9802.0004 ou pelo e-mail [email protected] Sou uma gatinha de sorte pois me tiraram das ruas antes de ganhar meus bebês, que nasceram no dia 6 de outubro. Ganhei 6 filhotes mas 2 morreram. Como sou uma gata de sorte, perdi 2 filhos mas ganhei outros 3 pois amamentei, junto com os meus 4 filhos que viveram, 3 gatinhos que perderam a mãezinha atropelada. Gostaria de aproveitar e fazer um pedido para o Papai Noel: para que eu continue sendo sortuda, preciso arranjar um lar para mim e para meus 7 filhotes. Este é o meu sonho de mãe! Este é o meu sonho de Natal! Contato pelos fones (51) 3061.3459 e 9957.7720 ou pelo e-mail [email protected] Ágata Doa-se linda e doce gatinha de pelagem negra. Foi retirada de dentro de um bueiro onde vivia. Será entregue castrada, vacinada e vermifugada. Contatos pelo fone (51) 3231.1142 (hor coml) e 8445.0724, ou pelo e-mail [email protected] Cachorrinha com aproximadamente 1 mês e meio, provável porte médio. É muito alegre apesar de ter sido abandonada, tendo como companhia somente suas pulguinhas e carrapatos. Já tomou banho e ganhou vermífugo. Terá vacina e castração a baixo custo. Contatos com Tiane pelos fones (51) 3061.3459 e 9957.7720 ou pelo e-mail [email protected] Maia Quest Jade A Jade é uma cadela de aproximadamente 2 anos, de porte médio, muito carinhosa, brincalhona e atenta. É uma ótima companheira como também é uma ótima guarda. Foi recolhida da rua quando estava prenha. Teve seus filhotinhos no dia 30/08, já doados todos, e agora ela aguarda também a chance de ir para um lugar definitivo onde receba muito amor e carinho. Sua castração já está agendada e já está vacinada. Interessados entrar em contato com Cristiane pelo fone (51) 8118.8906 ou pelo e-mail [email protected] Unicat Valentina Ramona Linda cadela de 1 ano de idade, precisa urgente de um lar pois corre risco de ser recolhida ao CCZ por denúncia de vizinhos. É tímida com desconhecidos mas logo se acostuma. Castração a baixo custo garantida para quem adotá-la. Contatos com Luciane pelos fones (51) 3358.7237 (hor. coml), 3384.4639 (à noite), cel. 9259.7550 ou pelo e-mail [email protected] Oi, meu nome é Minie! Sou uma linda cachorrinha que estava abandonada. Fui resgatada da rua com sarna, pulgas e carrapatos. Agora estou limpinha, desverminada e castrada. Aguardo a hora de ganhar um lar definitivo. Tenho porte médio, aproximadamente 1 ano e sou muito carinhosa e brincalhona. Venha me conhecer! Contatos para adoção pelo fone (51) 3332.1138 em horário comercial ou pelo e-mail [email protected] Bela Bela é uma espoleta. Também é doce, alegre e muito, mas muito carinhosa. Deve ter 1 ano no máximo, porte pequeno e, como toda filhotona, tem muita energia. Por isso, precisa de um dono que goste de passear e brincar com ela. Já está castrada, vermifugada e prontinha para amar muito você. Contato com Sônia pelo fone (51) 3024.6384 (à noite) ou pelo e-mail [email protected] Meu nome é Quest. Jota Quest! Fui abandonado numa caixinha na saída do show da banda Jota Quest (que coincidência!?). Quando vi aquele povo saindo, fiquei com muito medo, estava com fome e aí comecei a chorar. Uma moça ouviu o meu chorinho e veio ver o que estava acontecendo... Ao me ver não aguentou, como deixar um bebezinho tão querido como eu na rua? Me levou para casa dela, e agora estou bem alimentado, desverminado e aguardo adoção. Tenho pêlo curto, serei porte pequeno/médio, sou muito dengoso e brincalhão. Como ração, e sou bem educadinho. Minha dinda está à procura de um lar bem legal para eu morar. Castração garantida e gratuita. Contatos para adoção pelo fone (51) 9928.6430 ou pelo e-mail [email protected] Chico Chico é um adorável cocker, e provavelmente tenha sido cruelmente abandonado. É extremamente manso, obediente e quieto. Sua madrinha não pode ficar com ele, e ele é manso demais para voltar para a rua... Já está vacinado e passou com avaliação veterinária completa. Aguarda por um lar definitivo, para receber muito amor. Para adoção, contatos pelos fones (51) 9699.9420 e 3442.1582 ou pelo e-mail [email protected] AGRADECEMOS A COOPERAÇÃO DIVULGANDO NOSSAS MENSAGENS, INDICANDO O SITE E AJUDANDO MUITOS ANIMAIS A ENCONTRAR UM LAR. CONHEÇA OUTROS AMICÃES E AMIGATOS PARA ADOÇÃO EM NOSSO SITE. Maia foi resgatada com seu pequeno bebê recém nascido e está na segurança de um lar temporário. Como na casa já vivem dois cãezinhos (também resgatados das ruas), eles não poderão ficar vivendo lá definitivamente. Assim que o bebê estiver alimentando-se sozinho, os dois serão doados. A mãezinha será entregue castrada (ela é muito doce e carinhosa). Contatos com Lilian pelos fones (51) 3361.1230 e 9167.0175 ou pelo e-mail [email protected] Gigi Linda gatinha com aproximadamente 