postura pedagógica e não técnica de ensino postura pedagógica e
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postura pedagógica e não técnica de ensino postura pedagógica e
Revista Bimestral - Março e Abril de 2004 • Ano III • Nº 15 Projetos: postura pedagógica e não técnica de ensino Nossa mensagem Parece que foi ontem... Em dezembro de 2001, a revista Educando em Mogi nascia tímida, fininha (tinha só 13 páginas) e nem fotolito foi usado em seu número 1. Mas, com que emoção todos nós a seguramos e mostramos aos amigos que vieram partilhar conosco a alegria de seu lançamento! Lembro-me que chorei. E a equipe toda se espantou, pois não sou dada a essas demonstrações de meus sentimentos. Mas é que, eu estava realmente emocionada, pois percebia toda a possibilidade que se desenhava para o futuro. Aquele, como todo nascimento, trazia uma promessa de vir a ser, de crescimento e de novas realizações. Passados dois anos, eis aqui a revista número 15. O rebento desabrochou, está agora com 28 páginas e nova diagramação. E o mais importante, está sendo escrita pelos educadores mogianos, cumprindo assim sua finalidade: ser canal de comunicação entre eles, divulgando seus estudos e suas experiências e enriquecendo o trabalho de todos os que estão Educando em Mogi. A emoção volta a se apossar de meu coração. Um abraço a todos. Maria Geny Júnior, Sabrina, Paulo, Ana, Bernadete e Daniel: a equipe responsável pela revista. PREFEITURA MUNICIPAL DE MOGI DAS CRUZES Secretaria de Educação / Secretaria de Comunicação Social Av. Vereador Narciso Yague Guimarães, 277 - Centro Cívico CEP 08780-900 - Mogi das Cruzes - SP PABX: (11) 4798-5000 Fax: (11) 4799-3067 Site: www.mogidascruzes.sp.gov.br 2 Colaborações, sugestões e participações, entre em contato: Equipe do Cemforpe - Centro Municipal de Formação Pedagógica Sede da Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes - 3º andar Telefone: (11) 4798-5145 ou 4798-5085 - Fax: (11) 4726-5304 E-mail: [email protected] [email protected] Secretaria Municipal de Comunicação Social Telefone: (11) 4798-5155 ou 4798-5156 E-mail: [email protected] CAPA: Profª Patrícia e alunos do Jardim II da EM Dr. Milton Cruz Trabalhar com projetos, mudança que faz bem! Eloisa Bombonatti Gianini A discussão sobre Pedagogia de Projetos não é nova . Ela surge no início do século com John Dewey e outros representantes da “ Pedagogia Ativa”. Já nessa época, a discussão estava embasada numa concepção de que educação é um processo de vida e não uma preparação para vida futura e a escola deve representar a vida presente - tão real e vital para o aluno como a que ele vive em casa, no bairro ou no pátio. Os tempos mudaram, quase um século se passou e essa afirmação ainda continua atual. A discussão cos entre nós, educadores. As recen- dizagem. Nesse novo olhar, alunos e da função social da escola, do signifi- tes mudanças na conjuntura mundial, professores são coadjuvantes no pro- cado das experiências escolares para com a globalização da economia e a cesso; o enfoque é globalizado e os que dela participam foi e continua informação dos meios de comunica- centrado na resolução de problemas; a ser um dos assuntos mais polêmi- ção, têm trazido uma série de refle- o conhecimento torna-se instrumento xões sobre o papel da escola de compreensão e possível interven- dentro do novo modelo de soci- ção na realidade. edade, desenhado nesse final do século. Essas são mudanças que propõem, principalmente uma nova pos- É nesse contexto e den- tura do professor: se normalmente ele tro dessa polêmica que a dis- é visto como o único informante, nes- cussão sobre a Pedagogia dos ta nova intervenção pedagógica ele Projetos se coloca hoje. Isso intervém no processo de aprendizagem significa que é uma discussão dos alunos, criando situações desafi- sobre uma postura pedagógica adoras e dando condições para que e não sobre uma técnica de en- eles avancem em seus esquemas de sino mais atrativo para os alu- compreensão da realidade. Difícil? Talvez! Impossível? Só nos. Pensar uma prática pedagógica a partir dos projetos traz mudanças significativas para o processo ensino/apren- para aqueles que negam a alegria de ensinar e aprender melhor. Eloisa Bombonatti Gianini é Diretora Pedagógica do Colégio Policursos 3 A inclusão dos “incluídos” Fábio Theoto Rocha 4 Desde maio de 2003, a EINA – acompanhamento contínuo de nossa pelo uso de drogas inclusive cigarro e Estudos em inteligência Natural e Ar- equipe para consolidarem sua bebida, entre outros fatores. Aqueles tificial Ltda vem trabalhando com os profissionalidade em um trabalho de alunos que sempre foram considera- professores da EMESP em uma par- intervenção e avaliação mais respon- dos como preguiçosos, malcriados e ceria que visa integrar a prática do sável para com essa população. Os até mesmo burros, na verdade, pos- trabalho dos professores em sala de próprios professores demonstraram tal suíam problemas neurológicos que aula com o conhecimento descober- necessidade à Secretaria e com isso hoje podem ser contornados com uma to nos últimos anos sobre as causas foi agendado um atendimento quinze- aplicação pedagógica adequada. neurológicas das dificuldades de nal para os professores onde serão Uma inclusão de verdade, en- aprendizagem e sobre os mecanis- exploradas as potencialidades de cada tão, deve englobar não só as pessoas mos utilizados pelo cérebro tanto para aluno e programadas as atividades a que estão fora da escola e das clas- aprender quanto para contornar seus serem aplicadas. ses regulares mas também as pesso- problemas. Com os resultados obti- Com esse trabalho, a Secre- as que freqüentam as aulas mas não dos, a Secretaria optou por continuar taria de Educação visa praticar uma aprendem. Nesse ponto, a Secretaria o trabalho de acompanhamento do inclusão de qualidade fornecendo nos incumbiu em auxiliar duas esco- rendimento dos alunos e de orienta- aos profissionais do ensino o supor- las da rede regular: Escola Munici- ção das atividades a serem utiliza- te necessário para a compreensão pal Profª Etelvina Cáfaro Salustiano das em cada caso. de problemas que não são analisa- e Centro de Convivência Infantil Paralelamente, no ano passa- dos nos cursos de formação de pro- Integrado Prof. Takao Ikeda, além do realizamos um curso para apresen- fessores através do atual conheci- de fornecer um curso noturno para to- tar, tanto aos professores da EMESP mento adquirido pelas novas dos os professores da prontidão e pri- quanto aos professores que tinham tecnologias de pesquisa. meiros anos do fundamental. O traba- alunos incluídos, o conhecimento ad- Por outro lado, há uma certa lho nas escolas consiste em discutir quirido após anos de trabalho de pes- porcentagem de alunos considerados com os professores o desempenho es- quisa sobre os mecanismos cerebrais normais que, quando começam a ser colar de cada aluno e investigar seu responsáveis pelo aprendizado. O pró- alfabetizados, passam a apresentar histórico desde o período de gestação, prio curso já tinha uma parte prática, certas dificuldades. Pesquisas reali- para dessa maneira investigar os pos- pois discutia-se os problemas trazidos zadas no mundo inteiro mostraram síveis portadores dos distúrbios espe- por professores e enfrentados em sala que cerca de 6% da população mun- cificados. A partir dessa triagem, pas- de aula. Os professores passaram a dial sofre pequenas lesões cerebrais samos a orientar os professores na in- compreender os problemas de cada durante a gestação, ou durante o par- tervenção mais adequada para cada aluno, se convenceram de que todas to, ou durante a primeira infância. Es- caso bem como a implementar um sis- as pessoas têm potencial de aprendi- sas lesões acarretam dificuldade para tema de avaliação contínuo para favo- zagem independente de suas dificul- leitura, escrita e aritmética, além de recer uma progressão do aluno em dades e começaram a visualizar como distúrbios de atenção e hiperatividade, função do seu próprio conhecimento poderiam auxiliá-los no desenvolvimen- e podem ser