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www.brasileconomico.com.br mobile.brasileconomico.com.br QUINTA-FEIRA, 21 DE JULHO, 2011 | ANO 3 | Nº 478 | DIRETOR RICARDO GALUPPO | DIRETOR ADJUNTO COSTÁBILE NICOLETTA Claudio Gatti Eletro Shopping incorpora 150 lojas à Máquina de Vendas, que prevê faturar R$ 7,2 bilhões neste ano, segundo Luiz Carlos Batista. ➥ P24 R$ 2,00 Indústria de guindastes Manitowoc constrói primeira fábrica na América Latina, no polo de Passo Fundo (RS), e planeja faturar R$ 400 milhões. ➥ P20 Petrobras exclui a Venezuela do projeto da refinaria em Pernambuco Direção da estatal dá como certa desistência da sócia PDVSA na Abreu e Lima e vai bancar sozinha empreendimento de R$ 15 bi Recursos para manter a obra em andamento já estão reservados, apesar do corte bilionário promovido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no novo plano de negó- cios da empresa para o período 2011-2015. Ao contrário das duas primeiras versões de orçamento, que previam cerca de US$ 250 bilhões em investimentos, a nova de- verá ter valor próximo dos US$ 224 bilhões do plano atual (2010-2014). Documento será analisado pelo conselho da petrolífera na sexta-feira. ➥ P4 Decisão sobre redução do etanol na gasolina fica para agosto. Petrobras deve importar mais combustível. Daniel Ramalho/O Dia Vale usa Malásia como tática Andrés Sanchez (à esq.), presidente do Corinthians, com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab para crescer na China. ➥ P18 País mantém maior juro do mundo com Selic a 12,5%. ➥ P33 Atuação do Tesouro melhora o perfil da dívida pública. ➥ P31 Expectativa com o Itaquerão aquece especulação imobiliária Nos últimos seis meses, quando começaram as negociações para obra da arena corintiana, o preço médio dos imóveis nos arredores do futuro estádio subiu mais de 30%. ➥ P10 INDICADORES Com a queda da bolsa, Petrobras perde valor igual ao de um Banco do Brasil A queda generalizada na bolsa de valores brasileira este ano já enxugou o valor de mercado das 30 maiores empresas em R$ 190 bilhões. Ainda a maior do país, a Petrobras encolheu cerca de R$ 70 bilhões, quase um Banco do Brasil a preço de bolsa. ➥ P34 ▼ ▼ ▼ ▲ ▼ ■ ▲ ▼ ▼ ▼ ▲ ▲ 20.7.2011 TAXA DE CÂMBIO COMPRA VENDA Dólar Ptax (R$/US$) 1,5643 1,5651 Dólar Comercial (R$/US$) 1,5590 1,5605 Euro (R$/€) 2,2199 2,2212 Euro (US$/€) 1,4191 1,4192 Peso Argentino (R$/$) 0,3794 0,3800 JUROS META EFETIVA Selic (ao ano) 12,25% 12,17% BOLSAS VAR.% ÍNDICES Bovespa - São Paulo 0,06 59.119,71 Dow Jones - Nova York -0,12 12.571,91 Nasdaq - Nova York -0,43 2.814,23 S&P 500 - Nova York -0,07 1.325,84 FTSE 100 - Londres 1,10 5.853,82 Hang Seng - Hong Kong 0,46 22.003,69 O Banco do Brasil oferece linha de crédito especial do BNDES Exim para financiar a importação argentina, chilena e paraguaia de bens produzidos no Brasil. Para negociar, basta entrar em contato com o seu Gerente de Contas. Banco do Brasil. Um banco diferente que liga tudo isso. bb.com.br Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 Ouvidoria BB 0800 729 5678 • Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 2 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 NESTA EDIÇÃO OPINIÃO Divulgação Projeto para evitar desmatamento de florestas avança no Amazonas A Fundação Amazonas Sustentável, parceria entre o governo amazonense e o Bradesco, uniu seu método de verificação de redução evitada de emissões de carbono com o do Fundo Biocarbon do Banco Mundial, para viabilizar o mercado desses certificados. ➥ P14 Bematech reforça aposta em desenvolvimento de software Depois de adquirir sete empresas de software, a companhia especializada em automação comercial prevê que em prazo de três anos os sistemas já representem 50% de sua receita, que ficou em R$ 326,4 milhões no ano passado. ➥ P22 Henrique Manreza José Dirceu Julio Gomes de Almeida Advogado, ex-ministro da Casa Civil e membro do Diretório Nacional do PT Professor da Unicamp e Consultor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial A crise na Europa é mais profunda Temos uma bolha de crédito? A grave situação econômica europeia, que se espalha para o ambiente político, é cada vez mais próxima da charada do buraco: quanto mais se tira e mexe, maior ele fica. A crise no Velho Continente caminha nesse rumo, embora se comece a falar em medidas diferentes. A questão de fundo que se coloca, de grande capacidade reorganizadora, é saber o que será projetado no lugar do estado do bem estar social. No plano mais imediato, somente depois de arruinar Espanha e Portugal, liquidar com a Islândia, colocar de joelhos a Irlanda e ameaçar a Itália, as autoridades europeias consideram a opção de reescalonamento, reestruturação ou reempréstimo da dívida grega — a ideia é usar o Fundo Europeu de Estabilização Financeira para recompra de títulos. Em paralelo, estuda-se um pacote de investimentos na Grécia, para reaquecer a economia e devolver a credibilidade ao país. Em suma: formas de enfrentar a crise para além do aperto fiscal e corte drástico nos gastos, exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI). Antes tarde do que nunca, pode-se pensar. Mas a que custo? O estopim da crise internacional deflagrou na Europa um processo de salvamento dos bancos — “sistema financeiro”, se preferir — com socorro estatal e um ferrenho receituário de “austeridade”. Falaram mais alto os interesses alemães e franceses, cujos bancos e governos são os responsáveis pelo que aconteceu na Grécia. A crise tem raízes nos EUA, mas os bancos alemães e franceses quebrarão se a Grécia for para o buraco. É isso o que tentam evitar. O resultado das “medidas de austeridade” tem sido um verdadeiro caldeirão de problemas: 30 milhões de desempregados, o maior arrocho salarial já visto, aumento escorchante de impostos, vexatórios cortes em programas sociais e nos benefícios da previdência, recessão e liquidação de empresas e, claro, privatizações. Ademais, os trabalhadores pagarão duas vezes pela crise: no endividamento dos Estados para salvar os bancos e, agora, no ajuste para salvar o Estado. Saldos do velho receituário econômico ortodoxo contra o qual nos levantamos. Há no exterior uma apreensão quanto ao desenvolvimento de uma bolha de crédito no Brasil. Exagerados aumentos do endividamento das famílias e do comprometimento da renda dos consumidores no pagamento de suas dívidas já estariam determinando um limite à expansão do consumo, o que levaria, fatalmente, ao fim do crescimento da economia brasileira. A tese apesar de apresentar falhas tem o mérito de ressaltar os perigos do crédito farto. Os financiamentos para as famílias vêm crescendo extraordinariamente, em média, 18% nos últimos três anos em termos reais, de forma que atualmente alcançam 15,4% do PIB. Mas, além do crescimento vigoroso, dois outros pontos caracterizam uma bolha de crédito, os quais não são preponderantes no ciclo atual do crédito no país. Primeiro, uma típica bolha de crédito e de consumo faz do financiamento uma variável autônoma com relação à renda. Isso é fruto de uma concorrência bancária que é tão intensa quanto é “desregulamentada” a atividade financeira. Significa que na medida em que o crédito evolui e amplia o poder de compra da população, vai sendo perdida a referência à renda que lhe devia servir de base, de forma que passa a residir na própria disposição das instituições de financiamento de não interromperem a trajetória do crédito a condição de continuidade do processo. O que foi descrito equivale ao “financiamento especulativo” de Hyman Minsky, segundo o qual um agente, no caso as famílias, depende da renovação do crédito para evitar a inadimplência. Os trabalhadores pagarão duas vezes pela crise: no endividamento dos Estados para salvar os bancos e, agora, no ajuste para salvar o Estado Fundos de pensão deixam a desejar na governança corporativa Pesquisa da Deloitte e Abrapp aponta deficiências das fundações, cuja maior fragilidade está na gestão de riscos. Para Gilb erto Souza, sócio da consultoria, embora tenham evoluído os fundos “ainda estão no meio do caminho.” ➥ P32 Decisão do Cade sobre BR Foods movimenta o mercado publicitário A obrigatoriedade da venda de algumas marcas do grupo deve se refletir nos investimentos em novas campanhas. A DPZ, agora do Grupo Publicis, e a DM9 DDB são responsáveis pela conta da Sadia, enquanto a Young&Rubicam tem a conta da Perdigão. ➥ P26 A Europa poderia ter feito o que fizeram outros países: socorrer seus governos e garantir suas dívidas, no mínimo. A escolha por uma receita ultrapassada evidenciou o extermínio das ilusões, mas também a carência de lideranças e partidos políticos. Há, portanto, uma crise estrutural, com o apagar da social democracia e o abandono dos pactos e acordos políticos que sempre preservaram o Estado de bem estar social. Ao aderir ao “deus mercado”, ao modelo anglo-saxão, a Europa capitulou social, econômica e politicamente. Não haverá uma Europa liberal, dificilmente a direita seguirá no poder na Alemanha, França e Itália. Mas mesmo os conservadores que venceram eleições — casos de Grã-Bretanha, Portugal e Espanha — não têm solução de curto prazo. O momento é de reflexão mais profunda, de repensar a social democracia para além da Europa, voltando-se à África, à América Latina e à Ásia. A crise na Europa encerra lições — não tão novas, é verdade — que, espero, sejam lembradas aqui nos trópicos. ■ O país não vive uma bolha de consumo, muito embora seja intenso o desenvolvimento do crédito nos últimos anos No caso brasileiro, uma evolução da massa real de rendimentos da população de 8%, como nos anos do pré e do pós crise, propiciou a ancoragem do aumento do crédito, de modo que a taxa de inadimplência tem sido na média do corrente ano a mais baixa jamais registrada no país a despeito da vigorosa ampliação dos empréstimos bancários. Nossos cálculos indicam que o endividamento (dívida/renda anual) das pessoas físicas passou de 21,8% para 36,6% de dezembro de 2006 a maio de 2011, o que, no entanto, não foi acompanhado de correspondente maior comprometimento da renda mensal, que passou de 20,8% para 22,4% no mesmo período. Além do maior rendimento real, os prazos de financiamento mais dilatados explicam a preservação da capacidade de honrar dívidas. Ademais, uma típica bolha de crédito está associada à hiper-valorizações de ativos a exemplo das bolhas imobiliárias. O crédito abundante nesse caso impulsiona o valor dos ativos, o que renova e potencializa a capacidade de endividamento dos agentes sustentando o aumento da sua riqueza e de sua capacidade de consumo. Nesse caso, o crédito também não pode parar porque sua sustentação — a valorização dos ativos — cairia junto. O Brasil assiste a um forte aumento dos preços dos imóveis, mas não há nem sombra de uma bolha já que o financiamento imobiliário é baixo — representa cerca de 4% do PIB — e nele tem grande preponderância o crédito dirigido da caderneta de poupança. Uma mega especulação imobiliária explica a valorização nesse setor. O Brasil não vive uma bolha de consumo, embora seja intenso o desenvolvimento do crédito. Isto é uma fonte de amplificação da capacidade de crescimento da economia, mas também uma possível causa de problemas se os financiamentos perderem a referência à renda pessoal. Por isso, são importantes as medidas macroprudenciais na área do crédito. ■ Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 3 Osman Orsal/Reuters MOMENTOS INESQUECÍVEIS NA TURQUIA Avanço Henrique Manreza Ministro considera São Paulo favorita para a abertura da Copa “SãoPaulotemomaiornúmerodehotéis,éodestino damaiorpartedosvoosinternacionais,temmelhor infraestrutura,osmelhoresserviços,éevidentequea maiorcidadedoBrasiléfavoritaemqualquercenário parareceberaaberturadaCopade2014”,afirmou o ministrodoEsporte,OrlandoSilva.“SãoPaulotinha umaindefinição:nãotinhaequacionadootemaestádio. Agoraotemajáestáequacionado”,acrescentou oministro,quepediuàFifaqueantecipeoanúncio dolocaldojogodeaberturadacompetição,marcado paraoutubro.Osoutrosconcorrentesarecebero jogoinauguralsão Brasília,SalvadoreBeloHorizonte. Retrocesso Divulgação Cheques sem fundos aumentam com restrições ao crédito Mesquitas, palácios e muita magia encantam o turista numa viagem pela Turquia, país cuja economia registra uma das maiores taxas de crescimento entre os emergentes. A culinária é salgada no preço, mas muito saborosa. ➥ P29 Levantamento da Serasa Experian indica que no primeiro semestre a proporção de cheques devolvidos foi de 1,93% de um total de 508,8 milhões de documentos compensados, enquanto em igual período do ano passado a taxa havia sido de 1,87% e em 2009, 2,3%. A maior elevação do percentual de cheques sem fundo no primeiro semestre foi constatada em Roraima (11,87%) e a menor, em São Paulo (1,46%). De acordo com economistas, esse aumento foi provocado pelo orçamento doméstico mais apertado, com a “expansão do endividamento do consumidor, a inflação reduzindo os rendimentos familiares, as altas taxas de juros, a elevação do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e as restrições ao crédito”. TRÊS PERGUNTAS A... ...RICARDO SOARES Diretor da área de soluções para mercado de capitais do Itaú “BDR nos fundos está sendo discutido com a área de produtos” O lote de BDRs (recibos de ações emitidos por companhias abertas no exterior) do Itaú começa a ser negociado na próxima segunda-feira. Esse lote contempla dez empresas, entre elas Amazon, MasterCard, Nike e Coca-Cola. O diretor da área de soluções para mercado de capitais do banco, Ricardo Soares, conta quais as iniciativas do banco para melhorar a liquidez desses papéis na bolsa. O que é preciso ser feito para promover a liquidez desses papéis, que hoje é baixa? Há uma série de ações dos órgãos reguladores e da própria Anbima. Um exemplo é a CVM, que no início do ano deu a autorização para que os fundos de pensão comprassem BDRs. E o que o banco está fazendo para acelerar esse processo? Estamos promovendo algumas ações. Uma delas é realizar palestras sobre riscos e acessos, mas isso de forma bem diferenciada para cada tipo de público, pois cada um tem uma necessidade diferente. São três grupos: fundos de pensão; private bankings e family offices (consultoria para a preservação do patrimônio e negócios de famílias de maior renda); e os gestores de carteira. Temos que trabalhar na educação financeira. A ideia é formar esse mercado, dar maior conhecimento. Para estimular a liquidez dos BDRs o Itaú poderia fazer com que os fundos comprassem esses papéis? É uma possibilidade. Esse é um tema que está sendo discutido neste momento com a área de produtos. Ana Paula Ribeiro 4 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 DESTAQUE COMBUSTÍVEIS Editora: Fabiana Parajara [email protected] Petrobras vai assumir sozinha refinaria em PE Diretoria da estatal aposta que venezuelana PDVSA desistirá de sociedade na Abreu Lima, apesar de Hugo Chávez manifestar disposição de permanecer no negócio Ricardo Rego Monteiro [email protected] A Petrobras já reservou recursos para assumir a parcela da Petroleos de Venezuela S.A (PDVSA) na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Embora o prazo final seja 15 de agosto para confirmar a participação do sócio venezuelano, a diretoria da estatal sabe que terá a responsabilidade de assumir sozinha o empreendimento de quase US$ 15 bilhões. O governo de Hugo Chávez manifestou disposição de permanecer no negócio, mas o recente questionamento dos valores é visto pela Petrobras como subterfúgio para uma saída honrosa do projeto. A refinaria Abreu e Lima, com ou sem a PDVSA, é um dos empreendimentos que se salvaram do bilionário corte imposto pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao novo plano de negócios da estatal para o período 2011-2015. O documento provavelmente será apreciado pelo conselho de administração da Petrobras, pela terceira vez, na reunião de amanhã. Ao contrário das duas primeiras versões, que previam cerca de US$ 250 bilhões em investimentos, a nova deverá ter valor próximo dos US$ 224 bilhões do plano atual (2010-2014). Com relação à refinaria Abreu e Lima, a saída da PDVSA levará a Petrobras a assumir a parcela de 40% originalmente destinada à estatal venezuelana. Em recente entrevista, Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da petrolífera, informou que 35% do empreendimento foram concluídos. Até o momento, a Petrobras teria desembolsado R$ 7 bilhões. Em agosto, no entanto, expira o financiamento contraído pela estatal brasileira para construir a refinaria. Por isso, seria necessário uma definição da PDVSA. Idealizada em 2005, pelo expresidente Luiz Inácio Lula da Silva com o colega venezuelano Hugo Chávez, a refinaria era um projeto de US$ 4,5 bilhões, mas teve os custos majorados ao longo dos anos devido a inflação de equipamentos e matérias-primas. A última revisão oficial indicava US$ 13,5 bilhões, mas fontes da estatal confirmam que o valor está em quase US$ 15 bilhões. Apesar do custo adicional com a saída da PDVSA, a estatal dispõe de recursos para concluir a obra, diz uma fonte ligada à administra- Até agora, 35% do empreendimento foi concluído e a Petrobras teria desembolsado R$ 7 bilhões nas obras ção da empresa. Sem o sócio, porém, o projeto poderá prescindir de uma unidade de craqueamento para processar o petróleo pesado da Venezuela. A ideia original era processar tanto petróleo brasileiro, do campo de Marlim, quanto do país vizinho, de um tipo mais pesado. O objetivo era capacitar a unidade a produzir combustíveis em quantidade proporcional à participação societária. Verba garantida O novo plano de negócios também deve poupar os investimentos da subsidiária de transportes da Petrobras, a Transpetro. Além das duas fases do Programa de Modernização e Expansão da Frota da empresa (Promef), foram preservados recursos do Promef Hidrovias, para construção de embarcações fluviais em estaleiros brasileiros. Na última segunda-feira, Sérgio Machado, presidente da subsidiária, teve a confirmação de que a holding desistiu de transferir para a empresa Sete Brasil os petroleiros encomendados pelo Promef. A operação era uma manobra para reduzir o endividamento total da estatal. Como a Petrobras terá apenas 10% da Sete BR — cujo controle seria dividido com bancos privados e fundos de pensão —, a diretoria pretendia abater os custos da frota de seu balanço consolidado. A proposta foi abortada, no entanto, por uma manobra do presidente da Transpetro junto à presidente Dilma Rousseff. ■ RESERVAS ✽ ● Venezuela ultrapassa Arábia Saudita Levantamento anual da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado esta semana, diz que as reservas comprovadas de petróleo da Venezuela ultrapassaram as da Arábia Saudita no ano passado. Segundo a Opep, o país tem reservas de 296,5 bilhões de barris, uma alta de 40,4% no ano. As reservas sauditas somaram 264,5 bilhões de barris. Mas analistas têm dúvidas sobre se as adições às reservas venezuelanas têm viabilidade econômica, já que a maior parte é de óleo pesado e extrapesado da Bacia do Orenoco, cuja extração é considerada mais difícil e mais cara. As estatísticas venezuelanas, que anteriormente eram controvertidas, agora são consideradas mais confiáveis, depois de a Agência Internacional de Energias, da ONU, ter revisado seus critérios de cálculo, no mês passado. Agências internacionais EM NEGOCIAÇÃO Estatal avalia investimentos no Congo junto com a Chevron A petrolífera brasileira e a americana estão em conversas com a República Democrática do Congo sobre investimentos na indústria de petróleo e gás do país, informou Celestin Mbuyu, ministro de petróleo do país africano. O Congo quer aumentar a produção de petróleo e gás e ampliar sua infraestrutura. Para isso está alocando blocos a companhias para exploração. Representantes da Petrobras vão visitar o país nas próximas semanas “e então vamos elaborar uma proposta que eu vou apresentar ao governo”, disse Mbuyu, em Kinshasa. O acordo deve incluir treinamento e transferência de tecnologia entre a companhia brasileira e a Cohydro, produtora de petróleo controlada pelo governo congolês, disse ele. O ministro liderou uma delegação que esteve ao Brasil no mês passado. A Petrobras não quis comentar o assunto. O Congo também está em conversas com a americana Chevron, sobre produção de gás e planos de tratamento que podem alimentar os projetos da companhia no país vizinho, a Angola. A Cohydro quer fechar um acordo de cooperação com a Petrobras após assinar um acordo similar em 7 de julho com a Korea National Oil. O Congo produz cerca de 25 mil barris de petróleo por dia e quer aumentar esse volume explorando regiões próximas à fronteira com a Tanzânia, Burundi, Ruanda e Uganda, bem como no centro do país e próximo à fronteira a oeste com a Angola. O país busca investimentos em exploração, oleodutos, distribuição e armazenamento, além de compilação de dados para ajudar no desenvolvimento da indústria, disse Mbuyu. Bloomberg Decisão Dilma só deve definir medidas para conter preços após o dia 27 Embora a Petrobras internamente dê como certa a importação de mais um lote de gasolina para abastecer o mercado brasileiro, o governo só vai tomar qualquer decisão para reduzir os preços dos combustíveis do país no início de agosto. Nos últimos dias deste mês a presidente Dilma Rousseff definirá os novos percentuais de mistura do etanol à gasolina. Embora o mercado até ontem tenha trabalhado com a expectativa de redução já Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 5 LEIA MAIS ➤ ● Cesta do automóvel sobe 8,4%, índice acima do IPC/FGV, que foi de 6,4% nos últimos doze meses, puxada especialmente por combustíveis. Só o etanol subiu 29,18%. ➤ ● Para economista da FGV, Nora Raquel Zygielszyper, alta foi causada pela enxurrada de crédito. “Brasileiros compram primeiro automóvel, mas não lembram dos custos”, diz. ➤ ● Copersucar engrossa lista de empresas que adiam oferta de ações. Apesar do apetite dos investidores por papéis da área de açúcar e álcool, conjuntura internacional não ajuda. Ag. Petrobras Orçada inicialmente em US$ 4,5 bilhões, Abreu e Lima deve custar US$ 15 bilhões sobre etanol na gasolina fica para agosto hoje, em reunião no Ministério de Minas e Energia, as novas medidas só serão anunciadas depois de um encontro interministerial marcado para o dia 27. Na ocasião, os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão; da Agricultura, Wagner Rossi; do Planejamento, Miriam Belchior; e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, deverão fechar o pacote de medidas que será submetido à presidente. Além da redução da mistura — que poderá baixar dos atuais 25% para 20% ou 18% —, a lista deverá incluir outras iniciativas Petrobras aguarda apenas a decisão oficial sobre mistura para confirmar a importação de novo lote de gasolina de estímulo à produção de etanol, como sobretaxação da exportação de açúcar e crédito aos usineiros pelo BNDES. Na reunião de hoje, na sede do Ministério de Minas e Energia, técnicos da pasta discutirão com representantes da Petrobras, de distribuidoras de combustíveis, de usineiros e do Ministério da Agricultura os impactos de cada medida em estudo. Como uma espécie de prévia do encontro do dia 27, a reunião deverá produzir as primeiras reflexões não só sobre a mistura, mas também para medidas mais antipáticas do ponto de vista do mercado. Nada, no entanto, será conclusivo. A Petrobras