6 meses, muito doce e carinhosa, foi abandonada e tudo o que precisa é de um lar cheio de carinho. Será entregue castrada, vacinada e desverminada. Contatos pelo fone (51) 8445.0724 ou pelo e-mail [email protected] 8 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Cuidados básicos durante o verão Aves como animais de estimação A displasia coxofemural é uma das doenças articulares mais prevalentes nos cães. Ela pode surgir em qualquer raça, mas é freqüentemente encontrada em cães grandes ou gigantes, como Rottweiler, Pastor, Fila, Labrador, São Bernardo e Dogue Alemão. A displasia coxofemural raramente acomete cães com peso inferior a 12 kg quando adultos, embora já tenha sido relatada em cães de raças toy e gatos. A doença se caracteriza por uma alteração da articulação coxofemural (bacia), geralmente bilateral. Ocorre o distanciamento entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, com isto inicia-se uma série de alterações de malformação óssea na região articular. Por ser hereditária, os cães que apresentam displasia não devem ser utilizados para a reprodução. Se ambos os pais apresentarem displasia, apenas 7% dos filhotes serão normais. Esta é uma doença que apresenta alta herdabilidade. De cada 100 cães portadores de displasia, somente 40% apresentam algum sintoma, por isso os cães que serão utilizados para reprodução devem fazer radiografia antes do acasalamento. Os sinais clínicos variam de acordo com a idade do animal e, quanto mais cedo eles aparecem, mais grave é a doença e o prognóstico desfavorável. Estes pacientes podem apresentar dor nos membros posteriores, claudicação (mancar), dificuldade em se levantar, preferem manter-se sentados e podem ficar agressivos devido à dor. O diagnóstico desta doença é feito através do histórico, do exame físico e confirmado com o RX das articulações coxofemurais. O tratamento visa reduzir a dor e devolver o bem estar ao animal, podendo ser clínico ou cirúrgico, de acordo com cada caso. Ao adquirir um filhote de raça de grande porte, é indicado buscar um criador que realize controle de displasia na sua criação, desta forma a probabilidade de transmissão genética diminui significativamente. Quando Samuel Hahnemann desenvolveu a homeopatia, não imaginaria que sua técnica pudesse ajudar tantas espécies de animais, inclusive as aves. A Filosofia Homeopática tem, como princípio básico, o mais alto ideal de cura do Médico que é o estabelecimento rápido, suave e duradouro da saúde ou remoção e destruição integral da doença pelo caminho mais curto, mais seguro e menos prejudicial (Organon). Neste conceito, as aves se beneficiam muito com o tratamento Homeopático, pois seu metabolismo bioquímico é muito mais rápido do que de um mamífero, que também se beneficia com a terapêutica. Os medicamentos homeopáticos são absorvidos instantaneamente por via oral (na água de beber, na fruta ou na ração que mais gosta), e são distribuídos através de terminações nervosas da boca. Os medicamentos alopáticos, mesmo utilizada a via endovenosa, que é a mais rápida, levará alguns minutos e dependerá de proteínas no sangue para serem transportados até o órgão que se quer tratar (as aves doentes normalmente têm pouca proteína sangüínea, o que demorará mais ainda para a droga fazer efeito). Além da rapidez da absorção dos medicamentos homeopáticos, a administração é sem estresse. Juntando a experiência na Clínica de Aves, estudos sistemáticos, trocas de experiências com os grandes Mestres da Homeopatia Veterinária do Brasil e utilizando a terapêutica por 5 anos com nossos pacientes e plantel de nossa criação, associada à técnica da manipulação, seriedade e competência da Farmácia Vida Animal, desenvolvemos a linha HOMEOBIRDS, medicamentos homeopáticos associados a complexos vitamínicos, minerais e aminoácidos exclusivos, na dose certa, para aves de estimação e produção orgânica. Todos medicamentos foram testados e aprovados por clientes criadores e donos de aves desenganadas por causa de suas doenças. Lembrem-se: sempre tenha a orientação de um Veterinário. Segundo Dioscores, onde há doença, há cura. Durante os meses de calor é necessário que tomemos algumas precauções em relação à saúde dos nossos bichinhos. Muitas pessoas não sabem que a temperatura corporal normal de cães e gatos é maior que a dos seres humanos e, assim, não se dão conta de tomar alguns cuidados importantes. Um quadro muito freqüente em clínicas veterinárias é a intermação (elevação da temperatura corporal após exposição prolongada ao sol ou calor intenso, ou ainda por exercícios muito prolongados). Animais idosos, ou com algum tipo de enfermidade cardíaca ou pulmonar, e também aqueles com pelagem abundante devem receber muita atenção