Jomo Kwame Sundaram

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Jomo Kwame Sundaram
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Maio/2012 - Semana 5 | 26 de maio a 1º de junho
Condicionantes de Longo Prazo
MUNDO
Um novo "New Deal" mundial
Opinião de Jomo Kwame Sundaram, secretário-geral assistente para Desenvolvimento Econômico na
Organização das Nações Unidas (ONU) e coordenador de análises do G-24.
Recentes acontecimentos políticos, como a derrota dos governistas na França e Grécia, indicam que a
tolerância do público com políticas econômicas que não reduzem o desemprego implodiu. De fato, tendo
em vista a atual situação alarmante na economia e no emprego em muitos países e a falta de perspectivas
de recuperação no horizonte, há probabilidades de mais turbulências políticas à frente, a menos que as
autoridades mudem de rumo de forma condizente.
Fonte: Valor Econômico, 28/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
A economia do pós-crescimento
Opinião de Carlos Eduardo Lins da Silva, livre-docente e doutor em comunicação pela USP, mestre em
comunicação pela Michigan State University e editor da revista "Política Externa".
O trauma de Fukushima em 2011 e a queda, em 2010, para a posição de terceira maior economia do
mundo podem conduzir os japoneses a um novo conjunto de valores sociais, econômicos e ambientais,
ainda não muito claros, mas que alguns estudiosos chamam de economia do pós-crescimento. Um dos
principais líderes do movimento que se autodenomina de "pós-crescimento" é James Gustave Speth,
professor de políticas ambientais da Universidade Yale. A premissa básica de sua tese é que o crescimento
do PIB sem limites é insustentável, portanto, as sociedades já desenvolvidas vão começar a se dirigir para
um mundo em que crescer deixará de ser um objetivo e, ao contrário, ampliar a qualidade de vida das
pessoas e do ambiente é que será a grande ambição coletiva. Isso implicará menos consumo de bens
materiais, jornadas de trabalho menores sem perda salarial correspondente, prioridade para fontes de
energia renováveis.
Fonte: Valor Econômico, 01/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Produção no campo precisará crescer 60%
A produção no campo precisa crescer mais de 60% até 2050 para alimentar os 9 bilhões de pessoas que
povoarão a terra, segundo as projeções mais recentes da FAO. A maior parte desse alimento extra (90%)
deverá vir da intensificação da produção. “É preciso considerar o consumo também: um terço dos alimentos
produzidos no mundo a cada ano, o equivalente a 1,3 bilhão de toneladas, são desperdiçados ou perdidos.
Com 25% desse total seria possível alimentar 500 milhões de pessoas, mais da metade dos 900 milhões que
sofrem com desnutrição”.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
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Uso da terra fica mais concorrido
"Food, fuel, fiber and Forest” (alimento, combustível, fibra e floresta natural) é o grande dilema hoje.
Esses elementos sintetizam a dificuldade de fazer a produção agrícola crescer para alimentar uma
população em curva ascendente, rumo a 9 bilhões de pessoas em 2050, que irá também demandar mais
água, energia e bens de consumo. Tudo isso em um cenário que requer redução das emissões de gases de
efeito-estufa (GEE), uso racional de recursos naturais e preservação dos biomas, essenciais para evitar
catástrofes climáticas.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
AMÉRICAS
EUA crescem menos do que o previsto no 1º trimestre de 2012
Os Estados Unidos registraram um crescimento de 1,9% nos primeiros três meses de 2012, índice aquém
da estimativa inicial de 2,2%. A expectativa, já considerada abaixo dos 3% desejáveis para redução do
desemprego, foi estipulada com base no crescimento dos gastos com consumo. O avanço foi limitado pelo
aumento das importações e pela queda nos investimentos observados no período.
Fonte: Folha de S. Paulo, 01/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Bird: América Latina precisa de plano
A América Latina precisa adotar com urgência um plano que vise o crescimento verde de suas economias,
sob pena de esgotar, no prazo de uma geração, boa parte de seus recursos naturais. Em relatório, o Banco
Mundial diz que a expansão acelerada da última década, que aumentou os padrões de consumo e a
urbanização, e a consolidação da região como fornecedora de produtos básicos (alimentos e minerais) para
a China elevaram riscos ambientais e sociais no médio e curto prazos.
Fonte: O Globo, 01/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
ÁSIA
Economia da Índia tem pior desempenho dos últimos nove anos
A economia da Índia teve no primeiro trimestre deste ano o seu pior desempenho em nove anos, com
crescimento de 5,3% (jan-mar), comparado ao mesmo período de 2011. Os motivos apontados pelos
analistas para o resultado decepcionante são variados: o fraco desempenho do setor industrial e da
agricultura, uma freada nos investimentos, a retração dos gastos dos consumidores em reação à alta da
inflação e, de forma mais ampla, a crise europeia e uma paralisia política do governo, envolvido em
escândalos de corrupção.