aguarda só a decisão oficial do governo quanto à mistura do etanol para confirmar a importação, nas próximas semanas, de um novo lote de gasolina. Diante de uma safra de cana-de-açúcar menor neste ano, o governo teria tomado a decisão de reduzir a mistura. Falta apenas definir se os atuais 25% de etanol na gasolina vão para 20% ou 18%. A estatal já teve que recorrer ao mercado externo para abaste- cer o país de gasolina no início do ano, quando importou cerca de 2,5 milhões de barris do derivado. A medida tornou-se necessária quando o consumo de combustíveis do país encontrava-se no ápice, ao mesmo tempo em que a entressafra de cana reduzia a oferta de etanol. A expectativa do governo, na ocasião, era de normalizar o abastecimento do derivado da cana em abril, com a entrada da safra 2011. O problema é que a colheita revelou-se inferior à expectativa, devido à influência de fatores climáticos. ■ R.R.M. 6 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 DESTAQUE COMBUSTÍVEIS Cesta do automóvel sobe mais que inflação e chega a 8,4% em um ano Índice da FGV mostra que etanol e estacionamento são grandes vilões dos custos de manutenção do carro Paulo Fridman/Bloomberg OTIMISMO Petróleo tem nova alta no mercado internacional Os preços do petróleo fecharam ontem em leve alta em Nova York, sustentados pela esperança de que a crise da dívida na Europa e nos Estados Unidos tenham uma solução, e ganharam mais de US$ 1 em Londres. A redução dos estoques de petróleo americano também contribuíram para o aumento. No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril terminou em US$ 98,14, alta de US$ 0,64 em relação à terça-feira. O contrato para entrega em setembro foi a US$ 98,40. Depois de ganhar US$ 1,50 na terça-feira, os preços continuaram se beneficiando de uma “situação macroeconômica bastante favorável” e “mais apetite por risco” dos investidores, diz Bart Melek, analista da TD Securities. “Tem-se a impressão de que nos aproximamos de uma solução sobre o limite da dívida nos EUA. O mercado é também otimista quanto a um acordo na Europa”. Como consequência, os operadores mostram-se mais confiantes na conjuntura econômica, e mais otimistas sobre a demanda de petróleo. AFP Apenas na Grande São Paulo, etanol subiu 5,75% nos últimos dias Ana Paula Machado [email protected] Além da escalada do preço dos combustíveis, que preocupa o governo federal, a venda de carros também é um fator decisivo para a inflação neste ano. Com a renda em alta, os brasileiros vão em busca de realizações de sonhos e um deles é o primeiro automóvel. Mas, em geral, esses consumidores não se lembram dos custos adicionais que vem com a compra de um carro. E é isso que vem crescendo. Segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV), em um ano, a cesta do automóvel apresentou um aumento de 8,42%. Esse valor está acima da inflação de 6,40% computada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC/FGV) no mesmo período. Etanol e estacionamento elevaram os custos no conjunto de itens, ao subirem 29,18% e 16,28% em 12 meses, respectivamente. Para Nora Raquel Zygielszyper, professora de economia da FGV, até o final deste ano, a inflação que incide sobre os cus- tos de manutenção de um automóvel deverá ter uma freada. Isso porque as medidas de contenção de crédito, como aumento dos juros, poderão surtir efeito e assim reduzir o ritmo de crescimento da inflação. “As medidas macroprudenciais tomadas pelo Banco Central (BC), no ano passado, levam pelo menos um ano para surtir efeito. Contendo a inflação, consequentemente os custos para a manutenção de um carro acompanham essa tendência”, diz a professora. Segundo ela, até o final do ano esse índice deverá chegar a 7% enquanto que a inflação deverá fechar em 6% ao ano. “Isso tudo é reflexo da festa de crédito que se teve no país nos últimos anos. Agora, o Banco Central tem que conter o consumo para controlar a inflação. E uma das formas é aumentar a taxa referencial”, acrescentou Nora Raquel, referindose à decisão do Comitê de Política Monetária de aumentar em 0,25 ponto percentual a Selic, na noite de ontem (leia mais na página 33). Para arrumar o carro também foi preciso desembolsar mais no último ano. O serviço dos mecânicos ficou 10,92% mais caro Para arrumar o carro, também foi preciso desembolsar mais no último ano. O serviço cobrado pelos mecânicos ficou 10,92% mais caro. Mas foram mesmo os combustíveis os maiores vilões da inflação do carro neste período, com aumento de 29,18% nos doze meses, puxado especialmente pelo etanol. Essa alta preocupa o governo, que já pensa em medidas para reduzir os preços nas bombas (leia mais na página 5). E o etanol ainda continua puxando a inflação mesmo durante o período de safra. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de julho, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es- tatística (IBGE), o combustível apresentou uma alta de 1,79%. Só na região metropolitana de São Paulo, o preço do litro subiu 5,75%. Mas houve aumentos relativamente acentuados também em Curitiba (2,07%), Brasília (1,82%) e Salvador (1,55%). Sem medidas governamentais, a tendência é ainda de alta, depois da previsão de queda na produção para a safra deste ano. “Mas o carro é um desejo, um sonho do brasileiro. O consumidor não olha muito o preço do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor) ou dos combustíveis. A economia continua aquecida e o carro ainda será um dos anseios da população”, afirma a professora da FGV. ■ PREVISÃO MAIS CAROS 3,6 milhões são as vendas de veículos 5,8% foi a alta nos preços dos estimadas para este ano, o que equivale a um aumento de 5%. Com isso, o mercado brasileiro será o 4º no ranking mundial. carros de 2009 a 2011, segundo estudo da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Sem trégua Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 7 8 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 DESTAQUE COMBUSTÍVEIS Copersucar engrossa a lista de ofertas de ações adiadas Descompasso no preço dos papéis pode ter atrapalhado, mas conjuntura internacional também não ajuda Tadeu Fessel Vanessa Correia [email protected] A crescente demanda por açúcar e etanol levou algumas empresas do setor a recorrerem ao mercado de capitais brasileiro para se financiar. Entretanto, a atual conjuntura desfavorável adiou os planos da Tereos Internacional e, mais recentemente, da Copersucar, em decisão confirmada ontem pela companhia. “O setor de açúcar e álcool está em ebulição. Sendo assim, a precificação incorreta dos papéis deve ter sido responsável pelo insucesso”, acredita Ricardo Torres, professor de finanças da Brazilian Business School (BBS), para quem havia apetite pelas ações. Para ele, a interrupção ou mesmo o cancelamento da realização da oferta afeta a imagem da empresa. “Todos sabem que a companhia precisa de recursos, seja para financiar seu crescimento, seja para pagar dívida. Isso muda a percepção no investidor em uma possível retomada da oferta”, completa. Mas não foram apenas motivos pontuais que levaram Tereos Internacional e Copersucar a adiar os planos de lançar ações na BM&FBovespa. Camil Alimentos, Enesa Participações, Perenco Petróleo e Gás, InBrands, Los Grobo, Cimentos Liz, Densevix, Vulcabrás e Brasil Agro estão na mesma situação. “As condições gerais do mercado, dado o elevado grau de incerteza em relação à economia mundial, juros locais altos e descrença em relação aos IPOs, têm afastado os investidores da bolsa brasileira”, afirma Torres. “É provável que essas ofertas sejam retomadas assim que as condições de mercado melhorarem. A decisão de abrir capital é tomada no longo prazo”, explica Frederico Sampaio , vice-presidente e diretor de investimentos da Franklin Templeton Investimentos Brasil. Caso Copersucar A Copersucar informou ter solicitado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a interrupção do prazo de análise do pedido de registro da operação por 60 dias, “em decorrência da atual conjuntura de mercado desfavorável à realização da oferta neste momento”. A empresa, que foi uma cooperativa até 2008, tem exclusividade na comercialização dos volumes de açúcar e etanol produzidos por quase 50 unidades associadas, localizadas nos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais Recursos vindos da bolsa seriam investidos em instalações portuárias e infraestrutura, entre outros A retomada das ofertas de ações ainda este ano é esperada por especialistas, desde que as condições do cenário internacional melhorem e Goiás. Ela também negocia a produção de açúcar e etanol de cerca de 50 unidades produtoras não-associadas. Na última safra, foram comercializadas 5,2 milhões de toneladas de açúcar, segundo a empresa. Os recursos levantados pela Copersucar seriam destinados à investimento em terminal de tancagem, instalações portuárias, sistema de distribuição integrada de etanol, além de reforçar a estrutura de capital. “A necessidade da Copersucar de levantar recursos não é tão urgente e pode esperar. Já a Perenco, por exemplo, precisa dos recursos para iniciar sua campanha exploratória de petróleo” , afirma Sampaio, da Franklin Templeton Investimentos Brasil. Neste caso, o adiamento da oferta de ações, em virtude das condições de mercado, pode atrapalhar o desempenho da empresa no longo prazo. ■ MERCADO ACIONÁRIO Copersucar foi a última empresa a suspender oferta Petróleo e gás OFERTAS SUSPENSAS Camil Alimentos Enesa Participações Perenco Petróleo e Gás InBrands Los Grobo Agronegócios Copersucar OFERTAS CANCELADAS Cimentos Liz Webjet Densevix Vulcabrás BrasilAgro Tereos Internacional OFERTAS EM ANDAMENTO Petrorecôncavo Abril Educação Fontes: CVM e Anbima Açúcar e álcool OFERTAS CONCLUÍDAS Arezzo Sonae Sierra Autometal QGEP Participações Tecnisa Brasil Brokers Direcional Engenharia Rede Energia Magnesita Refratários International Meal Company T4F Magazine Luiza Gerdau BRMalls Brazil Pharma Qualicorp Technos BR Properties Kroton Educacional Mahle Metal EDP Energias do Brasil Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 9 10 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 BRASIL Editora: Elaine Cotta [email protected] Subeditora: Ivone Portes [email protected] Valor de imóveis dispara com o Com a perspectiva de construção do estádio do Corinthians, para a Copa de 2014, o preço médio dos apartamentos Carolina Alves e Priscilla Arroyo [email protected] A construção do estádio do Corinthians, o Itaquerão, para a realização dos jogos da Copa de 2014 na cidade de São Paulo, já está movimentando o mercado imobiliário da região. O valor médio dos imóveis no distrito de Itaquera, zona leste, subiu 36% em seis meses, passando de R$ 2,5 mil para R$ 3,4 mil por metro quadrado. Os dados são da consultoria Geoimovel. No primeiro semestre do ano, o número de lançamentos atinge 70% do volume registrado em 2010, totalizando 170 habita- “ O estádio vai colocar o bairro em foco, mas só isso não basta. Com o crescimento da economia local, a arrecadação deve subir também, compensando os gastos públicos no estádio Bruno Vivanco Diretor da consultoria Abyara Brokers ções — contra 260 unidades novas colocadas à venda no ano passado inteiro. Os arredores do estádio, contudo, já possuem diversos terrenos loteados, aguardando o início das obras. A construtora Tenda, por exemplo, pretende fazer um lançamento em breve na região. Procurada, a empresa não concedeu entrevista até o fechamento desta edição. Não são apenas os lançamentos que estão se valorizando. Segundo informações da imobiliária Primar, situada em Itaquera, os preços de imóveis usados já apresentam alta de 50% a 100%. Um exemplo são os conjuntos habitacionais da Companhia de Ha- bitação (Cohab) do estado de São Paulo. O Cohab 2, que fica a três quilômetros do Itaquerão, possui apartamentos à venda por R$ 140 mil. Há seis meses, o valor cobrado pelo imóvel era de R$ 70 mil. Já o Cohab 1, vizinho ao estádio, possui unidades à venda por R$ 160 mil, valorização de 50% no mesmo período. “O bairro está crescendo muito desde a construção do metrô, do Sesc e de uma universidade federal. Com os investimentos previstos para a Copa, a região será muito valorizada. O preço do metro quadrado ainda é baixo, em torno de R$ 3 mil, e tem margem para subir”, afirma o consultor Cí- cero Yagi, do Secovi-SP, sindicato de habitação de São Paulo. Nos bairros mais valorizados da cidade, como Moema, o metro quadrado vale, no mínimo, R$ 9 mil. Além do próprio investimento previsto para o Itaquerão (veja mais na matéria ao lado), o bairro receberá uma série de obras para fomentar o desenvolvimento, como o Polo Institucional. “O projeto já existia antes da confirmação da construção do estádio, mas isso deu mais força para a construção do Pólo”, afirmou o secretário Especial de Articulação para a Copa do Mundo em São Paulo, Gilmar Tadeu Ribeiro Alves. Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 11 Adriano Machado/Bloomberg Planejamento espera inflação de 5,8% no ano O Ministério do Planejamento, de Paulo Bernardo, elevou a expectativa de inflação de 2011 para 5,8%. O ministério também atualizou os parâmetros macroeconômicos, incluindo os do Produto Interno Bruto (PIB), que teve estimativa mantida em 4,5% para este ano, com expectativa de R$ 4,109 trilhões, ante os R$ 4,091 trilhões da estimativa anterior. Houve aumento também, de R$ 6,8 bilhões, nas estimativas das receitas administradas pela Receita Federal. Daniel Ramalho/O Dia AOS 45 DO 2º TEMPO Estádio tende a ser entregue com atraso Com capacidade para quase 95 mil espectadores, o Soccer City foi reformado para a Copa de 2010 na África do Sul, com custo próximo de US$ 350 milhões. A entrega do estádio, contudo, foi feita em abril, dois meses antes da abertura. A Arena do Corinthians, o Itaquerão, tende a seguir o mesmo padrão, segundo analistas. O estádio, que terá capacidade para 48 mil lugares, deve ficar pronto até dezembro de 2013 — a própria Odebrecht, que construirá a obra, fala em 36 meses para conclusão. Segundo levantamento do Tribunal de Contas da União, apenas 1% da obra está concluída. “É possível que o estádio esteja pronto para a abertura, porém as obras têm que começar logo, para que o período de chuvas, recorrente do final do ano, não atrase os trabalhos", diz José Roberto Bernasconi, presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco). P.A. e C.A. Odebrecht reconhece que custo pode subir Obras serão feitas com incentivo fiscal de R$ 420 milhões e financiamento público do BNDES O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, sancionou ontem a lei que concede incentivos fiscais de R$ 420 milhões ao futuro estádio do Corinthians, em Itaquera, zona leste da cidade. A concessão será feita por meio de títulos, os certificados de Incentivo ao Desenvolvimento (CIDs), entregues a um fundo gerido pela construtora Odebrecht e o Corinthians. O estádio custará R$ 820 milhões, dos quais os R$ 400 milhões restantes virão de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A obra contempla 48 mil lugares, abaixo da exigência da Fifa para a abertura da Copa. Segundo a Odebrecht, o governo de São Paulo aplicará R$ 70 milhões na construção de 20 mil lugares provisórios para o evento. A Odebrecht, contudo, reconheceu que o valor total pode so- “ Os aspectos técnicos, econômicos e financeiros, já estão resolvidos. Faltam apenas os jurídicos Carlos Armando Paschoal Diretor da Odebrecht frer alterações, mas esta é uma hipótese “remotíssima”: “as exigências da Fifa encarecem a construção, pois exigem um projeto autossustentável. Mas o retorno do investimento é certo com a economia de energia elétrica, por exemplo”, afirma Carlos Armando Paschoal, diretor superintendente da empresa. Segundo ele, os dutos da Petrobras, que ainda estão no terreno, devem ser retirados em agosto por contratada da Transpetro. Apesar do local da abertura não estar definido, Kassab diz ter confiança na realização da abertura em São Paulo, o que tornaria os incentivos públicos à construção facilmente recuperáveis. Cálculos da prefeitura apontam que a abertura da Copa pode gerar receitas de R$ 1,5 bilhão ao município. Entretanto, caso seja em outra cidade, as receitas de São Paulo com a Copa caíriam pela metade. ■ C.A., P.A., com colaboração de Daniel Carmona, do Marca Brasil POLO INSTITUCIONAL DE ITAQUERA Kassab sancionou ontem a lei que concede incentivos fiscais para construção do estádio do Corinthians LINHA DA CPTM Itaquerão 12 LINHA DO METRÔ 11 na região subiu 36% em seis meses 2 9 4 ESTÁDIO 5 7 3 Dentre as obras previstas, destacam-se a construção de uma unidade da Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec) e da Escola Técnica (Etec), cujas obras serão finalizadas até dezembro de 2013. Nesse prazo, também será entregue o Parque Linear do Rio Verde. Alves não detalhou, contudo, o valor dos investimentos. “A entrega do Pólo completo ainda não tem data, pois o terreno vai abrigar estruturas provisórias para auxiliar na infraestrutura dos jogos da Copa.” Além disso, serão investidos R$ 480 milhões para a construção de vias de acesso à avenida Jacu Pêssego e à Nova Radial. “O transporte mais utilizado, contudo, tende a ser o metrô e o trem. A previsão é de que a cidade receba cerca de 500 mil turistas durante o evento e queremos ampliar a frequência das viagens e o número de vagões”, estima. Outro investimento que tende a aquecer a economia local vem da Operação Urbana Rio Verde-Jacu, projeto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. As empresas têm até 10 de agosto para apresentar projetos que fomentem o comércio e a prestação de serviços em Itaquera. As vencedoras receberão R$ 10,8 milhões para desenvolver um projeto. ■ 1 8 6 10 1 FÓRUM 2 RODOVIÁRIA 3 FATEC/ETEC 4 CAPACITAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL 5 INCUBADORA E LABORATÓRIOS PARA O PARQUE TECNOLÓGICO DA ZONA LESTE 6 CENTRO DE CONVENÇÕES E EVENTOS 7 POLÍCIA MILITAR E BOMBEIROS 8 OBRA SOCIAL DOM BOSCO Fonte: Secretaria Especial de Articulação para a Copa do Mundo de 2014 9 PARQUE LINEAR RIO VERDE 10 COHAB 11 ESTAÇÃO ITAQUERA - METRÔ 12 ESTAÇÃO ITAQUERA - CPTM 12 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 BRASIL SAÚDE ÍNDICE DE PREÇOS Ações contra a União pela garantia de atendimento aumentam 6% entre 2010 e 2011 IPCA-15 fecha julho com menor taxa desde agosto de 2010 O Ministério da Saúde registrou, de 2010 a 2011, aumento de 6% no número de ações judiciais contra a União no que diz respeito à garantia do atendimento de cidadãos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Embora o crescimento pareça pequeno, a evolução dos gastos em real é de cerca de R$ 2 milhões só nesse período e apenas no que se refere à disputa judicial com o Governo Federal. A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) desacelerou mais que o esperado em julho e atingiu a menor taxa desde agosto do ano passado, em razão da queda dos alimentos e de menores altas de vestuário e habitação. O indicador ficou em 0,10% em julho, ante alta de 0,23% vista em junho, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Renato Araújo/ABr Figueiredo: expectativa de ampliar o uso da malha ferroviária do país TETO TARIFÁRIO Novo valor será definido até outubro O novo teto tarifário para o setor ferroviário será definido até outubro deste ano para ir à audiência pública, disse Bernardo Figueiredo, diretor-geral da ANTT. Desde o início das concessões, em 1996, os tetos nunca foram alterados, apenas corrigidos a cada ano. O novo valor tarifário, que levará em consideração o tipo de produto transportado, será discutido com as concessionárias e entra em vigor em janeiro de 2012. "Estamos criando uma nova relação de força no mercado", disse Figueiredo. "O cliente passa a ter maior poder de barganha com a ferrovia que vai gerar maior serviço para o usuário." A ANTT quer tirar as concessionárias "da zona de conforto" promovendo maior concorrência e consequentemente redução de tarifas para o usuário. Bloomberg “Vamos ganhar competitividade” A frase foi dita pelo diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, ao comentar as novas regras do setor ferroviário O governo brasileiro determinou que as concessionárias de serviços ferroviários passem a compartilhar sua infraestrutura com outras empresas. A determinação foi publicada ontem no Diário Oficial da União junto com as novas regras para o setor. O objetivo, segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é integrar o sistema ferroviário nacional. A principal mudança é a regulamentação das operações de direito de passagem e tráfego mútuo. Segundo a ANTT, a concessionária que possui o direito de explorar a ferrovia vai compartilhar seu trecho com outra empresa para o transporte de carga de um ponto a outro. O trem utilizado pode ser da concessionária dona do trecho ou da empresa que o alugou para o transporte. As tarifas referentes à operação serão estabelecidas por meio de negociação entre as partes. O novo marco regulatório também determina metas de “ Esses trechos só não terão transporte ferroviário se o mercado, de uma forma integral, não tiver a percepção de que isso é viável financeiramente Bernardo Figueiredo Diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) produção por trecho da ferrovia para as 12 concessionárias de transporte de carga. De acordo com a nova regra, a meta por trecho leva em consideração o valor mínimo de produção de transporte medido por toneladas por quilômetro útil da malha ferroviária. As concessionárias têm de apresentar à ANTT as metas de produção para os próximos cinco anos. Competitividade “O objetivo é criar um ambiente competitivo nas ferrovias para uma melhoria na qualidade dos serviços e um melhor processo de formação dos preços”, disse o diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo. Segundo ele, as regras criam compromissos de exploração das ferrovias. “Hoje, da forma como é gerenciada, as concessionárias não têm compromisso em explorar toda a malha e isso permite que parte não seja utilizada”. Dos 28,5 mil quilômetros de- ferrovias do país, cerca 6 mil quilômetros não estão em condições de uso. Segundo Bernardo, essas resoluções também criam as condições para que esses trechos possam ser reutilizados. Se a concessionária não tiver a proposta de explorar e criar serviços nesses trechos, pode abrir para o mercado ou devolver para o governo. “Esses trechos só não terão transporte ferroviário se o mercado, de uma forma integral, não tiver a percepção de que isso é viável”, diz. Segundo o diretor da ANTT, há vários trechos com mais de cem anos que não são mais aderentes à atual tecnologia. O governo faria nova concessão com uma proposta mais moderna ao trecho. Vale, MRS, MMX Mineração & Metálicos SA, Transnordestina Logística SA — que é do grupo da Cia. Siderúrgica Nacional SA — e ALL estão entre as empresas que possuem concessões de ferrovias no Brasil, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Fer- roviários (ANTF). Mais da metade do transporte de carga no Brasil passa por rodovias. Dado o custo 30% maior do transporte rodoviário, o governo quer elevar a participação das ferrovias na movimentação de cargas no País de 25% para 32% até 2025. Neste ano, o governo pretende entregar 5.000 quilômetros de ferrovias. Para os próximos anos, estão planejados outros 2.000 quilômetros e há estudos para mais 10.000 quilômetros até 2020. A falta de interesse das concessionárias em operar determinados trechos afeta o escoamento de produtos agrícolas e minérios do Mato Grosso do Sul, do oeste do Rio Grande do Sul e do Espírito Santo. Sem a possibilidade de transporte ferroviário, é necessário usar o rodoviário, que é mais caro. Os investimentos e o aumento da competitividade vão ajudar o Brasil a reduzir o custo do frete em até 40%, segundo estimativas de Figueiredo. ■ Bloomberg e ABr Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 13 Henrique Manreza TURISMO INDICADORES Em nove meses, EUA já emitiram mais de meio milhão de vistos a brasileiros Indústria e consumo puxam desaceleração da economia, segundo dados do Ipea Cerca de 1 milhão de brasileiros viajam para os EUA por ano. Segundo a embaixada americana no Brasil, desde 2006, a demanda por vistos cresceu 230%. Em 2010, o consulado dos EUA em São Paulo emitiu quase 320 mil vistos de não imigrante, mais do que qualquer outra seção consular americana no mundo. Para atender a demanda, a embaixada em Brasília e os consulados em SP e Rio vão abrir sábado (23). Indicadores como a desaceleração da indústria e a queda do consumo das famílias confirmam a trajetória de desaquecimento da economia e a tendência de manutenção da inflação entre 5% e 6%. A conclusão é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A entidade destaca que, mesmo a expansão do Produto Interno Bruto no 1º trimestre (6,2%), é menor do que a taxa registrada no mesmo período de 2010 (7,5%). ABr Leilão da primeira etapa do trem-bala só deve ocorrer em fevereiro de 2012 O edital para primeira etapa do projeto deve ser publicado em outubro deste ano, diz ANTT O leilão da primeira etapa do t r e m d e a l t a v e l o ci da d e (TAV), que vai interligar as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas (SP), deve ocorrer em fevereiro do ano que vem. A expectativa é do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo. Segundo ele, o edital da primeira etapa deve ser publicado em outubro próximo e o da segunda etapa, só no fim A estimativa para o início da obra continua sendo os primeiros meses de 2013, com conclusão do projeto em, no máximo, seis anos do ano que vem. “Como todos já conhecem o projeto, achamos que o prazo adequado é de quatro meses”, disse. Na semana passada, o governo decidiu dividir o projeto do trem-bala em duas partes: a primeira trata da contratação da tecnologia e do operador do TAV e a segunda, da empresa responsável pela construção da linha férrea e das estações. A estimativa para o início da obra continua sendo os primeiros meses de 2013, com conclusão do projeto em, no máximo, seis anos. Segundo Figueiredo, o cronograma da obra não vai ter mudanças significativas porque, apesar das duas licitações, haverá uma redução de tempo, já que não há mais necessidade de elaboração de um projeto executivo da obra. Figueiredo ressaltou que o governo não vai dar subsídios para a empresa que irá operar o TAV e que o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será apenas para a construção da infraestrutura. “Esse financiamento só faz sentido para a infraestrutura porque, normalmente, as operadoras têm financiamentos em condições favoráveis em seus países de origem”, afirmou. ■ CUSTO BILIONÁRIO R$ 33 bi é o valor estimado do TAV. R$ 20 bi é o volume de recursos que poderão ser desembolsados pelo BNDES para financiar a obra. R$ 5 bi é o limite da manobra de amortização do financiamento, previsto pelo governo federal. 