nesta época do ano. Os gatos, geralmente, são animais muito independentes e bastante tolerantes ao calor, mesmo assim, nunca os deixe em ambientes totalmente fechados ou sem circulação de ar. Se houver a necessidade de transportar o gato, o faça em horários menos quentes (início da manhã ou final de tarde). Observe a necessidade de usar bloqueador solar em cães e gatos de pelagem branca e pele clara para evitar a incidência do carcinoma epidermóide (inclusive nos dias de sol em outras épocas que não o verão). Quanto aos cães, é necessário tomar muito cuidado com os passeios. Percursos longos durante dias quentes e úmidos devem ser evitados. Nunca deixe seu animalzinho preso dentro do carro em estacionamentos, mesmo que o vidro fique aberto. Fique atento aos sinais clínicos que o seu animal pode apresentar num quadro de intermação: apatia, taquicardia ou taquipnéia (batimentos cardíacos ou movimentos respiratórios acelerados), salivação excessiva, mucosas azuladas, convulsões, sangramento em fezes ou urina, diarréia, vômitos, desidratação, manchas roxas ou avermelhadas na pele. E lembre-se: dependendo do grau das lesões causadas pelo calor e do tempo decorrido até o atendimento do médico veterinário, o quadro poderá ser irreversível e fatal. Aves como animais de estimação exigem cuidados especiais. Quando em cativeiro, o espaço da gaiola deve permitir que a ave abra completamente as asas sem encostar cabeça, cauda e asas nas paredes. A porta da gaiola deve ser grande o suficiente para remover a ave facilmente do interior. Adquira gaiolas que possuam grade no piso, mantendo assim o pássaro longe das próprias fezes. Os poleiros devem ser de madeira e compatíveis com o tamanho dos pés da ave. A comida e água devem ser colocadas em recipientes próprios e suspensos na gaiola. As aves devem receber frutas variadas, cortadas em pedaços com casca e sementes. Também incluir na dieta de forma regular as verduras, legumes e tubérculos. Não estimule a ingesta de alimentos que a ave não possa achar na natureza. Ao escolher a localização da gaiola ou viveiro, saiba que as aves precisam receber sol direto para permitir que o cálcio seja fixado nos ossos, assim como devem ser protegidas do vento, do frio ou calor excessivos. Pássaros são muito sensíveis a intoxicações, deve-se ter cuidado com aquecedores de água a gás, pinturas no prédio, venenos para insetos e plantas ornamentais. Cuidados com a higiene também são importantes, o banho deve ser oferecido diariamente. Aves feridas ou doentes devem ser manipuladas o mínimo possível pois o estresse do manuseio pode determinar a piora do quadro clínico. Nessas situações não forneça alimentos, água ou remédio, observe se há sangramento ou alguma fratura visível e, neste caso, envolva o corpo da ave com um pano ou faixa para evitar que ela se debata durante o transporte. Acomode-a em uma caixa ou gaiola de tamanho apropriado e leve-a até o médico veterinário ou órgão público competente para aves silvestres. A saúde e bem-estar de seu animal dependem de você. Dr. Valério Gonzales Ouriques CRMV-RS 6535 AUTORA: Dra. Angélika Sharom Médica Veterinária Homeopata Especializada em Aves Daniela da Rosa Moreira Farmacêutica Responsável CRF/RS 4504 Dra. Marcia Cordeiro CRMV-RS 5856 A camiseta "Pêlos" ganhou Prêmio Ouro no Salão Gráfico Promocional, da Semana da Propaganda. Criação: Agência Martins+Andrade CianMagentaAmareloPreto .............................................................................................................................................................. Homeopatia para aves .............................................................................................................................................................. Displasia coxofemural .............................................................................................................................................................. INFORME PUBLICITÁRIO TÉCNICO amicão, amigato&outros amigos Dra. Thais Regina Silva Sangiovanni CRMV-RS 5089 9 www.bichoderua.org.br Jornal Bicho de Rua Adotados Estes são alguns dos animais que encontraram um lar através da divulgação e intermediação do Projeto Bicho de Rua. A Traqueobronquite Infecciosa é uma patologia que acomete o trato respiratório dos cães tendo, como principal manifestação, crises de tosse. É também chamada Complexo da Tosse dos Canis, por se tratar de uma coleção de doenças com um ou mais agentes etiológicos, podendo ser viral (Parainfluenza e Adenovírus tipo 2), bacteriana (Bordetella bronchiseptica) e/ou fúngica. A bacteriana pode ser transmitida ao homem, porém geralmente o faz quando há depressão do sistema imune deste. É altamente contagiosa entre os cães