InforMetalização 3 - Home
Transcrição
InforMetalização 3 - Home
InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 Editorial A METALIZAÇÃO CONTRA O DESGASTE NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E A INTRODUÇÃO DO ROBÔ NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE METALIZAÇÃO NO BRASIL (pg. 2) Destaque da edição RIJEZA UMA EMPRESA DE OLHO NO FUTURO (pg. 3) Tema da edição A METALIZAÇÃO CONTRA O DESGASTE NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO (pg. 4/6) Cursos O TERCEIRO CURSO DE METALIZAÇÃO NA ABM JÁ ESTÁ PROGRAMADO (pg .6) Preparação superficial ABRASIVOS & METALIZAÇÃO PREPARAÇÃO SUPERFICIAL (pg. 7/8) Artigo técnico REVESTIMENTOS DEPOSITADOS POR ASPERSÃO TÉRMICA HIPERSÔNICA (HVOF) COMO ALTERNATIVA AO CROMO DURO (pg. 9/11) Qualidade O PROCESSO PARA ENSAIO DE ABRASIVIDADE TABER, SEGUNDO A NORMA ASTM F1978-00 (pg. 11/12) Foto gentilmente cedida pela Rijeza Indústria Metalúrgica Ltda. Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 2 EDITORIAL A METALIZAÇÃO CONTRA O DESGASTE NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E A INTRODUÇÃO DO ROBÔ NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE METALIZAÇÃO NO BRASIL Eng. Luiz Cláudio O. Couto* A última edição do InforMetalização de 2.011 está focada na Metalização utilizada na Indústria do Petróleo. Considerando que dados recentes, indicam que são gastos anualmente mais de U$ 3 bilhões em manutenção e de U$ 5 a 7 bilhões, perdidos na inoperância de equipamentos e sistemas, vislumbramos a grande utilidade que os processos de Aspersão Térmica/Metalização podem oferecer ao mercado industrial de forma geral. Dentre os processos de metalização, um dos mais indicados para este segmento, o processo hipersônico HVOF, é utilizado na aplicação de materiais compósitos como aqueles à base de carbeto de tungstênio, que comprovadamente possuem características tribológicas completamente compatíveis com as situações de trabalho na Indústria do Petróleo. Em nosso artigo ressaltamos as principais características dos materiais aplicados pelo processo HVOF, favoráveis à sua utilização em regiões que sofrem desgaste em partes e peças utilizadas nos processos de extração, transporte, armazenagem de óleo e gás, bem como do refino do petróleo. Agradecemos de forma especial aos colaboradores desta edição do InforMetalização, que como sempre, trazem em seus textos e artigos, informações importantes sobre seus respectivos segmentos de trabalho. Estas colaborações é que fazem o sucesso de cada uma de nossas edições. Contamos com a colaboração do Sr. Darlan Geremia, Diretor Administrativo/Comercial da Rijeza Indústria Metalúrgica, situada no Estado do Rio Grande do Sul. É com alegria que podemos apresentar a Rijeza como a primeira empresa, a operacionalizar um robô, no setor de prestação de serviço de metalização no Brasil. Embora desde a sua criação, a Rijeza já trabalhasse com sistemas automatizados para aplicação de revestimentos pelo processo de metalização, a instalação do primeiro robô em seu parque industrial, eleva o nível de qualidade de aplicação de revestimentos da empresa, hoje basicamente voltada a atender o segmento de energia. Agradecemos também ao nosso já antigo colaborador, o Eng. José Carlos Murakami, Diretor da Wheelabrás Ltda., que nos brinda mais uma vez com um artigo de sua autoria, intitulado ABRASIVOS & METALIZAÇÃO. O autor, também professor, nos traz novamente mais um pouco de sua experiência de 35 anos atuando na área de jateamento, nos ajudando a entender um pouco mais do universo da preparação superficial. Contamos também nesta edição, com a colaboração de um profissional da área acadêmica. O Eng. Antônio Takimi que juntamente com os outros autores, Lisiane Possamai e Carlos Pérez Bergmann, nos apresentaram o artigo técnico intitulado REVESTIMENTOS DEPOSITADOS POR ASPERSÃO TÉRMICA HIPERSÔNICA (HVOF) COMO ALTERNATIVA AO CROMO DURO. Infelizmente, devido à falta de espaço em nosso informativo, não pudemos publicar o texto em seu formato integral, mas apresentamos um resumo/adapatação para esta edição, que temos certeza, será muito bem recebido por todos. E finalmente, abrindo espaço também para novos talentos, convidamos o formando de 2.012, Julio César Frantz, do Curso de Engenharia Mecânica da Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, RS. Ele nos brinda com o texto, parte de seu trabalho de formatura, intitulado O PROCESSO PARA ENSAIO DE ABRASIVIDADE TABER, SEGUNDO A NORMA ASTM F1978-00, que nos pareceu além de interessante, muito pertinente ao assunto desta edição de nosso informativo. Novamente agradecemos à ABM – Associação Brasileira de Metalurgia Materiais e Mineração, através do Eng. Bruno Luiz Sigolo e dos Srs. Luiz Roberto Hirschheimer e João Carmo Vendramim, pela oportunidade de mais uma vez apresentarmos o nosso curso: METALIZAÇÃO – DEPOSIÇÃO DE MATERIAIS NA FABRICAÇÃO E NA MANUTENÇÃO DE COMPONENTES MECÃNICOS E ESTRUTURAS METÁLICAS, a ser apresentado nos dias 31 de maio e 01 de junho de 2.012, na Sede ABM – SP. Como pudemos notar, embora temática, esta edição do InforMetalização está bem eclética quanto às colaborações recebidas. Pretendemos desta forma, fornecer ao mercado uma visão mais abrangente das soluções propostas pelos processos de metalização ao mercado, com destaque, nesta oportunidade, à Indústria de Petróleo. Esperamos atender a todos em suas expectativas, e até a nossa próxima edição. Boa leitura! Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 3 R IJEZ A U M A EM P R E SA D E O LH O N O F U TU R O D arlan G erem ia* A R IJEZ A IN D Ú STR IA M ETA LÚ R G IC A LTD A . foi fundada em 03 de M aio de 2.002 pelos sócios: Iv o G erem ia, Leonardo G erem ia e D arlan G erem ia. A em presa está localizada no m unicípio de São Leopoldo, no R io G rande do Sul. Desde a sua fundação até hoje, a em presa passou por div ersas m udanças, que resultaram em seu crescim ento no cenário nacional. O ano de 2.0 10 foi im portante para a R IJEZ A . A em presa adquiriu o seu prim eiro robô, tam bém o prim eiro a ser instalado num prestador de serviços de m etalização no Brasil, equipam ento que m antev e o padrão de qualidade da em presa e ainda aum entou a sua produtividade. A im plantação desse equipam ento foi bastante com plex a por que exigiu nov os conhecim entos que tiv eram que ser incorporados pelos profissionais da R IJEZ A . Algum as adaptações tiv eram que ser feitas. O início da em presa foi com plex o, pois nenhum dos sócios era detentor do conhecim ento da tecnologia de aspersão térm ica. A prim eira atividade da em presa foi realizar um a parceria com a U niversidade Federal do Rio G rande do Sul, visando incorporar o conhecim ento técnico necessário para desenv olver a tecnologia. T odos os funcionários da em presa participaram dessa capacitação, totalm ente realizada na U FR G S. A R IJEZ A iniciou as suas operações em Abril de 2.004, com um equipam ento H VO F totalm ente acionado por com ando num érico. M esm o trabalhando com pequenas quantidades de peças, a opção