DX200 realista

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DX200 realista
Revista do Aço - 1
2 -
Revista do Aço
índice
Notícias do Aço...........................................................................................................04
Négocios
ArcelorMittal Brasil assina
Transparency International ........................................................................................14
Artigo Técnico
Processo de furação por fricção do aço LN 70...............................................................16
credito: www.freeimagem.com
●
Capa
Uma luz no fim do túnel.............................................................................................26
Infosolda
Como realizar um EPS.................................................................................................32
Mercado Externo
Falta política estável...................................................................................................38
Perfil
Yaskawa Montoman busca liderança no mercado......................................................36
Análise
Os ingredientes para uma transformação estratégica................................................40
Classificados...............................................................................................................46
REVISTA DO AÇO – Ano V – Número 21 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.
Editor-chefe Marcelo Lopes ([email protected])
Redação Zulmira S. Felicio ([email protected])
Projeto Editorial Revista do AÇO®
Diagramador Francisco Salles ([email protected])
Colaboradores desta edição Rogério Pasinato, Charles Leonardo Israel, Willy Ank de Moraes,
Oswaldo Sicard, Fernando Lorenz, Alessandra Assad.
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Revista do Aço - 3
HYPERTHERM LANÇA TECNOLOGIA SURECUT® NA MECÂNICA
Referência em corte industrial, a Hypertherm lança tecnologia SureCut®. A novidade integra toda a
expertise da Hypertherm – fabricação de equipamentos, produtos de automação e softwares de
agrupamento – num mesmo pacote, facilitando o dia a dia das empresas que trabalham com corte
plasma ou jato d´água.
Uma das ferramentas que fazem parte da SureCut® é a tecnologia True Hole®, que possibilita a realização
de furos em aço carbono com qualidade excepcional, combinando parâmetros de corte e gases com uma
metodologia específica de perfuração. A True Bevel®, por sua vez, configura de
maneira automática os padrões de corte, a partir de tabelas previamente testadas
pela Hypertherm. “Permite a realização de cortes chanfrados com mais qualidade
e agilidade, eliminando as despesas com os materiais usados nos testes”.
Outra integrante da SureCut®, a tecnologia Rapid Part® eleva em até 100% a
produtividade do equipamento, graças à otimização das rotas de corte. “Esse
novo pacote tecnológico da Hypertherm também ajuda a aumentar a vida útil
dos consumíveis, ajustando automaticamente as alturas de corte e perfuração”,
observa Lima, lembrando que os usuários da SureCut® ainda contam com a
ferramenta Remote Help®, que localiza e diagnostica problemas no corte por
meio de acesso remoto ao CNC.
Informações, acesse: www.hypertherm.com.br
Erasmo Lima, diretor da
Hypertherm na América do Sul
TRUMPF RECEBE PRÊMIO DE GIGANTE DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS
Há 35 anos no Brasil, a TRUMPF, foi eleita Fornecedora Partner 2015
no 11º Encontro de Fornecedores da América do Sul realizado pela John
Deere, campeã no fornecimento de serviços e produtos avançados.
O encontro com fornecedores é um evento anual estruturado para
reconhecer a importância estratégica da cadeia de fornecimento para a
John Deere. João Carlos Visetti, diretor da TRUMPF do Brasil, marcou
presença na cerimônia e foi chamado ao palco para receber a premiação.
Segundo ele, a John Deere está entre os 5 maiores clientes globais. “No
ano passado, vendemos 80% das máquinas, de nossa linha de produtos,
compradas por eles.” A TRUMPF fornece à John Deere máquinas de
corte a laser, puncionadeiras e dobradeiras.
O prêmio é considerado uma enorme conquista para a TRUMPF, já que a filial brasileira foi a primeira a
al¬cançar esse status. De acordo com Visetti, atingir esse patamar através de um cliente como a John
Deere é algo bastante complexo, uma vez que, ao contrário de fornecedores da cadeia produtiva, a
TRUMPF não está diretamente envolvida no dia a dia da empresa.
www.trumpf.com.br
TWIST, O APLICATIVO DA NORTON E DA CARBORUNDUM PARA USUÁRIOS
Todas as dúvidas que os usuários de discos de corte e desbaste da Norton e da Carborundum, marcas
da Saint-Gobain Abrasivos, possam ter a respeito dos usos e aplicações desses produtos já podem
ser solucionadas em um click. É que as empresas acabam de lançar o aplicativo TWIST, ferramenta
interativa de acesso fácil e rápido com informações sobre qualquer tema relacionado aos discos de corte
e desbaste.
O TWIST foi desenvolvido para atender às necessidades de pessoas que
trabalham com discos abrasivos como: engenheiros, técnicos de segurança,
líderes de produção, vendedores e usuários finais que buscam auxílio na hora
de escolher o produto ou informações sobre como aumentar a produtividade
e reduzir custos de produção.
www.norton-abrasivos.com.br / www.carborundum-abrasivos.com.br.
4 -
Revista do Aço
FABRICAÇÃO,
MONTAGEM
E
SERVIÇOS
DE
CORTE
COM
QUALIDADE
FABRICAÇÃO
E
MONTAGEM
A TEC INOX está no mercado há mais de 15 anos. É uma
empresa especializada na fabricação e montagem de
equipamentos industriais para frigoríficos, laticínios,
supermercados, indústria
de bebidas, restaurantes e
uma diversidade de
produtos em aço inoxidável.
PRESTAÇÃO
DE
SERVIÇOS
DE
CORTE
PERSONALIZADO
Sendo a principal no estado de Mato Grosso em prestação de serviços,
tendo como diferencial a Máquina Jato d' água CNC de pressão
ultraelevada, com corte de enorme variedade de materiais
de espessura de até 250 mm, cortando os seguintes materiais:
aço carbono, aço inox, alumínio, titânio, cobre, vidro,
plástico, borracha, madeira, acrílicos, mármore,
granitos e porcelanato.
Contato
(66)
3544-1761
[email protected]
http://tec-inox.webnode.com
Revista do Aço - 5
Rua Tom Jobim, 304 -Industrial Nova Prata - Sorriso - MT -CEP. 78890-000
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Revista do Aço
CHINA REGISTRA CRESCIMENTO EM IMPORTAÇÕES DE COBRE DE 30%
No primeiro trimestre deste ano as importações de cobre da China
tiveram acréscimo de 30%, a 1,43 milhão de toneladas, as de minério
de ferro atingiram 6,5%, a 241,56 milhões de toneladas, e as de
petróleo bruto registraram 13% ante o mesmo período de 2015, a
91,1 milhões de toneladas. Na comparação anual de março, as
importações chinesas de minério de ferro subiram 6,5%, a 85,77
milhões de toneladas, enquanto as de cobre atingiram 39%, a 570
mil toneladas. Os dados também mostraram que a China exportou
630 mil toneladas de petróleo bruto em março, 16% menor do que
no mesmo período registrado no ano anterior. Informações da Dow
Jones Newswires.
www.tramontina.com.br
METAL WORK APRESENTA O FUNCIONAMENTO DE UMA FÁBRICA DOTADA DE
MANUFATURA AVANÇADA
Atenta às inovações do setor e às oportunidades que a indústria
4.0 oferece, a Metal Work, tradicional indústria fornecedora de
equipamentos para automação industrial, apresentam na prática o
funcionamento de uma fábrica dotada de manufatura avançada. Na
oportunidade, a Metal Work vai exibir no demonstrador soluções para
manipulação utilizando produtos: Serie VLock que possui sistema de
interface rápida, permitindo construir braços e ou manipuladores sem a
necessidade de construções mecânicas.
“Todos esses itens estarão fixados através dos acessórios da série VLock
diretamente a uma estrutura em perfis de alumínio, mostrando que podemos
fornecer a solução completa”, explica o diretor da empresa, Hernane
Cauduro. O conceito da indústria 4.0, indústria inteligente ou Manufatura
Avançada, ganhou força durante a última edição da Feira Hannover Messe,
na Alemanha, pois utiliza como base os conceitos de IoT (Internet of Things
- Internet das coisas) e M2M (Machine 2 Machine – Máquina a Máquina).
www.metalwork.com.br
HARDOX DA SSAB POSSUI AMPLA GAMA DE ESPESSURAS
“O setor agrícola brasileiro oferece um vasto potencial para o desenvolvimento de equipamentos mais
leves, produtivos, duráveis e eficientes e é um mercado no qual a aplicação de aços de alta resistência
ainda é muito recente, mas com amplo potencial de crescimento”, disse o gerente técnico da SSAB
Américas Fabio Silva, durante a participação da empresa na Agrishow, feira que aconteceu no mês
de abril, em Ribeirão Preto (SP). A SSAB, empresa produtora de aço de alta resistência com unidades
produtivas na região nórdica e nos Estados Unidos, apresentou na mostra quatro cases do aço de alta
performance Strenx aplicados às máquinas agrícolas, além de amostras das chapas antidesgaste Hardox. Utilizando o Strenx em equipamentos é possível ter guindastes com maior alcance, implementos
com carga útil maior e equipamentos que economizam combustível. Já
o Hardox é sinônimo de durabilidade e qualidade em âmbito mundial
no setor do aço. Com a maior gama de espessuras e dimensões do
mercado, o Hardox é a chapa de aço de alta resistência mais indicada para aplicações que precisam suportar as mais severas condições,
sem trincar ou deformar. A empresa também participou da Feira Bauma
em Munique (Alemanha) também em abril.