através do contato direto. Os animais mais suscetíveis são aqueles com déficits imunológicos, tais como filhotes, idosos ou aqueles submetidos a estresse ou debilitados por outras doenças. A transmissão se dá por aerossóis, tornando-se freqüente em locais onde há muitos cães, como exposições, lojas, hospitais, hotéis, abrigos. Os agentes também podem ser transmitidos por gaiolas, potes de comida e água e pelos funcionários que lidam com os animais infectados. O período de incubação varia de 3 a 10 dias. É importante ressaltar que mesmo os cães que não saem de casa podem contrair a doença via outros cães que venham passear na frente dos portões do pátio. Irritação das narinas causada por alergias a pólen, ácaros ou odores fortes, por exemplo, ou friagens podem predispor o animal à patologia. O cão pode apresentar sinais que se assemelham à gripe humana, podendo haver espirros, febre, secreção nasal mucosa ou purulenta, e falta de apetite. O sintoma clássico, a tosse grave, curta e repetida, geralmente acompanhada de esforço de vômito, é percebida subitamente, e intensificada por exercícios, excitação ou pressão da coleira no pescoço. Quando há mais de um agente envolvido na traqueobronquite (o que caracteriza uma infecção mista), o quadro se torna mais grave, podendo haver desenvolvimento de uma pneumonia. A prevenção é realizada com vacinas intranasais específicas, que estimulam a produção de anticorpos locais. Deve-se manter isolados os animais doentes, e recorrer a tratamento veterinário sempre que possível. O organismo animal precisa receber, através da alimentação, diversos elementos nutricionais necessários para o seu desenvolvimento saudável. Entre os elementos constituitivos do corpo animal, Cálcio e Fósforo entram em porcentagem extremamente alta, sendo este percentual aumentado no caso das fêmeas, quer no período de gestação, quer no período de lactação. Na infância do animal, tais elementos devem estar presentes em maior percentual, por serem altamente requisitados para a construção arcabouço ósseo. O cálcio e o fósforo ingeridos através da alimentação necessitam da presença da Vitamina D para serem incorporados ao esqueleto animal, servindo como elemento catalisador acessório, sob pena de sua falta causar doenças nutricionais graves que atingem diferentes etapas do desenvolvimento animal: o Raquitismo na infância, a Osteomalácia na idade adulta e a Osteoporose no animal idoso. Essas doenças geram grande fragilidade do esqueleto que, ao exame de raio-X, comprova a sua pouca ou nenhuma impregnação por sais de Cálcio. Raquitismo - os ossos do esqueleto na fase de crescimento apresentam sérias possibilidades de fraturas espontâneas e têm seu desenvolvimento alterado, ocasionando defeitos posturais. A estrutura dentária também fica comprometida sofrendo maior desgaste, cáries e levando à perda precoce dos dentes. Osteomalácia - também conhecida por Doença dos Ossos Moles, ocorre no organismo já adulto. Manifesta-se com as mesmas características ósseas já citadas devido à ausência de doses suficientes para a manutenção das necessidades normais do organismo. Osteoporose - doença observável na fase da velhice. Os ossos vão se tornando porosos e fraturas espontâneas são muito freqüentes e comuns. O tratamento para todos esses casos é uma dieta rica em cálcio, fósforo, além da própria vitamina D, ou mesmo através de uma suplementação por meio de complexos compostos por estas substâncias. Consulte o médico veterinário e manipule na Alquimia Farmácia de Manipulação o suplemento vitamínico necessário para a prevenção e combate a estas e outras doenças prejudiciais à saúde de seu mascote. Atualmente sabe-se que a qualidade de vida de um animal de estimação tem tido cada vez mais importância, não só para seus proprietários, como também para indústrias de rações e medicamentos que proporcionam uma maior expectativa de vida para estes animais. A Medicina Veterinária evoluiu muito nos últimos anos e, com isso, nos trouxe as especialidades veterinárias. Uma delas é a Odontologia Veterinária, que já é uma realidade nos EUA e na Europa há mais de 25 anos. Muito mais que extrair dentes, ou limpeza de tártaro, a Odontologia Veterinária desempenha importante função na prevenção de doenças da cavidade oral, como a doença periodontal que afeta a maioria de cães e gatos com mais de três anos de idade, podendo ser considerada uma epidemia. Embora a doença periodontal represente cerca de 80% da casuística em odontologia veterinária, outras alterações podem ser observadas, como: traumatismos e fraturas dentárias, necrose pulpar e abscessos dentários, fístulas, tumores orais, gengivite-estomatitefaringite felina, cárie, entre outras. Além de trazer prejuízos