14 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 INOVAÇÃO & SUSTENTABILIDADE SEXTA-FEIRA SEGUNDA-FEIRA TECNOLOGIA ECONOMIA CRIATIVA AM valida método para evitar Projeto financiado pela rede Marriott consegue aprovação de mecanismo criado para calcular crédito de emissão de Reserva do Juma: comunidades vivem em área próxima de rodovia na Amazônia que pode ser desmatada Martha San Juan França [email protected] Enquanto as negociações internacionais sobre um novo acordo do clima ainda engatinham e o Congresso Nacional vive o impasse sobre o novo Código Florestal, iniciativas que aplicam os conceitos do REDD, ou Redução de Emissões para o Desmatamento e Degradação, prosseguem na Amazônia e em outras partes do mundo. A ideia, lançada há quatro anos na 13ª Conferência das Partes (COP-13), em Bali, visa criar valores econômicos para a floresta em pé, ou para o desmatamento evitado, desde que haja fontes de financiamento. Uma das dificuldades para isso é estabelecer como medir, relatar e verificar as reduções de emissões pela conservação de florestas. A Fundação Amazonas Sustentável (FAS), parceria público privada entre o governo do Amazonas e o Bradesco, uniu seu método de verificação com o do Fundo Biocarbon do Banco Mundial, para estabelecer um mecanismo que pode ajudar a abrir o mercado de carbono por desmatamento evitado em vários países, além do Brasil. Validação A metodologia que permite a obtenção de créditos de carbono está sendo aplicada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, em Novo Aripuanã (AM), sendo a primeira a ser validada pelo Verified Carbon Standard (VCS). Os créditos de carbono estão sendo usados pa- Divulgação Virgilio Viana Superintendente da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) “Conseguimos fazer um roteiro de como deve ser feito um projeto de REDD. Quem quiser seguir esse caminho, pode ter mais facilidade para conseguir créditos de carbono” ra neutralizar as emissões da rede de hotéis Marriott. A existência de validação é importante uma vez que, como não existem regras pré-definidas para transações de créditos por REDD, é preciso adotar salvaguardas que garantam a consistência e transparência dos projetos. Até hoje, apenas cinco metodologias foram validadas no VCS, mas a do Juma é a única do Brasil. Segundo o superintendentegeral da FAS, Virgílio Viana, a aprovação da metodologia é importante porque teve o assessoramento técnico do Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam), além da consultoria Carbon Decision International (CDI), o que mostra que os pesquisadores brasileiros têm con- dições de participar da definição de metodologias internacionalmente reconhecidas, que até agora eram estabelecidas pelos países desenvolvidos. A Reserva do Juma já tinha certificação pelos padrões do Climate, Community Biodiversity Alliance (CCBA), que verifica os impactos positivos do projeto nas comunidades e sobre a biodiversidade, mas o VCS é mais técnico. “Conseguimos fazer um roteiro de como deve ser feito um projeto de REDD”, diz Viana. “De agora em diante, quem quiser seguir este caminho, pode submetê-lo ao VCS e assim ter facilidade maior para conseguir créditos de carbono no mercado voluntário.” De acordo com Viana, a aprovação da metodologia dá mais se- Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 15 TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA EMPREENDEDORISMO EDUCAÇÃO/GESTÃO desmatamento LUCIANO MARTINS COSTA Jornalista e escritor, consultor em estratégia e sustentabilidade carbono segundo modelo em discussão nas negociações da ONU Fotos: divulgação A árvore estará salva quando for vista como uma vaca Escola do Juma: projeto visa melhorar qualidade de vida da população Reserva tem projeto pioneiro de REDD A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Juma, onde vivem cerca de 430 famílias em 48 comunidades, foi criada pelo governo do Amazonas há nove anos com o objetivo de proteger a floresta com alto valor de biodiversidade e propiciar a melhoria da qualidade de vida a seus habitantes por meio do Bolsa Floresta. O Projeto de REDD, desenvolvido pela Fundação Amazonas Sustentável, tem o apoio da rede de hotéis Marriott, e deverá resultar na contenção de desmatamento de quase 8 mil hectares de floresta, evitando o lançamento de 3,6 milhões de toneladas de carbono na atmosfera. “Além da contribuição direta de US$ 2 milhões, o Marriott obteve mais US$ 250 mil de seus hóspedes que se dispõem a neutralizar as emissões de carbono relativas à hospedagem, eventos e doações de empregados e parceiros de negócios”, diz Mari Snyder, vice-presidente de responsabilidade social da rede. Mais de 400 famílias desenvolvem atividade extrativista em reserva estadual gurança e resolve muitas dúvidas que existiam sobre a fórmula de calcular as emissões. "Queremos enfatizar a valorização do ativo da floresta, em vez de diminuir o passivo", diz. Viana considera que isso é importante nas negociações que prosseguem sobre mudanças climáticas na COP-17, marcadas para dezembro em Durban. A proposta, segundo ele, também facilita a aprovação de projetos em países em desenvolvimento, principalmente na África, de restauração de ecossistemas que retiram ou conservam carbono nas florestas, e se candidatam a receber financiamento do Fundo Biocarbon, do Banco Mundial. ■ EVOLUÇÃO NA AMÉRICA LATINA Cartilha apresenta outras iniciativas O Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (Idesam) acredita que outros projetos relacionados a REDD em desenvolvimento no Brasil e na América Latina podem usufruir da metodologia aprovada pelo Verified Carbon Standard (VCS). A instituição elaborou uma cartilha, em colaboração com a entidade não-governamental The Nature Conservancy, destinada a apresentar para governos, investidores e sociedade as iniciativas que estão mais adiantadas na possibilidade de serem eleitas para o mercado de carbono. “Fizemos uma linha de corte para identificar os projetos mais elegíveis, mas alguns podem não conseguir acompanhar um processo rigoroso de quantificação de emissões”, diz Mariano Cenamo, secretário-geral do Idesam. O guia mapeou 17 projetos em diferentes fases de implementação na Bolívia, Equador, Guatemala, Paraguai, Peru e Brasil, além de iniciativas internacionais relacionadas ao REDD, como o Fundo Amazônia no Brasil e o Forestry Carbon Partnership Facility, do Banco Mundial. A quase totalidade está na Amazônia, sendo apenas um em Guaraqueçaba, litoral paranaense. Um dos maiores desafios na construção de uma consciência predominante em favor da preservação do patrimônio ambiental é a contabilidade dos serviços da natureza. Posto dessa maneira, esse conceito ainda carrega muito de subjetividade, mas há quase uma dezena de metodologias testadas em casos específicos. A principal dificuldade se refere ao fato de que se trata de avaliar o resultado positivo decorrente da redução de perdas florestais. O programa conhecido como REDD - sigla em inglês para Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação de Florestas abriga o complexo de mecanismos financeiros pelos quais se procura estimular o investimento em projetos de preservação florestal. Trata-se de um processo globalmente reconhecido e apoiado pela ONU, que se consolidou a partir da Cúpula de Copenhague, ocorrida no final de 2009 e já conta com a adesão de 35 países. Para os investidores, esse novo ambiente de negócios representa mais diversidade na gestão financeira e uma grande oportunidade para ingressar no lado sustentável do capitalismo. Se estamos falando de uma alternativa estimulada pela ONU e pelo Banco Mundial, com grande potencial e benéfica para a reputação dos participantes, quais seriam os empecilhos para sua aplicação em grande escala? Como sempre, os elementos da chamada realidade objetiva. Há quem diga que o combate ao desmatamento, quase sempre localizado nas regiões menos densas do É necessário país, representa um confronto endemonstrar “na tre as urgências da modernidade e ponta do lápis” a cultura retrógrada do Brasil arcaico. Nessas fronteiras, onde a ativique o dinheiro dade econômica principal ainda vem mais rápido, considera a floresta como um obstádurante mais culo à produção de renda, permanece ainda um estado de tensão entre tempo e em maior as convicções contemporâneas a volume quando respeito do valor da floresta em pé o patrimônio e o resistente e antiquado conceito de que a terra só produz se for despiambiental é da de sua cobertura vegetal. valorizado Para mudar isso, é preciso muito mais do que belos discursos em favor da natureza. É necessário demonstrar, “na ponta do lápis”, que o dinheiro vem mais rápido, durante mais tempo e em maior volume quando o patrimônio ambiental é valorizado. Para isso servem as metodologias que transfiguram a redução das emissões de carbono em valor monetário. O Bolsa Floresta é um desses processos, mas ainda carrega certo estigma de programa social - o agricultor, o pecuarista e o madeireiro se consideram empresários. Talvez possa sensibilizá-los a conscientização de que, na Amazônia, as comunidades criadas com base na exploração irracional das florestas não produzem riqueza por mais do que quinze anos. Passado esse período, essas economias entram em rápido declínio. Mas, para quem se habituou a viver no limite, essa é uma dificuldade que se supera com mais desmatamento. Essa lógica perversa da destruição deve ser vencida com a racionalidade dos modelos de negócio sustentáveis. Metodologias eficazes e simples permitem tangibilizar os ganhos da preservação, com a aplicação do conhecimento científico e sua comprovação em termos de resultados. Quem vive longe da diversidade cultural das grandes cidades tem urgências que desprezam teorizações. Para ele, o conceito da redução de emissões é tão intangível quanto o próprio ar. Só vai entender quando enxergar a árvore como uma espécie de vaca. ■ TICTACLIN K relógios de coleção & acessórios www.tictaclink.com 16 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 ENCONTRO DE CONTAS LURDETE ERTEL Felipe Aguillar Tropas de Baco A fermentação do mercado brasileiro de vinho fez encorpar também o número de vinícolas no país. Conforme balanço do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), o Rio Grande do Sul, que responde por 90% da produção nacional do segmento, alcançou neste ano 751 empresas dedicadas à bebida, ante 741 em 2010. Em uma década, o número de vinícolas cresceu 71%. A maioria se concentra em Flores da Cunha (25%), Caxias do Sul (17,4%), Bento Gonçalves (10,7%), Garibaldi (8,8%) e Farroupilha (6%). Dados do Ibravin também mostram expansão no número de municípios gaúchos dedicados à produção de uvas: nesta safra, foram 151 (30% do total), ante 119 em 2004. Raquete por pincel O tenista Guga, por meio do Instituto Gustavo Kuerten, é o embaixador do projeto “Tudo de cor para Florianópolis”, da Coral, que renovou as fachadas de alguns dos ícones da tradicional arquitetura da capital catarinense. Casas no Ribeirão da Ilha, o Largo do Mercado e a parte externa do Mercado Público Municipal da capital catarinense estão ganhando cores renovadas no projeto da indústria de tintas Coral que, neste ano, prevê investimento de R$ 10 milhões. Hoje Guga participará, ao lado de cerca de 200 colaboradores e clientes da AkzoNobel — detentora da marca Coral e presidida por Jaap Kuiper (com o tenista na foto) —, de um mutirão de pintura no Ribeirão da Ilha. A entrega da pintura em Florianópolis também será celebrada com um show da banda Jota Quest, na Beira Mar. Esta é a oitava grande cidade que recebe o “Tudo de cor para você”, iniciativa socioambiental da Coral que tem como objetivos a renovação e a preservação de patrimônios históricos no País, além de promover a cidadania e a sustentabilidade pelo Brasil. Desde agosto de 2009, quando o programa começou, foram usados 80 mil litros de tintas em mais de 2.100 casas. Sem fazer cera “Entendo que tenha gente que não tenha dinheiro para comprar um ingresso de cinema. (...) Mesmo assim, pirataria é um roubo” As abelhas do Piauí estão em regime de trabalho aditivado. O Estado assumiu a liderança da exportação brasileira de mel em junho, ultrapassando São Paulo e Rio Grande do Sul. No primeiro semestre, as exportações brasileiras de mel alcançaram US$ 40 milhões, 38% mais do que o mesmo período do ano passado. Em volume, foram embarcadas 12,3 mil toneladas de mel neste ano, contra 10,1 mil em 2010. Fabrice Coffrini/AFP Lixo eletrônico O Rio Grande do Sul pretende sair na frente e lançar em agosto um programa estadual inédito de coleta de material obsoleto de telefonia e informática. A meta do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac é ambiciosa: retirar do ambiente e dar destinação correta a 100 toneladas de resíduos e 20 mil celulares e baterias em 60 dias. Projeções indicam que, até 2030, o Brasil produzirá 680 mil toneladas/ano de lixo eletrônico. Portas abertas para a história O centro de São Paulo ganha mais um espaço histórico de visitação aberta ao público. O palacete tombado na Alameda Nothmann, que há 16 anos abriga a sede do Grupo Tejofran, vai entrar no roteiro turístico da cidade. Construída entre os anos de 1911 e 1912, a mansão recebeu pensadores da Semana de Arte Moderna (1922), como Mario de Andrade, Murilo Mendes, Gilberto de Andrade e Silva e Tácito e Guilherme Almeida. Também foi cenário de episódios durante as revoluções de 1924 e 1932. O palacete vem sendo mantido pelo Grupo Tejofran. Javier Bardem, ator espanhol, durante encontro da Organização Mundial da Propriedade Intelectual, em Genebra. Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 17 Fotos: divulgação Pés no chão O criador, produtor e apresentador do programa Trabalho Sujo, do Discovery Channel, Mike Rowe, acaba de fechar parceria com a CAT Footwear para lançar a linha de calçados Mike Rowe Works by Cat Footwear. No Brasil, a coleção de sapatos e botas profissionais assinada por Rowe será comercializada pela Marinelli Brasil, representante oficial da marca no país. MARCADO ● O WTC Business Club realiza, dia 26, o International Perspectives Austrália com o tema Cidades Sustentáveis — Soluções de Arquitetura, Planejamento Urbano e Tecnologias Verdes. O evento contará com a presença do Cônsul Geral da Austrália em São Paulo, Sr. R. Gregory Wallis. [email protected] Puxadão GIRO RÁPIDO A T&A Pré-Fabricados, de Itu (SP), fornecerá a estrutura pré-fabricada de concreto para a ampliação do Transamérica Expo Center em São Paulo, a cargo da construtora Serpal. A montagem inicia em agosto e deve terminar em novembro. O Transamérica Expo Center vai ganhar mais dois pavilhões, em uma ampliação estimada em R$ 60 milhões. Tacada certa Can I help you? Se tudo o mais parece atrasado, pelo menos a Polícia Militar de São Paulo começa a se preparar para a Copa de 2014. A escola Berlitz assinou contrato com a corporação para dar aulas de idiomas aos policiais, a fim de que possam se comunicar melhor com a revoada de estrangeiros que deve aportar no país. Malhação Pioneira no mercado de academias ao trazer a ginástica aeróbica para o país em 1983, a Runner começa sua expansão para fora do Estado de São Paulo. A 16ª unidade da rede acaba de ser aberta em Brasília (DF) e, daqui a alguns meses, a marca desembarca em Natal (RN). Outras 10 academias estão em aquecimento. Mil e uma controvérias Depois de receber uma representação de 300 consumidores (94% homens) que se sentiram ofendidos com a campanha Mulheres Evoluídas, da Bombril, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) decidiu, por unanimidade, arquivar e encerrar o caso. Em maio, o Conar já havia decidido, também por unanimidade, manter a veiculação dos filmes nos quais Marisa Orth, Dani Calabresa e Monica Iozzi satirizam o sexo masculino. Pelo julgamento do conselho, as queixas são improcedentes já que os anúncios usam recursos próprios da publicidade, como o exagero e humor. O número de reclamações contra a campanha foi recorde no Conar. Comer, passear e cantar A cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais, se prepara para receber, entre os dias 19 e 28 de agosto, a 14ª edição do Festival de Cultura e Gastronomia, considerado um dos maiores eventos de alta gastronomia do país. Com o tema Nova Geração, a festa, que espera receber cerca de 35 mil pessoas neste ano, contará com shows do cantor Ed Motta e da cantora Céu. A cidade também vai receber investimentos de R$ 10 milhões do governo estadual de Minas Gerais, para concluir obras de saneamento. O Hotel Transamérica Ilha de Comandatuba (BA) será palco, de 3 a 6 de agosto, da Copa Rádio Transamérica de Golfe, etapa do CBG Pro Tour Circuito Brasileiro de Golfe. A classificação no torneio dará acesso ao aberto do Brasil. A Bahia já é o principal destino do viajante que pratica golfe no país. Para curar O Hospital Alvorada, em São Paulo, está inaugurando sua ala VIP nesta semana. O espaço conta com oito suítes de até 78 metros quadrados, com televisores de LED, laptops e enxovais Trussardi, além de mordomo 24 horas, camareira e cardápio diferenciado. Abrindo vitrinas O Shopping Leblon, no Rio de Janeiro, reforça seu mix de lojas com três novas operações: a primeira loja da estilista Nica Kessler, o projeto conceito mall da Kipling e a primeira loja carioca da The North Face. Escrita de ouro Para comemorar seus 250 anos, a Faber-Castell está lançando uma linha de canetas premium confeccionadas com madeira da oliveira, platina e ouro 18 quilates. A Coleção Graf Von Faber-Castell chega ao Brasil em setembro, com apenas cinco peças. O preço sugerido é de R$ 7.500 cada uma. Com Karen Busic [email protected] 18 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 EMPRESAS Editora: Rita Karam [email protected] Subeditoras: Estela Silva [email protected] Isabelle Moreira Lima [email protected] Vale aposta na Malásia para bater BHP Billiton e Rio Tinto Graneleiro Jacarandá, o primeiro de 12 que a Vale vai usar na rota Brasil-China Centro de distribuição da mineradora brasileira no país asiático vai ganhar pelotizadoras e servirá de plataforma para acessar a China Nivaldo Souza [email protected] O estreito de Malacca, no oeste da Malásia, ganha destaque na estratégia logística da Vale. A mineradora pretende usar o canal de 800 quilômetros como plataforma exportadora para vencer as concorrentes australianas BHP Billiton e Rio Tinto na disputa pelo mercado chinês de minério de ferro. Para isso, instala um terminal portuário e um centro de distribuição com capacidade para estocar 30 milhões de toneladas de minério em Teluk Rubiah, província na região desértica de Perak. O mote do empreendimento de US$ 1,371 bilhão é aproveitar a ligação entre os oceanos Índico e Pacífico feita pelo estreito para acessar o Mar da China Meridional — o pedaço do Pacífico que banha o Sudeste Asiático. O complexo vai facilitar o acesso rápido às siderúrgicas da China, principais consumidoras do minério da Vale. As chinesas consumiram 129 milhões das 297 milhões de toneladas de minério vendidas pela mineradora em 2010. “Vamos ficar mais próximos dos chineses do que os australianos”, afirma o diretor de marketing, vendas e estratégia José Carlos Martins. A perspectiva positiva já fez a mineradora projetar a ampliação do complexo para 90 milhões de toneladas após a conclusão da primeira etapa no segundo semestre de 2013. Este passo, segundo Martins, incluirá a instalação de duas pelotizadoras que beneficiarão o minério mais fino. O objetivo da Vale também é fazer com que a Malásia ajude a reduzir o custo do transporte de minério entre o Brasil e a China. “O nosso desafio é colocar o minério na Ásia, que fica do la- Preço do frete Brasil-China caiu 20% para a Vale com a operação do maior graneleiro do mundo. Outros navios com capacidade para 400 mil toneladas devem aproximar as minas de Carajás (PA) e Simandou (Guiné) do principal mercado da mineradora do do nosso principal concorrente”, diz Martins. Frete menor O