por este tipo de equipam ento foi feita devido à qualidade do rev estim ento produzido. O foco de atuação da R IJEZ A , sem pre foi a indústria petroquím ica, m ercado bastante desenv olvido no estado do R io G rande do Sul, com críticas exigências no que diz respeito aos rev estim entos aplicados. N o ano de 2.005 a R IJ EZ A iniciou o processo de im plantação de seu Sistem a de G estão da Q ualidade. O objetiv o deste processo, era então, m anter o foco da em presa na organização e padronização dos trabalhos. Em 2.007 a em presa conquistou a certificação da IS O 9 001 :20 00. A em presa cresceu, e em 2.008 foi adquirido o segundo equipam ento H VO F, tam bém instalado em um sistem a com controle num érico com putadorizado. O foco da em presa continuou sendo as aplicações especiais no ram o do petróleo e gás. N o ano de 2.009, a R IJEZ A realizou m ais um a m udança no seu sistem a de gestão. A em presa buscav a a ex celência nos processos de aspersão térm ica. O s requisitos da ISO 9 000 eram m uito bons, m as não suficientes. A R IJEZ A incorporou a esses padrões, os requisitos do Prêm io N acional da Q ualidade, que no R io G rande do Sul são dissem inados pelo Program a G aúcho de Q ualidade e Produtividade. A gestão da em presa passou então a ser m uito m ais participativ a, com foco em resultados planejados pela equipe. Em 2.011, a R IJEZ A recebeu o seu prim eiro prêm io do PG Q P, a m edalha de bronze. É o prim eiro prêm io, dentre aqueles oferecidos neste program a, porém a ev olução necessária ainda é m uito grande. Atualm ente, a estrutura da R IJEZ A é tão enx uta quando no início. C onta com um a equipe de 16 pessoas, 2 R obôs, 4 Equipam entos H VO F, 1 Plasm a, 1 Arco Elétrico e 2 Flam e Spray . D ispõe tam bém de um C entro de Pesquisa e T ecnologia e fortes parcerias com U niv ersidades do R io G rande do Sul e de o utros estados. A R IJEZ A é hoje, um a em presa já bastante conhecida no Brasil. T em os certeza que ainda tem os m uito para oferecer e crescer. A em presa possui m uitos projetos para o futuro. A v isão R IJEZ A é: ser reconhecida pela confiabilidade, com prom isso com os clientes e pela excelência nos processos. Para atingir esses objetiv os, os projetos estão ex trem am ente focados na qualificação interna, das pessoas, na gestão participativ a e na m odernização constante do parque industrial, sem pre v oltados às aplicações especiais. Esse é o projeto R IJEZ A para o futuro! D arlan G erem ia é D iretor A d m in istrativ o/ Com erc ial d a R ijeza Ind ústr ia M etalúrg ica Ltd a. É form ad o T écn ico em M ecânica d e Precisão p e lo S EN A I CET EM P d e S ão Leop o ld o/RS , G rad uad o em A d m in istração d e Em p resas p ela U N IS IN O S /RS e Pós-G rad uad o em F inança s Em p resar iais p ela m esm a U niv ersid ad e. Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 4 A A SPER SÃ O TÉR M ICA / M ETA LIZA ÇÃ O CO N TRA O DESGA STE N A IN D Ú STR IA D O PET R Ó LEO E n g . L u iz C lá u dio O . C o u to * 1 . A M e t a liz a ç ã o e o c o m b a t e a o d e s g a s te n a I n d ú s t r ia d o P e t r ó le o O s p ro c e s s o s d e A s p e rs ã o T é rm ic a , ta m b ém c o n h e c i d o s c o m o M e t a li z a ç ã o , fo r n e c e m , a e x e m plo d o q u e o c o rre e m v á rio s o u tro s se g m e n to s i n d u s t ri a i s , p ro te çã o co n tra d e sg a ste em d iv e r s o s co m p o n e n te s e e s t r u t u r a s d e e q u i p a m e n t o s n a In d ú s t r i a d o P e tró le o . A m e t a d e n o s s a C o n s u l t o ri a e m M e t a li z a ç ã o , n o s e t o r P e t r o lí fe r o ( Ó l e o , G á s e R e fi n o ) , b e m c o m o n o s d e m a i s s e g m e n t o s i n d u s t ri a i s , é a c o n s ta n te b u s c a p e lo a u m e n to d e p ro d u tiv id a de l e v a n d o e m c o n t a a a m p li a ç ã o d a v id a ú til d o s co m p o n e n te s, a c o n fi a b ili d a d e dos r e v e s ti m e n t o s a p li c a d o s p elo p ro ce sso de A s p e r s ã o T é r m i c a / M e t a li z a ç ã o e a c o n s e q ü e n t e re d u ç ã o d a s h o ra s d e m á q u in a p a ra d a . O u t r o r a o s p r o c e s s o s d e a s p e r s ã o t é r m ic a n ã o e r a m a c e i t o s e m t a i s s i t u a ç õ e s , p r i n c i p a l m e n te d e v i d o à b a i x a q u a li d a d e e a l t a p o r o s i d a d e d a s c a m a d a s e n t ã o a p li c a d a s . C o m o c o n s e q u ê n c i a , os r e v e s t im e n t o s a p re se n ta v a m r á p id a d e l a m i n a ç ã o e b a i x o s c o e fic i e n t e s d e c o e s ã o e adesão. A t u a l m e n t e , p o r é m , p r o c e s s o s m a is a v a n ç a d o s , c o m o o H V O F , u t ili z a n d o m a te ri a i s c o m o li g a s d e c ro m o -n íq u e l, c a rb e to d e c ro m o e c a rb e to d e t u n g s t ê n i o e m s u a s m ú l ti p l a s v a ri a ç õ e s , a l é m d e fa c ili t a r a a p li c a ç ã o , r e d u z i r a m d e fo r m a d r á s t i c a o n í v e l d e p o r o s i d a d e d a s cam adas a p li c a d a s em peças novas ou re cu p e ra d a s. A m e l h o r i a d a q u a lid a d e d o s r e v e s ti m e n t o s , re s u lta n te d a a v a n ç a d a tec n o lo gia d o p ro c e s s o HVOF, te m tra zid o g ra n d e s p ro g re sso s à i n d ú s t ri a p e tro q uím ic a . Da m e sm a fo r m a , o u tro s se g m e n to s i n d u s t ri a i s com o o de g e ra çã o de e n e rg ia , p ro te g e m de fo r m a s e m elh a n te tu rb in a s h i d r á u li c a s , c o n t r a os d a n o s p ro p o rc io n a d o s p e la c a vitaç ã o . E s t i m a - s e q u e o s e t o r d e Ó l e o & G á s g a s te a n u a lm e n te m ais de U$ 3 b il h õ e s em m a n u t e n ç ã o , e q u e e n t r e U $ 5 e 7 b il h õ e s s e ja m p e r d i d o s d e v id o à i n o p e r a b ili d a d e d e e q u i p a m e n t o s e s i s te m a s . E s t e s c u s t o s p o d e m s e r r e d u z i d o s a t r a v é s d o d e s e n v o lv i m e n t o e a p li c a ç ã o de re v e s tim e n t o s a p li c a d o s por a s p e r s ã o t é r m ic a p a r a c o m b a t e r , e n t r e o u t r o s , p ro ce sso s d e d e g ra d a çã o co m o a b ra sã o , e ro sã o e co rro sã o . A tu a lm e n te , de n tre o s div e rs o s p ro c e s s o s de a sp e rsã o té rm ic a d i s p o n ív e i s , a q u e le que m e lh o r s e a d a p ta a o c o m b a te d o d es g a s te em s u a s v a r i a d a s fo r m a s , é o p r o c e s s o h i p e r s ô n i c o , t a m b é m c o n h e c i d o c o m o H V O F ( H ig h V e lo c it y O x y - F u e l) . Os r e v e s ti m e n t o s densos ( p r a t i c a m e n te i s e n t o s d e p o r o s i d a d e ), a p lic a d o s p o r e s te p ro c e s s o , p rin cip alm e n te a q u ele s à base de ca rb e to de tu n g s tê n io , fo r a m d e s e n v o lv i d o s p a ra o p e ra r em a m bie n tes c r í tic o s onde co rro sã o , a b ra sã o e e ro sã o o c o rre m a a lta s p re s s õ e s. 2 . V á lv u la - e s fe r a s u b m a r in a Um dos co m p o n e n te s m ais c rí ti c o s na e x p l o r a ç ã o d e p e t r ó l e o é a v á lv u l a - e s fe r a s u b m a r i n a . D e v i d o à li m it a ç ã o d e p r o fu n d i d a d e d e 2 5 0 m e t r o s , p a r a a m a n u t e n ç ã o fe i t a p e l o s m e rg u lh a d o re s , há n e c e s sid a d e do e q u i p a m e n t o s u b i r à s u p e r fí c i e p a r a a s u a execução. D o u n i v e r s o d e t ip o s d e p a r t e s , p e ç a s e e q u ip a m e n to s q u e p o d e m s e r p ro te gid o s p o r e ste p ro ce sso , d esta ca m o s alg u n s , com o p rin cip ais nos p ro cesso s de e x tra çã o, tra n s p o rte , a rm a z e n a g e m d e óle o e g ás , b em c o m o d o r e fi n o d o p e t r ó l e o . L e v a n d o - s e e m c o n t a q u e v á ri a s d a s a t u a is b a c i a s p e t r o lí fe r a s e m e x p l o r a ç ã o n o M a r d o N o r t e e n o O c e a n o A t l â n ti c o , e n c o n t r a m - s e a p r o fu n d i d a d e s s u p e ri o r e s a 3 .0 0 0 m e tro s, to rn a -se in v iáv el a execução de sua m a n u te n çã o su b m e rsa . 