www.ssab.com.br
Revista do Aço - 7
SCHUNK LANÇA PRODUTOS
A produtividade é um fator decisivo para que a indústria brasileira supere a
crise e retome ao nível de competitividade em termos mundiais. De acordo
com esse direcionamento a SCHUNK Intec-BR, subsidiária brasileira da multinacional alemã SCHUNK GmbH & Co. KG, líder competente em tecnologia
de fixação e sistemas de garras, com lançamentos mundiais voltados para
um nível de automação maior no setor metal mecânico. A SCHUNK que é
líder em tecnologia de fixação e sistemas de garras acaba de elevar ainda
mais a superioridade da garra com a nova PGN-plus Permanent. Outro produto a ser lançado, é um porta-ferramenta de expansão hidráulica, TENDO
E compact, instrumento contra altos custos de usinagem e com potencial de
eficiência e desempenho comprovado por meio de estudos técnicos.
www.schunk.com.br
FEI INAUGURA LABORATÓRIO DE
MANUFATURA DIGITAL
Com 75 anos de tradição, o Centro Universitário
FEI é referência entre as instituições universitárias
no Brasil nas áreas de Gestão e Tecnologia, e
excelência no ensino da Administração, Ciência
da Computação e Engenharia nos vários cursos
de graduação e pós-graduação (especialização,
mestrado e doutorado). A Instituição já formou
mais de 50 mil profissionais, entre engenheiros,
administradores de empresas e bacharéis
em Ciência da Computação. Atualmente, a
FEI desenvolve estudos nas áreas de gestão
da inovação, processos de inovação, além
de metodologias aplicadas às organizações,
automobilística, robótica, inteligência artificial,
engenharia de produção, biocombustíveis e
energia. Mantida pela Fundação Educacional
Inaciana “Pe. Sabóia de Medeiros”, a FEI integra
a Rede Jesuíta de Educação e agrega instituições
históricas de ensino de São Paulo: Faculdade
de Engenharia Industrial, Escola Superior de
Administração de Negócios e Faculdade de
Informática.
8 -
Revista do Aço
WENGER MELHORA PERFORMANCE
INDUSTRIAL COM ERP OMEGA DA
ABC71
V i s a n d o
aperfei-çoar
processos
e
aumentar
a
produtividade,
a Wenger do
Brasil, responsável por atender aos principais fabricantes
de alimentos extrusados (alimentos que são
submetidos a variações de pressão e temperatura
em um curto espaço de tempo, com o objetivo
de preservar suas características nutricionais),
decidiu investir na aquisição do sistema de gestão
empresarial da ABC71, o ERP Omega. Com o
novo sistema é possível eliminar a carência na
roteirização do processo industrial, melhorar
a aderência das informações e oferecer mais
coerência e eficácia nos resultados. “A solução
da ABC71 melhorou nossa performance em
geral, mas o maior ganho que observamos foi
obtido com o módulo industrial”, informa a diretora
administrativa da Wenger do Brasil, Lais Betty de
Souza. Com a instalação do ERP Omega o trabalho
é compartilhado com todos os departamentos.
“Não temos mais serviço duplicado, o que já
gerou importante redução de tempo e eficiência
nos processos. Como a empresa opera com a
customização de alguns produtos para atender
demandas específicas de determinados clientes,
frequentemente são geradas inúmeras tratativas
fiscais nacionais, de importação e exportação que
exigem informações precisas e confiáveis. O ERP
Omega nos atendeu com excelência em mais essa
demanda”, finaliza Lais Betty.
FPT desenvolve motores exclusivos
para Iveco
Com destaque mundial
na
fabricação
de
motores industriais, a
FPT Industrial acaba
de desenvolver três
novos motores para
as novas gerações de
caminhões da Iveco.
Os lançamentos Tector
de 17 e 26 toneladas são equipados com
motores da família NEF, já o modelo Stralis
MY1, com versões 440 e 480 cv, recebeu um
motor desenvolvido exclusivamente para o
mercado brasileiro. Na prática, a nova geração
de caminhões terá mais potência e torque
com melhor consumo de combustível. “Temos
trabalhado a partir do nosso Centro Técnico
regional - sempre em conjunto com os clientes
- para atingir o máximo em performance,
eficiência energética e menores níveis de
emissões de poluentes. Esses são quesitos
importantes para o transporte em qualquer país
e estão sempre presentes em nossos motores,
agregando valor aos produtos que equipam”,
afirma presidente da FPT Industrial na América
Latina, Marco Aurélio Rangel, destacando que
o desenvolvimento das novas versões contou
com a integração das equipes da FPT Industrial
do Brasil, de Torino (Itália) e da Iveco Brasil.
A FPT integra o Grupo CNH Industrial voltada
ao design, produção e comercialização de
sistemas de propulsão para veículos on-road e
off-road, máquinas agrícolas e de construção
e também aplicações marítimas e de geração
de energia.
METALURGIA
PREVÊ
REPETIR
SUCESSO DA EDIÇÃO ANTERIOR
Paralelamente à Metalurgia, este ano será
realizada a 4ª Powergrid Brasil – Feira
e
Congresso
de
Energia – Tecnologia,
Infraestrutura
e
Eficiência Energética
que,
segundo
os
organizadores,
visa
apresentar caminhos
para melhorar a performance das empresas
e torná-las mais competitivas no que diz
respeito ao consumo eficiente de energia.
O evento tem o apoio da Federação das
Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), patrocínio
da Associação Brasileira das Empresas de
Serviços de Conservação de Energia (Abesco)
e é organizada pela Messe Brasil. Bienal,
a Metalurgia é realizada pela Associação
Brasileira de Fundição (Abifa) e organizada pela
Messe Brasil. Na edição de 2014, a feira expôs
400 marcas de nove países e recebeu 21 mil
visitantes de 17 países.
www.metalurgia.com.br
Revista do Aço - 9
CÂMARA PROMOVE PRIMEIRO EVENTO PARA DISCUTIR OS DESAFIOS DO
SETOR
A Câmara de Comércio
Brasil-Alemanha (AHK
São Paulo) promoveu
seu primeiro evento na
área de mineração. Sob
a temática “Desafios
Atuais e Atuação do Centro de Competência
de Mineração e Recursos Naturais”, o evento
aconteceu em abril no Centro de Competência
de Mineração e Recursos Minerais (CCMRM),
inaugurado pela Câmara no segundo semestre
de 2015. Visando identificar os principais desafios
do setor no Brasil e promover o networking
entre os interessados, o Centro surgiu para
promover a articulação entre a indústria alemã
e a indústria extrativa brasileira, uma vez que o
País se estabelece como um parceiro propício
para o abastecimento e para a exportação de
matérias-primas energéticas e minerais para a
Alemanha. Para esse intuito, o Governo Federal
alemão aprovou, no ano de 2010, sua estratégia
política no setor de Mineração, a fim de garantir
a longo prazo o suprimento de matérias-primas
que sejam sustentáveis e competitivas em nível
internacional.
GINA RINEHART PREVÊ AMPLIAR
PRODUÇÃO PARA 55 MILHÕES DE
TONELADAS
Consequência de um ambiente macroeconômico
mais favorável e com sinais de recuperação da
economia na China, o minério de ferro a custar
mais de US$ 60 por tonelada. O fato contribuiu
para que as siderúrgicas aumentassem as
aquisições, muito embora haja aumento dos
estoques portuários e avanço dos preços do
aço. Após a desaceleração em fevereiro, as
siderúrgicas chinesas, responsáveis por cerca
de metade da produção global, vêm aumentando
a produção. Além disso, o aumento dos preços
do aço contribuiu para as margens de lucro. A
quarta maior exportadora do mundo, a Fortescue
Metals Group está na expectativa de superar
seu guidance de embarques anuais depois
que seus carregamentos tiveram uma alta de
6% no período de três meses até março. Outra
australiana a Gina Rinehart, em Pilbara, também
está ampliando a produção à meta anual de 55
milhões de toneladas para este ano
10 -
Revista do Aço
NEGÓCIOS DE PÓS-VENDA DA
BMC-HYUNDAI CRESCEM 47%
Diante da retração do setor de máquinas pesadas,
com queda de 58% registrada pela Associação
Brasileira de Tecnologia para Construção e
Mineração (Sobratema), a diminuição de negócios
da BMC-Hyundai foi bem menor: 35%. Parte do
resultado - melhor do que a média nacional do
segmento - é creditada aos negócios de pósvendas da companhia, ou seja, o fornecimento
de peças e serviços. Essa área sozinha fechou
2015 com um incremento de 47%. “Aumentamos
os pontos de cobertura no Brasil e investimos
em estoque de peças e na ampliação da equipe.
Com isso, conseguimos melhorar a velocidade de
atendimento”, avalia o diretor Nacional de PósVendas da BMC-Hyundai, Alcides Guimarães.
Responsável por cerca de 35% do faturamento
atual da BMC-Hyundai, a estrutura de pós-vendas
possui um estoque
de 46 mil itens e uma
rede de atendimento
com mais de 30 pontos
distribuídos no País.
Para otimizar ainda mais
o suporte, a empresa
aposta na estratégia de
regionalizar a gestão.
