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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
2012
Soares da Costa Construção,
SGPS, SA
1
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
2
Índice
01. RELATÓRIO DE GESTÃO
Destaques
4
Introdução
5
.1 O Grupo Soares da Costa
6
.2 Responsabilidade Social Corporativa
11
.3 Atividade
11
3.1
3.2
3.3
3.4
3.5
Enquadramento
Produção - Áreas de Negócio
Área Comercial
Organização
Recursos Humanos
.4 Análise Económica e Financeira
4.1 Contas Individuais
4.2 Contas Consolidadas
11
15
23
26
26
29
29
30
.5 Gestão de Riscos
34
.6 Perspectivas para 2013
35
.7 Fatos Relevantes Após o Termo do Exercício
36
.8 Outras Informações Legais
36
.9 Reconhecimento
37
.10 Proposta de Aplicação de Resultados
37
02. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS
40
03. POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E NOTAS EXPLICATIVAS DAS
CONTAS INDIVIDUAIS
45
04. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
68
05. PARECERES E CERTIFICAÇÕES
74
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
RELATÓRIO
DE GESTÃO
Pousada da Serra da Estrela // Serra da Estrela Inn Portugal
portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt
3
4
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DESTAQUES
> Volume de negócios (VN) consolidado atinge 712,5 milhões de Euros, situando-se 10,5% abaixo do
valor do ano anterior, reflexo de uma descida acentuada do mercado doméstico (-34,3%);
> VN no mercado externo cresce 1,3% para 538,9 milhões de Euros, representando uma quota superior
a 75%;
> Reestruturação organizacional e operacional (realocação e redução de efetivos e fusão por incorpora-
ção da Contacto) e financeira (reescalonamento das maturidades do endividamento);
> EBITDA de 29,0 milhões de Euros (47,7 milhões de Euros em 2011) é prejudicado por custos não re-
correntes;
> Margem EBITDA recorrente de 6,8% melhora 0,7 pontos percentuais face ao ano anterior;
> Resultados financeiros situam-se em -28,1 milhões de Euros (-13,3 milhões de Euros do ano ante-
rior);
> Custos de reestruturação e imparidades de créditos (Portugal, Angola e EUA) afetam significativa-
mente o resultado antes de imposto de -49,8 milhões de Euros (+12,6 milhões em 2011);
> Resultado consolidado atribuído ao Grupo negativo de 37,8 milhões de Euros (+8,1 milhões de Euros
em 2011);
> Resultado líquido individual cifra-se em -8,6 milhões de Euros (12,8 milhões um ano antes), influen-
ciado pelo registo de uma imparidade no investimento financeiro dos EUA de 20,2 milhões de Euros.
Principais Indicadores Consolidados da área de negócio (AN) Construção
(milhões de Euros)
2012
2011
Variação
712,5
796,2
-10,5%
Portugal
173,6
264,2
-34,3%
Mercado Externo
538,9
532,0
1,3%
50,1
49,0
2,4%
Margem EBITDA recorrente/VN
7,0%
6,1%
+0,9p.p
Resultados Financeiros
-28,1
-13,3
-
Resultados antes de Impostos
-49,8
12,6
-
Resultado Líquido Consolidado
-37,8
8,1
-
Volume de Negócios
EBITDA recorrente
Nota: EBITDA recorrente é o EBITDA ajustado sem custos de rescisões com colaboradores e incobráveis
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
5
INTRODUÇÃO
O Conselho de Administração da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., no cumprimento das disposições
legais e estatutárias apresenta e submete à apreciação da Assembleia Geral de Acionistas, o Relatório de
Gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas, referentes ao exercício findo
em 31 de dezembro de 2012.
Estes documentos dão conhecimento sobre a evolução dos negócios, o desempenho e a posição financeira
da Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. e das principais sociedades em que participa, bem como sobre
os principais riscos e incertezas com que se defronta.
Os dados contabilísticos apresentados quer respeitantes às demonstrações financeiras individuais da sociedade quer no contexto das contas consolidadas devem ser interpretados à luz das normas internacionais
(IAS/IFRS: Normas Internacionais de Contabilidade/ Normas Internacionais de Relato Financeiro), tal como
adotadas na União Europeia.
Mais se informa que, enquanto entidade totalmente detida pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S.,
S.A., sociedade aberta ao investimento do público, a Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A. não está sujeita a obrigação legal de elaboração e divulgação de contas consolidadas, cabendo essa responsabilidade
à empresa-mãe. Assim, as contas consolidadas que aqui se apresentam assumem um caráter facultativo
sendo, porém, elaboradas segundo o quadro normativo internacional já acima referido e transmitem a dimensão conjunta e a performance da atividade da área de negócios da construção do Grupo Soares da Costa.
A informação financeira relativa a cada empresa participada individualmente referida neste relatório deve ser
entendida no contexto do seu interesse para a compreensão da atividade e desempenho da área de construção e não substitui as demonstrações financeiras que cada sociedade elabora e apresenta nos termos da
legislação vigente.
6
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.1
O GRUPO SOARES DA COSTA
Na sua qualidade de estrutura coordenadora de toda
a atividade do Grupo Soares da Costa diretamente
ligada à construção, é à Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. que incumbe a responsabilidade
de, através deste segmento de atividade - um dos
dois considerados estratégicos no Grupo (a par das
Concessões/ Serviços) - realizar a missão deste, ou
seja, a de «corresponder às exigências do mercado e dos seus clientes, através de um modelo
de negócio sustentado, recursos qualificados e
motivados, geradores de valor económico, social
e ambiental, de modo a proporcionar um retorno
atrativo aos acionistas».
Esta missão é prosseguida não ao acaso ou de
modo aleatório, antes através do sulco de caminhos
exigentes e difíceis mas bem orientados e que se
consubstanciam na prática reiterada de valores que,
sendo definidos ao nível geral do Grupo, são orgulhosamente partilhados pela Sociedade:
> Orientação permanente para o mercado e para a
satisfação do cliente;
> Eficácia e eficiência da gestão;
> Integridade e ética;
> Conduta socialmente responsável;
> Respeito pelo ambiente.
Referências Históricas
A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., de um
ponto de vista formal, nasceu em 30 de dezembro de 2002, tendo sido criada mediante o apport
pelo seu acionista único – o Grupo Soares da Costa,
S.G.P.S., S.A. – do portfolio de participações sociais
da área de negócios da construção.
Todavia, remontam a 1918 as origens do que é hoje
o Grupo Soares da Costa. De pequena empresa com
10 operários dedicada essencialmente à execução
de acabamentos de alta qualidade a um dos maiores grupos económicos portugueses com presença
global, toda a história da Empresa se encontra intimamente ligada ao negócio da Construção.
No decorrer da sua já longa existência, a Empresa
atravessou várias fases de crescimento, acompanhando sempre os sinais dos tempos:
> Em 1944, converte-se numa sociedade por
quotas, com 8 milhões de escudos de capital;
> Em 1968, e já com atividade em toda a região Norte
de Portugal, transforma-se em Sociedade Anónima
com um capital de 9 milhões de escudos, ainda
detido inteiramente pelos herdeiros do fundador;
> No período que se seguiu à Revolução de 1974, e
reagindo com inovação à crise que então se instalou no mercado, a empresa encontrou na construção, utilizando tecnologia de “cofragem túnel”, a
porta para a continuação do seu crescimento. Em
1977, já com mais de 4.000 trabalhadores, a sede
social é transferida para um novo edifício na Avenida da Boavista;
> No início da década de 80 do século passado, é
iniciada a expansão internacional da empresa,
sendo a Venezuela e a Guiné-Bissau os países
eleitos como pioneiros. O seu capital social passa
a ser de 180 milhões de escudos;
> É também na mesma década que, aproveitando a
explosão de crescimento das infraestruturas do
país que a adesão à Comunidade Europeia anunciava, a atividade da empresa sai da quase exclusividade dos edifícios e se alarga à construção
dessas infraestruturas;
> Em 1988, e após uma mudança acionista interna
que, sem ainda perder o carácter familiar, levou
a Empresa a um período de maior exposição ao
Mercado Financeiro, procede-se a um novo aumento de capital, para 5.250.000 contos;
> Durante as décadas de 80 e 90, a atividade in-
ternacional da Empresa diversifica-se e o volume
de exportações cresce. A presença em Mercados
tão distantes entre si como Iraque, Macau, Egipto,
Guiana, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo
Verde e Alemanha são exemplos da clarividência
na busca de oportunidades e da capacidade para
as aproveitar;
> A entrada da Empresa no mercado dos Estados
Unidos da América deu-se em 1994, com a constituição da SDC Contractor Inc.;
> Em 2002 dá-se uma nova reestruturação que
conduziu à formalização do grupo económico. A
Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.,
converte-se numa sociedade gestora de partici-
7
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
pações sociais, a Grupo Soares da Costa, S.G.P.S.,
S.A., com o capital social de 160 milhões de Euros,
que por sua vez detém inteiramente o capital
social de quatro outras sociedades gestoras de
participações sociais, cada uma delas encabeçando as participações do respectivo segmento de
negócios. À Soares da Costa Construção, S.G.P.S.,
S.A., cabe-lhe a missão de gerir todo o negócio da
Construção, sendo constituída com o capital social
nominal de 90 milhões de Euros;
> O período compreendido entre o final do ano de
2006 e o início de 2007 é outro marco histórico
para a Empresa, com a obtenção por parte do
Grupo Investifino - Investimentos e Participações,
S.A. do controlo do Grupo Soares da Costa. O caráter familiar que, até então, estava intimamente
ligado à gestão (e, sobretudo, à imagem da empresa) desaparece, dando origem a uma nova filosofia de gestão, mais profissionalizada e moderna.
É longa e complexa a história do Grupo Soares da
Costa no mercado da construção, mas nas suas
várias fases sempre procurou e soube encontrar
espaço para modernização e crescimento. Desta
forma, a Soares da Costa Construção S.G.P.S., S.A.
tem a responsabilidade de honrar com a sua atividade os pergaminhos de que é depositária, vendo no
seu passado o exemplo mas sabendo sempre encontrar no presente o caminho de crescimento que
lhe garanta o futuro.
Daí que competindo-lhe a gestão e o desenvolvimento do negócio da Construção, uma das áreas
estratégicas de negócios do Grupo, a sociedade evidencia um grande crescimento e dinâmica desde que
nasceu formalmente. Em 2008, procedeu às aquisições da Contacto em Portugal e da Prince, no estado
da Florida, Estados Unidos da América, para além da
integração da Clear adquirida à área industrial.
No decurso do ano de 2011 incorporou, por fusão,
a Soares da Costa Indústria, S.G.P.S., S.A.. Nesse
mesmo ano, tendo em conta as substanciais alterações do contexto macroeconómico, a escassez de
financiamento e a forte contração do mercado de
construção doméstico, a gestão do Grupo Soares
da Costa procedeu ao ajustamento do seu plano
estratégico 1. Esta atualização direciona as linhas de
orientação estratégica para a INTERNACIONALIZAÇÃO, para a ÁREA DE NEGÓCIOS DA CONSTRUÇÃO
e para a SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA das atividades. Assim, visando assegurar um nível de crescimento da atividade do Grupo compatível com as
condicionantes externas, nomeadamente de índole
financeira, protegendo os níveis de rentabilidade e
possibilitando, no final do período de aplicação do
plano (2015), atingir uma expressiva redução do
endividamento, foram selecionados os seguintes vetores de atuação:
> Manutenção do crescimento em África
> Desenvolvimento do mercado brasileiro por via or-
gânica, perspetivando uma aquisição a médio prazo
> Permanência dos Estados Unidos, com enfoque na
rentabilidade
> Adiamento dos investimentos em novos negócios
de Energia e Ambiente
> Alienação de ativos
> Concessões: minimização de necessidades de capital
> Redução de custos de estrutura
Nem todos estes vetores de atuação se relacionam com a área de negócios da construção e, por
isso, com a sociedade a que respeita este relatório.
Porém, dado o enfoque na Construção e sendo esta
a holding de participações desta área de negócios,
assume um papel fundamental na implementação e
concretização desta estratégia.
Órgãos Sociais
Os órgãos sociais da Soares da Costa Construção,
S.G.P.S., S.A. à data do início do exercício de 2012
tinham a seguinte composição válida para o mandato (2010-2012):
MESA DA ASSEMBLEIA-GERAL
Presidente > Jorge Manuel Oliveira Alves
Secretário > Pedro Miguel Tigre Falcão Queirós
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente > António Manuel Pereira Caldas de
Castro Henriques
Vice-Presidente > Jorge Domingues Grade Mendes
Vogais > Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos
Paulo Eugénio Peixoto Ferreira
Carlos Alberto Príncipe dos Santos
Roberto António Pereira Pisoeiro
Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves
António José Cadete Paisana Ferreira
1
Vide Comunicado no sítio da CMVM
8
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
FISCAL ÚNICO
Efetivo > Grant Thornton & Associados – SROC, Lda
Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura
Areosa
Suplente > José Carlos Nogueira Faria e Matos
Durante o exercício de 2012 a composição do Conselho de Administração sofreu algumas alterações,
com a renúncia dos seguintes administradores:
> Paulo Eugénio Peixoto Ferreira (renúncia por carta
recebida em 22/03/2012);
> António José Cadete Paisana Ferreira (renúncia por
carta recebida em 14/05/2012);
> António Manuel Lima de Miranda Esteves (renún-
cia por carta recebida em 14/05/2012);
Por sua vez, através da deliberação de 1 de junho
de 2012 foram nomeados até ao final do mandato
2010-2012, como vogais do Conselho de Administração, Daniel Heihn Pinto da Silva e Fernando Jorge
Salas Nogueira.
Por conseguinte, à data deste Relatório a composição do Conselho de Administração é como segue:
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente > António Manuel Pereira Caldas de
Castro Henriques
Vice-Presidente > Jorge Domingues Grade Mendes
Vogais > Pedro Gonçalo de Sotto-Mayor de Andrade
Santos
Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves
Daniel Hehn Pinto da Silva
Fernando Jorge Sales Nogueira
A estrutura organizativa atual apresenta-se no seguinte diagrama da página seguinte:
> Paulo Jorge dos Santos Pinto Leal (renúncia por
carta recebida em 14/05/2012);
> Carlos Alberto Príncipe Santos (renúncia por carta
recebida em 14/05/2012),
PRESIDENTE
António Castro Henriques
VOGAL
Gonçalo Andrade Santos
VICE-PRESIDENTE
Jorge Grade Mendes
ÁFRICA CEO
PORTUGAL CEO
DESENVOLVIMENTO DE NEGÓCIOS
Daniel Pinto da Silva
Luís Mendanha
Fernando Nogueira
PRINCE
Chairman
António Miranda Esteves
ANGOLA
PORTUGAL
EUA
Daniel Barreira
Jorge Rocha
António Cortes
OUTROS MERCADOS
BRASIL
José Fontes
MOÇAMBIQUE
Rui Carrito
Vieira de Magalhães
CLEAR
Paulo Leal
GUINÉ EQUATORIAL
SOMAFEL
S. TOMÉ E PRÍNCIPE
COSTA RICA
EMIRADOS
ROMÉNIA
Administrador Executivo
Cadete Ferreira
9
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Acionistas
O capital social é de 131.080.340 Euros, representado por 26.216.068 ações nominativas de valor
nominal unitário de 5 Euros. A totalidade do capital
social, desde a constituição da sociedade em 31 de
dezembro de 2002, é detida pela sociedade Grupo
Soares da Costa, S.G.P.S., S.A..
Em cumprimento do disposto na alínea d) do
número 5 do artigo 66º do Código das Sociedades
Comerciais informa-se que a Sociedade não detém
nem transacionou no exercício findo quaisquer
ações próprias.
Organização da Sociedade
A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., enquanto entidade gestora da área de negócios da construção
do Grupo Soares da Costa, exerce a sua atividade
através da gestão das participações nas várias empresas deste segmento, dedicadas à execução de
obras de construção civil, engenharia e infraestruturas.
Todos os membros que constituem o conselho de
administração têm funções executivas, repartindo a
coordenação das várias participações da Sociedade.
Novas participações e alterações no perímetro de consolidação da AN Construção durante o exercício de 2012
> Fusão por incorporação da sociedade “Contacto –
Sociedade de Construções, S.A.” na “Sociedade de
Construções Soares da Costa, S.A.”.
> Inclusão no perímetro de consolidação da socieda-
de Linha 3 Cezarina – Construções, Ltda, uma sociedade de propósito específico de direito brasileiro, detida pelo grupo em 50%, cujo objeto social é
o de promover o planeamento, desenvolvimento e
a execução das obras para a implantação do projeto da linha 3 da Fábrica de Cimento de Cezarina,
no Município de Cezarina, Estado de Goíás.
De seguida representa-se o organigrama de participações da Sociedade:
10
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
SDC Construção,
SGPS, SA
100%
SDC América, INC
TRANSMETRO, ACE
Porto Construction
Group, LLC
60%
ASSOC-Estádio de
Braga, ACE
SDC Construction
Services, LLC
80%
Estádio Coimbra, ACE
100% Soares da Costa CS, LLC
100%
Prince, LLC
100%
51%
80%
100%
58,88%
Três ponto dois, ACE
SDC Contractor, LLC
HidroAlqueva, ACE
GEC – Guiné Ecuatorial
Construcciones
GCF, ACE
30%
50%
50%
50%
Linha 3 - Cezarina, Ltda
49%
Grupul Portughez de
Constructii
VSL, SA
SDC Emirates, LLC
VORTAL, SGPS, SA
Somague-SDC, ACE
Teatro Circo, ACE
50% 25%
Nova Estação, ACE
30% 50%
Terceira Onda, Lda
41,12%
Soares da Costa Brasil, Ltda
SdC e Lena, ACE
Estádio de Braga
Acabamentos, ACE
60% 40%
50%
50%
NORMETRO, ACE
50%
28,57% 28,57%
LGC – Linha de
Gondomar, ACE
SDC S. Tomé e Príncipe,
Construções, Lda.
40%
17,25% 28,57%
LGV, ACE
SDC Moçambique, SARL
100%
GCVC, ACE
Matosinhos, ACE
CAET XXI, ACE
24%
GACE – Gondomar,
ACE
50%
CARTA, LDA
99%
100%
Israel Metro Builders
50% 17,9%
Carta Angola, Lda
1%
Soc. Construções
Soares da Costa, SA
SANTOLINA Holding B.V 100%
SDC/Contacto, ACE
100%
100%
17%
Construtora - S.JoséRamon, SA.
SDC Construcciones
Centro Americanas, SA
33,33%
CLEAR, SA
95%
51%
Construtora - S.JoséCaldera, SA
SOCOMETAL, SA
100%
100%
100%
CFE – Indústria
de Condutas, S.A,
CLEAR
ANGOLA, SA
33%
Coordenação & SDC
45%
CERENNA, SA
50%
40%
SOMAFEL, SA
60%
95%
Método Integral
(1) Adicionalmente,
OFM, SA
100%
MTA, LDA.(1)
Alsoma, AEIE
Traversofer, SARL
Somafel e Ferrovias.,ACE
Somafel,Ltda.(Brasil)
Método Proporcional
5%
E. Patrimonial
a Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. detém uma participação de 1% no capital social da MTA – Máquinas e Tractores de Angola, Lda.
Custo de aquisição
11,3%
7,24%
11
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.2
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
A estratégia de responsabilidade social corporativa
e as iniciativas que dela derivam são implementadas
no âmbito das linhas de orientação definidas para o
Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A., a holding do
Grupo e que integra a área de negócio da construção. O desempenho da empresa nesta temática e
os factos relevantes decorridos no ano de 2012 encontram-se desenvolvidos em pormenor no relatório
.3
3.1
e contas do Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.,
dando-se destaque às iniciativas de responsabilidade social interna (que visam os colaboradores da
empresa e seus familiares), responsabilidade social
externa (em colaboração com entidades externas e
comunidades envolventes das diferentes geografias
onde a Soares da Costa desenvolve as suas atividades) e responsabilidade ambiental.
atividade
ENQUADRAMENTO
Análise Geral
À escala mundial, o ano de 2012 manteve a tendência já revelada no ano anterior de um enfraquecimento do crescimento com a permanência de
fatores de grande incerteza e de exigentes desafios
em várias áreas e blocos económicos do globo. O
produto mundial, pelas projeções feitas em outubro
de 2012 pelo Fundo Monetário Internacional, ter-se-á expandido 3,3% 2 continuando a ter como
motor as economias emergentes, com a Ásia na
liderança, uma vez que nas economias avançadas,
nomeadamente na Europa e nos Estados Unidos da
América, permanece uma incapacidade de reconstruir
a confiança numa base sólida de médio-prazo, em
cenários de prossecução de políticas de consolidação fiscal e de um sistema financeiro ainda a revelar
debilidades que não permitem o seu funcionamento
em termos eficientes.
A economia dos EUA terá tido uma expansão no
ano findo de 2,2%, podendo em 2013 registar-se
um abrandamento do crescimento (+1,7%). Ao fim
do período eleitoral com a reeleição do presidente
Barack Obama sucedeu uma difícil discussão sobre
a política orçamental a requerer consenso político
para evitar o precipício orçamental (“fiscal cliff”). A
2
IMF – World Economic Outlook, outubro 2012
definição de uma estratégia credível de consolidação
orçamental e de sustentabilidade da dívida pública
(e que no curto prazo evite os cortes automáticos
de despesa) continua como um importante desafio
em 2013. Pelo lado positivo, o processo de correção
do mercado imobiliário dá mostras de estar próximo
do fim com a redução dos stocks e um melhor comportamento dos preços.
A Zona Euro, afetada pela intensificação da crise da
dívida soberana e com os défices orçamentais, especialmente nos países do sul, viu em 2012 a sua
atividade económica muito condicionada, apresentando uma variação do produto negativa (-0,4%),
em resultado de um ténue crescimento na Alemanha,
prática estagnação em França e quebras na ordem
dos 2 a 3% em Espanha, Itália e Portugal, para já
não citar a Grécia que, tendo estado no epicentro da
crise (tendo-se assistido à reestruturação da dívida
dos credores privados e a um segundo empréstimo)
terá apresentado uma quebra do produto superior
a 6%. Este quadro não sofrerá, expetavelmente, e
segundo as projeções do organismo internacional já
citado, alterações de melhoria muito significativas
em 2013.
12
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Economia Portuguesa
A implementação de medidas - e as respetivas consequências - no âmbito do Programa de Assistência
Económica e Financeira (PAEF) do Estado português
junto do Fundo Monetário Internacional e da União
Europeia, formalizado ainda em 2011, dominou o
panorama da vida económica nacional do último
ano que decorreu sob uma orientação fortemente
contracionista e pro-cíclica da política orçamental e
num contexto de restritividade das condições monetárias e financeiras.
A paralisação do investimento público e as medidas
de agravamento fiscal visando a consolidação orçamental refletem-se numa elevada contração do
consumo interno e os elevados níveis de alavancagem financeira do tecido empresarial esbarram na
incapacidade do sistema financeiro de acompanhar
seja a promoção do investimento ainda resistente,
seja o apoio das necessidades de liquidez, quer em
volume quer em condições (taxas de juro muito
mais elevadas do que nos peers europeus) num
cenário em que os reflexos das medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de
caráter estrutural encetadas têm, naturalmente, um
horizonte temporal mais alargado.