para a saúde oral do animal, essas alterações podem causar danos sistêmicos, colocando em risco a vida do animal. Com o objetivo de prevenir e tratar as afecções orais, foi inaugurada em outubro de 2003, a Pet Odonto, primeira clínica veterinária com serviço exclusivo em odontologia veterinária, contando com equipamentos especializados para a realização dos tratamentos orais. Sob a coordenação das médicas veterinárias Cintia Marquardt e Fernanda Müller, ambas pós-graduadas na área pela Anclivepa-SP/ USP e membras da ABOV (Associação Brasileira de Odontologia Veterinária). Dra. Claudia Batistella Scaf CRMV-RS 7664 CianMagentaAmareloPreto Rogério A. Brito Farmacêutico Responsável CRF 4343/RS Fernanda Müller Médica Veterinária Pós-Graduada em Odontologia Veterinária CRMV-RS 7417 Barbosa Bebê .............................................................................................................................................................. Odontologia Veterinária .............................................................................................................................................................. Deficiências de cálcio e fósforo .............................................................................................................................................................. Tosse canina Beladona Dinha Floribella Kelly Kee Pampa Serena 10 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO A visita do PBR à Escola Crescer incluiu projeção de filme, conversas e a presença do gato Cacau QUANDO A EDUCAÇÃO AJUDA A AJUDAR Amor e respeito aos animais também é coisa de criança! A visita do Projeto Bicho de Rua à Escola Crescer (abaixo) ficou registrada no livro de fim de ano (à direita) Em todas as edições do Jornal Bicho de Rua deste ano, mostramos na coluna Ajudando a Ajudar iniciativas exemplares de pessoas, empresários, voluntários, em favor do bem-estar animal. Nessa última edição do ano, reservamos o exemplo de ajuda que mais nos toca e motiva. Crianças aprendendo e ensinando a amar e respeitar os animais. Esse vínculo criado entre crianças e animais é repleto de sensibilidade, de significado e garantirá a tão falada humanidade que devemos ter com todos os seres vivos e às vezes tão pouco exercida por nós, adultos. O Projeto Bicho de Rua na Escola é uma realidade e será cada vez mais incentivado. Se sua escola quer fazer parte desse programa educativo, entre em contato conosco pelo e-mail [email protected] Parabéns à Escola Crescer, seus diretores, professores e alunos. Aí vai uma mostra de ensino comprometido com bem-estar social e ambiental. Livro escrito pelos próprios alunos traz informações científicas e histórias com animais .............................................................................................................................................................. classibicho GUIA DE PROFISSIONAIS, PRODUTOS E SERVIÇOS · Clínica Veterinária · Farmácia · Pet Shop · Banho e Tosa Valério Gonzales Ouriques Médico Veterinário CRMV-RS 6535 Av. Wenceslau Escobar, 2053 - Tristeza - Porto Alegre/RS Fone (51) 3268.6882 [email protected] 1ª Farmácia Veterinária de Manipulação do RS Rua Xavier Ferreira,33. (Esq. 24 de outubro) Auxiliadora Fones: (51) 3061-0919/ 3061-1919 TELENTREGA Estacionamento no local Clínica de Aves, Cães e Gatos Estética e Pet Shop Dra. Thais Regina Silva Sangiovanni site: www.vidaanimal.far.br e-mail: [email protected] CRMV-RS 5089 Rua João Caetano, 152 - Fone (51) 3334.9909 - Porto Alegre Rua Quintino Bocaiuva, 116 Fones (51) 3019-7740 e 3019-2210 Porto Alegre/RS Hospital Veterinário Lorenzoni Dra. Cintia P. Marquardt CRMV - RS 7698 Dra. Fernanda Müller CRMV - RS 7417 AGROVETERINÁRIA PET SHOP Rações nacionais e importadas Acessórios para cães e gatos Consultório veterinário Farmácia veterinária Banho e tosa Animais em geral Tele Entrega Av. Plínio Brasil Milano, 105 - Bairro Auxiliadora CEP 90520-002 - POA - RS Fone: (51) 3388.7700 - www.petodonto.com.br Solução para higiene das orelhas de cães e gatos Distribuidor: IBASA Fone: (51) 3222.4577 CianMagentaAmareloPreto 50 ANOS DE CARINHO PARA SEU PET Plantão 24h - Atendimento Clínico/ Cirúrgico - Raio-X - Laboratório - ECG GTA - Telebusca - Estética - Pet Shop 3221.4239 Av. Juca Batista, 1396 - Ipanema - POA Av. Getúlio Vargas, 217 - POA/RS www.bichoderua.org.br Jornal Bicho de Rua Sugestões de livros A COLUNA PET DICAS É UMA GENTILEZA DE ADESTRACÃO Dicas de verão Fim das aulas das crianças, férias, festas de final de ano, muito calor... A Equipe do Projeto Bicho de Rua, preocupada com o seu lazer e o bem-estar de seu animal, conversando com a dra. Thais Sangiovanni e seu Luís Schmidt, resolveu enumerar uma série de