Fonte: Valor Econômico, 01/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
China também é exportadora de gente
O número de chineses que ganharam "green card" cresceu 23% de 2010 para 2011: o país já ocupa o
quarto lugar no ranking mundial de emigrantes. De acordo com o relatório "Migração e Remessas Estatísticas 2011", elaborado pelo Banco Mundial, 8,3 milhões de chineses viviam em outros países do
mundo em 2010. Caso se adote um critério mais amplo, com a inclusão de descendentes, o número pode
chegar a 35 milhões, o equivalente à população de um país como o Canadá.
Fonte: Valor Econômico, 01/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
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China será o maior mercado consumidor em 2015
A China deve tornar-se o maior mercado consumidor do mundo em 2015, segundo o ministro do Comércio
do país, Chen Deming. O volume das vendas no varejo deve ultrapassar US$ 5 trilhões nesse ano, em meio à
maior urbanização e ao aumento da renda pessoal.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Desaceleração Chinesa: retomada com disciplina
Buscando interromper a desaceleração da economia chinesa, com a diminuição do crescimento industrial, o
governo apressou a aprovação de projetos de infraestutura, permitindo três significativos aportes de
investimentos em plantas de aço e ampliando o financiamento à habitação. A atitude do governo chinês
remete, em menor proporção, ao pacote lançado pelo mesmo, em novembro de 2008. Apesar de o
estímulo ter contribuído para resgatar sua economia da crise, também deixou um legado de inflação,
desordem nas finanças públicas e investimentos enviesados. No entanto, o governo central chinês tem
declarado que os esforços de 2012 para a retomada do crescimento econômico não levará à indisciplina
observada em 2008.
Fonte: The Economist, 02/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Condicionantes de Longo Prazo
ATIVIDADE ECONÔMICA
Produção cai mais no setor de alta tecnologia
O começo do ano foi marcado por uma inversão de tendência no desempenho de setores industriais de
alta e baixa tecnologia. Enquanto os fabricantes de bens de médio-alto conteúdo tecnológico produziram
7,3% menos no primeiro trimestre do que em igual período do ano passado, a indústria de média-baixa
tecnologia viu sua produção cair apenas 0,8%. No geral, o IBGE registrou recuo de 3,1% na produção da
indústria de transformação nos primeiros três meses do ano na comparação com o mesmo período de
2011.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Brasil recua na competitividade
Segundo ranking internacional, país caiu para 46º lugar entre 59 nações. O Brasil voltou a perder espaço
entre as economias mais competitivas do mundo. De acordo com o ranking 2012 do Índice de
Competitividade Mundial (WCY, na sigla em inglês), divulgado hoje pelo International Institute for
Management Development (IMD), o país caiu da 44ª posição, que ocupava em 2011, para a 46ª.
Fonte: O Globo, 31/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO
Divida do setor público é a menor desde 2001
Em abril o Banco Central registrou uma dívida do setor público equivalente a 35,7% do PIB, ante os 38,8%
observados no mesmo período de 2011. Este é o menor valor registrado desde que a medição é realizada
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pelo BC, o qual prevê uma proporção de 34,8% do PIB até o final de 2012. A alta do dólar, o menor
patamar da taxa SELIC e maior controle da inflação são alguns dos fatores responsáveis por tal resultado.
Fonte: Folha de S. Paulo, 01/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Gestão e Políticas Públicas
Com déficit bilionário, 15 Estados vão mudar regime de servidor
Ao todo, 15 Estados estão preparando uma reforma aos moldes da realizada pelo governo federal, que
instituiu os fundos de previdência complementar (Funpresp) para os servidores federais, em substituição
ao antigo regime, que garantia o salário integral. O déficit dos regimes de previdência dos Estados e
municípios já se aproxima de R$ 50 bilhões por ano - o dos servidores federais será de R$ 61 bilhões em
2012.
Fonte: Valor Econômico, 28/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
MERCADO E SETORIAL
Lucro das empresas de capital aberto cai 12% em um ano
As 333 empresas de capital aberto monitoradas entre o 1º trimestre de 2011 e o mesmo período de 2012
registraram recuo de R$ 6,9 bilhões, o equivalente a diminuição em 12,01% no lucro das mesmas. Com 25
instituições representadas na Bovespa, o setor bancário apresentou os melhores resultados, com lucro de
R$ 11,4 bilhões, registrando queda de apenas 4,92%.
Fonte: Folha de S. Paulo, 01/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
INFRAESTRUTURA E INVESTIMENTOS
Cidades sofrem com esgoto e lixo, aponta IBGE
As cidades brasileiras contam com boa cobertura de iluminação pública e de pavimentação, mas
problemas como esgotos a céu aberto, lixo acumulado nas ruas e baixa incidência de rampas para
deficientes ainda são significativos no país. Os dados constam de mais um recorte do Censo 2010 Características Urbanísticas do Entorno dos Domicílios, divulgado pelo IBGE. No levantamento, foram
pesquisados 47.264.208 domicílios urbanos no país, onde vivem em torno de 84,4% da população brasileira.
Desse total, 11% encaravam esgoto a céu aberto, 5% sofriam com lixo acumulado em seu quarteirão e a
existência de rampas para deficientes era de apenas 4,7% no entorno dos domicílios pesquisados.