preço do trajeto Austrália-China, operado pela BHP e a Rio Tinto, é 8% menor que o da Vale (Brasil-China). O custo da brasileira já chegou a estar 13% mais caro. A redução foi puxada pelo início da operação do primeiro de 12 navios com capacidade para 400 mil toneladas. O graneleiro, hoje o maior em operação no mundo, derrubou em 20% o custo do frete Brasil-China, em relação ao que os navios de 300 mil toneladas operados até então registravam. O ganho da Vale é de cerca de US$ 10 por tonelada de minério, e, segundo Martins, a turbinada logística somada ao novo sistema de precificação adicionou US$ 5 bilhões ao faturamento da empresa. Agora, o centro logístico da Malásia deve servir para consolidar a posição da brasileira no topo do mercado mundial de minério de ferro. O cálculo é de que junto com o complexo em construção em Omã, no Oriente Médio, a Vale consiga agilizar o escoamento da produção representado pela ampliação de Carajás (PA) e a implantação da mina Simandou, na Guiné. Daí, a importância da frota encomendada à chinesa Rongsheng, em 2009, por US$ 1,6 bilhão. Os 12 graneleiros substituem o antigo sistema FOB, no qual os clientes recolhiam o minério em portos brasileiros. A mineradora ganha também escala no quesito posição geográfica, após se ver paralisada durante a crise, quando os clientes deixaram de vir buscar o minério. “Estamos associando as minas com centros logísticos, já que elas estão em média 800 km longe do mar, enquanto as australianas ficam a 300 km”, diz Martins. ■ Nova fórmula Mineradora diz que o produto diminui o consumo de carvão pelas siderúrgicas e estuda fórmula para ganhar com essa redução de custo e poluição A Vale quer aproveitar a capacidade de redução de gás carbônico CO 2 de seu minério com maior teor de ferro como um aditivo para formular o preço do produto. Segundo o diretor de marketing, vendas e estratégia, José Carlos Martins, a ideia é focar a qualidade como fator de preço. “O aumento deve vir com a percepção da qualidade do minério”, afirma. O movimento deve ser similar ao realizado no auge da crise 2008/2009, quando a Vale pressionou a mudança no sistema mundial de precificação. Na ocasião, a empresa passou a cobrar um valor adicional para cada 1% de ferro contido em seu minério. O argumento foi de que o insumo siderúrgico, na casa dos 65% de ferro, era superior ao negociado no mercado (62%). A nova fórmula, junto com ganhos logísticos, representou um ganho de US$ 5 bilhões no faturamento da companhia. “O desafio foi trabalhar para o mercado reconhecer a qualidade do Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 19 Antonio Milena Produção de aço cresce 4% em junho no país Os dados são da Associação Mundial de Aço (WSA). No mês passado, o Brasil produziu, segundo a entidade, 2,962 milhões de toneladas de aço bruto, ante 2,850 milhões em junho de 2010 e 1,942 milhão no mesmo período de 2009. Enquanto isso, a produção chinesa cresceu 11,9% em junho, na comparação anual, para 59,9 milhões de toneladas, impulsionando o volume mundial para alta de 8% no mês passado. Até maio, segundo o IABr, a produção de aço bruto havia crescido 9%. Agencia Vale Preço Crescimento asiático manterá valor do minério em alta Para José Carlos Martins, diretor de marketing, vendas e estratégia da Vale, a urbanização dos países asiáticos deve manter os prelos do minério elevado nos próximos anos. O cálculo do executivo é de que a industrialização desses países elevará o consumo de aço e, consequentemente, de minério. “Apesar dos esforços para elevar mercados como o EUA e a Europa, a verdade é que eles são maduros. O novo foco de desenvolvimento está na Ásia.” de preço considera redução de CO 2 “ O aumento deve vir com a percepção da qualidade do minério José Carlos Martins Diretor de marketing, vendas e estratégia da Vale minério”, conta Martins. Agora, a mineradora assegura que o teor de ferro mais elevado faz as siderúrgicas consumirem menos coque, o carvão mineral usado em altos-forno para transformar o minério em aço. Com isso, as siderúrgicas teriam um ganho de custo produtivo que a Vale quer absorver no preço final de seu produto. O desafio é encontrar uma fórmula para calcular esse ganho. A empresa estuda uma fórmula para fazer com que a redução de gás carbônico vire um fator de atração de cliente interessados em atingir índices de exce- lência em sustentabilidade ambiental e, para isso, estejam dispostos a pagar mais caro. Para o analista Leonardo Alves, da Link Corretora, apesar de ousada, a proposta faz sentido ante o aumento de preço do carvão no mercado internacional. “No momento, as siderúrgicas já pagam um prêmio pelo minério da Vale. Mas, caso essa redução de gás carbônico seja comprovada, e como o carvão está caro, as siderúrgicas podem aceitar pagar mais”, diz. Para Martins, um termômetro do interesse ambiental dos clientes da Vale é a operação do graneleiro Jacarandá. O maior em operação nos oceanos, segundo o executivo, reduzido em 35% a emissão de CO ao lon² go do trajeto Brasil-China Martins argumenta que a diminuição consistente em tempos de preocupação ambiental já desperta interesse logístico de clientes fora da rota percorrida pelo navio com capacidade para 400 mil toneladas. “É impressionante a quantidade de clientes que estão adaptando seus portos para se beneficiar de um frete mais baixo e, principalmente, da redução de carbono”, afirma. ■ N.S. MENOS EMISSÕES 65% é o teor médio de ferro do minério da Vale, para uma média de mercado de 62%. A empresa cobra um adicional pela diferença na qualidade de seu produto. US$ 5 bi foi o ganho no faturamento da companhia com a mudança na precificação do minério considerando o teor de ferro. 20 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 EMPRESAS Tim Boyle/Bloomberg ENERGIA QUÍMICA Mercado cativo da Copel cresce 4% no primeiro semestre deste ano sobre 2010 Ecolab comprará Nalco, especializada em tratamento de água, por US$ 5,4 bilhões O desempenho marcou um consumo de 11.086 GWh na primeira metade do ano ante 10.661 GWh nos seis primeiros meses de 2010. O consumo classe industrial cresceu 1,7% no período, com 3.558 GWh de janeiro a junho deste ano. Ao final de junho, os clientes industriais representavam 32,1% do mercado cativo da Copel. Já as classes residencial e comercial apresentaram crescimentos de 4,7% e 6,8%. O negócio avalia a Nalco em US$ 38,80 por ação, um prêmio de 34% sobre a cotação de fechamento dos papéis da empresa na véspera. A Nalco, que forneceu dispersantes para controlar o vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010, produz químicos que reduzem o consumo de recursos naturais e minimizam a emissão de poluentes. Já a Ecolab fornece serviços de higiene, limpeza e desinfecção. Americana Manitowoc inicia produção de guindastes no Brasil Companhia investe R$ 70 milhões em unidade em Passo Fundo (RS) para faturar R$ 400 milhões ao ano Nilton Santolin *Rafael Palmeiras, de Passo Fundo (RS) [email protected] A indústria americana de guindastes Manitowoc está em fase de construção de sua primeira fábrica na América Latina, que deverá ser concluída em março de 2012. O espaço de 28 mil metros quadrados, localizado no município de Passo Fundo, a 293 quilômetros de Porto Alegre, deverá produzir 350 guindastes por ano, com investimentos de R$ 70 milhões. Os equipamentos produzidos no Brasil terão potencial para cargas de até 120 toneladas e devem gerar receita para o próximo ano de R$ 400 milhões. “Encontramos no Brasil grande potencial de vendas para as áreas de construção civil, elétrica e portos”, diz Mauro Nunes da Silva, diretor-presidente da companhia no Brasil. A Manitowoc vai oferecer no país duas linhas de produtos. “A demanda do mercado brasileiro é por guindastes de terreno acidentado, móvel e o modelo fixo”, afirma. O executivo também diz que a empresa tem planos para iniciar a produção de guindastes acoplados em caminhões comerciais até 2013. No Brasil, a Manitowoc já fornece equipamentos para a Petrobras, Vale, Odebrecht, Gerdau, Queiroz Galvão e acredita em um avanço na receita de 20% ao ano, impulsionada pelas vendas de equipamentos para os grandes eventos que o Brasil deverá sediar, com a Copa de Mundo e a Olimpíada. Silva explica que a fábrica deve contribuir para diminuir em até 30% o preço final dos guindastes, que atualmente variam de US$ 100 mil e US$ 1 milhão. “A redução ocorre porque nos produtos nacionais não se contabiliza frete marítimo, seguro e impostos de importação. Porém, o valor do equipamento costuma variar com base no valor pago pelas peças para a construção dos guindastes, que são importadas”. O executivo explica que durante a fase inicial, o produto será produzido com peças exportadas de fornecedores internacionais, mas afirma que “ Mauro Nunes Silva, à esq., presidente no Brasil, e Lawrence J. Weyers, vice-presidente para as Américas: potencial para dobrar a produção no país Esperamos crescer 40% só na Região Sul entre 2011 a 2104 Mauro Nunes da Silva em quatro anos conseguirão entregar um produto 100% nacional, já que os fornecedores Lawrence J. Weyers, vice-presidente executivo para as Américas, diz que atualmente a empresa possui 26 montadoras espalhadas pelo mundo, como Estados Unidos, Europa, Japão, Índia e China. “Nos Estados Unidos, a capacidade de produção anual chega a 2,5 mil guindastes”, afirma. Segundo Silva, a produção média de um guindaste por dia é suficiente para a demanda atual. No entanto, a produção pode ser ampliada para o dobro, chegando a 700 unidades por ano. Do total produzido, 25% será destinado aos países da América Latina como Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela, Colômbia e Peru, enquanto 75% atenderão ao mercado brasileiro. Silva conta que a entrega dos equipamentos será feita pelo porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul A escolha do Sul para a instalação da fábrica foi motivada pela existência de um polo metalmecânico, além do potencial de fornecimento para o estado. “Esperamos crescer 40% só na região Sul entre 2011 a 2104”, diz o executivo. A Manitowoc fez uma parceria com a prefeitura de Passo Fundo, que disponibilizou o terreno e benefícios fiscais como, a isenção do IPTU. ■ *O repórter viajou a convite da Manitowoc Mercado de máquinas deve expandir em 20% neste ano Estudo feito pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema) sobre o Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção revela que em 2011, as vendas de guindastes no Brasil devem chegar a 600 unidades, crescimento de 20%, em relação ao ano anterior, impulsionado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “O programa teve um peso importante para o crescimento das vendas em 25% entre 2009 para 2010”, diz Eurinilson Daniel, vice-presidente da Sobratema. Além do governo, construção civil e mineração têm registrado destaque de compras. “A Petrobras tem sido um grande comprador, pela necessidade de transportar tubulação para projetos do pré-sal.” Com a demanda cada vez maior, o país tem ampliado sua presença no mercado internacional. Atualmente o Brasil representa 3% do total de vendas no mundo. “Em 2004, era de apenas 1%. Acreditamos que em 2014, esse saldo deverá chegar a 4%. Cerca de 59% das vendas estavam concentradas no Japão e América do Norte. Em 10 anos, esse valor vai cair para 34%. No mesmo ano de 2004, 23% das vendas eram feitas para China, Brasil e Índia, que juntos deverão passar para 47% em 2014.” R.P. Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 21 22 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 EMPRESAS TECNOLOGIA 1 TECNOLOGIA 2 Mais um funcionário da Foxconn, que produz iPhone, morre em fábrica no sul da China Companhia de segurança móvel faz software para lojas de aplicativos Um funcionário de uma fábrica da Foxconn no sul da China morreu, no mais recente caso de uma série de suicídios de jovens trabalhadores migrantes nos complexos fabris da companhia, nos últimos dois anos. A Foxconn, que fabrica o iPhone e outros produtos da Apple e também tem entre os clientes Dell, HP, Nokia e Sony Ericsson, é criticada por grupos de defesa dos trabalhadores por práticas trabalhistas cruéis. A Lookout Mobile Security, cujos softwares protegem cerca de 10 milhões de aparelhos móveis, afirma ter desenvolvido uma tecnologia que permite a execução de varreduras em jogos, editores de melodias e fotos, assim como em outros aplicativos móveis, a fim de encontrar arquivos contaminados. A Mobile Threat Network, a tecnologia encontra arquivos problemáticos antes que infectem aparelhos. Marcela Beltrão Cleber Morais, que assumiu a presidência da Bematech com o faturamento em queda Bematech aposta em software para recuperar crescimento Com receita em declínio, companhia focada em hardware para o varejo já investiu R$ 260 mi para ampliar atuação Carolina Pereira [email protected] O mercado de varejo está se profissionalizando cada vez mais. Com a onda de consolidação pela qual vem passando, a exemplo da fusão entre Casas Bahia e Pão de Açúcar, os concorrentes, mesmo de pequeno porte, se veem obrigados a procurar diferenciais que os tornem mais competitivos diante dos grandes conglomerados. Muitas vezes, as empresas encontram em novos softwares o diferencial que estavam procurando, de acordo com Cleber Morais, presidente da Bematech. É por esse motivo que a empresa nacional, voltada para automação comercial e com faturamento de R$ 326,4 milhões em 2010, quer aumentar sua receita vinda da área de desenvolvimento de sistemas e serviços. Desde 2007, a companhia já investiu R$ 260 milhões em aquisições de sete empresas de software e agora, sob a gestão de Morais desde abril, espera que em três anos este segmento seja responsável por metade da receita em, no máximo, três anos. No primeiro trimestre, o percentual do faturamento vindo da área de software e serviços foi de 23%, totalizando R$ 16 milhões, enquanto há um ano o percentual era de 14%. Segundo Morais, o mercado de varejo está passando por uma fase de amadurecimento e se profissionalizando e, por isso, demandando mais sistemas para, por exemplo, aumentar produtividade. “A onda de consolidações tem acelerado a adoção de soft- “ O varejo está se profissionalizando. Hoje, com o aumento da concorrência no setor, é preciso se diferenciar para competir Cleber Morais Presidente da Bematech ware pois estimula os concorrentes a usarem certos sistemas para tentar se diferenciar e enfrentar a concorrência dos grandes grupos varejistas” afirma Morais, que não descarta continuar fazendo aquisições para reforçar a área. Além das compras, a empresa também investe em pesquisa para criar novos softwares que possibilitem o crescimento da receita na área. Uma das apostas da Bematech é o sistema que liga os iPads utilizados para captar o pedido dos clientes diretamente às cozinhas dos restaurantes. O investimento total em desenvolvimento de produtos em 2010 foi de R$ 19 milhões. Declínio da receita Apesar do crescimento da receita vinda da área de software, que foi de 13,7% no primeiro tri- mestre do ano em relação ao mesmo período de 2010, o faturamento total da empresa não tem apresentado os mesmo índices positivos. De janeiro a março, foi contabilizada uma queda de 14,4% sobre o ano anterior. O lucro também está negativo, com queda de 28,9% no período, números que mostram motivos para que a empresa invista na diminuição da dependência da companhia do setor de hardware para varejo. A empresa possui hoje entre seus clientes empresas como Leroy Merlin, Subway e O Boticário, além de atuar fora do país, de onde vem 8% do faturamento total. Atualmente a companhia é a 34ª colocada o Ranking das Transnacionais Brasileiras feito pela Fundação Dom Cabral e tem fábricas na China e em Curitiba. ■ Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 23 Tony Avelar/Bloomberg TECNOLOGIA 3 TECNOLOGIA 4 Apple atualiza linha de computadores MacBook Air e MacMini com processador Intel anuncia a aquisição da Fulcrum Microsystems, de semicondutores A Apple atualizou dois de seus computadores, MacBook Air e Mac mini, com processadores de última geração e novo sistema operacional. O novo MacBook Air é equipado com processadores Intel Core Dual e é acionado pelo sistema operacional Lion. Na terça-feira, a Apple registrou lucro trimestral maior do que o esperado, com forte alta na receita, impulsionada por vendas elevadas de iPhones e tablets iPads. A Fulcrum é uma empresa privada de semicondutores sem fábrica própria, que projeta microchips para switches Ethernet para data centers. Fundada em 1999, a fabricante está sediada em Calabasas, Califórnia. Outros termos da transação não foram divulgados. O acordo está sujeito a aprovação dos acionistas da Fulcrum Microsystems, e à aprovação dos órgãos regulatórios. Jean Chung/Bloomberg SAMSUNG LANÇA VERSÃO MAIS LEVE E MAIS FINA DO GALAXY TAB A Samsung lançou ontem uma versão mais leve e fina do computador tablet Galaxy Tab, em um esforço para tentar conquistar parte do imenso mercado dominado pelo Apple iPad. O Galaxy Tab com tela 10,1 polegadas é uma versão melhorada do modelo com tela de 7 polegadas lançado em outubro. O aparelho funciona com a mais recente versão do Google Android e conta com um processador de núcleo duplo Tegra 2, da Nvidia. A tela do tablet é maior e maior nítida que a do iPad 2, e o peso do modelo é menor. Com preços a partir de US$ 500 nos Estados Unidos, comparáveis aos do iPad 2, o novo modelo da Samsung enfrenta forte concorrência de mais de 100 outros aparelhos lançados em resposta ao iPad, a maioria dos quais acionados pelo sistema Android. Reuters 24 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 EMPRESAS Divulgação ÓLEO E GÁS MONTADORAS Produção de petróleo da BHP Billiton cai 5% no ano fiscal, para 91,9 milhões de barris Receita da Randon cresce 11,4% em junho e atinge R$ 345,2 milhões No quarto trimestre fiscal, que corresponde aos meses de abril, maio e junho, a produção recuou 17% contra o mesmo período de 2010, para 21,288 milhões de barris. A produção de minério de ferro aumentou 8% no ano, atingindo 134,4 milhões de toneladas métricas. No trimestre, a expansão foi de 14%, para 35,5 milhões de toneladas métricas. A produção de zinco caiu 24% de abril a junho de 2011 sobre 2010. No primeiro semestre, a receita líquida totalizou R$ 2,052 bilhões, um crescimento de 20,6% sobre igual período do ano passado. Já a receita bruta (sem eliminação de impostos) avançou 11,6% em junho, para R$ 529,2 milhões, somando R$ 3,124 bilhões no primeiro semestre. Já a Fras-le reportou que sua receita líquida atingiu R$ 48,8 milhões em junho, o que representa um aumento de 5,1% sobre 2010. Claudio Gatti Eletro Shopping se une à Máquina de Vendas Luiz Carlos Batista, presidente do conselho da Máquina de Vendas: 150 lojas a mais vão contribuir para a receita deste ano Com as 150 lojas da varejista nordestina, companhia deve faturar R$ 7,2 bilhões Cintia Esteves [email protected] A Máquina de Vendas deu mais um importante passo em sua expansão. A rede formada por Ricardo Eletro, Insinuante e City Lar, uniu-se a Eletro Shopping, com 150 lojas em Sergipe, Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará. A operação, cujo valor não foi revelado, envolveu a compra de 51% das ações da varejista e a criação da Máquina de Vendas Nordeste, que ficará sob o comando de Richard Saunders, fundador da Eletro Shopping. Com mais esta associação a Máquina de Vendas chega a 900 lojas e um faturamento estimado em R$ 7,2 bilhões para 2011, ante os R$ 5,7 bilhões do ano passado. Mas a briga pelo segundo lugar no varejo de eletroeletrônicos ainda deve ter novos capítulos. O Magazine Luiza, com 732 lojas e receita de R$ 6,1 bilhões, abriu o capital recentemente e ainda tem dinheiro para gastar. A última aquisição da empresa foi a rede Baú da Felicidade, em junho deste ano. No entanto, a Globex, formada por Casas Bahia e Ponto Frio, segue isolada em primeiro lugar com 989 unidades e faturamento de R$ 10 bilhões em 2010 (o resultado considera vendas de apenas dois meses da Casas Bahia, período em que ela se uniu oficialmente ao Ponto Frio). A meta da Máquina de Vendas é chegar a este porte em 2014, quando deverá ter mil lojas e faturamento de R$ 10 bilhões. Nordeste mapeado A Máquina de Vendas está presente no Nordeste com 233 lojas da Insinuante em nove estados. Contudo, Luiz Carlos Batis- “ Não somos uma central de compras como a indústria diz. De qualquer forma, vamos estar com um único CNPJ dentro de dois meses Luiz Carlos Batista ta, presidente do conselho da Máquina de Vendas, garante que as 150 unidades da Eletro Shopping não vão se sobrepor aos pontos de venda existentes. “Cerca de 70% das cidades onde a Eletro Shopping está, não há unidades da Insinuante”, diz. Por enquanto, a nova associada ficará de fora da financeira da Máquina de Vendas. criada este ano em parceria com o banco HSBC. Integração A Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça, recomendou na semana passada, a aprovação da fusão das varejistas Ricardo Eletro e Insinuante, sem restrições. No entanto, o mercado não percebe a fusão. Apesar de ter um departamento de compras centralizado em Belo Horizonte (MG), a Máquina de Vendas ainda não tem um CNPJ único, ou seja, as notas ficais das encomendas são emitidas para diferentes empresas. Por este motivo, alguns fabricantes têm a sensação de que a companhia não passa de uma central de compras, informação refutada por Batista. “A indústria fala isso porque estamos nos fortalecendo. Teremos um único CNPJ em dois meses”, O advogado Wander Brugnara, especializado em fusões e aquisições, explica que o meio de associação usado pela Máquina de Vendas é comum no mercado. “Trata-se de uma fusão comercial feita por meio de uma SPE, ou seja, sociedade com propósito específico”, diz. Neste tipo de fusão, as companhias mantêm estruturas separadas e se unem apenas em assuntos de interesse comum como, por exemplo, as associações. ■ DESEMPENHO R$ 800 mi foi o faturamento da Eletro Shopping em 2010. A varejista tem 150 lojas em seis estados do Nordeste. A rede foi fundada em 1994 por Richard Saunders no Recife (PE). R$ 7,2 bi é a meta de faturamento da Máquina de Vendas para 2011. A nova companhia terá 900 lojas em 301 cidades e 24 mil funcionários diretos. Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 25 Mike Fuentes/Bloomberg AVIAÇÃO American Airlines compra 260 aviões da Airbus e 200 da Boeing A American Airlines fez um pedido de 460 aviões de corredor único avaliados em até US$ 40 bilhões entre a Boeing e a Airbus e a Safran. A companhia aérea deve ser a cliente-lançadora do 737 remodelado, que ainda precisa de aprovação da diretoria da Boeing. A Boeing e a Airbus competem pelo mercado de aviões de grande porte, que é estimado em US$ 2 trilhões nos próximos 20 anos. No mapa da varejista, só falta uma empresa com força no Sul do país Desde sua criação, Máquina de Vendas não para de anunciar estratégias para crescer Em março de 2010, o mercado foi surpreendido com o anúncio da fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante, que formaram a Máquina de Vendas. As empresas estavam enfraquecidas diante da fusão entre Ponto Frio e Casas Bahia, que havia começado a ser desenhada no final de 2009. Apenas três meses depois da formação da Máquina, foi a vez da mato-grossense City Lar entrar no grupo. No início deste ano, a companhia criou ainda uma financeira em parceria com o HSBC . ■ INSINUANTE RICARDOELETRO CITY LAR ELETRO SHOPPING Liderança no mercado nordestino Forçanasregiões SudesteeCentro-Oeste Cobertura no Norte do Brasil Reforço para os estados nordestinos Fundada em 1959, em Vitória da Conquista (BA), a varejista é líder em eletrodomésticos no Nordeste. No acordo assinado com a rede Ricardo Eletro ficou definido que a bandeira Insinuante teria prioridade de expansão na região. Com 260 lojas em nove estados, a empresa está entre os maiores anunciantes do Nordeste. A primeira loja da companhia foi inaugurada em meados dos anos 1990, em Divinópolis (MG), cidade natal do fundador, Ricardo Nunes. O empresário costuma dizer que iniciou a carreira no varejo aos 12 anos, quando vendia mexericas nas ruas. Atualmente a rede está presente em oito estados das regiões sudeste e centro-oeste, com 290 unidades. Sidney Gasques abriu a primeira unidade da varejista em 1979 em Mirassol D’Oeste (MT). Antes da loja, Sidney vendia figurinhas em uma Kombi no interior de Mato Grosso. Erivelto Gasques, filho do fundador, é quem comanda a empresa atualmente. Com 200 unidades, a rede é a força da Máquina de Vendas na região Norte do país. A história da empresa começa com uma loja de material para construção, em Recife (PE), fundada pelo pai de Richard Saunders, no fim dos anos 1980. Mas foi só em 1994 que o empresário abriu o primeiro ponto de venda especializado em eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Hoje a rede é formada por 150 lojas. www.espm.br 26 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 CRIATIVIDADE MARIANA CELLE Brasil Foods põe em risco verba publicitária TANG Jogo on-line é nova ação criada pela Ogilvy e pela Sioux DPZ, do Grupo Publicis, e a DM9DDB continuarão responsáveis pela conta da Sadia, enquanto a Y&R mantém a Perdigão; dúvida do mercado é o futuro dos investimentos Fotos: divulgação O frango símbolo da marca Sadia é uma criação da DPZ Em busca de fortalecer o contato com seu público, a marca Tang, de sucos em pó, pertencente a Kraft Foods, lançou esta semana um jogo on-line. O Planeta Verde Tang foi desenvolvido pela produtora Sioux e a campanhafoi criada pela agência Ogilvy & Mather Brasil. A comunicação voltada à sustentabilidade é direcionada às mães e filhos, público principal da marca definido há dois anos como. “O nosso desafio com o Tang é sempre inovar e engajar nosso consumidor", diz Juliana Macedo, gerente da marca. O jogo desenvolvido está disponível pelo site: www.esquadraoverdetang.com.br DUAS PERGUNTAS A... Celso Vick A Sadia aplicou por volta de R$ 70,5 milhões em publicidade no ano passado, destacandose como uma das 300 maiores anunciantes do Brasil em 2010. Já a BRF Brasil Foods investiu R$ 30 milhões em anúncios no mesmo período, segundo o ranking Agências & Anunciantes, do Meio & Mensagem. Ou seja, R$ 100 milhões para divulgar aves, suínos e pratos prontos congelados na TV, no rádio, na internet, na mídia impressa e nos pontos de venda. A Perdigão, em meio ao processo de fusão, sequer constou do ranking do ano passado. O futuro desta verba, no entanto, ninguém sabe qual será a partir de 2012, ano em que a BRF passa a atuar sem 12 marcas e com a Perdigão literalmente na “ Para ser preferência é preciso ser identidade e, quanto mais vezes aparecer, mais forte estará a marca Denise Von Poser Professora de comunicação com o mercado da ESPM geladeira. A aprovação com restrição da Sadia com a Perdigão, o que resultou na criação da BRF, virou alvo de especulação no mercado publicitário. Como a marca Perdigão foi punida pelo Cade (Conselho de Administrativo de Defesa Econômica), com poucos produtos nas gôndolas nos próximos cinco anos, a primeira pergunta que se faz é: o que acontecerá com o bolo direcionado às campanhas da marca? E mais: qual será o futuro da agência que atende a Perdigão? Ou seja, Young&Rubicam. Além da DPZ, hoje da Publicis, e da DM9DDB, que atendem a Sadia. Segundo uma funcionária da Young&Rubicam, o assunto ainda não foi tratado, uma vez que as mudanças só começam a ser aplicadas em 2012. A possibilida- de do investimento ser direcionado a outros produtos existe, de acordo com a fonte. Agora, basta saber qual será a estratégia da BRF em relação à Perdigão. Se ela não investir, corre o risco de a marca cair no esquecimento do público. Se aportar muito dinheiro na Perdigão, pode manter o nome e seus produtos "aquecidos" na mente do consumidor até o retorno total da marca, em 2016. "É uma decisão estratégica da empresa, mas com certeza, caso ela queira manter essas marcas, precisará continuar investindo em campanhas para guardar a lembrança do consumidor", diz Denise Von Poser, professora de comunicação com o mercado na pósgraduação da ESPM. ■ Colaborou Françoise Terzian ...PATRICK GUEDJ Diretor de criação de Kenzo Parfums “Preferimos recorrer a elementos da natureza a modelos” Kenzo Takada, estilista japonês que se fixou em Paris nos anos 1960 e se transformou em um dos grandes ícones da moda, quer perfumar as mulheres mais Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 27 Neogama/BBH MARCADO amplia portfólio da sua área de varejo Nova conta A área de varejo da Neogama/BBH tem agora a conta publicitária da imobiliária Coelho da Fonseca, que antes pertencia à agência Gnova. Os primeiros trabalhos serão veiculados em agosto. ● Acontece hoje e amanhã no teatro Frei Caneca, em São Paulo, a ExpOnBR 2011, evento de Marketing Digital e Search. São aguardados 1,2 mil profissionais reunidos para mais de 40 apresentações nacionais e internacionais. [email protected] FILME CONTA COM PARTICIPAÇÂO DE INTERNAUTA JOSÉ PREDEBON ENTRE PRODUÇÕES Professor de criação do curso de férias da ESPM Festival Black na Cena recebe investimento de R$ 500 mil em marketing Criatividade está na moda InteleToshiba seuniram paraseaproximar de sua audiência jovem. Em uma açãodesenvolvidapelaagência americana Pereira& O´Dell,quetem como sócio ocriativo brasileiro PJ Pereira, serácriadoum filme colaborativo com espectadores viaredessociais. Adireção será de D.JCaruso ("paranoia)eterá Mauro Fiore como diretor defotografia.No elencodofilme,queseráexibidoem episódios apartirde25dejulho,estáaatrizEmmyRossum. cheirosas do planeta, que são as brasileiras. Segundo a consultoria Euromonitor, o Brasil passou os Estados Unidos em 2010 e atingiu o posto de maior consumidor mundial de perfumes. Foram US$ 6 bilhões gastos com eau de parfum, eau de toilette e com as populares águas de colônia. De olho neste consumo, o grupo francês de luxo LVMH, que adquiriu a marca Kenzo em 1993, inseriu o Brasil no primeiro grupo a receber, em setembro próximo, o grande lançamento de perfumaria da marca dos últimos tempos. Trata-se da fragrância Madly Kenzo!, que combina flores e incenso. Boa parte do mercado global só encontrará a novidade em 2012. “O Brasil tinha de estar na lista dos primeiros a receber o perfume, uma vez que é um polo influenciador de tendências para a Kenzo”, diz o francês Patrick Guedj, diretor de criação de Kenzo. A fragrância será lançada aqui simultaneamente com a França e na frente dos Estados Unidos. Para 2011, a meta de Kenzo para o Brasil é crescer o dobro da inflação. O investimento em mídia para a marca será 25% superior em relação a 2010. Qual o objetivo com este lançamento? Este é o 12º perfume que lançamos desde a primeira fragrância, em 1998. Vamos na contramão do mercado que apresenta um lançamento atrás do outro. Desenvolvemos um perfume intenso, com incenso, que veio para ficar por anos. Como será a campanha de marketing? Orçado em R$ 5 milhões, o festival de música negra Black na Cena, que acontecerá entre os dias 22 e 24 de julho na Arena Anhembi, em São Paulo, direcionou 20% do total investido às ações de marketing. Nas ruas, a Entre Produções criou ações com duas peruas grafitadas pelo artista plástico Júlio Dojcsar que circularam pela cidade de São Paulo para distribuir material promocional e seis edições do tablóide do evento com conteúdo sobre a música negra e outros detalhes da programação. Nas emissoras de rádio têm sido feitas duas mil inserções em quatro frequências paulistas, com sorteio de convites e concursos culturais para fãs do estilo musical. No transporte público, cerca de 50 vagões da Linha Verde do metrô foram tomados por publicidades do evento. O festival Black na Cena espera receber cerca de 60 mil pessoas para curtir as 21 atrações do palco principal e os nove DJs que serão responsáveis por 30 horas de música ao longo do final de semana. Bárbara Ladeia A marca não gosta de trabalhar com modelos famosas, mas com elementos da natureza. Neste caso, usamos borboletas, que são coloridas, estão na embalagem e traduzem o aroma do perfume. Françoise Terzian Em diversos setores do mercado comenta-se, cada vez mais, a importância da criatividade. Fala-se dela, recorrentemente, sempre ligada à sua causa e consequência, a inovação. Será essa mais uma onda, passageira como todas, um modismo ou invenção de gurus do campo da gestão? Ou se trata de uma fase do mercado de mão de obra? Ou um novo aspecto do universo da tecnologia? Sabemos que a inovação veio para ficar, como base da competitividade. Mas a criatividade, em si, por que está tão em alta? Arrisco uma resposta inusitada, que defenderei a seguir: hoje, criatividade está sendo mais usada para substituir a competência. A edição de junho, da revista da ESPM, dedicada ao tema empregabilidade, nos confirma, na maioria de seus textos e suas entrelinhas, que infelizmente a falta de competência é uma epidemia nacional. O recente escândalo dos 90% de reprovação no exame da OAB é apenas um pico dessa desastrosa paisagem, mas confirma o panorama. Trememos ao imaginar o que revelaria esse tipo de exame, da Ordem dos Advogados, feito em outras profissões. Pois bem, por um mecanismo de ajuste do mercado à sua realidade do momento, a solução no curto prazo passou a ser procurada dentro da arte do possível, na urgência para Nesse mundo preencher postos de trafuturo, minha balho. E aí aparece um visão é a gambiarra remendo: se não se consegue selecionar gente sendo trocada capaz, o remédio é escopela competência, lher quem tem jeito paque nasce com o ra substituir a técnica comprometimento pela gambiarra. Vamos nos virar com as pesdo estudante, soas criativas, que tala partir do sinal vez nos tragam menos prejuízo do que não que avisa o contar com ninguém. início da aula Entretanto, quase todo problema funciona também como um indutor de novas soluções, e o meu olhar veterano, de quem leciona criatividade desde 1986, antevê o surgimento em médio prazo de uma “solução de mercado” para a falta de consistência técnica dos novos profissionais. Alimentando com um pouco de fantasia essa visão intuitiva, vou então passar para o campo que fica entre a conjectura e o sonho. O que vejo? Avisto um movimento de alunos não se conformando mais com sua fraca formação, exigindo mais das escolas. E um mecanismo normal de depuração do mercado inicia a eliminação das entidades que se posicionam como simples vendedoras de diploma, já que existe gente para comprar. Noto assim o sonhado canudo passar a ser mais que um documento caro e falso. Percebo um novo patamar de consistência técnica começar a prevalecer e até a entrar em moda, enquanto a criatividade volta a ocupar sua posição natural como uma maravilhosa característica humana, que, somada à competência e à ética, é fator de crescimento e realização. Concluo acordando, mas acreditando que um sonho bom como esse tem pode se tornar realidade porque beneficiaria a todos, e, portanto, à sociedade e seu futuro. ■ A CONFIRMAÇÃO DA ASSINATURA ESTÁ SUJEITA À ANÁLISE DA ÁREA DE COBERTURA DE ENTREGA, QUE INICIARÁ EM ATÉ 5 DIAS ÚTEIS APÓS CADASTRO. CASO O ASSINANTE NÃO SE MANIFESTE DE FORMA CONTRÁRIA, PARA SUA COMODIDADE, A ASSINATURA SERÁ RENOVADA AUTOMATICAMENTE AO TÉRMINO DO PERÍODO CONTRATADO AO PREÇO VIGENTE NA DATA DA RENOVAÇÃO. PARA MAIS INFORMAÇÕES SOBRE ESTA E OUTRAS PROMOÇÕES, ENTRE EM CONTATO COM A CENTRAL DE ATENDIMENTO AO LEITOR, UTILIZE O SEGUINTE EMAIL: [email protected] OU FALE DIRETAMENTE COM O NOSSO ATENDIMENTO ATRAVÉS DOS SEGUINTES NÚMEROS: (21) 3878-9100 (RIO DE JANEIRO/RJ) 0800-0210118 (SÃO PAULO E DEMAIS LOCALIDADES) HORÁRIO: SEGUNDA A SEXTA, DAS 6H30 ÀS 18H30. SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS, DAS 7H ÀS 14H. RESERVAMO-NOS O DIREITO DE CORRIGIR EVENTUAIS ERROS DE DIVULGAÇÃO. 28 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 QUEM LÊ BRASIL ECONÔMICO NÃO SÓ ENTENDE, COMO FAZ ECONOMIA. ASSINE O BRASIL ECONÔMICO POR UM ANO E GANHE UM DESCONTO DE 30%, ALÉM DE UM ANO DE JORNAL DIGITAL. PREÇO DE ASSINATURA À VISTA R$ 355,00 PARCELAMENTO EM ATÉ 12X DE R$ 30,00 NO CARTÃO DE CRÉDITO OU EM ATÉ 6X DE R$ 60,00 NO BOLETO BANCÁRIO ASSINE JÁ GRANDE RIO DE JANEIRO (21) 3878-9100 / SÃO PAULO E DEMAIS LOCALIDADES 0800-021-0118 WWW.BRASILECONOMICO.COM.BR/ASSINE Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 29 Divulgação PLANO DE VIAGEM Chef do momento Campos do Jordão está “bombando” neste inverno. Recomendo o Villa Casato para um inesquecível jantar em seu bistrô francês. Este hotel boutique de 6 suítes (esqueça, todas já estão vendidas neste inverno) tem decoração primorosa. As delicias preparadas pelo Chef Ajax Cavenaghi como o prato “Nhoque Del Mare”, feito com massa artesanal e lulas, que é o que chamo “abuso de poder”. Este Chef dá um show!!! MARCIO MORAES [email protected] Flávia Bravo Turquia: antigos impérios contra-atacam Turquia Incentivos Palácios, mesquitas e outras magias que os sultões deixaram para você Divulgação O Capadocia Cave Resort ou CCR é um belíssimo resort encravado nas pedras da imensa planície da Capadocia. Do seu restaurante é possível admirar toda a imponência do Vale. Ali no alto verão, degustar bons vinhos turcos, faz parte do contexto de uma viagem inesquecível. E o Spa fica, literalmente, dentro da pedra. La Reina “ Henrique Manreza Descrever as belezas da Turquia é como viajar por séculos de história de um país que soube mostrar ao mundo a mais perfeita convivência em harmonia com os muçulmanos. Neste país, cerca de 98% da população é muçulmana. E é isto que dá a Turquia seu maior charme: o clamor vindo das mesquitas chamando os fieis para as orações. É como um canto, geniosamente orquestrado. Na cidade de Istambul, tudo é simplesmente mágico. Os cafés com aquele monte de gente experimentando o narguile, o reflexo nas águas do Bósforo da ponte que divide a cidade em 2 continentes, o europeu e o asiático, a Torre de Galata, o Mercado de Especiarias, a imponente Santa Sofia e a Mesquita Azul. Bem, você já percebeu que tem muita coisa a ser visitada. Sem contar La Reina, a melhor balada de Istambul, o 360 um misto de restaurante e day club (no meio do Bósforo), e visita obrigatória ao restaurante Asitane, com cardápio dos Sultões e receitas de até 800 anos. Me lembrei ainda que um dos hotéis mais luxuosos do mundo esta em Istambul, o aclamado Hotel Ciragan, cujos ambientes internos mais parecem mini castelos. Devo acrescentar que um jantar no Ciragan é um pouquinho salgado. Não a comida, mas o preço. Porém a sensação de estar a beira do Bósforo, com uma vista maravilhosa para o lado oriental da cidade, realmente vale cada centavo. Ah! Reserve com muita antecedência. Aí, você tira mais 2 dias para uma inesquecível viagem a Capadocia. Umas das regiões mais antigas do planeta com formações vulcânicas de 60 milhões de anos e que tem, se não a melhor, a mais charmosa das atrações na Turquia: o passeio de Balão. Digase, incomparável!!! Aproveite e confira a religiosidade de Éfesus, onde dizem que Nossa Senhora viveu seus últimos dias em uma casinha de pedra no meio de um bosque. Emocionante. E, ainda, a modernidade da cosmopolita Izmir. Só assim você vai descobrir porque os Sultões escolheram este lugar para construir seus Palácios. ■ Resort na Caverna A Turquia fascina por sua diversidade. É um ponto de encontro entre o Ocidente e o Oriente. Um lugar onde as diferenças convivem em harmonia A balada La Reina é um daqueles lugares que a gente fica a noite inteira. O astral é altíssimo. Você chega até o La Reina de carro ou de barco, afinal ele fica a beira do Bósforo. Os DJs do lugar tocam tudo que você imaginar e a comida é deliciosa. Sua câmera digital não para um segundo. Paulo Nigro Presidente Tetra Pak PÍLULAS Escuro Um dos meus lugares favoritos para correr em São Paulo é o Parque do Povo. Uma brilhante idéia para um local que já merecia atenção ha muito tempo. Percebo de uns tempos para cá, que alguém esta esquecendo de trocar as lâmpadas. Grande parte dele fica no escuro, principalmente o lado da Avenida JK. Temos que manter o brilho de um de nossos poucos parques. Escada Escapou Ainda dentro do tema entretenimento em São Paulo, não entendo como um projeto tão bacana como a Ciclovia que beira a Marginal Pinheiros, tem uma gigantesca escada em sua principal entrada. Já vi varias pessoas caindo com suas bikes. Esta entrada precisa ser revista. Antes que algo pior aconteça. Anotem aí. Guilherme Paulus escapou de perder grande parte do dinheiro que arrecadou com a venda da CVC. Com a venda da Webjet para a GOL, o milionário empresário do turismo voltou seu foco para o que sabe fazer de melhor: pacotes de viagem e hotelaria. Companhia aérea é um brinquedinho caro!!! Companhia de Viagem Viaje neste domingo com o programa Companhia de Viagem para Nova Iorque e Campos do Jordão. Conheça os melhores hotéis, a alta gastronomia e lugares fantásticos nestes destinos. Está imperdível! Na RedeTV! as 15h. 30 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 FINANÇAS Editora: Maria Luíza Filgueiras [email protected] Subeditora: Priscila Dadona [email protected] Tesouro ajuda BC a tirar liquidez do mercado Com rolagem da quase totalidade da dívida no semestre e ajuste fiscal, gestor tira peso de operações compromissadas da autoridade monetária e melhora perfil de endividamento Simone Cavalcanti [email protected] No primeiro semestre deste ano, o Tesouro Nacional ajudou o Banco Central a reduzir o volume de operações compromissadas, por meio das quais a autoridade monetária retira o excesso de dinheiro em circulação nos bancos ofertando títulos de sua própria carteira e se compromete a devolver a quantia corrigida pela variação da taxa Selic. Entre janeiro e junho, o Tesouro, gestor da dívida pública, conseguiu trocar a quase totalidade de seus títulos vencidos por outros, em leilões. Isso, aliado ao aperto fiscal do setor público, que chegou a R$ 64,8 bilhões até maio, contribuiu para tirar reais de circulação e reduzir a carga sobre o BC. Dessa forma, o saldo das compromissadas reduziu de R$ 375,23 bilhões no primeiro mês do ano para R$ 349,52 bilhões em maio, último dado disponibilizado e equivalente a 9% do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com essa diminuição, o estoque de compromissadas ainda ficou longe do nível registrado em dezembro do ano passado (R$ 259,24 bilhões). O impacto só não foi maior porque o BC injetou cerca de R$ 63 bilhões no mercado para comprar o excesso de dólares do primeiro semestre, aumentando as reservas internacionais em um volume próximo a US$ 39 bilhões. As operações compromissadas têm sido constantes — e vinham sendo crescentes — desde que teve início o acúmulo mais intensivo de reservas internacionais. Uma vez que o BC deixa reais no mercado para adquirir os dólares e manter o câmbio razoavelmente estabilizado, esses recursos precisam ser “enxugados” para não criar mais risco inflacionário. E justamente esse acerto na liquidez ficou um pouco mais a cargo do Tesouro este ano. “Os dois movimentos impactam na dívida bruta, mas se tiver mais títulos do que compromissadas melhoramos o perfil do endividamento”, res- Melhora de perfil de dívida pública se deve ao prazo e indexador mais favorável na atuação do Tesouro em relação à ação do Banco Central saltou ao BRASIL ECONÔMICO o secretário do Tesouro Arno Augustin, lembrando que a elevação da exigência para os depósitos compulsórios também ajuda na função de deixar o mercado menos líquido. A melhora de perfil ocorre por conta do prazo e da indexação. Enquanto os papéis emitidos pelo Tesouro podem ter vencimento mais longo, de 10 anos, por exemplo, e com a rentabilidade prefixada ou atrelada a índices de preços, as compromissadas são de curtíssimo (um dia a três semanas) ou curto prazo (entre três e seis meses) e o retorno está baseado na variação da taxa básica de juros. “O Tesouro acaba tendo de fazer um papel que não é propriamente dele, tendo de ajudar a enxugar a liquidez causada pelas compras de dólares do BC”, diz o vice-presidente executivo de Tesouraria do banco WestLB, Ures Folchini, lembrando que cabe ao primeiro a gestão das finanças públicas e à autori- dade monetária a regulação dos recursos em circulação. Liquidez zerada Este problema só deve ser resolvido no médio prazo, na medida em que o crescimento da economia e os sucessivos superávits primários forem permitindo ao Tesouro, por meio das rolagens integrais da dívida, reduzir excesso de liquidez, até zerá-lo. O alcance dessa meta, entretanto, pode demorar certo tempo, a depender do excesso de dólares em mercado nos próximos anos. Se continuarem sobrando dólares como tem ocorrido em 2011 e o BC mantiver sua política de compra irrestrita dessa sobra, a zeragem da liquidez pode ser adiada indefinidamente. De acordo com dados divulgados ontem pela instituição, até o dia 15 deste mês, o ingresso de dólares em território brasileiro chegou a US$ 10,13 bilhões, sendo US$ 6,8 bilhões de fluxo financeiro. ■ SALDO FLUXO R$ 349,5 bi é o saldo das operações US$ 10,13 bi é a entrada líquida de recursos compromissadas em maio, dado mais recente, ante R$ 375,23 bilhões em janeiro deste ano. Essas operações são feitas pelo Banco Central. no país neste mês de julho, segundo o BC, até o dia 15. Deste montante, US$ 6,8 bilhões se referem a fluxo financeiro e o restante, fluxo comercial. ENXUGANDO LIQUIDEZ Operações compromissadas são de até seis meses e atreladas à variação da taxa Selic. Com ajuda do Tesouro, elas vêm caindo desde início do ano, mas nível ainda está longe do de 2010 SALDOS EM R$ BILHÕES 0 428 375 0 351 350 259 0 0 367 300 0 0 360 166 64 56 47 60 23 DEZ/2002 DEZ/03 DEZ/04 DEZ/05 DEZ/06* DEZ/07 DEZ/08 DEZ/09 DEZ/10 JAN/11 FEV/11 MAR/11 ABR/11 MAI/11 Fontes: Banco Central e Brasil Econômico *A partir de 2006 as aquisições de reservas cambiais se intensificaram Augustin: perfil de dívida melhor com mais títulos e menos compromissadas Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 31 Igo Estrela Crise externa não abala Brasil, diz Mantega O Brasil é um dos países com maior capacidade para enfrentar possíveis crises nos Estados Unidos e na Europa, disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Ele acredita que os EUA vão conseguir chegar a um acordo para o aumento do teto do endividamento do país e que não vai haver rebaixamento da classificação americana. O ministro disse que também acredita em solução para a crise na Europa, mesmo sendo a situação no continente mais séria. AGENDA ● Na Zona do Euro, às 5 horas, será divulgado PMI da indústria e serviços. ● No Brasil, o BC informa Nota do Mercado Aberto às 10h30. ● Nos EUA tem indicadores antecedentes e atividade do Fed de Filadélfia, ambos às 11 horas. Igo Estrela/Pixel Imagem Semestre terá menos emissão atrelada a índice de preço Secretário-adjunto do Tesouro ressalta demanda por prefixados e redução de NTN-B até fim do ano O êxito do Banco Central de reduzir as expectativas de inflação já foi sentido pelo Tesouro Nacional em seus leilões para a colocação de títulos no mercado. Segundo Paulo Valle, secretário-adjunto do órgão, a demanda por títulos com rentabilidade prefixada tem aumentado, como as Letras do Tesouro Nacional (LTN) a vencer em até dois anos e as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F) com vencimentos entre cinco e 10 anos. Nos primeiros seis meses deste ano, as emissões desses papéis somaram R$ 140 bilhões ante R$ 40 bilhões de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), que rende de acordo com a variação da taxa Selic. “Os prêmios estão estáveis e o mercado melhorou para os papéis prefixados depois que o BC conseguiu ancorar as expectativas de inflação”, diz. “Nossa mesa de operações consegue apurar com bastante sensibilidade a demanda para não pressionar o mercado.” Diante disso, avalia, o quadro de oferta no segundo semes- tre vai mudar porque o órgão gerenciador da dívida pública pretende emitir menos Notas do Tesouro Nacional série B (NTN-B), que são indexadas ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Colocamos bastante no primeiro semestre e agora vamos emitir menos porque avançamos muito no processo”, afirma, referindose ao Plano Anual de Financiamento (PAF), que prevê uma composição entre 30% e 35% do total da dívida para títulos atrelados a índices de preços. Emissões externas Em relação ao cenário externo, os integrantes do Tesouro também mostram tranquilidade. Segundo o secretário Arno Augustin, as emissões no mercado internacional só serão feitas de forma qualitativa, já que não são necessárias para financiar o setor público brasileiro. “Temos uma situação bem diferente do caso de outros países europeus que, se não emitirem, têm dificuldade de pagar seus compromissos”, compara Isso porque, atualmente, além da dívida ser reduzida, 95% dela já é financiada no mercado doméstico. “Somos credores internacionais”, diz Augustin. ■ S.C. AGÊNCIA DE MODERNIZAÇÃO DA GESTÃO DE PROCESSOS – AMGESP AVISO DE LICITAÇÃO Processo: 1101-996/2011 Modalidade: Pregão Presencial n.