2 . V á lv u la - e s fe r a / c o r p o e a s s e n t o s S i t u a ç õ e s c ríti c a s d e t r a b a l h o p a r a v á lv u l a s e s fe r a vão desde e x tre m a s te m pe ra tu ra s (p ró x im a s a 5 4 0 º C ), a té p re s s õ e s q u e p o d em c h e g a r a 2 0 . 0 0 0 p s i . O s a n é i s d e d e s g a s te e s t ã o s u je i t o s a l é m d o d e s g a s t e e d a c o r r o s ã o , ta m b é m à e ro s ã o e à c a vita ç ã o . M esm o com os avanços a lc a n ç a d o s p e la e n g e n h a r i a d e s u p e r fí c i e , t é c n i c a s c o m o C V D , P V D e i n s e r t o s d e c a r b e t o , p r o t e g e m t a is c o m p o n e n t e s , p o r é m , o u s ã o m u it o o n e r o s a s , o u a p r e s e n t a m d i fi c u l d a d e s d e a p li c a ç ã o d e v i d o à s s u a s d i m e n s õ e s o u g e o m e t ri a s . A t a i s p r o fu n d i d a d e s , p r e s s õ e s s u p e ri o r e s a 1 5 0 b a r s ã o c o m u n s , o q u e t o r n a i n s a t is fa t ó r i a a u t ili z a ç ã o de s ela g e n s m a cia s , com o a p o li m é ri c a . H á n e c e s s i d a d e , p o r t a n t o , d e u m a s e la ge m m ais densa com o a q u ela p ro p o rc io n a d a p e lo ca rb eto de tu n g s tê nio a p li c a d o p o r H V O F . P r a t i c a m e n te i s e n t a d e p o r o s i d a d e s , a c a m a d a a p li c a d a p o r H V O F p o d e r e c e b e r ó ti m o s n í v e is d e a c a b a m e n to , q u e s o m a d o s à s u a re s is tê n cia à a b r a s ã o , o fe r e c e a o c o n ju n t o e s fe r a - s e d e , a vedação id e a l aos p ro d u to s gasosos em c o n t a t o , s u b s t it u i n d o a u t ili z a ç ã o d e s e l a g e m e n tre a m b o s. Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 5 4 . V á lv u la s -g a v e ta / c o r p o e a s s e n to - A A s p e r s ã o T é r m ic a p o d e s e r u tili z a d a e m p e ç a s n o v a s o u n o re c o n d icio n a m e n to d a s g a v e ta s e das fa c e s do a sse n to , fa z e n d o com que re to rn e m à s s u a s d im e n s õ e s o rig in ais u s a n d o r e v e s ti m e n t o s a p li c a d o s p o r H V O F . A c a m a d a d e r e v e s ti m e n t o d u r o a u m e n t a a s u a r e s i s tê n c i a a o d e s g a s te , a s s e g u ra a s ela g e m m e tal-m etal e p o d e ta m b é m , a o m e sm o te m p o , p ro te g ê -las co n tra a co rro sã o . 5 . M a n d r i s - O s r e v e s ti m e n t o s d e c a r b e t o a p li c a d o s p o r H V O F r e s u l t a m e m a u m e n t o d a v i d a ú til d e m a n d r i s n o v o s o u d a n i fi c a d o s . 6 . D e s e n v o l v i m e n t o e m p o n t e ir a s d e r i s e r s F o ra m r e a li z a d o s e n s aio s p a ra a v a li a r r e v e s ti m e n t o s a p lic a d o s por HVOF em p o n t e i r a s , c u j a f u n ç ã o é c o n e c t a r o s r is e r s (tu b o s ríg id o s re s p o n s á v eis p elo tra n s p o rte d a p r o d u ç ã o ) e n t r e s i. U tili z a d a s n a e x p l o r a ç ã o d e p e tró le o o ffs h o re , e sta s p o n te ira s são c o n s i d e r a d a s c o m p o n e n t e s c r í tic o s q u e s o f r e m d e sg a ste e co rro sã o d u ra n te a s o p e ra çõ e s d e c o m p le ta ç ã o e p e rfu ra ç ã o . E m s u a fu n ç ã o b á s ic a , a s p o n te ira s d e v e m m a n t e r a e s t a n q u e i d a d e e m t e s t e s h i d r o s t á tic o s s o b p re s s õ e s d e a té 3 .0 0 0 p s i. C a s o o c o rra ris c a m e n to d a p o n te ira d u ra n te u m e n c aix e f o r ç a d o , p o d e h a v e r a n e c e s s i d a d e d a r e ti r a d a d e to d a a c o lu n a la n ç a d a a o m a r, p a ra q u e s e ja f e i t a a s u a s u b s ti t u i ç ã o , n u m a o p e r a ç ã o c u j o s c u s to s p o d e m a tin g ir c e rc a d e U S $ 5 0 .0 0 0 /d ia . D a m e s m a m a n e i r a , é im p o r t a n t e o a u m e n t o d a v i d a ú til d e r o t o r e s d e m o t o r e s , o b ti d o q u a n d o s e c o n s e g u e e v ita r o d e s g a s te e a c o rro s ã o p ro p o rc io n a d o s p e la la m a d e p e rfu ra ç ã o . A d e p o s i ç ã o a t r a v é s d e m e t a li z a ç ã o H V O F r e d u z o d e sg a ste e m ca m p o b e m co m o o s cu sto s d e p a rte s e p e ç a s d o s e q uip a m e n to s, tais c o m o : • • • • • • • • • • • • • • • • • M a n d ris d e rola m e n to F e rra m e n ta s d e v ib ra ç ã o F e r r a m e n t a s d e im p a c t o E s t a b ili z a d o r e s B ro c a s d e p e rfu ra ç ã o B r o c a s d e p e r f u r a ç ã o p a r a t u b u l a ç ã o r is e r A c o p la m e n to s d o e m b o lo d a b o m b a V á lv ula s -g a v e ta V á lv u la s -e s fe ra e a s se n to s A tu a d o re s d e v á lv ula s A lo ja m e n to s L in h a s d e o b s tru ç ã o e b lo q u eio P i s t ã o d o B O P ( B a s ic O x y g e n P r o c e s s ) P i s t õ e s h i d r á u li c o s H a ste s Lu v a s, h a ste s, a tu a d o re s e ro to re s d a b o m b a d e la m a E ix o s d e m o v im e n taç ã o Os e n s a io s lev a ra m em co n ta d u re za , m ic ro e s tru tu ra e p o ro s id a d e de alg u n s r e v e s ti m e n t o s a p li c a d o s p o r H V O F . C o m b a s e n a s c a r a c t e r ís ti c a s m e c â n i c a s e r e s i s tê n c i a à co rro sã o o b se rv a d a s, o W C -C o -C r s e ri a o m a t e r i a l p o t e n c i a l m e n te m a i s i n d i c a d o p a r a s u b s t it u i r o n í q u e l q u í m i c o , a t u a l m e n t e u tili z a d o s o b re a s p o n te ira s fa b ric a d a s e m a ç o A IS I 4 1 3 0 . E s t a c a m a d a c a t ó d i c a d e n í q u e l, c a s o s o fra ris c a m e n to o u a p re s e n te p o ro s p a s s a n te s , re s u lta rá n a im e d ia ta c o rro s ã o d o s u b s tra to . Com d u re za s s u p e rio re s a 1 .0 0 0 H V 0 ,3 , f o r m a ç ã o d e c a r b o n e t o s m i s t o s , a lt a d e n s i d a d e d e ca m a d a e a p rese n ça d e cro m o n a su a c o m p o s iç ã o , o e s tu d o c o n clu iu q u e o W C -C o -C r a p li c a d o p o r H V O F é a o p ç ã o m a i s r e c o m e n d a d a c o n tra a c o rro s ã o e o ris c a m e n to , o c o rrê n c ias t í p ic a s e m p o n t e i r a s d e r is e r s . 