O investimento manteve uma trajetória de queda
pronunciada tendo alcançado valores mínimos
desde 1995, em volume.
Com a salvaguarda do setor exportador que vem demonstrando ainda uma boa dinâmica, o ano de 2012
caraterizou-se, assim, por reflexos recessivos mais
amplificados do que era esperado, até pelas entidades
internacionais, conduzindo a um elevado número de
insolvências e a um abrupto downsizing nas estruturas das empresas como modo de adaptação à redução substancial da procura no mercado interno sentido
na economia em geral e em certos particulares setores, como é o caso da engenharia e construção civil.
Neste quadro, assistiu-se a uma forte quebra do produto e a um significativo aumento do desemprego.
Assim, o Banco de Portugal no seu Boletim de Inverno
3
avançou com uma contração da economia portuguesa de 3,0% em 2012, prevendo uma contração de
1,9% em 2013 (mais severa do que a queda de 1%
inscrita pelo Governo no Orçamento de Estado, aliás,
já entretanto publicamente revista para 2%) e projetando um crescimento do produto em 2014 (+1,3%)
sujeito, porém, à verificação de pressupostos de
comportamento de variáveis exógenas relativamente
3
Boletim Económico de Inverno 2012, Banco de Portugal, 15 de janeiro de 2013
favoráveis. Dados mais recentemente divulgados pelo
INE colocam a taxa de variação anual do PIB em 2012
num patamar ainda mais negativo -3,2% em resultado duma quebra mais pronunciada verificada no 4º
trimestre (-3,8% face ao homólogo do ano anterior). 4
Por outro lado, observaram-se progressos no “processo de ajustamento” nomeadamente ao nível
da melhoria e até reequilíbrio do saldo da balança
corrente e de capitais, com um crescimento das exportações de +4,1% (ainda que tendendo a evidenciar um ritmo decrescente), reveladora de ganhos
efetivos de quota de mercado e a uma forte redução
das importações (-6,9%). Ao nível do défice orçamental, com a consideração do impacto de medidas
extraordinárias, poder-se á ter alcançado o objetivo
constante do compromisso revisto com a troika, de
ficar limitado a 5,0% do PIB.
Num quadro europeu caraterizado ainda por alguma
incerteza ao nível da capacidade de resposta por
parte das autoridades da UEM em lidar com a
questão das dívidas soberanas e de dissociá-la do
contágio com os bancos, a perceção de risco dos
investidores externos sobre a economia portuguesa
apresentou alguns sinais de melhoria; estes sinais
foram reforçados já em 2013 pelos resultados alcançados com a emissão de dívida pública a médio
prazo do Estado português, realizada em janeiro, no
que constituiu o regresso aos mercados financeiros
internacionais num calendário antecipado relativamente ao previsto.
Em termos de inflação, em 2012, o Índice de Preços
no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação
média de 2,8% (3,7% no ano anterior). Para esta
desaceleração terá contribuído o aumento menos
expressivo dos preços dos produtos energéticos
(com o respetivo índice a passar de uma taxa de
variação de 12,7% em 2011 para 9,6% em 2012)
e, também, a diminuição de 4,1 p.p na taxa de variação média da classe da Saúde que se fixou em
0,4% em 2012, motivada pela revisão dos preços
dos medicamentos. O Índice Harmonizado de Preços
no Consumidor (IHPC) também apresentou em 2012
uma taxa de variação de 2,8% (3,6% em 2011). 5
O desemprego continua a ter uma evolução deveras
preocupante, registando Portugal a terceira maior
taxa (após a Espanha e a Grécia) entre os 27 países
da União Europeia e mantendo uma trajetória de
subida durante o ano de 2012.
4
Contas Nacionais Trimestrais - Estimativa Rápida 4º trimestre de 2012, INE,
14 de fevereiro de 2013
5
Índice de Preços no Consumidor, dezembro de 2012, INE, 11 Jan 2013
13
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Os dados recentes disponibilizados pelo INE 6 colocam
a taxa de desemprego estimada no 4º trimestre de
2012 em 16,9%, superior em 1,1 pontos percentuais
à do trimestre anterior e em 2,9 pontos percentuais
relativamente ao período homólogo do ano transato. Este agravamento determina que a taxa de desemprego média anual se situe em 2012, em 15,7%
o que representa um acréscimo de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. Assim, no final
do ano, a população desempregada atingiu as 860,1
mil pessoas, tendo aumentado 21,8% em relação ao
anoanterior (mais 154,0 mil pessoas). A população
empregada registou um decréscimo anual de 4,2%
(menos 202,3 mil pessoas).
Mercado Interno: O Setor da Construção
Em 2012 os indicadores da produção do setor da
construção traduzem invariavelmente a degradação
da procura seja pública ou privada, revelando níveis
que se vão apresentando sucessivamente como
mínimos históricos. A taxa de variação média anual
do Índice de Produção na construção foi de -17,0%
(quando em 2011 já havia observado uma queda de
10,7%) em resultado de uma variação de -18,1%
no segmento de engenharia civil e de uma queda,
menos pronunciada mas ainda assim muito significativa, de -15,7% na construção de edifícios. 7
Esta forte recessão é traduzida na quebra do consumo de cimento no mercado nacional que se situou
em 26,9% relativamente ao ano anterior e assumindo o valor mais baixo desde 1973.
O problema da quebra de investimento não é um problema que tenha surgido apenas em 2012. Analisando
os relatórios produzidos pelo Banco de Portugal com
base em dados do Instituto Nacional de Estatística,
observa-se que a Formação Bruta de Capital Fixo tem
vindo a decrescer sustentadamente desde 2002, com
variações periódicas ditadas pelas lógicas eleitorais.
Formação Bruta de Capital Fixo em Construção – Taxa de Variação Anual
15%
10%
5%
0%
1996
1997
1998
1999 2000
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007
2008 2009
2010
2011
-5%
-10%
-15%
O problema real agrava-se quando os fracos crescimentos do PIB verificados na última década (ou
mesmo variações negativas em 2003, e nos anos
mais recentes) são acompanhados por uma redução
sistemática do peso da construção (desde 2002
inclusive).
O aprofundamento deste ciclo recessivo traduz-se
inevitavelmente na redução do emprego, com a taxa
de variação média nos últimos doze meses a situar-se em -17,1%, ou seja praticamente proporcional à
redução do índice de produção (-17,0%).
6
7
Este clima recessivo prolongar-se-á, a crer na redução a que se assistiu no valor dos concursos públicos
promovidos e nas adjudicações realizadas (1.695,9
milhões de Euros e 1.174,4 milhões de Euros, respetivamente, refletindo quebras de 44,4% e 51,6%,
nos primeiros onze meses do ano). 8 Similarmente,
assistiu-se a quebras substanciais no licenciamento
relativamente à construção nova (em todo o tipo
de edifícios: residenciais e comerciais, destinados a
transportes e comunicações e destinados ao turismo) e até nas licenças de reabilitação e demolição,
comprovativo de que nem o segmento de reabilitação urbana se apresenta com o dinamismo suficiente
para que se constitua e funcione como um lenitivo.
Estatísticas do Emprego – 4º trimestre de 2012 – 13 fevereiro de 2013
Índices de Produção, Emprego e Remunerações na Construção, dezembro de
2012, INE, 11 de fevereiro de 2013
8
Conjuntura da Construção, nº 66, janeiro/2013, FEPICOP
14
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Mercado Externo
Fazemos de seguida uma breve referência ao enquadramento macroeconómico nos principais mercados
externos de intervenção direta da sociedade:
> Angola
Em Maio de 2012, após a sexta avaliação, foi concluído com sucesso o Programa Stand-By aprovado
em novembro de 2009 entre o executivo angolano e
o Fundo Monetário Internacional, resultando na disponibilização da última tranche de financiamento.
O ato eleitoral de 31 de agosto, traduziu-se pela
conquista da maioria absoluta no parlamento pelo
partido incumbente (MPLA), com 72% dos votos
assistindo-se, assim, à renovação do mandato do
Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
As previsões formuladas pelo FMI 9 quanto ao comportamento da economia angolana apontam para um
crescimento do produto em termos reais de 6,8% em
2012 e uma previsão de 5,5% em 2013, com as taxas
de crescimento sem o setor petrolífero a situarem-se em 6,0% e 6,8% para os mesmos períodos. Os
setores da construção, energia e transportes serão
os principais motores de crescimento do PIB não petrolífero, beneficiando do investimento público e da
regularização do pagamento de atrasados.
Prevalecem, no entanto, factores externos de incerteza - crise financeira na Europa e a recuperação
do crescimento nos EUA - bastante condicionantes
sobre o consumo global de petróleo e, concomitantemente, sobre as exportações de Angola.
Por outro lado a execução coordenada das políticas fiscal e monetária e a estabilidade da taxa de
câmbio constituem fatores determinantes para a estabilidade dos preços na economia angolana, tendo
a taxa de inflação atingido no mês de agosto, e pela
primeira vez, o nível de um dígito, prevendo-se para
o final do ano que se tenha mantido dentro do objectivo de 10% determinado pelo Governo.
> MOÇAMBIQUE
Neste país, o FMI, ao contrário do verificado para as
previsões de crescimento da maioria das economias
avançadas e emergentes, reviu em alta o crescimento económico em 2012 e 2013 para 7,5% 10 e
8,4% respetivamente (da anterior previsão de 6,7%
e 7,2%).
9
Regional Economic Outlook: Sub-Saharian Africa – Maintaining Growth in an
Uncertain World, IFM, oct.12
10
8,0% ao final do 1º Semestre de 2012 segundo declarações proferidas
pelo Governador do Banco de Moçambique em discurso oficial do fim do
ano económico de 2012
Esta aceleração do ritmo de expansão do crescimento da economia moçambicana deve-se aos avanços
promovidos pelo investimento directo estrangeiro
no desenvolvimento do setor mineiro (em especial
no carvão e no gás), mas assiste-se a uma evolução geral positiva dos vários setores de atividade,
com a agricultura (que continua a ser o principal
setor de atividade, representando cerca de 30% do
PIB do país), comércio e serviços de reparação, a
construção, transportes e comunicações a revelarem
dinamismo, alavancados por elevados investimentos
públicos e privados.
A insuficiência do setor de transportes, constituindo
uma barreira ao potencial de desenvolvimento da indústria extrativa, coloca a ênfase na necessidade do
incremento do investimento orientado para a modernização das infraestruturas neste setor.
O controlo da inflação verificado nos últimos meses,
o bom desempenho do setor agrícola e a relativa
estabilidade em termos cambiais do metical, possibilitou a desaceleração da inflação média anual, que
se situou em 2,6%.
Não obstante todos estes indicadores positivos,
importa relevar a dependência ainda muito expressiva deste país da ajuda internacional e da necessidade de prosseguir com a estratégia de redução
da pobreza. Neste âmbito o combate à pobreza e
um crescimento mais inclusivo constituem prioridades do governo de Moçambique no Orçamento de
Estado de 2013.
> ESTADOS UNIDOS
Como se disse acima a economia dos EUA terá tido
uma expansão no ano findo de 2,2% e as projeções
para 2013 da taxa de expansão da economia norte-americana situam-se, em geral, abaixo dessa fasquia. Neste âmbito assumirá importância relevante
o andamento da política orçamental, área em que
se admite a possibilidade de cortes automáticos nos
pogramas federais a partir de Março, nomeadamente nos gastos com a Defesa, implicando também
dispensa de funcionários.
No setor da construção o outlook para 2013 realizado pela AGC of America (The Associated General
Contractors of America) é globalmente positivo,
ainda que com duas tendências diferenciadas: um
otimismo crescente quanto ao desenvolvimento de
projetos no setor privado enquanto os construtores
se mostram mais reservados quanto à evolução da
procura do setor público. Já as perspetivas de emprego no setor melhoram.
15
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Não obstante o clima menos otimista relativamente
ao comportamento previsível da procura do setor
público é expetável um gradual aumento das parcerias-público-privadas, uma tipologia de contratos
crescentemente aplicada no desenvolvimento de
infraestruturas como forma de ultrapassar os constrangimentos de financiamento público.
imediatamente anteriores. Já no resultado acumulado
do ano até o mês de setembro, o PIB apresentou aumento de 0,7% em relação a igual período de 2011. 11
> ROMÉNIA
Em 2012 a Roménia terá obtido um crescimento
económico real do PIB na ordem de 0,8%, segundo
as previsões do Eurostat, projetando-se uma maior
expansão do produto (+2,2%) no ano de 2013.
> SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
A evolução da economia de São Tomé e Príncipe em
2012 deverá ter apresentado uma taxa de crescimento real em torno dos 4%. Para 2013 as últimas
projeções apontam para um crescimento de 4,5%.
O setor de construção apresentou em 2012 um
certo dinamismo revelando crescimentos de 2,6% e
9,7% nos 1º e 2º trimestres de 2012 comparativamente com os trimestre homólogos do ano anterior,
mas com um comportamento algo errático a constatar-se pela variação negativa (-1,4%) observada no
3º trimestre do ano.
As fragilidades macroeconómicas, estruturais e
socioeconómicas de São Tomé e Príncipe são profundas e refletem-se numa estrutura económica
expressivamente dependente do exterior, numa balança de pagamentos cronicamente deficitária e num
nível de endividamento externo muito elevado.
> BRASIL
Durante o ano de 2012 o PIB da economia brasileira
apresentou um crescimento algo dececionante. Os
dados do 3º trimestre de 2012 revelaram um crescimento de 0,6% na comparação com o segundo
trimestre do ano, levando-se em consideração a série
com ajuste sazonal. Na comparação com igual período de 2011, houve uma expansão do PIB de 0,9%.
No acumulado dos quatro trimestres terminados no
terceiro trimestre de 2012, o PIB registou um crescimento de 0,9% em relação aos quatro trimestres
3.2
Estes dados provocaram uma redução nas expetativas de crescimento para 2013 que agora se situam
abaixo dos 4%.
Os principais destaques da conjuntura em 2012 vão
para a queda da inflação acumulada que se situou
em 10,4% (11,9% em 2011). Este nível de inflação
é ainda elevado e reflete a volatilidade de preços
internos gerado pela escassez de bens essenciais
em certas alturas. Para 2013 o Banco Central espera
uma inflação abaixo dos 10% objetivo que já persegue desde 2011.
Com uma taxa de cobertura das importações pelas
exportações inferior a 5% o país é extremamente
dependente das ajudas externas.
PRODUÇÃO – ÁREAS DE NEGÓCIO
PORTUGAL
As sociedades integradas na área de negócios de
construção pelo método integral com intervenção
significativa no mercado doméstico são:
> Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.;
> Clear – Instalações Electromecânicas, S.A.;
> Construções Metálicas Socometal, S.A..
Para além disso, existem em operação vários Agrupamentos Complementares de Empresas ou ACEs
(consolidados pelo método proporcional) em que,
nomeadamente, a primeira das sociedades acima
enunciadas participa; é ainda de acrescentar, consolidadas pelo método proporcional, as participadas
do segmento das obras ferroviárias e marítimas:
Somafel e OFM.
O mercado da construção em Portugal encontra-se num estado de profunda depressão. O investimento público, desde meados de 2011, reduziu-se
de forma abrupta a uma ínfima expressão. Apenas
simbolicamente paradigmática deste clima refere-se
a suspensão do projeto, com a recusa de visto por
parte do Tribunal de Contas verificada no início do
ano de referência deste relatório, da linha ferroviária
de alta velocidade Poceirão-Caia.
11
Contas Nacionais Trimestrais, 3º tri/2012 – Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística - IBGE
16
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Paralelamente, a confiança dos investidores privados tornou-se negativa e o clima de incerteza em
que vivemos levou a que também o investimento
privado registe níveis historicamente baixos.
Além disso, Portugal entra nesta crise depois de
duas décadas de sobreaquecimento do mercado de
construção, que conduziu a uma enorme e pouco
sustentável capacidade produtiva instalada. Esta
capacidade produtiva disponível, quando confrontada com a quebra de investimento e a redução da
procura, conduz necessariamente a um aviltamento
dos preços e a um excesso de competitividade numa
lógica de sobrevivência.
Perante este cenário desfavorável a atividade no
mercado nacional da Sociedade de Construções
Soares da Costa, S.A., nela integrando o contributo
dos agrupamentos complementares de empresas
em que participa, também sofreu, nos últimos anos,
uma redução considerável ainda que reveladora de
ganhos de quota de mercado.
No respeitante a obras concluídas no ano de 2012
destacam-se as seguintes:
> Reforço de potência da barragem do Alqueva;
> Abertura de vários troços integrados na autoestra-
da Transmontana;
> Pontes rodoviárias de Jorjais e Tinhela.
Assumem ainda relevância no volume de produção
do mercado nacional no ano de 2012 as obras:
> Acessos rodoviários à plataforma logística de
Lisboa Norte no sub-lanço Vila Franca de Xira / Nó
A1 – da autoestrada do Norte, para a Brisa;
> Construção do alargamento e beneficiação para
2x3 vias do sublanço Maia/Santo Tirso da A3 –
autoestrada Porto/Valença, para a Brisa;
> Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã, obra que
consiste na requalificação do antigo sanatório de
Penhas da Saúde em edifício de hotelaria inserido no
programa “Pousadas de Portugal”, atualmente geridas pelo Grupo Pestana em parceria com a ENATUR.
É ainda de referir o recomeço da obra da adutora
Moura-Safara, obra que se encontrava suspensa por
dificuldades, que foi possível, entretanto, ultrapassar.
Quanto à distribuição geográfica operacional da atividade nacional da Sociedade de Construções Soares
da Costa, S.A., confirmou-se uma grande estagnação na Madeira (1% da atividade em 2011, a comparar com 4% em 2010 e 14% em 2009), e uma
grande concentração da atividade no norte do país.
Deve ser referido que esta percentagem resulta sobretudo da autoestrada Transmontana, que representa uma importante parcela deste número.
A distribuição geográfica da operação em Portugal
assumiu no ano de 2012 um valor muito importante
no norte do país (76%), sendo os restantes 24%
distribuídos numa percentagem de 3/4 no sul do
país e 1/4 no arquipélago da Madeira. Este último
valor foi conseguido à custa de investimento privado, pois encontram-se suspensas as duas obras
públicas já adjudicadas naquela região.
ATIVIDADE EM PORTUGAL EM 2012 - DISTRIBUIÇÃO POR ÁREA GEOGRÁFICA
Sul
19%
Madeira
5%
Norte
76%
No que diz respeito à segmentação da atividade
realizada as obras de engenharia e infraestruturas
foram grandemente maioritárias representando
87,0% e a construção civil apenas 13%.
Em particular, e dentro deste segmento, as infraestruturas rodoviárias (estradas e pontes) assumem
a maior fatia (76%), sendo de notar também a
percentagem muitíssimo baixa de obras relacionadas com o setor do ambiente (ETA’s e ETAR’s), que
quase não tiveram expressão na atividade. Neste
subsegmento em particular, há diversos concursos
aparentemente estagnados por falta de verbas, do
Estado ou das autarquias, para investir.
17
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
ATIVIDADE EM PORTUGAL EM 2012 - engenharia / infraestruturas composição
por subsegmento
Infraestruturas
13%
Ferrovias
0%
Pontes
4%
Ambiente
3%
Barragens
4%
Estradas
76%
construção das infraestruturas ferroviárias do troço
Poceirão-Caia do corredor da linha de alta velocidade entre Lisboa e Madrid, conforme contrato de
empreitada assinado em 8 de maio de 2010 com a
Elos – Ligações de Alta Velocidade, S.A., concessionária do referido troço, viu a continuidade das suas
operações afetada. Com efeito, após aproximadamente dois anos de pedidos de esclarecimentos
vários, reformas do contrato e vários pedidos de
prorrogação para análise, tornou-se definitiva em
16 de abril de 2012, a recusa de visto por parte do
Tribunal de Contas, ao contrato acima mencionado.
Com esta decisão a atividade do LGV, ACE, em 2012
resumiu-se à negociação para a revogação do contrato de empreitada com a Elos.
A Clear é outra subsidiária da sociedade com atividade no país e também em Angola neste caso através da sua subsidiária Clear Angola.
Em Portugal, registou-se uma significativa redução
de atividade, fruto da escassez de obras e do protelamento do arranque de alguns projetos adjudicados
por parte dos clientes.
Ainda assim a empresa participou em relevantes
projetos sendo de destacar os seguintes:
> Pousada da Cidadela, em Cascais, com envolvi-
Com referência aos agrupamentos complementares
de empresas em que a Sociedade participa merecem referência neste documento pela atividade
mais relevante desenvolvida em 2012, para além
do CAET XXI (50%), que tem por objeto a conceção,
projeto, construção, aumento do número de vias e
reabilitação dos conjuntos vários associados que
integram a subconcessão Transmontana, o Hidroalqueva (50%), tendo por objeto a empreitada geral
de construção do reforço de potência do Escalão de
Alqueva, para a EDP e os dois ACE’s (28,57%) constituídos para a execução dos projetos de construção das infraestruturas necessárias à execução dos
planos de investimento da Indáqua Matosinhos e da
Indáqua Vila do Conde. 12
Já em relação ao LGV, ACE (17,25%), constituído
para executar a preço global, fixo, não revisível e
com data certa, a totalidade dos trabalhos de conceção, projeto, expropriações, construção, fornecimento e montagem de equipamento previstos na
12
Entre parentesis a percentagem de participação da Sociedade
mento nas instalações hidráulicas, mecânicas e
elétricas, inaugurada em março de 2012;
> Resort Quinta do Lord, no Caniçal, Madeira, com a
execução pela Clear das instalações especiais, nomeadamente instalações mecânicas e hidráulicas,
cuja empreitada ficou concluída em janeiro de 2013.
> Central de Valorização Orgânica do Seixal, anga-
riada em 2010 pela Hidráulica. A obra, que consiste na construção de uma central que permite a
transformação da matéria orgânica biodegradável
proveniente da recolha de resíduos urbanos num
composto orgânico para utilização na agricultura,
bem como o aproveitamento do fabrico de biogás
para a produção de eletricidade, representou um
desafio aliciante para a empresa, pois permitiu a
aquisição de know-how e a diversificação do negócio para uma área com potencial de crescimento
no futuro. Embora o ritmo de obra tenha sofrido
uma redução no corrente exercício, prevê-se que
em 2013 a central esteja totalmente operacional
e, mais uma vez, o contributo da Clear tem sido
fundamental.
18
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
> A Pousada da Serra da Estrela, na Covilhã - A
Clear tem como responsabilidade a execução
das instalações especiais (Instalações Elétricas,
Hidráulicas, Climatização e Gestão). Trata-se de
uma unidade hoteleira com capacidade para 91
quartos, incluindo espaços de restauração, SPA e
atividades culturais. À semelhança da Pousada da
Cidadela de Cascais, este tipo de empreendimento enquadra-se num tipo de obras para o qual a
Clear possui vasta experiência e em que o esforço exigido concentra-se não só na edificação, mas
também na preservação do património com o consequente aumento do grau de dificuldade técnica
na execução da obra.
