Exploração `verde` no azul profundo

Transcrição

Exploração `verde` no azul profundo
HYDRO INSIDE
Revista global para os empregados
da Hydro – N.o 3 – 2007
Exploração
‘verde’ no
azul profundo
e mais >>>
Eo
vencedor é…
> 6-7
Despedida
em Bécancour
> 14-17
Proteja bem
as informações
> 26-29
Boas ações
recompensadas
pelo mundo afora
> 34-35
Gostaria de agradecer aos competentes e
dedicados gerentes e demais empregados
da nossa fábrica de magnésio em Bécancour,
Canadá, que em março entrou em processo de
encerramento da produção, depois de 20 anos
em funcionamento.
Apesar dos magníficos esforços feitos para
administrar uma das mais modernas fábricas de
magnésio do mundo, não foi possível competir
com os baixos preços dos concorrentes da
Ásia. Agora, eles estão preparando a fábrica
para o fechamento e também organizando os
próprios futuros com a nossa ajuda.
Você poderá ler mais sobre os empregados
de Bécancour neste número da revista. Juntese a mim para desejar a todos eles muita sorte
nesses tempos de grandes desafios.
Como todos sabem, nós já descobrimos o
“petróleo fácil”. Para atender à demanda de
um mundo cada vez mais ávido por energia,
temos de procurar petróleo em lugares e sob
condições de dificuldade até agora nunca antes
experimentados.
Às vezes os desafios são meramente
técnicos; mas também podem ser políticos e
ambientais. Ou uma combinação destas três
ordens.
O poço de exploração Nucula, no Mar de
Barents, ao norte da Noruega, é um bom exemplo. Nós demos prosseguimento aos trabalhos,
levando em consideração as preocupações que
muitos tinham com o frágil equilíbrio ambiental
dessa região.
A liderança da Hydro, em termos de competência e tecnologia de exploração do mais alto
grau, contribuiu para a conclusão bem-sucedida do projeto de perfuração. Embora ainda seja
muito cedo para determinar se a descoberta é
comercialmente viável, estamos muito entusiasmados com os dados preliminares.
A perfuração do poço Nucula foi um sucesso
em muitos aspectos: achamos o que estávamos procurando, e tudo foi feito sem causar
nenhum dano ao meio ambiente da região
Ártica.
A operação assegura um perfil ambiental que
nos enche de orgulho. Meus parabéns a todos
os envolvidos no projeto.
conteúdo
there!
hi&lo 13
hi5 40
4-5
Segurança ao invés de incerteza. Mesmo que ultimamente você
não tenha sofrido nenhum acidente – ou sobretudo em caso negativo
– você não pode esquecer-se de cuidar da segurança.
6-7
Duas vezes vencedora. Para a Hydro Polymers em Aycliffe, vencer
o Prêmio da Presidência para Segurança, pela segunda vez, é um
trampolim, não um pedestal.
8-12
Exploração ‘verde’ no azul profundo. O projeto de perfuração
Nucula, no Mar de Barents, corresponde ao que há de melhor em
exploração ambientalmente correta.
14-17
O último adeus. Empregados dão um triste adeus à fábrica de
magnésio em Bécancour.
18-23
Água e luz. Quando as atividades de petróleo e gás da Hydro se
unirem à nova empresa StatoilHydro, conforme planejado para este
ano, as operações de energia hidrelétrica – que agora fazem parte
da Oil & Energy – vão permanecer na Hydro.
24-25
Operadores apontam o caminho na Acro. Dizem que os
aprimoramentos começam a acontecer quando a pessoa se olha no
espelho. Uma equipe de operadores da unidade de Precision Tubing
da Hydro, no Brasil, está fazendo isso mesmo – e o rendimento está
aumentando.
26-29
Perdeu alguma coisa? Você trata a informação como um bem
valioso? Como não?
30-31
Outra novidade em sondas de petróleo e gás. A “sonda
slug” permite que pesquisadores em terra reproduzam fielmente as
condições de alto-mar.
32-33
Recuperação do desempenho das fundições – grandes
vantagens. O Centro de Referência em Alumínio ajuda a solucionar
os problemas das fundições e otimiza as práticas de operação.
34-35
Ajudar faz bem. As contribuições que a Hydro fez a instituições de
ajuda humanitária estão produzindo resultados benéficos em muitos
lugares pelo mundo afora.
36-37
Uma vida de sucesso em alumínio.
38-39
Cartão-postal de Honningsvåg
conteúdo
hi!>equipe
Editor-chefe > Cecile Ditlev-Simonsen
Editor Geral > Craig Johnson ([email protected])
Conselho Editorial > Halvor Molland (Aluminium Metal),
Ole Johan Sagafos (Aluminium Products), Bjørn Otto Sverdrup
(Oil & Energy), Ragnvald Bertheussen (Other Businesses).
Design e produção > item ltd e Media Center (3700160)
>>>
6
26
8
32
14
próximo
número
Hydro demonstra
como a exploração
de petróleo e gás
pode ser compatível com preservação ambiental.
junho 2007
idéias? contatar:
Craig Johnson
Hydro (F472B)
NO-0240 Oslo,
Noruega
craig.johnson@
hydro.com
Foto: Samfoto/Bård Løken
hi! 3
Segurança
ao invés de incerteza
Mesmo que ultimamente você não tenha
sofrido nenhum acidente – ou sobretudo
em caso negativo –
você não pode esquecer-se de cuidar da
segurança
O chefe de segurança Gerhard Salzmann, o segundo à direita, e os membros da equipe de segurança fazem uma
inspeção no departamento de acondicionamento. Da esquerda para a direita: Lorenz Zech, Christan Suppan, Daniele
Drexel, Brunhilde Beck, Gerhard Salzmann e Christof Konzett.
“O
trabalho de um gerente de segurança se torna mais árduo quando não
acontece nenhum acidente, pois é
aí que fica mais difícil manter-se vigilante”,
observa o gerente de segurança Gerhard
Salzmann, da fábrica de extrusão da Hydro
em Nenzing, na Áustria.
“Quanto menor a incidência de quase-acidentes,
maior a necessidade de ação e comprometimento
quando se trata de saúde, meio ambiente e
segurança”, são as palavras usadas por Salzmann.
Pois se formos esperar que alguma coisa saia
errado, aí já é tarde demais.
Essa empresa, localizada na região de Vorarlberg,
na Áustria, vem assumindo a liderança nas áreas de
produtividade, eficiência, segurança e lucratividade,
características freqüentemente atribuídas a essa
que foi a primeira fábrica de extrusão da Hydro.
Desde junho de 2004, Nenzing passou a
estar ligada em termos organizacionais à fábrica
de extrusão em Bellenberg, na Alemanha, uma
parceria geralmente conhecida por Austria Nenzing
Bellenberg (ANB).
Para o gerente Gerhard Salzmann, é uma
questão de usar a criatividade para identificar
medidas cujo objetivo seja o de manter a
concentração dos colegas firmemente focada
na segurança. O empregado já reconhece que
há uma conexão bem nítida entre grau mais alto
de segurança e operação lucrativa.
Foi criada uma equipe especial para cuidar
da segurança no trabalho. Essa equipe, cujos
membros receberam treinamento específico,
executa inspeções regulares na fábrica. Além
disso, estão programadas reuniões mensais sobre
o assunto com os operadores. Diversas ações
também foram implantadas. As medidas mais
eficazes são quando os empregados ilustram
as situações de perigo com fotografias que eles
mesmos tiraram, ou passam recomendações
sobre segurança diretamente aos colegas.
“Acreditamos que a comunicação entre colegas
é em geral mais eficaz do que aquela que parte da
administração central. Para as suas campanhas de
segurança, a ANB adotou, portanto, o seguinte
lema: ‘Segurança ao invés de incerteza’ pois, como
se sabe, o comportamento das pessoas somente
pode ser mudado se for influenciado para uma
direção positiva”, ressalta Salzmann.
Uma fábrica de extrusão é o tipo de ambiente de
trabalho em que podem surgir vários riscos. Todos
os que trabalham no grupo de extrusão da Hydro
foram relembrados disso quando receberam a
trágica notícia do acidente fatal ocorrido em Birtley:
“Esse incidente específico nos afetou
profundamente. Nunca antes tínhamos ficado tão
abalados. Isso tanto pode significar que está mais
forte o sentido de comunidade com nossos colegas
de todo o grupo de extrusão, como também que
já assimilamos que a segurança não pode ser
entendida como coisa sem importância. E acidentes
sempre podem ocorrer mesmo em fábricas que
implementam medidas de segurança de forma
contínua.”
Tanto a fábrica de Nenzing como a de Bellenberg
passaram por treinamento completo em rotinas,
normas e padrões de segurança. “Temos orgulho
de pertencer à elite da Áustria e da Alemanha,
quando se trata de segurança no trabalho”,
comenta Salzmann, que cita o que um colega
norueguês declarou dois anos atrás: “Nenzing está
bem mais avançada, porque lá tudo é feito de forma
completa. Deixam pouco espaço para fatalidades.
Os empregados da empresa são altamente capazes
e os investimentos em treinamento avançado são
bem altos. Quer seja em razão da segurança, da
produtividade ou da qualidade, o que importa é
que o sucesso é a marca dessa organização.”
Andre Fey, responsável pelo departamento de
saúde, segurança e meio ambiente da Extrusion
Europe e da Hydro Building Systems, vem confirmar
que a fábrica de Nenzing exerce o papel de
protagonista quando se trata de segurança: “As
qualidades distintivas dessa fábrica estão em seus
funcionários altamente motivados, que demonstram
sólido espírito de equipe e que trabalham em
harmonia e de forma sistemática, sobretudo em
períodos de grande atividade. Além disso, são
muito bons em identificar novas maneiras de
trabalhar e demonstram alto grau de capacidade
inovadora quando se trata de trabalhar de forma
segura”.