causadas por má alimen- adquirido durante o ano. to de seus conhecimentos. No entan- tação ou estresse tanto da mãe quan- to, sentiram que seria importante um to da criança, por heranças genéticas, Fábio Theoto Rocha é Gerente da EINA Educação no Âmbito da Diversidade Promovendo a escola de qualidade para todos A Prefeitura Municipal de Mogi, de fisioterapeuta e fonoaudiólogo. Tam- cursos de qualificação profissional que através da Secretaria de Educação, bém contratamos a EINA – Estudos são ministrados no CIP – Centro de tem seu trabalho pautado na missão em Inteligência Natural e Artificial Ltda, Iniciação Profissional. Este projeto tem de promover a escola de qualidade para empresa dirigida pelo Dr. Armando alcançado grande sucesso, pela sa- todos. Para isso, especial atenção tem Freitas da Rocha, professor da tisfação pessoal que traz aos alunos sido dada ao atendimento dos porta- UNICAMP e USP, pesquisador desta e sua conseqüente inclusão social. dores de necessidades educativas es- área, para assessorar na implantação No programa de inclusão peciais, que vem sendo feita através de do Programa “Educação no Âmbito da educacional, 52 escolas municipais, duas frentes de trabalho: Diversidade”, com a implantação do de educação infantil e ensino funda- √ Atendimento na EMESP – Escola Sistema ENSCER (ensinando o cére- mental, atendem 107 alunos portado- Municipal de Educação Especial e no bro), criado por ele. Sua assessoria res de necessidades especiais incluí- Programa de Inclusão das dos nas turmas regulares, e Escolas Municipais, e mais 25 estão sendo avalia- √ Atendimento através de dos. Essas turmas devem subvenção à APAE. ter no máximo 30 alunos, um A Escola Municipal dos quais pode apresentar de Educação Especial – deficiência. Os professores EMESP, atende 115 alunos das escolas municipais são portadores de deficiência acompanhados e orientados mental e de distúrbios globais pela equipe do Serviço de do desenvolvimento, que são Apoio Itinerante, formado os autistas e psicóticos. Ali- pela Assessora de Educa- as, a EMESP é a única insti- ção tuição educacional de Mogi CEMFORPE e duas profes- que atende autistas. Especial do inclui: análise da função cerebral dos soras especialistas na área. Contam, Seu prédio passou no ano de 2002 alunos, para orientação aos profes- também, com a assessoria técnico- por uma ampliação, com construção de sores e pais; implantação do serviço pedagógica do Dr. Armando Freitas da piscina, quadra esportiva, rampas para de informática educacional, com uti- Rocha. acesso aos diversos patamares e refor- lização de software do Sistema Quanto ao atendimento atra- ma geral em salas de aula e refeitório. Enscer; orientação aos professores vés da subvenção à APAE, o nú- e técnicos da EMESP e acompanha- mero de alunos atendidos aumentou, mento do seu trabalho. sendo hoje são 469, quando em 2000 O atendimento pedagógico foi reestruturado, e dentro do projeto novos profissionais passaram a integrar Visando desenvolver as habili- eram 322. Os recursos repassados a equipe já existente, como monitores dades e socialização dos jovens e aumentaram, em 2000 foram R$ para as áreas de artes visuais, músi- adultos matriculados da escola, gru- 898.380,00 e neste ano de 2004 se- ca, dança e práticas esportivas, além pos de alunos estão freqüentando os rão R$ 1.701.600,00 . 5 Mogi no Fórum Mundial de Educação Andréa R. B. Marinho “Os profetas são aqueles que se molham de tal forma nas águas de sua cultura e da história de seu povo, dos dominados de seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã em que eles mais do que adivinham, realizam.” Paulo Freire cipação; e nem sempre os profissio- organizadores do evento, este índice vos porque o Fórum aconteceu fora do construir uma escola de qualidade na indica que o Município teve uma exce- município; muitas vezes os adminis- esfera pública da educação. lente participação, entre outros moti- tradores dificultam este tipo de parti- De 01 a 04 de abril de 2004 aconteceu em São Paulo o Fórum Mundial de Educação, onde várias entidades, ONGs, poderes públicos, secretarias e profissionais da área reuniram-se para construir a Plataforma Mundial de Educação. Superando as expectativas, foram 106 000 pessoas participando do evento, sendo quase 200 professores, diretores e técnicos da Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes, ou seja, 25% dos docentes e técnicos da rede municipal. Segundo e-mail enviado por Vivaldo Armelin Junior, um dos 6 nais entendem a importância desses eventos para a modificação e atualização de sua prática diária em sala de aula. A Secretaria Municipal de Educação de Mogi das Cruzes compôs o Comitê Organizador do evento desde outubro de 2003. Nestes seis meses pudemos colaborar com toda organização temática do Fórum e fomos uma das Secretarias mais presentes e participativas. Além disso, duas escolas municipais apresentaram-se no dia 01 de abril, mostrando que é possível A Escola Municipal Profª Cynira Oliveira de Castro apresentou seu site na Internet - www.emcynira.pop.com.br - , um trabalho realizado em equipe (direção, professores, alunos e funcionários) ao longo de um ano. O site apresenta links importantes como os projetos de 2003 e 2004, eventos, biografia da patrona, fotos, diversões culturais, resenhas, informações, talentos mirins que vão sendo descobertos na escola e uma gama de outras atividades que acontecem numa escola com Gestão Participativa. Mostrar um trabalho deste nível num Fórum Mundial de Educação é mais que ousadia, coragem ou determinismo; é sim um ACREDITAR que a educação vale a pena, que podemos sim ser exemplos de tecnologia, qualidade e ensino efetivo enquanto escola pública. A apresentação dos expositores Andréa Pereira de Souza, Alex Soares da Silva, Cín- atividade mostrou entidades, escolas unidades indicaram caminhos possí- tia M. A. de O. Arouca, Elisabete e terceiro setor que fazem um traba- veis de uma Escola Cidadã, papel este Jacques Urizzi Garcia, Célia Regina lho inovador na educação. As exposi- que visa trabalhar a escola e socie- Dias e Regina Célia Franco nos emo- toras Fátima Melo (gestora) e Andréa dade local na busca de qualidade de cionou ao ver que eles mostram o ca- Marinho (Coordenadora) falaram sobre vida com consciência e participação minho e abrem as portas para que “Projeto- Político- Ecopedagógico: os na construção de um outro mundo outras escolas também acreditem que desafios de uma nova prática”, discor- possível. são capazes, afinal temos um traba- rendo sobre a Ecopedagogia como lho de qualidade na rede municipal. fundamentação a todas e todos os atores da educação Podemos e devemos acreditar nele e Semestralidade como metodologia de municipal de Mogi das Cruzes é um mostrar a todos e todas que a Educa- trabalho. A escola demonstrou que a exemplo a seguir, pois todas as esco- ção de qualidade é mais uma missão semestralidade não fragmenta o pro- las e especialistas municipais traba- que atingimos diariamente. cesso educativo, mas sim, fortalece lham no encontro da construção da Já a Escola Municipal Profª um trabalho em equipe, estrutura um Cidade Educadora e as participações Noêmia Real Fidalgo participou de currículo integralizado e global (proje- de todas e todos os inscritos mostra- uma abordagem do “Movimento da tos) e demonstra que a Ecopedagogia ram isso concreta e efetivamente. Escola Cidadã”, como segunda apre- não é mais um modismo e sim um sentação intitulada “Inédito Viável: Ex- caminho para a evolução humana: periências Educacionais Inovadoras” uma Cidadania Planetária. realizada pelo Instituto Paulo Freire. A teórica e As apresentações das duas Acredito que o envolvimento de Andrea R. B. Marinho é Coordenadora na E.M. Prof.ª Noêmia Real Fidalgo e representante da SME - Mogi das Cruzes no Comitê Organizador (Comissão de Temática e Metodologia) do Fórum Mundial de Educação. 