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Transcrição

abrapneus n_9zzzrvyaaa.95
Março/Abril 2009
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2
Abrapneus
EDITORIAl
Desafios de 2009
Este ano temos mais de um desafio
pela frente: além de buscarmos impulsionar nossos negócios temos de enfrentar a
crise e o restabelecimento da economia
mundial. Como diz o colunista do Financial
Time Martin Wolf em seu mais recente livro
- abordado pela Revista Abrapneus nesta
edição - , além do socorro prestado pelo
governo a diversos setores da economia
para não aprofundar a crise, é preciso
alguns ajustes no sistema financeiro global
e reforma das instituições internacionais,
como o FMI, G-7 e G-20.
De outro lado há demandas internas
a exemplo da escassez do crédito. E os juros continuam sendo uma pedra em
nosso sapato após 15 anos de vigência do Plano Real, completos em fevereiro,
algo que merece um balanço de nossa parte.
Ainda bem que em nosso setor a resposta a todo este cenário tem sido muito
trabalho, inovação tecnológica e lançamentos de produtos para atender as necessidades do mercado consumidor, a exemplo da BBTS – Bridgestone Bandag
Fire Solution com seu 1º pneu da linha Transporte. Ou ainda, a Goodyear com
sua nova camionete de serviço a frotas, e a Michelin com o Guia de Restaurantes
na Europa e rodas para os veículos lunares da Nasa. Haja criatividade!
Acompanhe todos estes assuntos em nossa edição. Forte abraço e boa leitura.
Márcio Olívio Fernandes da Costa
Presidente
Índice
Capa: Plano Real completa 15 anos pág.04
Atualidades: O novo livro de Martin Wolf
pág.08
Pirelli: exposição no Masp traz linguagens inéditas
pág.14
Michelin desenvolve produtos para a NASA
pág.19
Bridgestone lança pneu para transporte urbano
pág.22
Internet: ferramenta de informação
pág.24
Qualidade de vida: mudar é preciso pág.25
Goodyear: Camionete amplia serviço a frotas
pág.28
Opinião: Eugênio Deliberato (presidente da Anip)
pág.30
Março/Abril 2009
Revista Abrapneus é uma publicação da
Associação Brasileira dos Revendedores de
Pneus e do Sicop - Sindicato Intermunicipal do
Comércio Varejista de Pneumáticos - distribuída
gratuitamente a revendedores, distribuidores
e fabricantes de pneus, entidades de classe,
órgãos governamentais, empresas fornecedoras
de produtos e serviços às revendas e órgãos de
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ABRAPNEUS
Presidente: Márcio Olívio Fernandes da Costa
Vice-presidentes: Walter Paschoal, Dirceu Delamuta, Isac Moyses Sitnik, Ana Cláudia Tuma
Zacharias, João Faria da Silva e Itamar Laércio
Grotti.
Secretário: Rodrigo F. Araújo Carneiro
Tesoureiro: Airton Scarpa
Diretores: Francisco F. Amaral Filho, Alexandre
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Textos: Assessoria de Imprensa Abrapneus, Firestone, Goodyear, Michelin e Pirelli
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3
especial
15 anos do Plano
Real e as perspectivas
econômicas para o Brasil
Por Margarete Costa e Silvana Coelho
Mentores do Plano Real reuniramse no teatro da Fecomercio (Federação do Comércio Do Estado de São
Paulo), na Capital, em 24 de março, para comemorar os 15 anos da
edição do pacote que trouxe a estabilidade econômica para o Brasil
no final do século e no início deste.
Ao lado do presidente da entidade,
Abram Szajman, e dos economistas
Paulo Rabello de Castro, João Sayad
e Andrea Calabi, o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso, o exministro Pedro Malan e o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco
discorreram sobre os antecedentes
do Plano, resultados e perspectivas.
Antes de qualquer coisa, os participantes do encontro desmistificaram
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a existência de um pai do Plano Real.
Todos reconheceram e afirmaram aos
empresários presentes que o pacote
econômico foi resultado de uma somatória de esforços de membros da
equipe econômica que aperfeiçoaram o modelo de pacotes anteriormente propostos e muitas vezes não
aplicados na totalidade ou sem êxito
em determinado momento da história
brasileira – “tentativas incompletas
de estabilização”, como ressaltou
Andrea Calabi. Ou seja, o projeto
inicial foi elaborado antes de 1986
por Francisco Lopes, culminando no
Decreto criado por Pérsio Arida.
Este texto elaborado a partir do
entendimento da linha de pensamento dos economistas cariocas e alguns
paulistas, que faziam parte da mesma escola, norteou os planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor e Real,
sucessivamente de 1986 a 1994.
Entre as diferenças foram citadas
a monetarização exagerada do Plano Cruzado com a elevada demanda
por dinheiro e o desgaste da dívida
pública, e o Plano Real com taxas de
juros altíssimas – em torno de 40%
- gerando dívida pública. Na esfera
das semelhanças, todos buscaram ter
uma âncora para conter a inflação.
Erros e fracassos cometidos anteriormente, possibilitaram aperfeiçoar o modelo implementado
em 94, relançado pelo Real e mantido até hoje após três governos.
O grande pulo do gato foi entender que só se alcançaria a estabilidade se houvesse a desindexação, como
salientou João Sayad. Foi então criada a URV (Unidade Real de Valor).
Como âncora foi adotada a moeda
estrangeira, levando à valorização
cambial. Nos doze meses imediatamente anteriores ao Real, a inflação
brasileira chegou a cerca de 5.000%.
Nenhum país do mundo seria capaz
de superar tal situação sem um programa de estabilização tendo como
uma das âncoras, temporariamente, a
taxa de câmbio, afirma Pedro Malan.
Estabilidade – Mostrando ao mundo que pode ocorrer mudança política, o governo brasileiro de 1994
investiu na consolidação da estabilidade com base no sistema de metas
de inflação, no câmbio flutuante e na
responsabilidade fiscal. Aproveitou-se
parte do momento favorável da ecoAbrapneus
nomia internacional para consolidar
os fundamentos econômicos acumulando valor confortável de reservas
internacionais, invertendo a trajetória
da relação ´dívida/PIB´ e ancorando firmemente as expectativas de inflação. Segundo Pedro Malan, dessa
forma o País se tornou mais previsível
e confiável, mostrando preocupação
com as bases sólidas do crescimento sustentável. “O êxito se deu por
termos aprendido com outros países
como Chile e Israel. Dessa forma,
após o Brasil ter tido queda no PIB
(per capita) por sete anos consecutivos – de 81 a 92 – viramos a mesa
sem perder tempo em olhar para
heranças malditas recebidas após
anos de espiral inflacionária”, opina.
O Plano Real removeu o componente da indexação automática. Esse
componente conferia um caráter fortemente inercial à inflação brasileira.
Após a troca de padrão monetário,
o combate à inflação residual passou
a ser um problema de credibilidade.
Parte do aumento da dívida pública decorreu das altas taxas de juros
necessárias para sustentar o câmbio
fixo. Mas o desempenho fiscal no
período de câmbio fixo foi longe do
ideal e agravou o problema, tendo
sido combatido apenas em 1999.
Entre os importantes feitos do
Plano Real, Malan destaca a recriação do Tesouro Nacional, o corte
da ligação do Banco do Brasil com
o Banco Central e a conquista da
credibilidade internacional, reduzindo consideravelmente o risco do
País para investimentos estrangeiros.
Perspectivas
Ao explicar os motivos da implantação do Plano Real, Gustavo
Franco ressaltou que a inflação causou danos na economia naquele
período e, por isso, era necessário
lançar um novo plano econômico
que contemplasse prioritariamente
uma reforma monetária para acabar com a indexação da economia.
Segundo Gustavo Franco, expresidente do Banco Central, além
Março/Abril
Ma
/Abril 2009
2009
O economista Paulo Rabello de Castro (1o. à esquerda) questionou a equipe de FHC sobre metas de
inflação x metas de crescimento
de controlar a inflação e promover
o desenvolvimento com a nova política econômica, era preciso realizar
algumas reformas, como a tributária,
trabalhista e previdenciária, o que
não ocorreu até o momento por conta da dificuldade de implantação.