Incêndio em Sunndal
Um incêndio na fundição de
lingotes para extrusão em
Sunndal começou na manhã
de 13 de abril. Ninguém se
machucou, mas a produção
de ambas as fundições foi
paralisada por quatro horas.
O fogo começou na
mangueira hidráulica e se
propagou para a cobertura.
O Corpo de Bombeiros local
e a brigada de incêndio da
própria fábrica tiveram muito
trabalho para apagar o fogo.
Logo em seguida, foi
instaurada uma comissão de
investigação para que fossem
determinadas as causas do
acidente.
Vazamento de gás
em Heimdal
No dia 6 de abril, foi detectado
um vazamento de gás de um
duto de ventilação na plataforma Heimdal. O problema
foi rapidamente identificado e
sanado. O grupo de prontidão
para atender às emergências
foi mobilizado, e se procedeu
à paralisação regular da produção. Não houve nenhum dano.
Fogo atinge Oseberg
hi! > Dag Sunnanå
fotos > Terje S. Knudsen
Os empregados da empresa são altamente
capazes e os investimentos em treinamento
avançado são bem altos. Quer seja em
razão da segurança, da produtividade ou da
qualidade, o que importa é que o sucesso é
a marca dessa organização.
Gerhard Salzmann
segurança em primeiro lugar
As exportações de petróleo
e gás do Campo Central de
Oseberg recomeçaram pouco
depois de uma paralisação em
virtude do incêndio em uma
turbina, no final de março.
É que o Campo Central de
Oseberg opera com vários
compressores de exportação
de gás em condições de processar o gás necessário para
exportação, até que o compressor da turbina avariada
possa retomar as operações.
Um grupo de averiguação
da Hydro começou imediatamente a apurar as causas do
acidente, o qual foi relatado às
autoridades de acordo com
as normas regulamentares.
Ninguém saiu ferido.
hi! 5
Os engenheiros Eldred Dixon e Justin Smith cuidam
para que a fábrica funcione a contento – com toda
segurança.
Duas
Por que eles
ganharam:
Veja o que o júri disse sobre a Hydro
Polymers Aycliffe
• Sólido desempenho
• No geral, de acordo com as exigências
da Hydro
• Administração altamente empenhada
• Política sistemática de melhoria
• Sistema excelente de treinamento para
todos os níveis
• Forte mentalidade proativa para
implantar medidas de segurança e
atividades de avaliação de risco
• Ótimo sistema de saúde já implantado,
e cuidados com as pessoas dos
empregados
• Projetos de sustentabilidade proativos
e em andamento
• Excepcional padrão de limpeza e
manutenção
Veja na quarta capa desta revista, no
artigo Hi5, o que os empregados da Hydro
Polymers em Aycliffe têm a dizer sobre o
Prêmio da Presidência para Segurança.
Outros candidatos >>>
O Prêmio da Presidência para Segurança
Innovation
vezes vencedora
Para a Hydro Polymers em Aycliffe, vencer
o Prêmio da Presidência para Segurança,
pela segunda vez, é um trampolim, não
um pedestal
A
Hydro Polymers em Aycliffe, no
Reino Unido, ganhou o Prêmio
da Presidência para Segurança
de 2006; contudo, essa não foi a primeira
vez que a fábrica sentiu o prazer da vitória:
recebeu a mesma premiação em 1997 e
esteve na lista de candidatos ao prêmio
nos anos de 2002, 2003 e 2005.
“Podemos afirmar com segurança que a
Aycliffe mereceu ser a vencedora”, garante Jack
Simensen, vice-presidente de Saúde, Proteção,
Segurança e Meio Ambiente da Hydro e líder do
júri da premiação.
Todos na fábrica reconhecem que é um feito
e tanto, argumentando que as conquistas obtidas em segurança fazem parte de um processo
contínuo e não terminam quando se ganha um
prêmio.
“É uma grande honra termos sido selecionados, no conjunto da organização Hydro, para
concorrer ao prêmio”, diz John Edmondson,
gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente
da fábrica de Aycliffe.
“Nós nos considerávamos ótimos quando
recebemos o prêmio dez anos atrás; mas desde
então fomos ficando cada vez mais fortes.
Trata-se de dar seguimento, sem interrupções,
à melhoria contínua, o que significa que o bom
desempenho de hoje pode vir a parecer um
quase nada, vamos dizer, em 2017.
Já aprendemos um bocado e precisamos
continuar aprendendo e pondo em prática as
lições. Por isso, o prêmio é um trampolim, não
um pedestal.
Aluminium Metal
Kurri Kurri,
Austrália
Aluminium Metal
Deeside,
Reino Unido
“Algumas empresas apenas falam sobre segurança;
a Hydro transforma palavras em ação”, afirma o
operador Mick Anderson (à direita), em conversa
com o gerente John Edmondson.
A cada ano, nossas metas em segurança ficam
mais difíceis de serem batidas. Tenho um pôster
na parede do meu escritório no qual se lê: ‘Se
quer que algumas coisas mudem na sua vida,
você vai ter de mudar algumas coisas na sua
vida’.
Então, continue mudando – não substituindo –, mas construindo sobre o que já fazemos
bem. Por exemplo, em 1995, introduzimos o
programa STOP da Dupont. Não apenas houve
redução nas taxas de acidentes, mas esse programa também serviu para nos ajudar a ganhar
o Prêmio da Presidência para Segurança de
1997”, ressalta Edmondson.
“Desde aquele ano, continuamos a desenvolver o programa STOP em sua integridade,
e depois passamos para o projeto Segurança
Baseada em Comportamento. Demos continuidade à implantação qualitativa e quantitativa das
observações da Segurança Baseada em Comportamento, que vem complementar a eficiência
do trabalho em equipe. Sob esse aspecto, eu
gostaria de ver contempladas mais observações
do programa, entre os colegas.”
Edmondson continua: “A organização em
Aycliffe é estruturada sobre o elemento humano.
Somos reconhecidos como indivíduos e, como
empregados da empresa, recebemos apoio e
treinamento.”
Isso é demonstrado pelos longos anos de
serviço prestados à empresa (30% da mãode-obra tem 25 anos ou mais de casa), pelas
poucas ausências por doenças (2,5%) e por
iniciativas tais como programas de saúde.
Aluminium Products
La Roca,
Espanha
Aluminium Products
Hydro Building
Systems, Alemanha
“Gozar de boa saúde para estar apto a trabalhar
faz tão bem a nossa vida pessoal, que cuidar
e promover a saúde passam a ser atividades
do tipo em que todos saem ganhando”, ele
assegura.
No que se refere à segurança, acho que gostamos de ser vistos, na região, como a fábrica
de mais baixa taxa de acidentes, apesar da
inevitável alta exposição a perigos. Dedicamos
grandes esforços ao gerenciamento dos riscos,
muito embora quase toda essa dedicação
passe, em geral, despercebida. Mas os esforços
foram recompensados com o Prêmio da Presidência para Segurança.
hi! > Tom K. Andersen
fotos > Terje S. Knudsen
Oil & Energy
Ormen Lange
Offshore, Noruega
Oil & Energy
Oseberg East,
Noruega
hi! 7
Nucula
North Cape
Hammerfest
Exploração
Bergen
Oslo
O projeto de perfuração
Nucula, no Mar de Barents,
corresponde ao que há
de melhor em exploração
ambientalmente correta
Foto: Scanpix/Aune Forlag/Ole P. Rørvik
hi! 9
‘verde’
no azul profundo
A
perfuração exploratória
na área Nucula, no Mar de
Barents, revelou a presença
de petróleo e gás. Trabalhando em
conjunto com o governo, grupos de interessados e parceiros, a Hydro provou
que a atividade petrolífera pode ser realizada sem ameaçar o meio ambiente
no extremo norte do planeta.
O poço exploratório foi perfurado até
atingir a profundidade final de 1.592 m
abaixo do nível do mar, alcançando rochas
do primeiro período Triássico. Foram encontrados hidrocarbonetos no chamado Grupo
Realgrunnen e na formação Kobbe. Embora
o poço não tenha passado por teste de produção, foram realizadas inúmeras coletas
de dados e de amostras.
“É muito positiva a descoberta de uma
nova e promissora área de exploração nessa parte do Mar de Barents. Entretanto, é
importante salientar que os dados coletados
ainda têm de ser avaliados e analisados,
a fim de se determinar se a descoberta
é economicamente viável”, adverte Tore
Lilloe-Olsen, chefe do setor Exploration in
Development Norway.
A licença de produção foi adjudicada na
19ª rodada de licenciamento, em março
de 2006, e o Nucula é o primeiro poço de
exploração operado pela Hydro no Mar
de Barents, após o Obelix, entre o final de
2004 e o início de 2005.
“Estamos satisfeitos por termos perfurado o poço assim que foi recebida a licença”,
afirma Lilloe-Olsen. “Foi necessária muita
preparação antes de começarmos, e vários
profissionais da Hydro deram o máximo de
si para estarmos prontos para ação em tão
curto espaço de tempo. Tanto o departamento de perfuração em Bergen quanto
os escritórios em Harstad demonstraram
ser mais do que capazes de achar boas
soluções para as dificuldades do projeto”.
>>>
Exploração ‘verde’ no azul profundo
>>>
O prospecto Nucula está 45 km ao norte do
Cabo Norte, o ponto mais extremo da Noruega
e também um pólo de turismo que recebe
em torno de 200.000 visitantes por ano. Não
muito longe dali, encontra-se uma das maiores
colônias de pássaros do norte da Europa, lugar
de procriação de cerca de dois milhões de
aves marinhas.