7 Nossa Escola tem um Site EM Profª Cynira Oliveira de Castro O uso da tecnologia como ferramenta pedagógica tem estado em voga há um bom tempo, os questionamentos por certo ainda estão longe de se esgotarem, mas, pouco a pouco, fica evidente que a modernidade pedagógica não pode mais se dissociar do universo digital. Tendo em vista esse panorama novo e sedutor, a equipe da Escola Municipal Professora Cynira Oliveira de Castro decidiu levar adiante o projeto de construção de um site, que servisse de vitrine para o seu cotidiano e, ao mesmo tempo, estimulasse a participação dos alunos nos muitos empreendimentos que a escola pro- 8 move. A polêmica criada em torno da a dis- ponibilização de computado- ículo de informação. inclusão digital nos espaços disponí- res conectados à Internet no CEDIC O passo seguinte foi refazer veis para se pensar em educação no - Centro de Divulgação e Construção toda a trajetória de atividades do ano Brasil, norteou o estabelecimento de do Conhecimento - ficou patente que anterior visto que a escola Cynira Oli- objetivos para o funcionamento de nos- vivemos uma realidade bem diversa veira de Castro acabava de completar so ambiente virtual, de forma que tanto da maioria das escolas brasileiras. seu primeiro ano de funcionamento, os professores e seus alunos, como Assim com a colaboração efetiva dos pautado pela concretização de proje- os demais funcionários da escola e a monitores de informática, com o tos cuja dinâmica fora acertadamente comunidade tornaram-se multipli- apoio da direção da escola e da Se- escolhida. Catalogamos todos os cadores de nosso entusiasmo inicial. cretaria Municipal da Educação, alu- eventos realizados, registramos em Como a escola está capacitan- nos e professores começaram a de- nosso portifólio, resgatamos depoi- do seus alunos para o papel de usuá- linear a página, a selecionar materi- mentos de alunos, revivemos cada um rios desse site, com aulas de al fotográfico, a discutir sobre o con- deles no momento em que se trans- informática para todas as séries e com teúdo relevante para esse tipo de ve- formavam em links em nossa página. Por enquanto, estabelecemos Aproveitamos “Momento Cultural” ficar obsoletos. Estaremos sempre vi- oito links contendo os assuntos que para tratar de assuntos como dicas gilantes para que a nossa página es- julgamos pertinentes para o momen- de saúde, sugestões de leituras, re- teja em sintonia com o cotidiano de to, mas, como é peculiar no universo senhas de filmes, lembretes dos pro- nossa escola e atrativo para quem tecnológico, já estamos pensando na fessores. Em nossa página não po- acessá-lo. periodicidade de renovação desse deria faltar espaços para “Diversões”, material. pois como brincar também é coisa mobilização para fazê-lo foi resultado séria, uma pausa para matar uma do trabalho em equipe, quando cada é charada, desvendar um enigma ou um esteve motivado para contribuir www.emcynira.pop.com.br, ficou a curtir uma boa piadinha é fundamen- com o que era solicitado e para supe- cargo do professor Alex Soares da tal. Tudo que é notícia, tudo o que rar as expectativas. Esta deverá ser a Silva, nosso monitor de informática, coloca nossa escola em evidência é filosofia de nossas atividades para que valendo-se de palpites de todos os tema para “Cynira News”, nosso jor- a ferramenta pedagógica que ora se envolvidos. Coube a ele simplificar ao nal eletrônico. configura ganhe as repercussões O design deste site, cujo endereço máximo os recursos de navegação Outros links podem se tornar para que o site fosse atrativo para o imprescindíveis,assim como os que já usuário que pretendemos cativar. foram programados não estão livres de Vale ressaltar que a pretendidas,agregando valor ao trabalho de que tanto nos orgulhamos. Um dos links que mais chamaram a atenção de nossos alunos nesse período de construção foi Nossos Talentos, local em que pretendemos evidenciar aqueles que apresentam aptidões para qualquer modalidade artística ou esportiva. Verificar a alegria daqueles que descobriram nesse espaço um jeito de vencer a timidez, de compartilhar com seus pares algo que até então era anonimato, foi para nós o momento mais significativo, que nos encheu de orgulho. Separamos um espaço para que nossos alunos conheçam melhor a história de vida da professora Cynira Oliveira de Castro em “Biografia”. Propomos ao visitante de nossa página um passeio pelas dependências da escola, conhecendo principalmente nossos ambientes diferenciados, no link intitulado “Nossa Escola”. Em “Eventos”, contamos um pouco das atividades festivas que permearam nosso calendário letivo até agora. 9 Recordar é viver... Um resgate mais que humano planetário EM Profª Noêmia Real Fidalgo 10 A Escola Municipal pos e comunidades e sociali- Profª Noêmia Real Fidalgo, zando a produção de conteú- está situada entre a Serra do do na Internet. Itapety e às margens do Rio Para tanto, temos como Tietê, em Mogi das Cruzes. 97% conceitos norteadores os se- de nossos alunos de Educação guintes pontos: Infantil (prontidão) e Ensino Fun- • A história de cada pessoa é damental são oriundos do Con- valiosa para a construção de junto Residencial Jardim uma memória social. Maricá, um local com média de • A memória oral abre espaço 1620 apartamentos de 58m² para a transmissão de experi- cada. Os outros 3% moram na ências que se perdem com o mata ciliar que circunda o bairro. Em Aliás, é este um dos papéis da Esco- passar das gerações. meio de tantas famílias, etnias, cos- la Cidadã. Pensando nisto, surgiu a • Coletar e organizar histórias de vida tumes, profissões, realidades, valores, idéia do Projeto Recordar é Viver. são formas importantes de produzir co- expectativas de vida, sociedades... por Nosso objetivo é valorizar e preservar nhecimento. que não aproveitar tudo isso em nos- a história de vida de todas as pesso- • A história dá senso de identidade e so Projeto Educacional? Ainda conta- as, incentivando o protagonismo de pertencimento e pode estabelecer no- mos com a Mata Atlântica em nosso pessoas e grupos, construindo um vos valores sociais. quintal ! painel multifacetado de pessoas no Somos realmente privilegiados! mundo, estimulando o respeito à di- É na diversidade que crescemos, é nas versidade cultural, social, sexual, po- diferenças que podemos trabalhar o lítica, étnico-racial e religiosa dos vá- currículo oculto de nossos alunos e rios grupos e comunidades, colaboran- professores. E por que não de nossos do com a aproximação e o entendi- funcionários? Nossa comunidade? mento entre diferentes gerações, gru- É uma forma da escola buscar tária que pensa em suas ações de for- na história do seu aluno, da sua co- ma responsável na construção de uma A partir daí, estamos abrindo munidade, a valorização humana e pro- “real” cidadania. espaços para que a comunidade in- mover no futuro uma sociedade plane- • Cidadania inclui o respeito à história e aos valores de cada um. tegre-se em nossa escola. E nesta busca, as crianças e comunidades vão conhecendo o bairro, o município, os estados, os países, num trabalho realizado em sala de aula, na troca, no contato, nas socializações de suas histórias, vivências e objetivos de vida trazidos pelos próprios alunos. Juntamente com o resgate histórico, estamos realizando um resgate geográfico-ambiental, numa proposta de evolução humana, no qual os alunos refletirão a partir destas gerações para as gerações futuras. Logo, os alunos construirão a sua história, formarão a sua personalidade, por meio desta pesquisa comum entre aluno/escola/comunidade. 