Pedro Malan também acredita na
necessidade das reformas tributária
e previdenciária (esta última consome cerca de 15% do PIB). Afinal, a
elevada carga tributária, as altas taxas de juros, a falta de clareza nas
regras do jogo são, entre outros, entraves a determinar a perda de competitividade das empresas brasileiras
perante a concorrência global. Esses
entraves também reduzem a atratividade do ambiente brasileiro de
negócios para o capital privado, fundamental para gerar mais empregos
e reduzir a desigualdade social. “O
grande desafio será avaliar nossas
práticas e definir o Brasil que queremos construir para o futuro, apoiado
em três pilares: o da ampliação das
liberdades individuais, da justiça social e da busca de eficiência tanto
no setor público quanto no privado”.
Outro ponto citado pelo exministro é a flexibilização das leis
trabalhistas para que as empre-
sas tenham autonomia e ganhem
agilidade diante da crise atual.
Quanto à resposta para a crise com
o aumento do gasto público praticada
por alguns países, Malan avalia que
esta política, se permanente, pode ser
perigosa. “John Keynes – economista
inglês - em sua teoria alerta que os
gastos devem ser compensatórios e
temporários. Caso contrário, teremos
problemas na área fiscal”, afirma.
Como resposta do Brasil à crise,
o ex-ministro sugere a redução das
barreiras aos investimentos privados.
Questionado pelos economistas a
respeito da meta de inflação ser norteadora da política econômica brasileira e a sua possível substituição
pela “meta de crescimento”, Malan
afirmou que não é possível “a troca”. Afinal, lembra ele, se o regime
de meta de inflação for compromisso
do governo é extremamente benéfico
para o País, já que dentro deste mecanismo o tempo de convergência para
o centro da meta permite ajustar a
política econômica perante cenários
desfavoráveis. E finalizou: “alcançar
o crescimento sustentado depende de
gente, na qual temos que investir”.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fechou o ciclo de expo5
Especial
“As bases sólidas
do Real permitem
entender a natureza
dos desafios da crise
mundial, avaliar os
riscos e aproveitar
as oportunidades”.
Pedro Malan
sições confirmando que o sucesso do
Real foi possível pois o Brasil havia
dado um salto com a democratização política, que resultou na mudança de aspectos culturais do brasileiro,
cansado da inflação. “O Plano Real
foi bem acolhido e deu certo, tanto
que o sistema financeiro, o Proer e
outros programas implantados
são mantidos até hoje”, avalia.
Privatização - Apoiador das
privatizações, FHC defendeu
a política implementada em
seu governo. “É um processo
necessário dentro da reestruturação do país que se iniciou
já no governo de José Sarney.
Procuramos separar o que era
de responsabilidade do poder
público e do setor privado,
algo que está sendo deixado de
lado no atual governo. Lutamos
muito pela profissionalização
do poder público; criamos as
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Abrapneus
Especial
Março/Abril 2009
Fotos: Sonia Mele
agências reguladoras”, argumentou.
Destacou ainda que o Brasil precisa de mais investimentos em infraestrutura. Comparou o ato de governar
com a navegação, lembrando que é
preciso navegar também nas adversidades, numa analogia às crises: “Já
navegamos contra a maré diversas
vezes nos últimos governos a exemplo
da crise do México (1994), da Ásia
(97), da Rússia (98), da Rússia, Brasil
e Argentina (99), e a interna de 2002
durante a sucessão presidencial”.
E enfatizou: “O crescimento só
é possível através de investimentos.
E, é claro, num cenário nervoso de
crise, as pessoas retardam o processo. Mas o diferencial é que nosso barco está mais forte desta vez.
Temos apenas de ter a visão do
País que queremos. E isto inclui não
ter medo do modelo de parceria
entre iniciativa privada e Estado”.
FHC lembrou ainda de frase do ex-
governador Mario Covas da necessidade de haver um choque de capitalismo. “Mas não é só isso. Precisamos
investir em capital humano, porque
ser Primeiro Mundo significa ter educação, saúde e segurança”, concluiu.
Além da unanimidade sobre o êxito
do Plano Real, os participantes tam-
bém foram unânimes em prever que
a taxa de juros deverá cair até 2010,
permanecendo em um dígito. Afinal,
seria esta a principal carta na manga
do atual governo para promover investimentos e o consumo interno e fazer
o Brasil voltar a crescer enquanto outros países estão no olho do furacão.
Para saber mais sobre o assunto:
“Repensando a dependência após o
Plano Real”, Lídia Goldenstein (Instituto de Estudos Avançados da USP
Acessehttp://www.scielo.
b r / s c i e l o . p h p ? p i d = S 010 3 40141998000200009&script=sci_arttext
“Fernando Henrique Cardoso no Roda
Viva – 19/03/2009”
Acesse http://www.iptvcultura.com.br/
sections/content/?id=168
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ATUALIDADES
A reconstrução do
sistema financeiro global
Colunista do jornal inglês Financial Times explica em seu livro por que os desequilíbrios globais
provocam crises financeiras que atingem todo o mundo e aponta caminhos da recuperação econômica.
A crise econômica que atingiu os
Estados Unidos em 2007 vem provocando prejuízos em todo o mundo.
Desde que o Federal Reserve (banco central americano) iniciou uma
sequência de cortes de juros que levou a taxa a 1% ao ano em 2003, o
mercado imobiliário americano recebeu grande impulso, além de elevar
o consumo e a circulação de crédito
de modo geral. Em 2005, o ‘boom’
no mercado imobiliário já estava
avançado e, com os juros baixos, as
companhias hipotecárias passaram a
explorar o segmento de clientes ‘subprime’ – que contém um risco maior
que o de clientes com classificação
melhor de crédito –, mas compensa8
do por taxas de retorno mais altas.
Com isso, os papéis de dívidas
hipotecárias atraíram gestores de
fundos e bancos, que compraram os
títulos hipotecários ‘subprime’ e permitiram que uma nova quantia em dinheiro fosse emprestada, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago.
Um outro gestor, interessado no alto
retorno envolvido com esse tipo de
papel, comprou o título adquirido
pelo primeiro e, assim por diante, gerou uma cadeia de venda de títulos.
Porém, em 2006, o mercado imobiliário americano começava a dar
sinais de saturação, com preços e
estoques altos de casas, ao lado de
uma taxa de juros que vinha subindo
desde junho de 2004, chegando a
5,25%. Com os juros mais altos, as
correções nos contratos de hipotecas
dificultaram os pagamentos de prestações, aumentando a inadimplência.
A partir daí, as instituições financeiras, que compraram os títulos hipotecários subprime e os revenderam sob
a forma de derivativos (papéis cujo
valor deriva de outros ativos com a
finalidade de assumir ou transferir riscos), também começaram a ter problemas.
O que se observa é que se o tomador não consegue pagar sua dívida
inicial ele dá início a um ciclo de nãorecebimento por parte dos compradores dos títulos. Assim, todo o mercado passa a ter medo de emprestar
e comprar os ‘subprime’, gerando
uma crise de liquidez. Foi em 2007
que o setor financeiro americano sentiu os primeiros efeitos disso, quando
o aumento da inadimplência nas hipotecas ‘subprime’ aumentou o risco
embutido nos derivativos lastreados
nesses papéis de dívida.
A partir daí, as consequências são
conhecidas: a crise iniciada no mercado imobiliário americano espalhou-se
pelos quatro cantos do mundo, gerando uma onda de quebra de empresas
(especialmente nos EUA), colocando
bancos em dificuldades e causando
prejuízos em diversos países, inclusive no Brasil. Essa situação exigiu que
os governos acudissem as empresas
e instituições, injetando recursos volumosos, para evitar uma quebradeira
maior na economia mundial.
Abrapneus
Para explicar melhor a origem das
crises financeiras, e mais recentemente a do ‘subprime’, o colunista chefe
de Economia do jornal inglês Financial Times, Martin Wolf, escreveu o
livro “A Reconstrução do Sistema Financeiro Global”, prefaciado pelo
ex-ministro, Pedro Malan, em que
traça um paralelo de crises entre as
décadas de 70 e 90, além da mais
recente crise.