Com respeito à Socometal, a atividade da empresa durante o ano não pôde escapar ao ambiente
depressivo e situou-se aquém da sua capacidade
instalada. Releva-se como intervenções de maior
significado na área do ferro a passagem superior 6.2
A, em Vila Real, consistente no fornecimento, fabrico,
proteção anticorrosiva e acabamento, transporte e
montagem da estrutura metálica de uma passagem
superior sobre a A24 em Vila Real e a Ponte sobre o
Rio Corgo e Viadutos de Acesso, em Vila Real, ambas
no âmbito do CAET XXI; o fornecimento, fabrico, maquinagem, pintura e transporte das estruturas de um
pórtico de contentores de cais para o Porto de Leixões; foi concluído o projeto estrutural, fornecimento
e montagem de estruturas metálicas da cobertura
de sombreamento do Armazém 08 (Gran Cruz Porto,
S.A.). Ainda que orientadas para o mercado externo
merecem referência o fornecimento e fabrico, incluindo maquinagens, de peças de ligação, que constituem a estrutura metálica da cobertura do novo estádio de Nice, para a empresa Fargeot Lamellé Collé,
subsidiária da Vinci, bem como a intervenção em dois
projetos: Viaduc ao PK 28+650 e Viaduc PK 36+600
da “modernisation de la ligne ferroviaire Thenia/
Tizi-Ouzu”, para a Teixeira Duarte, S.A..
No setor ferroviário, segmento de atividade da participada Somafel, prosseguiu a deterioração do
setor decorrente da severa limitação orçamental das
entidades públicas ferroviárias imposta pela tutela
governamental. Com efeito, o montante global dos
procedimentos de concurso para novas obras, no
conjunto da rede ferroviária nacional, proporcionado
pela REFER no ano de 2012 foi de apenas 2,3 milhões de Euros para a totalidade dos concursos lançados durante todo o ano e apenas correspondentes
a pequenas intervenções pontuais de requalificação
ou renovação de via. Desta forma a atividade da
empresa no mercado nacional foi insignificante,
tendo-se concentrado no mercado externo onde,
nomeadamente nos países da região do Magreb
(Reino de Marrocos e República Popular e Democrática da Argélia) se tem vindo a consolidar, desde
2005 e 2007, respetivamente e para a intensa atividade de índole comercial em mercados de elevado
potencial como o Brasil e Moçambique.
Na área das obras portuárias, alvo da OFM, regista-se, entre outras obras, a conclusão da empreitada
de reabilitação e adaptação da “Doca de Pedrouços
– Obras Marítimas – Volvo Ocean Race”, que visou
a realização desta prova e a posterior concessão
da doca; foi igualmente concluída a empreitada de
construção da infraestrutura marítima de melhoria
das condições de abrigo no setor da pesca da Praia
na ilha Graciosa, nos Açores.
Globalmente o volume de negócios consolidado da área
de negócios de construção no mercado nacional situou-se nos 173,6 milhões de Euros, uma descida de 34,3%
face aos 264,2 milhões de Euros do ano anterior.
ANGOLA
O mercado de Angola, onde a sociedade tem presença ininterrupta há mais de três décadas, continua a
assumir-se como estratégico e primacial no desenvolvimento dos negócios da sociedade, tendo esta
logrado atingir e consolidar reconhecidos prestígio
e reputação, nomeadamente no segmento de construção de edifícios, com a construção de projetos de
grande importância e significado nos diversos subsegmentos: residencial, comercial e de escritórios.
Também o segmento de infraestruturas, é assumido
como um vetor importante a desenvolver no sentido
da diversificação e de alargamento do portefólio de
negócios, apresentando já a sociedade neste país
uma importância operacional significativa e um peso
crescente.
Entre as obras de maior relevância na produção do
ano, no segmento de edifícios, faz-se referência às
seguintes:
> Torre do 1º Congresso (BESA);
> Bayview – TTA2 Edifício de Escritórios (com recep-
ção provisória);
> Edifício Torres Dipanda;
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
> INE – Novo Edifício;
> Luanda Towers Project;
> AAA – New Office Building;
> Museu da Ciência e da Tecnologia – GOE;
> Forçauto – Hotel da Ilha;
> Museu das Forças Armadas (concluída);
> Empreendimento “Shopping Fortaleza”.
Na obra Bayview - TTA2 Edifício de Escritórios da
Total há a registar a presença multidisciplinar do
Grupo, pois para além da construtora, houve relevante participação da Clear nas especialidades de
eletricidade, AVAC, hidráulica e BMS e também da
Socometal com a participação da área dos alumínios.
No âmbito da diversificação regional é de registar a
obra “Private Residential Housing”, a desenvolver no
Soyo, província do Zaire. É uma obra de construção
de um condomínio para alojar os técnicos da fábrica
de gás natural da Angola LNG, numa obra de cerca
de 220 milhões de Dólares e em que a sociedade se
apresenta em consórcio com a MSF.
Regista-se ainda a abertura da frente do Huambo
com duas obras importantes para esta cidade. O
Centro Cultural do Huambo e a recuperação do edifício da Escola de S.José de Cluny.
Na área das infraestruturas, à obra de requalificação da marginal (em 2ª fase de execução), para a
Sociedade Baía de Luanda, acrescenta-se pela sua
grande relevância e amplitude o projeto de “Reabilitação das Encostas de Sambizanga e Boavista” no
valor de cerca de 90 milhões de Dólares. Esta obra
faz parte da renovação da malha urbana de Luanda
e irá permitir, quando concluída, a utilização de uma
vasta área para o crescimento da cidade.
A Clear Angola depois de ter obtido invariavelmente
crescimentos acentuados da sua atividade nos anos
anteriores, obteve em 2012 um volume de negócios
de 56,5 milhões de Euros, praticamente ao nível de
2011, o que solidifica e consolida o elevado patamar
de atividade atingido.
19
Com efeito, em 2012, a Clear teve uma participação
ativa na maioria dos grandes projetos de habitação
e escritórios que estão a ser edificados em Luanda.
Para além da intervenção no “Edifício Total”, um
projeto desenvolvido sob rigorosas normas de segurança, qualidade e avançada tecnologia, e que demonstra a capacidade da empresa em superar desafios de grande complexidade, regista-se também a
conclusão do edifício Parking Lot para a SONIP, com
as valências de AVAC e hidráulica a que se juntaria a
empreitada de BMS e do edifício “Sonangol Distribuidora”. A intervenção nos “Hospitais do Futungo
Cazenga e Sambizanga”, permitiu demonstrar a versatilidade e a capacidade da empresa na execução
de obras de qualidade numa área exigente como a
hospitalar.
No mix de atividades a “eletricidade” passou a representar 58% do output (41% um ano antes), a
“hidraúlica” a representar 21% (face a 27% um ano
antes) e a climatização a situar-se em 16%. Finalmente a “manutenção” gerou proveitos de 5%, uma
percentagem superior à do ano anterior (3%). Todavia, realce-se o crescimento em valor nominal de
proveitos de todas as especialidades quando comparado com o ano anterior.
Neste mercado a Socometal também tem procurado intervir crescentemente ainda que, por enquanto,
como subempreiteiro da Sociedade de Construções
Soares da Costa, S.A., tendo tido intervenção, como
acima já se referiu, no novo edifício de escritórios da
Total em Luanda. Entretanto, a fusão concretizada
já em 2013 abre portas para uma mais generalizada
e efetiva internacionalização desta área.
Extravasando o âmbito estrito da produção, a definição e aplicação de um quadro de relacionamento
e cooperação eficazes com as entidades e com os
atores económicos locais, a estrutura de suporte logístico das atividades, e finalmente, mas não
menos importante, o recrutamento, a formação, e
sobretudo, a retenção de quadros locais qualificados
são alguns dos vetores fundamentais a ter em consideração nas especificidades do mercado de Angola
e que constituíram (e constituem) vertentes permanentes de estudo, avaliação e de intervenção das
empresas participadas da Sociedade na implementação das soluções tidas por mais adequadas.
20
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
MOÇAMBIQUE
Moçambique é, também, um mercado de intervenção de longa data da Soares da Costa. Para além da
atividade diretamente desenvolvida pelo estabelecimento estável da Sociedade de Construções Soares
da Costa, S.A., a atividade é desenvolvida através da
subsidiária de direito moçambicano, Soares da Costa
Moçambique, S.A.R.L., detida pelo Grupo em 80%
através da sociedade a que respeita este relatório,
estando a participação remanescente na titularidade
do Estado de Moçambique.
Este mercado vem merecendo nos últimos uma
referência cada vez mais importante não só pelo
significado do VN e rentabilidade que passou a representar, mas também pela relevância, qualidade e
importância das obras/projetos que tem desenvolvido ou tem em desenvolvimento.
Durante o ano de 2012 a atividade em Moçambique desenvolvida diretamente pela Sociedade de
Construções Soares da Costa, S.A., esteve fundamentalmente concentrada nas importantes obras de
reabilitação da estrada N221, entre Combomune e
Chicualaquala e na construção da Ponte sobre o Rio
Zambeze, em Tete; ambas as obras evoluíram com
normalidade e nos ritmos de execução programados.
Já no que concerne à participada Soares da Costa
Moçambique, S.A.R.L., teve em 2012 uma atividade
intensa, devendo assinalar-se a conclusão das seguintes obras:
> Construção do Edifício do Tribunal Administrativo;
> Construção das Novas Instalações do INNOQ: Insti-
tuto de Normalização e Qualidade;
> Construção dos Postos de Abastecimento da Pe-
tromoc no Songo e em Maputo;
> Reabilitação de Instalações para a Agência do Mo-
zabanco, em Xai-Xai (Tete);
> Reabilitação de Instalações para a Agência do Mo-
zaBanco da Av. do Trabalho, em Maputo;
> Construção do Hospital Distrital do Quissico –
Inhambane;
> Construção do Centro de Produção da Rádio Mo-
çambique em Xai-Xai (Gaza);
> Construção do Edifício do INSS – Tete;
> Demolição de Edifícios existentes nos Terrenos da
Ex-Facim;
> Construção do Parque de Estacionamento do Hotel
Vip Inn – Beira.
e iniciadas as obras a seguir enumeradas :
> Construção de 15 Casas para a HCB - Hidroeléctri-
ca de Cahora Bassa (Songo);
> Reabilitação do 4º.Pombal e Arranjos Exteriores da
HCB - Hidroeléctrica de Cahora Bassa - 2ª. Fase
(Songo);
> Reabilitação Parcial das Instalações da Ex-Salvador
Caetano (Toyota) na Matola;
> Construção do Terminal Rodoviário do Zimpeto em
Maputo;
> Reabilitação e Ampliação da Aerogare de Pemba;
> Obra de Implantação da Rede de Gás no Posto da
Petromoc Machava;
> Construção de Passagens Hidráulicas e Drenagens
na Estrada Combumune -Chicualacuala (Gaza);
> Construção do Novo Hospital de Mapai (Gaza);
> Construção do Novo Terminal de Ferro-Crómio do
MCT : Matola Cargo Terminal na Matola;
> Construção e Reabilitação da Rede de Águas de
Ribaué em Nampula;
> Construção da 2ª. Fase do ISDB : Dom Bosco em
Maputo;
> Ampliação do Gate & Reabilitação de Arruamentos
Internos do Porto de Maputo;
> Construção do Centro de Saúde da U.E.M. no
Campus Universitário em Maputo;
> Construção de Fábrica de P.V. - Painéis Voltaicos
em Beluluane em Maputo;
> Reabilitação e Ampliação da Escola Secundária da
Ponta Gêa em Beira (Sofala);
> Reabilitação do Edifício do Banco de Moçambique
na Beira (Sofala).
A participada OFM, com target de intervenção no
segmento de obras portuárias e marítimas, iniciou e
concluiu em Moçambique a empreitada de “esporão
de acesso a cais no porto de Pemba” consistente na
construção de um esporão com cem metros de comprimento, destinado a avançar pelo mar tendo em
vista atingir as cotas de fundo necessárias à operação portuária. Em África, para além de Moçambique
esta empresa teve em 2012 intervenções em mercados como a Argélia e Cabo Verde.
21
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
ESTADOS UNIDOS
A Prince assume-se como empresa nuclear no âmbito
da atividade da construção do Grupo Soares da Costa,
nos Estados Unidos da América. Adquirida em 2008,
esta empresa atua no campo das infraestruturas rodoviárias nos estados da Florida e Geórgia, sendo um
player relevante no mercado de construção do sudeste
dos EUA (10º maior empreiteiro geral em volume de
negócios segundo o ranking da revista ENR).
O foco da atividade da Prince continuou a ser a
construção de estradas (novas ou remodelações) e
pontes, para diversos clientes públicos, designadamente os Departamentos de Transportes da Florida
(FDOT) e Geórgia (GDOT).
As principais obras concluídas em 2012 foram as
seguintes:
> SR408 – alargamento de Oxalis Drive a Goldenrod
Road (Florida): projeto no valor de 21 milhões de
Dólares, execução do alargamento e construção de
vias de acesso, incluindo o alargamento de quatro
pontes em betão, na extensão de 1 milha;
> SR50 de Avalon Road a SR 429 (Florida): projeto
em conceção-construção (design-build), no valor
de 18 milhões de Dólares, transformação de uma
estrada com 5 faixas contíguas numa via rápida
com 2x3 faixas, numa extensão de 3 milhas;
> Alargamento da US27 (SR25) (Florida): projeto
em conceção-construção (design-build), no valor
de 21 milhões de Dólares, transformação de uma
estrada rural de 4 faixas numa via rápida de 2 x 3
faixas, numa extensão de 3,8 milhas;
> SR93 I-275 Hillsborough County North (Florida):
projeto no valor de 22 milhões de Dólares, reabilitação de 4 milhas de autoestrada, incluindo 26
pontes;
> Fall Line Freeway entre Augusta e Columbus (Geór-
gia), no valor de 29 milhões de Dólares, construção de 7,5 milhas de estrada com 4 faixas.
A Prince manteve, durante este ano, doze obras
ativas. Iniciaram-se, ou continuaram em curso, os
seguintes projetos mais relevantes:
> I-595 Corridor Improvement Segments A and B
(Express Toll Lanes) (Florida) – localizado na zona
de Fort Lauderdale, com o valor de 98 milhões de
Dólares, consiste na remodelação e reconstrução de
um troço de autoestrada portajada com 4,3 milhas;
> I-75 Tampa – alargamento entre a SR56 e Fowler
Road (Florida), no valor de 95 milhões de Dólares, consiste na reconstrução e alargamento de 11
milhas da autoestrada interestadual I-75 na zona
de Tampa, incluindo a construção de 19 pontes. Tem
o prazo de execução de 1.500 dias, prevendo-se
que a conclusão seja antecipada cerca de 600 dias;
> I-75 from South of Pierce Ave. to North of Arkw-
right Dr. (Geórgia), no valor de 59 milhões de
Dólares, alargamento de 3,65 milhas da I-75 no
corredor Atlanta-Macon, incluindo a reconstrução
de cinco pontes e a reabilitação de outras duas.
OUTROS MERCADOS INTERNACIONAIS
Para além dos mercados core: Portugal, Angola,
Moçambique e Estados Unidos da América faz-se
de seguida um roteiro sobre os principais aspetos
da atuação da empresa durante 2012 noutros mercados internacionais em que a sociedade intervém
através das suas participadas: Roménia, Brasil, S.
Tomé e Príncipe, Sultanato de Omã, Venezuela, Costa
Rica e Israel.
> ROMÉNIA
Neste país foram concluídas durante 2012 as seguintes obras:
> Acessos ao parque eólico de Casimcea, em Tulcea,
para o cliente SC CAS Regenerible (Verbund – Áustria) com o valor do contrato de aproximadamente
6 milhões de RON (cerca de 1,38 milhões de Euros);
> Acessos ao parque eólico Alpha Wind, Tulcea,
Roménia, para o cliente SC Alpha Wind (Verbund
– Áustria), uma obra no valor aproximado de 3,3
milhões de RON (cerca de 770 mil Euros).
Encontra-se em curso a execução da obra “Constructia Variantei de Ocoure Tecuci” no valor de 49
milhões de RON (11,1 milhões de Euros) cuja data
de consignação dos trabalhos ocorreu no dia 18 de
Junho de 2012, para a autoridade nacional de estradas da Roménia (CNADNR - Compania Nationala de
Autostrazi si Drumuri National din Romania S.A.).
> BRASIL
O Brasil, decorrendo do plano estratégico do Grupo,
é considerado um dos mercados prioritários no
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
âmbito da expansão internacional de atuação da
empresa.
No ano de 2012, através da participação em 50%
na sociedades de propósito específico Terceira Onda
Planejamento e Desenvolvimento Ltda, concluíram-se em outubro de 2012, com plena satisfação do
cliente, os trabalhos de construção civil para a implantação de unidade completa em Rio Branco do
Sul (Paraná) – linha de 5.000 ton/dia para a Votorantim Cimentos.
Por sua vez, há ainda a assinalar a intervenção através da participada Soares da Costa Brasil, Ltda. na
sociedade Linha 3 Cezarina – Construções Ltda., no
projeto da linha 3 da Fábrica de Cimentos de Cezarina-GO – linha de 2.000 Ton/dia para a CIMPOR
BRASIL, com trabalhos iniciados em abril de 2012 e
com data prevista de conclusão em junho de 2013.
Em finais de 2012, esta sociedade iniciou, também,
uma obra relacionada com a ampliação da aerogare
do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, São Paulo, para o consórcio construtor Viracopos (CCV).
> S. TOMÉ E PRÍNCIPE
A subsidiária da sociedade, Soares da Costa, STP
Construções, Ltd. tem em curso o projeto de ampliação do edifício sede do Banco Internacional de São
Tomé e Príncipe numa obra que consiste na construção de um edifício de cinco pisos junto ao vigente e
em que o piso térreo é agregado ao existente pela
agência bancária que será extendida. Os restantes
pisos destinam-se a agregar os vários serviços de
back-office do Banco, bem como a Administração e
a Direção. À adjudicação inicial juntaram-se vários
outros trabalhos designadamente a remodelação da
agência bancária do edifício antigo que se juntará ao
novo e os arranjos exteriores da área envolvente.
Em setembro de 2012, em parceria com a Sociedade
de Construções Soares da Costa, S.A., tiveram início
as obras de reabilitação da Estrada Nacional
nº 1 – Proteção Costeira, que se desenvolverão por
um período de dezoito meses.
Neste território há ainda a assinalar a formalização,
em março de 2012, da sucursal da Clear tendo
como objetivo imediato a execução da empreitada
de instalações especiais do Banco Internacional de
S. Tomé em Príncipe.
> SULTANATO DE OMÃ
Neste território, em função da bem sucedida investida comercial realizada em anos anteriores, o Grupo
através da sucursal da Sociedade de Construções
22
Soares da Costa, S.A. participa num consórcio com
uma empresa local na execução dos projetos e trabalhos de construção de infraestruturas rodoviárias
e redes de infraestruturas associadas numa zona
situada entre o aeroporto internacional de Masqat
e a via expresso da mesma cidade; esta obra foi
adjudicada no início de 2012 estando os respetivos
trabalhos em pleno desenvolvimento.
> VENEZUELA
Uma nota sobre a execução neste país por parte da
OFM da empreitada de “Ampliación y Modernización
del Puerto de La Guaira”, a obra de maior envergadura levado a cabo por esta participada e cujos trabalhos entraram em fase de cruzeiro.
> COSTA RICA
Neste mercado, a atividade de construção é exercida
através da subsidiária Sociedade de Construciones
Centro-Americanas, S.A..
Com o projeto San José – Caldera concluído (tendo-se realizado alguns trabalhos de reabilitação e garantia) e o outro San José-San Ramón por arrancar
(pendente do ultimar de detalhes negociais entre o
Governo da Costa Rica e a concessionária Autopistas
del Valle) a atividade em 2012 foi inexpressiva.
> ISRAEL
Em Israel, a participação da Soares da Costa Construção acontece por via da colaboração com a área
das concessões do Grupo, no âmbito do projeto do
Metro de Telavive. Para além da sucursal da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A., esta
sociedade possui uma participação de 30% no consórcio da construção “Israel Metro Builders” (IMB).
Este projeto, como já consta de relatórios anteriores,
foi interrompido pelo dono da obra ainda em 2010,
que pôs termo, unilateralmente, ao contrato de concessão estando a decorrer um processo de arbitragem internacional que decidirá este conflito.
A sociedade partilha da convicção da sociedade concessionária, parte direta do processo, de que não
existiram fundamentos para aquela rescisão unilateral e aguarda a decisão que sobre este litígio vier
a ser tomada pelo Tribunal Arbitral. Reconhece-se,
contudo, que a realização dos ativos relacionados
com este projeto designadamente os que resultam
da incorporação proporcional da IMB pode estar dependente do sentido desta decisão.
23
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
3.3
ÁREA COMERCIAL
Julga-se suficientemente retratado nas seções anteriores o panorama depressivo do mercado em
Portugal. Tal contexto tem expressão, também, na
escassez generalizada de concursos, o que conduz
inevitavelmente ao aviltamento dos preços, e ainda
na reduzida taxa de decisão dos lançados. A atividade das empresas de construção nacionais não pode,
por conseguinte, basear-se nos próximos anos na
produção em Portugal, e é na aposta internacional
que se encontrará sustentado o futuro próximo.
No entanto, são de referir pela sua importância, as
seguintes adjudicações ocorridas em 2012, em Portugal:
> Gasoduto Mangualde-Celorico-Guarda (REN);
> ETAR de Paços de Sousa (Simdouro);
> EN 234 – Reabilitação das Pontes do CRIZ (I e II) e
de S. João das Areias (Estradas de Portugal).
Em Angola destaca-se pela sua relevância e amplitude a adjudicação da empreitada “projeto e
construção das instalações sociais dos quadros da
Angola LNG (1ª fase), no Soyo, uma obra com prazo
de execução de 36 meses e um valor adjudicado de
252 milhões de Dólares. O projeto prevê a construção de 317 habitações de várias tipologias, numa
área habitacional de cerca de 10.000 m2, e diversas
infraestruturas e equipamentos de apoio (sociais,
ambientais e de lazer).
Perto do final do ano, a um consórcio que integra a
Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. (e
a Edifer Angola, S.A.) foram adjudicadas as obras de
infraestruturas básicas do Pólo Industrial de Fútila
(PIF), na província de Cabinda.
Neste mercado, salientam-se ainda as seguintes
adjudicações ocorridas em 2012:
> Data Center da Talatona, para a Movicel;
> Upgrades of Operacional Bases, no Soyo para a
Schlumberger;
> Centro Cultural do Huambo, para o Governo Provín-
cial de Huambo;
> Reabilitação e apetrechamento do Complexo Escolar
de S. José de Cluny (fase 1), para o Governo Provincial de Huambo;
> Construção de serviços provinciais do INE em Ma-
lanje e em Benguela;
> Construção do Shopping da Fortaleza, em Luanda.