Por essas razões, o processo de perfuração ficou sujeito a regras severas de proteção
ambiental, tanto no que se refere ao estado
de prontidão para atendimento de emergências, como às emissões poluentes. As únicas
descargas no mar foram as do poço superior,
em grande parte compostas de uma mistura
de água doce e sal de cozinha. Finda a perfuração, os estudos do leito do mar mostraram
que a operação causou impacto mínimo ao
ambiente.
“Há muitos anos que a Hydro vem procurando as melhores soluções para poços de
exploração em zonas sensíveis do ponto de
vista ambiental. Ficamos satisfeitos com os
resultados, pois as operações foram realiza-
das com nível de emissão de poluentes das
águas inferior ao planejado, não houve nenhum
imprevisto e o impacto ao meio ambiente
foi mínimo. O projeto de perfuração Nucula
corresponde ao que há de melhor atualmente
disponível em termos de soluções holísticas na
perspectiva ambiental, com vistas à perfuração
exploratória”, informa Lilloe-Olsen.
Antes da perfuração, foi elaborado um
extenso plano de contingência para o caso de
vazamento. Muitos dos sistemas de proteção
na exploração de petróleo preparados pela
Associação Norueguesa para a Segurança
Marítima para Empresas Operadoras estavam
na área durante a operação, e também foram
assinados 17 acordos com barcos pesqueiros
locais, para o pronto atendimento em caso de
emergência. Além dessas providências, um
helicóptero e um avião de observação estavam
à disposição para dar assistência, caso fosse
necessário.
No início de dezembro, foi realizado um
intenso exercício das intervenções em caso
de emergência, levado a efeito na escuridão
completa do inverno no Ártico, no mar revolto
e sob um frio cortante. Com ventos fortes e
ondas de mais de dois metros, o serviço local
de atendimento emergencial e a Hydro trabalharam juntos numa simulação o mais próximo
da realidade, a qual foi projetada não só para
comprovar que a Hydro seria capaz de atacar
o problema de vazamento de óleo na área, senão também para demonstrar como lidar com
um vazamento dessa natureza que atingisse a
costa.
A Agência Norueguesa de Controle Ambiental concedeu uma licença de perfuração em 6
de novembro de 2006; porém, duas organizações norueguesas para a proteção ambiental,
a Bellona e a Nature and Youth, entraram com
um recurso contra essa concessão. O Ministério do Meio Ambiente confirmou a decisão do
Departamento e ratificou a permissão para as
operações.
A sonda “Polar Pioneer” começou a perfurar
o poço em 16 de janeiro deste ano. A operação durou 45 dias e, durante esse período, o
grupo de auditoria da Agência Norueguesa de
hi! 11
Tore Lilloe-Olsen
Controle Ambiental procedeu a uma inspeção de quatro dias a bordo da plataforma de
perfuração. O grupo não encontrou nenhuma
irregularidade nem problemas sérios relativos
às operações de perfuração, que foram descritas por muitos desses auditores como “as
mais amigas do meio ambiente, dentre todas
que foram vistoriadas”.
Quase 70 poços já haviam sido perfurados no setor norueguês do Mar de Barents.
Até agora, só foram feitas duas descobertas viáveis: Snøhvit e Goliat. Entretanto, a
região ao largo da costa do Cabo Norte está
praticamente inexplorada. Após o sucesso
da operação de perfuração do Nucula, um
otimismo cauteloso e esperanças de uma rápida expansão petrolífera no norte da Noruega
estão começando a se espalhar por Finnmark,
o condado que ocupa o extremo nordeste
norueguês.
É muito positiva a descoberta de
uma nova e promissora área de
exploração nessa parte do Mar
de Barents. Entretanto, é importante
salientar que os dados coletados ainda
têm de ser avaliados e analisados, a
fim de se determinar se a descoberta
é economicamente viável.
Tore Lilloe-Olsen
hi! > Britt Hage
fotos > Colin Dobinson, Pål Hermansen
O navio M/S Sørøysund leva para terra
o equipamento referente a vazamento de óleo,
para o treinamento de prontidão.
Os tripulantes preparam um “skimmer” para ser
usado para recolher o óleo, em caso de vazamento.
>>>
Cascalhos:
de problema a riqueza
D
esde 2003, as perfurações
exploratórias no Mar de Barents
tinham de ser realizadas sem
descarte de cascalho de perfuração, depois que o Sistema de Segurança contra
Estouros (da sigla em inglês BOP) foi
instalado.
Até o presente, os cascalhos estavam sendo armazenados na plataforma para depois
serem reinjetados ou transportados até a terra
para descarte. Nenhuma dessas soluções
provou, de modo geral, ser ambientalmente
correta: reinjetar os cascalhos consome energia; armazená-los em terra gera um problema
quase que imediato, porque o alto teor de sal
pode causar danos ao lençol freático.
A Hydro autorizou a empresa KMC Oiltools a
desenvolver um aparelho que consiga transformar os cascalhos de perfuração em fluido de
perfuração. O equipamento tritura o cascalho
em diversos estágios, até que o transforma em
massa líquida. Durante o processo é acrescentada água doce, e a viscosidade e o pH são
ajustados, adicionando-se pequenas quantidades de aditivos químicos não poluentes do
fluido de perfuração.
O líquido então produzido tem as propriedades de um fluido de perfuração e pode
ser usado em outras regiões da plataforma
continental norueguesa. A Agência Norueguesa de Controle Ambiental concedeu à Hydro
a permissão de usar o cascalho oriundo de
Nucula como substituto dos fluidos de perfuração convencionais quando estiver perfurando
poços superiores na área de Troll/Oseberg.
O novo fluido produzido a bordo do Polar
Pioneer, conhecido por “Fluido de Perfuração
Ártico Puro”, é transportado para Mongstad
a fim de ser armazenado antes de ser reutilizado.
A Hydro acredita que esse método oferece
uma excelente solução favorável ao meio ambiente, naquelas áreas em que não é permitido
o descarte de cascalhos de perfuração. Por
esse método, o cascalho deixa de ser um problema de descarte, e a massa rochosa pode
substituir os tradicionais agentes pesados que
são adicionados aos fluidos de perfuração.
A Hydro recebeu elogios das autoridades
norueguesas pelo alto nível de preparação
para prontidão, durante a perfuração.
Mais sobre Nucula > páginas 38-39
h
hi&lo
hi! 13
Prêmio por Exploração
A Hydro foi eleita a Melhor Empresa de
Exploração na Plataforma Continental
Norueguesa, nos dois últimos anos. O corpo de
jurados, composto de gerentes de exploração
de empresas concorrentes e representantes da
Agência Norueguesa de Petróleo, foi unânime
nessa decisão. “Um maravilhoso reconhecimento
da capacidade e competência indiscutíveis da
equipe de exploração da Hydro”, afirma Tore
Lilloe-Olsen, chefe do setor Exploration in
Development Norway.
hi
&
Fábrica em Worcester
vendida a uma empresa
do Reino Unido
A fábrica Automotive Components em
Worcester, no Reino Unido, está em vias de
ser vendida a uma empresa privada desse
país, a Holden Lightweight Ltd., como
parte da reestruturação dos negócios de
downstream de alumínio. Desde 1999,
quando a fábrica foi inaugurada, a empresa
forneceu peças para as montadoras Aston
Martin, Lotus, BMW e Jaguar. O acordo
prevê a garantia de emprego para cerca
de 130 funcionários da fábrica.
Fechamento da fábrica de
extrusão em Ellenville
Os 265 empregados da fábrica de extrusão de
alumínio em Ellenville, estado de New York, nos
EUA, foram informados de que a empresa será
fechada. “Ficamos profundamente desapontados
por não termos sido capazes de achar um
comprador que nos pudesse garantir um futuro
para a fábrica de extrusão”, disse Sally Hobbs,
responsável por Recursos Humanos e Organização
para o setor de negócios Extrusion Overseas da
Hydro. “Agora teremos de nos concentrar em cuidar
do encerramento das atividades de uma forma
que minimize os efeitos negativos para nossos
empregados, clientes e a comunidade local.”
lo
O site Hydro.com ganha
prêmio da web
Pela segunda vez consecutiva, a Hydro
ganhou o conceituado Prêmio Farmand,
na categoria de melhor página na Internet,
dentre as empresas norueguesas com ações
cotadas na bolsa de valores. O júri concluiu
que o site Hydro.com é de fácil navegação,
apesar da enorme quantidade de informações
que disponibiliza. “É um sensacional
reconhecimento do trabalho empenhado à
nossa página na Internet”, ressalta a editora
da Hydro.com, Sissel Rinde.
Empregados dão
um triste adeus
à fábrica de magnésio
em Bécancour
O último
hi! 15
adeus
A maior e mais moderna fábrica de magnésio puro do mundo não
conseguiu competir com os baixos preços do metal vindo da China.
S
exta-feira, 13 de abril de 2007: a
Hydro convidou os 250 empregados remanescentes da fábrica de
magnésio em Bécancour, no Canadá, para
uma última reunião. Apareceram quase
300 pessoas.
Muita gente discursou. Houve muita lágrima,
centenas de abraços e milhares de apertos de
mão. E, então, acabou. Os empregados cruzaram
o portão da fábrica pela última vez. Desde setembro do ano passado, eles já sabiam do encerramento das atividades. Houve muita reação: uns
não queriam acreditar, outros ficaram zangados
ou frustrados. Mas agora era chegado o momento do último adeus, durante uma solenidade sob
uma tenda, no mesmo lugar que, anteriormente,
fora uma movimentada área industrial.
Passou-se um mês, desde que a produção da
fábrica foi suspensa. Dois grupos de empregados
se desligaram nas últimas duas semanas; desses,
alguns voltaram para dizer adeus. A unidade – a
mais moderna fábrica de magnésio do mundo
– passou por todo um processo de desmontagem
e de demolição. Svein Richard Brandtzæg, chefe
da Aluminium Products, põe em palavras o que
vai pela cabeça de muitos deles: “Não é justo.