7 . F e rra m e n ta s e o u tra s p a rte s / p e ç a s o u e q u ip a m e n to s A lg u n s tip o s d e fe rra m e n ta s e x ig e m g ra n d e s e s p e s s u r a s p a r a r e s is ti r a c riti c a s j o r n a d a s d e tra b a lh o e m m eio s ex tre m a m e n te a b ra siv o s, o n d e a i n d a s ã o u t ili z a d o s o s p r o c e s s o s d e s o l d a g e m o u a p li c a ç ã o d e p a s til h a s d e c a r b e t o . C o n t u d o , a t u a l m e n t e a l g u m a s a p lic a ç õ e s o n d e a d e p o s iç ã o d e c a rb eto d e tu n g s tê nio e m fe rra m e n ta s já é p o s s ív el, são r e a li z a d a s a tra v é s d o p ro c e s s o d e a s p e rs ã o té rm ic a H V O F . H o r a s o c i o s a s d e f e r r a m e n t a s s ã o e lim i n a d a s q u a n d o a s u a r e c u p e r a ç ã o é r e a li z a d a e m a lg u m a s h o ra s , a o in v é s d e s e m a n a s , c o m o o c o rria a n te rio rm e n te. Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 6 8. Bibliografia: (1) Bodycote Metallurgical Coatings - High Perform ance HVOF Applied Tungsten Carbide Coatings and Plasm a Sprayed Ceramic Coatings http://www.offshoretechnology.com /contractors/corrosion/bodycote -coatings/ (7) Oil & Gas Industry http://www.acilimited.co.uk/?i=oilngas 9. Fotos Gentilm ente cedidas Metalúrgica Ltda. pela Rijeza Indústria (2) HVOF Applications http://stellite.com /ProductsServices/Equipm ent /HVOFApplications/tabid/350/Default.aspx (3) DORFMAN, Mitchell R. Therm al Spray Sulzer Metco (US) Inc. W estbury, New York (4) FREIRE, Fabricio 1; BUSCHINELLI, Augusto J. A. 2 Avaliação de Revestim entos Aplicados por Aspersão Térm ica para Proteção contra o Desgaste e Corrosão de Ponteiras de Risers de Com pletação e Perfuração 1 CENPES/Petrobrás, Ilha do Fundão – Rio de Janeiro, tite.ufpr@ petrobras.com.br 2 Universidade Federal de Santa Catarina, Trindade - Florianópolis, buschi@ em c.ufsc.br (5) Oil Tool Parts Hardfacing http://www.astroalloys.com /oil_tool.php (6) 2012 ITSC First Announcem ent and Call for Papers http://www.die-verbindungsspezialisten.de/fileadmin/user_upload/Aktuell/C ETS1201_ITSC 2012Call__FINAL_C ontinuous_LR .pdf O TER CEIR O CU R SO D E M ETA LIZ A ÇÃ O N A A B M JÁ ESTÁ P R O G R A M A D O A p a rc e ria d a C o n s ulto ria e m M etaliz a ç ã o c o m a A B M – A s s o c ia ç ã o B ra s ileira d e M e talu rg ia, M a te riais e M in e ra ç ã o , c o n tin u a rá e m 2 .0 1 2 . O n o s s o c u rs o “M E T A L IZ A Ç Ã O - D E P O S IÇ Ã O D E M A T E R IA IS NA F A B R IC A Ç Ã O E NA M A N U T E N Ç Ã O D E C O M P O N E N T E S M E C Ã N IC O S E E S T R U T U R A S M E T Á L IC A S P A R A P R O T E Ç Ã O CONTRA D ESG ASTE, CORROSÃO E PARA R E C U P E R A Ç Ã O D IM E N S IO N A L ” a g o ra e m s u a te rc eira e d iç ã o , já te m d a ta e lo c al p a ra a c o n te c e r. S e rá n a s e d e d a A B M -S P , n o s d ia s 3 1 d e m a io e 0 1 d e ju n h o d e 2 .0 1 2 . N o s s o s a g ra d e c im e n to s a o E n g . B ru n o L u iz S ig olo , G e re n te d e E d u c a ç ã o C o n tin u a d a e M a rk e tin g d a A B M q u e c o n tin u a n o s a p o ia n d o d e s d e a p rim eira a p re se n ta ç ã o d o c u rs o , q u e s o u b e e n te n d e r a n e c e s s id a d e d o m e rc a d o e m re la ç ã o à d iv ulg a ç ã o dos p ro c e s s o s de m e taliz a ç ã o e c o n tin u a a p o s ta n d o n e sta p ro p o s ta . * O Eng. Luiz Cláud io O. Couto é responsável pe la publicação do periódico d igital InforM etalização. Engenheiro M etalurgista form ado pela FEI–Faculdade de Engenharia Industria l e Pub licitário form ado pela ESPM –Escola Superior de Propaganda e M arketing. Atua há m ais de 20 anos na área de Engenharia de Superfícies, com ênfase em M etalização, tendo trabalhado em algum as prestadoras de serviço do segm ento, nas áreas de vendas, supervisão de vendas, apoio técnico a vendas, departam ento técnico, supervisão técnica, engenharia de desenvolvim ento, qualidade, m arketing e publicidade industrial. É atualm ente consultor em M etalização, Vendas, Propaganda & M arketing e responsável pelo s sites: w w w .m etalizacao.eng.br w w w .m aisqueneuronio.com .br. E-m ail: m etalizacao@ m etalizacao.eng.br A g ra d e c e m o s ta m b é m , m ais u m a v e z , a o s S rs. L u iz R o b e rto H irsc h h e im e r e Jo ã o C a rm o V e n d ra m im , D ireto r e V ic e -d ire to r, re s p e c tiv a m e n te , da D iv is ã o T éc n ic a de T ra ta m e n to T é rm ic o e E n g e n h a ria d e S u p e rfície d a A B M p e lo a p oio rec e b id o , b e m c o m o d e to d a a s u a e q uip e , d u ra n te o s e v e n to s re aliz a d o s a n te rio rm e n te . A g u a rd a m o s p a ra e s ta e d iç ã o d o c u rs o , a p a rticip a ç ã o d a s d iv e rs a s e m p re s a s q u e já e n c a m in h a ra m o s s e u s p ro fis sio n a is, alé m d e o u tra s q u e c e rta m e n te a in d a o s e n c a m in h a rã o , p a ra q u e p o s s a m c o n h e c e r u m p o u c o m a is d a te c n o lo g ia , e q uip a m e n to s, m a te riais , v a n ta g e n s e a p lic a ç õ e s dos d iv e rs o s p ro c e s s o s de A s p e rs ã o T é rm ic a /M e taliz a ç ã o d is p o nív eis n o M e rc a d o N a cio n a l e M u n d ial. P a ra m a io re s in fo rm a ç õ e s , c o n s u lte o site d a A B M :w w w .a b m b ra sil.c o m .b r o u a trav é s d o lin k : h ttp ://w w w .a b m b ra sil.c o m .b r/c u rs o s /c u rs o s _ d e ta lh e s.a s p ? c u rs o s _ C o d _ C u rs o = 1 8 1 7 Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 7 A BR A SIV O S & M ETA LIZ A ÇÃ O PR EPA R A ÇÃ O SU PER FICIA L E n g . Jo s é C a rlo s M u ra k a m i* 1 . I n tr o d u ç ã o A e x c elê n cia n a s o p e ra ç õ e s d e m e taliz a ç ã o s ó o c orre s e to d o s o s p a s s o s d o p ro c e ss o fo re m e x e c u ta d o s , o b e d e c e n d o a ríg id o s c rité rio s d e q u alid a d e, in c lu siv e n a p re p a ra ç ã o d a s u p e rfíc ie a s e r re v e s tid a. A tra v é s d a W h e e la b rá s L td a ., u tiliz am o s a n o s s a e x p e riên c ia de 35 anos em p ro c e s s o s d e p re p a ra ç ã o d e s u p e rfícies m e tálic a s a tra v é s do ja te a m en to a b ra s iv o, v o lta d o s a u m a in finid a d e d e a p lic a ç õe s , e n tre o u tra s , a d e p o s iç ã o d e v á rio s tip o s d e re v e s tim e n to s a trav é s de d iv e rs o s p ro c e s so s , in clu siv e o d e M e taliz a ç ã o . R e c o m e n d a ç ã o : In s ta la ç ã o d e P ré -Filtro e Filtro P o s te rio r d o tip o C o ale s c e n te, q u e re m o v e m to d a a im p u re z a s u b m ic ra ex is te n te n o a r, atra v é s d a c e n trifu g a ç ã o e filtra g e m em ele m e n to s de b o ro s s ilic a to . 