Em seu prefácio, Pedro Malan ressalta “que a crise atual é uma crise
global, sendo a primeira e a mais
grave dos últimos 80 anos, e que sua
origem encontra-se em problemas domésticos; empréstimos internos de alto
risco em países securitizados e distribuídos internacionalmente através de
instituições financeiras globais”.
Globalização
De acordo com o autor Martin
Wolf, as crises que assolam a economia de um país transformam os sistemas financeiros globais num grande
desafio econômico para aqueles que
defendem a integração da economia
mundial, processo conhecido como
globalização. Hoje, tem sido comum
economistas de renome mundial condenarem a integração financeira, entre os quais, destaca-se o prêmio Nobel Joseph Stiglitz, da Universidade
de Columbia.
A integração financeira oferece vantagens importantes para os
mercados financeiros liberais, mas
a exploração dessas vantagens e a
minimização dos riscos impõem um
grande desafio, como prova a experiência das últimas três décadas. Mesmo em meados da década de 1980,
poucos economistas compreendiam o
potencial para desastres da interação
entre liberação dos sistemas financeiros, integração financeira global e sistema monetário internacional.
Para o autor Martin Wolf, “a incapacidade de promover o funcionamento da economia internacional
em níveis toleráveis tem gerado consequências para todos, sejam eles os
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próprios países onde a crise teve origem ou para a economia mundial. A
crise do ‘subprime’ iniciada em 2007
é uma conseqüência direta desse fator. Nas décadas de 70, 80 e 90, as
crises financeiras sempre ocorreram
depois de períodos em que predominaram grandes fluxos líquidos de capital para as economias emergentes.
Porém, mais tarde, estas últimas decidiram deixar de atuar como importadoras de capital e transformaram-se
em exportadoras líquidas de capital”.
Diante dessa situação, Martin Wolf
questiona se esse padrão de fluxos
líquidos de capital, em nível global,
é sustentável. E mais: se algumas mudanças nas políticas públicas criariam
condições para que um sistema finan-
“A incapacidade
de promover o
funcionamento
da economia
internacional em
níveis toleráveis
tem gerado
consequências
para todos”.
ceiro global liberal transferisse capital para as economias de mercado
emergentes, sem desencadear crises
em larga escala. Para Wolf, isso seria
possível, mas exigiria reformas substanciais e maior congruência entre o
sistema cambial e o padrão de finanças internacionais.
Os fracassos do passado foram
reponsáveis pelos desequilíbrios do
presente. Os Estados Unidos, país
detentor da mais importante moeda
do mundo, transformou-se no maior
devedor do planeta, tudo por causa
de algumas falhas, entre elas estão:
• Incapacidade de compreender
de maneira adequada os riscos
inerentes aos mercados financeiros
liberalizados;
• Incapacidade de avaliar maiores riscos, quando as finanças
transpõem as fronteiras;
• Incapacidade dos países devedores de compreender os riscos
inerentes à tomada de empréstimos em moeda estrangeira;
• Incapacidade de modernizar,
em tempo oportuno, as instituições
globais.
Finanças liberais
Não é novidade que as finanças
conferem aos indivíduos liberdade e
segurança e proporcionam às economias dinamismo e flexibilidade, transferindo recursos de uma pessoa ou
instituição para outra. Com isso, o sistema financeiro torna-se uma pirâmide de promessas, como afirma Martin Wolf. Os fundos de investimento,
por exemplo, prometem remunerar
os investidores com os rendimentos
das promessas das empresas que
compõem seus portfólios, e assim por
diante.
Entretanto, as promessas se fundamentam na confiança ou fidúcia,
disponibilizando recursos para outras
pessoas através de empréstimos. Contudo, é preciso haver uma triagem
dos candidatos a empréstimos, monitoramento do comportamento dos devedores e a compilação de registros
de crédito detalhados, evitando-se
assim, a inadimplência futura.
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ATUALIDADES
Benefícios X riscos da
globalização financeira
Um dos principais benefícios da
globalização financeira é a criação
de um contexto mais competitivo,
reduzindo os lucros e forçando as
empresas a buscar financiamentos externos, melhorando o monitoramento
das mesmas; além disso, ela exerce
impacto significativo sobre a qualidade da legislação e regulação interna
e exige maior transparência.
Já os riscos, como o autor afirma,
começam com as crises, especialmente aquelas que afetam países vizinhos. E as razões para isso são: a
interligação dos mercados; a percepção de debilidade inesperada em um
país aumenta as preocupações quanto às condições de outros países; a
incapacidade de governos em reagir
às crises e o racionamento do crédito
para tomadores arriscados.
Características da
globalização financeira
As crises vêm ocorrendo com frequência impressionante e o autor
classifica algumas características do
que ele chama de “segunda globalização”, na qual a crise do subprime
está inserida.
Segundo Wolf, a liberalização empurrou as instituições financeiras, os
investidores e os reguladores para
um contexto desconhecido, mesmo
em países como Japão e Estados Unidos. Em muitos países, os sistemas financeiros continuaram a operar sob
uma profusão de obrigações que não
geravam lucros ou eram arriscadas.
Por outro lado, a oferta de capital
estrangeiro estimulou os governos,
as empresas e as famílias, principalmente nas economias emergentes, a
recorrerem ao capital externo sob
forma de empréstimos, numa extensão bem maior do que o costume e
com riscos também mais elevados.
De acordo com estimativas do
Banco Mundial, 112 crises bancárias
10
tinham ocorrido em 93 países entre
fins da década de 1970 e fins do século XX, levando ao entendimento
de que houve negligência por parte
das instituições. Com isso, observa-se
que a era da liberalização financeira foi uma época de crises, seja por
má gestão ou por indisciplina fiscal.
A crise das associações de poupança
e empréstimo nos Estados Unidos foi
um bom exemplo de liberalização interna mal gerenciada.
“A solução no
momento é a ajuda
que o governo
americano vem
proporcionando a
diversos setores,
como forma de
manter a economia
em funcionamento
e não aprofundar
ainda mais a crise
existente”.
Desdobramentos das crises
Pode-se dizer que um dos desdobramentos das crises foi o fim súbito dos fluxos de capital, forçando a
queda dos déficits em conta corrente,
o colapso das moedas e o encolhimento do crédito, ocasionando nas
economias emergentes a desvalorização e retração da economia. Por
outro lado, as crises serviram de lição para muitos países, que buscaram melhorar seu sistema financeiro
e reduzir a própria vulnerabilidade
em relação às reversões nas entradas de capital.
Mercados emergentes
O autor questiona que reformas
seriam necessárias nas economias
de mercados emergentes. Como ele
mesmo analisa, seria necessário o
simples reconhecimento dos limites
do crescimento induzido por exportações; a reforma do setor financeiro
e a reforma das políticas macroeconômicas, inclusive nos regimes de taxas de câmbio, arranjos monetários
e política fiscal.
Seria importante ainda que países
como a China, por exemplo, praticassem a liberalização dos fluxos de
entrada de capital que geram riscos
relativamente pequenos de instabilidades e até de crises. Por outro lado,
cada país deveria tomar empréstimos
na própria moeda, eliminando o risco de assumir posições cambiais descasadas significativas.
Essa distinção fundamental entre
a “primeira globalização” da era industrial, que compreende o período
entre 1870 e 1914, e as três últimas
décadas é fundamental, segundo o
autor. Por muito tempo, os formuladores de políticas adotaram perspectiva mais ou menos descontraída sobre a prática difusa de emitir dívida
denominada em dólares, apesar das
inúmeras crises, o que foi um erro.
Entretanto, se isso for impossível, o
melhor é se endividar de forma limitada, afirma Wolf.
Em tese, a maior diferença entre as
duas eras, em termos de sistemas financeiros, consiste em que a 1a globalização foi a época do padrão-ouro,
caracterizada pelas taxas de câmbio
ajustáveis. Sob esse regime cambial,
a única maneira segura de tomar empréstimos é na própria moeda.