Vocês não mereciam. Nós não merecíamos”.
Mesmo assim, o fechamento era inevitável: foi
uma das conseqüências da globalização – sobretudo do baixo preço das exportações da China.
Durante uma entrevista à mídia canadense, após
a cerimônia de encerramento, Brandtzæg afirmou:
“Os motivos que deram causa ao fechamento não
estão em Bécancour: estão na China. Os empregados deram tudo de si. Eles são os melhores.
Estamos muito orgulhosos deles e também
confiantes de que todos serão contratados por
outras empresas”.
O conceito de que gozam no mundo empresarial já proporcionou mais de 100 novas contratações, dentro de um universo de 300 empregados.
Muito embora o nível de desemprego esteja em
torno de 10%, o grupo confia em que quase
todos vão encontrar um novo emprego, antes do
término do pagamento da indenização previsto
para daqui a mais ou menos um ano.
hi! > Ole Johan Sagafos
fotos > Ole Johan Sagafos
>>>
Os empregados deram tudo de si.
Eles são os melhores. Estamos
muito orgulhosos deles e também
confiantes de que todos serão
contratados por outras empresas.
Svein Richard Brandtzæg
>>>
Missão impossível?
Possível!
A
primeira impressão que se tem,
quando a gente é apresentada a
ele, é a de que é um “cara legal”.
Contudo, seu histórico profissional faz com
que ele pareça diferente do que realmente
é: nos últimos anos, foi a pessoa que mais
fez sumir empregos dentro da Hydro.
Imagine a cena: a administração vem
acompanhando de perto as atividades da
empresa e já tentou de tudo.
Ao cabo de grande esforço, não havia
alternativa. O negócio teria de ser fechado.
É nessa hora – findas todas as esperanças
– que um gerente sênior decide convocar
Arne Skoland.
Duas semanas depois, Skoland chega à
fábrica para uma tarefa que se pode chamar
de “Missão Impossível”. E é nesse momento,
quando as coisas vão de mal a pior, que o
espírito de equipe dos empregados da fábrica
é posto à mais difícil de todas as provas.
“Na minha experiência, tudo se resume
em cooperação e respeito, acompanhados
de determinação e coragem, sem esquecer
a capacidade e o desejo de perceber que a
linha de ação correta é ter uma visão de longo
prazo”, afirma Skoland.
“Se é para eu fazer um bom trabalho, é
imperativo que a decisão de fechar seja a
correta. A empresa tem de ser capaz de
provar que não há alternativa. Fechar uma
fábrica não é uma decisão que se toma
de forma leviana. A gente nunca procede
assim.
Muito embora a decisão seja a correta
do ponto de vista objetivo, é difícil para as
pessoas aceitarem que seus cargos serão eliminados. Trata-se muitas vezes de empregados que trabalharam a vida inteira na fábrica.
E é por isso que é tão necessário dedicarmos
bastante tempo aos empregados, explicandolhes os fundamentos da decisão.”
Skoland acrescenta, porém, que tanta
franqueza pode gerar frustração, irritação e
raiva na fase inicial do processo. “São reações
absolutamente naturais, e os gerentes têm de
compreendê-las.”
“É extremamente importante ganhar a con-
hi! 17
“Os empregados daqui são os melhores”,
garante Svein Richard Brandtzæg.
Fechar uma fábrica
não é uma decisão
que se toma de
forma leviana.
A gente nunca
procede assim.
Arne Skoland
Arne Skoland esforça-se para que o fechamento
seja o mais franco, honesto e humano possível.
fiança das pessoas”, diz Skoland. É vital que
o diálogo seja o mais franco possível. Quanto
maiores forem as informações prestadas,
melhores serão os resultados do processo.
Skoland cuida para não se tornar cético:
“Se isso acontecer, estarei abrindo mão das
próprias condições necessárias para se chegar a um processo satisfatório”.
Arne Skoland suspira de preocupação. Fazer com que o fechamento se processe com
o mínimo de aborrecimento possível para
todos os envolvidos é uma tarefa das mais
difíceis. E ele admite que não se importaria
de participar de uma expansão de vez em
quando. Talvez ele seja um “cara legal”, no
final das contas.
inside >>>
Água e
Água
Innovation
e luz
Quando as atividades de petróleo
e gás da Hydro se unirem à nova
empresa StatoilHydro, conforme
planejado para este ano, as
operações de energia hidrelétrica
– que agora fazem parte da Oil
& Energy – vão permanecer na
Hydro. Esse segmento histórico
dos negócios da empresa, cuja
data remonta ao seu surgimento
em 1905, vai exercer um papel
da máxima relevância na Hydro,
daqui para frente. De fato, o setor
de negócios Power, além de
representar uma parcela significativa do valor dos ativos da Hydro,
é uma valiosa fonte de energia
renovável de baixo-custo.
luz
Acrescente-se que, na linha de
frente das operações da energia
renovável, a Hydro atua em
pesquisas voltadas para a geração de energia solar. A Hydro
também fez dois substanciais
investimentos em empresas
estrangeiras, e os avanços
relacionados à tecnologia solar
continuarão na Hydro, sempre
alicerçados na sólida tradição
de tecnologia de materiais.
Água e mais água
pra todo lado
> 20-21
Futuro ensolarado
para a energia solar
> 22-23
>>>
hi! 19
Água e mais
A
Hydro consome muita eletricidade na produção de alumínio e
em outras atividades, mas sua
própria produção de energia hidrelétrica
também é bastante substancial.
“Somos uma das três maiores geradoras
de energia hidrelétrica da Noruega, com produção média de 9 Terawatt/h (TWh) por ano”,
informa Siri Revelsby, gerente do portfólio
energético da Hydro, o qual abrange desde
as atividades de planejamento da manutenção e otimização dos recursos hídricos até
as de comércio físico no mercado dos países
nórdicos, conhecido por ‘Nord Pool’.
A Noruega é a maior geradora de energia
hidrelétrica da Europa e ocupa o sexto lugar
no mundo, com capacidade de produção de
120 TWh por ano. Esse total varia de acordo
com a precipitação atmosférica de um dado
ano. Quase 99% da produção de eletricidade
na Noruega são de geração hidrelétrica – respondendo por 95% do consumo desse país.
Em 2005, a Noruega consumiu aproximadamente 112 TWh de eletricidade, conforme
dados do Ministério do Petróleo e Energia
da Noruega. As indústrias conhecidas como
eletrointensivas consomem em torno de 36
TWh, enquanto outras indústrias pesadas,
dentre elas as madeireiras e as mineradoras,
fazem uso de 15 TWh. Residências e o setor
de prestação de serviços consomem aproximadamente 61 TWh.
Atualmente, a Hydro é a maior consumidora de energia da Noruega e está entre as
cinco maiores da Europa.
A Hydro opera o total de 19 usinas hidrelétricas na Noruega. “Nosso portfólio energético é a principal fonte de energia para as
operações de alumínio na Noruega, as quais
consomem uma média de 13,5 TWh por ano”,
explica Revelsby.
O restante da demanda de energia é coberto em parte por contratos de longo prazo com
a maior geradora de energia da Noruega, a
Statkraft, e a outra parte é comprada no mercado, no “Nord Pool”. Um terço do custo de
produção de alumínio corresponde à energia.
É imperativo que a Hydro esteja protegida por
competitivos contratos de energia de longo
prazo, com vistas a operar um empreendimento viável de alumínio.
Interessante mencionar que apenas 200
Alguns dados
Usinas elétricas da Hydro
(* inclui usinas desativadas)
2.10.1907 1911
1911
1912
1912-16
1913
1913
Svelgfos 1*
Vemork*
Vemork*
Såheim
Vemork*
Svelgfos 2* Svelgfos 2* Frøystul*
Lienfos*
1915
1924-26
1948
1954
Mår
Moflåt
Água
Innovation
e luz
hi! 21
É possível que uma das áreas de menos em evidência em toda a Hydro seja
a da produção de energia. Temos a tendência de considerá-la como favas
contadas. A verdade, porém, é a seguinte: não seríamos a Hydro sem ela
água pra todo lado
pessoas trabalham nas operações hidrelétricas da companhia, muito embora a unidade
de negócios vá somar valores significativos
ao total de receitas da nova Hydro.
São três os aspectos relacionados à produção de energia hidrelétrica: manutenção, operações diárias e gerenciamento do portfólio.
E os três estão conectados entre si.
“Nossa tarefa é agregar valor pela água”,
ressalta Revelsby. Comercializar gira basicamente em torno do antigo princípio mercadológico: comprar por menos, vender por mais.
Comercializar energia hidrelétrica inclui uma
dose de malabarismo com numerosas variáveis imprevisíveis – dentre elas as condições
climáticas.
“É uma tarefa muito fácil”, diz Revelsby com
um sorriso irônico. “Você precisa ‘apenas’ ter
sob seu controle 50 diferentes reservatórios,
e precisa saber quanta chuva vai cair durante
o ano e também determinar quais serão os
preços da energia no futuro.”
“Precipitação atmosférica e preços estão
correlacionados. O índice de precipitação
pode ser 30% a mais num ano e 30% a menos no ano seguinte. A natureza imprevisível
do clima é um desafio de enormes proporções”, ela comenta.
O capítulo de inauguração da Hydro, há
um século, é todo sobre energia hidrelétrica.
São torrentes de água se derramando num
escarpado vale montanhoso em Rjukan, que
depois são canalizadas e em seguida despejadas com violência para serem transformadas
em energia para a produção de fertilizantes e,
num momento posterior, para a fabricação de
alumínio e magnésio.