SASAZAKI CRIA PRODUTOS COM EXCLUSIVO SISTEMA DE PROTEÇÃO
ACÚSTICA
Para eliminar a poluição
sonora nas cidades, a
Sasazaki , fabricante de
portas e janelas de aço e
alumínio, criou o exclusivo
Sistema
de
Proteção
Acústica Sound Block. São
portas e janelas de correr
e integradas da Linha Aluminium, com vidros
especiais e que receberam um projeto de perfis e
vedação diferenciados, com encaixes perfeitos. A
solução garantiu a classificação “A”, o melhor nível
de eficiência de conforto acústico, estabelecido
pela norma da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) - NBR 10821-4. “A tecnologia
avançada do Sistema de Proteção Acústica Sound
Block é única e resultou no primeiro projeto de
esquadrias padronizadas que atinge este alto
nível de desempenho acústico”, acrescentou o
diretor comercial da empresa, Neylor Brito.
www.sasazak.com.br
TRAMONTINA COMPLETA 40 ANOS E LANÇA DISJUNTORES
Este ano a Tramontina Eletrik completa 40 anos de experiência no desenvolvimento e produção de
uma ampla gama de produtos que traz segurança, qualidade e praticidade para instalações elétricas
residenciais, comerciais e industriais. Fazendo parte das comemorações, a empresa está estreando
no segmento de disjuntores e acaba de lançar uma linha completa para proteção de circuitos elétricos,
que inclui disjuntores, DPS, dispositivo DR e quadro de distribuição. Entre os diferenciais do disjuntor da
Tramontina Eletrik estão a montagem e desmontagem individual, sem necessidade de desconectar todo
o barramento; conexão dos terminais para cabo e barramento em ambos os lados da peça, otimizando o
tempo de instalação do dispositivo no quadro; e indicador de posição liga/desliga que informa o real status
de funcionamento do disjuntor caso a manopla esteja travada. Destacam-se ainda os lançamentos dos
disjuntores TR3KA e TR6KA, dispositivos eletromecânicos de segurança que desarmam a rede elétrica
de determinado circuito em caso de sobrecarga e curto-circuito.
Revista do Aço - 11
31ª Feira Internacional da Mecânica
Patrocínio Ouro
Key Partners
Apoio
Mídia Oficial
12 -
Revista do Aço
Montadora Oficial
CIA Aérea Oficial
Organização e Promoção
ZF INSTALA UNIDADE DENTRO DA
PLANTA DA MERCEDES-BENZ
O novo modelo de negócios
da ZF já implementado na
China, Estados Unidos
eTailândia, entre outros
países, agora terá a vez
no Brasil, o primeiro país
da América Latina a ser
escolhido. Trata-se da instalação de uma unidade
operativa com dois mil metros quadrados dentro da
nova planta industrial da Mercedes-Benz do Brasil,
em Iracemápolis (SP). A ZF será a montadora de
sistemas de chassis, eixos dianteiros e traseiros
completos, bem como o conjunto de powertrain
para veículos classe C e GL.A. “A ZF receberá
os componentes importados da Mercedes-Benz
da Alemanha. As montagens preliminares dos
sistemas de chassis serão feitas na unidade de
Sorocaba, onde serão criados 42 novos postos
de trabalho. Já a montagem final será feita em
Iracemápolis em uma linha que empregará mais
25 trabalhadores. O conjunto completo será
entregue para a linha de montagem da MercedesBenz no sistema JIS (just in sequence)”, informa o
diretor da Divisão de Tecnologia para Chassis da
ZF América do Sul, Wilson Sapatel.
QUIMATIC LIMPA E PROTEGE ESTRUTURAS DE AÇO INOX
“Limpar aço inoxidável e também
cordões de solda no aço inox é um
desafio constante para indústrias
dos mais diversos segmentos
que utilizam tanques, tubulações,
instalações sanitárias e reatores fabricados com
o metal”, afirma o químico sênior da Quimatic
Tapmatic, Marcos Pacheco. Para resolver essa
questão, a fabricante de especialidades químicas
Quimatic Tapmatic apresenta ao mercado sua
linha de limpadores de aço inox. Os produtos são
ideais para a limpeza dos aços inox da série 300
(aço austenítico), considerados mais resistentes
à corrosão e ao ataque químico por possuírem
taxa mais elevada de cromo, níquel e molibdênio.
Constituídos por uma combinação de ácidos
inorgânicos e agentes oxidantes, os produtos da
marca limpam com facilidade o metal e removem
corrosão, oxidação e incrustação. Os produtos
químicos conferem diversas vantagens em relação
à remoção da corrosão por processos mecânicos,
como lixamento ou esmerilhamento. Isso por
que as soluções químicas eliminam rapidamente
ferrugem, manchas, sujeira, carbonização e
contaminantes sem agredir a superfície.
ACESSÓRIOS TEAM BINZEL
Os acessórios da ABICOR BINZEL são a melhor relação entre custo e benefício, onde os principais
diferenciais são a segurança, a qualidade e a confi¬abilidade que a sua empresa necessita.
Porta eletrodos ATB - 300 / 400 / 500 / 600 e 500/600
Maior condutividade e melhor qualidade de tra¬balho.
Os porta eletrodos são utilizados no processo de soldagem com eletrodo revestido e dimensiona-dos
para trabalhar em uma determinada faixa de diâmetros tanto de eletrodos quanto de cabos. Em correntes
mais elevadas, o porta eletrodo necessita ser mais robusto.
É de extrema importância especificar o porta eletro¬do de acordo com a amperagem a ser utilizada.
Principais características:
- Punho quick lock – praticidade na instalação;
- Corpo de latão – os porta eletrodos ATB possuem corpo de latão; robusto que garante maior
condutividade. Faça o teste!
- Lâmina de cobre e chave allen para a fixação do cabo;
- Cabo de alta flexibilidade
- Proteção da mola da alavanca.
Disponíveis nas versões: 300 / 400 / 500 / 600 e 500/600
Tipo Ø máx. do eletrodo Bitola máx. do cabo Amperagem máx. 35% ciclo
de trabalho Amperagem máx. 60% ciclo de trabalho
ATB 300 5mm 25mm² 300A 150A; ATB 400 6mm 50mm² 400A 200A;
ATB 500 6mm 50mm² 500A 300A; ATB 600 6mm 75mm² 600A 400A; ATB
500/600 8mm 95mm² 600A 400A
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Tels.: 24 2222-9760 / 2222-9770 / 2222-9780.
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Revista do Aço - 13
NEGÓCIOS
ArcelorMittal Brasil assina
Transparency International
Por: Assessoria de Imprensa
A
rcelorMittal Brasil assinou em (27/04), na
sede da empresa em Belo Horizonte, o
termo de adesão à ONG Transparency International
(TI), organização global fundada em 1993 com sede
em Berlim e que tem como principal objetivo a luta
contra a corrupção. Pelo acordo, a ArcelorMittal
Brasil será a primeira empresa no Brasil a integrar o
“TI Business Forum: Grupo Brasil”, uma plataforma de
diálogo, intercâmbio e desenvolvimento conjunto
de conhecimento especializado e contribuições à
luta do Brasil e do mundo contra a corrupção.
Para empresas comprometidas em manter suas
operações livres de práticas ilegais e antiéticas
e apoiar a luta global contra a corrupção, uma
parceria com a TI é um passo significativo para
demonstrar este compromisso para um ambiente
de negócios mais íntegro. A ArcelorMittal Brasil
espera que esta parceria reverbere em toda sua
cadeia produtiva, estimulando outras empresas
a também buscarem uma melhor governança,
equidade e sustentabilidade nos negócios. “Já temos
uma estrutura de compliance ativa e agora vamos
avançar e fazer da nossa empresa um vetor de
transformação, ajudando nosso país na construção
14 -
Revista do Aço
de um amplo consenso do valor da integridade
no mundo dos negócios”, afirmou o presidente da
ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho.
A assinatura precedeu o evento “Integridade nos
Negócios”, voltado para empregados e que contou
ainda com a participação da Diretora Jurídica
e de Relações Institucionais, Suzana Fagundes;
do representante da Transparency International,
Bruno Brandão; e do Promotor de Justiça do
Estado do Espírito Santo e ex-secretário de Estado
de Transparência e Controle do Espírito Santo,
Dr.Marcelo Zenkner, que debateram temas como
corrupção, compliance, ética e transparência no
mundo dos negócios e na esfera governamental.
“O objetivo desta iniciativa foi dar continuidade aos
esforços da ArcelorMittal Brasil para desenvolver
uma cultura de integridade nos negócios, bem
como estimular a reflexão sobre a importância do
tema para a sustentabilidade das organizações”,
explica Suzana Fagundes.
Para o promotor Marcelo Zenkner, “é muito
positivo participar de fóruns que debatam a
integridade, que ainda é muito confundida com
moralidade. Integridade é muito mais que isso, pois
Crédito: Roberto Rocha
NEGÓCIOS
O presidente da ArcelorMittal Brasil, Benjamin Baptista Filho, a Diretora Jurídica e
de Relações Institucionais, Suzana Fagundes, o representante da Transparency
International, Bruno Brandão e o promotor de justiça Dr.Marcelo Zenkner.
depende não apenas da conduta, mas também e
fundamentalmente dos valores que cultuamos.
Sobre o mundo corporativo, as empresas devem
contratar caráter e treinar habilidades, pois qualquer
atitude pode ser decisiva, por mais capilar que seja.
Um sistema de integridade, por isso, é muito mais
eficiente e econômico que os tradicionais sistemas
de compliance”.
Já Bruno Brandão ressaltou que “o Brasil precisa
ter uma visão realista do momento que vive para
endereçar as medidas mais assertivas de solução.
Em termos de ranking mundial de percepção da
corrupção, há um caminho a percorrer, mas está
em posição de vantagem com relação a muitos
países. Estamos vivendo um momento histórico
com imensos riscos, mas também oportunidades.
