Apresentação do PowerPoint - Colégio Energia Barreiros
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Apresentação do PowerPoint - Colégio Energia Barreiros
01 Artes Tema 02: Retrato 6°A - Volume 01 Professor: Alexandro Lima Artes 02 Professor: Alexandro Lima Retrato História da arte Artes 03 “No retrato que me faço – traço a traço – às vezes me pinto nuvem; às vezes me pinto árvore...” (Mário Quintana). Artes Retrato Responda na sua apostila: O que é um retrato? 04 Artes Retrato 05 Comumente, retratos são imagens bidimensionais* ou tridimensionais* que representam um indivíduo ou um grupo de indivíduos. Ou seja, o retrato existe para fazer referência direta à(s) pessoa(s) que representa. *Bidimensional: Imagens que possuem apenas duas dimensões (altura e largura), por exemplo: a fotografia. *Tridimensionais: Imagens que têm três dimensões (altura, largura e profundidade), como a escultura. *Bidimensional: Imagens que possuem apenas duas dimensões (altura e largura), por exemplo: a fotografia. 06 *Tridimensionais: Imagens que têm três dimensões (altura, largura e profundidade), como a escultura. 07 Artes Retrato 08 Os retratos podem provocar lembranças e outros sentimentos. Você possivelmente já viu uma pessoa se emocionar ao olhar um retrato e até mesmo começar a chorar. Por que será que isso acontece? A semelhança do retrato com a pessoa que ele representa é tão grande que evoca sensações, saudade, raiva, alegria; lembramos de momentos passados. Observe as duas imagens na figura 04. Figura 04 – (esquerda) Retrato de seu filho (1620), Peter Paul Rubens. (direita) Retrato de sua mãe (1514), Albrecht Durer. 09 Artes Retrato 10 São dois retratos figurativos feitos com a técnica clássica do desenho, datados dos séculos XVI e XVII. Parece evidente que os artistas desejaram representar de maneira fiel, exatamente como eram, as pessoas que ali estão. Lembre-se de que a fotografia não existia naquela época, por isso o desenho deveria ser o mais parecido possível com os modelos, tinham de se aproximar ao máximo da realidade, para que qualquer indivíduo que conhecesse a pessoa retratada e visse o desenho a reconhecesse imediatamente. Os desenhos e pinturas do passado muitas vezes cumpriam o papel que a fotografia possui atualmente. 05) Mas será que um retrato é sempre figurativo ou pode ser abstrato? Vejamos as figuras 05 e 06. Elas são imagens figurativas ou abstratas? Figura 05 – O português (1911), Georges Braque. 116,5 x 81,5 cm. 11 Figura 06 – Retrato de Paul Fort (1913-14), Gino Severini. 81x 65 cm. 12 Artes Retrato 13 A primeira imagem (figura 05) é um retrato feito pelo artista Georges Braque e chama-se O português. Se não fosse o título do trabalho, possivelmente daríamos outros nomes para ele. A pintura foi feita de maneira a decompor toda a imagem que lhe serviu de referência, mas se olharmos com um pouco de atenção ainda será possível encontrarmos vestígios de um rosto humano na pintura, entretanto, dificilmente diríamos se tratar de um português. Agora vamos observar o trabalho de Gino Severini, Retrato de Paul Fort (figura 06). O artista retratou uma pessoa que poucos de nós conhecemos e colocou na pintura informações escritas num idioma que, de maneira geral, não dominamos, o francês. No entanto, será possível que através da pintura consigamos descobrir o que a pessoa retratada fazia ou gostava? 06) Escreva na sua apostila quais elementos presentes no quadro nos dão sinais sobre quem poderia ter sido Paul Fort. Artes Retrato 14 Esses elementos postos na pintura indicam que Paul Fort foi uma pessoa diretamente relacionada com as palavras, no caso dele, a poesia. Note que essas duas imagens (figuras 05 e 06) não são completamente abstratas, existem nelas formas com as quais somos familiarizados, e através delas conseguimos fazer alguma referência às pessoas, ou às atividades que estas desenvolviam. Esses dois últimos trabalhos são quase abstratos; em arte os chamamos de figurativos não-realistas, por não serem a representação fiel das pessoas retratadas. 