Nos dias de hoje, a energia hidrelétrica muitas
vezes vive na sombra dos hidrocarbonetos,
apesar de se manter abundante. “Sempre
estivemos aqui”, sublinha Revelsby. “Desde o
início.”
hi! > David Burke
fotos > Terje S. Knudsen, Peter Bandtholtz
>>>
Nossa tarefa é agregar
valor pela água.
Além dessas, a Hydro tem participação acionária na
companhia elétrica Vest-Telemark Kraftlag e opera a
Fortun, em Sogn, Noruega, que é uma das maiores
usinas elétricas da Noruega.
1955
1957
Neverdalsåga Mæl
Siri Revelsby
1958
1960
1965
Svelgfos 3
Sundsfjord
Røldal Suldal Nytt Vemork Røldal Suldal Røldal Suldal Sundsfjord
1971
1971
1977
1980
1995
2004
Nytt Frøystul
Nye Tyin
Futuro
ensolarado
para a
energia solar
Uma nova era de energia solar
está raiando na Hydro
H
á muito tempo que a Hydro reconheceu a energia solar como
uma área interessante para se
investir, tanto em razão do crescimento
acelerado que o setor vem experimentando nos últimos anos, como também pela
expectativa de que esse crescimento vá
continuar”, salienta Einar Glommes, chefe
da unidade Solar.
A energia solar está crescendo mais rápido
do que se podia imaginar – atualmente na faixa de 40% ao ano. Os especialistas prevêem
que essa fonte alternativa de energia estará
competindo em igualdade de condições com
a energia de fontes convencionais já no ano
de 2010.
Não faz muito tempo, a Hydro investiu 150
milhões de Coroas Norueguesas na empresa
NorSun, fabricante de componentes das células solares. Essa empresa está se instalando em Årdal, e contratando aproximadamente
100 pessoas do local; por sinal, as mesmas
pessoas que foram atingidas pelo fechamento da linha de produção Søderberg da fábrica
“
Água
Innovation
e luz
hi! 23
Nosso envolvimento com a energia solar
é alicerçado no know-how acumulado
pela Hydro em tecnologia de materiais.
Einar Glomnes
de alumínio da Hydro, em meados do ano
passado, nessa cidade localizada a noroeste
da Noruega.
“Nosso envolvimento com a energia solar
é alicerçado no know-how acumulado pela
Hydro em tecnologia de materiais”, lembra
Glomnes. “Nós acreditamos que as qualificações indispensáveis para o sucesso estão
e manutenção, mas também em razão da
flexibilidade, o que abre um leque bem mais
amplo de aplicações potenciais no futuro”,
atesta Glomnes.
“Nosso propósito é o de intensificar as
atividades nos setores de energia solar e
sistemas para arquitetura e construção civil.
A Ascent Solar está entre as líderes do
entre as competências-chave da Hydro que
dão condições para que a organização siga
adiante, e não apenas aquelas relacionadas
com as qualificações como empresa petrolífera na exploração e produção de hidrocarbonetos.”
Em março, a Hydro assinou um contrato
de investimento no valor de US$9,2 milhões,
com a Ascent Solar Technologies, Inc., a empresa americana de energia solar, responsável
pelo desenvolvimento da tecnologia da célula
solar superfina e flexível. O investimento transfere à Hydro 23% do capital da Ascent Solar.
“Esse filme fino e flexível da Ascent Solar
é bastante promissor, não só pelo pouco
peso, o que facilita o transporte, instalação
mercado de filmes finos. Estamos, portanto,
procurando oportunidades para desenvolver
soluções integradas de construção em
conjunto com a Ascent Solar”, revela
Glomnes.
Em 2008, a Ascent Solar Technologies vai
montar uma unidade-piloto de 1,5 Megawatt
(MW) em Denver, estado do Colorado, e em
2010 vai dar início à produção em larga escala de uma fábrica de 25 MW.
hi! > David Burke
fotos > Terje S. Knudsen, Kåre Foss
Einar Glomnes assumiu o cargo de chefe da unidade Solar,
em 1º de maio.
O uso de uma abordagem de produção mais
sistemática trouxe bons resultados para a
Acro, no Brasil.
Nossos negócios
estão crescendo, e
não temos espaço
para expandir.
Torna-se assim
imprescindível
o uso de todas
as técnicas
disponíveis, além
do aproveitamento
de toda a
criatividade dos
empregados, a
fim de maximizar
nossas operações
dentro de um
ambiente seguro
de trabalho.
Sergio Luiz Vendrasco
Alguns dados
Kaizen
Originariamente um conceito japonês de gestão empresarial, “Kai” significa
“mudança” e “zen” significa “boa.” A tradução usual para o português é
“melhoria contínua”.
Kanban
Kanban é um sistema de sinalização relacionado à Fabricação Enxuta ou
Fabricação “Just-in-time”. Serve para ajudar a organizar a fabricação com
base nos pedidos dos clientes.
hi! 25
Operadores
apontam
o caminho
na Acro
O
s empregados que trabalham na
linha de produção sob medida
vinham, há tempos, enfrentando
dificuldades com o fluxo irregular de trabalho, com as freqüentes mudanças de sistema operacional e com a grande quantidade
de itens em estoque, que tomavam valioso
espaço no chão de fábrica.
Era preciso mudar.
No ano passado, a administração da unidade,
sob a liderança de Sérgio Luiz Vendrasco,
convocou a equipe para uma reunião, e juntos
decidiram pôr em prática várias ferramentas
de melhoria contínua, dentre elas os sistemas
Kaizen e Kanban.
“É sempre a mesma história”, afirma
Vendrasco. “Aqueles que estão executando
os trabalhos são os que sabem qual a melhor
maneira de fazê-lo.”
“A chave do sucesso é encontrar métodos
que proponham, além da delegação de poderes
de baixo para cima, total responsabilidade
pessoal e comprometimento. No instante em
que você encontra as ferramentas corretas, temse um processo de aprendizado que resulta em
melhoria contínua.”
Fez parte do processo de aprendizado
mandar os operadores às instalações dos
clientes para serem treinados. Um exemplo
disso: a Delphi colaborou para que os
empregados da Hydro aprendessem a usar
a ferramenta Kaizen nas tarefas diárias.
Agora a Acro tem dois engenheiros integralmente qualificados nas técnicas de Fabricação
Enxuta, e eles são capazes de aplicar o que
aprenderam diretamente no local de trabalho.
“Nossos negócios estão crescendo, e não
temos espaço para expandir”, revela Vendrasco.
“Torna-se assim imprescindível o uso de todas
as técnicas disponíveis, além do aproveitamento
de toda a criatividade dos empregados, a fim
de maximizar nossas operações dentro de um
ambiente seguro de trabalho.”
Essas abordagens estão em sincronia com a
visão geral proposta para a Precision Tubing pelo
Presidente do Setor, Salvador Biosca. Faz parte
dessa visão o desenvolvimento de uma cultura
Dizem que os aprimoramentos começam
a acontecer quando
a pessoa se olha no
espelho. Uma equipe de
operadores da unidade
de Precision Tubing da
Hydro, no Brasil, está
fazendo isso mesmo –
e o rendimento está
aumentando
de aprendizado que se converta em resultados
tangíveis no desempenho comercial.
“Alcançamos alguns resultados favoráveis”,
declara Wellington Alves, o líder do projeto, que
menciona especificamente a melhoria dos níveis
de estoque e da produção de peças/hora.
hi! > Kevin Widlic
fotos > Sergio Luiz Vendrasco, Ana Carolina
Fernandes
Os membros da equipe são os que merecem a maior parte dos créditos pelos aprimoramentos ocorridos
na Acro. Em pé, da esquerda para a direita: Rubens Macedo, Marcel Franco, Flávio Gusi, Damião de
Oliveira e Dirceu Inocêncio; primeira fila, da esquerda para a direita: José Cantil, Roberto Oliveira, Alisson
Santos, Marcílio Campos e Luis Carlos Segatto.
Perdeu
alguma coisa?
segurança da informação
hi! 27
Você trata a informação como um bem valioso?
Como não?
A
maioria de nós toma todo
cuidado com os bens que
possui. Se perder seus
cartões de crédito, você sempre
pode pedir que sejam cancelados.
No caso de chaves e fechaduras,
elas podem ser trocadas.
Mas o que dizer da informação? Você
não tem as mesmas opções. A informação
é uma das mais preciosas riquezas das
empresas que, como a Hydro, funcionam
alicerçadas no conhecimento. E caso uma
informação vá parar em mãos erradas,
pode causar estragos em nossos negócios
e também em nossa reputação.
“Sempre temos de considerar a
necessidade de preservar informações,
tanto internamente quanto no contato com
terceiros; quer sejam elas escritas, orais
ou em formato eletrônico”, avalia John
Ove Ottestad, Diretor Financeiro. “Para
que alcancemos um nível adequado de
segurança da informação, é imprescindível
que todos conheçam as normas e os
regulamentos, e que obedeçam a ambos.”
Conforme a tecnologia vai, a cada dia,
nos proporcionando novos meios de compartilhar informações, vão também surgindo
>>>
Sempre temos
de considerar a
necessidade de
preservar informações, tanto
internamente
quanto no contato com terceiros; quer sejam
elas escritas,
orais ou em formato eletrônico.
John Ove Ottestad
>>>
mais perigos. Telefones celulares, computadores pessoais, e-mails, CDs, cartões de memória
USB – a lista é longa.
Seu PC na Hydro é considerado seguro e,
em situações cotidianas, não coloca em risco
as informações nele contidas, mesmo em caso
de perda, roubo ou furto. O disco rígido é criptografado, o que impede o acesso de pessoas
não-autorizadas às informações nele contidas.