11 Identidade e autonomia: parceria para aprender A convivência da educação infantil que enriquece toda uma vida Ana Clara de Almeida Barrence As crianças aprendem sobre aos alunos, porém sempre respeitan- se constituem nos princípios da ação si próprias e sobre os outros através do o universo cultural a que pertencem. educativa...”, e é a partir desta con- dos grupos sociais a que estão liga- Neste contexto nossas crianças pre- cepção que podemos refletir nas nos- das desde o nascimento. A família é cisam ter autonomia e independência seu primeiro modelo e o mais impor- para aprender, para formular suas pró- tante, o que lhe dará estrutura emo- prias hipóteses e é através do adulto cional para toda a vida. Mas é através que convive com ela diariamente na da observação, experimentando e instituição de ensino - professores, imitando ações e situações novas, ADIs (auxiliar de desenvolvimento in- brincando e vivenciando acertos e er- fantil), pessoal administrativo, direção ros no meio em que convive diariamen- - que descobrirá estes novos cami- sas ações a validade de concepções te, que a criança de 0 a 6 anos assi- nhos. Porém, o adulto, seu “parceiro e conceitos que achamos muitas ve- mila limites e regras de convivência, formando conceitos e construindo assim o conhecimento do mundo que a cerca. A escola deve estar preparada para desempenhar seu papel socializador na construção da identi- zes importantes, pois “... muito mais do que aprender a ler e escrever, as crianças devem aprender a ser e a viver”. Quando os alunos se desenvolvem numa atmosfera de respeito e valorização, constroem uma “autoimagem positiva”, têm mais seguran- dade e autonomia da criança. A insti- experiente”, não lhe mostra estes ca- ça em si próprios e elevada auto- es- tuição (escola ou creche), por meio de minhos para que siga sozinha; mas tima (esta estimulada também, e lógi- sim segue com ela, orientando-a nas co, pela participação da família neste dificuldades. processo) por conseguinte, estaremos “A escola deve estar preparada para desempenhar seu papel socializador na construção da identidade e autonomia da criança.” 12 “É preciso oferecer atividades que sejam prazerosas e ao mesmo tempo desafiadoras.” “...muito mais do que aprender a ler e escrever, as crianças devem aprender a Ser e a Viver.” A escola desenvolve as possi- contribuindo na formação de sua per- bilidades de aprendizagem da criança sonalidade e de futuros cidadãos mais num ambiente que lhe proporcione participativos nas decisões, e consci- segurança, oferecendo atividades de entes das responsabilidades da vida acordo com suas necessidades e fai- em sociedade. xa etária, mas que lhe sejam também prazerosas e ao mesmo tempo desa- seu pessoal administrativo e docente, fiadoras. Segundo o Referencial deve estar atenta a fim de oferecer Curricular Nacional de Educação In- novas perspectivas e conhecimentos fantil “...a autonomia e independência Referência Bibliográfica Referencial Curricular Nacional de Educação Infantil – Mec – Volume I Ana Clara de Almeida Barrence é Diretora da EM “Antonio Pedro Ribeiro” Adaptação sob uma nova visão EM Profª Maria Colomba Colella Rodrigues Foi pensando na importância da presença da criança na escola e no seu desenvolvimento físico, mental e tam mais livres para aprender e desenvolver as atividades.” Cláudio Roberto, pai da Anne Caroline. social, que a equipe de professoras, juntamente com a “Eu sou a mãe do aluno Nalbert, a minha opinião direção da Escola Municipal Maria Colomba Colella é que esta escolinha é tão linda, limpinha, e as profes- Rodrigues (Vila Natal) criou um Projeto de adaptação soras tão capacitadas, que eu me sinto mais tranqüila escolar: ADAPTAÇÃO SOB UMA NOVA VISÃO. em deixar meu filho aqui. Estes dois dias foram muito A finalidade desse projeto é permitir aos pais, e não bons para nós, os pais, e as crianças. O meu filho gos- só aos alunos (como era rea- tou tanto que ficou até tar- lizado anteriormente), um de da noite falando sobre o contato direto com o ambien- que fez na escolinha. Es- te escolar, já nos primeiros pero do fundo do coração dias de aula, participando de que continue assim.” Bár- atividades com os filhos. bara, mãe do Nalbert. Visamos transmitir aos “Na minha opinião foi pais uma segurança maior ao muito bom, tanto para os deixarem seus filhos na es- pais, quanto para as crian- cola. A partir daí, pretende- ças, pois todos podemos mos que ocorra uma adapta- sentir o carinho das profes- ção mais tranqüila e prazerosa soras com os alunos e sa- das crianças na escola, pois ber o quanto podemos fi- sabemos que muitas vezes a car tranqüilos com os nos- dificuldade de adaptação da sos criança se dá devido à inse- Claudinéia Aparecida, gurança dos próprios pais. mãe da Thalia. filhos aqui.” Essa mudança na “Para mim foi muito adaptação ocorreu a partir do importante estar ao lado do momento em que percebe- meu filho num momento tão mos a dificuldade dos pais em especial. Tenho certeza de se “desprenderem” dos filhos. que o Evandro vai estar em Ao final do projeto, foi realizada uma avaliação com os pais, e ficamos felizes ao perceber que alcançamos nossos objetivos, e isso pode ser notado no depoimento de alguns deles: boas mãos.” Débora, mãe do Evandro. “Este novo projeto de trabalho que foi implantado por vocês, para nós foi muito importante, pois, desta for- “Eu e minha filha sentimos que podemos sim, ter ma pudemos mostrar para os nossos filhos a forma que um convívio entre pais, filhos e professores, conhecer as nós nos integramos junto aos amiguinhos, aos seus fami- crianças que irão estudar com nossos filhos, conhecer liares, e assim, as crianças possam ter uma melhor adap- também o que a escola está transmitindo às crianças no tação junto aos professores.” Margarida, mãe da Ana dia-a-dia. Isso também faz com que as crianças se sin- Clara e Ana Paula, mãe da Michele. 13 Quem Quem pp colh colh Nosso espaço passou a ser dividido com outros seres que dependiam de todos nós. O auge desta fase foi a chegada Tudo começou, certo dia, ao perceber que o produ- de “Zé Buscapé” (o espantalho) e das minhocas, trazidas to utilizado na elaboração pela professora da 2ª série que mostrou da merenda vem direto da a grande importância que elas teriam natureza. Na maior parte para nossas novas amigas. não são mais produtos industrializados. perar e esperar. Foi uma fase de apren- A partir daí pensei dizado para todos na escola, não sabía- que seria uma experiência mos como lidar com plantações. Nesse genial mostrar às crianças momento a ajuda dos pais com seus como esses produtos che- conselhos foi fundamental. gam até nossa mesa. Esta A lição mais di- história envolveu desde a fícil foi a que tudo tem semente, com a participa- seu tempo, “há tempo ção dos pais, até a meren- de plantar e tempo de deira que utilizou nossa co- colher”. Respeitar o lheita para enriquecer ain- tempo da mãe nature- da mais nosso cardápio. A za alegria de perceber que no imediatista e materia- prato estava a sementinha lista não foi fácil. cuidada por todos nós é a em época Todos os dias experiência que vou dividir com vocês. realizávamos visitas aos canteiros, mas parecia que as A Chegada de Novos Habitantes plantinhas eram tímidas e não queriam ser incomodadas. Decidido o espaço, ficou resolvido que os pais auxiliariam no envio de nossos novos habitantes, mudas de 14 Tudo pronto era só esperar... es- Surgiram ameaças naturais dos pássaros que pareceram ter adorado nossas sementes. couve, sementes de cenoura, salsinha, coentro, ervas me- Mais uma vez tivemos que recorrer à sabedoria dos dicinais... Uma enorme variedade de plantas que enrique- mais velhos e cercamos os canteiros com linhas e com ceram o conhecimento de todos. Com o auxilio de pais tiras de sacolinhas, como rabiolas de pipas, para que ao dividiu-se os canteiros e fomos colocar mãos à obra... serem expostos ao vento espantassem os pequenos in- planta, planta, he... he... Regina Célia Rissoni Valentim trusos. Assim surgiram os primeiros sinais de nosso trabalho diário. O Dia-a-Dia Dia a dia cuidávamos de nossas amiguinhas e vimos flores transformar-se em frutas, como no caso dos morangos. Hoje com mais conhecimentos já estamos decidindo a próxima safra. Quem planta... colhe. Os alunos perceberam que em alguns casos o que comemos fica embaixo da terra, como a cenoura, e em Regina Célia Rissoni Valentim é professora da EM Prof. Dr. Jair Rocha Batalha outros casos o que comemos são as folhas. Algumas plantinhas pequenas, os temperos, davam um toque todo especial ao cardápio diário (cheiro verde, cebolinha, coentro e o maravilhoso orégano que os alunos conheciam só da pizza). A Colheita Dia de festa, finalmente a colheita de verduras e legumes. Os chás e os temperos eram colhidos diariamente onde eram utilizados na merenda e os chás servidos em reuniões de pais e consumo diário. Finalmente veríamos como estava nossa habitante escondida na terra, a cenoura... A expectativa era grande, inclusive das professoras e a alegria foi geral, pois nosso trabalho foi finalmente recompensado com uma linda cesta de frutas, legumes e verduras que, é claro, foi consumida por todos, inclusive pelas crianças que não gostavam de verduras e legumes. Foi uma experiência única que chegou a emocionar a todos levando-nos a fazer uma avaliação geral do projeto que agora faz parte integrante de nossa escola. 