3 .2 . C o n tr o le d o a r c o m p r im id o A e n e rg ia q u e im p ulsio n a o a b ra s iv o é o a r c o m p rim id o e p a ra que possam os m a n te r a q u a lid a d e s u p e rficial c o m d e te rm in a d a ru g o s id a d e s o b c o n tro le , h á n e c e s s id a d e d e m a n te r o a r c o m p rim id o ou a sua p re ss ã o sob c o n tro le. R e c o m e n d a -s e u tiliz a r m a n ô m e tro s ele trô nic o s , q u e c o m p e n s a m a p re s s ã o n a e n tra d a d a m á q uin a q u a n d o e la o s c ila , o q u e é n o rm a l, m a n te n d o a p re s s ã o d e tra b alh o c o n s ta n te e s o b c o n tro le . 2 . P r e p a r a ç ã o s u p e r fic ia l p a r a m e ta liz a ç ã o A p re p a ra ç ã o da s u p e rfície p a ra re c e b e r a M e taliz a ç ã o , a trav é s d o p ro c e s s o d e jate a m en to a b ra s iv o, é u m a o p e ra ç ã o q u e e x ig e c o n tro le s e s p e cífic o s . D ife re , p o rta n to de um a s im p les o p e ra ç ã o d e ja te a m e n to a b ra s iv o, o n d e o o b je tiv o é a p e n a s re a liz a r a lim p e z a o u a re m o ç ã o d e o x id aç ã o o u c a re p a s d e la m in a ç ã o . O s a s p e cto s e s p e cífic o s d e s te s c o n tro le s s ã o : • • • • T ra ta m e n to e C o n tro le d o A r C o m p rim id o C o n tro le d a G ra n u lo m e tria d o A b ra s iv o R u g o s id a d e S u p e rficial d u ra n te o P ro c e s s o Q u a lid a d e S u p e rficial Vis u al d o A c a b a m e n to M a n ô m e tro E le t rô n ic o e m o p e r a ç ã o q u e e x i g e ri g o ro s o c o n tro le d a ru g o s id a d e s u p e rfic ia l 3 . T r a ta m e n to e c o n tr o le d o a r c o m p r im id o 3 .1 . T r a ta m e n to d o a r c o m p r im id o A q u a lid a d e d o a r c o m p rim id o é d e s u m a im p o rtân c ia n o p ro c e s s o d e p re p a ra ç ã o d a s u p e rfíc ie m etálic a q u e re c e b e rá a m e taliz a ç ã o . P o rta n to , q u alq u e r in d icio de c o n ta m in a ç ã o , pode in flu e nc ia r d ire tam e n te n o nív el d e a d e rê n cia d a c a m a d a m e taliz a d a . A s c o n ta m in a ç õ e s m ais c o m u n s , q u e e n c o n tra d a s n o a r c o m p rim id o s ã o : podem ser . Á g u a C o n d e n s a d a - A tin g e o m e tal-b a se n a fo rm a de m ic ro -s p ra y re s ulta n d o em m ic ro -o x id aç ã o in s ta n tâ n e a , c o n h e c id a c o m o F re s h R u s t. A m icro o x id a ç ã o , a o a tin g ir o fu n d o d o v a le (o u R Z m ín im o ), d ificilm e n te é re m o v id a e p o d e a fe ta r d ire ta m e n te a q u a lid a d e d a s u p e rfície p re p a ra d a , g e ra n d o m icro p o n to s d e is o la m e n to e n tre o m e tal-b a se e a c a m a d a d a m e ta liz a ç ã o. E s te s m ic ro -p o n to s s e m i-is olad o s p o d e m s o fre r d e s p lac a m e n to s a o lo n g o d o te m p o o u d u ra n te a s o p e ra ç õ e s , s u rg in d o m ic ro - trin c a s o u m ic ro -á re a s d e s p la c a d a s, re s ulta n d o e m p o s sív eis re tra b a lh o s . . O le o s id a d e - C a u s a p re juíz o s d ireto s n a a d e rê n c ia d a c a m a d a m e ta liz a d a n o m e tal-b a s e , ta m b é m c o n ta m in a n d o o a b ra s iv o , o q u e d ific ulta o s e u flu x o n o s is te m a d a m á q uin a d e ja te a m e n to . 4 . C o n tr o le d e g r a n u lo m e tr ia d o a b ra s iv o O a b ra s iv o u tiliz a d o n o p ro c e s s o d e p re p a ra ç ã o d e s u p e rfícies p a ra m e ta liz a ç ã o d e v e s e r d e e x c elen te p ro c e d ê n c ia p a ra a te n d e r a s e s p e cific a ç õ e s d o p ro c e s s o , e d u ra n te o p ro c e s s o , d ev e s o fre r u m c o n tro le d e g ra n u lo m e tria c o n tin u a d o p a ra g a ra n tir u n ifo rm id a d e d a ru g o sid a d e s u p e rficial e s p e cific ad a . A ru g o s id a d e s u p e rficial é d e finid a b a sic a m e n te p e la p re s s ã o d e tra b alh o , g ra n u lo m e tria d o a b ra siv o e a d is tâ n cia e n tre o b ic o d o ja to e o m e tal-b a s e. Os fo rn e c e d o re s de a b ra siv o d e fin e m as g ra n u lo m e tria s d e n tro d e faix a s c o m e rciais, o q u e p o r v e z e s n ã o a te n d e à s e s p e c ific a ç õ e s d o p ro c e s s o . L e m b ra m o s a in d a q u e o a b ra s iv o q u e b ra -s e o u p a rtic ula -s e d u ra n te a o p e ra ç ã o d e ja te a m en to , re s u lta n d o e m g ra n d e s v a ria ç õ e s d o s p a râ m etro s d a ru g o s id a d e s u p e rficial, o q u e n ã o a te n d e a a lg u n s p ro c e s s o s e s p e cífic o s . P a ra m a n te r u m a d e te rm in a d a faix a g ra n u lo m étric a d u ra n te o p ro c e s s o , é im p o rta n te e n e c e s s á rio q u e a m á q u in a d e ja te a m e n to e s te ja e q uip a d a c o m u m a p e n e ira cla s sific a d o ra d e g ra n u lo m e tria . Is to m a n t é m o a b ra s iv o e m c o n s ta n te c la ssific a ç ã o e d e n tro d a fa ix a g ra n u lo m é tric a p ré -d e te rm in a d a , em c o n fo rm id a d e c o m o p ro c e s s o . G e ra lm e n te as p e n eira s cla s sific a d o ra s p o s s u e m trê s d e c k s , o u te la s, s e n d o q u e n a te la in te rm e d iá ria é re tira d o o ab ra siv o d e g ra n u lo m e tria d e s e jad a , d e s c a rta n d o -o d a s d e m a is tela s . 5 . R u g o s id a d e s u p e r fic ia l A ru g o s id a d e s u p e rficial é d e finid a p ela n e c e s sid a d e e e s p e cific a ç ã o d o p ro c e s s o d e m e ta liz a ç ã o . O s e u m e n s u ra m e n to é re a liz a d o d a m e s m a fo rm a q u e m e n s u ra m o s a ru g o s id a d e s u p e rficial d e p eç a s m e tálic a s u s in a d a s. A d ife re n ç a é q u e o s e u v a lo r g e ra lm e n te é b e m s u p e rio r, q u a n d o c o m p a ra d o à q u e le s d e p e ç a s u sin a d a s . F iltro T ip o C o a le s c e n te Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 8 O fator im portante, além da uniform idade, é a altura m áxim a da rugosidade ou pico m áxim o Rz. Letra B = G ráu B: Qualidade de Usina–Chapa e p erfil, lam inada a quente, com pouca oxidação. Há diversos m odelos de Rugosím etros, com o o de Superfície, Portátil e de Contato, este últim o, o m ais tradicionalm ente utilizado na indústria. Im portan te: Ao citarm os e utilizarm os a Norm a SIS 05 5900 no processo de jateam ento, há necessidade da obtenção da Norm a Original, para que am bos, o operador e o inspetor de qualidade, possam visualizar o padrão e o grau d o acabam ento superficial obtido. Lem bram os que esta qualidade visual não é m ensurável e sim com parável. Rugo sím etro de Superfície Rugo sím etro Po rtátil A im agem parcial da No rm a SIS 05 – 59 00, m o strando claram ente a qualidade superficial v isua l Rugo sím etro de C o ntato 6. Q u alidade su perficial visu al A qualidade superficial final é de sum a im portância para definirm os as características de cobertura e saturação do processo. No caso de preparação superficial para m etalização, a qualidade pode ser ao m etal Quase Branco (G rau A Sa 2 ½ ) ou a o M etal Branco (G rau A Sa 3), dependendo d o m aterial e processo a ser utilizado. D entre as norm as existentes para preparação da superfície, a m ais usual no B rasil é a Sueca Sw edish Standards Institution (SIS 05 5900). Ao