Mesmo assim, você deve proteger suas senhas
e também escolher aquelas que não possam ser adivinhadas com facilidade. Senhas
compostas de números e uma combinação de
caracteres em caixa-alta e caixa-baixa aumen-
tam as chances de você frustrar as ações de
ladrões e hackers.
Fique atento a pessoas que estiverem
sentadas por perto e que consigam ler a tela de
seu PC. Desconecte o PC quando não o estiver
usando ou ative o protetor de tela ou a função
“Bloquear Estação de Trabalho”. Quando
estiver usando seu PC na presença de outras
pessoas, você deveria usar uma película protetora de dados de monitor, a fim de dificultar a
vida dos curiosos.
Preste atenção quando estiver abrindo
e-mails. Sempre há o risco de conterem vírus
ou softwares perigosos.
Não envie documentos confidenciais para
seu endereço particular de e-mail, no caso,
por exemplo, de querer trabalhar em casa.
Mantenha informações dessa natureza dentro
das dependências da Hydro. E mesmo dentro
da empresa, tome cuidado para não enviar
informações para pessoas erradas. Muitos
colegas têm o mesmo sobrenome e fica fácil
se equivocar e mandar um e-mail para um
outro destinatário. Caso seja necessário enviar
informações confidenciais para fora da Hydro,
criptografe-as antes de enviá-las.
Quando estiver trabalhando de casa, use
sempre o Acesso Remoto da Hydro, que é
uma conexão de Rede Privada Virtual segura.
É proibido o uso de CDs não criptografados,
disquetes ou cartões USB para arquivar
informações confidenciais. Você sempre deverá
usar os cartões de memória USB criptografados da Hydro, considerados seguros.
Muitos cartões de memória USB que estão
no mercado não têm nenhuma proteção e,
em caso de extravio, o conteúdo dos mesmos
torna-se disponível a qualquer um. Com os
cartões de memória protegidos da Hydro, a
história é outra. São seguros porque são criptografados, o que significa que é preciso uma
senha para se ter acesso às informações neles
armazenadas.
Mesmo que você não tenha um PC nem
acesso a e-mail no trabalho, esteja ciente de
que até as mais simples e aparentemente
inocentes situações demandam cuidados. Nos
nossos supostos “escritórios sem papel”, ainda
há muito papel espalhado por todo lado. Cuide
para que documentos importantes não vão
parar nas mãos erradas.
De modo geral, não fazemos a menor idéia
do alcance do som da nossa voz. Fique atento
à possibilidade de que alguém possa estar ouvindo ou vendo você. Evite mencionar nomes,
valores e acontecimentos, seja em conversas
pessoais, seja ao telefone. Pode haver concorrentes, clientes ou representantes da mídia por
perto, até mesmo nos lugares menos prováveis.
Reflita sobre o que vai dizer – até um comentário despreocupado que você faça enquanto
espera na fila do caixa do supermercado pode
acarretar reflexos negativos para a empresa.
hi! > Ole Snerte
fotos > Kåre Foss, Colin Dobinson
segurança da informação
Algumas dicas sobre
como lidar com as informações
Sistema “Notes mail”
Criptografe todos os
e-mails Confidenciais!
Recorra ao guia do
usuário à disposição no nosso site da
Internet. Caso receba um e-mail
criptografado, você vai precisar ativar
o controle de criptografia antes de
encaminhar o e-mail para outra
pessoa. Se estiver enviando um e-mail
Confidencial para fora da empresa,
use o programa Safeguard Private
Crypto.
Telefone
As informações classificadas como Confidenciais não devem
ser discutidas, salvo sob circunstâncias das quais você tenha absoluto
controle. Informações consideradas
Estritamente Confidenciais não poderão, em nenhum caso, ser discutidas
por telefone.
Fax
A máquina de fax
(interna e externa)
pode ser usada para
informações classificadas como
Internas. Contudo, não pode ser
usada para informações com graus
mais altos de confidencialidade.
Impressora
Cuide para que pessoas não-autorizadas
não tenham acesso
a documentos Confidenciais ou
Estritamente Confidenciais durante a impressão. A impressão de
documento desse tipo deve ser
previamente aprovada pelo proprietário da informação, e todas as vias
que forem impressas devem ser
registradas.
Copiadora
Cuide para que pessoas
não-autorizadas não
tenham acesso a documento Confidencial ou Estritamente
Confidencial enquanto esse estiver
sendo copiado. A cópia de documento Estritamente Confidencial também
deve ser previamente aprovada pelo
proprietário da informação, e todas
as cópias devem ser igualmente
registradas.
Uso de PCs fora
das dependências
da Hydro
Seu PC está protegido pelo programa de criptografia
SafeGuard Easy. Use uma senha
segura, cuide para que ela permaneça secreta e ative o protetor de
tela quando não estiver usando o
PC. Consiga uma película protetora
de dados do monitor, para evitar
que outras pessoas consigam
enxergar o que está na sua tela.
Cartão de
memória USB
Use os cartões de
memória da Hydro
que já foram criptografados. É proibido usar cartões de memória nãocriptografados, pois as informações
neles contidas são de fácil acesso,
e eles podem guardar até mesmo
dados que já tenham sido deletados.
CDs
Se tiver de copiar
arquivos para um
CD, use o programa
Safeguard Private Crypto, a fim de
criptografar os arquivos antes de
serem salvos.
hi! 29
Outra novidade em sondas
A “sonda slug” permite
que pesquisadores
em terra reproduzam
fielmente as condições
de alto-mar
U
ma nova aparelhagem do Centro
de Pesquisas de Porsgrunn,
localizado na cidade de mesmo
nome, na Noruega, é conhecida pelo
nome de “sonda slug”, uma sonda de
testes para estabilização de fluxo instável.
Com ela, cientistas-pesquisadores conseguem
estudar as condições do fluxo instável que
pode ocorrer durante a produção de petróleo
e gás no mar.
“A sonda é, na realidade, um processo de
produção em alto-mar, em miniatura, permitindo-nos recriar as condições do fluxo instável
que observamos nos dutos que ligam os
poços às plataformas”, afirma o pesquisador
sênior, Vidar Alstad.
Alstad, em companhia dos cientistaspesquisadores Kristin Hestetun e Glenn-Ole
Kaasa, explica que, para construírem a sonda,
eles se valeram da experiência obtida durante
o trabalho que realizaram em estreita colaboração com as unidades de operação em altomar e as equipes multidisciplinares do Centro
de Pesquisas.
Conforme a produção do poço vai aos
poucos diminuindo, começam a aparecer
problemas devido ao fluxo instável. Isso
significa que os gases não têm pressão para
expelir o óleo, levando à formação de “slugs”,
grandes volumes de petróleo acumulado nos
dutos, que impedem o fluxo do gás. A pressão
do gás sob esses “slugs” vai aumentando até
que finalmente faz com que sejam expelidos
grandes volumes de petróleo na unidade de
separação na plataforma. Eventos como esses
se repetem de forma cíclica, acarretando consideráveis flutuações no fluxo e conseqüente
redução da produção.
A equipe de controle de processo do Centro
aceitou o desafio de estabilizar o fluxo. Essa
equipe trabalha com técnicas avançadas, por
meio das quais os computadores controlam
automaticamente as válvulas da plataforma,
a fim de estabilizar o fluxo. Os pesquisadores
criaram modelos matemáticos de fluxo instável, que são usados para desenvolver conceitos de controle que previnem a formação de
“slugs”.
“Trabalhamos muito estreitamente com o
pessoal de operações, facilitando os caminhos entre a pesquisa e a efetiva instalação
hi! 31
de petróleo e gás
Kristin Hestetun, Glenn-Ole Kaasa e Vidar Alstad, todos eles cientistas-pesquisadores,
coletam dados gerados pela “sonda slug”.
das soluções na plataforma”, ressalta Alstad.
“Precisamos da sonda de teste para que possamos executar ensaios controlados, o que
nos vai permitir uma melhor compreensão dos
fenômenos.”
A “sonda slug” ficou pronta no ano passado. O desenvolvimento dessa sonda polifásica
e hidrata propiciou um desdobramento positivo: foi gerado, no Centro, um estimulante e
avançado ambiente tecnológico nos setores
de petróleo e gás. Tanto as empresas petrolíferas quanto os fornecedores do exterior
que executaram testes-ensaio nas nossas
instalações reconheceram que o Centro de
Pesquisas de Porsgrunn, da Oil & Energy, é
uma instituição de nível internacional.
“A finalidade é extrair mais petróleo”,
salienta Alstad. “A estabilização do fluxo tem
o potencial de aumentar a produção entre 2%
e 5%, propiciando maiores ganhos.”
hi! > Tom K. Andersen
fotos > Gisle Nomme
Os pesquisadores examinam as fórmulas matemáticas que foram desenvolvidas durantes os testes.
Recuperação do
desempenho das fundições
– grandes vantagens
No âmbito global da Aluminium Metal, o
‘conglomerado tecnológico’ congrega as
melhores competências em tecnologia de
fundição e de material do mundo inteiro.
Dávur Jacobsen
hi! 33
O Centro de Referência em Alumínio ajuda a solucionar
os problemas das fundições e otimiza as práticas de operação
C
inco dólares a tonelada não é lá
grande coisa – até que você os
multiplique por 1,6 milhão.
“Na melhor das hipóteses, temos a possibi-
lidade de eliminar US$5,00 do custo de cada
uma das 1,6 milhão de toneladas de metal líquido que a Hydro produz todos os anos”, afirma
Dávur Jacobsen, chefe do Centro de Referência
e Apoio às Fundições da Hydro, na cidade de
Sunndal, Noruega.