Metaforicamente, é como se tivéssemos nosso
país deitado em uma mesa cirúrgica, com o peito
aberto, cabendo a nós agora tomarmos a coragem
para fazer um transplante de coração. A sociedade
brasileira tem agora a oportunidade de dar ao Brasil
um novo coração, com tudo para pulsar na cadência
da integridade. E a Transparency International terá
grande prazer em contribuir para o sucesso desse
processo”.
ArcelorMittal Brasil A
Revista do Aço - 15
ARTIGO
TÉCNICO
PROCESSO DE FURAÇÃO
POR FRICÇÃO DO AÇO LN 700
Por: Rogério Pasinato / Charles Leonardo Israel
Imagens: Divulgação
E
ste trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o comportamento do
material aço LN 700 após furação por fricção a
seco, sendo realizado nos laboratórios de usinagem CNC e laboratório de materiais da Universidade de Passo Fundo.
O artigo apresenta a avaliação do comportamento do aço ARBL LN 700 submetido à furação por fricção a seco, realizado num perfil
retangular com dimensões de 100 x 40 x 4mm
16 -
Revista do Aço
sendo furado com uma ferramenta fabricada de
metal duro UK 40, com revestimento de nitreto
de titânio, com diâmetro do furo a ser obtida de
10,9mm.
Para os ensaios, dois grupos com parâmetros de rotação e avanço foram definidos para
comparar os resultados da furação, caracterizados como grupo 1 e grupo 2. Os ensaios de furação foram realizados em centro de usinagem
CNC. Com a furação realizada foram avaliados 
ARTIGO
TÉCNICO
resultados de circularidade, altura da bucha escoada, microdureza do material, comprimento
da bucha escoada e tensão residual resultante
dos ensaios de furação por fricção. Para avaliar os resultados foi realizado análise do teste
Tukey (“t”), com grau de confiabilidade de 95%.
Na avaliação dos resultados mostram que os
parâmetros usados no grupo 2 apresentaram
melhor comportamento do aço LN 700 na caracterização da furação por fricção, principalmente na avaliação de tensão residual.
A furação por fricção é um processo de fabricação que resulta em uma bucha escoada por
meio da ação de uma ferramenta rotacionada
sobre a peça que promove o aquecimento do
material na região de trabalho causando a deformação plástica através do movimento de rotação e avanço, onde todo o material extrusado
forma a bucha, eliminando a formação de cava-
co. A forma da bucha é mais espessa em relação
à peça, proporcionando maior área de contato
na região do furo.
A ferramenta é definida a partir de cinco
regiões, definidas por centro ou ponta, cone,
cilindro, colar e região da haste. A formação
da bucha escoada é resultado da deformação
plástica, realizada pela ferramenta em contato
com a peça de trabalho.
Após definição de sequência para realização
dos ensaios, 2 grupos com rotações e avanços
diferentes foram aplicados com uso de um
centro de usinagem CNC e uma sequência de
8 furos para cada grupo. A partir das amostras,
as avaliações de circularidade, microdureza, rugosidade, comprimento das buchas escoadas e
tensão residual, foram comparadas para avaliar
o comportamento do material submetido a fu
ração por fricção a seco.
Revista do Aço - 17
27a EDIÇÃO
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Diante da maior crise da história do setor do aço no Brasil e no mundo, o momento é de união dos setores produtivos para
que a indústria nacional retome o seu crescimento. Nesse contexto, o Instituto Aço Brasil receberá renomados palestrantes
nacionais e internacionais no MAIS IMPORTANTE EVENTO DA CADEIA SIDERO-METALÚRGICA BRASILEIRA.
Indústria Nacional - retomada do crescimento – o que fazer?”, “Indústria Mundial do Aço - cenário nos próximos três anos
- impactos para o Brasil”, “Economia Circular – transição para um novo modelo”, “China – economia de mercado” e
“Futuro da Indústria Brasileira do Aço – a visão dos CEOs” serão os temas a serem debatidos
Armando
Monteiro Neto
Usha
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Ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior
Professora de Administração
da Universidade de West Virginia
Ricardo
Abramovay
Professor Titular do Departamento
de Economia da Faculdade de
Economia Administração e
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Economista
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18 -
Revista do Aço
ARTIGO
TÉCNICO
PROCEDIMENTOS
Para a realização dos ensaios de furação
a seco no aço ARBL LN 700, foram definidos
2 grupos sendo os parâmetros de rotação e
Figura 2: Ferramenta para furação
avanço apresentados na figura 3. Os resultados
após a furação serão avaliados os resultados
de cilindricidade, circularidade, dureza, rugosidade, microdureza e tensão residual.
As etapas de furação que a ferramenta deverá realizar, de acordo com a progressão da
Figura 4: Parâmetros para furação
Figura 3: Parâmetros para furação
Grupo 1 (Parâmetro Baixos)
Grupo 2 (Parâmetros Altos)
Etapas
Rotação
(RPM)
Avanço
(mm/min)
Rotação
(RPM)
Avanço
(mm/min)
1
3000
150
4000
250
2
2500
200
3500
300
3
2000
250
3000
350
furação estão apresentadas na figura 4.
Nas etapas de furação, a ferramenta realiza
as etapas na seguinte ordem para o grupo 1 e 2:
a) Aproximação da peça;
b) Contato da ponta com a peça;
c) Penetração do cone;
d) Conformação do furo com penetração do
corpo da ferramenta;
e) Retorno da ferramenta.
Para a coleta de dados da furação realizada,
utilizou-se uma máquina de medição por coordenadas marca Zeiss modelo Prismo, com de-

Revista do Aço - 19
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20 -
Revista do Aço
ARTIGO
TÉCNICO
slocamento em X, Y e Z e capacidade no eixo
X: 1000mm, Y: 1800mm, Z: 1000mm sendo a
medição por coordenadas com um software
CALIPSO versão 4.6. Para de medição de cilindricidade dos furos, definiram-se dois pontos
ao longo do comprimento das amostras furaFigura 5: Distâncias definidas para coleta de dados circularidade, cilindricidade e rugosidade e comprimento
da bucha das amostras
das conforme figura 5.
Nos ensaios de rugosidade, nos grupos 1 e 2
foram avaliados oito amostras de furos de cada
grupo com verificação em cinco pontos em
cada amostragem, utilizando a escala Rz para
avaliação dos resultados. Para a realização da
medição foi utilizado um microdurômetro Marca Schimadsu modelo HMV-G 20ST.
Nos ensaios de microdureza a carga utiliza-
da foi de 200 gramas. Oito amostras de cada
grupo foram coletadas e preparadas.
ANÁLISE DOS RESULTADOS
Com os parâmetros usados sendo relatiFigura 8: Geometria
vamente diferentes ambos os resultados dos
grupos de furação são próximos e podem ser
Figura 9: Comprimento das buchas escoadas
Figura 7: Pontos de medição de microdureza
aplicados em escala industrial, pois não apresentaram variações significativas após a análise 
Revista do Aço - 21
ARTIGO
TÉCNICO
estatística
Através da análise estatística as amostras
avaliadas não apresentaram diferenças, sendo
possível afirmar que entre os parâmetros usados para caracterização do processo de furação
no aço podem ser aplicados na indústria. Em
relação à dimensão nominal definida pela geometria da ferramenta de 10,9mm, os valores de
10,87mm para o grupo 1 e 10,80 para o grupo
2, atendem a valores a serem aplicados, pois o
valor do desvio padrão resultante na análise,
justifica os resultados avaliados.
Na avaliação do comprimento da bucha escoada, os resultados da análise realizado entre
os grupos 1 e 2 não apresentaram variações.
O comprimento da bucha escoada na fuFigura 10: Microdureza
ração por fricção está diretamente associado
na definição do comprimento do cone da ferramenta.
Na avaliação de microdureza dos corpos de
prova a metodologia definida para avaliar os resultados considerando 3 aspectos: 1º avaliação
de microdureza região do metal base, 2º região
de transição entre metal base e bucha escoada,
3º região da bucha escoada.
Na avaliação entre grupos, com os parâmetros usados para caracterizar a furação por fricção no aço LN 700, os resultados analisados não
atingem um limite para carecterizar diferenças
na microdureza. O desvio padrão de 9,85 per22 -
Revista do Aço
Figura 11: Rugosidade
mite assegurar que não há direfença entre
grupos nos resultados avaliados na análise estatística.
Para avaliação da rugosidade obtida na furação por fricção, foi usado o índice de rugosidade Rz que determina o maior e menor pico
ao longo do comprimento de mostragem.
Os valores do grupo 2 apresentam rugosidade relativamente menor em relação ao
grupo1, o que justifica os parâmetros maiores
aplicados nas furações. A menor rugosidade na
avaliação, está ligada ao avanço, pois reduz a
quantidade de material a ser aderido nas laterias do furo, fazendo que a região seja mais lisa,
melhorando a rugosidade.
Para a avaliação da tensão residual, foram
avaliados quatro pontos em uma amostra do
material base, com sentido de orientações
Figura 12: Tensão Residual Metal Base

ARTIGO
TÉCNICO
longitudinal e transversal que posteriormente
serão usados para confrontar com resultados
de tensões coletadas em amostras dos grupos
1 e 2. O resultado da tensão residual é apresentado duas condições: 1) tensão trativa, com valores positivos que caracterizam baixa resistência à fadiga, 2) tensão compressiva, com valores
negativos caracterizam uma faixa menor que
zero, onde asseguram aplicações em situações
de fadiga quando expostos em condições de
trabalho.