observarm os a norm a, verificam os que a letra m aiúscula que antecede a especificação define a qualidade superficial do m etal base. Letra A = G ráu A: Qualidade de Usina–Chapa e p erfil, lam inada a quente, sem oxidação. A m elhor form a de visualizar e controlar a qualidade superficial visual é utilizar um a lupa com diam etro de 50 m m com am plitude de 10X. * O Eng. José Carlos M urakam i é form ado em Engenharia M ecânica e Pós-Graduado Latu Sen su em Pro cesso de Produção pela U n iversidade Bra z Cubas. Ex-professor U n iversitário e Pale strante com foco na introdução e desenvolv im ento de novas tecnologias para o setor de tratam ento de superfície s em geral. É D iretor Gera l da Em presa W HE ELABRÁS Com ércio e Serviços Ltda. E-m ail: m ura kam i@ w he elab ras.com .br Site: w w w .w he elab ras.com .br Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 9 R EV ESTIM EN TO S D EPO SITA D O S PO R A SP ER SÃ O TÉR M IC A H IP ER SÔ N IC A (H V O F) CO M O A LTER N A TIV A A O CR O M O D U R O ( R e s u m o / A d a p ta ç ã o ) A u to ria : A n tô n io T a k im i, Lisia n e P o s s a m ai e C a rlo s P é re z B e rg m a n n * R e s u m o e a d a p ta ç ã o : E n g . L u iz C lá u d io O . C o u to e s p e cialm e n te p a ra o In fo rM e ta liz a ç ã o 3 . M a te r ia is e m é to d o s O s re v e s tim e n to s d a T a b e la 1 fo ra m d e p o sita d o s a tra v é s d e e q u ip a m e n to P ra x a ir-T A F A JP -5 0 0 0 s o b re s u b s tra to s d e a ç o A IS I 1 0 1 0 , n a s d im e n s õ e s d e 1 0 x 1 5 x 0 ,2 cm . S u a p re p a ra ç ã o fo i re aliz a d a a tra v é s d e ja te a m e n to a b ra siv o , c o m g ra n alh a d e A l2O 3 e le tro fu n d id a , g rã o 120, a tin g in d o a ru g o s id a d e fin a l d e R a 5 µ m . R E V E S TIM E N TO 1 . I n tr o d u ç ã o A g e ra ç ã o d e e flu e n te s líq u id o e g as o s o c o n te n d o c ro m o h e x a v a le n te (C r + 6 ), q u e n e c e s sita m d e tra ta m e n to físic o -q u im ic o p a ra d e s c a rte e g ra n d e consum o de e n e rg ia e lé tric a d u ra n te lo n g o s p e río d o s de a p lic a ç ã o , le v o u à busca de a lte rn a tiv a s em re la ç ã o ao c ro m o duro e le tro d e p o s ita d o . O c ro m o d u ro é u tiliz a d o h á m ais d e 7 0 a n o s n a in d ú s tria , p o ré m e s tu d o s m é d ic o s in d ic a m a s ua a ç ã o c a rc in o g ê nic a a tra v é s d a in a laç ã o d e n é v oa s d e c ro m o h e x a v a le n te . D e v id o a o s lim ite s d e 0 ,5 µ g /m 3 d e e x p o siç ã o im p o s to s p e lo s p aíse s d e s e n v o lv id o s e a o s alto s c u s to s p a ra re d u ç ã o d a s e m iss õ e s g a s o s a s e d e e flu e n te s c o n te n d o c ro m o h e x a v a le n te , e s te p ro c e s s o to rn a -s e c a d a d ia m ais in v iá v e l. E m b o ra o c ro m o d u ro e le tro d e p o s itad o , ain d a s e ja m u ito u tiliz a d o n a in d ú s tria p a ra p ro te ç ã o d e c o m p o n e n te s m e c â n ic o s c o n tra a c o rro s ã o , d e v id o à s u a e le v a d a d u re z a e in é rcia q uím ic a, já e s tão d is p o nív e is n o m e rc a d o , a lg u m a s alte rn a tiv as , e n tre e la s re v e s tim e n to s c o m p ó s ito s d e W C -1 2 C o , W C -2 0 C r-7 N i, C r 2 C 3 -2 5 N iC r e lig as m e tálic a s c o m o N i-5 0 C r e N iC rB S iF e W , a p lic a d o s p e lo p ro c e ss o d e a s p e rs ã o té rm ic a hip e rs ô nic a H V O F (H ig h V e lo c it y O x y -F u e l F la m e ). A s u b s titu iç ã o d o c ro m o d u ro e le tro d e p o sita d o p e lo s re v e stim e n to s a p lic a d o s por HVOF é re s u lta d o d e s e u v a s to e m p re g o , e n tre o u tra s , na in d ú s tria a e ro n á u tic a , a e ro e s p a cial e p e tro q u ím ica , d e v id o à s e x c e le n te s p ro p rie d a d e s d e re sistê n cia a o d e s g a s te , c o rro s ã o , a d e s ã o a o s u b s tra to e re d u z id o s n ív e is d e p o ro s id a d e , q u a n d o c o m p a ra d o a o s p ro c e s s o s d e a sp e rs ã o té rm ic a c o n v e n cio n a is . M e s m o ain d a d e c u s to e le v a d o n o B ra sil, s o m e -se a lg u m a s v a n ta g e n s ao p ro c e s s o HVOF, q ue c o m p e n s a m ta l d e fa s a g e m , c o m o p o r e x e m p lo s ua e le v a d a ta x a de d e p o siç ã o e a c a b a m e n to s u p e rficial d e c o m p ó s ito s c o m o W C -1 2 % C o e W C 17% Co, s u p e rio re s ao c ro m o d u ro , a n ão n e c e s sid a d e da ex ecução do tra ta m e n to de d e s id ro g e n a ç ã o , a u m e n to d a v id a e m fa d ig a , a s ua lo n g a v id a ú til (p o d e n d o c h e g a r a 5 v e z e s a d u ra b ilid a d e do c ro m o d u ro ), re d u ç ã o na q u a n tid a d e d e p a ra d a s n e c e ss á rias à m a n u te n ç ã o e o m e n o r te m p o d e a p lic a ç ã o . C O M P O S IÇ Ã O Q U ÍM IC A A B C 88W C -12C o 7 5 C r 2 C 3 - 2 0 N i- 5 C r 7 3 W C -2 0 C r-7 N i D N i1 5 C r 1 7 W 3 .5 F e 3 B 4 S i0 .8 C E N i- 5 0 C r F A B R IC A N TE H .C . S ta r k P r a x a ir- T A F A P r a x a ir- T A F A W a llC o lm o n o y P r a x a ir- T A F A T a b e la 1 – R e v e s t im e n t o s U t iliz a d o s P a r a A v a lia ç ã o Já a s a m o s tra s re v e s tid a s c o m c ro m o d u ro fo ra m fo rn e c id a s p e la M e talc ro m L td a, c o m e s p e s s u ra a p ro x im a d a d e 1 0 0 µ m . S u a p re p a ra ç ã o s u p e rficia l fo i re aliz a d a a trav é s d e ja te a m e n to a b ra siv o, c om g ra n a lh a d e A l 2 O 3 e le tro fu n d id a , g rã o 2 2 0 s e m a execução do tra ta m e n to té rm ic o de d e s id ro g e n a ç ã o . • C a ra c te riz aç ã o d o s re v e s tim e n to s : a tra v é s d a a n á lis e m e talo g rá fic a d a s e ç ã o tra n s v e rs al e m m ic ro s c ó p io ó tic o O ly m p u s BX51M . com c â m e ra d ig ital a c o p la d a . • M e d id a s d e m ic ro d u re z a V ic k e rs : re aliz a d as c o m u m m ic ro d u rô m e tro B u e h le r M ic ro m e t 2001, c a rg a de in d e n ta ç ã o de 300g, c o n s id e ra n d o o v alo r d e d u re z a ig u a l a o v alo r m é d io d e 1 0 m e d id a s . • R u g o s ím e tro : p o rtá til M y tu to y o S u rfte s t 2 1 1 . • C a rg a p a ra o te s te d e d e s g a s te a d e siv o e s u a d u ra ç ã o : 8 5 N d u ra n te 3 0 m in u to s . • C o n tra p a rte 1020. • E s p e s s u ra d e c a m a d a m é d ia p a ra te ste e m c â m a ra d e n é v o a s a lin a : 1 0 0 µ m . • C rité rio de a v alia ç ã o a d o ta d o : te m p o n e c e s s á rio p a ra o s u rg im e n to d o s p rim e iros s in ais d e c o rro s ã o d o s u b s tra to (c o rro s ã o v e rm e lh a ). • A c a b a m e n to d a s c a m a d a s d e re v e s tim e n to : te s ta d o s s e m a re a liz a ç ã o d e p ro c e s s o s d e a c a b a m e n to s u p e rficial. • R e s u ltad o s d a a n á lis e d a s e ç ã o tra n s v e rs al e m ic ro d u re z a : u tiliz a d o s p a ra a a v a lia ç ã o d o s re s u lta d o s d e d e s g a s te a d e siv o e c o rro s ã o . do par trib oló g ic o : 3 .1 . A s p e c to s das cam