As obras referidas são expressão clara e elucidativa
da extensão da atividade territorial da empresa o
que, por sua vez,requer a concentração e cooperação de esforços, nomeadamente de organização e
de logística, muito importantes.
Moçambique
Durante o ano de 2012 foram ajudicadas as obras
de construção das pontes sobre os rios Sangaze,
Pompwe, Macuca e Chidge na província de Sofala e
das pontes sobre os rios Muira, Tsanzabue e Nhagucha na província de Manica. Esta empreitada adjudicada pela Administração Nacional de Estradas, e
no valor de 21,7 milhões de Euros, tem por objeto a
conceção/construção de nove obras de arte (sendo
seis com tabuleiro em betão armado, pré-esforçado
de comprimentos variáveis), a correção das estradas
de acesso e outros trabalhos relacionados diversos.
No que diz respeito à participada Soares da Costa
Moçambique S.a.r.l., deve ser referida a excecional
atividade comercial em 2012 que levou a um número
considerável de adjudicações e excelentes perspetivas para 2013.
Com efeito, objetivando aumentar o potencial universo de angariação de obras, tem-se vindo a estender a ação de trabalho a quase todo o país, pelo
que, à data de fim do exercício, marcávamos presença nas províncias de Maputo, Gaza, Inhambane,
Sofala, Tete e Cabo Delgado.
Para além disto, e como política geral, tem-se mantido uma postura de selectividade na oferta, optando, sobretudo, por concorrer a obras de clientes
certificados que nos ofereçam seguras garantias de
pagamento.
Realçam-se como adjudicações mais significativas
obtidas em 2012, as seguintes:
> Reabilitação de edifício para instalação da nova filial
na Beira, do Banco de Moçambique;
> Construção de 15 casas do tipo 3 no distrito de Songo;
> Remodelação e ampliação da aerogare do Pemba,
para a Aeroportos de Moçambique, E.P.;
> Construção de edifício 8 andares na Costa do Sol;
> Construção de drenagens pluviais na estrada de
Gaza;
> Construção do Hospital Distrital de Mapai (em con-
sórcio).
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
24
Finalmente, importa referir que tem sido política da
empresa, através do seu desempenho e profissionalismo, cultivar a fidelização dos clientes. O contínuo volume de obra adjudicado pela ANE/Fundo de
Estradas, Petromoc, HCB, Grupo VIP e MozaBanco,
entre outros, incidia o bom termo desta postura de
mercado.
Para além deste projeto também à Prince e pelo
FDOT foi adjudicada outra obra na área das infraestruturas rodoviárias ( I-275 Tampa, Hillsborough
County South) no montante de 30 milhões de Dólares e que consiste na reabilitação de cerca de quatro
milhas de estrada e dezasseis pontes. Tem conclusão prevista para julho de 2014.
Aproveitando ainda a capacidade instalada em Moçambique, um consórcio em que a Sociedade de
Construções Soares da Costa, S.A. participa em 50%
recebeu a intenção de adjudicação de uma obra na
Suazilândia, que consiste na construção de uma estrada, com cerca de 12 Kms de extensão, incluindo
duas pontes, no valor global de 17,6 milhões de
Euros.
O pipeline de projetos previstos, designadamente na
Florida, permite perspectivar o futuro com otimismo,
em termos de carteira de encomendas e margens de
rentabilidade.
A Somafel iniciou em 2012 a cruzada comercial neste
importante mercado emergente. Na sequência de
convite apresentado pela Vale S.A. (Companhia do
Vale do Rio Doce) a sociedade apresentou propostas
para a renovação integral da via férrea do corredor
do Nacala, no trecho existente no norte do país,
entre a fronteira com o Malawi e o porto de Nacala
no Índico (extensão de aproximadamente 580 Km).
Trata-se da renovação da infraestrutura existente,
com o objectivo de incrementar a capacidade de
transporte ferroviário para escoamento do minério
de carvão no âmbito do projeto de mineração em
curso por aquela multinacional.
Ainda no mercado africano, mais concretamente em
S. Tomé e Príncipe, a adicionar à adjudicação da
reabilitação da estrada nacional nº 1, obra já iniciada, releva-se a construção do futuro edifício sede
do Banco Central de S. Tomé e Príncipe, com quatro
pisos e uma área bruta de construção de 4,2 mil m2,
no valor de 6,5 milhões de Euros.
Nos Estados Unidos há a destacar como acontecimento principal na área comercial, a adjudicação
à Prince pelo Florida Department of Transportation (FDOT) do projeto de conceção-construção
(design-build) dos acessos da I-75 (SR93) ao
Aeroporto Internacional de Soutwest Florida em Fort
Myers, na Florida. Este projeto, totalizando 54 milhões de Dólares, tem um prazo de execução até setembro de 2014 e consiste numa nova ligação direta
da I-75 para o Mid Field Terminal do Aeroporto Internacional da Southwest Florida. O projeto inclui a
construção de cinco viadutos/pontes, aproximadamente 8 milhas de estradas de acesso à I-75 e uma
nova estrada de acesso ao terminal sobre a I-75.
No Brasil, mercado onde a penetração de empresas estrangeiras no mercado da construção não se
revela fácil, deram-se em 2012, passos significativos no âmbito da implementação do grupo, nomeadamente quanto à obtenção do reconhecimento das
capacidades e observância dos requisitos técnico-económicos necessários ao cumprimento das exigências habilitacionais impostas pelos “editais” para
a candidatura a projetos públicos nacionais.
A atividade comercial durante o ano de 2012 foi,
porém, dirigida prioritariamente no sentido dos
clientes privados, tendo sido apresentadas propostas a vários projetos e ainda participado num concurso público aberto a empresas estrangeiras. Obteve-se a contratação formal de duas novas obras,
aliás já em execução; uma com o cliente Cimpor
Brasil - projeto da linha 3 da Fábrica de Cimentos
de Cezarina em Goiás, uma linha de 2.000 ton/
dia - e outra com o consórcio construtor Viracopos
- contratação de obras de ampliação da aerogare
do Aeroporto Internacional de Viracopos-Campinas
em São Paulo com a Conector, Holdroom e outros.
Ambas são executadas pela sociedade Linha 3 Cesarina – Construções Lda, em que a Soares da Costa
Brasil – Construções Ltda, subsidiária detida pelo
grupo a 100%, detém uma participação de 50%.
Neste mercado a Somafel que já se muniu das
qualificações e credenciais necessárias, em vários
estados e em várias valências técnicas, e onde se
destaca o arranque da produção industrial, na especialidade de via, com a execução de soldaduras
elétricas de carris para a Supervia Concessionária
tem vindo a realizar intensa atividade comercial
no âmbito de obras do segmento ferroviário. Com
frutos no âmbito da manutenção ferroviária, apesar
da sua reduzida expressão, está acordado e em
curso de formalização com a Supervia-Concessionária da Rede Suburbana do Rio de Janeiro um contrato
de prestação de serviços de ataques de manutenção
com equipamento pesado no ramal de Belford Roxo,
com a extensão de 26 Km de via dupla.
25
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Na Roménia o esforço comercial esteve concentrado em projetos relacionados com energias renováveis (parques eólicos e parques fotovoltaicos),
para clientes privados, segmento em que a empresa
tem obtido, nos últimos anos, algum sucesso. Foi,
porém, no âmbito das infraestruturas rodoviárias
que se situa o projeto mais relevante com a adjudicação por parte da CNADNR-Compania Nationala de
Autostrazi si Drumuri National din Romania S.A. (autoridade nacional de estradas na Roménia), da obra:
“Constructia Variantei de Ocolire Tecuci”, no valor
de 49 milhões de RON (cerca de 11,1 milhões de
Euros), cuja consignação dos trabalhos ocorreu em
junho de 2012. O período de execução contratual
deste projeto é de 18 meses, estendendo-se até ao
final de 2013.
Não obstante a concentração do esforço comercial nos
mercados core de intervenção da empresa realça-se
também como corolário do esforço desenvolvido em
anos anteriores a adjudicação a um consórcio em
que a empresas participa (conjuntamente com uma
sociedade local) de uma obra no Sultanato de
Omã, consistente na execução dos projetos e trabalhos de construção de infraestruturas rodoviárias,
contemplando troços rodoviários, cinco viadutos
superiores em nós de ligação rodoviária e redes de
infraestruturas associadas, a executar em zona situada entre o aeroporto internacional de Masqat e
a via expresso da mesma cidade. Esta obra no valor
global de 48 milhões de Euros tem um prazo de
execução de 654 dias e como se disse no capítulo
da produção está já em franco desenvolvimento.
O panorama traçado acima permite antever, portanto, a manutenção de níveis de atividade sustentáveis no próximo futuro ainda que a redução ainda
mais brusca que se sentirá na atividade da empresa
no mercado nacional, com a conclusão da autoestrada Transmontada durante a primeira parte do ano de
2013, implique a manutenção de um esforço concentrado, eficiente e profícuo da vertente comercial.
Carteira de Encomendas
Traçada uma panorâmica por mercados e empresas,
o quadro seguinte reflete a carteira de encomendas
da área de construção e a sua evolução entre finais
de 2011 e 2012.
(milhões de Euros)
dez.2012
%
dez.2011
%
Variação
1.047,991
100,0%
1.404,603
100,0%
-25,4%
Portugal
210,276
20,1%
482,566
34,4%
-56,4%
Angola
414,962
39,6%
467,044
33,3%
-11,2%
EUA
149,339
14,3%
201,677
14,4%
-26,0%
Moçambique
119,988
11,4%
131,574
9,4%
-8,8%
42,519
4,1%
43,357
3,1%
-1,9%
6,537
0,6%
5,365
0,4%
21,8%
Roménia
11,029
1,1%
0,035
0,0%
-
Outros
93,340
8,9%
72,985
5,2%
27,9%
TOTAL
Costa Rica
Brasil
Na carteira de encomendas há a salientar o impacto
proveniente da retirada do projeto de construção
do troço de alta velocidade Poceirão-Caia da ligação
ferroviária de alta velocidade entre Lisboa e Madrid,
que origina uma redução substancial da carteira
global com particular incidência no mercado nacional. Expurgado este efeito (ou seja eliminando este
projeto do valor da carteira em 2011) a descida do
backlog situar-se-ia em 12,3%.
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
3.4
ORGANIZAÇÃO
Uma estrutura empresarial engloba o conjunto de
meios e recursos através dos quais se realizam atividades de forma coordenada e controlada, atuando
num determinado contexto ou ambiente, com vista
a atingir objetivos pré-determinados mediante a
afetação eficiente desses recursos. As exigências de
mercado e o dinamismo da sociedade globalizante
dos nossos dias impõem que as empresas adotem e
detenham uma permanente e sistemática capacidade
de antecipação e de resposta, através da adequação
dos meios (e eventual revisão dos objetivos), às alterações ocorridas mas também, fundamentalmente,
às previstas e não raras vezes apenas antecipadas
(com os inerentes riscos de avaliação estratégica),
no contexto ou enquadramento externo.
A adequada resposta a estas necessidades das organizações preconiza a existência de ferramentas
de controlo e de gestão, optimizando os sistemas e
as tecnologias de suporte, o que deve ser complementado com abordagens formativas específicas e
transversais ao seu capital humano.
O ano de 2012 afigurou-se, neste âmbito, como
bastante exigente para a empresa e para o conjunto
das suas participadas, de modo a assegurar as condições de sustentabilidade económico-financeira das
operações, através da readaptação das estruturas,
racionalização de custos e a melhoria das ferramentas de gestão, garantindo, no fundo, que a organização empresarial esteja dotada das condições que
permitam levar a cabo de modo eficiente e eficaz a
sua missão.
Neste âmbito, assume especial relevância a fusão
ocorrida entre a Contacto – Sociedade de Construções S.A. e a Sociedade de Contruções Soares da
Costa, S.A., a última enquanto sociedade incorporante, ocorrida a 28 de junho de 2012 e com a subsequente integração e adaptação das estruturas e
3.5
26
das ferramentas de gestão. Na mesma esteira, preparada no final do exercício, veio a operar-se já em
2013 a concretização formal da fusão da participada
do Grupo da área metalomecânica, ferro e alumínios,
Socometal, por incorporação, também, na Sociedade
de Construções Soares da Costa, S.A..
Este processo, assegurando a manutenção no interior do Grupo das valências, tecnologias e know-how
que importa preservar, permite a redução de custos
de estrutura, evitando custos de sobreposição,
potencia solidez e robustez económico-financeira,
melhorando simultaneamente a flexibilidade da organização.
Com impacto neste âmbito, decorreu em 2012 com
intensidade o desenvolvimento do processo de
ajustamento iniciado em finais de 2011 e que se
espera ultimar nos primeiros meses de 2013, relativo à readaptação e reafectação dos colaboradores.
Privilegiou-se a mobilização interna seja em termos
funcionais seja em termos geográficos mas, como é
compreensível, a magnitude das necessidades face,
designadamente, à drástica redução da procura no
mercado interno, teve de se saldar por um número
considerável de rescisões contratuais com colaboradores (vide adiante Recursos Humanos).
O ano de 2012 traduziu-se, pois, num árduo trabalho de implementação de medidas de redimensionamento, racionalização e ajustamento nas estruturas
organizativas, praticamente transversal às diferentes áreas da empresa (“back-office”, estaleiros,
meios de produção, área comercial, reforço dos recursos afetos às sucursais/ estabelecimentos estáveis no estrangeiro, com colaboradores da empresa
de perfil adequado, etc.), realizado com a convicção
de que esta resulta melhor preparada para enfrentar
os desafios do futuro.
RECURSOS HUMANOS
Na esfera dos Recursos Humanos, assume especial
relevância em 2012 o desenvolvimento do processo
de ajustamento das estruturas iniciado em finais do
ano anterior. Como se referiu no relatório de gestão
de 2011, a Sociedade de Construções Soares da
Costa, S.A., foi declarada, por despacho do Secretário de Estado do Emprego de 7 de dezembro de
2011, empresa em reestruturação, nos termos e para
os efeitos previstos na alínea d) do nº 2 e nº 4 do
artigo 10º do Decreto-Lei nº. 220/2006, de 3 de
novembro. Este processo foi desenvolvido de modo
cuidado e progressivo com respeito pela legislação
vigente e, embora sempre doloroso, foi imbuído das
preocupações de responsabilidade social que perpassa transversalmente o exercício de toda a atividade
da empresa. Ainda que com menor impacto este processo de reestruturação dos meios humanos afetou
igualmente outras empresas da área da construção.
27
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Recrutamento e Seleção de Pessoal
Apostados em alinhar o capital humano com a estratégia de desenvolvimento organizacional, a nossa
visão de recrutamento e seleção assentou, no ano
de 2012, numa estratégia de mobilização de colaboradores para outras geografias nas quais a atividade
do Grupo se destaca pelo crescente volume de negócios.
O recrutamento interno foi em 2012 uma abordagem preferencial no preenchimento de vagas, o que
tende a potenciar a gestão de carreiras, com os consequentes ganhos de motivação dos colaboradores,
assim como permitiu reduzir custos com processos
de recrutamento externo e integração de novos colaboradores.
Contudo, quando a necessidade identificada apontou
para perfis não existentes no âmbito das diversas empresas do Grupo, foram desenvolvidos processos de
Recrutamento Externo, passando a incorporar novos
colaboradores com um perfil profissional alinhado com
a natureza e exigências do portfólio de negócios do
Grupo Soares da Costa, nomeadamente no que respeita à predisposição para uma carreira internacional.
Neste sentido, foram identificadas nove necessidades, cujos perfis de competências não foram encontrados internamente, pelo que foram realizadas novas
admissões para algumas das empresas participadas,
com prevalência da Clear Angola. Estes processos
tiveram como principal objetivo a substituição de colaboradores e reforço de algumas equipas.
Formação
Foram realizadas no âmbito das empresas participadas
8.086 horas de formação, que implicaram um total
de 23.574 Euros de custos com inscrições. Este
volume contemplou um total de 2.326 formandos.
A análise da distribuição das horas pelas categorias
profissionais, revela que o maior número de horas
de formação frequentada continua a concentrar-se
nos profissionais qualificados e quadros superiores.
Por Categoria Profissional (horas)
2012
Dirigentes
Quadros superiores
Quadros médios
Quadros intermédios
Profissionais qualificados
Profissionais semiqualificados
Profissionais não qualificados
Praticantes/aprendizes
Total
10
3.079
651
490
3.680
13
141
22
8.086
O grupo temático “Qualidade, Ambiente e Segurança” foi o que concentrou maior número de horas de
formação em 2012 – 2.093 horas, seguida da área
de “Construção Civil e Engenharia Civil” 1.385,5
horas e em terceiro lugar a área de “Gestão e Administração” com 1.580,5 horas.
Por Temas (horas)
2012
Ciências Sociais - Formação Contínua
Construção Civil e Engenharia Civil
Direito
Electricidade e energia
Engenharia e Afins
Gestão e Administração
Informática na Óptica do Utilizador
Línguas e literaturas estrangeiras
Protecção Ambiente
Qualidade, Ambiente e Segurança
Saúde
Não Especificado
Total
312
1.385
5
14
175
1.580
1.749
570
25
2.093
116
62
8.086
No âmbito da implementação do plano de formação
do Grupo 2012, foram realizadas diversas ações de
formação, das quais se destacam:
> Programa Inicial de Gestão de Projetos: ação que
integra 3 módulos (Gestão de Projetos para Profissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodologias,
MS Project no suporte à gestão de obras, e Análise
e Avaliação de Projetos de Investimento) destina-se a jovens quadros do Grupo. Foi realizada com a
mobilização de recursos internos, para a conceção e
implementação de dois módulos, e com recursos a
uma parceria com entidade formadora externa, para
ser ministrado o módulo “Gestão de Projetos para
Profissionais - Técnicas, Ferramentas e Metodologias”. Esta é uma ação que integra o portfólio da
Academia do Conhecimento, e pode ser reproduzida
em anos subsequentes.
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
> Gestão Financeira de Obras: programa formativo con-
cebido pela Católica Porto Business School e costumizado à realidade do Grupo SdC, com a colaboração de
especialistas internos da área financeira. Esta ação foi
realizada nas instalações da sede para 18 quadros superiores de empresas do Grupo (Sociedade de Construções Soares da Costa, Clear e Socometal).
> Liderança e Condução de Equipas de Trabalho: tendo
como objectivo o desenvolvimento de competências para a gestão de equipas, esta ação teve como
público-alvo encarregados das empresas do Grupo
(Sociedade de Construções Soares da Costa, Clear
e Socometal), grupo profissional com impacto
28
significativo na qualidade do produto e concretização de objectivos.
> Inglês: no sentido de habilitar os colaboradores para o
processo de internacionalização do Grupo, foram realizadas duas ações de formação de Inglês, destinadas
a níveis de conhecimento distintos. Uma das acções,
“English-Civil Engineering & Internationalization”, foi
resultado de uma parceria com o Wall Street Institute, e constitui um programa adaptado à realidade do
negócio do grupo, tendo como objectivo primordial o
desenvolvimento de competências de expressão oral
em língua inglesa. Este programa integra também o
portfólio da Academia do Conhecimento.
Estágios
Implementando a política de responsabilidade social
do Grupo, registamos o desenvolvimento de um estágio profissional, e o acolhimento de diversos estágios curriculares. O estágio profissional proporcionado pela Sociedade de Construções Soares da Costa,
decorre da iniciativa Prémio Talento 2011/ 2012.
Durante seis meses, a vencedora deste Prémio, Vanessa Fernandes Silva, tem a oportunidade de desenvolver em contexto de trabalho o tema “Análise
de Risco – Parametrização e Medidas Mitigadoras”.
Na área de negócio Construção foram também acolhidos 12 estágios curriculares ao longo do ano de
2012. Foram proporcionados 9 estágios na Direção
Técnica, 2 na Direção Técnico-Comercial, e 1 na Direção de Produção. Através destes estágios curriculares, os jovens estudantes tiveram a possibilidade
de aprender em contexto de trabalho, e desenvolver
conhecimentos com profissionais altamente qualificados. Entre as entidades promotoras destes
estágios curriculares destacam-se o CICCOPN, a
Escola Profissional do Fundão, a Escola Superior de
Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Beja,
Instituto Superior de Viana do Castelo, Instituto Politécnico da Guarda, Escola Profissional de Sernancelhe, e APRODAZ- Associação para a Promoção e
Desenvolvimento dos Açores.
Avaliação de Potencial
A avaliação de potencial e gestão do talento teve
como objetivo recolher de forma sistematizada, criteriosa e fidedigna um conjunto de informações que
permitiu identificar quadros de elevado potencial e,
a partir desses dados, gerir, potenciar e reter, com
visão estratégica, o talento que encontramos no
nosso capital humano.
Neste contexto, foram identificados e avaliados, durante o ano de 2012, dezoito colaboradores de nível
funcional oito e emitidos os respetivos relatórios
de avaliação, no sentido de alargar o conhecimento
sobre as competências, interesses, disponibilidade e
projeto de carreira dos colaboradores.
Número de Trabalhadores
No ano de 2012 o número médio de trabalhadores
ao serviço das empresas consolidadas pelo método
integral foi de 4.621 (face ao número de 5.318
trabalhadores um ano antes). A sociedade individualmente dispõe de três efetivos (cinco no ano
anterior).
Em termos consolidados os Custos com Pessoal
assumiram o valor de 132,7 milhões de Euros, um
número idêntico ao do ano anterior (132,8 milhões
de Euros) pesando o valor das rescisões 10,0 milhões de Euros (1,3 milhões de Euros em 2011).
29
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.4
4.1
SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
CONTAS INDIVIDUAIS
No que respeita ao portfolio de participações há a
registar como factos mais salientes no exercício a
fusão por incorporação da Contacto na Sociedade de
Construções Soares da Costa, S.A. e a alienação da
Socometal igualmente à “Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.”, também subsidiária da
Sociedade, preparatória e conducente ao processo
de fusão que viria a concretizar-se formalmente em
termos definitivos a 1 de março de 2013.
Os resultados operacionais foram menos negativos
(-0,4 milhões de Euros) do que um ano antes (-0,9
milhões de Euros) em resultado de uma diminuição
nos Gastos com o Pessoal e nos Fornecimentos e
Serviços Externos.
O valor da participação que a Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. detinha na Contacto ficou,
assim, agora refletido na Sociedade de Construção
Soares da Costa, não decorrendo daqui qualquer alteração no valor (conjunto) das partes de capital.
A demonstração individual da posição financeira em
31 de dezembro de 2012 difere mais substancialmente da verificada um ano antes pelo aumento ocorrido
nas dívidas das empresas do grupo, associadas e
participadas, que no ativo corrente passou de 7,3
milhões de Euros para 34,2 milhões de Euros e concomitante financiamento no lado do passivo corrente
na rubrica similar “Dívidas a Terceiros – Empresas do
grupo, associadas e participadas” que também cresceu, de 141,6 para 166,1 milhões de Euros.