Abrapneus
Sistema financeiro saudável
Para que haja um sistema financeiro saudável é primordial que haja,
antes de qualquer coisa, a estabilidade econômica no país. Construir
um sistema financeiro saudável e que
possibilite o funcionamento estável
da economia global é atribuição de
cada país. Desde a década de 1990,
os países emergentes se fortaleceram
e os Estados Unidos atingiram seus limites como maior tomador líquido de
empréstimo no mundo, isso se tornou
mais urgente. São necessárias mudanças do sistema financeiro global,
reforma das instituições internacionais, como o FMI, G-7 e G-20.
Mesmo com o desenvolvimento de
normas e códigos definidos pelos organismos internacionais de proteção
à economia, até os sistemas mais bem
regulados podem encontrar dificuldades em momentos de euforia, como
aconteceu durante a chamada da
crise ‘subprime’ nos Estados Unidos.
Essa experiência mostra que as crises
financeiras são inevitáveis, embora a
maioria delas possa ser gerenciável
se os ativos e passivos forem denominados na moeda do país atingido.
Conclui-se com isso que é importante
o financiamento em moeda nacional.
Existe ainda a possibilidade de regulação internacional para fortalecer
o desenvolvimento de financiamentos
em moeda nacional nos países emergentes. “A regulação dos mercados
poderia contribuir para isso”, segundo
Anne Krueger, ex-vice-diretora do FMI.
De acordo com Martin Wolf, a crise nos Estados Unidos já era esperada, levando ao endividamento das
famílias e à fragilidade das empresas.
Houve um relaxamento monetário,
excesso de financiamento e, acima de
tudo, estripulias no mercado imobiliário, ampliando a gravidade da situação. A única solução no momento é a
ajuda que o governo americano vem
proporcionando a diversos setores,
como forma de manter a economia
em funcionamento e não aprofundar
ainda mais a crise existente.
Março/Abril 2009
“Para que haja
um sistema
financeiro
saudável, é
primordial que
haja, antes
de qualquer coisa,
a estabilidade
econômica
no país”.
Ao finalizar o livro, Martin Wolf
constata que estamos diante de uma
tribulação global, decorrente de decisões e fragilidades que permeiam
o planeta. Uma das soluções seria
limitar a escala de desequilíbrios macroeconômicos, além de criar um regime financeiro macroeconômico globalizado que permita a países mais
ou menos bem dirigidos importar
ao menos algum capital, com algum
grau de segurança, eliminando a dependência em relação aos Estados
Unidos.
Segundo Wolf, é preciso criar um
mundo diferente, em que o capital
flua de maneira produtiva e segura
para os países pobres, evitando novas crises na economia mundial.
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pirelli
Sorteio de carros e
motos marca os 80 anos
Na compra de pneus nas lojas da Rede Oficial de Revendedores, consumidores terão direito a assistência gratuita
24 horas. A campanha sorteará os prêmios através da Loteria
caminhão. A promoção é válida
somente para compras no varejo.
Para divulgar a promoção Máquinas da Pirelli, foi levada ao
ar uma campanha veiculada em
televisão, rádio, mídia impressa e internet. A criação foi da
agência Leo Burnett e da Maid.
Assistência 24 horas
A promoção Máquinas da Pirelli,
que fica no ar até o dia 30 de maio,
irá sortear cinco carros, dez motos,
viagens e centenas de outros prêmios. Além disso, todo consumidor
que comprar pneus em uma das 600
lojas da Rede Oficial de Revendedores Pirelli em todo o Brasil tem direito à assistência gratuita 24 horas.
“A campanha faz parte da plataforma 80 anos, uma homenagem da Pirelli ao País que ajudou
a companhia a crescer e se consolidar”, diz Marco Provera, diretor
de Marketing para América Latina.
A cada pneu comprado, o consumidor recebe um código. Para ter
direito à assistência 24 horas, o consumidor deve se cadastrar no hotsite
da promoção, que pode ser aces12
sado pela página www.pirelli.com.
br, ou no SAC: 0800 728 76 38. Já
para o sorteio dos prêmios, este cadastramento não é necessário. Basta
comprar para concorrer! O sorteio
dos ganhadores corre pela Loteria Federal, da Caixa Econômica Federal,
dos dias 6 e 20 de junho de 2009.
“Com esta ação, esperamos aumentar em até 20% o fluxo de pessoas na
Rede Oficial de Revendedores, que
conta com um atendimento diferenciado”, diz o gerente nacional de trade
marketing da Pirelli, Pedro Vendramini.
Se quiser aumentar suas chances de ser sorteado, com um mesmo
CPF, o consumidor poderá fazer até
quatro compras no período da promoção, com um limite total de 20
pneus de carros de passeio ou de
A assistência 24 horas oferece os
seguintes benefícios para os veículos: auxílio ao condutor no caso de
roubo, furto ou acidente, auxílio e
reboque em caso de pane mecânica, elétrica ou seca e troca de pneus
para veículos até 3,5 toneladas.
Prêmios
Os cinco carros que serão sorteados são um Mitsubishi Pajero
TR4 2.0 16V; um Volkswagen Golf
2.0 Mi Comfortline; um Chevrolet
Vectra GT; um Fiat Punto Sporting
e um Ford Focus Ghia/XR Hatch.
Os outros prêmios são dez motos, 20 vagas para um curso de
direção do BMW Driver Training;
cinco viagens com acompanhante
para Milão, na Itália; 300 games
Ferrari Challenge Trofeo Pirelli para
PS3 e 40 camisetas promocionais.
Abrapneus
pirelli
Fornecedora exclusiva
do Campeonato GT3
Acordo é válido para os próximos três anos. Carros passarão a utilizar o mesmo PZero
de competição usado na Europa e Estado Unidos
A partir da temporada 2009, a Pirelli patrocina o Telefônica Speedy
GT3 Brasil e será a nova fornecedora exclusiva de pneus para toda
a categoria. O acordo foi assinado
com a SRO Latin America, organizadora do evento, e é valido para
os próximos três anos. Desta forma,
passa a equipar as três categorias
que comporão o novo grande evento automobilístico nacional: além
da GT3, também o Itaipava Trofeo
Maserati e a Copa Renault Clio.
As três categorias passam a ter um
calendário conjunto, competindo
nos mesmos autódromos e datas.
Os pneus PZero de competição
que serão utilizados na GT3 Brasil
também equipam os carros dos campeonatos de GT3 na França e na
Itália. Alguns destes modelos são empregados nos carros do Campeonato
Europeu de GT1 e GT2 e Grand AM
nos EUA, para citar apenas algumas
das mais importantes competições.
Em testes preliminares realizados
com cinco modelos que competem
na atual temporada, ficou comprovado que os pneus PZero apresentam
ótimo desempenho e foram aprovados pela organização da GT3, pilotos e chefes de equipe. Os testes
contaram com a presença de um
engenheiro da Pirelli de Milão, que
é o responsável por acompanhar os
campeonatos de GT3 na Europa.
Medidas dos pneus Pirelli PZero que vão equipar os veículos da GT3
CARRO
DIANTEIRO
DODGE VIPER
FERRARI 430
LAMBORGHINI
GALLARDO
PORSCHE 997 CUP
FORD GT
PNEU
325/650-18
DM
285/645-18
DM
305/645-18
DM
285/645-18
DM
325/650-18
DM
TRASEIRO
325/705-18
DH
305/680-18
DM
305/680-18
DM
325/705-18
DH
325/705-18
DH
Calendário de provas
Data
26/04
31/05
28/06
26/07
16/08
27/09
11/10
29/11
Março/Abril 2009
Cidade
Interlagos / SP
Curitiba / PR
Interlagos / SP
Londrina / PR
Interlagos / SP
Rio de Janeiro / RJ
Santa Cruz do Sul / RS
Interlagos / SP
Campeonato
GT3
13
pirelli
Coleção Pirelli/MASP
de Fotografia chega
à 17ª edição
Colaboração de quatro consultores de diferentes regiões do País identificou
percepções ainda ausentes na Coleção
prestar uma homenagem ao País,
optamos por incluir mais 20 obras à
mostra”, comenta Mario Batista, diretor de assuntos corporativos da Pirelli.