15 Figura 07 – Espelho cego (1970), Cildo Meireles. 46 x 33 x 18 cm. Artes Retrato 16 07) A figura 07 trata-se de um objeto tridimensional, é um tipo de escultura feita para que as pessoas pudessem tocar. Responda na sua apostila: o que este trabalho tem em comum com o tema retrato que estamos estudando? Novamente, o título da obra nos oferece algumas pistas, O Espelho cego, de Cildo Meireles, é uma caixa cheia de um tipo de massa para modelar. A ideia é que esse espelho mostre como imagem, reflexo, o resultado da manipulação feita pela pessoa que se olha. Ou seja, se você estiver diante desse espelho e ficar parado, nada acontecerá; é a sua interação com a obra que criará o seu retrato. Qual será o limite para a representação de um retrato? Existe um limite? Retratos podem ser feitos com infindáveis técnicas: desenho, pintura, modelagem, colagem, fotografia, recortes etc. O importante é que, de alguma maneira, o retrato mantenha uma ligação com o seu retratado, deixe referências para que o observador possa, através delas, identificar o retratado. 17 Figura 08 – Busto em rocha calcária datado de 2700 a. C., encontrado em Gizé (Egito). Artes História da Arte 18 Não é possível dizer exatamente em qual momento da história da arte surgiu o retrato. A figura 08 representa a cabeça de uma pessoa esculpida em pedra, 2700 anos antes de Cristo. É possível percebermos neste retrato a simplificação das formas, característica da arte egípcia desse período. Possivelmente apenas os elementos mais marcantes e significantes para o reconhecimento do personagem foram mantidos. Figura 09 – Retrato de um homem datado de 150 d.C., encontrado no Egito. 19 Artes História da Arte 20 Na figura 09, o retrato de um homem foi pintado de maneira naturalista, ou seja, o artista buscou representar a imagem do personagem da maneira mais próxima ao que de fato deveria ser a aparência desse homem. As duas imagens foram feitas com um intervalo de tempo de 2850 anos. Por que houve a mudança na forma de representação dos retratos? Além do fato de terem sido feitos por pessoas diferentes, quais teriam sido os motivos para tantas mudanças? Artes História da Arte 21 Temos que fazer um exercício de imaginação e nos transportarmos para o passado, no Egito, na época dos faraós (figura 08). Os egípcios acreditavam que após a morte havia uma outra vida, parecida com esta, na qual a forma de organização da sociedade se mantinha inalterada, escravos continuavam escravos, escribas continuavam escribas e assim por diante. Acreditavam também que, se a imagem do faraó fosse preservada, assim como seu corpo (Através dos rituais de mumificação), este conseguiria se manter vivo durante toda a eternidade. Os retratos do soberano eram colocados dentro das tumbas junto com o corpo mumificado, onde ninguém poderia vê-los, só assim exerceriam sua magia e auxiliariam a alma a se manter viva. O ato de fazer o retrato do faraó era tão importante que o nome dado a pessoa que realizava a escultura era: aquele que mantém vivo. Artes História da Arte 22 A figura 09 apresenta algumas alterações na forma de representação, pois foi feita já na Era Crista*, apos o mundo ter passado por grandes transformações. Apesar dessa imagem ter sido encontrada no Egito, o homem não se parece com um egípcio. A pintura foi feita com tal riqueza de detalhes que podemos notar a forma como o cabelo está cortado, seguindo o estilo tipicamente austero dos romanos. É possível também adivinharmos a idade aproximada que tinha esse homem, pois rugas foram representadas no seu rosto, assim como dobras marcantes em torno da boca, as quais evidenciam sua maturidade. Apesar de ser apenas um retrato da cabeça, percebemos que ele vestia um tipo de túnica de cor clara, também usada pelos romanos. Note que o retrato busca evidenciar, além de características físicas dos retratados, também alguns aspectos culturais importantes. *Era Cristã: iniciou-se com o nascimento de Jesus Cristo e segue até os nossos dias. Figura 10– Monalisa ou Gioconda (1502), Leonardo da Vinci. 