A demonstração de resultados revela a prevalência
dos resultados financeiros que se cifraram em -7,8
milhões de Euros (face a +3,0 milhões de Euros em
2011), com os efeitos principais, aliás antagónicos,
a provirem de:
> o reconhecimento de rendimentos de participações
de capital no valor de 19,0 milhões de Euros, referente a dividendos da seguinte proveniência:
Participada (milhares de Euros)
Soc. de Construções Soares da Costa
Clear
Contacto-Sociedade de Construções
Soares da Costa Moçambique
Vortal
Total
2012
2011
9.600
6.220
2.950
228
18.998
6.500
3.000
137
121
9.758
> o registo de imparidades relacionados com o inves-
timento na Soares da Costa America Inc., que se
cifrou numa influência de -20,2 milhões de Euros.
> o custo líquido de financiamento situou-se em -6,2
milhões de Euros, não muito distante do valor de
-6,7 milhões de Euros registado em 2011.
O resultado do exercício após a função de imposto
atingiu o valor de -8,6 milhões de Euros (+4,1 milhões de Euros em 2011).
Os investimentos financeiros – com a influência
determinante do registo de desvalorização já acima
assinalado com referência à participada dos Estados
Unidos – reduzem-se de 290,8 milhões de Euros
para 274,4 milhões de Euros.
Os capitais próprios no final do exercício de 2012
vêm diminuídos pelo contributo do resultado líquido
do período de -8,6 milhões de Euros e pela distribuição de dividendos ao Grupo Soares da Costa,
S.G.P.S., S.A., único acionista, em aplicação dos
resultados do ano anterior, no valor de 3,3 milhões
de Euros. Atingem ainda o valor robusto de 142,0
milhões de Euros, representativos de um rácio de
solvabilidade de 45,8%.
30
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
4.2
CONTAS CONSOLIDADAS
Embora não esteja legalmente obrigada a apresentar contas consolidadas, uma vez que, sendo detida
pela sociedade Grupo Soares da Costa, S.G.P.S.,
S.A., entidade cotada e líder do Grupo, é a esta
que compete a sua elaboração e apresentação, as
contas consolidadas dão informação pertinente e
muito relevante sobre a evolução da sociedade e das
suas participadas. É, pois, com referência a estas
contas consolidadas da Soares da Costa Construção,
S.G.P.S, S.A., elaboradas, segundo o “padrão” IAS/
IFRS, que passamos a transmitir as informações e
análise seguintes:
VOLUME DE NEGÓCIOS
O quadro que segue apresenta a estratificação do
volume de negócios consolidado da área construção
por mercados geográficos.
Volume de Negócios por Mercado Geográfico
Mercado (milhares de Euros)
Portugal
Angola
Estados Unidos
Moçambique
Brasil
Roménia
Outros
Total
2012
%
2011
%
Variação
173.608
336.507
125.883
55.928
10.248
305
10.060
712.539
24,4%
47,2%
17,7%
7,8%
1,4%
0,0%
1,4%
100,0%
264.201
327.633
114.198
72.104
4.161
6.630
7.280
796.208
33,2%
41,1%
14,3%
9,1%
0,5%
0,8%
0,9%
100,0%
-34,3%
2,7%
10,2%
-22,4%
146,3%
-95,4%
38,2%
-10,5%
O volume de negócios da área da construção atingiu
no exercício de 2012 o valor de 712,5 milhões de
Euros, o que representa um decréscimo relativamente ao ano anterior de 10,5%, explicado pela pronunciada redução no mercado doméstico (-34,3%).
Com efeito, a redução do VN nacional de 90,6 milhões de Euros ultrapassou a redução global verificada (-83,7 milhões de Euros), com a área internacional em conjunto a crescer 1,3% para 538,9
milhões de Euros (de 532,0 em 2011) e passando a
representar mais de 75% da atividade.
O nível de atividade em Angola aferido pelo VN superou em 2,7% o valor do ano anterior, enquanto
que o mercado de Moçambique, representando um
volume de atividade significativo, ficou aquém do
extraordinário patamar atingido no ano anterior.
O VN dos Estados Unidos, sobre o valor de 2011 que
já constituíra um máximo, voltou a revelar um crescimento superior a 10%, com intervenção fundamental dos projetos de infraestruturas rodoviárias.
Neste âmbito, merece ainda uma referência o Brasil
com um VN já superior a 10 milhões e em que o
Grupo aposta numa intervenção crescente e as
outras geografias abrangem particularmente Omã,
Venezuela e outros países africanos (S. Tomé e Príncipe e países do Magreb).
31
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
RESULTADOS
Para melhor análise apresenta-se de seguida, agregadas de modo conveniente, as seguintes compoDesignação (milhares de Euros)
Volume de Negócios
Variação da Produção
Outros Ganhos Operacionais
Proveitos operacionais (PO)
Custo Mercadorias Vendidas e Materiais Consumidos (CMVC)
Fornecimentos e Serviços Externos (FSE)
Gastos com Pessoal
Outros Custos Operacionais
EBITDA
Amortizações, Provisões e Ajustamentos
(líquidos de reversões)
Resultado Operacionais (EBIT)
Resultado Financeiro
Resultado Antes Impostos
Imposto sobre o Rendimento
Resultado Consolidado do Exercício
Resultado Atribuível ao Grupo
Se o VN se reduziu em 10,5%, o somatório das rubricas CMVC e FSE baixou de modo mais do que
proporcional (14,1%); no entanto, este efeito foi
neutralizado pelo comportamento dos Gastos com
Pessoal que, afetado pelas indemnizações com as
rescisões de colaboradores (valor que ascendeu em
2012 a 10,0 milhões de Euros, face ao valor de 1,3
milhões de Euros no ano anterior), não puderam
ainda evidenciar redução com significado.
A margem EBITDA em relação ao total dos proveitos operacionais sofreu uma quebra de 6,0% para
4,1% mas, reformulada, expurgando-se o efeito
das indemnizações e da influência de uma dívida
incobrável de uma subsidiária nos EUA, que fez aumentar expressivamente os Outros Custos Operacionais, ter-se-ia situado em 7,1%, superior ao ano
de 2011.
O registo de imparidades nomeadamente em créditos sobre terceiros - consequência do panorama
geral adverso da economia e que vem conduzindo à
degradação das condições de solvabilidade e liquidez de muitas empresas e, por isso, à deterioração
das condições de cobrança e ao incremento da litigiosidade - e numa parte do goodwill da aquisição
da Contacto, afetou também de modo expressivo
a performance do exercício ao colocar a rubrica de
Amortizações, Provisões e Ajustamentos (líquidos
de reversões) num valor (37,0 milhões de Euros)
superior ao dobro do verificado um ano antes (18,3
milhões de Euros).
nentes de formação dos resultados para o exercício
findo e para o exercício imediatamente anterior:
2012
% PO
2011
% PO
Variação
712.539
-17.928
8.338
702.949
145.849
368.296
132.683
27.120
29.001
101,4%
-2,6%
1,2%
100,0%
20,7%
52,4%
18,9%
3,8%
4,1%
796.208
-21.902
24.529
798.834
182.158
416.646
132.768
19.541
47.722
99,7%
-2,7%
3,1%
100,0%
22,8%
52,2%
16,6%
2,5%
6,0%
-10,5%
-18,1%
-66,0%
-12,0%
-19,9%
-11,6%
-0,1%
38,8%
-39,2%
36.998
5,3%
18.291
2,3%
102,3%
-7.997
-41.851
-49.847
12.812
-37.036
-37.763
-1,1%
-6,0%
-7,1%
1,8%
-
29.431
-16.877
12.554
-4.476
8.078
7.405
3,7%
-2,1%
1,6%
-0,6%
1,0%
0,9%
-
Em função do exposto o resultado operacional
cifrou-se por um valor negativo de 8,0 milhões de
Euros, o que compara desfavoravelmente com o resultado positivo de 29,4 milhões de Euros registado
em 2011.
Os resultados financeiros também se agravaram
significativamente penalizados pelo aumento do
custo líquido de financiamento com o saldo entre
os juros obtidos e suportados a ficar em 2012 por
-25,1 milhões de Euros em confronto com -12,5
milhões no ano anterior. O impacto líquido das diferenças cambiais foi contido cifrando-se no valor de
-1,4 milhões de Euros, mas distante do valor favorável que assumira no ano de 2011 de 6,4 milhões
de Euros, o que contribui, também, para o agravamento dos resultados financeiros.
A conjugação das componentes anteriormente referidas teve por consequência a obtenção de um
resultado antes de impostos de -49,8 milhões de
Euros, um valor anormal no historial da companhia,
traduzindo um ano bastante difícil e com condicionantes específicas mas que traduz o percurso de um
trajeto inexorável para colocar a empresa em situação de poder encarar e ultrapassar, com moderado
otimismo, os desafios que se lhe deparam.
Considerando a função de impostos, o resultado
consolidado atribuível ao Grupo situou-se no valor
de -37,8 milhões de Euros face ao valor positivo de
7,4 milhões de Euros em 2011.
32
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
BALANÇO: EVOLUÇÃO DOS ATIVOS
Ao nível da estrutura patrimonial evidenciada pela
demonstração da posição financeira consolidada
regista-se fundamentalmente a redução verificada
no ativo corrente (de 861,3 para 712,2 milhões de
Euros) enquanto o ativo não corrente mantém um
nível de grandeza semelhante ao ano anterior (de
295,7 para 291,0 milhões de Euros), sem alterações
a justificarem especial realce.
A redução no ativo corrente justifica-se pela evolução no mesmo sentido dos inventários, clientes e
outras dívidas de terceiros; neste último caso respeitando a créditos sobre empresas relacionadas do
Grupo, mas fora do perímetro de consolidação da
área de negócio Construção.
Os outros ativos correntes, relacionados fundamentalmente com o grau de acabamento das obras plurianuais, pelo contrário, aumentaram 22,6 milhões
de Euros com a influência decisiva nesta evolução
da Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.
(+21,7 milhões de Euros).
CAPITAIS PRÓPRIOS
Os capitais próprios em 31 de dezembro de 2012
mantêm um valor robusto (139,7 milhões de Euros)
e acima do capital social (131,1 milhões de Euros)
mas sofrem o efeito negativo do resultado líquido
do ano (-37,8 milhões de Euros). Para além deste
valor a demonstração das alterações no capital pró-
prio evidencia a distribuição de 3,3 milhões de Euros
ao único acionista (Grupo Soares da Costa, S.G.P.S.,
S.A.) referente à aplicação do resultado de 2011 e
outras variações nomeadamente de reserva de conversão cambial que impactaram os capitais próprios
em -0,8 milhões de Euros.
PASSIVO
Correlativamente à redução verificada no ativo
(153,9 milhões de Euros), embora em menor dimensão, também a expressão do passivo na análise
inter-balanços 2011-2012 teve uma redução passando de 975,4 milhões de Euros para 863,4 milhões de Euros (-111,9 milhões de Euros).
Esta redução foi bastante significativa ao nível do
passivo corrente (-174,5 milhões de Euros) - com
uma redução substancial dos outros passivos correntes e de outras dívidas a terceiros - enquanto o
passivo não corrente aumentou (+62,5 milhões de
Euros).
Com influência na estrutura do passivo há a assinalar a celebração, em finais de novembro de 2012,
pela sociedade (e outras sociedades do Grupo) com
seis instituições financeiras, do acordo quadro para
a reprogramação dos respetivos endividamentos
bancários com recurso, num total de cerca de 275
milhões de Euros. Esta operação é caracterizada por
um prazo de reembolso alargado (maturidade de 9
anos, com um período de carência de capital de 3
anos) e remuneração a uma taxa moderada.
O endividamento líquido consolidado da área da
construção (net debt) situa-se no final do exercício
sob análise em 342,2 milhões de Euros.
DESEMPENHO INDIVIDUAL DAS PARTICIPADAS
Já acima neste Relatório deu-se conta da estrutura
de participações da sociedade, da sua evolução no
ano findo bem como da evolução do comportamento dos principais mercados geográficos. Na secção
anterior fez-se a análise dos principais indicadores
consolidados.
O quadro da página seguinte traduz uma síntese do
contributo das diferentes empresas consolidadas
para: volume de negócios, EBITDA, EBIT, resultados
financeiros e resultados líquidos, o que exterioriza
analiticamente a formação destes níveis de resultados consolidados por participada de origem.
33
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Quadro resumo dos principais Indicadores das participadas da
área de negócio Construção em 2012
Empresa Participada (Euros)
Vol.Negócios
EBITDA
EBIT
R. Financ.
R. Líquido
Soc. Construções Soares da Costa, S.A. (*)
520.046.624
26.274.469
-2.216.099
-28.134.111
-24.335.741
Soares da Costa América, Inc.
Prince Contracting, LLC
287.666
-872.147
-872.147
-2.898.059
3.545.168
125.074.380
-584.378
-2.929.867
-318.757
-3.248.626
Soares da Costa Construction Services, LLC
700.695
Soares da Costa Contractor, INC
433.775
-94.627
-96.415
-9.439
-105.854
0
-14.171
-18.082
0
-18.081
-673.017
0
0
0
7.233
-14.433.459 -15.084.978
-4.290.144
-12.052.517
Porto Construction Group, LLC
Eliminações de consolidação EUA
Estados Unidos
CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A.
125.823.499
-12.868.136 -11.168.467
-1.063.889 -12.232.357
14.511.633
-106.649
-1.000.847
7.290.069
3.960.183
CLEAR ANGOLA, S.A.
56.462.387
17.398.039
16.869.744
-1.813.914
15.055.830
Eliminações de consolidação entre Clear e Clear Angola
-6.242.732
516.943
516.943
-8.702.917
-8.933.141
Clear + Clear Angola
64.731.288
17.808.333
16.385.840
-3.226.762
10.082.872
Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L.
20.186.904
1.608.254
1.218.195
-119.913
683.962
Carta - Restauração e Serviços, Lda.
8.554.731
124.106
-486.713
-119.793
-578.506
OFM - Obras Públicas, Ferroviárias e Marítimas, S.A.
7.856.586
577.077
256.073
-127.063
-4.832
Linha 3 Cezarina - Construções, LTDA.
5.153.278
768.569
767.256
34.538
550.002
SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A.
4.773.759
-1.333.215
-2.381.239
58.640
-1.791.948
Terceira Onda Planejamento e Desenvolvimento, Ltda.
4.547.363
534.784
534.477
-101.237
289.617
Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A.
4.504.511
-1.851.319
-2.230.288
-172.000
-1.841.179
Soares da Costa S. Tomé e Principe - Construções, Lda.
1.181.136
82.560
19.711
-18.132
1.579
Soares da Costa Brasil - Construções, Ltda.
640.858
-169.054
-170.001
622.293
452.294
Israel Metro Builders – a Registered Partnership
233.754
166.962
166.954
-166.954
0
SDC Construções, S.G.P.S., S.A.
228.000
-371.162
-371.242
-7.844.825
-8.600.644
Somafel - Obras Ferroviárias e Marítimas, Ltda.
117.393
-125.974
-127.539
418
-127.123
22.438
-492.974
-514.029
444.185
114.633
Soares da Costa Construcciones Centro Americanas, S.A.
Outras empresas participadas
0
-167.256
-167.256
17.954
-141.807
Eliminações de consolidação
-56.063.559
-3
-3.596.051
1.292.227
-463.485
Total Geral Construção
712.538.563
29.000.698
-7.996.929 -41.850.679
-37.762.823
(*) Engloba, na proporção dos interesses da Sociedade, a participação nos Agrupamentos Complementares de Empresas.
34
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Discriminação dos Agrupamentos Complementares
de Empresas (Euros)
EBIT
R. Financ.
R. Líquido
CAET XXI - Construções, ACE
84.035.604 -6.518.540 -7.248.233
159.433
-7.107.577
HidroAlqueva, ACE
11.377.734
305.979
38.914
-38.915
-5.838
LGV, Engenharia e Const.de Linhas de Alta Veloc., ACE
9.689.977
8.662.077
484.995
-50.461
433.919
Mota-Engil, SDC, MonteAdriano - Matosinhos, ACE
2.642.704
-8.737
-9.990
9.990
0
GCVC, ACE
2.242.686
-6.830
-6.830
6.830
0
GACE - Gondomar, ACE
2.028.906
3.122
3.122
-3.122
0
583.579
5.169
5.169
-5.170
0
Soares da Costa/Contacto - Modernização de Escolas, ACE
.5
Vol.Negócios
EBITDA
Remodelação Teatro Circo - S.C., A.B.B., D.S.T., ACE
225.021
1
1
0
0
TRANSMETRO - Construção do Metropolitano do Porto, ACE
179.242
-48.993
-48.993
9.101
-39.891
GCF - Grupo Construtor da Feira, ACE
68.990
0
0
0
0
Nova Estação, ACE
35.604
4.343
2.558
-2.559
0
Soares da Costa e Lena, ACE
21.027
6.921
6.921
-3
6.918
Normetro - Agrupamento do Metropolitano do Porto, ACE
5.090
-12.135
-12.135
12.135
0
LGC - Linha de Gondomar, Construtores, ACE
1.703
-111.511
-62.608
357.156
294.549
Outros ACE’s
176
-19.079
88.645
194
88.838
Total ACE’S
113.138.043
2.261.787
-6.758.464
454.609
-6.329.082
GESTÃO DE RISCOS
A Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., enquanto entidade responsável pela gestão e desenvolvimento da área de negócios da construção, uma
das áreas estratégicas de negócios do Grupo, exerce
a sua atividade enquadrando as participações nas
várias empresas dedicadas à execução de obras de
construção civil, engenharia e infraestruturas.
As empresas que integram a estrutura de participações sociais da Soares da Costa Construção,
S.G.P.S., S.A., conforme as peças que fazem parte
deste Relatório e Contas evidenciam, exercem a sua
atividade em vários espaços geográficos.
Neste âmbito a sociedade e as suas participadas
estão expostas a diversos riscos que podem ser
classificados em:
> Riscos de Negócio
> Riscos operacionais: os que podem afetar a efi-
cácia e a eficiência dos processos operativos e
prestação dos serviços do grupo, a satisfação
dos clientes e a reputação das empresas;
> Riscos de integridade: os relacionados com frau-
des internas e externas a que possam estar sujeitas as empresas do grupo;
> Riscos de direção e recursos humanos: riscos vin-
culados entre outros à gestão, direção, liderança,
limites de autoridade, deslocalização, inserção
local, etc.;
> Riscos financeiros: designadamente riscos de taxa
de câmbio, riscos de taxa de juro, riscos de liquidez e risco de crédito;
> Riscos de Informação
> Informação operativa, financeira e de avaliação
estratégica;
> Riscos do Meio
> Concorrência;
> Meio político, económico, legal e fiscal;
> Regulação e mudanças no setor.
Do ponto de vista organizativo, funciona, no âmbito
do centro corporativo do Grupo, do qual a subholding da construção faz parte, e, por isso, com competência transversal a todo o Grupo, uma unidade de
análise e gestão do risco com o objetivo de assegurar a eficiência e a eficácia das operações do Grupo,
a salvaguarda dos ativos, a fiabilidade da informação financeira e o cumprimento das leis e normas.
A análise do risco é assegurada pelas diversas unidades corporativas do Grupo. É desenvolvido um
trabalho de identificação e priorização prévia dos
riscos classificados como sendo mais críticos (de-
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
terminados através da combinação da probabilidade de ocorrência e potencial impacto e expressos
numa matriz de riscos), e são definidas estratégias
de Gestão do Risco com vista à implementação de
procedimentos de controlo que o diminuam para um
nível aceitável. Neste sentido o Grupo tem vindo a
proceder à implementação de atividades de controlo
que permitem mitigar os riscos. O objetivo é maximizar o trade-off entre os riscos e as margens de
negócio de modo a atingir, de forma sustentada, os
objetivos estratégicos do Grupo.
Essa matriz parte das linhas gerais do plano estratégico em vigor, das metas que pretende alcançar,
do tipo de atividade que prossegue e dos países
que constituem os locais preferenciais de intervenção estável. Depois, e em obediência a essas
linhas gerais, define um conjunto de parâmetros
que orientam os objetivos estratégicos de assunção
de riscos e toda a sua monitorização para conferir
a conformidade dos riscos efetivamente incorridos
com aqueles objetivos.
Para se poder efetuar a apreciação e ulterior monitorização, através da sua organização interna, as
diferentes áreas de gestão do Grupo (Desenvolvimento de Negócios, Direção de Finanças, Controlo
de Gestão, Recursos Humanos, Serviços Jurídicos,
etc.) identificam e avaliam os riscos que as suas
decisões, nas respetivas áreas de intervenção e
competência, envolvem e elencam as medidas que
os possam prevenir ou minimizar. Em função desse
levantamento, acompanhado criticamente pela unidade central, são tomadas as decisões relativas ao
negócio, país ou projeto em causa, designadamente
a decisão de contratar ou não contratar ou das condições para a contratação.
.6
35
O sistema de análise e gestão do risco é um processo interativo, que percorre todas as fases de um
projeto, desde o seu levantamento potencial, em
momento de pura prospeção, e até ao seu epílogo,
em que todas as responsabilidades com ele relacionadas se mostram extintas. Naturalmente que,
na sua evolução, são erigidos alguns marcos essenciais de tomada de decisão mais alargada, quer
para avaliar se os potenciais riscos e a forma de os
abordar se encaixam no perfil estratégico definido,
quer para averiguar se os mecanismos e procedimentos de controlo estão a ser observados e se se
mostram adequados. Para a sua cabal gestão, são
criados procedimento de informação detalhada, com
conteúdo adequado a cada fase, que permitirão
fazer o acompanhamento atempado das diversas
vicissitudes e agir em cima das ocorrências. Todo o
processo está aberto aos contributos de revisão e
aperfeiçoamento que qualquer estrutura entenda
propor e é objeto de reflexão e avaliação periódica
envolvendo quer os serviços de apoio, quer as áreas
operacionais.
Complementarmente, pela Unidade de Auditoria
Interna, unidade que funciona no âmbito do centro
corporativo do Grupo, são periodicamente realizadas
ações de auditoria interna às principais atividades
operacionais das diversas empresas do Grupo, com
vista à melhoria da eficiência dos meios de controlo
interno e dos respetivos processos de negócio. Pretende-se desta forma assegurar a monitorização do
risco em cada uma das operações, a implementação
de medidas adequadas para mitigação dos riscos
detetados e o acompanhamento da sua evolução.
PERSPECTIVAS PARA 2013
Considerando o enquadramento da atividade, as
carteiras de encomendas e os riscos e incertezas nomeadamente de conjuntura económica que
foram sendo enunciados ao longo deste Relatório
de Gestão, mas confiantes na capacidade de ultrapassar as dificuldades e no rumo que a Sociedade
tem traçado são positivas ainda que exigentes as
expetativas orçamentais com referência aos indicadores consolidados para o ano de 2013 da Soares
da Costa Construção, S.G.P.S, S.A..
Durante os primeiros meses do ano espera-se
concluir o processo de ajustamento dos recursos
humanos iniciado em finais de 2011 e profundamente desenvolvido no ano de 2012 nas principais
participadas de direito português, estabilizando-se
a estrutura adequada à dimensão atual e expectável
futura dos mercados.