º AMGESP-15.011/2011 Tipo: menor preço por lote Objeto: Registro de preços para eventual e futura contratação de empresa especializada para prestação, SOB DEMANDA, de serviços de planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação de eventos com a viabilização de infra-estrutura e fornecimento de apoio logístico, para atendimento a eventos realizados pela Administração Pública Estadual. Data de realização: 05 de agosto de 2011 às 09:00 h. Disponibilidade: endereço eletrônico www.comprasnet.gov.br Todas as referências de tempo obedecerão ao horário de Brasília/DF Informações: Fone: 82 3315-3477, Fax: 82 3315-7246/7241 Maceió, 20 de julho de 2011. KITERIA BLANCHE NASCIMENTO ALVES Diretora Técnica de Logística 32 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 FINANÇAS Divulgação CRÉDITO BÔNUS 1 Número de cheques devolvidos no primeiro semestre é o maior desde 2009 Prêmio de título do Votorantim sobe e se descola de retorno do papel do acionista BB No primeiro semestre de 2011 foram devolvidos 1,93% dos cheques emitidos, por insuficiência de fundos, segundo a Serasa Experian. Trata-se do maior percentual para o mesmo período em três anos e, segundo economistas da Serasa, a explicação está no maior endividamento do consumidor, alta nas taxas de juros e elevação de tributos, como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Os investidores internacionais estão preferindo ter um título do Votorantim em vez do Banco do Brasil, acionista da instituição. Os títulos do banco em dólar com cupom de 5,25% e vencimento em 2016 mostram ganho de 4,82%, 1,71 p. p. acima dos papéis com prazo semelhante do BB. É a maior diferença desde que foram emitidos em janeiro e o maior prêmio desde a emissão do Votorantim em fevereiro. Fundações ainda devem no quesito governança Pesquisa mostra que gestão de risco é maior fragilidade dos fundos de pensão Luciano Feltrin [email protected] Donos de um cofre com mais de R$ 530 bilhões, os fundos de pensão brasileiros ainda deixam muito a desejar quando o assunto é governança corporativa. E, assim como vem ocorrendo com as empresas de capital aberto há mais de uma década, isso terá de mudar. Com dinheiro em caixa, necessidade de pagar futuros aposentados e precisando se arriscar mais em um cenário de queda de juros no longo prazo, os investidores institucionais veem na diversificação de sua carteira uma estratégia tão óbvia quanto necessária, e terão que fazer isso de forma transparente. Ainda muito dependentes de títulos públicos para cumprir suas obrigações atuariais, as entidades estão cada vez mais disputadas para investir em grandes obras de infraestrutura e em papéis de renda fixa e variável. O fato é que essa mudança de rota amplia consideravelmente os riscos e a necessidade de gerenciálos da forma mais adequada. É aí que os problemas de governança começam a ficar mais evidentes. Uma pesquisa realizada conjuntamente por Deloitte e Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), com 51 associados, aponta que uma das maiores fragilidades das fundações são as estruturas de gestão de riscos umbilicalmente ligadas à patrocinadora. “Embora tenham evoluído, os fundos ainda estão no meio do caminho em governança. Há fundos médios com boa estrutura e grandes ainda precisando se aperfeiçoar”, afirma Gilberto de Souza, sócio da Deloitte. O levantamento identificou A maior parte dos fundos precisa aprimorar controles de riscos atuariais, de crédito, operacionais, regulatórios e de saúde que a maior parte dos fundos de pensão precisa aprimorar controles de riscos em alguns pontos, como: atuarial, crédito (entidades que possuem operações de créditos para seus participantes), operacional, regulatório e de saúde (para fundos que possuem planos assistenciais). “Os fundos não são empresas convencionais. Precisam analisar e pesar uma série de fatores e cenários antes de investir. Assim, cresce a necessidade de profissionalização e a busca por mão de obra técnica e bem preparada.” Neste quesito, o estudo ainda mostrou que a maioria das fundações sofre com a falta de especialização dos profissionais em previdência complementar, ou seja, que tenham conhecimento atuarial e que sejam capacitados para realizar uma avaliação independente em todo processo normalmente realizado por um terceiro. Algumas fragilidades como cadastro ineficiente, elevada dependência de planilhas eletrônicas e aplicativos paralelos e a não atuação dos órgãos de governança em atividades realizadas por terceiros, onde o risco pode ser materializado, também foram apontados. Outro ponto sensível para a maioria dos fundos de pensão é a composição do conselho fiscal. Com a responsabilidade de elaborar relatórios semestrais Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 33 Bloomberg BÔNUS 2 FRAUDE Vista Alegre e Queiroz Galvão buscam recursos com investidores estrangeiros Interventor da empresa de Madoff reduz em US$ 2 bilhões processo contra o UBS A Usina Vista Alegre, produtora de cana-de-açúcar, planeja emitir títulos de sete anos no exterior, com taxa de 11%. A emissão é coordenada pelo BTG Pactual. Já a Queiroz Galvão Óleo e Gás, que fornece equipamentos para a Petrobras, pode pagar taxa de 5,45% em captação de US$ 700 milhões de títulos com prazos de sete anos. Esta emissão é coordenada por HSBC, Santander e Citigroup. O responsável pela liquidação da empresa de Bernard Madoff, Irving Picard, pode desistir de US$ 2 bilhões em ações contra o UBS. Ele afirmou a uma juíza da corte distrital de Manhatam que irá pedir reparações apenas dos recursos relacionados ao “esquema de Ponzi”. Por duas vezes, Picard processou o UBS exigindo US$ 2,6 bilhões e alegando que o banco contribuiu para as fraudes de Madoff. Henrique Manreza Souza, da Deloitte: embora tenham evoluído, fundações estão no meio do caminho em governança Sem surpresa, BC eleva juro a 12,5% e ciclo está perto do fim Sem supresas, o Comitê de Política Monetária (Copom ) elevou ontem a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual para 12,5% ao ano, maior patamar desde janeiro de 2009. Esta foi a quinta elevação promovida pelo Banco Central (BC) sob o comando de Alexandre Tombini. Conforme esperado por economistas ouvidos pelo B RASIL ECONÔMICO, o colegiado do BC re- ●1 2 ● 3 ● O comunicado curto do Banco Central sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) informou a alta da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 12,5%. A decisão foi unânime entre os membros do comitê e sem viés de alta ou de baixa, segundo a autoridade. Desde o início do ano, o Copom já promoveu cinco elevações na taxa. Em janeiro, elevou os juros em 0,5 ponto percentual para 11,25% ao ano. Na reunião seguinte (março) ajustou a taxa em mais 0,5 ponto, para 11,75% a.a. Em abril, junho e julho promoveu três altas consecutivas de 0,25 p.p, cada, para 12,5% a.a. Considerando a inflação dos últimos 12 meses, ou a inflação projetada para os próximos 12, o Brasil se mantém na liderança mundial em taxa de juros reais. No primeiro caso, a tax real brasileira é de 4,1% e, no segundo, de 6,8% ao ano, aponta a Cruzeiro do Sul Corretora em lista de 40 países. Copom retira o recorrente “ajuste suficientemente prolongado” de comunicado Priscila Dadona [email protected] JUROS sobre controles internos, execução orçamentária e gestão, o órgão é diretamente impactado pela interferência - maior ou menor - do patrocinador. Por isso a capacitação previdenciária dos membros do conselho e a participação de representantes dos patrocinadores com o foco mais sindical do que previdenciário estão, mais do que nunca, na agenda de discussões do setor, destaca Souza. ■ Decisão do comitê não tem viés Juros já subiram 1,75 p.p. este ano Juros reais no topo do mundo tirou do comunicado o termo “ajuste suficientemente prolongado”, sugerindo que a autoridade monetária vai aguardar o comportamento dos índices de preços para definir os próximos passos. Ao que tudo indica deve promover mais uma alta de 0,25 p.p. na reunião de agosto (dias 30 e 31), embora existam algumas “vozes” dissonantes no mercado que acreditam que o aperto monetário possa prosseguir até outubro. O economista Carlos Thadeu de Freitas Gomes Filho, da Franklin Templeton está com a maioria. Ele considera que, apesar das divergências e da desaceleração nos preços (principalmente de serviços) não terem ocorrido de maneira uniforme, o BC deve encerrar o ciclo de alta da Selic no mês que vem. “Vai promover mais um aumento e parar para ver”, acredita. Heron do Carmo, presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), concorda e pondera que o BC vai acompanhar a evolução da inflação em julho e agosto e, só assim, terá melhores condições de avaliar se o ritmo de aceleração nos preços realmente ocorreu. O Índice de Preços ao Consumidor 15 (IPCA-15), prévia da inflação mensal, ficou em 0,10% em julho, abaixo do registrado em junho. No entanto, segundo Carmo, o resultado foi bem superior à inflação do ano passado, quando ficou próxima de zero. “Agora vamos ver se, em 12 meses até agosto, o IPCA vai parar de subir”, pondera. O economista lembrou que há riscos, já que os dados de julho e agosto são, normalmente, usados como referência para dissídios salariais de diversas categorias de trabalhadores no final do ano. Meta de inflação Embora a maioria dos economistas não acredite que o BC vai conseguir convergir a inflação ao centro da meta de 4,5% em 2012, Carmo prevê que o IPCA deve chegar neste patamar por volta de abril do ano que vem. “Se não ficar em 4,5%, deve ficar bem próximo”, diz. Mas o economista pondera que variáveis alheias à política monetária, como a questão do clima e preços do álcool, podem atrapalhar. ■ 34 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 INVESTIMENTOS RENDA FIXA Natália Flach [email protected] Perda de Petrobras já equivale a um BB A turbulência internacional está provocando forte pressão sobre o valor de mercado das grandes companhias brasileiras. Em 31 de dezembro do ano passado, as 30 maiores empresas eram avaliadas em R$ 1,8 trilhão, mas despencaram até ontem para R$ 1,61 trilhão. “Com o estresse no cenário externo, os investidores têm se desfeito das carteiras que consideram mais arriscadas. É isso que explica as bolsas de países com problemas na dívida soberana terem subido, enquanto a do Brasil, caído”, diz Osmar Camilo, analista-chefe da corretora Socopa. No levantamento feito pelo BRASIL ECONÔMICO, Petrobras e Vale permanecem nas primeiras posições do ranking, apesar de terem perdido 18,47% e 7,11%, respectivamente, em valor de mercado. Não é pouco: com esse ajuste, a petrolífera perdeu quase um Banco do Brasil em valor de mercado, cerca de R$ 70 bilhões. Oswaldo Telles, analista-chefe da Banif Invest, lembra que, nos dois casos, além das questões macroeconômicas do país, há outro fator envolvido: a interferência do governo brasileiro. “Vale e Petrobras são as que mais captam os sentimentos do mercado. Mas, neste período, houve troca no comando da mineradora por decisão go- vernamental, e a Petrobras está com dificuldade para anunciar o seu plano de investimentos também por questões estratégicas do governo”, afirma. Desde janeiro, a bolsa brasileira caiu 14,70%, número bem próximo da queda do valor de mercado do Itaú Unibanco (14,30%) que, em dezembro, aparecia na terceira posição do ranking e agora está atrás da Ambev, que recuou apenas 4,44%. Outra que alterou a colocação na lista foi a Telesp, mas esta com destaque positivo. As ações da empresa tiveram valorização de 20,5% e seu valor de mercado subiu 142,30% — uma das explicações, segundo Valder Nogueira, analista do Santander, é a incorporação dos papéis da Vivo. “O medo de uma junção societária se mostrou um equívoco”, afirma. Outra razão é o aumento do número de ações emitidas: no fim de 2010, eram 505,84 milhões de papéis e agora são 1,13 bilhão, ou seja, mais do que o dobro. O terceiro motivo é o fato de a companhia ser o que o mercado chama de defensiva. “A receita é recorrente e a empresa é boa pagadorade dividendos”, diz Nogueira. Por esta razão, Eletrobrás, CPFL, Tim, Cemig e Telemar também subiram no período. ■ EMPRESA VALE PREÇO/VALOR PATRIMONIAL, ÍNDICE VALOR DE MERCADO, EM R$ BILHÕES 310,02 1,16 275,01 255,46 2,26 VARIAÇÃO NO ANO 0,93 -18,5% 1,95 -7,1% AMBEV 144,36 6,44 137,95 6,27 -4,4% ITAUUNIBANCO 159,67 2,71 136,83 2,31 -14,3% 109,76 BRADESCO 101,97 2,41 2,15 -7,1% BANCO DO BRASIL 89,88 1,65 1,44 -16,7% SANTANDER BR 86,46 1,17 57,73 0,78 -33,2% 1,80 49,91 2,24 142,3% 2,18 49,81 1,75 -16,3% 4,93 -29,9% TELESP ITAUSA OGX PETROLEO 20,60 59,51 64,66 6 6 0 50100 0 015002000250030003500400 (%) No ano ITAU PERS RF MAXIME FICFI BB RENDA FIXA LP 50 MIL FICFI BB R FIXA LP PLUS ESTILO FIC FI CAIXA FIC EXECUTIVO RF L PRAZO CAIXA FIC IDEAL RF LONGO PRAZO BB RENDA FIXA 5 MIL FIC FI BB RENDA FIXA 200 FIC FI BB RENDA FIXA 50 FIC FI ITAU PREMIO RENDA FIXA FICFI BB RENDA FIXA LP 100 FICFI 20/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 20/jul 20/jul 20/jul 20/jul 19/jul 10,53 10,47 10,46 10,10 9,48 9,25 8,08 7,56 7,17 6,97 5,92 5,78 5,77 5,59 5,27 5,19 4,59 4,31 4,14 3,97 Fundo Data Rent. 12 meses (%) No ano BB REF DI LP PREM ESTILO FIC FI ITAU PERS MAXIME REF DI FICFI BB REF DI PLUS ESTILO FIC FI BB REFERENCIADO DI 5 MIL FIC FI BB NC REF DI LP PRINCIPAL FIC FI HSBC FIC REF DI LP POUPMAIS BB REFERENCIADO DI 200 FIC FI ITAU PREMIO REF DI FICFI BRADESCO FIC DE FI REF DI HIPER SANT FIC FI CLAS REF DI 19/jul 20/jul 20/jul 20/jul 19/jul 20/jul 20/jul 20/jul 20/jul 20/jul 10,67 10,32 10,28 8,62 8,37 8,11 8,02 7,03 6,60 6,18 5,91 5,77 5,74 4,87 4,70 4,62 4,56 4,03 3,81 3,55 Fundo Data Rent. 12 meses (%) No ano BB ACOES VALE DO RIO DOCE FI CAIXA FMP FGTS VALE I ITAU ACOES FI BRADESCO FIC DE FIA BRADESCO BA FIC DE FIA BRADESCO FIC DE FIA MAXI SANTANDER FIC FI ONIX ACOES UNIBANCO BLUE FI ACOES ALFA FIC DE FI EM ACOES BB ACOES PETROBRAS FIA 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 17,40 16,36 (7,04) (8,56) (8,73) (8,80) (11,17) (11,57) (16,31) (16,37) (6,69) (7,43) (14,42) (15,33) (15,48) (15,52) (17,09) (17,97) (21,48) (17,20) Taxa Aplic. mín. adm. (%) (R$) 1,00 1,00 1,00 1,10 1,50 2,00 3,00 3,50 4,00 4,00 Taxa Aplic. mín. adm. (%) (R$) 0,70 1,00 1,00 2,50 2,47 3,00 3,00 4,00 4,50 5,00 7,02 74,89 45,30 5 0 0 50100150 0 0200025003000350 IBOVESPA Taxa Aplic. mín. adm. (%) (R$) 2,00 1,90 4,00 4,00 4,00 4,00 2,50 5,00 8,50 2,00 Fundo Data Rent. 12 meses (%) No ano ITAU EQUITY HEDGE ADV MULT FI BTG PACTUAL MULTIE FI MULTIM BB MULTIM TRADE LP ESTILO FICFI CAPITAL PERF FIX IB MULT FIC ITAU PERS K2 MULTIM FICFI ITAU PERS MULTIE MULT FICFI SANT FIC FI ESTRAT MULTIM SANT CAPITAL PROT 3 FI MULT SANT FI CAP PROT VG7 MULT SANT FICFI CAP PROT VG6 BR MULT 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 19/jul 12,87 11,00 10,71 10,67 10,52 10,35 7,95 0,69 0,60 (2,17) 6,41 5,94 5,84 5,91 5,48 5,56 4,35 (3,21) (4,52) (6,94) 2,00 1,10 1,50 1,50 1,50 1,25 2,00 2,30 2,50 2,50 SMALL CAP - SMLL MIDLARGE CAP - MLCX 1302 875 59.275 19.790 1299 873 59.150 19.740 1296 871 19.690 1293 869 Máxima 59.551,61 Mínima 59.044,51 Fechamento 59.119,71 58.900 1290 19.640 Fonte: BM&FBovespa 12h 13h 14h 15h 16h 17h 10.000 50.000 20.000 50.000 5.000 10.000 5.000 5.000 5.000 *Taxa de performance. Ranking por número de cotistas. Fonte: Anbima. Elaboração: Brasil Econômico 19.840 11h 200 1.000 100 200 200 Taxa Aplic. mín. adm. (%) (R$) IBRX-100 (EM PONTOS) 59.400 10h 100.000 80.000 50.000 5.000 100 30 200 1.000 100 100 MULTIMERCADOS Fontes: Economatica e Brasil Econômico 59.025 80.000 50.000 50.000 30.000 5.000 5.000 200 50 300 100 20/JUL/2011 PREÇO/VALOR PATRIMONIAL, ÍNDICE 380,25 PETROBRAS Rent. 12 meses AÇÕES O fraco desempenho da bolsa, neste ano, provocou impactos extremamente negativos no valor de mercado das dez maiores companhias brasileiras. A exceção é a Telesp que se valorizou 142,3% de janeiro até ontem 31/DEZ/2010 Data DI LADEIRA ABAIXO VALOR DE MERCADO, EM R$ BILHÕES Fundo 10h 17h 867 10h 17h 10h 17h Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 35 BOLSA JURO Giro financeiro Contrato futuro R$ 5,2 bilhões 12,46% foi o volume financeiro registrado ontem no segmento acionário da BM&FBovespa. O principal índice encerrou a sessão com variação positiva de 0,42%, aos 59.082 pontos. foi a taxa de fechamento do contrato futuro de DI com vencimento em janeiro de 2012, o mais líquido na sessão de ontem. O volume financeiro foi de R$ 39,6 bilhões, em 417.709 contratos negociados. HOME BROKER (fechamento em R$) Redecard ON (RDCD3) 31,00 30,00 Terceiro objetivo 27,50 27,500001 “O segredo da felicidade não é ganhar dinheiro, que a maioria acabará perdendo. O segredo é ter feito uma diferença” 27,00 Segundo objetivo 25,00 24,00 24,000001 0 24,00 22,50 Resistência Primeiro objetivo Suporte 20,50 20,500000 19,25 17,00 17,000000 1/FEV 10/MAR 11/ABR 16/MAI 17/JUN @StephenKanitz, Stephen Kanitz, administrador de empresas 24,00 20/JUL “#MNDL4 Você sabia que em algumas situações um leilão pode se arrastar por até 48 horas? Existem regras para isto, pesquise porque vale a pena!” @picapautrader, investidor Fontes: Leandro Martins, Economatica, BM&FBovespa e Brasil Econômico Redecard pode se valorizar durante o ano Com a bolsa andando de lado, está cada vez mais difícil encontrar boas indicações de papéis que podem se valorizar até dezembro. As ações da Redecard (RDCD3) dão sinais de que podem ser a exceção que os investidores tanto esperavam. Ontem, os papéis da companhia fecharam o pregão cotados a R$ 24, com leve alta de 0,21%. Este valor é equivalente à sua resistência (ponto que, se superado, indica a possibilidade de continuidade de movimento de alta). Segundo Leandro Martins, analista-chefe da Walpires Corretora, com o rompimento do patamar, o primeiro objetivo das ações é chegar aos R$ 25 e isso deve ocorrer em apenas uma semana. Já o segundo objetivo pode ser mais difícil de ser alcançado e, provavelmente, deve demorar algumas semanas até que o patamar de R$ 27 seja rompido. “Chegar aos R$ 30, por sua vez, vai custar alguns meses”, afirma o especialista. Caso essa projeção de longo prazo se confirme, os papéis recuperariam o ponto alcançado um ano atrás, época em que começaram a se desvalorizar. No entanto, se as expectativas não se concretizarem, o valor do suporte (patamar que, se perdido, aponta para uma chance de queda em sequência) é de R$ 22,50, alerta Martins. Neste caso, o especialista indica apertar o botão de venda dos papéis. “Brasileiros não têm motivo para comemorar, governo sim! Impostômetro antecipará em 31 dias marca de R$ 800 bilhões” @Investpedia, site de investimentos e finanças pessoais “Com essas taxas enormes na #renda fixa, é natural que o empresário fique desmotivado num primeiro momento, mas o verdadeiro #empreendedor segue firme” @Fontes, consultor financeiro e economista “‘O real é a moeda mais valorizada entre as 58 principais economias.’ Apenas uma saída de $ estrangeiros daria um alento. Péssimo para o mercado!” @chrinvestor, Christian Cayre, investidor ÍNDICES RENDA FIXA PALESTRA BMF&Bovespa altera data de início da vigência de carteiras Sofisa Direto lança CDBs para concorrer com Tesouro Direto Um Investimentos organiza dois cursos para investidores A BM&FBovespa alterou para a primeira segunda-feira de janeiro, maio e setembro as datas de início de vigência das carteiras teóricas do Índice Bovespa e dos demais índices. Até agora, as carteiras entravam em vigor no primeiro dia útil destes meses. A mudança já valerá em setembro. A BM&FBovespa divulga três prévias das novas composições: a 1ª no primeiro pregão do último mês de vigência da carteira; a 2ª, no pregão seguinte ao dia 15 e a 3ª, no último pregão. O Sofisa Direto, do banco Sofisa, lançou três CDBs (Certificado de Depósito Bancário) com o intuito de competir com os títulos vendidos pelo Tesouro Direto. Um deles, com vencimento em maio de 2015, oferece 8,01% ao ano mais IPCA. Há ainda dois CDBs prefixados com vencimentos em janeiro de 2013 e 2014 e rentabilidade anual no mínimo 12% maior que a dos títulos equivalentes do Tesouro Direto. As taxas valem para aplicações de qualquer valor. A corretora Um Investimentos promoverá duas palestras gratuitas para investidores em São Paulo. No dia 26/07, a partir das 18h30, a aula “Candlesticks e Análise Técnica Avançada” será dividida entre conceitos teóricos e sessão prática sobre o tema. Já no “Encontro com Investidores”, no dia 27/07, serão abordados os principais eventos que movimentaram o mercado ao longo do mês. Inscrições: [email protected] ou pelo número (11) 3525-3590. Randon Concórdia mantém indicação de compra para as ações A Randon (RAPT4) registrou receita bruta de R$ 529,2 milhões em junho, 11,6% acima do apurado em igual mês de 2010. Já a receita líquida cresceu 11,4% entre os períodos, totalizando R$ 345,2 milhões. No ano, a receita bruta soma R$ 3,12 bilhões e a líquida R$ 2,05 bilhões, alta de 20,9% e 20,6% respectivamente. Para analistas da Concórdia, Leonardo Zanfelicio e Karina Freitas, o desempenho de junho foi muito bom, pois superou por mais um mês a elevada base de comparação do ano anterior. Para eles, a alta de 19,5% das vendas ante o segundo trimestre de 2010 e o avanço de 15,1% frente ao primeiro. “Sinalizam que seus resultados neste trimestre serão bastante satisfatórios”, apontam em relatório. Para eles, nem mesmo a queda queda das vendas por dia útil mudam os fundamentos macro e microeconômicos para a Randon que ainda são positivos para o médio prazo. “O que nos faz seguir com a nossa recomendação de compra para as suas ações”. O preço-alvo é de R$ 16,57 por ação. CENAEEL - Central Nacional de Energia Eólica S.A. CNPJ/MF nº 04.959.392/0001-71 - NIRE 42.300.029.611 Ata da Assembléia Geral Extraordinária 1. Data, Hora e Local: Realizada aos 23 (vinte e três) dias do mês de fevereiro de 2011, às 9:00 horas, na sede social da Companhia, na Rodovia PRT 280 - Km 94,3, CEP 89654-000, Município de Água Doce, Estado de Santa Catarina. 