O Centro de Referência foi criado para
desenvolver melhores processos de fundição
e equipamentos, e para fornecer serviços
de treinamento em procedimentos básicos,
inclusive em saúde, segurança e meio ambiente. O Centro atende às fundições da Hydro
espalhadas por todo o mundo, e seus serviços
terão importância especialmente relevante para
o futuro projeto Qatalum, no Catar.
O Centro tem como especialidade o
desenvolvimento de ligas de metal, e de novas
tecnologias e conceitos. Sua nova sede de
1.200 m2, em Sunndal, tem instalações para
fundir ligas de alumínio para lingotes para
extrusão, lingotes para chapas e ligas de
fundição. Há ainda um forno com capacidade
para 17 toneladas, recipiente para lavagem do
metal, linha de homogeneização, serra, fundidor
DC e linha CC, além de sistemas de controle de
alto nível fornecidos pela Hycast.
O Centro de Referência faz parte do conglomerado tecnológico da Aluminium Metal, que
congrega: a rede global de fundições da Hydro;
a Hycast; os Centros de Pesquisas e Desenvolvimento em Sunndal e em Karmøy (ambos na
Noruega), e em Bonn (Alemanha); e o quadro
de consultores de Suporte às Fundições, composto de 11 membros.
“Esse conglomerado é um dos melhores
centros de competência em tecnologia de fundição e de material, em todo o mundo”, salienta
Jacobsen.
O Centro de Referência e Apoio às Fundições está constantemente enviando técnicos
especializados e equipes de treinamento para
as fundições que fazem parte da organização
Hydro.
“O novo Centro de Referência nos ajudou a
resolver sérios problemas oriundos do aparecimento de fissuras nos lingotes”, ressalta Stian
Tangen, engenheiro de operações de lingotes
para chapas em Årdal, Noruega. Em setembro
passado, a fundição aprontou um pedido de
240 toneladas que não pôde ser aproveitado
por causa de fissuras.
“O Centro fez uma série de testes de
fundição em Sunndalsøra, Noruega, usando
nossos parâmetros e moldes de fundição, a fim
de simular a entrada em funcionamento das
operações de fundição. Os técnicos variaram
as condições e observaram, logo de início, que
erros na fase de resfriamento a água, durante
a fundição, contribuíram para as fissuras no
produto fundido.”
A fundição de Årdal recebeu, então, uma lista
de medidas corretivas. “Criamos um programa
de follow-up para nossos moldes de fundição,
que nos ajudaram a diminuir o problema”, diz
Tangen. “Isso aconteceu no final de setembro
passado e, nos três meses seguintes, tivemos
em média um segmento de 77 toneladas defeituosas/mês, em virtude de fissuras. Esperamos
reduzir para 70 toneladas/ mês, em 2007, o
que representa uma redução total de cerca
de 1.600 toneladas defeituosas, em relação a
2006. A eliminação dos erros promoveu um
aumento considerável de tonelagem!”
O Centro também ajudou a fundição de
lingotes para chapa de Årdal a reduzir a quantidade de refugo de uma liga específica – de
20% da produção para perto de zero – mediante processos de fundição mais eficientes.
Daqui para frente, o Centro de Referência
tem a intenção de compartilhar muito mais sua
experiência em treinamento.
“Eles nos deram assistência durante o
treinamento de todos os novos operadores de
produção e de manutenção, antes da entrada
em funcionamento da fábrica de Azuqueca, na
Espanha, em janeiro de 2002. Tivemos várias
reuniões em Sunndal e apenas algumas delas
foram realizadas em Azuqueca”, explica o
gerente da fábrica, Jose Galindo.
“Posso dizer com absoluta certeza que
os princípios de segurança que nos foram
passados nessas reuniões de treinamento con-
tribuíram de forma considerável para que não
tivéssemos nenhum acidente sério relacionado
com o material em estado pastoso, durante a
fase inicial de operações da fábrica.”
Tangen e Galindo são categóricos ao dizerem que tanto as novas organizações quanto
as fábricas que passaram recentemente por
fusão empresarial, e que precisem ajustar seus
procedimentos de operação aos padrões da
Hydro, podem se beneficiar das competências
do Centro.
“Eu tive a chance de enviar equipes de duas
localidades diferentes para Sunndal, e ambas
as viagens foram vantajosas não só em termos
de aprendizado do processo e controle, mas
também de formação do espírito de equipe e
entendimento do aspecto intercultural”, avalia
Berthold Lukat, ex-gerente da fundição.
“Eu diria que, naquela oportunidade, foram
assentados os alicerces do sucesso hoje representado pelos recordes de produção que estão
sendo alcançados em Clervaux, Luxemburgo.
Leva-se tempo para capacitar pessoas e implantar rotinas até o ponto em que estas sejam
executadas automaticamente.”
hi! > David Burke
fotos > David Burke
Os funcionários Dávur Jacobsen, à esquerda, Åge
Strømsvåg e Kjell Hafsås, do Centro de Referência,
querem aumentar a disponibilidade de treinamento
em suas instalações.
A Cruz Vermelha Norueguesa está comprometida
com vários projetos de poços no Quênia, para
melhorar o fornecimento de água nas regiões
assoladas pela seca.
U
m navio-tanque pode fornecer
água a centenas de adultos e
crianças; um novo poço consegue dar uma vida melhor a milhares de
pessoas.
As autoridades governamentais do Quênia
pediram auxílio a organizações de ajuda humanitária para que as populações das regiões
norte e nordeste desse país tivessem mais
acesso a água potável. A Cruz Vermelha Norueguesa foi uma das organizações que atenderam ao apelo e assumiram um ambicioso
projeto, contando com os recursos financeiros
doados pela Hydro.
Os 10 milhões de Coroas Norueguesas que
a Cruz Vermelha Norueguesa está gastando
para melhorar as condições de vida dos
habitantes de 50 comunidades é apenas uma
parte da contribuição feita pela Hydro às organizações de ajuda humanitária, por ocasião
da celebração do centenário da fundação
da empresa, em 2005. A Fundação Save the
Children e a instituição Ajuda Humanitária
Norueguesa também receberam 10 milhões
de Coroas Norueguesas.
As áreas do Quênia que hoje estão obtendo
ajuda vinham sofrendo há anos com a seca.
Dentre as providências que estão sendo
implantadas pela Cruz Vermelha Norueguesa
estão a reforma e a perfuração de 50 poços,
As contribuições que a
Hydro fez a instituições
de ajuda humanitária
estão produzindo
resultados benéficos
em muitos lugares
pelo mundo afora
bons vizinhos
Ajudar faz bem
a escavação de 15 poços de água rasos, a
expansão de oito barragens para represar água
e a construção de oito novas barragens subterrâneas para coletar água do subsolo.
Em 2006, a Fundação Save the Children
lançou a campanha “Reescrevendo o Futuro”,
com o objetivo de prover escola para crianças
em países onde ocorrem conflitos armados. A
campanha é a contribuição de caridade para
se alcançar a meta da Cúpula do Milênio, promovida pelas Nações Unidas, para assegurar
o ensino a todas as crianças do mundo, até
2015.
Os esforços empreendidos pela Fundação Save the Children para dar educação às
crianças estão concentrados no Camboja,
no Nepal e em Uganda. Além de proteger as
crianças, a escola lhes dá os conhecimentos e
as qualificações necessárias para escaparem
da pobreza, permanecerem saudáveis e terem
esperança em um futuro melhor. São bem
variados os desafios, com veremos a seguir.
No Camboja, a Fundação Save the Children
está trabalhando em regiões remotas nas quais
praticamente não há escolas. Eles reformam ou
constroem escolas e cuidam para que as crianças tenham condições de estudar até o final do
curso. No Nepal, a instituição está trabalhando
em áreas rurais e desenvolvendo sistemas para
avaliar o quanto as crianças estão aprenden-
do. Essa avaliação é importante para que se
possa, no futuro, ampliar e melhorar ainda mais
o sistema escolar.
A Fundação Save the Children está trabalhando em conjunto com as autoridades
responsáveis pelo ensino no Camboja e no
Nepal, o que possibilita não só promover o envolvimento das autoridades locais na solução
do problema, como também conscientizá-las
de que as crianças têm direito à educação.
O terceiro país, Uganda, ainda está sofrendo
as conseqüências de 20 anos de uma guerra
brutal, muito embora as negociações de paz
estejam em andamento. As maiores dificuldades encontradas na devastada região norte de
Uganda são garantir a integridade física das
crianças e oferecer a elas a oportunidade de
freqüentarem a escola.
A Fundação Save the Children está reconstruindo as escolas e criando centros provisórios nos campos de refugiados, para que um
número maior de crianças tenha a chance de
freqüentar a escola num esquema flexível de
aulas.
“Graças à substancial contribuição feita
pela Hydro, muitas crianças estão tendo a
oportunidade de se escolarizarem; essa ajuda
foi imprescindível”, declara a Secretária Geral
da Fundação Save the Children, Gro Brækken.
A instituição Ajuda Humanitária Norueguesa
usou o dinheiro que recebeu da Hydro para
criar o “Fundo Hydro”, que oferece ajuda financeira a projetos cujo objetivo seja a redução da
pobreza. Em seu primeiro ano de atividade, o
Fundo já transferiu aproximadamente 3 milhões
de Coroas Norueguesas para quatro diferentes
tipos de projetos.
Os projetos no Zimbábue, na Nicarágua e na
Palestina (Cisjordânia e Gaza) estão entre os
que receberam ajuda financeira. As características principais desses projetos são a não-discriminação, a co-participação e capacidade de
construção. Quase 900 mil Coroas Norueguesas já foram transferidas para os projetos no
Zimbábue.
Em Moçambique, também um projeto
recebeu ajuda financeira. O propósito dessa
iniciativa é fortalecer a posição das mulheres
na sociedade, ao dar-lhes maiores oportunidades, inclusive, de serem donas de suas
próprias terras.