adas ( m ic r o g r a fia s a m p lia d a s 2 0 0 x ) 2 . O b je tiv o E s te tra b alh o , le v a em c o n ta a a n á lis e e c o m p a ra ç ã o e n tre re v e s tim e n to s té rm ic a m e n te a s p e rg id o s e o c ro m o e le tro d e p o sita d o , em s itu a ç õ e s d e c o rro s ã o (c â m a ra d e n é v o a s alina s e g u n d o a A S T M B -1 1 7 ) e d e s g a s te a d e siv o se m lu b rific a n te (s e g u n d o a A S T M G 6 7 ). A n á lise s d e m ic ro d u re z a e m ic ro s c o p ia ó tic a fo ra m u tiliz a d a s p a ra c a ra c te riz aç ã o e a n á lis e d o s re s ulta d o s F ig .2 - C ro m o d u ro Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br aço A IS I e n s a ia d a s InforMetalização Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 10 d u ro p o d e s e r v isto d e m a n e ira sim p lific a d a e m te rm o s d o s v a lo re s d e m ic ro d u re z a . T ip ic a m e n te , a d u re z a p o d e s e r re la c io n a d a q u a lita tiv a m e n te c om a re sis tê n cia a o d e s g a s te a d e siv o d e m e ta is a tra v é s d a re la ç ã o d ∝ 1 H , o n d e d é d e s g a s te e H F ig .4 - R e v e s t im e n t o B F ig .3 - R e v e s t im e n t o A B é a d u re z a d o m a te ria l. N e s te c a s o , a d u re z a d o m a te ria l é e m p re g a d a c o m o u m in d ic a d o r d a te n s ã o d e ru p tu ra d o m a te ria l e d o se u m ó d u lo d e c is a lh a m e n to , já q u e o m e c a n is m o d e d e s g a ste a d e s iv o e n v o lv e a q u e b ra de m ic ro -ju n ç õ e s fo rm a d a s d e v id o à in te ra ç ã o e n tre a s d ua s s u p e rfície s e m m o v im e n to re la tiv o. A lia d o s a e s te fa to, o a u m e n to d a d u re z a e s tá re la cio n a d o ao a u m e n to do m ó d u lo de c is a lh a m e n to , o q u e se tra d u z e m m e n o re s [8 ] c o e ficie n te s d e a trito e m e n o r d e s g a s te . D iv e rso s o u tro s fa to re s in flu e n c ia m o d e s e m p e n h o d o s m e ta is e m d e s g a ste a d e siv o , c o m o a p re s e n ç a d e lu b rific a n te s, a c a b a m e n to s u p e rficia l, a n a tu re z a q u ím ic a d a c o n tra p a rte , a c a rg a n o rm a l u tiliz a d a , m a s a re la ç ã o é v a lid a p a ra a m a io ria d o s c a s o s [9 ]. F ig .5 - R e v e s t im e n t o C B O d e s e m p e n h o s u p e rio r d o re v e s tim e n to D , e m re la ç ã o a o c ro m o d u ro , n ã o p o d e s e r e x p lic a d o d e m a n e ira sim p lific a d a , s e n d o n e c e ss á rio s m a is te s te s p a ra e lu cid a r o s m e c a nis m o s e n v olv id o s no d e s g a s te d o p a r re v e s tim e n to E c o n tra a ç o A IS I 1 0 2 0 ”. F ig .6 - R e v e s t im e n t o D B F ig .7 - R e v e s t im e n t o E B 3 .2 . M ic r o d u r e z a s a v a lia d o s R EV ESTIM EN TO dos r e v e s tim e n to s 4 .2 . C o r r o s ã o a c e le ra d a e m n é v o a s a lin a C o r r o s ã o A c e l e r a d a (A S T M B -1 1 7 ) > 400 M IC R O D U R E Z A (H V 300) > 400 > 400 > 400 432 1389 1058 1313 717 300 780 384 336 Tempo (h) A B C D E C ro m o D u ro T a b e la 2 - M ic ro d u re z a s V ic k e rs d o s R e v e s t im e n t o s 288 240 192 144 96 48 0 4 . R e s u lta d o s e d is c u s s õ e s A 4 .1 . D e s g a s te a d e s iv o N a T a b e la 3 , n o s re s u lta d o s o b tid o s a tra v é s d o e n s a io d e d e sg a s te a d e siv o , o re v e s tim e n to E e a a m o s tra d e c ro m o d u r o a p re s e n ta ra m u m d e s g a s te a c e n tu a d o , te n d o a m a rc a d e ix a d a p e lo d e s g a ste um a p ro fu n d id a d e s u p e rio r à e s p e s s u ra dos re v e s tim e n to s. 3 (mm ) Volume Desgastado E n s a io d e D e s g a s t e A d e s iv o (A S T M G 7 7 -9 7 ) 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 > 8 > 1 ,5 0 ,1 5 A 0 ,4 7 B 1 ,0 2 0 ,1 9 C D E F B C D E C ro m o D u ro R ev e s tim e nto s F ig u ra 4 - D e s e m p e n h o d o s R e v e s t im e n t o s A v a lia d o s e m N é v o a S a lin a O s re v e s tim e n to s d e p o sita d o s p o r a s p e rs ã o té rm ica H V O F p o s s u e m p o ro s id a d e e x tre m a m e n te b a ix a , c o m o p o d e s e r v is to n a s Fig u ra s d e 3 à 7 , e d e a c o rd o c o m o m a te ria l e o s p a râ m e tro s u tiliz a d os , p o d e m s e r c o n s id e ra d o s im p e rm e á v e is. A p e n a s o s re v e s tim e n to s A e D a p re s e n ta ra m m a n c h a s d e c o lo ra ç ã o a z u la d a e p o n to s d e c o rro s ã o n a s p rim e ira s 2 4 h o ra s d e e n s a io , m uito p ro v a v e lm e n te d e v id o à fa lta d e h o m o g e n e id a d e da e s p e s s u ra do re v e s tim e n to a p lic a d o m a n u a lm e n te . O s re v e s tim e n to s re s ta n te s, n ã o a p re s e n ta ra m q u a lq u e r a lte ra ç ã o n o s e u a s p e c to v is u a l e n e m sin a is d e c o rro s ã o v e rm e lh a a p ó s 4 0 0 h o ra s d e e n s a io , o q u e in d ic a a e x c e le n te c a p a c id a d e d e p ro te ç ã o fo rn e c id a a o s u b s tra to. R e v e s t im e n t o s T a b e la 3 - R e s u lt a d o s d o E n s a io d e D e s g a s t e A d e s iv o “O desem penho s u p e rio r dos re v e s tim e n to s d e p o s ita d o s p o r a s p e rs ã o té rm ic a fre n te a o c ro m o Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 11 4. Con clu sõe s A m icroestrutura dos revestim entos depositados através do processo de aspersão térm ica HVOF, apresenta-se bastante hom ogênea, com níveis de porosidade extrem am ente baixos, reduzido nível de óxidos, ausência de defeitos na interface, e com exceção do revestim ento E (voltado à proteção contra a corrosão), com valores de m icrodureza superiores à cam ada de crom o duro. A capacidade de proteção ao substrato das cam adas aplicadas pelo processo de aspersão térm ica HVOF, m ostrou ser excelente, apresentando desem penho em câm ara de névo a salina, sem elhante ao do revestim ento de crom o duro eletrodepositado. Os revestim entos aplicados pelo processo de aspersão térm ica HVOF, apresentaram desem penhos, levando em conta o desgaste adesivo, consideravelm ente superiores ao do crom o duro, com o esperado, devido aos seus valores de m icrodureza. Contudo, m esm o o revestim ento D, com valor de dureza próxim o ao do crom o duro, apresentou desem penho superior ao revestim ento eletrodepositado. * TAK IM I, Antô nio (1); P OSS AM A I, Lisiane (2); BERG M AN N ,Carlos Pérez (1) Revestim entos D epositados por Aspersão Térm ica Hipersônica (HVOF) com o Alternativa ao Crom o D uro (texto original) (1) Laboratório de M ateriais Cerâm icos – Universidade Federal do Rio G rande D o Sul (2) M W M International M otores O PR O CESSO PA R A EN SA IO D E A BR A SIV ID A D E TA BER , SEG UN D O A N O RM A ASTM F19 78-00 O m é to d o d e e n s aio d e A b ra siv id a d e T a b e r, fo rn e c e m e io s p a ra a v alia r a re sis tê n cia d as p a rtíc ula s d e rev e s tim e n to s d e p o sita d o s p o r a s p e rs ã o té rm ic a. P o d e s e r u tiliz a d o p a ra a v a lia r o s e feito s d e v a riáv eis