2. Convocação e Presença: Presentes os acionistas que representam a totalidade do capital social, em razão do que fica dispensada a convocação, nos termos do art. 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76, conforme assinaturas constantes do Livro de Presença de Acionistas da Companhia. 3. Mesa: Sr. António Manuel Barreto Pita de Abreu - Presidente; e Sra. Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti - Secretária. 4. Ordem do Dia: Alteração do endereço da filial da Companhia. 5. Deliberações: 5.1 Os acionistas, por unanimidade dos presentes, aprovaram a alteração do endereço da filial da Companhia, atualmente localizada na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Rua Bandeira Paulista, nº 530, conjunto 92, no Itaim Bibi, São Paulo/SP, CEP 04532-001, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 04.959.392/0002-52, registrada na Junta Comercial do Estado de Santa Catarina - JUCESC sob nº 35902758313 e na Junta Comercial do Estado de São Paulo - JUCESP sob o nº 366530094, para a Rua Joaquim Floriano, nº 413, 17º andar, Conjunto 172, Edifício Result Corporate Plaza, CEP: 04534-010 - São Paulo - SP - Brasil. 5.2 Tendo em vista a deliberação acima, o artigo 2º do Estatuto Social da Companhia passará a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 2º - A sociedade tem sua sede e foro na Rodovia PRT 280 - Km 94,3, CEP 89654-000, no Município de Água Doce, Estado de Santa Catarina, e filial que funciona como escritório administrativo localizado na Rua Joaquim Floriano, nº 413, 17º andar, conjunto 172, Edifício Result Corporate Plaza, CEP: 04534-010 - São Paulo - SP - Brasil, podendo abrir filiais, agências ou representações, em qualquer localidade do país ou do exterior, mediante resolução da Diretoria.” 6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém a pedisse, declarou encerrados os trabalhos e suspensa a assembléia pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, reaberta a sessão, foi lida, aprovada e por todos os presentes assinada. Presidente da Mesa: António Manuel Barreto Pita de Abreu. Secretária: Andréa Mazzaro Carlos De Vincenti. Acionistas: Sr. Antonio Manuel Barreto Pita de Abreu; e EDP Renováveis Brasil S.A. representada por seu Diretor Presidente Sr. Miguel Nuno Simões Nunes Ferreira Setas e por seu Diretor Sr. Carlos Emanuel Baptista Andrade. Declaro que a presente é cópia fiel extraída da original. Registrada na JUCESP sob o nº 202.141/11-1 em sessão de 31/05/2011. Secretária Geral: Kátia Regina Bueno de Godoy. 36 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 MUNDO Editora: Elaine Cotta [email protected] Subeditora: Ivone Portes [email protected] Cúpula europeia é considerada decisiva para crise da Grécia O presidente francês, Nicolas Sarkozy, tomou a iniciativa de ir ontem a Berlim para se reunir com a chanceler alemã, Angela Merkel, um dia antes do encontro em Bruxelas com representantes de 17 países Michael Kappeler/AFP A chanceler alemã e o presidente francês tentam solução para a crise europeia A cúpula europeia, marcada para hoje, em Bruxelas, é considerada decisiva para o futuro da Grécia e da União Europeia. Os dirigentes dos 17 países da zona do euro discutirão um segundo plano de resgate para a economia grega, no qual tentarão envolver o setor privado. Os mercados financeiros esperam uma resposta firme em relação a um segundo plano de ajuda à Grécia, enquanto que os Estados Unidos estão preocupados com as consequências potencialmente devastadoras que uma crise da dívida europeia teria para sua economia. Sinal das divergências que devem ser superadas, o presidente francês Nicolas Sarkozy tomou a iniciativa de ir a Berlim ontem para se reunir com a chanceler alemã Angela Merkel, que se declarou confiante de que a cúpula terá bons resultados, em um comunicado imitido antes da reunião o líder francês. A maioria das opções contempladas que envolvem a participação de credores privados da Grécia, como a Alemanha exige des- ROMBO ¤ 350 bi é o valor estimado da dívida pública grega. 150% é o percentual estimado da dívida do país em relação ao Produto Interno Bruto (PIB). de o início por razões políticas, suporiam de fato um “acontecimento de crédito”, um “default” ou a falta de pagamento parcial de sua dívida pela Grécia. O reescalonamento da dívida grega iria impor aos credores uma mudança nos vencimentos dos reembolsos, o que seria castigado pelas agências de classificação. Já a recompra da dívida grega, também em discussão, poderia não supor um “default” se a Grécia realizar ela mesma a operação com a ajuda de empréstimos europeus. A vanta- gem é que o custo da dívida grega nos mercados é muito baixo atualmente e poderia permitir reduzir o volume global de endividamento do país. Mas se o Fundo Europeu de Ajuda (FESF) comprasse os títulos gregos, haveria um risco de calote parcial. A terceira opção contemplada é a criação de uma taxa bancária especial na zona do euro. Esta solução “teria a vantagem de não intervir diretamente nos bancos e, portanto, de potencialmente não criar um default” da Grécia, que apresen- Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico 37 Suzanne Plunkett/Reuters Premiêbritânicosedefendesobregrampos O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu ontem a forma com que seu gabinete tratou com a polícia diante das alegações de grampos telefônicos e subornos nos jornais britânicos do magnata Rupert Murdoch. “O Número 10 agora publicou a troca integral de e-mails entre o chefe de gabinete e John Yates, e o documento mostra que meu gabinete se comportou de forma correta”, disse Cameron ao Parlamento. EUA Casa Branca diz que acordo de curto prazo para dívida é possível A Casa Branca deu a entender ontem, pela primeira vez, que aceitará um incremento de curto prazo no teto da dívida para chegar a um acordo de um plano mais amplo, uma vez que a data limite (para evitar a moratória) de 2 de agosto se aproxima. O presidente Barack Obama, no entanto, já disse claramente que não apoiaria um incremento de curto prazo do limite da dívida por parte do Congresso, disse o seu porta-voz, Jay Carney, em seu encontro diário com os jornalistas. “O que queremos dizer com isso é que não apoiaríamos um acordo de curto prazo se não houver um acordo mais amplo que inclua uma redução do déficit”, explicou Carney. O bloqueio político se prolonga porque os democratas querem reduzir o déficit com base nos ingressos fiscais, enquanto que os republicanos pensam somente em drásticos cortes orçamentários. O teto da dívida americana, de US$ 14,3 trilhões, foi atingido em maio e o Tesouro já informou que, se o limite não for elevado, só vai conseguir manter os pagamentos de suas contas até 2 de agosto. AFP taria riscos de contágio, explicou na segunda-feira o ministro francês das Relações Exteriores, Jean Leonetti. O Fundo Monetário Internacional (FMI) fez um alerta dizendo que se não houver rapidez para se lidar com a crise econômica na Europa, ela pode ter graves consequências em todo o mundo. Segundo o FMI, a zona do euro precisa adotar uma ação decisiva que impeça que a crise se espalhe para fora da região e que restaure a confiança no bloco. ■ AFP Comércio mundial tem crescimento recorde em 2010 Volume de exportação mundial cresceu 14,5% no ano passado, após retração de 12% em 2009, em razão da crise financeira global de 2008 Rafael Abrantes [email protected] O volume de exportação mundial, em mercadorias, cresceu 14,5% no ano passado, depois de apresentar queda de 12% em 2009, em razão da crise financeira global que reduziu o fluxo de comércio entre os países. Com isso, o desempenho das exportações no mundo no ano passado foi recorde — melhor resultado desde 1950. Os dados fazem parte de relatório divulgado ontem pela Organização Mundial do Comércio (OMC). Em valores, as exportações globais somaram US$ 15,2 trilhões no ano passado, valor superior aos US$ 12,5 trilhões de 2009. O estudo aponta as diferenças entre o melhor rendimento das economias em desenvolvimento na comparação com os países avançados. O destaque é o crescimento do comércio nos países asiáticos, que levaram as economias em desenvolvimento a atingirem participação inédita de 45% no total das exportações mundiais em 2010. As vendas externas, em volume, aumentaram 17% nos países em desenvolvimento, enquanto observou-se alta de 13% nos desenvolvidos. Segundo a organização, a China registrou uma contribuição “sem medidas” para a recuperação do comércio mundial no ano passado ao aumentar suas exportações, em volume, em 28%, e importações em 22%. O país asiático foi o maior exportador no planeta em 2010, com US$ 1,58 trilhão ou 10% do total das exportações. Os países da América do Sul e Central foram os responsáveis pela maior expansão anual nas importações (22,7%), com US$ 135 bilhões. No Brasil, as saídas e entradas de mercadorias e serviços cresceram 15% e 35%, respectivamente. Os resultados divulgados levam o comércio mundial de volta aos níveis do período pré-crise, mas a “alta nas exportações poderia ter sido ainda maior caso o comércio tivesse retornado rapidamente às estimativas anteriores à crise”, afirma o relatório. Para a OMC, as dificuldades para um comércio internacional ainda mais intenso surgiram com as medidas de austeridade fiscal impostas pelos governos europeus; aumento generalizado nos custos de energia; e manutenção de taxas de desemprego elevadas nos países desenvolvidos. ■ NEGÓCIOS 35% de aumento das importações no Brasil em 2010, na comparação anual. As exportações registraram alta de 15%. US$ 1,72 tri foi o valor total das exportações da Europa no ano passado. A região foi a maior exportadora em todo o mundo no período. 73% foi o crescimento das exportações de equipamentos para escritório e telecom de 2009 a 2010, o melhor resultado entre setores. Edital TCU-BIRD 01/2011 TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SELEÇÃO DE ESPECIALISTA PARA REALIZAÇÃO DE MAPEAMENTO DOS PRINCIPAIS PROCESSOS CONTÁBEIS DO SISTEMA DE CONTABILIDADE FEDERAL. Encaminhar currículo para: Tribunal de Contas da União EDITAL TCU-BIRD 01/2011 Unidade de Coordenação de Projetos Financiados por Operações de Crédito Externo– UCP/Segepres Endereço: SAFS, Quadra 4, Lote 01, Anexo I, sala 15. CEP 70042-900, Brasília-DF Telefones: (0XX61) 3316.5071/7939 Em envelope lacrado, ou para o e-mail [email protected], até às 18h00min horas do dia 29/7/2011 devendo indicar, entre outras, as seguintes informações: a) Formação Acadêmica: i. nas áreas de Administração, Contabilidade, Economia, Engenharia, Tecnologia da Informação ou áreas correlatas; ii. Curso de extensão em gestão de processos; iii. pós-graduação/mestrado/doutorado com programa relacionado à gestão de processos. b) Experiência Profissional em mapeamento de processos de negócio na área financeira e não financeira e em contabilidade, controles internos ou auditoria; Serão DESCONSIDERADOS os currículos remetidos após a data indicada. A. Remuneração: A ser definida com base na formação acadêmica e experiência profissional; B. Modalidade de contrato: Produto (Global); C: Forma de pagamento: Mediante apresentação de produtos indicados no contrato; D: Duração do contrato: até 5 meses; E. Local de Trabalho: Brasília – DF. A contratação será efetuada em Brasília por meio de processo seletivo simplificado (análise curricular). Não poderão participar do processo seletivo, por força da legislação em vigor, servidores ativos da Administração Pública Federal, Estadual, do Distrito Federal ou Municipal, direta ou indireta, bem como empregados de suas subsidiárias e controladas. Para obtenção da Manifestação de Interesse – MI, favor encaminhar e-mail para [email protected] indicando no assunto "Solicitação de MI-01/2011" ou acessar a página www.tcu.gov.br opção “licitações e contratos do TCU / Editais 2011”. HRT PARTICIPAÇÕES EM PETRÓLEO S.A. CNPJ/MF: 10.629.105/0001-68 - NIRE: 33.3.0029084-2 COMPANHIA ABERTA Ata da Reunião do Conselho de Administração nº 16/2011 realizada em 13 de julho de 2011. 1. Data, Hora e Local: Aos 13/07/2011, às 11h, na sede social da HRT Participações em Petróleo S.A. (HRTP ou Cia.), na Av. Atlântica, 1130, Entrada 1, com entrada suplementar na Av. Princesa Isabel, 10º andar, parte, Copacabana - RJ. 2. Convocação: Realizada mediante correspondência subscrita pelo Presidente do Conselho de Administração da HRTP, enviada eletronicamente a todos os membros do Conselho de Administração da HRTP em 06/07/2011, na forma do art. 19 do Estatuto Social da Cia.. 3. Presença: No dia 13/07/2011, estiveram presentes na sede da Cia. os Srs. Marcio Rocha Mello, John Milne Albuquerque Forman, Eduardo de Freitas Teixeira, Antonio Carlos Sobreira de Agostini, Mathew Todd Goldsmith e Carlos Thadeu de Freitas Gomes, e presentes, através de conferência telefônica, os Srs. Michael Stephen Vitton, John Anderson Willott e William Lawrence Fisher. 4. Mesa: O Presidente do Conselho de Administração da Cia., Sr. Marcio Rocha Mello, assumiu a presidência dos trabalhos, tendo convidado o Sr. John Milne Albuquerque Forman para secretariar a Reunião. 5. Ordem do Dia: (a) Inclusão de novas alterações ao Estatuto Social da HRTP, para deliberação na Assembleia Geral Extraordinária prevista para 13/09/2011; (b) 1º Aditivo ao Contrato HRT-SOL-018/2010 Weatherford, cuja formalização foi aprovada pelo Conselho de Administração na reunião realizada em 12/11/2010; (c) Novas oportunidades de negócios. 6. Deliberações: (a) O Conselho de Administração analisou a Proposta da Administração de homologação do capital e alteração do Estatuto Social da HRTP, como abaixo detalhado, arquivada na sede da Cia., preparada em conformidade com as informações e documentos previstos na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nº 481 de 17/12/2009, as quais aprovou: (i) A homologação parcial do aumento de capital no valor de R$85.046.484,91, mediante a emissão de 238.679 ações subscritas em decorrência de: (a) Exercício do Direito de Preferência no âmbito do aumento de capital aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19/04/2011 (Aumento de Capital) correspondente a subscrição de 537 ações no valor de R$1.047.150,00; (b) Exercício do direito a sobras no referido Aumento de Capital correspondente à subscrição de 2 novas ações no valor de R$3.900,00; (c) Exercício de opções de compra de ações correspondente a 8.832 novas ações no valor de R$8.832,00; e (d) Exercício de bônus de subscrição correspondente a 229.308 novas ações no valor de R$ 83.986.602,91. (ii) A alteração do art. 5º do Estatuto Social da Cia. de modo a refletir o aumento de capital parcialmente homologado pelo Conselho de Administração da Cia. em 28/04/2011 no valor de R$1.272.521.250,00, mediante a subscrição de 652.575, bem como decorrente dos eventos acima mencionados. Colocada a matéria em votação, o Conselho, por unanimidade, decidiu aprovar a seguinte Ordem do Dia para a Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 13/09/2011: (i) Registrar que houve a subscrição de 539 novas ações ordinárias, escriturais e sem valor nominal, ao preço de emissão de R$1.950,00 por ação, no âmbito do aumento do capital social da Cia., aprovado na Assembleia Geral Extraordinária da Cia. realizada em 19/04/2011 (Aumento de Capital); (ii) Homologar parcialmente o referido Aumento de Capital, tendo em vista a subscrição, no âmbito do Aumento de Capital, de número de ações superior ao montante mínimo de 652.575, e inferior ao montante máximo de 1.350.000, ambos aprovados na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 19/04/2011; (iii) Alterar o art. 5º do Estatuto Social da Cia. de modo a refletir o novo capital social decorrente do Aumento de Capital e do exercício de opções de compra de ações e bônus de subscrição; (iv) Alterar o art. 18 do Estatuto Social da Cia. para tornar facultativa a designação do Vice-Presidente do Conselho de Administração; (v) Alterar o art. 21 e seu parágrafo 1º do Estatuto Social da Cia. para determinar que membros do Conselho de Administração serão considerados presentes na reunião quando participarem através de teleconferência ou vídeo-conferência, desde que assinem a respectiva ata; (vi) Alterar o art. 23 do Estatuto Social da Cia. para incluir os parágrafos 1º e 2º determinando que os diretores da Cia. deverão fiscalizar a atuação das Diretorias de suas subsidiárias, bem como que os diretores da Cia. terão dedicação exclusiva e em tempo integral em relação à Cia., sendo permitido porém o exercício concomitante de cargos da Administração nas subsidiárias, controladas e coligadas; (vii) Ratificar a alteração do §1º do art. 25 do Estatuto Social da Cia., aprovada na Assembleia Geral Extraordinária realizada em 9/05/2011, para indicar os substitutos nos casos de ausências e impedimentos temporários dos diretores da Cia.; (viii) Alterar os art. 28, 29, 30, 31, 32 e 33 do Estatuto Social da Cia. para definir as atribuições dos diretores; e (ix) Alterar o §1º do art. 17, o título do Capítulo VII, os art. 44, 52, 53 e 54 e o §1º do art. 57 do Estatuto Social da Cia., com o fim de adequar o Estatuto Social da Cia. às novas disposições do Regulamento do Novo Mercado adotado pela BM&FBOVESPA S.A. Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros. (b) O Sr. Marcio Mello, prestou esclarecimentos aos Conselheiros sobre o Aditivo ao Contrato HRT-SOL-018/2010 firmado com a empresa Wheatherford. O Conselho de Administração decidiu aprovar o aditivo. (c) O Sr. Marcio Mello prestou esclarecimentos sobre: (i) a aquisição da empresa Vienna Investments (Proprietary) Limited e (ii) a possibilidade de participação da HRT em novos blocos exploratórios na Namíbia, através de contrato de risco com a empresa Cowan Petróleo e Gás. Colocada as matérias em votação o Conselho de Administração aprovou ambas as matérias e determinou (i) que a HRT África tome as medidas necessárias para efetivar a referida aquisição e (ii) que o Sr. John Milne Albuquerque Forman conduza as negociações ora aprovadas. O Sr. John Forman prestou esclarecimentos aos demais Conselheiros sobre o andamento das negociações com a empresa Petra Energia. O Sr. Marcio Mello relatou aos demais Conselheiros o sucesso da visita de oitenta investidores às instalações da HRT na Bacia do Solimões, Solimões Field Trip. 7. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a reunião, da qual se lavrou a presente Ata que, lida e achada conforme, foi assinada. Assinaturas: Srs. Marcio Rocha Mello, John Milne Albuquerque Forman, Eduardo de Freitas Teixeira, Antonio Carlos Sobreira de Agostini, Mathew Todd Goldsmith, Carlos Thadeu de Freitas Gomes, Michael Stephen Vitton, John Anderson Willott e William Lawrence Fisher. Marcio Rocha Mello - Presidente da Mesa e Presidente do Conselho de Administração, John Milne Albuquerque Forman - Secretário da Mesa e Membro do Conselho de Administração. JUCERJA nº 00002209801 em 18/07/2011. Valéria G. M. Serra - Secretária Geral. 38 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 PONTO FINAL Tony Karumba/AFP UM ALERTA EM DEFESA DOS ELEFANTES Cerca de 5 toneladas de marfim contrabandeado e apreendido pelas autoridades foram incineradas, ontem, em Nairobi, no Quênia, como uma maneira de alertar o mundo para o problema. O presidente queniano Mwai Kibaki ateou fogo na pilha, ato que se repete desde 1989. Presidente do Conselho de Administração Maria Alexandra Mascarenhas Vasconcellos Diretor-Presidente José Mascarenhas Diretores Executivos Alexandre Freeland, Paulo Fraga e Ricardo Galuppo [email protected] Brasil Econômico é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A. Redação, Administração e Publicidade Avenida das Nações Unidas, 11.633 - 8º andar, CEP 04578-901, Brooklin, São Paulo (SP), Fone (11) 3320-2000 - Fax (11) 3320-2158 Diretor de Redação Ricardo Galuppo Diretor Adjunto Costábile Nicoletta Brasília Maeli Prado, Simone Cavalcanti Rio de Janeiro Ricardo Rego Monteiro Editores Executivos Arnaldo Comin, Gabriel de Sales, Jiane Carvalho, Thaís Costa Produção Editorial Clara Ywata Arte Pena Placeres (Diretor), Betto Vaz (Editor), Evandro Moura, Letícia Alves, Maicon Silva, Paulo Argento, Renata Rodrigues, Renato Gaspar, (Paginadores), Infografia Alex Silva (Chefe), Anderson Cattai, Monica Sobral Fotografia Antonio Milena (Editor), Marcela Beltrão (Subeditora), Henrique Manreza, Murillo Constantino (Fotógrafos), Angélica Bueno, Wellington Reis (Pesquisa) Webdesigner Rodrigo Alves Tratamento de im gem Henrique Peixoto, Luiz Costa Secretaria/Produção Shizuka Matsuno Informações econômicas e estatísticas Pedro Cássio Produção gráfica Ivanilson Fernandes, Márcia Fernandes, Samuel Coelho Editores Conrado Mazzoni (On-line), Elaine Cotta (Brasil), Fabiana Parajara (Destaque), Maria Luiza Filgueiras (Finanças), Rita Karam (Empresas) Subeditores Estela Silva, Isabelle Lima (Empresas), Ivone Portes (Brasil), Luciano Feltrin (Projetos Especiais), Micheli Rueda (On-line), Priscila Dadona (Finanças) Repórteres Ana Paula Machado, Ana Paula Ribeiro, Bárbara Ladeia, Carolina Alves, Carolina Pereira, Cintia Esteves, Claudia Bredarioli, Daniela Paiva, Domingos Zaparolli, Dubes Sônego, Eva Rodrigues, Fabiana Monte, Fábio Suzuki, Felipe Peroni, Flávia Furlan, Françoise Terzian, João Paulo Freitas, Karen Busic, Luiz Silveira, Lurdete Ertel, Mariana Celle, Mariana Segala, Martha S. J. França, Michele Loureiro, Natália Flach, Nivaldo Souza, Pedro Venceslau, Priscila Machado, Rafael Abranches, Rafael Palmeiras, Regiane de Oliveira, Ruy Barata Neto, Thais Moreira, Vanessa Correia, Weruska Goeking Departamento Comercial Paulo Fraga (Diretor Executivo Comercial), Mauricio Toni (Diretor Comercial), Júlio César Ferreira (Diretor de Publicidade), Ana Carolina Corrêa, Wilson Haddad (Gerentes Executivos), Paulo Fonseca (Gerente Comercial), Celeste Viveiros, Dervail Cabral Alves, Mariana Sayeg, Simone Franco (Executivos de Negócios), Jeferson Fullen (Gerente de Mercados), Ana Paula Monção (Assistente Comercial) Projetos Especiais Márcia Abreu (Gerente), Alexandre de Vicencio (Coordenador), Daiana Silva Faganelli (Analista) Publicidade Legal Marco Panza (Diretor de Publicidade Legal e Financeira), Adriana Araújo, Valério Cardoso, Carlos Flores (Executivos de Negócios), Ana Paula Monção (Assistente Comercial) Departamento de Marketing Evanise Santos (Diretora), Rodrigo Louro (Gerente de Marketing), Giselle Leme, Roberta Baraúna (Coordenadores de Marketing), João Felippe Macerou Barbosa (Coordenadores) Operações Cristiane Perin (Diretora) Departamento de Mercado Leitor Nido Meireles (Diretor), Nancy Socegan Geraldi (Assistente Diretoria), Denes Miranda (Coordenador de Planejamento) Central de Assinantes e Venda de Assinaturas Marcello Miniguini (Gerente de Assinaturas), Helen Tavares da Silva (Supervisão de Atendimento), Conceição Alves (Supervisão) São Paulo e demais localidades 0800 021 0118 Rio de Janeiro (Capital) (21) 3878-9100 De segunda a sexta-feira - das 6h30 às 18h30. 