15 “Artes Mirim 2003” supera expectativas Nossa Revista tem divulgado as um prazer enorme de ser mãe e por artes visitando exposições, assistin- práticas educacionais diversificadas algumas horas consegui esquecer a do filmes, entrando em contato com que as escolas vêm desenvolvendo. difícil rotina. Saber que temos filhos artistas ou, através do manuseio de Dentre estas falamos no nº 13 da Re- surpreendentes é maravilhoso, mas livros, revistas, entre outros materiais vista Educando em Mogi ,do Projeto saber que eles estão em boas mãos que proporcionam o entendimento e a Artes Mirim da Escola Municipal José é melhor ainda. compreensão. Fazer com que as cri- Cury Andere. A equipe de professoras, dire- anças respeitem e valorizem as diver- Hoje divulgaremos para vocês tora e servidores está de parabéns sidades das artes também faz parte a carta de uma mãe de aluno que ex- pela criação dos projetos que envol- do projeto. pressa os resultados destas práticas veram 440 crianças. A satisfação dos Com o apoio da direção, as edu- cujos objetivos são comuns: cadoras desenvolve- garantir às crianças, jovens ram o planejamento e adolescentes a oportunida- escolar de 2003 pri- de de desenvolver suas vilegiando a arte, e o potencialidades constituindo- resultado não pode- se enquanto sujeitos plenos ria ter sido melhor. e cidadãos ativos. Incentivos, motiva- Partilhe nossa satisfa- ções, estímulos, ori- ção lendo a carta abaixo 16 Maria de Lourdes de Paula entações e liberdade “Queremos Paz” foi a de expressão para o mensagem deixada pelos aluno criar e soltar a alunos da escola de educa- imaginação não falta- ção infantil José Cury Andere, locali- pais, que lotaram o pátio da escola, ram. A diretora defende a realização zada no bairro Jardim Universo, duran- era visível e muitos não continham ta- desse projeto porque leva o educando te o encerramento do projeto “Artes manha emoção. Na opinião da direto- as várias formas de expressão artísti- Mirim 2003”, entre os dias 27 e 28 de ra Ana Maria de Oliveira Brito, a parti- ca. De acordo com a educadora, a novembro. A apresentação de grupos cipação da família, principalmente dos viabilização do projeto é possível por- de dança representando vários países, pais, é de fundamental importância, que os recursos financeiros provêm da teatro, coral, música, pintura, entre tanto para a criança, como para a es- Associação de Pais e Mestres (APM) outros trabalhos que foram desenvol- cola, porque ela é a platéia e que deu o maior apoio por acreditar vidos ao longo do ano letivo, foi um consequentemente o maior incentivo. no trabalho. Durante o evento Ana sucesso e superou as expectativas de Levar ao conhecimento dos bai- Maria agradeceu a participação e con- todos. Como mãe posso dizer com xinhos as diversidades das artes foi o orgulho que fiquei surpresa ao ver o principal objetivo da diretora. Segun- quadro que a minha bela Dara, com do ela, durante o período de aulas as apenas seis aninhos, pintou. Perdida crianças tiveram várias oportunidades em meio a floresta que ela criou, senti de manter contato com o mundo das tribuição de toda a comunidade. Maria de Lourdes de Paula é jornalista e mãe de uma aluna da EM “José Cury Andere” Projetos integram escola e comunidade EM Prof. Mário Portes A Escola Municipal “Prof. Ma- Mestre Leão (Raimundo Nonato Ca- lência, a intolerância e o desrespeito na rio Portes”, em seus oito anos, vem valcante Barbosa) do Grupo Gaviões sociedade em geral. a cada dia aperfeiçoando sua prática do Morro, sendo este filiado à Confe- O projeto Banda abrange a enquanto instituição de ensino, a qual deração União dos Capoeiristas e Percussão que trabalha cadências, é responsável pela formação de cida- Resgate da Capoeira (UNACAP), va- possibilita a participação em desfiles dãos atuantes e participativos. Para loriza o aspecto social e o resgate cívicos e concursos característicos da tanto, busca garantir um padrão qua- da cultura afro-brasileira. categoria. Já a de Concertos implica litativo de educação, resgatando os O Futebol como gosto nacio- em repertórios do erudito ao popular. valores sócio-culturais através dos nal também é uma opção para os alu- Ambos têm como objetivo desenvol- diversos projetos ofere- ver as habilidades e cidos aos alunos e à co- potencialidades através munidade em geral. da música, possibilitan- Atualmente, vári- do a recuperação da os projetos já estão em auto-estima e o fortale- prática graças ao progra- cimento da sociedade, ma “A Escola É Nos- criando uma nova pers- sa”, cuja finalidade é pro- pectiva de vida. Junta- mover a participação co- mente, a Linha de Fren- munitária para melhoria te harmoniza e do funcionamento das escolas públi- nos. Este projeto consiste no preparo complementa as apresentações, com cas. Sendo o Tae Kwon Do (milenar técnico para a participação nos tornei- o corpo coreográfico. arte marcial coreana que utiliza 70% os e desperta o espírito de equipe. No mundo atual, não podemos dos pés e 30% das mãos, buscando No bairro, em parceria com o pensar em um cidadão global sem o equilíbrio harmônico do corpo e da Centro Esportivo foi implantado o pro- que ele esteja incluído no universo mente), um projeto social desenvolvi- jeto do Jogo de Damas, o qual, além digital. Para que haja essa inclusão do pelo voluntário Mestre Marcelo de disciplinar, desenvolve o raciocínio o Programa de Tecnologia Educa- Alcântara Paiva e equipe, cujo princi- lógico e habilidades intelectuais. cional instalado pela Prefeitura Mu- pal objetivo é integrar comunidade e Sob o aspecto interconfissional o nicipal, atende todos os alunos da escola; possibilitando aos praticantes: projeto do Ensino Religioso propõe di- unidade escolar com extensão à co- defesa pessoal, auto-controle e pro- fundir valores humanos e contribuir para munidade. O programa introduz no- pagação da disciplina. a formação de caráter, sem desrespeitar vas tecnologias de informação e co- A Capoeira, uma mistura de as crenças pessoais. Uma vez que se municação, reforçando o processo de ritmo, luta e jogo, embalada ao som observa o desgaste da estrutura familiar, ensino-aprendizagem. do berimbau, atabaque, pandeiro e a escassez do diálogo e o entendimento Ao todo, os projetos desenvolvi- agogô também constitui um projeto entre as pessoas; o que vem fomentan- dos auxiliam na formação da cidada- da escola. Dirigido pelo voluntário do cada vez mais a agressividade, a vio- nia e na plena realização do indivíduo. 17 Pequenas atitudes, grandes mudanças Cíntia Maria A. Oliveira Arouca Levantar cedo da cama é uma dos e sem atropelos, ao som de can- cação) carinhosamente prepara um tarefa árdua para muitos de nossos tos de pássaros e riachos iniciam o delicioso leite com pãozinho. alunos na Escola Municipal Profª Cy- alongamento matinal. Em silêncio, Agora, una um corpo bem dis- nira Oliveira de Castro, pois sabemos prestando atenção na inspiração e na posto a uma barriguinha cheia e quen- que para curtirem um pouco mais os expiração, realizam seus movimentos tinha, a um abraço compartilhado com pais, que normalmente trabalham o dia orientados por uma das professoras. os colegas... o resultado..., mudanças todo, ficam acordados até bem tarde E as outras? Ficam conversando? de comportamento e nas construções e dessa maneira torna-se difícil enca- Não!!. Como fonte de inspiração e do conhecimento de modo prazerosos. rar um novo dia de aula. Sendo este modelo que somos, todas realizamos Dá trabalho? No início sim! impasse, que aliado a outros porqu- o alongamento, afinal também preci- Vale a pena? “Tudo vale a pena ês, é um dos causadores das dificul- samos desse momento para melho- dades de aprendizagem e mudanças rarmos nossa postura (dentro e fora comportamentais é que resolvemos da sala de aula). deixar o início das aulas mais estimulantes. 