A 17ª Coleção Pirelli/MASP conta ainda com uma área especial
dedicada ao trabalho do fotógrafo André François, com 20 obras.
François percorreu hospitais do País
à procura de uma medicina humanizada e, mesmo em meio a um ambiente difícil e de situações tristes,
o artista retrata a ternura e os sentimentos de afeto entre as pessoas.
A Coleção
A edição 2009 da Coleção Pirelli/
MASP de Fotografia traz 24 fotógrafos brasileiros - ou estrangeiros atuantes no País - que possuem representação e influência significativa para
a fotografia brasileira. A escolha de
80 obras, em vez de 60, como nas
edições anteriores, refere-se aos 80
anos de atuação industrial da Pirelli
no Brasil. A exposição permanecerá aberta ao público até o dia 3
de maio, no MASP, em São Paulo.
Esta edição se diferencia pela abertura a novos olhares, com o objetivo
de preencher lacunas das edições
anteriores. Em 2008, a comissão organizadora contou com o auxílio de
uma consultoria regional composta
14
pela galerista Márcia Mello e pelos
fotógrafos Orlando Azevedo, Pedro
David e Tiago Santana. O papel deles foi o de sugerir artistas de diferentes regiões do País cuja contribuição
não esteja contemplada na Coleção.
De acordo com a coordenadora do projeto, Anna Carboncini, a
consultoria permitiu maior profundidade à pesquisa do panorama
da fotografia brasileira, abrangendo características históricas e estéticas específicas de determinadas
áreas, longe dos centros habituais.
“Este ano é especial para a Pirelli,
porque comemoramos 80 anos de
presença industrial e um século de
história no Brasil. Com o intuito de
O principal objetivo da Coleção
Pirelli/MASP de Fotografia é formar um panorama da fotografia
contemporânea brasileira a partir
dos anos 50. Assim, cada edição é
pensada de forma a contemplar os
trabalhos mais significativos nesse
grande mosaico que é a linguagem
fotográfica e a sua evolução nos
mais diferentes campos. O acervo
da Coleção conta com mais de mil
obras de cerca de 300 fotógrafos
representantes de todas as regiões
do País. O conjunto tem a virtude de
reunir nomes consagrados, investir
em talentos emergentes e também
dar destaque a grandes artistas não
conhecidos do grande público. O
resultado é uma coleção com diversidade temática, técnica e estética.
Abrapneus
pirelli
Novas medidas
para caminhões e
implementos agrícolas
As linhas FG85 e TG85 ganham medidas com maior capacidade de carga para veículos pesados empregados em
percursos mistos. Linha HF75 agora tem medida especialmente desenvolvida para o setor sucroalcooleiro
Linhas FG85
e TG85
As novas medidas 13R 22.5 FG85
(eixos direcionais) e 13R 22.5 TG85
(eixos trativos) para caminhões de uso
em asfalto e terra complementam o
portfólio de uma linha já consolidada.
Atendendo a uma crescente demanda de mercado, estes lançamentos
possuem maior capacidade de carga
e menor resistência ao rolamento.
Estes pneus foram especialmente
desenvolvidos para caminhões pesados empregados em percurso misto,
como transporte agrícola, usinas,
canteiros de obras, mineração e de
resíduos. Além de oferecer maior durabilidade, o desenho da banda de
rodagem facilita a auto-limpeza e
reduz a captura de pedras, o que é
ideal para veículos que transportam
carga em estradas de terra e asfalto.
Março/Abril 2009
Já
a
medida
600/50-22.5 HF75 foi
especialmente projetada
para implementos agrícolas
(transbordo) do segmento sucroalcooleiro. O departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli realizou diversas análises para produzir
um produto que atenda às necessidades de trabalho nas usinas, que exigem pneus com elevada capacidade
de carga e alta flutuação, de forma
a proporcionar maior rendimento horário e menor compactação do solo.
O HF75 é mais largo, assim, a
maior área de contato com o solo
melhora a distribuição de peso,
contribuindo para a alta flutuação.
Como o pneu irá equipar implementos agrícolas utilizados diretamente
nos canaviais, essa característica é
importante, pois ajuda a evitar a
compactação do solo. O pneu também possui maior resistência a cortes
e lacerações, devido ao reforço do
contraforte. Tem maior durabilidade, apresenta melhor auto–limpeza
e aderência, uma vez que o fundo
da banda de rodagem foi projetado
com diferentes inclinações, além de
eliminar resíduos durante o trabalho.
15
16
Abrapneus
Março/Abril 2009
17
michelin
Centésima edição do
Guia Michelin França
Ref erência
mundial
em
gastronomia,
o Guia Michelin França
chega a sua
centésima
edição com
cerca de
8.500 estabelecimentos e
mais de
2.000
páginas.
A alta qualidade da culinária francesa teve reflexos na publicação,
que concedeu a primeira estrela a
mais de 60 estabelecimentos, além
de incluir 86 novos Bib Gourmands, restaurantes que oferecem um
bom custo-benefício (menus por até
29 euros nas cidades do interior e
35 euros em Paris). Ao todo, os inspetores Michelin selecionaram 527
Bib Gourmands e 548 estrelados.
Em comemoração ao centenário, a
Michelin organizou na França o “Mês
Gourmand”, entre 9 de março a 5 de
abril. Neste período, mais de 900 restaurantes citados na nova seleção ofereceram serviços diferenciados com
preços especiais aos clientes que adquiriram o livro e apresentaram o vale-brinde, que acompanha a edição.
O concurso “100 edições artísticas originais do Guia 2009” é outra
ação em homenagem ao lançamento, que teve participação de artistas e
alunos de escolas de belas artes que
criaram, em parceria com um chef estrelado, versões da capa da publicação. As obras ficarão em exposição
nas principais livrarias francesas. Na
página www.guia-michelin-centieme.
18
com, é possível ver as 100 edições
artísticas e os locais de exposição.
A facilidade de acesso aos Guias é
outra novidade inaugurada com a centésima edição. Agora, os restaurantes citados no Guia Michelin França
2009, e em outras edições européias,
também estão disponíveis na Apple
Store (loja oficial da Apple), que pode
ser acessada por meio de um iPhone,
iPod Touch ou do iTunes instalado em
um computador. O serviço possibili-
ta ao usuário encontrar e reservar o
restaurante da sua preferência com
poucos cliques, além de compartilhar
comentários e opiniões sobre os estabelecimentos com outros usuários.
O Guia Michelin França 2009 estará à venda em duas versões: uma com
a capa especial “Centésima Edição”,
por 24 euros; e a edição numerada
que vem junto com uma publicação inédita, contendo todos os restaurantes 3
estrelas do mundo, por 34,50 euros.
Guia Michelin França 2009 em números
Número total de estabelecimentos
8.499
Número total de restaurantes
3.531
Três estrelas
26 – dos quais um novo endereço
Duas estrelas
73 – dos quais 9 novos endereços
Uma estrela
449 – dos quais 63 novos endereços
Bib Gourmands
527 – dos quais 86 novos endereços
Número de “aspirantes” (estrelas em ascensão)
19 – dos quais 14 com uma estrela e 5 com duas
Número total de hotéis
4.429
Bib Hotéis 239 – dos quais 26 novos endereços
Número total de casas de hóspedes
539
Guia Michelin França 2009
máxima de três estrelas, 14 com duas
e 41 com uma estrela. Ao todo, são
citados 416 restaurantes e 60 hotéis.
Na prática, dois novos aspectos vão ajudar tanto aos parisienses
quantos aos turistas que visitarem a
cidade. Uma nova lista de restaurantes que possuem terraços foi incluída
na publicação, que passa agora a
oferecer mais de 60 opções de endereços para uma refeição agradável
em dias com temperatura amena.
A nova edição do Guia Michelin Paris 2009 custará 14,50 euros.