dicas que farão do verão e das suas férias um período de descanso merecido e sem culpas. Não é novidade que a época do ano que agora se inicia é a campeã em abandono de animais. Todos aqueles que ignoram os conceitos de guarda responsável de um animal ou mesmo aqueles que, embora conscientes, preferem lavar as mãos e agir no impulso, sacrificando a beleza e importância de uma relação de amizade com seu animal por um final de semana numa praia, devem ter em mente que nada disso precisa acontecer e que as férias da família e do animal podem ser boas, ainda que separados. Se você não vai viajar, e o seu animal passará as férias com você, aí vão algumas orientações básicas: Começando pela temperatura. No verão os termômetros nos surpreendem. Como pode fazer tanto calor já desde manhãzinha??! E olhem que nós temos um belo chuveiro para nos refrescar, roupas leves e adequadas para nos vestirmos, e alimentos próprios da estação, sem falar na água que podemos beber à hora que bem quisermos. O seu animal também sente calor, e saiba: tanto quanto você. O ser humano tem toda a superfície corpórea capaz de transpirar, o que equilibra a temperatura interna do corpo com a externa. Os animais perdem calor basicamente pela respiração, assim em dias quentes e abafados lembre sempre de deixar seu amicão ou amigato em local abrigado dos raios solares, com boa ventilação, e água limpa, fresca e abundante sempre disponível. Se o seu animal no período de verão começar a cavar buracos na terra para se deitar, isso pode significar que está lhe faltando conforto ambiental e, com essa ação, está buscando um local mais fresco e agradável para permanecer nos horários de calor intenso. Não descuide desse quesito, muitos animais sofrem intermação e podem até morrer. Caso o animal apresente inapetência, a alimentação poderá ser alterada, ofereça as refeições em horários de temperatura mais amena, tente dar 1/3 da ração diária pela manhã e os 2/3 restantes ao entardecer. Dessa forma, o animal comerá com vontade. Não deixe a ração no ambiente, com o calor todo o alimento inicia rapidamente o processo de fermentação e pode causar mal-estar e problemas digestivos no seu mascote. Os passeios deverão ser feitos em horários de menor calor, nas primeiras horas da manhã ou no início da noite. Não esqueça que você usa sapatos ou tênis para proteger seus pés, os animais, não. As pedras ou o asfalto quente podem causar severas queimaduras nas patas do seu amigo. Animais com mucosas despigmentadas normalmente precisam usar protetores solares para áreas sensíveis ao sol, como focinhos e orelhas, sob pena de sofrerem queimaduras solares ou até mesmo virem a desenvolver câncer de pele. Animais de pelagem escura absorvem mais os raios solares e sofrem muito com as altas temperaturas dos meses de verão. Manter o animal limpo, banhado e escovado também é cuidado desejável, pois com o calor aumentam as infestações de pulgas, carrapatos e moscas nos animais e nos ambientes não higienizados regularmente. Certo, nosso mascote está bem cuidado mas com as festas vêm os fogos de artifício... Uma verdadeira cilada pois, quando mal armazenados, podem causar explosões e incêndios, quando comercializados ilegalmente contribuem para um mercado marginal e criminoso, quando em mãos inábeis de humanos ferem e mutilam essas e outras pessoas, e ainda aterrorizam nossos animais. A capacidade auditiva de um cão é maior que a humana, entenda que o barulho ouvido pelo animal o desorienta mais pelo medo que ele possa sentir do que por um sofrimento físico doloroso causado pelo som. Por isso, a sua presença transmitindo ao CianMagentaAmareloPreto animal segurança, tranqüilidade e liderança, dentro de um ambiente conhecido e aconchegante, são fatores decisivos para seu manejo e controle. Sem a abordagem correta e responsável da situação, os fogos da virada de ano tornam-se causadores de acidentes dos mais variados: mutilações em grades e portões, enforcamentos com as próprias coleiras, afogamentos em piscinas, quedas de andares e alturas superiores, aprisionamentos indesejados em porões e em lugares de difícil acesso, além de convulsões e paradas cardiorespiratórias que podem levar o animal a óbito. Muitas reações inesperadas e incontroláveis podem dominar o animal assustado e, nessas circunstâncias, são comuns ataques contra os próprios donos ou outras pessoas e brigas com outros animais. Esta é a época do ano em que mais encontramos animais perdidos e desorientados pelas ruas, no desespero de se proteger dos fogos (luzes e barulho) é grande o número de fugas e desaparecimento de animais, assim como conseqüentemente o aumento de atropelamentos e mortes de animais no trânsito. Alguns veterinários aconselham