Na avaliação dos resultados obtidos, no
sentido transversal manteve-se entre 340 a
365Mpa, caracterizando tensões trativas. Para
a condição longitudinal, a variação é 168 a
298Mpa, apresentando variação ao longo das
amostras. Ambos os resultados são trativos, caracterizam o processo de obtenção do material,
que geralmente por laminação, proporciona a
tensão trativa e por ser uma caracterísiticas de
perfis retangulares.
No grupo 1, o resultado de cada amostra ao
longo do perfil avaliado é apresentado na orientação longitudinal (L) e transversal (T), com
o menor e maior valor de cada amostra, veriFigura 13: Tensão Residual Grupo 1
ficando a possível alteração das tensões após

Revista do Aço - 23
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24 -
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Revista do Aço
Serviços, Materiais e Equipamentos
ARTIGO
TÉCNICO
ensaios realizados.
Em comparação ao metal base é possível
afirmar que os resultados para o grupo sofreram alterações variadas, pois nos furo 1,2 e 3,
ocorre redução da tensão, em relação ao metal
base, de forma sazonal no decorrer da furação.
Figura 14: Tensão Residual Grupo 2
Já no furo 4, resulta em tensões reativamente
diferentes ao metal base e aos demais furos,
podendo ser caracterizado pela concentração
de temperatura nos ensaios.
No grupo 2, onde os parâmetros usados nos
ensaios são elevados ao grupo 1, o resultado da
tensão é mostrado no gráfico a seguir:
Em comparação as amostras do grupo 1
e em relação ao metal base, onde as tensões
transversais (T), asseguram a possibilidade de
aplicação do material, pois os resultados são
baixos em relação aos valores so metal base. No
sentido longitudinal (L), as tensões são menores, pois na mesma proporção do sentido transversal, (T), acompanham as alterações.
RESULTADOS
A caracterização do processo de furação a
seco no aço LN 700 permitiu avaliar e comparar
rotação e avanço usados a fim de proporcionar
a aplicação em escala industrial. Nos ensaios
de circularidade, ambos os grupos valores à dimensão de 10,90mm definidos na dimensão da
ferramenta, permitindo à aplicação para laminação de roscas. No comprimento das buchas
escoadas, onde as medidas variaram de 7,07 no
grupo1 e 7,51 para o grupo 2, ambos os comprimentos obtidos permitem a utilização, pois
não apresentam variações entre si. Para a avaliação de microdureza do material
os valores avaliados foram próximos aos valores
do metal base, na região afetada e bucha escoada, estimavam-se alterações significativas, o
que não ocorreu, justificando que o material
quando submetido a furação a seco, a dureza
não é alterada.
Para a rugosidade analisada entre os grupos, não ocorreu alterações significativas entre as amostras permitindo o uso que ambos
os parâmetros usados. Para a tensão residual
que caracteriza a importância da operação em
relação ao material, na comparação entre metal
base com amostras de furos dos grupos avaliados, os resultados apresentados de tensão
residual no grupo 1, reduzem parcilamente em
relação ao metal base. No grupo 2, os valores
das expressantes, ou seja, negativas, o que permite com maior segurança sua aplicação permitindo a aplicação em situações de vibração e
fadiga.
A caracterização do processo de furação por
fricção a seco no aço LN 700 e a avaliação dos
resultados entre grupos por meio de análise estatística permitiu confrontar os dois grupos nas
variadas situações e mostrar que a realização
da pesquisa assegura a aplicação do processo
na indústria. Entre todos os resultados avaliados o fator que mais impacta é a tensão residual, que nesta pesquisa, o grupo 2 apresentou
resultados melhores para o material em estudo. A
REFERÊNCIAS
MILLER, Scott F.; TAO, Jia; SHIH, Albert J. Friction drilling
of cast metals.International Journal of Machine Tools
and Manufacture, v. 46, n. 12, p. 1526-1535, 2006.
OZLER, Latif; DOGRU, Nulifer. An experimental investigation of hole geometry in friction drilling. Materials and
Manufacturing Processes, v. 28, n. 4, p. 470-475, 2013.
Revista do Aço - 25
26 -
Revista do Aço
Uma luz no fim do túnel
O novo presidente da Anfavea espera que com o fim do impasse da crise política,o
setor ganhe fôlego até o final deste ano
Por: [email protected]
I
ndependente dos desdobramentos que o
momento político impõe ao País, Antonio
Carlos Botelho Megaleirá trabalhar pela
recuperação do mercado de veículos até o final
deste ano. Este foi um dos anúncios feitos pelo
executivo,no dia 25 de abril,por ocasião da sua
posse à presidência da Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores
(Anfavea) e do Sindicato Nacional da Indústria
de Tratores, Caminhões, Automóveis e Veículos
Similares (Sinfavea). Para tanto,Megale queé
diretor de assuntos governamentais na
Volkswagen do Brasilafirmou a necessidade
da associação se reunir com técnicos do
Ministério do Desenvolvimento, da Indústria edo
Comércio (MDIC), Ministério das Cidades e do
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).A
Anfavea reúne 32 empresas fabricantes de
autoveículos (automóveis, comerciais leves,
caminhões e ônibus) e máquinas agrícolas
(tratores de rodas e de esteiras, colheitadeiras e
retroescavadeiras) com instalações industriais e 
Revista do Aço - 27
CAPA
Antonio Carlos
Botelho Megaleirá
Presidente da Anfavea
produção no País.
Outra preocupação donovo presidente - que
já exerceu funções em diversas montadoras e,
inclusive, presidiu a Associação Brasileira de
Engenharia Automotiva (AEA),nas gestões 20112014, é a manutenção da mão-de-obra brasileira
especializada e, neste sentido, defende o Programa
de Proteção ao Emprego (PPE). Ele enfatizou que
na sua gestão dará sequência ao esforço de unir
todos os elos que formam a cadeia automotiva,
pois isto é fundamental para fortalecer a indústria
automobilística nacional. “Buscaremos também
ampliar nossas exportações e promover uma
nova política industrial que contemple eficiência
energética, fortalecimento da cadeia produtiva e
pensamento de mobilidade”, frisou.
Ele reconhece que terá um grande desafio pela
frente. Dados de abril da própria Anfavea revelam
que indústria automobilísticalicenciou no primeiro
trimestre 481,3 mil veículos, o que significa retração
de 28,6% frente as 674,4 mil unidades vendidas no
mesmo período do ano passado. Nos três primeiros
meses foram produzidas482,3 mil unidades, baixa
de 27,8% frente as 667,6 mil do ano anterior. No
acumulado, a queda registrada foi de32,1% em
licenciamento de caminhões, com 13,1 mil unidades
este ano perante as 19,3 mil em 2015. No trimestre,
o total de unidades produzidas ficou 43,5% abaixo
do mesmo período do ano passado, com 4,3 mil
unidades este ano ante 7,7 mil do ano passado.
28 -
Revista do Aço
Já as vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias
encerraram março com acréscimo de 17,3% ao se
comparar as 2,7 mil unidades no mês com as 2,3 mil
negociadas em fevereiro. No comparativo contra
março do ano passado, a retração foi de 43%, com
4,8 mil unidades naquele período. Até março deste
ano a diminuição foi de 44%, quando comparados
as 6,7 mil unidades com as 11,9 mil no ano anterior.
Impacto no aço
Tais números adquirem maior projeção
quando os transportamos para a indústria do
aço, destacando que o setor automobilístico é
um dos mais competitivos no desenvolvimento e
aplicação do produto. Principalmente levando em
consideração o automobilístico (carros de passeio
e motos) e o rodoviário (caminhões, ônibus e
reboques/semirreboques) com suas demandas
específicas.
No que diz respeito ao transporte público, por
exemplo, há uma inercia na renovação de veículos,
opina o professor da Faculdade de Engenharia
da Universidade Santa Cecília (UNISANTA) e do
departamento técnico da Inspebras, Willy Ank de
Morais. A Inspebras atua no setor metal-mecânico
e possui larga experiência em obras industriais,
treinamentos técnicos e inspeções.
Para quem acompanha muito de perto o
desenvolvimento do aço ao longo de 15 anos de
vivência na área, Morais afirma que a atual crise que
acomete não só o segmento automobilístico reflete
negativamente no produto aço, puxando-o para
baixo na escala da economia. “Trata-se de um setor
que tende a consumir produtos mais nobres em aço,
mas as restrições econômicas impõem não apenas
um ritmo menor de consumo, como também maior
agressividade na margem dos preços praticados”,
analisa o professor.
Renovação da frota
Não é de hoje que os ventos não estão soprando

CAPA
favoravelmente. Já em 2013 como estímulo à
renovação da frota de nacional de veículos, pela
primeira vez na história, as principais entidades
envolvidas com o transporte rodoviário de
carga,em conjunto, apresentaram uma proposta
para de estabelecimento do Programa Nacional
de Renovação de Frota. Dez entidades, incluindo
o Instituto Aço Brasil, estabeleceram as diretrizes
básicas da renovação e melhoria da frota que, na
época, contava com aproximadamente 200 mil
caminhões com mais de 30 anos de uso. O projeto
foi entregue ao MDIC, porém não apresentou
resultados.
Outrora ocupando um lugar satisfatório no
ranking da produção mundial de veículos, o Brasil
perdeu posições e, atualmente, aparece atrás do
México, sendo o nono da lista. Nesse cenário, o
ramo autopeças tem sido favorecidoem função
da diminuição da venda de veículos novos. Além
disso, se beneficia do tamanho da frota nacional
e da contínua necessidade de manutenção. Daí a
justificativa para a estabilidade que se verificano
mercado de peças e serviços.