Em termos de VN é esperada em 2013 uma nova redução da atividade no mercado nacional onde, face
ao avanço verificado na construção da autoestrada
36
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Transmontana, com conclusão prevista durante o
Verão, o decréscimo se antevê significativo.
Por outro lado, espera-se um incremento importante nos níveis de atividade realizados nos países
africanos de expressão lusófona nomeadamente em
Angola e Moçambique. Nos Estados Unidos atingiu-se em 2012 um volume de atividade máximo histórico constituindo meta ambiciosa a manutenção em
níveis próximos com a melhoria da rentabilidade.
.7
A maior quota da atividade internacional e o peso
significativo dos custos não recorrentes que se fizeram sentir em 2012, permitem assumir um objetivo
de melhoria da margem EBITDA em relação ao VN,
apesar dos contextos de competitividade concorrencial agressiva que se verificam.
FATOS RELEVANTES OCORRIDOS APÓS O TERMO DO
EXERCÍCIO
Ocorreu em 1 de março de 2013 o registo definitivo
da fusão por incorporação na Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A. (sociedade incorporante) da Construções Metálicas Socometal, S.A.
(sociedade incorporada), com efeitos contabilísticos
reportados a 1 de janeiro de 2013. Esta operação,
justificada pelo significativo abrandamento da atividade de construção em Portugal, tem por objetivos
.8
Deste aumento da atividade em África a que se adicionam os contributos do VN de outros mercados
(designadamente Omã) decorre o estabelecimento
de um objetivo ambicioso de atingir em 2013 um VN
global próximo do verificado neste ano.
a racionalização operacional e de custos e, por outro
lado, facilitar a internacionalização das atividades desenvolvidas pela Socometal no âmbito da diversidade
geográfica operacional da Sociedade de Construções
Soares da Costa, S.A.. Uma vez que ambas as sociedade já pertenciam ao perímetro de consolidação
da Sociedade, não deriva desta operação efeitos nas
demonstrações financeiras consolidadas.
OUTRAS INFORMAÇÕES LEGAIS
Dívidas ao Estado e à Segurança Social
À data do encerramento do balanço a empresa não
tem dívidas em mora ao Estado, resultantes de liquidação de impostos, nem de contribuições para a
Segurança Social.
Negócios com a sociedade
Durante o exercício não se registaram negócios
entre a sociedade e os seus administradores, que
justifiquem referência.
37
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.9
RECONHECIMENTO
Os nossos agradecimentos a todos aqueles que
contribuíram para que a Sociedade tivesse o desempenho descrito neste Relatório.
.10
Aos membros dos outros órgãos sociais da Sociedade, bem como aos nossos auditores, manifestamos
também o nosso reconhecimento pela forma como
exerceram as suas funções.
PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS
O Conselho de Administração da Soares da Costa
Construção, S.G.P.S., S.A., tendo presentes as Demonstrações Financeiras, propõe nos termos do
disposto na alínea f) do artigo 66º do Código das
Sociedades Comerciais, e no respeito pela legislação aplicável quanto à distribuição de bens sociais,
Porto, 25 de março de 2013
O Conselho de Administração,
António Manuel Pereira Caldas de Castro Henriques
Jorge Domingues Grade Mendes
Pedro Gonçalo de Sotto Mayor de Andrade Santos
Luís Miguel Andrade Mendanha Gonçalves
Daniel Hehn Pinto da Silva
Fernando Jorge Sales Nogueira
nomeadamente os artigos 32º e 33º do mesmo
diploma, que o resultado líquido individual de
-8.600.644 Euros obtido pela sociedade no exercício que terminou em 31 de dezembro de 2012, seja
transferido para Resultados Transitados.
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
38
ANEXO AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
(Artºs 448-4º e 447-5º do C.S.C.)
Acionistas com Participações Superiores a 10%
A Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A. detém 26.216.068 ações ou 100,00% do capital social.
Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização
Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização não detêm ações desta empresa.
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
INDIVIDUAIS
Vila Olímpica Moçambique // Olympic Village Mozambique
portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt
39
40
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DA POSIÇÃO FINANCEIRA
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011
(Euro)
ATIVO
Notas
31.12.2012
31.12.2011
5
240
321
240
321
NÃO CORRENTE
Ativos fixos tangíveis:
Equipamento Administrativo
Investimentos financeiros:
Participações de capital em subsidiárias
6 e 17
212.798.628
213.171.864
Empréstimos concedidos a subsidiárias
6 e 17
34.346.697
50.238.393
Participações de capital em associadas
6
24.191.790
24.191.790
Empréstimos concedidos a associadas
6
29.187
29.187
Outros investimentos financeiros
6
3.014.810
3.135.372
274.381.112
290.766.606
0
1.974.777
274.381.352
292.741.703
Ativos por impostos diferidos
Total do ativo não corrente
CORRENTE
Dívidas de terceiros:
Clientes
9
76.760
147.632
Empresas do Grupo, Associadas e Participadas
9
34.233.068
7.338.646
Outras dívidas de terceiros
9
969.575
642.640
35.279.403
8.128.918
Outros ativos correntes
10
496
1.069
Caixa e seus equivalentes
11
51.496
6.156
35.331.395
8.136.143
309.712.747
300.877.846
Total do ativo corrente
Total do ativo
41
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DA POSIÇÃO FINANCEIRA
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011
(Euro)
Capital Próprio e Passivo
Notas
31.12.2012
31.12.2011
12
131.080.340
131.080.340
12.926.618
12.926.618
Reservas legais
2.729.271
2.522.794
Resultados transitados
3.840.132
3.217.065
(8.600.644)
4.129.545
141.975.718
153.876.362
75.925
2.774.008
75.925
2.774.008
90.113
197.990
CAPITAL PRÓPRIO
Capital realizado
Reservas e resultados transitados:
Prémios de emissão
Resultado líquido do período
Total do capital próprio
PASSIVO
CORRENTE
Financiamentos obtidos:
Empréstimos bancários
14
Dívidas a terceiros:
Fornecedores
Estado e outros entes públicos
15
30.967
73.681
Empresas do Grupo, Associadas e Participadas
15
166.132.164
141.620.832
Outros dívidas a terceiros
15
1.374.835
2.243.472
167.628.079
144.135.975
33.026
91.501
Total do passivo corrente
167.737.030
147.001.484
Total do passivo
167.737.030
147.001.484
Total do capital próprio e passivo
309.712.747
300.877.846
Outros passivos correntes
16
42
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DOS RESULTADOS PARA OS PERÍODOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011
(Euro)
Demonstração dos Resultados
Vendas e prestação de serviços (Volume de Negócios)
Outros rendimentos e ganhos
Notas
2012
2011
18
228.000
360.000
19
149.639
41
377.639
360.041
Rendimentos e ganhos operacionais
Fornecimentos e serviços externos
21
(130.462)
(354.290)
Gastos com o pessoal
20
(536.954)
(935.852)
(80)
(80)
(14.305)
(6.540)
(67.081)
(50)
Gastos e perdas operacionais
(748.882)
(1.296.812)
Resultado operacional das atividades continuadas
(371.243)
(936.771)
Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade
Outros gastos e perdas operacionais:
Impostos
Outros gastos e perdas
19
Custo líquido do financiamento:
Juros obtidos
22
7.762.004
1.540.189
Juros suportados
22
(13.998.795)
(8.273.591)
(6.236.790)
(6.733.403)
Outros ganhos e perdas financeiras:
Outros ganhos financeiros
22
658.574
1.136.713
Rendimentos de participações de capital
22
18.998.413
9.757.782
Outras perdas financeiras
22
(21.265.021)
(1.181.186)
(1.608.034)
9.713.309
(7.844.824)
2.979.907
(8.216.068)
2.043.136
(384.577)
2.086.409
(8.600.644)
4.129.545
Básico
(0,328)
0,158
Diluído
(0,328)
0,158
Básico
(0,328)
0,158
Diluído
(0,328)
0,158
Resultado financeiro
22
Resultado antes de impostos
Imposto sobre o rendimento do período
23
Resultado líquido do período
Resultado por ação das atividades continuadas:
24
Resultado por ação:
43
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DO RENDIMENTO INTEGRAL PARA OS PERÍODOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Euro)
31.12.2012
31.12.2011
(8.600.644)
4.129.545
Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações financeiras
expressas em moeda estrangeira
-
-
Variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados
-
-
Variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados
-
-
Outras variações
-
-
(8.600.644)
4.129.545
Resultado Líquido do período
Outros rendimentos integrais
Total Rendimento Integral
DEMONSTRAÇÃO INDIVIDUAL DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Euro)
Notas
Capital
realizado
Reservas e
resultados
transitados
Derivados de
cobertura
Prémios de
emissão
Outros
Total dos
capitais
próprios
Saldo a 1/Jan/2012
12
131.080.340
22.796.022
-
-
-
153.876.362
Dividendos
13
-
(3.300.000)
-
-
-
(3.300.000)
Ações próprias
-
-
-
-
-
-
Outros
-
-
-
-
-
-
Rendimento integral
-
(8.600.644)
-
-
-
(8.600.644)
131.080.340
10.895.378
-
-
-
141.975.718
Capital
realizado
Reservas e
resultados
transitados
Derivados de
cobertura
Prémios de
emissão
Outros
Total dos
capitais
próprios
90.000.000
15.328.711
-
-
-
105.328.711
Dividendos
-
-
-
-
-
-
Ações próprias
-
-
-
-
-
-
41.080.340
3.337.766
-
-
-
44.418.106
-
4.129.545
-
-
-
4.129.545
131.080.340
22.796.022
-
-
-
153.876.362
Rubrica
Saldo a 31/Dez/2012
Rubrica
Saldo a 1/Jan/2011
Outros
Rendimento integral
Saldo a 31/Dez/2012
44
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA INDIVIDUAIS PARA OS PERÍODOS FINDOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Euro)
2012
2011
Atividades operacionais:
Recebimentos de clientes
381.280
219.600
Pagamentos a fornecedores
(106.816)
(449.040)
Pagamentos ao pessoal
(421.808)
Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento
1.814.613
1.144.434
(5.110.470)
(740.138)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade
operacional
Fluxos das atividades operacionais
(147.344)
(593.278)
(822.719)
(3.295.857)
404.296
(3.443.201)
(418.422)
Atividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
21.043.959
Dividendos
18.770.000
85.549.881
39.813.959
9.695.602
95.245.483
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
127.766.978
0
Fluxos das atividades de investimento
41.176.688
127.766.978
0
(87.953.019)
41.176.688
54.068.796
Atividades de financiamento:
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Juros obtidos
207.760.659
12.584
87.313.321
207.773.243
1.535.842
88.849.163
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Dividendos
Juros e gastos similares
Fluxos das atividades de financiamento
Variação de caixa e seus equivalentes
Efeito das diferenças de câmbio
Caixa e seus equivalentes no início do período
Caixa e seus equivalentes no fim do período
110.917.091
130.897.030
3.300.000
3.659.000
2.114.690
116.331.781
7.955.180
142.511.210
91.441.462
(53.662.047)
45.242
(11.674)
99
(11.412)
6.155
29.242
51.496
6.155
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
POLÍTICAS
CONTABILÍSTICAS
E NOTAS
EXPLICATIVAS
DAS CONTAS
INDIVIDUAIS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012
Autoestrada Transmontana // Transmontana Motorway Portugal
portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt
45
46
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.1
nota introdutória
Elementos identificativos
> Denominação Social: Soares da Costa Construção,
S.G.P.S., S.A.
> Número de matrícula na Conservatória
do Registo Comercial do Porto e de Pessoa
Coletiva: 505 906 490
> Sede Social: Rua de Santos Pousada, 220
> Designação da empresa-mãe: Grupo Soares da
Costa, S.G.P.S., S.A.
> Sede da empresa-mãe: Rua de Santos Pousada,
220, 4000−478 Porto
4000 – 478 Porto
> Objeto Social: Gestão de participações sociais
noutras sociedades como forma indireta de
exercício de atividades económicas.
.2
REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A empresa faz parte integrante do grupo de consolidação cuja empresa-mãe, Grupo Soares da
Costa, S.G.P.S., S.A., elabora contas consolidadas
desde 2004 em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) tal
como adotadas na União Europeia.
.3
Os valores monetários referidos nas notas são
apresentados em unidades de Euro.
Assim, ao abrigo do nº 1 do artº 4º do DL
158/2009, de 13 de Julho, optou pela elaboração
das demonstrações financeiras individuais em conformidade com estas normas internacionais.
PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
As principais políticas contabilísticas adotadas na
preparação das demonstrações financeiras são as
seguintes:
3.1
BASES DE APRESENTAÇÃO
As demonstrações financeiras foram preparadas no
pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da empresa,
os quais estão em conformidade com as Normas
Internacionais de Relato Financeiro tal como adotadas na União Europeia.
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram utilizadas estimativas que afetam as
quantias reportadas de ativos e passivos, assim
como as quantias reportadas de rendimentos e
gastos durante o período de reporte. Todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Conselho de
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Administração foram efetuadas com base no melhor
conhecimento existente à data de aprovação das
demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso.
3.2
O conselho de Administração da Empresa entende
que as demonstrações financeiras anexas e as notas que se seguem asseguram uma adequada apresentação da informação financeira.
Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis encontram-se registados
ao custo de aquisição ou custo de aquisição reavaliado, deduzido de depreciações acumuladas e perdas de imparidade.
As depreciações são calculadas pelo método das
quotas constantes, por duodécimos, de acordo com
as seguintes períodos de vida útil estimada:
Vida Útil
Equipamento Administrativo
3.3
47
4-8
Os ativos fixos tangíveis em curso encontram-se
registados ao custo de aquisição ou produção, deduzido de eventuais perdas de imparidade.
As mais ou menos valias resultantes da venda ou
abate do ativo fixo tangível são determinadas pela
diferença entre o preço de venda e o valor líquido
contabilístico na data de alienação/abate, sendo
registadas na demonstração dos resultados, como
“outros rendimentos e ganhos” ou “outros gastos e
perdas”.
Ativos e Passivos Financeiros
a) Investimentos Financeiros
Os investimentos financeiros são reconhecidos na
data em que são transferidos substancialmente os
riscos e vantagens inerentes aos mesmos. São inicialmente registados pelo seu valor de aquisição,
que é o justo valor do preço pago incluindo despesas de transação.
É feita uma avaliação dos investimentos quando
existem indícios de que o Ativo possa estar em imparidade, sendo registado como custo na demonstração de resultados as perdas de imparidade que
se demonstrem existir.
Os investimentos financeiros classificam-se em investimentos detidos até à maturidade e investimentos mensurados ao justo valor através de resultados.
Após o reconhecimento inicial, os investimentos
mensurados ao justo valor através de resultados
são mensurados pelo seu justo valor sem qualquer
dedução de custos da transação em que se possa
incorrer na venda. Os investimentos em instrumentos de capital próprio não admitidos à cotação em
mercados regulamentados, e para os quais não é
possível estimar com fiabilidade o seu justo valor,
são mantidos ao seu custo de aquisição deduzido de
eventuais perdas de imparidade.
Os investimentos financeiros em empresas do grupo
e associadas, encontram-se registados ao custo de
aquisição, deduzido quando aplicável, de perdas de
imparidade.
b) Dívidas de terceiros
As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor
nominal deduzido de eventuais perdas de imparidade, reconhecidas na rubrica de perdas de imparidade
em contas a receber, para que as mesmas reflitam o
seu valor realizável líquido.
c) Empréstimos
Os empréstimos são registados no passivo e mensurados ao custo amortizado (utilizando o método
da taxa de juro efetiva). As despesas com a emissão
desses empréstimos são registadas como uma dedução à dívida e reconhecidas ao longo do período
de vida do empréstimo, de acordo com o método da
taxa de juro efetiva.
Os encargos financeiros com juros bancários e despesas similares (nomeadamente Imposto de Selo),
são registados na demonstração dos resultados de
acordo com o princípio da especialização dos exercícios, encontrando-se os montantes vencidos e não
liquidados, à data do balanço, classificados na rubrica “Outros passivos correntes”.
48
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
d) Dívidas a terceiros
As dívidas a terceiros encontram-se registadas pelo
seu valor nominal. Usualmente estas dívidas a terceiros não vencem juros.
3.4
e) Caixa e seus equivalentes
Os montantes incluídos na rubrica “Caixa e seus
equivalentes” correspondem aos valores de caixa,
depósitos bancários e depósitos a prazo e outras
aplicações de tesouraria de curto prazo.
Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são geralmente reconhecidos como
gasto de acordo com o princípio da especialização
dos exercícios.
3.5
Imposto sobre o rendimento
O imposto corrente sobre o rendimento é calculado
com base nos resultados tributáveis de acordo com
as regras fiscais em vigor.
Os impostos diferidos referem-se às diferenças
temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de reporte contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação.
Os ativos e passivos por impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas
de tributação que se esperam estar em vigor à data
da reversão das diferenças temporárias.
3.6
Os ativos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de
lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na
data de cada balanço é efetuada uma reapreciação
das diferenças temporárias subjacentes aos ativos por
impostos diferidos no sentido de reconhecer ativos
por impostos diferidos não registados anteriormente
por não terem preenchido as condições para o seu
registo e/ou para reduzir o seu montante, em função da expectativa atual da sua recuperação futura.
Os impostos diferidos são registados como gasto
ou rendimento do exercício, exceto se resultarem de
montantes registados diretamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também
registado na mesma rubrica.
Apresentação de balanço
Os ativos realizáveis e os passivos exigíveis a mais
de um ano da data do balanço são apresentados,
respetivamente, como ativos e passivos não correntes.
3.7
Reconhecimento de gastos e rendimentos
Os rendimentos financeiros relacionados com a
mora no pagamento por parte dos clientes são reconhecidos quando há significativa evidência da sua
cobrabilidade.
Os dividendos são reconhecidos como rendimentos
no exercício em que são atribuídos.
A empresa regista os seus rendimentos e gastos de
acordo com o princípio da especialização dos exer-
cícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida que são geradas independentemente
do momento em que são recebidas ou pagas. As
diferenças entre os montantes recebidos e pagos e
as correspondentes receitas e despesas geradas são
registadas nas rubricas “Outros ativos correntes” ou
“Outros passivos correntes”, consoante a natureza
da diferença.
49
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
3.8
Saldos e transações expressos em moeda estrangeira
As transações em outras divisas que não Euro, são
registadas às taxas em vigor na data da transação.
Em cada data de balanço, os ativos e passivos
monetários expressos em moeda estrangeira são
convertidos para Euro utilizando as taxas de câmbio
vigentes naquela data.
As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis,
originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes
na data das cobranças, pagamentos ou à data do
balanço, foram registadas como “Outros ganhos e
perdas financeiros” na demonstração dos resultados do exercício.
As principais cotações utilizadas das rubricas incluídas no Balanço foram as seguintes:
Câmbio médio de compra e venda em:
3.9
Dólar Americano
EUR/USD
1,2939
EUR/GBP
0,9161
0,8353
EUR/STD
24.500,00
24.500,00
Kwanza de Angola
EUR/AOA
126,37
122,55
Imparidade de ativos
reconhecida uma perda de imparidade, registada na
demonstração de resultados.
A reversão de perdas de imparidade reconhecidas
em exercícios anteriores é registada quando existem
indícios de que as perdas de imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. A reversão das
perdas de imparidade é reconhecida na demonstração de resultados como resultados operacionais.
Ativos e passivos contingentes
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras, sendo divulgados no anexo às demonstrações financeiras exceto se a possibilidade de existir um exfluxo de recursos for remota.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas
demonstrações financeiras, sendo divulgados nas
notas explicativas quando é provável a existência de
um influxo económico futuro.
Eventos subsequentes
Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do ba-
3.12
1,3194
Libra Reino Unido
Sempre que o montante pelo qual o ativo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é
3.11
31.dez.2011
Dobra de S. Tomé e Príncipe
É efetuada uma avaliação de imparidade à data de
cada balanço e sempre que seja identificado um
evento ou alteração nas circunstâncias que indique
que o montante pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperado.
3.10
31.dez.2012
Informação por segmentos
Em cada exercício são identificados os segmentos
geográficos aplicáveis à empresa. Informação detalhada é incluída na Nota 18.
lanço que proporcionem informação sobre condições
que ocorram após a data do balanço, se materiais,
são divulgados nas demonstrações financeiras.
50
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
3.13
Gestão de risco
No desenvolvimento da sua atividade a empresa encontra-se exposta a uma variedade de riscos: Risco
de mercado (incluindo risco de taxa câmbio, de taxa
de juro e risco de preço), risco de crédito e risco de
liquidez. O programa de gestão de risco global é focado na imprevisibilidade dos mercados financeiros
e procura minimizar os efeitos adversos que daí advêm para o seu desempenho financeiro.
.4
No âmbito de gestão do risco da taxa de câmbio, a empresa contratou instrumentos financeiros
de cobertura de taxa de câmbio, descritos na nota
“Instrumentos financeiros derivados”.
A exposição ao risco de crédito decorre das contas
a receber resultantes da normal atividade comercial,
sendo a exposição máxima ao risco de crédito o valor nominal das contas a receber.
PARTES RELACIONADAS
Os termos ou condições praticadas entre empresas
do grupo e associadas são substancialmente idênticos
aos termos que normalmente seriam contratados entre
entidades independentes em operações comparáveis.
Saldos a 31.12.2012
Clientes
conta
corrente
Os saldos e transações com empresas do grupo e
associadas encontram-se discriminados nos quadros seguintes:
Empréstimos
a empresas
do Grupo e
Associadas
Fornecedores
Outros
devedores e
credores
CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A.
Emprestimos
de empresas
do Grupo e
Associadas
Regime
especial de
tributação
sociedades
(8.862.229)
-
Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A.
-
18.579
-
-
-
-
Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., Lda.
-
-
-
-
(345.073)
-
30.000
27.496.420
-
(537.414)
-
1.590.201
Soares da Costa América, Inc.
-
5.018.095
-
867.546
-
-
SDC Emirates Construction, L.L.C.
-
-
-
101.624
-
-
Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A.
-
-
24.121
(40.937)
-
-
Soares da Costa Brasil - Construções, Ltda.
-
25.000
-
(57.589)
-
-
Soares da Costa Construc.Centro Americanas, S.A.
-
73.021
-
-
-
-
Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L.
-
11.753
-
-
-
-
Soc. Construções Soares da Costa, S.A.
-
-
40.394
(738.635)
(156.924.861)
-
SOMAFEL - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A.
46.760
-
-
-
-
-
Total
76.760
32.642.867
64.515
(405.405)
(166.132.164)
1.590.201
Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
51
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Fornecimentos
e serviços
externos
Vendas e
prestação de
serviços
Outros ganhos
e perdas
operacionais
Custo líquido do
financiamento
Outros Ganhos
e Perdas
Financeiros
Carta - Restauração e Serviços, Lda.
-
-
-
9.182
-
CLEAR - Instalações Electromecânicas, S.A.
-
-
-
(454.495)
6.220.000
CLEAR ANGOLA, S.A.