18 Durante aproximadamente 20 quando a alma não é pequena...” É perda de tempo? Não! É ganho na qualidade de ensino e principalmente na qualidade de vida! minutos alongamos o corpo, canta- As crianças chegam, são rece- mos saudamos um novo dia e princi- bidas pelas professoras, deixam suas palmente cumprimentamos todos nos- mochilas na sala de aula e calmamen- sos amigos. Enquanto isso nossa ADE te dirigem-se ao pátio. Lá, posiciona- (Auxiliar do Desenvolvimento da Edu- Cíntia Maria A. Oliveira Arouca é bióloga e professora da EM Profª Cynira Oliveira de Castro O Resgate do Carnaval pela Escola Solange Janjardi Briz Llopis A origem do carnaval é grega e Souza Leite Filho, no Jardim São foi trazido para o Brasil pelos portu- Pedro, recebeu a Escola de Samba gueses. Mas como no Brasil os es- Império César de Souza. Vários ins- cravos eram mão-de-obra indispensá- trumentos foram trazidos, tais como vel na época da colonização, não po- o surdo, tamborim, apito, pandeiro, dendo parar para se divertirem, eles reco-reco, etc... utilizavam o batuque como forma de A Escola foi aos poucos sendo lembrança de um lugar distante em contagiada pelo batuque cadenciado meio à terra brasilis e vibrante dos integrantes da bateria, Nascia aí o carnaval em nosso que gentilmente tocaram para os alu- país, que hoje é símbolo de alegria... nos que, aliás, estavam lindos, vesti- Com o passar do tempo, as fes- dos com fantasias coloridas. Foi uma tividades carnavalescas parecem ter experiência diferente e rica observar letas, fadas, piratas, samurais, baila- perdido o sentido real em meio às pro- os “pequenos olhinhos curiosos”, bor- rinas, bruxinhas, baianas,... pagandas de TV e outros meios de boleteando pelo pátio da escola, dan- A vibração e alegria foi geral : comunicação que veiculam realidades çando ao ritmo da bateria que tocava diretora, professoras, funcionárias, alu- estereotipadas. com vontade! nos, todos se divertindo. A Escola Municipal Maurílio Eram pequenas abelhas, borbo- Percebi então, que o “mundo dos baixinhos” é rico e cheio de surpresas. A Escola também recebeu os aluninhos do Centro de Convivência Infantil Integrado Horácia de Lima Barbosa, que participaram com alegria da “Nossa Festa de Carnaval”. Naquele momento, o verdadeiro espírito de carnaval foi resgatado em nossa escola, interagindo junto à Comunidade, como uma escola aberta e vibrante. Solange Janjardi Briz Llopis é pedagoga e professora da EM Noêmia Real Fidalgo 19 Escola Municipal “Dr. Luiz Beraldo Um ano de his A Escola Municipal Dr. Luiz Mogi das Cruzes por meio da Secre- diversificado, de interação com o alu- Beraldo de Miranda, localizada no bair- taria Municipal de Educação, de uma no, pais e comunidade, procurando ro Parque Olímpico, distrito de Braz escola com padrões arquitetônicos respeitar os saberes e diferenças, o Cubas, foi inaugurada no dia 12 de mar- amplos , com ambientes que favore- que trouxe no final do ano resultados ço de 2003, data da inauguração, com cem a interação social e formação altamente positivos. a presença de autoridades políticas e educacional e cultural e que atende A instalação do CEDIC – Cen- educacionais, convidados e represen- atualmente 442 alunos de 1ª a 4ª sé- tro de Divulgação e Construção do tantes da comunidade local. rie do Ensino Fundamental e Educa- Conhecimento (biblioteca escolar ção de Jovens e Adultos. multimídia) representou um marco Hoje, ao comemorarmos o seu primeiro aniversário, já há muito a se A Escola recém-inaugurada re- educacional, assim como a inaugu- festejar e cabe aqui uma avaliação re- cebeu alunos de escolas estaduais ração da sala de informática, que pos- flexiva vivencial e pedagógica, de um vizinhas sondagens sibilitou aos professores, alunos e ano letivo de aprendizagens, desafios diagnósticas iniciais de aprendiza- comunidade o acesso às aulas de e projetos inovadores nas áreas da gem, a preocupação da direção, co- computação e a introdução de dife- educação e cultura. ordenação e professores foi de como rentes tecnologias de informação e A comunidade do Parque Olím- desenvolver ações pedagógicas para comunicação no processo ensino pico acompanhou a construção e inau- melhor atendê-los e prepará-los para aprendizagem. guração, pela Prefeitura Municipal de as séries seguintes. Foi um trabalho e, após Foi um ano de projetos educacionais, tais como: Verde para Viver (Tom da Mata), Natureza da Paisagem e Exposição do Meio Ambiente (Furnas), Projeto Descobrindo o Prazer de Ler (Leitura), Reciclando Materiais – Mudança de Valores, Projeto Reunião de Pais, Festa Junina, Exposição Folclore, Projeto Educação Física (ginástica para a Comunidade) e um destaque para os Cursos Descentralizados oferecidos pelo CIP 20 (Centro de Iniciação Profissional), que o de Miranda” stória cessárias como agentes de transfor- Vera de Lúcia dos Santos Barba Beraldo Miranda”, em avaliação de muito contribuiram para o desenvolvi- mação de uma sociedade: amor, res- seu primeiro ano de história, já guar- mento pessoal dos membros da nos- peito, responsabilidade, solidariedade, da em si registros de sonhos e reali- sa comunidade. companheirismo, tolerância entre ou- zações educacionais e culturais, Para o ano de 2004 a equipe tros; sendo trabalhado de forma anseios por ver o aluno a se desco- escolar tem à frente novos desafios, interdisiciplinar, levando-se em conta brir, crescer e aprimorar as suas com- diante da realidade his- p e t ê n c i a s . tórica pessoal, social e Relembramos o rosto educacional de cada alegre de nossas cri- aluno, pois vivemos em anças, a descoberta uma sociedade que cla- de talentos, apresen- ma por refletir, viver e tações musicais, tea- compartilhar valores. E tro, dança e poesia, fi- a escola tem papel fun- cando aqui registradas damental no resgate e palavras da diretora integração dos valores Rita Cristina Chavedar no convívio social. datas comemorativas e temas atuais, Com essa visão nasceu o Pro- integrando-os a outros Projetos como jeto “Olimpíadas dos Valores” en- “Parceiros do Futuro” (parceira com volvendo toda a equipe escolar e co- o Canal Futura). munidade, enfocando as atitudes ne- A Escola Municipal “Dr. Luiz - “valeu a pena”. Vera Lúcia dos Santos Barba é Professora da 4ª série do Ensino Fundamental da EM “Dr. Luiz Beraldo de Miranda” 21 Projeto Horta EM. Profª Cleonice Feliciano As metas da atual L.D.B. dão va-se uma política social voltada para em 2004, que estamos desenvolven- uma abrangência ao ato pedagógico a conservação e preservação do meio do em nossa escola o Projeto – Hor- que otimizam e estimulam o exercí- ambiente e manutenção da qualidade ta; onde os alunos adquirem conheci- cio para a cidadania. No que se refere de vida, fornecendo elementos para mentos que os habilitem no preparo a área ambiental; temas transversais que os alunos promovam a sua cida- da terra para o plantio, sentindo-se – nota-se uma preocupação que apon- dania. estimulados a utilizarem áreas dis- ta na direção de uma integração mais Refletindo sobre a importância estreita entre escola, a informação e do papel social da escola, ao longo a comunidade. Nesse sentido obser- do ano de 2003 e dando continuidade poníveis a produção de hortaliças e outros alimentos. Ficamos muito felizes com a formação de canteiros em nossa escola, pois, ao final da germinação das sementes e crescimentos das plantas, foi possível aproveitar as hortaliças no próprio preparo da merenda escolar; tornando uma alimentação saudável, rica em proteínas e sais minerais; revertendo em benefícios incontestáveis para o funcionamento e desenvolvimento do nosso organismo Não podemos deixar de agradecer a participação voluntária do biólogo Sr. Nelson Barreto que gentilmente colaborou com a implantação do projeto, orientando e esclarecendo dúvidas dos alunos em relação a preparação da terra, aplicação de substratos e outros procedimentos. 