Morais prevê que com a melhora na situação
econômica, o mercado automobilístico e rodoviário,
ora em retração, irá apresentar grande e rápida
expansão, “com forte pressão na demanda interna
e em toda a cadeia de fornecimento, especialmente
nos produtos siderúrgicos. Hoje a demanda tende a
manter-se apenas no setor de peças de reposição,
que consome aços mais simples e comuns”,
sentencia.
O especialista explica que especialmente os
novos açostornam-se as bases dessa indústria,
constituindo-se os componentes principais
na estrutura dos veículos. Do mesmo modo, o
material empregado está presente nos motores de
combustão interna e o nos mais modernos motores
elétricos. Neste contexto, Moraisidentifica três tipos
de aços empregados:
* Aços mais nobres, de grande valor agregado
-veículos mais seguros,econômicos e de melhor
desempenho empregam grande quantidade de
aços conhecidos como avançados, especialmentede
alta resistência.
* Aços com proteção anticorrosiva - a
consolidação do uso de aço com proteção
anticorrosiva (com ênfase os galvanizados com
zinco, liga zinco-ferro e liga zinco-alumínio) oferece
maior longevidade aos veículos, possibilitando aos
fabricantes estender o prazo de garantia de 1 para
até 6 anos.
* Aços tradicionais - o barateamento e
acessibilidade dos veículos foi obtida graças à
redução dos custos de produção dos aços mais
tradicionais
Willy Ank de Morais
Professor da
Faculdade de
Engenharia da
Universidade
Santa Cecília
(UNISANTA) e
do departamento
técnico da Inspebras.

Revista do Aço - 29
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30 -
Revista do Aço
Realização
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CAPA
Destaque no segmento de transporte
Em época de economia conturbada, empresas que encontram uma luz no fim do túnel, nem que seja
uma pequena válvula de escape, conseguem melhor posicionamento no mercado. Este é o caso da Tanesfil,
empresa que nasceu como oficina de reforma e produção de tanques de asfalto, estacionários e filtros
e, hoje, passados 40 anos é referência na excelência em fabricação de tanques especiais, apresentando
soluções de transporte para sua
carteira de clientes.
“O principal mercado atendido
pela Tanesfil é o de transporte de
asfalto interno” diz o diretor Renato
Lena, ressaltando que no passado
a empresa exportou equipamentos
para Uruguai, Paraguai, Bolívia e Chile.
“Agora, com a crise, observamos que
tem aumentado a procura dos nossos
produtos por empresas estrangeiras,
provavelmente em função do preço
atrativo e em razão da desvalorização
da nossa moeda”, admite.
A empresa oferece soluções no transporte de cargas líquidas, plataformas autos socorro e perfilados.
No setor de implementos rodoviários atende o segmento de transporte de produtos químicos,
petroquímicos e alimentício. No setor de perfilados a utilização do produto é bem ampla, sendo que os
principais mercados são implementos rodoviários, implementos agrícolas, construção civil e autopeças.
A Tanesfil se utiliza como matéria-prima o aço inox e aço carbono adquiridos no mercado interno.
O diretor da empresa comenta, ainda, que a oferta do produto continua alta com preço estável,
desconsiderando pequenas variações (aumento/diminuição). A
Revista do Aço - 31
INFOSOLDA
COMO ELABORAR UMA EPS
O documento básico, ou melhor, o resumo de toda a Tecnologia de Soldagem é a Especificação de Procedimento de
Soldagem conhecido pela sigla EPS
Como se organizar, ou como começar seus estudos para saber como elaborar esse documento tão importante?
Por: Luiz Gimenes Jr
S
ão 13 os principais tópicos de que devem
ser organizados para elaborar uma EPS,
mas uma EPS não é válida se não validarmos
através de testes e ensaios para isso temos
o Registro de Qualificação Procedimento de
Soldagem RQP, que seria uma coletânea de
todas as informações obtidas na validação da
EPS, tais como transcrição dos certificados de
ensaios químicos, mecânicos, metalográficos,
transcrição de todos os dados utilizados na
soldagem do corpo de prova, etc., Também
não podemos esquecer do Soldador o principal
homem que faz a soldagem possível e para isso
existe um documento que se chama Registro
da Qualificação de Soldadores e Operadores
de Soldagem RQS, onde são registrados todas
as informações do corpo de prova usado na
32 -
Revista do Aço
qualificação e todos os limites que o soldador
poderá usar para executar seu serviço.
Vou procurar organizar a Engenharia de
Soldagem baseado no código Internacional
Americano ASME e na sua seção IX que trata
desse assunto.
Veja O Quadro 1 com o resumos dos 13
Principais Tópicos, veja organizar de forma
independente, organize seu banco de dados
para consultas futuras de seus arquivos para um
leitura complementar, podem ser arquivados
catálogos técnicos, capítulos de livros, artigos
técnicos, resenhas de códigos, tabelas técnicas,
etc.
Cada Pasta terá textos sobre cada assunto
tratado na EPS, O código ASME é usado como
base nessa organização de assuntos, por meu 
Revista do Aço - 33
INFOSOLDA
de uma sigla chama QW que inglês significa
Qualificação por Soldagem, então procure
deixar bem separado cada assunto para melhor
pesquisar e obter resultados mais rápidos.
Quadro 1 Resumos dos 13 Principais Tópicos
Arquive nessa pasta resumos e resenhas do
processos de soldagem que você emprega, os
processos a arco são os mais utilizados e estão
muito bem descritas e bem fundamentadas no
código ASME.
3. Juntas QW 402
A partir desse ponto começam as variáveis
que interferem na documentação de soldagem,
apesar de não ser uma variável essencial nem
para Procedimento nem para Soldador, o
projeto de junta é muito importante no sucesso
de uma solda, incluvise para as questões de
produtividade, guarde seus projetos de chanfro
que você teve sucesso na fabricação e sempre
recorra eles na hora de preencher sua EPS.
4. Metais Base QW 403
1. Documentação e Rastreabilidade
Todos os Códigos de construção deixam
bem claro e necessidade de documentar as
operações de soldagem, é necessário tomar
uma série de precauções para garantir que as
solda serão executadas com boa qualidade, crie
os formulários mínimos necessários, esse será
seu acervo técnico onde estarão um resumo de
suas tarefas e a utilidade de cada formulário.
Nesta pasta você deve guardar
todos formulários necessários ao
preenchimento da documentação de
soldagem, crie uma seqüência lógica
de numeração,
Documentação em soldagem é um
fator muito importante e cuide bem
das revisões e datas.
A escolha adequada do metal base deve
sempre em função de vários fatores, os
principais deles são: Analise química do metal,
as propriedades mecânicas tais como a tração,
impacto, dureza estado metalúrgico do metal,
como tamanho de grão e tratamentos térmicos
são levados são levados em consideração,
como também a resistência a corrosão.
Há diferença quando usar chapas, tubos,
conexões e barras, guarde catálogos de
fabricantes de produtos siderúrgicos, catalogo
de Schedule de tubos, dimensões de barras
tubos, tenha sempre um arquivo sobre flanges.
2. Processos de Soldagem
Para a elaboração de uma EPS
a primeira grande decisão a ser
tomada é a escolha do processo
de soldagem utilizado,a decisão de
usar um processo ou outro é uma
fator determinante no sucesso da
operação.
34 -
Revista do Aço

INFOSOLDA
A principal norma que rege os Metais é o
ASTM ou mesmo ASME parte A para metais
ferrosos e parte B para metais não ferrosos.
Pode-se usar o agrupamento de materiais do
QW 422 para escolhe o grupamento de Metais
P número.
5. Metais de Adição QW 404
A escolha do metal de adição vem em
seguida e está sempre atrelado as propriedades
do metal base, o metal de solda sempre deve
ser escolhido de acordo com as principais
propriedades da chapa vendo sempre todos
aqueles requisitos considerado sna união,
guarda aqui catálogos de fabricantes de
arames, eletrodos, fluxos, guarde resumos de
usabilidade de metais de adição, Você pode
consultar o ASME seção II parte C trata de
todos os consumíveis de soldagem.
6. Posições QW 405
As posições de Soldagem é um tópico mais
ligado ao Soldador, pois para a qualificação de
Procedimento não é uma variável essencial,
é variável suplementar no caso do seu
procedimento tiver requisitos de impacto.
Faça um resumo da posições de soldagem e
as formas de soldagem para cada posição.
7. Preaquecimento QW 406
A escolha é sempre em função das
características do metal base, outros
importantes fatores são a espessura e rigidez da
junta, cuidado que muitas normas de construção
impõe temperaturas de préquecimento para
vasos de pressão consulte a seção VIII Divisão
1 ou 2 ou 3. faça um resumo conde você terá
o material em função da espessura rigidez ou
mesmo pode adotar fórmulas como o Carbono
Equivalente para Materiais ferriticos Ceq.
8. Tratamento Térmico QW 407
A escolha é sempre em função da Chapa,
espessura e rigidez da junta, você irá encontrar
os requisitos de Tratamento térmico TT, mas
nas norma de construção e fabricação por ex
seção VIII, no AWS D1.1 etc.
Faça uma coletânea de artigos onde TT
é necessário ao parâmetro básicos são a
temperatura de TT e o tempo de patamar nessa
temperatura.
9. Gás QW 408
A escolha é sempre em função do processo
de soldagem empregado, o uso de misturas
gasosas podem também ser escolhido pela sua
eficiência de deposição, use uma quadro com
as principais misturas e seus fabricantes, veja
as vazões utilizadas em função do processo e
da corrente de soldagem, esses dados também
podem ser armazenados em técnicas QW 410.