d e p ro c e s s o d e a s p e rs ã o , tais c o m o : p re p a ra ç ã o d o s u b s tra to a n te s d a a p lic a ç ã o d o re v e s tim e n to , te x tu ra s d e s u p e rfícies , c a rac te rís tic as m e c â nic a s do re v e s tim e n to e tra ta m e n to n o s re v e s tim e n to s . Os c o rp o s de p ro v a são de fo rm a to p a d ro n iz a d o , d e v e m p o s s uir 1 0 0 mm de d iâ m etro e o m ín im o d e 1 ,6 m m d e e s p e s s u ra, p a ra e v ita r o e m p e n a m e n to n a a p lic a ç ã o d o re v e s tim e n to a s p e rg id o te rm ic a m e n te. P a ra fix a ç ã o d o c o rp o d e p ro v a n a b a s e g irató ria d o e q u ip a m e n to de a b ra siv id ad e T a b e r, é n e c e s s á rio re aliz a r u m fu ro d e 6 ,4 m m d e d iâ m etro n o c e n tro d o c o rp o d e p ro v a. O re v e s tim e n to p o d e s e r a p lic a d o d e u m a m a n eira re p re s e n ta tiv a nos c o rp o s de p ro v a, o b s e rv a n d o -s e apenas a n e c e ssid a d e de p o s te rio r p re p a ra ç ã o s u p e rficial a tra v é s d o p ro c e s s o de p re p a ra ç ã o m e talo g rá fic a e o p e ra ç õ e s d e lix a m e n to . O e q u ip a m e n to u tiliz a d o é o A b ra s ím e tro T a b e r, c o n s tituíd o d e d u a s ro d a s a b ra siv a s c alib ra d a s, q u e a tra v é s d e m o v im e n to s d e ro ta ç ã o d a s ro d a s e d e u m d is c o , g e ra m u m a c o m b in a ç ã o d e ro ta ç ã o e a trito, c a u s a n d o o d e s g a s te n a s u p e rfície d o re v e s tim e n to . O p ro c e d im e n to d o te s te é to ta lm e n te n o rm a liz a d o p ela A S T M F 1 9 7 8 -0 0 , S ta n d a rd T e s t M e th o d fo r M e a s u rin g A b ra s io n R e s is ta n c e o f M e ta llic T h e rm a l S p ra y C o a tin g s b y U s in g th e T a b e r A b ra s e r. O s m a te riais e eq u ip a m e n to s u tiliz a d o s n o te s te s ã o : A b ra s ím e tro T a b e r m o d elo 5 1 5 0 ; D u a s ro d a s C a lib ra d a s H 2 2 T a b e r, o u e q u iv ale n te, c o m c a b e ç a a b ra s iv a d e 2 5 0 g s e m p e s o s a d icio n ais ; U n id a d e de Vácuo; Roda de re a fia m e n to T a b e r m o d elo 2 5 0 ; M á q u in a d e lim p e z a U ltra -s ô n ic a ; F o rn o de secagem , c a p a c id ad e d e o p e ra ç ã o 1 0 0 º C ± 2 º C ; B a la n ç a a n a lític a, p re cis ã o d e 0 ,0 0 0 1 g ; C o rp o s d e P ro v a d e a c o rd o c o m a n o rm a A S T M F 1 9 7 8 - 0 0 . Jú lio C é s a r F ra n tz * 5. Bibliografia In ic ia -s e o e n s aio d e a b ra siv id a d e s e p a ra n d o -s e u m c o rp o d e p ro v a , d e n o m in a d o b la n k , c o m o o b je tiv o d e d e te rm in a r o p e s o p e rd id o n a lim p e z a ultra -s ô n ic a. O c o rp o d e p ro v a b la n k é p e s a d o p o r trê s v e z e s , re aliz a d a a m é d ia d a s trê s m e d iç õ e s e a s u a a n o ta ç ã o e m u m a ta b ela. A lim p e z a u ltra -s ô n ic a é ex e c u ta d a d u ra n te 1 0 m in u to s , e e m s e g uid a p ro m o v id a a s e c a g em d o s c o rp o s d e p ro v a n a e s tu fa à te m p e ra tu ra d e 1 0 0 º C , ta m b é m d u ra n te 1 0 m in u to s . Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br InforMetalização Publicado pela Consultoria metalizacao.eng.br Nº 3 - ano 2 - Outubro 2.011 nº3 - ano 2 - Nov./Dez. 2.011 12 Os corpos de prova são então resfriados à tem peratura am biente, pesados por três vezes e calculada a m édia dos pesos. Este procedim ento é repetido, até que a m esm a m assa dos corpos de prova blank seja an otada por duas lim pezas consecutivas. O núm ero total de lim pezas ultra-sônicas é anotado para que se possa determ inar o tem po de lim peza necessário para a obtenção da m assa estável dos corpos de prova, calculada pela Equação 1. T M etaestável = 10 x (n-1) Sendo: n = determ inado núm ero (Equ ação 1) total de lim pezas O abrasím etro Taber é regulado para o núm ero de ciclos apropriados (2, 5, 10 ou 1 00). O vácuo é regulado, pressionando a chave “vacuum suction level”, inserindo o valor 100. O tem po de início do vácuo é regulado para 5 segundos, perm itindo que o vácuo alcance a força m áxim a antes do botão “start” ser pressionado. Após o teste, são realizadas as operações de lim peza, secagem e resfriam ento, pesando as am ostras na m esm a sequência citada anteriorm ente. A cada intervalo de teste é necessário realizar o reafiam ento das rodas abrasivas, utilizando-se o equipam ento de reafiam ento Taber m odelo 250. Os testes devem seguir até a conclusão de todos os corpos de prova. Outro tipo de corpo de prova não deve ser testado utilizando-se a m esm a roda abrasiva. O resultado final do teste é a diferença de m assa calculada através da Equação 2. ∆ wn = wo - wn Em seguida, continuando os ensaios, realiza-se a lim peza dos corpos de prova na m áquina de lim peza ultra-sônica durante o tem po determ inado na Equação 1. D epois, é realizada a secagem dos corpos de prova em um a estufa a 10 0ºC durante 10 m inutos. Realiza-se a pesagem dos corpos de prova à tem peratura am biente, anotando-se os valores em um a tabela. (Equação 2) onde: n = núm ero de ciclos acum ulados; ∆ w n = m assa perdida para o ciclo n; w o = m édia das três m assas calculadas das am ostras lim pas; w n = m edia das três m assas calculadas depois dos ciclos Assim a taxa de desgaste em m m 3 será a razão do volum e perdido pela densidade do m aterial do revestim ento. ∆ w n (g)___ x 100 0 = Perda de Vo lum e (m m ³) D ensidade (g/cm ³) O ensaio de abrasão é realizado de m odo com parativo, por exem plo, para determ inar a taxa de desgaste de um revestim ento de aço inoxidável, devem os com pará-la a um a peça fabricada em Aço SAE 1 010 -1 020, desta fo rm a avaliando a resistência a abrasão dos dois tipos de m ateriais. Este teste, inclusive, pode auxiliar na determ inação da vida útil da peça em situações de trabalho. Após a lim peza ultra-sônica, os corpos de prova podem ser m ontados sobre o disco do abrasím etro Taber, com o revestim ento para o lado de cim a. As rodas abrasivas são m ontadas de acordo com a indicação “Left”, esquerda e “Right”, direita. Caso durante o teste, o diâm etro das rodas abrasivas sofra redução, além da etiqueta indicativa, os corpos de prova devem ser descartados, e um novo teste iniciado. As rodas abrasivas são baixadas lentam ente sobre a superfície do revestim ento, iniciando-se em seguida o vácuo. Júlio César Frantz é form ando do Curso de Engenharia M ecânica (2.01 2) da U niversidade de santa Cruz do Su l - U NISC, RS. Iniciou sua s ativ idades profissiona is nos laboratório s do Curso de Engenharia M ecânica e Produ ção da U NISC. Atualm ente é Trainee na área de M anutenção Industria l de um a Indústria de Bebida s no m unicípio de Santa M aria, RS. Consultoria metalizacao.eng.br - Fone/Fax: (11) 5072-9498 - Cel.: (11) 6646-7171 e-mail: [email protected] * Site: www.metalizacao.eng.br
Documentos relacionados
InforMetalização 2 - Home
Espero que esta edição seja do agrado de todos que buscam um pouco mais sobre metalização. Boa leitura!
Leia mais