Além da centésima edição do Guia
Michelin França, também acaba de ser
lançado o Guia Michelin Paris 2009,
que conta com 20% da lista composta por estabelecimentos mencionados
pela primeira vez, sendo 21 novos Bib
Gourmands, de um total de 57, e 15
novos bistrôs. A culinária internacional é destaque na seleção, representando mais de 20% dos avaliados. A
edição de 2009 soma 65 restaurantes
estrelados, dos quais 10 com cotação
Abrapneus
michelin
Lunar Wheel equipa
veículos da Nasa
A Michelin irá fornecer uma roda
especialmente projetada para equipar a última geração de veículos
lunares da Nasa. Feita de materiais
compostos patenteados, esta inovação tecnológica permitirá aos veículos manter a mobilidade em terrenos difíceis e condições extremas.
Desenvolvido nos Centros de
Pesquisa da Michelin na Europa e
na América do Norte, o conjunto
pneu/roda com suporte estrutural
ajudará a Nasa a solucionar problemas de mobilidade durante as
missões lunares - tripuladas ou não
Março/Abril 2009
- previstas para a próxima década.
Baseado no conjunto Michelin
TWEEL®, o Michelin Lunar Wheel é capaz de manter flexibilidade
e pressão constantes em contato
com o solo, permitindo que os veículos lunares enfrentem o piso arenoso e as crateras do solo lunar.
O Michelin Lunar Wheel tem peso
reduzido com capacidade de carga
elevada. Ele é 3,3 vezes mais eficiente do que os pneus Apollo Lunar
Rover, usados nas missões Apolo.
Fruto de uma parceria entre a Michelin, a Universidade de Clemson
e a Milliken & Company, a banda
de rodagem têxtil do Michelin Lunar
Wheel garante tração ao veículo mesmo em temperaturas muito baixas.
O Michelin Lunar Wheel passou
por testes de terreno no Havaí, como
parte do programa de avaliação e de
testes lunares analógicos da Nasa. O
terreno, a distribuição de rochas e
a composição do solo do local oferecem uma simulação de alta qualidade da região dos polos lunares.
Parceiros de longa data, a Michelin tem fornecido pneus para
a Nasa há mais de 20 anos.
19
20
Abrapneus
Março/Abril 2009
21
bridgestone/firestone
Empresa lança pneu para
transporte urbano
O novo R155 foi testado em diversas condições de uso urbano e diferentes cidades, rodando
35% a mais do que modelos da geração anterior
A Bridgestone do Brasil está lançando o R155, um pneu desenvolvido para atender às severas exigências do segmento de transporte
urbano de cargas e passageiros. É
o primeiro pneu da linha Transporte lançado pela Bridgestone após a
união com a Bandag, que resultou
em um novo modelo de negócios
na área de transporte, o BBTS –
Bridgestone Bandag Tire Solutions.
As empresas que participaram
do desenvolvimento do novo pneu
ficaram satisfeitas com o resultado:
“Estamos testando o pneu R155 em
22
nossa frota e já na primeira vida o
produto mostrou excelentes resultados. A qualidade da carcaça e o
reforço de talão ficam evidentes na
primeira recapagem. Além disso, o
R155 rodou 35% a mais do que o
pneu usado anteriormente”. O comentário é de Walter Ferrari Riva
Júnior, Consultor Técnico da Viação
Sambaíba, empresa que faz o transporte urbano na região Norte de São
Paulo (SP), ao contar como está sendo a experiência com o novo R155.
Walter Jr. pode ser considerado
um especialista quando o assunto é
pneu. O consultor técnico tem sob
seus cuidados uma frota de 1.270
ônibus, que percorrem seis milhões
e 400 mil quilômetros por mês. “São
oito mil pneus no chão”, alerta ele,
que mantém 100% dos pneus da frota
recapados com a tecnologia Bandag.
Na prática – O produto foi testado em operações reais em mais
de 20 cidades no Brasil, sob diferentes condições urbanas de uso,
antes de ser lançado, para garantir
um pneu com desempenho superior
para os transportadores urbanos.
“O R155 possui maior volume de
borracha devido aos sulcos com 18,8
mm de profundidade e a banda de
rodagem mais larga, o que garante o desgaste uniforme da banda e
maior quilometragem. As laterais contam com filetes protetores que dão
maior resistência e o talão e a carcaça são reforçados”, explica Eduardo Cassador, Gerente Nacional de
Vendas Pneus de Carga da Bridgestone Bandag Tire Solutions (BBTS).
Durabilidade e economia são
algumas das vantagens que o
novo produto pode oferecer, devido às seguintes características:
• Banda de Rodagem com maior
volume de borracha proporcionado
por uma relação entre a largura da
banda de rodagem e profundidade
dos sulcos superior à dos produtos
concorrentes, somado ao desenho e
compostos adequados para as constantes mudanças de direção e ao
“anda-e-para” do trânsito urbano;
• Aro especialmente reforçado
para suportar as elevadas temperaturas provocadas pelo regime de uso
mais constante do sistema de freios;
• Lateral do pneu reforçada
para suportar o roçamento lateral e as flexões para superar obstáculos como buracos e meiosfios que o pneu tem de enfrentar.
Mercado – A Bridgestone desenvolveu o R155 para atender ao transporte urbano, que vem apresentando
um grande crescimento nos últimos
anos, principalmente no segmento
de passageiros. Segundo a Anfavea,
o número de licenciamentos de ônibus cresceu cerca de 20% de 2007
para 2008, totalizando 27,5 mil veículos. Já a produção teve alta de
18% nos últimos cinco anos. A frota
estimada de ônibus urbanos no Brasil compreende 193,7 mil veículos.
O produto, que atende ao transporte urbano de passageiros e ao
setor de distribuição de gás, bebidas
e outras cargas urbanas, já está disponível para a Rede Oficial de Revendedores Bridgestone na medida
275/80 R22.5. Ainda em 2009, será
lançada a medida 295/80 R22.5.
Abrapneus
goodyear
bridgestone/firestone
Campanha é exportada
para América Latina
A Bridgestone vai exportar para
América Latina a campanha com
o piloto Felipe Massa criada pela
MPM Propaganda.
O trabalho,
muito bem avaliado em pesquisas
realizadas pelo cliente nesses mercados, chegará aos países da América
do Sul e Central pelos canais Fox e
AXN no próximo dia 09 de março.
“Nosso objetivo é aumentar o co-
nhecimento da marca Bridgestone,
reforçando seus valores entre nosso público-alvo e com uma comunicação única para toda a região”,
explica o gerente de marketing da
empresa, Márcio Furlan. No filme,
Massa mostra que a tecnologia que
a Bridgestone traz para as pistas de
corrida também pode ser encontrada nos pneus de carros de passeio.
Firestone participa das
principais feiras agrícolas
Dois dos maiores eventos do agronegócio do Brasil, o Show Rural Coopavel (em Cascavel – PR) e da Expodireto Cotrijal (em Não-Me-Toque - RS),
respectivamente nos meses de fevereiro e março, contaram com a participação da empresa Firestone. Entre
Março/Abril 2009
os grandes destaques que a marca levou aos eventos, estavam apresentações de uma trupe teatral no estande
da empresa, que garantiu o entretenimento do público presente nas feiras.
A empresa expôs sua linha completa de pneus agrícolas da marca
Firestone, a única que oferece oito
anos de garantia. Entre os pneus em
evidência estava o SAT 23º, o único no mercado que possui barras
longas e iguais em ângulo 23º, que
garantem uma excelente tração e
maior durabilidade para o agricultor.
Representantes da Rede Oficial
de Revendedores Bridgestone Firestone que atuam na região e uma
equipe de técnicos da empresa estiveram presentes no estande para
prestar assistência e esclarecer dúvidas dos visitantes e consumidores.
A marca Firestone é top of mind
no segmento agrícola e é a única do mundo a contar com uma
pista de testes exclusiva para o
desenvolvimento de pneus agrícolas, em Columbiana, Ohio (EUA).
O próximo evento do setor agrícola que a empresa estará presente
é a Agrishow, entre d 27 de abril e
2 de maio, em Ribeirão Preto (SP).