o uso de tampões de algodão nos ouvidos, que podem ser colocados minutos antes e tirados logo após os fogos, assim como calmantes naturais que apresentam resultado bastante eficiente para os animais que historicamente apresentam o estresse. Em casos de extrema excitação, poderão ser usados sedativos mais fortes, sempre a critério e supervisão do médico veterinário. Até aqui tudo sob controle, mas e a viagem? Se você vai viajar e não pode levar seu mascote, procure opções que de forma confortável e responsável resolvam a questão. Deixe-o em casa sob a supervisão de um familiar ou funcionário, hospede-o numa clínica veterinária de sua confiança, ou dê-lhe de presente a estadia num spa onde, além da hospedagem, ele poderá ter aulas de agility, adestramento básico, passeios regulares, alimentação saudável e tratamento carinhoso. Faça do verão, férias e final de ano, motivos de integração e alegria entre você e seu animal. Seja feliz! Em dias quentes e abafados, lembre sempre de deixar seu amicão ou amigato em local abrigado dos raios solares, com boa ventilação Um gato chamado Gatinho Ferreira Gullar Ilustração Ângela lago Editora Salamandra Mais um livro infantil sobre gatos? Sim e não. Porque este é um livro sobre o Gatinho, escrito por um gatófilo muito especial: Ferreira Gullar. Um gato chamado gatinho é uma homenagem do poeta ao seu amigo de longa data, um verdadeiro cúmplice. Você acha que Gullar é dono de Gatinho? Nada disso, quando se trata de amizade a idéia de posse é completamente ausente, não é mesmo? E, quando se é amigo, é preciso ser verdadeiro, ser companheiro, ser cúmplice. É preciso ser amoroso! Ah, se gatinho pudesse escrever sobre Ferreira Gullar... Jaulas Vazias Tom Regan Editora Lugano Lançamento em 5/janeiro/2006 Tom Regan é reconhecido mundialmente por sua reflexão original sobre os direitos animais. Jaulas Vazias seu primeiro livro publicado no Brasil é sua mais recente, completa, original e iluminadora defesa dos direitos animais. Com calma e lucidez, como em uma conversa franca e direta com o leitor, Tom Regan argumenta que devemos reconhecer que os animais também têm direito à vida, à integridade física e à satisfação de necessidades biológicas, individuais e sociais. Em todo o livro, seguimos o autor nas difíceis indagações que o inquietaram pessoalmente desde uma juventude de completa inconsciência das horrorosas realidades vividas pelos animais explorados para diferentes benefícios humanos e que o transformaram em ativista dos direitos animais. Escrito de forma elegantemente simples, o livro cobre um amplo leque de tópicos de forma acessível e envolvente. Um Amor de Cãozinho I: Floquinho Clarice Pacheco Editora AGE Clarice decidiu contar a história de Floquinho, seu cãozinho de estimação, em uma atividade literária realizada na escola, em 1998. A estudante, então na 4ªsérie, narra o dia-adia com um bichinho de estimação e mostra como é divertido conviver com este companheiro. 11 12 Jornal Bicho de Rua PATROCÍNIO Foto: Mário Ávila de Oliveira Reflexão e ação Impossível não se sensibilizar com esta foto publicada originalmente no Jornal do Comércio (coluna de Fernando Albrecht). Uma carroça que tomba por excesso de carga sobre o cavalo que a tentava puxar. Carroça conduzida por adolescentes. Carroça em horário comercial. Rua central da cidade. Cavalo prensado contra a rua por incontáveis sacos de lixo. O Projeto Bicho de Rua, através de seu jornal, tem chamado a atenção das autoridades municipais e da população para a gravidade dos maus tratos aplicados aos cavalos, que, ironicamente, constituem o símbolo do orgulho gaúcho. Agora o PBR quer mais, pois entende que há a necessidade de uma atitude mais rigorosa contra as carroças! O ideal seria a imediata proibição da circulação de carroças em nosso município, como acontece na cidade de São Paulo, por exemplo, onde a lei vigora desde 1995. No Rio de Janeiro, a permissão legal da circulação das carroças está condicionada a uma série de medidas que garantam a qualidade de vida do animal. Devemos nos lembrar também que esta cidade possui uma Secretaria Municipal de Promoção do Bem Estar Animal, que representa um avanço importante na defesa dos animais. Agora voltemos a Porto Alegre, cidade onde não só a circulação é tolerada como inexiste uma Secretaria de Bem Estar Animal. Você já tentou reclamar sobre os maus tratos aos animais e encontrou um órgão público que o atendesse? Obteve sucesso? Não? A justificativa mais ouvida do poder público é que as carroças estão aí porque infelizmente muitas pessoas vivem do lixo, do frete e do comércio irregular. E por trás dos carroceiros existem, ainda, aqueles que lucram com o aluguel de cavalos e carroças. E aí? O cavalo é responsável