Interessante ter estudos de proteção gasosa
de raiz de soldagem em metais reativos ou
refratários e suas vazões normais.

Revista do Aço - 35
INFOSOLDA
10. Características Elétricas QW 409
Conjunto de dados de Tensão Corrente e
Velocidade de Soldagem, resumido no Input
de energia tenha sempre tabelas de artigos
técnicos onde aparece os Parâmetros de
soldagem .
11. Técnicas QW 410
São informações necessárias para executar
limpeza e os cuidados com a junta soldada,
quantos arames você colocará no caso de
arco submerso ou MIG, técnicas de deposição
oscilação do eletrodo, etc.
12. Ensaios QW 150 QW 160 QW 170 QW
180 QW 190
A compreensão de como fazer elaborar e
ensaiar e também como analisar os corpos de
prova ensaiados é uma atividade de Tecnologia
de Soldagem usada par a a RQP .Você deve ter
em mente que deve estudar como os ensaios
de tração, dobramento, Macrografia, dureza são
alguns dos métodos. Esse conjunto de testes
36 -
Revista do Aço
que são necessários a fim de comprovar o que
eu você especificou na chapa teste e se estão
dentro dos requisitos da EPS e das variáveis e
faixas propostas.
Os soldadores também passam por ensaios
que são o dobramento e o RX e ensaios visuais
13 Soldadores QW 300
Pode ser também operadores de soldagem,
devem ser constantemente avaliados e
acompanhados pra ver se as soldas estão
dentro das condições estabelecidas, aqui você
pode arquivas relatórios de acompanhamento
e RQS, lista de profissionais qualificados e suas
faixas.
Para saber mais você pode fazer o curso de Qualificação de
Procedimentos conforme ASME IX, entre no site
www.treinasolda.com.br . A
_______________________________________
Luiz Gimenes Jr., Tecnólogo de Soldagem é Professor
Pleno da FATEC-SP com 25 anos de experiência em
fabricação por Soldagem. e-mail gimenes@infosolda.
com.br
Revista do Aço - 37
MERCADO
EXTERNO
Falta política estável
O Brasil tem capacidade técnica, profissional e de produção suficiente para recuperar
os mercados perdidos
Por [email protected]
Imagens: Divulgação
Q
uando o assunto é comércio internacional,
o País poderia ter um desempenho melhor,
caso tivesse superado obstáculos há muito tempo
já conhecidos, como as indefinições de política
econômica, os problemas de logística e o próprio
custo Brasil. “Hoje a crise e o valor da nossa moeda
ajustada à realidade contribuem para uma redução
considerável das importações. Mas, nem por isso as
exportações estão crescendo, uma vez que ainda
enfrentamos elevados custos internos e deficiência
burocrática e de logística”, analisa o proprietário da
Imexbra Trading S.A.,Osvaldo Sicardi. Argentino,
Sicardi, há 35 anos, fundou a Imexbra, empresa
38 -
Revista do Aço
nacional que opera no setor representações
e agenciamentos de produtos siderúrgicos e
ferroviários.
Com larga experiência no segmento siderúrgico,
no qual começou a atuar em 1963, Sicardi se recorda
que o cenário era bem diferente em 1974. “Foi
quando decidi me radicar no Brasil. Na época, o País
importava aço de todo tipo. No começo dos anos
80, a capacidade ociosa, o custo Brasil e a estrutura
logística contribuíram para umperíodo próspero aos
exportadores de aço. Entretanto, a política de manter
o real sobrevalorizado frente ao dólar, em meados
de primeira década deste século, os incrementos 
MERCADO
EXTERNO
das importações começaram a
prejudicar seriamente o processo
produtivo das usinas locais e as
importações chegaram a mais
de 30% do consumo interno”,
discorre o executivo.
Hoje o mercado internacional
de aço está sobre ofertado
em mais de 500 milhões de
uma produção suficiente para
recuperar mercados, acrescida
de capacidade técnica e
profissional, faz-se necessário
uma clara política de apoio por
parte dos governos federias,
estaduais e municipais.Também
é importante melhorar e baratear
os custos de logística terrestres
toneladas, sendo que muitas
empresas necessitam fazer
o caixa para enfrentar as
dificuldades atuais. Por sua vez,
os produtores locais tentam se
resguardar da perda de demanda
e da redução do consumo
interno. As exportações estão
dia a dia mais difíceis, frente a
concorrência internacionalcada
vez mais intensa por causa do
excesso de oferta e da demanda
reduzida.
Além do mais, a maioria
dos países estão com sérias
dificuldades financeiras para
gerar recursos em divisas,
destaca-se nesse cenário o baixo
custo do produto exportado.
Frente a esse quadro, Sicardi
acredita que dificilmente o Brasil
irá recuperar esses mercados
perdidos. “Mesmo diante de
e portuária, como ainda reduzir
os
entraves
burocráticos
administrativos”, afirma.
China cresce
Segundo os indicadores
conjunturais de fevereiro/2016
do estudo “Indústria Brasileira
de Bens de Capital Mecânico”, da
Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos
(Abimaq),
entidade
que
representa mais de 7,5 mil
fabricantes de máquinas do País,
no primeiro bimestre deste ano
a queda das exportações foi de
1,8% quando comparada com
o primeiro bimestre de 2015.
Mesmo com câmbio refletindo
em ganhos de competitividade
para o produtor nacional, ainda
não se observa uma tendência
de crescimento das exportações

Revista do Aço - 39
MERCADO
EXTERNO
Osvaldo Sicardi
“Hoje com a
crise e o valor
da nossa moeda
ajustada à realidade,
as importações
estão diminuindo
consideravelmente”
do setor. Muito embora, no mês de fevereiro as
exportações de máquinas e equipamentos foram
14,5% superiores às registradas em janeiro, e 9,3%
superiores às de fevereiro do anterior.
Os principais destinos das exportações foram
para a América Latina, Europa e Estados Unidos.
Ainda, em fevereiro, observou-se uma redução
da participação relativa na América Latina e forte
aumento na China que saiu de uma participação de
pouco mais de 1% para quase 11%.
A análise da Abimaq, realizada pelo Departamento
de Competitividade, Economia e Estatísticas, mostra
que também caíram as importações de máquinas e
equipamentos em relação a janeiro deste ano de
19,8% e chegaram a US$ 1,069 bilhão em fevereiro
último. Na comparação com fevereiro do ano
anterior ocorreu queda de 30,0%. No bimestre,
a queda foi de 30,2% contra o bimestre do ano
anterior e a tendência continua sendo de queda
para 2016.
De acordo com o estudo, o crescimento da China
no primeiro bimestre deste ano não pode ser visto
como tendência, uma vez que esse aumento se
deve a poucos equipamentos importados de alto
valor unitário.
Inovar, a saída
Um grave problema enfrentado pelo Brasil é o
baixo valor agregado das exportações. “Se fizermos
a lista de empresas que exportam valor agregado
da Suécia ou da Suíça, ficaríamos surpreendidos
que países tão pequenos tenham tantas empresas
mundiais como referências. Nesse aspecto, também
o setor de aço não tem se diferenciado. Neste
sentido, se exportarmos massivamente minérios,

40 -
Revista do Aço
Fernando Lorenz
“Se queremos
melhorar nossa
performance temos
que agregar valor
e lembrar que o
mercado global
soma sete bilhões
de pessoas”
sofreremos na importação de produtos de valor
agregado”, julga o diretor de Operações e Relações
com o Mercado do Instituto Brasileiro de Qualidade
e Produtividade (IBQP), Fernando Lorenz, também
palestrante da Câmara de Comércio e Indústria
Brasil-Alemanha (AHK Paraná).
Considerando que o setor do aço não se
diferencia muito de outros segmentos, uma vez que
o País tem sempre exportado commodities, Lorenz
afirma que a agregação de valor está intimamente
ligada ao bem-estar da população de um país. “Se
queremos melhorar nossa performance temos
que agregar valor internamente e lembrar que
o mercado global soma sete bilhões de pessoas.
Para sermos um grande ator nesse mercado global,
temos que modificar nosso modo de pensar e de
atuar”, sentencia.
Diante o temor da crise, e falando para
empresários na Câmara de Comércio e Indústria
Brasil-Alemanha (AHK Paraná), Lorenz aponta como
saída “a busca de oportunidades e a inovação,
mesmo em setores muito tradicionais como o aço,
alumínio e demais metais. O grande desafio desse
segmento é incorporar a sustentabilidade não como
uma soma de fatores, mas como a integração das
dimensões financeira, ambiental e social em todos
os processos. Se isso não for feito, o setor vai sofrer
a pressão dos novos materiais”, alerta o executivo. A
Revista do Aço - 41
PERFIL
Yaskawa Motoman busca
liderança no mercado
A unidade fabril no município de Diadema tem capacidade de produção mensal de
mais de 30 células robotizadas
Q
Por Redação
uer seja o C-3PO e R-2D2, Sonny, Gort
, ou ainda, o B-9 (*)... os robôs sempre
remeteram a ideia futurista, tornaram-se objetos
de fascínios e roubaram a cena no cinema e na
televisão. Que dirá, então, na vida real! É nesse
mundo fascinante da robótica que a Yaskawa
Motoman figura entre as maiores empresas e
caminha a passos largos para manter a liderança
no mercado interno, mesmo diante de um ano
castigado pela crise político-econômica que o Brasil
enfrenta. “Para tanto, a empresa vem redobrando
esforços neste sentido”, sentencia o gerente de
vendas, Fernando Freitas.