-
-
-
-
-
Construções Metálicas SOCOMETAL, S.A.
-
-
-
(202.706)
-
Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., Lda.
-
-
-
(13.666)
-
Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
-
-
-
1.940.386
-
HABITOP - Sociedade Imobiliária, S.A.
4.666
-
-
-
-
-
-
-
479.338
-
39.480
-
-
-
-
Soares da Costa Construc.Centro Americanas, S.A.
-
-
-
45.564
41
Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L.
-
-
-
-
228.413
Soc. Construções Soares da Costa, S.A.
1.930
-
-
(8.016.910)
12.550.000
-
228.000
-
-
-
46.076
228.000
0
(6.213.306)
18.998.453
Transações em 2012
SDC América, Inc.
Soares da Costa Serviços Partilhados, S.A.
Somafel, S.A.
Total
.5
DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO
DO ativo TANGÍVEL
a) Ativo Bruto
O movimento ocorrido no valor bruto dos ativos fixos tangíveis é como segue:
Ativos fixos tangíveis
Equipamento Administrativo
Saldo
Inicial
Variação no
perímetro
Aumentos
Alienações
Efeito de
conv cambial
Transfer. e
Abates
Saldo
Final
641
-
-
-
-
-
641
641
-
-
-
-
-
641
b) Depreciações Acumuladas
O movimento ocorrido no valor das depreciações
acumuladas dos ativos fixos tangíveis é como segue:
Ativos fixos tangíveis
Equipamento Administrativo
Saldo Inicial
Variação no
perímetro
Reforço
Anulação
Efeito de
Reversão conv. cambial
321
-
80
-
-
401
321
-
80
-
-
401
Saldo Final
52
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.6
DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO
EM INVESTIMENTOS FINANCEIROS
O movimento ocorrido no valor dos investimentos
financeiros é como segue:
Ativos fixos tangíveis
Saldo Variação no Ajustamentos
Inicial
perímetro
de Valor
Aumentos
Alienações
Transfer.
e Abates
Saldo
Final
Investimentos financeiros:
Participações de capital em subsidiárias
217.950.021
-
(430.825)
57.589
(4.778.158)
0
212.798.628
Empréstimos concedidos a subsidiárias
53.359.344
-
(19.795.175)
4.380.965
(3.598.437)
0
34.346.697
Participações de capital em associadas
24.191.790
-
-
-
0
0
24.191.790
Emprést. concedidos associadas
29.187
-
-
-
0
0
29.187
Outros investimentos financeiros
3.135.372
-
-
-
0
(120.562)
3.014.810
298.665.714
-
(20.226.000)
4.438.554
(8.376.595)
(120.562)
274.381.112
Total
Foram efetuados suprimentos à empresa Soares
da Costa América, Inc. no montante de 4.380.965
Euros e participação no aumento de capital da Soares
da Costa Brasil no montante de 57.589 Euros.
No presente exercício foi alienada a participação na
Construções Metálicas Socometal, S.A. à Sociedade
de Construções Soares da Costa, S.A. pelo montante
de 1 Euro. Esta alienação originou a reversão das
imparidades constituídas em anos anteriores para a
totalidade das partes de capital (4.778.158 Euros)
e parte das prestações acessórias (3.120.951 Euros
do total de 3.598.437 Euros), para as quais tinham
igualmente sido registadas imparidades.
A empresa Vortal, S.G.P.S., S.A. procedeu à amortização de acções com redução do capital cabendo à
Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. o montante de 120.562 Euros, mantendo a sua percentagem de capital detido na empresa.
Em 28 de junho 2012 foi registada definitivamente
a fusão por incorporação da participada “Contacto
– Soc. de Construções, S.A.” com transferência integral do seu património na também participada da
sociedade “Sociedade de Construções Soares da
Costa, S.A.”, com efeitos contabilísticos reportados
a 1 de janeiro de 2012. A participação que a Soares
da Costa Construção, S.G.P.S., S.A. detinha em ambas as empresas ficou agora reflectida na Sociedade
de Construção Soares da Costa cuja participação
passou a ser de 170.893.174 Euros.
Com referência ao valor do investimento realizado
na SDC América, Inc. (partes de capital e prestações
acessórias) foi efectuado um exercício de aproximação ao valor realizável liquido desta entidade tomando por referência as contas consolidadas desta
sociedade, e um estudo de avaliação da “Prince”,
participada mais representativa daquela sociedade,
tendo-se concluído pela necessidade de registar
uma imparidade no valor de 20.226 milhares de
Euros, valor constantes da coluna “Ajustamentos de
valor” do quadro supra.
Com referência a 31 de dezembro de 2012 foi
realizado um estudo de avaliação interno pela metodologia dos fluxos de caixa actualizados
(DCF – “Discounted Cash Flows”) tomando por
base as projecções da actividade da Sociedade de
Construções Soares da Costa, S.A. constantes do
seu Business Plan, tendo-se concluído que o investimento nesta sociedade não está em imparidade.
O período de projecção explícito foi de dez anos,
ou seja, de 2013 a 2022. Foi considerado um valor
residual que corresponde ao valor global em que se
considera a estabilização da sua rentabilidade, valor esse determinado como sendo o valor actual de
uma renda perpétua, tendo sido assumida uma taxa
de crescimento de longo prazo específica para cada
uma das unidades geradoras de caixa da empresa.
Os métodos e pressupostos utilizados para aferição
da existência, ou não, de imparidade nos investimentos financeiros foram os seguintes:
53
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Presuposto
Portugal
Angola
Outras geografias
DCF
DCF
DCF
Business Plan e
Orçamentos
Business Plan e
Orçamentos
Business Plan e
Orçamentos
10 anos
10 anos
10 anos
7,5%
16,0%
16,0%
26,5%
26,5%
26,5%
Taxa de juro sem risco*
5,3%
5,3%
5,3%
Prémio de risco de mercado
5,0%
7,0%
7,0%
Beta não alavancado**
1,01
1,01
1,01
Estrutura de capital alvo
65%
65%
65%
Taxa de crescimento dos cash-flows na perpetuidade
2,0%
3,5%
2,0%
WACC
9,6%
15,3%
15,3%
Método utilizado
Base utilizada
Período
Custo dos capitais alheios
IRC sobre o EBT
* Yield médio das obrigações do tesouro portuguesas a 10 anos até ao pedido de ajuda financeira do estado português
** O Beta alavancado foi obtido através da fórmula de Hamada
54
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.7
investimentos EM EMPRESAS SUBSIDIÁRIAS
E ASSOCIADAS
Em 31 de dezembro de 2012, as empresas do grupo
e associadas em que a sociedade participa diretamente eram as seguintes:
Denominação Social
Sede Social
Valor de
Balanço em
31.12.2012
%
capital
detido
Capitais
Próprios
Resultado
2012
0
100,00%
49.788.445
3.545.168
868.470
80,00%
2.592.151
683.962
9.900
99,00%
712.243
1.579
Partes de Capital em Empresas do Grupo
Soares da Costa América, Inc.
7270 N.W. 12 TH Street, Suite PH 3
33126 - FL MIAMI
Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L.
Avenida Hochimin, 1178 3º Andar
1667 - Maputo
SDC S. Tomé e Príncipe, Construções, Lda.
Cidade de São Tomé
São Tomé e Príncipe
SDC Construcciones CentroAmericanas, S.A.
Cantón Cero Uno (San José)
1009 - San José
853.555
100,00%
4.174.154
114.633
Carta - Cantinas e Restauração, Lda.
Rua de Santos Pousada, 220
4000 - 478 - Porto
904.969
100,00%
179.217
(21.273)
Soc. Construções Soares da Costa, S.A.
Rua de Santos Pousada, 220
4000 - 478 - Porto
170.893.174
100,00%
137.841.786
(18.193.009)
Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
Rua Julieta Ferrão, 12 - 13º
1600-131 Lisboa
250.001
100,00%
(1.221.407)
(108.526)
Clear - Instalações Electromecânicas, S.A.
Rua de Santos Pousada, 220
4000 - 478 - Porto
38.653.246
100,00%
9.647.405
3.960.183
Soares da Costa Brasil - Construção, Ltda.
Rua Bandeira Paulista, 600 - 1º
Cidade São Paulo
365.313
58,88%
728.471
452.294
Grupul Portughez de Constructii, S.R.L.
Roménia
010873 - Bucharest
500.000
50,00%
(576.159)
(34.062)
SDC Emirates Construction, L.L.C.
Abu Dhabi
Emirados Árabes Unidos
94.376
49,00%
a)
a)
GEC-Guinea Ecuatorial Construcciones, S.A.
UrbanizacionVilla Orquidea, 4 Malabo
Guiné Equatorial
7.775
51,00%
15.263
-
Cerenna-Ceramica Nacional de Angola, S.A.
Rua Cónego Manuel das Neves, 19
Luanda - Angola
8.253
51,00%
15.827
(793)
Somafel - Engª e Obras Ferroviárias, S.A.
Lagoas Park - Edifício 1 Piso 2
23.581.386
40,00%
26.975.116
(4.108.154)
Partes de Capital em Empresas Associadas
Partes de Capital em Outras Empresas
VSL - Sistemas Portugal, S.A.
Estrada Outeiro Polima, Lote C - Piso 1
2785 - 518 - São Domingos de Rana
1.012.500
11,25%
a)
a)
VORTAL - S.G.P.S., S.A.
Rua Prof. Fernando da Fonseca, 3º
Lisboa
2.002.310
7,24%
29.309.043
2.684.406
a) Contas não disponíveis à data da elaboração das demonstrações financeiras
55
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.8
INFORMAÇÃO SOBRE OS bens em regime de
locação financeira e OPERACIONAL
Locação Operacional
Durante o exercício de 2012 foram reconhecidos
gastos de 57.225 Euros relativos a rendas de contratos de locação operacional.
As rendas de contratos de locação operacional (rendas fixas) mantidos pela empresa em 31 de dezembro de 2012, essencialmente relativas a contratos
de locação operacional de viaturas, apresentam os
seguintes vencimentos:
.9
Vencimentos
Pagamentos mínimos da locação operacional:
2013
27.275
2014
4.985
Total
32.260
DISCRIMINAÇÃO DAS DÍVIDAS DE TERCEIROS
Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de
2011 o detalhe era o seguinte:
Dívidas de terceiros correntes
31.12.2012
31.12.2012
Clientes c/c
76.760
147.632
Clientes
76.760
147.632
32.642.867
5.459.109
1.590.201
1.879.537
34.233.068
7.338.646
Outros devedores
969.575
642.640
Outras dívidas de terceiros
969.575
642.640
Empresas do grupo
Regime especial de tributação dos grupos de empresas
Empresas do Grupo, Associadas e Participadas
.10
DISCRIMINAÇÃO DE OUTROS ATIVOS CORRENTES
Outros ativos correntes
31.12.2012
31.12.2012
Gastos a reconhecer
496
1.069
Total
496
1.069
Em dezembro de 2012 estas rubricas têm a seguinte
decomposição:
Gastos a reconhecer
31.12.2012
31.12.2012
Seguros
496
1.069
Total
496
1.069
56
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.11
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de
2011 o detalhe de caixa e equivalentes de caixa era
o seguinte:
31.12.2012
31.12.2012
314
162
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis
51.182
5.993
Caixa e seus equivalentes
51.496
6.156
-
-
51.496
6.156
Numerário
Titulos Negociáveis
Disponibilidades constantes do balanço
.12
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL E RESERVAS
O capital social da empresa tem o valor nominal de
131.080.340 de Euros.
O capital da sociedade é representado por
26.216.068 de ações ordinárias com o valor nominal de 5 Euros cada uma.
O capital social é detido a 100% pela Grupo Soares
da Costa, S.G.P.S., S.A..
A legislação comercial Portuguesa estabelece que
pelo menos 5% do resultado líquido anual tem de
ser destinado ao reforço da “Reserva legal” até que
esta represente pelo menos 20% do capital social.
Esta reserva não é distribuível, a não ser em caso
de liquidação, mas pode ser utilizada para absorver
prejuízos, depois de esgotadas todas as outras reservas, e para incorporação no capital.
.13
As reservas de reavaliação não podem ser distribuídas aos acionistas, exceto se encontrarem totalmente amortizadas ou se os respetivos bens objeto
de reavaliação tiverem sido alienados.
O Resultado Líquido do exercício de 2011, no montante de 4.129.545 Euros, foi aplicado do modo
seguinte, conforme acta nº 19 de 20.03.2012, da
assembleia geral:
Aplicação do Resultado Líquido de 2011
Reserva legal
206.477
Resultados transitados
623.067
Para distribuição de dividendos
3.300.000
Total
4.129.545
dividendos
Os dividendos referentes ao exercício findo em
31 de dezembro de 2011, atribuídos ao acionista,
de acordo com a deliberação da assembleia geral
datada de 20 de março de 2012, ascenderam a
3.300.000 Euros. O seu pagamento ocorreu em 20
de abril de 2012.
57
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.14
EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS
Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011
o detalhe dos empréstimos bancários é o seguinte:
31.12.2012
31.12.2012
Empréstimos bancários
0
360.000
Descobertos bancários
75.925
2.414.008
75.925
2.774.008
Passivos Correntes
Total
O valor dos empréstimos registados no balanço à
data de 31 de dezembro de 2012 tem as seguintes
maturidades:
Adiantamentos
de clientes
Outros
credores
Outros
passivos e
instrumentos
financeiros
derivados
Total
Empréstimos
Fornecedores
2013
75.925
90.113
-
-
-
1.405.802
166.165.190
167.737.030
Total
75.925
90.113
0
0
0
1.405.802
166.165.190
167.737.030
Maturidades
.15
Credores
por locações
financeiras
Fornecedores
de Investimento
DISCRIMINAÇÃO DE OUTRAS DÍVIDAS A TERCEIROS
Em 31 de dezembro de 2012 a rubrica “Dívidas a
terceiros” tem a seguinte decomposição:
Dívidas a Terceiros
31.12.2012
31.12.2012
Empresas do grupo
166.132.164
141.620.832
166.132.164
141.620.832
1.374.835
2.243.472
1.374.835
2.243.472
Empresas do Grupo, Associadas e Participadas - corrente
Outros credores
Outras divídas a terceiros - corrente
O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos” acima evidenciada à data de 31 de dezembro
de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é como segue:
58
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Estados e Entes Públicos
31.12.2012
31.12.2012
8.939
20.700
Contribuições para a segurança social
10.681
26.198
Outros
11.348
26.783
Total
30.967
73.681
Imposto sobre o valor acrescentado
.16
DISCRIMINAÇÃO DE OUTROS PASSIVOS CORRENTEs
Outros passivos correntes
31.12.2012
31.12.2012
Acréscimos de gastos
33.026
91.501
Total
33.026
91.501
Acréscimos de Gastos
31.12.2012
31.12.2012
Remunerações a liquidar
33.026
83.207
Juros a liquidar
-
4.684
Outros acréscimos de gastos
-
3.610
33.026
91.501
Em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de
2011 estas rubricas tinham a seguinte decomposição:
Total
.17
DISCRIMINAÇÃO DO MOVIMENTO NO PERÍODO DOS
AJUSTAMENTOS DE VALOR E DAS PROVISÕES
O movimento ocorrido nos ajustamentos de valor é
como segue:
Saldo Inicial
Alterações
no perímetro
Aumento
Redução
Saldo Final
Participações de capital em subsidiárias
4.778.158
0
430.825
-4.778.158
430.825
Empréstimos concedidos a subsidiárias
3.120.951
0
19.795.175
-3.120.951
19.795.175
Investimentos financeiros
7.899.109
0
0
-7.899.109
20.226.000
Total de ajustamentos de valor
7.899.109
0
0
-7.899.109
20.226.000
Ajustamentos de valor
59
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
A reversão das imparidades resulta da venda da
Construções Metálicas Socometal à Sociedade de
Construções Soares da Costa, S.A. referida na nota 6.
Com referência ao valor do investimento realizado
na SDC América, INC (partes de capital e prestações
acessórias) foi efectuado um exercício de aproximação ao valor realizável liquido desta entidade to-
.18
mando por referência as contas consolidadas desta
sociedade, e um estudo de avaliação da “Prince”,
participada mais representativa daquela sociedade,
tendo-se concluído pela necessidade de registar
uma imparidade no valor de 20.226 milhares de
Euros, valor constantes da coluna “Aumento” do
quadro supra.
INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
As vendas e prestações de serviços por mercados
geográficos, distribuem-se da seguinte forma:
Réditos de vendas por mercados geográficos
2012
%
2011
%
Portugal
228.000
100,00%
360.000
100,00%
Total
228.000
100,00%
360.000
100,00%
A decomposição desta rubrica à data de 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011 é a seguinte:
Vendas e Prestações de Serviços
31.12.2012
31.12.2012
Rendimentos suplementares
228.000
360.000
Total
228.000
360.000
Estes rendimentos suplementares referem-se à cedência de mão-de-obra.
Os ativos líquidos e investimentos em ativos tangíveis
distribuem-se por mercados geográficos como segue:
Ativos Líquidos
Ativos fixos tangíveis
Investimentos financeiros
Dívidas de terceiros
Disponibilidades
Outros ativos
Total
Portugal
Angola
E.U.A.
Moçambique
Outros
Total
240
-
-
-
-
240
243.844.340
37.441
28.653.497
-
1.845.834
274.381.112
29.182.365
-
5.958.661
11.753
126.624
35.279.403
51.456
-
40
-
-
51.496
496
-
-
-
-
496
273.078.897
37.441
34.612.199
11.753
1.972.458 309.712.747
60
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.19
OUTROS GANHOS E PERDAS OPERACIONAIS
Os outros ganhos operacionais são como segue:
Outros rendimentos e ganhos
31.12.2012
31.12.2012
-
20
149.639
21
149.639
41
31.12.2012
31.12.2012
2.107
50
Outros gastos e perdas operacionais
64.973
-
Total
67.081
50
Restituição de impostos
Outros rendimentos e ganhos operacionais
Total
As outras perdas operacionais são como segue:
Outros gastos e perdas
Multas
.20
PESSOAL
O número médio de pessoal ao serviço na empresa
durante o exercício findo em 31 de dezembro de
2012 e 2011, num total de 3 e 5, respetivamente, é
como segue:
Direção
2
Direção
4
Quadros
Superiores
Quadros
Médios
Encarr,
Mestres e
Chefes
Profissionais
alta qualific.
Qualificados e
semi-qualif.
Não
Qualificados
Praticantes e
aprendizes
1
-
-
-
-
-
-
Quadros
Superiores
Quadros
Médios
Encarr,
Mestres e
Chefes
Profissionais
alta qualific.
Qualificados e
semi-qualif.
Não
Qualificados
Praticantes e
aprendizes
1
-
-
-
-
-
-
As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais no exercício findo em 31 de dezembro
de 2012 e 2011 foram as seguintes:
Orgãos Sociais
2012
2012
Administração
320.309
673.857
Conselho Fiscal
-
6.253
1.310
4.000
Fiscal Único
61
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Os gastos com o pessoal durante os exercícios de
2012 e 2011, apresentam a seguinte decomposição:
Gastos com Pessoal
Remunerações
Encargos sociais
Total
.21
2012
2012
444.471
801.712
92.483
134.140
536.954
935.852
decomposição dos gastos com fornecimentos
e serviços externos
Os gastos com fornecimentos e serviços externos
no exercício de 2012 e 2011, apresentam a seguinte
decomposição:
Fornecimentos e serviços externos
.22
2012
2012
Trabalhos especializados
40.450
141.184
Deslocações e estadas
24.264
104.544
Rendas de edifícios
3.420
5.696
Alugueres de viaturas ligeiras
51.123
72.323
Outros
11.206
30.543
Total
130.462
354.290
Demonstração dos resultados financeiros
Os resultados financeiros dos períodos findos em
31 de dezembro de 2012 e 2011 apresentam a seguinte decomposição:
Gastos e Perdas
2012
2012
Juros suportados
13.998.795
8.273.591
35.409
32.732
20.226.000
827.486
Menos valias na alienação de investimentos financeiros
477.485
-
Outros gastos e perdas financeiros
526.127
320.968
35.263.815
9.454.777
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Imparidade em investimentos financeiras
(1)
62
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Rendimentos e Ganhos
2012
2012
7.762.004
1.540.189
131.101
39.535
-
752.051
18.998.413
9.757.782
527.473
345.127
(2)
27.418.991
12.434.684
(2) - (1)
(7.844.824)
2.979.907
Juros obtidos
Diferenças de câmbio favoráveis
Mais valias na alienação de investimentos financeiros
Rendimentos de participação de capital
Outros rendimentos e ganhos financeiros
Resultados financeiros
A rubrica ”Outras perdas financeiras” inclui, essencialmente, custos com garantias bancárias e custos
com serviços debitados por instituições bancárias.
.23
O valor da imparidade registado no exercício no
montante de 20.226 milhares de Euros referente ao
ajustamento de valor no investimento financeiro na
SDC América, Inc, encontra-se descrito na nota 17.
IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO E IMPOSTOS DIFERIDOS
A Empresa é tributada em IRC, segundo o Regime
Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades.
A empresa, sendo dominada, regista nas contas de
“Empresas do grupo, associadas e participadas” o
crédito/débito referente ao seu contributo de imposto. A empresa dominante é a sociedade “Grupo
Soares da Costa, S.G.P.S., S.A..
tro anos (cinco anos para a segurança social). Deste
modo, as declarações fiscais da empresa referentes
aos anos de 2009 e seguintes podem vir ainda ser
sujeitas a revisão. O Conselho de Administração da
empresa entende que eventuais correções a existir
não terão um efeito significativo nas demonstrações
financeiras.
De acordo com a legislação fiscal, as declarações
fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte
das autoridades fiscais durante um período de qua-
O imposto sobre o rendimento registado nos períodos findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011
decompõe-se do seguinte modo:
Imposto sobre o rendimento
Imposto corrente
Imposto diferido
Total
2012
2012
(1.590.201)
(1.879.537)
1.974.777
(206.872)
384.577
(2.086.409)
A reconciliação do resultado antes de imposto para o imposto do período é como segue:
Taxa e imposto nominal sobre o rendimento (em vigor em Portugal)
Taxa
Base Fiscal
Imposto
25,00%
(8.216.068)
(2.054.017)
73.795
19.834
7.899.109
1.974.777
Derrama estadual
Tributação autónoma
Ajustamentos geradores de Impostos diferidos
Outros ajustamentos
Taxa e imposto efetivo sobre o rendimento
-4,68%
384.577
63
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Os ativos por impostos diferidos e os passivos por
impostos diferidos apresentados no balanço têm
as seguintes naturezas das situações que lhes dão
origem:
Ativos por impostos diferidos
31.12.2012
31.12.2012
Outros
-
1.974.777
Total
-
1.974.777
Imparidade Socometal - partes capital
4.778.158
Imparidade Socometal - prestações acessórias
3.120.951
Total imparidade (ver nota 6)
7.899.109
25%
1.974.777
A alienação da Socometal originou a reversão dos
activos para impostos diferidos constituídos em
anos anteriores (ver nota 6).