Fonte: Valor Econômico, 28/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Depois dos aeroportos, que tal investir mais em saneamento básico?
Opinião de Paulo Godoy, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
O mesmo empenho das autoridades governamentais em introduzir o capital privado no setor de
aeroportuário deveria ocorrer também para o setor de saneamento básico. Dos 190 milhões de
brasileiros, 77 milhões não têm acesso adequado à coleta de esgoto e 31 milhões ainda estão sem
abastecimento de água potável por rede básica. O caminho para avançar e atingir a universalização em 15
anos requer R$ 20 bilhões em investimentos por ano - e este volume de recursos precisa realmente ser
transformado em tubulações, estações de tratamento de água e de esgoto todos os anos. Para atingir tal
objetivo, há três ações: aumentar os investimentos públicos, intensificar a inserção privada e melhorar os
indicadores de produtividade das empresas de saneamento básico no Brasil. Sozinhos, nem o poder público
nem o setor privado conseguirão superar tal desafio.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
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Internet banda larga chega a 40% dos domicílios do país
Dados coletados pela Folha mostram que hoje 40% das residências possuem internet via banda larga fixa,
ante os 27% observados no início do governo de Dilma Rousseff. A meta estipulada pela presidente é que,
até o fim de seu mandato, 70% dos domicílios estejam conectados através desta tecnologia. O governo
atua, ainda, em conjunto com a Anatel para estimular a competição no setor.
Fonte: Folha de S. Paulo, 28/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
DESENVOLVIMENTO SOCIAL
"Nova" classe média ganha até R$ 1.019 per capita
A Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) divulgou novos critérios para a identificação da classe média
brasileira e a define como o grupo composto por famílias com renda per capita entre R$ 291 e R$ 1.019,
segundo dados da composição da renda em 2009. Atualmente, esse universo representa 54% da população
do país.
Fonte: Valor Econômico, 30/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE
Desperdício no Brasil gera grandes perdas econômicas
Um cálculo aproximado, baseado em dados setoriais e de organismos internacionais, indica que o Brasil
perde comercialmente ao ano pelo menos R$ 83 bilhões em alimentos, energia, água, madeira e resíduos
que vão para o lixo e que poderiam ser reciclados, implicando impactos ambientais e emissões de gases do
efeito estufa menores.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Vazamentos de água consomem R$ 8 bilhões
O Brasil deixa vazar sem aproveitamento 38,8% da água que produz para distribuição. A maior parte (60%) é
perdida ao longo do caminho até as torneiras e a restante é consumida clandestinamente, com prejuízo
comercial. Os dados são do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento, que contabilizou uma baixa
de R$ 8 bilhões por ano com desperdício de água no país.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Consumo crescente deve levar em conta recursos naturais
Conciliar a crescente demanda de consumo com a redução de recursos naturais é um dos maiores
desafios enfrentados pelo Brasil e pelo mundo quando se trata da sustentabilidade. Segundo o relatório
"O Estado do Mundo em 2012", em 2006 os 65 países com maior renda correspondiam a 16% da população
mundial e eram responsáveis por 78% dos gastos com consumo. O Brasil, com o aumento da renda e a
ascensão da classe média, tende a ser cada vez mais um grande consumidor.
Fonte: Valor Econômico, 29/05/2012  ACESSE A FONTE AQUI
Lei Ambiental no Brasil: compromisso ou impasse?
O código florestal brasileiro, originalmente aprovado em 1965, exige que fazendeiros mantenham parte da
vegetação nativa em suas terras, chegando esse percentual a 80% na Amazônia, assim como preservem
áreas de sua propriedade que apresentem erosão e biodiversidade. No entanto, desde sua aprovação tais
normas têm sido ignoradas. Por outro lado, a introdução e execução de penalidades mais severas para
quem descumprisse o código, a partir de fins de década de 1990, fez com que os ruralistas iniciassem um
movimento para revisão da legislação ambiental. Em 25 de abril deste ano, 13 anos após discussões e
revisões, o texto final do código chegou às mãos da presidente Dilma Roussef. Tratando-se de uma versão
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aquém do que desejava, a presidente enfrentou uma difícil decisão: descartar o texto e começá-lo
novamente ou tentar fazer o melhor possível com a versão que dispunha. Foi escolhida a segunda opção: no
dia 25 de maio ministros foram ao Congresso anunciar que a presidente vetaria 12 dos 84 artigos do novo
código e faria 32 outros cortes menores. As lacunas resultantes seriam supridas em um decreto executivo a
parte.
Fonte: The Economist, 02/06/2012  ACESSE A FONTE AQUI
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REDE DE MONITORAMENTO
ALEXANDRE RINALDI | CAROLINA DOUEK | EDMAR BONFIM | GUSTAVO RIBEIRO | HELENA ASLAN | KARLA MONTEIRO | LAURA TEIXEIRA | LEO DE PAULA |
MARIA CLARA BOTTINO | PEDRO LUCENA

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