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Companhia Aberta CNPJ/MF nº 60.543.816/0001-93 - NIRE nº 35.300.027.248 AVISO AOS ACIONISTAS Comunicamos aos Senhores acionistas que, conforme deliberação da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 01/07/2011 e da Reunião do Conselho de Administração realizada na mesma data, a partir de 28 de julho de 2011, inclusive, iniciaremos a distribuição dos dividendos aprovados em referidas ocasiões, obedecendo às seguintes condições: 1. Pagamento de R$ 0,010899, por ação, isentos de IRRF, de acordo com o disposto no artigo 10 da Lei 9.249/95, referente ao exercício findo em 31/12/2010; 2. Pagamento de R$ 0,146170, por ação, isentos de IRRF, de acordo com o disposto no artigo 10 da Lei 9.249/95, referente à distribuição de dividendos intermediários à conta de reserva e lucros existentes; 3. Instruções quanto ao pagamento dos dividendos: 3.1. Os acionistas terão seus créditos disponíveis de acordo com o domicílio bancário fornecido ao Itaú Unibanco S.A. - Instituição Depositária de Ações, a partir da data de início de distribuição deste direito. 3.2. Os acionistas usuários das custódias fiduciárias terão seus dividendos creditados conforme procedimentos adotados pela BM&F Bovespa. 3.3. Aos acionistas cujo cadastro não contenha a inscrição do número do CPF, CNPJ ou indicação de Banco/Agência/ Conta Corrente, os dividendos somente serão creditados a partir do 3º dia útil, contado da data da atualização cadastral nos arquivos eletrônicos do Banco Itaú Unibanco S.A., desde que os interessados providenciem a regularização de seu cadastro, pessoalmente, em uma das agências do Itaú Unibanco S.A. que disponha de atendimento exclusivo aos acionistas. Caso a atualização dos dados seja providenciada em agência não especializada ou por meio de correspondência à Unidade de Processamento de Soluções Para Corporações do Itaú Unibanco S.A. localizada na Avenida Engenheiro Armando Arruda Pereira, n.º 707, 10º andar, CEP 04344-902, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, o pagamento somente será liberado após a efetivação dos devidos registros nos arquivos eletrônicos do referido banco. 4. Maiores informações poderão ser obtidas junto às agências do Banco Itaú Unibanco S.A., especializadas no atendimento a acionistas, no horário bancário. São Paulo, 20 de julho de 2011. Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Presidente do Conselho de Administração Adriano Pires Diretor do Centro Brasileiro de InfraEstrutura Tarifa de energia elétrica e competitividade industrial O preço da energia elétrica no Brasil tem sido objeto de intenso debate pelos altos valores praticados quando comparados a de outros países. No segmento industrial, por exemplo, isso vem comprometendo a competitividade. Apesar de a matriz energética brasileira ser constituída por fontes de geração de baixo custo, como a hidroeletricidade, responsável por 80% da geração em 2010, as tarifas aos consumidores finais se tornam elevadas devido a uma significativa incidência de encargos e tributos na conta de energia. No âmbito internacional, a tarifa industrial brasileira posiciona-se entre as mais elevadas. Em 2010, o valor médio da tarifa foi de US$ 125/MWh, enquanto as indústrias americanas pagaram, em média US$ 68/MWh. Em 2009, entre os países em desenvolvimento, a Rússia apresentou a menor tarifa, US$ 50/MWh, o Brasil ficou com US$ 118/MWh, enquanto o México teve a maior tarifa, US$ 126/MWh. Países vizinhos como Uruguai, Peru, Equador e Paraguai possuem tarifas menores. A tarifa industrial de energia elétrica possui 16 tributos (diretos e indiretos) e 14 encargos setoriais, excluindo os encargos sociais, que elevam o valor da conta de energia elétrica. Os tributos e encargos equivaleram a 45% da conta de energia elétrica em 2010. Na composição da carga tributária do setor elétrico, os tributos estaduais representam 47%, os tributos federais correspondem a 31%, enquanto a esfera municipal responde por um percentual próximo a zero. Os encargos setoriais e trabalhistas somam 22%. Ao invés de reduzir os encargos setoriais, o governo prorrogou a Reserva Global de Reversão (RGR) e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), por meio da Medida Provisória (MP) 517, de 30 de dezembro de 2010, sancionada em junho deste ano. JEREISSATI TELECOM S.A. (atual denominação da La Fonte Telecom S.A.) Companhia Aberta - CNPJ/MF Nº 53.790.218/0001-53 - NIRE Nº 35.300.099.940 AVISO AOS ACIONISTAS Comunicamos aos Senhores acionistas que, conforme deliberação da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária realizada em 01/07/2011 e da Reunião do Conselho de Administração realizada na mesma data, a partir de 27 de julho de 2011, inclusive, iniciaremos a distribuição dos dividendos aprovados em referidas ocasiões, obedecendo às seguintes condições: 1. Pagamento de R$ 0,312615, por ação, isentos de IRRF, de acordo com o disposto no artigo 10 da Lei 9.249/95; 2. Instruções quanto ao pagamento dos dividendos: 2.1. Os acionistas terão seus créditos disponíveis de acordo com o domicílio bancário fornecido ao Itaú Unibanco S.A. Instituição Depositária de Ações, a partir da data de início de distribuição deste direito. 2.2. Os acionistas usuários das custódias fiduciárias terão seus dividendos creditados conforme procedimentos adotados pela BM&F Bovespa. 2.3 Aos acionistas cujo cadastro não contenha a inscrição do número do CPF, CNPJ ou indicação de Banco/Agência/Conta Corrente, os dividendos somente serão creditados a partir do 3º dia útil, contado da data da atualização cadastral nos arquivos eletrônicos do Banco Itaú Unibanco S.A., desde que os interessados providenciem a regularização de seu cadastro, pessoalmente, em uma das agências do Itaú Unibanco S.A. que disponha de atendimento exclusivo aos acionistas. Caso a atualização dos dados seja providenciada em agência não especializada ou por meio de correspondência à Unidade de Processamento de Soluções Para Corporações do Itaú Unibanco S.A. localizada na Avenida Engenheiro Armando Arruda Pereira, nº 707, 10º andar, CEP 04344-902, cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, o pagamento somente será liberado após a efetivação dos devidos registros nos arquivos eletrônicos do referido banco. 3. Maiores informações poderão ser obtidas junto às agências do Banco Itaú Unibanco S.A., especializadas no atendimento a acionistas, no horário bancário. São Paulo, 20 de julho de 2011 Carlos Francisco Ribeiro Jereissati Presidente do Conselho de Administração TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S.A. CNPJ Nº 85.041.333/0001-11 NIRE nº 41300014230 ATA da 15ª ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA A redução da competitividade industrial brasileira, devido à elevada tarifa de energia, vem despertando o interesse em direcionar investimentos em novas unidades nos países vizinhos Na tentativa de ter tarifas menores e uma maior garantia de oferta, as indústrias vêm investindo em autoprodução. Em 2009, a autoprodução industrial chegou a 41,4 MWh, 11% superior a 2008. O segmento de produtores de não ferrosos e outras metalurgias ampliou a autoprodução em 28%. A possibilidade de escolha do ambiente de contratação de energia está levando as empresas a avaliarem o valor das tarifas e migrarem da condição de consumidores cativos para livres no mercado de energia elétrica. O consumo no mercado livre aumentou ao longo dos anos, chegando a 26% do consumo de energia no Sistema Integrado Nacional (SIN), em 2010. As tarifas pouco competitivas têm levado a uma redução de investimentos e até a fechamento de unidades, como ocorreu com a Vale de Santa Cruz (RJ), em 02009. A Novelis fechou uma unidade de fundição com capacidade para produzir 60 mil toneladas de alumínio primário, em 2010, em Aratu (BA). A redução da competitividade industrial brasileira, devido à elevada tarifa de energia elétrica, vem despertando o interesse em direcionar investimentos em novas unidades nos países vizinhos. O Paraguai, que recentemente assinou contrato com o Brasil para a construção de uma linha de transmissão que interligará a UHE de Itaipu à capital Assunção, aumentará a oferta de energia e, por possuir tarifas mais competitivas para setor industrial, já foi citado como possível destino a novas unidades de fundição. Em 2008, a tarifa média industrial de energia no Paraguai foi de US$ 48/MWh, 59% menor que a tarifa média praticada no Brasil. A Rio Tinto Alcan, por exemplo, estuda a instalação de uma fundição no Paraguai com a intenção de produzir 674 mil toneladas de alumínio por ano. ■ “O sonho de Hollywood se tornou um pesadelo” Iain Smith, produtor de cinema, cujas obras incluem Sete Anos no Tibete, que, junto com outros cineastas e atores, lançou, na terça-feira, um apelo aos internautas para que evitem fazer downloads ilegais de filmes e músicas gratuitos. Ele calcula que, somente nos Estados Unidos, a pirataria causou perdas de US$ 25 bilhões à indústria do cinema. “A pirataria é a maior maldição do setor”, acrescentou. Divulgação A FRASE Realizada em 29 de abril de 2011 (lavrada em forma de sumário - art. 130, § 1º, da Lei nº 6.404/76) 1) DATA, HORA E LOCAL: Às 9:00h Snove horas) do dia 29 (vinte e nove) do mês de abril do ano de 2011 (dois mil e onze), na sede social da TERMINAIS PORTUÁRIOS DA PONTA DO FÉLIX S.A. (doravante “Companhia”), situada na Rua Engenheiro Luiz Augusto de Leão Fonseca, nº 1.520, em Antonina, Paraná. 2) CONVOCAÇÃO: Edital de Convocação publicado nos dias 13, 14 e 15 de abril de 2011 no Diário Oficial do Estado do Paraná, páginas 39, 26 e 30, respectivamente, e nos dias 13, 14 e 15/17 de abril de 2011 no jornal Brasil Econômico, páginas 15, 37 e 27, respectivamente. As demais publicações legais necessárias à realização das assembleias foram efetuadas nestas condições: as demonstrações financeiras previstas no art. 133 da Lei nº 6.404/76 foram publicadas no dia 13 de abril de 2011 no Diário Oficial do Estado do Paraná, páginas 41/44, e na mesma data no jornal Brasil Econômico, páginas 35/37; foi dispensada a publicação do aviso aos acionistas de que trata o art. 133 da Lei nº 6.404/76, em razão da presença da totalidade dos acionistas a esta Assembleia geral e por deliberação unânime assim tomada. 3) PRESENÇAS: Presentes acionistas representando 100% (cem por cento) do capital votante da Companhia, que assinaram o livro de presença e também assinam esta ata, além dos Srs. Edison Napoleão de Araújo, membro do Conselho Fiscal da Companhia, e Gilberto de Souza Schlichta, representante dos auditores independentes da companhia BDO. A acionista Fundação Copel de Previdência e Assistência Social foi representada por seu procurador, o acionista Sílvio Matucheski, conforme instrumento de mandato recebido pela Mesa e arquivado na Companhia como documento nº 1. 4) MESA: Presidente: Valdécio Antônio Bombonatto; Secretário: Guilherme Kloss Neto. 5) ORDEM DO DIA: a) Examinar, discutir e votar o Relatório da Administração, Demonstrações Financeiras e Relatório dos Auditores Independentes, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010; b) Eleger os membros do Conselho Fiscal; c) Fixar os honorários globais dos integrantes dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria Executiva para o exercício de 2011. 6) DELIBERAÇÕES TOMADAS POR UNANIMIDADE: 6.1. Dispensada a publicação do aviso aos acionistas de que trata o art. 133 da Lei nº 6.404/76, na forma do permissivo contido no art. 133, § 4º, da mesma Lei, sendo considerada regular a instalação da assembleia. 6.2. Após leitura do parecer do Conselho Fiscal e do Relatório dos Auditores Independentes, por seus respectivos representantes presentes, foram aprovados o Relatório da Administração, Balanço Patrimonial, Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas, referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010. 6.3. ELEITOS PARA COMPOR O CONSELHO FISCAL: (1) Luiz Afonso Baldissera, brasileiro, casado, bacharel em ciências contábeis, inscrito no CRC/PR sob nº 024.281/0-0 e no CPF sob nº 370.116.349-91 e no RG nº 2.182.898-0/SSP-PR, residente à Rua José de Sá Cavalcanti, nº 559, em Cascavel/PR, CEP 85.811-440, como titular, e Antonio Joaquim da Silva Neto, brasileiro, casado, contador, inscrito no CRC/PR sob nº 050281 e no CPF sob nº 030.537.859-78 e no RG nº 6.830.447-4/SSP-PR, residente à Rua Munhoz de Mello, 546, em Matinhos, PR, CEP 83.260-000, como suplente. (2) Edison Napoleão de Araujo, brasileiro, casado, contador, portador da C.I. RG nº 3.086.388-7/ IIPR, inscrito no CPF sob nº 536.042.459-15, residente na Rua Pedro Spisla Filho, 310, em Curitiba/PR, CEP 82.640-610, como titular, e Gil Serrato, brasileiro, casado, economista, portador da C.I. RG nº 1.610.798-0/IIPR, inscrito no CPF sob nº 470.459.309-68, residente na Rua João Fonseca Mercer, 411, em Curitiba/PR, CEP 82.630-060, como suplente. (3) João Maria da Silva Lima, brasileiro, casado, contador, portador da C.I. RG nº 3.730.477-8, inscrito no CPF sob nº 552.472.379-00, residente na Rua João Nogarolli, 313, sobrado 2, em Curitiba/PR, CEP 81.030-190, como titular, e Vivian Fanton, brasileira, divorciada, contadora, portadora da C.I. RG nº 7.925.948-9/PR, inscrita no CPF sob nº 033.661.179-07, residente à Rua Valparaizo, 203, Casa 1, em Curitiba/PR, CEP 82.510-070, como suplente. (4) José Camilo de Faria, brasileiro, casado, engenheiro, portador da C.I. RG nº 041.03421-6 IFP/RJ, inscrito no CPF sob nº 544.529.537-00, residente na Av. Gastão Senges, 327, apto. 403, Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro/RJ, como titular, e Alexander Américo Abido Soares da Silva, brasileiro, casado, economista, inscrito no CORECON sob nº 18.964/RJ e no CPF sob nº 005.927.597-92, residente na Rua Miguel de Frias, 77, apto. 1103, bloco 3, Icaraí, em Niterói/RJ, como suplente. (5) Josildo Rodrigues de Lima, brasileiro, casado, economista, portador da C.I. RG nº 1.119.103/PR, inscrito no CPF sob nº 231.200.459/34, residente na Rua Francisco Motta Machado, 495, Capão da Imbuia, em Curitiba/PR, como titular, e Antonio Lidio Tracz, brasileiro, casado, contador, portador da C.I. RG nº 3.263.187-8/PR, inscrito no CPF sob nº 478.725.279/87, residente na Rua Pedro da Silva, 89, em Curitiba/PR, como suplente. Assim eleitos, os novos Conselheiros Fiscais foram declarados empossados pela Assembleia, com mandato até a próxima AGO. 6.4. Fixados os honorários globais anuais dos Conselhos de Administração e Fiscal e da Diretoria Executiva para o exercício de 2011, sendo aprovada a remuneração global da ordem de R$ 1.032.257,05 (um milhão, trinta e dois mil, duzentos e cinquenta e sete reais e cinco centavos), cabendo ao Conselho de Administração deliberar acerca do rateio dessa verba entre cada conselheiro e cada diretor. 7) ENCERRAMENTO: Como nada mais houvesse a tratar, ou quem quisesse fazer uso da palavra, o Sr. Presidente suspendeu a sessão pelo tempo necessário à lavratura da presente ata, atendendo ao disposto no art. 130 da Lei nº 6.404/76, que, concluída, foi lida por mim, Guilherme Kloss Neto, Secretário desta Assembleia, depois de reiniciada a sessão, sendo nesta oportunidade aprovada e assinada por todos os acionistas presentes, após o que o Sr. Presidente declarou encerrados os trabalhos desta Assembleia Geral Ordinária. FUNDAÇÃO SANEPAR DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL - José Luiz Costa Taborda Rauen; FUNDAÇÃO COPEL DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL - Silvio Matucheski; PORTUS INSTITUTO DE SEGURIDADE SOCIAL - José Camilo de Faria; REGIUS SOCIEDADE CIVIL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA - Nilza Rodrigues de Morais; EQUIPLAN CONSULTORIA EMPRESARIAL S.A. - Valdécio Antônio Bombonatto; Valdécio Antônio Bombonatto; Almir Jorge Bombonatto; Luiz Alberto Boni; Daniela Boni; Edézio Castelassi Filho; Edézio Castelassi; José Renato Inácio de Rosa; Alberto Higino de Camargo Assis; Sílvio Matucheski; Thelma Fadel Sandrini; Cláudia Trindade; Josildo Rodrigues de Lima; Edison Napoleão de Araújo; Gilberto de Souza Schlichta; Guilherme Kloss Neto (OAB/PR nº 10.635). JUNTA COMERCIAL DO PARANÁ. Certifico o registro em: 17/06/2011, sob o número 20111364736, protocolo: 11/136473-6, de 13/06/2011. SEBASTIÃO MOTTA - SECRETÁRIO GERAL. 40 Brasil Econômico Quinta-feira, 21 de julho, 2011 Brasil Econômico é uma publicação da Empresa Jornalística Econômico S.A., com sede à Avenida das Nações Unidas, 11.633, 8º andar - CEP 04578-901 - Brooklin - São Paulo (SP) - Fone (11) 3320-2000 Central de atendimento e venda de assinaturas: São Paulo e demais localidades: 0800 021 0118 Rio de Janeiro (Capital) (21) 3878-9100 - [email protected] É proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização da Empresa Jornalística Econômica S.A. ÚLTIMA HORA Divulgação Bunge inaugura usina no Tocantins Ricardo Galuppo [email protected] Diretor de Redação A usina Pedro Afonso, uma parceria com a trading japonesa Itochu, absorveu investimentos de R$ 600 milhões e tem capacidade para processar, inicialmente, 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Nesta primeira etapa, a usina produzirá apenas etanol para atender a demanda interna e externa. Uma segunda fase está prevista para ser implantada entre 2012 e 2014 e deverá duplicar a capacidade produtiva de Pedro Afonso que além do álcool combustível, vai produzir também açúcar e energia elétrica. Aproveitando o bagaço da cana, a geração de energia deve atender às necessidades da companhia e ser também vendida no mercado. A Itochu já tem parceria com a Bunge em outra usina, a Santa Juliana, em Minas Gerais. No Tocantins, a Trading japonesa responde por 20% dos investimentos. Até 2012 a Bunge vai aplicar R$ 2,8 bilhões em seus negócios no Brasil. ■ Redação Mudança de ventos Antonio Milena Lucro líquido da Natura cai 1,8% no trimestre O aumento no consumo de produtos de beleza e higiene pessoal no Brasil não foi suficiente para manter os ganhos da Natura em rota de ascensão. Pelo menos, é isso o que mostra o lucro líquido em queda de 1,8% do segundo trimestre deste ano, quando atingiu R$ 188,1 milhões. Já no consolidado dos primeiros seis meses de 2011, o lucro líquido cresceu 1,7%, atingindo R$ 338,6 milhões. A receita líquida da companhia de abril a junho chegou a R$ 1,3 bilhão, um incremento de 8,6% em relação a 2010. Já no primeiro semestre, o salto foi de 10.5%, chegando a uma receita líquida de R$ 2,5 bilhões, praticamente o mesmo percentual em volume, que cresceu 10,4%. ■ Françoise Terzian Claro fatura R$ 3,1 bi no segundo trimestre Marcos Issa/Bloomberg A Claro, subsidiária brasileira da companhia mexicana de telecomunicações América Móvil, teve receita de R$ 3,1 bilhões no segundo trimestre, alta de 3,7% frente ao mesmo período do ano passado. A companhia conquistou 2,1 milhões de novos assinantes no período, encerrando junho com 55,5 milhões de clientes, de acordo com relatório no site da Bolsa de Valores do México. A Claro é a segunda maior operadora de telefonia móvel do país, mas segundo estudo da consultoria Teleco, atribuído a dados preliminares da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a operadora fechou junho empatada com a Tim, com 25,5% de mercado. ■ Reuters Eddie Seal/Bloomberg HRT avança na África A HRT, companhia brasileira de petróleo com ações listadas na Bovespa, anunciou ontem aumento de participação em blocos de exploração de petróleo e o fim do programa de aquisição de sísmica 3D no mar da Namíbia. O programa de sísmica 3D permitirá que a companhia trace prospectos mais precisos do volume de reservas de que dispõe e possa começar o planejamento da perfuração de poços. O aumento de participação nos blocos foi feito através da aquisição de participações acionárias que o fundo Vienna Investments detinha em companhias estabelecidas no país africano. Ao todo, a HRT pagou US$ 30 milhões, através de sua subsidiária integral, HRT Africa. ■ Redação José Inácio de Abreu e Lima, que dará nome à refinaria que a Petrobras constrói nas imediações do Recife, foi um homem que viveu de forma extremada as ideias de seu tempo. Todas elas. Com a idade de 23 anos, apoiou o movimento republicano que aconteceu em Pernambuco em 1817 — tendo deixado o país após a derrota da insurreição. Mudou-se para a Venezuela e, ali, alistou-se nas tropas de Simón Bolívar que lutavam pela independência da “Pátria Grande”. Herói, chegou ao topo da hierarquia mas não teve a patente de general reconhecida pelos sucessores do “Libertador”. Decepcionado, voltou ao Brasil e, com o mesmo entusiasmo com que defendia os ideais republicanos, passou a defender o império de seu país. Abreu e Lima dedicou a Dom Pedro II um compêndio sobre a História do Brasil em que reduz a revolução pernambucana a uma desavença entre portugueses e brasileiros e justifica cada uma das falhas cometidas pelo pai e antecessor do imperador, Pedro I. A mudança de lado, seguida pela defesa firme da posição do momento, se reproduz agora nos capítulos da novela em torno da construção da obra que levará seu nome. Chávez virá com a desculpa de que o preço da obra está mais alto do que o previsto há quatro anos A obra está adiantada e, como se sabe, é ou deveria ser uma parceria entre a Petrobras e a PDVSA, estatal que explora o petróleo da Venezuela. Foi anunciada com festa em 2007 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo governante da Venezuela, Hugo Chávez. Na época, a Venezuela nadava em dinheiro e a estatal daquele país era vista e fazia questão de agir como a parte forte do negócio. No anúncio da parceria, louvou-se a capacidade financeira da empresa venezuelana e à grande contribuição de seu conhecimento ao negócio do petróleo no Brasil. O tempo passou, as circunstâncias mudaram, o preço do petróleo caiu e o dinheiro malgasto por Chávez na época da fartura sumiu. Agora, depois de tentar junto ao BNDES um empréstimo sem garantias para bancar a parte que lhe cabe, tudo indica que a Venezuela mudará de posição e sairá do negócio antes do fim de agosto. A empresa de Chávez certamente virá com a desculpa de que os custos fugiram ao controle e que os preços estão muito acima dos previstos quatro anos atrás. Sem fazer a defesa de ninguém (mesmo porque, falar do preço de qualquer obra pública no Brasil exige cautela), é lógico que não houve, em relação aos valores anunciados na celebração da parceria, qualquer elevação que não se justifique pela alta exagerada do real e pela elevação geral de custos provocada pelo aquecimento da economia brasileira. Mesmo assim, Chávez tentará empurrar para o lado brasileiro a responsabilidade por sua desistência. Para a Petrobras e para o Brasil, não poderia ter acontecido melhor negócio. Assim como Abreu e Lima se decepcionou com os sucessores de Bolívar, a Petrobras de agora se deu conta de que os ideais “bolivarianos” mudam ao sabor da cotação do petróleo. Ter a turma do “socialismo do século 21” como aliada já não é fácil. Tê-la como sócia seria se candidatar a uma dor de cabeça permanente. ■ www.brasileconomico.com.br
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