A Ajuda Humanitária Norueguesa também
usou recursos do Fundo Hydro no centro de
atendimento e abrigo para os sem-tetos em
Oslo.
hi! > Trond Aasland
fotos > Kåre Foss
Graças à substancial contribuição feita
pela Hydro, muitas crianças estão tendo
a oportunidade de se escolarizarem;
essa ajuda foi imprescindível.
Gro Brækken
hi! 35
Kjell Øyvind Vahl diverte-se com
as filhas Suzanne, 2, e Silvia, 9.
Quem?
Kjell Øivind Vahl
Cargo?
Gerente
Onde?
Aluminium Metal, Finanças e Estratégia, Oslo
Uma vida
de sucesso
em alumínio
“N a não ser trabalhar com alumínio”,
ão consigo pensar em outra coisa,
garante Kjell Øivind Vahl (46), que
sempre trabalhou com o metal, desde seu
primeiro emprego temporário durante as
férias de verão de 1980.
“Nós éramos três bons amigos lá da cidade
de Bergen, Noruega, que ficamos sabendo que
podíamos ganhar uma boa ‘grana’ como temporários durante o verão, nas fábricas de alumínio
em Årdal, Høyanger ou Husnes. Preferimos
Årdal, depois que descobrimos que a cidade era
a mais populosa das três. Meu primeiro cargo
foi como operador na fundição de varetas para
arame. Por ter adorado tanto o meu trabalho
como também a cidade, que fica no sopé das
altas montanhas de Jotunheimen, no fundo
do fiorde Sognefjord, decidi aceitar a oferta
de emprego efetivo da fábrica, trabalhando
em horário integral.
Em 1986, cheguei à conclusão de que
precisava estudar mais e, então, de 1986
a 1990, pedi demissão de Årdal e fui cursar
economia: primeiro no Colégio Comercial
de Sogndal e depois no Instituto Superior de
Comércio, na cidade de Bodø. Infelizmente
terminei meus estudos numa época em que
o mercado de trabalho estava recessivo e,
apesar de candidatar-me a 50 posições, não
fui chamado para nem uma única entrevista.
Ainda bem que fui ‘salvo’ por Einar Selsås e
Oddgeir Steinheim, de Årdal. Eles me ofereceram
o posto de economista do departamento de
vendas e fundição. Durante os anos em que estive
estudando, a empresa mudou de nome: passou de
Årdal & Sunndal Verk AS para Hydro Aluminium.
Em 1992, dei continuidade aos estudos. Fiz o
mestrado em economia – em regime de tempo
parcial –, na Escola Norueguesa de Administração,
em Sandvika, que fica nas imediações de Oslo, a
capital da Noruega, para onde fui transferido em
1993, e lá assumi uma posição no departamento
meu trabalho
Fico na maior agitação quando vejo os efeitos
que as flutuações da Bolsa de Metais de Londres
provocam no lucro da Hydro e nas fábricas.
Kjell Øivind Vahl
administrativo do então Metal Group, sob a chefia
de Jan Ytredal. Foi nessa fase que ganhei experiência em negociações e gerenciamento de riscos,
direcionando-me para três diferentes funções
durante o período de quatro anos que trabalhei
nos Estados Unidos, primeiro em Louisville e, em
seguida, em Baltimore.
Já de volta, em Oslo, agora o meu trabalho
abrange contabilidade e registro financeiro dentro
da assessoria administrativa da divisão Aluminium
Metal. Você pode até achar que o que faço não
tem nada de interessante. Com a minha experiência em alumínio, sinto que consigo chegar ao
âmago de tudo que está acontecendo, tanto no
mercado, quanto na linha de produção. Para mim,
meu trabalho está a quilômetros de distância do
tédio de processar grandes quantidades de dados.
Fico na maior agitação quando vejo os efeitos
que as flutuações da Bolsa de Metais de Londres
provocam no lucro da Hydro e nas fábricas. É
igualmente importante para a empresa melhorar
seus sistemas contábeis e de controle, para entrar
em sincronia com as últimas exigências oriundas
do desenvolvimento de sistemas de computador
e de informação.
Quanto a minha vida particular, também tenho
de enfrentar alguns desafios, pois sou pai solteiro
de duas meninas ainda pequenas, uma de nove e
a outra de apenas dois anos. Todos os dias, tento
encontrar um equilíbrio entre meu trabalho, a
creche e as atividades após as aulas. Felizmente,
a Hydro tem uma política de flexibilidade, e eu
acho que todos do departamento em que trabalho
me dão a maior força: ninguém cria caso quando
chego atrasado de manhã. Não tenho palavras
para dizer o quanto é importante para mim
trabalhar num ambiente socialmente agradável
e ter colegas com os quais eu possa contar.”
hi! > Informações prestadas a Dag Sunnanå
fotos > Terje S. Knudsen
hi! 37
Milhares de turistas viajam para o Cabo Norte, na Noruega, para ver
o “Sol da Meia-Noite”. Vários navios chegam todos os dias ao porto
de Honningsvåg.
Escuridão e
claridade, frio e calor.
Tudo junto aqui no
topo da Noruega
Terra de
contrastes
Muita gente não se lembra de que a “Terra do Sol da Meia-Noite” é também a “Terra do Dia Escuro” – no
inverno, quando todos os turistas desaparecem. É assim que fica a cidade de Honningsvåg em dezembro.
A Hydro fez pesados investimentos em prontidão para emergência, na comunidade local. Em dezembro
passado foi realizado um exercício de simulação de um grande vazamento de óleo no mar e em terra.
cartão-postal de Honningsvåg
Innovation
A
Hydro vem pesquisando
petróleo no Mar de Barents,
que banha o litoral norte da
Noruega. O prospecto Nucula está
localizado nessas águas que demandam
grande perícia e esforço, e a perfuração
realizou-se em pleno inverno.
Durante o verão, a cidade litorânea de
Honningsvåg é a terra do sol da meia-noite
e fervilha de gente ao acolher, todos os dias,
inúmeros navios transatlânticos apinhados de
turistas, cujo destino é o Cabo Norte, a ponta
mais ao norte da Europa. No dia em que
escrevo este artigo, o vento forte está
fustigando com lufadas de neve, e durante a
perfuração, foi difícil nos mantermos em pé.
Se você nunca esteve acima do Círculo
Ártico nos rigores do inverno, não há como se
preparar para a experiência de ver um céu
totalmente escuro antes do almoço.
Partindo do aeroporto de Oslo sob o sol
É igual a estar em plena tundra ártica, numa
planície sem árvores.
O frio intenso atravessa todas as camadas
quente da manhã, o avião ruma para o norte,
direto para um céu de cores em transição,
exibindo deslumbrantes matizes de azul, dos
mais claros aos profundamente escuros.
Mas isso não é nada se comparado com o
passeio de montanha-russa que é a passagem
entre os picos da cordilheira que lhe dão as
boas-vindas quando o avião se prepara para
aterrissar em Tromsø. Um pequeno avião faz
a ponte-aérea até a cidade de Honningsvåg,
no Cabo Norte, passando por Hammerfest e
sua impressionante instalação industrial na ilha
de Melkøya.
Vista de cima das montanhas escarpadas,
é difícil de acreditar que essa região seja
habitada. Estradas vazias, esculpidas como
pequenos arranhões na rocha; cidades
minúsculas que brilham como bóias de luz
a milhas de distância uma das outras sob
o lusco-fusco do meio-dia; neve e camadas
de gelo que se estendem até onde a vista
alcança. É um cenário incompatível com
qualquer idéia de aquecimento global.
Com um baque, o avião aterrissa sobre
a pista coberta de neve e, numa manobra
brusca, faz uma curva em U e se prepara para
parquear diante de um pequeno galpão que,
depois se descobre, é o terminal do aeroporto.
de roupa que você está vestindo. As ruas
varridas pelo vento parecem desertas, mas
os montes de neve são salpicados de carros
estacionados com motores ligados. Por quê?
Acontece que os proprietários desses carros,
que estão se aquecendo nos bares, lembraram, primeiro, de ligar a calefação. Afinal,
ninguém está a fim de entrar num carro
congelado, certo?
Não obstante tanto frio, quando você
conhece o pessoal dali, a recepção é calorosa:
“Bem-vindo a Honningsvåg, estamos torcendo
para que você encontre petróleo!”.
hi! > Colin Dobinson
fotos > Colin Dobinson, Pål Hermansen
Scanpix/Aune Forlag/Ole P. Rørvik
mais sobre Nucula > páginas 8-12
hi! 39
Impressão: Kampen Grafisk, Oslo
Syd Ferguson,
engenheiro
É um ato de
reconhecimento
pelo trabalho duro
e ininterrupto de
vários anos.
John Hammond,
supervisor em
eletrônica e
instrumentação
Absolutamente
certo!
John Edmondson,
gerente de saúde,
segurança e meio
ambiente
O Prêmio para
Segurança é uma
recompensa a
todos os empregados. Afinal de
contas, foram eles
que conseguiram
os resultados.
Foi o máximo
termos conseguido
esse respeitado
prêmio, e todo o
pessoal de Aycliffe
está cheio de
orgulho. Se você
passar pela fábrica, vai reparar que
o envolvimento
com segurança,
saúde e meio
ambiente é impressionante; e cada
um, de alguma
forma, trabalhou
para melhorar ou
manter os altos
padrões exigidos.
Paul Gibson,
tecnólogo com
especialização
em compostos
É o que normalmente acontece
quando pessoas
bem treinadas
trabalham em
conjunto.
Andy Gaskell,
mecânico
especializado
5
E mais > páginas 6-7
hi
O que você
achou de
ter vencido
o Prêmio da
Presidência
para
Segurança?

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