76 x 56 cm. 23 Artes História da Arte 24 Talvez o retrato mais enigmático em toda a história da humanidade seja a obra de Leonardo da Vinci, Monalisa ou Gioconda. Pintura feita no Renascimento, movimento cultural que envolveu não apenas as artes, mas também diversas outras atividades humanas, tais como as ciências, a filosofia e a religião. Os artistas do Renascimento, assim como Da Vinci, possuíam um olhar diferenciado para o mundo que estava a sua volta; até essa época, o pensamento ocidental esteve dominado pelo misticismo religioso, segundo o qual todas as ações feitas na Terra possuíam apenas um alvo: o céu. Artes História da Arte 25 Os renascentistas acreditavam que os homens deveriam perceber que a vida na Terra também era importante, que o mundo estava dotado de belezas, possivelmente tão grandiosas quanto as do céu, bastava olhar para ver. Esse simples raciocínio realizou uma mudança radical na forma de pensar daquele tempo, o que antes era entendido como centro de toda vida. Deus passou a ser substituído pelo próprio homem. Essa mudança na condução e na visão da vida ficou conhecida como antropocentrismo, ou seja, o homem no centro do universo, que veio a se opor ao teocentrismo, Deus no centro do universo. É importante entendermos tal mudança para tentarmos compreender a obra de Da Vinci (figura 10). Artes História da Arte 26 A forma de representação da imagem dessa obra é de tal forma enigmática, que não somos capazes de dizer com exatidão se o artista idealizou* a figura da mulher ou se de fato ela existiu; Monalisa parece ser divina. Percebemos sua jovialidade e tranquilidade, bem como a textura de seus cabelos. Seu sorriso torna-se enigmático à medida que não se revela, é somente uma insinuação. O fundo da tela é uma paisagem não identificada, quase lunar, o que reforça a teoria de idealização da mulher. *Idealizou: criou de forma imaginária. O retrato é um tema tão importante na história da arte, que até hoje é considerado um gênero de pintura, tal como: paisagem, temas históricos e natureza-morta. Vamos dar um “salto gigantesco” na história até chegar ao nosso tempo para observarmos um retrato feito por um artista contemporâneo. Figura 11– (Consequências) Emerson (1998), Vik Muniz. 218 x 121 cm. 27 Artes História da Arte 28 Vik Muniz é um artista brasileiro que utiliza materiais diferenciados para a construção de suas obras. Na série Consequências, o lixo deixado nas ruas após os festejos de Carnaval no Rio de Janeiro foram incorporados a retratos de crianças que vivem nas ruas. A figura 11 traz a imagem de um desses retratos. Responda na apostila: 08) Por que o artista escolheu esses materiais para construção do retrato? Vik Muniz construiu uma obra estranhamente ambígua: o retrato que pode ser considerado belo, de uma criança em situação de abandono, utilizando lixo recolhido após o Carnaval. Exibição vídeo: abertura Passione. 09) Existe algo que esta dito nesse retrato que vai além da imagem da criança ali representada. A união de um material tão estranho usado no retrato dessas crianças certamente não é casual. O que você acha que o artista desejou transmitir com essa obra? Artes História da Arte Jean-Claude Fulchiron, poeta e deputado (17 x 12 cm) Conde Auguste-Hilarion de Kératry, deputado (12 x 12 cm) 29 Jean- Auguste de Valdrome, deputado (19 x 14 cm) Jean Vatout, deputado (20 x 16 cm) Alexandre-Simon Pataille, juiz e deputado (11 x 15 cm) Charles Philippon, Jornalista (16 x 13 cm) Figura 12– Os parlamentares (1831-1833), Honoré Daumier. Artes História da Arte 30 Outra forma de retrato é a caricatura. Esse modo de representar personagens reais geralmente está associado a críticas humorísticas. Em 1831, o artista francês Honoré Daumier construiu pequenas esculturas que eram caricaturas dos parlamentares de sua época (figura 12). Nos nossos dias, o retrato de caricatura continua sendo utilizado (figura 13 na apostila). Figura Extra – Caricatura Ronaldinho Gaúcho. 