pela miséria humana, pela falta de planejamento familiar, pela falta de educação e escrúpulos da população, pela incompetência em gerar empregos, pela escassez de escolas técnicas e profissionalizantes que possibilitem a inserção do cidadão ao mercado de trabalho? O problema é social e não do animal. O que significa inclusão social, emplacar carroças? Você realmente acredita que o condutor das carroças tem condições dignas de vida? Permitir a circulação resolveu o problema para ele? Se houvesse uma oportunidade real de trabalho ele continuaria sendo carroceiro? Provavelmente não, e provavelmente porque ele se encontra em uma situação humana tão limitada que sequer tem condições de enxergar um futuro melhor. E a solução? A população pode ajudar e muito, através de reclamações, denúncias e exigências aos órgãos responsáveis do poder executivo de Porto Alegre: a EPTC (porque carroça não é meio de transporte apropriado para o trânsito desta capital) e DMLU (porque legalmente a responsabilidade de coleta seletiva e domiciliar é exclusiva deste departamento e a taxa de lixo que pagamos no IPTU é muito alta). Você pode fazer ainda mais: separar o lixo reciclável do lixo orgânico e entregar o lixo seletivo somente ao DMLU. Os vereadores também devem ser cobrados para elaborar leis que garantam dignidade e bem estar dos animais racionais e irracionais, porque o ser humano não vive sozinho no planeta. Faça tudo isso por você, pela nossa cidade, por uma vida digna aos cavalos e aos carroceiros, por um mundo melhor, mais consciente, um mundo que respeita os animais. Soltando os bichos!! Opinião em defesa animal Todos estes e tantos outros Mais um ano despontando! O Natal está aí, trazendo toda a alegria e confraternizações tão características dessa época do ano. Especialmente em minha casa, o Natal sempre foi motivo de muita festa pois, além de ser a data máxima do cristianismo, é também a data do meu nascimento. Sempre ganhei dois presentes mas, a cada ano que passa, o número de presentes tem aumentado. Por quê? Porque há anos venho trabalhando em favor dos animais e cada animal adotado, alimentado ou tratado são para mim presentes valiosos. Também fui presenteada com o cargo de diretora de marketing do Projeto Bicho de Rua. Essa atividade me possibilita chegar mais pertinho de todos aqueles que amam os animais e potencializar as ações em favor dessas criaturas maravilhosas. Nesse ano, a ONG fez um trabalho gigantesco dadas as condições financeiras e o número de pessoas realmente envolvidas e engajadas na causa. Nosso site abrigou mais de 2.000 animais que em nossa vitrine tiveram a chance de serem conhecidos e adotados. Esterilizamos mais de 800 animais, tratamos e alimentamos outros tantos, e ajudamos pessoas a ajudarem animais. Visitamos escolas, fizemos novas parcerias com empresas, nossos veterinários parceiros foram incansáveis e competentes, nosso jornal chegou às mãos de mais de 120.000 pessoas e levou informação e divulgação de anunciantes comprometidos com a causa social, ajudamos políticos na criação de novas leis que beneficiem os animais, acompanhamos os trabalhos das administrações estadual e municipal quanto ao bem-estar animal, estivemos em vilas e fizemos campanhas educativas e assistenciais in loco. Nossos eventos são um capítulo à parte, sempre prestigiados pela comunidade e mídia, foram um sucesso e garantiram o amparo de muitos animais. Agradeço as colegas de diretoria e a todos os voluntários que com sua competência e amor driblaram a falta de recursos e multiplicaram as ações através de idéias criativas. Comemoro a credibilidade que cada um de vocês deposita no nosso esforço para ajudar os animais. Mas, ainda assim, dentre todos esses motivos de satisfação, meu coração se aperta... Lembro das pessoas que ainda não conseguimos sensibilizar, lembro dos animais que ainda não conseguimos amparar, daqueles que nesse momento estão sendo usados para experimentos, daqueles que estão sendo descartados como coisas, daqueles que sofrem em silêncio e nem eu, nem você, sabemos quem são ou onde estão, dos cavalos-escravos que ainda não conseguimos libertar... Na noite de Natal e na entrada do Novo Ano, todos estes e tantos outros, os que mais precisam e para os quais eu ainda não consegui estender a mão e alcançar a solução, estarão todos presentes, no lugar mais quentinho do meu coração e serão os alvos dos meus maiores e melhores desejos! Marcia Scarparo Simch Cirurgiã-Dentista Diretora de Marketing do Projeto Bicho de Rua Não somos uma agência de modelos mas temos um book completíssimo com o animal certo para você. Não compre: adote! www.bichoderua.org.br CianMagentaAmareloPreto
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