A expectativa de Freitas fundamenta-se
nos investimentos projetados pela empresa,
especialmente os direcionados ao lançamento de
novos produtos como a linha de robôs colaborativos
e os modelos da família DX200, mais rápidos, leves e
eficientes. Além disso, a Yaskawa Motoman destacase no território nacional, superando 2.300 robôs em
42 -
Revista do Aço
todo o País e mais de 330.000 unidades vendidas
no mundo, sendo que destas mais de 300.000 estão
em operação produtiva. “Trata-se de um recorde
mundial”, comemora, não sem motivos, Freitas.
Sempre à frente no desenvolvimento de novas
tecnologias, a matriz brasileira da Yaskawa foi
fundada em 1974, segundo os padrões da Yaskawa
Corp., fundada em Kitakyusho, Japão, em 1915.
Estabelecida em 1999, em São Paulo, a Motoman
Robótica do Brasil Ltda. é uma empresa do grupo
Yaskawa Electric Corporation e registra faturamento
anual acima de U$ 4 bilhões.
Pioneira, Yaskawa Motoman lançou o primeiro
robô industrial 100% elétrico do mundo em
1977. Sempre na vanguarda, em 2002, lançou um
humanoide industrial com dois braços articulados
sobre um tronco giratório e já em conformidade com
a ISO 50.000 sobre Conservação de Energia. Hoje a
empresa detém enorme gama de robôs com mais
de 175 modelos standard, além de um simulador 
Revista do Aço - 43
44 -
Revista do Aço
PERFIL
próprio e inúmeros acessórios e aplicativos que
permitem o completo monitoramento de seus
produtos e serviços.
No Brasil
A Yaskawa Motoman disponibiliza ao mercado
sistemas robotizados para diferentes áreas
(automotiva, agricultura e construção, entre outras),
máquinas e equipamentos especiais, sistema
de embalagem, encaixotamento e paletização
(produtos e bens de consumo) até robôs especiais
para os segmentos médico, laboratorial e eletrônico.
Também está presente nem universidades e escolas
técnicas brasileiras. Para o setor metal-mecânico, a
empresa oferece soluções em automação industrial:
os robôs de 4 a 15 eixos. Algumas das soluções
somam mais de 45 eixos numa única célula
produtiva. “Temos linhas completas de soldagem,
pintura e outros processos produtivos com dezenas
de robôs e mesas posicionadoras, formando linhas
de produção muito interessantes. Fabricamos em
aço adquirido e manufaturado no mercado interno”,
acrescenta Freitas.
O gerente de vendas ressalta que a empresa
é líder em robôs de soldagem ao arco elétrico
(MigMag) no Brasil e no mundo e tem presença
destacada nos processos de pintura, Spot Welding,
manipulação e corte por jato d´água, plasma
e ultrassom. Há mais de dez anos, a Yaskawa
Motoman implementou um design inovador para
os robôs desta família, considerado à época a maior
revolução na história da indústria da robótica em
todo o mundo.
Localizada no município de Diadema, São Paulo,
em uma área de mais
de 5.000m², a Yaskawa
Motoman conta com
100
funcionários,
responsáveis
pela
capacidade
de
produção mensal de
mais de 30 células
robotizadas.
No
local são realizadas
montagens
de
equipamentos
em
soluções robotizadas,
treinamentos,
conferências, suporte e assistência técnica. A
unidade brasileira exporta para os países do
Mercosul e demais da América Latina.
Alumínio e aço
Freitas afirma que praticamente 100% dos
robôs são fabricados com materiais metálicos com
grande destaque para o alumínio, devido à redução
de peso, e para aço nos mais populares processos
de fabricação: “fundidos, forjados ou usinados.
São centenas de componentes como motores,
redutores, acoplamentos, engrenagens, fiação
em cobre, contatos elétricos e uma infinidade de
componentes eletrônicos no painel de controle
que contém um computador bastante poderoso”,
explica.
Os robôs de grande porte (com capacidade de
carga superior a 150 kg) são máquinas que chegam
a pesar mais de 1,5 t com grande parte de seus
componentes em aço. Já os componentes em
alumínio estão concentrados nos robôs menores
ou miniaturizados, ou seja, em máquinas de 15 kg a
300 kg e capacidade de carga de 1 a 100 kg.
Quanto aos robôs industriais, aYaskawa Motoman
concentra sua fabricação no Japão. Há também
uma fábrica na China voltada exclusivamente ao
abastecimento daquele mercado consumidor. Já
os controladores dos robôs (painéis elétricos) são
fabricados em território asiático, como também nos
Estados Unidos e Alemanha, países responsáveis
por abastecer os continentes americano e europeu,
respectivamente. A
(*) Star Wars (1977 a 2015), Eu, Robô (2004), O dia em
que a terra parou (1951 e 2008), Perdidos no Espaço
(1965)
Revista do Aço - 45
ANÁLISE
Os ingredientes para uma
transformação estratégica
O
rápido lançamento do primeiro carro
bicombustível do Brasil, em 2003, pela
Volkswagen, representou uma excepcional resposta
à mudança do mercado automobilístico brasileiro.
A tecnologia do motor bicombustível, capaz de
funcionar tanto com gasolina como com álcool, foi
desenvolvida no Brasil por algumas empresas que
investiram tempo e dinheiro em pesquisas. Foi a
Magneti Marelli, fabricante de sistemas eletrônicos
para controle de motor e fornecedora das grandes
montadoras que atuam no País, que fechou a
primeira parceria com a Volkswagen, para introduzir
o motor flexível EA 827 1.6 l, que equipou o modelo
VW Gol 1.6 Total Flex, lançado em março de 2003.
Analise a velocidade com que as coisas
aconteceram: dois anos depois do lançamento do
Gol, praticamente todas outras montadoras que
atuam no Brasil já tinham lançado ou planejavam
lançar modelos bicombustíveis. Hoje, vivemos um
momento em que os limites entre os setores estão
cada vez mais indefinidos. Essa obscuridade, além
de dificultar os passos das empresas em relação
a suas áreas de atuação, permite aos que estão
de fora e “antenados” com o que há de novo nos
setores de tecnologia e estratégias de mercado a
criação de novos produtos e serviços que irão atingir
um público-alvo cada vez mais interessado em
praticidade e transparência. É preciso se perguntar:
46 -
Revista do Aço
será que o que eu estou fazendo hoje permitirá que
me atualize no futuro?
Esse raciocínio requer drásticas mudanças no
comportamento geral das empresas, o que, muitas
vezes, é difícil de se conseguir. Comumente, no
universo administrativo, é mais difícil (e incômodo)
esquecer os métodos antigos do que criar novos.
Para o professor C. K. Prahalad, reconhecido
internacionalmente como um dos maiores
especialistas em estratégia empresarial e
negócios da atualidade, os ingredientes para os
empreendedores que desejam desenvolver um
processo de transformação estratégica em suas
organizações são: imaginação, paixão, coragem,
humanidade, humildade, intelecto e um pouco de
sorte. Para Prahalad, é importante que a empresa
se conscientize, antes de tudo, de sua colocação
no mercado e de quais são as probabilidades
reais de liderar esse setor. Para ele, muitos não
tomam atitudes inovadora justamente porque
desconhecem seu papel no mercado, acreditam
que simplesmente ‘atuam’ em um nicho imutável de
comércio.
As mudanças, hoje, ocorrem de modo muito
mais rápido do que alguns anos atrás. Esse ritmo
pode ser útil para países em desenvolvimento como
o Brasil, uma vez que eles podem “saltar” algumas
etapas, ou seja, as economias em desenvolvimento 
ANÁLISE
têm a opção de escolher os métodos já criados pelos
países desenvolvidos. Isso lhe permitiria uma maior
agilidade no processo de atualização. Contudo, isso
não os impede de lançar e exportar, com sucesso,
seus próprios projetos.
Se analisarmos o caso da Polaroid, podemos ver
que a sensação de invulnerabilidade é o “Calcanhar
de Aquiles” de muitos empreendimentos. A
empresa foi líder em seu setor: o doutor Edwin
Herbert Land inventou a fotografia de revelação
instantânea nos anos 40 e a Polaroid gozou dos
benefícios da patente internacional durante muito
tempo. Quando a Kodak lançou uma câmera de
revelação instantânea, a Polaroid a processou e
ganhou a causa. A Kodak teve de retirar a máquina
do mercado e pagar uma indenização de US$ 1
bilhão. O mesmo número pelo qual, anos mais
tarde, a Polaroid declararia a falência. A empresa
não soube se adaptar às mudanças, pensou ser
invulnerável, e foi de fato, durante 40 anos, sob o
amparo das patentes. Mas o mercado mudou com
o surgimento da tecnologia digital. No começo,
a Polaroid não entrou neste segmento, e quando
finalmente produziu câmaras digitais, elas eram
muito caras e difíceis de manipular, ou seja, nada
competitivas. A lenta agonia terminou com a
falência e o desaparecimento da empresa.
Inicialmente, o produto Kleenex, da empresa
Kimberly-Clark, estava dirigido ao mercado
de cosméticos: era uma toalha para retirar a
maquilagem, que se comercializava por um preço
elevado. Com esse formato, os Kleenex não deram
resultado, mas a empresa reconheceu rapidamente
seu erro e relançou o produto sob a forma de lenços
descartáveis.
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Revista do Aço - 47
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Revista do Aço

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