.24
RESULTADOS POR AÇÃO
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, os resultados
básicos por ação correspondem ao resultado liquido
dividido pelo número de ações ordinárias da empresa durante o período, tendo sido calculado como
segue:
Resultados por ação
2012
2011
(8.600.644)
4.129.545
(8.600.644)
4.129.545
26.216.068
26.216.068
Básico
(0,328)
0,158
Diluído
(0,328)
0,158
Básico
(0,328)
0,158
Diluído
(0,328)
0,158
Resultado das operações continuadas
Resultado líquido
Número total de ações ordinárias
Resultado por ação das operações continuadas
Resultado por ação
64
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.25
GARANTIAS PRESTADAS
O valor das garantias bancárias prestadas pela
empresa a terceiros à data de 31 de dezembro de
2012, é como segue:
Garantias Bancárias prestadas a Terceiros
.26
Euro
Dólar
Americano
Kuanza de
Angola
Total
Outras
Total
0
14.500.000
0
14.500.000
0
29.000.000
RISCOS FINANCEIROS
Risco Cambial
Este risco advém principalmente da presença internacional da empresa que a expõe aos efeitos
derivados de alterações na paridade das moedas relativamente ao euro. A política de gestão de risco de
taxa de câmbio seguida pela empresa tem como ob-
Ativos
jetivo diminuir ao máximo a sensibilidade dos resultados da empresa a flutuações cambiais. A empresa
procura, tanto quanto possível, equilibrar os ativos
com responsabilidades na mesma divisa.
EUR
USD
AOK
MZM
Outras
Total
243.844.340
28.653.497
37.441
-
1.845.834
274.381.112
76.760
-
-
-
-
76.760
28.136.030
5.958.661
-
11.753
126.624
34.233.068
969.575
-
-
-
-
969.575
51.142
40
-
-
-
51.182
Caixa
314
-
-
-
-
314
Acréscimos e diferimentos
496
-
-
-
-
496
Passivos
EUR
USD
AOK
MZM
Outras
Total
75.925
-
-
-
-
75.925
166.132.164
-
-
-
-
166.132.164
Fornecedores
90.113
-
-
-
-
90.113
Estado e Outros Entes Públicos
30.967
-
-
-
-
30.967
1.374.835
-
-
-
-
1.374.835
33.026
-
-
-
-
33.026
Propriedades de Investimento
Investimentos financeiros
Clientes
Empresas do Grupo
Outros devedores
Depósitos bancários
Empréstimos bancários
Empresas do Grupo
Outros credores
Acréscimos e diferimentos
65
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Risco de crédito
Este risco está associado às contas a receber decorrentes do normal desenvolvimento das atividades da
empresa. Em função da antiguidade de crédito, perfil
de risco do cliente, experiência recolhida e demais
circunstâncias é aferida a necessidade de registo de
imparidades.
Em 31 de dezembro de 2012 as contas a receber
para as quais não foram registados ajustamentos
por se considerar que as mesmas são realizáveis,
são as seguintes:
Clientes C/C
Clientes Títulos a receber
31.12.2012
31.12.2011
Não vencido
23.370
-
23.370
18.450
0 a 180 dias
53.390
-
53.390
129.182
Total
76.760
0
76.760
147.632
Em 31 de dezembro de 2012 é convicção do
Conselho de Administração que os ajustamentos de
contas a receber estimados se encontram adequadamente relevados nas demonstrações financeiras.
Risco de liquidez
A política de gestão do risco de liquidez visa assegurar, a cada momento, que o perfil de vencimentos
da dívida se adequa à capacidade da empresa de
gerar fluxos de caixa para o seu pagamento. A gestão do risco de liquidez passa, portanto, por gerir os
desajustamentos entre as necessidades de fundos
(por gastos operativos e financeiros, investimentos
e vencimento de dívidas), com as fontes de receita
(recebimentos de clientes, desinvestimentos, compromissos de financiamento por entidades financeiras). Em paralelo, a empresa toma medidas de gestão que previnem a ocorrência desse risco mediante
A maturidade dos passivos financeiros em 31 de
dezembro de 2012 é como segue:
Empréstimos
bancários
Emprest. por
obrigações
Outros
emprést.
obtidos
Descobertos
bancários
O. Emprést.
Obtidos
(Factoring)
Total
2013
-
-
-
75.925
-
75.925
Total
-
-
-
75.925
-
75.925
Maturidades
.27
uma adequada e atempada gestão de tesouraria.
Para gerir o risco de liquidez a empresa mantém um
equilíbrio entre o prazo e a flexibilidade do endividamento contratado através do uso de financiamentos
escalonados que encaixem com as necessidades de
fundos. Para além disso, a empresa tem contratos
de apoio à tesouraria que permitem evitar a existência de roturas (temporárias) de tesouraria.
ACONTECIMENTOS SUBSEQUENTES
Não existem factos relevantes a assinalar.
66
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.28
CUMPRIMENTO DE DISPOSIÇÕES LEGAIS
Decreto-Lei nº 318/94 art 5º nº4
Durante o período findo em 31 de dezembro de
2012 foram celebrados contratos de suprimentos
com as seguintes empresas:
> Soares da Costa America, Inc.
Durante o período findo em 31 de dezembro de
2012 foram celebrados contratos de operações financeiras com as seguintes empresas:
> Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
> Soares da Costa América, Inc.
> SDC Construcciones Centro Americanas, S.A.
Empresa
> Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.
> Soares da Costa Brasil, SRL
> Clear – Instalações Electromecânicas, S.A.
> Construções Metálicas Socometal, S.A.
> Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L.
> Soares da Costa Brasil, Construção, Ltda.
> Coordenação & Soares da Costa S.G.P.S., S.A.
As respectivas posições devedoras e credoras a 31
de dezembro de 2012 e 2011 são as seguintes:
31.12.2012
31.12.2011
27.799.943
43.214.152
6.346.754
6.346.754
0
477.486
200.000
200.000
34.346.697
50.238.393
11.753
10.513
5.018.095
4.278.707
73.027
441.782
27.496.420
0
25.000
0
0
557.902
18.579
0
0
29.187
32.642.873
5.318.091
0
136.166.481
345.073
331.495
0
5.122.856
156.924.861
0
8.862.229
0
166.132.164
141.620.832
Suprimentos / Prestações Acessórias
Soares da Costa America, Inc.
Clear - Instalações Electromecânicas, S.A.
Construções Metálicas Socometal, S.A.
Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
Total
Empréstimos concedidos
Soares da Costa Moçambique, S.A.R.L.
Soares da Costa America, Inc.
SdC Construcciones Centro Americanas
Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
Soares da Costa Brasil, Construções, LTDA
Carta - Cantinas e Restauração, Lda.
Construções Metálicas Socometal, S.A.
Cerenna-Ceramica Nacional de Angola, S.A.
Total
Empréstimos obtidos
Grupo Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
Coordenação & Soares da Costa, S.G.P.S., S.A.
Construções Metálicas Socometal, S.A.
Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A.
Clear - Instalações Electromecânicas, S.A.
Total
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
.29
APROVAÇÃO DE CONTAS PARA EMISSÃO
Em reunião de 25 de março de 2012 o Conselho de
Administração aprovou emitir as presentes demonstrações financeiras.
.30
ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS, ESTIMATIVAS E ERROS
Durante o exercício de 2012 não ocorreram alterações de políticas contabilísticas, face às consideradas na preparação da informação financeira relativa
ao exercício de 2011 nem foram registados erros
materiais relativos a exercícios anteriores.
67
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS
Edifício Sede do BESA Luanda Angola // BESA Luanda Headquarters
portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt
68
69
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011
(Euro)
ATIVO
31.12.2012
31.12.2011
79.844.595
82.715.787
10.543
20.551
79.855.138
82.736.339
Terrenos e Edifícios
75.257.300
79.882.582
Equipamento básico
56.182.984
64.668.012
Outros ativos fixos tangíveis
12.015.468
14.040.232
7.416.146
5.256.388
150.871.898
163.847.214
32.520
37.649
Investimentos financeiros em equivalência patrimonial
3.569.213
3.043.498
Empréstimos a empresas associadas
5.548.425
3.015.019
Outros investimentos financeiros
3.033.677
3.154.239
12.151.315
9.212.756
Ativos por impostos diferidos
19.074.574
11.779.304
Dívidas de terceiros
28.459.271
28.129.118
570.000
-
291.014.716
295.742.380
52.216.186
74.338.595
392.412.415
453.000.549
105.285
416.294
98.136.545
199.550.880
490.654.245
652.967.723
Outros ativos correntes
99.749.433
77.134.170
Caixa e seus equivalentes
69.561.275
56.898.903
712.181.138
861.339.391
1.003.195.854
1.157.081.771
NÃO CORRENTE
Ativos Intangíveis
Goodwill
Ativos Intangíveis
Ativos fixos tangíveis:
Ativos fixos tangíveis em curso
Propriedades de Investimento
Investimentos financeiros:
Outros ativos não correntes
Total do ativo não corrente
CORRENTE
Inventários:
Dívidas de terceiros:
Clientes
Imposto sobre o rendimento do exercício
Outras dívidas de terceiros
Total do ativo corrente
Total do ativo
70
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DA POSIÇÃO FINANCEIRA
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011
(Euro)
Capital Próprio e Passivo
31.12.2012
31.12.2011
131.080.340
131.080.340
44.595.056
40.841.769
(37.762.825)
7.404.717
137.912.570
179.326.826
1.817.057
2.315.209
139.729.628
181.642.034
800.589
828.366
259.325.525
77.708.462
259.325.525
77.708.462
Dívidas a terceiros
28.892.203
146.206.034
Passivos por impostos diferidos
14.796.427
16.524.445
303.814.744
241.267.307
149.921.058
170.007.341
891.901
37.850.092
150.812.959
207.857.433
182.332.560
210.506.114
1.456.106
2.855.346
70.407.063
78.389.260
265.227
579.322
56.387.846
85.434.127
310.848.803
377.764.168
-
1.190.357
97.989.721
147.360.472
Total do passivo corrente
559.651.483
734.172.430
Total do passivo
863.466.227
975.439.737
1.003.195.854
1.157.081.771
CAPITAL PRÓPRIO
Capital social
Reservas e resultados transitados
Resultado líquido do período
Capital próprio atribuível ao grupo
Interesses não controlados pelo Grupo
Total do capital próprio
PASSIVO
NÃO CORRENTE
Provisões
Empréstimos:
Empréstimos bancários
Total do passivo não corrente
CORRENTE
Empréstimos:
Empréstimos bancários
Outros empréstimos obtidos
Dívidas a terceiros:
Fornecedores
Fornecedores de investimento
Adiantamentos de clientes
Imposto sobre o rendimento do exercício
Outras dívidas a terceiros
Instrumentos financeiros derivados
Outros passivos correntes
Total do capital próprio e passivo
71
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E DE 2011
(Euro)
Demonstração dos Resultados
2012
2011
712.538.562
796.207.878
(17.928.006)
(21.902.192)
10.942.450
25.052.019
Rendimentos e ganhos operacionais
705.553.006
799.357.705
Custo das mercadorias vendidas e matérias consumidas
(145.849.337)
(182.157.921)
Fornecimentos e serviços externos
(368.296.046)
(416.646.332)
Gastos com o pessoal
(132.682.643)
(132.767.864)
Gastos de depreciação e de amortização e perdas de imparidade
(21.282.089)
(17.258.738)
Provisões e ajustamentos de justo valor
(18.319.702)
(1.555.338)
Outras perdas operacionais:
(27.120.118)
(19.540.514)
(713.549.935)
(769.926.707)
(7.996.929)
29.430.998
15.031.929
12.798.760
(40.105.621)
(25.342.628)
(25.073.692)
(12.543.867)
Ganhos relativos a empresas do grupo e associadas
660.065
427.443
Perdas em investimentos financeiros em associadas
(100.648)
(72.426)
559.417
355.017
8.980.043
35.230.912
Vendas e prestação de serviços (Volume de negócios)
Variação nos inventários da produção
Outros rendimentos e ganhos operacionais:
Gastos e perdas operacionais
Resultado operacional das atividades continuadas
Juros obtidos
Juros suportados
Custo líquido do financiamento
Ganhos e perdas em empresas associadas
Outros ganhos financeiros
(26.316.446)
(39.918.683)
Outros ganhos e perdas financeiros
Outras perdas financeiras
(17.336.403)
(4.687.770)
Resultado financeiro
(41.850.678)
(16.876.621)
Resultado antes de impostos
(49.847.607)
12.554.378
12.811.630
(4.475.955)
(37.035.977)
8.078.422
(37.762.825)
7.404.717
726.848
673.706
Impostos sobre o rendimento
Resultado Consolidado do período
Atribuível ao Grupo
Atribuível a interesses não controlados pelo Grupo
72
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DO RENDIMENTO INTEGRAL
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Euro)
2012
2011
(37.035.977)
8.078.422
(2.406.334)
13.930
Variação no justo valor de instrumentos financeiros derivados
1.190.357
147.636
Variação nos impostos diferidos de instrumentos financeiros derivados
(345.204)
(42.814)
(3.360)
(1.570)
-
-
(38.600.517)
8.195.604
(498.152)
669.183
(38.102.366)
7.526.422
Resultado consolidado líquido do período
Outros rendimentos integrais
Diferenças cambiais decorrentes da transposição de demonstrações
financeiras expressas em moeda estrangeira
Ajustamentos de investimentos financeiros em equivalência patrimonial
Outras variações
Total Rendimento Consolidado Integral
Atribuível:
a interesses não controlados pelo Grupo
ao Grupo
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Euro)
Capital social
Reservas e
resultados
transitados
Reserva de
conversão
cambial
Derivados
de
cobertura
Outros
Capital próprio
atribuível aos
accionistas da
empresa mãe
Interesses
não
controlados
pelo Grupo
Total dos
capitais
próprios
131.080.340
50.103.117
(1.146.688)
(845.154)
135.212
179.326.826
2.315.209
181.642.035
Dividendos
-
(3.300.000)
-
-
-
(3.300.000)
-
(3.300.000)
Ações próprias
-
-
-
-
-
-
-
-
Outros
-
(11.890)
-
-
-
(11.890)
-
(11.890)
Rendimento consolidado integral
-
(37.762.825)
(1.181.334)
845.154
(3.360)
(38.102.365)
(498.152)
(38.600.516)
131.080.340
9.028.402
(2.328.022)
-
131.852
137.912.571
1.817.057
139.729.628
Saldo a 1/Jan/2011
90.000.000
51.402.095
(799.122)
(949.976)
136.782
139.789.779
1.646.026
141.435.805
Fusão AN Indústria
41.080.340
(5.233.984)
Dividendos
-
(3.659.000)
-
-
-
(3.659.000)
-
(3.659.000)
Ações próprias
-
-
-
-
-
-
-
-
Outros
-
189.289
(366.020)
-
-
(176.730)
-
(176.730)
Rendimento consolidado integral
-
7.404.717
18.453
104.822
(1.570)
7.526.422
669.183
8.195.604
131.080.340
50.103.117
(1.146.688)
(845.154)
135.212
179.326.826
2.315.209
181.642.035
Rubrica
Saldo a 1/Jan/2012
Saldo a 31/Dez/2012
Saldo a 31/Dez/2011
35.846.356
35.846.356
73
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA OS PERÍODOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
(Euro)
31.12.2012
31.12.2011
Atividades operacionais
Recebimentos de clientes
650.368.142
788.560.644
Pagamentos a fornecedores
(542.913.288)
(592.479.393)
Pagamentos ao pessoal
(121.534.323)
Pagamento/recebimento do imposto s/o rendimento
(10.346.748)
Outros recebimentos/pagamentos relativos à atividade operacional
(12.382.472)
Fluxos das atividades operacionais
(14.079.470)
(121.224.325)
74.856.926
(7.127.358)
(22.729.220)
(17.436.093)
(36.808.690)
(24.563.451)
50.293.475
Atividades de investimento
Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Juros e ganhos similares
Dividendos
223.146.386
257.155.505
4.302.852
2.398.866
180.088
516.342
66.662
227.695.989
213.993
260.284.706
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros
Ativos fixos tangíveis
Ativos intangíveis
221.468.172
331.889.468
4.519.832
7.673.912
-
Fluxos das atividades de investimento
225.988.003
2.149
1.707.985
339.565.529
(79.280.823)
Atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão
Juros obtidos
850.983.297
302.162.720
3.815
-
3.256.989
854.244.101
4.214.251
306.376.971
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos
Amortização de contratos de locação financeira
Juros e gastos similares
Dividendos
Aquisições de ações (quotas) próprias
767.171.205
236.027.154
3.720.189
8.647.875
30.388.060
23.315.918
3.858.083
3.948.525
-
805.137.537
-
271.939.472
Fluxos das atividades de financiamento
49.106.564
34.437.499
Variação de caixa e seus equivalentes
14.005.860
5.450.151
Efeito das diferenças de câmbio
(1.343.489)
(1.239.412)
-
1.036.602
Caixa e seus equivalentes no início do período
56.898.903
51.651.563
Caixa e seus equivalentes no fim do período
69.561.275
56.898.903
Efeito das alterações de participação
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
PARECERES E
CERTIFICAÇÕES
Edifício Sede da TOTAL // TOTAL Headquarters Angola
portfolio completo disponível em //complete portfolio available in: www.portfolio.soaresdacosta.pt
74
75
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Grant Thornton & Associados, SROC, Lda
Avenida da Boavista, 1361 – 5º
4100 – 130Porto – Portugal
T. +351 22 099 60 83
F. +351 22 099 76 96
www.gthornton.pt
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Ao Acionista Único da
Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A.
Em conformidade com a legislação em vigor e com
o mandato que nos foi confiado, vimos submeter à Vossa apreciação o nosso Relatório e Parecer
que abrange a atividade por nós desenvolvida e os
documentos de prestação de contas da Soares da
Costa Construção, S.G.P.S., S.A., relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2012, os quais são
da responsabilidade do Conselho de Administração.
Acompanhámos, com a periodicidade e a extensão
que consideramos adequada, a evolução da atividade da Empresa, a regularidade dos seus atributos
contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e
estatutário em vigor tendo recebido do Conselho de
Administração e dos diversos serviços da Empresa
as informações e os esclarecimentos solicitados.
No âmbito das nossas funções, examinámos a demonstração individual da posição financeira em 31
de dezembro de 2012, a demonstração individual
dos resultados separada, a demonstração individual do rendimento integral, a demonstração individual das alterações no capital próprio, a demonstração
Porto, 25 de março de 2013
Grant Thornton & Associados- SROC. Lda.
Representada por Joaquim Filipe Martins de Moura
Areosa (ROC nº 1027)
individual dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data e as políticas contabilísticas e notas explicativas. Adicionalmente, procedemos a uma
análise do Relatório de Gestão do exercício de 2012
preparado pelo Conselho de Administração e da proposta de aplicação de resultados nele incluída. Como
consequência do trabalho de revisão legal efetuado,
emitimos nesta data a Certificação Legal das Contas,
que inclui no seu parágrafo 9 duas ênfases.
Face ao exposto, somos de parecer que, apesar do
descrito no parágrafo 9 da Certificação Legal das
Contas, as demonstrações financeiras supra referidas e o Relatório de Gestão, bem como a proposta
de aplicação de resultados nele expressa, estão de
acordo com as disposições contabilísticas, legais e
estatuárias aplicáveis, pelo que poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Acionistas.
Desejamos ainda manifestar ao Conselho de
Administração e aos serviços da Empresa o nosso
apreço pela colaboração prestada.
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RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
Grant Thornton & Associados, SROC, Lda
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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
introduÇÃo
1. Examinámos as demonstrações financeiras da
Soares da Costa Construção, S.G.P.S., S.A., as quais
compreendem a demonstração individual da posição
financeira em 31 de dezembro de 2012, (que evidencia um total de ativos de 309.712.747 Euros e um total de capital próprio de 141. 975.718 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 8.600.644 Euros), a demonstração individual dos resultados separada, a demonstração individual do rendimento integral, a demonstração individual das alterações no
capital próprio, a demonstração individual dos fluxos
de caixa do exercício findo naquela data e as políticas contabilísticas e notas explicativas.
RESPONSABILIDADES
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras
que apresentem de forma verdadeira e apropriada a
posição financeira da Empresa, o resultado das suas
operações e os seus fluxos de caixa, bem como a
adoção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo
interno apropriado.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar
uma opinião profissional e independente, baseada no
nosso exame daquelas demonstrações financeiras.
ÂMBITO
4. O exame a que procedemos foi efetuado de
acordo com as Normas Técnicas e as Diretrizes de
Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais
de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objetivo de obter um grau
de segurança aceitável sobre se as demonstrações
financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:
> a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das
demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos
pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua
preparação;
> a apreciação sobre se são adequadas as políticas
contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo
em conta as circunstâncias;
> a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
> a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.
5. O nosso exame abrangeu também a verificação da
concordância da informação financeira constante do
relatório de gestão com as demonstrações financeiras.
6. Entendemos que o exame efetuado proporciona
uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
OPINIÃO
7. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de
forma verdadeira e apropriada, em todos os aspetos
materialmente relevantes, a posição financeira da
Soares da Costa Construção, S.G.P.S.., S.A., em 31 de
dezembro de 2012, o resultado das suas operações
e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data,
em conformidade com as Normas Internacionais de
Relato Financeiro, tal como adotadas na União Europeia.
RELATO SOBRE OUTROS REQUISITOS LEGAIS
8. É também nossa opinião que a informação constante do relatório de gestão é concordante com as
demonstrações financeiras do exercício.
RELATÓRIO E CONTAS 2012 | SOARES DA COSTA CONSTRUÇÃO, SGPS, SA
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Ênfases
9. Sem afetar a opinião expressa no parágrafo 7,
chamamos a atenção para as situações seguintes:
9.1. A Empresa detém uma participação financeira
na Sociedade de Construções Soares da Costa,
S.A., cujo valor contabilístico ascende a cerca
de 171.000.000 Euros. As demonstrações financeiras desta subsidiária incluem dívidas
vencidas em nome de uma sociedade de direito angolano e de partes relacionadas correspondentes que totalizam cerca de 75.000.000
Euros, cuja cobrança se encontra dependente de um processo negocial com a Administração dessa sociedade. Em função da experiência
da Administração da empresa subsidiária nesse
mercado, os valores em causa serão cobráveis,
não sendo expetável qualquer perda nas referidas contas a receber e, consequentemente, no
investimento financeiro da Empresa na referida subsidiária.
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9.2. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro
de 2008, a Empresa adquiriu uma participação
financeira na sociedade Contacto - Sociedade de Construções, S.A., incorporada por fusão,
com efeitos a 1 de janeiro de 2012, à Sociedade de Construções Soares da Costa, S.A..
O contrato de compra inicial previa uma variação de preço, positiva ou negativa, de até
4.900.000 Euros (mesmo valor em 2011),
pelo período de cinco anos. No decorrer do
presente exercício foi celebrado um aditamento ao contrato inicial, tendo aquele prazo sido
prorrogado até 30 de junho de 2015.