31 Figura Extra – Caricatura. Presidente Dilma Rousseff. 32 Figura Extra – Caricatura. Chico Anysio. 33 Artes História da Arte 34 A palavra caricatura vem do italiano caricare, que em português significa "carregar", "sublinhar", "acentuar", ou seja, o caricaturista exagera em alguns aspectos da representação evidenciando uma parte marcante do corpo ou do modo de ser e/ou de pensar do retratado. Perceba que, atualmente, não há limites para o uso dos materiais na construção artística. O aspecto final da obra é parte da criatividade do próprio artista. Artes História da Arte 35 Síntese Retrato Forma de representação que acompanha o homem desde tempos antigos, A maneira de construir essas imagens não se prende a nenhuma regra previamente definida, nem se atrela a um único movimento artístico. Os retratos, usualmente, mantêm uma forte ligação com o personagem retratado, desde a representação fiel ao modelo até a quase total abstração, passando pela caricatura, que evidencia traços marcantes do modelo. O que permanece recorrente em um retrato é a preservação de algumas características, físicas ou não, da pessoa retratada. Artes História da Arte 36 Atividades 04) Retrato no espelho • Traga para sala de aula um espelho pequeno, desses retangulares com moldura. • Posicione o espelho num local onde você consiga se ver e ao mesmo tempo seja possível desenhar sobre ele. Você irá desenhar o seu reflexo diretamente no vidro. • Utilizando uma canetinha hidrográfica, comece fazendo o contorno do seu rosto. Não se preocupe em acertar ou fazer exatamente como está no reflexo; o desenho poderá ser apagado com um pano e um pouco de álcool, e, de qualquer maneira, você está apenas começando a desenhar. Lembre-se de que ninguém nasceu sabendo. E o exercício diário que faz com que seus desenhos melhorem a cada dia. • Faça vários desenhos experimentando expressões faciais diferentes: fazendo caretas, fechando um olho, sorrindo, fingindo estar triste. • Quando achar que o desenho ficou bom, avise ao professor e solicite instruções para pintar o seu retrato. Artes História da Arte 37 Atividades 05) Retrato no espelho • Escolha um retrato seu do qual você goste muito. • Não mostre a ninguém de sua turma. • Em uma folha de papel, faça a descrição da imagem. Pense que esta apresentando sua fotografia para um amigo que por algum motivo não pode vê-la. Além das características físicas que aparecem nela, busque identificar seu estado de espírito no momento em que foi fotografado. Essas informações auxiliarão seu amigo(a) a formar uma imagem sua. • Troque a descrição de sua fotografia com a de um colega de sala. • Com a descrição que você recebeu, busque fazer dois retratos, um figurativo e outro abstrato. Preste atenção nas dicas do estado de espírito que seu colega colocou na descrição, isso poderá ajudar muito. Artes História da Arte 38 Atividades 06) Alterando o retrato • Procure um retrato que tenha algum significado importante para você. • Faça uma fotocópia em preto e branco ampliada (é nela que iremos interferir). • Não mexa na imagem da pessoa retratada, você deverá trabalhar apenas o entorno da figura. • Busque papéis coloridos e faça uma colagem no fundo da fotocópia criando um contraste entre a figura em preto e branco e o seu entorno, que ficará colorido. • Você pode trabalhar em mais de uma fotocópia da mesma fotografia, assim um retrato igual com diferentes fundos. Apresente os resultados para a classe. REFERÊNCIAS COLÉGIO ENERGIA. Atitudes elementares. 6° ano – volume 01. Florianópolis: gráfica ed. Energia., 2015. GOMBRICH, Ernest H. A História da Arte. LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, 2008. 39 Obrigado!!! Alessandro Lima [email protected] http://bonecosdasvirtudes.pancakeapps.com 40