23
internet
Uma ferramenta de
acesso a informações
Com um clique, você fica conhecendo todas as novidades do setor
Desde 1995, quando a internet
começou a ser utilizada de forma
comercial no Brasil – até então era
utilizada nos meios acadêmicos – ,
mudou não só o perfil dos internautas
como também o seu interesse diante
de diversas ferramentas que o mundo
virtual disponibiliza. E de acordo com
o relatório de indicadores do Comitê
Gestor da Internet no Brasil publicado em 2007, chegou a 45 milhões o
número de usuários em todo o país,
24
que buscam todo tipo de informação.
A internet virou uma ferramenta
muito útil para as empresas, sindicatos e demais organizações que
encontraram uma maneira muito
rápida de divulgar notícias de interesse junto ao seu público-alvo.
A Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus (Abrapneus) faz
uso dessa ferramenta e disponibiliza
em seu site (www.abrapneus.com.
br) várias informações que aten-
dem aos interesses da categoria.
Ao acessar o site, os empresários
encontram rapidamente as informações necessárias para o dia-a-dia de
sua empresa, bem como as circulares emitidas pela entidade, convenção coletiva, boletins econômicos,
indicadores financeiros e link para
as páginas virtuais das empresas
fornecedoras de pneus. Além disso,
podem conferir o conteúdo completo
das edições da Revista Abrapneus.
Abrapneus
artigo
Você tem medo da
mudança ou do novo?
Adriano Ferraz
Ferraz Cese
Cese –– consultor,
consultor, coaching
coaching ee diretor
diretor da
da Focus
Focus Desenvolvimento
Desenvolvimento Humano
Humano –– www.focuswww.focusAdriano
desenvolvimento.com.br (referente
(referente ao
ao tema
tema leia
leia também
também no
no site
site aa metáfora
metáfora “Persistência
“Persistência xx Mudanças”)
Mudanças”)
desenvolvimento.com.br
Imagine se seu cérebro fosse
o hardware de um computador e
você pudesse “alimentá-lo” com
dois programas: um que denota
apenas as necessidades a serem supridas e o outro vislumbra as possibilidades a serem executadas.
Aí estão dois grandes grupos de
pessoas: aquelas que vêem problemas a resolver e aquelas que vêem
oportunidades de crescimento. As
pessoas que se movem para satisfazer
suas necessidades são quase obrigadas a tomar uma decisão quando as
coisas estão muito críticas. São pessoas que se movimentam quando realmente precisam, que não encontram
progresso pessoal, pois têm medo
de mudança e de tentar algo novo.
Muitas vezes o mesmo tipo de pensamento que o trouxe onde está hoje
Março/Abril 2009
não é necessariamente o que irá leválo até aonde deseja ir. Para vislumbrar
o sucesso é preciso deixar os velhos
modelos que se repetem (sem que
você perceba) e fazem com que você
faça tudo o que faz sempre da mesma maneira, não ousa inovar e ver
possibilidades de crescimento em novos modelos de agir, pensar e mudar.
As pessoas mais infelizes geralmente são as que temem a mudança. Tudo evolui, nada está estático.
Muitas vezes repetimos fórmulas de
sucesso que em essência são receitas
do fracasso. Um velho barco que te
ajudou na travessia de um rio será
inútil se adentrar a floresta. Velhas
estratégias que serviram para um
dado momento precisam ser revistas,
inovadas, recriadas, quando queremos algo novo para as nossas vidas.
É preciso mudar sua maneira de
pensar para mudar sua maneira de
agir. Você precisa reconhecer que
novos modelos podem expandir sua
forma de ver e agir. Existem partes
do mundo em sua vida e em seu negócio que você não consegue enxergar porque precisa ver com esse
novo modelo. Roosevelt aconselhou
certa vez: “ Todos os dias faça alguma coisa que lhe dê medo”.
O verdadeiro risco é não fazer nada.
Quais são os velhos modelos mentais
e arcaicas ideias persistentes em sua
vida que não te deixam progredir?
Quais são as pequenas ações
que você pode realizar hoje que
possibilitam trazer novas perspectivas de futuro? Um pouco de
ousadia vai
ampliar consideravelmente seu mapa de mundo.
25
goodyear
Goodyear premiada pela
Honda como Melhor
Fornecedor 2008
Celso Shoiti Shinohara (gerente de compras da Honda Brasil )
Benedito Faria (diretor de equipamento original - América Latina da Goodyear)
Ricardo Silva (gerente de contas equipamento original - Goodyear)
Carlos Eigi Miyakuchi (diretor de produção da Honda Brasil)
A Goodyear, fabricante que está
completando 90 anos de presença
no Brasil, acaba de receber da Honda o prêmio de Melhor Fornecedor
2008 na categoria ‘Desenvolvimento’.
O motivo da premiação, cuja cerimônia aconteceu no dia 22 de janeiro, em São Paulo (SP), foi o desenvolvimento do pneu 175/65R15
26
GPS3, projetado especificamente
para o veículo Honda Fit 2009.
Entre as metas estabelecidas pela
montadora e consideradas na premiação estão prazo de desenvolvimento do
ferramental (moldes), o próprio desenvolvimento do pneu, além da velocidade
nas respostas da Goodyear no atendimento aos requerimentos e especifica-
ções dos departamentos de Engenharia, Compras e de Logística da Honda.
“Essa premiação vem reconhecer
um forte trabalho que envolveu várias
equipes da empresa, e certamente contribuirá para futuros desenvolvimentos
da Goodyear para a Honda”, afirma
Benedito Faria, diretor de Equipamento Original da Goodyear do Brasil.
Abrapneus
goodyear
Fabricante exibe
novidades na Expodireto
Cotrijal 2009
Goodyear celebra no evento 90 anos de presença no Brasil expondo diversas linhas de produto, além da nova
Camionete de Serviços a Frotas
Entre 16 e 20 de março, a Goodyear esteve presente na Expodireto Cotrijal, feira agrícola no Estado do Rio
Grande do Sul, na cidade de Não-metoque. A fabricante de pneus, que
está completando 90 anos de presença no Brasil, montou estande temático
dessa comemoração, levando para o
evento diversas linhas de pneus, além
da nova Camionete de Serviços a Frotas, a grande novidade da Goodyear.
Em seu estande a Goodyear expôs
em vendas pneus para aplicações
industriais, veículos de passeio e caminhões, agrícolas e fora de estrada.
Entre os destaques agrícolas estavam modelos como a linha Optitrac,
Dyna Torque II, Dyna Torque III e Super Traction, este último encontrado
na medida 7.50-18 6PR, para tratores de baixa potência, entre outros.
Primeira linha radial agrícola produzida na América Latina, a Optitrac
da Goodyear apresenta, de maneira geral, maior durabilidade, menor
custo por hora trabalhada, consumo
de combustível menor, maior contato
com o solo, maior poder de tração,
proteção extra contra cortes e perfurações, além de excelente tração
e auto-limpeza. Outros modelos que
a Goodyear disponibilizou da linha
agrícola na Expodireto Cotrijal foram
o Dyna Torque II e o Dyna Torque III,
ambos com construção diagonal. Eles
possuem desenho exclusivo com barras curtas e longas alinhadas na área
Março/Abril 2009
dos ombros, o que se traduz numa
perfeita distribuição de força no centro e nos ombros dos pneus, ou maior
poder de tração com menor índice de
patinagem. O modelo também possui
sulcos largos e profundos, proporcionando maior auto-limpeza, além
de durabilidade. Os pneus possuem,
também, carcaça com cordonéis 3T
que propiciam distribuição uniforme
das tensões, proporcionando resistência superior a danos provocados por
pedras, raízes, tocos, entre outros.
Na linha de pesados da Goodyear, destaque para a Série 600 de
pneus radiais, com todos os quatro
modelos expostos na Expodireto Cotrijal (G658, G667, G665 e G657).
A novidade é o G657, desenvolvido
para atender à crescente demanda
de frotas que atuam no serviço rodoviário de longa distância. Novo
formato da Série 600, o G657 tem
aplicação em eixos direcionais, livres
e de tração moderada, e tem como
principal característica um excelente
consumo de combustível, comprovado em testes realizados pela empresa, aliado a uma excelente performance. Como os demais desenhos da
Série 600, o novo G657 foi desenvolvido com a tecnologia Duralife™,
exclusiva da Goodyear, que proporciona vida mais longa para o pneu,
um grande benefício para frotas.