22 Responsabilidade Social da Empresa Uma ação voluntária para promover mudanças EM. Profª Cleonice Feliciano Acompanhando as inovações e avanços tecnológicos numa velocida- forços que alcançaremos objetivos de programa Bandeirante-Comunidade- interesse comum. Educação fazendo a doação a todos de cada vez maior, as empresas não Falando em empresas com res- os alunos da unidade de ensino, kits poderiam deixar de afirmar, através de ponsabilidade social, gostaríamos de de material escolar que acompanha- iniciativas pioneiras, a sua responsa- citar e destacar a Bandeirante Ener- rão as crianças durante este ano leti- bilidade social; que vão muito além de gia, que no último dia 10 de fevereiro vo; apoiando assim, o desenvolvimen- atitudes filantrópicas ou na obrigação esteve em nossa escola através do to educacional dessas crianças. de respeitar leis, pagar impostos, enfim, ela está firmada no compromisso em construir uma sociedade mais justa, contribuindo através de uma ação integradora entre empresa x escola x comunidade. Por isso, investem em projetos educativos e programas voltados para o futuro da comunidade, pois, bem sabem que, investir na escolarização da população com qualidade se tornou uma exigência do mundo contemporâneo e só assim, na união de es- “Está na hora de começar a pensar a educação para além da metáfora organizacional da escola, tal como a concebe a maior parte da população. De formular e pôr em prática um sistema educativo cuja função seja oferecer um ambiente de aprendizagem rico e socialmente integrado, em que todos os indivíduos encontrem um lugar para aprender.” Juana Maria Sancho 23 Projeto Esporte Mogi “Uma reflexão sobre o objetivo na Educação” Zilda Bianconsini Erramos ao perpetuar muitas idéias defasadas sobre o objetivo da Educação e, por isso, enfrentamos problemas sérios na educação contemporânea. A questão é, portanto, como formular objetivos claros e relevantes para, então desenvolver os programas educacionais. É preciso determinar o que a sociedade espera da Educação. Isto envolve pelo menos dois aspectos: as aspirações dos pais quanto aos seus filhos e as expectativas da sociedade 24 como um todo para a geração futura. dem a sobrecarregar seus alunos com sam ser considerados mais que pa- Pais que realmente amam seus filhos informações sem sentido para a vida. ralelos, pois devem trocar informações não pensam em usá-los para alcan- É de se esperar que as crianças mui- sobre si, e as interpenetrar de acor- çar a própria felicidade. Uma socieda- tas vezes não se interessem pelos do com cada contexto, o estudo na de deve se preocupar igualmente com estudos e nem mesmo os compre- vida e a vida no estudo, por toda exis- as necessidade do indivíduo e o bem- endam. Por outro lado a maior parte tência do indivíduo. estar das crianças. O objetivo da Edu- das famílias enviam seus filhos para O primeiro passo para a forma- cação, formulado pela sociedade, deve a escola, sem nenhuma pesquisa, ção do objetivo da educação é a de- ser compatível com as necessidade e sem nenhum questionamento com re- terminação de como se deve alcançá- os objetivos dos indivíduos. lação à filosofia da escola que esco- lo, e a preocupação maior na formu- lheu para seu filho. lação do objetivo educacional deve ser Por outro lado, a escola con- a identificação daquilo que os própri- temporânea usurpou os papéis e res- os indivíduos consideram o propósito ponsabilidades educacionais que por da vida humana, ou seja, preparar as direito pertenciam a outros setores da crianças para se tornarem células res- sociedade, isto é, ao lar e a comuni- ponsáveis e saudáveis no organismo dade. Uma Educação eficaz só pode social, a fim de contribuir para a feli- É comum dizer que a Educa- ser alcançada se houver uma tripla par- cidade da sociedade, e com isto, en- ção é a preparação para a vida adul- ceria entre escola, lar e comunidade. contram sentido, propósito e felicida- ta. Uma visão simplista desta opinião O estudo não deve ser visto defende que o que se ensina atual- como uma preparação para a vida, ao mente é suficiente, assim, a maioria contrário ele deve acontecer enquan- dos professores, pensando apenas to se vive, e o viver acontece em meio nas necessidades dos adultos, ten- ao estudo. Estudo e vida real preci- de em suas vidas. Zilda Bianconsini é coordenadora do Projeto “Esporte Mogi”, da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer Reciclagem e Criatividade EM Benedito Ferreira Lopes - CAIC No mês de março, os alunos evento, usaram de criatividade e origi- ponsabilidade naquilo que se propu- das 3ªs e 4ªs séries do Ensino Funda- nalidade ante o tema abordado: “Plan- seram realizar e que conseguiram mental da Escola Municipal “Bene- tando com qualidade, colhendo com grande êxito. dito Ferreira Lopes” - “CAIC”, par- saúde”. Fizeram, tendo em vista a Para a seleção dos trabalhos ticiparam do 1º Concurso de Espan- execução dos trabalhos e do tema, denominados “Espantalho” foi nome- talhos, promovido pela Associação uma seleção prévia dos materiais ada uma comissão julgadora compos- Cultural de Mogi das Cruzes, recicláveis a serem utilizados, ade- ta por membros da parte administrati- “Bunkyo”, em parceria com a Secre- quando-os às finalidades dos seus va e da parte pedagógica da escola taria Municipal de Educação de projetos. Durante essa tarefa tiveram que adotaram critérios visando premi- Mogi das Cruzes e da Diretoria de a oportunidade de ver aflorar capaci- ar a criatividade, originalidade, adequa- Ensino – Região de Mogi das Cru- dades criadoras que tinham latentes, ção ao tema e utilização de material zes , objetivando a integração da co- o que os levou a executar com mais reciclado. munidade com a entidade durante o entusiasmo suas atividades. Também, foi realizada uma ex- período da realização da 19ª. Festa O concurso, também propiciou posição dos “Espantalhos” nos jar- de Outono – “Akimatsuri”, promovi- oportunidade de desenvolver a dins da escola, oportunidade em que da, anualmente, pela colônia japone- conscientização dos educandos para todos os participantes desta comuni- sa de nosso município e que neste ano a percepção da importância de se fa- dade escolar puderam presenciar os será realizada nos dias 2 e 4 de abril. zer trabalhos ecologicamente corre- trabalhos e a comissão julgadora de Orientados pelos professores tos em qualquer campo de atividade examiná-los para dar seu parecer so- do Ensino Fundamental, os alunos se e, neste caso, na agricultura bre os bonecos. envolveram no projeto de forma sadia, objetivando a preservação e manuten- organizando-se ora individualmente ora ção do meio ambiente. A comissão julgadora achou oportuno premiar também os trabalhos em grupos, levando esse envolvimento O envolvimento dos alunos na dentro da unidade escolar. Realizou- até seus familiares que os apoiaram e realização do concurso foi feito de se então a premiação, cabendo aos os auxiliaram na execução das tare- maneira prazerosa e alegre, de- primeiros lugares medalhas de ouro, fas. Os alunos participantes desse monstrando espontaneidade e res- prata e bronze e lembrancinhas a todos os participantes. Concluídos os trabalhos, o que pudemos perceber, como participantes desta comunidade escolar, é que havendo envolvimento de alunos, professores e familiares pode-se obter resultados eficazes, deixando todos conscientes de seu papel como integrante e responsável pelo processo educacional de uma entidade e com um só objetivo: promover a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. 25 Por que educar para o trânsito? Maria Angela Aparecida Pires de Lima De acordo com o novo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), Capítulo o momento para educarmos nossas do a cidadania no Trânsito. crianças em relação às suas atitudes. VI, Art. 74, “A Educação para o Trân- A Educação para o Trânsito é Dessa forma acreditamos ser sito é direito de todos e constitui de- um tema transversal que deve ser o momento de estarmos incluindo ver prioritário para os componentes do trabalhado da em nosso cotidiano a “Segurança no Sistema Nacional de Trânsito”. interdisciplinaridade. Dessa forma po- Trânsito” e de “Vidas Humanas”, pois A Educação para o Trânsito tem demos dizer que educar para o trânsi- os problemas que o trânsito acarre- o objetivo de transformar atos impru- to é mais do que ensinar as regras ta podem ser vistos de modo a se- dentes e de irresponsabilidade, em básicas, é também uma oportunidade rem solucionados. atos de elevar o potencial da vida; con- do educador se aperfeiçoar, amplian- tribuindo assim para a formação de do seus conhecimentos. uma sociedade melhor. 26 hábitos, atitudes e valores, favorecen- no contexto Por acreditarmos que trânsito A transformação se dá a partir é uma questão educacional, devemos de uma conscientização, portanto trabalhar desde a mais tenra idade, faz-se necessário que seja incutido para que se tenha compromisso com nas pessoas os conceitos de segu- a construção da cidadania, enfocando rança para a formação de hábitos que a prática educacional deve estar seguros no trânsito. direcionada de acordo com a realida- O educador ocupa um papel de de social e com as responsabilidades fundamental importância no processo dos direitos e deveres em relação a de mudança, pois é ele quem conduz sua própria vida e a coletiva. os educandos a desenvolver suas A criança é um SER muito es- potencialidades e habilidades, tornan- pecial que a cada dia torna-se mais do-os conscientes, reflexivos e questionadora e participativa, portan- participativos. Essa mudança deve to em Campanhas de Educação para acontecer de modo gradativo, envol- o Trânsito, a criança torna-se um elo vendo toda equipe escolar, para que muito importante para atingirmos o as ações educativas sejam praticadas, objetivo principal: “o adulto”. obtendo êxito no resultado. Sendo Para que os adultos de ama- assim os educandos desenvolverão nhã não sejam punidos, aproveitemos “O que é imediatamente experimentado não precisa ser ensinado, nem repetido para ser memorizado” (Rubem Alves). Referência Bibliográfica: PLANO, Consultoria e Tecnologia, Ações na Educação para o Trânsito, 2003. ANDRINO, Mauro Haddad. Educar para o Trânsito, Uma Prática do Professor. 1ª edição, São Paulo, Kalimera, 2001. BRASIL, Código de Trânsito Brasileiro: Instituído pela Lei nº 9.503, de 23-09-1997 – Brasília: DENATRAN, 2002. Maria Angela Aparecida Pires de Lima é pedagoga e professora da Rede Municipal e Coordenadora de Educação para o Trânsito I Encontro de Formação Complementar Sobre Educação Para o Trânsito A Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes, através da Secretaria de Transportes, realizou um encontro junto aos professores coordenadores da Rede Estadual e diretores da Rede Municipal de Ensino no dia 31 de março do corrente ano, para entrega dos materiais didáticos, “IGOM E O BALÃO” e “IGOM E A MÁQUINA DO TEMPO”. Os materiais didáticos abordam a história da cidade de Mogi das Cruzes, e desenvolvem noções sobre trânsito e convívio social. Os livros são ilustrados com atividades significativas e lúdicas, despertando e motivando o educando para a leitura e tornando o ensino aprendizagem prazeroso, de modo que os alunos compreendam os textos e fixem a aprendizagem. Os materiais pretendem auxiliar no desenvolvimento da visão crítica do aluno quanto aos condicionantes res- os para desenvolverem atividades so- ponsáveis pela evolução do meio, espe- bre Educação para o Trânsito em suas as Redes de Ensino, retratando a im- cialmente no que se refere ao Trânsito. respectivas Unidades Escolares. Em portância de se educar para o trânsito. O encontro foi realizado em par- período integral, os participantes assis- Dessa forma os professores te- ceria com a Secretaria Municipal de tiram palestras que abordaram os se- rão instrumentos de trabalho para tratar Educação e a Diretoria de Ensino no guintes temas: “Cultivando Capacida- de um assunto de relevância na forma- SESI (Serviço Social da Indústria), o des e Colhendo Realizações”, (Mauro ção consciente para a vida no trânsito. qual gentilmente nos cedeu o espaço. Haddad Andrino) e ”Importância da Essas reflexões contribuirão Esse encontro proporcionou um dia de Sinalização”, (Fábio Marcelo Vega). para o desenvolvimento das atividades reflexão para os 78 profissionais da Em seguida foram elaboradas que serão realizadas nas escolas jun- área da educação de ambas Redes de as propostas de trabalho sobre o mate- tamente com os alunos, para que se- Ensino do nosso município que lecio- rial a ser utilizado pelos 6.170 alunos jam agentes multiplicadores junto a nam nas 1ªs e 2ªs séries, com subsídi- de 1ª série e 6.856 de 2ª série de ambas seus familiares e a sua comunidade. 27 Uma aliada do bom texto Mônica Arouca Dizem que certa vez, durante e clareza em poucas linhas. Para tan- não palavras figuradas na definição. uma palestra, o economista Celso to, é fundamental o conhecimento da Não escreva, por exemplo, “o profes- Furtado disse à platéia, em tom de equação básica: definir é dar o gênero sor é o fio condutor do conhecimen- brincadeira, é claro, que havia escrito próximo e uma diferença específica, to”. No lugar de fio condutor prefira um um artigo em quinze páginas porque isto é, o algo a ser definido precisa de vocábulo mais próximo do significado não teve tempo de escrevê-lo em uma. uma classificação e de uma caracte- literal; Parte ou não do anedotário popular, o rística que o diferencie. Neste texto - Não use palavras derivadas que importa é que redigir textos cur- apresentaremos regras básicas para daquela que será definida. Exemplo: tos é sempre mais difícil do que es- utilizar definições: Quiromante é a pessoa que pratica crever textos longos. Isso acontece por - Expressões como “é onde” e vários motivos que vão desde a dificul- “é quando” fazem referência a lugar e Técnicas como essas ajudam dade de se organizar o pensamento a tempo, respectivamente. Portanto, na redação de poucas linhas e trans- até à falta de domínio da língua portu- não se deve escrever frases tais quais formam em cinco as dez páginas que guesa. Embora esse não seja o caso “uma boa aula é quando o professor queremos ou precisamos verter em do economista, há muitas pessoas ensina relacionar idéias”, ou “histó- sete. Se não for o caso de escrever que sofrem diante de trinta linhas por ria é onde se verificam feitos e di- obras-primas literárias, deixemos para desconhecer técnicas de redação per- tos”; Eça de Queiroz a definição de uma - Não se deve definir pela nega- tinentes para esse e outros propósi- quiromancia. mesa em duas páginas. ção. Evite escrever, por exemplo, “um tos. O uso de definições no desen- bom livro não é um livro cheio de am- volvimento de parágrafos torna-se um bigüidades”. Escreva o que é um bom aliado do autor que pretende demons- livro; trar o seu pensamento com precisão - Use vocábulos denotativos e Mônica Arouca é jornalista, mestre em Ciências da Linguagem pela USP, professora de Comunicação da FAAP e professora de Técnicas de Redação na Escola Letra Livre Dicas para o Sucesso • Elogie as pessoas sinceramente. • Tenha um aperto de mão firme. • Olhe para as pessoas nos olhos. • Gaste menos do que ganha. • Saiba perdoar a si e aos outros. • Trate os outros como gostaria de ser tratado. • Surpreenda aqueles que ama com presentes inesperados. • • • • • 28 Faça novos amigos. Saiba guardar segredo. Não adie uma alegria. Sorria. Aceite sempre uma mão estendida. • Pague suas contas em dia. • Não ore para pedir coisas. Ore para agradecer e pedir sabedoria e coragem. • Dê às pessoas uma segunda chance. • Não tome nenhuma decisão quando estiver cansado ou nervoso. • Respeite todas as coisas vivas, especialmente as indefesas. • Dê o melhor de si no seu trabalho. • Seja humilde, principalmente nas vitórias. • Jamais prive uma pessoa de esperança. Pode ser que ela só tenha isso.