Também estavam no estande da Goodyear o tradicional pneu Papaléguas
G8, um dos mais antigos da empresa
e consagrado pelo mercado, o Super
Conquistador – na medida 11.00-22
–, além de modelos da Série 300 da
Goodyear como o G386 e o G377.
A Goodyear disponibilizou na
feira uma completa linha de pneus
para veículos de passeio, com modelos como o GPS Duraplus, na medida 175/70 R13, o Goodyear Excellence (pneu 205/55 R16), Fulda
Excelero (medida 235/40 Rz17),
Eagle F1, na medida 245/40 Rz17,
além da linha Fortera para picapes
e SUVs (medida 235/75 R15). A
consagrada linha Wrangler, também
para picapes e SUVs, esteve representada na Expodireto Cotrijal pelos
modelos 245/70 R16 RTS, 35x12,5
R15 MTR e o pneu 255/55R18 F1.
27
goodyear
Nova camionete de
Serviços a Frotas
oferece mais recursos
Uma das maiores novidades da
Goodyear na Expodireto Cotrijal foi
a apresentação da nova Camionete
de Serviços a Frotas, que a partir de
agora está apta a atender solicitações de caminhões, ônibus, agrícola
e fora de estrada. “A versatilidade
é a principal mudança no padrão
da camionete. Ela agora conta com
equipamentos de geometria veicular computadorizada, além de balança para análise da distribuição
de cargas para pneus de caminhão,
28
agrícola e fora de estrada de até 40
toneladas”, explica Rubens Campos,
Gerente de Marketing Comercial.
Os novos equipamentos permitem que a Camionete de Serviços a
Frotas da Goodyear realizem uma
infinidade de check-ups e reparos.
Alguns exemplos dos serviços realizados são análises de pneus removidos de serviço, de distribuição de
cargas, de temperatura, sistema de
controle de pneus e manutenção de
veículos, além de controle eletrônico
de pneus, entre outros. “Mais uma
vez a Goodyear inova no atendimento a frotas, sendo pioneira no atendimento de setores como caminhão,
ônibus, agrícola e fora de estrada,
oferecendo novos serviços de qualidade, além de profissionais qualificados”, afirma Campos. O novo
conceito será estendido a todas as Camionetes de Serviço a Frota do Brasil.
Abrapneus
goodyear
Marca completa
90 anos no Brasil
A Goodyear está comemorando 90
anos de atuação no Brasil. A empresa possui três unidades industriais: a fábrica em
Americana, município do interior do Estado de São Paulo, a fábrica na cidade de
São Paulo, localizada no bairro do Belenzinho e a unidade de materiais de recauchutagem na cidade de Santa Bárbara do
Oeste (SP). Além disso, a empresa também
possui sede na capital paulista, com sete
regionais de negócios de vendas no Brasil.
A Goodyear do Brasil fabrica pneus
para automóveis, vans, picapes, SUVs, caminhões, ônibus, pneus para equipamentos
agrícolas, fora de estrada e para a aviação,
além de materiais para recauchutagem. A
empresa possui uma rede de 150 revendedores oficiais com 900 pontos de venda em
todo o País. Para mais informações sobre
a Goodyear, visite: www.goodyear.com.br
Promoções no estande
Goodyear
O estande da Goodyear reservou outras surpresas aos visitantes. Uma delas foi promoção que premiou os clientes com uma jaqueta exclusiva Goodyear na compra de 2 pneus radiais agrícolas ou fora de
estrada. “Além da jaqueta personalizada, proporcionamos desconto em toda a nossa linha e as vendas
podem ser feitas por meio do BNDES”, afirma Rubens Campos, gerente de Marketing Comercial.
Março/Abril 2009
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opinião
Crédito: Sônia Mele
Pneus: um exemplo
de responsabilidade
pós-consumo
Eugenio Deliberato - Presidente da ANIP (Associação
Nacional da Indústria de Pneumáticos) e do Sinpec (Sindicato Nacional da Indústria de Pneumáticos, Câmaras
de Ar e Camelback)
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) abriu uma
janela em sua reunião de diretoria
para homenagear a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos
(ANIP), por sua contribuição ao crescimento sustentável, em 23 de março.
A homenagem foi um reconhecimento ao trabalho desenvolvido, por intermédio da Reciclanip, pela marca
de 200 milhões de pneus inservíveis
de automóveis, o equivalente a 1
milhão de toneladas de pneus coletados e destinados que deixaram
de ser descartados na natureza.
Para se ter uma idéia da dimensão
desse resultado, todos esses pneus recolhidos seriam suficientes para equipar duas vezes a frota de automóveis
do Brasil. Não temos dúvida, que esses números consagram a Reciclanip
como o primeiro programa de pósconsumo brasileiro de grande escala.
Exemplo da proatividade da indústria, o programa conta hoje com 374
pontos de coleta em todo Brasil, em
30
parceria com as Prefeituras municipais. Essas centrais de recepção de
pneus inservíveis são uma das principais frentes de nossa atuação, cujo
esforço é voltado para a ampliação
das parcerias com as Prefeituras para
criação de novas unidades de coleta.
Nessa parceria, a Prefeituras cedem
os locais e a estrutura para instalação do ponto de coleta e a Reciclanip fica responsável pela logística de
transporte até a destinação final, seja
para o co-processamento como combustível alternativo para as cimenteiras ou para a fabricação de pó de
borracha, asfalto, solado de sapato
e duto fluvial, entre outras aplicações.
Mas não vamos parar. Apesar do
sucesso dessas parcerias, buscamos
desenvolver novos modelos de gestão
para aumentar a eficiência do processo
de coleta e destinação, beneficiando
os diversos elos da cadeia produtiva.
Assim, criamos a nova modalidade
do convênio triplo, que envolve as
Prefeituras, os reformadores de pneu
e a Reciclanip. Nele, a administração do município cede o local para
o ponto de coleta. O reformador faz
a gestão do ponto de coleta e operacionaliza o processo. A Reciclanip
fica incumbida de retirar o produto inservível para destinação adequada.
Na prática, o convênio triplo foi a forma encontrada para agilizar a operacionalização do processo nos pontos
de coleta, uma vez que nem todas as
Prefeituras dos municípios possuem infraestrutura para a realizar a tarefa.
Outro novo modelo que estamos
colocando em operação é voltado
para os grandes geradores, como sucateiros e reformadores, que geram
um volume mínimo de 40 toneladas
de pneus inservíveis por semana.
Para eles, oferecemos a retirada do
material, que é encaminhado diretamente para a destinação adequada,
o que evita problemas, como o excesso de produto nos pontos de coleta.
Além desses modelos, buscamos
ainda aumentar a capilaridade do
sistema, ao adotar um novo modelo
de consórcios nos Estados brasileiros, que está sendo implantado por
meio de uma central, a qual atende
a diversos municípios. Nosso objetivo é atender aos pequenos municípios, que não teriam condições de
manter seu próprio ponto de coleta.
Mas queremos mais. Por isso, temos
um novo desafio, que é o de estimular o desenvolvimento desta nova cadeia produtiva e contribuir para abrir
oportunidades de novos negócios.
Além disso, trabalhamos também no
sentido de desenvolver programas e
ações de conscientização ambiental
para a população. A participação de
todos os agentes da cadeia produtiva
– fabricantes, revendedores, borracheiros, reformadores, o consumidor
e o poder público – é fundamental
para o sucesso de toda e qualquer
ação que envolva a destinação final
de pneus inservíveis no Brasil. Sem a
conscientização da população e o envolvimento das Prefeituras, das autoridades governamentais e de representantes da sociedade civil organizada,
nossa ação fica limitada. Esse processo exige a participação de todos.
Abrapneus
A Revista Abrapneus é uma publicação da Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus e do SICOP - Sindicato
Intermunicipal do Comércio Varejista de Pneumáticos, distribuida gratuitamente aos revendedores, distribuidores e fabricantes de pneus, entidades de classe, orgãos governamentais, empresas fornecedoras de produtos e serviços às
revendas e orgãos de imprensa.
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Abrapneus

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